“- DANNY, HARRY, TOM, DOUGIE! – as meninas estéricas gritavam enquanto os meninos do McFLY passavam. Eu apenas observava, não acreditando que eles realmente estavam perto de mim. Depois de três anos de espera, eles estavam realmente perto de mim. Era incrível!
Eu vi o Harry se aproximando de onde eu estava. Meu ar sumiu! Será que ele ia falar comigo? Ele sorriu e eu sorri de volta. Foi chegando cada vez mais perto de mim, mas é claro que ele não ia conseguir falar comigo. Na hora que ele estava quase a centímetros de mim, um segurança entrou entre nós dois, não permitindo que ele falasse comigo. Segurança idiota! Harry apenas deu um sorriso sem graça e continuou andando com os outros.
Eu estava com as minhas três amigas: , e . Nós éramos fãs de McFLY faziam mais ou menos quatro anos. Da última vez que eles foram ao Brasil, nós conseguimos ir ao show, mas não conseguimos falar com eles e agora, depois de três anos de espera, estávamos tentando novamente. Será que seria dessa vez? Dessa vez estávamos na Inglaterra, e acho que não seria tão fácil de falar com eles, mas não custava tentar, certo?
Resolvemos voltar para o hotel. Não ia adiantar nada ficar aqui na chuva se eles já estavam dentro da van, indo em direção ao hotel deles.
Nós três estávamos sentadas em uma das mesas da piscina, enquanto ia pedir nosso almoço. No dia seguinte seria o luau do McFLY. Nem podíamos imaginar a felicidade.
- Porque eu fui com essa camisa branca? Agora ela ficou molhada de chuva e transparente. – eu dizia revoltada, olhando para a camisa e podendo ver o meu biquíni vermelho atrás dela.
- Pensei que essa fosse a intenção, ou você queria privar o Judd dessa visão? – implicava, enquanto ia ajudar com nossa comida.
Já com o almoço na mesa, começamos a comer e conversar sobre os próximos dias. Olhei para trás para observar um pouco a vista da sacada quando, para a minha surpresa, desciam a escada quatro ingleses maravilhosos.
- Gente, sem gritos de pânico, mas olhem para a escada. – eu tentei parecer calma.
As três olharam discretamente e voltaram imediatamente o olhar para mim.

I'm just one drink away and I'm back in Wonderland like it was yesterday

- , eu bebi? – perguntava confusa.
- Não que eu saiba, por quê?
- Porque eu estou vendo o Danny descendo a escada do hotel!
- Se você bebeu, todas bebemos, porque eles estão descendo a escada do hotel. – respondia nervosa e batucava o talher na mesa enquanto falava.
Os quatro sentaram-se à mesa ao nosso lado. Tiraram os óculos escuros e ficaram olhando a piscina. Não se passaram nem cinco minutos e Danny levantou, desabotoou sua camisa xadrez e retirou seu tênis, ficando apenas de bermuda.
- , respira! – falamos quando vimos que ela estava perdendo o ar com a cena.
- Pedaço de mau caminho! – ela disse rindo, depois de se acostumar com a idéia.
Danny falou alguma coisa rápido que nenhuma de nós conseguiu entender, mas no segundo seguinte Harry havia levantado, tirado sua pólo, os tênis e ficado de bermuda, assim como Danny.
- Acho que outra pessoa tem que reaprender a respirar agora. – disse rindo da minha cara de tarada em direção àquele homem.
- É como eu sempre digo: “Oi, eu sou Harry Judd e gosto de fazer as pessoas terem ataques cardíacos, obrigado!” – as meninas riram do meu comentário e nós voltamos a comer e observar discretamente. Tentamos nos concentrar mais na comida, mas foi quando ouvimos o barulho de um corpo batendo na água e sentimos algo molhado tocando nossa pele. As quatro olharam para trás e viram Danny e Harry dentro da piscina.
- Sorry! – Harry disse, sorrindo para nós.
- Não... Não foi nada! – eu disse gaguejando.
Voltamos nossos olhos para a mesa novamente.
- Fui só eu ou mais alguém teve uma vontade súbita de entrar na piscina? – eu disse enquanto levava o prato para o balcão do bar.
- Acho que só sua cara de pau sentiu isso, ! – dizia e andava com o resto das bandejas para o bar.
- Ok, então! – Voltei para a mesa, tirei meu short, meu all-star e me virei para as meninas.
- , não morre, mas o Harry está te secando! – olhava por cima do meu ombro para me contar o que estava acontecendo.
- Lembram de todos esses anos que nós dormíamos pensando neles, sonhando em conhecê-los, casar, ter vários mini-mcflys e ser felizes para sempre? Eu prometi que eu teria o Harry e é isso que eu vou ter! – disse isso e pulei na piscina.
Quando voltei à superfície pude ouvir risos e um outro corpo caindo na água. Quando olhei em volta vi que era a . Ela veio nadando em minha direção.
- E eu disse que teria o Danny! – ela disse rindo.
Ficamos um tempo na piscina, do lado aposto da piscina onde os meninos estavam, quando ouvimos um grito.
- Shit! – era o Harry.
- O que foi? – Danny perguntou.
- Perdi meu piercing! – ele olhava para baixo, procurando enquanto falava.
- Qual deles? – Danny fez cara de interessado.
- O transversal! – ele continuava a olhar e procurar.
- Nós nunca vamos conseguir achar aqui. Homem não tem capacidade de achar coisa assim tão facilmente. Se pelo menos a gente pudesse pedir para uma menina. – eu e nos entreolhamos ao ouvir essa frase de Danny.
- Ótima idéia! – Harry olhou em nossa direção e foi chegando mais perto, até estar perto o bastante para poder conversar. – Oi!
- Oi! – as duas falaram nervosas.
- Então, sabe o que é? Eu perdi meu piercing e precisava de ajuda para procurar. Será que vocês poderiam ajudar? - Judd dizia sem graça.
- Cla... Claro! – eu não conseguia parar de gaguejar.
- Ótimo! – ele sorriu.
Nós quatro começamos a procurar e Danny gritou:
- Achei! – e mergulhou para buscar. Quando subiu, mostrou o objeto, mas era apenas uma caneta. – Tá, é só uma caneta!
- Jones! – eu fiz cara de desdém.
- O que você disse? – Harry perguntou.
- Nada! Só pensando alto. – eu não gaguejei dessa vez.
- Ah, claro. – Harry disse ainda olhando para baixo e procurando.
Andamos mais um pouco e então eu vi uma coisa brilhante no fundo da piscina. Mergulhei para buscar. Voltei a superfície com o piercing na mão.
- É esse? – eu perguntei.
- É sim! Obrigado! – ele sorriu e pegou o piercing da minha mão. Ele encostou em mim. Eu Sorri com o pensamento.
- De nada! – eu fiquei vermelha.
