O velocímetro já acusava 100 km/h, o carro estava em alta velocidade. A paisagem que antes mal podia ser vista agora se transformara em borrões. Uma das janelas havia sido aberta naquele exato momento, deixando o vento entrar varrendo o carro com uma forte corrente de ar. A música estava no volume máximo tocando ‘The Faders’, enquanto as duas garotas que estavam no carro cantavam e riam, aproveitando cada segundo da viagem emocionante que faziam a caminho de Londres.
Uma das garotas colocou a cabeça para fora da janela, cantarolando a música e abrindo os braços. O vento bagunçou seus cabelos castanhos, fazendo com que algumas mechas ficassem em seu rosto.
- , volta pra dentro do carro! - Gritou , puxando a amiga com uma das mãos.
- Você é muito estraga prazer, ! - respondeu , voltando a se sentar - Tô querendo curtir a estadia aqui na Inglaterra, sabia?
- Desse jeito? Colocando a cabeça para fora de um carro em alta velocidade? - disse a outra garota, fechando o vidro do lado da amiga.
- Por falar em alta velocidade... Você não está indo muito rápido?
- Droga! - exclamou , freando o carro rapidamente.
As duas se olharam e gargalharam juntas. Após quase um ano sem se ver, ocorreu finalmente o reencontro. e eram amigas desde o colégio; tinham apenas um ano de diferença. Quando terminou o colégio, veio para Londres fazer intercâmbio e acabou trabalhando como babá para uma tradicional família inglesa. Eles possuíam uma empresa de marketing. Depois de alguns meses trabalhando como babá, ela começara a fazer um pequeno estágio na empresa.
Antes de voltar para o Brasil, a família tinha lhe garantido emprego em Londres, assim que ela terminasse a faculdade. Foi o que ela fez alguns anos depois: voltou mais madura, extremamente experiente e pronta para trabalhar na MPM (McFayden Personal Marketing), companhia na qual trabalha até hoje.
, que também se formara em marketing, estava em Londres em busca de um estágio ou algum lugar em que pudesse começar a sua carreira, foi então acolhida pela amiga, que ofereceu dividir o apartamento até que ela se estabilizasse na cidade.
- Chegamos, - disse abrindo a porta do apartamento - não é grande coisa, mas foi o melhor que eu consegui até agora.
- Nossa é tão... Fofo - disse com um sorriso.
O apartamento era pequeno, mas para quem morava sozinha era perfeito, além de ter um aluguel razoável era bem localizado. só precisava andar três quadras para chegar à MPM. Tinha dois quartos, sendo que um deles era um escritório, a cozinha e a sala eram divididas por uma bancada que servia de mesa de jantar, o apartamento cheirava a tinta fresca. tinha arrumado a casa toda para a chegada de .
- Bom, você vai ter que dormir na sala, esse é um sofá-cama. É só puxar aqui - disse apontando para uma fita que saía debaixo do sofá.
- Tranqüilo. - jogou suas malas perto da parede e sentou no sofá - agora, eu quero saber de tudo!
- Tudo o que? - perguntou confusa.
- Homens, minha filha, ou você acha que eu estou aqui só a trabalho? - disse puxando a amiga para que ela se sentasse ao seu lado.
- Eu conheço alguns...
- Eu quero conhecer todos, se eu for embora de Londres e não tiver pegado ninguém eu vou ficar muito puta da vida! - disse enquanto tirava umas mechas da franja do rosto.
ria muito de tudo que falava, ela não tinha limites, falava tudo que vinha na cabeça, talvez por isso elas tivessem ficado amigas tão rápido.
- Pode parar de rir aí, a senhora só tem cara de santa, pode falar logo, andou pegando quem? - perguntou com um sorriso maroto.
- Eu? - corou – ninguém. Eu estou livre, leve e solta.
- Tá bom tá bom, me engana que eu gosto, fala logo quem é ele?
- Quem é ele quem?
- O garoto que te deixou toda vermelhinha aí.
- Não tem ninguém, eu já disse - cruzou os braços segurando o sorriso que queria sair em seus lábios.
- Tá bom né, você não confia mais nas amigas mesmo - disse levantando com ar de ofendida no rosto, indo em direção a suas malas.
- Tá bom tá bom eu falo - segurou o braço da amiga e a puxou de volta no sofá. Não suportava pensar que ela tinha ficado ofendida com qualquer coisa que ela dissesse - eu conheço um cara...
- Quem é? - perguntou com os olhos brilhando de tanta curiosidade.
- Er... O nome dele é Thomas... Tom.
- Tom? - sorriu.
- Isso, Tom Fletcher.
Capítulo 2
Era quase meia noite quando
e
terminaram de colocar as fofocas em dia, falaram sobre tudo, desde seus problemas
a antigos romances do colégio. Falaram sobre o clima, a cidade, os homens e principalmente, sobre Tom Fletcher. Após a revelação feita para a amiga, esta por sua vez quis saber tudo sobre a vida do garoto. Ele ocupou grande parte do tempo. Quando as duas já estavam
cansadas o suficiente de tanto falar,
se dirigiu ao quarto, colocou uma camisola e desligou a luz.
O corredor estava escuro também, já que não passava nenhuma luz por debaixo da
porta,
já deveria estar dormindo,
decidiu fazer o mesmo, na manhã seguinte, para sua sorte, era domingo, então
poderia dormir até mais tarde. Colocou sua cabeça no travesseiro, que agora parecia
mais macio que nunca. Estava relaxada, não conseguia mais pensar em nada, quando
de súbito, foi perturbada pelo toque do telefone, levantou rapidamente, ligou
a luz do abajur e atendeu a ligação.
- Alô? - disse com a voz cansada.
-
? - perguntou uma voz masculina do outro lado da linha.
- Tom?
- Desculpa estar te ligando essa hora - ele disse com a voz baixa.
- Tudo bem, eu nem estava dormindo ainda - mentiu
- o que aconteceu?
- É que amanhã, eu tenho uma audição, pra uma banda nova que estão montando e..
- Você está nervoso, como sempre - riu
do outro lado da linha - Tom, você é super talentoso, eu tenho certeza que você vai
entrar...
- De qualquer jeito, tem muita gente se inscrevendo, eu já estou tentando a um bom tempo essa carreira, às
vezes...
- Nem pense em desistir Fletcher! Se eles não te escolherem, não sabem o talento que estão
perdendo.
- Valeu pelo apoio - ele respondeu com a voz fraca.
podia até imaginar um sorriso fraco que desabrochava e deixava aparecer uma covinha
do lado esquerdo - valeu mesmo...
- Pra isso que os amigos servem não é? -
disse com um sorriso - quer que eu vá com você na audição amanhã? Pra te dar
apoio e tal.
- Poxa,
, valeu, mas a Giovanna já combinou de ir comigo - ele respondeu meio sem graça - a gente pode se falar depois que eu sair de lá?
Pra chorar, ou quem sabe comemorar?
- Claro, a namorada tem que vir em primeiro lugar - ela respondeu em tom de brincadeira - Me liga, quem sabe a gente pode sair pra algum lugar.
- Bom, agora é melhor eu deixar você dormir.
- Boa sorte amanhã.
- Valeu mesmo.
desligou o telefone. Agora estava mais acordada do que nunca. Seria difícil voltar a dormir, principalmente agora que tinha tomado conhecimento de que, quem acompanharia Tom na audição seria Giovanna e não
ela. Era triste pensar que mesmo sabendo que ele tinha namorada e realmente a
amava,
ainda pudesse ter qualquer ilusão de que algum dia teria um romance com um de
seus melhores amigos.
- E o prêmio de melhor amiga idiota e babaca do ano vai para... - ela falou sussurrando
enquanto apagava a luz -
- ela encostou a cabeça no travesseiro e dormiu.
Amanheceu e o dia se seguiu da forma mais lenta possível.
e
passaram a manhã passando as roupas e os pertences das malas para o guarda-roupa
vazio do quarto.
percebeu que a amiga tinha permanecido calada durante toda a manhã, por isso resolveu descobrir o motivo para tanto silêncio.
- Ontem, eu ouvi o telefone tocando no seu quarto - ela disse com a voz calma, enquanto colocava uma pilha de blusas em uma gaveta.
- É, recebi uma ligação antes de dormir... -
respondeu evitando olhar para a amiga - do Tom.
- Sério? -
olhou para a amiga curiosa - E aí? O que ele queria?
- Hoje ele tem uma audição, pra uma nova “boyband” que estão montando, ele estava
nervoso e ligou pra mim.
- Porque você não está lá dando apoio pra ele? -
agora dobrava suas calças - Tipo, vocês são amigos, não tem nada demais fazer
isso.
- Ele tem a namorada dele para fazer isso no meu lugar -
respondeu com a cabeça baixa - Giovanna.
- Ele tem namorada?! - gritou
com os olhos arregalados voltados para a amiga, que concordara apenas com a cabeça sem soltar se quer uma palavra - Você não
me falou que ele tinha uma namorada.
- Pois é, mas ele tem, entendeu agora porque eu não posso fazer nada, eu tenho que continuar sendo a “melhor amiga”.
- Que merda! A gente tem que fazer alguma coisa a respeito dessa guria. Descobrir
algum podre, mandar ela pra bem longe sei lá - disse
pensativa.
- Mas eles estão bem juntos, eles gostam um do outro, ela é legal, uma pessoa super agradável, eu não quero prejudicar ninguém, eles que terminem ou fiquem juntos por conta própria, eu não
vou me meter - falou
enquanto terminava de tirar as últimas blusas do fundo da mala da amiga.
- O que você vai fazer então? - perguntou
olhando para a amiga - tipo, se você não quer ferrar com a menina...
- Achar outra pessoa, tentar parar de pensar no Tom e me contentar em ser apenas uma amiga que ele gosta muito.
- Você é que sabe... Quando ele vai ficar sabendo do resultado?
- No final do dia eu acho, enquanto isso, vamos fazer alguma coisa para almoçarmos?
Eu estou morrendo de fome.
- Vamos! - concordou
levantando com um pulo.
No final da tarde a campainha tocou.
tinha saído para comprar algumas coisas que faltavam na casa, na lista estavam desde pasta de dentes até pacotinhos de chá.
estava na cozinha terminando de lavar a louça do almoço, que acabou saindo um pouco tarde devido à falta de talentos culinários das duas garotas. Ao ouvir a campainha apressou-se em secar as mãos, andou em direção a porta. Olhou pelo olho mágico
e se deparou com aquela covinha esquerda e cabelos loiros desalinhados, respirou
fundo e abriu a porta com um sorriso.
- Tom - saudou
abrindo a porta - então como foi?
- Oi
- ele disse com um sorriso cansado - não entrei na banda.
- Não acredito - ela o olhou espantada e viu que os olhos e Tom estavam marejados,
ele estava realmente triste.
- Pode acreditar - ele disse olhando para o chão.
queria poder dizer que tudo ficaria bem, que ela estava ali e que nada iria acontecer
enquanto ela estivesse ao seu lado, mas a única coisa que conseguiu fazer foi abraçar o amigo, o abraço retribuído,
foi forte, com vontade.
- Entra. - ela disse ainda abraçada, perto do seu ouvido - Eu faço um chá, ouvi
dizer que os ingleses adoram.
- Um suco já está de bom tamanho - disse ele soltando-a. Os dois entraram no
apartamento,
Tom se sentou no sofá e esperou, até que
voltou com dois copos de suco.
- Aqui, toma, vai refrescar a sua cabeça - ela disse com um sorriso fraco. Ele
pegou o copo e deu um gole - agora me conta como foi.
- Eu estava muito nervoso, sei lá o que deu em mim, então, eu fui, fiz o teste e não passei. Escolheram outro cara lá,
eu to muito mal, tipo...
- Como se tivessem destruído seus sonhos? - ela completou a frase.
- É. Tô sem pique pra tocar, pra cantar, esse teste acabou comigo, dude - ele disse olhando pro fundo do copo que tinha nas mãos.
- Hey - ela disse levantando o rosto de Tom com uma das mãos - não é hora pra desistir! Se você quer uma coisa, vai atrás! Não fique aqui sentado choramingando, tem que correr atrás, você vai conseguir, você tem
talento sr. Fletcher.
- Valeu pelo apoio
, eu fiquei meio sem rumo, porque a Giovanna teve que sair no meio da audição. Fiquei sozinho lá.
- Porque você não me ligou? Eu teria aparecido.
- Você já faz demais por mim, me agüenta no telefone no meio da noite, tocando umas músicas novas e ouvindo meus problemas - ele disse sem graça - você é uma
amigona mesmo.
- Pra isso que os amigos servem - os olhares dos dois se encontraram e eles sorriram
um para o outro - eu acredito muito em você Fletcher.
- Você é a melhor
- Tom se inclinou e deu um beijo no rosto da amiga, o que fez com que ela corasse
- Agora é melhor eu ir, esfriar a cabeça um pouco.
- Eu te levo até a porta - os dois se levantaram e foram caminhando até a porta.
- Tchau - disse Tom com um sorriso fraco, chamando o elevador.
- Tchau dude - respondeu
fechando a porta enquanto Tom entrava no elevador.
voltou para a cozinha e começou lavar novamente a pilha suja do almoço quando ouviu a maçaneta
da porta de entrada do apartamento girar. Segundos depois
entrou com um enorme sorriso no rosto e com várias sacolas na mão.
- Menina, quando eu estava entrando no prédio, meu Deus do céu, tinha um cara muito gato saindo do elevador, ele foi todo cavalheiro, até segurou
a porta pra mim - disse
à amiga com os olhos brilhando.
- Por acaso ele era branco, loiro, com olhos castanhos e tinha uma covinha? - Ela perguntou com um sorriso no rosto.
- Como você sabe? -
a encarou espantada.
- Você acabou de conhecer o Tom - disse
voltando para a pilha de louça - Me ajuda a secar, por favor.
- Você tem bom gosto - disse
minutos depois enquanto secava os últimos pratos.
- Eu sei.
Capítulo 3
O domingo passou ainda mais devagar depois daquela visita no meio da tarde. tentava se ocupar com outras coisas, mas além de não ter mais o que arrumar das coisas da amiga, sua cabeça não parava de pensar no garoto da covinha.
- Minha primeira noite na balada de Londres, isso merece uma comemoração – disse , quando as duas amigas estavam terminando de arrumar-se.
usava uma bata roxa, acompanhada de uma calça jeans, coisa simples, que ganhava um charme com as sandálias de salto alto e os belos brincos dourados que se misturavam com mechas de cabelo castanho–escuro um pouco enrolado nas pontas. , que também optou pela calça jeans por causa do clima, já usava um sapato preto e uma blusa mais colada, acompanhada de um casaco branco da Versace, cabelos soltos e a franja, como sempre, sobre seus olhos.
abriu a geladeira, examinando as bebidas.
- Ih, só tem coca–cola – riu, tirando duas latinhas
- Tudo bem, o que vale é a intenção – respondeu , abrindo sua latinha e levando ao ar.
- À minha primeira balada – as duas fizeram o ‘tim tim’ nas latas, deram um gole e saíram de casa aos risos, prontas para a noite.
- Então, o Tom vai com a gente? – perguntou , enquanto esperavam o sinal abrir
- É, eu consegui convencê–lo, sabe, ele precisa se animar – respondeu ,dirigindo novamente logo que a bolinha verde piscou lá em cima
- Entendi, mas eu posso saber por que você não me parece feliz com a idéia?
- Ah... é que eu queria que ele saísse com a gente sabe,mas ele faz questão de levar a Giovanna,o que eu posso fazer né?...
- Ah, a bendita Giovanna. Por que a gente não prende essa guria no banheiro e só tira quando ele for embora?
- Claro, , que idéia brilhante, e ele não vai sentir falta da namorada durante a noite toda – respondeu com um sorriso irônico.
- Você se conforma muito fácil – resmungou .
- E você cria confusão por tudo – respondeu despreocupada a motorista, que agora parava o carro na rua da boate – anda, pega minha bolsa.
O lugar estava muito movimentado. Havia gente desde o início até o final da rua, e na porta da boate, o tumulto era maior. As duas sorriam de empolgação. já havia ido em algumas,mas agora que estava com a sua amiga irmã do lado,sentia um gostinho de primeira vez e uma excitação inexplicável. As garotas foram se aproximando e logo deram de cara com um rapaz alto de cabelos bem lisos e castanhos, que sorria na direção delas. olhava para os lados, tentando não acenar de volta com medo de fazer papel de idiota se aquilo não fosse pra ela.
- Danny! – chamou sorrindo, cumprimentando o garoto.
- , como vai? – ele respondeu, retribuindo os dois beijinhos da moça.
- Milagre! Você não chegou atrasado – ela riu – Ah, essa é a , minha amiga do Brasil que veio passar um tempo comigo.
ficou aliviada em saber que aquele pedaço de mau caminho era conhecido de sua amiga, e sem perder tempo, cumprimentou–o.
- Oi – ela riu sem jeito – prazer.
- Prazer só na cama – ele disse rindo e olhando para as duas, mas logo que percebeu que elas o olhavam com uma cara de “como assim?”, ele se consertou – brincadeira, o prazer é todo meu.
- Você sabe se o Tom vai demorar Danny? – perguntou , tentando não mostrar interesse em que ele chegasse, mas é claro que já tinha sacado.
- Não sei, mas vamos entrar logo, estou congelando.
Os três compraram seus ingressos e entraram. Se elas achavam que na rua estava cheio, tomaram um susto ao entrar. Havia gente em tudo que era canto da boate, na pista de dança, nas mesas, nos sofás, no bar, na parte de cima, perto do palco, e até mesmo na porta dos banheiros. Danny guiou as duas para a mesa que havia reservado. Ao chegarem lá, haviam umas pessoas sentadas. Na hora, pensou que eram intrusos ou algo do tipo, mas viu que estava enganada quando Danny os cumprimentou e apresentou todos para as meninas.
- E esse é o James, o mais novo membro do Busted – apresentou Danny, com um sorriso meio fraco no rosto, afinal, ele e Tom eram muito ligados e ele estava arrasado pelo amigo.
O garoto de cabelos loiro claros e franja escura se levantou para cumprimentá-las.
- Ah, muito prazer, sou a – ela se apresentou.
- – a amiga se apresentou também logo em seguida.
- Nossa, é um prazer ter vocês com a gente, sentem–se – convidou James com muita
simpatia e um sorriso estampado na cara. Enquanto a conversa rolava na mesa,
percebeu que a amiga não estava rindo das piadas e não parava de olhar para a porta de entrada.
- Quer parar de ficar procurando por ele? – cochichou para .
- Não tô procurando ninguém. Pára com essa mania de achar que toda hora eu to pensando nele – respondeu a amiga, emburrada.
- Ah claro, afinal, por que você ficaria pensando no garoto que você gosta? – ironizou , encerrando o papo ao ouvir um grito de Danny, que mesmo com a música alta, doeu nos ouvidos.
- Hey, Tom! - ele gritou. Tom atravessa a pista e juntava– se ao grupo de amigos,
e o melhor, ele vinha sozinho.
- Ei dude! Por que você demorou? Cadê a Giovanna? – perguntou Danny, enquanto Tom falava com todos.
- Ela tinha um jantar na casa dos pais, e como ela dificilmente vai lá, eu falei que tava tudo bem – ele respondeu em um tom não muito convincente de que realmente estava bem. Sentou–se ao lado de , e após conhecer , os três começaram a conversar como se já se conhecessem há anos.
- Ainda bem que você chegou. A gente tava boiando no papo do pessoal – disse , bebendo um gole do seu refrigerante.
- Eu só vim porque eu realmente tava precisando me distrair, ficar em casa só ia piorar a situação e também... - ele fez uma pausa e olhou bem nos olhos de – sabia que encontrar com você ia me fazer sentir melhor.
queria achar um buraco para se esconder, sumir dali. Pensou tão rápido que acabou dando uma indireta bem direta aos dois.
- Gente, preciso ir ao banheiro – ela riu desconsertada, levantando da cadeira – sabe né... Problemas pessoais femininos... hehe...- e saiu andando com um pouco de pressa, na direção do banheiro que ela nem sabia direito onde ficava.
segurava a risada, mas teve que soltá-la quando viu que Tom estava rindo também.
- Gostei da sua amiga – ele disse, passando a mão nos cabelos loiros.
- É, vai ser bom ter ela comigo por um tempo, eu tava precisando de alguém pra conversar, pra descontrair meus dias.
- Eu achei que eu fazia esse papel – disse Tom, franzindo a testa.
- Fletcher, você sabe que é importante pra mim, mas... São coisas de amiga, você entende? – ela tentou ajeitar a situação.
- Entendo claro, eu sinto isso com o Danny. Os dois se olharam por um tempo e
caíram na gargalhada.
- Tá, isso ficou muito estranho – disse , colocando as mãos no rosto, rindo muito da cara do amigo.
- Por favor, esquece isso – ele falou, com o rosto todo vermelho e muito sem jeito – você entendeu o que eu quis dizer.
- Claro que sim – ela deu um sorriso e terminou em um gole o restinho de refrigerante no copo.
As risadas rolavam o tempo todo na mesa, mas para e o Tom, o assunto havia acabado, até que uma garota chegou cumprimentando todos que estavam presentes, era , a "irmã" do intercâmbio que fizera anos atrás, ela era filha do dono da empresa onde as duas trabalhavam, foi durante esse tempo que se tornaram grandes amigas.
- Hello - ela se inclinou e deu dois beijinhos em
e em Tom.
- Olha quem está aqui - Danny veio abrindo caminho entre os presentes e foi em direção a que o recebeu com um sorriso no rosto - .
- Jones, você está em todas hein? - ela foi em sua direção e lhe deu dois beijinhos também. Todos sabiam, Danny e tinham um affair ainda não consumado, já que ele não tinha atitude para dar o primeiro passo e ela era muito tímida e orgulhosa para fazer tal coisa.
- Quando eu fiquei sabendo que você estaria presente eu me senti obrigado a comparecer - ele disse rindo, o que fez com que ela ficasse vermelha.
- Bom saber, espero que além de comparecer, você dance.
- Com todo o prazer - ele se curvou fazendo com que todos rissem, inclusive - Eu vou pegar uma bebida pra você. O de sempre?
- Não, um refrigerante, amanhã eu tenho que trabalhar, ao contrário de certas - ela apontou a cabeça em direção a que conversava animada com Tom.
- Eu não tenho culpa se me deram folga! Você trabalha demais - deu língua para a amiga que nada fez a não ser sorrir, não queria atrapalhar a conversa dos dois pombinhos.
voltou do banheiro rindo e se sentou ao lado de e Tom.
- Gente,como o banheiro daqui é limpo – ela disse,sentando– se com uma cara muito impressionada – eu nem precisei forrar o vaso sanitário.
estava sentada ao lado de Tom, esperando Danny voltar com as bebidas, ao ouvir o comentário de caiu na gargalhada juntamente com Tom e , devido a cara de ‘criança quando vê algo extraordinário’ que ela fazia.
apresentou para , elas começaram a conversar sobre banheiros, a primeira ria de tudo que falava e essa por sua vez contava as histórias mais engraçadas que alguém poderia imaginar. Logo as duas resolveram dançar, elas se levantaram ,resmungando algo do tipo “vamos dançar que isso aqui tá muito parado”,
seguiu as amigas dando a mesma desculpa, queria dançar um pouco. As três foram
para o meio da pista de dança enquanto Tom se viu sentado sozinho, ele seguiu
em direção a Danny e James que cochichavam alguma coisa enquanto olhavam para
a pista de dança.
- Mas a duas tem namorado? - perguntou James apontando com a cabeça.
- Quem? A e a ? - perguntou Danny confuso.
- É.
- Não, nenhuma delas tem - disse Danny pegando uma cerveja da mesa - fala com o Tom, ele pode fazer o seu filme com a .
- Pod... - Mas James parou no meio da frase, Tom estava vindo na direção deles.
- Hey, dudes, o que vocês estão olhando?
Tom percebeu que o centro das atenções eram as três garotas, que dançavam na pista, , e .
- Nada demais - respondeu Danny com um sorriso safado no rosto.
- Sei... - disse Tom rindo - e por acaso tem uma garota chamada ali no meio que está te chamando a atenção..
- Ela é hot dude! - falou Danny se explicando.
- Ela é mesmo, bota pra cima pô.
- No dia que eu conseguir pegar uma dessas, você vai assumir que é gay - respondeu Danny dando um gole na cerveja que tinha na mão.
- Então você não vai pegar nunca mesmo - Tom deu um soco no ombro de Danny que riu - vai lá dançar com ela.
- Você acha? - ele olhou para da pista de dança para os amigos que o olhavam esperançosos.
- Vai lá, vai lá - disse James rindo.
- Mas ela tá dançando com a e com a , eu vou ficar sobrando, não sei o que falar - disse Danny passando a mão pelo cabelo preocupado.
- É simples, "Ei , vamos dançar juntos?" - Tom imitava o amigo, o que fez com que ele risse.
- Elas... Olha como elas dançam dude! - falou Danny com os olhos arregalados, fazendo com que Tom e James rissem - E se ela me der um fora? - ele deu mais um gole na cerveja.
- Daí você cai fora de lá chorando e vem falar com a gente, nós te daremos apoio, lembre-se você ainda tem o Tom aqui - James bateu com uma das mãos no peito de Tom que riu.
- Quer saber? Eu vou lá, chamar a pra dançar comigo - disse Danny tufando o peito, dando mais um gole na cerveja.
- Então vai logo, antes que você fique bêbado - Tom pegou a cerveja da mão do amigo que após sussurrar "me desejem boa sorte" saiu em direção à pista.
estava dançando com as outras duas garotas, elas realmente sabiam dançar, eram animadas e tinham atitude. De repente ela sentiu que alguém tinha dado um pequeno puxão no seu cabelo, o que fez com que ela virasse. Ao ver que era Danny, ela abriu um sorriso e começou a dançar perto dele. ao ver isso, deu um beliscão em que lançou um sorriso para
, que retribuiu. Após a saída de Danny, o clima ficou meio pra baixo entre Tom
e James, já que
nenhum dos dois falara nada. Ambos sabiam o motivo, eles tinham feito o mesmo
teste, para o Busted, só que apenas um passou, no caso, o sortudo foi James,
que já tinha até fechado contrato. Para acabar com essa situação cabulosa, Tom
começou:
- Olha James, eu sei que hoje, nós estávamos disputando pela vaga, mas eu estou conformado com isso, você merece - ele disse com um sorriso.
- Cara, valeu, eu estava mal, pela nossa amizade e tal - James respondeu sem graça.
- Que isso, você sabe que a nossa amizade não vai se abalar por uma besteira dessas, você vai fazer muito sucesso, nós ainda vamos tocar muito juntos.
- Vamos sim, tenho certeza disso - James agora tinha um sorriso de ponta a ponta.
- Então está tudo bem? - Tom estendeu a mão para James, que fez o mesmo.
- Claro, dude.
que estava começando a se cansar de dançar, já que seu salto era muito alto e seus pés começaram a doer, puxou para perto de si e avisou que iria voltar para a mesa. Ela andou em direção a mesa e viu que Tom, que antes conversava com James, vinha em sua direção.
- Eu sei que você deve estar cansada, mas... – ele disse sem graça – dança comigo?
- Qual é Tom, todos os seus amigos estão aí, se a Giovanna fica sabendo... - respondeu , olhando para o próprio pé.
- Qual é digo eu, o que tem demais em dançar com a melhor amiga? – ele deu a mão sorrindo, com aquela covinha única e deslumbrante no lado esquerdo do rosto, realmente era uma tentação, e como a garota não era de ferro, pegou na mão dele e voltou para o meio da pista.
A noite passou,ao contrário do dia todo,muito rápida. As músicas muito agitadas, as pessoas mais ainda.
estava dançando com um garoto super bonitinho, cabelos castanhos e olhos azuis, enquanto e Tom dançavam logo ao seu lado. e Danny também não tinham parado de dançar, parecia que estava rolando um clima, mas ela não deixava que ele se aproximasse demais, o que fazia com que ele ficasse mais doido ainda.
Após uma hora de dança sem parar, Tom, que estava com as costas da blusa molhadas de suor, falou no ouvido de
que já estava indo, pois no dia seguinte iria acordar cedo para uma reunião com Danny, que já tinha ido embora da boate havia um tempinho, levando para casa. A partir dali, a festa perdeu a graça. voltou para a mesa e não encontrou mais ninguém, o que já era de se esperar, pois o relógio marcava exatamente três e quarenta da manhã e muita gente tinha trabalho na segunda.
Sorte a dela que tinha recebido uma folga, pois o chefe estava viajando e só voltava na terça. Sentou–se na cadeira e só aí foi perceber que a boate lotada que viu quando chegou, estava quase vazia na parte de cima e nos cantos, somente na pista ainda havia gente. Sentiu os pés queimarem no salto. Incrível como o loirinho da covinha única fazia ela se sentir tão bem e perder tanto a noção de tempo e espaço. Pegou a bolsa e foi chamar para irem pra casa, mas na hora que voltou na pista de dança, a amiga estava no maior clima com o gatinho do olho azul, ao som daquela música romântica que tocava para os casais restantes ali. Como uma boa amiga, esperou sentada na mesa. Após alguns minutos sentiu alguém tocar em seu ombro, quando se virou, deu de cara com James, o cara do Busted.
- James - ela disse com um sorriso no rosto.
- O que você tá fazendo sozinha aqui?- ele perguntou sentando-se ao seu lado.
- Esperando alguém parar de flertar ali - indicou com a cabeça o canto da pista, onde dançava com um cara desconhecido.
- Eu posso te fazer companhia se você quiser - ele disse sem graça.
- Claro, ia ser ótimo - disse com um sorriso - ah! Parabéns pela entrada no Busted.
- Ah, valeu, ainda nem acredito.
- Você deve ser bom - ela disse pensativa.
- E... Por que você diz isso? - ele perguntou a encarando curioso.
- Bom, o Tom é o melhor guitarrista que eu conheço... Ele não entrou na banda né... - ela respondeu com um sorriso fraco.
- Você não deve conhecer muitos guitarristas então - ele disse dando uma gargalhada ao ver a cara de indignação feita por - eu tô brincando.
- Bom mesmo - ela disse dando língua - você é um bom amigo hein? Fica falando mal do Tom pelas costas - continuou em tom e brincadeira.
- Ah de vez em quando - ele falou com ar despreocupado - tô brincando, ele toca pra caralho. Sério mesmo.
- Em pelo menos isso a gente concorda.
- A gente não deve concordar em apenas isso, quer ver? Qual sua cor preferida?
A conversa continuou por muito tempo, mais ou menos uma hora, até que veio ao encontro dos dois.
- O que vocês estão fazendo aqui, sozinhos? – ela perguntou espantada, sentando na cadeira na frente da amiga e de James.
- Esperando você terminar o serviço no bonitinho ali – sorriu James.
- Eu não estava fazendo serviço nenhum tá? - fez bico, fazendo com que James e caíssem na gargalhada.
- Ei, eu acho melhor eu ir andando - ele disse se levantando da cadeira - até a próxima - ele se abaixou e deu um beijo no rosto de , dando apenas um aceno para . As meninas ficaram em silêncio até virem que James já estava fora de vista.
- Tá bom, beijo e tudo? O que é isso? E o outro? - perguntou confusa.
- Que outro? - perguntou distraída.
- Dã, eu quis dizer, cadê o Tom?
- Ah ele teve que ir embora, tem uma reunião amanhã cedo. E acho melhor a gente
ir também, meu pé ta me matando e eu tô muito cansada. -
pegou a bolsa e as duas saíram na direção do carro. Foram direto pra casa.
Enquanto isso, Danny tinha acabado de parar o carro na porta do prédio de , durante a viagem, eles conversaram bastante, ele parecia meio desconfortável, mas não perdeu o jogo de cintura, tirava graça de tudo o que via, fazendo com que o clima ficasse agradável. tentava parecer calma, mas no fundo estava explodindo, era a primeira vez que ele tinha se oferecido para deixá-la em casa, enquanto conversava, tinha a sua cabeça em outro lugar, ela pensava na hora da chegada em sua casa, o que fazer o que falar, e se ele quisesse beijá-la? Ela deveria consentir ou se fazer de difícil? Enquanto ela passava por todos esses questionamentos, mal sabia que o motorista falante estava mais nervoso do que ela.
Danny e
já se conheciam desde os tempos de colégio, além de serem da mesma sala, foram vizinhos durante um tempo, foi assim que o conheceu no intercâmbio, desde essa época todos sabiam que ele tinha não uma queda, mas um penhasco pela vizinha inglesa, mas como ele nunca achava o momento certo para dar o primeiro passo, ficava calado e se contentava em ser apenas amigo, ficando com outras garotas para esquecê-la. Ele parou o carro e lançou um sorriso fraco para a passageira.
- Pronto, está entregue.
- Obrigada pela carona Danny - ela respondeu, os dois permaneceram em silêncio durante alguns segundos, então Danny falou gaguejando.
- E-eu te levo, até a sua casa, quer dizer... Até a porta, você já está em casa, eu quero dizer, parados com o carro - Ele ficara vermelho, percebendo que não parara de falar enquanto o olhava rindo.
- Você é muito engraçado Danny - ela ria enquanto ele passava as mãos pelo cabelo nervoso - Eu adoraria que você me acompanhasse até a porta.
Os dois saíram do carro e andaram em silêncio até a portaria.
- Ótimo o porteiro não está aí... - ela fez um bico decepcionada - acho que eu vou ter que esperá-lo aparecer.
- Eu fico aqui com você - disse Danny - eu sei que você vai detestar a minha presença, mas eu não posso te deixar sozinha.
- Que isso, eu adoro a sua companhia - se abraçou com as mãos, passando-as pelo braço rapidamente, parecia que o tempo estava ficando cada vez mais frio.
- Você tá com frio? - ele perguntou preocupado.
- Não, não - ela deu um risinho - daqui a pouco eu congelo aqui.
- Toma.
Danny tirou o blazer preto que estava usando sobre uma camiseta xadrez e colocou sobre os ombros de , segurando na gola, fazendo com que ela chegasse mais perto dele. Os dois se encararam sérios, os rostos foram se aproximando aos poucos, era inevitável, ali rolava muito sentimento, Danny inclinou um pouco a cabeça.
- Srta. Mcfayden? - gritou o porteiro que tinha acabado de voltar ao posto.
Ao ouvir a voz do porteiro, e Danny se afastaram imediatamente, parecia que o transe tinha sido quebrado pela voz de David, o porteiro, ela continuou encarando Danny que fizera o mesmo.
- Sou eu sim, você pode abrir a porta, por favor, David? - ela não tirou os olhos de Danny até ouvir o barulho da tranca automática ser aberta - obrigada -
tirou o blazer dos ombros e estendeu para que Danny pegasse, mas ele não fez isso.
- Pode ficar - ele falou com um sorriso - depois você me devolve.
- Por quê? - ela perguntou confusa.
- Pra eu ter um motivo pra te ver de novo - ele virou e se dirigiu ao carro, o analisou e esperou até que ele entrasse.
Ele fechou a porta, ligou o carro de deu um aceno de adeus para ela, que retribuiu. Naquele dia ela dormiu com um sorriso no rosto.
e , ao chegarem a casa, deixaram os sapatos pelo corredor e o casaco branco da Versace foi jogado na mesa de jantar. entrou na cozinha para beber uma água,e quando voltou,viu a amiga jogada no seu sofá - cama, ainda com a roupa da boate. Ela riu e foi chamá-la.
- , troca pelo menos essa roupa.
- Ai , tô cansadona. Pega o meu pijama? Tá na parte de cima do armário – pediu a amiga que se espreguiçava e sentava no sofá,começando a tirar a roupa.
- Aqui, adoro esse seu pijama da Minnie – ela riu e entregou para , que estava só de calcinha e sutiã, morrendo de frio.
- Valeu. Aqui é realmente muito frio, não fazia idéia do quanto – comentou ,enquanto se vestia com pressa para cessar todo aquele clima congelante.
- Você se acostuma. Amanhã a gente sai pra almoçar e depois eu te levo pra conhecer um pouco de Londres e comprar umas roupas mais apropriadas.
- Perfeito – falou enquanto bocejava – E escuta, rolou alguma coisa entre você e o gatinho do elevador?
- Você quer dizer o Tom – riu – Não, não, ele tem namorada, esqueceu?
- E você tem ciúmes por acaso? – brincou a amiga.
- Você sabe que eu não gosto desse tipo de coisa – falou .
- E você e o carinha da franja? - perguntou com um sorriso maroto.
- O James é legal - respondeu com um pequeno sorriso.
- Humf, se decide! Ou o cara do elevador ou o da franja! Mas eu vi que rolou um clima hein? - disse piscando.
– Agora é minha vez, quem era ele? - perguntou mudando de assunto.
- Quem? – perguntou , dando uma de sonsa.
- Larga de ser sonsa , você sabe de quem eu to falando – disse e as duas riram - o menino, que você tava dançando na boate.
- É o Daniel, ele é muito lindo e muito legal, no início eu achei que não fosse rolar nada, ele tava meio... Paradão. Mas depois que a gente começou a conversar ao invés de só dançar, ele foi se soltando – contou – eu tava até gostando da conversa. Por um momento eu esqueci que eu tava ali querendo ficar com ele. Se ele não tivesse me beijado eu nem teria me tocado, sabe?
- Eu entendo, é bom conversar com quem a gente se sente a vontade – disse .
- É. Eu senti isso com ele, a gente até trocou telefone, mas não acho que vai dar em nada, você sabe, “eles” nunca ligam no dia seguinte.
- Toda regra tem sua exceção, lembra disso?
- Como eu posso esquecer o que eu te falei a vida toda? – riu – Agora vai pro seu quarto vai, não vem querer se escorar no meu sofá não, só porque ele é melhor que a sua cama dura – disse , enquanto a amiga ria.
- Eu vou mesmo, e amanhã quando eu vier te acordar, vê se não vai me chamar de ‘mãe’ como você sempre faz – disse , indo pro corredor.
- Não enche – disse , jogando uma almofada na amiga.
- Boa noite – Disse , devolvendo a almofada e jogando um beijo.
- Noite , sonha com os teus dois anjinhos de cabelos loiros – respondeu , deitando no sofá e dormindo num tapa, enquanto se jogava na cama e fazia o mesmo com um sorriso no rosto.
Capítulo 4
No dia seguinte, e acordaram tarde, a noite tinha sido longa, e as duas estavam extremamente cansadas, quando o relógio marcou uma hora, as duas tentavam criar coragem para levantar de suas camas.
- , a gente não ia sair? - gritou da sala com a voz melosa.
- Vamos logo então - respondeu levantando-se da cama aos poucos - a gente tem que comprar umas coisas mais cools pra você vestir. Tá muito pobrezinha pra morar em Londres.
- Concordo. - disse abrindo a porta e parando escorada na parede do quarto da amiga - Vou me trocar agora, a gente pode sair daqui a... Quinze minutos?
- Tranqüilo, - se levantou e foi em direção ao banheiro tomar um banho para despertar, enquanto se trocava no quarto.
Após quinze minutos as duas já estavam no carro, prontas para as compras.
- Não, a azul fica melhor, combina com o seu tom de pele - disse no provador ao lado da amiga, enquanto experimentava um vestido preto.
- Ai, amei essa blusa! Como você consegue escolher milhares de roupas perfeitas e eu só escolho essas coisas aqui? - disse jogando uma pilha de roupas para o provador da amiga.
- Eu vejo “Esquadrão da moda”. - respondeu com um sorriso - Então vai levar o que? - perguntou, saindo do provador com uma pilha de roupas.
- A blusa que você escolheu e esse casaco cinza - disse levantando a mão esquerda, mostrando.
- Perfeito, adorei os dois, mas o que voc.. - foi interrompida pelo telefone celular, que acabara de tocar.
- Quem é? - perguntou curiosa.
olhou o visor do celular e lançou um sorriso para a amiga.
- Tom! - disse ao atender ao telefone, o que fez com que sorrisse.
- , tá ocupada? - ele perguntou com a voz alegre.
- Não, se você acha que fazer compras é uma ocupação.
- Você não vai acreditar - ele falou excitado - adivinha onde eu estou.
- Onde? - ela perguntou curiosa.
- Em um quarto de hotel com o Danny compondo - ele disse rindo.
- Como assim? Com o Danny, em um quarto de hotel?
- Não é o que você tá pensando, a empresa que formou o Busted, me ligou hoje, falaram que estão pensando em formar uma banda. Uma nova “boyband”, estilo Busted saca?
- Mas isso é maravilhoso, Tom!
- Mas essa ainda não é a melhor parte, eu e o Danny estamos com várias idéias e já até fizemos uma música aqui, sendo que a gente chegou aqui hoje de manhã.
- Quer dizer que essa banda vai sair mesmo? - perguntou rindo.
- Na sexta-feira vai ser a audição, pra achar um baixista e um baterista, , tem noção? É a minha banda, cara, meu sonho.
- Eu te disse lesão, você tem talento, tô muito feliz, muito mesmo.
- Você é a primeira pessoa que tá sabendo disso. Eu achei que você merecia saber primeiro - ele disse sem graça.
- Eu me sinto honrada, Fletcher, muito mesmo - estava com os olhos brilhando de tanta felicidade, Tom tinha lhe contado antes de todos, até mesmo antes de Giovanna.
- Não Danny, aqui é dó e ré. - disse Tom com voz imperativa - Bom, é melhor eu desligar, o Danny já tá fazendo merda aqui - ele disse com a voz alegre, pode ouvir Danny xingando alguma coisa ao fundo, mas não soube dizer o que.
- A gente podia comemorar qualquer dia desses, na minha casa? - Ela perguntou esperançosa.
- Claro, a gente se vê, eu te ligo, mas eu acho que vou ficar preso aqui até as audições.
- Sem problemas, agora você é uma estrela, boa sorte Fletcher.
- Obrigada pelo apoio desde sempre - ele falou agradecido - beijo.
- Tchau.
desligou o telefone mais feliz que nunca, com um sorriso de orelha a orelha.
- Eita, qual o motivo de tanta felicidade? - perguntou que passara a maior parte do tempo observando à amiga.
- Tom, ele vai ter a própria banda! - respondeu animada.
- Nossa que legal! – respondeu – E eu espero ter meu próprio emprego
- Você vai se sair bem – consolou a amiga – É só dormir cedo e não pegar o trem errado. As duas riram – E Essex nem é tão longe – continuou .
- Valeu pelo momento de ‘Você vai conseguir porque você é demais’. Eu já sei disso – sorriu – anda, vamos pagar a conta.
O dia passou rapidamente, as duas garotas entraram em várias lojas seguidas e o guarda-roupa de já estava no estilo inglês de ser. Durante a visita às lojas, contou a história do telefonema várias vezes seguidas, já que a amiga estava curiosa para saber todos os mínimos detalhes.
- Daí ele falou que estava com o Danny no quarto e... - continuava animada, mas fora interrompida pela amiga.
- Ta, tá, disso eu já sei, ele falou alguma coisa, importante? - perguntou enfatizando a última palavra.
- Como assim? - estava confusa.
- Tipo, alguma coisa referente a você, alguma abertura, sei lá.
- Ele falou que eu fui a primeira a saber. E me agradeceu pelo apoio - respondeu sonhadora.
- Ai, que coisa mais momento Xuxa, - disse mal humorada - eu quero mandar um beijo pra minha mãe, pro meu pai e pra minha melhor amiga , que me dá todo o apoio do mundo enquanto eu pego a Giovanna - disse imitando voz infantil, o que fez gargalhar.
- Ai, que horror.
Capítulo 5
Após a saída de , estava sozinha no meio daquela gente. A estação de trem era exatamente como ela imaginava. As colunas de tijolinhos e os guardas usando aquelas roupas do jeitinho que aparecia nos filmes. Ela andou até a bilheteria e esperou na fila a sua vez.
- Próxima – falou uma voz fina e enjoada de dentro da cabine.
se aproximou, olhou na tabela e disse:
- Uma passagem para Essex, por favor.
- O trem sairá daqui a 10 minutos. Cadê o dinheiro? – respondeu a atendente mal-humorada.
A jovem deu uma nota de 50 libras e esperou o troco.
- Muito bem, próximo – continuou a atendente.
- Ei, ei, moça, tá faltando o meu troco – disse
, sem sair de frente da cabine.
- Escute meu bem, tem mais gente atrás de você, sai do caminho – respondeu de
forma grosseira aquela velha e gorda sentada na cadeira como se nunca mais fosse
levantar.
- Claro que não vou sair! Eu paguei, quero meu troco!
As pessoas da fila começaram a reclamar então a velha levantou-se, apoiando–se na mesinha, não encostando no rosto de graças ao vidro que dividia o espaço.
- Ou você sai, ou vou chamar os seguranças!
- Não vou sair, vire o seu traseiro gordo e pegue o meu troco! – gritou
- SEGURANÇA! – gritou a atendente
não sabia o que fazer. Sem pensar, meteu a mão pelo buraco do vidro e puxou suas
dez libras de cima da mesa. Ao virar–se
para tentar impedir o "roubo" do dinheiro, a atendente tropeçou na
própria
cadeira e caiu. Os seguranças saíram correndo para ajudá-la enquanto
era puxada por alguém.
Ao entrar no trem, uma garota, que usava uma calça jeans e um casaco que cobria suas mãos, sorria para , que ainda não acreditava no que tinha feito.
As duas sentaram em uma cabine vazia do trem, quando ele já estava em movimento. jogou a mala no chão, mas errou a mira, caiu direto no seu pé.
- Ai, caralho! – falou a menina com voz de dor.
- Você é brasileira? – perguntou a garota que acabara de salvar de uma baita confusão.
- Ah sou sim, desculpa a falta de educação. – disse a garota estendendo a mão.
- Imagina. Eu estaria do mesmo jeito se fosse comigo. . – ela disse apertando a mão da moça
As duas conversaram bastante durante a viagem. agradeceu umas três vezes seguidas à , pois ambas sabiam que na Inglaterra, qualquer coisa era motivo de polícia e segurança. era do sul do país e estava na Inglaterra para fazer um curso de fotografia.
- Então, você ta indo pra Essex pra fazer o que mesmo? – perguntou , enquanto comia uma barrinha de chocolate.
- Uma entrevista de trabalho, mas não sei se tenho chance – respondeu , com a sua barrinha de cereal light – E você?
- Tirar umas fotos, um trabalho do curso sabe? Coisa boba, mas eu aproveito pra conhecer qualquer canto.
- Ah certo.
A conversa se estendeu até elas chegarem. Como nenhuma das duas tinha destino certo, foram ao hotel mais próximo e reservaram dois quartos. Deixaram os pertences e saíram para conhecer a cidade.
- Nossa, 'to faminta, onde será que tem um restaurante? – perguntou
, enfiando as mãos nos bolsos do casaco.
- Não faço idéia... Olha! Uma festinha ali – disse , se aproximando de um local cheio de luzes e música alta tocando.
- Opa, balada em Essex! – disse rindo, enquanto as duas entravam.
- Ah claro, em plena luz do dia – respondeu , rindo.
O lugar não era grande e também não era uma boate. Um bar com música alta e um espaço pra dançar. Haviam pessoas sentadas nas mesas e outras nos bancos encostados no balcão. Alguns animados dançavam e outros riam enquanto bebiam.
- Parece legal. Tá a fim de comer aqui? – perguntou .
- Claro, vamos entrando.
As garotas atravessaram o local. Sentaram–se em uma mesa no canto e começaram
a ler o cardápio. Pediram uma pizza grande para dividir. Enquanto não chegava,
observavam atenciosas o comportamento das pessoas. Após matar a fome, as duas
seguiram juntas até o local da entrevista e se separaram. Às seis, ambas estavam
no restaurante do hotel, jantando.
- E então ela disse que eu não era qualificada! – falou muito indignada, dando uma garfada violenta na carne.
- Vai ver ela procurava outro tipo de pessoa mesmo , não fica assim – consolou .
- Nada vai poder melhorar meu dia, volto pra Londres hoje mesmo, preciso encontrar com a – resmungou , apoiando–se na mesa e olhando pela janela do restaurante.
- Hoje? Poxa, eu volto só na quinta pra uma sessão de fotos. Nos encontramos lá? – perguntou .
- Claro – disse sem muito ânimo – vou subir, arrumar minhas coisas e vazar daqui o mais rápido possível
A garota revoltada levantou-se, deixou o dinheiro na mesa e abraçou bem forte sua companheira de viagem.
- Foi um prazer, – disse , apertando–a.
- Igualmente. Me liga!
E as duas se despediram.
saiu do táxi e foi direto na bilheteria. Comprou sua passagem, dessa vez, recebendo o troco sem problemas, e sentou–se logo no trem, já que lá fora estava começando a esfriar. Com muito esforço, ela conseguiu colocar a mala no compartimento de bagagem, sentou–se no banquinho e abriu a revista que comprara na banca pouco antes de chegar à estação. Quando finalmente conseguiu se concentrar em uma entrevista sobre uma banda que ela gostava muito, ouviu uma batida na porta.
- Ai – exclamou um garoto de boné, que entrava com uma mochila nas costas, uma mala em uma mão, e na outra, uma case fechada, com algum instrumento semelhante à uma guitarra dentro – Wow!... Ai! – ele continuou exclamando, até conseguir sentar sem deixar mais nada cair. Quando finalmente aquietou–se, o trem deu partida e a sacola que estava no compartimento acima, caiu bem na cabeça dele -... Ai – ele disse em um tom conformado.
- Nossa, desculpa – levantou – se rápido para tirar a sua sacola de cima do menino.
- Tudo bem, 'to acostumado – ele respondeu, jogando suas malas no chão e o instrumento
do lado.
- Tá tudo bem? Você se machucou? – perguntou a garota examinando-o.
- Eu disse que tá tudo bem. Não se preocupe – insistiu o menino.
voltou para o seu lugar, levantou a revista na altura dos olhos, tentando ler, mas sem se concentrar. Também pudera, o garoto que acabara de entrar em sua cabine do trem, tinha um jeito bem desengonçado, vestia uma bermuda até o joelho, um tênis enorme e um casaco vermelho e folgado que cobria uma blusa branca escrito ‘’Hurley’’ bem na frente. Aquele cabelo espetado, aquela carinha de criança e aqueles olhos que chamavam a atenção, não deixavam mais pensar em outra coisa, até que ela guardou a revista.
- Então... Você é donde? – ele perguntou
- Na verdade, sou do Brasil – respondeu – e você?
- Sou de Essex! – rapidamente ele franziu a testa – Nossa, o Brasil fica um pouco longe daqui, acho que sua viagem vai ser longa...
- Tem razão, mas eu estou indo pra Londres – disse ela, tentando segurar o riso.
- Ah... Claro! Tem escrito isso no ticket! – ele falou olhando a passagem novamente – desculpe.
- Imagina – ela disse, em um tom descontraído.
- Sou Douglas, pode me chamar de Dougie.
- .
- Belo nome.
- Obrigada – disse ela ficando corada – então, o que você toca?
- Isso é um baixo, toco faz tempo. Você toca?
- Toco guitarra, mas sempre quis aprender baixo.
- Acabou de achar um professor! – ele respondeu animado, abrindo a case – essa viagem vai ser chata e longa.
- Tudo bem, se você se oferece com tanta boa vontade – e os dois riram
Dougie sentou–se ao lado dela, e começou a tocar.
A viagem foi passando e os dois se divertindo cada vez mais.
- E ela não quis te devolver o troco? – ele perguntou interessado na história.
- Não! – respondeu rindo – aí eu mandei ela virar o traseiro e pegar o meu dinheiro!
Os dois davam gargalhadas.
- Você não disse isso.
- Ah disse sim! – respondeu ela – Se eu não fosse eu e alguém me contasse, também não acreditaria.
Os minutos passavam devagar, todos os assuntos possíveis foram tocados naquele passeio.
- Então você não namora? – perguntou Dougie.
