(n/a: sugiro que deixe carregando e dê play quando a letra aparecer When I’m With You do Faber Drive)
Muita coisa mudou desde aquele desastroso Natal. Desde então, tenho evitado Natais, e Starbucks tem sido uma ótima companhia pra esse evento. Decidi não aparecer mais naquela empresa. Olhar pra Lauren iria me fazer relembrar daquele dia. E seria um caminho perdido - cedo ou tarde ela me demitiria por ter feito ela de corna comigo. Suspirei por um momento, era a segunda vez em quase dois anos que eu falava o nome dele. Eu tinha estipulado essa regra pra mim: ele não teria nome, eu não me lembraria dele, do nosso passado e muito menos daquela noite. Balancei a cabeça tentando tirar aquelas idéias loucas da mesma, já tinham se passado anos e eu não poderia ficar marcando passo a vida inteira.
‘Hm... Faltaram as maçãs’. Anotei mentalmente. Tinha mudado meu estilo de vida, por completo. Eliminei qualquer evidência dos dois. Como se eu nunca tivesse vivido os dois anos anteriores. Caindo na rotina de sair com vários caras, e nenhum ter relacionamento fixo, só na tentativa de esquecê-lo - aquele infeliz!
- Quatro e cinqüenta. – Escutei a senhora no caixa me avisar, me despertando dos meus pensamentos, ou melhor... pesadelos. Peguei as notas no meu bolso de trás e a entreguei, esperando pelo troco. Dei um sorrisinho sem graça e virei meu rosto, desviando minha atenção da demora dela e observei sem foco a rua pelo vidro da loja. Gelei da cabeça aos pés; encontrei aquele olhar que eu tanto evitava, olhando diretamente para mim. Tentei respirar, mas nenhum ar saía. Fiquei olhando, estática, enquanto a senhora do caixa tentava chamar minha atenção para o troco.
- Oh... Obrigada. – Peguei o troco e coloquei no bolso, sem desviar minha atenção.
- Senhora... Hm, a senhora está bem? Está pálida, deseja uma água ou algo? – Ela me olhava assustada, minha cara deveria estar bem pior.
- Não... Eu... Tô bem. Eu acho, obrigada de qualquer forma. – As palavras saiam da minha boca automaticamente. Não as sentia, só percebi quando tinha soltado-as.
Peguei minha sacola e andei lentamente para fora da loja, com meu olhar ainda fixo. Continha um outdoor enorme falando da turnê que McFLY faria, onde teriam uma semana de shows em Londres. Parada no meio da calçada, era assim que eu estava. Sem reação. Ele tinha conseguido, a banda dele tinha realmente feito sucesso ao extremo, e lá estava ele de novo. Com aquele olhar, com o mesmo sorriso. Queria, mais que tudo, que aquele outdoor se movimentasse, e ele viesse em minha direção. Apertei minhas mãos perto do meu peito esquerdo, pude sentir meu coração dar leves batidas precipitadas, com aquela leve dorzinha do fundo, que eu já conhecia de cor. Olhei para os lados assustada, tentando segurar minhas emoções, ou até tentando me segurar.
Fui correndo sem muita noção até ao meu apartamento. Não tive tempo de falar com porteiro, apenas fui correndo com a sacola na mão até chegar ao elevador, onde finalmente pude encostar-me à parede fria do mesmo. Respirei fundo e pesadamente ao mesmo tempo, várias e várias vezes. Fechei meus olhos e deslizei minhas costas pela parede até o chão, ficando sentada lá, tentando me acalmar. Tudo que eu tinha evitado durante dois anos veio à tona. E uma lembrança também. Quando estávamos na casa dele... Lembro-me perfeitamente.
- , deixa essa blusa aí! Volta pra cá agora! – ria da blusa dele que eu usava, onde eu estava numa tentativa frustrada de imitá-lo tocando.
- Desisto! Isso não serve pra mim, nunca farei parte da sua banda, . Que desgraça. – Neguei com a cabeça e fui me arrastando devagar até a cama. pegou meu braço e me puxou pra deitar do seu lado, em cima do seu peito nu. Rimos juntos.
- Poderia fazer parte da minha vida pelo menos? – Aqueles olhos me penetraram, como sempre. A voz dele tinha um tom de criança brincalhona. Fechei os olhos e abri várias vezes seguidas, me fazendo crer que aquilo era real.
- Quero estar nela para sempre, seja como for. – Ri baixinho acariciando a sua bochecha.
- Prometo não te deixar afastar, e fazer você cumprir isso também, porque me aturar, mocinha, não é fácil, não! – Ele segurava minha outra mão próxima ao seu peito e dava uma risada acompanhada da minha.
Fechei os olhos tentando eliminar aquelas lembranças, quando os abri dei de cara com o meu vizinho, que me olhava abismado, sem saber o que falar. Pisquei algumas vezes sem entender, até perceber que eu estava sentada no chão do elevador. Puxei o ar, criei forças e me levantei com dificuldade, apoiando as mãos no elevador. Saí o mais rápido possível de lá, me sentindo envergonhada. Meu vizinho já podia me dar atestado de maluca, e eu não negaria. Eu só poderia estar enlouquecendo ou chegando bem perto de disso. Peguei as chaves do bolso, tentando encaixar na fechadura, sem muito sucesso.
‘Respira, respira, são apenas alguns miseráveis shows’, repetia. Abri a porta, e entrei, expirei o ar da minha casa, me mantendo mais lúcida. Eu poderia muito bem, nessa semana de show, viajar. Pegar o trem, visitar Paris e qualquer coisa do tipo.
