Ao chegar em minha casa, vi minha namorada sentada no sofá batucando as mãos sobre o copo de vidro em suas mãos. Assim que eu bati a porta da sala, ela virou seu rosto e pude ver a preocupação em seu olhar. Ela deixou o copo sobre a mesa e se levantou, vindo em minha direção.
- Oi. - Passei meus braços pela sua cintura e depositei um pequeno beijo em sua testa, o que a fez dar um sorriso de lado. - A gente pode conversar? - Vi-a morder o lábio inferior com o olho esquerdo levemente fechado, como ela fazia quando estava encrencada.
- Algum problema? - Coloquei minha mão sobre sua bochecha e a vi sorrir antes de se virar de costas para mim.
- Nós namoramos há quatro meses, certo? - Franzi a testa e me sentei no sofá.
- Certo, mas você não vai terminar comigo, vai? - Soltei meu corpo no sofá. - Porque, se for isso, eu...
- Amor, claro que não vou. - Ela se virou rapidamente, andando em minha direção; com um rápido movimento eu a sentei em meu colo. - Endoidou, é? - Senti seus lábios tocarem minha bochecha levemente, mas o que eu senti foi como se algo elétrico se chocasse contra minha pele. - Aconteceu algo meio trágico...
- Alguém morreu? - Arregalei meus olhos.
- Não é trágico, é algo que vai mudar nossas vidas. - Ela balançava seus pés enquanto eu fazia carinho em suas costas.
- Se você falar que vai voltar para a Califórnia... - Ela me cortou novamente, falando baixo.
- Eu estou grávida, Harry.
Capítulo um - Dia 22 de dezembro de 2010
Ouvi uma gargalhada gostosa e abaixei a revista, vendo minha namorada entrar na sala com nossa filha mordendo um pequeno ursinho de pelúcia enquanto soltava leves risadas, fazendo dar um sorriso largo.
- Alguém acordou de bom humor hoje. - Levantei-me, jogando a revista na mesa da cozinha, e peguei , que esticava as mãos para mim. - Bom dia, meu amor. - Dei um pequeno selinho em enquanto ela se jogava na cadeira onde antes eu estava.
- Ela fez uma bagunça no banheiro, você vai limpar aquilo depois. Tem água para todo lado. - Ela deu um pequeno sorriso irônico após falar e mordeu a torrada que estava em meu prato. - Eca, está queimada. Você não aprende nem a fazer torrada? Depois de um ano e quatro meses de namoro?
- Ah, amor, dá um desconto, vai. Tive que acordar quatro da manhã para trocar essa sapeca aqui. - Beijei a barriga de minha filha e ouvi sua risada.
- Vai ter que fazer isso até o Natal agora. Eu tenho compromisso para o dia vinte e quatro. - Ela bocejou e encostou a cabeça em sua mão que estava sobre a mesa.
- Bem na véspera de Natal? - Ao ver minha cara de indignação, ela me cortou.
- É show beneficente, Harry. Eu não posso faltar a eles. E também vai ser rápido, eu vou cantar uma música e depois a gente vai para casa do Tom comemorar o natal. - Vi seu biquinho e depositei um pequeno selinho sobre ele.
- Ok, mas tem que ir mesmo, a faz três meses dia vinte e quatro de dezembro, e o Tom de Papai Noel é imperdível. - Ouvi sua gargalhada e notei que riu junto da mãe.
- Pode ser imperdível, mas não é minha culpa se sua namorada fez sucesso na Inglaterra, e ainda foi mãe aos vinte anos.
- Se quiser me culpe de tudo isso, pois foram as melhores coisas que aconteceram em minha vida. - Andei até o armário e, enquanto equilibrava em meus braços, peguei uma mamadeira no armário.
- Vou culpar você se deixar minha filha cair no chão. - Ela retirou a mamadeira de minhas mãos e foi até o fogão, onde tinha uma jarra com chá mate, e despejou sobre a mamadeira, colocando o bico nela em seguida e me entregando. - Nada de lambança. Termine aí e se troque, a gente tem que fazer as últimas compras de Natal. É melhor deixar a com a sua mãe? - Vi sua cara de dúvida.
- Depende, se quiser ver algumas coisas babadas no meio do caminho. - riu e deu um beijo na bochecha da filha enquanto eu ajeitava a mamadeira na boca dela.
- A gente a deixa com a sua mãe. - saiu da cozinha, sumindo de minha vista.