- Não, não acho que vale a pena quando a gente não gosta – respondeu ela – e você?
- Também não, as mulheres não têm atitude!
- Qual é Dougie, vocês homens que têm que começar – defendeu .
- Sim, mas precisamos de um espaço, uma abertura, e vocês querem ser difíceis, acabam ficando chatas!
- Não é verdade, vocês só complicam! Se demorarmos a ceder, somos chatas, se cedermos de primeira, somos fáceis! – reclamou .
- Tudo tem sua hora certa, eu acho que seria bom um pouco mais de atitude – respondeu Dougie com simplicidade.
- Atitude... - falou – o que seria uma garota com atitude pra você?
- Não sei... - respondeu ele pensativo – talvez uma que não fosse tão orgulhosa e me chamasse pra dançar, ou até quem sabe, me ligasse no dia seguinte! – sugeriu bem animado.
- Assim vocês se acomodariam e nunca ligariam pra gente – respondeu com um ar de ‘isso é óbvio’.
- Ah sim, do mesmo jeito que vocês se acomodaram e nunca ligam pra gente? – perguntou ele.
ficou meio sem graça, ficou calada e Dougie soltou um sorriso triunfante no rosto. O trem foi perdendo a velocidade aos poucos, o céu estava escuro e o clima, como sempre, frio.
- Até que a viagem foi melhor do que eu esperava – disse Dougie, tirando todos os pertences de do compartimento de bagagem.
Capítulo 6
No dia seguinte, entrou na MPM rapidamente, já que tinha se atrasado alguns minutos no trânsito saindo da casa. Esperou o elevador, batendo os sapatos no chão e roendo as unhas até que a porta se abriu. “Ótimo” ela pensou enquanto apertava o botão do sexto andar, olhou o relógio mais uma vez, eram dez para as oito, ela estava realmente atrasada e nem se dera conta disso, no dia anterior tinha recebido uma ligação de sua secretária, sobre uma reunião com os novos clientes. Finalmente ela chegou ao andar correto. Correu, tentando segurar sua pasta e seu casaco, quando fora obrigada a parar por uma mulher que se encontrava de costas, parada em frente a sua sala, usava roupas elegantes, o que dava um ar altivo.
- ! - disse em tom imperativo - a reunião já começou.
- Desculpa, peguei um trânsito pra chegar aqui, você nem imagina.
- Explica isso pro seu chefe depois - abriu a porta da sala deixando passar.
- Em que sala é essa reunião? - perguntou jogando seu casaco sobre a mesa do escritório.
- Na sala do meu pai mesmo, eu acho bom a gente correr.
- Afinal, quem são esses novos clientes? - estava confusa, não tinha recebido relatório nenhum a respeito disso.
- Você vai ver, dessa vez é uma banda.
fechou a porta assim que a atravessou, as duas andaram pelo corredor a passos largos, até que se depararam com uma enorme porta marrom.
- Você primeiro - fez um gesto cortês.
- As ferradas e atrasadas primeiro. - bateu na porta – Ah, você nem me falou, como foi a noite no domingo?
- Hã?
- Com o Danny - deu um risinho.
- Cala a boca e entra.
O burburinho que podia ser ouvido do lado de fora cessou ao ouvir o som que vinha da porta, até que essa se abriu e as duas mulheres entraram. Na sala estavam presentes, o chefe-pai das duas, Antony, um homem que parecia ser um advogado, mais quatro homens mais jovens, um tinha os cabelos pretos e espetados, o outro tinha as sobrancelhas espessas, o terceiro, era um pouco mais velho, usava roupas mais descoladas e tinha barba, mas foi o quarto garoto que chamou a atenção das duas, ele tinha os cabelos loiros e a franja escura, e o conhecia muito bem, era James, então, o Busted era o mais novo cliente da MPM.
- Com licença. - disse entrando na sala junto com – Desculpem-me pelo atraso.
- Bom dia senhores - saudou confiante, colocando os cabelos para trás do ombro. As duas se sentaram nas cadeiras vazias ao lado de Antony e colocaram as pastas sobre a mesa.
- Essas são e , elas ficarão responsáveis por tudo que envolva a banda, desde imagem até a venda dos produtos - as duas deram largos sorrisos para os homens presentes, foi nesse momento que os olhares de James e se encontraram - esses são, Mark, o advogado, Stuart o empresário, e a banda, Matt, Charlie e James.
- James - ela disse com um aceno com a cabeça. Ele apenas sorriu sem graça ao ver o olhar surpreso lançado pelos companheiros de banda.
- Vejo que vocês já se conhecem? - disse Antony tão surpreso quanto o resto da banda.
- Sim - respondeu tirando alguns papéis da bolsa, sorrindo.
- É - falou James depressa ao ver que todos ainda o estavam encarando.
Ao perceber que o silêncio continuou por alguns segundos, tomou uma atitude para acabar com aquela situação desagradável.
- Londres pode ser uma cidade extremamente pequena sabiam disso?
Todos deram uma pequena risada desconfiada e a reunião voltou ao ponto que estava. James deu mais uma olhada para , que retribuiu. Após muitas negociações, os acordos que tinham que ser feitos foram fechados. e ficariam responsáveis pelo Busted, já que eles lançariam o seu primeiro CD ainda nesse ano, elas precisavam bolar umas jogadas para saber a melhor forma de apresentar a banda, o estilo de música, a apresentação do produto ao consumidor e a imagem.
- Então estamos resolvidos - disse Antony levantando-se da cadeira para apertar a mão dos homens sentados ao seu lado - vocês podem acompanhar essas duas mulheres encantadoras até suas salas para ver os acertos finais, o advogado e o produtor, acompanhem minha filha - disse apontando para a filha, que prontamente guiou os homens para fora da sala - e vocês podem acompanhar .
- Por aqui - ela disse guiando-os em direção a sua sala.
Os três garotos entraram na sala, em silêncio, apontou os sofás com a mão, eles se sentaram e ela tomou seu lugar na poltrona vazia.
- Você parece muito séria, não parecia assim na boate - disse James com um risinho.
- Aqui é meu trabalho, lá eu estava me divertindo - ela respondeu calmamente enquanto olhava os papéis em seu colo - e você pareceu muito quietinho na sala de reuniões.
- Eu não posso bagunçar, né? - ele falou rindo - Mas é estranho te ver aqui assim.
- Vão se acostumando, porque vocês me verão bastante nesses próximos meses promovendo a banda. Então, animados? - ela perguntou deixando os papéis de lado e abrindo um sorriso.
- Demais - respondeu Charlie - mal posso esperar pelo show de estréia da banda.
- Vai ser doido! A gente tá compondo - continuo Matt animado.
- Eu acho que, como todos os membros da banda são meninos, jovens e bonitos, eu ach.. - ela falou calmamente, quando foi interrompida por James.
- Opa, gostei do “jovens e bonitos”, hein.
- Eu acho que vocês podem usar essa imagem de boyband pra fazer uma música meio popzinha, que pega rápido - ela falou rindo da graça de James junto com os outros garotos.
- A gente vai virar o que? Back Street Boys agora é? - perguntou Matt intrigado.
- Não, vocês vão ter o estilo de vocês, os cabelos e as roupas ficam, é só saber como trabalhar com elas - ela continuou pacientemente ao ver que eles ficaram calados - tipo, vocês têm estilo, as garotas se passam em uma boyband, então a gente vai usar isso a nosso favor, entenderam?
- Saquei, saquei - respondeu Charlie pensativo.
- Eu gostei - completou James - você tem boas idéias - ele encarou , calmo, o que fez com que ela corasse, mas para reverter à situação ela continuou.
- Utilizando fotos e fazendo uma música e clipes que se encaixem com o estilo de vocês nós teremos um sucesso com certeza - ela disse encarando a banda.
- Sucesso... Eu gosto dessa palavra - disse Matt alienado.
- Cala essa boca, Matt - James deu um tapa na cabeça do amigo fazendo com que os presentes rissem.
- Na quinta-feira vocês vão ter a primeira sessão fotográfica com o Manolo Gabino, ele é nosso fotógrafo, vai dar um jeito em vocês.
- Mas a gente não tem estilo e nós não somos lindos? - disse James com cara de ofendido.
- Você entendeu - respondeu sorrindo - então amanhã a vai se reunir novamente com vocês e seu empresário para passar todo o processo e as idéias para a banda, vocês também podem contribuir é claro.
- Por que você não faz isso? - perguntou James sério.
- O trabalho foi passado para ela. Eu faço a base, ela que cuide de vocês agora. - respondeu rindo – Coitadinho - ela continuou ao ver que James tentava fingir que estava chorando - falsidade é uma coisa né gente? - os outros garotos riram dando tapas nas costas de James que tentava continuar com a atuação.
- Na sessão de fotos eu vou acompanhar vocês, eu sou responsável por coordená-la - disse na despedida, quando os meninos estavam saindo de sua sala.
- Legal - respondeu Charlie sorrindo.
- Eu acho que vou gostar mais do que eu esperava, de trabalhar com essa empresa - disse James dando uma olhada para .
- E porque você diz isso? - ela perguntou confusa.
- Você ainda vai descobrir - ele disse dando as costas e entrando no elevador. fechou a porta do seu escritório e foi sentar-se atrás de sua mesa, quando ouviu alguém bater.
- Entra - ela encarou a porta e entrou apressada, sentando-se na sua frente.
- O que foi aquilo? - ela disse com os olhos saltados.
- Hãm? - perguntou sem entender nada.
- O James! Como?... Quando?...
- Ah, eu conheci o James no domingo, o Danny nos apresentou, na boate.
- Vocês têm alguma coisa?
- Não, é claro que não, pelo amor de Deus .
- E aquela troca de olhares toda durante a reunião foi o que?
- Não teve troca de olhares nenhuma - respondeu corando, segurando riso.
- Me engana que eu gosto, eu só acho que você tem que pensar que ele é nosso cliente e...
- ! Eu já falei, eu não tenho nada com ele, a gente só ficou conversando, enquanto a dançava com um cara, agora eu não posso ser mais amiga de ninguém? - perguntou estressada.
- Eu não quis dizer isso, só estou perguntando, eu ainda sou sua amiga né? - ela olhou pro fundo do escritório, séria.
- É claro que é, mas pode ficar tranqüila, a gente não tem nada, eu juro! Se estivesse rolando alguma coisa você saberia.
- Bom mesmo, tem que ter profissionalismo hein? - ela disse encarando .
- E você vem me falar disso? Como se eu já não soubesse, então... Como foi a noite com o Danny?
- Ah, foi... Legal - corou, desviando o olhar de .
- Qual é, nós somos amigas, me fala o que aconteceu!
- Tá, tá! A gente, quase se beijou...
- MENTIRA! SÉRIO? COMO FOI?
- ! - estava muito vermelha e não sabia onde enfiar a cara - o porteiro atrapalhou tudo, mas de qualquer forma, eu acho que foi melhor.
- Melhor nada, vocês tinham que ter ficado.
- Mas ele meio que marcou um segundo encontro comigo...
- Tomara que dê certo, vocês ficariam lindos juntos! - sorria de orelha a orelha.
- Bom... O que é isso na sua mesa? - queria mudar de assunto rapidamente, falar em Danny a fazia parecer uma boba.
- Mudando de assunto hein? - deu um risinho e continuou - É um currículo.
- De quem? - tirou a pasta rosa de cima da mesa e começou a analisá-lo.
- Da , vocês se conheceram na boate, no domingo.
- Ela trabalha em que?
- Ela é publicitária, pode fazer estágio qualquer coisa, o currículo dela é bom, acabou de sair da faculdade, olha aí - apontou para a pasta que se encontrava nas mãos da amiga - ela não sabe que eu tenho isso, então mostra pro seu pai, qualquer coisa eu falo com ela.
- A é um ano mais nova do que eu, está fresquinha, do jeito que o Antony gosta, mente fresca, boas idéias, rende mais. Ele pode moldá-la do jeito que quiser, ao estilo da empresa, como fizeram comigo e com você.
- Vou mostrar esse currículo pro meu pai – disse enquanto examinava os papéis - eu gostei dele. Ele também gostará.
-Tomara - disse cruzando os dedos.
Capítulo 7
Na quinta–feira, e tomavam café da manhã enquanto conversavam sobre a viagem da amiga à Essex, pois os dias estavam tão corridos que ainda não tinha dado tempo de entrar em detalhes.
- Mas na hora de se despedir ele falou isso? - perguntou pela milésima vez.
- Foi - disse com a boca cheia de pão.
- Meu Deus, você não está em Londres nem há uma semana e já tá arrasando, hein? - deu um gole no chá sorrindo - Ele é bonito?
- É. Muito!
- E... Você vai ligar pra ele? - analisou a expressão da amiga, que ficou calada por uns segundos, tomou um gole de café finalmente falou.
- Não sei, eu não quero dar o primeiro passo...
- Mas, ele praticamente pediu né? Então, ele deu o primeiro passo... - disse mordendo o lábio inferior – Tecnicamente...
- É, mas ele pode achar que eu sou atirada sei lá... O que você faria?
- Eu? Não sei, acho que eu... Ah você sabe que eu sou tímida, eu nunca ligaria, mas... Você acha que ele vale a pena?
- Se ele vale a pena? - perguntou rindo - , você não viu o menino, ele é muito gato, e quando eu falo isso, é sem exagero, ele é o tipo de cara que você procura a vida inteira, ele é muito hot!
- Então liga, oras - disse pegando um biscoito de leite.
- É né... Eu vou fazer isso mesmo, quer saber? Vou fazer isso agora!
levantou-se do banco onde tomava café da manhã e sentou-se no sofá-cama, puxou o telefone do gancho e tirou o cartão de Dougie do sutiã, ela tinha feito isso com medo de perder, então achou que perto do peito era o lugar mais seguro para guardá-lo. Ela deu uma olhada para , que deu um sorriso incentivador para a amiga, discou os primeiros números, chamou a primeira vez, chamou a segunda...
- Desliga, desliga! - gritou levantando-se do banco.
- Porra, ! - desligou o telefone na hora assustada com a reação da amiga - O que?
- E se ele estiver dormindo? - perguntou preocupada - Sei lá, é cedo, quer dizer, a gente não sabe que horas ele acorda né?
- É verdade... - Continuou pensativa - Realmente, ele deve estar dormindo...
- Imagina? Você liga e ele atende com a voz toda sonolenta?
- Ai que horror! - colocou a mão na boca - Ele ia pensar que eu estou encalhada há milênios e não vai querer nada comigo.
- É melhor nem pensar nisso. Que tal ligar pra ele... Amanhã? - perguntou rindo.
- Boa, é melhor mesmo - concordou desapontada - cara foi Deus que me impediu de fazer essa merda, ainda bem que ele não atendeu.
- Deus nada. Agradece a sua amiguinha aqui, que te deu o toque, ora bolas.
- Ah é, detalhe, você que falou pra eu ligar! - falou indignada.
- Eu? Eu só falei que você podia ligar, porque ele deu o primeiro passo, eu não mandei você ligar.
- Que seja, eu não liguei.
- Mas bem que você queria né? - brincou fazendo cócegas em .
- Claro, ele é gostoso minha filha, igual a esse no Brasil eu não acho nem em um milhão de anos.
- Só não deixa esse moleque escapar, né?
- Pode deixar, ele já tá na rede - disse convencida.
- Mas tu te achas muito, hein?
- Falando em se achar, você não tem achado muito o cara do elevador né? - perguntou .
- O Tom tá compondo. Eu não quero atrapalhar - disse .
- Enquanto a Giovanna vai fazer visitinhas no quarto dele, é?
- Pra sua informação, ele não está recebendo visitas de ninguém, ele nem sai daquele hotel. Ele e o Danny estão presos lá, mas fazer o que? É um sacrifício em nome da música - disse rindo.
- A que ia gostar de ficar em um quarto durante um bom tempo com o nosso amigo Danny, hein? - disse cutucando a amiga.
- Nossa, eu em um quarto com um Tom... - disse sonhadora - eu fazia um estrago olha.
- Caraca! Eu não acredito que você falou isso! - gritou .
- O que?! - corou.
- Cara eu consegui imaginar a cena agora, que nojo!
- Deixa de ser idiota, - que estava roxa de tanta vergonha pelo comentário da amiga, pegou um de seus travesseiros e jogou em cima dela, assim começaram uma guerra de travesseiros que durou até o toque do relógio, elas estavam atrasadas, de novo! pegou as chaves do carro que estavam sobre a mesinha, abriu a porta para que passasse. Durante o caminho no carro comentou:
- Você nem sabe!
- Babado? Conte! - ela respondeu animada.
- Eu acho que e Danny vão acabar ficando!
- Mentira! Sério? Caraca, eu não sabia que eles tinham alguma coisa - estava surpresa com a revelação da amiga - eles formam um casal lindo.
- Eu me esqueci de te falar, eles estão nessa há muito tempo! Desde o meu intercâmbio. Ficam nessa de fica e não fica, mas agora eu acho que vai dar tudo certo.
- Mas quando foi isso? Eles ficaram?
- Não ficaram ainda, mas parece que ele meio que deu uma indireta pra ela, falando que quer sair de novo e blábláblá - virou na rua da empresa e estacionou o carro.
- Que lindo, dou a maior força pra eles... - olhou em volta e viu que elas estavam paradas na frente da empresa MPM - o que a gente tá fazendo aqui?
- Você tem uma entrevista hoje - deu um risinho e saiu do carro.
- Como assim? Eu não mandei meu currículo pra cá - seguiu a amiga atravessando a rua.
- Você não. Eu tive que fazer isso por você, sua entrevista é daqui a meia hora, na sala da , sala 7 - entrou no prédio, parou em frente ao elevador e esperou ao lado da amiga.
- Ai, obrigada - abraçou a amiga - imagina a gente trabalhar juntas?
- Capricha nessa entrevista, hein? - entrou no elevador. Depois de alguns minutos, as garotas estavam na sala de , sentadas no sofá conversando.
- Então o que achou da empresa? - perguntou sorrindo.
- Adorei! Ambiente chique, bem a minha cara - deu uma piscada - Mas eu estou nervosa, quero muito trabalhar aqui...
Enquanto isso na sala sete, terminava de analisar o currículo de , ele era bom, claro, ela começaria com um trabalho simples, já que tinha acabado de sair da faculdade, mas a entrevista poderia mudar tudo. Ela olhou o relógio, eram oito horas. Dali a trinta minutos seria a entrevista, estava entediada, só teria trabalho de verdade no dia seguinte, quando iria para a sessão de fotos com os garotos do Busted. Pegou alguns papéis sobre o contrato da empresa com a banda, quando de repente o telefone tocou.
- Sim?
- Srta. Mcfayden, tem um telefonema na linha dois.
- De quem se trata? - colocou os pés na mesa se espreguiçando.
- Danie.. Daniel Jones. - caiu para trás derrubando alguns papéis da mesa, junto com o telefone, só conseguia ouvir ao fundo a voz de sua secretária. - Srta. Mcfayden? A senhorita ainda está na linha? Alô?
levantou-se do chão rapidamente, meio atordoada, pegou o telefone, que acabou escorregando de sua mão, caindo no chão novamente. Ela o pegou e continuou.
- Estou aqui, desculpe, me atrapalhei - Ela olhou para o chão e avistou vários papéis jogados - Pode deixar eu vou atender. - respirou fundo, sentou-se ereta na cadeia e olhou para a luzinha que brilhava no botão da linha dois, fechou os olhos e respirou novamente.
- Alô?
- Não, Tom! Coloca pro lado de lá junto com a guitarra filho da... - Danny levou um susto ao ouvir a voz de e depois deu um grito - ?! - Danny a ouviu gargalhar ao fundo.
- Danny...
- Oi - ele falou com a voz baixa.
- Oi. - Os dois permaneceram calados por alguns segundos, então continuou. - Então? Muito trabalho?
- Um pouco. Eu e o Tom estamos fazendo umas músicas legais.
- Que bom...
- E você?
- Eu o que?
- Muito trabalho? - ele não sabia o que dizer.
- Um pouco, na verdade eu tenho uma entrevista daqui a pouco.
- Quer dizer que você está ocupada? - ele perguntou apressado.
- Não, não, tudo bem, eu posso falar.
- Ah tá, que bom. - O silêncio predominou de novo, e Tom que estava sentado ao lado de Danny cochichava:
- Fala alguma coisa, dude! Vai, vai!
- Então, eu estava pensando...
- Pode falar - falou apressada .
- Que quando eu sair daqui, do hotel, bem você sabe...
- Hum...
- Eu acho que talvez, quer dizer, só se você quiser, eu pensei em sei lá, a gente podia sair... Tomar um café...
- Tomar um café? - cochichou Tom indignado - esse tipo de programa a gente faz com a nossa avó, dude!
- JANTAR! - Danny quase gritou no telefone ao perceber que fizera besteira ao falar do café - eu pensei em sair para jantar com você.
- Afinal você quer jantar ou tomar café? - já começara a rir, mas ela não sabia se era de nervosismo ou alegria.
- Os dois - ele falou sem pensar - quer dizer, só se você quiser.
- Por mim tudo bem - ela disse tímida - só me avisa quando e onde.
- O café pode ser no pub que tem aí do lado da sua empresa e o jantar, você decide... No domingo tá bom?
- Ótimo. Então quando a gente tomar café no domingo, eu te aviso pra onde a gente vai...
- Perfeito, então a gente se vê no domingo, às oito?
- Claro, eu estarei lá.
- Tá bom então, tchau - ele falou sem graça.
- Tchau - ela desligou sonhadora.
- Fui muito mal? - Danny perguntou a Tom assim que desligou o telefone.
- Pra quem não tem neurônios até que está bom - disse Tom dando um “pedala” no amigo. roia as unhas, agoniada, esperando dar a hora de sua entrevista. O relógio bateu oito e meia e lá foi ela.
- Boa sorte – disse
- Obrigada mais uma vez – entrou na sala e o silêncio tomou conta do ambiente.
andava pra lá e pra cá na frente da porta da sala de . Ouvia vozes bem longe e às vezes umas risadas, até que depois de um bom tempo, a porta tornou a abrir.
- E aí, colega de trabalho? – falou e as três riram alto. abraçou a amiga.
- Vamos comemorar! – disse . As três garotas foram ao bar que ficava ao lado da empresa. Beberam, comeram e se divertiram.
- Nossa, 'to morta! – disse
- Ah, você precisa se acostumar com o ritmo das londrinas, meu bem – falou sorridente.
Enquanto as duas riam, se afastou para atender o celular que tocava pela segunda vez.
- Oi Tom!
- a audição foi marcada para sábado! Vamos achar o resto da banda!
- Nossa que boa notícia! Fiquei feliz por você.
- Obrigado, vou desligar, eu e o Danny estamos compondo, era só pra te contar a novidade.
- Valeu por avisar, estarei lá te dando a maior força.
- Eu sei que vai. A propósito, você foi a primeira a saber. Beijo.
Um sorriso foi se soltando aos poucos no rosto da garota e ela voltou correndo para a mesa, onde as outras duas conversavam animadamente.
Capítulo 8
A sessão de fotos do Busted estava marcada para as três horas. acabou saindo de casa duas horas. O relógio marcou duas e meia, então saiu de casa. Porém no caminho para o estúdio se viu em um engarrafamento no meio da cidade, ficando parada por quase meia hora, até que enfim conseguiu seguir em direção a seu caminho. Avistou a casa de tijolos vermelhos, com vários carros parados na frente, até mesmo o de que já tinha mandado várias mensagens para seu celular. Finalmente estacionou o carro bem em frente à porta de entrada, olhou o relógio, eram três e vinte, correu e abriu a porta com força, o zelador levaria um susto se não fosse pelo iPod gritando no seu ouvido.
- Desculpe – Ela disse sem graça ao cutucar o homem – Onde estão fazendo a sessão?
- Só seguir reto pelo corredor, primeira porta à direita. - correu e já conseguia ouvir as vozes que vinham da sala apontada pelo zelador.
- Ei, pessoal, vamos dar uma parada agora, só esperar mais um pouco até a chegar – Avisou mandando uma nova mensagem para o celular da amiga.
Os garotos saíram de suas posições para um descanso.
- Tá faltando gelo nesse refrigerante – James fez uma careta olhando para o próprio copo – vou buscar um pouco na lanchonete ali da frente.
James seguiu em direção à porta com o copo na mão e ao abri-la, deu um esbarrão com que entrava na sala exasperada.
- AAH! – Os dois exclamaram ao mesmo tempo.
- ? – correu em direção à porta.
- Desculpa, eu não te vi! – James se desculpava desesperado.
- Não, tudo bem. – respondeu séria olhando para a blusa branca que agora se encontrava com uma enorme mancha marrom no meio do peito – Eu limpo rapidinho. , você pode segurar a minha bolsa enquanto eu limpo isso? – ela completou entregando à amiga a bolsa com os seus pertences.
- Não, eu limpo pra você – James falou rapidamente.
- É sério James, não tem problema, eu limpo.
- Eu insisto, vem comigo.
Ele pegou pelo braço e guiou-a até o banheiro feminino.
- Pêra aí, você vai entrar? – Ela arregalou os olhos ao ver que ele estava abrindo a porta.
- Eu disse que ia limpar, não disse?
Os dois entraram no banheiro que estava vazio.
- Tira a blusa.
- Como é que é? – perguntou assustada.
- Não na minha frente. Só entra em um box desse e tira – James falou de imediato, corando um pouco.
- E eu vou ficar esperando só de sutiã até a blusa secar? Presa em um box? – cruzou os braços.
- Não, pode usar a minha – James tirou a blusa preta que estava usando, entregando para ela.
- E você vai ficar sem blusa? – Ela encarou-o desconfiada.
- Alguém tem que ficar sem, né?
entrou no box e saiu de lá com a camisa suja na mão, usando a que James tinha lhe dado. Ele começou a lavar, após alguns minutos em silêncio James ouviu umas risadas de .
- Alguma coisa engraçada?
- Ah eu só lembrei um comentário da minha amiga sobre banheiros – riu ainda mais depois de ter falado isso.
- Ah entendi... Eu sei que dava pra ter ficado melhor, desculpa.
- Tudo bem, a gente pode dar um jeit... – foi interrompida pelo barulho produzido pela porta – James o que foi isso?
- Não sei – ele respondeu se aproximando da porta.
, não querendo acreditar no que poderia ter acontecido, correu e tentou abrir a porta. Trancada.
- E agora? Eu preciso trabalhar! – ela falou olhando para James, assustada. – Já sei! Vou ligar pra e ela vai nos tir... Ai droga! deixei minha bolsa com a Bruna, meu celular estava lá!
Os dois começaram a bater que nem loucos na porta. Após cinco minutos James estava sentado no chão, enquanto não desistia.
- Socorro! – Ela gritou sem esperanças – Como é que você pode ficar tão calmo?
- Porque você tá aqui comigo – Ele respondeu.
Ela o encarou e tentou ignorar o comentário, voltando a pedir ajuda.
- ? É você que ta aí?
Aquela voz aguda e meiga era impossível ela não reconhecer.
- Tom, me tira daqui! – gritou com um sorriso.
- Fica calma, vou atrás de ajuda – ele respondeu saindo correndo em busca do zelador.
- Ufa, ainda bem – sentou ao lado de James.
- Hoho, o Tom é nosso herói – Ele falou mal-humorado.
- Nossa que ânimo. Você não tá feliz?
- Não, eu não sei fazer nada direito, até agora eu não conseguir te impressionar nenhuma vez.
- Você me impressionou muito, lavou minha roupa e tudo, um homem que faça isso hoje em dia é raro – o encarou rindo.
- Mas não saiu a mancha toda, eu nunca vou conseguir fazer algo direito pra você – Ele a olhou um pouco triste
- James, pra tudo tem sua hora
- Então a hora é agora – Ele foi se aproximando o rosto do de , que não sabia o que fazer. Quando as bocas estavam a milímetros de distância, um barulho bem alto veio do lado de fora e a porta se abriu.
- , James! – Gritou Tom com uma cara não muito amigável.
- Tom! Graças a Deus! – levantou num pulo e o abraçou.
- Valeu cara – agradeceu James super sem-graça.
No momento, Tom não queria nem saber o que tinha acontecido. Largou e foi direto à sala da sessão.
A sessão de fotos acabou por volta de seis horas, todos foram para seus respectivos carros, menos Tom, que tinha ido a pé.
- E aí, Fletcher? Aceita uma carona ou é muito humilhante uma garota te deixar em casa? – sorriu.
- Você quer dizer no hotel – Tom deu um sorriso fraco – Claro que eu aceito.
Os dois entraram no carro em silêncio, seguiram pela avenida que estava congestionada.
- Droga, mais trânsito! – Tom exclamou ao ver a enorme fila de carros.
- Se é ruim pra você, imagina pra mim, que estou dirigindo – reclamou.
- Quer que eu leve o carro pra você?
- Imagina Tom, não precisa mostrar seu cavalheirismo agora.
- Você sempre fala que eu sou cavalheiro – Ele deu um sorrisinho.
- Muitas garotas gostam disso, então vamos considerar a Giovanna uma sortuda.
- Por quê? O novo namorado dela é cavalheiro também?
- Claro que... Como assim novo namorado? – arregalou os olhos.
- Era isso que eu precisava falar com você... – Ele disse olhando para rua, agora que o carro já estava em movimento.
- Tom! Por que você não me falou isso antes?
- Eu não queria estragar o seu clima com o James.
- Clima? Não tem clima nenhum – disse ela parando o carro na esquina do hotel.
- Desde quando isso tá acontecendo? – Ele perguntou encarando-a sério.
- Tom, não tem nada! – ela respondeu paciente.
- Pára de mentir pra mim! O que você tem com ele? – Tom agora gritava.
- Eu não tenho nada com ele, eu já disse! – alterou a voz junto com ele – E outra, se tivesse o que você tem a ver com isso?
Tom ficou calado. Sem nem ao menos se despedir, ele desceu do carro, batendo a porta e entrando no hotel sem olhar para trás.
chegou em casa arrasada. Abriu a porta e deu de cara com deitada no sofá-cama, chorando, assistindo um filme romântico.
- ? – trancou a porta e sentou-se ao lado da amiga.
- Incrível como nesses filmes tudo dá certo no final – falou ela soluçando – e quando a mocinha liga pro mocinho, nenhuma piranha atende.
- Er... Naquela época ainda não tinha celular ...
- Você entendeu o que eu quis dizer – respondeu ela, deixando o pote de sorvete de lado.
- Tem alguma coisa a ver com o Dougie? – arriscou.
- Aquele imbecil, me dá o telefone dele e ainda deixa uma biscatezinha qualquer atender aquela porra.
- Ah, entendi, bom, pelo visto o seu dia foi tão ruim quanto o meu.
contou a todos os detalhes do seu dia conturbado. Após xingarem todos os homens e se consolarem, as duas foram finalmente dormir.
Capítulo 9
A sexta passou rapidamente. foi trabalhar normalmente, mas seus pensamentos estavam na briga que tivera com Tom no outro dia. não estava muito diferente, ficara em casa, vendo tevê, ainda estava abalada pelo telefonema atendido pela garota misteriosa. trabalhava normalmente, nada tinha lhe aborrecido nos últimos dias.
No sábado, pela manhã, aconteceria a audição do Mcfly, mais tarde, o show de estréia do Busted, e depois todos iriam para um festa comemorativa, em uma boate reservada no centro de Londres.
- , você acha que eu devo ir? - que tinha acabado de acordar, andava de um lado para o outro do quarto, enquanto falava com que estava sonolenta, escorada na porta.
- Ir pra onde?
- Você sabe, pra audição do McFly... - levou a mão à boca, roendo as unhas.
- Vai pô, você não disse que ia?
- Eu sei que disse, mas isso foi antes da minha "briga" com o Tom - Ela fez uma cara preocupada e continuou - Quer dizer, por que a gente brigou? Nem eu entendi direito.
- Amiga, não tente entender os homens, isso tudo é dor de cotovelo - deu um risinho.
- Mas sim, eu vou ou não?
- Faz o seguinte, veste a sua melhor roupa, vai lá, fala com o Danny, manda boa sorte por ele pro Tom, assim você vai ter aparecido, dado apoio e tal, mas não vai ter que falar com ele - deu um sorriso "como eu sou inteligente".
- Mas, o Tom me convidou, eu deveria falar com ele.
- Sim, , ele saiu correndo do seu carro, muito puto da vida, sem motivo nenhum e ainda quer que você fale com ele? - fez uma cara espantada - Esse garoto pega carona, não agradece e ainda grita contigo. Afinal, o que fez com que ele ficasse assim?
- Ah, não sei - evitou olhar para , ela não tinha mencionado o "beijo" que Tom quase vira acontecer.
- Aconteceu alguma coisa, você não quer me contar, eu vou nessa audição com você, no caminho eu quero saber de tudo o que aconteceu!
virou de costas e seguiu em direção à sala. Logo elas estavam no carro e contava tudo o que acontecera na quinta-feira para a amiga, que ouvia tudo atentamente, após vários comentários e muita conversa, elas finalmente chegaram ao local da audição. Entraram no hotel, seguiram em direção ao salão de festas. Vários garotos se dirigiam ao local. Ao entrarem, avistaram Danny que conversava com um homem mais velho, o empresário do Busted, ao ver as duas garotas ele pediu licença e foi na direção delas.
- Pensei que vocês não viessem! - Ele deu dois beijinhos nas duas que sorriram - A vem?
- Parece que ela tinha muito trabalho pra fazer em casa - deu uma olhada para , elas sabiam que na verdade, a amiga tinha ido passar o dia no salão se preparando para a festa que aconteceria a noite.
- Então? Muita gente, hein? - olhava ao seu redor. Estava babando, realmente na Inglaterra só tinham gatos.
- Ainda bem. Daqui a pouco nós vamos começar - Ele respondeu com um riso - Olha! Hey, Tom!
Tom tinha acabado de voltar para o salão de festas, provavelmente estava tomando um ar na sacada, era isso que ele fazia quando estava nervoso. Ao ver que e estavam ali, ficou sem expressão.
- Oi - Ele deu um aceno para as meninas.
que já sabia da briga falou durante quase o tempo todo, deixando que apenas Tom e Danny respondessem. não pretendia entrar na conversa, nem sabia o que falar, depois da discussão do outro dia, tinha ficado com vergonha de falar qualquer coisa a Tom, ele sentia o mesmo, mas continuava conversando. Às vezes o olhar dos dois se encontrava, mas os olhos mudavam de foco rapidamente. A conversa foi interrompida pelo empresário do Busted, que foi em direção ao grupo avisar que dali a cinco minutos a audição começaria.
- Bom, é melhor a gente ir então - finalmente falou.
- Fiquem aí pra ver a audição - Danny pediu com um largo sorriso.
- Eu tenho trabalho pra fazer, vamos .
- A gente se vê no show hoje à noite então - Disse com um sorriso fraco, ela queria muito ficar, mas o clima entre e Tom não estava nada bom.
- Vocês vão pra festa do Busted? - Danny perguntou animado - O James me falou que vai ser muito doida!
Por um momento Tom lançou um olhar pra que fez o mesmo. Sorte que nenhum dos outros dois percebeu.
- Vamos, . Tchau, boa sorte - deu um aceno de longe para os dois, que retribuíram.
Ao fecharem a porta, Danny se virou para Tom:
- A tava estranha hoje... O que aconteceu?
- Não sei - Tom ficou calado encarando o chão.
- Dude, aconteceu alguma coisa?
- A audição vai começar agora, Danny - Tom virou e seguiu para longe dali.
- Estranho, muito estranho... - Danny passou as mãos pelo rosto, olhando desconfiado para o amigo, que já estava longe dali.
Enquanto isso, e seguiam pela recepção do hotel, em direção à saída.
- ...
- O que ?
- Preciso fazer xixi...
- Agora? - parou de andar encarando a amiga.
- É, agora, me espera aqui, eu vou atrás de um banheiro.
- 'Ta, vou ficar sentada lendo uma revista, volta logo.
voltou todo o caminho, seguindo as plaquinhas de sinalização por um caminho até o banheiro, ela entrou e em poucos minutos saiu, quando de repente, sentiu um forte esbarrão, quase caindo.
- Ai - Ela gritou passando a mão no ombro.
- Sorry - Uma voz feminina respondeu.
- Porra, nem pra ser homem - encarou a garota mal-humorada.
- ?
- ?
- Menina! O que você tá fazendo aqui? - As duas se abraçaram sorridentes.
- Eu vou bater as fotos dos carinhas da audição - respondeu.
- Esperta, hein? Só tem gato ali dentro!
- Pior que é, né? Agora me responde: o que você tá fazendo aqui?
- Ah, você sabe né, eu me passo em um banheiro - As duas gargalharam - 'To brincando. Eu conheço os caras da banda, só vim desejar boa sorte e tal.
- Ah bom, cara eu não acredito que eu te encontrei.
- Nem eu, tenho que te apresentar pra uma amiga minha! A , aquela que eu te falei.
- Sei, ela tá aqui?
- Lá na recepção me esperando. Vamos lá.
- Poxa, bem que eu queria, mas ainda faltam alguns garotos para fotografar.
- Ei, me liga, assim que acabar essa audição, hoje à noite vai ter uma festa muito legal, eu quero que você vá com a gente.
- Legal, eu ligo, agora é melhor eu correr.
As duas se despediram e seguiu em direção ao salão de festas. No canto, tinha um painel branco, com um banco na frente, onde os candidatos batiam as fotos. se posicionou em seu banco, atrás do tripé onde colocava a máquina e chamou:
- Próximo.
Após tirar fotos de mais ou menos uns quinze garotos, já que o restante ela tinha feito antes de sair da sala, só faltava um, ele estava escorado na parede do canto, usava calças largas, com uma camisa de botões, onde estavam pendurados uns óculos escuros. Tinha o cabelo quase loiro e olhos azuis. olhou em direção ao garoto e o chamou:
- Você é o próximo.
- Eu? Ótimo! - Ele deu um risinho e sentou-se no banquinho.
- Olha pra mim, por favor.
- Vai ser difícil não fazer isso - Ele falou murmurando.
- O que? Disse alguma coisa? - perguntou enquanto focalizava a máquina.
- Não, não - Ele respondeu levantando a sobrancelha.
- Abaixa a sobrancelha, te dá um ar de convencido - falou decidida.
- Ah, esse é meu charme - Ele falou com um risinho.
- Então eu acho que o seu charme não vai funcionar, eles não querem um Back Street Boy - Ela o olhou desafiante.
- Tudo bem, sem a sobrancelha - Ele olhou em direção à câmera.
- 1, 2, 3 e... - tirou a foto, mas o flash não saiu - Droga.
- O que aconteceu?
- A pilha acabou - enfiou a mão no bolso das calças e pegou novas pilhas - É parece que o universo está conspirando contra você.
- Hoje não. Eu vou passar na audição! - Ele falou confiante.
- Eu espero que sim - Ela riu, ligando a máquina.
- Você está brincando, né? Todos os caras devem falar isso pra você.
- Eu tenho que apoiar, não? - Ela deu um riso.
- Bom, você engana bem, hein? Eu acreditei que fosse sincero.
- Iludir o pessoal é legal - Ela deu um sorriso com o canto da boca.
- Você é má - Ele a encarou.
- 1, 2, 3 e... - O flash saiu.
- Pronto - olhou a foto no laptop. Tinha ficado muito boa, aquele cara era fotogênico demais.
- Gostei da foto - Agora ele estava do lado dela analisando a foto.
- Ficou boa. - Ela pegou uma das fichas que tinha sobre sua mesa e uma caneta - Nome?
- Harry Judd - Ele respondeu com um sorriso - E o seu?
- Boa sorte, Harry Judd - entregou a ficha a ele.
- Bonito nome. "Boa sorte, Harry Judd", só é meio comprido - Harry deu um sorriso com o canto da boca e se juntou aos outros garotos.
Já eram nove e meia da noite, a audição já deveria ter acabado, era nisso que pensava enquanto estava deitada na cama, olhando pela janela do quarto, pensativa.
- ? Você ainda não está pronta? - entrou no quarto batendo a porta.
- Hãm? - que estava distraída levara um susto com a entrada da amiga.
- O show do Busted! E a festa depois!
- Ah claro, eu não vou - virou para o outro lado da cama.
- Como assim não vai?
- Eu tenho vários motivos para não ir.
- Me fala cinco deles então - cruzou os braços, ela não desistiria tão fácil.
- Primeiro, eu briguei com o Tom, segundo, o James vai estar lá, e terceiro eu...
- Tá bom, que seja, você não tem cinco motivos. Vamos logo, vai ser legal! Eu chamei a pra ir com a gente!
- A menina de Essex? - encarou a amiga.
- É! Eu juro, a gente vai se a festa estiver um merda, nós vamos embora.
- Ai que droga, eu só estou indo por sua causa, que isso fique bem claro - se levantou da cama indo em direção ao banheiro.
- Sei, sei. Não é por causa de um cara loirinho não... - murmurou ironicamente.
Eram dez para as dez e tinha acabado de se arrumar, ela tinha colocado um vestido roxo, com um sapato de salto pequeno, soltou os cabelos e fez uma maquiagem leve. usava uma calça jeans com uma bata azul escura e uma sandália de salto médio.
- Porra, pra quem não tava querendo ir, você tá bem arrumada, hein? - riu ao ver saindo do banheiro.
- Sim, você quer que eu vá como? Toda desarrumada, é?
- Pode falar, pra quem é essa arrumação toda? – cutucou a amiga.
- Pra ninguém, eu tenho que ter motivo pra me arrumar?
- Menina, toda mulher só tem dois motivos pra se arrumar, ou é porque tem homem na jogada, ou é porque quer mostrar que é melhor que outra mulher, no seu caso, eu acho que você se encaixa nos dois motivos.
- Ah, cala a boca ! - riu sem graça passando perfume.
- A acabou de ligar, falou que já está lá no show.
Em pouco tempo e chegaram no pub onde seria o show do Busted. Na frente do local estavam estacionados vários carros, pelo visto estava lotado. Na porta de entrada um segurança pegava os ingressos e as credenciais. As garotas entraram. Realmente, estava lotado. olhou por todo o lado, até ver sentada em uma mesa sozinha acenando para elas.
Ao se aproximarem, viram que a amiga estava usando um vestido colado, dourado, usava os cabelos soltos e sapatos de salto alto.
- Menina, todo mundo na maior produção - Ela se levantou abraçando as garotas que tinham chegado.
- O Danny já chegou? - lançou um sorriso para que retribuiu.
- Não sei. Talvez ele e o Tom venham - olhou para que corou.
- A gente brigou...
- Por quê?
Após alguns minutos contando toda a história para , as garotas foram interrompidas pela chegada de Danny.
- E aí? - Ele cumprimentou todas as garotas com dois beijinhos, mas podia jurar que ele só tinha dado um no rosto de .
Antes que ele pudesse sentar, se levantou de seu lugar ao lado de , juntamente com .
- Danny você pode fazer companhia para ? Eu esqueci uma coisa no carro.
lançou um olhar para que completou:
- Verdade. Eu vou lá com você.
corou um pouco, o mesmo aconteceu com Danny que olhou as garotas saírem do pub, depois sentou ao seu lado sem silêncio.
- Então? Animada pro show? - Ele falou sem graça.
- Claro, espero que tudo dê certo - Ela respondeu cruzando os dedos.
Os dois permaneceram calados por alguns segundos e continuou:
- Ah, eu nem te perguntei, como foi a audição?
- Foi muito boa, os moleques tocavam demais, foi difícil escolher só dois - Ele respondeu animado.
- Quem são?
- Você vai conhecê-los na festa depois do show.
- Deixa de ser chato, me fala só os nomes.
- Não, não, surpresa.
- Então tá né... - fez um bico.
- Você já está aqui há muito tempo?
- Cheguei aqui junto com a banda, o Charlie me pegou em casa - Ela respondeu calmamente.
- Eu não sabia que você era amiga do Charlie - Ele falou desconfiado.
- Eu trabalho com ele, foi mais prático - Ela sorriu satisfeita.
- Sei... Então... e-eu quero que você vá comigo na festa depois do show - Danny falou rápido, com medo da resposta de .
- Ótimo, vou adorar - Ela respondeu sorridente.
- Legal - Ele passou as mãos pelos cabelos - , eu...
- Hey - Tom segurou no ombro do amigo cumprimentando com dois beijinhos.
- Senta aí, dude - Danny puxou uma cadeira - A e a já vão voltar pra mesa daqui a pouco.
- A tá aí? - Tom perguntou sério.
- Claro, nossa empresa foi contratada pelo Busted, nós meio que temos que acompanhar o desempenho da banda - apressou-se a responder.
- Ah sei - Ele respondeu.
- Gente, é impressão minha ou esse pub tá mais lotado ainda?
e tinham voltado do estacionamento, e sentaram-se a mesa.
- Thomas - lançou um sorriso para Tom, que retribuiu.
deu um sorriso fraco para Tom, ele fez o mesmo, mais por educação do que por vontade própria. Os dois nunca tinham brigado antes, agora por uma besteira, estavam sem se falar direito. O show começou. James, Matt e Charlie estavam animados e tocaram músicas realmente boas. Como tinham várias mesas espalhadas no canto, as pessoas que estavam sentadas, podiam levantar e ir para o meio da pista. Danny ficou ao lado de todo o show, comentando de vez em quando alguma coisa. Tom permaneceu ao lado de Danny, tomando cerveja calado, estava dançando em pé ao lado de , essa por sua vez, mesmo pensando a briga com Tom, tentou se divertir ao máximo, para mostrar a ele, que não estava se importando com isso. Com o término do show, todos foram esvaziando o local, o show tinha sido um sucesso.
- É melhor nós irmos - falou levantando da mesa.
Danny colocou uma mão sobre os ombros de e a guiou até a saída.
- Bom, eu vou ao camarim, a gente se vê na festa - Tom deu um aceno e deixou e sozinhas na mesa.
- Caraca, o clima tá feio entre vocês, hein? - olhou para com os olhos arregalados.
- É. Pior do que eu imaginava.
e foram de carro do pub até o apartamento de . Ela estaria esperando pelas duas, já que concordara em ir para a festa. Ao pararem em frente ao prédio ela de imediato entrou no carro. Usava uma saia preta rendada com uma blusa da mesma cor. As apresentações foram feitas e logo todas estavam entretidas em uma conversa sobre o show.
Ao chegarem à festa deram de cara com que as esperava na porta, nem precisou ser apresentada à , as duas se conheciam do curso de francês que faziam.
A festa estava lotada, conseguiu avistar Tom de longe, conversando com Danny e outros dois garotos desconhecidos.
- Estou morrendo de sede - comentou se afastando um pouco das amigas - Eu encontro vocês depois.
seguiu pelo salão e foi em direção ao bar, pediu uma água, não estava muito no clima para beber qualquer coisa, quando de repente sentiu alguém cutucá-la.
Enquanto isso no salão , e conversavam animadamente. Estavam do outro lado procurando alguém que conhecessem.
Danny que estava ali perto, vendo se aproximar, foi em sua direção.
- ! - Ele falou rindo - Faz anos que não te vejo.
- Muito engraçado, Jones - fez um bico - Deixe-me apresentá-lo, este é o Danny, Danny esta é a .
- Opa, tudo bom? - Danny deu um aceno com a cabeça, fez o mesmo, só que com um sorriso - Ela estava tirando as fotos dos candidatos, eu já a conheço.
- É - falou rindo - Então decidiram? Quais foram os escolhidos.
- Segredo, vocês logo vão descobrir.
- Então Danny, tá aprontando o que por aqui? - perguntou rindo.
- Eu? Sou um santo, não faço nada não - Ele deu um riso - Só vim aqui, roubar a de vocês pra dançar comigo, mas só se ela quiser é claro.
corou um pouco e concordou com a cabeça. e ficaram olhando os dois irem pro meio da pista dançar, deixando as duas sozinhas.
- É, parece que a vai se dar bem hoje - deu um risinho.
- Quem vai se dar bem?
se virou. Era James, ele tinha duas garrafas de cerveja na mão e um sorriso enorme.
- Eu juro que dessa vez eu não vou derrubar nada em você.
- Assim espero - Ela lançou um olhar surpreso, ao ver que não estava mais ao seu lado e que também era estranho ver James depois do quase-beijo entre os dois.
- Mas bem que eu queria ficar preso em um banheiro com você de novo...
- E porque você diz isso? - temia a resposta, mas a pergunta era inevitável.
tinha saído do lado de sem que nem ao menos ela percebesse. Não conhecia ninguém ali. Resolveu procurar algum lugar para sentar, quem sabe, ela ligaria para alguma amiga inglesa enquanto as outras, da festa, não estivessem voltado. Viu que do outro lado do salão, em outra sala tinha um sofá vazio. Ela foi andando, mas acabou esbarrando com um cara que vinha na direção oposta.
- Sorry. - Ela levantou a cabeça para ver quem era. Aqueles olhos azuis se encontraram com os seus. Era o cara da audição: Harry Judd.
- Parece que nos encontramos de novo - Ele parou na sua frente com um sorriso no rosto.
- É parece que sim - deu um sorriso fraco para o garoto - O que você tá fazendo aqui?... Desculpa. Isso não é da minha conta.
- Não, tudo bem. Eu fui convidado.
- Isso eu também fui - Ela lançou um olhar desconfiado para ele, que apenas riu.
- Você está sozinha? - Ele perguntou curioso.
- Não, não estou.
- Eu não estou vendo ninguém com você - Ele falou em tom debochado.
- Na verdade, eu estou aqui com algumas amigas. Nós nos separamos, só isso.
- Ah... Você está perdida por acaso?
- Não, eu só estou indo sentar, bem ali - apontou para o sofá vazio.
- Você fuma? - Ele levantou a sobrancelha, tinha que admitir, ele ficava muito sexy quando fazia isso.
- Não.
- Então você está indo lá, pra ficar sentada sozinha?
- É justamente isso. Como você adivinhou? - Ela falou em tom sarcástico fazendo-o rir.
- Eu te acompanho até lá.
- Eu estou bem sozinha, obrigada - Ela continuou andando em direção aos sofás e se sentou em um, com dois lugares.
- Sabe, meus amigos também me deixaram sozinhos então, eu acho que vou ficar aqui com você - Harry tinha seguido até sofá e sentou-se ao lado dela.
- Você está me perseguindo por acaso?
- De forma nenhuma, eu só acho que, se você está sozinha e eu também, que mal há em ficar aqui?
- Que seja, mas não espere que eu seja legal com você... - Ela lançou um olhar com o canto do olho para Harry.
- Essa seria a última coisa que eu esperaria de você... - Ele deu um sorriso.
- Do jeito que você fala parece que eu sou uma megera.
- Você não chega a tanto, mas está quase lá, até que me prove o contrário.
- Eu não tenho que provar nada pra você...
- Seu sotaque é diferente... De onde você é? - Ele falou mudando completamente de assunto.
- Eu sou do Brasil, é por isso.
- Sério? Já ouvi muito sobre lá. E o que te trouxe pra Inglaterra?
- Eu estou fazendo um curso de fotografia, mas pretendo morar aqui.
- Legal, o que você gosta de fotografar?
- Ah, eu adoro fazer retratos, mostrar as pessoas em momentos espontâneos, sem poses - falou com a voz calma e com os olhos brilhando.
- Quando você fala assim, você nem parece tão má.
deu um tapa de leve no braço de Harry que riu, fazendo com que ela risse junto.
virou rapidamente e deu de cara com quem ela menos imaginava encontrar ali.
- Ah, oi – falou ela surpresa e feliz ao mesmo tempo.
- Já que você não liga, os acasos jogam por você – disse Dougie.
- Nossa, onde você leu isso? – perguntou ela, desconfiada.
- Vi em um filme – e os dois riram – Tá indo pra onde?
- Minha amiga ta me esperando lá na mesa. Por que você não se junta a nós?
- Claro.