“Londres definitivamente parou! Estão todos na rua perseguindo a banda britânica McFLY, dona do number one com ‘All about you’.“
Saí rapidamente do meu banho com a toalha enrolada no corpo, escutando no fundo a música “All About You”. Era, no momento, tudo que eu não precisava. Desliguei o rádio com uma certa violência e fui andando lentamente até o closet, passando a mão pelos cabelos molhados.
- Meninas, loucas pelo ... Elas mal sabem... - Falei sozinha, rindo. Quando eu digo que eu estou louca, não é exagero, até falar sozinha eu estava.
Tirei qualquer calça jeans e uma blusa decotada preta do armário. Velhos hábitos não tinham mudado, e um deles era o decote. Ri sozinha e vesti rapidamente, finalizando com um all star, não tava com paciência de me arrumar tanto. Era só um shopping, e esses passeios até já tinham virado clichês - o mesmo acontecia com a minha rotina de idas à Starbucks. Minha bolsa já se encontrava em mãos, só foi o tempo de amarrar um rabo de cavalo frouxo e sair.
Oh, amada Londres. Era linda realmente, tinha que admitir. Olhava as pessoas no shopping, muitas com suas famílias, ou com seus namorados. Até as pessoas daqui eram bonitas e aquilo me fazia bem. Ri baixinho abraçando-me. Adorava aquele tempo frio e típico de um outono londrino. Mesmo com os altos e baixos, era Londres que eu amava. Brasil poderia ser minha terra natal, mas Londres era onde meu coração habitava. Balancei a cabeça, tentando tirar a filosofia de pátria que eu tinha criado. Admirei algumas vitrines, nada demais. Tenho gosto difícil, e hoje não perderia tempo comprando, queria apenas caminhar, colocar a mente em ordem.
Fixei meu olhar para um grupo de meninas que usavam blusas idênticas pretas, e logo ao meio o logo “McFLY”. Fechei os olhos, respirei fundo. Coincidências realmente acontecem, mas comigo tem sido freqüente. Desviei meu olhar novamente, mas quanto mais olhava em volta, mais pessoas apareciam com blusas, pôsteres, cartazes ou algo do tipo relacionado à McFLY. Já tinha perdido as contas de quantas vezes eu vi o olhar do nas revistas que as meninas, e até mesmo meninos, seguravam. Eu só poderia estar surtando. Dei um riso irônico. Iria sair dali. McFLY e não combinavam mais, porém, no momento em que apressei meus passos em direção à porta da saída, uma massa de pessoas de várias idades veio à minha direção, me empurrando com uma facilidade incrível contra o meu rumo.
- Não, eu quero sair! Me soltem, deixem-me sair! – colocava os braços na frente, tentando abrir passagem entre aqueles corpos sem sucesso.
Muitas das pessoas gritavam algo que eu não conseguia ouvir. Só queria sair dali. Aquela massa parou bruscamente. Virei-me para frente para ver para que aquelas pessoas corriam, e foi quando eu desejei nem ao mesmo ter me movimentado. Sufoquei um gemido na minha garganta. Observei a mesa estendida ali, onde caminhavam para seus lugares quatros rapazes de estaturas medianas. Dois loiros, e dois morenos. Fixei mais meu olhar. Naquele momento não importava se meu coração parava ou acelerava, só queria ter a certeza. Era ele. Ele estava lá, mais lindo do que nunca. Com um jeans mais frouxo que normal, deixando a mostra sua boxer, a blusa escondida pelo seu casaco. ainda usava uma touca, o que me fez não querer desviar mais meu olhar. Ele estava lá, a menos de dez metros de distância. Eu estava sufocando, aquilo parecia uma miragem ou algo bem próximo. Meu coração voltou a bombear sangue pro meu corpo, e eu senti como se várias formiguinhas dominassem cada extremidade dele. Começava a fazer calor lá dentro, e a única coisa que eu pude fazer foi respirar, fechar meus olhos, e me abraçar.
‘É um sonho, acorde, , é um sonho...’, não adiantava repetir aquilo. Pessoas do meu lado já me olhavam estranhamente, achando que eu estava surtando.
- Não é um sonho, são eles mesmo, o McFLY. Não é maravilhoso?! – Uma pequena garota com uma bandana do McFLY, disse gentilmente para mim, sem desgrudar um minuto os olhos dos meninos. Sorri em sinal de desespero, ou até mesmo de ironia. Pela simples ironia do destino nos juntar. Colocar eu e , cara a cara novamente. Mesmo ele se mudando de Londres, mesmo que tenhamos perdido o contato... Lá estávamos nós, só a alguns metros de distância. Ele ainda continha o mesmo sorriso. E, uau! Os outros meninos da banda não tinham mudado nada.
- É... um sonho. – Gaguejei para e menininha que permanecia com os olhos vidrados neles. Logo depois de entrarem, os quatro se sentaram para as perguntas que eles iriam responder. Uma menina de longos cabelos começou com aquela coletiva.
- Hm... Sou Lílian e vim de Manchester. Eu queria saber se algum de vocês já tiveram um tipo de amor impossível? – Risos percorreram pelo espaço em que todos se encontravam. Até os meninos deram uma risadinha marota.
Fiquei atenta a resposta de cada um, mas a que eu mais queria saber, mesmo que involuntariamente era a do . Com certeza ele iria falar que não, bem típico do . Bufei um pouco e afrouxei meu punho. Ele estava cerrado desde o momento em que eles estavam ali, percebi que as palmas das minhas mãos estavam suadas; meu coração ainda mantinha o ritmo acelerado. Vi que o microfone era passado para ele. Prendi um pouco a respiração e levantei um pouco o pescoço para poder ver melhor aquele corpo, que um dia já teve tão próximo ao meu. Antes de responder, deu sua habitual gargalhadinha de quem fica sem graça. Poderia até imaginar no que ele pensava no momento.