- Desculpa! Meu nome é Harry e você? – ele sorriu. Jura que o seu nome é Harry? Que coincidência! O do amor da minha vida também. Meus pensamentos me faziam sorrir por dentro.
- , e essa é a ! – Apontei para , que estava atrás de mim.
- Prazer! Esse aqui é o Danny! – ele olhou para a cara do Jones.
observou ele por um tempo e depois olhou para a água, porque estava meio óbvio que ela estava olhando para ele.
- Prazer! – eu e falamos.
- Vocês não são inglesas, são? O sotaque de vocês é diferente! – Danny finalmente falou.
- Não somos mesmo! Somos brasileiras! – respondeu calma.
- Oh, brasileiras! – Danny e Harry trocaram olhares pervertidos. – E o que vocês vieram fazer aqui?
- Passear! – menti.
- Vão ficar muito tempo?
- Não. Só três dias.
- Hm... – Danny olhou para Harry. – Nossa banda vai gravar em um estúdio aqui perto, será que vocês não iam gostar de ir? O nome da banda é McFLY. Você já ouviu?

“Lies, Lies, Lies...”.

- Na verdade não! – eu disse. segurou o riso.
- Então, vocês querem ir ao estúdio? – Harry finalmente resolveu perguntar.
- Claro! Vai ser interessante ver vocês gravando.
- Combinado! Daqui a pouco vamos subir para nos arrumar e deixamos o endereço com você.
- Ok! Eu vou sair um pouco da água. Vocês vêm? – Danny foi indo em direção à borda.
- Eu vou ficar! – eu disse encostando minhas costas na borda.
- Acho que eu vou sair um pouco, ! A viagem foi longa. Estou cansada
- Claro, ! Vai lá. – Óbvio que era por causa do cansaço que ela queria ir, não é?
- E você Harry? Vem? – Danny disse já fora da piscina.
- Não. Vou fazer companhia para a ! Alias, posso te chamar assim?
- Claro! Todo mundo chama.
e Danny sentaram na mesa dos meninos e ela chamou as outras para se juntarem a eles. Com certeza a e a estavam morrendo para que a gente contasse as nossas conversas com os meninos. Eu vi os seis sentados na mesa conversando e olhei para o Harry. Ele se aproximava da borda onde eu estava, parando bem perto de mim.
- Então... O Brasil é um lugar legal?
- Sim! Eu gosto muito. – Como se eu não soubesse que ele já tinha ido para o Brasil.
- A banda está pensando em fazer um show lá um dia desses.
- Mesmo? Aposto que os fãs brasileiros vão adorar! – eu e as meninas então nem se fala.
- Espero que sim! – ele foi chegando mais perto. Minha respiração começava a falhar. – Eu ouvi sempre falar que as brasileiras eram lindas e gostosas, nunca pensei que fossem tanto!
- Obrigada, eu acho! – todos os gringos só têm essa cantada, mas e daí? Era o HARRY JUDD!
- Ficou ainda mais linda vermelha. – ele apoiou suas mãos na borda, uma de cada lado do meu corpo. Deus, eu não respiro mais. Socorro! Eu olhei para baixo tentando não olhar nos olhos dele. Não era possível que ELE estivesse me dando uma cantada. Foram 4 anos esperando esse homem, e agora ele estava ali, na minha frente, tão perto de mim e ainda por cima me dando uma cantada.
Ele segurou meu queixo com uma das mãos.
- Não precisa ficar sem graça. Foi só um elogio!
- Não estou acostumada com muitos, principalmente de um inglês maravilhoso.
Ele sorriu
- Agora eu que vou começar a ficar sem graça.
- Com certeza você também fica mais lindo vermelho. – brinquei. Eu não acreditava que estava conseguindo formular frases com sentido perto dele. Para mim eu iria falar uma língua idiota e inexistente, e ele me olharia com cara de “que menina mongolóide” e iria embora, mas não. Estávamos realmente tendo uma conversa, e eu estava dando em cima dele! Não estava?
- Talvez eu fique mesmo. Só me deixando sem graça para descobrir.
- E como eu faço isso?
- Se eu contar perde a graça. Você vai ter que descobrir!
- Eu não vou descobrir em um dia, né Harry?
- Você pode passar o resto dos seus dias na Inglaterra com a gente, se quiser. Somos ótimos guias e podemos mostrar a cidade para vocês. – Por favor, me diz que ele não estava propondo isso.

“I guess I can fill a book with thing that I don’t know about you, baby!”

-
Claro. Assim eu conheço melhor a cidade.
- Só a cidade?
- E o resto dos meninos da banda. Não sei nada deles. – claro que não sei nada deles. Eles são só minha banda favorita e o homem falando comigo era o homem dos meus sonhos. Bobagem isso!
- Verdade! Eu apresento você para eles depois.
- Combinado! Vou adorar conhecer! Amo conhecer coisas novas e pessoas.
- Você podia conhecer uma língua inglesa!
Ele deu um passo para mais perto de mim. Será que ele ia fazer o que eu estava pensando que ele ia fazer?
- Além do inglês?
Ele segurou meu rosto com uma das mãos e acariciou-o levemente. Fui ao céu e fiquei por lá. Aquilo era o paraíso.
- Um inglês você já tem aqui!
Ele foi aproximando seu rosto do meu e quando tomei conhecimento, ele já estava me beijando. Todos esses anos sonhando haviam realmente valido a pena. Aquele era o melhor lugar do mundo. Ao lado DELE. Realmente, esse era o paraíso.
Harry colocou uma das mãos em minha cintura, enquanto a outra continuava em meu rosto. Minhas mãos automaticamente foram em direção ao pescoço dele. O beijo se tornava intenso a cada segundo. Me fazia bem pensar (se é que eu ainda conseguia fazer isso naquela situação) que ele realmente queria me beijar naquele jeito.
Ele foi parando os beijos aos poucos e quando finalmente acabou, ele me abraçou, fazendo carinho em meu cabelo. Eu me encaixava perfeitamente naquele lugar.
Logo depois, Harry me distanciou um pouco dele e olhou em meus olhos.
- Gostou de conhecer uma língua inglesa?
- Interessante ela! Quem sabe eu precise de mais aulas para aperfeiçoar?
- Estou totalmente ao seu dispor.
- AE HARRY! JÁ CONQUISTOU A BRASILEIRA! – Dougie estava gritando da mesa.
- Ela me conquistou na verdade! – ele sorriu para mim. As meninas ficaram com cara de surpresa, olhando.
- Depois você vai contar tudo para a gente, ! – gritou em português para que eles não entendessem.
- Claro né? – respondi.
- O que ela disse? – Harry me olhava confuso.
- Ela perguntou que horas é a gravação no estúdio.
- Ah sim! É as 16:00 horas! Que horas são?
- 15:00. – Tom gritou.
- Melhor corrermos! – ele disse me levando para a borda da piscina para sairmos.
Peguei minha toalha e me enrolei nela.