Enquanto bebia o chá, eu pude notar a semelhança dela conosco, agora que ela estava maior e não estava com cara de joelho, como diz o Tom. Ela estava muito parecida comigo e com . Os olhos eram azuis, iguais aos meus, e ela parecia quando bebê, bem bochechuda, com o nariz colocado no meio do rosto. A única coisa que fazia eu duvidar que ela era minha filha era seus cabelos loiros de quando ela nasceu, mas que agora estavam de um castanho igual aos meus.
foi realmente um baque em nossas vidas. Deu uma pequena queda em minha carreira e na de . Demorou um pouco mais que o esperado para o "Above The Noise" sair às lojas, mas nada como um motivo óbvio para que tudo voltasse ao normal. Com foi mais difícil, ela estava se divulgando na Europa, teria que viajar sempre. O pré-natal fez com que seu clipe demorasse mais alguns meses para sair, mas "Time Of Our Lives" estava em todos os canais de música antes dela completar sete meses de gravidez, podendo deixar óbvia a barriga dela à mostra em todos os sites do mundo.
O nosso namoro foi totalmente aceito pelas partes do mundo, foi amor à primeira vista. Em um mês de encontro estávamos de mãos dadas por aí. Eu posso dizer que gostaria de fazer tudo diferente, que isso piorou minha relação com a , mas isso só nos provou o que a gente já sabia. "Isso é uma relação intensa, só vocês dois que foram lerdos para entender" foram as palavras de Fletch. chegou dia 24 de outubro em meio a uma estréia cinematográfica. Uma ambulância chegando no meio do tapete vermelho não era o tipo de atenção que queríamos. Mas, dane-se, eu só posso dizer que eu sou feliz.
Encontrei ajeitando na cadeirinha quando eu cheguei na garagem e logo entrei no carro junto delas. diz que, até completar seis anos, todos os passeios de carro com ela, ela preferia ir no banco de trás, pois não confiava nessas cadeirinhas. Ela puxou a porta, sentou-se bem no meio e deu um sorriso para o espelho, pelo qual eu a encarava fixamente.
Cheguei à casa de minha mãe em vinte minutos e pude ver meu irmão pegando rapidamente e levando-a para a pequena piscina de bolinhas que tinha lá. Minha mãe nos cumprimentou e logo estávamos indo para o shopping. A desculpa de comprar presentes de Natal era óbvia, pois tínhamos pelo menos três embrulhos para cada parente e amigo nosso de tantas desculpas que dávamos.
Entramos em uma sessão de cinema, e quando saímos, levei para almoçar em um restaurante chinês do qual ela tanto gostava. Na saída do shopping, sentimos alguns flashes em nossos rostos e delicadamente colocou a mão em seu rosto. Aprendi que ela não gosta desse tipo de atenção quando estávamos juntos. Ela diz que nosso relacionamento era privado, só nós dois tínhamos direito de ficar em cima dele, e com o tempo eu aprendi a parar de mostrar para todos que ela estava comigo. Mas eu ainda não canso de dizer que ela é só minha, e isso vai ser para sempre.
- Olhe para o vovô, acho que alguém está cansada. - Assim que entrei na casa de minha mãe, ouvi meu pai falando com sua neta.
soltou minha mão delicadamente e foi até meu pai, sentando ao lado dele e vendo deitada sobre o sofá com os olhos fechados.
- Se vocês quiserem deixar ela aqui, sua mãe quer babar mais um pouco na , e a Kathy chegou para o Natal, ela que cansou a assim, ficaram brincando o dia inteiro.
- Minha irmã chegou? - Soltei uma risada, lembrando-me da última vez que havíamos nos visto. nem era nascida.
- Cheguei! - Senti suas mãos forçarem meus ombros para baixo e Kathy se jogando sobre mim.
- Fala, baixinha! - Virei meu corpo e abracei minha irmã fortemente. - Por que não ligou dizendo que vinha?
- Sabe que gosto de fazer chegadas triunfais. - deu uma gargalhada atrás de mim e Kathy logo pulou nela, elogiando a linda menina que nós tivemos. - Muito fofa ela está.
- Obrigada, Kathy. Você fez falta. - Ela e se abraçaram fortemente e riram em seguida.
- Bem, vocês ficam para o jantar? Amanhã é seu aniversário, filho. Temos que preparar algo. - Ri baixo.