- Já tive um amor impossível. Mas como o nome já diz: impossível... Foi um romance realmente bom. Mas já é passado. Faz alguns anos, hoje quero me dedicar à minha música unicamente, não mais para amores impossíveis e... – O olhar de percorria por todo o patamar. Acidentalmente senti seus olhos passarem por onde eu estava, sem dar muita atenção, até que então o olhar voltou desesperado como se tivesse encontrado algo, meu olhar.
Eu estava lá, gelada, como se fosse o frio mais rigoroso de Londres. Ele permaneceu estático, tinha perdido o rumo da sua resposta e eu o da minha respiração. Segurei compulsivamente aquela vontade que meu peito tinha de gritar. Aquilo me queimava por dentro.
- E... Er... Eu tive um que... Me perdoem, eu esqueci o que eu tinha dito. Acho que o efeito de idas sucessivas à Starbucks tem me dado efeitos agora. – Ouvi risadas de tudo que é lado, até dele recebi um sorrisinho de lado. Um sorriso carinhoso que eu sabia perfeitamente que era para mim. Aquilo tudo já estava me matando por dentro, ia além dos meus limites. Neguei levemente com a cabeça para ele e murmurei algo como se ele pudesse ouvir e dei as costas. Apressei o passo, aquilo tinha que ficar pra trás, assim como ele tinha dito. Senti que ele podia levantar, mas algo o mantinha preso ali. Ah, aquela palavra chamada compromisso.
Tinha feito um sinal pro táxi e instantaneamente eu já estava em casa. Joguei minha bolsa na poltrona mais próxima da sala, sentei como uma criança que precisa de colo no chão, apoiada na parede. Abracei com calma as minhas pernas e fiquei olhando para os meus pés como se fosse a coisa mais interessante desse mundo. Respirei fundo pela milésima vez e neguei com a cabeça, fechando os olhos. Aquilo não poderia estar acontecendo. de volta a Londres, ele não tinha esse direito de voltar pra minha vida. Não agora que tudo que eu sentia estava aqui dentro adormecido. Joguei minha cabeça pra trás apoiando na parede, respirei pesado. Fazia tanto tempo desde a última vez, mas parecia que foi ontem mesmo. Aqueles olhos, o mesmo sorriso de criança nos lábios. Ri sozinha a imaginar a cena novamente.
Não sei por quanto tempo eu tinha ficado ali, mas eu acho que foi tempo suficiente para a tarde chegar. Levantei com uma preguiça fora do normal, como se cem quilos de pedras estivessem nas minhas costas. Apoiei as mãos nos ombros, bem próximas ao pescoço. Havia certa tensão ali, me fazendo automaticamente ir em direção ao banheiro. Nada que um bom banho morno pra deixar toda a tensão ir ralo abaixo. Parei no meu closet tentando eliminar aquelas idéias de hoje da minha cabeça. Mordi a boca e senti minha barriga roncar. Só então fui perceber que estava desde manhã sem comer. Tinha perdido totalmente a fome depois da aparição do , mas meu corpo pedia por algo, e dessa vez não era somente o corpo do . Neguei com a cabeça, como se quisesse tirar um segundo tudo o que me fazia lembrá-lo.
- O que seria de mim sem a Domino’s?! – Falei sozinha e andei só com as roupas de baixo até o criado-mudo do meu quarto, peguei o telefone e disquei o número de cor. Pizza já era algo regular na minha rotina, assim como a mania de contar quantos minutos demora a chegar, mas sem necessidade - Domino’s era sempre bem pontual. Fiz meu pedido e entrei pro meu banho.
Passava de tudo um pouco na minha cabeça, desde aquele maldito Natal até hoje. Deixei a água morna cair sobre minha nuca, continha muita tensão ali. E mais uma vez perdi a noção do tempo. Devo ter ficado uns bons dez minutos só pensando na vida e tentando relaxar. Bufei um pouco, de nada adiantou. Achei que iria aliviar minhas dores internas, meus pensamentos. Sim! Eu queria água milagrosa naquele momento. Saí do box e me enrolei num roupão azul que eu particularmente amava. Baguncei um pouco os cabelos já penteados em minhas mãos. Olhei pro meu rosto que refletia no espelho, eu realmente não era a mesma. Continha grandes olheiras abaixo dos meus olhos, e minha boca estava pálida. Parecia que a luz, que no passado me iluminava, no momento tinha se apagado. Soltei um barulho estranho com a boca e olhei pro secador lembrando que deveria secar meus cabelos. Fiz cara torta e peguei-o, liguei e começou aquele barulho perturbador e irritante. Parei rapidamente ao som da campainha, desliguei o secador e pela segunda vez a ouvir tocar.
- Salva pelo Domino’s! – Ri baixo e deixei o secador na pia do banheiro, caminhei enrolada no roupão até a porta de entrada. Não me dei ao trabalho de verificar no olho mágico, apenas o relógio, e constatei que hoje eles tinha superado - chegara em tempo record.
Abri a porta e ergui um pouco a sobrancelha: um homem de estatura mediana tinha as mãos nos bolsos da sua calça, que pegava pela metade da sua bunda, deixando sua boxer a mostra. Tive um leve reconhecimento daquelas costas largas. Quando ele se virou pude reconhecer, era ele. . Seus olhos estavam parados nos meus, brilhavam mais que o normal. Seu rosto não tinha expressão, o meu, idem. Abri a boca uma vez tentando emitir algum som, mas nada saía. Apertei com força a mão na maçaneta da porta; meus olhos ainda não tinham passado a informação para o meu cérebro, que ele estava ali, na minha frente.