- Nós vamos subindo e encontramos vocês na porta do hotel em meia hora, ok? – Danny dizia, enquanto pegava suas roupas e ia em direção às escadas. Todos os meninos fizeram o mesmo. Harry passou por mim e me deu um selinho.
- Te vejo logo! – e foi andando juntos aos outros.
Esperamos os meninos já terem entrado no elevador para gritar.
- PALOMA, EU VOU TE MATAR! COMO ASSIM VOCÊ BEIJOU O HARRY JUDD? – berrava no meu ouvido.
- Tecnicamente, quem me beijou foi ele.
- VOCÊ VAI CONTAR ISSO DETALHADAMENTE PARA A GENTE, DIGO LOGO! – dessa vez era berrando.
- Sim, eu vou! Mas lá em cima, porque nós precisamos nos arrumar e ficar lindas e maravilhosas para encontrar com eles.
O telefone da piscina tocou e então o atendente do bar chamou meu nome. Era o Dougie no telefone, dizendo que o produtor estava adiantado e queria eles lá o mais cedo possível, e que não podiam esperar por nós porque, segundo ele, mulher demora demais se arrumando. Ele me passou o endereço, que eu anotei em um pedaço de guardanapo, tomando cuidado para não molhar.
Eu e as meninas subimos para nossos quarto e começamos a tomar banho. Enquanto isso, eu ia contando todos os detalhes daquele beijo.
- Os gringos só têm essa cantada, né? – disse enquanto penteava o cabelo.
- Uhum! Eu pensei nisso na hora, mas era o Harry! Ele podia até me mandar a cantada da aula de canto que eu pensava que era poesia romântica.
- Aula de canto? – perguntou confusa enquanto abria suas gavetas procurando uma blusa.
- É! Essa é boa para você mandar pro Dougie, quer ver? “Oi Dougie, você faz aula de canto?”. Então ele responde: “Não, por quê?” aí você: “Então vamos ali para o canto que eu te ensino”.
Todas as quatro tiveram ataques de risos longos. Até que conseguimos respirar direito e lembrar que haviam quatro ingleses esperando pela gente.
Finalmente prontas, descemos para a portaria para andar até o estúdio. Dougie me disse que ficava a duas ruas do hotel, portanto, não precisávamos ir de carro.
Quando estávamos entrando na rua do estúdio, encontramos a pessoa que eu menos gostaria de encontrar hoje: Izzy!
Eu e as meninas nos entreolhamos e começamos a comentar em português para que mais ninguém entendesse.
- Muita sorte encontrar justamente ela aqui, não é? – eu dizia, enquanto a analisava.
- Você teve sorte demais hoje, ! Deus está descontando agora. – precisava ser a fazendo esse comentário.
- Acho uma teoria interessante, mas resta saber se ela também está indo para o estúdio.
Continuamos a caminhar, e alguns prédios depois já era o estúdio. Estávamos atrás da Izzy e podemos vê-la entrando no prédio.
- Acho que eu realmente fui castigada. – eu disse triste. – Fui só uma diversão brasileira para ele.
- Calma, amiga! Tenho certeza que quando chegarmos lá, vai ter uma explicação. – dizia fazendo carinho na minha cabeça.
Finalmente chegamos ao prédio. Entramos no elevador e subimos até o andar indicado pelo Dougie.
Chegando lá em cima toquei o interfone e uma voz masculina atendeu:
- Quem é?
- Convidadas dos meninos do McFLY. – eu respondi.
- Sim, senhoras! Oi, ! É o Danny!
- Oi, Danny! Vai abrir a porta? – eu brinquei.
- Ah, claro! – ele disse e eu pude ouvir aquele barulhinho de porta automática abrindo.
Entramos e os meninos estavam sentados no sofá junto com o produtor. Izzy estava sentada em uma poltrona, de frente para eles. Pude ver ela nos analisando com o olhar.
- Olá, meninas! – Tom e Dougie falaram simpáticos.
Harry levantou do sofá e veio falar conosco. Deu dois beijinhos em cada menina e, quando chegou a minha vez, ele sorriu e me deu um selinho demorado. Acho que ele não faria isso se realmente estivesse com a Izzy, não é?
- Oi, minha brasileira!
- Oi, meu inglês! – eu sorri sem graça.
- Como vocês são possessivos. Se conhecem há um dia e já tem pronome possessivo na frente da nacionalidade. – Dougie disse levantando do sofá e indo nos cumprimentar direito.
- Então, meninos? Vamos voltar ao trabalho? – eu ouvi o produtor falando.
- Claro!
Os quatro junto com o produtor foram andando para uma sala mais adiante, e os meninos pediram para que nós os seguíssemos.
O estúdio era um lugar bem calmo. Eu passaria horas lá, tranquilamente. Ficamos do lado oposto do lugar onde se gravava, mas como existia um vidro separando, podíamos ver tudo que acontecia com os meninos. Aquela mesa cheia de botões era realmente enorme.
Eles começaram a tocar uma música do novo CD. Nos demos bem, porque não conhecíamos, então não teria problema para fingir que não sabíamos a letra. Aliás, nos demos bem duas vezes, porque éramos as primeiras fãs a ouvirem a música.
Cada um tocava de cada vez, até que depois tudo foi colocado para tocar junto e ficou perfeito. Não conseguimos conter nossos sorrisos de satisfação ao ver o começo da gravação de uma música DELES.
- Gostaram meninas? – Danny perguntava tirando a alça da guitarra do ombro.
- Eu amei! Como sempre! – Izzy respondeu.
- Obrigado Izzy, mas eu queria saber das outras meninas.
- Eu gostei muito! – eu prendi o riso para não rir da cara de idiota que a Izzy ficou com o fora do Danny. – Aposto que as meninas também, não é? – todas fizeram que sim com a cabeça.
- Amanhã vai ter um show nosso, restrito para apenas algumas fãs sortudas de todo o mundo. Será que vocês querem ir? – Harry explicava.
- Acho ótimo! Só espero que as fãs não matem a gente! – disse rindo.
- Se elas forem matar alguém, que matem a ! Quem beijou o Harry foi ela. – dizia com cara de como se fosse óbvio.
- Nossa, ! Que amor que você tem por mim! Emocionante! – eu ria do comentário.
- Disponha!
- O luau vai ser às 19:00 horas e a gente vai aproveitar para comemorar.
- Comemorar? Que dia é hoje? – perguntou confusa.
- 11 de março!
me olhou com cara de desespero. A GENTE ESQUECEU DO ANIVERSÁRIO DO DANNY. A , que percebeu logo o nosso fora, disse:
- E qual o motivo na comemoração?
- Amanhã é aniversário do Danny!
- Aaah! Que lindo! Quantos aninhos? – como se ninguém soubesse que ele ia fazer 24.
-
24 anos! – Danny disse caminhando para a parte que nós estávamos do estúdio. – Vocês vão, não é?