- Esse ano não quero nada, mãe. Uma pizza com minha filha e minha namorada e só. Estou meio cansado de tudo que fiz esse ano ainda. - Minha mãe apertou meu rosto levemente e senti seus braços sobre mim. Abraço de mãe, tudo de bom.
- Tudo bem, meu filho. Mas deixem a aqui. Amanhã a gente a leva à tarde, aproveitamos e damos um abraço em você, está bom? - Concordei com a cabeça e ri.
- E, afinal, já peguei até a bolsa da . - Minha irmã apareceu na sala com a bolsa rosa de no ombro e soltou uma risada alta, colocando as mãos na boca para não acordar nossa filha.
- Que folga, mas a chave não estava com... - virou para mim.
- Você que veio dirigindo. - Falei para .
- Você deixou na mesa, querida. Não se preocupe. - Meu pai falou e voltou a olhar para sua neta.
- Bem, nós já vamos. Até amanhã. - Falei e vi se debruçando sobre minha pequena e dar um pequeno beijo sobre ela, sussurrando as mesmas palavras que ela sussurrava todos os dias antes de dormir: "Você é meu anjo, entre no mundo que merece estar". Era o jeito dela dizer para sonhar com coisas que a gostava... Ursos e baba. Brincadeira.
Após alguns minutos de despedidas, eu e estávamos juntos em nossa casa e ela comentava a mesma coisa de sempre quando íamos visitar nossos pais:
- Eles sempre gostaram de ser avós, é uma pena Thomas não querer filhos e a Kathy ser estéril. - falava olhando para o espelho enquanto tirava a maquiagem de seu rosto.
- Isso só nos dá mais motivos para termos mais filhos. - Falei rindo, jogando meu casaco em cima do pequeno sofá que tinha em nosso quarto.
- Sabe que isso não é problema para mim, né? Mas acho melhor a estar um pouco maior, não conseguiria dar conta de duas crianças agora. Muito mais com nossas carreiras, alguém teria que desistir.
- Deixe assim por enquanto, eu não quero ver você desistindo de seu sonho, e você não quer me ver desistir do meu. - Desabotoei os botões de minha blusa enquanto ia para perto dela.
- Eu sei, mas minha carreira não é meu único sonho. Um amor eterno e uma filha também são meus sonhos e desses dois eu sei que nunca vou desistir. - Ela virou o corpo para mim assim que viu pelo reflexo que eu estava próximo a ela.
- Eu nunca vou desistir de você também. - Senti suas mãos tocarem minha blusa e terminarem de desabotoá-la. Levantou-se, ficando em minha frente da mesma altura que eu devido ao salto alto.
- Quando eu engravidei, eu pensei que isso ia ser um pesadelo, entende? Mas, agora, somos só nós três, nossos sonhos, nossas carreiras. - Ela derrubou minha blusa e eu coloquei minhas mãos na barra de seu vestido, puxando-o lentamente para cima e o jogando na cama, vendo seus cabelos caírem sobre seus ombros.
- Meu sonho é você, meu pesadelo é você, é tudo você. Eu sou feliz, amor, não tem por que temer. - Encarei seus olhos que piscavam para os meus e a vi fechá-los antes de eu tocar seus lábios com os meus.
Seu corpo foi depositado ao meu no mesmo tempo que eu me ajeitava sobre a cama e sentia suas pequenas carícias sobre meu abdômen enquanto eu dava pequenos beijos sobre seu pescoço. Minha calça tomou o mesmo local de minha blusa e seus sapatos tiveram o mesmo destino. Ela fazia meu corpo arrepiar como se fosse a primeira vez, e sempre parecia a primeira vez. Os choques em meu corpo se intensificaram e logo minha visão estava turva como se eu estivesse bêbado, mas não era ela que causava essas sensações em mim. O corpo frio dela ia lentamente se moldando sobre meu corpo quente sobre a cama, e após algum tempo sua respiração acalmou junto da minha. Minhas mãos acariciavam aqueles cabelos espalhados sobre meu peitoral. Eu olhei para a janela e a neve finalmente começava a cair aquele ano.
Capítulo 2 - 23 de dezembro de 2010
Senti algo leve tocar meu rosto e eu franzi meu rosto, tentando me livrar daquilo. Os toques ficaram mais intensos, depois senti algo pisar em meu peitoral, mas foi algo leve. Abri meus olhos tentando focar minha visão e vi sobre meu corpo com suas mãos encostadas em meu rosto e sua chupeta caída em meu corpo.