- Desculpa, eu não pedi pizza a là . – Por impulso do momento, fechei a porta na frente dele, mas antes que pudesse completar, apoiou a mão na porta impedindo que eu a fechasse. Ele mantinha seu olhar no meu, e eu não pude evitar olhá-lo também.
- Oi, ... – sussurrou, e acho que se não tivéssemos tão próximos eu não teria escutado.
- ... O-O que você faz aqui? – Tentei manter minha voz estável e respirava fundo, para não pensar no quanto minhas pernas estavam bambas.
- Eu vim pra resolver... coisas inacabadas. – Ele mantinha seu tom de voz baixo. Pude perceber por um breve momento o seu olhar sobre meu colo, que estava boa parte nua pelo fato de eu estar só com um roupão. Cobri rapidamente e apoiei a mão em cima do meu colo; meu coração estava disparado.
- Não sei se temos algo para resolver. – Fui o mais seca que eu pude, mas minha voz me dedurava. Ele permanecia com seu olhar sobre meus olhos - um olhar que tinha mistura de angustia, lembranças, ou até mesmo compaixão.
- Depois de dois anos... Eu acho que temos muitas coisas para resolver.
- Não... Não temos, . E se você me der licença, eu estou ocupada demais pra resolver as invenções da sua cabeça. Se você puder se retirar, vai ser de grande agrado. – Despejei as palavras o mais rápido que pude, não acreditei que estava falando aquilo. Ele também não. Estava me olhando com uma de suas sobrancelhas erguidas. Ele empurrou com mais força a porta dando passagem pra entrar, e quando eu dei por mim ele estava na minha frente, de costas para porta, fechando-a lentamente.
- Vamos resolver isso logo, de um modo simples. Eu disse que temos algo para resolver e nós iremos. Deixa de ser birrenta. Parece que dois anos não te mudaram em nada. Entendeu? – Sua voz era calma, e parecia que estava falando para um bebê, certificando que ele tenha entendido tudo. Meus olhos estavam marejados. Fechei os olhos por um instante, tentando tirar a voz embargada da garganta; minha respiração não era mais calma.
- Eu mudei mais do que você imagina, , muito mais. Então, não venha entrando na minha casa dizendo se eu mudei ou não. E nem queira entrar na minha vida, do mesmo modo que você saiu. Acredite ou não, eu estou bem... com você ou sem você. – Cerrei minha boca e tentava conter a raiva.
- Está bem? Mesmo? – pousava aquele olhar carinhoso para mim, negando lentamente com a cabeça. Por um breve momento seus olhos se fecharam. – Eu te vi no shopping. Você não me parecia nada bem, . – Ele se afastou um pouco de mim, olhando para o meu corpo. – Olha só para você. Anos atrás eu ia achar a mulher mais gostosa do mundo de baixo desse roupão, que iria me fazer, enfim... – Ele deu um sorriso fraco de lado, praticamente forçado. – Você tá magra, dá pra ver. Seus olhos estão fundos. Você pode enganar qualquer um com esse jeito de que está tudo bem, mas não tente me enganar! – Neguei levemente a cabeça de olhos fechados.
Não queria ouvir aquilo, ainda mais vindo dele. Andei apressada para o meu quarto, com o atrás de mim, entrei rapidamente no meu quarto e fechei a porta, me pressionando contra ela e escorregando até sentar no chão.
- ?! Por favor, abre essa porta... Não... Não fuja igual da última vez, por favor! – A voz dele era como um sussurro.
Abracei com força o roupão contra meu corpo, abri os olhos pensando que aquilo me faria respirar melhor, e senti um leve gosto salgado tocar no canto dos meus lábios. Passei a mão rapidamente limpando as lágrimas, funguei baixinho.
- Me deixa, , por favor... Me deixa sozinha. - sussurrei com a boca próxima a fresta da porta.
- , me prova que tudo que você já sentiu... Que eu senti... Que nosso caso não foi em vão, que fomos além de amantes, e abra essa porta, por favor! – deu um leve soco na porta e senti a mesma tremer, fechei os olhos novamente pelo susto. – Eu sei que você ainda sente o gosto da minha boca na sua, sente arrepios quando pensa nos meus lábios deslizando pela sua pele. Eu sei disso tudo, porque eu também sinto. – Deslizei vagarosamente minha mão pela porta de madeira do meu quarto até encontrar com a maçaneta fria, girei a chave que lá estava e me levantei devagar, afastando-me da porta com os braços na altura do peito.
"Saw you walk in to the room" Vi você caminhando dentro desse quarto "Thought i'd try to talk to you" Pensei em tentar falar com você "Babe, am i every glad you wanted me too" Baby, eu estou muito contente, queria que você estivesse também "Its been two years to the day" foram dois anos até hoje "Its been two years to the day" Metade desse tempo eu estive ausente "I know I'm not there enough" Eu sei que não estou lá o suficiente "But that is gonna change" Mas isso vai mudar "Cause I'm coming back" Porque eu estou voltando
"To show you that" para te mostrar que "I'm keeping the promise that i made" Eu estou mantendo a promessa que fiz
- ... – se aproximava de mim, e me segurava pelos meus ombros. – Eu queria... Só, por favor não foge que nem naquele natal, e... Fica aqui, comigo. – apoiou delicadamente os lábios frios na minha testa, me puxando contra o seu peito. Espalmei a mão em cima da sua blusa, negando levemente com a cabeça. - Você se lembra da sua promessa? – ele sussurrou aquela pequena frase. Eu concordei com a cabeça, sem desviar o meu olhar do seu.