- Claro! Não perderíamos por nada. – Nós estávamos na Inglaterra por causa desse show. Se nós não fossemos éramos loucas.
- Acho melhor voltarmos ao trabalho, se não nada fica pronto hoje!
Eles continuaram a tocar e nós só observando. Sentadas no sofá, íamos fazendo pequenos comentários entre uma gravação e outra. Fazíamos em português para não ter risco que alguém ouvisse um comentário muito idiota.
No final do dia, já estávamos todos sentados na sala conversando. Os meninos estavam combinando as musicas certas para o show do dia seguinte e eu e as meninas ficamos olhando.
- Eu não sei, gente! O que vocês preferem tocar: Falling in love ou Pov? – Tom perguntava para todos.
- Bom, eu prefiro Pov, mas se vocês quiserem Falling... – Danny dizia.
- Todo mundo concorda com Pov? – Dougie disse finalmente.
Pude ver varias cabeças concordando.
- Então pronto! É Pov!
- Adoro a praticidade do Dougie! – Harry disse rindo.
- Que horas são? – eu perguntei.
- São 21:00! Por quê?
- Tá meio tarde, né? Acho melhor a gente ir voltando pro hotel. Se vocês forem ensaiar mais tudo bem, mas como a gente vai andando, é melhor ir logo.
- A gente não vai mais ensaiar não, vai? – Harry perguntou para o produtor.
- Não! Podem ir se divertir!
Todos nos levantamos e fomos em direção à porta. Izzy levantou também e desceu com a gente no elevador.
- Eu vou para casa. Amanhã nos vemos! Tchau, Harry! – disse e deu um beijo em seu rosto. Eu quis matar aquela mulher! Nessas horas que um raio laser seria útil.
- Tchau! – ele disse seco. ADOREI!
Fomos todos andando para o hotel, conversando. Chegando lá, eles nos convidaram para ir um pouco ao quarto deles. Danny e Harry estavam em um quarto, e Tom e Dougie em outro. Ficamos todos no quarto do Danny e do Harry. Conversamos até umas 2 da manhã.
- Nossa! Estou morrendo de sono! – disse bocejando.
- Você pode deitar na minha cama, se quiser. – Danny ofereceu batendo de leve em sua cama.
- Mas se eu dormir aí, depois eu não vou acordar para ir para o meu quarto.
- Eu te levo no colo.
Eu limpei a garganta falsamente.
- Que isso, Danny! Não quero dar trabalho.
- Então dorme aqui!
Segurei o riso. Eu sabia que esse era o sonho da . ERA O DANNY JONES A CHAMANDO PARA DORMIR NA CAMA DELE.
Ela sorriu.
- Então, vai aceitar a minha proposta?
- Não sei... Realmente não vai ter problema?
- Que isso, ! A cama é de casal! Cabem três pessoas aqui até.
- Posso dormir com vocês, então? – Dougie disse.
- Você tem sua cama por algum motivo, não é? – Danny disse sarcástico.
- Tudo bem. – Dougie disse com cara de cãozinho abandonado.
- Então resolvido! A dorme aqui!
Ela deu um sorriso para mim como se dissesse: Consegui!
- Eu vou indo para o meu quarto, então! Já que a vai dormir aqui, eu tenho uma cama de casal só pra mim. – Eu disse enquanto levantava da cama de Harry.
- Você disse cama de casal? – Harry perguntou levantando comigo.
- Sim, por quê? – como eu sou cínica.
- Bom, eu vou explicar para você, ! Duas camas de casal aqui e uma cama de casal lá. A dona de um lado da cama de casal de lá, vai ficar em uma cama de casal daqui. Então, o dono da cama de casal daqui, fica no lado da cama de casal lá.
- Harry, se você quer dormir no meu quarto, é só pedir. Não precisa fazer explicações complicadas demais para a minha cabeça.
Ele simplesmente sorriu.
- Acho que a gente sobrou Dougie! – Tom disse levantando da cadeira onde estava.
- Pois é, Fletcher. Vamos pro nosso quarto que é o melhor a se fazer!
- Seus dois gays! O que a falta de mulher não faz com uma pessoa? – Danny disse levantando da cama para tirar o edredom para .
bocejou ao seu lado e deitou na cama.
- Dorme bem! Qualquer coisa eu estou na cama do lado. – ele disse dando um beijo na testa dela.
Todos saíram do quarto e somente e Danny permaneceram.
Fui andando para o meu quarto com Harry. Meu quarto ficava três andares abaixo do deles.
Eu e Harry entramos no elevador em silêncio. Apertei o botão e fiquei olhando para a porta. O que será que aconteceria naquele quarto? Eu não queria nada, de verdade mesmo. Depois de anos esperando, eu não queria nada disso com ele essa noite. Eu seria só uma aventura para ele! Daqui a três dias nós iríamos embora e isso só passará de um nada para ele.
Chegamos ao nosso andar e ele me esperou na porta do elevador estendendo sua mão para mim. A segurei e fomos andando até o meu quarto. Peguei o cartão e passei. Aquele barulhinho apitou e nós dois entramos.
- Você que beber alguma coisa? – Eu disse colocando a chave em cima da mesa.
- Não! Eu estou bem assim. – ele respondeu sentando na cama.
- Eu vou trocar de roupa! Já volto! – entrei no banheiro e coloquei meu pijama. Quando saí, Harry estava apenas de calça, e sua camisa está dobrada em cima da mesa.
- Você se importa? Está calor demais para ficar de camisa. – eu olhei aquele corpo de cima a baixo. Respirei fundo e tentei formular uma frase.
- Não! Tudo bem. Está calor mesmo! – Ele nem imaginava o quanto eu estava com calor depois dessa.
Pude ver ele me analisando também. Eu estava com um short no meio da coxa e uma blusa grande que eu usava para dormir. Não estava nada demais, porém homens vêm perversões em tudo.
Ele bateu a mão levemente do lado dele na cama. Andei até a cama e sentei ao seu lado. Ele sorriu para mim e tirou o cabelo do meu rosto. Fiquei um pouco vermelha, pude notar.
- Você é linda!
- Obrigada. – eu olhei para baixo e sorri. Ele segurou meu queixo e o levantou. Chegou perto de mim e me beijou. Esse era o nosso segundo verdadeiro beijo. Parecia melhor que o primeiro, de algum modo. Dessa vez nós estávamos sozinhos em um quarto, e podíamos nos empolgar o quanto quiséssemos.
Ele me chegou para trás na cama e deitou em cima de mim. Eu sabia onde ele queria chegar, mas ele não ia conseguir. Deixei-o aproveitar até onde fosse possível. Ele me beijava com vontade e fazia carinho no meu rosto. Aquilo me fazia bem. Era o melhor lugar que eu poderia me imaginar em todo o mundo. Ele desceu a mão até minha cintura. Minha respiração começou a ficar ofegante, mas não o impedi.