- Feliz aniversário! - Ergui meus olhos, tinham umas dez pessoas em meu quarto e não estava mais ao meu lado.
Vi se aproximar de mim e retirar de meu colo e dar um pequeno sorriso. Quando ela se afastou, senti o peso de três homens pulando sobre mim, fazendo-me soltar um gemido de dor e causar risadas nas quatro mulheres que estavam no quarto.
- Sai, estou sem ar. - Eu falei enquanto ria ao mesmo tempo. - Eu estou pelado, caramba. - Todos saíram dali no mesmo instante e eu soltei uma risada, livrando-me das cobertas quentes, mostrando que estava de boxer, e todos vieram me abraçar.
- Isso porque ele ia passar com a namorada e a filha. - Minha mãe me abraçou fortemente, desejando tudo que uma mãe fala para o filho todos os dias da vida. Em seguida, veio Dougie pulando em mim, dando beijos em meu rosto e fazendo caretas.
Vi se aproximar, rapidamente toquei seus lábios com os meus e abri um largo sorriso.
- Feliz aniversário, meu amor. - Sorri, abracei , que pedia colo para mim, e a enchi de beijos. Mesmo ela não entendendo, ela me abraçou com toda força que tinha.
- Tá, bela surpresa, hein? - Ergui e a ouvi rir e tirar a mão da boca. - O que vocês prepararam? Tem algo, é claro.
Não demorou muito tempo e estávamos na cozinha jogando panquecas pelos ares e pipocas estavam sendo estouradas e jogadas uns nos outros. estava no colo de Fletch tomando mamadeira, e ao terminar, jogou-a vazia em Dougie, como ela sempre fazia quando Dougie estava por perto.
O dia foi à base de bagunça e filmes, como não fazíamos havia muito tempo. Após um tempo, a esposa de Fletch, Jessica, chegou e com ela Charlie, o filho de três anos deles. Pelo menos teria uma companhia.
- Valeu, gente, mesmo, até amanhã. - Fechei a porta e me joguei na porta, vendo a cueca de zebrinha que Danny havia me dado em minha mão ainda e a joguei longe.
- Sua pequena já está dormindo. - desceu as escadas e se sentou ao meu lado, dando um longo beijo em mim.
- Só tem a gente aqui agora? - Ela riu, concordando com a cabeça.
- E muita bagunça na cozinha, mas depois eu arrumo isso, preciso descansar. - Mesmo com o meu cansaço, eu me levantei, peguei-a em meu colo e a levei para nosso quarto, que ainda tinha vários embrulhos de presente sobre a cama. Empurrei alguns e deitei sobre a cama.
- Se quiser dormir, eu arrumo lá. - Ela sentou na cama entre minhas pernas.
- Não, é seu aniversário, relaxe. E, afinal, eu ainda tenho que dar seu presente. - Eu ri e ela me olhou de lado.
- Não precisa, meu melhor presente são vocês. - Ela deu um sorriso e ficou corada ao mesmo tempo em que eu falei e riu baixo, balançando a cabeça para os lados.
- Amanhã eu entrego, então, tá? Afinal, como vai ser amanhã, minha agente disse que começa às sete e acaba às nove. Às nove, começam as coisas no Tom. - Joguei meu corpo para trás, deitando horizontalmente na cama, e suspirei.
- Você se arruma no camarim de lá e eu te pego às nove. - Falei, fechando os olhos.
- Mas eu queria que você fosse e visse, é música nova, você nunca ouviu.
- Então, a gente se arruma e vai, depois você se troca no camarim e vamos todos para o Tom. Só boa sorte para fazer sua filha parar quieta. - Senti suas mãos em meus cabelos.
- A gente consegue, amor. - Abri meus olhos e vi seu rosto próximo do meu. - Feliz aniversário. - Ela pressionou seus lábios nos meus e senti que esse era meu presente de aniversário, a música.