- Você me fez cumpri-la. E é isso que eu estou tentando fazer agora: me afastar de você. – Fechei os olhos e empurrei sem força o seu corpo pra longe do meu, e andei lentamente até a janela próxima. Não tinha percebido, mas já tinha ficado escuro. Escutei a risada fraca e sem vontade dele ecoar no quarto.
- Não essa, boba. A outra... Quando estávamos a sós. Você ainda vestia aquela minha blusa e tentava me imitar. – Lembrei do fato e foi impossível não deixar um sorrisinho brotar dos meus lábios ao ouvir a risada rouca dele. – Você disse que estaria na minha vida sempre, e eu disse que te ajudaria a cumprir isso. Cá estou eu, te ajudando a você manter sua palavra, .
- Foi por isso que você voltou? – Minha voz tinha saído mais rouca do que o esperado, então, respirei fundo como se quisesse recuperá-la.
acenou brevemente, em sinal de positiva, a cabeça. O vi mordendo os lábios intrigado, como se quisesse falar algo a mais. Ri baixo, porém um tanto debochado tentando não deixar que meu rosto transparecesse o que eu sentia no momento: saudades.
- Não quero ser sua amante de novo, , estou muito bem como estou, obrigada. – Direcionei meu olhar frio para ele, e o vi o mesmo se espantar.
- Então, você não sabe? Eu e a Lauren? – apontou pra si. Neguei com a cabeça, eu realmente não sabia de nada, queria me desligar o máximo deles, e tinha conseguido.
- Terminamos, três semanas depois daquele Natal. Ficou insuportável fingir que estava tudo bem. Fingir que eu estava feliz por você ter desaparecido como fumaça da minha vida e... Terminei. Lauren de início não entendeu nada, mas depois ela se ligou. – deu os ombros. – Ela merecia um cara melhor do que eu para ela. E acho que agora conseguiu.
"When I'm with you" Quando eu estou com você "I'll make every second count" Eu contarei cada segundo "Cause i miss you, whenever your not around" Porque eu sinto sua falta, sempre que você não esta ao meu redor "When i kiss you" Quando eu te beijo "I still get butterflies" Eu ainda vejo borboletas "Years from now" de anos e até agora "I'll make every second count" Farei cada segundo durar "When I'm with you" quando eu estou com você
- E eu mereço um cara melhor que você? – Falei baixinho olhando pra janela, sem coragem de olhá-lo nós olhos.
Eu sufocava por dentro em saber que agora era apenas ele, sem a Lauren. Senti o corpo dele se aproximar do meu. segurou-me lentamente pelos braços, me virando para ele, e deslizou suas mãos percorrendo a base da minha nuca, pescoço, até chegar com os polegares em cima das minhas bochechas, segurando firmemente meu rosto, impossibilitando de olhar para outro local a não ser em seus olhos. Aquilo tudo era muito torturante.
- Não, eu sou o melhor cara para você. Eu te conheço, . – sussurrava aquelas palavras muito próximas do meu rosto, eu podia sentir a sua respiração cruzar próximo a minha. Meu coração batia mais forte que o normal - tive até medo de que aquelas batidas ecoassem pelo cômodo quieto. – Eu sei o que você está sentindo agora. Você está confusa, porque seu coração acelera quando eu ainda me aproximo de você. – me encarou por um breve momento, e desceu seu rosto contra o meu. Se antes meu coração acelerava, agora ele deveria ter parado de bater. O toque dos seus lábios calmos na lateral da minha boca era algo que eu tinha esquecido, mas nesse momento eu tinha lembrado perfeitamente. Ele continuava a pressionar seus lábios contra a lateral dos meus; era um beijo na trave. Ele queria me provocar ou provar algo, e estava conseguindo. Segurei de leve nos seus braços e apertei, como se não quisesse que ele fosse embora. Senti se afastando lentamente, e abri os olhos devagar, dando de encontro com os seus. O sorriso dele era fraco, mas tinha um quê de desejo realizado. – Eu sei disso, porque mesmo com esse tempo todo quando eu te beijo, o meu também acelera. – Ele tirou uma mão do meu rosto e a pressionou contra seu peito. Seu coração estava batendo forte contra seu peito, e o incrível foi que eu pude sentir isso. Ele não estava mentindo. Um sorriso começou a nascer no canto dos meus lábios, era inevitável. Abaixei um pouco o rosto, e ele segurou no meu queixo, levantando-o em direção ao seu. – Olha pra mim, e me responda: você acha mesmo que, em algum momento, eu me esqueci de você? – Fechei minha mão contra seu peito, fechando os olhos e respirando o perfume dele.
- Não... E, sinceramente, eu nunca te esqueci. Você sempre estava em cada pedaço de mim. Isso é frustrante... Não conseguir te esquecer. – Balancei a cabeça um pouco revoltada. encaixou cuidadosamente seus lábios contra os meus, deixando-os devidamente colados.
- Então fomos dois. – deu um sorrisinho com os nossos lábios ainda grudados e pressionou com mais força. Mais que automático, meus lábios se abriram um pouco, dando a passagem de sua língua sobre a minha. O contato com a sua língua roçando levemente sobre a minha, ainda me causava frios na barriga e até mesmo no ventre. Subi lentamente a mão que estava no seu peito em direção a sua nuca, o puxando um pouco mais para mim. Eu queria mais contato e parecia que ele também. Senti as mãos dele deslizando por toda a minha cintura até chegarem às minhas costas, puxando-me para mais perto dele.