Ele se afastou de mim e me olhou nos olhos.
- Eu juro para você que eu não vou fazer nada. Não quero que você pense que será apenas qualquer uma para mim. Sei que eu fui meio desesperado em dar o primeiro passo, mas eu não costumo ficar com qualquer uma. Você realmente me encantou, e eu quero ver se isso é realmente o que NÓS queremos. – ele sorriu.
Eu apenas concordei com a cabeça e o beijei. Ainda assim não iria acontecer nada. Eu não queria que acontecesse sem que fosse realmente algo especial para o dois. Não era certo, mesmo sendo o homem da minha vida.
Nós ficamos lá nos beijos, passadas de mãos e mais beijos. Nada que não fosse normal. Ele me respeitou cada segundo e eu achei isso lindo a cada segundo. No final de tudo, ele me abraçou e nós deitamos juntos debaixo do edredom.
Quando acordei de manhã, olhei para o lado e vi o rosto de Harry do meu lado. Para mim, aquilo era apenas mais um sonho como todos os outros. Levantei da cama e olhei pela janela, eu conseguia ver a London Bridge de lá.
Nunca tinha visto algo tão lindo. Era inexplicável a sensação de perceber que eu realmente estava em Londres e que meu cérebro não havia inventado.
Resolvi parar com meus devaneios e voltar para a cama mais ou pouco. Olhei novamente para o rosto de Harry ao meu lado. Lembra quando eu disse que não havia nada mais lindo que aquela vista? Observar aquele homem dormindo tornava aquela afirmativa falsa.
Enquanto o observava, ele começou a abrir os olhos.
- Bom dia, Bela Adormecida! – eu disse.
- Bom dia, pequena! Você está acordada há quanto tempo?
- Tempo suficiente para descobrir que você ronca!
- Mentirosa. Eu não ronco!
- Como você sabe? Você não se escuta dormindo!
- Minha ex-namorada me disse!
- A Izzy, não é? – claro que tinha que ser
- É... Como sabe?
- Pelo jeito que ela olhou quando você me beijou. – óbvio que eu notei o olhar mortal dela para mim, mas eu já sabia mesmo antes disso.
- Eu não reparei! Espero que você não se preocupe com isso! A história com ela já acabou faz tempo.
- Tudo bem! Não estou preocupada. Afinal, foi comigo que você passou a noite e não com ela. – eu dei um sorriso triunfante.
- Muito bem observado! – ele veio em minha direção e deitou na cama, me beijando. Era incrível como a cada beijo ele me fazia sentir algo diferente e o frio na barriga só aumentava.
- Harry! – eu dizia entre os beijos.
- Sim? – ele respondia nos segundos que sua boca não estava junto à minha.
Eu coloquei minha mão em seu peito descoberto. Ele olhou para minha mão e depois em meus olhos com um sorriso.
- Acho que você tem que encontrar os meninos, não? Além disso, eu tenho que ir ao seu quarto dar parabéns para o Danny. - tenho mesmo não é? – ele me olhou desapontado – Vou tomar um banho antes, você me espera?
- Claro! Vou escolhendo minha roupa para o grande show! – essa roupa já estava escolhida fazia alguns meses.
Ele entrou no banheiro e eu abri o armário procurando a roupa que eu havia escolhido. Coloquei-a em cima da cama e olhei para o relógio. Ele marcava 12:35. Peguei outra roupa para colocar após o banho. Sentei na cama e esperei Harry sair.
Aposto que ele fazia isso com todas as meninas em turnê, mas no final seria uma boa lembrança.
Enquanto eu ficava pensando como seria difícil ter que ir embora depois de ter conhecido eles, Harry apareceu na porta do banheiro apenas com uma toalha amarrada na cintura. Ar? O que é ar depois dessa cena?
- Já escolheu a roupa?
Eu apenas balancei a cabeça positivamente.
- Você está bem?
- Claro! Estava só pensando na vida.
- Sua vida me incluía?
- Talvez... – eu levantei da cama, fui em sua direção, fiquei na ponta do pé e o beijei.
- Vou interpretar isso como um sim! – ele sorriu.
Dava vontade de dar um soco naqueles dentes. Quem sabe assim eles paravam de me deixar sem ar.
Entrei no banheiro e tomei um banho um pouco demorado. Queria aproveitar aquela água quente na minha cabeça. Ela fazia meus pensamentos funcionarem melhor.
Depois de dez minutos, eu saí do banho enrolada na toalha, porque é claro que eu tinha esquecido a roupa em cima da cama.
Harry me olhou de cima a baixo, mordendo os lábios. Aquela não era a situação mais constrangedora do mundo?
- Wow!
- Para, Harry! Eu fico sem graça.
- Desculpa, mas eu não me contenho!
- Homens... – eu disse indo em direção à cama e pegando minha roupa que já estava lá. Voltei ao banheiro e coloquei a roupa. Quando sai novamente, Harry estava pronto, sentado na cama me esperando.
- Vamos? – ele disse levantando.
- Vamos!
Saímos e fomos até o elevador para chegar ao quarto dele. Ao chegar, bati levemente na porta, porque do jeito que o Danny era, provavelmente estava dormindo. Para a minha surpresa ele não demorou quase nada para atender a porta. A já estava arrumada sentada na poltrona ao lado da janela.
- Bom dia, Danny! – eu dizia entrando no quarto.
- Boa TARDE, ! – ele sorriu
- PARABÉNS! – eu não me controlei de emoção por estar realmente dando parabéns para ele pessoalmente e não por uma mensagem de myspace que ele nunca deve ter lido em todos esses anos. O abracei forte e pude sentir ele me tirando do chão. Era um dos momentos mais felizes da minha vida.
- Obrigado, baixinha!
Eu entrei e sentei da cadeira ao lado de .
- Você vai me contar em detalhes essa noite! – eu disse ao sentar ao lado dela.
- Nada que você não esperasse que fosse acontecer. – ela abaixou a cabeça e ficou vermelha.
- !
- Não! Isso não!
- Acho bom! – eu ri.
- O que as meninas riem, posso saber? – Danny disse sentando em frente à , na cama.
- Nada demais! Papo de menina! – eu disse indo sentar na cama, ao lado de Harry.
- Onde estão os meninos? – perguntou.
- Bom, eu pensei que eles estivessem aqui com vocês. – Harry disse.
- Eles vieram aqui de manhã, mas já foram. Devem estar na piscina ou algo assim...
- Possível! E as meninas estavam com eles? – eu perguntei olhando para Danny.
- Estavam sim! Por quê?
- Nada! – eu olhei para e ela deu um risinho e um aceno positivo com a cabeça.
- Vamos descer e encontrar com eles então? Daqui a pouco nós temos que ir para a casa de praia e arrumar o luau.