Capítulo 3 - Dia 24 de dezembro de 2010 [n/a: Coloque para carregar: http://www.youtube.com/watch?v=0y8lIw6mmJM - Ou baixe Me Without You, da Ashley Tisdale]
saiu do carro dando uma corrida rápida até a entrada, mostrando seu crachá e entrando em seguida, enquanto eu fui até a parte da frente do estúdio e estacionei na frente dele em uma vaga privativa. Saí do carro pegando e seu ursinho de pelúcia no banco de trás, desafivelando o cinto, e entrei no estúdio, vendo os últimos preparativos do estúdio. Vi que quem iria apresentar o programa seria Fearne Cotton. Lembrei do Natal do último ano, se não tivesse acreditado em mim, eu não a teria em meus braços novamente. No último ano, Fearne foi passar o Natal com meus amigos e eu estava lá. Ela ficava se esfregando em mim, falando coisas que não aconteceram, como se fossem verdade. chegou e viu a cena, mas simplesmente ignorou Fearne e foi falar com meus amigos. Não nos falamos a noite toda, até dar meia-noite. Eu cheguei perto dela, esperando um tapa na cara, quando ela me abraçou e falou que sabia que não tinha tido reação nenhuma minha.
Sentei nos primeiros lugares, ouvindo vários "own's" das fãs de pela sua filha, e fiz com que acenasse para elas. A platéia ficou escura e o programa começou.
- Bem-vindos a mais um especial de Natal do Reino Unido. Dessa vez, decidimos fazer algo diferente: ao invés dos melhores do ano, iremos fazer os mais acessados do ano, ou seja, vocês votaram. E a mais votada está aqui hoje. Então, com vocês, apresentando sua música nova, Stone!
Vi sair pela porta da esquerda e acenar para os fãs, que gritavam atrás de mim, e logo uma música calma começou.
It's just you and me (É apenas você e eu) And there's no one around (E não há ninguém por perto) Feel like I'm hanging by a thread (Sentindo que estou pendurada por um fio) It's a long way down (E é um longo caminho sem volta)
Ela se posicionou no meio do palco redondo. Deixei meus olhos fixos em seus lábios enquanto pulava e batia palmas freneticamente em meu colo.
I've been trying to breathe (Tenho tentado respirar) But I'm fighting for air (Mas estou lutando por ar) I'm at an all time low (Estou numa baixa há muito tempo) With no place to go (Sem lugar para ir) But you're always there (Mas você sempre está lá)
Eu lembrei de ter visto um pequeno pedaço de papel com esse trecho quando nós brigávamos enquanto ela estava grávida. Parecia que eu senti a dor dela de novo.
When everything falls apart (Quando tudo desaba) And it seems like the world is crashing at my feet (E isso é quando o mundo parece cair sobre o meu pé) You like me the best (Você gosta do melhor em mim) When I'm a mess (Quando estou uma bagunça) When I'm my own worst enemy (Quando eu sou a minha pior inimiga) You make me feel beautiful (Você me faz sentir bonita) When I have nothing left to prove (Quando eu não tenho nada a provar) And I can't imagine how I'd make it through (Eu não posso imaginar como eu irei conseguir) There's no me without you (Não existe eu sem você) No me without you, no, no (Não existe eu sem você, não, não)
Fechei meus olhos por um tempo e lembrei-me de quando estava grávida. Ela lutava contra seu peso, seu estilo, sua cara quando acordava, e esse era um dos motivos por que eu perdia a calma e brigava com ela.
Parece que meu mundo ficou leve quando ela chegou, parecia que tudo ficava bem melhor quando ela estava. Eu sou bem melhor com ela. Abri meus olhos novamente, vi com um pequeno sorriso no rosto e soltei uma risada com ela. Então, Fearne anunciou a propaganda do programa.
saiu correndo do palco e eu fui atrás dela, procurando o seu camarim. Olhei os nomes de alguns famosos, achei o nome dela e empurrei a porta, encontrando-a trancada. Bati nela rapidamente e falei quem era.
Jessica, esposa do Fletch e agente da , abriu a porta e logo pegou no colo, brincando com ela.
- Ela está se trocando, Harry. O que achou? - Sentei-me no sofá do camarim e ri, olhando para cima.
- Ela é a mulher perfeita para mim. - Falei. Ouvi o barulho da tranca do banheiro e saiu com um vestido tomara-que-caia vermelho com alguns detalhes na saia.
- Acho que quitei a dívida de I'll Be Your Man. - Soltei uma gargalhada e senti seu beijo em meus lábios. - Eu te amo.
- Eu também te amo, linda. - Vi seu sorriso se alargar.
- Harry, enquanto eu me maqueio, troque a fralda da e, Jessica, coloque a roupa que está na bolsa dela? - Olhei entrar no banheiro novamente e ri baixo, levantando-me e pegando minha pequena no colo.