Yeah we've had our ups and downs Yeah, nós estivemos nossos altos e baixos But we've always worked them out Mas sempre trabalhamos para melhorar Babe, am i ever glad we got this far now Baby, eu estivou muito contente que começamos isso agora Still i'm lying here tonight Ainda estou deitado aqui essa noite Wishing i was by your side Desejando estar ao seu lado Cause when i'm not there enough Porque quanto eu nao estou o bastante Nothing feels right Nada parece certo So i'm coming back to show you that I'll love you the rest of my life Então eu estou voltando para te mostrar que eu te amarei até o fim da minha vida
- Eu senti sua falta. – falava um pouco embolado no intervalo do beijo. Eu apenas olhei em seus olhos com um leve sorrisinho de lado, nossas respirações estavam ofegantes pela falta do ar, e concordei levemente com a cabeça.
- Eu também, . – minha mão acariciava sua bochecha que tinha um rubro inacreditável, não sei se era pelo excesso do nosso contato ou pela falta de ar. De uma maneira muito sutil, ele segurou entre seus dentes o meu lábio inferior, mordendo suficientemente para eu dizer que estava forte, mas eu não queria parar.
Minhas mãos adentraram por baixo da manga da sua blusa, onde toquei sua pele ligeiramente quente, cravei minhas unhas ali e dei uma arranhada que se prolongou por toda a extensão do seu braço. logo contraiu seus músculos, dando uma risada baixa acompanhada da minha. Senti o seu polegar roçar um pouco na brecha que o meu roupão fazia, na barriga. Quando dei por mim, sua mão já estava espalmada na mesma, dando um aperto mais gentil com as pontas dos dedos. Senti uma descarga elétrica percorrer pela minha espinha, me deixando com todos os pêlos do corpo arrepiados. Não podia negar que ainda sentia falta desse contato. Abri um pouco os olhos, e dei de cara com um realmente concentrado, de olhos fechados, aquilo me causou uma certa vontade de acelerar as coisas. Escorreguei as palmas das minhas mãos abertas até o final do seu braço, que dava de encontro com a minha barriga, e voltei com elas até chegar aos seus ombros. Dei uma leve apertada neles e deixei que os meus dedos conduzissem o caminho que eu queria, caindo sobre o seu peitoral. Pressionei minhas unhas contra seu peito, ainda por cima da blusa, onde fui descendo e preenchendo todo seu músculo com meus arranhões gentis. se afastou lentamente e entreabriu a boca respirando por ela, e jogou a cabeça um pouco pra trás, com os olhos fechados e com um biquinho involuntário que já estava reprimido a tempo. Fechou de leve a mão na minha barriga, e me trouxe pra mais perto com a outra nas costas. Logo sua cabeça retornou ao antigo local e ele me olhava com uma sobrancelha erguida e sua respiração saia afobada pela boca.
- Esqueci como é estar com você. Isso que você faz me pira, menina. – Vi o seu sorriso nos lábios, me fazendo repetir nos meus, mas com uma leve mordidinha no meu lábio inferior, que foi monitorado pelo olhar dele que mantinha sobre meus lábios, o fazendo me imitar - uma cara muito sexy com o lábio inferior preso aos seus próprios dentes. Ri da cara de tarado que ele fazia.
- E eu esqueci como você é tarado, . – Levantei meu olhar pro dele e vi seu sorriso se formar.
Com uma certa pressa, liberou as mãos e passou levemente pelos meus ombros, por baixo do roupão, que automaticamente fez o mesmo cair no chão. Sua mão deslizava sem pudor pelas minhas costas, chegando até a cintura e dando uma apertada suficientemente forte pra me fazer chegar mais pra frente. Minhas mãos, depois de um tempo, se encontravam no último botão da sua blusa, já o desabotoando. O próximo passo foi retirar sua blusa, onde com facilidade passei as mãos pelo seu peito. Aproximei levemente de seus lábios e dei um leve suspiro, passando os meus lábios sobre os deles. escorregou as pontas dos seus dedos pelas minhas costas, fazendo um caminho até chegar ao meu quadril; arrepiar foi impossível. O senti puxando mais para ele, o volume já crescente no seu jeans era inconfundível.
- Você... tá me deixando... doido! – dizia sussurrando contra a minha boca, sorri com o comentário do mesmo. – Vem... – Ele foi me puxando lentamente com o corpo grudado dele, andando de costas. Apoiei minha cabeça próximo ao seu ombro, e com a respiração contra o seu pescoço, o vi por muitas vezes se arrepiar; ele se distraía fazendo carinho na minha cintura. Era ótimo sentir o contato de sua pele novamente com a minha. Eu não sabia que eu estava com tantas saudades desse contato físico. Ainda há dúvida de que o amo?
As mãos dele não paravam. Era incrível que, com tamanha facilidade, o seu jeans já estava igualmente no canto do quarto, deixando sua boxer bem humorada dos Simpson aparecendo. Eu estava somente com minha calcinha. Com um leve toque, olhei pro elástico da mesma na lateral, e me deparei com os dedos dele trançados e puxando-na levemente pra baixo. , que já se encontrava com o corpo um pouco em cima do meu entre minhas pernas, me olhou erguendo apenas uma sobrancelha como quem pede consentimento. Então, abaixou as mãos, e desceu minha calcinha sutilmente, encaixando a boca, logo em seguida, no meu pescoço e chupou o local várias vezes seguidas, parando com a calcinha no meio das minhas pernas. Ele voltou com as mãos pela parte de trás do meu corpo, deu um súbito aperto forte na minha bunda, fazendo com que minha vagina tocasse diretamente na sua boxer com o volume por baixo. Ao mesmo tempo, eu fechei os olhos ao sentir o seu volume já formado e dei um suspiro já preso; não tinha mais controle sob meu corpo. Percebendo isso foi descendo aquele seu corpo, que eu já bem conhecia, devagar sobre mim, e empurrando o meu mais para cima, me fazendo encostar e relaxar as costas totalmente na cama, e ficou de joelhos na minha frente. Abri os olhos devagar para ver o que ele pretendia, e pude visualizar me lançando um sorrisinho fraco de lado e o senti passando os lábios úmidos pela parte interna da minha coxa, dando algumas mordidas fracas somente para me provocar, e eu adorava isso! Para apoio, ele colocou uma mão em cada coxa minha, abrindo sem esforço algum as minhas pernas, soltando o seu ar quente contra a minha vagina com as mesmas intenções de antes. Mas logo apertei com força os seus cabelos, os puxando um pouco e depois de ouvir soltar um gemido de dor, pude sentir sua boca encostar e sem dar tempo de respirar, ele passou a língua pela extensão e logo voltou para minha entrada com um chupão fraco. Nesse momento, eu senti meu corpo todo tremer só pelo fato de sua língua úmida encostar-se à minha intimidade, contraí minha barriga e deixei que ele brincasse na minha entrada provocativamente, arrastando por vezes pelo meu clitóris, me estimulando devagar no início.