Levantamos e descemos para a piscina. Como o Danny havia pensando, os quatro realmente estava na piscina. Eu e ficamos pasmas com a cena que estávamos vendo. e Tom estavam dentro da piscina aos beijos, enquanto estava sentada no colo de Dougie na borda da piscina.
- ! Espera só a sua mãe saber disso! – eu gritei e no mesmo tempo ela e Tom se separaram.
- Eu te odeio, !
- Odeia nada! Volta a se pegar com o Tom que é o melhor que você faz!
Tom olhou em minha direção sem graça. Ele estava com medo de que eu realmente contasse para a mãe dela.
- Tudo bem, Tom! Eu não vou contar para a mãe dela o que vocês fazem na piscina sozinhos!
Ele deu um sorriso e voltou a beijar .
- Os ingleses são rápidos, não é? – disse indo sentar em uma mesa.
- Eu que sei! – olhei para Harry. Ele olhou para baixo e passou a mão na parte de trás da cabeça. – Mas eu não ia aguentar esperar mesmo!
- Dougie, deixa de safadeza com a brasileira e vem aqui porque a gente precisa falar sobre o show de hoje!
levantou de seu colo e foi andando em direção à mesa, junto com Dougie.
- É melhor ser importante!
- Na verdade não era nada. Eu queria apenas perturbar vocês dois.
- Danny, você é desprezível! – disse sentando na cadeira ao seu lado.
- Faz parte do meu charme!
Todos olhamos para a piscina e ainda estava com Tom dentro da água. Era tão perfeito ver que todos os nossos sonhos realmente estavam se realizando, mesmo que cada um em um tempo.
Harry olhou para o relógio e em seguida para Danny.
- Já são 13:45! Não é melhor vocês 4 irem tomar banho para podermos ir para a casa de praia?
- Realmente. – Danny disse levantando da cadeira.
- Mas gente... – Dougie olhou para .
- Lá tem espaço para vocês se pegarem, gente.
- Ah! Então tá bom! – Dougie riu.
Chamamos o casal aquático que ainda estava na piscina e todos subiram para se arrumar. Eu arrumei minha bolsa com a roupa do show, máquina, coisas de mulher e meu celular.
Eu e Harry fomos até o Hall do hotel esperar o resto deles. Logo Tom, , Danny e desceram. E aí eu me pergunto: o que e Dougie estavam fazendo? Sorri com o meu pensamento. Poucos minutos depois os dois estavam lá junto a nós.
Entramos na van que estava no estacionamento. Um mundo de fãs estava lá aguardando. Só de pensar que eu já fui uma delas, era até estranho.
Eles acenaram, sorriram e foram falar com elas. Nós 4 entramos dentro da van para que ninguém visse, porque com certeza ia gerar alguma primeira página de jornal inglês.
Chegando à casa eu fiquei encantada. Ela era linda mesmo! Era branca com as paredes de vidro por onde dava para ver o mar. O show provavelmente seria do lado de fora porque não sei se caberiam todas as fãs lá dentro da casa.
Os meninos entraram para poder encontrar o produtor. Nós 4 ficamos sentadas na praia.
- ? – chamou.
- Eu sei! É incrível, não é?
- Nós estaríamos aqui em poucas horas se não tivéssemos tido essa sorte absurda de conhecer eles.
- Dá para acreditar que estamos aqui?
- Não mesmo! – disse olhando para o mar.
- Meninas! – pudemos ouvir Tom gritando. – Nós vamos ensaiar um pouco. Querem ver?
- Claro! – levantou e foi correndo até a casa. Tom segurou sua mão e a abraçou. Meus olhos ficaram cheios de lagrimas de ver aquela cena.
- Vocês não vêm? – Tom perguntou ainda abraçado com .
- Claro! – nós três levantamos e fomos andando em direção a casa.
Eles já estavam pegando os instrumentos para montar. Queria ver montar a bateria do Harry na areia!
- Harry como a gente vai montar a sua bateria na areia? – Danny perguntou. Por isso que eu gosto do Danny. Ele pensa como eu.
- Eu não vou montar ela na areia Danny! Eu vou montar no deck e vocês vão ficar na areia!
- Ah, ok!
Ele começou a montar a bateria no deck que ficava do lado de fora da casa. Ele ficava virado para o mar, e os meninos possivelmente ficariam sentados ali na frente dele. As fãs ficariam na areia.
Harry levou uns vinte minutos montando a bateria. Eu achei aquilo incrível! Eu iria demorar horas.
Alguém bateu na porta da casa. Danny foi abrir. Pude o ouvir falando alguma coisa e mandando a pessoa entrar.
Quando ele e a pessoa chegaram ao lado de fora, eu reconheci a voz. E adivinha quem era? Izzy!
- Olá, meninos!
- Oi, Izzy. – eles responderam.
Ela sentou no sofá da sala e ficou lendo alguma coisa qualquer.
Os meninos começaram a tocar “Star girl”. Meus olhos começaram a ficar molhados. Contive as lágrimas. olhou para mim e viu como eu estava. Todas nós estávamos da mesma forma. Tivemos que colocar a mão na boca para poder não cantar cada palavra da música. Eu tentava controlar para não fazer até os solos do Danny.
Eles tocaram mais uma serie de músicas e em todas nós tentamos ficar controladas. Chegou a ser engraçado, porque às vezes eles olhavam bem na hora que a gente estava cantando e nós tentávamos disfarçar.
Eles terminaram de ensaiar já era 15:30. O show começaria as 18:00, ainda dava tempo de enrolar um pouquinho.
Quando olhamos pela janela já haviam algumas fãs do lado de fora, mas eram poucas. Se fosse no Brasil, nós estaríamos lá desde o dia anterior. Ri com o meu pensamento. Então 17:00 as fãs começaram a entrar e ocupar seu lugares do lado de fora. Os meninos tinham entrado no quarto e só nós 5 estávamos do lado de fora.
Eu ouvia todas as fãs comentando como estavam esperando por esse dia, que estavam emocionadas e coisas assim. Elas falavam milhares de línguas diferentes. Era incrível!
Eu e as meninas nos juntamos a elas. Queríamos sentir a emoção de fãs também.
Estávamos lá no meio de todas e foi divertido fingir que era tudo como antes por alguns momentos. Até o momento que eles entraram e eu lembrei que eu já conhecia, já conversei, já brinquei, já abracei todos eles e já beijei o Harry.
Eles entraram e fizeram brincadeirinhas como sempre. O Harry olhou diretamente para mim e deu um sorrisinho. Eu sorri de volta.
Eles tocaram músicas antigas no começo. Tentamos nos controlar, mas não dava mais. Começamos a cantar sem nem se importar com o que eles iam pensar. Depois de três músicas veio aquela que mexia comigo mais que todas: Point of view!
Danny começou a cantar lentamente e eu comecei a derreter internamente. Essa musica nem que eu quisesse, eu conseguia cantar. Era hipnotizante demais. Eu olhava para cada um deles com um carinho especial, como eu fiz no último show que eu fui. Essa tinha sido a música que eu mais havia chorado no outro show, e nesse não foi diferente.