Se fosse há dois meses, eu iria me bagunçar inteiro para trocar a fralda de , mas agora ficava a mesma coisa de sempre: ela, com a mão na boca, e eu, fazendo cócegas em sua barriga enquanto ela ficava com aquela cara de bobinha.
- Minha linda. - Beijei a barriga de e a ouvi rir. - Pronto, Jessica! - Jessica pegou um pequeno vestido rosa de manga comprida e vestiu rapidamente, colocando um laço em seus cabelos e deixando alguns fiozinhos para cima.
Eu parei para pensar: todos estavam se arrumando e eu nem lembrava como estava. Fui até o espelho que tinha lá e vi minha calça risca de giz preto, uma blusa branca, um suéter por cima e os sapatos sociais nos pés. Meus cabelos arrepiados e tudo no lugar. Vi pelo reflexo passar os braços sobre mim e ri baixo, virando meu rosto e dando um beijo nela. Notei que agora ela estava com um casaco preto grosso sobre o corpo, meia-calça nas pernas e um sapato de salto alto.
- Linda demais.
- Vamos, amor? Jessica, pronto aí? - virou o corpo.
- Sim, já coloquei suas coisas no carro. - Jessica colocou em seu colo, que ainda chupava a mão, e fomos todos para a saída do estúdio.
Enquanto Jessica dirigia até a casa do Fletch, eu brincava com minha pequena no banco de trás. Ela estava debruçada sobre o vidro do carro, batendo as mãos no vidro e se embolando para falar alguma coisa, e eu ria quando ela gritava frustrada por não conseguir formular nada. Ela tinha somente três meses, não conseguia nem sentar direito, mas eu sentia que existia algo nela que ela roubou dos pais: talento.
Jessica estacionou na frente da casa exageradamente iluminada de Tom e todos saímos, indo de encontro com os caras e suas namoradas, nossos pais e os empresários e agentes que estavam na casa. Tiramos os presentes do carro e colocamos na árvore improvisada na casa de Tom. Tinha presente subindo pela sala inteira dele, já que havia muitas pessoas. Combinamos de não fazer amigo secreto, pois seria algo confuso por ter em média umas quarenta pessoas no local.
Chegou minha vez. Eu me aproximei da árvore, cuidando para não tropeçar nos embrulhos de presentes, e peguei uma caixa grande. Voltei para meu lugar.
- Esse presente é para minha pequena. - Coloquei a grande caixa em frente a , que estava entre as pernas de . Ela me olhou, seu olhar perguntava como eu tinha comprado um presente sem ela.
ajudou , ou melhor, abriu por ela o presente e tirou de lá alguns bichos de pelúcia de personagens da Disney. riu e agarrou todos, rindo em seguida. Ela pegou o Linguado da Pequena Sereia e o Nemo de Procurando Nemo e começou a brincar com eles. Vi que agradei e peguei uma pequena caixa de presentes, entreguei para , que soltou uma risada.
Ela abriu a fita delicadamente, abriu a caixa, vendo um pequeno pingente de chupeta, e deu uma risada.
- É para completar sua cota de pingentes do Natal do ano passado. - Peguei o pequeno pingente e o enganchei junto dos outros pingentes em sua pulseira que faziam parte da nossa vida. Música, filme, livros, amor, brigas, gravidez, e agora um bebê.
- Eu não acredito que fez isso. - Ela me deu um beijo e claro que Danny fez sua piadinha de sempre: "Uiii".
Voltei a meu lugar e pegou os dois presentes dela, duas caixas pequenas. Ela abriu a menor, mostrou a pequena pulseira de com um pequeno pingente de coração e colocou na pulseira da filha.
- Eu acho que ela vai ter muito mais história para contar, porque a vida dela está começando cedo e a minha só começou quando eu conheci o Harry e quando ela nasceu. - Eu senti meu rosto queimar pela primeira vez em muito tempo, ninguém conseguia me deixar envergonhado fazia tempo. - E agora, eu tenho um para o meu namorado. - Ela entregou a caixa e eu a abri, vendo um pequeno chaveiro que eu tinha quando nos conhecemos. Era um monte de ímãs que se juntavam, mas com esse ela havia formado um coração. - Eu achei na nossa mudança, e como você tem tudo, achei que ia gostar disso.
- Foi o melhor presente que você poderia me dar. - Puxei-a para meu colo e distribuí vários beijos nela.