Os dois andaram em direção à mesa. O caminho era difícil, pois o local estava lotado e se não fosse por Dougie que a protegia com os braços toda hora, teria pego vários empurrões.
- Não acredito que eles foram embora e nem me avisaram! – olhou em volta.
- Das duas uma, ou era mentira sua, ou eles realmente esqueceram-se de você – Disse Dougie, procurando junto com ela mesmo sem saber quem eram as amigas.
- Nossa Dougie, como um amigo para levantar o astral você dá um ótimo baixista – respondeu ela emburrada.
- Vou levar essa como um elogio – disse ele rindo. É claro que ele entendeu o xingamento.
- Vamos sentar e esperar – foi sentando na cadeira, até que seus olhos focaram justamente na direção de e James – Ah, péssima idéia, vamos sair daqui – Levantou–se rapidamente e puxou Dougie pela mão.
- Você é muito complicada! – reclamou ele. A garota só fez rir e começou a dançar perto de e Danny, que acenou para Dougie sem que as garotas notassem.
- Bom, eu pretendia terminar o que eu comecei no banheiro - James continuou, entregando as cervejas para o garçom.
- Eu não sei do que você está falando - virou de costas e saiu andando na direção oposta, mas James a segurou pelo braço.
- Sabe sim. Se o Tom não tivesse chegado, você sabe o que teria acontecido - James falou em tom convencido.
- James, me solta, por favor - olhou para ele séria.
- , para de fingir que não sabe de nada.
- Eu já disse, eu não sei do que você está falando! - aumentou o tom de voz.
- Então eu vou ter que te mostrar...
James que já tinha se livrado das cervejas que trazia na mão, segurou no outro braço, se inclinou um pouco e a beijou com vontade. Ela retribuiu o beijo, mas na verdade, ela estava confusa, o namoro de Tom tinha terminado, o caminho estava livre, mas parecia que agora, eles estavam mais distantes que nunca. Então aparece James. Ela não sabia o que queria. Talvez ficar com o ele não fosse tão ruim, afinal de contas, ele beijava bem.
Tom estava sentado em uma mesa, ao lado da pista onde e James estavam, ele estava entretido com uma conversa sobre bandas inglesas até que ao passar o olho pelo salão viu os dois conversando, não conseguia entender o que falavam, mas a expressão dos rostos podia decifrar algumas coisas. Quando finalmente, James pulou em cima de , beijando-a. Tom viu tudo: início, meio e fim.
- Pessoal, eu quero a atenção de todos, por favor - O empresário do Busted, Stuart, tinha subido em um palco na ponta do salão - Gostaria que todos os integrantes do Busted estivessem presentes aqui.
, ao ouvir a voz de Stuart no microfone, parou de beijar James na hora, eles se encararam por alguns segundos.
- Estão te esperando.
- Eu tenho que ir - Ele falou com um ar de tristeza na voz.
James deu uma última olhada em , lançou um pequeno sorriso e sumiu no meio da multidão.
- A banda vai se apresentar! – Exclamou – Eu quero ver.
- Eu também – Harry segurou na mão dela e os dois saíram da sala. Andaram um pouco até chegarem à frente do palco, encontrando Danny, , e Dougie.
- É um prazer ter todos vocês aqui – Começou o discurso o empresário da banda – Afinal, foram distribuídos alguns convites e é muito importante que todos tenham comparecido.
Houve um grito de incentivo vindo do público.
- Pra quem não sabe a empresa MPM, conhecida por mais de setenta países, ganhou um novo cliente esta semana, com o qual pretende trabalhar por muito tempo, e esses vocês já conhecem. BUSTED!
Os garotos apareceram ao lado de Stuart e todos lá embaixo gritaram bem alto, empolgados e agitados. Charlie abraçou os dois amigos, que retribuíram.
- Sim, sim pessoal, a estréia deles foi maravilhosa, todos nós esperamos que a carreira seja repleta de shows como o dessa noite – continuou Stuart – Mas essa não é a única novidade da festa.
Houve uma onda de dúvida no ar, o que fez o empresário se empolgar cada vez mais.
- Nós achamos justo dar chance a quem merece, por isso, demos uma a um dos melhores guitarristas que já apareceu nessa empresa, para que ele formasse uma banda, já que perdeu a vaga no Busted para o nosso querido James. Sem perder tempo, Thomas Fletcher e o seu amigo Danny Jones fizeram uma audição e conseguiram formar a outra banda, que vai animar as noites de vocês, explodir as rádios e colocar Londres pra tremer. Com vocês, McFLY!
A platéia foi à loucura. Danny, Tom, Harry e Dougie saíram correndo para o palco, enquanto as meninas olhavam-se desentendidas. Após uma apresentação breve dos quatro, os garotos interagiram um pouco com o público e, junto com o Busted, desceram de lá.
- Como você não me disse que estava na banda? – perguntou muito animada à Dougie assim que se encontraram na pista.
- Queria te fazer uma surpresa – O garoto respondeu sorridente.
- E conseguiu! – os dois riram e ele finalmente deu um abraço nela, que retribuiu com vontade.
- Agora que todos já sabem, e pelo visto, já se conhecessem – Disse Danny ao ver Dougie abraçando e Harry segurando a mão de – VAMOS COMEMORAR!
O grupo de amigos sentou–se na mesa perto do palco e do bar. Que era um local bem prático, perto da música e das bebidas. Todos foram se acomodando. sentou na cadeira encostada na parede, ao lado de Dougie. Harry puxou uma cadeira para e sentou–se ao lado dela. Tom, que tentava se animar, sentou ao lado de uma cadeira vazia.
- Senta aí – cochichou no ouvido de .
- Não vou sen... - Ela nem terminou de falar e a amiga deu um puxão em seu braço até que ela caísse na cadeira – vou te matar.
deu um sorrisinho.
- Putz, falta uma cadeira – disse , quando viu que era a única que estava em pé.
- Senta no meu colo – falou Danny e todos o olharam – Eu quis dizer, na minha cadeira, err... Colo, cadeira... Eu... Pego uma pra você.
Ele saiu morrendo de vergonha e trouxe outra cadeira para ela, enquanto todos riam na mesa, exceto Tom.
- Obrigada Jones – sentou–se.
O tempo foi passando e o assunto não acabava.
- Gente, vou ao banheiro e já volto – Disse , levantando–se.
Tom pensou durante uns três segundos se levantava ou não, pois ficar sem falar com ela já estava uma coisa irritante. Ele tomou coragem e foi atrás, mas na hora que conseguiu desviar da garota que estava na sua frente, James apareceu.
- Estava procurando você – Ele falou sorrindo para .
- Você me espera rapidinho? É que eu tava precisando ir ao banheiro.
- Claro – ele riu – vou esperar aqui.
seguiu em frente, enquanto Tom tentou se esconder no meio das pessoas que dançavam ali perto, para ver o que ia acontecer. Ela voltou do banheiro e eles começaram a conversar. Não dava pra ouvir nada, mas dava pra ver... Ops! Eles se beijaram novamente, dessa vez, a iniciativa veio de ambas as partes. Tom não sabia o que fazer, andou em direção ao bar e pediu uma bebida. Por que ele ficou daquele jeito? era só uma amiga, ele gostava mesmo da Giovanna, que também não estava mais nem aí pra ele. Estava atordoado, cansado, confuso e enjoado. Voltou para a mesa depois de um tempo e viu que estava sentada, sem o James. Ele não conseguiu evitar as olhadas e muito menos o seu estado emocional.
- Ei, aconteceu alguma coisa? – Perguntou Danny em voz baixa.
- Não, nada, só estou um pouco cansado, acho que vou voltar pra casa.
- Qual é, dude?! Ainda são duas da manhã! A noite é uma criança, nosso dia foi triunfante, precisamos comemorar – Danny deu um sorriso, agora ele praticamente gritava, o que fez com que percebesse que Tom não estava bem.
Ele olhou para Danny e depois para a mesa que tinha parado o assunto e agora focava os dois. Tom levantou novamente.
- O papo ta ótimo, mas eu preciso ir, valeu pela presença pessoal – Ele levantou com um pouco de pressa e saiu. Na mesma hora, todos voltaram o olhar para .
- Que foi gente? – Ela se fez de desentendida.
- Se você não for agora lá com ele, eu corto relações – disse .
- Não vou, eu não fiz nada!
- , às vezes é preciso passar por cima do orgulho pra conseguir certas coisas – incentivou .
- A raiva dele vai diminuir pela metade se vocês se falarem hoje – Danny tentou convencê-la.
- Não adianta. Eu não vou.
- Não precisa. Eu estou aqui – todos olharam pra trás e deram de cara com Tom – Preciso falar com você.
Todos ficaram calados até que ela se levantou e os dois foram caminhando para fora do pub.
- Eu sabia que ela ia – disse , com um sorriso no rosto.
- Mulheres, quem as entende? – Harry sorriu.
- Homens, quem os entende ? – Na mesma hora rebateu.
Todos riram.
- Você é cheia de marra – Harry franziu a testa para ela.
- E você é cheio de si.
As risadas foram rolando enquanto a ‘briga’ dos dois continuava, até que foi olhar as horas e lembrou da garota estranha que tinha atendido o celular do Dougie na noite anterior. Rapidamente ela se desencostou do ombro dele e fez uma cara séria, o que só ele percebeu.
- Você tá bem? – perguntou Dougie.
- Sim.
- Como atriz você é uma ótima publicitária.
Os dois se olharam por um tempo e ela começou a rir, fazendo com que ele risse também.
- Não foi nada, eu só lembrei dos meus pais agora e deu saudade.
- Entendo. Mas não fica assim, eu sei que não é a mesma coisa, mas você pode me abraçar e imaginar que eu sou o seu pai – Ele riu.
- Boa idéia – ela abraçou Dougie muito forte, não sabia como fazia tanta questão dele. Logo ela que nunca se apegava rápido a menino nenhum. Por que a história do celular ficou tanto na cabeça dela? Ela queria e não queria perguntar, a situação era difícil, apesar de tudo, ela nem o conhecia direito.
- Dougie – soltou o garoto, olhando–o de perto – Você teria coragem de mentir pra alguém?
- Depende da situação, por quê?
- Por nada – ela sorriu – preciso ir.
- Pra onde você vai? – ele levantou rápido e segurou o braço dela.
- Pra casa né? Preciso descansar.
- Ei, você ficou estranha comigo do nada, o que aconteceu?
Ela saiu andando e ele foi atrás. Ela não queria entrar no assunto, ele ia achar que ela era uma garota atirada, safada ou coisa do tipo, ou talvez ia achar que era uma criança que já pensava no casamento antes do primeiro beijo.
- Por que você não me disse que tinha namorada?
- Namorada?! – Ele franziu a testa – Mas eu não tenho. Por que isso?
- Não mente pra mim! Eu te liguei e uma garota atendeu.
- Ah tem razão! – Ele disse pensativo – Vai ver era ela mesmo. A gente tem um relacionamento de bastante tempo, coisa de anos!
- E por que você não me falou? – se controlava pra não dizer nenhuma besteira.
- Você nunca perguntou se eu tinha irmãs.
Ela ficou parada olhando bem na cara dele. Será que era possível tornar a situação mais idiota do que isso? Ele começou a rir o que fez com que ela ficasse mais vermelha ainda.
- Olha, , se eu já não tivesse sacado o seu jeito, diria que você está com ciúmes.
- Ciúmes?! Se toca, garoto – ela saiu andando e ele foi atrás.
- Você é do tipo “durona” e “marrenta”, mas que no fundo é mais mole que manteiga derretida – Dougie segurou o braço dela, fazendo com que ela virasse de frente pra ele.
- Como é que é? Pois eu vou te falar uma coisa – apontou o dedo na cara dele – Você não é meu pai pra falar assim comigo, e outra, você nem me conhece, se acha só porque tem esse rosto bonitinho e esse papinho manjado que todas as meninas gostam de escutar. Sai da minha frente e pega aquele seu baixo idiota e enfia no seu... - Ela não conseguiu terminar a frase. Dougie se aproximou e a beijou com toda vontade. Ela bateu umas duas ou três vezes no ombro dele, até que não conseguiu resistir e retribuiu. Após alguns minutos, ela o empurrou, limpou a boca e saiu andando. Ele só fez rir.
- Pode falar, Tom – sentou–se no banco próximo à porta de saída do pub.
- Eu queria pedir desculpa se eu te magoei, não sei, alguma coisa que eu tenha dito ou feito, como anteontem, quando eu... - Ele abaixou a cabeça encarando o chão sem graça.
- Saiu do carro batendo a porta e nem agradeceu? - Ela finalizou a frase.
- É... Desculpa mais uma vez - Tom deslizou as mãos pelos cabelos evitando encará-la.
- Tudo bem - colocou sua mão sobre a de Tom, ele a encarou sorrindo, ela retribuiu.
Após alguns segundos se encarando em silêncio, Tom finalmente falou:
- Eu vi tudo.
- Tudo o quê? - arregalou os olhos e seu coração disparou, será que era o que ela estava pensando?
- Desde a sua conversa até o beijo com o James.
- Ah você viu? E... Tem alguma coisa para me falar sobre isso?
- Tenho... - Ao falar isso o encarou erguendo uma sobrancelha, mas ele continuou - Mas não sei se devo. Deixa isso pra lá, você fica com quem quiser, a vida é sua e eu não preciso ficar me metendo - Ele abaixou a cabeça mais uma vez.
- Concordo com você - Disse ela olhando para cima.
- Será que a gente pode ficar numa boa agora? - Ele se aproximou de , esta abriu um largo sorriso.
- Já estava mais do que na hora né.
Os dois se abraçaram por um longo tempo, era estranho e ao mesmo tempo familiar sentir o corpo de Tom, ali abraçado ao seu, ele sentia o mesmo, os dois estavam muito felizes para falar qualquer coisa. sentiu que o rosto dele, que antes se encontrava encostado em seu ombro, virou, fazendo com que sua boca deslizasse pela bochecha dela, chegando cada vez mais perto.
- ! - acabara de chegar olhando para o chão. Quando viu a cena, já era tarde, tinha cortado o clima.
- Eu 'to ocupada, - falou entre dentes com um sorriso bem forçado.
- Desculpa - Ela virou de costas, mas lembrou-se que não tinha como voltar pra casa - Ah! Como eu vou voltar?
- Toma - se afastou de Tom, já que era a segunda vez que o clima era cortado e deu as chaves do carro para a amiga.
- Mas eu não posso dirigir.
- , dá essa chave pra alguém então, eu não vou embora agora...
- Ela vai embora comigo - Tom completou sorridente.
- Então eu posso... - parou a frase pela metade assim que lançou um olhar de "Eu não acredito que você vai falar isso" - Ah... Deixa. Tchauzinho.
- Ninguém merece... - levou as mãos à boca rindo.
- Coitadinha, - Tom ria enquanto olhava entrar novamente no pub.
e Tom se olharam e riram.
- 'To morrendo de frio - cruzou os braços se abraçando.
- Vem, vamos sair daqui.
Tom passou o braço pelo ombro de , ela fez o mesmo, colocou o braço na cintura dele, assim os dois caminharam até o final da rua, em direção ao carro.
- Danny, você pode me deixar em casa? - Perguntou - Eu tenho o carro, mas não tenho motorista.
- Sabe, é que meu carro tá um pouco... Cheio - Ele respondeu fazendo corar.
- Harry? - Sugeriu .
- É que... Bem... Desculpa mesmo, mas não vai dar.
- Gente, e agora? - colocou a mão na cabeça agoniada.
- Eu te levo - Dougie levantou e puxou a chave da mão dela.
- Você? - Ela fez cara feia - Só porque eu preciso, mas sem conversas.
Dougie sorriu e andou em direção ao carro, se despediu e o acompanhou. As ruas estavam com pouco movimento, o clima estava frio e o aquecedor do carro estava ligado.
- Só pra deixar registrado, você era a última pessoa para quem eu daria a chave - Reclamou ela.
- Pensei que seria sem conversa - Ele deu um risinho, virando a esquina.
- E vai ser, é só que eu precisava comentar isso.
- Ah tá bom - Dougie ligou o som do carro e começou a cantar a música que tocava, "Because You Live" do Jesse Mccartney.
- Dá pra parar?
- “Because you live, and breath, because to make me believe in myself” - Ele cantou mais alto, fazendo com que risse.
- “When nobody else can help” - Agora os dois cantavam juntos.
- “Because you live girl” - Ele parou o carro e olhou bem nos olhos –“ My world.”
- “Has every thing I need to survive” - finalizaram juntos.
- Ai, adoro essa! - Ela riu - Obrigada pela carona, você entrega a chave pro porteiro que ele sabe onde é a vaga da - Ela foi saindo do carro.
- Espera - Ele puxou a mão dela.
- O que?
- Desculpa se você não gostou do beijo, foi um impulso.
- Ah, tudo bem Dougie.
- Porque eu vou fazer isso de novo.
Dougie puxou e a beijou com o dobro de vontade.
- É pelo visto só sobrou a gente... - Harry deu um sorriso para ao ver que e Danny tinham saído do pub.
- Bom, eu já vou - levantou pegando a bolsa que estava sobre a cadeira ao lado.
- Eu te acompanho - Ele também se levantou.
- Tudo bem, eu sei o caminho de casa.
- Bom eu vou por precaução, vai que você se perde? - Ele deu uma piscada para ela, colocando o blazer.
- É impressão minha ou você anda me perseguindo? - Ela o encarou séria.
- Como assim?
- Primeiro a gente se vê na audição, depois na festa e agora você quer me levar em casa...
- Digamos que, depois que você tirou aquela foto no dia da audição, tudo deu certo pra mim, você me deu sorte... Por isso que, eu estou querendo passar bastante tempo com você - Ele disse rindo.
- Sorte a minha - falou em tom sarcástico virando-se de costas em direção a saída.
Ao saírem do pub sentiram o vento frio que passava pela rua quase deserta.
- Você mora muito longe daqui? - Ele começou olhando para a rua vagamente.
- Na verdade não, daqui umas duas quadras nós chegamos lá.
- Que bom. 'To morrendo de frio - Ele falou passando as mãos uma contra a outra - Lá tem aquecedor né?
- Tem... Mas quem disse que você vai entrar? - lançou um olhar desconfiado para ele.
- São quase quatro horas da manhã e eu estou te acompanhando, andando em uma rua deserta e ainda por cima a pé. Você não acha que eu mereço ao menos uma xícara de chá? - Ele a encarou levantando a sobrancelha.
- Eu não pedi para você me acompanhar...
- E ainda por cima é mal agradecida - Harry deu um sorriso fraco.
- Eu? Mal agradecida? Você que quis vir!
- Eu sou um cavalheiro, não ia te deixar andando sozinha em plena madrugada.
- Eu sei me virar muito bem sozinha - o encarou com ar superior - Não preciso de um homem pra me defender.
- Tá bom, até parece, isso tem cheiro de ressentimento... quem foi o canalha que te magoou?
- Não tem canalha nenhum e ninguém me magoou - Ela olhou para o lado evitando encará-lo.
- Se você diz isso, quem sou eu pra falar o contrário?
- Pois é! Você não me conhece pra ficar falando essas coisas.
- Desculpa então...
Eles seguiram calados até o dormitório da faculdade onde , ao chegar à porta do prédio ela se virou para ele:
- Obrigada por ter me acompanhado.
- Eu pensei que você não precisasse de um homem pra fazer isso.
- E não preciso mesmo, mas foi muito gentil da sua parte, eu tenho que admitir - Ela falou evitando encará-lo.
- Nossa eu tenho que deixar essa registrada - Harry deu um sorriso - Foi a primeira vez que você falou alguma coisa sem ser orgulhosa.
- Acredite foi difícil falar isso - Ela riu - Boa noite.
- Sem chá?
- Sem chá, se contente com o ar fresco...
- E frio.
- Vai embora que já estou ficando até com pena - Ela deu um riso subindo alguns degraus.
- Então me deixa entrar.
- Acredite, não tem nada que possa te impressionar, só uma cama e uma escrivaninha.
- Olha aí, nada melhor do que uma cama - Ele lançou um sorriso safado, ao ver a cara de espanto de tratou em continuar - Mas é claro, que a escrivaninha também é uma parte importante do cômodo.
começou a rir sem parar e ele ficou encarando-a sem entender.
- Porque eu estou perdendo meu tempo aqui, no frio com você? - Ela falou após parar de rir.
- Eu acho que talvez você goste de mim - Ele mostrou os dedos polegar e indicador quase tocando - Um pouquinho.
- Acredite, não é nem isso - Ela virou de costas e deu uma última olhada - Boa noite.
- A gente se vê por aí.
- É, quem sabe... - Ela continuou e fechou a porta.
- Ei!
- O que foi agora? - saiu de novo e estava parada na escada.
- Bom, eu te trouxe até aqui, no frio e a pé, então eu acho que você poderia pelo menos me falar seu nome...
o olhou espantada, era verdade, eles não tinham sido apresentados e até agora ele não sabia seu nome.
- Nossa é verdade, eu nem me lembrava disso.
- Então? - Harry ficou olhando-a esperando a resposta.
- É - Ela respondeu com um pequeno sorriso.
- ... Bem melhor que "Boa sorte, Harry Judd" - deu um aceno com a cabeça e entrou novamente.
Harry virou de costas e chamou um táxi que passava pela rua.
Parecia que a cena se repetia, Danny parou o carro em frente ao prédio de . Ela olhava pela janela e percebeu que David, não estava em seu posto.
- Parece que ele parou pra um lanchinho - Ela olhou para a guarita com um sorriso fraco.
- Esse cara não quer trabalhar mesmo - Danny respondeu com um riso nervoso - Eu acho melhor nós esperarmos dentro do carro.
- A gente vai passar a noite aqui se depender dele, mas se bem que, eu não estou com sono.
- Nem eu! 'To elétrico! - Danny falou animadamente - Depois do show, da festa e da apresentação do Mcfly, não tem como dormir.
- É verdade - olhou pelo vidro do carro mais uma vez, nada de David.
Em frente ao prédio de , tinha um parque, com uma pequena praça e várias árvores em volta. Danny estava nervoso, depois da última vez que a vira, eles quase se beijaram e agora estavam na mesma situação, ao mesmo tempo em que queria estar ali, ao lado dela, tinha vontade de sair correndo de tanta vergonha. Até que teve uma idéia para quebrar o silêncio do carro:
- Quer dar uma volta no parque?
- O que? - se encontrava distraída em seus próprios pensamentos e não tinha entendido o convite.
- O parque, aqui ao lado, vamos dar uma volta nele, até o porteiro voltar.
- Vamos - Ela sorriu.
Os dois desceram do carro e caminharam em direção ao parque. Seguiram em linha reta, calados. A madrugada estava fria, suas bocas soltavam fumaça e o nariz de começava a ficar vermelho.
- Sabia que eu nunca vim aqui? - Ela sorriu encarando-o.
- Sério? - Ele pareceu surpreso ao ouvir isso - Por quê? É tão calmo, relaxa.
- Não sei, acho que eu trabalho demais.
- Nisso eu concordo, você precisa se divertir mais.
parou de andar, Danny continuou e ao ver que ela parara, a encarou:
- O que foi?
- Você está querendo dizer que eu não sei me divertir?
- Não - Ele falou rapidamente, tentando consertar o que tinha dito - Mas você vive estressada em relação ao trabalho, tem que se preocupar com os outros e acaba esquecendo-se de si mesma.
- Isso é verdade - Agora eles estavam frente a frente - Pelo visto você me conhece muito bem, Senhor Daniel Jones.
- Só um pouco - Ele deu um riso - A gente se conhece há bastante tempo...
enfiou as mãos no bolso do casaco, ela estava com muito frio.
- Eu 'to morrendo de frio.
- Vamos sentar? - Danny apontou com a mão o gramado, concordou com a cabeça sentando-se ao seu lado.
- Nós deveríamos ter ficado no carro - levou as mãos à boca rindo.
- Ah, qual é, você nunca veio aqui, agora está conhecendo - Ele falou com um sorriso.
- É, mas nós poderíamos ter vindo de manhã, além de ser mais bonito, o tempo estaria mais quente - apoiou os cotovelos no gramado - E além do mais, o ambiente está meio assustador.
- Assustador? - Danny deu uma gargalhada - , você está comigo, com o Danny não há perigo.
- 'Ta bom, então que bicho é esse perto da sua mão? - apontou para a mão dele. Danny deu um grito, tirando a mão encostada no chão e a segurando com a outra, procurando o animal.
- Onde? - Ele olhou para com os olhos arregalados.
estava deitada no chão, chorando de tanto rir. Danny ao perceber que tinha sido enganado começou a rir também, meio sem graça.
- Ha-ha, muito engraçado - Ele falou virando os olhos.
- Tudo bem Danny, homens sensíveis são legais.
- Eu não sou sensível...
- Tudo bem, eu vou esquecer que isso aconteceu, eu juro que eu vou lembrar do nosso primeiro encontro - Ela mordeu a boca, agora estava sentada ao lado de Danny - de que forma? Ah, já sei, você me salvou de um esquilo que queria comer meu casaco... 'To brincando - Ela acrescentou ao ver que ele a olhava seriamente - O que foi?
- Você disse encontro... - Ele deu um sorriso fraco - Isso pode ser considerado um encontro? Sem flores, nem jantar e nem feitos heróicos para te salvar?
- E-eu considero...
- Bom saber, quer dizer, eu não quero que seja fácil, não... Eu não estou dizendo que você é... Ah, esquece...
riu mais uma vez.
- Pois fique sabendo, Senhor Jones, que esse nosso encontro está sendo muito legal.
- Sério? - Ele falou com um sorriso enorme - Eu pensei que, você preferisse o jantar e o café...
- Eu gosto de tudo isso, mas o que importa não é o lugar e sim a pessoa com quem você está - deu um sorriso para ele, que retribuiu encarando-a.
Danny deitou na grama, fez o mesmo, eles ficaram ali, lado a lado, olhando para o céu estrelado.
- ?
- Oi...
- Só pra você saber, e-eu não queria estar em nenhum outro lugar agora... E nem com qualquer outra pessoa.
As mãos de Danny e estavam próximas, ele segurou a mão dela com força.
- Eu também. Tirando o frio está tudo ótimo.
- Você quer voltar para o carro?
- Eu acho melhor a gente voltar, David já deve estar na guarita - Ela falou levantando-se.
- Claro - Danny levantou também.
Os dois andaram o caminho de volta, conversando.
- Então, quer dizer que, o nosso café está de pé amanhã? - Ele perguntou olhando-a com o canto do olho.
- Mal posso esperar, se bem que - olhou o relógio que carregava no pulso - Está meio tarde...
- Se você quiser a gente pode só jantar... É que... Eu mal posso esperar para te v... - Ele parou de falar e abaixou a cabeça sem graça.
- Danny... - segurou a mão de Danny, fazendo com que os dois ficassem frente a frente, eles se encararam por alguns instantes - Eu t-também mal posso esperar... - Ela colocou uma das mãos no rosto dele virando-o para si.
Danny a abraçou com força, enquanto o beijo acontecia lentamente, ele queria ter feito aquilo há muito tempo agora ela estava ali, eles estavam juntos e nada poderia acabar com aquele momento, nem mesmo o frio que tinha aumentado.
Tom já se aproximava do prédio em que morava, a única coisa que o separava do carro, era o sinal vermelho. A viagem até ali tinha sido extremamente agradável para os dois, mas de vez enquanto Tom ainda sentia seu rosto arder ao encarar a passageira. Ele lembrava do que tinha acontecido, a conversa na porta da festa e... Quem sabe um beijo que poderia ter ocorrido, mas que fora quebrado por bem no ato. Tom não sabia o que o tinha levado a fazer aquilo, o impulso na hora foi mais forte do que a razão e quando ele percebeu, estava a poucos centímetros da boca da "melhor amiga". Esse incidente não impediu que o bom humor permanecesse no carro até que o carro parasse em frente ao prédio.
lançou um sorriso para ele, que retribuiu desviando o olhar para a rua.
- É bom ter você de volta - Ela falou olhando para a portaria com um sorriso.
- É bom estar de volta - Tom se virou para ela se aproximando um pouco - E acredite, eu não vou embora tão cedo.
- Não vai mesmo, porque você vai subir para tomar uma xícara de chá comigo - se afastou um pouco, meio constrangida, sorte que Tom não percebeu.
- Mas... Nós vamos acabar acordando a .
- Nossa é mesmo - levou as mãos à testa - Já sei.
puxou o telefone da pequena bolsa que caregava e ligou, uma voz sonolenta atendeu:
- H-hello.
- Ei , eu e o Tom estamos subindo... - iria continuar se não tivesse sido interrompida pela amiga.
- Porra, , eu 'to dormindo - falou mal-humorada.
- Vai pro meu quarto. Eu durmo na sala hoje...
- Se você não agarrar esse moleque hoje... Eu te mato - Ela deu uma bufada e desligou o telefone.
rezou para que Tom não tivesse ouvido o que tinha dito, então deu uma olhada com o canto do olho e percebeu que ele ficara encarando-a durante toda a ligação, mas pela sua expressão, não tinha ouvido uma palavra do que as duas tinham dito ao telefone.
- Então? - Ele continuou, saindo do transe.
- Pode estacionar, vamos subir.
Da porta da cozinha, podia espiar Tom, ele estava entretido olhando uma foto antiga que se encontrava em cima da mesinha de centro. Ela voltou à sala com duas xícaras na mão.
- Quem são esses? - Ele perguntou curioso.
- Bom, deixe-me ver - sentou-se ao lado de Tom, os dois estavam com os quadris colados, enquanto ela examinava a foto - Da esquerda para a direita, , Victor, Luís e eu. Foi em uma viagem que nós fizemos no final do terceiro ano.
- Esse cara, era seu namorado? - Ele perguntou encarando-a, apontando para Luís.
- Era. Na época nós ainda namorávamos, mas ele viajou pra Nova Iorque e eu vim pra cá - deu um longo suspiro - então nós acabamos terminando...
- Arrependida? - Tom a olhou surpreso.
Ela lançou um sorriso para ele, estava se divertindo com aquilo, era impressão sua ou Tom estava com uma pontinha de ciúmes?
- O que foi? - Ele falou rapidamente.
- Acredite, eu estou melhor sozinha - Ela deu um gole no chá.
Tom deixou a foto de lado, encostando-se no sofá.
- Gostei do chá, vou vir aqui mais vezes.
- Vai ser bom ver você - ficou calada por um tempo e continuou ao ver que agora ele também fazia o mesmo - Sabe Tom, eu estava com saudades disso, de conversar com você, das ligações no meio da noite, de tomar chá e ficar acordada até tarde...
- Eu também, eu fui um idiota, me desculpa - Tom se aproximou um pouco mais de , eles ficaram se encarando de novo, como tinha acontecido na festa.
De repente, o celular de começou a vibrar fazendo com que os dois se afastassem, ela olhou, era James.
- Alô? - Ela falou ainda com os olhos em Tom que parecia desapontado.
- ? - James falou com a voz um pouco sem graça.
- Oi, tudo bom? - Ela não queria citar nomes, para não ferir Tom.
- Tudo, desculpa, tá meio tarde, mas é que eu precisava falar com você...
- Não imagina, pode falar...
- É só que, hoje, depois do que aconteceu... Eu estou... Eu não paro de pensar nisso, eu queria saber se... Você quer fazer alguma coisa, amanhã, ou qualquer outro dia.
- Claro, será ótimo, me liga segunda no escritório.
- Tá, a gente se vê. Beijo.
- Tchau.
desligou o telefone e o colocou de lado evitando encarar Tom, que passara a maior parte do tempo olhando em sua direção.
- Quem era? - Ele perguntou curioso.
- Era o James.
Tom que antes tinha um sorriso no rosto fechou a cara instantaneamente, olhando para o outro lado.
- Quando os pombinhos vão se encontrar de novo?
- Tom, por favor, não começa - segurou as mãos de Tom - É mais do que natural.
- É... - Tom olhou em direção ao canto oposto da sala e permaneceu calado.
- Tom? - se aproximou do amigo e o abraçou, ele retribuiu.
- Que? - Ele falou com voz mal humorada.
- Nada não, só pra ouvir você com essa voz mal humorada.
- ...
- Oi.
- Eu...
Eles foram novamente interrompidos por um celular, mas dessa vez foi o de Tom, era uma mensagem. Ele olhou e leu.
- Droga... - Ele murmurou lendo.
- O que foi? - encarou-o preocupada.
- Giovanna - Ele continuou com a voz falhando.
- Então eu acho bom você ir - levantou séria pegando as duas xícaras de chá e se dirigindo a cozinha. Tom correu atrás dela ao ver sua expressão - Tudo bem, ela é sua namorada, quer dizer, ex, não sei...
- Ela não é mais minha namorada, eu já terminei tudo com ela.
- Pelo visto ela está precisando de você, vai logo.
Tom saiu pela porta da cozinha a passos largos, decidido. voltou a olhar para as duas canecas, que deixara no canto esperando para serem lavadas. Estava sem paciência e com sono, agora que estava sozinha, poderia ficar na sala, deitada em silêncio.
Sentou-se no sofá em silêncio encarando o chão, entrou em transe, lembrando da noite que passara e de todas as coisas que poderiam ter acontecido. A campainha tocou, poucos segundos depois de ter se sentado. Seguiu em direção a porta, olhando pelo olho mágico, conseguiu ver cabelos loiros meio bagunçados. Ela a abriu a porta.
- Esqueceu alguma coisa? - Ela perguntou surpresa, encarando Tom.
- ... - Ele parou de falar encarando-a, ela permaneceu calada, com a mesma expressão - A gente tem que conversar...
- Mas e a Giovanna? Ela está te esperando.
- Isso é mais importante, preciso falar com você.
- Sobre... - Ela falou em tom interrogativo.
- O que tá acontecendo com a gente?
- Tom, eu achei que nós já estivéssemos bem, quer dizer, nós fizemos as pazes não?
- Eu não quis dizer isso... - Ele a encarou sério, permaneceu calada - Hoje, está sendo, com certeza a semana mais estranha que eu já passei... A banda, o fim do namoro com a Giovanna e na festa... Quando eu vi o beijo, eu não sei...
- Onde você quer chegar com isso? - o encarou, tomando coragem para falar.
- Eu não quero só amizade, eu percebi isso hoje, quando eu te vi com o James, fiquei louco de ciúmes, eu fui um idiota de não ter percebido isso antes, mesmo com a Giovanna, eu... - Tom agora se aproximara da porta, onde ela se encontrava parada - Eu gosto de você.
Os dois ficaram se encarando, Tom se inclinou um pouco então finalmente os dois se beijaram, seus lábios se tocaram e o beijo foi lento, mas ao mesmo tempo repleto de vontade. Ele passou os braços pela cintura de que fazia carinho em sua nuca, nunca pensou que pudesse estar tão feliz. A garota também pensava a mesma coisa, não só nisso, lembrou de James, mas naquele momento ele não importava, ela precisava ressaltar, Tom beijava bem melhor que ele.
Capítulo 10
Danny olhou mais uma vez para o relógio, já eram 8:15. Na verdade ele tinha chegado ao pub sete e meia, com medo de chegar depois de . Agora ele estava preocupado. Ela nunca se atrasava para nada! Será que tinha se esquecido? Ou não queria vê-lo depois do dia anterior? Ainda não tinha pedido nada e o gerente já começara a achar estranho. Danny tinha se arrumado para o café da manhã, queria impressionar . O tempo foi passando até que o relógio apitou, eram nove horas.
Os ingleses são famosos pela sua pontualidade e seguia a regra fielmente, mas pelo visto ela não queria vê-lo. Levantou-se do balcão e seguiu em direção à porta, distraído, antes que pudesse puxá-la alguém já o tinha feito, a porta bateu em sua testa em cheio. Ele cambaleou alguns passos para trás com as mãos no rosto, soltou um "Ai" meio alto fazendo com que todos do bar se virassem para ele.
- Desculpa!
A garota que tinha batido a porta na cabeça de Danny estava com a respiração ofegante e a expressão assustada ao ver o alvo que tinha atingido.
- Não, tudo bem - Danny voltou para a posição em que estava, massageando a testa.
- Danny?
- !
Danny tirou as mãos da testa, rápido demais, já que cambaleou segundos depois. Sorte que o segurou pela cintura.
- Desculpa, eu não te vi - Ela falou rapidamente fazendo com que ele sentasse em uma cadeira na mesa afastava do bar.
- Tudo bem - Ele falou vermelho evitando encará-la.
O garçom veio em direção à mesa em que eles estavam com um saco com gelo para Danny, já que ele presenciara toda a cena, mesmo com a cabeça doendo Danny recusou prontamente.
- Pode me dar - pegou o saco de gelo, o garçom se voltou para uma mesa da outra ponta do bar, deixando os dois sozinhos.
Danny olhava para o outro canto, com a cabeça virada, evitando olhar para . Ela colocou uma das mãos em seu rosto, voltando-o para si. Essa foi a primeira vez que eles tinham se encarado na manhã. O silêncio permaneceu por alguns segundos, enquanto ela colocava o gelo na testa de Danny, que agora estava vermelha, marcada pela porta.
- Desculpa - falou ao ver a expressão de dor de Danny ao sentir o gelo na pele - Tá doendo?
- Tá tudo bem... - Ele falou olhando na direção dela.
- Já estava de saída? - Ela perguntou com um sorriso fraco.
- Eu?... Er... Você tá meio atrasada...
- Desculpa. Eu fui dormir tarde, não ouvi o despertador.
- Eu também demorei pra dormir ontem... - Ele falou rapidamente sem pensar, o encarou com os olhos arregalados, rindo - Eu achei que eu tinha feito alguma coisa...
- Tipo o que? - Ela falou rindo.
- Não sei... - Agora a vermelhidão causada pela batida nem poderia ser percebida, todo o seu rosto estava vermelho.
- Você não fez nada, quer dizer, fez, na verdade, quem fez foi eu... - começou a rir, não agüentou.
- O que você quis dizer com isso? - Ele perguntou encarando-a, rindo.
- Nada, nada - Agora ela também estava vermelha - E o nosso jantar? Está de pé?
- Você tá querendo mudar de assunto!
- Eu não...
- Eu pensei em uma coisa... - Ele falou.
- Em que?
- Em vez de jantar, a gente podia sair pra ver um show ao ar livre que vai ter, fica só a algumas horas da cidade, eu te pego, é tipo um festival... Mas se você prefere o...
- Tá brincando? Eu adorei a idéia, vamos sim!
- Legal! Te pego às seis? Até chegar lá...
- Pode ser. Eu te espero então...
Eles permaneceram se encarando por algum tempo com sorrisos fracos, quando o garçom se aproximou da mesa fazendo com que os dois se afastassem.
- Vocês aceitam alguma coisa?
- Um suco de abacaxi com hortelã - respondeu virando-se para o garçom.
- O mesmo - Disse Danny.
O garçom seguiu com os pedidos, deixando a mesa em silêncio. Danny encarava a mesa e o chão.
- ... - Danny começou fazendo com que virasse rapidamente - Er... Só pra te falar que... Eu gostei muito do nosso encontro ontem...
- Aquilo foi um encontro? - Ela perguntou rindo.
- Claro! - Ele falou rapidamente.
- O que você levou em consideração para dizer que aquilo foi um encontro?
- O beijo - Ele falou rapidamente, deu um sorriso, vermelha.
- Você tem que aprender mais sobre encontros então... - Ela falou tentando mudar de assunto.
- Como assim? - Ele perguntou preocupado.
- Tô brincando, eu adorei também. Hoje vai ser melhor ainda.
- Só pra te avisar... - Ele continuou tomando fôlego.
- Ham...
- Como ontem foi o nosso primeiro encontro e bem, nós nos beijamos, eu acho que como esse é o segundo e mais tarde nós teremos um terceiro... Nós devemos nos beijar em todos - Ele se aproximou o rosto um pouco - Só pra seguir a tradição.
- Você é bem espertinho, hein? - lhe lançou um sorriso.
- E o que tem demais nisso? - Ele perguntou, passando as mãos pelo ombro de .
- Nada demais.
se inclinou um pouco, os dois se encararam por alguns segundos, até não agüentarem mais, eles se beijaram, como se não tivesse ninguém ao seu redor, estavam apenas os dois e mais ninguém. Não ouviram nem o garçom trazer as bebidas e deixá-las sobre a mesa, a única coisa em que poderiam pensar era que a noite seria melhor ainda.
acordou tarde no domingo. A festa do dia anterior tinha acabado com ela. Rolou na cama de e olhou pela janela. O dia estava nublado. Passou o olho pelo quarto e não viu nem sinal da amiga. Estava muito curiosa para saber o que tinha acontecido no dia anterior com o Tom, mas a preguiça e o sono a impediam. Permaneceu deitada encarando as cortinas mal fechadas, ficou de olhos fechados e única imagem veio em sua mente foi o sorriso convencido de Dougie ao terminar o beijo na frente do prédio, isso lhe deixava irritada, como é que alguém podia ser tão implicante e lindo? levou as mãos ao rosto tentando esconder o sorriso que desabrochava de seus lábios ao lembrar daquilo. Tornou a virar para o outro lado da cama, colocando os lençóis sobre o rosto, quando ouviu a porta do quarto escancarar.
- Bom dia! - entrou no quarto com um sorriso enorme, se jogando ao lado de que ainda escondia o rosto - Fiz o café da manhã!
Ao ver que não respondeu continuou:
- Na verdade, já são onze horas, quase o almoço, mas quem se importa? Eu fiz uns brownies com gotas de chocolate, tem chá e leite e... Biscoito.
- Você 'tá bem animadinha hoje, hein? - Respondeu com a voz sonolenta.
não respondeu, apenas gargalhou. tirou as cobertas do rosto, encarando a amiga.
- Você ficou com ele!
só acenou efusivamente com a cabeça, tinha um sorriso enorme, de ponta a ponta. As duas soltaram um gritinho juntas e se abraçaram apertado.
- Caraca é mesmo, você 'tá até com o perfume dele impregnado em você - Brincou , sentando-se na cama.
- Idiota - bateu na cabeça de .
- Como foi, como foi? - tinha os olhos saltados.
- Ai, foi... Perfeito , ele é muito fofo, o que ele falou e fez - começou a ficar vermelha enquanto ia falando - Eu quase não consegui dormir, pensando nisso.
- Sim, isso é muito superficial. Eu quero detalhes!
começou a contar toda a história da noite anterior nos mínimos detalhes. A conversa na porta da festa, a carona para casa, o chá, a saída e a volta.
- E depois que ele falou tudo isso pra você ele te beijou? - Perguntou que não deixara um assunto de fora.
- Foi...
- Mas ele te beijou?
- Foi, ele que deu o primeiro passo.
- E depois?
- Como assim? - estava muito vermelha e tentava não encarar .
- Ele só te beijou uma vez e foi embora? - fez um bico.
- Não... A gente ficou conversando lá fora, no corredor, ficamos lá um tempo - Ao ver que ia interrompê-la continuou – Não , não foi só um beijo! Foram muitos – a menina falou suspirando.
- Já entendi de onde vem todo esse seu bom humor.
- É... Mas e você? Como chegou aqui ontem?
- Nem me fale nisso - Falou com irônia.
- Por quê?
contou toda a história e como não dispensou os detalhes.
- E você nem gostou, né? - falou entre risinhos.
- Do que?
- Er... De o Dougie ter te beijado?
- Eu não gostei. Foi nojento! - Respondeu orgulhosa.
- Caraca, você não sabe mentir, pode falar, você amou o beijo, Mrs. Poynter.
- Eu não... Ele é um metido, idiota, nojento, boçal... Mas é gostoso, lindo, gato e o beijo dele... Ai... O beijo... - não agüentou, teve que contar a verdade, pelo menos para que ria enquanto tudo era relatado.
Capítulo 11
tinha saído para fazer as compras do mês no supermercado e decidiu ficar em casa para cozinhar alguma coisa para que elas comessem no almoço.
abriu a geladeira olhando para ver os possíveis ingredientes que poderia usar. A campainha tocou e ela seguiu em direção a sala. Provavelmente tinha esquecido o dinheiro, isso era bem típico dela. Nem olhou pelo olho mágico, abriu a porta e se deparou com Tom que esperava do lado de fora encostado na parede.
- Tom! - Ela falou com um sorriso no rosto.
Ele se aproximou da porta e a cumprimentou com um abraço forte, ela retribuiu.
- Entra. Eu estava começando a fazer o almoço - fechou a porta e foi em direção a cozinha, Tom a seguiu.
- Almoço? Eu acho que você 'tá meio atrasada... Já são duas horas da tarde.
- É que nós acordamos onze horas, então o almoço virou café da manhã e o lanche virou almoço.
- Saquei... Quer ajuda? - Ele perguntou ficando ao lado dela.
- Desde quando você sabe cozinhar? - Ela encarou-o, curiosa.
- Eu sei fazer uns truques. Deixa eu te ajudar, assim eu fico aqui pro lanche-almoço de vocês.
- Ótimo! O que você sabe fazer?
- Macarrão com queijo.
e Tom se colocaram lado a lado. Ela pegou o macarrão e ele o queijo na geladeira. Enquanto o macarrão cozinhava, eles sentaram na bancada que dividia a cozinha da sala. Era estranho pensar que ontem eles estavam na porta se agarrando e agora estavam apenas conversando como bons e velhos amigos fazem. Os dois pensavam a mesma coisa. A noite passada era um assunto delicado para ser mencionado. Nenhum deles tinha coragem ou argumentos para falar qualquer coisa a respeito. Mas ainda assim assunto não faltou no tempo em que eles ficaram sentados.
- Ei ...
- Oi.
- Hoje à noite, bom vai ter aquele festival, Glastonburry, sabe?
- Sei sim. Várias bandas vão tocar... Meu Deus, vocês vão tocar lá? - Ela perguntou espantada.
- Infelizmente não. Na verdade eu estava querendo ir com você... - Ele falou vermelho.
- Claro! Eu quero muito ir.
- O Razorlight vai tocar - Tom falou rápido para acabar com a vermelhidão do rosto.
- Caraca, eu tenho o CD deles que você me deu - se levantou e foi em direção à estante onde estava a tevê. Logo a baixo estava o som. Ela ligou-o e o CD começou a tocar.
- Eles são muito bons. Então está combinado?
- Está sim.
- O Danny e a também vão. Ele falou que ia chamá-la.
- Pelo visto aqueles dois vão ficar juntos de uma vez agora - deu um sorriso e Tom retribuiu.
- O Harry e o Dougie também vão.
- Sorte que eu tenho você pra me acompanhar. Eu ia ficar muito sozinha lá.
- Na verdade o festival já vai começar agora, mas o Razorlight só vai tocar à noite.
- Eu estou indo por causa deles. Que lindo Tom, vai ser o primeiro show deles que nós vamos juntos.
- Mal posso esperar... - Ele lançou um olhar para que ela não soube distinguir o significado, mas definitivamente era muito bom.
chegou ao supermercado e pegou o carrinho. O local estava quase deserto. A não ser por algumas pessoas que terminavam de fazer as compras do mês. Ela decidiu então começar pelo corredor de sucos, já que era uma das coisas que mais gostava de tomar.
Ao passar o olho pela prateleira não viu nada que fosse light e como ela e estavam decididas a perder alguns quilinhos, resolveu olhar mais de perto. A única coisa que encontrou foi um suco de uva light, nojento. Ela odiava qualquer coisa que tivesse uva no meio. Ela olhou atrás e falou em voz alta:
- Que absurdo! Não tem nada de light! Que tipo de supermercado é esse? - continuou andando batendo os pés quando fora interrompida por uma garota magra e de pouca expressão.
- Senhora, ali naquela prateleira, nós temos sucos lights - A garota apontou para uma enorme prateleira, com sucos de vários sabores e diferentes marcas, mas o que todos tinham em comum? Eram lights.
olhou boquiaberta para a prateleira e voltou a olhar para a menina, com um riso mais sem graça do mundo.
- Ah é né, hehe, então eu vou lá pegar... Obrigada... Err... - Ela olhou em direção ao nome bordado na camiseta da garota - R-Ruby...
foi caminhando empolgada e o mais rápido que conseguiu, tentando evitar o olhar espantado da garota, até que seu carrinho atropelou alguém.
- Meu Deus, me desculpa! - Ela disse desesperada.
- Sem problemas, eu 'to be... - O garoto levantou o rosto e riu.
- Ah, você... - fez uma careta - Não acredito! Você me persegue!
- Ei, supermercado é público - Respondeu Dougie, ainda rindo.
- Claro. Agora você pode dar licença que eu ainda tenho um monte de coisa pra comprar.
- Fazendo a compra do mês? - Dougie agora andava ao lado dela enquanto ela colocava várias barras lights de cereal no carrinho.
- É, digamos que sim - riu.
- Se eu morasse na sua casa morreria de fome - Ele falou tirando uma barrinha junto com um iogurte light de dentro do carrinho - Isso não sustenta ninguém.
- Mas eu preciso manter a forma! Não posso comer porcaria...
- Você 'tá precisando mesmo - Ele falou olhando-a dos pés à cabeça.
- Sério? - o olhou, espantada.
- Não.
- Ai que alívi... Dougie tira isso daí! - não sabia se ria ou ficava com raiva. Dougie acabara de jogar uma caixa de hambúrguer congelado dentro do carro e tinha nas mãos uma pizza de tamanho gigante.
- Você vai gostar, eu juro.
não queria as comidas congeladas de jeito nenhum. Pegou o carrinho e saiu correndo pelo meio do supermercado. E logo atrás dela Dougie vinha na mesma velocidade, segurando duas pizzas de mussarela e um a garrafa de Coca Cola. Ela entrou no corredor de bolachas, passou correndo por um casal de idosos e ao atravessar mais dois corredores, chegou ao caixa. Enquanto ela esbanjava um sorriso triunfante Dougie apareceu logo em seguida, com uma expressão cansada no rosto, mas não se deixou abater.
- Sou persistente - Ele jogou o que tinha em mãos dentro do carrinho - Consigo o que quero.
- Você é muito é chato, isso sim - Ela tirou as coisas lights e colocou sobre o balcão.
- Você esqueceu isso aqui - Dougie colocou tudo que sobrou no carrinho ao lado das compras de .
- Dougie, eu não vou levar isso! - Ela empurrou as comprar dele.
- Porque não?
- Hello! Porque isso engorda?
- Nada a ver isso, não adianta ficar a vida inteira comendo folha!
- Isso não é folha! Eu sei fazer uma salada gostosa! - Ela falou emburrada.
- Vocês vão levar ou não? - Disse a mulher do caixa impaciente.
Os dois olharam para a mulher e continuou:
- 'Ta, 'ta, Dougie, então paga essa parte.
Os dois dividiram a conta e foram andando. Dougie carregava a maioria das sacolas. A rua estava deserta e a temperatura baixa como sempre. Enquanto caminhavam faziam de tudo para não deixar acabar o assunto, evitando cair na conversa do dia anterior, do beijo, de tudo que havia acontecido, afinal, tudo foi tão rápido, tão bom. Dougie tirava graça de tudo que via na rua e contava piadas sem graça. A cabeça de estava a mil, ela não conseguia parar de pensar no que a estaria fazendo com Tom e também não conseguia pensar em como fazer com Dougie, como agir ou reagir, era difícil, ela estava agoniada.
Tom terminou o macarrão com queijo e nesse meio tempo ligou para o celular de avisando que não almoçaria em casa e sem dar mais detalhes desligou o telefone, antes que pudesse ser bombardeada de perguntas que seriam feitas pela amiga.
- A não vem almoçar - voltou à cozinha e ficou ao lado de Tom que mexia a panela de macarrão.
- Então, só nós dois? - Ele perguntou desligando o fogão.
- É o que parece.
- Eu já acabei aqui.
- Tive uma idéia, vamos comer na sala - Ela pegou dois pratos e entregou a Tom.
Tom e sentaram-se no chão da sala colocando as latinhas de coca-cola em cima da mesa de centro, com os pratos no colo, deram a primeira garfada no macarrão.