Quando eles terminaram de tocar, e eu já estava totalmente arrasada depois dessa musica, eles anunciaram uma pausa. As fãs se dispersaram pela praia um pouco e nós entramos na casa.
Já começava a escurecer e a ficar frio também. Fui até o quarto pegar o meu casaco. Encontrei o Dougie lá sentado na cama.
- Tocou muito, hein Dougie!
- Você achou?
- Achei sim! Queria aprender a tocar baixo um dia!
- Um dia juro que eu te ensino.
- Vou cobrar, hein? Você viu o Harry por aí?
- Ele estava lá na sala. Você não viu?
- Não! Acho que ele não devia estar lá ainda. Eu vou procurar.
Saí no quarto vestindo o meu casaco. Quando cheguei à sala, vi os outros dois meninos e as minhas meninas, mas nada do Harry. Talvez ele estivesse lá fora.
Saí e não vi Harry no deck. Resolvi procurar do outro lado, onde havia uma outra área aberta.
Quando cheguei lá vi no banquinho duas pessoas sentadas. Quando cheguei mais perto pude ver que eram Harry e Izzy. Eu gelei por um momento, mas me segurei. Izzy estava com a cabeça apoiada no ombro dele, porém ele estava sentado normalmente, sem consolá-la. Izzy levantou a cabeça e me olhou. No mesmo momento ela voltou a colocar a cabeça no ombro de Harry. Aquilo me deu uma raiva incrível.
O melhor de tudo é que o Harry não fez nada a respeito. Eu preferi não ficar para saber o que ia acontecer depois, talvez eu não me aguentasse de raiva. Fui novamente para a sala. Tinha uma mesa com bolo e doces. Eu tinha esquecido que hoje era aniversário do Danny, provavelmente eles iam fazer uma comemoração com todos lá. Tom foi até o lado de fora e gritou para as fãs que estavam lá. Não haviam mais de 100!
As meninas começaram a entrar, impressionadas porque o Tom tinha pedido para que elas entrassem. Acomodaram-se na enorme sala, esperando que todos estivessem lá. Logo os quatro já estavam lá. Harry tinha voltado junto com a Izzy, fato. Ele passou por mim dando um sorriso, mas eu ignorei solenemente.
Dougie foi até a frente de todos e começou a falar.
- Como a maioria sabe, hoje é aniversário do Danny e nós resolvemos fazer uma pequena comemoração para ele.
Todas gritaram animadas. Danny foi andando até o lado de Dougie.
- Não tem melhor jeito de comemorar um aniversário do que com os fãs, certo? - ele deu um sorriso. As meninas deram berros estéricos. Agora eu achava graça, mas eu iria fazer a mesma coisa.
Os quatro se juntaram na mesa do bolo e eu peguei minha câmera. Comecei a tirar várias fotos, eu queria guardar aquele momento quando eu voltasse para o Brasil.
Nós cantamos “parabéns!” para o Danny animadamente. Foi um dos momentos mais lindos que eu já havia tido.
Depois disso, Danny veio falar comigo. Eu senti as suas mãos na minha cintura, pelas costas.
- Você está bem, pequena?
- Na verdade não.
- É o Harry, não é?
- Sim! Eu o vi com a Izzy lá fora!
- Calma! Tenho certeza que ele vai te dar uma ótima explicação.
Ele me deu um beijo na testa.
- Eu vou procurar a , ok?
- Vai lá, Danny! Ela tem que te dar o presente de aniversario, né?
Ele sorriu e mordeu o lábios.
No final todos começaram a voltar lá para fora, e Harry veio falar comigo.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não sei! Você que deve saber, ou melhor, a Izzy deve saber também!
- Do que você está falando?
- Do que eu estou falando? Talvez da cabeça dela no seu ombro e aquela cena linda de vocês dois lá fora?
- Aquilo? , aquilo não era nada. Ela só estava desabafando.
- Encostada daquele jeito? Ela me viu lá, Harry, e mesmo assim continuou!
- , eu te juro que não foi nada! Acredita em mim.
- Eu acredito, de verdade, mas você não pode dizer que eu estou errada em ter ciúmes.
- Não, você não está! Eu sei que ela ainda gosta de mim e eu não posso negar que a nossa história foi longa e não foi qualquer uma na minha vida.
- Agora você vai me dizer que ainda gosta dela?
- Não, não é bem assim...

“When you star talking, I start walking”

Estava bom demais para ser verdade não é? Eu virei as costas e saí andando em direção ao quarto, porém senti a mão do Harry segurar meu braço.
- Me solta, Judd!
- Não solto e... Espera! Como você sabe o meu sobrenome?
Pronto! Agora estava tudo acabado de vez.
- Então, eu disse que não conhecia a banda, mas na verdade... Eu conheço vocês fazem anos! Eu fui no show de vocês no Brasil e se você olhar na lista de fãs do show de hoje, você vai encontrar o meu nome e o nome das meninas.
Ele ficou me olhando por um tempo, sem reação nenhuma no rosto. Nessa hora eu tive certeza que estava tudo chegando ao fim.
- ...
- Eu já sei, Harry! Depois disso está tudo terminado, certo?
- Não! Eu não ia dizer isso! Por que você não me disse?
Eu abaixei a cabeça. Eu estava com vergonha demais para encará-lo.
- Porque se eu dissesse você nunca ia falar comigo direito! Você ia achar que eu era apenas mais uma fã qualquer e ia me tratar como uma. Eu não queria isso! Eu queria que você me visse apenas como uma mulher e não uma mulher que já te ama.
- É... Você tem razão, em partes! Isso mostra que a gente ainda tem muito que se conhecer, não acha?
Eu levantei a cabeça sem entender nada. Como assim ele não tinha terminado tudo?
- Harry, você não está falando sério! Além do que, eu estou voltando para o Brasil em dois dias, lembra?
- Volta! Tenho certeza que sua mãe vai adorar a idéia de você fazer faculdade aqui.
Ele sorriu para mim. Ele parecia realmente estar falando sério.
- Não inventa, vai! Como se isso fosse possível!
- Daqui a dois dias você vá para o Brasil, arrume as suas malas, venha para cá e faça sua aplicação para a faculdade. Tenho certeza que você vai conseguir uma vaga aqui.
- Para de ler minha mente! Parece até que você sabe que eu sempre sonhei com isso.
- Saber o que você pensa faz parte do meu charme!
Ele foi andando em direção aos meninos e falou algo baixinho do ouvindo de Danny. Eu só pude ouvir a resposta.
- Mas você não sabe tocar Harry!
O que será que ele estava aprontando? Eu precisava esperar para ver, certo? Tom foi até o microfone e disse:
- Pessoal! O intervalo acabou! Vamos todos lá para fora que o show vai continuar.