Depois de muitas garrafas de champanhe, a comida das mulheres, pequenas piadas, momentos românticos de cada casal, algumas pessoas foram embora, sobrando somente os caras do McFLY e nossas respectivas famílias, então, sentamo-nos no sofá da sala. Eu cuidava de , que dormia em meu colo, e conversava com a namorada de Tom. Levei minha mão até o bolso da minha calça e olhei para sorrindo para ela, estava na hora.
Capítulo 4 - 25 de Dezembro de 2010
- Gente, eu não entreguei todos os presentes. - Deitei no colo de Dougie e levantei, colocando-me em frente à , que estava no meio da sala, no chão com Giovanna. Estendi as mãos para ela e olhei o relógio, cinco e meia da manhã. Ela pegou as mãos e levantou, olhando-me e questionando:
- O que foi?
- Eu conheci a mulher da minha vida há dezesseis meses, e por um certo motivo ela engravidou. Nós começamos nossa família, todos diziam que não teria problema, já que éramos intensos demais. E foi isso que eu enxerguei quando nasceu. Era perfeito, uma família perfeita, a nossa família perfeita. Eu acompanhei a gravidez dela, e logo depois disso, ela simplesmente não sai de meus pensamentos, não sai de minha vida nem se eu quisesse. E é por esses bobos motivos que eu tenho pensado e decidi que quero fazer dela a mulher da minha vida. - Peguei a caixinha em meu bolso e abri na frente dela. Vi-a abrir a boca e colocar as mãos nela, rindo sem graça. - Stone, estadounidense de somente vinte anos, que mudou minha vida totalmente, aceita ser minha esposa?
não conseguiu formular uma frase e começou a rir. Somente passou os braços sobre meu corpo, rindo em meu ouvido.
- Eu não tenho o que dizer, eu... - Ela estendeu o dedo e eu coloquei o pequeno diamante nele. Dei um pequeno beijo sobre a aliança. - É claro que eu aceito. - Ri baixo e pressionei meus lábios sobre os dela, pegando-a em meu colo. Ouvi um monte de gente fazer pequenos comentários, e meus amigos até bateram palmas.
- Você é perfeita para mim. - Falei com os nossos narizes encostados.
- Claro que sim, eu fui construída para você. E vai ser assim para sempre. Feliz Natal, meu amor.
- Feliz Natal. - Eu repeti, rindo. - Sabia que se você passar o Natal com uma pessoa, ela estará em sua vida pelo resto dela?
- Isso é Ano Novo, seu bobo. - Eu soltei uma risada.
- Sério? - Ela afirmou, roçando o nariz no meu. - A gente vai passar o Ano Novo junto também. - Olhei em seus olhos e dei um pequeno beijo em seus lábios.
Epílogo
- Pai, outro pingente? Tá de zoação comigo, né? A mãe daqui a pouco vai carregar vinte quilos no braço de tanto pingente que você dá para ela. - Soltei uma risada acompanhada de Danny enquanto cruzava os braços enfezada, menina de quinze anos é fogo, meu Deus.
- Não é para sua mãe esse, é para você. - Ela abriu a boca tão indignada que foi impossível segurar o riso.
- Para mim? - Ela pegou a caixa e a abriu, tirando um símbolo do infinito de lá dentro. - Tem algum significado?
- Tem, porque, quando você nasceu, você juntou mais eu e sua mãe. - Passei meu braço pelos ombros de .
- Você é nosso elo, querida. - falou, puxando-a para um abraço. - Você foi um dos motivos de não existir eu sem seu pai.
- Acho que o certo seria "não existir eu sem você" - Tom franziu a testa quando eu disse isso e soltou uma risada por eu ter cantado uma frase de uma música antiga de .
- É, pai. There's no me without you. - abraçou meu corpo e olhou em direção a Charlie, que estava com dezoito anos agora e a encarava com um pequeno sorriso nos lábios. Revirei os olhos, rindo baixo.
- Feliz Natal. - Sussurrei no ouvido dela.
FIM
Nota da autora: Nossa essa foi a fanfic mais rápida que eu escrevi na minha vida, para o especial Relâmpago do site. O Especial é de Natal, e eu sei que não foca muito no natal essa fanfic, e sim pelo amor da filha deles, mas eu realmente gostei e espero que vocês gostem também. Está aí.
Nota da beta: Se encontrarem qualquer erro, por favor, me mandem um e-mail? (camila.ov@hotmail.com) Cami, xx