- Então? O que achou?
- Tom, está muito bom! - abriu um sorriso enorme dando mais uma garfada no macarrão.
e Tom comeram todo o prato de macarrão, saíram da sala e foram levar a louça suja para a cozinha, começaram a lavar tudo e de vez enquanto eles lançavam olhares com o canto do olho.
- Ei Tom, sabe que filme eu comprei?
- Qual?
- De volta para o futuro.
- Sério? Vamos ver depois que acabarmos com isso aqui? - Ele perguntou indicando com a cabeça os pratos.
Eles seguiram para o quarto de . Não era a primeira vez que ele entrava ali, na verdade, eles quase sempre viam filmes no quarto dela, mas agora a situação era diferente, eles tinham se beijado no dia anterior. Tom não deixou transparecer o seu desconforto ao deitar na cama. também sentia o mesmo, mas tentou não encará-lo depois de deitar ao seu lado.
O filme começou e os dois permaneceram em silêncio e começou a ficar sonolenta, Tom ao perceber isso falou:
- Você tá achando o filme tão ruim assim?
- Não, é que eu 'to com sono.
- Quer deitar no meu ombro?
- Claro - Ela respondeu sorrindo.
Tom abriu o braço e se aproximou, deixando uma das mãos sobre o peito dele. Ele também fez o mesmo, com o braço que tinha aberto a abraçou pela cintura. Após alguns minutos acabou dormindo, mas Tom continuou vendo o filme.
- ?
O filme tinha acabado há alguns minutos e como não tinha se mexido Tom resolveu acordá-la.
- ? - Tom falou no seu ouvido rindo.
- O-oi.
- O filme já acabou...
- Já? - virou a cabeça na direção de Tom e eles deram um leve sorriso - Eu gostei do filme.
- Você nem viu o filme.
- Eu vi sim!... O começo ao menos... Eu juro que da próxima vez eu vejo tudo.
- E da próxima vez eu faço um prato melhor, eu juro.
- Amei o seu macarrão, bem melhor que o da , ela não tem muito talento sabe?
- Eu acho melhor eu ir, a noite ainda tem o show.
- Ah não! Fica aqui, seu ombro é o melhor travesseiro que existe. Eu 'to morrendo de sono... - olhou para Tom com um olhar pidão e ele cedeu.
- 'Ta bom, eu fico, mas eu preciso de alguém pra conversar... E você só quer dormir...
- Eu só vou fechar o olho rapidinho, juro - abaixou o rosto fechando os olhos.
- Eu acho que eu vou ter que te impedir de fazer isso...
- Como? Posso saber? - voltou o rosto para Tom que sorria.
- Assim - Tom aproximou o rosto e a cena do dia anterior se repetiu. Eles se beijavam suavemente, enquanto ele passava a mão sobre a cintura de .
Eles permaneceram ali abraçados na cama até serem interrompidos pelo celular de Tom. Já eram quatro horas da tarde e ele tinha que se encontrar com Danny em sua casa.
- Já falei: não me importo de comer salada. Mas só hoje! - Disse Dougie enquanto atravessavam a rua.
- Tudo bem, eu almoço com você - agora ria - Vai ser nosso lanche, mas tudo bem.
Do outro lado da rua tinha um restaurante que já tinha recomendado à amiga, dizendo que a salada era divina. Eles entraram no restaurante. No lugar predominava uma cor neutra, em vários tons de verde e bege, com várias mesas de madeira espalhadas. Sentaram-se em uma mesa de canto, ao lado da grande janela que havia na lateral. Era um lugar simples e aconchegante. Havia uma televisão ligada perto do balcão, onde passava um jogo de futebol e umas dez pessoas assistiam concentradas. Fora a turma que via o jogo, haviam mais duas mesas ocupadas.
pediu a mesma coisa para os dois, já que Dougie prometera comer a tal salada. Ficou com medo que ele mudasse de idéia em cima da hora. A salada chegou e logo depois as bebidas.
- Pode cortar isso aqui? - Ele perguntou apontando a faca para o prato, com uma careta.
- Dougie, não se corta alface - tremia de rir enquanto o garoto olhava com uma cara não muito satisfeita para o prato. Colocou um pouco de brócolis com cenoura, fez uma cara de nojo enquanto esperava na expectativa. Dougie pegou o guardanapo e limpou a boca.
- Podemos partir para as sobremesas, né? - Ele falou empurrando o prato - Garçom!
- Dooug! - pediu fazendo cara de coitada - Você prometeu!
- Tudo bem tudo bem, traz duas saladas então!
- Não, não. Se você não quer comer, pede um hambúrguer - falou olhando-o vencida.
- Obrigado! - Ele falou com um sorriso enorme.
Após alguns minutos, o hambúrguer tinha chegado na mesa e sumido, Dougie o devorou em pouco tempo.
- Pronto! - Ele bateu na mesa assustando - Acabei.
- E eu ainda não terminei minha salada.
- Pô, você demora um ano pra comer...
- Sim, eu estou degustando a comida e não empurrando!
Dougie e ela se encararam rindo e ele falou:
- Ei, ainda bem que eu te encontrei.
- Porque você diz isso?
- Hoje, vai ter um festival...
- Glastonbury? - Ela perguntou animada.
- Esse mesmo! O Tom me falou que vai todo mundo, então eu queria ir com você...
- Ah, que ótimo, eu 'to doida pra ir.
- Te pego às seis então.
- Perfeito.
Dougie e ficaram conversando por mais algumas horas. Era realmente divertido passar o tempo juntos. Depois disso ele a deixou em casa, junto com as compras.
- Dude, até que enfim, achei que você não vinha... - Danny estava encostado no carro na frente da casa de Tom, a sua espera.
- Foi mal cara. Perdi a hora... - Tom seguiu em direção à porta da casa, pegando as chaves do bolso direito.
- E eu achando que você já estava chegando... Abre logo essa porta que eu 'to congelando - Tom abriu a porta, deixando que Danny entrasse primeiro.
A casa era grande considerando o fato de que Tom era o único morador do local. Tinha dois andares. No térreo tinha a cozinha, um lavabo e a sala, no andar de cima, dois quartos e um banheiro. A casa ainda estava cheia de caixas já que Tom tinha se mudado da casa dos pais há apenas alguns meses.
- É bom esse seu atraso ter valido a pena - Danny se jogou no sofá pegando o controle, ligando a tevê.
- Digamos que valeu... - Tom entrou na cozinha procurando alguma coisa para comer, pegou uma maçã na geladeira e voltou para a sala.
- Pára com todo esse mistério e me fala onde você estava...
- Na casa da ... - Tom evitou olhar para Danny, então deu uma mordida na maçã que tinha nas mãos.
- Fazendo o que? - Danny não deu muita atenção para o que Tom disse, continuou mudando de canal continuamente.
- Vendo um filme...
- Ham, dude, eu não sei como você consegue!
- O que?
- Você sabe... A , quer dizer, ela é bonita e vocês dois são amigos, você vive na casa dela, se dão bem até demais, não sei como ainda não aconteceu nada entre vocês.
- É... - Tom deu uma grande mordida na maçã.
- Você nunca pensou em ficar com ela?
- Eu tinha namorada, Danny...
- Ah é, tinha até me esquecido, mas de qualquer jeito, nunca te deu vontade?
- Ah, sei lá... - Tom não sabia o que responder. Ele deveria ou não falar para Danny o que tinha acontecido no dia anterior e hoje pouco antes de se encontrarem? - Mas, por falar em amigos, e você e a , quando é que você vai tomar coragem, hein?
Danny soltou uma gargalhada e sentou-se no sofá encarando Tom com um sorriso enorme.
- Dude, eu me esqueci de te falar. No dia da festa do Busted, eu tomei coragem, quer dizer, nós dois meio que... Ela... Que seja! A gente ficou.
- Sério? Até que enfim, achei que não ia acontecer nunca.
- Acho que agora vai dar tudo certo, hoje a gente se viu e vamos pro Glastonbury juntos, vai ser muito bom... Sabe, eu estive pensando... Você acha que eu estaria me antecipando muito se... - Danny pigarreou um pouco, mas antes que pudesse continuar Tom interveio.
- A pedisse em namoro? - Tom deu soltou uma pequena risada - Danny, você não está antecipando nada não! Você está mais do que atrasado.
- Mas e se ela disser não?
- Então fala pra vocês continuarem saindo até ela querer namorar você.
- Vou fazer isso mesmo, valeu dude, sabia que podia contar com você.
- Que isso, amigos servem pra isso. Danny...?
- Oi!
- Tenho que te falar uma coisa...
- Fala - Danny voltou à atenção para a tevê e passava os canais rapidamente, ele podia falar pra caramba, mas quando se tratava de ouvir os outros, era péssimo!
- Eu... Fiquei com a ... - Tom falou tão rápido que Danny demorou alguns segundos para assimilar as palavras.
- O QUÊ? - Ele levantou do sofá e encarou Tom perplexo - 'Ta falando sério? Quando?
- No mesmo dia que você e a , hoje, a causa do atraso foi isso...
- Caralho! Que onda, dude.
- Eu 'to gostando de ficar com ela...
- E quem não gostaria? - Os dois deram uma gargalhada e Danny continuou - Mas, você 'ta gostando?
- Eu 'to. Mas é meio estranho. Nós éramos... Quer dizer SOMOS melhores amigos e agora a gente 'tá ficando. Eu tenho medo de estragar isso.
- Tom, agora é minha vez de te aconselhar...
- Lá vem merda.
- Cala a boca e escuta. Você tem que escolher: ou fica sendo só amigo ou pega mesmo, se eu fosse você, continuaria ficando com ela. Quer dizer, vocês estão se curtindo. Não vai matar ninguém continuar do jeito que tá.
- É... Eu acho que vou fazer isso. Porque Danny... Eu 'tô... Gostando dela, eu falei isso...
- Você está mesmo?
- 'Tô, eu acabei de falar que tava.
- Saquei, saquei. Então continua ficando, se der em alguma coisa deu, senão, volta a ser só amizade 'pô.
- Boa... - Tom olhou rapidamente o relógio, eram quase cinco horas da tarde – Ei, Romeu, já são quase cinco horas. É melhor você correr pra sua casa e se arrumar porque eu combinei de pegar a às seis horas. Os britânicos são famosos pela pontualidade sabia? A deve estar esperando que você chegue no horário
Danny soltou um palavrão ao olhar o relógio e correu para o carro, deixando Tom sozinho. Este seguiu para o quarto, tinha que tomar um banho.
Capítulo 12
Os carros seguiam em linha reta um atrás do outro. Iam a uma velocidade razoável e já começava a escurecer. O caminho estava tranqüilo, mas de vez em quando passavam alguns carros buzinando ou em alta velocidade com poucas pessoas ou muitas.
O festival estava mexendo com os ânimos de todos os ingleses, muitos tinham acampado durante todo o final de semana e se preparavam para ir embora.
Nos quatro carros, estavam os membros do McFly, a mais nova banda pop do momento. Tá, eles ainda não tinham sido lançados, mas eles já eram uma banda. No banco do passageiro cada um deles estava acompanhado por uma garota.
Danny e durante o caminho tiveram uma longa conversa sobre o futuro da banda afinal de contas, eles conseguiram aos poucos se soltar e agora estavam mais confortáveis na presença um do outro.
Tom e seguiram o caminho animadamente, para alguns poderia parecer estranho, mas mesmo depois de terem ficado e tudo o mais, ainda conseguiam ter a relação mais amigável que alguém já poderia ter tido. Ela tinha levado a sua máquina digital e em alguns trechos mais calmos da estrada eles faziam poses para fotos.
Dougie e cantaram durante todo o caminho, todas as músicas possíveis e imagináveis do mundo pop. Principalmente Jesse McCartney. Dougie tinha gravado um CD e deu de presente para . Nele tinha escrito "O melhor do mundo pop" com alguns coraçõezinhos do lado.
Harry e se divertiram a sua maneira, ele fazia piada de tudo e ela por sua vez, dava respostas mal criadas, mesmo assim não deixou de ser divertido. Ela conseguiu tirar boas fotos durante o caminho, enquanto fazia isso, Harry a observava e sempre dava alguma opinião que a deixava irritada, porém no final das contas os dois começavam a rir.
Todos os carros chegaram a um grande estacionamento, após alguns minutos todos já estavam estacionados.
Os primeiros a se encontrar foram Danny e com Tom e .
Ao avistar de longe, deu um pequeno riso. A amiga realmente se vestia muito bem mas quando se tratava de escolher roupas para certas ocasiões ela era péssima. Ela usava uma roupa arrumada, uma bata com o ombro caído verde musgo, uma calça colada e um sapato de salto um pouco alto, sem contar com o brinco brilhoso que usava apenas em uma orelha. Era estranho ver e Danny assim, um ao lado do outro. Ele estava estiloso como sempre. A calça caída, a camiseta xadrez com um blazer por cima o deixavam mais charmoso ainda, o cabelo liso estava caído no rosto.
Como os casais eram diferentes. olhou para Tom, ele também tinha o seu charme, aquela covinha... Ai a covinha! Estava com uma camisa pólo rosa e uma calça jeans caída. Ele e Danny tinham uma coisa em comum, o estilo. puxou os cabelos para trás, em um rabo de cavalo alto, usava uma bata verde água, com uma jaqueta de couro marrom por cima, de resto era uma calça e uma sapatilha.
- O que foi? - Perguntou desconfiada ao ver o olhar divertido da amiga caindo sobre ela.
- , a gente tá indo pra um show de rock, em um lugar aberto, não é em um pub não - deu um riso enquanto abraçava a amiga, que logo depois cumprimentou Tom.
Após todos os cumprimentos finalmente falou:
- Por quê? Tá feia a roupa?
- Não! Imagina! É só que você podia ter aliviado um pouco.
- Eu gostei, tem estilo - Disse Tom rindo dando uma piscada para .
- Ai gente, vocês me confundem - fez uma cara desolada olhando para Danny, enquanto os outros dois riam - Tá tão ruim assim?
- , você tá linda - Danny passou o braço pelo ombro de dela, apertando um pouco - Está perfeita.
- Sério? - Ela perguntou com os olhos brilhando, encarando aqueles globos azuis.
- Nunca falei tão sério.
- Obrigada - ficou nas pontas dos pés e deu um beijo no rosto de Danny deixando-o vermelho. e Tom perceberam, mas resolveram não comentar nada. Apenas se viraram e continuaram caminhando em direção a multidão.
- Ei, espera a gente!
Os quatros se voltaram e se depararam com e Dougie andando em sua direção, um pouco afobados. A cena era cômica! Dougie vinha sendo arrastado por pela mão, enquanto ela falava algo do tipo "deixa de ser mole e anda mais rápido" ou "Anda logo Dougie, o pessoal tá esperando a gente". Ela estava com um moletom da Puma azul claro, calça jeans e tênis, os cabelos estavam em seu rosto, jogados pelo vento frio que passava de tempo em tempo. Dougie estava no mesmo estilo. Trazia um moletom vermelho na mão, usava uma bermuda jeans larga, uma blusa branca com detalhes em vermelho, um tênis enorme e uma touca.
Todos riram da situação até que eles tivessem chegado ao grupo, que continuou em direção a bilheteria do festival.
O grupo todo avistou de longe um casal que discutia na porta da bilheteria deixando todos da fila indignados.
- , vamos comprar logo e entrar.
- Harry, a gente tem que esperar o pessoal - Ela disse mal-humorada.
- Sim, a gente não nasceu grudado não, vamos comprar logo o nosso!
- Vocês vão comprar ou não? - Perguntou o vendedor do outro lado da pequena cabine.
- Não! - falou rapidamente.
- Sim! - Harry a encarou levantando a sobrancelha.
- Vamos esperar os out... - Antes que pudesse continuar um homem da fila, todo tatuado e com cara de poucos amigos a cutucou grosseiramente.
- Ei garota! Vai logo, a gente quer entrar também. Fuck off!
- Ei cara não fala com ela assim não - Harry entrou na frente de que até aquele momento estava paralisada.
- Ela fica fazendo merda e depois não agüenta, a gente tem mais o que fazer - Disse o homem se aproximando de Harry - Eu falo com ela do jeito que eu quiser.
- Harry, por favor, deixa pra lá, vem vamos embora - pegou Harry pelo braço tentando tirá-lo dali, mas ele a segurou pela mão e ficou ali parado.
- Você não vai falar com ela desse jeito não! Pelo menos não na minha frente - Harry colocou o corpo para frente encarando o homem.
- Se não você vai fazer o que?
- HAAARRY!
Danny tinha vindo correndo e chegou a tempo de impedir a briga que poderia ter acontecido. Ele se colocou no meio dos dois com o sorriso mais cara de pau do mundo e continuou.
- Ainda bem que você nos esperou! Vem dude, vamos comprar logo os ingressos - Danny segurou Harry pelo braço e eles se voltaram para o pequena bilheteria. Compraram todos os ingressos, quando voltaram para o grupo, estava rodeada pelas amigas que tentavam animá-la.
- Tá tudo bem gente - Disse Danny calmamente - Nada melhor do que isso pra começar bem o dia.
- Você é louco?! - veio até Danny preocupada.
- , com Danny não há problema.
- É não tem problema não. É o desastre mesmo - Disse Harry fazendo com que todos rissem.
Eles continuaram a caminhar até a entrada, deixando Harry e para trás.
- Tudo bem com você? - Ele perguntou colocando as mãos no ombro de .
- Tá sim, graças a você... - Ela falou olhando para ele.
- Eu não podia deixar que ele falasse com você daquele jeito...
- Obrigada, você tem sido muito legal comigo...
- Sem problemas e se você me permite, quer dizer me der essa honra - Ele se curvou um pouco - Eu gostaria de ser seu escudeiro hoje e não deixarei que nada aconteça com você.
- Eu acho que vou aceitar - Ela respondeu rindo - A sorte não está do meu lado hoje.
- O pessoal tá esperando a gente - Harry apontou para o grupo que agora entrava no festival.
- Vamos.
Os quatro casais entraram e se depararam com milhares de pessoas, várias delas já bêbadas dos dias anteriores. Muitas dançavam em volta de grandes fogueiras que construíram no meio do campo aberto. Outras estavam em duas barracas. Alguns comiam e compravam sanduíches dos vendedores ambulantes do local. No palco estava tocando Basement Jaxx. Todos estavam animados, a música era contagiante. Tom fez sinal para os outros, e todos se reuniram em uma roda.
- Pessoal, eu e a vamos pra perto do palco, ver se nós falamos com os caras do Razorlight - Gritou Tom.
- Tudo bem. Eu quero ficar aqui atrás - Disse .
- Eu vou ficar com a - Falou Harry prontamente.
- Faz assim dude: dá um toque no meu celular. Pelo visto todo mundo vai se separar mesmo - Falou Danny tentando colocar ordem na situação.
- Eu quero ir pra perto do palco. Ali pra direita - Falou apontando.
- Eu também. Bate! - Disse animada enquanto batia nas mãos de .
- Então, eu e a vamos ficar por aqui mesmo, a gente se encontra depois então - Disse Harry dando um aceno com a cabeça.
- A gente se vê mais tarde dude - Disse Dougie pegando a mão de e sumindo no meio da multidão, Danny seguiu o exemplo do amigo e seguiu junto com .
- Até mais Harry - Tom passou o braço pelo ombro de guiando-a em direção ao palco.
- Ai Dougie, aqui tá lotado de gente! - Reclamou tentando se desviar de uma lata de cerveja jogada para cima.
- Nossa , você só foi notar isso agora? - Perguntou Dougie do modo mais sarcástico que conseguiu, fingindo espanto.
- Idiota - Ela deu um riso batendo na cabeça de Dougie.
- Ai gente, aqui tá bom, eu to conseguindo ver o palco - falou ficando na ponta dos pés.
- Tá conseguindo ver? - Perguntou Danny preocupado - A gente pode andar mais um pouco.
- você tinha que ter vindo com uma plataforma, baixinha desse jeito o máximo que você pode ver do palco é... Nada. - Falou rindo.
- Ah gente, eu não tenho culpa de ter nascido assim - fez um bico olhando pra baixo.
- , a gente veio aqui pra ouvir a música, não tem problema, aqui tá ótimo - Disse Danny dando apoio.
- Ah dude, a gente vai mais pra frente, quero ver o Coldplay tocar de perto - Falou Dougie.
- É... Quando o gostoso do Chris Martin aparecer, eu vou levantar minha blusa pra ele. Vai cair durinho ali - cochichou para , para que só ela ouvisse, o problema é que nesse momento, a música do Basement Jaxx já tinha terminado e o silêncio predominou o local até que outra música começasse. Danny e Dougie olharam para com os olhos arregalados e teve um ataque de risos.
- Gente, eu não quis dizer isso, o cair duro, foi no bom sentido... Quer dizer... - ia ficando cada vez mais vermelha e Danny começou a rir de toda a situação junto com Dougie - Eu não vou levantar minha blusa pra ele! Eu tava brincando!
- Sei, sei. Doidinha pelo Chris Martin - Falou Dougie entre risos - Vamos logo, eu não quero perder o seu show pra ele.
- Te lasca Dougie, eu não vou fazer isso, já disse, só vou ver o show - Disse se recompondo.
- Tá bom. Vamos logo então - Dougie pegou pela mão e eles seguiram em frente, deixando Danny e sozinhos.
- Se você quiser, , pode se apoiar no meu pé eu te seguro - Disse Danny.
- Ah tá, rapidinho então, só pra dizer que eu vi alguma coisa.
Danny abraçou por trás, ao fazer isso ela se arrepiou, dos pés a cabeça e abriu um sorriso enorme. Apoiou os pés nos de Danny e ficou alguns centímetros mais alta, assim conseguiu ver por alguns segundos o palco.
- Legal, obrigada Danny - Ela falou rindo.
- Pode ficar aí o tempo que quiser, eu te seguro - Ele disse rindo.
- Não, não. Estou satisfeita, mas e você? - desceu dos pés de Danny e se virou para ele, agora estavam frente a frente.
- O que tem eu?
- Ah, você não quer ver o Coldplay de perto? Se você quiser a gente anda mais um pouquinho... - Ela falou preocupada.
- Que nada, a visão que eu tenho daqui é privilegiada.
- Privilegiada? Danny você não consegue ver nada daqui, mesmo pra você que é mais alto, fica difícil... E tudo por minha causa.
- Aqui eu tenho a melhor visão que alguém pode ter - Danny deu um sorriso ao ver que ainda não tinha entendido. Passou os braços pela sua cintura, deixando o corpo dela perto do seu - Você é a melhor visão que alguém pode ter.
deu um pequeno sorriso, levantou um pouco o rosto, suas bocas se encaixaram e não se deixaram mais, a música de fundo nem podia ser ouvida. Mesmo ali no meio de tanta gente eles conseguiam se sentir mais sozinhos que nunca.
e Tom estavam próximos ao palco, continuaram andando, se desviando das pessoas que paradas no meio do caminho.
- Tom, como nós vamos entrar no camarim? - Perguntou desconfiada.
- Eu consegui uma credencial - Tom enfiou a mão por dentro da blusa mostrando-a para .
Eles finalmente chegaram à porta dos camarins, quando foram barrados por um segurança. Ele era barbudo, grande e musculoso, ou seja, um armário.
- Desculpa, mas vocês não podem entrar.
- Mas eu tenho credencial - Tom mostrou para o segurança que a analisou.
- Tudo bem, pode entrar - Ele liberou o caminho para Tom passar, segurou a mão de Tom e seguiu em frente, mas o segurança impediu que ela entrasse.
- Só ele. Você tem credencial? - Ele perguntou desconfiado.
olhou para Tom, suplicando alguma resposta para o homem.
- Tudo bem, ela está comigo - Disse Tom rapidamente, segurando a mão de firmemente.
- Ela não pode entrar, sem credencial, nada de camarim.
- M-mas... - Tom olhou para tentando pensar em alguma coisa - Ela é minha namorada, isso é muito importante pra gente - Ele a abraçou pela cintura.
- Eu não tenho nada a ver com isso.
- É sério! Hoje nós fazemos um ano de namoro e ela estava fora, voltou semana passada pra Inglaterra, nós só queremos falar com o pessoal da Razorlight.
- Sinto muito, mas vocês vão ter que ficar fora.
- Tudo bem, deixe-os entrar - Disse o cara que fumava, bem na frente do camarim.
Era ninguém menos que Johnny Borrell, o vocalista do Razorlight. Tom abriu um sorriso para , ambos sabiam quem ele era. Agora estava tudo mais que perfeito. O segurança deixou que eles entrassem com a cara meio amarrada, ao ver passar por ele com um sorriso de ponta a ponta.
Eles ficaram ali fora, conversando com Johnny que foi super simpático, Tom contou sobre o McFly e contou de como gostava da banda, além de falarem sobre o festival. Depois de alguns minutos conversando, eles foram chamados para conhecer o resto da banda, enquanto tudo isso acontecia, o Coldplay entrava no palco, cantando "The Scientist".
estava meio sem rumo, eram tantas pessoas e tantas fotos tiradas uma atrás da outra que antes mesmo que ela desse conta só lhe restavam duas fotos.
- Droga - Ela falou analisando a máquina que tinha em mãos.
Harry ficara observando todo o trabalho e rindo das caretas que fazia a tudo que via pela frente. Ao mesmo tempo em que curtia o show que acabara de começar do Coldplay. Ao perceber que ela tinha parado e voltado a si, se aproximou com uma latinha de Coca-Cola na mão.
- O que foi? - Ele deu um gole no refrigerante despreocupado.
- Só tenho mais duas fotos - Ela respondeu com a voz fraca ainda olhando para a máquina.
- Você já gastou todos os filmes que você trouxe?
só concordou com a cabeça desanimada, o que fez com que Harry cuspisse todo o refrigerante que tinha na boca, caindo na gargalhada ao vê-la responder.
- Do que você tá rindo?
- Desculpa... - Ele disse tentando se controlar, enquanto continuava a rir - É que isso é uma coisa nova pra mim, te ver assim no fundo do poço, é novidade pra mim.
- Ri! Ri bastante da desgraça dos outros! - agora estava vermelha, irritada com as gargalhadas que Harry dava.
- Tá bom, tá bom, parei - Ele olhou para ela sério, pigarreou um pouco e manteve uma expressão calma no rosto.
- Mas é sério! Duas fotos é muito pouco, tudo pode acontecer aqui, no meio de tanta gente! Com duas fotos, eu não sou nada! - Ela falou desolada.
- , você tá exagerando, faz o seguinte: guarda a máquina e curte o show.
- Harry!
- A culpa é sua, deveria ter trazido mais filmes - Ele disse dando mais um gole.
- Você tá me deixando pior ainda, é sério! Não fala mais comigo.
- O quê? Eu só falei a verdade e além do mais, você tirou mil fotos desse povo bêbado aqui. Uma foto a menos ou a mais não vai fazer diferença. Agora por favor, curte o show.
parou para ver quem cantava, olhou para o telão do lado direito e só conseguiu ver o Chris Martin, ao prestar atenção na música, viu que ele cantava "Fix You". Essa música trazia muitas lembranças boas, mas depois as ruins. Os olhos dela se encheram de lágrimas. Ela respirou fundo e olhou para o chão, ainda bem, estava quase acabando.
- , vou comprar uns refrigerantes ali pra gente - Disse Harry em seu ouvido se afastando antes que ela pudesse responder.
Ela permaneceu ali, cantando a música em sua mente, "I will try, to fix you". Ela estava tão concentrada no que a música dizia que tudo a sua volta se tornara obscuro, até que ela fora "acordada" por uma mão pesada, que agora estava em volta da sua cintura.
- E aí belezinha?
Era um cara, mais ou menos da idade dela, tinha os cabelos loiros e espinhas no rosto, que estava escarlate, mas a princípio ela não soube destingir se era por causa das espinhas ou se pela bebida. Definitivamente pela bebida. O hálito de cerveja podia ser sentido de longe e agora bem ali frente a frente com ela, chegava a dar náuseas.
- Me solta! - Ela falou tentando se livrar das mãos que agarravam sua cintura.
- Ah que foi? Vamos curtir o show juntos, gatinha - Ele falou com a voz mais pegajosa do mundo.
- Eu já disse que não! ME SOLTA! - bateu contra o peito do homem, que agora estava encostado em seu rosto. Ele era realmente mais alto que ela.
e Dougie estavam bem próximos do palco. Conseguiam ver tudo, mas quanto mais perto chagavam, mais apertado e complicado se tornava ficar ali, pessoas empurrando as outras e algumas querendo chegar mais pra perto do palco.
O Colplay ainda tocava e cantava todas as músicas junto com eles. Dougie ficara olhando rindo nunca pensou que ela pudesse gostar tanto da banda.
estava empolgada. Levantava as mãos, cantava e bebia de vez em quando, mas eles não trocaram nenhuma palavra enquanto isso. Do lado direito de , começou um empurra empurra. Várias pessoas querendo vir mais para frente, afastando as outras. Uma menina teria caído em cima de , se não tivesse sido por Dougie. Ele a abraçou por trás e a puxou pra perto de si, olhando para todos os lados.
- Obrigada - Ela falou com a voz fraca.
- Sem problemas.
Eles permaneceram por alguns segundos daquele jeito, até que a música terminou, arrancando vários aplausos, colocou os braços para cima abaixando a touca de Dougie, ele só fez rir, enquanto ela abaixava mais, tapando sua visão.
- Ei Dougie, é melhor a gente continuar assim, nunca se sabe quando vai ter outra confusão aqui por perto... - Ela falou tranquilamente.
- Eu tô cego! - Dougie fingiu estar desesperado olhando para os lados - Eu tô cego!
- Duuh, lesão! - levantou de novo a touca, colocando-a de volta no lugar.
- Ah, agora tá tudo bem - Ele respondeu rindo, abraçando-a com mais força ainda.
- Vem, eu te dou um gole de cerveja e a gente conversa melhor - O homem começara a arrastar para perto da fogueira, onde estavam todos o seus amigos, bêbados também, claro - Fica aqui com a gente.
Agora, ele tentava segurar contra seu corpo de qualquer maneira, tentando beijá-la ainda por cima. Os amigos que estavam em volta da fogueira, não estavam nem aí. De qualquer maneira não adiantaria muita coisa. Bêbados e quem sabe drogados, do jeito que estavam não conseguiriam ajudá-la de qualquer maneira.
- Não! - tentou empurrar o rosto do garoto, mas ele era mais forte que ela.
- Ei cara, largue-a!
Ao ouvir essa voz, não conseguiu mais pensar em nada. Quando viu estava caída no chão e Harry já tinha dado um soco no cara que a agarrava pouco tempo antes. O garoto permaneceu no chão, provavelmente bêbado demais para tentar brigar ou qualquer coisa do tipo. Nem seus amigos saíram do lugar, ficaram apenas olhando rindo. Harry se voltou para dando-lhe a mão para que ela se levantasse.
- Desculpa o atraso - Ele falou com um sorriso no canto da boca.
não conseguiu dizer nada, ficou encarando Harry séria.
- Tá tudo bem com você? Ele fez algum...
- Não não, eu estou ótima.
- Que bom - Harry deu um risinho, olhando para a mão esquerda, a que tinha derrubado o cara, ela tinha uns pequenos cortes e começara a ficar vermelha.
- Meu Deus, Harry - pegou a mão dele olhando - É melhor colocar gelo nisso.
- Que nada. Não foi nad...
- Tudo culpa minha, desculpa, pelo visto a minha "sorte" está passando pra você - Ela falou ainda examinando a mão de Harry.
- , eu tô bem sério, não fui eu que quase foi agarrado - Ele falou rindo.
- Isso vai piorar. Vamos embora.
- Tudo bem, se você quer.
Harry e seguiram até o carro em silêncio, até que ela falou:
- Harry desculpa, eu só estou te dando trabalho - colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha sem graça.
- Eu te falei que seria seu escudeiro. Sabia que a missão não seria fácil - Ele falou com ar de brincadeira.
- Você só sabe tirar graça de tudo o que acontece de ruim!
- E você só saber piorar as coisas que já estão ruins. Você é pessimista.
- Não, muito pelo contrário, eu sou realista! Você é um iludido.
- Pelo menos eu me divirto.
já ia protestar, mas antes que pudesse Harry interveio:
- É assim que você me agradece? Discutindo comigo?
- Você vai ficar esfregando na minha cara isso, o resto da minha vida né? - Ela falou olhando-o com o canto do olho.
- Eu vou fazer com que você nunca se esqueça disso, pode deixar - Ele respondeu rindo.
Harry continuou caminhando, mas parou no meio do caminho, procurando a máquina na bolsa.
- Harry! - Ela o chamou, quando ele se virou, o flash da máquina saiu e ele lançou um sorriso para ela - Só pra ter uma foto do meu salvador.
- Vem aqui - Ele falou chamando-a com a mão.
Ela andou na direção de Harry com um pequeno sorriso e ele pegou a máquina de sua mão.
- Ei! - Ela falou protestando.
- Eu te salvei, quero meu prêmio, nada mais justo do que a última foto do filme.
- Eu acho justo.
- Então... - Harry passou o braço direito pelo ombro de , aproximando-a dele - Agora olha pra mim.
- Desde quando você entende de fotografia?
- Eu tenho minhas cartas na manga - Ele falou rindo.
Harry segurou a máquina um pouco mais alto deixando-a acima de suas cabeças, inclinou-a um pouco. Ele e se encaravam com um pequeno sorriso, impossível de saber o que queriam dizer, então continuou:
- Um, dois, três e...
O flash saiu, eles ficaram se encarando por mais algum tempo rindo. Até que falou desconcertada:
- Vamos?
Harry mordeu o lábio inferior encarando-a e respondeu:
- Vamos.
Os dois entraram no carro de seguiram de volta para Londres. Saindo daquele tumulto de pessoas.
Quando o show do Coldplay acabou, e Dougie deram as mãos e voltaram para onde estavam Harry e , mas não acharam ninguém.
- Eles não falaram que iam ficar aqui? - Perguntou Dougie enquanto procurava.
- O Harry disse. Vai ver eles foram só comprar alguma coisa. Você quer esperar aqui? - segurava a mão de Dougie com os dedos entrelaçados.
- Claro, sem problemas, se eles não voltarem, a gente se encontra lá fora.
Os dois ficaram um tempo conversando sobre o show, as músicas e como teria sido a reação do Chris Martin se tivesse posto o plano em prática. Era incrível como o tempo passava rápido. Dougie abraçava, beijava, sorria para ela o tempo todo. estava com um sorriso de orelha a orelha. Quem olhava de longe poderia jurar que os dois estavam em uma fase perfeita de um relacionamento. Após meia hora de espera, Razorlight foi anunciado.
- A ama essa banda - Comentou , abraçando o braço de Dougie.
- Eles são bons, mas não melhores que o Mcfly! - Respondeu o garoto rindo, puxando-a pra sua frente.
- É claro que não. - deu um sorriso bobo e outro beijo começava. Ela podia jurar que sentiu os pêlos da nuca arrepiarem, mas é claro, nunca contaria isso a ele.
- Tom! Eu não acredito! Eu conheci o pessoal do Razorlight! - falava rapidamente, estava com o rosto todo vermelho, isso sempre acontecia quando ela ficava animada com alguma coisa - Tem noção?
Tom só fazia rir, ele também se sentia da mesma forma, mas ele não a via daquele jeito há muito tempo, então estava aproveitando a situação.
- Tudo graças a você, obrigada - se virou para ele, radiante.
- Que isso. Eu sabia que era importante pra você.
- Quer dizer, fingir que era meu namorado? - Ela gargalhou por algum tempo e continuou - Você ainda teve coragem de contar essa mentira lavada na cara da banda! Eles devem estar achando mesmo que nós somos namorados.
- Claro! Tinha que parecer real! - Ele falou rindo também - E além do mais, eles estavam te secando demais, tinha que dar um gelo neles.
- Até parece. Nunca vou me esquecer disso.
- Vamos parar aqui?
Tom e pararam próximos do palco, conseguiam ver a próxima banda que vinha, era o Razorlight, ao ser anunciada, o público foi ao delírio e Johnny Borell começou a cantar a música favorita dos dois, "Somewhere Else".
dava pulinhos de alegria cantando a música em voz alta, Tom fazia o mesmo, enquanto olhava para ela rindo.
Quando a música chegou ao meio, o vocalista pediu para que todos cantassem juntos e foi o que fizeram. Os dois, ou mais, milhões de pessoas cantavam a uma só voz a música. Era de arrepiar. Ao terminar se iniciou outra música e Tom se aproximou de falando em seu ouvido.
- Namorado de mentirinha, pode ficar abraçado enquanto a música toca?
deu um sorriso olhando para ele e afirmou com a cabeça, Tom a abraçou por trás e eles ficaram por ali, algum tempo. Ele novamente falou em seu ouvido.
- Namorado de mentirinha pode fazer mais do que isso?
se arrepiou toda, sentir a respiração dele em seu pescoço e ouvir sua voz ali tão próxima, era muito bom. Ela se virou para ele sorrindo.
- Bom, eu acho que ele deve - passou os braços pela cintura de Tom, se aproximando - Quer dizer, só pra tornar mais real...
- Eu também acho, o segurança deve estar em algum lugar por aqui, perseguindo a gente, não podemos desapontá-lo - Tom completou rindo.
Ele deu um selinho em e depois eles ficaram se encarando com pequenos sorrisos por alguns segundos, até não agüentarem mais. Beijaram-se com vontade, mais ainda do que das últimas vezes, com Razorlight de fundo.
Capítulo 13
O Razorlight já tinha terminado de tocar a algum tempo e outra banda já começava a se preparar para assumir o palco.
Durante o show, e Tom permaneceram juntos, se abraçaram, cantaram as letras das músicas no ouvido um do outro, sussurravam pequenas frases durante a troca de músicas, mas principalmente, se beijaram, muito, algumas vezes lentamente, com vontade ou nem tanta, rápido com selinhos distribuídos no final, mordidas enfim, tudo isso marcou, de maneira que esse show seria inesquecível para ambos. Quando a última música terminou, eles se encontravam abraçados, olhando-se calados, ela descançava a cabeça sobre o peito de Tom, enquanto ele a encarava com uma felicidade expressa no olhar. - Esse foi o melhor show de todos os tempos - falou meio abobalhada. - Nossa, foi tão bom assim? - Foi melhor - Eles continuaram se encarando com um sorriso. levantou um pouco a cabeça dando um selinho em sua boca - Tô morrendo de sede... - Tudo bem, eu vi um vendedor, estava aqui agora a pouco - Tom desviou o olhar de por alguns segundos, olhando a multidão - Eu volto daqui a pouco. Eles se soltaram, Tom virou de costas e foi em busca do vendedor. , ao ver que ele desaparecera entre um grupo de meninas que estava ao seu lado, tornou a olhar para o palco, procurando saber quem seria a próxima banda a se apresentar. Foi nessa hora que sentiu uma mão sobre seus ombros, empurrando-a para baixo. Ela ficou surpresa ao se virar e se deparar com dois garotos, um deles era bem alto, tinha o cabelo castanho claro e usava uma calça jeans folgada com um moletom azul enquanto o outro chamava mais atenção, já que era bem mais baixo e tinha os cabelos loiros com a franja castanha. - James! Charlie! - Ela disse surpresa e animada ao mesmo tempo, se enclinando comprimentando-os com dois beijinhos. - Nós não sabíamos que você vinha - James apressou-se em falar. - Ah bem, me convidaram, então eu vim. - Você está com quem aqui? - James perguntou, mais uma vez apressadamente. - Eu estou aqui com o T... - Antes que pudesse completar a frase Tom já tinha voltado, mas não percebeu a presença dos dois garotos ali. Ele trazia duas garrafas d'água na mão, passou o braço pela cintura cintura de , deixando a água na altura de sua barriga. - Tom! - Charlie o cumprimentou animado. O olhar de Tom finalmente caiu sobre os Charlie e James, ficou tão surpreso quanto ou até mais do que ela. - E aí dudes! - Tom falou dando palmadinhas nos ombros de Charlie e James. - Ei Tom! O show do Razorlight foi demais não? - Perguntou Charlie animado ficando ao lado de Tom. Charlie e Tom começaram uma conversa sobre o festival e sobre o show do Razorlight, James e mesmo falando algumas pequenas frases durante a conversa quase não participavam, já que os outros dois estavam animados demais com o assunto. James então, cansado de ficar sobrando na conversa, puxou para um canto, ao lado dos outros dois. Tom percebeu quando James fez isso, por isso, mesmo conversando com Charlie ficou com o olho grudado na conversa do lado. - Então ... - James ficou um pouco vermelho, tentando buscar em sua mente algum assunto para falar com ela - É que... "Ah não" pensou antes mesmo que ele começasse. - Eu queria saber se, você não quer sair comigo amanhã - Ele disse rapidamente. - James eu... - Vai ser depois do expediente, eu te pego e nós jantamos juntos, o que acha? - James agora falava mais rápido ainda, animado e nervoso ao mesmo tempo. - É que, James, eu estou um pouco ocupada, com o trabalho e... - teria continuado se não tivesse sido interrompida por James. - Vai ser legal, surpreendente eu diria, uma surpresa! não sabia o que pensar, quer dizer, ela tinha acabado de ficar com o Tom, o cara que além de ser seu melhor amigo, era o homem pelo qual ela era apaixonada. Ele estava livre, sem namorada, mas ali, em sua frente tinha James. Ele com certeza estava muito afim dela, insistia em manter qualquer tipo de relacionamento, era fofo, atencioso e meigo. Essa era a principal diferença entre ele e Tom. James demonstrava que queria estar com ela e Tom, bom, ela não sabia o que Tom queria, eles estavam só ficando. E se ele só estivesse com ela por carência pós-Giovanna? Ela estava mais confusa do que nunca, o que deveria fazer? - Eu não sabia que você fazia o tipo romântico James... "Meu Deus, eu tô flertando com ele!" Afinal, onde ela estava com a cabeça? Ela tinha Tom ali do seu lado, mas porque ainda insistir em ter alguma coisa com James? - Eu sou uma caixinha de surpresas - James deu um sorriso enorme se aproximando de . Essa, por sua vez, se afastou andando para trás. Charlie estava ao seu lado e ela Acabou pisando em seu pé. Com isso, ele e Tom, que já estava sacando a cena a muito tempo, os encararam surpresos - Então eu te pego amanhã, vamos Charlie? - Claro dude - Charlie se despediu de Tom e de . James deu apenas um aceno para Tom, se inclinou e beijou no rosto, para ser mais exato, na trave. Isso mesmo, no canto da boca e Tom viu tudo, de camarote e vista privilegiada. Ele virou de costas após dar um aceno para James e encarava o palco tentando esquecer o que tinha visto. James e Charlie sumiram na multidão, deixando os dois sozinhos. se virou e viu que Tom estava de costas para ela, encarando o palco. - Tom? - colocou a mão sobre seu ombro, mas Tom empurrou a mão ainda encarando o palco sério - Tom, por favor... - Por favor? Por favor digo eu ! - Tom se virou bruscamente, encarando-a sério. permaneceu calada, não queria dar continuidade aquilo e nem sabia como se defender. - Vocês dois ficam de namorico aqui na minha frente! - Tom falou indignado. - Tom, não aconteceu nada, sério... - Nada? E esse "Eu te pego amanhã"? - Tom, nós somos apenas amigos, não tem nada demais nisso. - Amigos? Tá bom, eu acho que ele quer ser mais do que isso. Ele te beijou! Aqui na minha frente! - Ele não me beijou! Tom, ele não sabe o que aconteceu entre a gente, se soubesse, eu tenho certeza que não teria falado isso na sua frente. - Tá bom, agora o James é o santo aqui, afinal, qual dos dois você quer? Uma hora a gente tá aqui ficando numa boa, foi só ele aparecer pra estragar tudo! - Tom não fala assim! Não tem nada demais sair com ele, como você mesmo falou, nós estamos apenas ficando, afinal o que está acontecendo entre a gente? - perguntou com a garganta doendo. - Do que você tá falando? - Eu digo, eu não sei o que está acontecendo, o que você está sentindo, nós estamos perdidos, sinceramente, eu acho que você só está carente... - Carente?!? isso não tem nada a ver! - Claro que tem, você não teria ficado comigo se a Giovanna não tivesse terminado com você! - , você tá querendo inverter a situação aqui! - Eu não estou! Tom e se encararam sérios por alguns segundos e ele continuou: - Você vai sair com ele amanhã? - Eu disse que sim, não disse? - Pára de fazer esse jogo duplo ! Eu não quero ficar com alguém que está de rolo com outra pessoa! - E você e a Giovanna? Mensagens no meio da noite e tudo o mais, quem me garante que vocês ainda não estão ficando? - Nós não estamos! Mas eu, não tô nem aí, se você quer ficar fazendo papel de puta e quer ficar com dois ao mesmo tempo, quem sou eu para questionar isso? - É verdade, quem é você? Porque o Thomas Fletcher que eu conheço nunca falaria assim comigo - tinha algumas lágrimas nos olhos. - Bom, o Thomas Fletcher que você conheceu nunca teve motivo pra falar com você desse jeito. - Você é um idiota Thomas, o maior imbecil que eu conheço! - Então o imbecil aqui vai embora, já vi que você fez a sua escolha - Ele se virou mas voltou o rosto antes de ir - Ah, e quanto a Giovanna, noite passada eu fiquei com ela, bom jantar para os pombinhos amanhã. Tom se virou e sumiu na multidão, deixando sozinha, segurando as lágrimas em meio a gente desconhecida.
Quando o show terminou, Dougie e foram para o estacionamento. O carro de Danny ainda estava ali,mas o de Harry e o de Tom não. - A vaca da foi embora e nem me avisou! - Reclamou ,entrando no carro do Dougie. - Vai ver ela tava muito ocupada. Você tem mania de achar que todos te devem satisfação - Dougie agora colocava os cintos de segurança e ligava o carro. - Claro, a gente mora na mesma casa! - o olhava indignada - Ela poderia me avisar, deixar a chave comigo,qualquer coisa. - Você vai dormir do lado de fora? - Dougie abafafa uma risada. - Claro que não, vou tentar ligar pra ela. Chamou chamou e ninguém atendeu. agora começava a se preocupar,será que teria mesmo que dormir no hall esperando a amiga? Era só o que faltava. - Merda, ela nunca escuta esse celular - fechou a bolsa com violência e cruzou os braços. - Olha, se você quiser pode passar a noite no meu apartamento - Sugeriu Dougie - Não é grande coisa,mas eu acho que cabem dois pra dormir. - Obrigada Dougie, mas eu acho que ela vai estar em casa. - Eu espero que não - Dougie soltou um sorriso malicioso e tentou mais uma vez ligar pra amiga que não atendia o celular.
Harry e voltaram para a cidade em silêncio, nenhum dos dois falou palavra alguma. Para quebrar o clima do carro, ele ligou o rádio, algumas músicas começaram a tocar. Harry olhou com o canto do olho, cantava baixinho todas as músicas, ele deu um sorriso com o canto da boca e continuou a viagem. O carro entrou nos domínios da faculdade. Todos os universitários, pelo visto, tinham resolvido sair de seus dormitórios e aproveitar o domingo, estudando sob a sombra que as grandes árvores do campus lhes proporcionavam, jogando futebol pelos gramados verdes e aparados, conversando em uma roda de amigos ou tocando música em um canto afastado. - Todo mundo resolveu sair da toca - olhou pela janela com o olhar vago, passando pelos rosto conhecidos. Harry não comentou nada, apenas olhou pela janela, reparando nos estudantes. Ele estacionou o carro em frente ao prédio de . - Pronto, está entregue. - Entregue? Pode tirar seu cavalinho da chuva Harry Judd - falou em tom imperativo, encarando-o séria - Você vai subir comigo, quero fazer um curativo na sua mão. - Que isso! Não precisa, eu tô bem - Ele respondeu despreocupado. - É sério, eu insisto, quer dizer... Foi tudo minha culpa. Ele ia protestar, ia se negar a aceitar ajudar, mas ela parecia tão decidida, era impossível dizer não. - Então vamos - Ele desligou o carro e os dois desceram. O quarto de era no primeiro andar, ela abriu a porta e os dois subiram as escadas em silêncio, até que ela fechasse a porta do quarto. - Senta ali, você pode lavar sua mão na cozinha - Ela pontou para a bancada que dividia a cozinha do quarto - Enquanto isso vou pegar uns remédios aqui. - Você manda. seguiu para o banheiro. Estaria no armário provavelmente, ela se lembrava que sua mãe, antes que viesse para a Inglaterra, lhe dera um kit de primeiros socorros, no caso de algum ferimento. Sua mãe era médica, mais do que normal ela ter um desses. O kit era uma bolsinha vermelha. tirou os sabonetes e os rolos de papel higiênico do lugar, procurando, ele estava no fundo do armário. Ela voltou para sala e Harry agora estava sentado em um dos bancos, terminando de puxar a manga da camiseta até a altura do cotovelo. - Achei - jogou a bolsinha em cima da bancada abrindo-a procurando esparadrapos e algodão - Acho que só limpar com água oxigenada pra desinfetar e colocar um curativo. - Nossa, pra uma fotógrafa você tá me saindo uma ótima médica - Ele comentou em tom divertido enquanto passava o algodão molhado sobre a ferida. - O sonho da minha mãe - deu um riso, pegando um algodão seco, colocando sobre a ferida - Mas isso não é pra mim não, sério, estou melhor tirando fotos. - Eu acho suas fotos ótimas. - Você nunca viu nenhuma foto minha - Ela pegou o esparadrapo, colando o algodão na pele de Harry. - E aquilo ali é o que? - Ele apontou com a cabeça em direção ao quadro - Sério, essa sua idéia de tirar fotos espontâneas... É muito legal. - Obrigada - largou a mão de Harry sobre a bancada, um pouco vermelha - Pronto. - Eu vou sobreviver? - Ele perguntou em tom sarcástico. - O quadro é crítico, você vai ter que ficar em observação - começara rir de Harry e ele fez o mesmo. - Que tal, fazer uma observação na sexta-feira? A gente podia sair pra jantar - Ele a encarou sorrindo. - Harry, eu sinceramente... É melhor não - olhou para ele com pena no olhar. - O que tem demais? Como amigos, será que nem isso a gente pode ser? - Não é isso, é só que... - Olha, se você quiser, eu chamo o pessoal, Tom, , e companhia para irem com a gente. - Harry, eu gostei muito de hoje, gostei mesmo, mas, eu tenho que trabalhar, a faculdade e... - Em uma sexta-feira? - Ele falou pouco convencido. - É... - Ela respondeu evitando olhar em sua direção. - Se você não quer sair comigo, fala logo... - Não é isso! - Ela falou rapidamente em um tom mais alto. - Qual é , desde o dia que nós nos conhecemos você me evita, eu que sou um idiota de ainda tentar ser seu amigo ou qualquer coisa. - Harry não é isso! - Obrigado pelo curativo - Harry se levantou e seguiu em direção da porta decidido. permaneceu encarando o chão, até ouvir o som da porta de seu quarto bater, ela se levantou e seguiu para o banheiro, precisava de um banho.
desceu do carro e foi até o porteiro do seu prédio. Dougie assistiu do carro a garota voltar com uma cara atordoada. - O que foi? - Ele perguntou já sabendo a resposta. - A não chegou...estranho - o olhava desconfiada - Será que ela foi...pra casa do Tom? - Não duvido - Os dois riram - Mas se estamos certos,ela está segura. Agora vem,não vou te deixar dormir na portaria, entra aí. pensou uma, duas, três vezes até decidir a entrar no carro. O apartamento realmente não era grande coisa, mas era bem o tipo que agradava . Pequeno, um pouco bagunçado mas tudo fácil de encontrar. As estantes eram cheias de enfeites de músicos, vários CD's espalhados junto com DVD's, uma almofada do sofá jogada no chão e um resto de pizza sobre a mesa, ao lado de um copo vazio. - Nossa senhora hein Dougie, quanto tempo que você não traz alguém pra limpar isso aqui? - agora sentava no sofá bagunçado às gargalhadas. - Desde que eu me mudei - Ele riu também - Não me preparei pra receber visitas, desculpa a bagunça. - Eu tava brincando. Então,vou dormir aqui ? - apontava pro sofá. - Claro que não, dorme na minha cama, eu durmo aí . - Não dougie, imagina, não quero te incomodar, sério mesmo, eu durmo aqui sem problemas - Ela respondeu afobada. - , minha casa, minhas regras, sai desse sofá - Ele falou em tom imperativo. - Não vou sair - E os dois se encararam por um tempo. - Tudo bem - Dougie sentou ao lado dela,onde permaneceram em silêncio por vários minutos seguidos. - Sabe o que eu acho? - Perguntou o garoto,quebrando aquele silêncio. - Hum...?! - Que a gente deveria se beijar, agora - Ele virou de frente para ela. - Você não sabe ser discreto - ria com vergonha e ele se inclinava para mais um beijo. Após um tempinho de agarração no sofá, Dougie levantou e puxou pela cintura. Os dois caminharam em pé até o corredor, na verdade, um microcorredor, e ele a encostou na porta do quarto, descendo as mãos pela cintura e a boca pelo pescoço da garota. Ele era de delirar, não conseguia parar, até que a porta do quarto foi aberta e fechada logo que os dois passaram, tão grudados como se fossem um só. Caíram na cama e Dougie subiu a blusa de . Ela sentiu um frio na barriga e segurou a mão dele. - Dougie, Dougie... pa.. pára pára - Ela gaguejava e ofegava ao mesmo tempo,abaixando a blusa novamente. - Por quê? - Ele perguntou desconfiado. - Sei lá... a gente...a gente mal tá ficando entende... e também... - Você não tá querendo esperar anos pra isso acontecer não é? - Ele cortou a desculpa dela. - Não, anos não, mas quem sabe uns dias, meses... - Qual é , você acha mesmo que eu tô com você pra passar meses? - Eu... eu não sei se eu entendi Dougie - Agora que já tinha noção do que poderia ouvir pela frente, sentou-se direito na cama, encarando-o bem séria. - Eu digo, você é legal, bonita, inteligente... mas eu não quero nada sério com você - Eles respondeu em um tom de simplicidade. - E por que eu não adivinhei antes não é mesmo? - Ela deu um sorriso forçado e saiu do quarto. Dougie atravessou a porta com pressa e segurou o braço dela. - Ei ei, eu achei que você soubesse! Nunca te dei esperança de um relacionamento sério - Ele falou preocupado. - Claro que não, eu me iludi demais com você... E me solta! - puxou o braço com violência e pegou a bolsa de cima da mesa. Abriu a porta e desceu as escadas com pressa. - Onde você vai? - Dougie corria atrás da garota, descendo as escadas na mesma velocidade - , pára com isso, volta aqui.- ME DEIXA EM PAZ, DOUGIE POYNTER - Ela alterou o tom de voz sem nem perceber, enquanto acenava para um taxista. - Não fala assim! E dispensa esse táxi, você vai dormir aqui hoje - Dougie segurou os braços de com força. - Me deixa em paz - Ela se soltou,sem conseguir esconder a raiva,entrou no táxi e foi pra casa.