- ... Eu... Ah... Rápido! - Percebendo que eu não agüentaria por muito tempo, ele afastou a boca, e resolveu me penetrar com dois dedos. Abri os olhos, tentando conter meus gemidos fortes com a boca, e me deparei com o rosto de bem próximo ao meu. Elevei um pouco minha cabeça, entendendo o que ele queria, encostando minha boca na sua e iniciando um beijo urgente, compartilhando assim o meu gosto. No meio daquela briga entre nossas línguas, empurrou os seus dedos até o final, mas afastando logo, repetindo lentamente o movimento, várias vezes seguidas; parecia que ele gostava de me torturar. Os meus gemidos já saiam naturalmente, e isso o estimulava a agir com mais força, só parando quando me sentiu contrair levemente sobre seus dedos. Nossas bocas estavam encostadas - nem eu e nem, muito menos, ele, estávamos com força para beijarmos. Senti sua respiração bater na minha boca, era quente e ofegante. tirou lentamente os dedos, ao som do meu gemido de reprovação, soltando, segundos depois, uma risada fraca e breve, sem tirar os olhos dos meus. Então, como provocação, ele pressionou, com um tanto de força, o seu quadril sobre o meu, deitando sobre meu corpo. Pude, assim, sentir a sua boxer apertada e, por baixo, o volume do seu membro já ao extremo.
- Não vou agüentar... mais. – sussurrou rouco perto do meu ouvido, me fazendo estremecer. Sem autorização, passei meus dedos pela sua boxer, fazendo a mesma descer e deixar o seu membro à mostra. Com um pouco de pressa, apoiou as mãos novamente sobre a minha virilha, dando mais abertura, onde, aos poucos, pude sentir o seu membro ser envolvido pela minha intimidade. Arquei levemente as costas e fechei os olhos com uma certa força. Ele continha um dos punhos fechado do lado da minha cabeça, com a outra mão livre, ele passava carinhosamente pela minha bochecha, me fazendo soltar um sorrisinho de lado. Suas investidas eram alternadas entre fortes e fracas, e gradativamente eu sentia seu membro mais dentro de mim. Aquilo era luxuria pura, só poderia ser um sonho muito bom isso tudo!
Pude sentir seu corpo esquentando gradativamente, igualmente ao meu. Sem muito esforço, ele deixou todo seu peso sobre o meu, sem parar de pressionar o quadril contra o meu. Sua respiração ofegante batia no meu ouvido, com as mãos apoiadas nas suas costas lisas, eu arrastava por vezes a unha sobre o local, e o som que o exercia por causa disso era incrível. Pouco menos de cinco minutos com o contato pleno dos nossos corpos, eu senti o habitual formigamento pelo meu ventre e mais acima um friozinho na barriga. Automaticamente, cravei minhas unhas com mais força nas suas costas, e arquei um pouco as costas, contraindo todo o músculo existencial do meu corpo. mantinha seus olhos abertos, fixos no meu rosto, inutilmente eu tentava manter os meus igualmente, mas era impossível, logo os fechei com uma imensa força e soltei toda a respiração presa nos meus pulmões pela boca, juntamente com um gemido fraco. aumentou suas investidas e pude sentir o seu corpo contrair; os típicos efeitos que meu corpo causava no seu. Então, sem aviso, ele encostou o seu rosto na curva do meu pescoço, soltando um longo gemido de quem tinha chego ao ponto máximo do prazer, e suas investidas se tornaram lentas. Estávamos exaustos, mas mesmo assim pude sentir o ritmo de nossas respirações, seu corpo subia e descia conforme sua respiração, o meu também estava do mesmo modo, porém tentava manter o ritmo normal – o que era difícil.
Olhando pro teto depois de um tempo, e me concentrando somente na melhora das nossas respirações, virei o rosto um pouco para o lado e me deparei com seus imensos globos me olhando. Aquilo me fez soltar um suspiro longo e um breve sorriso que saiu automaticamente. Aquela visão foi se aproximando. Pude sentir o gosto novamente de sua boca na minha, a sua língua brincava inocentemente contra a minha... Era um beijo calmo, não tínhamos pressa para mais nada.
- Eu não deveria ter deixado você ir. Nunca! – falava contra minha boca, ele sempre fazia isso, e conter o sorriso já era uma coisa que eu não tentava mais.
- Psiu... Não vamos ficar no passado, . Não hoje, ok? – Afastei um pouco, admirando o seu rosto. Minhas duas mãos estavam apoiadas no seu rosto, nas bochechas e lentamente passava os polegares em cada parte dela.