Todo mundo andou até a praia, parando em frente ao palco. Os meninos voltaram aos seus lugares e começaram a tocar mais músicas. Passaram-se mais cinco músicas, que eu podia cantar sem medo agora! Era tão bom não precisar mentir para eles. Porém, eu ficava pensando naquilo que Harry havia dito. Será mesmo que aquilo daria certo? Era impossível! Eu sabia disso, mas uma parte de mim ainda queria acreditar que era possível ter ele para mim.
- Todos os nossos shows têm pequenas surpresas para os fãs, e nesse não poderia ser diferente! Você foram sortudas e conseguiram vagas para esse show exclusivo. Assim que postamos isso no Myspace e dissemos que apenas os 100 primeiros a postar estariam na lista, nenhum de nós pensou que fosse ser tão rápido. Vocês são os melhores fãs do mundo! Obrigado mesmo! – Danny disse observando cada um na platéia. – Dessa vez a surpresa é para pessoas específicas! Eu queria chamar no palco as fãs que nós acabamos de descobrir que são fãs! – ele começou a rir. Como ele era tapado! – , , e !
- Muito engraçado, Danny! – gritou ao meu lado.
- Vocês vêm ou não?
- Não! – as quatro gritaram juntas.
- Tudo bem, então a gente toca com vocês longe! Harry! Vem aqui para frente.
Harry? Na frente? Quem toca?
- Bom, por um milagre o Harry resolveu ter idéias descentes e nós vamos fazer uma homenagem original!
- Danny! Assim parece que eu sou burro!
- A sua sorte é que você é gostoso! – eu gritei.
- Obrigado pelo incentivo!
Ele sentou em um baquinho mais na frente, ao lado de Danny.
Danny começou a tocar e eu imediatamente reconheci a música: Falling in love!
Aquilo era o que eu chamava de golpe baixo, e o pior de tudo era o Harry cantando. Não que ele cante mal, porque ele canta bem até demais, mas aquilo piorava o golpe baixo.
Nós quatro ficamos olhando paralisadas para o palco. Estava lindo! Eu sempre disse que a voz do Harry era melhor do que a dos outros, mas essa foi a comprovação! Dessa vez eu não chorei, não gritei, nem cantei. Eu só fiquei olhando, controlada, para o palco onde os meus ídolos tocavam uma música deles.
Quando o Danny tocou a última nota da música, todas as fãs que estavam ali fizeram um uníssono de gritos. Eu comecei a rir à toa! Eu estava orgulhosa deles, orgulhosa de mim, das meninas, de onde nós chegamos. Depois de anos tentando, nós estamos perto deles e eles reconheciam que nós éramos fãs mesmo.
- Desculpa pessoal, mas o show agora realmente acabou. – Tom disse no microfone enquanto levantava do banco. Novamente um uníssono, mas dessa vez de “Ah!”. – Vocês foram os melhores hoje. Muito obrigado mesmo, e nós nos vemos da próxima vez! – depois de falar isso, todos levantaram e foram entrando um por um dentro de casa.
Esperamos todas as fãs saírem para podermos entrar, porque se nós entrássemos com elas lá, eu aposto que iríamos ser mortas. Elas foram saindo aos poucos, até que em vinte minutos não havia mais ninguém por lá.
- Harry Judd! – eu entrei na casa gritando.
- Pareceu minha mãe quando eu faço algo errado! Eu fiz algo errado?
- Não, você não fez nada errado! – eu corri até ele e ele me segurou em seus braços, e eu senti segurança. Aquele era o lugar que eu sempre quis e sempre vou querer estar, mas será que eu poderia querer isso? Ele me abraçou forte e beijou o topo da minha cabeça.
- Oh, como vocês são lindos! – Danny disse sentado no sofá, e com sentada em seu colo.
- Oh, como você é implicante! – Harry disse olhando para Danny por cima da minha cabeça.
- Sem querer estragar o lindo momento... – Tom disse.
- Mas já estragando! – Danny continuou.
- Eu queria muito ir embora, porque eu estou muito cansado!
- Ok! Vamos todos para o hotel então.
Chegando ao hotel, eu e Harry fomos para o meu quarto. Ficamos horas conversando sobre eles e sobre minha vida no Brasil, até que adormecemos.
Os dois dias que nos sobravam em Londres foram aproveitados ao máximo. Demos voltas na cidade, os meninos nos mostraram alguns pontos turísticos e lugares importantes. Passamos então na frente de Cambridge e meus olhos brilharam. Harry me olhou e percebeu o meu estado. Chegou perto de mim e sussurrou em meu ouvido:
- É só você querer!
Sorri. Eu queria! Eu ia estudar lá!
Fomos para o hotel novamente arrumar nossas malas para partir. No dia seguinte os meninos tinham um show e precisavam ensaiar, mas fizeram questão de nos levar no aeroporto.
A despedida foi a pior da minha vida. Ter que deixar aquele homem, o MEU homem, doía muito. O que nos reconfortava era que sabíamos que voltaríamos daqui a algum tempo, e quando esse dia chegasse, seria o começo da minha nova vida.”
- E foi assim que eu e seu pai nos conhecemos! – eu dizia enquanto cobria Clarissa, que estava deitada em sua cama, ao lado do irmão Daniel.
- Que lindo, mãe! – a menina dizia. Clarissa já tinha cinco anos e Daniel tinha quatro. A menina parecia muito comigo, mas Danny era a cara do pai dele.
- Mãe! – Danny disse sentado na cama.
- O que foi?
- Porque meu nome é Daniel?
- Porque é o nome do melhor amigo da sua mãe e do meu também! – Harry disse entrando no quarto.
- Que estranho! Os melhores amigos de vocês têm o mesmo nome!
- Não, amor! É a mesma pessoa. – eu disse indo cobri-lo.
Dei um beijo na testa de cada um e saí do quarto junto com Harry.
- Mãe! – Clarissa gritou do quarto.
- Como você e o papai fizeram eu e o Danny?
Eu olhei para a cara do Harry desesperada, esperando alguma ajuda.
- Isso é uma história para daqui a alguns anos, meu anjo. – ele disse fechando a porta do quarto.



N/a: Essa é a terceira fic que eu terminei! Sim, eu tenho varias idéias ao mesmo tempo e quase nunca termino o que eu começo. Essa na verdade foi um sonho que eu tive e resolvi passar para o papel, gosto muito dela. Espero que vocês também gostem *-* Por algum motivo eu sonhei sendo Judd e eu sou Jones!
Bom, eu preciso agradecer a algumas pessoas. Primeiro, a Clarissa que é minha melhor amiga e sempre lê o que eu escrevo! A Isabela que começou a ler as minhas coisas agora e está sempre me incentivando a escrever mais. As pessoas que já leram isso, Leka, Bella e Miim! Super adoro comentários, então se vocês quiserem comentar eu vou ficar bem feliz, até mesmo com os ruins!


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