Ao chegar em casa, a porta do apartamento estava entreaberta. entrou com cuidado e medo ao mesmo tempo. - ...? Ouviu o barulho de alguma coisa quebrando e correu direto para o quarto da amiga. Quando entrou, estava sentada no chão, arrumando o porta retrato que tinha deixado cair. - Você se machucou? - correu pra ajudar.Examinou a amiga por um tempo e sacou na hora - O que aconteceu? - Adivinha...- tinha uma expressão triste e irritada ao mesmo tempo. fez uma cara de "não faço idéia" e então ela continuou - O idiota do James resolveu aparecer no meio do show, justamente quando o Tom tinha saído pra comprar bebida! Aí já sabe o resto, ele voltou, ficou conversando com o Charlie e o James me chamou pra sair, aí eu... - Você aceitou sair com ele na frente do Tom?! - perguntou indignada. - Foi por educação! - continuou a explicação ao ver a cara incrédula da amiga - Mas o Tom não ouviu tudo,só o final...que eu acho que foi o suficiente pra essa briga toda. - Briga? Vocês brigaram? - Brigamos, e foi feio - sentou na cama, olhando com uma cara arrasada - Tô me sentindo tão mal, foi um motivo tão bobo entende? - Entendo...- na hora lembrou de Dougie. Tirou as sandálias e deitou na cama da amiga - Você quer falar sobre isso? - Eu preciso falar - Respondeu , deitando de frente pra . fez um sinal positivo com a cabeça e começou o seu discurso sobre tudo o que havia acontecido durante a noite em detalhes. Quanto mais ela falava, mais lembrava do seu momento com Dougie, que era a última coisa que ela queria lembrar. - ...E sabe quando você sente que a pessoa quer te proteger, ela quer estar ali com você, e aí no final, ela simplesmente... - Te deixa na mão como você nunca imaginou que deixaria? - finalizou a frase com a voz rouca,e só concordou com a cabeça. - ...tá tudo bem? sentou na cama, olhando pra parede. - Eu e o Dougie hoje... - Ela deu uma pausa e tomou fôlego. Contou tudo o que aconteceu desde a hora em que chegou ao prédio dele, até a hora em que saiu. sentou na cama, segurando o braço da amiga. virou o rosto,que estava vermelho, os olhos cheios e uma vontade muito contrariada de chorar. Até que ela finalizou - ... E ele me tratava tão bem ... - Ohh amiga, não fica assim - puxou a amiga, que deitou com a cabeça em seu colo - Eu sei o que você quer fazer, e sabe que não vai sair daqui. colocou as mãos no rosto e desabou em lágrimas. Se não fosse trágico, seria cômico. Ela sempre dizia a que chorar por homem era perda de tempo, e agora, as duas estavam em situações parecidas, deixando de lado todo o orgulho.
Capítulo 14
tinha acordado cedo mesmo tendo chegado um pouco tarde em casa e dormido apenas algumas horas à noite. Ela encontrava-se sentada em seu escritório que estava iluminado apenas pela luz que entrava pela enorme janela de vidro atrás de sua mesa. Já era quase hora do almoço e ela ainda tinha trabalho. A noite do dia anterior tinha sido ótima, mas ao mesmo tempo perturbante. No final do show, quando ela e Danny se preparavam para ir embora, apareceu com os olhos vermelhos, pedindo uma carona para casa, nem ela e muito menos o companheiro questionaram-na. Muito pelo contrário, deixaram-na em casa logo depois. Mas até agora ela não sabia o motivo para estar naquele estado. Tudo estava correndo tão bem, agora ela aparecia daquele jeito. pegou o telefone, tentando falar com a secretária da sala de , após alguns segundos ela atendeu. - Pois não? Sala 7. - Alô, Juliet, a já chegou? - Ela acabou de chegar, quem gostaria de falar? - Não precisa passar a ligação não, daqui a pouco eu vou aí, obrigada – desligou o telefone e voltou a atenção para os formulários que tinha sobre a mesa.
revisava novamente os papéis com entrevistas sobre o desempenho do Busted no último show. Vários tópicos foram analisados, entre eles aceitação do público. Já era a terceira vez que ela lia a mesma linha, "desempenho genial de uma banda...", não conseguia se concentrar nem por alguns segundos e todo o filme do festival voltava em sua cabeça, Tom indo embora, deixando-a sozinha ali. "desempenho genial de uma banda...". - Droga! - colocou os papéis de lado bruscamente, voltando a encostar a cabeça em sua cadeira com os olhos fechados. Ela permaneceu alguns segundos em silêncio, massageando a cabeça com uma das mãos, quando foi interrompida por uma batida na porta - Entra! - ? - colocou a cabeça para dentro da sala curiosa. - Ah, oi, - Uma voz pouco animada respondeu do outro lado da sala - Entra. - Não tá ocupada? - Pra você não né... - apontou a cadeira da frente, para que sentasse e foi o que ela fez. - Então... - começou um pouco sem graça. já sabia onde queria chegar com aquele "Então", ela respirou fundo e contou tudo o que aconteceu na noite anterior, entre ela e Tom. A amiga ouvia tudo, sem fazer perguntas, apenas soltando pequenas exclamações durante a história. - Daí ele virou de costas e foi embora. Me deixou sozinha lá, ! - olhava para o chão com os olhos marejados - Foi nessa hora que eu fui atrás de alguém, sorte que eu encontrei vocês. - Ai amiga, que horror! Ele não podia ter feito isso com você - já estava ao lado de abraçando-a - Mas tenho uma novidade. - Conte! – se animou ao ouvir a amiga. - Eu acabei de sair de uma reunião - deu um suspiro. - Pelo visto ela foi pesada - se levantou, pegando duas xícaras de café. - Na verdade nem tanto - continuou pegando a xícara. - Mas sim! Qual a novidade? - A MPM vai ter um novo sócio. - Quem? - perguntou curiosa. - Um grupo francês, Élément, nós estávamos em negociações há tempos, finalmente fechamos o contrato hoje. - Que bom, ! Parabéns, você era a responsável pelas negociações? deu um enorme sorriso apenas afirmando com a cabeça. - Tô orgulhosa, amiga! - Obrigada. - Mas como vai funcionar essa sociedade? - Bem, nós vamos abrir uma nova filial na França, em Nice e eles se interessaram, vão mandar um dos donos da Élément para passar um tempo por aqui, conhecendo a empresa. - Como se fosse um intercâmbio? - falou rindo dando mais um gole no café. - É... Um intercâmbio. - Quando ele chega? - perguntou curiosa. - Daqui a dois dias... - respondeu desanimada. - Nossa! Quando animação pra receber um extrangeiro, hein? - Ah, , eu vou ter que ficar de babá pra esse cara, isso significa menos tempo pra mim. - Você quer dizer... Pro Danny, né? - É... - corou um pouco, abaixando o rosto. - Calma, amiga, vai ver esse cara nem é tão ruim assim, além do mais, você pode até gostar de passar um tempo com ele. - Dúvido muito, um velho babão, falando um inglês muito mal falado e com aquele sotaque francês. Eu não mereço! - E se não for? - Vai ser. Tenho certeza, você já conheceu todos os sócios dessa empresa. Nenhum deles faz nosso tipo... A não ser que você tenha uma queda por caras na terceira idade. O telefone da sala de tocou assim que terminou a frase. Ela se levantou e atendeu o telefone. - Tudo bem, obrigada por avisar. - Pelo visto você vai ter mais uma reunião pela frente – deu um suspiro. - Nos pagam pra isso né... – lavantou-se em um pulo – Agora eu preciso comer. concordou com a cabeça, pegou o sobretudo que descansava sobre o sofá de sua sala e vestiu-o sobre o vestido preto que usava. Depois disso ela e seguiram para a sala 7, já que precisava pegar ser casaco antes de sair. O restaurante já era um velho conhecido de todos que trabalhavam na empresa, com pratos para todos os gostos, o ambiente era amplo e claro, as duas sempre costumavam ir para lá nas segundas-feiras e nos outros dias da semana. No meio do almoço o celular de tocou, era , que ainda estava trabalhando. Ela avisou que as esperaria no elevador, logo após o almoço, à uma hora. Aviso dado, desligou o telefone, avisando . Sem tempo para a sobremesa, as duas levantaram se dirigindo novamente a empresa, para mais uma de suas reuniões chatas de trabalho.
A porta do elevador se abriu, e seguiram para direções opostas, cada uma para sua respectiva sala. Só teriam tempo para guardar suas bolsas e casacos, já que a história que tinha contado tinha tomado grande parte do tempo de seu almoço. Na frente do elevador elas se encontraram novamente, mas dessa vez com que as esperava impaciente. - Eu não acredito! Minha primeira reunião e nós vamos chegar em cima da hora! - Ela falou enquanto elas caminhavam a passos largos em direção à sala. - Calma, , como boas "inglesas" que somos, vamos chegar pontualmente - riu dando uma piscadela para . - É, quer dizer, eu não tenho que impressionar o chefe - deu um risinho ficando um pouco vermelha. - Ha-ha - falou sarcasticamente olhando para frente - Ei tá usando óculos agora? - Claro, sempre impressiona quem vem de fora - Ela deu um risinho apontando para os óculos de armação retangular preta. As três pararam em frente à porta. deu uma batida, mas não houve resposta, bateu novamente, nada. - Será que? - Ela empurrou a porta, não havia ninguém na sala - Gente, não tem ninguém na sala. - você tem certeza que era essa a sala? - olhou-a desconfiada. - Tenho. Sala 15... Quer dizer, ou sala 1? - coçou a cabeça pensativa - MEU DEUS! - O que? - As duas perguntaram juntas. - É naquela sala, como é o nome? Aquela que fica na cobertura! - É o escritório do meu pai! - falou olhando para . - Elevador, agora! Elas correram para o elevador, apertou logo o botão, parece que ele tinha decidido ficar parado no térreo. Ela continuou apertando continuamente. - Ei minha filha, isso não é campainha não! - levou as mãos à cabeça mal-humorada arrancando risadas de . Finalmente, o elevador saiu do térreo chegando ao andar da empresa, as três embarcaram, estava vazio. Ele subiu, não parou em nenhum andar, para sorte das três, que se olhavam no espelho, terminando de se arrumar. A porta abriu. - Graças a Deus - saiu apressada do elevador puxando pela mão - Pra onde é? - Ali, naquela porta preta - apontou. - Gente calma, chega com classe - encarou a porta, passando na frente das outras que a seguiram, ela parou, deu uma batida de leve. - Ah devem ser quem nós estamos esperando - Disse uma voz masculina de dentro da sala, era o pai de - Podem entrar. entrou na sala com um sorriso culpado para Antony, as duas que vinham atrás também. - Desculpa, entramos na sal... - Antes que ela pudesse terminar a frase, algo chamou sua atenção, um homem mais velho, Mark, empresário do Busted e os outros quatro garotos que estavam sentados ao seu lado, Harry, Danny, Dougie e Tom, seus olhares se encontraram, ela ficou sem fala. Ele também ficou branco, olhando-a surpreso. Com a situação não foi muito diferente, ela e Dougie se olharam, ele virou a cabeça para outro canto da sala um pouco corado. Após alguns segundos olhando-a. , percebendo toda a situação, deu apenas um breve aceno com a cabeça para todos e um pequeno sorriso para Danny que retribuiu, então completou a frase de : - Sala errada. Mas agora já estamos aqui, vamos começar logo - Ela deu um pequeno sorriso e sentou-se, as outras fizeram o mesmo, com o olhar meio vazio. acordou do transe quando e Mark começaram a discutir sobre as melhores opções para a banda. Ela entrou na conversa, dando opiniões em tudo, assim como , surpreendendo Tom e Dougie, que não esperavam tal atitude diante do que tinha acontecido no dia anterior. - Vocês já pensaram em como vão apresentar a imagem da banda? - perguntou decidida encarando os garotos, que permaneceram calados. - Eles podiam se fantasiar de palhaços - Mark falou brincando, fazendo com que todos na sala rissem menos e que deram apenas um pequeno sorriso com o canto da boca. - Eles não precisam de fantasia - cochichou para . Tom que estava na frente de ouviu, mas permaneceu calado olhando para ver a reação de que apenas concordou com a cabeça. Após uns quinze minutos, Antony falou: - , você pode ir para a sua sala, quando acabarmos aqui, vocês resolverão o resto, mas e fiquem aqui. saiu da sala sobre o olhar de todos, fechou a porta e seguiu para o elevador, pensando no rosto de Tom quando eles se encontraram. O que ele estaria pensando? - Então vocês já viram como vai ficar mais ou menos - Disse Antony após discutirem os principais pontos - Acho que a reunião pode ser encerrada, os garotos podem ir com e para a sala no andar de nossa empresa, a de . Enquanto isso, Mark, preciso falar com você. - Sem problemas - Mark permaneceu sentado enquanto os garotos levantavam de suas cadeiras seguindo as duas que já saiam da sala. - , você fala - disse no ouvido dela enquanto saiam da sala. As duas saíram pela enorme porta e foram para elevador, seguidas pela banda que vinha com Danny e Harry na frente, Dougie e Tom preferiram ficar para trás. Danny parou ao lado de . Pigarreou tentando chamar sua atenção, ela então virou com um sorriso. - Então Jones, animado com a banda? - Demais, nem consigo acreditar - Ele disse com os olhos brilhando. - Nós vamos fazer uma coisa bem legal - se intrometeu vendo que Dougie estava ouvindo. - Deu pra ter uma idéia geral de tudo assim, mas tem umas coisas que a gente ainda tem que discutir - Harry falou levantando a sobrancelha. - Ah, não se preocupe, a vai explicar tudo direitinho. - Percebi isso. Ela não parou de anotar as coisas naquele caderninho - Harry disse segurando a porta do elevador que tinha aberto. - Ah, ela gosta do que faz. Provavelmente já bolou alguma coisa - e entraram no elevador seguidas pelos outros.
As duas entraram na sala, e logo depois os quatro entraram também. - Peguem as cadeiras e coloquem mais perto aqui da mesa – tentava ser extremamente profissional, enquanto todos se aglomeraram ao redor de sua mesa – Então... Precisamos ter uma idéia do gosto de vocês, ou se vocês já pensaram em algum jeito pra capa do CD. - Eu pensei em fazer algo diferente, com umas abelhas em volta de uma casa de abelhas, cheias de mel, aí a gente podia se fantasiar de abe... - Não, péssima – Tom cortou Danny com frieza – Eu pensei em fazer algo simples, mas que ficasse engraçado ao mesmo tempo, alguma coisa que chamasse a atenção mas sem ficar necessariamente extravagante, entendem? Era incrível como as idéias de Tom sempre caíam no gosto de todos. As meninas se olharam durante uns segundos e continuou: - Você não tem como explicar melhor? - É o nosso primeiro cd, acho que o que o Tom quis dizer, é que o ideal seria uma capa simples onde aparecesse bastante os nossos rostos e um logotipo da banda bem grande, pra todo mundo ver, entende? – Explicou dougie, encarando , fazendo com que ela virasse o rosto discretamente para os papéis que tinha na sua frente. - Entendi. Vocês sabem quantas músicas vão ter? – Ela perguntou, olhando pra Harry. - Por enquanto nós temos cinco músicas totalmente prontas, mas o Tom e o Danny têm várias letras e melodias, basta juntarmos tudo – Respondeu Harry. - Ótimo, mas o estilo é mais puxado para...? – perguntou. - É rock! Rock de verdade – Danny levantou os braços animado. - A gente queria mostrar isso no CD, mas de uma forma leve – Tom abaixou os braços de Danny, enquanto Dougie e Harry soltavam risadinhas. - Eu acho que já sei como pode ser – Começou – Mas antes eu vou ter que conversar com a nossa fotógrafa pra saber se ela concorda com o tipo de foto que eu acabei de pensar. - , mas a gente tem que apressar isso um pouco, o Antony deu o prazo, você sabe – falou preocupada, enquanto Harry levantou para beber água. - Mas calma gente, pressa é inimiga da perfeição – Falou – A gente organiza nossas idéias para a capa e depois pergunta do Antony o que ele acha. O máximo que pode acontecer é o CD sair depois do natal, fazer o que né. Harry cuspiu a água ao lado do bebedouro e todos o olharam – Depois do natal?! Mas e o marketing? – Ele perguntou espantado. - Calma, depende de vocês – Continuou – Depende da forma de como vocês vão se empenhar. Pode demorar ou não. - Tudo bem, a gente tá acostumado a ralar pra conseguir as coisas... Eu principalmente – Tom olhou pra e o clima pesou. Todos perceberam a troca de olhares dos dois e continuou: - Eu vou pedir mais uma semana do Antony, acho que é o suficiente. - Enquanto isso, por favor, arrumem essas composições. Porque quanto mais músicas prontas vocês tiverem, mais fácil fica para trabalhar aqui, certo? – Disse . Os quatro concordaram com a cabeça. - Bom, acho que é isso então. Assim que tudo estiver pronto nós ligamos pra vocês. Entretanto, a sessão será antes, por isso fiquem atentos, ok? Dispensados – deu um sorriso fraco e começou a guardar os papéis dentro da sua pasta. Tom a olhou por um tempo enquanto Harry atendia o celular. - Estão dispensados – Insistiu ao ver os três parados. Eles levantaram e Danny foi até . - Ei, você não tá afim de, mais tarde, só se você quiser é claro, tomar um caf... – Danny olhou para Tom, que fez uma cara de “de novo não dude” e se consertou rapidamente – ir ao cinema. sorriu e concordou com a cabeça. Deixou a sala, acompanhada de Harry, que falava animado no celular com alguém que parecia ser da família. - Então eu queria agradecer o tempo de vocês, , quando estiver tudo pronto, é só ligar, você tem o número do T.... O meu número – Danny despediu–se de e saiu da sala, deixando os quatro a sós. O clima ficou realmente estranho. e Tom cruzaram os olhares algumas vezes. Era horrível olhá-lo e não poder abraçar, beijar ou até mesmo conversar. Ele arrumou a mochila e saiu da sala, acenando com a cabeça para , dando uma última olhada para , com tristeza e orgulho ao mesmo tempo. - Você está precisando de alguma coisa? – Perguntou formalmente quando se tocou de que só restava ela, e Dougie na sala. - Na verdade, estou – Ele se aproximou dela e falou baixo – Preciso muito saber como eu faço pra pedir desculpas para uma garota que eu machuquei... Muito – Ele acrescentou ao ver a cara de raiva que lançou. - Querido, não sei se você viu ali fora, mas a placa dizia “Empresa MPM, divulgação e propaganda” e não “auto–ajuda para imbecis que não sabem lidar com uma garota” – puxou a bolsa e segurou a pasta com firmeza, saiu pisando forte e desfilando como sempre. olhou a situação e se controlou ao máximo para não rir na frente de Dougie. - Eu tentei – Ele falou olhando para . - Continue tentando, Dougie – Ela respondeu rindo. Ele deu um tchau sem muita animação e saiu da sala também. Agora que estava sozinha, pode pensar melhor em tudo que havia acontecido e como a situação estava ruim entre eles. O celular tocou, fazendo com que se assustasse saísse daquele transe. - Alô?! Oi, ... Agora? Tá ok, to descendo. desligou o celular, pegou a bolsa e foi até a lanchonete da empresa. A MPM era um lugar para jovens e adultos, mas o local da lanchonete era tomado pelos funcionários entre 20 e 30 anos. Era uma verdadeira festa, todos se conheciam, ao chegar ali, pensou em algo que nunca imaginou um dia pensar: Trabalhar era divertido. - Acabei de pedir uma isca de batata frita – Disse , enquanto sentava à mesa. - Acabou com o regime dela – deu uma risada e fez cara de peso na consciência. - Eu quero só uma água, não to com fome – fez uma cara desanimada, olhando para a mesa perto da coluna, onde os quatro garotos da mais nova banda de Londres se encontravam. - Ai o clima dessa reunião foi podre, e só de pensar em cruzar com eles quase todos os dias! Eu não agüento – Ao falar isso, as duas amigas olharam para , prendendo o riso. Quando ela se virou, deu de cara com o garçom segurando a batata frita – Ah... Obrigada – Ela riu sem graça e ele saiu de perto com uma cara meio assustada – Me diz que ele não chegou na hora do “cruzar com eles”? As duas balançaram a cabeça de forma positiva e as três caíram na gargalhada. Enquanto as garotas riam e tentavam se distrair um pouco, Tom fitava por cima do cardápio que tinha em mãos. - Dude, vai logo falar com ela – Encorajou Danny. - É, deixa esse orgulho de lado – Falou Dougie - E por que você não vai falar com a ? – Tom perguntou irritado. - Eu tentei, mas peguei uma patada. Harry deu uma gargalhada e todos olharam feio pra ele. - Que foi? To tentando me alegrar só – Ele se defendeu. - Falando nisso, cadê a , Harry? – Dougie perguntou curioso. -... Peguei patada também – Ele respondeu triste. A situação na mesa não poderia estar pior. - Esperem um pouco, eu e a estamos bem – Danny falou pensativo. - Então saia da mesa dos losers – Brincou Dougie. - Quer saber?! Vocês têm razão, vou falar com ela – Tom levantou e os amigos lhe deram palmadinhas no ombro. Ele foi andando na direção da mesa, quando de repente um cara chegou por trás de , com um buquê de flores e entregou. Tom não conseguia ouvir o que as três estavam falando, mas viu que estava muito surpresa. - Pega o cartão, pega o cartão! – e falavam ao mesmo tempo enquanto puxava um envelope branco do meio das flores. As duas tentaram puxar o cartão da mão da amiga, mas ela levantou a mão. - Ei gente, o cartão é meu – Ela riu e abriu com pressa, afastando o rosto de que queria bisbilhotar de quem era – “Nunca sei o que escrever em um cartão, mas espero que tenha gostado das flores”... Assinado... – olhou para as amigas e soltou uma risada. - QUEM?! – As duas perguntaram ao mesmo tempo. -... James – As três caíram na gargalhada. Tom queria muito saber o que era, mas não queria se aproximar da mesa, até que ouviu alguém bater em seu ombro. - E aí dude – James passou direto e foi até . - Ei! – Ela disse surpresa - Pelo visto, mandei as flores para o lugar certo – James sorriu e deu dois beijinhos em e . - Obrigada James, são lindas – deu as flores para sua secretária colocar na sua sala. - Então, vamos? - Ah claro, mas uma hora eu tenho que estar de volta – Ela disse. - Tudo bem, ainda temos – Ele olhou no relógio – Uma hora e vinte minutos. - É o suficiente, eu acho – levantou–se e pegou a bolsa. - Você está com fome? - Tô morrendo! Tava só esperando você chegar – Ela piscou para as amigas e as três riram discretamente – Tchau, meninas. e James foram andando até a porta, lado a lado e ele pegou na mão dela. Ela o olhou e apenas sorriu, enquanto os dois deixavam a empresa. Tom olhou toda a situação e voltou. Jogou o celular com força na mesa. - O que é isso, dude?! – Danny perguntou espantado. - Tá com medinho de falar com a ? – Dougie brincou e os três riram. - Cala essa boca, Dougie – Tom falou espumando de raiva – Eu to indo embora, se vocês precisarem de mim, eu vou estar no hotel, se é que alguém ainda precisa de mim pra alguma coisa. Tom levantou, engatou a perna na cadeira e chutou com força. Os outros três ficaram sem reação, trocando olhares assustados. e pagaram a conta e voltaram para as suas respectivas salas. O resto do dia passou devagar. As meninas não pararam de trabalhar um segundo. - Pai, olha só - estava deitada em sua cadeira, enquanto e passeavam pela sala, trocando papéis e fazendo testes de frases para um bom logotipo - É que, eu e as meninas, resolvemos adiantar mais as coisas. Você sabe a sessão de fotos do Mcfly, nossos novos clientes... Não, não, eu sei que você queria que fosse na semana que vem, mas tem uma fotógrafa que, bem, o trabalho dela é muito bom e nós concordamos que seria perfeito para a banda... Não, ela é nova. Na verdade, está terminando um curso aqui na cidade, mas já é formada. Só um teste, as fotos vão ficar ótimas, eu garanto. Então tudo bem fazer a sessão amanhã? Ótimo. Beijo, pai. - E aí? – perguntou curiosa. - Ele aceitou deixar a fazer um teste. Assim que eu chegar em casa eu ligo pra ela. - Por que não liga agora, ? – perguntou enquanto lia alguma coisa no computador. - Porque eu não quero me distrair mais, preciso terminar isso – levantou as mãos e mostrou um monte de fotos para um outro projeto da empresa. Trabalharam até cinco horas e finalmente foram embora.
Ao chegar em casa ainda tinha que fazer mais duas coisas. Pegou o telefone que ainda tinha em mãos e discou o número do celular de . - Alô? - falou do outro lado da linha. - ! Ainda bem que você atendeu! - Quem é? ? - É, ela mesma, agora escuta! - Nossa, tanto entusiasmo pra que? - Eu tenho uma proposta, na verdade, você tem que aceitar. - Nossa, fala logo que eu tô curiosa aqui. - Bom, tem uma banda, que a nossa empresa está trabalhando no marketing e tal, então... Nós precisamos de uma sessão de fotos, pra divulgação mesmo, o primeiro nome que veio na minha cabeça foi o seu. - Sério, ? - parecia emocionada e animada ao mesmo tempo. - Sério mesmo. Você pode? Amanhã de manhã, eu, e estaremos lá, diz que sim, por favor. - Sim, sim, sim! Eu quero, não precisava nem me perguntar. - Ai ainda bem, vai ficar perfeito! Amanhã a gente passa aí pra te pegar, agora eu tenho que ligar pro Danny e avisar sobre a sessão. - Danny? - perguntou desconfiada - O que o Danny... Ah não... O seu cliente é o Mcfly? - É! - disse animada. - Ah, ... - O que foi? Qual o problema? - Ai , o problema é o baterista do Mcfly... - disse com a voz fraca. - Nossa, mas eu achei que vocês fossem sei lá, amigos... - Éramos. Eu estraguei tudo, como s-sempre... - gaguejou na última palavra com voz de choro. - Amiga! Ai , o que aconteceu? - falou preocupada. - Ai eu estraguei tudo... contou tudo o que tinha acontecido durante e depois do Glastonburry, ouvia tudo com atenção dobrada, sem dizer uma palavra, até que ela terminou. Após quase uma hora conversando, concordou em ir para a sessão, não poderia perder essa oportunidade. As duas desligaram o telefone, mas ainda tinha que ligar para mais alguém: Danny. Danny estava na casa de Tom, junto com os outros garotos, Harry e Dougie. Todos estavam na sala, tinham pedido pizza e tomavam algumas cervejas enquanto conversavam. - Não, cara, foi sinistro - Disse Dougie enquanto contava uma história maluca - Quando nós vimos tudo estava destruído e... O celular de Danny que estava sobre a mesa tocou e todos pararam de falar enquanto ele olhava o visor, ao ver o nome e a foto que apareceram corou um pouco. Todos perceberam, dando um longo suspiro deitando no sofá. - ! - Danny atendeu animado, os outros ficaram encarando-o em silêncio dando risadinhas irônicas. - O Danny tá vermelhinho, o Danny tá vermelhinho - Dougie e Harry começaram a cantar, fazendo Tom rir enquanto Danny fazia sinal para pararem. - Cala a boca, dude! - Danny voltou a falar com que ria do outro lado da linha. - Ocupado? - Ela perguntou entre risos. - Não, não, pode falar - Ao dizer isso Dougie e Harry começaram a imitar Danny e , Harry fazendo uma imitação de Danny e Dougie de , Tom dava gargalhadas e Danny ficava cada vez mais vermelho. - Parece que a coisa tá boa aí - Ela disse ainda rindo. - Só uns idiotas que estão aqui. - Se você está falando do Dougie, Harry e Tom, manda um "Oi". - Ela mandou um "Oi" - Danny disse aos amigos que responderam em coro "Oi, " fazendo com que ela risse mais. - Bom, Danny, eu estou ligando pra avisar que amanhã, pela manhã, vai acontecer a sessão de fotos de vocês. - Amanhã? - Danny deu um grito - Já? - É, tem algum problema? - Não, imagina. Só me pegou de surpresa. - Bom é amanhã, no mesmo lugar que foi a do Busted, o Tom sabe onde é. Pergunta pra ele. - Tom, você sabe onde foi a sessão de fotos do Busted? - Danny se virou para o amigo que acenou positivamente com a cabeça. - Como eu poderia me esquecer? - Ele resmungou baixinho dando um gole na cerveja. - Bom, a vai chegar lá umas dez horas então, todas nós estaremos lá para acompanhar tudo desde o começo. - A ? - Danny perguntou confuso, ao ouvir esse nome, Harry olhou de Tom para Dougie com a sobrancelha levantada - O que ela vai fazer lá? - Danny, ela é fotógrafa, acho que ela vai bater fotos? - respondeu meio confusa. - Ah é, certo, certo. Tudo bem. - Nos vemos amanhã então. - Claro, estaremos lá, até - Danny desligou o telefone e encarou os outros três que estavam na sala. - Não me diga que... - Harry olhou para Danny com a voz fraca. - Amanhã sessão de fotos, a vai ser nossa fotógrafa. - Que legal, dude! - Dougie falou animado. - Legal? Que droga - Harry deu mais um gole na cerveja com o olhar vago. - Por quê? O que tem de mais? Você falou que as fotos dela são legais - Tom disse encarando-o desconfiado. - E são... - Harry se calou depois disso deixando uma dúvida no ar, mas Dougie não ia deixar por isso mesmo. - O que aconteceu, amor? - Dougie sentou no colo de Harry passando a mão pelos seus cabelos fazendo Danny e Tom rirem. - Ah sai daqui, Dougie - Harry tentava segurar o riso olhando para o chão. - Fala logo, Harry - Danny já estava impaciente. - Dude, achei que vocês estavam se dando bem, foram pro festival juntos e... - Tom foi interrompido por Harry que falou: - Ah cara, eu tava apostando todas as minhas fichas na , mas porra, é foda, ela não dá nenhuma abertura, cansei. - Ah sei... - Tom ficou calado olhando pro chão. - Cara, alguém quer esse último pedaço? - Disse Dougie saindo de cima de Harry e pegando o pedaço. - Nossa Dougie, sua sensibilidade me mata - Harry deu uma risada olhando para Tom. - Ah dude, o importante é a sessão, ela tira fotos boas e é isso que importa - Dougie deu uma mordida na pizza enquanto falava. - É verdade, vai ser uma merda, o clima vai ficar ruim de qualquer jeito. - Pior do que hoje na sala da não dá pra ficar - Disse Tom dando um gole na cerveja. - Po, eu achei tudo normal, ela foi super simpática com a gente - Harry falou encarando os outros três. - Com vocês. Ela nem olhou na minha cara - Tom falou com a voz amarga. - Dude! Afinal o que aconteceu? - Perguntou Danny confuso olhando para Tom - Achei que vocês estivessem de boa. - Você e a ? - Harry perguntou surpreso. - Ah cara, é foda, ela fica de rolo com o James enquanto tá comigo, cansei disso. - Mas vocês são ou pelo menos eram melhores amigos. - Até ela estragar tudo - Tom enfatizou o "ela". Danny permaneceu calado encarando Tom com uma cara de "só ela é culpada é?". - Tá bom, tá bom, eu disse coisas que podem tê-la magoado... - Os outros três acenaram com a cabeça negativamente, mas Tom continuou rapidamente, tentando se defender - Sim! Ela fez por merecer... - Eita, pelo visto vocês só arrumam confusão. Eu estou mais do que bem com a - Danny deitou no sofá tranqüilo. - É, até agora você só comeu as entradas - Disse Harry com um sorriso maroto, arrancando risos de Tom e Dougie - Quando vai chegar ao prato principal, Jones? - Cala a boca, Harry - Danny pegou uma das almofadas e jogou em Harry, mas ele se desviou e ela acabou indo bem na mão de Dougie que deixou a pizza cair no chão. - Porra, dude! - Ele pegou do chão e deu uma mordida - É, pelo visto todo mundo tá na merda aqui. - Nossa Dougie, você é nojento - Harry deu um sorriso. - Até você? - Tom olhou para Dougie rindo. - É dude, a me chutou, deu um fora, tô ferrado, pior do que vocês, eu diria. - Gente, gente, esse problema vai acabar, quando a banda estiver famosa, vai chover mulher e a gente não vai precisar nem de , nem e muito menos - Harry levantou a cerveja que estava em cima da mesa propondo um brinde - Ao Mcfly! - Ao Mcfly - Repetiram os outros pegando suas respectivas garrafas.
- Então? Você está a fim de fazer o quê? – Danny perguntou arrancando com o carro. - Não sei, você que sabe... – respondeu despreocupada. - Ah, me ajuda , eu não quero escolher sozinho. - Tá, tá... Pra falar a verdade eu estou sem fome. - É... Nem eu... Pra falar a verdade, eu acabei de comer pizza com a banda. - Nossa! Obrigada pela parte que me toca! Achei que você tivesse me chamado pra gente jantar ou fazer qualquer coisa do tipo... – falou em tom ofendido, tentando segurar o riso. - Desculpa, , mas é que eu 'tava com muita fome sabe? Mas se você quiser jantar eu janto, ainda tem espaço aqui – Danny falou dando tapinhas na barriga, fazendo com que caísse na gargalhada. - Não, não, eu tava brincando, mas eu acho que uma sobremesa cairia bem, que tal sorvete? - Sorvete? Você leu meus pensamentos – Danny lançou um sorriso para a garota que retribuiu. - Sério? – falou espantada. - Sério, eu ia sugerir isso. - Danny Jones, nós temos uma sintonia – falou rindo, voltando a atenção para a rua.
- Duas bolas de menta – Danny falou para a garçonete do outro lado do balcão – Pra mim... Um sundae de chocolate. - Como você sabia o que eu ia querer? – perguntou espantada. - Menta é o seu sabor preferido, você acha que eu me esqueci? - Eu não acredito que você lembrou! - Claro que eu me lembro, a gente se conhece desde que éramos pequenos, praticamente crescemos juntos. Eu sei tudo sobre você – Danny deu um risinho sem graça. - Você é um fofo, Danny – se adiantou dando um selinho no garoto.
- E estamos aqui novamente – Danny falou tranquilo. Agora ele e andavam abraçados pelo parque em frente ao prédio da garota. Tinham acabado de tomar o sorvete e decidiram andar um pouco. Algumas pessoas ainda passeavam por ali enquanto eles conversavam, andando lentamente. - É... Acho que esse lugar marcou – deu um pequeno sorriso encarando o chão. - Nosso primeiro beijo – Ele completou. - É... - Foi muito bom... - É, foi bom... – concordou com um risinho. - Eu queria ter feito aquilo há muito tempo – Danny falou decidido. - Sério? – o encarou confusa. Danny apenas acenou positivamente com a cabeça. - E por que você não fez nada? - O que você queria que eu fizesse? – Danny a olhou espantado. - Sei lá... Dado algum passo, conversado comigo. - Porra! – Danny riu – Você não queria um passo e sim uma declaração de amor. - Você sabe que eu sou lenta pra pegar as coisas... – falou encabulada.- Se sei... É que... Eu queria que fosse na hora certa e no lugar certo...- Você não poderia ter escolhido um lugar melhor – Ela deu um risinho, dando-lhe um beijo no rosto. - Mas tem outra coisa... Eu só achei que você não gostasse de mim do jeito que eu gostava de você... – Danny falou com simplicidade na voz. parou de andar abraçando o garoto pela frente, encarando-o. - Danny! Por que você achava isso? - Ah, você sempre me pareceu... Distante, não parecia interessada em nada além de um amigo. - Eu era - e ainda sou - tímida, o que é completamente diferente de desinteressada. - De qualquer jeito, você não queria nada comigo. - Bom Daniel, eu tenho uma coisa pra te falar... - O que? – Ele perguntou curioso. - Eu sempre fui louca por você, sempre gostei de você, mas eu nunca tive coragem de te falar qualquer coisa... – o encarou com todo o rosto vermelho. - Sério? – Ele perguntou quase em um grito. - Sério... - Quer dizer que a gente já poderia estar ficando ou tendo qualquer coisa há muito mais tempo? – Danny tinha os olhos arregalados. - Parece que sim... – mordeu o lábio inferior. - Eu sou um idiota mesmo... – Danny deu um tapinha no próprio rosto, fazendo rir. - Nós dois somos então... - Gostei, agora eu acho que os dois idiotas aqui, deveriam parar de falar e tentar recuperar o tempo que eles ficaram separados pensando idiotices, fazendo outra coisa... - Adorei a idéia – deu um risinho selando seus lábios
Capítulo 15
terminava de arrumar todo o equipamento dentro de uma mala especial quando ouviu a buzina do carro de do lado de fora. Ela correu até a janela e viu que e estavam no carro. Elas olhavam em direção a janela do quartoe acenaram para a garota que fez sinal, pedindo mais cinco minutos, consentidos por .
Passou o olho pelo quarto: tudo estava no lugar, tinha todos os equipamentos na mão. Só faltava uma coisa, correu para o banheiro e pela milésima vez se olhou no espelho. Tinha que admitir, ela estava muito bonita, seus cabelos estavam soltos, usava uma blusa regata branca com uma calça jeans escura, uma bota marrom cobria a barra da calça.
Desceu as escadas correndo com a enorme mala preta na mão, colocou no porta-malas e entrou no carro ao lado de .
- Então meninas? Animadas? - perguntou com um sorriso fraco.
- Não - Responderam e juntas.
- Nossa... Toda essa ‘animação’ por quê? - estava confusa com tudo aquilo.
- Ah, isso envolve dois ingleses muito lindinhos, chamados de Dougie e Tom - completou com um sorriso enquanto saia do campus com o carro.
- Nossa, mas por quê?
e contaram toda a história para , que após ouvir a delas contou o que tinha acontecido com Harry. já estava ficando entediada, já que tinha ouvido todas as histórias várias vezes. Já sabia de cór e salteado.
estacionou o carro bem em frente a casa em que aconteceria a sessão, todas desceram do carro. e entraram primeiro com a desculpa de ir ao banheiro, ajudou com o equipamento. As duas entraram e chegaram a uma sala branca, onde começaram a montar o equipamento. Estavam meia hora adiantadas, daria tempo de montar tudo. A equipe foi chegando aos poucos.
As quatro estavam sentadas conversando animadamente quando ouviram vozes vindas do corredor.
- Então? Vamos começar? - Disse Danny animado entrando na sala, indo em direção as meninas.
- Só se for agora - disse entre risos.
Os outros três entraram mais acanhados, já que teriam que enfrentar as últimas pessoas que queriam ver no mundo, , e .
- Opa - Dougie cumprimentou de longe com um aceno junto com um sorriso sem graça para as garotas que retribuíram da mesma maneira.
- Vamos começar então - se levantou evitando olhar para Harry - Temos que escolher as roupas primeiro. Danny? Você começa?
- Claro - Danny deu um sorriso receptivo seguindo com ela mais as outras três garotas até a arara com roupas penduradas.
Dougie, Tom e Harry sentaram nas cadeiras que antes eram ocupadas pelas garotas.
- Acho que essa blusa vermelha vai ficar boa nele - tirou a blusa xadrez da arara colocando em frente a Danny - Vai ficar ótima, adoro essa cor.
- Só vou usar vermelho a partir de agora - Danny respondeu dando uma piscada para que ficou com o rosto da mesma cor da blusa.
- Essa roupa está ótima, Danny. - concordou com um sorriso - Pode ir até o banheiro e se trocar, próximo!
Os três que estavam sentados se olharam, esperando que alguém desse o primeiro passo.
- Vai logo Tom! - Dougie sussurrou baixinho.
- Eu não. Vai você! - Tom falou olhando para o chão.
- Próximo! - chamou dessa vez.
- Venham os três logo! - gritou encarando-os.
- Se fodeu, idiota - Dougie riu apontando para Tom.
- Você também imbecil - Tom deu língua para Dougie, enquanto Harry ria, se levantando.
Os três se aproximaram, lançou cada um para as amigas, Tom para , Dougie para e Harry para , elas apenas a olharam querendo matá-la.
começou a procurar uma blusa que pudesse usar enquanto Tom observava.
- Se você quiser pode escolher a cor que você gostar mais - Ela disse apontando para uma camiseta pólo.
- Achei que você soubesse a minha cor preferida - Ele disse com um risinho.
- Atualmente eu acho que não sei mais nada sobre você - respondeu com tristeza na voz pegando outra blusa e entregando a ele - Coloca essa.
Tom a encarou por alguns segundos e se dirigiu ao mesmo banheiro que Danny para trocar de roupa.
tinha duas blusas nas mãos, olhava para as duas em dúvida. Dougie estava parado na sua frente olhando todos os seus movimentos e ela percebia isso.
- Essa vai ficar boa - colocou a blusa na frente do garoto.
- Gostei dessa - Ele disse com um sorriso enorme que fora retribuído com um olhar sério de .
- Mudei de idéia - afastou a camiseta do corpo do garoto e pegou a segunda opção - Essa definitivamente vai ficar melhor.
- É, tem razão - Ele disse dando um sorriso para ela.
- Quer saber? As duas são horríveis!
- Tá bom, eu não gostei de nenhuma, pode escolher agora - Dougie falou impaciente.
- Ótimo! - deu um sorriso afetado e entregou a Dougie a primeira blusa descartada - A primeira, toma.
procurava uma roupa tentando evitar olhar para Harry, ele também não fazia forças para olhá-la, afinal, não era ele quem tinha estragado tudo, mas tinha que admitir que ainda sentia arrepios ao ficar ao lado dela.
- Pode ser essa listrada? - apontou para a blusa encarando Harry pela primeira vez, seus joelhos falharam, mas ela continuou firme.
- Por mim tudo bem - Harry levantou as mãos voltando a olhar para a arara.
- Você pode dar a sua opinião se quiser, eu não quero ter que escolher sozinha.
- O que você quiser que eu vista tá bom - Ele falou friamente.
- Harry... - desviou o olhar que caía sobre a arara encarando os globos azuis dele.
Harry permaneceu calado esperando que ela falasse alguma coisa.
- É que... - Ela tentava encontrar as palavras, o jeito certo de dizer, não poderia mais adiar aquilo - É que, eu preciso falar com você...
- Sou todo ouvidos - Ele falou tranquilamente encostando a mão na arara.
- Depois da sessão de fotos, vamos tomar um café qualquer coisa.
- Sabe, é que eu estou muito ocupado agora. A faculdade e tenho muito trabalho - Ele falou cinicamente imitando-a.
- Ah, você não perdeu o bom humor, bom saber - deu um sorriso triste no rosto e entregou uma blusa pra ele - Veste essa daqui, o banheiro é a primeira porta a direita.
- Tudo bem - Ele pegou a roupa e seguiu em direção ao banheiro virando para encarar que ainda o olhava - Eu não sou tão difícil quanto você. Vamos ao café aqui perto e eu te levo pra casa - Ele deu uma piscada e seguiu em frente.
Todos os meninos apareceram em frente ao painel branco e já estava a postos, com a câmera na mão. Depois que eles se colocaram na frente dela, ela falou:
- Bom, a vai fazer algumas perguntas e eu quero que vocês respondam, só para se soltarem.
- Isso não deveria ser uma sessão de fotos? - Perguntou Danny coçando a cabeça.
- E é. Eu só quero pegar suas fotos sem posar - falou calmamente fazendo sinal para começar.
- Podem dizer seus nomes, por favor?
- Eu sou o Dougie - Dougie disse com uma cara de "óbvio".
- E o que você faz na banda Dougie?
- Eu toco baixo e...
- Não faz porra nenhuma - Disse Danny em uma risada que foi acompanhada pelos outros.
Enquanto iam tirando graça das perguntas batia as primeiras fotos, se movimentando por todos os lados.
- Vocês têm namorada? - lançou um olhar para Tom ao fazer a pergunta.
- Eu tenho! - Harry levantou a mão.
parou de fotografar por alguns segundos espantada, até que Harry finalmente falou em meio aos olhares que vinham em sua direção:
- O Dougie, mas ninguém sabe.
Mais uma vez todos deram gargalhadas enquanto as fotos eram tiradas.
- Acho que está bom, agora vamos posar um pouco, mas antes troquem de roupa, as garotas vão ajudá-los, já separaram todas.
Os garotos se dirigiram animados até a arara para pegar as roupas e se dirigiram mais uma vez ao banheiro.
- E aí o que você tá achando? - Perguntou preocupada.
- Tá melhor do que eu esperava. Sério - deu um sorriso de ponta a ponta que acalmou a amiga - Agora nós podemos ir para o outro cenário?
- Outro cenário? Como assim? - agora se aproximava junto com - Você quer dizer aquele do segundo andar?
- Não, quero fotografar aqui na rua. vai ficar perfeito.
- Mas , na rua? - falou com um pouco de medo na voz.
- O que tem demais? Aqui é uma rua fechada, tranqüila, nem passam carros, vai ser perfeito.
Os meninos voltaram para sala e repararam que ela estava vazia, os encontrou no corredor e avisou que deveriam ir para a entrada do prédio. Quando o grupo chegou lá, verificava a luz do local.
- Aqui está perfeito, podem se posicionar aqui, por favor. Só olhem para a câmera.
Após alguns flashes e muitas fotos, resolveu encerrar a área de fora.
- Já está bom, agora peguem as outras roupas que estão separadas lá dentro, vamos fazer as sessões separadas.
Os meninos entraram mais uma vez, enquanto voltava para o primeiro cenário e esperava que cada um entrasse.
Enquanto isso, no banheiro, os garotos terminavam de se arrumar.
- Dude muito estranho esse moletom. Essa textura...! - Danny falou espantado.
- Er.. Danny... - Harry deu uma olhada levantando a sobrancelha em meio a risadinhas de Tom e Dougie - Você deveria tentar usar o moletom do lado certo pelo menos.
- Tá do avesso, loser - Dougie falou rindo.
- Ah é mesmo - Danny deu um riso tirando o moletom e colocando do lado certo.
- Quem vai primeiro? - Tom perguntou amarrando o tênis.
- Nem olha pra mim - Harry falou se olhando no espelho.
- Ih tá com medinho Judd? - Disse Danny rindo.
- Medo nada. Só quero ser o último. Sabe como é ela fica com a perna bamba quando tá comigo - Ele falou convencido, os outros se olharam rindo e falaram juntos:
- Tá foda!
- Dude, eu não vou primeiro - Harry insistiu.
- Tá bom eu vou - Tom falou mal humorado - Danny, Dougie e aí você garanhão.
- Gente, vamos, hein? - bateu na porta impaciente.
Os garotos saíram e Tom foi o primeiro. A sessão foi tranqüila. conseguiu tirar boas fotos, assim como Danny e Dougie, agora só faltava um. O que ela mais temia: Harry.
Ele entrou meio desconfiado. Estavam sozinhos na sala, ele se posicionou em frente ao painel branco olhando para a câmera.
- Pode fazer o que quiser, eu só bato as fotos - Ela falou com um pequeno sorriso.
- Achei que você gostasse de bater fotos espontâneas.
- Eu gosto, mas não é isso que vocês estão precisando agora - foi batendo uma foto atrás da outra, Harry era muito fotogênico, então era muito fácil bater qualquer foto que fosse.
- Quer dizer que você está fazendo isso mesmo sem gostar desse tipo de foto? - Ele falou levantando a sobrancelha.
- Abaixa a sobrancelha - Ela disse com um riso com o canto da boca.
- Te dá um ar convencido - Ele repetiu imitando-a.
- Desde quando você anda fazendo imitações minhas?
- Ah, desde que você começou a ser chata comigo.
- Ou seja desde o dia em que a gente se conheceu...
- É... Mais ou menos por aí - Ele riu olhando para a câmera, aquele sorriso fez com que derretesse, mas continuou batendo as fotos.
- Desculpa - baixou a câmera com um ar de tristeza na voz.
Ele deu um sorriso olhando e se aproximou um pouco com as mãos nos bolsos da calça larga que usava, deixando à mostra a cueca.
- Pelo que?
- Por eu ter sido tão difícil com quem foi tão legal comigo - Ela o encarou, séria - E... Por ter te evitado, acho que... Você não merece isso.
- Ah eu sou tão legal assim? - Ele levantou a sobrancelha convencido aproximando-se mais dela, agora seus rostos estavam a apenas um palmo de distância e eles se encaravam.
- É melhor - Ela disse com um risinho com o canto da boca, aproximando o rosto do dele, fechando os olhos. Era agora! Depois de tudo o que acontecera, teria seu coração aberto as portas para um novo amor?