- Me perdoa. É sério, , eu quero ter você pra mim, mas não só hoje, quero do meu lado sempre que possível. Quero você como minha amante, cúmplice, amiga, namorada... Você foi o meu melhor caso, , o único que não me deu escapatória. – As palavras dele vieram com impacto sobre meus pensamentos. Mordendo o lábio inferior, o senti dando um cheiro no meu pescoço, o que me fez arrepiar por completo. Puxei o edredom um pouco pra cima, aquelas simples palavras e ações tinham me causado um friozinho bom. – O que foi? Hm... Falei algo de errado? – sussurrou bem próximo ao meu rosto, seu hálito quente batia contra meu rosto, me dando uma sensação de proteção.
- Você acabou de falar algo que eu esperei durante quase três anos. – Virei um pouco o rosto pra ele, o olhando ainda sem saber o que falar ao certo. gentilmente passou os braços em volta do meu corpo, me aninhando próximo ao seu, com cuidado.
- E eu estou esperando sua resposta como nunca esperei. – Me agarrei mais contra o seu corpo, sua respiração era ouvida bem próxima do meu ouvido. – Se lembra da promessa? Promete ficar... pra sempre? – Dizia ele baixinho para mim.
- , por favor! – Continha minhas mãos sobre sua cabeça, e a outra apoiada no sofá, ao som de gargalhadas dos outros meninos. A cena tinha se tornado natural para mim. ajoelhado de frente pro sofá, com o ouvido grudado na minha barriga. – Tá ouvindo? – Falei com meu tom de voz natural. me olhou feio, erguendo as sobrancelhas, dando ar de um falso sério.
- , fala baixo, quer que o se assuste? – E assim voltou a se apoiar na minha barriga. Os outros meninos da banda estavam em volta, rindo da patética cena que ele fazia. Olhei-o com uma cara de absurdo.
- Você acha que ele vai se assustar com a voz da própria mãe, ?! – Falei um pouco alto, gargalhou, logo em seguida, me olhando.
- Com esse tom de mãe mandona, é bem capaz dele não querer sair daí. – Senti uma de suas mãos apoiar gentilmente sobre minha barriga de oito meses. Fiz uma cara feia e logo fui recebida com um selinho demorado. – Brincadeira, linda!
- ! – falei mais alto que o normal, fazendo todos da sala se assustarem, inclusive ele.
- O quê?! Eu já disse que foi brincadeira, amor. – mantinha sua testa enrugada, e a sua garrafa de cerveja em uma das mãos.
- Amor?! - Segurei firme suas mãos, fazendo-o se assustar mais. – A bolsa!
- Tá no quarto, amor, vai sair? – me olhava sem entender o porquê do meu escândalo. levantou bruscamente, seguido dos outros dois que estavam sentados em volta da mesinha de centro.
- , seu idiota, a bolsa da sua mulher. – apontava impaciente para minha barriga, me fazendo dar um sorrisinho nervoso. logo se afastou, deixando a cerveja de lado e levantando atrapalhado.
- Meu Deus! A bolsa! É meu filho, ele tá vindo! – falava com os outros três, apontava para minha barriga e olhava para a mesma e para mim com um ar de desesperado. Apesar da pouca fisgada que eu sentia, não pude deixar de rir.
- , me ajuda e pára de gritar! – Cerrei os punhos com impaciência e dor misturadas. Logo eu já estava sendo carregada por ele, e descendo no elevador com o desespero de quatro homens que não tinham a menor idéia do que fazer com uma mulher pronta a dar a luz.
A melhor sensação que alguém pode ter é estar com as pessoas que você ama ao seu lado. E eu estava. Era praticamente impossível existir felicidade maior que a minha. Uma pequena pessoinha estava nos meus braços, com as mãozinhas apoiadas no meu peito, fazendo um barulhinho de sucção. Tirei o pouquinho de cabelo existente da sua testa. Senti o rosto do praticamente colado ao meu.
- Ele é lindo. – Ele segurava com cuidado a mãozinha dele, fazendo um carinho sutil, como se tivesse medo de machucar. Dei um sorriso. – Ei, filho, sou eu que cantava de noite pra você, se lembra? Seu pai... . – Eu ria baixo do comentário, e por mais incrível que fosse, olhou rapidamente para . Suspirei fundo, aquilo era minha vida agora. Os dois.
- Vou ficar com você, sempre. – sussurrei baixo, desviando, com muita dificuldade, o meu olhar do para o .
- E eu vou estar aqui para fazer você cumprir isso, sempre. – Ouvi a risada gostosa dele se espalhar pelo quarto, e logo mais o calor dos seus lábios sobre o meu. – Eu te amo.
- Eu também te amo. Amo os dois. – Direcionamos nossos olhares para o bebezinho que olhava atentamente para nós, que mantínhamos um sorriso estampado no rosto.
Fim.
N/A: QUE SAUDADES DE VOCÊS! Mil perdões gente, eu sei que fiquei em falta com Lovers III, mas na correria eu fique sem tempo. Agora está ae pra vocês, saindo do forno agorinha :D PKSPOKSAOKSA, lembrando que eu montei o final dessa fic com a ajuda dos comentários de vocês, fazendo de um jeitinho que ficasse do gosto de todas, bom, eu tentei. Sei que muitas não irão gostar do final, mas foi o único que eu achei certo! Comentários, xingamentos ou afins são bem vindos! OPSKAOPKSPO, quem quiser manter contato ou algo do tipo me adc no msn, ou no twitter, vocês sempre serão bem vindas, mesmo! Eu não mordo, muito pelo contrário POAKSOPKS, estou escrevendo mais uma restrita pra vocês, porém não é Lovers IV :( SAKPOSAKPO, obrigadas a todas, a beta, por tudo, que me agüentaram até agora, beijos pra vocês <33 :**