Harry a encarou. Era difícil vê-la ali. Ele afastou o rosto e simplesmente falou:
- Acho que já tem fotos suficientes.
abriu os olhos e viu que ele já estava chegando à porta.
- É, acho que sim. Sessão encerrada - Ela olhou para a câmera que tinha em mãos, olhando para a última foto que tinha tirado, ele estava perfeito nela.
- Te espero no carro - Ele disse fechando a porta.
A porta do estabelecimento abriu em um estrondo e Dougie saiu cambaleando junto com Danny que vinha pendurado em suas costas, logo atrás Harry e Tom davam gargalhadas da cena, nem as meninas conseguiram segurar o riso. Ao perceber que vira a cena Danny saiu das costas do amigo e foi em sua direção com um sorriso de ponta a ponta.
- Vamos?
- Claro, só estava te esperando. - deu um sorriso - pode pegar meu carro - jogou as chaves para a amiga.
- Tchau dudes - Danny deu um aceno e ele e entraram no carro.
- Ei Harry, vou com você - Dougie falou distraído.
- Pô dude, não vou pra casa daqui.
- Com quem eu vou então? - Dougie se desesperou - Tom?
- Dougie a sua casa é muito longe da minha, tenho que terminar uma música ainda, foi mal.
- Meu Deus, como eu vou? - Dougie olhou desolado para os amigos.
- Que tal um táxi? - o encarou com um sorriso convencido no rosto.
- Obrigado pela dica , essa seria a última coisa que eu pensaria - Ele a olhou sério com a voz sarcástica - Infelizmente eu não tenho dinheiro.
- A gente te leva Dougie - falou solidária recebendo um olhar fulminante de , que fora ignorado.
- Sério, ?! - Ele perguntou com os olhos brilhando.
- Sério. Mas vai no banco ao lado da , tô com dor de cabeça quero dormir um pouco atrás.
- Você é um anjo, valeu mesmo.
Tom revirou os olhos o que foi percebido por , que apenas virou de costas e seguiu para o carro com , que estava emburrada, e Dougie.
Harry e se despediram de todos e seguiram para o carro sem falar uma palavra.
Tom se viu sozinha na rua, viu os dois carros irem embora, dando uma última olhada em que virou a cara ao ver que ele a encarava, voltou a atenção para as chaves que tinha nas mãos, só queria chegar em casa.
O silêncio guiou Harry e até o café mais próximo. O vento que chegava junto com a noite ia tomando conta da rua, fazendo com que algumas mechas de seus cabelos caíssem sobre seus rostos. A porta foi aberta por Harry, deixando que ela entrasse primeiro.
- Pode ser ali? - Ele perguntou apontando. Ela apenas acenou afirmativamente com a cabeça. Os dois seguiram para a pequena mesa circular, sentando-se em cadeiras lado a lado.
- O que vocês desejam? - Perguntou o garçom que veio quase que imediatamente em direção a mesa.
- Eu quero um capuccino - falou calmamente encarando o cardápio que tinha em mãos.
- Capuccino? Odeio! Prefiro café preto mesmo - Harry falou fazendo uma careta enquanto olhava para o mesmo cardápio que .
O garçom saiu com os pedidos e os deixou sozinhos
- Então, o que achou da nossa sessão hoje? Sinceramente por favor.
- Sinceramente? - Ela falou encarando-o com um pequeno sorriso - Muito boa, melhor do que eu esperava.
- Sério? - Ele falou surpreso
- Sério. Por quê? Você não confia no meu trabalho? - Ela perguntou brincando falando em tom de ofendida.
- Muito pelo contrário, eu confio demais. Não confio nos seus modelos - Ele deu uma risada acompanhada por .
- Não se preocupe, todos vocês foram bem. Me surpreenderam.
- O papai aqui deu show!
- Você é bastante fotogênico, isso te ajuda. Mas os outros garotos foram ótimos também, as fotos vão ficar boas.
- Nossa, então a gente foi muito bem - Ele enfatizou o "muito" - Quer dizer, surpreender você é uma tarefa difícil, impossível eu diria.
- Não é tão difícil assim, você me surpreende sempre Harry Judd.
O garçom deixou na mesa os pedidos e se voltou para a outra mesa.
- Uou, nunca pensei que você diria isso! - Ele disse com um sorriso enorme - O que eu fiz demais?
- Você está tomando café comigo - deu um gole no capuccino.
- E o que tem demais nisso? - Harry deu um gole em seu café preto também encarando-a.
- Ah, depois das coisas que eu fiz, todos os cortes e respostas mal criadas, você está sendo muito legal comigo.
- Você não foi tão ruim... - Ele disse cínico.
- Ah cala a boca - deu um riso dando um tapa no braço em que Harry segurava a xícara, fazendo com que ele derramasse café na própria mão - Meu Deus! Desculpa - levou a mão à boca, enquanto ria, junto com Harry.
- Ri bastante, só me ferro.
- Deixa que eu limpo - pegou alguns guardanapos que estavam sobre a mesa e limpou a mão de Harry - Desculpa, não era minha intenção.
- Tudo bem - Ele deu um risinho.
entrou no carro sem falar nada. Estava emburrada. Como podia ter chamado Dougie para pegar uma carona com elas depois de tudo o que ele tinha feito?
e Dougie entraram no carro, logo começaram uma conversa animada sobre a sessão de fotos que tinha acabado de acontecer. Ele falava sem parar, enquanto ria das coisas que ele falava. só fazia olhar para frente, aquilo já estava a deixando irritada.
- Gente, vou dormir aqui um pouquinho, minha cabeça tá doendo. - falou deitando no banco de trás.
Passados alguns minutos de silêncio, o carro parou em um sinal vermelho, Dougie olhou , que continuava com o olhar para frente, ao ver que ele a encarava, ela virou o rosto para ele.
- Er... Deixa eu adivinhar... Sem conversas? - Ele deu um sorriso sem graça.
- Nossa! Como você adivinhou? - falou sarcasticamente voltando a olhar para frente.
- Ótimo - Dougie falou baixinho.
- Ótimo - avançou o sinal, aumentando cada vez mais a velocidade do carro.
- Ótimo...
- Dá pra parar de repetir tudo o que eu falo? - Ela disse quase gritando, avançando mais um sinal.
- Eu não tô repetindo tudo o que você fala! Só concordando, é totalmente diferente.
- Não, não é!
- Claro que é!
- Não, não é! - aumentou ainda mais a velocidade do carro, avançando mais um sinal.
- Claro que... ! OLHA O CARRO! - Dougie só conseguiu ver dois faróis vindo na direção do carro.
Rapidamente se desviou do caminhão. Os pneus cantaram e a buzina do outro carro acordaram que dormia tranquilamente.
- ! Você tá louca? - gritou sentando-se no banco.
- E-ela... Tá querendo matar a gente! - Dougie falou horrorizado.
- Calma! Eu não vi o carro!
- Não não. Ela tava passando por todos os sinais vermelhos! - Dougie falou gritando.
- ! Você ultrapassou sinais vermelhos? - perguntou com as mãos na cintura.
- E-eu... Não! - a olhou assustada - Só... Alguns...
- Olha, dá licença que eu não quero morrer - falou abrindo a porta do carro.
- ? Você vai pra onde?
- Tenho que resolver um assunto, acabei de lembrar - Ela falou séria, chamando um táxi que passava.
Eles continuaram a conversar por meia hora até que pagassem a conta, que Harry insistiu em pagar, mesmo que alegasse que ela quem o tinha convidado.
O carro parou em frente ao grande prédio da faculdade. Nenhum dos universitários estava do lado de fora. O vento frio já castigava as janelas e as árvores do campus.
- Está entregue sã e salva - Harry deu um risinho olhando para .
- Obrigada... - se calou por alguns instantes, pensando no que dizer, enquanto isso eles ficaram com os olhos fixos um no outro - Por tudo Harry...
- Tudo o que? - Ele levantou a sobrancelha, confuso. se derreteu toda ao vê-lo fazer isso.
- Ah, pela paciência comigo, pelo café, pelas fotos, pelas convers... - Antes que pudesse continuar, foi detida pelos dedos da mão direita de Harry que cerraram seus lábios.
- , não precisa falar isso, está tudo bem entre a gente não é? Sem ressentimentos nem nada do tipo, estou feliz de tudo ter voltado ao normal.
apenas acenou lentamente com a cabeça estava hipnotizada pelos globos azuis que a encaravam com tanta delicadeza e paciência. Por que ele era assim? Tão compreensivo com ela, que fora tão injusta com ele?
A mão de Harry finalmente deixou os lábios de , que permaneceu calada encarando-o. Ela deu um sorriso bobo, encarando a boca de Harry, ele deu uma pequena mordida no lábio inferior olhando-a, seus rostos se aproximaram um pouco, ambas as partes deram o primeiro passo, seus narizes se tocaram, podiam sentir a respiração um do outro.
- Acho melhor você entrar - Harry disse saindo do transe e afastando rapidamente o rosto do de .
- Tem razão - Ela falou com a voz decepcionada - É melhor eu ir andando.
deu uma última olhada antes de sair do carro. Seu olhar estava vago, triste e ele percebeu isso. Ela tinha estragado tudo! Agora era ele quem não queria nada com ela. "Como eu pude ser tão idiota?" Ela pensava enquanto caminhava rapidamente até o seu dormitório. "Parabéns , levou outro pé na bunda e tudo por sua causa!".
Ao ver que ela tinha entrado em segurança no prédio Harry levou as mãos à cabeça. "O que tá acontecendo comigo? Uma coisa é dar um gelo, mas perder uma chance dessas foi burrice! Loser!", ele ainda encarava a porta do prédio quando olhou para o banco que a pouco era ocupado por , ela tinha esquecido a maleta com seus materiais no carro. Ele desligou novamente o motor e pegou-a, correndo em direção ao prédio.
"Oi , você esqueceu isso no meu carro" Ele ia pensando enquanto ia subindo as escadas, ", tá esquecida hein? Esqueceu sua bolsa... Não idiota!". Harry parou em frente a porta e pigarreou. Tomou coragem e bateu. Esperou alguns segundos, até ouvir o barulho da chave e a maçaneta girando.
- eu... - Harry parou de falar, se deparou com uma , de olhos vermelhos, com o olhar mais triste que já viu alguém dar. Parecia que estava querendo chorar, será que teria sido pelo que não aconteceu no carro? Ela também se surpreendeu. Apressou-se em falar e abrir o sorriso mais forçado que alguém poderia dar.
- Harry! O que faz aqui?
- É que... Bom você... Er... - Harry ficou extremamente sem reação, ela estava mal pelo que ele tinha feito. Como pôde ser tão idiota? Ela permaneceu calada esperando até que ele lhe entregou a maleta - Sua mala. Você esqueceu no carro.
- Ah... - Ela falou com a voz decepcionada - Claro... Estou muito avoada esses dias...
- É... - Eles se olharam... Encararam, na verdade, sem falar nada, apenas olhando - , olha no carro eu...
- E-eu entendi o recado - Ela falou tentando controlar o choro.
- Mas eu não quis fazer aquilo! - Ele falou sem saber o que falar, ela o olhou, horrorizada - Não! Eu quero dizer, não ter feito aquilo, eu queria ter feito, eu... Ah esquece, você não vai entender!
Harry deu passo rápido para frente abraçando pela cintura. Seus lábios se encostaram apressadamente e com vontade ao mesmo tempo. No momento ela ficou surpresa, mas seguiu Harry e relaxou, abraçando-o também.
- Café preto - falou entre o beijo que acontecia.
- Capuccino... Sabia que eu adoro capuccino? - Ele riu voltando a beijá-la com vontade.
Danny e chegaram ao cinema. Estava muito frio e a fila era enorme.
- Que filme a gente vai ver? - Ele perguntou passando o braço pelo ombro da garota que o abraçou pela cintura.
- Não sei, acho que alguma coisa leve né? Drama não dá...
- É, tem uma comédia-romântica passando, pode ser essa então?
- Pode sim, tava a fim de ver esse filme mesmo... O duro vai ser essa fila... - olhou para o lado.
- Não tem problema não, sem pressa - Ele falou despreocupado.
Após alguns minutos na fila, os dois finalmente chegaram no caixa.
- Acho que todo mundo teve a mesma idéia que a sua Danny – Ela riu enquanto ele comprava os ingressos.
- Tudo bem, já consegui os ingressos – Ele segurou a mão de – Você vai querer pipoca?
- Eu vou sim, estou faminta
- Por que você não disse antes?! Nós teríamos feito outro programa – Ele falou preocupado.
- Não Danny imagina! Pipoca não enche, mas é gost...
-... Poderíamos ter ido jogar golfe!
Ela o encarou por um tempo e caiu na gargalhada. Danny ficou pensando e viu a besteira que tinha dito.
- Desculpa, é que faz tempo que eu não jogo – Ele falou desconsertado.
- Eu adoraria pipoca, Danny – Ela deu um beijo no rosto dele.
Danny comprou a pipoca e o refrigerante. Eles entregaram os ingressos e foram se sentar. O filme começou e passados alguns minutos, Danny passou o braço pelo ombro de , ela sorriu, virando o rosto pra ele.
- Achei que você estivesse interessado no filme.
- Tenho coisa mais interessante para prestar atenção. - Ele deu um risinho, aproximando seu rosto.
Os dois se beijaram calmamente por algum tempo até que voltaram finalmente a atenção para o filme. Com medo de deixá–la com fome, Danny evitava encostar no saco de pipoca, enquanto enchia a mão e colocava de uma vez na boca.
- Você não quer pipoca não? - perguntou encarando-o.
- Não não, pode comer... - Ele falou sem graça.
- Danny, você está deixando de comer pipoca por minha causa? Porque eu falei que estava com fome?
- Imagina!
- Danny...
- Tá tá, você falou que estava com fome então eu deixei de comer.
levou as mãos no rosto rindo sem parar, enquanto Danny a encarava sem entender nada.
- Você é muito leso Danny!
- Nossa, é isso que eu ganho por ser cavalheiro?
- Você seria mais cavalheiro se me chamasse pra jantar...
- É né... - Ele falou pensativo - Não tinha pensado nisso, então... você quer jantar comigo?
- Quero - se inclinou dando-lhe um selinho.
- Você tá gostando desse filme?
- Pra dizer a verdade... Não... - Ela o olhou com medo de sua reação.
- Sério? Quer dar o fora daqui?
- Sim, quero pular logo pro jantar - Ela deu um risinho acompanhando-o até a saída da sala
pagou o taxista e desceu. Tomou fôlego e tocou a campainha. A noite estava muito fria e o casaco que ela tinha sobre seus ombros e as botas que cobriam a calça pareciam não esquentar o suficiente. Ela viu a maçaneta girar, seu coração disparou.
- Pois não? – Tom abriu a porta e fez uma cara de espanto.
- Er... Oi – Ela disse sem jeito.
- O que você ta fazendo aqui? – Ele perguntou assustado.
- A gente precisa conversar Thomas – Ela falou séria, e após alguns segundos de silêncio, continuou – Não vai me chamar pra entrar?
- Ah claro – Ele acordou do transe – Entra.
entrou e Tom fechou a porta. Ele não fazia idéia do que ela tinha em mente, mas estava louco pra saber. Os dois sentaram no sofá da sala onde, meses atrás, costumavam se juntar para assistir filmes e conversar como bons melhores amigos. não pode deixar de se lembrar desses momentos.
- Você vai querer beber ou comer alguma coisa? – Tom tentou ser o mais educado o possível, tentando disfarçar a sua recepção mal criada.
- Não. Só quero que você sente e me escute.
Ele sentou virado para ela, encarando–a.
- Pode falar – Ele encheu o peito de coragem.
- Tom, o que é que está acontecendo com a gente? – Ao ver a cara confusa dele, ela continuou – Há uns meses atrás, essa sala era palco de conversas alegres e engraçadas, você tinha a Giovanna e eu tinha a minha vida, e de repente as coisas tomaram um rumo totalmente diferente! Uma reviravolta, você terminou seu namoro de anos, e nós começamos o nosso lance, que estava sendo reprimido durante uns meses. Você me disse coisas lindas e eu acreditei, eu realmente acreditei. Principalmente quando você disse que a minha amizade era mais importante do que qualquer coisa e que confiava muito em mim.
- Isso, confiava – Ele falou de cara fechada.
- Pela milésima vez, eu não tenho nada com o James, Tom! Eu não teria porque mentir pra você.
- Nada?! – Ele se levantou e começou a andar de um lado para o outro – Deixa eu ver, flores, encontros, almoços, um cartão pra lembrar que ele lembra de você e ah claro! Uma cantada de leve na minha frente!
- Tom! – levantou também – Ele sabe que eu não sinto nada por ele, pelo amor de Deus!
- Se ele sabe , ele se faz de idiota, porque pelo o que eu vi hoje, vocês estão muito bem, obrigado, e ele não vai desistir de você tão cedo.
- Ele não tem palavra nenhuma entre nós dois, eu decido com quem eu fico ou não, e se eu saí com ele Fletcher, foi porque eu estava realmente precisando, pra tentar esquecer certas coisas que ALGUÉM me disse na noite anterior, que machucaram bastante!
- Então é bom saber que quando você briga com quem gosta, corre pros braços de outro!
- Você nem me deixou explicar! Você nem quis conversar sobre isso Thomas! – Ela falou com raiva e tristeza ao mesmo tempo.
- Então já que você tocou no assunto, eu vou falar o que eu acho – Ele agora se encontrava em pé ao lado da janela e veio andando na direção dela – Eu acho que você deveria ser pelo menos discreta e não ficar dando moral pra um idiota que vem te cantar, na minha frente ainda! E outra, não, agora é minha vez de falar – Ele gritou quando ela abriu a boca para rebater – Você acha que foi fácil terminar com a Giovanna?! Pois fique sabendo que não foi! Durante todos esses anos você tem sido minha melhor amiga e sabe muito bem por tudo que eu e ela passamos, sabe o quanto eu gostei dela, e sabe melhor ainda que foram três anos bem felizes que eu passei ao lado dela. Mas aí , ela começou a me ignorar, me trocar por coisas que eu considero menos importantes do que eu. E foi quando eu comecei a ver a garota incrível que eu tinha do meu lado, que antes eu só enxergava como uma melhor amiga. Eu fui me apaixonando por você aos poucos, e quando eu achei que estava na hora,
eu larguei a Giovanna. Joguei três anos de relacionamento no lixo, e sem me arrepender, pra dar uma nova chance pro meu coração, pra dar o que ele merece sentir, carinho, amor, atenção, coisas que eu faço questão de dar também. E quando estava indo tudo muito bem, você se mostrou pior do que a Giovanna, deixando um cara que você mal conhece te cantar na minha frente, e ainda se mostrou infantil, desfilando com ele hoje só pra eu ver. E se essa não foi a intenção, me desculpa, mas foi o que pareceu. Você diz que eu mudei, diz que não sabe mais nada sobre mim, mas eu também não esperava atitudes desse tipo vindo de você, dá pra me explicar o que está acontecendo?
- O que aconteceu Fletcher – Ela tomou fôlego e começou depois de uns segundos calada e assustada com a reação dele – É que eu vacilei com você... E é por isso eu estou aqui fazendo uma coisa que eu nunca me imaginei fazendo.
- Você se acha especial demais pra pedir desculpas pra alguém?
- Não, mas eu nunca me imaginei brigando desse jeito com o cara pelo qual eu me apaixonei.
Os dois se olharam por um tempo, Tom já estava bem perto de . Aproveitou a chance e puxou a garota com força, deu um abraço apertado. Os dois ficaram grudados ali por bastante tempo. Ao se separarem, Tom não pode deixar de notar uma lágrima caindo dos olhos dela. Ela sorriu sem graça e ele enxugou o rosto dela com o polegar.
- Desculpa se eu demorei pra voltar atrás – Ela falou com a voz falhando.
- Estou orgulhoso que você voltou. Também nunca te imaginei me pedindo desculpas – Os dois riram e Tom encostou a sua testa na dela. Eles sentiram aquele clima alegre novamente, enquanto se olhavam. sorriu, fechando os olhos calmamente, ambos aproximaram o rosto nesse momento e eles se beijaram como nunca haviam beijado antes. Um calor inexplicável, uma vontade de não soltar nunca mais. Os dois se agarraram até caírem no sofá da sala com um estrondo, eles pararam de se beijar por alguns segundos para as gargalhadas, mas pouco depois as bocas já se encontravam de novo, sem descolar os corpos. já tinha as mãos por dentro da blusa de Tom, arranhando suas costas, para ela foi fácil tirá-la e depois voltar a beijá-lo puxando–o pelo pescoço. Após se acomodarem no sofá, continuaram os beijos picantes e Tom não agüentou de vontade, puxou com força a calça de , arrastando as botas, casaco e tudo
que estava atrapalhando. Ela deu um sorriso e ele continuou com toda vontade. Após passarem todas as fases das preliminares, eles finalmente mataram um desejo que vinha de ambas as partes há algum tempo. Agora sem dúvidas, ele era bem melhor que James.
O jantar correu da melhor forma possível, enquanto Danny falava mal sobre todas as partes do filme e falas engraçadas, ria de tudo. Passado duas horas de jantar, ele se ofereceu para deixá-la em casa. O carro parou em frente ao prédio.
- Filho da mãe! – Ele exclamou baixinho.
- O que você disse? – perguntou.
- Ah, nada, eu só acho que o porteiro poderia ter dado uma folga hoje, né?
- Mas como?... Aaah entendi! – começou a rir de sua lerdeza e da besteira que Danny tinha dito – Obrigada pela noite Jones, foi maravilhosa.
- É, concordo, mesmo com aquele filme que era uma droga...
- Mas pelo menos o jantar estava delicioso.
- Nossa, tava bom mesmo - Danny lambeu os beiços fazendo uma careta - Por isso merecemos um bis!
- Claro!
– Te pego na quinta para jantar, dessa vez, sem pipoca, só comida de verdade - Danny aproximou o rosto encostando seus lábios, começando outro beijo apaixonado.
- Ta ótimo então – sorriu, finalizando com um selinho - Até quinta. - Ela fechou a porta do carro e entrou no prédio. Danny arrancou com o carro feliz como nunca.
entrou na rua do prédio de Dougie e dirigiu o carro lentamente, até que parou bem na entrada.
- Pronto, está entregue. - quebrou o silêncio que tinha se instalado no carro desde que tinha saído.
- Obrigado - Dougie falou um pouco sem graça olhando-a.
- De nada... - Ela falou despreocupada - Agradeça a depois...
Dougie a encarou sem entender.
- Porque se dependesse de mim, eu não teria vindo aqui.
- É, eu sei... - Dougie abaixou a cabeça encarando os próprios pés - Eu fui um idiota com você...
- Nossa, finalmente uma coisa que nós concordamos!
- Mas eu acho que eu até mereço isso que você está fazendo, depois do que eu fiz, não ficaria surpreso se nada voltasse a ser como era antes.
- Pois é, não espere mesmo - falou seca, olhando para frente.
- Sabe, eu sei que pra você pode ser difícil me perdoar, mas eu queria que você me desse uma chance...
- Uma chance? Chance pra que? Pra você se divertir um pouco e jogar fora depois? - o encarou irritada.
- Não... Pra fazer o que é certo...
- E como você pretende fazer isso?
- Começando de novo, voltando a fita...
- Não sei se estou entendendo...
- Café da manhã na estação de trem onde nós nos conhecemos.
- Ah sei, que você deu uma de galã e garoto certinho, querendo dar lição de moral, lembro bem desse dia...
Dougie permaneceu calado, pelo visto não adiantaria argumentar.
- Agora você está entregue, boa noite...
- Pelo visto você não vai me perdoar tão cedo - Dougie cochichou antes de sair do carro.
deu a volta na rua, virando o carro para sair da rua sem saída, ela parou bem em frente a escadaria que levava a portaria do prédio do garoto, enquanto ele subia lentamente as escadas.
- Sabe... Todo mundo merece uma segunda chance - Ela falou arrancando com o carro logo em seguida.
Dougie deu um pequeno sorriso e entrou no prédio.
Capítulo 16
O barulho do despertador ecoava pela pequena sala do apartamento de . se enrolou um pouco na coberta. Aquele barulho atormentou o sono leve que estava tendo. Olhou em direção a janela, o dia já estava claro e pelo visto, frio também. Era melhor se levantar. Ainda tinha que tomar café da manhã na estação de trem e chegar a tempo no trabalho.
Colocou uma calça justa com uma bota, jogou por cima da blusa um sobretudo e um cachecol. "Melhor do que isso impossível" ela pensou enquanto se olhava no espelho.
foi até o quarto de para avisar que já iria sair, mas ao abrir a porta, se deparou com o quarto vazio, cama arrumada, tudo em seu devido lugar.
"Que estranho, será que a saiu mais cedo? Poxa, queria uma carona, droga..."
Dougie olhou mais uma vez o relógio da estação que estava quase vazia. Nesse horário quase não saía trem algum. Ainda estava em tempo. Eram sete horas, ela não chegaria antes disso mesmo, mas ainda sim, ele tinha medo de que ela não viesse e o deixasse plantado ali, em pé pegando aquele vento frio. Passados alguns minutos, ele olhava outro trem partir, estava tão desligado que não percebia o que acontecia em sua volta, até que sentiu uma mão em seu ombro.
- Bom dia! - falou com um sorriso no rosto.
- ! - Dougie acordou do transe olhando-a com uma expressão boba - Já estava perdendo as esperanças aqui.
- Dougie, eu não sabia que você me considerava tão megera assim!
- Não não, eu não quis dizer isso.
- Tô brincando... - Eles permaneceram em silêncio por alguns segundos angustiantes até que ele falou apressadamente.
- Café! Vamos comer alguma coisa logo, não quero te atrasar.
- Tudo o que eu mais quero agora, vamos sim.
Os dois seguiram pela enorme estação até chegaram a um pequeno café, com apenas três mesas na frente e um balcão colado a parede, apenas uma mesa estava ocupada, por um senhor idoso que lia o jornal, eles sentaram na mesa próxima ao balcão, já que o aquecedor estava logo ao lado.
- O que você quer? - Ele perguntou olhando o cardápio - Salada?
- Salada? - Ela deu um riso - Claro que não! Um capuccino e... Aquela barrinha de cereais parece deliciosa.
- Nossa, milagre, conseguiu parar de comer folha, agora só vai viver de barrinha é? - Dougie se levantou rindo, o que fez com que derretesse e foi até o balcão pegar os pedidos. Após alguns minutos ele voltou com uma bandeja cheia de coisas, tudo exceto o que tinha pedido.
- Dougie? O que é isso? - Ela perguntou horrorizada.
- Um café da manhã a la Dogí Pointé - Ele respondeu tentando fazer um sotaque francês, o que fez gargalhar.
- Tá bom tá bom, o que temos aqui no cardápio, chef? - falou entre gargalhadas - Ah! E sem o sotaque francês, por favor.
- Pô, o mais legal de fazer você corta - Ele falou fingindo decepção - Tá bom - Ele esfregou as mãos uma contra a outra - Aqui nós temos, ovos, bacon, torrada, achocolatado, bolo de chocolate, panqueca com mel por cima e...
- Dougie, isso... Engorda! Eu vou ficar obesa! De jeito nenhum... Não vou comer isso! - falou rindo.
- Ei, eu te chamei pra sair, então eu dito as regras!
- Você não pode me forçar a comer.
- Só um pouquinho, se você não gostar pode comer a barrinha - Ele fez uma carinha triste que fez se derreter mais ainda.
- Acho que... Um bacon não faz mal - Ela falou revirando os olhos.
- Toma - Dougie fisgou um pedaço de bacon com o garfo e colocou na frente da boca de - Abre a boquinha.
- Nossa... Isso é... Bom!
- Tá vendo? Eu disse que era. Aprenda com o mestre na arte da cozinha, tudo que não presta é bom... Panqueca?
Dougie e começaram a comer tudo o que tinha sobre a mesa, em meio a conversas paralelas, sobre a banda, aulas de baixo, bandas de rock, o trabalho dela e histórias antigas. Ainda tiveram que pedir mais uma panqueca e outro pedaço de bolo, que por sinal estavam deliciosos. Quando deram o último gole no achocolatado, deu uma olhada no relógio.
- Dougie, quando eu terminar de digerir essas milhões de calorias eu juro que te mato!
- Eu achei que você estivesse gostando da comida.
- Você chama isso de comida? Parece mais lavagem para os porcos, não tem nenhuma coisa boa nisso aqui, que me favoreça no futuro! - falou rindo junto com Dougie.
- É, mas bem que você gostou dessa lavagem para os porcos, sua porquinha.
- Porquinha?
- É. Agora só vou te chamar assim - Ele disse rindo. Os dois se encararam por alguns segundos com pequenos sorrisos estampados nos rostos, Dougie corou. A mesma coisa aconteceu com , que voltou a atenção para o relógio que tinha no pulso.
- Eu não gostei não, comi por educação - falou orgulhosa.
- Tá bom tá bom, imagine quando você come porque quer hein? Acaba com toda a comida que vê pela frente.
- Dougie! Você por acaso está me chamando de gorda? - Ela levantou a sobracelha ofendida.
- Eu? Não! Você está um pouco acima do peso, é verdade, mas nada...
- Acima do peso? - tinha os olhos saltados enquanto Dougie dava gargalhadas.
- Tô brincando tô brincando.
- Leso! - deu um tapa de leve no ombro de Dougie que apenas riu encarando-a.
- Você está linda desse jeito, não precisa se preocupar em melhorar, está... Perfeita.
Os dois se encararam por alguns segundos com pequenos sorrisos estampados nos rostos. Dougie corou se aproximando cada vez mais do rosto dela.
- A porquinha mais bonita de todas - ele falou bem em frente à boca de .
Era impossível resistir, ela se adiantou, encaixando os lábios nos dele, lentamente eles começaram o beijo que durou um bom tempo. Estavam mais próximos. O braço direito de Dougie estava em volta do ombro de e ela tinha uma de suas mãos sobre o rosto dele.
- Acho melhor eu ir andando, senão vou chegar atrasada - Ela falou entre o beijo.
- Ninguém morre por causa de cinco minutos não é? - Dougie falou rindo sem abrir os olhos ainda beijando-a com a mesma intensidade de antes.
- Acho que... - deu uma mordida no lábio inferior de Dougie, parando o beijo por alguns segundos.
- Por favor? - Ele pediu suplicante.
- Não vai matar ninguém - Ela voltou a beijá-lo com mais vontade, a partir daí ela perdeu a noção do tempo e do espaço. O barulho dos trens chegando e saindo não a assustavam mais. Aquele momento era o que importava e tinha sua total atenção e assim continuou pelos minutos que se seguiram - Agora, eu realmente tenho que ir.
- Tudo bem, espero que nossos cafés da manhã se repitam - Ele deu um selinho estalado em .
- Só me dizer quando e onde. Mas da próxima vez eu escolho o menu. Não queria dizer nada, mas você está um pouco fora de forma, Dougie - deu um risinho, se inclinou e beijou-lhe o rosto, antes ele já estava vermelho, agora estava escarlate. Ela se levantou e se virou, andando na direção oposta ao café, em direção ao escritório.
logo que chegou ao escritório pela manhã, recebeu uma chamada da secretária de seu pai. Parece que o novo sócio da empresa chegaria no dia seguinte e cabia a ela e mostrar toda a empresa para ele. Ao ficar sabendo disso, ela ligou imediatamente para Juliet, a secretária de .
- Juliet? Gostaria de falar com a , por favor... É a .
- Senhorita , ela infelizmente não se encontra no momento.
- Como assim? Era para ela estar aí, ela saiu para tomar café? - perguntou desconfiada.
- Não, na verdade, ela ainda não chegou ao escritório...
- Ainda não? Mas ela avisou alguma coisa?
- Nada, tentei ligar para o celular dela, mas ninguém atendeu. Parece que está desligado.
- Ah, entendo, deve ser o trânsito... Assim que ela chegar peça para me ligar, por favor - desligou o telefone e logo em seguida discou o número de . não era de se atrasar, alguma coisa teria acontecido?
- !!! - atendeu o telefone animada em meio a inúmeras conversas.
- Oi , tudo bom?
- Tudo ótimo, olha, se você está ligando pra saber sobre aquela campanha, nós já estamos preparando a apresentação viu?
- Na verdade, não tem nada a ver com isso .
- Não? - pareceu surpresa - O que foi então? Pode falar.
- É que, bom a ...
- Charles a cor que eu escolhi não foi essa, isso aqui é azul, nós pedimos verde! Isso não é verde! - interrompeu enquanto falava com um companheiro da equipe - Desculpa , pode falar.
- A , ela tá bem?
- Tá... Porque não estaria? - falou despreocupada.
- É que... Ela ainda não chegou ao escritório.
- Ainda não? - quase gritou no telefone - Como assim? Ela saiu antes de mim do apartamento! Quando eu cheguei ao quarto estava tudo arrumado, tive que vir andando menina!
- Será que...
- Será? - falou espantada.
- Ela ia dormir na casa de quem ? - disse rindo.
- Sei lá, só sei que ontem ela saiu do carro feito uma louca, mas quando eu cheguei em casa apaguei. Só fui acordar hoje de manhã.
- Pelo visto nós vamos ter que esperar pra ver o que aconteceu.
- Babados e mais babados, quem diria hein? Minha amiga abrindo as asinhas - falou entre risos acompanhados por - Agora eu tenho que voltar a trabalhar. Quando ela chegar me avisa, nós teremos uma reunião na sala da safadinha.
- Tá bom .
As cortinas mal fechadas deixavam que uma pequena claridade que vinha da rua iluminasse a sala da casa.
O sofá era ocupado por Tom e . A noite tinha sido longa. Estavam deitados um de frente para o outro. Ela ainda estava dormindo abraçada com ele, enquanto Tom, que já estava acordado, a encarava, passando a mão de leve pelo seu rosto, com um sorriso bobo.
dormia tão profundamente que ele não quis acordá-la. Tom se levantou do sofá e colocou a sua camiseta que estava jogada no chão sobre o corpo de . Se dirigiu até seu quarto, para colocar alguma roupa, depois voltou para a cozinha para preparar um café da manhã para os dois, talvez panquecas ou omeletes.
Ele estava de frente para o fogão, terminando de fazer a segunda omelete quando sentiu um abraço por trás. Era , pelo visto tinha acordado. Ela tinha colocado a camisa dele, que mais parecia um vestido.
- Café da manhã? - Ela perguntou com a voz sonolenta sem soltá-lo.
- É... - Tom disse com um riso de canto da boca.
- Quer ajuda?
- Não não, tudo por minha conta - Tom colocou a omelete em um prato e se virou para , abraçando-a de frente.
Os dois permaneceram assim por algum tempo até que se encararam com um sorriso bobo. se adiantou e deu um selinho demorado em Tom, ele abriu um pouco mais a boca, assim outro longo beijo começava, com mais gosto e paixão. Os segundos passaram lentamente. Tom finalizou com um selinho.
- O que aconteceu com a gente? - perguntou pensativa.
- Er... As pessoas chamam aquilo de sexo mas se você quiser eu te explico a parte das cegonhas também - Tom falou sarcasticamente.
- Não Thomas - riu dando um tapa no ombro dele - Eu quero dizer... Nós éramos amigos, melhores amigos...
- Eu sei aonde isso vai chegar... - Ele deu um suspiro.
- Pois é... - mordeu o lábio inferior - É meio estranho, depois de todo esse tempo, só sendo amigos, nós fazermos mais que isso... Não acha?
- Você está feliz? - Tom perguntou decidido.
- Ham?
- Você está feliz? - Ele repetiu a pergunta.
- Em relação a que?
- Eu digo, com a nossa relação do jeito que ela está, nós somos amigos... - Tom pigarreou - Mas amigos que fazem mais do que apenas conversar ou sair juntos.
- Eu estou muito... Muito... Muito feliz - falou pausadamente entre os selinhos que dava no garoto.
- Eu também - Tom sorriu - Então nós continuaremos assim, combinado?
- Combinado.
- Ótimo, agora fica sentadinha ali enquanto eu sirvo o nosso café da manhã.
- Sabia, estava demorando pra você voltar a ser mandão - Ela fez bico.
sentou na bancada da cozinha e se apoiou no braço. A casa dele era muito arrumada. Ela ficou contemplando a decoração até que seu olhar caiu sobre o relógio em cima da geladeira. Já eram dez horas da manhã.
- AHHH!!! – Ela pulou, quase caindo.
- O que foi?! – Tom perguntou assustado, correndo pra perto dela.
- SÃO DEZ HORAS! O que é que eu tô fazendo aqui?! – Ela saiu correndo pra sala e começou a se vestir depressa.
- E o que é que tem? – Ele perguntou despreocupado, dando uma mordida em um pão.
- Não acredito, a vai me matar! Eu prometi que ia ajudá-la com a nossa nova campanha – Ela falou pegando o celular nervosa.
- Ah verdade! Você trabalha – Ele riu e virou de costas, abriu a geladeira e deu um gole no leite.
- ! Ai graças a Deus! – não sabia se segurava o celular ou continuava na luta para colocar os sapatos com uma mão só – Desculpa! Desculpa mesmo, eu me atrasei. Enrola o Antony pra mim e avisa a que eu já to chegando!...Não, eu já to saindo mesmo. Quando eu chegar a gente conversa, beijo – Ela desligou o telefone e por fim colocou o sobretudo que estava jogado na mesinha de centro.
- Ei, pra onde você vai? – Tom levantou e ficou na frente da porta.
- Eu preciso sair, anda Tom, por favor – Ela fez uma cara agoniada.
O garoto começou a rir, deixando cada vez mais irritada e nervosa.
- Thomas! Sai da minha frente – Ela falou em tom imperativo.
- Tudo bem, mais tarde eu apareço na sua casa, ok?
- Ótimo – deu um selinho apressado nele e saiu correndo. Entrou no carro e arrancou, enquanto Tom olhava a cena dando gargalhadas.
A empresa estava cheia como sempre. Era gente pra tudo que é lado. correu até a sala de .
- E finalmente alguém resolveu dar as caras – falou brincando enquanto a amiga sentou–se ao lado dela, olhando os papéis – Onde você tava hein?
- Longa história – Ela deu um risinho e continuou lendo – Assim que a gente sair daqui eu te conto tudo.
- Tudo bem – fechou o laptop – Ah , antes que eu esqueça: reunião com os meninos do McFly importantíssima segundo o Antony, às três.
- Vocês já avisaram os meninos?
- Ainda não. Faz isso vai – entregou o celular e ligou pra Tom.
Entre risinhos conseguiu dar o recado e desligou. a olhou desconfiada e começou a rir. As duas levantaram e organizaram a papelada enquanto explicava tudo que já tinha decidido sobre a nova campanha.
Quando o relógio bateu duas e meia , e se dirigiram à sala onde seria realizada a reunião. Sentaram em seus devidos lugares, quando Antony abriu a porta, acompanhado de sua secretária.
- Boa tarde meninas – Ele se posicionou em sua cadeira que ficava na ponta da mesa.
- Boa tarde – Elas responderam em coro.
Após alguns minutos de conversa sobre a nova campanha, os quatro garotos apareceram, com um ânimo para alegrar até velório. Cumprimentaram todos os presentes e sentaram–se de frente para as garotas.
- Meninos, – Antony começou o discurso, pegando corda da animação deles – Eu marquei essa reunião em cima da hora porque o assunto é importante.
Os quatro trocaram olhares sérios.
- É o seguinte – Antony continuou – Eu falei com o pessoal da gravadora e nós fechamos o contrato – Os meninos soltaram largos sorrisos – Mas... É claro que tinha que ter uma dificuldade. As meninas me passaram, da reunião que vocês tiveram na sala da , que haviam 5 músicas prontas e outras em andamento. Vocês vão precisar colocar isso em prática, pois o que nós queremos é lançar o álbum de vocês pouco antes do natal, mas para essa tarefa ser cumprida, vocês terão um prazo de apenas 15 dias.
- 15 dias? É quase impossível! – Tom contestou, enquanto os outros trocavam olhares preocupados.
- Eu sei... Eu sei – Antony tentou continuar, mas os garotos não paravam de perguntar e reclamar, até que após alguns minutos perturbadores ele gritou – PESSOAL! Calma... O CD precisa ter 13, ouviram bem? 13 faixas. Conto com vocês.
Antony fechou a pasta e saiu da sala, acompanhado pela secretária. Os garotos estavam muito preocupados.
- Calma. Vocês conseguem – levantou e foi até Danny.
- É quase impossível fazer 8 músicas em duas semanas! – Harry falou, levantando– se da cadeira.
- Olha só, é a nossa chance, a gente não pode simplesmente atirar pela janela – Tom levantou, falando para os amigos – Eu e Danny tivemos sorte de achar duas pessoas que se deram tão bem com a gente, e nós quatro tivemos mais sorte ainda de conseguir essa oportunidade.
- Você tem razão. E não vamos conseguir se ficarmos reclamando. Mãos a obra, somos uma equipe! – Dougie levantou com um sorriso no rosto.
- Uma equipe ferrada – Harry reclamou.
- Gente, vocês já estão perdendo tempo – falou enquanto as três arrumavam as coisas.
- E agora que eu me toquei! – Tom olhou assustado – Como eu vou fazer pra te ver?
o olhou sem graça e todos que estavam na sala caíram na gargalhada.
- Ountxi bonitinho tá apaixonado o nenezinho – Dougie apertou as bochechas de Tom, que o olhou com censura.
- Pelo amor de Deus, vocês estão prestes a conseguir o sucesso, só depende de vocês! E você ainda fica preocupado com isso Thomas? – brincou.
- Gente, vamos saindo, essa sala vai ser usada na próxima reunião – chamou todos.
Harry saiu na frente enquanto logo atrás, e Danny marcavam alguma coisa para fazer na sexta, já que a semana seria ocupada para os dois, e Tom andavam de mãos dadas conversando sobre a tarefa quase impossível que a banda recebera, e por último, dava gargalhadas das rimas idiotas que Dougie fazia, jurando colocar na próxima música da banda.
Quando chegaram à lanchonete da empresa, estava sentada na mesa com uma pasta na mão. Harry abriu um largo sorriso e foi até ela.
- Oi – Ele deu um selinho nela, que retribuiu um pouco surpresa.
, e se olharam com um sorriso de “não acredito’’. Os outros três garotos estavam conversando entre si, só perceberam que estava ali quando ela levantou.
- ! – Danny sorriu.
- Oi gente – Ela acenou para todos – Trouxe as fotos de vocês.
- Ótimo! – Dougie falou animado – Estou louco para me ver.
Todos o olharam e riram. sentou–se novamente, acompanhada de todos, que juntaram as cadeiras ao redor da mesa. Harry passou o braço pela cadeira dela, enquanto as fotos eram espalhadas na mesa.
- Noooossa! – falou boquiaberta – Quem é esse gato?
- Ai foi mal, esse é da sessão da equipe de outra campanha daqui – guardou as fotos e Dougie lançou a um olhar chateado, ela por sua vez, fingiu nem perceber.
- Ei Harry, que roupa apertadinha é essa? – Danny apontou pra foto e todos riram.
- Melhor que a sua de xadrez, parece uma toalha de mesa – Ele respondeu sorrindo, enquanto os outros riam mais ainda.
A tarde foi passando até que deu o horário de saída. Os meninos, que ficaram bestando na lanchonete, esperando, agora acompanhavam as meninas até a parte externa da empresa.
- Então a gente se vê na sexta, essa semana vai ser lotada de trabalho – Danny deu um suspiro triste e colocou a mão no rosto dele.
- Tudo bem, mal posso esperar. – Ela deu um pequeno sorriso encarando-o, frente a frente. Ela ficou na ponta dos pés, se apoiando nos ombros dele, assim os dois se beijaram. Ao pensar que há uns dias atrás aquilo parecia tão inalcançável, Danny sentia arrepios. também nem acreditava que tinha virado uma coisa comum.
Harry e vinham atrás de todo o grupo, um pouco afastados, caminhavam lentamente enquanto conversavam.
- Pelo visto os papéis inverteram hein? - falou com desdém na voz - Você se tornou o cara difícil e ocupado agora.
- Pior que vai ser difícil arranjar um tempo livre pra te ver ou pra fazer qualquer outra coisa, esse prazo acabou com a gente cara.
- Ah, sem problemas, eu também ando muito ocupada sabe? - Ela falou em tom irônico, parando de andar, encarando-o com os braços cruzados.
- Ah é? E o que está ocupando tanto o seu tempo Dona ? - Harry perguntou levantando a sobrancelha.
- Bom, tinha um menino no meu pé, muito chato sabe? Eu queria que ele desse o fora, por isso inventava mil e uma coisas para fazer.
- Pobre coitado. Mas você ainda continua tão ocupada só para evitar vê-lo? - Harry aproximou o rosto de do seu.
- Não não, muito pelo contrário, eu procuro fazer bastantes coisas para tirá-lo da minha cabeça - Ela falou perto da boca de Harry.
- Então eu vou fazer de tudo pra aparecer de vez em quando, não quero que você me tire da sua cabeça. Mas agora que nós dois somos pessoas difíceis, ocupadas e chatas tudo fica mais fácil - Harry se voltou para segurando seu rosto com uma das mãos.
- Ah é?
- Então, eu pensei em te fazer uma visita - Ele disse com um sorriso no canto da boca.
- Visita? - Ela perguntou surpresa - Achei que você estivesse ocupado demais.
- Que nada, eu arranjo um tempo, pra você eu nunca estou ocupado - Harry deu um risinho e se inclinou encostando seus lábios nos de , delicadamente, eles se abraçaram durante o beijo enquanto foram deixados sozinhos pelo grupo.
- Tom, você pode passar na minha casa primeiro? É que eu preciso pegar umas roupas e o meu baixo – Dougie falou ao lado de .
- Claro dude, o Harry vai com o Danny pegar a bateria. Mas eu estou com medo de uma coisa – Ele falou preocupado, segurando a mão de .
- O que? – Os três perguntaram ao mesmo tempo.
- Vou enjoar da cara de vocês – Ele riu, acompanhado dos outros três – Quer dizer, não vai ser fácil aturar vocês na minha casa durante 15 dias.
- Acredite, você vai se apaixonar – Dougie deu uma piscadinha e Tom passou a mão no rosto, fingindo estar envergonhado.
Tom e se afastaram até o carro dela.
- É isso aí, então, até sexta – Ele falou sem ânimo.
- É por um bom motivo, não se preocupa – Ela deu um selinho carinhoso no garoto – Confio no seu potencial Fletcher.
Os dois sorriram e se abraçaram forte.
- Valeu pelo apoio, as coisas que você fala são muito importantes pra mim – Ele sorriu e deu outro selinho, iniciando um beijo calmo, enquanto ela passava a mão no rosto dele carinhosamente.
- E ah – parou de beijá-lo, abraçando-o pela cintura – Estou ansiosa pra ouvir as músicas que você vai tocar pra mim, quando me acordar de madrugada... Como sempre.
Eles riram e ele abriu a porta do carro, ela entrou jogando um beijo para ele. Tom saiu de perto, enquanto esperava .
- Você tá lotado de trabalho então né? – Ela perguntou.
- É, não vai ser nada fácil, mas nós vamos conseguir, tenho certeza – Dougie deu um sorriso confiante, fazendo se derreter toda.
- Eu também tenho – Ela abraçou o garoto, que retribuiu com vontade - Boa Sorte Poynter.
- Ei porquinha, deixa eu te falar – Ele segurou pela cintura – Vou fazer uma música que você vai se amarrar...
- De novo não Dougie – Ela deu uma gargalhada - Chega de rimas.
-... A tá no carro, só te esperando, será que ela se importa de ver a gente se beijando?
riu mais ainda, escondendo o rosto nas mãos.
Tom passou pelos dois e deu um tapinha no braço de Dougie.
- A gente tem trabalho pra fazer ô gatão! Tchau - Tom riu, deu um beijo no rosto dela e saiu andando.
- Eu sei que eu sou gatão, mas não gostei disso não, a vai esperar, porque eu vou te beijar – Dougie continuou insistindo na rima e ficou olhando , sorrindo.
- Você tá demorando, o quê que tá faltando? – Ela brincou, fazendo outra rima.
Dougie deu uma gargalhada. Os dois se olharam por alguns instantes, até se beijarem. Eles já nem lembravam que haviam tido uma briga uns dias antes.
- Tá, agora me conta tudo! - falou assim que fechou a porta do carro.
- Sim, a senhora também não tem nada pra me contar? Dougie Poynter?... - perguntou dando uma risada debochada.
- Nem vem ! Perguntei primeiro! Vocês não tinham brigado?
- Tínhamos... Mas, quando eu saí do carro, decidi ir a casa dele resolver isso de uma vez por todas sabe?
- Ham, sei sei, continua - falou interessada - E o que aconteceu quando você chegou lá?
- Bem, nós meio que discutimos e fizemos as pazes ao mesmo tempo, é difícil explicar...
- Tenta - insistiu, sua curiosidade era enorme.
- Ele foi simpático comigo, mas estava sem graça de me ver ali, quando nós tocamos no assunto James a coisa pesou. Nós começamos a meio que discutir e conversar sabe? Ele me disse coisas que eu não sabia...
- Que tipo de coisas?
- Que ele começou a gostar de mim quando o namoro dele começou a ir por água a baixo, porque eu estava sempre lá com ele...
- Nossa, descobriu a pólvora! Demorou pra ele se tocar hein? - disse indignada entre os risos de - Tá, tá, daí vocês fizeram as pazes, como?
- Bem, ele meio que me beijou.
- Ae, finalmente, alguma atitude do Thomas hein?
- É... - deu um risinho bobo e continuou olhando para a rua - Mas aconteceu mais uma coisa...
- O que?
- Bom eu...
- Meu Deus! - tinha ligado os pontos e agora levava as mãos à boca, escondendo um sorriso surpreso que surgia em seus lábios - V-você.. Você dormiu com ele? - Ela perguntou quase gritando, apenas acenou afirmativamente com a cabeça, deixando aparecer um sorriso imenso no rosto - Menina e como foi?
- Ah , já tá querendo saber demais.
- Tá bom tá bom. Ai, tô curiosa! Por favor, me fala!
- Foi muito bom , perfeito e maravilhoso! Satisfeita? Agora me fala do Dougie menina!
- Tá tá, ele foi super fofo comigo ontem sabe? Quando eu fui deixá-lo em casa, então hoje nós saímos pra tomar café da manhã, eu acordei e a senhora não estava em casa - enfatizou o não em meio a risos de - E lá no café rolou um clima e nós ficamos, acho que dessa vez dá certo.
- Tomara - cruzou os dedos.
Capítulo 17
Harry terminava de instalar a bateria, no meio da sala de Tom, quando Dougie entrou pela porta da frente com uma enorme mochila nas costas, que derrubou alguns porta-retratos no chão.
- Ei dude! Toma cuidado - Tom falou já estressado.
- Foi mal, foi mal - Dougie jogou a mochila no canto sentando-se no sofá.
- Pronto! Já tá tudo aqui. Podemos começar a compor agora mesmo - Danny fechou a porta com força e se jogou no chão.
Os quatro se sentaram em volta da mesa de centro. Dougie no sofá junto com Tom, Danny no chão e Harry na pequena poltrona ao lado de Danny; com papéis em branco na sua frente eles começaram a rabiscar algumas frases.
- There was this girl she looked so... - Danny parou no meio da frase.
- Pra completar podia ser... hot! - Harry falou levantando os braços rindo.
- Não dude! - Tom interveio.
- Que tal... Fine? - Dougie falou timidamente.
- Gostei gostei - Tom e Harry falaram ao mesmo tempo.
- Mas nessa parte a gente podia colocar um solo né? - Danny falou empolgado. - Daí eu entrava e solava lá, doidão!
- Eu acho que se a batida da bateria mudasse ia ficar melhor do que o solo aí - Harry falou pensativo.
- Eu concordo com o Harry, a bateria ficaria melhor - Tom falou. - Harry, mostra o que você tá pensando em fazer.
Harry entrou na bateria e fez a batida que pretendia na música.
- Quem vota pela bateria? - Tom perguntou dando um risinho. Ele, Dougie e Harry levantaram a mão, Danny só revirou os olhos.
- Tá bom, mas vai ter um solo logo depois.
- Ei, to com fome dude! - Dougie falou coçando a barriga.
- Dougie, a gente está acabando de terminar a música, falta só a última parte - Tom falou sério, olhando a letra do começo ao fim pela milésima vez.
- Mas eu não consigo pensar quando eu estou com fome.
- Nem eu. Tom, dude, vamos parar pra comer, recarregar as pilhas e depois a gente volta - Danny falou tentando convencê-lo.
- Meia hora e a gente volta.
- Ae! - Danny e Dougie gritaram juntos correndo para a cozinha. - Tem pão aqui?
- Em cima da geladeira!
estava sentada na sala, terminando de analisar a campanha em que trabalhara durante a manhã. Ela estava impressionada, a campanha era simples e ao mesmo tempo chocava.
O telefone tocou, fazendo com que a garota, que tinha total atenção nos papéis, voltasse seu olhar para o aparelho.
- Alô?
- Senhorita Mcfayden, seu pai pediu para a senhorita encontrá-lo na sala dele imediatamente - a secretária falou do outro lado da linha.
- Ele falou qual é o assunto?
- O novo sócio, vindo da França, acabou de chegar.
- Já? - deu um pulo da cadeira assustada.
- Sim, ele quer que a senhorita vá ao encontro dele, como eu já havia dito, imediatamente.
- Ok, obrigada por avisar.
A porta do elevador se abriu e , a passos largos, parou em frente a sala de Antony. Ela deu uma pequena batida e abriu uma pequena brecha na porta, colocando apenas metade do corpo para dentro.
Seu pai estava de pé e conversava animadamente com o outro homem na sala.
- ! - Antony a recebeu com um largo sorriso. - Chegou bem na hora.
- Ótimo - ela retribuiu o sorriso.
O homem que antes estava de costas se virou para a garota. Esta por sua vez, se espantou. Muito ao contrário do que se esperava, se deparou com um charmoso francês.
- , este é Olivier Delacroix - Antony apressou-se em falar.
- Olá - sorriu simpática estendendo a mão.
- Muito prazer - Olivier pegou delicadamente a mão da garota, dando um beijo no topo.
- O prazer é todo meu - estava escarlate; o sotaque francês definitivamente era muito forte.
Olivier era um homem alto, tinha os cabelos loiros, um pouco compridos, pareciam rebeldes, mas estavam contidos pelo gel. Os olhos azuis do rapaz eram penetrantes e impressionaram assim que bateram nela. Ele definitivamente era novo, muito novo, deveria ter a idade dela, envelhecia alguns anos devido ao terno preto que usava, mas por dentro, vestia uma camisa branca desabotoada nos dois primeiros botões.
- Olivier, você acaba de conhecer a minha filha, Mcfayden - Antony sorriu orgulhoso.
- Eu sabia que você tinha uma filha só não esperava que ela fosse... Como vocês dizem? - Olivier perguntou pensativo. - Ah sim... Bela!
- Muito obrigada - sorriu ainda mais vermelha.
- Agora que vocês já se conhecem, querida... - Antony se virou para a filha. – Por que você não mostra a empresa ao Olivier?
- Claro.
e Olivier saíram da sala de Antony e logo seguiram para o andar em que ela trabalhava. A sala de Olivier estava instalada naquele andar.
- Essa é a sua sala - abriu a porta para que ele pudesse passar.
- Depois de você... - Olivier falou segurando a porta.
- Obrigada - a garota sorriu entrando na sala logo em seguida.
A sala de Olivier era bem maior do que qualquer uma daquele andar. Era cercada por paredes de vidro que proporcionavam uma linda vista de Londres. Os móveis, tanto sofás quanto as poltronas, eram de couro preto trabalhadas com uma linha branca. Um computador de última geração ocupava a grande mesa de vidro onde alguns formulários descansavam. O carpete bege misturado revestia o chão, extremamente limpo.
- Gostou da sua sala Sr. Delacroix? - perguntou após alguns segundos de silêncio.
- Ah sim! Adorei! - Olivier respondeu animado. - Sabe o que eu mais amo nessa cidade?
- Não...
- A vista.
- Ela é muito bonita - acrescentou com simplicidade na voz.
- A sua sala também tem essa vista?
- Na verdade a minha tem apenas uma grande janela, nada tão grandioso quanto isso aqui - a garota cruzou os braços. - Falando nisso, só para você saber, a minha sala é a última no corredor.
- Ótimo.
- Caso você precise de alguma coisa, se você tiver alguma dúvida.
- Claro - Olivier sorriu. - Muito obrigado.
- De nada. Agora eu acho melhor eu voltar ao trabalho, vejo você amanhã - se virou para sair da sala.
- Eu abro a porta pra você - Olivier correu até a porta abrindo-a para . - Se eu não levo a visita até a porta ela não volta mais.
- Ah, na sua terra vocês acreditam nisso também é? - ela deu um riso sarcástico.
- Mas é claro! - Olivier se inclinou dando dois beijos no rosto da garota. - E nós damos beijos quando nos despedimos.
- Já ouvi histórias de que os franceses são beijoqueiros mesmo.
- Você é engraçada - Olivier falou após uma longa gargalhada.
- Até amanhã - saiu seguindo para a sua sala.
- !
A garota virou-se subitamente para o mais novo sócio. Este ainda estava parado em frente à porta de sua sala.
- Eu tenho uma dúvida.
- Pode falar; eu ficarei feliz em responder - ela deu seu melhor sorriso.
- Onde tem um bom café por aqui?
- Na esquina da empresa, lá tem o melhor café que Londres já viu – ela respondeu paciente.
- O que acha de me levar lá? Sabe como é, eu ainda estou meio perdido...
- Ah... Claro - ela deu um sorriso.
- E como ele é? - e perguntaram juntas.
- Loiro, alto, olhos azuis... - contava nos dedos.
As garotas resolveram fazer uma pequena reunião na sala de antes do almoço, para ficarem sabendo sobre a mais recente fofoca da empresa: Olivier Delacroix, o mais novo sócio da empresa que havia finalmente chegado.
- Ele é bonito? - perguntou animada.
- Gente! Isso é uma reunião de trabalho! - falou rindo.
- Mata a nossa curiosidade ! - pediu.
- Tá, tá... Ele é muito gato! – ela levou as mãos ao rosto tentando escondê-lo.
- Cara! Eu preciso conhecer esse homem! - quase gritou.
- Não, o novo sócio da empresa vai ser um velho babão com um sotaque insuportável - falou com a voz fininha imitando .
- Tá bom, tá bom, eu me enganei! - deu língua para a amiga.
- Ainda bem que você se enganou! Eu nem acredito; nós teremos um colírio aqui na empresa! - falou sonhadora.
- Deixa o Poynter ficar sabendo dessa história Dona - cruzou os braços.
- Ai deixa de ser chata!
- E você também não pode falar nada Dona !
- Tá bom, só quero ver o que a falar depois que o vir - riu junto com .
- Para sua informação, minha filha, eu estou mais do que satisfeita com o que eu tenho! - respondeu rindo.
- Quem disse que eu estou reclamando? - levantou as mãos.
- Eu também não falei nada, só disse que o Olivier era bonito e pronto - tentou se defender. - E outra...
Antes que pudesse continuar, pequenas batidas socaram a porta da sala; estas fizeram com que as meninas se calassem.
- Pode entrar - falou calmamente.
- Com licença - Olivier colocou apenas a cabeça para dentro. - Posso?
- Claro! - respondeu apressada ao perceber os olhares assustados das amigas. - Algum problema Sr. Delacroix?
- Eu tinha um, mas agora eu tenho três.
- Três? De uma vez só? - deu um risinho, levantando-se. - Qual seria o primeiro?
- Bem, o primeiro seria que eu ainda não sei o nome dessas duas lindas mulheres ao seu lado - ele falou apontando para e .
- Desculpa - apressou-se em falar. - Estas são e Evans. trabalha na mesma área que eu, gerenciando os novos clientes, no momento está trabalhando na criação de campanhas.
- Muito prazer - Olivier se adiantou para as duas garotas, dando dois beijos no rosto de cada uma.
- Meninas, esse é o Sr. Olivier Delacroix.
- Prazer - respondeu ainda um pouco desconcertada.
- Bem-vindo a empresa - deu um risinho.
- Tudo bem, primeiro problema resolvido - cruzou os braços.
- O segundo é que... - Olivier olhou para o relógio no pulso. - Já é quase o horário do almoço e eu estou faminto.
- E como eu posso ajudá-lo quanto a isso? - falou rindo.
- Eu preciso de uma... Dica, como vocês dizem, pra escolher um restaurante.
- O restaurante da empresa é ótimo! - se intrometeu na conversa.
- Pronto segundo problema resolvido. O terceiro seria? - o encarou.
- Companhia. O que vocês acham de almoçar comigo? - Olivier deu seu melhor sorriso.
- Eu estou faminta - falou assim que ele terminou a frase.
- Eu adoraria - respondeu.
- E você ? - Olivier a olhou suplicante.
- Tudo bem, mas você pode nos esperar? Vamos terminar a nossa reunião daqui a cinco minutos.
- Ok, eu espero vocês no restaurante então - Olivier se dirigiu até a porta. - Se me dão licença.
Assim que a porta se fechou se jogou no sofá.
- Gente! Que homem é esse!
- Nossa , ele é muito bonito - enfatizou o "muito".
- Eu falei pra vocês... - ela deu um risinho.
- Eu acho que ele tá afim de você - falou subitamente.
- Você tá louca ? - quase gritou. - Eu o conheci ontem!
- E daí?
- Não aconteceu nada demais - falou calmamente.
- Nada demais? - levantou uma sobrancelha.
- Nós só fomos tomar um café juntos e eu o levei em casa.
- Eita... Só não deixa essa história vazar hein? - falou. - Se o Jones fica sabendo.
- Gente! O Sr. Delacroix é meu colega de trabalho. Na verdade nem colega ele é, ele apenas trabalha aqui e pronto - falou rindo. - Agora vamos, não quero me atrasar pro almoço.
- Vamos - e responderam.
pressionou o botão mais uma vez e outro flash saiu. Ela analisou a foto, tinha ficado relativamente boa, mas não era o suficiente.
- Você pode se movimentar mais, por favor? - ela pediu para a modelo.
A photoshoot estava acontecendo havia horas, mas nada parecia estar dando certo. A modelo reclamava do frio, outra hora queria tomar água, ir ao banheiro. A campanha para uma capa de CD pedia agressividade, emoção, enquanto aquele ser raquítico queria ser a princesinha em seu castelo de cristal. Outro flash, mais uma foto à toa.
- Pode parar! - falou em tom irritado.
- Algum problema querida? - a modelo perguntou, pousando as mãos sobre os quadris.
- Todo!
A modelo a olhou sem entender, esperando que a outra se pronunciasse.
- Dá pra você me ajudar? Eu não posso fazer milagre! - aproximou-se ficando de frente para a modelo.
- Eu estou fazendo o que você me pediu!
- Não, pior que não está! Eu estou perdendo meu tempo precioso pra não conseguir nenhuma foto boa!
- , calma, por favor - interveio. A garota estava ali desde o começo da sessão, também estava impaciente.
- Eu não posso trabalhar com alguém que não quer fazer o que eu peço!
- Querida pra sua informação eu sou uma ótima modelo, tanto é que me chamaram para esse trabalho - a modelo deu um risinho. – Agora, quanto a sua competência eu já não sei...
- Olha aqui! - aumentou a voz. - Eu sou uma ótima fotógrafa e...
- Gente, parou! - se meteu no meio das duas. - Querida você está dispensada... , por favor, me espere aqui.
saiu junto com a modelo, deixando sozinha na sala com o resto da equipe.
- Garotinha idiota... - cochichava quando sentiu seu bolso vibrar.
Estava com a cabeça pulsando de tanta raiva, nem olhou para o visor, apenas atendeu.
- Alô! - ela falou em tom irritado.
- Eita, eu fiz alguma coisa errada e não tô sabendo? - Harry falou do outro lado da linha.
- Harry?
- Depende, eu fiz alguma coisa errada?
- Eu sei que é você - deu um risinho. - E não, não fez nada de errado.
- Ufa!
- E outra, quando você quiser esconder sua identidade, não use a primeira pessoa.
- Que burro eu fui! Porra, dei uma de Danny agora!
deu uma gargalhada.
- Só você pra me fazer rir uma hora dessas.
- Aconteceu alguma coisa? - ele perguntou preocupado.
- Ah, eu te conto depois, não quero nem lembrar - falou mal-humorada.
- Eita, tá bom, não quero mais saber.
- Então por que o senhor ocupadinho me ligou?
- O seu senhor ocupadinho e os amiguinhos dele conseguiram uma folga! - Harry gritou.
- Sério?
- Sério!
- Com quem você tá falando? - Danny perguntou ao fundo.
- Com a , dude - Harry respondeu.
- Oi ! - Tom, Danny e Dougie gritaram ao fundo.
- Oi! - ela respondeu rindo.
- Chame-a pra sair com a gente! - Danny gritou.
- Eu ia fazer isso Danny, mas se você quiser pode falar com ela - Harry falou mal-humorado. - Então está a fim de sair?
- Claro! Agora eu não tenho mais nada pra fazer mesmo.
- Chama as meninas pra irem também - ele falou.
- Ok, mas pra onde nós vamos?
- O Thomas e o Danny inventaram que querem patinar - Harry falou fingindo animação. - Naquele ringue perto da ponte.
- Sei onde é. Tudo bem, nos vemos lá daqui a quanto tempo?
- Meia hora?
- A gente se vê lá, beijo.
desligou o telefone, colocando-o dentro do bolso novamente, quando sentiu uma mão em seu ombro. Era .
- O que aconteceu aqui? - ela perguntou preocupada.
- Ela foi embora.
narrou toda a história para .
- Aquela vaca ainda falou mal do meu trabalho!
- Nossa quanta confusão - passou a mão na cabeça. - Tudo bem então, amanhã eu marco uma nova sessão de fotos com outra modelo.
- Ótimo. Escolha uma boa pelo amor de Deus, eu não agüento mais trabalhar com gente incompetente - falou mal-humorada, mas deu um sorrisinho sem graça ao ver a cara de poucos amigos de . - Na verdade, uma nova modelo estaria de bom tamanho.
- Ok - deu um sorrisinho virando-se para sair da sala.
- ! Falando em modelo, onde está a que foi despedida? - perguntou.
- Tá trancada no banheiro - falou segurando o riso. - A tá tentando tirar a doida de lá.
- Sério? - falou entre gargalhadas.
- Sério - gargalhava junto agora.
- Menina! Tu nem sabes!
- Conte!
- Os meninos acabaram de me ligar... Na verdade o Harry me ligou - falou. - E bem, eles vão patinar daqui a meia hora e chamaram a gente.
- Nossa! Claro que eu quero! - respondeu animada. - Merda...
- O que? Você não sabe patinar?
- Não... O Olivier...
- O que tem ele? - levantou uma sobrancelha.
- Eu combinei de tomar um café com ele hoje, assim que eu saísse daqui - tinha a voz triste.
- Desmarca ué...
- Não posso, eu já combinei e ele é sócio da empresa, ia pegar muito mal... - levou um dedo a boca roendo a unha.
- Ah, é uma pena ... - deu uma palmadinha no ombro da amiga.
- Eu queria muito ir, mas não vai dar mesmo... Eu ligo pro Danny daqui a pouco avisando que eu não vou...
- Tudo bem, agora eu já vou - se levantou beijando o rosto da amiga. - Tenho que avisar as outras meninas, até amanhã.
- Até - deu um sorriso.
O ringue de patinação estava vazio; naquele dia da semana quase ninguém patinava, especialmente à noite. Uma música calma tocava e a luz destacava aquele imenso bloco branco.
O ginásio era fechado, utilizado para jogos de hóquei, apresentações, competições e durante a semana era aberto ao público.
Os garotos já tinham chegado e esperavam sentados em uma das mesas da lanchonete. Danny e Dougie tomavam um milkshake de chocolate enquanto Harry e Tom beliscavam uma batata frita.
- Será que elas já vão chegar, hein? - Tom perguntou impaciente. - Eu cronometrei mais ou menos o tempo que nós vamos passar aqui e...
- AAAAH! Cala a boca, Thomas - Harry pegou as batatas que tinha na mão enfiando na boca de Tom, fazendo com que os outros rissem.
- Cadê a que não chega logo, hein? - Danny olhou no relógio. - O Tom está precisando relaxar.
- Isso é falta de sexo - Harry deu uma piscada para os outros dois.
- Falta de sexo porra nenhuma! - Tom gritou mal-humorado.
- Ou é isso ou é falta de visitas ao banheiro - Dougie riu junto com Danny.
- Provavelmente - Danny concordou com Dougie.
- Vão se foder - Tom mostrou o dedo do meio para os garotos.
- Eu acho que você é que está precisando disso Tom, e não a gente - Harry deu um riso sarcástico.
- Ai, eu odeio vocês! - Tom passou a mão pelos cabelos, nervoso.
- Odeia quem? - perguntou logo atrás dele.
- ! - Dougie deu um grito. - Aleluia! Estamos salvos de um ataque de nervos do Fletcher!
- ! - Tom se levantou abraçando-a pela cintura.
- Oun, eles estavam implicando com você? - falou com a voz melosa.
Tom não respondeu apenas deu um risinho acenando positivamente com a cabeça.
- Eita que começou o doce do casal! - entrou ao lado de , esta por sua vez estava rindo.
- Oi gente! - cumprimentou todos os garotos.
caminhou em direção a Dougie, sentando-se no seu colo.
- Oi porquinho - ela deu um selinho no garoto.
- Oi porquinha.
por sua vez sentou-se ao lado de Harry.
- Salvamos vocês? - ela deu um risinho inclinando-se para beijá-lo.
- Minha heroína - Harry falou antes de ser calado por um beijo.
- Ei, espera aí! - Danny gritou chamando a atenção de todos. - Está faltando uma!
- Hã? - Harry parou o beijo com para encará-lo.
- Cadê? Cadê a ? - Danny perguntou encarando .
- Ela falou que ia te ligar explicando - falou apressadamente. - Alguma coisa envolvendo o novo sócio da empresa.
- No way! - Danny deu mais um grito. - Eu vou ficar segurando vela aqui?
- Não vai não Danny - tentou ser solidária.
- Não? Porra, só tem casal aqui! - falou apressada.
- Obrigada pela ajuda - falou sarcástica.
- Então quem quer patinar? - Harry deu um grito fingindo animação.
era a mais animada do grupo, foi a primeira a colocar os patins e antes que os outros entrassem no ringue ela já estava lá patinando.
- Eu amo isso! – ela falou entre uma gargalhada, indo para o outro lado.
- Vai com calma – aconselhou.
- É... Quero ver essa animação quando ela der com a bunda no chão – falou rindo.
Os garotos terminaram de amarrar seus patins. esperava pacientemente por Harry na entrada da pista de gelo, enquanto se dirigia até a lanchonete, pedindo um refrigerante.
- , cadê seus patins? – Dougie perguntou agora em pé, ao lado de .
- Eu não vou patinar – respondeu.
- Por quê? – todos perguntaram juntos.
- Só se for pra eu me esborrachar no chão! – deu um gole no refrigerante.
- Ah não ! Vem logo! – falou enquanto entrava no ringue de mãos dadas com Harry.
- Gente eu não sei patinar! – falou finalmente.
- Você não sabe patinar? – Dougie pareceu surpreso.
- Pra quem não sabe, no Brasil é muito raro encontrar gelo, sabe?... – tentou explicar com um tom sarcástico. – País tropical, clima quente...
- Então como a e a sabem patinar? – Tom apontou para a namorada e para a amiga que davam gargalhadas enquanto patinavam pelo ringue.
- A e a patinavam com aqueles de rodinhas! – fez bico. – Eu nem isso fazia... Podem ir... Eu fico aqui olhando.
- Ah não porquinha! – Dougie se aproximou dela com um par de patins. – Você vai patinar sim.
- Mas Dougie! – deu um suspiro falando pausadamente. – Eu-não-sei!
- Eu te ensino! – ele deu seu melhor sorriso.
- Dude eu vou patinar – Danny entrou no ringue junto com Tom, deixando Dougie e sozinhos.
Tom patinou lentamente, tentando se acostumar com o gelo, quando viu se aproximar. A garota tinha um sorriso de ponta a ponta, parecia uma criança.
- Thomas! – a garota se aproximou abraçando-o pelo pescoço.
- Você tá parecendo uma criança – ele falou rindo.
- Eu amo patinar! – respondeu um pouco ofegante.
- Percebi – Tom deu um beijo na ponta do nariz da garota.
- Quem teve essa grande idéia de vir aqui?
- Quem você acha que foi? – Tom fez uma cara convencida.
- Provavelmente o cara mais estressadinho e nervosinho do planeta – deu um riso, pousando delicadamente sua boca na de Tom, em um beijo calmo.
- Ah, no way dude! – Danny reclamou virando-se para e Harry.
- O que foi Danny? – Harry perguntou abraçando por trás.
- Ah não! Até vocês! Eu viro pra um lado vejo a e o Fletcher, pro outro e vejo vocês!
- Não é minha culpa se a não veio – falou rindo.
- E o pior é que se eu sair ainda vou encontrar com o Dougie e a !
- É Danny, hoje não é seu dia de sorte – Harry falou com pena na voz.
Danny deu um longo suspiro quando foi surpreendido pelo toque do celular que trazia no bolso da calça. Não precisou olhar o visor, já que o toque fora especialmente escolhido para aquela pessoa.
- ! – ele atendeu animado.
- Vamos deixar os pombinhos a sós? – virou a cabeça para Harry.
- Vem, vamos dar uma volta – ele pegou a garota pela mão e os dois saíram dali, patinando para o outro lado do ringue.
estava sentada em um banco da lanchonete e tinha acabado de colocar um dos patins. Como ela estava usando uma calça skinny ficava difícil colocá-la para dentro da bota.
Dougie estava parado a sua frente e a olhava com atenção. percebeu os olhares e começou a ficar vermelha, mas preferiu ignorar.
- Consegui! Um par já foi – ela deu um sorriso encarando-o rapidamente. Dougie deu um sobressalto, acordando do transe em que se encontrava, retribuindo com um sorriso bobo segundos depois.
continuou colocando o outro par.
- O que você tá olhando? – ela perguntou timidamente para o garoto.
- E-eu? – Dougie coçou a cabeça sem graça.
- É... – ruborizou ao encará-lo, mas deu um sorriso para disfarçar.
- Você está bonita hoje... – Dougie falou rapidamente, com o rosto escarlate. – Muito bonita.
- Obrigada – falou tímida, colocando um pouco do cabelo atrás da orelha.
Dougie desviou o olhar para a pista onde Danny falava ao telefone e os outros dois casais riam enquanto patinavam juntos.
- Dougie?
- Oi – ele se virou para .
- Eu já terminei de colocar os patins... – apontou para os pés.
- Ótimo! – ele se aproximou. – Eu te ajudo a levantar.
não se mexeu, apenas ficou encarando-o com medo.
- Calma – ele deu um risinho. – Se apóia em mim.
apenas acenou positivamente com a cabeça. Dougie ficou parado a sua frente, ele colocou as mãos na cintura da garota, enquanto ela o abraçou pelo pescoço.
- Eu vou contar... No três você levanta – Dougie falou baixinho.
- Ok.
- Um... Dois... Três!
deu um impulso jogando-se sobre Dougie. Ele a segurou firmemente. Os dois ficaram parados por alguns segundos, encarando-se.
- Meu Deus! Eu consegui, eu estou em pé! – falou animada entre gargalhadas.
- Tá vendo? Daqui a pouco você tá dando um Flip – Dougie riu também.
- Flip?!
- É... É um salto na patinação – Dougie falou rindo.
- E como você sabe o nome disso?
- Ah, minha irmã via isso na TV...
- Sei... Pode me falar Dougie, você sempre sonhou em usar aquelas roupas apertadinhas e dar saltos por aí.
- Claro! – ele fez uma voz gay. – Bem melhor do que tocar baixo, não acha?
- Com certeza!
- Ai Danny me desculpa – falou com pena na voz.
- Não tem problema... – Danny não conseguia ficar chateado.
- Eu queria muito ir, mas...
- O novo sócio da empresa e blá blá blá – Danny a interrompeu.
- É... Ele chegou essa semana, não tive como dizer não.
- Tudo bem... Mas eu queria muito te ver.
- Eu também! Estou morrendo de saudades – falou com a voz melosa.
- Não tem como você aparecer aqui? Ou quem sabe na casa do Tom mais tarde?...
- Eu não quero atrapalhar vocês!
- Você não atrapalharia, eu estou precisando de inspiração! – Danny deu um longo suspiro.
- Aí é que você ficaria sem inspiração mesmo, o Tom ia me matar...
- Não ia não – Danny apressou-se em falar. – Ele não é nem doido de te machucar.
- Oun! – deu um risinho.
- Vem me ver, por favor, eu tô te pedindo.
- Eu não consigo dizer não pra você... – falou calmamente.
- Yes! Então você vem aqui? – Danny perguntou esperançoso.
- Vou tentar... – ela enfatizou a palavra “tentar”. – Vou ver se invento alguma desculpa pra aparecer aí.
- Ótimo! – Danny deu uma gargalhada. – Eu não agüento mais esse doce dos casais aqui.
- Olha só quem fala, se eu estivesse aí você estaria todo assim também! – riu.
- Então vem logo !
- Tá bom, tá bom. Beijo.
- Beijo.
- Harry! Você tá indo muito rápido! – gritou enquanto o garoto a puxava pela mão.
- Não tô não!
- Tá sim! Pára Harry! – falou desesperada.
- Esse passeio é com emoção, honey – Harry parou puxando-a para perto.
- Eu não quero emoção então – falou encarando-o.
- Aaah... – Harry fingiu decepção.
- Sim, você já saiu da sua mãe patinando! – falou mal-humorada. – Eu tô pegando o jeito agora e...
Antes que pudesse continuar, Harry a calou com um beijo calmo. A garota deu pequenos soquinhos no ombro dele, mas cedeu colocando uma das mãos no rosto de Harry.
- Você reclama demais – ele falou entre o beijo.
- E você é convencido demais – voltou a beijá-lo.
Harry apenas deu um sorriso, voltando a beijá-la com mais vontade.
Dougie já estava no ringue, enquanto estava parada de frente para ele.
- , pode entrar, eu tô te segurando – ele falou com um sorriso, pousando as mãos no quadril da garota.
- E se... – mordeu o lábio inferior.
- Eu não vou te deixar cair – ele falou rapidamente com a voz meiga.
corou um pouco e lançou um sorriso para o garoto.
- Obrigada – a garota se inclinou dando um selinho demorado em Dougie.
- V-vamos? – ele perguntou desconcertado.
- Vamos... – a garota entrou calmamente no ringue, se apoiando com uma das mãos no ombro de Dougie e a outra na barra que estava por toda a extensão do ringue.
- Calma – Dougie ficou ao lado dela. – Agora dá um impulso com uma e depois com a outra, vai devagar...
- Ok... – deu o primeiro impulso, segurando-se com firmeza em Dougie.
A garota deslizou bruscamente, dando outra passada com a perna esquerda.
- Dougie, isso não vai dar certo – falou tristonha.
- Porquinha! Não desiste, você consegue – Dougie a repreendeu. – Só que tem um problema... Você não está deslizando, está andando, por isso não consegue.
- Tá, tá... Eu vou tentar fazer do seu jeito...
deslizou calmamente, conseguindo fazer isso por alguns metros.
- Dougie... Eu estou patinando? – falou animada.
- Está! Continua! – Dougie gritou.
e Dougie deram lentamente a volta pelo ringue. Ela parecia escorregar em algumas horas, mas voltava a patinar. Os outros casais passavam por eles, parando para conversar ou dar palavras de incentivo. Danny, no meio do caminho, os acompanhou até chegarem à porta da lanchonete.
- Eu não acredito que consegui! – tinha o rosto vermelho pelo esforço.
- Tá vendo? Eu disse! – Dougie a abraçou pela cintura.
- Tô vazando – Danny falou patinando para longe dali.
- Estou exausta!
- Dá pra ver, você está um pimentão! – Dougie deu um risinho.
- Eu tô suando, apesar do frio – deu língua.
- Estou orgulhoso de você porquinha – Dougie se aproximou selando seus lábios em um selinho.
aproximou o rosto encarando-o com um sorriso. Ela mordeu o lábio inferior do garoto, puxando-o para outro beijo, desta vez mais longo e apaixonado.
- vai com calma! – Tom pediu para a garota que patinava animada bem a sua frente.
- Me alcança Fletcher – ela lançou-lhe um olhar desafiador. Extremamente sexy na opinião do garoto.
Tom obedeceu; aumentou o ritmo se aproximando dela. Ao perceber que ele vinha até ela, patinou mais rápido tentando fugir.
- Eu vou te pegar ! – Tom falou com voz maléfica. – Eu vou te pegar!
- Sai daqui Thomas! – gritou com um pouco de desespero na voz.
Tom se aproximou ainda mais da garota, agarrando-a pela cintura. soltou um grito assustado.
- Te peguei! – ele falou quando passou os braços em volta do corpo dela.
Eles estavam muito rápidos. O peso do corpo de Tom fez com que se desequilibrasse. Os patins acabaram freando em uma rachadura da pista. Um estrondo foi ouvido. Os dois estavam caídos no chão, rindo.
- Ai, ai – o olhou rindo.
- Você tá bem? – Tom perguntou preocupado aproximando-se da garota.
- Eu te odeio Thomas! – falou gargalhando. – Sai de perto de mim!
- Desculpa ! – Tom começou a rir junto com ela.
A garota se apoiou no chão, levantando-se. Tom fez a mesma coisa.
- , você se machucou? – ele se aproximou.
- Ai, eu acho que ralei meu cotovelo – ela fez um bico.
- Desculpa, desculpa – Tom a abraçou dando um beijo em seu braço.
- Tudo bem Tom, foi engraçado – a garota deu uma gargalhada.
- É... Pior que foi – ele riu também. – E a minha bunda está gelada...
- E a minha? Tá dormente – ela riu.
- Desculpa – Tom a encarou com pena.
- Eu te desculpo Thomas! – deu um sorriso.
- Prova então...
inclinou o rosto na direção dele, beijando-o calmamente.
- Pronto, satisfeito?
- Pra falar a verdade não muito – ele riu, segurando o rosto da garota delicadamente, voltando a beijá-la.
- por que você estava com raiva quando eu te liguei? – Harry perguntou ao lado dela.
- Quando?
- Naquela hora que eu te liguei, pra te chamar pra sair...
- Ah tá! – deu um risinho. – Eu estava furiosa!
- Nossa, por quê?
começou a narrar toda a história que tinha acontecido naquele dia. Xingou a modelo de todos os nomes possíveis, fazendo com que o garoto risse.
- E ela se trancou no banheiro, nem sei qual foi o fim da pobre coitada – ela falou um pouco vermelha.
- Você é má – Harry deu um sorriso. – Fez a garota se trancar no banheiro...
- Harry! Não é minha culpa se ela é incompetente... Insegura... Imatura... – disse em meio a risos.
- Você deve ter pegado pesado com ela...
- Eu? Imagina! – ela fez cara de ofendida. Harry lhe lançou um olhar pouco convencido. – Ok... Talvez eu tenha sido um pouco grossa... Um pouco!
- Você é má – ele repetiu em meio a risos. – Mas eu gosto disso.
- Garotas malvadas são as melhores! – deu uma piscada.
- Eu concordo plenamente – ele se aproximou beijando a garota nos lábios.
- Gente! Hora de ir embora! – Tom gritou já tirando os patins do lado de fora.
- Ah não! – Danny e Harry gritaram juntos.
- A nem chegou! – Danny falou aborrecido.
- segura o homem aí por mais quinze minutos – Harry falou rindo.
- Pode deixar! – fez um sinal positivo com a mão.
- Não gente! É sério! – Tom se levantou aproximando-se do ringue, agora já de tênis. – Vamos agora.
- Droga – Harry cochichou andando até a saída do ringue de mãos dadas com .
- Mas e a ? – Danny ainda questionava.
- Liga pra ela Danny – falou solidária.
- Vou fazer isso – Danny se afastou de todos, indo para o meio do ringue.
Os três casais sentaram-se na mesa da lanchonete e começaram a conversar enquanto Danny discava o número do celular de .
- Alô? – ela atendeu.
- ?
- Danny! – falou surpresa.
O garoto pode ouvir barulho de pessoas conversando e uma música sendo tocada no fundo.
- Onde você está? – ele perguntou desconfiado.
- Er... Danny, acabou que eu vim jantar com o sócio da empresa – falou rapidamente.
- Você disse que viria me ver aqui...
- Eu sei, mas eu não pude recusar – estava tristonha. – Desculpa...
- Não, tudo bem... – ele respondeu chateado. – Mas eu queria muito te ver.
- Eu também queria muito, mas não deu mesmo...
- É melhor eu desligar então, já vou voltar pra casa mesmo...
- Já?
- É, nós ficamos patinando aqui por horas – Danny deu um suspiro. – Você não sabe o que perdeu... Foi divertido...
- Eu imagino...
- Mas teria sido melhor se você tivesse vindo.
- Danny, eu sinto muito mesmo! – falou com a voz meiga.
- Danny! Vamos logo! – Tom gritou de longe.
- Já estou indo! – Danny respondeu gritando também. – Desculpa, o Tom estava gritando aqui.
- Parece que o trabalho te chama...
- Os nossos trabalhos têm nos chamado muito ultimamente – ele deu um risinho.
- Desculpa tá? – pediu mais uma vez.
- Você fala demais. Já te disseram isso? – Danny riu.
- Primeira vez. Calei agora, beijo.
- Beijo.
Danny voltou para o grupo que já o esperava do lado de fora. Tom reclamou da demora, falando que eles ainda tinham que finalizar uma música. Após ter colocado os tênis, Danny caminhou junto com o grupo para o lado de fora do ringue. Todos se despediram e cada um seguiu seu caminho de volta para casa.
Capítulo 18
O interfone tocou quando estava terminando de passar o delineador nos olhos quando o ouviu, então saiu correndo até o telefone.
- Pois não? - Ela disse com a voz animada.
- Sou eu - Harry respondeu.
- Nossa, adiantado cinco minutos - abriu o portão para que ele entrasse - Pode subir.
- Você ainda não se trocou? Tá pelada ou só de toalha por acaso?
- Nem vem espertinho, já estou pronta.
- Aaaah - Ele disse rindo - Assim perde a graça.
Harry subiu as escadas apressado e foi recebido por assim que bateu na porta.
- Harry! - se adiantou abraçando-o com força.
- Nossa, eu faço tanta falta assim? - Ele disse com um sorriso no canto da boca.
- Você nem imagina o quanto - o olhou rindo um pouco sem graça, sem largá-lo.
- Eu também tava com saudades de você. Até de quando você me chutava pra fora daqui.
- Não se preocupe, isso não vai mais acontecer - Ela sorriu aproximando o rosto do dele, dando uma mordida no lábio inferior, começando um beijo calmo, que durou os minutos seguintes - É melhor nós irmos embora.
- Agora? - Ele perguntou indignado, tentando voltar para o beijo - Agora que tá ficando bom.
- Engraçadinho - Ela deu um tapa no ombro de Harry, finalizando com um selinho, assim, puxou-o pra fora do apartamento - Vamos logo.
- Vamos - Ele pegou a mão de e eles seguiram para o carro que estava estacionado em frente ao grande prédio.
O restaurante estava começando a lotar. As luzes eram baixas e uma banda de jazz tocava ao fundo. Sobre cada mesa tinha um foco de luz, deixando o ambiente escuro.
Em uma mesa de canto, estavam sentadas, , e , enquanto isso dois garçons juntavam mais duas mesas a pedido de uma delas, pois logo chegariam mais pessoas para jantar com elas.
- Ai, meninas, eu estou cansada, olha. - falou esfregando os olhos.
- E eu? - disse com a voz fraca.
- Nós três estamos, . O seu pai tá querendo matar a gente com tanto trabalho! Eu tenho umas três campanhas nas minhas costas pra fazer. - deu um gole na água que tomava.
- Ontem eu não dormi. Virei lá na empresa - continuou com a mesma voz desanimada.
- Você é louca, , alguma hora você tem que dar um tempo. Quer melhor coisa do que comer em um lugar tranqüilo com o gatão ali? - falou entre risinhos acompanhados por enquanto apontava para Danny que vinha em direção a mesa, acompanhado de Tom e Dougie.
- Olá! - Ele falou animado, cumprimentando as duas garotas e indo sentar-se ao lado de .
- Olá, estranho! - deu um pequeno sorriso e segurou o rosto de Danny com uma mão, dando-lhe um selinho estalado.
- Você beija estranhos agora, é? - Danny passou o braço pelo ombro de .
- Só os bonitinhos - Ela respondeu com um sorriso.
Dougie sentou-se ao lado de , já que tinha se levantado da cadeira para abraçar Tom.
- Então o garoto ocupado resolveu aparecer? - Ela deu um gole na água.
- Finalmente, né? O Tom tá querendo nos transformar em prisioneiros ou escravos, sabe? Nós só temos direito a quinze minutos no jardim e depois voltar a tocar. Tô ficando louco já! - Ele falou com os olhos saltados, fazendo rir.
- Ele só está um pouco preocupado.
- Vai ser bom ele passar um tempo com a hoje. - Ele falou apontando para o casal que estava em pé, abraçado. - Vai acalmar os ânimos dele.
- No futuro vai valer a pena.
- Espero mesmo, se eu não perder um dedo até lá - Dougie levantou as mãos e mostrou-as para , estavam enfaixadas em vários pontos dos dedos.
- Meu Deus, Dougie! - Ela pegou a mão dele fazendo carinho - Você não vai sair vivo daquela casa!
- Não vou mesmo não, porque o Tom é um bundão e não deixa a gente fazer nada, não. - Ele falou rimando. – Péssima, péssima.
- Foi legal! Vou dar até um beijinho na sua mão pra melhorar. - Ela pegou a mão de Dougie e deu um beijinho rápido.
- Aqui, bem aqui, eu também bati - Ele apontou para a boca - Tá doendo demais, uma dor insuportável.
- Posso imaginar - eu um riso na frente da boca de Dougie e encostou seus lábios no dele devagar, até começarem um beijo.
- Como você tá? - perguntou passando o polegar pela bochecha de Tom enquanto segurava seu rosto.
- Exausto. - Ele falou com a voz fraca.
- Você não deveria ter vindo, seria melhor dormir mais cedo. Você tem que descansar Thomas. - Ela disse preocupada.
- E perder a chance de te ver? - Ele deu um riso, encostando o nariz no dela.
- Ah bom, pensei que você tinha se esquecido de mim. - falou brincando.
- Vai ser difícil. - Ele deu um selinho nela. - Eu juro, que quando nós terminarmos o CD, vou ficar o tempo todo com você, um dia inteiro.
- Jura? Olha que eu cobro, hein? - Ela deu um sorriso bobo e já se preparava para iniciar outro beijo, quando sentiu uma mão em seu ombro. Quando se virou deu de cara com e Harry.
- Finalmente, hein? - falou em tom de brincadeira.
e Harry só sorriram cumprimentando todos e se sentando ao lado de Dougie e . Assim começaram uma conversa animada sobre o novo CD.
e Tom sentaram-se ao lado de Danny e .
O jantar correu da forma mais agradável possível, em meio a conversas e muitos risos.
- Tom, eu e a vamos ao toalete, já voltamos - deu um beijo no rosto de Tom e levantou-se junto com .
- Já vão falar mal da gent.e - Danny disse rindo.
- Nossa, Danny, nem te conto, esse é nosso passatempo preferido. - Ela deu uma piscada e as duas foram até o banheiro.
e já voltavam do banheiro. Tom e Danny deram acenos da mesa e foram retribuídos com sorrisos das duas, mas antes que pudessem chegar à mesa foram impedidas por um homem alto e loiro, dos olhos azuis profundos. Era Olivier.
- Boa Noite. - Ele falou com o sorriso galanteador de sempre.
- Olivier! - falou com um sorriso enquanto recebia um beijo no rosto - Como vai?
- Muito bem, melhorr agorra que encontrrei vocês - Ele respondeu com o sotaque francês puxado enquanto dava um beijo no rosto de , encarando-a.
- Então, o que o trás aqui? - perguntou escarlate, sorte a sua que a luz estava baixa.
- Bom, me falaram que aqui tinha uma comida muito boa.
- É verdade, é meu restaurante preferido. - disse com um sorriso sem graça.
- Então acho que, semana que vem, vou reservar uma mesa para nós dois. Quero conhecer melhor os pratos e quem melhor para me guiar do que você? - Olivier a olhou com um sorriso no canto da boca.
- Ah, c-claro.
- , tudo bem? - Danny chegou ao grupo com um olhar sério no rosto, encarando Olivier dos pés a cabeça.
- Danny! - agiu rápido tentando acabar com aquele clima - Desculpe, esse é Olivier Delacroix.
- Como vai? - Olivier estendeu a mão para Danny, que ainda o encarava sério.
- Bem, obrigado - Danny estendeu a mão, mal humorado.
- Acho melhor voltarmos para a mesa, Tom está me esperando - disse com um sorriso forçado.
- É. Vamos ? - Danny passou o braço pela cintura de , puxando-a para frente - Até mais, dude.
- Até. – Olivier deu um breve aceno com a cabeça - Te vejo segunda, .
já estava na mesa conversando com Tom, quando Danny e sentaram-se ao lado deles novamente.
- Quem é aquele cara? - Danny perguntou sério, encarando .
- O novo sócio da MPM. - Ela respondeu rapidamente, encarando-o.
- Sócio? - Danny disse ironicamente - Não foi o que pareceu.
- Danny, por favor! Ele só trabalha comigo.
- Realmente, vocês tem uma relação muito profissional. Que negócio é esse, ? Desde quando um cara que trabalha contigo te chama pelo apelido? Nem eu faço isso, - Ele enfatizou o "eu" enquanto falava.
- O Olivier só está sendo gentil, eu só estou fazendo o mesmo, agora que ele trabalha na empresa, tenho que conviver com ele.
- Olivier? Ainda o chama pelo primeiro nome?
- Danny... Pára...
- Pelo visto ele não está querendo ter só uma relação de trabalho com você. - Danny passou as mãos pelos cabelos, inquieto.
- Danny, não me importa o que ele quer ou deixa de querer. Quando um não quer não tem conversa. Eu quero você... Estou aqui não estou? - Ela falou perto do ouvido de Danny, que abriu um sorriso bobo.
- Que seja, mas você não vai pra canto nenhum com aquele cara, só comigo - Ele disse fazendo bico.
- Prometo. - segurou o rosto de Danny, que estava virado para o outro lado do salão e o voltou para si - Você tem exclusividade, Mr. Jones.
- Mesmo sendo um estranho? - Ele disse rindo.
- Um estranho bonitinho, né? - se inclinou dando-lhe um beijo suave, que arrepiou até os últimos cabelos de Danny.
Após fecharem a conta, que os meninos insistiram em pagar, todos se dirigiram a entrada do restaurante.
e Harry se despediram dos outros rapidamente, se dirigindo ao carro dele, que estava estacionado do outro lado da rua, e logo foram embora.
- Boa noite, então. - se virou para Tom.
- Queria ficar mais tempo aqui. - Ele fez um bico, deixando transparecer a covinha do lado esquerdo.
- Oun. - Ela não pode deixar de falar isso e olhá-lo com pena - Quando todo esse transtorno acabar a gente se vê todo dia.
- Mal posso esperar! Fiquei inspirado agora.
- Nossa, me senti! Ser musa inspiradora de alguém enche meu ego. - disse rindo dando um selinho em Tom - Te vejo quando der, então.
- Me liga.
- Eu posso? Não quero atrapalhar...
- , você não atrapalha, hoje talvez eu te acorde no meio da noite, com alguma idéia brilhante.
- Mal posso esperar. Até mais tarde, então. - Ela lançou um beijo no ar e seguiu para o carro – Vamos, ! Tchau, pessoal.
- Espera, ! - conversava animadamente com Dougie, quando foi interrompida pela amiga - Droga, tenho que ir...
- Eu também. Daqui a pouco o Tom tá dando ataque.
- Tadinho de você... - Ela puxou as bochechas de Dougie apertando, fazendo-o rir.
- Zoa bastante, tá com a vida boa aí...
- Vida boa? - Ela disse ironicamente - Dougie, o Antony vai matar a gente, eu já falei pra que o pai dela é doido. Nós estamos trabalhando até tarde, tô exausta.
- Ôô... - Dougie puxou em um abraço apertado, era tão gostoso, sentir o perfume dele misturando-se com o dela e o moletom em sua pele - Minha porquinha tá cansadinha, é?
corou um pouco e o abraçou também, ele disse "minha".
- Demais! Podia ficar aqui deitada no seu ombro uma semana - Ela respondeu com a voz cansada.
- Nós vamos fazer isso, espera só a gente terminar essa última música, só umazinha.
- Eu sou paciente, agora eu tenho que ir. - o olhou com um pequeno sorriso no rosto e o beijou delicadamente. Eles se soltaram e ela seguiu para o carro de , que arrancou logo em seguida.
- Vamos, gatão? - Dougie disse dando um toque no ombro de Danny, indo até o carro.
- Vamos. Tchau, . Te ligo pra gente sair na próxima semana. - Ele se inclinou e deu um selinho rápido nela - E nada desse francês nos nossos planos, hein?
- Pode deixar, Danny. - Ela segurou o rosto dele com um das mãos e o beijou-o no rosto com delicadeza, - A gente se fala, tchau.
- Tchau. - Ele correu para o carro, onde Tom já fazia sinal para que fossem embora.
- Não quero te segurar aqui. - disse parando o beijo por alguns segundos.
- Então pára de me beijar - Harry falou rindo.
- Ah não...
- Não reclama, então. - Ele disse no meio do beijo enquanto dava um pequeno sorriso, junto com .
- Ainda vai trabalhar hoje?
- Com certeza. O Tom não cansa! Isso é falta de mulher - Harry falou rindo.
- A dá conta do recado. Hoje vai estar mais calmo, tenho certeza.
- Ele eu não sei, mas eu estou calmo até demais - Ele disse voltando a beijá-la.
- Harry! Você tem que voltar pra casa do Tom! - disse em meio ao beijo.
- Quinze minutos não matam ninguém.
- Matam sim, nesses quinze minutos você pode ter alguma idéia brilhante.
- Verdade, né? Mas agora não está me ocorrendo nada então a gente pode continuar aqui... - Ele voltou a beijá-la com mais vontade, quando sentiu o bolso começar a vibrar e uma musiquinha começou a tocar dentro do carro.
parou de beijá-lo por um momento. Eles permaneceram com os narizes colados enquanto ele olhava o visor.
- Fala, Tom. - Ele disse mal humorado.
- Harry? Cadê você? - Tom disse com agonia e raiva na voz.
- Eu? Tô chegando aí já.
- Dude, vem logo, o Tom vai ter um filho aqui! - Danny gritou ao fundo, entre os risos de Dougie.
- Calem a boca vocês dois! Vem logo, Harry! A gente tem que terminar essa música.
- Tô chegando. - Harry desligou o celular na cara de Tom, que parecia querer começar a falar de novo - Parece que agora eu tenho que ir...
- Tudo bem. - deu um selinho em Harry e abriu a porta do carro. – Tchau, Harry, boa sorte, com a música e... Com os ataques do Tom.
- Não tô precisando de sorte, é de um seguro de vida! - Ele disse rindo enquanto ligava o carro - Tchau.
O carro saiu do campus da faculdade e entrou em seu dormitório rapidamente, o frio a deixava arrepiada.
Capítulo 19
Mais uma semana de trabalho duro estava começando. Enquanto as meninas se matavam de trabalhar na empresa, Tom andava de um lado pro outro com uma letra quase pronta. Danny terminava a melodia no violão e Harry e Dougie ensaiavam os últimos acordes da nova música.
- Aí nessa parte a gente dá uma parada, você faz aquela entrada do bumbo com a caixa – Dougie apontou e Harry seguiu.
- Então vamos – Danny levantou e pegou a guitarra – “I just wanna date a surfer babe I hope I’m not a little too late, I...”
Após algumas horas a música estava com a letra e toda a melodia pronta. Os garotos resolveram tirar o resto do dia para descansar um pouco, enquanto as quatro meninas voltaram para casa só depois das dez da noite.
A terça feira passou mais tranqüila do que a anterior, a pressão já não era tão grande, mas ainda faltava uma música. Ela estava quase pronta. Mas faltava um final para o refrão e os últimos acertos na melodia. Na empresa, as meninas ainda estavam atoladas de trabalho.
Na quarta, após passar o dia inteiro tentando a música nova, os meninos estavam exaustos. Já era quase uma hora da manhã e os meninos ainda trabalhavam na última música. Danny já estava exausto, assim como todos os outros. Ele e Dougie estavam deitados no chão, com os instrumentos sobre a barriga, revisando pela milésima vez a entrada da música. Harry também estava no chão, com as mãos dentro de um balde com água e gelo, sua tendinite impedia que tocasse bateria até o próximo dia. Tom ainda não desistira. Revisava a letra, tentava pensar em alguma coisa que completasse a frase, mas nada. Todos estavam calados e o silêncio só era quebrado pelos tímidos acordes que saíam da guitarra e do baixo, quando outro som surgiu quebrando a harmonia da sala. O celular de Dougie começou a tocar Dammit do Blink 182, ele deu uma olhada no visor e atendeu apressado sobre o olhar dos companheiros.
- !
- Oi Dougie, tudo bem? - Ela perguntou tão animada quanto ele.
- Tudo 'tava uma merda até você me ligar. Vai animar minha noite - Enquanto Dougie falava, Danny se levantou e foi em direção a parede branca da sala, ficando de costas para os outros, enquanto se agarrava fazendo uma imitação de Dougie e . Tom e Harry deram gargalhadas.
- Nossa, me senti importante agora.
- Você é importante - Tom e Harry se olharam piscando os olhos soltando um grande suspiro, irritando Dougie que tentava manter a voz calma - Mas a que devo a honra?
- Bem, digamos que é uma questão de trabalho, mas acaba influenciando nossa vida pessoal e social.
- Fala logo o que é!
- Sábado vai ter a festa da MPM e bem, vocês vão tocar!
- Sério?
- Sério o quê, dude? - Danny perguntou curioso.
- Bom, já que vocês vão estar com todo o repertório até a sexta de manhã. A festa é estilo havaiano, sabe? O pai da passou as férias no lugar e se apaixonou. Então esse será o tema. Não se esqueça da camisa florida - Ela disse rindo.
- Nossa, mal posso esperar, você... Não quer ir comigo?
- Ah não, dude! Fica de namorico aí - Harry reclamou espirrando água no rosto de Dougie.
- Achei que você não fosse me chamar! Pode ser. Você me pega aqui em casa?
- Olha que isso tem dois sentidos.
- Te espero aqui então - falou com a voz boba - Tchau.
Dougie desligou o telefone, estava com o sorriso mais bobo que alguém pudesse ter visto. Os outros companheiros de banda o olhavam gargalhando.
- Tá apaixonadinho, bebê? - Tom perguntou com a voz fina.
- Cala a boca vocês - Dougie tentou chutar a perna de Tom, mas acabou pegando na de Danny que gritou alto, depois de um montinho em cima de Dougie, ele contou tudo o que tinha falado ao telefone, sobre o olhar atento dos amigos.
- Então nós vamos tocar no sábado, mas antes disso alguém pode me deixar em casa? Tenho que pegar meu carro.
- Vai com a é, gatão? - Danny perguntou enquanto passava a mão nos mamilos.
- Vou. Essa festa promete.
- Nunca imaginei que fosse te ver assim Dougie, tão de quatro por causa de uma menina - Harry falou tirando a mão do balde e espirrando, mais uma vez, água no rosto de Dougie - Acorda, dude!
- Ah cara, no começo não era assim, mas quando eu vi, estava hipnotizado - Ele respondeu com um olhar sonhador, enquanto todos permaneceram calados encarando-o.
- HIPNOTIZADO! HIPNOTIZADO! - Danny levantou com um pulo do chão dando pulinhos pela sala.
- Acho que o Danny tá doente, cara. Hipnotizado que nem o Dougie - Harry riu.
- Não, ele deve estar drogado ou bêbado, algo do tipo com certeza - Tom falou com um olhar de pena para o amigo.
- DUDE! HIPNOTIZADO! É ISSO!
- Isso o quê? Fala logo, Danny! - Dougie não agüentou mais tanto suspense.
- "That's when I realize" e pra completar a frase "you had me hypnotised"! É perfeito! - Danny disse aos gritos.
- Caralho! Escreve isso, escreve isso! - Tom falou apressado para Harry.
- Tô com a mão molhada! - Ele falou apressado antes que pudesse pegar a caneta.
- Eu escrevo! - Dougie se apressou e pegou a caneta escrevendo a frase que completava o refrão - Só pra deixar registrado eu inventei a frase.
- Tá foda! - Danny deu um tapa na cabeça de Dougie, rindo - Vamos ensaiar logo, quero terminar isso de uma vez!
Todos voltaram aos seus postos, menos Harry, que permaneceu sentado olhando-os e cantando junto.
A quinta correu como todos os outros dias dessa semana, corrida tanto para os meninos quanto para as meninas.
Na sexta, a tarde foi tomada por um longo ensaio. Os meninos tocaram todas as treze músicas que iriam apresentar no dia seguinte. Estava tudo indo muito bem, todos estavam felizes e aliviados.
- Muito bem, missão cumprida – Tom falou em voz alta e os quatro se abraçam em meios de risadas e comemoração - O CD está pronto!
Os meninos arrumaram suas coisas e após algumas horas Tom deixou todo mundo em suas respectivas casas.
A festa já era no dia seguinte, as meninas tinham muita coisa para fazer. No final da tarde, elas estavam no clube onde seria a festa, cuidando da decoração.
- , os instrumentos precisam estar aqui bem antes do horário da festa, liga pro Danny, diz pra ele trazer isso logo – segurava uma prancheta enquanto xingava baixo do seu lado.
- Oi, !
- Danny, oi, não Margareth, eu pedi o telefone do Sr. Debison, o eletricista. Talvez o Olivier, er.. Quer dizer, Sr. Delacroix tenha. Desculpa Danny, o clube tá uma loucura.
- Tudo bem - Ele falou mal humorado - O Olivier tá ocupando muito seu tempo enquanto você decora a festa?
- Danny, nós trabalhamos juntos! Não tem nada a ver.
- Eu e você também, isso não impediu que nada acontecesse...
- Isso é totalmente diferente! Você sabe que é.
Danny permaneceu calado emburrado, então continuou:
- Mas já que você esta emburradinho aí, não vou te contar nada...
- Contar? O quê?
- Bem... Hoje eu fui encarregada pela de pegar duas guitarras na sua casa, pro show amanhã... Então nós íamos nos ver.
- Sério? Hoje? Que horas você passa aqui?
- Acho que daqui a pouco, só que tem uma condição.
- E qual é?
- Não vamos falar nada - Ela acentuou o "nada" - sobre Olivier ok?
- Ok, te espero lá então, até.
- Até.
- Odeio quando ele desliga o celular – Ela falou impaciente.
- , isso não é hora de ligar pro Tom – sentou–se, exausta.
- Que mané, Tom – Ela falou rindo – É pro Antony, preciso tirar uma dúvida sobre os seguranças.
- Ah entendi – deu um gole na água e voltou.
- Gente, vou lá no Danny – Ela pegou a bolsa com pressa.
- Tá, mas – segurou–a pelo braço – você está indo a trabalho tá?
As três riram e saiu andando.
parou em frente a porta da casa de Danny. Puxou da bolsa um espelhinho para verificar a aparência, voltou a guardá-lo. Tocou a campainha.
Danny abriu a porta com um sorriso de ponta a ponta, ao vê-lo, se adiantou para frente abraçando-o.
- Saudades de você, Jones – Ela falou com a boca próxima a orelha de Danny.
- Eu também – Danny sorriu ao senti-la ali com ele – Muita.
ainda o abraçava pelo pescoço, afastou um pouco seus corpos encarando-o de frente.
- Então? Você não vai me convidar pra entrar? – Ela perguntou com um sorriso.
- Claro, eu ficarei feliz em te deixar fazer isso – Danny pigarreou – Mas antes eu quero um beijo.
- Achei que você não fosse pedir – deu um risinho, em frente a boca do garoto, antes de selar seus lábios em um beijo calmo. Danny, assim que suas línguas se tocaram, sentiu os cabelos da nuca e de todo o seu corpo se arrepiarem, ao mesmo tempo se perguntava como tinha conseguido ficar tanto tempo sem a garota ao seu lado.
finalizou o beijo com uma mordida de leve no canto da boca de Danny.
- Então? Onde estão as guitarras? – Ela perguntou tímida.
- Deixei as duas perto da sala de jantar, vem – Danny, que ainda se encontrava um pouco atordoado, guiou a garota até a sala. A casa estava escura. Ele não parecia fazer muita questão de luz. Parou na frente da porta e empurrou, mas ela continuou fechada.
- Que é isso? – Ele insistiu, batendo com força na maçaneta – Droga – Danny passou as mãos pelos cabelos.
- O quê? – perguntou sem entender.
- A chave ta lá no quarto.
- Ah, tudo bem, a gente vai lá pegar.
Danny e subiram pelo corredor de mãos dadas, até o seu final. Entraram no quarto e começaram a procurar pela chave.
- Tenho certeza que tava aqui – Ele falou, abrindo todas as gavetas do criado-mudo – Que saco!
- Calma, não se estressa – olhou para a estante de televisão e se abaixou, para olhar nas últimas gavetas. Danny ficou parado ao lado da cama. Ela parecia fazer de propósito. O vestido azul que ela usava era curto, deixando transparecer as pernas torneadas ao abaixar-se
- É essa daqui? – virou–se e Danny acordou do transe.
- É! Essa daí – Ele sorriu sem jeito e saiu do quarto.
- Ei Danny – Ela o chamou e ele parou na porta – Por que você ta indo com tanta pressa?
- Achei que você estivesse... Com pressa – A voz dele foi falhando ao vê–la se aproximar. veio na direção do garoto, abraçando-o novamente pelo pescoço. Os dois se beijaram por alguns minutos e ela finalizou com um selinho.
- Desculpa - Ela falou ao ver a cara surpresa de Danny.
- Sem problemas – Danny falou um pouco corado.
- Tudo bem, agora vamos – Ela foi andando pelo corredor. Danny a viu se afastar dele à medida que voltava para a sala. Saiu correndo e quando colocou a chave na maçaneta ele a abraçou por trás, virando–a para si.
- Meu Deus – Ela falou entre risos – O que... O que você tá fazendo?
- Uma coisa que eu já deveria ter feito há muito tempo.
Os dois começaram a se beijar. Danny empurrou contra a porta da sala de som e desceu a boca até o pescoço dela, fazendo com que ela se arrepiasse por completo. por sua vez, puxou a camisa de Danny para cima e deixou cair no chão. Ela podia sentir que ele estava muito excitado cada vez que encostava o seu corpo no dela. Enquanto ele tirava a blusa da garota. Esta por sua vez, não queria parar por nada, afinal, ela desejava aquilo tanto quanto ele.
Danny estava com as calças no meio das pernas. desceu as mãos pelo peitoral do garoto e apertou a barriga dele com força, escorregando uma das mãos para dentro da cueca do rapaz. Ele já estava começando a suar, ela delirava com as mordidas no pescoço, quando de repente:
- DANNY, DANNY! – Tom abriu a porta com o violão na mão, gritando de alegria e correndo pela sala – DANNY! CADÊ VOCÊ?
- Droga – Danny falou baixo. Afastou-se de , fazendo com que sua mão saísse de dentro da cueca. Puxou as calças para cima e foi correndo até a sala – O que foi, dude?!
- Escuta! Consegui uma música extra para o CD! – Tom sentou–se no sofá e começou a tocar – She was looking kinda sad and lonely...
ouviu Danny vibrar com a música do amigo e se sentiu péssima. Ajeitou a roupa e arrumou o cabelo. Ao ver que as guitarras estavam arrumadas em um canto, pegou as duas e caminhou, pisando forte, até a porta.
- Muito bom dude, ficou muito b... Ei ! Pra onde você vai? – Danny levantou rápido.
- Oi , não sabia que você estava ai – Tom falou na inocência.
- É, eu percebi – respondeu tentando esconder o mau humor – Até mais tarde...
- , espera! – Danny correu até a porta – Não vai agora...
- Eu tenho muita coisa pra fazer – Ela respondeu secamente.
- Eu te ajudo a levar as guitarras até o carro.
- Não se incomode – saiu pela porta em direção ao carro.
Danny e Tom ficaram se olhando por um tempo, ambos sem entender.
Capítulo 20
terminava borrifar o seu perfume, de frente para o espelho do banheiro. Estava com um tubinho tomara-que-caia esmeralda. Seus cabelos estavam soltos formando grandes ondas sobre seus ombros. Apenas um lado estava preso por uma flor de veludo rosa, usava algumas jóias douradas e um sapato de salto fino. Então a capainha tocou.
- Deve ser seu príncipe encantado - falou com um risinho terminando de colocar seu par de brincos.
com um sobressalto correu até a sala, respirou fundo e abriu a porta.
Lá estava Tom, com uma camiseta vermelha com a inscrição "adio", uma bermuda bege presa com um cinto preto e um all star marrom. Ele arregalou os olhos ao ver que corou um pouco e encarou o chão sorrindo.
- Você está linda - Ele deu um sorriso bobo aproximando-se, passou os braços pela sua cintura e a apertou em um forte abraço.
- Você também está ótimo - Ela deu um selinho em Tom, ele porém não se contentou, segurou o rosto de e a puxou para começar um beijo longo e apaixonado, que durou os minutos que se seguiram. Tom colocou uma das mãos sobre a coxa de e começou a puxar o vestido para cima quando foi parado pela mão dela - Tom... Nós vamos nos atrasar...
- Atrasar?
- Para a festa.
- Que festa?
- Tom!
- Ah, , nós estamos a muito tempo sem se ver, atrasar só um pouquinho...
- Eu tenho que ver se tudo está certo na festa e você tem que tocar, além do mais a está aqui.
- Vai demorar pra eu ter que tocar...
- Tom...
- Tá bom! - Ele falou impaciente - Mas depois da festa você fica comigo.
- O tempo que você quiser, serei toda sua - Ela disse encarando-o com um sorriso.
- Perfeito - Tom se inclinou para iniciar mais um beijo mas foi advertido pelo dedo indicador de que selou sua boca.
- Só depois da festa, agora vamos.
- Vamos.
- , estamos saindo.
Dougie estacionou o carro em frente ao prédio de . Estava animado em ver de novo. Ele deu um toque no celular dela, para ela saber que ele já estava lá embaixo esperando-a, eles tinham combinado de fazer isso. Enquanto ela não descia ele deu uma checada no visual: a blusa azul clara, a bermuda morrom escura e o tênis quadriculado, ótimo.
Após alguns minutos desceu as escadarias do prédio, usava o cabelo preso em um coque apenas com a franja solta, seu vestido era solto, com um faixa presa na cintura, era florido e nele se misturavam em completa harmonia as cores rosa, verde-água, branco e dourado, seu salto era alto e fino como o de . entrou no carro, assustando Dougie que olhava para o outro lado da rua.
- !
- Eu acho que sim... - Ela disse rindo.
Só agora Dougie tinha reparado na produção da garota, ficou olhando-a meio que em transe, enquanto falava:
- Você está tão... tão...
- Você também... - Ela deu um risinho se inclinando em um beijo demorado.
Dougie acompanhou o beijo de , era incrível como ela podia ser tão delicada e direta ao mesmo tempo.
- Dude a gente vai se atrasar! - Harry repetia pela milésima vez a mesma frase a Danny que andava de um lado para outro com o celular na mão.
- Cara a não atende o celular!
- Você pode falar com ela na festa.
- Mas eu ia passar pra pegá-la na casa dela, nós íamos chegar juntos.
- Danny, vamos logo, no caminho você liga pra ela.
- Realmente vai rolar maior clima com você no carro... - Danny encarou Harry com uma careta.
- Ei! O carro é meu, você não está indo o seu porque não quer.
- Ele está no estacionamento da festa, os instrumentos foram transportados nele.
- Faz que nem eu, vou encontrar com a na festa, a vai estar lá.
- Ah, que droga! Vamos logo - Danny guardou o celular no bolso da bermuda cinza e vestiu a camiseta branca que estava jogada sobre o sofá.
Danny e Harry entraram no carro e seguiram para a festa.
O salão de festas era enorme, estava decorado com palmeiras que iam até o teto, tecidos de cores vibrantes que cobriam as mesas, garçonetes vestidas de dançarinas havaianas além dos vários vasos espalhados com folhagem tropical. O cardápio da festa também estava adaptado ao tema, com vários coquetéis. Até o palco era feito de madeira e troncos de palmeiras, um Dj animava a chegada dos convidados, enquanto do lado de fora, na área aberta, havia um gramado com vários pufes e cadeiras espalhadas ao longo do jardim. Bem no meio disso, um enorme piscina era palco para velas que boiavam dando um charme a mais, além de outro palco, que daria lugar a banda que se apresentaria aquela noite: McFly.
andava pelo longo salão interno levando os convidados que chegavam até suas respectivas mesas, junto com duas ajudantes que faziam o mesmo, a única diferença era que, enquanto as ajudantes usavam roupas de dançarinas havaianas, estava deslumbrante em um vestido verde estampado com folhagens, o modelo era frente única, solto e curto. Ela usava um coque todo puxado para trás, formando um topete alto na frente. Chamava a atenção de todos enquanto caminhava entre as mesas.
- Espero que aproveitem a festa - Ela disse entre um sorriso e outro para o grupo que acabara de se instalar - Se me derem licença.
se afastou e avistou do outro lado do salão com a máquina na mão, ela estava um usando uma macaquinha de ombro caído e um enorme fenda em forma de gota nas costas, a estampa era uma mistura de cores alegres e algumas flores, seus cabelos lisos caíam sobre apenas um ombro, deixando o outro a mostra, de um lado ela fizera uma pequena trança.
- ! Que produção é essa? - chegou rindo.
- Eu é que pergunto, se bem que eu sei pra quem é essa produção... - disse em um riso que foi retribuído pela cara fechada que fez - O que aconteceu?
- Ai , nem vale a pena falar...
- Amiga! Pode contar comigo...
- Senta então - puxou e as duas sentaram em uma mesa de canto ela contou tudo que tinha acontecido no dia anterior na casa de Danny, ou melhor, o que não tinha acontecido - E então o Tom chegou, ele parou e foi até a sala e ficou batendo papo com o Tom, , me senti tão mal, porra eu tava lá, animada sabe?
- Que droga ... Mas poxa, vocês podem tentar de novo...
- Mas o problema não é esse, ele não se tocou sabe? Que eu fiquei chateada com isso.
- Conversa com ele, nada melhor do que uma festa para resolver todos os seus problemas.
- Não sei, mas e você? Pensando em alguma coisa pós-festa? - deu um olhar safado para a amiga que corou.
- Não... Nada demais...
- ! Até quando vocês vão ficar nessa?
- Até eu achar que é a hora certa, no momento eu estou querendo tirar umas fotos.
- Meu pai nem está te pagando pra fazer isso, vai se divertir um pouco, daqui a pouco o Harry chega.
- Pra sua informação está sim, mas não vou ter que trabalhar durante todo o evento, só até um certo horário - deu língua para a amiga que riu - E quem disse que eu não sei dividir trabalho e minha vida amorosa?
- Ui, Harry que se cuide!
- O que tem eu aí? - Harry chegou por trás da cadeira das duas, ele usava uma blusa preta com uma bermuda verde camuflada.
- Harry! - levantou e o comprimentou com dois beijinhos. fez o mesmo e ele se espantou ao vê-la tão arrumada e linda daquele jeito.
- Dude não tô vendo a Br... - Danny que estava atrás de Harry corria os olhos pelo salão, procurando-a até que virou para frente e se deparou com ela e - !
- Ah Danny, oi - deu um pequeno sorriso, se adiantou e cumprimentou Danny com dois beijinhos - Bom, eu tenho que voltar a falar com os convidados, com licença.
saiu rapidamente daquela roda, deixando Danny com cara de bobo entre os olhares que Harry e lançavam um para o outro.
- O que deu nela? - Danny olhou sumir pelo salão.
- Acho melhor você correr até lá e descobrir - Disse Harry dando palmadinhas no ombro do amigo.
- Vou mesmo, vejo vocês depois - Danny seguiu a mesma direção de e sumiu assim como ela.
- Achei que ele não fosse embora - Harry se virou para com um sorriso.
- Harry!
- Tô brincando! - Ele levantou as mãos na altura da cabeça, fazendo-a rir.
- Lesão - pegou a máquina e rapidamente focou no rosto de Harry batendo uma foto.
- Ah! Eu não tava preparado.
- Eu gosto de fotos espontâneas, esqueceu?
- Não, não esqueci - Harry se aproximou um pouco, ele ainda conseguia deixá-la com as pernas bambas.
- Outra foto então - posicionou a máquina novamente, mas foi supreendida quando Harry tirou-a de sua mão.
- Não não, hoje, você vai ser a modelo - Ele posicionou a máquina.
- Harry! Não! Eu odeio que tirem fotos de mim!
- Poxa, umazinha só, pra mim, você tá perfeita desse jeito, por favor - Ele fez uma cara de pidão que não pode resistir.
- Só uma então - Ela olhou para a câmera e deu um pequeno sorriso.
- Já disse que você tá linda? - Ele deu um sorriso bobo que fez olhar para a câmera envergonhada.
- Viu? Ficou linda. Tá bom, já é a segunda vez que eu falo isso - Ele disse olhando para o visor e depois, encarando-a. Ela estava um pouco corada, não costumava estar do outro lado da câmera.
- Posso ver? - ficou ao lado dele e olhou a foto, realmente, tinha ficado linda.
- Assim eu posso matar as saudades quando não estiver por perto, ficar olhando pra foto - Ele deu um sorriso e encarou-a - Eu acho que ainda não te beijei hoje... - Harry se aproximou um pouco mas se afastou rapidamente para trás olhando para os lados - O que foi?
- Aqui não é hora e nem lugar, eu estou trabalhando! - Ela disse com a voz fraca - Depois quem sabe...
- E eu vou ficar a festa toda na vontade? Não tem ninguém aqui perto, a gente senta aqui nesse cantinho e tudo fica bem - Harry passou os braços pela cintura de , aproximou o rosto do seu ouvido e cochichou - Vai dizer que também não estava com saudades?
olhou para o chão rindo, os dois sentaram em um canto atrás de uma enorme coluna.
- Se o Antony me pega aqui...
- Ele vai morrer de inveja, porque eu estou aqui, com a menina mais linda da festa - Harry falou passando a mão pelo rosto de .
- Já é a terceira vez que você fala isso.
- Acho que eu vou repetir isso o resto da noite então - Harry colocou a mão em sua nuca, puxando-a para perto de si. Os dois mataram as saudades das longas semanas que passaram separados. Seus lábios sem encaixaram enquanto suas línguas brincavam lentamente em harmonia.
e Tom tinham acabado de descer do carro, quando ele pegou em sua mão.
- Tom é melhor não...
- Qual o problema?
- Bem, você é cliente da empresa e bem eu trabalho nela...
- Ainda não vi problema nenhum... - Ele falou em tom despreocupado.
- Tem todo o problema, ainda não disse ao Antony...
- Você tem medo do que? Que ele te demita? Por minha causa?
- Não é isso. É que.. Bom, é melhor não.
- Tá bom, tá bom, como "amigos" então - Ele fez a aspas com as mãos.
- Você é um fofo mesmo - deu um beijo estalado na bochecha de Tom e eles seguiram para a entrada conversando animadamente.
- ! - gritou acenando quando o carro passou ao lado do casal, que olhou na mesma hora.
Após alguns segundos desceu do carro junto com Dougie. Os dois vinham separados com largos sorrisos para o casal que ficara esperando na entrada.
- E aí dude? - Dougie comprimentou Tom e em seguida .
deu um longo abraço na amiga e em Tom.
- Então vamos entrar casal?- Ela disse dando uma piscada.
- Hoje nós somos "amigos" - Tom repetiu o mesmo gesto de aspas dessa vez com uma careta.
- Aaah, vocês também estão nessa? - Dougie disse cruzando os braços.
- Dougie eu já te expliquei!
- Eles não entendem - completou a frase da amiga.
- Eu acho isso nada a ver e outra, o Antony vai estar bêbado demais pra perceber com quem vocês estão ou deixam de estar - Disse Dougie.
- Bom, por enquanto ele ainda não está. Portanto, amiguinhos, vamos entrando - deu um fim naquela reclamação e seguiu na frente, os outros a seguiram.
Todos entregaram seus convites e logo avistaram que estava parada bem na porta.
- tá poderosa hoje - falou em tom alto chamando a atenção da amiga que ficara vermelha com o elogio.
- Finalmente! Achei que fosse ficar plantada aqui a noite todo esperando vocês - veio na direção do grupo e comprimentou a todos.
- Quem já está aqui? - perguntou animada.
- Quase todo mundo, o Harry e a estão bem ali - apontou para a grande coluna que impedia ver quem estivesse atrás, só conseguidam ver os pés de Harry - E o Danny chegou também.
- Olha o Harry "pouco" esperto! Depois quero dar uma passada lá - Tom lançou um olhar safado para que corou sobre os olhares curiosos que caíram sobre ela.
- Apoiado! - Dougie disse com um risinho que foi seguido por um tapinha no braço dado por .
- Vamos, vou levá-los até a mesa - se virou seguindo pelo salão.
- Eu quero aquela mesa do Harry - Dougie disse apontando.
- Tudo bem.
O grupo se aproximou da mesa. Harry e estavam em um clima quente, bem próximos, ela estava com as mãos por dentro da camiseta dele, enquanto ele acariciava as coxas da garota.
- ? - pigarreou evitando encarar a cena.
Harry e pararam na hora, todas as mãos voltaram aos seus devidos lugares e seus corpos descolaram um pouco.
- E aí dudes! - Harry falou meio sem graça, levantando-se indo até os companheiros, também se levantou indo em direção as amigas.
- Eita que o negócio aqui tava pegando fogo - chochichou entre risinhos de e .
- Ai gente... - estava roxa de tanta vergonha.
- Tudo bem , ninguém é de ferro né, você acha que eu não vou usar esse espaço aqui hoje é? - deu uma piscada.
- Harry na ativa - Tom deu um soquinho no ombro de Harry que só fez rir.
- Sempre né.
- Ei! Olha o Danny ali - Dougie apontou para o amigo que percorria o salão olhando para todos os lados.
- Ei Danny! - Harry gritou para o amigo, chamando-o para perto.
- Cara não encontro a em canto nenhum - Ele disse passando a mão pelos cabelos.
- Você quer dizer aquela ali? - Dougie apontou para que ria junto com as amigas.
- ! - Danny se aproximou do grupo de garotas que se virou para ele - Olá meninas. estava te procurando há o maior tempão.
- Ah, é... Bem eu estou meio atarefada. Falando nisso eu deveria estar na recepção, até mais gente.
Todos encararam Danny sem entender nada, só sabia o que tinha acontecido, ela se aproximou de Danny e falou em tom baixo:
- Não é melhor você ir atrás dela?
Danny saiu de lá e alcançou no meio do salão, pegou-a pelo braço puxando-a delicadamente.
- , o que tá acontecendo?
- Nada Danny, esse é o problema - Ela se virou para sair mas ele a segurou novamente.
- Do que você tá falando? - Ele passou a mão pelos cabelos nervoso ao ver que ela não respondeu, continuou - Eu não falei com você desde ontem, você não atende meus telefonemas, não me comprimentou direito quando eu cheguei, o que eu fiz de errado?
- Você não se lembra do que aconteceu ontem? - deu um longo suspiro encarando-o.
- Ontem? - Danny deu um sorriso bobo e continuou - Lembro, mas o que aconteceu? Você não gostou? Eu fui rápido demais?
- Não é isso, só que poxa Danny, nós estávamos em um momento nosso e você cortou isso... - cruzou os braços com a cara fechada.
- EU? - Ele levou um susto e continuou em tom baixo - Como assim?
- O Tom chegou e você simplesmente me deixou mofando lá na porta da sala! Me esqueceu.
- Ele começou a tocar e eu me empolguei, quando eu vi você já estava saindo pela porta!
- Claro! Você queria o que? Que eu ficasse te esperando e a hora que você quisesse eu estaria lá?
- Tudo bem, foi um erro meu, mas como é que eu ia despachar o Tom? Você sabe que a música é importante pra mim - Danny colocou uma das mãos sobre a bochecha de fazendo carinho.
- Pelo visto eu estou em segundo plano... - tirou as mãos de Danny do rosto e encarou o chão.
- A questão não é quem está ou não em primeiro plano, ... - Danny segurou o queixo dela e virou seu rosto em sua direção - Você é muito importante pra mim, você sabe disso.
- Parece que isso não te impediu de me deixar lá, sozinha...
- O que você quer que eu faça então? - Danny já estava ficando irritada com a discussão.
- está tudo bem? - Olivier tinha chegado bem no meio do ataque de Danny, passando a mão pelo ombro da garota.
- Olivier... Está tud... - queria falar, mas ao olhar a cara que Danny fez ao ver o francês ali na sua frente a assustou.
- Você está com ele? - Danny apontou para Olivier encarando .
- Não Danny, nós chegamos juntos só isso...
- Ele está te incomodando querida? - Olivier falou com o sotaque francês que irritava Danny.
- Querida? Mermão, não se mete onde você não é chamado, eu estou falando com ela! - Danny encarou Olivier com raiva, mas o outro só deu um pequeno sorriso.
- Ah, esse é o garoto do restaurante...
- Que história é essa ? Eu te ligo o dia inteiro e você vem com ele? Por causa de uma birra?
- Birra? Depois do que você fez, você chama isso de birra Daniel Jones? - se irritou, os dois estavam com os rostos vermelhos - Vamos Olivier, eu não tenho que ficar aguentando isso.
segurou no braço de Olivier e os dois andaram para o outro lado do salão, onde sentaram em uma mesa sozinhos.
Danny voltou para a mesa atrás da coluna, onde estavam sentados apenas os garotos da banda, já que as meninas tinham ido falar com a organização da festa, para ver se tudo estava nos conformes. Ele chegou e deu um murro bem no meio da mesa assustando os que conversavam animadamente.
- Filho da puta! - Ele disse dando voltas no mesmo lugar.
- O que foi dude? - Perguntou Dougie sob os olhares preocupados de Tom e Harry.
- Aquele Olivier, qual é a desse cara? E pra piorar a tá puta comigo!
- Mas como foi isso? - Tom perguntou entregando uma bebida a Danny que virou em um gole.
- Ela tá puta comigo! Tá, eu não agi certo, tudo sua culpa Fletcher! Viadinho, porque teve que ir ontem na minha casa com a porra daquela música?
- O que eu tenho a ver com isso? - Tom perguntou assustado.
- Ah esquece, não quero falar sobre isso, eu quero quebrar a cara daquele francês - Danny encarou a mesa onde estavam sentados e Olivier - Quem ele pensa que é?
- O cara é sócio da empresa Jones, não cria problemas com ele - Harry falou calmamente.
- Avisa isso pra ele! Fica me provocando, dando em cima da na minha frente! Adivinha quem deu carona pra ela vir pra festa? - Todos permaneceram calados olhando-o - Esse fudido aí, que é metido a saber das coisas, eu quero quebrar a cara dele!
- Danny, dude, nosso show é daqui a pouco, sério, se acalma, você pode falar com a depois - Dougie falou dando um gole na cerveja.
- Depois porra nenhuma, agora que eu não falo mesmo, eu tentei falar, pedi desculpas, até me declarei e ela fica de doce pra cima de mim, depois vem com essa de ficar pegando carona com o Olivier, ela que venha agora, não vou falar é nada - Danny cruzou os braços enquanto olhava para o teto. Os amigos continuaram calados - Me dá outra cerveja aí, esfriar a cabeça.
- É assim que se fala - Harry deu palmadinhas no ombro do amigo e Tom lhe entregou uma cerveja.
- O que deu naquele garoto? - Perguntou Olivier entregando uma taça de champagne para .
- Ai Olivier me desculpa, não devia ter te metido nessa história. Foi uma grande besteira que eu fiz - falava com os olhos marejados.
- não fique assim, deu pra ver logo na cara que ele não te merece - Olivier passou os dedos pela bochecha de , deixando a garota corada - Eu nunca faria isso com você...
- Eu sei, você está sendo muito gentil Olivier... - olhou para o outro lado do salão, Danny olhava a cena de longe, seus olhares se encontraram e ele se voltou para os amigos.
e se separaram de , que decidiu bater algumas fotos dos convidados enquanto elas checavam tudo sobre o show. As duas foram para o lado de fora, onde encontraram Antony. cumprimentaram-no e conversaram durante alguns minutos, alegando estarem ocupadas para que tudo desse certo no show.
- Menina, a festa tá bombando né?
- Fazer o que? Nós que organizamos - disse em um tom convencido que fez a amiga rir.
As duas chegaram próximas ao palco principal da área externa e se encontraram com Peter, ele tinha aprontado tudo para o show dos garotos.
- Peter! - o cumprimentou com um beijo no rosto - Então tudo pronto?
- Tudo certo, daqui a uma hora, eles podem entrar e começar o show.
- Perfeito, nós sabíamos que podíamos contar com você - deu um beijo no rosto de Peter assim como - Nós vamos avisar os meninos, nos vemos daqui uma hora então.
- Tchau - e falaram em coro e voltaram para a parte fechada, encontrando com no caminho.
- Sim! Você só quer saber de trabalho é? - pegou pelo braço.
- Oi meninas. Tenho que aproveitar né? O Antony queria que eu fizesse as fotos, já tenho bastante, mas quero mostrar serviço.
- Que nada, vai logo lá pra mesa pegar aquele gatão - disse rindo.
- Daqui a pouco eu vou, juro, só vou ao banheiro rapidinho.
- Tá bom, te esperamos lá - continuou andando.
- , vou ali na pista de dança, a Juliet está ali. Daqui a pouco eu volto, me espera na mesa - seguiu para a pista e foi até a mesa, onde os quatro garotos estavam sentados.
Tom e Harry riam de alguma coisa que Dougie tinha acabado de falar e Danny tinha saído para pegar um drink. Ao ver que tinha chegado eles voltaram a atenção para ela.
- Achei que não fosse voltar mais... - Dougie disse apontando para a cadeira que antes era ocupada por Danny.
- Tivemos que fazer a social né? Mas o mais importante: vocês tocam daqui uma hora, está tudo certo!
- Você é muito eficiente - Dougie segurou o rosto de e deu um selinho.
- Harry vamos atrás das nossas havaianas hein? - Tom pigarreou se levantando junto com Harry, arrancando risinhos envergonhados de Dougie e .
- A estava no banheiro.
- Ok - Harry disse sorrindo.
- Boa idéia - Dougie disse encarando .
- Aprovadíssima - Ela falou bem em frente a sua boca. Dougie passou o braço pela cintura de , deu uma pequena mordida em seu queixo e foi até seu pescoço, fazendo com que ela se arrepiasse dos pés a cabeça.
Danny tinha ido ao lado de fora para dar uma espairecida, precisava de ar fresco para digerir a briga que tivera com . Depois de vê-la com Olivier e saber que ele viera deixá-la na festa ele se sentia mal e furioso ao mesmo tempo, preferiu ficar ali, sozinho, do que ter que voltar para a festa e suportar ver os amigos com as garotas. Ficar de vela não dava! Melhor mesmo seria esperar o horário do show para entrar novamente.
- Já vi a minha havaiana trabalhando bem ali - Tom apontou para que estava no meio do salão, onde uma multidão dançava animada, ela conversava com um senhor mais velho, que Tom reconheceu como um sócio da empresa.
- Vai fundo gatão. Vou procurar a minha no banheiro então - Harry deu uma piscada para Tom que foi até o meio do salão.
deu um breve aceno, depois que o senhor a deixou sozinha na pista de dança. Ela já ia sair dali quando sentiu um abraço por trás. Levou um susto mas logo depois soube quem era:
- Você trabalha muita sabia? - Tom falou no pé de seu ouvido.
- Eu gosto do que eu faço.
- Eu também amo o que eu faço, mas eu acho que você já fez a social com todos os sócios da empresa, que tal tirar um tempinho pra mim agora? - Tom colara no corpo de e a abraçava com força.
- Tom, a gente já falou sobre isso...
- O Antony está aqui, ele pode ver e blá blá blá - Ele disse com a voz fina, fazendo-a rir.
- Bobo - levantou uma das mãos passando as mãos na nuca de Tom, assanhando seus cabelos.
- Depois eu que começo, pra quem tá com medo do Antony.
- Ei, amigos fazem isso.
- Porra, seus amigos são sortudos hein? Ficar desse jeito é bastante amigável mesmo - Tom deu uma risada junto de - Bom, eu não estou vendo o Antony por aqui e outra - Agora ele tinha a boca colada a orelha de - Eu não quero esperar o final da festa pra ficar com você, acho que vou ter que adiantar as coisas.
se soltou dos braços de Tom e o abraçou pela frente, colocando os braços em sua nuca, ele por sua vez agarrou sua cintura.
- Você está impossível hoje Fletcher - Ela disse com um risinho fraco.
- Você ainda não viu nada.
- Acho que você vai ter que me mostrar então - deu uma mordida no lábio inferior de Tom.
- Você me provoca... - Tom aproximou o rosto do de , deu um pequeno selinho e começou um beijo apaixonado ao som da música que tocava, escondidos no meio da multidão.
Harry seguiu para a porta do banheiro. Não havia ninguém por perto, esperou pacientemente, então após alguns segundos saiu e ao vê-lo abriu um enorme sorriso irresistível.
- Você estava me esperando é mocinho? - Ela perguntou aproximando-se.
- É, o clima esquentou lá com o Dougie e a então eu e o Tom lavamos de lá - Ele fez um biquinho enquanto só fazia rir.
- Nossa tadinho, tá dando até pena de você - Ela passou uma das mãos pelo rosto de Harry.
- Né, mas teve o lado bom de tudo isso... - Harry se aproximou um pouco mais de que lançou-lhe um olhar de "não se aproxime mais do que isso".
- Posso saber qual foi Judd? - cruzou os braços rindo.
- Eu tive várias idéias...
- Que ótimo, mas infelizmente, elas só poderão ser executadas depois da festa - deu um risinho e já ia saindo dali quando foi impedida por Harry, que se colocou na sua frente - Judd Judd...
- - Ele disse imitando-a - Não tem ninguém aqui perto e aposto que não tem ninguém ali - Ele disse apontando o banheiro com a cabeça.
- Você está louco! Só pode!
- Vem logo, o banheiro só cabe uma pessoa, ninguém vai aparecer, tem outro logo ali na frente - Ele disse com cara pidona.
- Você não pode estar falando sério!
- Vou aceitar isso como um sim então - Harry pegou pela mão e os dois entraram no banheiro, ele trancou a porta e se virou para ela que sorria - Finalmente sozinhos.
- Você é louco, se me pegam aqui... - não conseguiu terminar, foi sufocada pela boca de Harry junto a sua, ele a encostou na parede passando as mãos pelo corpo da garota que se arrepiava toda.
- Ninguém vai pegar - Ele disse com um risinho, parou de beijá-lo e seguiu para o seu pescoço. Começou com pequenos beijos até dar um chupão, Harry deu um pequeno gemido quase inaudível que misturava prazer e dor, eles voltaram a se beijar intensamente, enquanto arranhava as costas do garoto de leve. Harry colocou a mão na fivela do cinto de , pretendia abri-lo mas foi impedido pela garota.
- Harry... - Ela disse baixinho com a voz fraca.
- Tudo bem, tudo a seu tempo - Ele a encarou com um sorriso no rosto, encostanto seu nariz no dela - Eu sei esperar.
não falou nada, apenas voltou a beijá-lo delicadamente.
estava sentada no colo de Dougie. Ele a abraçava pela cintura, enquanto ela bagunçava seu cabelo com as mãos, há mais de meia hora eles estavam ali se beijando, conversando um pouco e voltando a se beijar. Ela o empurrou pelo ombro devagar parando o beijo.
- Dougie...
- Presente... - Ele disse com um sorriso bobo.
- Já está quase na hora de vocês tocarem...
- Já? - Ele disse assustado olhando no relógio - Pior que é...
- Vamos logo então, temos que achar os outros - levantou do colo de Dougie, ele também se levantou.
- Vamos - Os dois seguiram reto, conseguiam ver Tom e no meio da pista de dança.
e Tom dançavam abraçados a música lenta que tocava, eles conversavam baixo e se beijavam ocasionalmente, até ouvirem a voz de que vinha chegando.
- Ei pombinhos!
e Tom deram risinhos e se voltaram para os outros dois que chegaram.
- Fala ...
- Nossa quanta animação em me ver - deu um risinho - Sim, vamos ao que interessa, vocês tem que tocar, daqui a dez minutos.
- Nossa é mesmo, tinha me esquecido da hora - Tom passou as mãos pelo cabelo assustado.
- O tempo voa quando a gente se diverte - deu mais um risinho acompanhado por Dougie e .
- Você tá gozadinha hoje hein? - Tom disse rindo.
- Nem te conto o quanto - Após a resposta de todos caíram na gargalhada, até a chegada de Danny que se juntou ao grupo.
- Ei dude, sumiu! - Dougie falou despreocupado.
- Não ia ficar de vela né...
- Ah é... - Dougie coçou a cabeça sem graça, pigarreou e continuou - Cadê o Harry?
- Acho melhor vocês irem para o palco com a , enquanto eu e o Tom procuramos por ele - falou rapidamente, sabia que Harry tinha ido procurar , Tom tinha lhe dito.
- Tudo bem, nos vemos no palco então dude - Danny deu um aceno para Tom e o grupo saiu do salão.
- Então? Onde eles podem estar? - perguntou para Tom, que após a pergunta a encarou com um sorriso maroto.
- E você ainda tem dúvida?
- Tom!
- O que? Eles devem estar no banheiro sim! Onde mais?
- Tá bom, eu vou lá, me espera aqui - foi até a porta do banheiro e deu uma batida de leve, não ouve resposta, bateu mais forte e dessa vez chamou pelos nomes - ? Harry? Vocês estão aí?
- Que droga! É a ! - Harry falou nervoso.
- Ninguém vai pegar a gente aqui - imitava Harry - Estamos sim , o que foi amiga?
- Avisa pro Harry, que daqui a dez minutos eles tem que tocar e você dona , tem que bater fotos da apresentação, esqueceu?
- Não, não esqueci - abriu a porta com um sorriso dando passagem para Harry.
- Ah bom, então vamos logo. Tom, vai logo com o Harry - chamou Tom com a mão e logo ele veio e ficou ao seu lado.
- É dude, vamos logo então - Tom e Harry foram na frente deixando e sozinhas.
- Que mal te pergunte... Aconteceu algum....
- Não, não aconteceu nada demais - apressou-se em responder a amiga - Agora vamos, eu tenho fotos a tirar.
Todos os garotos estavam a postos. Um aglomerado de pessoas tinha ficado em frente ao palco principal esperando pela primeira apresentação oficial da banda. fora escolhida para fazer a apresentação da banda, ela estava esperando ao lado do palco. Suas pernas estavam tremendo, mas quem a olhasse de fora, diria que ela estava mais segura que nunca.
Tom fez um aceno com a cabeça, afirmando que estava tudo pronto. foi em sua direção. Ele abriu espaço para que ela usasse seu microfone.
- Boa sorte meninos - Ela cochichou antes de se aproximar do microfone - Boa noite a todos e bem vindos a festa do trigésimo aniversário da Mcfayden Personal Marketing, mais conhecida como MPM - Todos os convidados bateram longas palmas, quando terminaram continuou - Nada melhor para animar a festa do que a nova banda gerenciada pela empresa, que já lançou Busted, The Click 5, Kayne West, entre outros. Com vocês a mais nova revelação do momento, estou falando de - deu uma pausa e com animação anunciou a banda - McFLY!
Os meninos já começaram a tocar a introdução de "Five Colors in Her Hair ", as luzes começaram a correr pelo palco e a agitação do público era visível.
e se afastaram um pouco do palco. As duas seguiram para a área vip, bem na beira da piscina, onde se encontravam e Olivier, apenas ficou junto dos meninos, batendo fotos da performance da banda.
- , sumiu a festa toda! - abraçou a amiga e comprimentou Olivier com um beijo no rosto - Olivier, como vai?
- Muito bem obrigado, mas devo dizer que a companhia desta noite está contribuindo muito para isso - Ele disse pousado um olhar demorado sobre que corou.
- Sorte a sua - chegou logo após de cumprimentando e Olivier - Então? Gostando da banda?
- Eles são definitivamente bons - Olivier disse com simplicidade na voz.
- Concordo com você, todos eles são muito talentosos - disse tudo isso olhando para Danny do outro lado da piscina.
- Vou pegar alguns drinks ali no bar, alguém aceita? - Olivier perguntou delicadamente, mas apenas aceitou, ele se virou deixando-as sozinhas.
- eu não acredito! - falou em tom reprovador.
- O que? - perguntou assustada.
- Você está querendo fazer ciúmes no Danny com o Olivier ou é só impressão minha?
- Não sei de onde você tirou isso...
- , o Danny não merece isso, ele gosta muito de você, sério...
- Mas pelo visto o gatão francês não se importa nem um pouco em ser usado. Está até gostando de tirando uma lasquinha eu diria.. - completou com um sorriso maroto no rosto.
- O Olivier é muito gentil comigo, não vou negar que estou aproveitando a situação, mas eu não quero nada com ele, eu estou com o Danny...
- Depois do que aconteceu hoje? - olhou para a banda, acenando para Tom, ele e Danny acenaram com a cabeça para o local. Danny ao ver que o encarava virou a cara e voltou a cantar - Acho difícil ...
- Aqui - Olivier tinha voltado com duas bebidas na mão.
- Merci beaucoup - Disse em um francês perfeito.
Eles continuaram a ouvir a banda, o show já estava chegando em suas canções finais, quando Tom chegou ao microfone.
- Agora, eu gostaria de dedicar essa música à pessoa que foi a principal inspiração para a letra, ela teve que me aguentar até altas horas da madrugada e me apoiou nas horas mais difíceis, essa é "Get Over You" - Tom olhou na direção de que jogou um beijo no ar, ela estava vermelha de tanta vergonha, mas seu coração queria saltar pela boca.
- Amiga! O bofe ganhou umas cinco estrelinhas só por isso - Disse no ouvido de que apenas ria - Hoje a noite promete.
- Vamos ali pra cima, no bar dá pra ver melhor os meninos - disse para , as duas fizeram sinal para , avisando que subiriam alguns degraus e ficaram por lá ouvindo a música.
olhava distraída para o palco. Olhar Danny todo animado e feliz cantando, só trazia lembranças dos momentos bons que passaram juntos, como ela fora burra de ter falado aquelas coisas para ele. Ela sentiu uma mão em seu ombro, acordando-a do transe em que se encontrava, ela se virou e tinha Olivier em sua frente.
- , eu estava ouvindo a música e... - Ele tentava procurar as palavras certas, já que seu inglês não era perfeito - Bem, ela me lembra você...
A música terminou e os garotos estavam dando um tempo enquanto Harry fazia um solo de bateria, Danny encarou o outro lado da piscina e viu e Olivier, um de frente para o outro, próximos, próximos demais. Ele continuou olhando a cena de longe, desconfiado.
- Eu? - ficou extremamente desconcertada. Ela percebeu que ele tinha se aproximado e deu um passo para trás, aproximando-se da borda da piscina.
- É, eu... Não posso aguentar mais, esses dias trabalhando com você tem sido uma tortura, eu...
- Meu Deus, mas o que eu fiz? - Ela arregalou os olhos.
- Não, eu só quero dizer que, eu não aguento mais essa angústia de te ver todos os dias e não poder falar nada...
- Olivier, eu realmente não estou entendendo...
- Eu estou apaixonado por você - Ele disse rapidamente se colocando ainda mais próximo dela - Não consigo parar de pensar em você...
- Eu não sei o que dizer... - tinha os olhos assustados.
- Eu tenho certeza que se você me der uma chance, tudo dará certo, é só isso que eu peço... - Olivier se aproximou ainda mais de .
- Olivier... - deu mais um largo passo para trás, mas como estava na borda da piscina acabou caindo dentro d'água, o barulho foi ouvido por todos da festa, já que a banda tinha parado de tocar e iria iniciar outra música.
e soltaram um grito e correram para a borda da piscina. Olivier ficou paralisado olhando a cena, todos os olhares da festa caíram sobre , essa por sua vez, voltou a superfície tentando se levantar na borda.
veio correndo até a cena, tentando impedir os outros fotógrafos de tirarem fotos da cena.
Os garotos também não sabiam o que fazer, Danny vira a cena toda, estava com raiva do mundo, de tudo e de todos. Olivier e , juntos? Ele virou para os outros integrantes, falando para continuarem a tocar, não queria que a situação ficasse pior do que estava, eles começaram a tocar "Five Colors in Her Hair" novamente, chamaram a atenção de algumas pessoas, mas outras permaneceram olhando a cena.
- Minha filha! - Antony veio correndo em direção tentando ajudar a se levantar, pegando-a por uma braço enquanto Olivier a pegou pelo outro - O que deu em você?
- Pai, eu não sei - estava assustada e tremendo com o frio que fazia.
- Antony! - chegou perto da amiga e de seu chefe - Vamos levá-la para aquele camarim, não tem ninguém usando.
- Nós levamos a até lá. Vem amiga - pegou pelo braço e elas seguiram para o camarim sobre os olhares dos convidados.
- Está tudo bem gente, ela só se desequilibrou - Antony tentava tranquilizar os convidados.
- Ai meu Deus que vergonha - cobria os olhos com a toalha que tinha em mãos.
- Amiga, como você conseguiu fazer isso? - estava sentada ao lado de .
- O O-olivier se declarou pra mim, mas eu estava a-assus-t-tada e... - caiu no choro no colo da amiga - Como eu consegui ser tão idiota em um só dia?
- calma, pelo menos agora... Se o Danny não quiser nada com você, tem o Olivier de step - falou despreocupada fazendo soluçar.
- ! não escuta o que ela tá falando e você dona pára de falar besteira - falou mal humorada.
- Gente o que foi aquilo? - entrou no camarim correndo - Lá fora todo mundo está comentando.
- Vocês duas estão ajudando muito! - falou em tom irônico, começava a se irritar com as duas amigas.
- Poxa , não fica assim, o pior já passou - se ajoelhou de frente para a amiga que soluçava.
- Eu só faço burrada atrás de burrada, eu quero morrer - voltou a abraçar .
- Amiga, não vai ser por causa disso que você vai ficar mal, você só precisa dormir um pouco, vem eu te levo pra casa - disse se levantando.
- Não , você tem planos com o Tom hoje, não quero estragar isso - respondeu assoando o nariz em um lenço.
- Tive uma idéia , que tal você dormir lá em casa hoje? A também pode ir, nós dormimos na cama gigante da - falou tentando animar a amiga.
- Tudo bem por mim - falou com um sorriso fraco - Eu sei preparar um brigadeiro que cura qualquer um.
- Obrigada meninas, vocês são amigonas mesmo - exugou algumas lágrimas que desciam em seu rosto.
- Abraço em grupo? - disse rindo, as outras assentiram com a cabeça e elas permaneceram alguns segundos abraçadas.
O show tinha acabado, os garotos já tinham saído do palco e seguiram para a mesa atrás da coluna, onde o ar condicionado batia diretamente.
- Dude, o que aconteceu naquela piscina? - Dougie falou limpando o suor com uma toalha.
- Acho que a bebeu demais - Harry deu um risinho junto com Tom, enquanto Danny permanecia calado bebendo uma garrafa de água - O que foi Danny?
- A tá ficando com o Olivier - Danny disse com a voz fria encarando um canto vazio do salão sério.
- Como assim? - Tom perguntou quebrando o silêncio que durou alguns segundos.
- Eu vi os dois, ele botando pra cima dela, ela não fez nada pra evitar cara! Tenho certeza, se ela não tivesse caído eles teriam se beijado... - Danny falou com o tom de voz mais alto.
- Às vezes você viu errado cara, não deve ter nada a... - Tom tentou defender mas Danny o cortou na hora.
- Eu sei o que eu vi, eu só não esperava que ela fizesse isso comigo, bem feito pra ela - Ele disse amargurado - Tô vazando, ótimo show galera.
Danny seguiu para a entrada da festa, onde deu alguns autógrafos e logo em seguida para o estacionamento.
- Que merda dude, agora que tava tudo bem entra eles - Tom falou com a voz fraca.
- Tom, eles que se entendam, eu é que não vou me meter - Harry falou despreocupado.
- Em briga de marido e mulher... - Dougie falou dando um gole na água.
- Ninguém mete a colher - Completaram os outros dois.
- Gente, acho melhor eu e a irmos lá com os meninos - disse se levantando - , dorme direitinho, pode ficar o tempo que quiser lá em casa, amanhã nós teremos um dia só para as garotas.
- Tudo bem - deu um sorriso fraco.
- pode ir no carro da , o Dougie quer me levar em casa, sabe como é né... - falou corada, entregando a chave paraa amiga.
- Pode deixar comigo, quando você chegar nós teremos feito um potão de brigadeiro, só que eu preciso falar com o Harry, você pode pedir pra ele vir aqui?
- Claro, dou o recado sim, vamos ? - abriu a porta e ela e saíram da sala.
- E naquela hora que eu errei a parte da música? - Dougie dizia rindo - Eu estava tremendo, o Danny ficou até meio puto.
- Ele está muito atacado. Começou hoje - Tom falou tranquilamente.
- Olha quem fala, a rainha do drama - Harry disse rindo junto com Dougie.
- Cala a boca Judd!
- O que tá acontecendo aqui? - tinha acabado de chegar por trás de Tom, abraçando-o e dando um beijo estalado em sua bochecha.
- O Harry tá falando merda aqui - Tom falou mal humorado - Ele falou que eu sou o rei do drama.
- Rainha - Harry o corrigiu rindo.
- Imagina Tom, você não é nem um pouco - falou em tom sarcástico fazendo os outros rirem, deixando Tom emburrado.
- Ei Judd, a pediu pra você ir lá no camarim, ela vai dormir lá em casa hoje - disse sentando-se ao lado de Dougie.
- , você acabou com a minha noite - Harry saiu rindo em direção ao camarim.
- Eu não vou te levar em casa? - Dougie perguntou desconfiado, seu rosto estava todo molhado e algumas gotas de suor desciam pelo seu nariz.
- Vai, mas eu não posso demorar, a tá precisando de apoio depois dessa de hoje...- pegou a toalha que Dougie tinha em mãos e passou pelo rosto do garoto delicadamente.
- Tudo bem, vamos logo então - Ele deu um sorriso e segurou na mão da garota, os dois se despediram de e Tom que agora estavam conversando em pé.
- Tom, você tá todo suado - passava a toalha pelo rosto do garoto.
- Quando chegar em casa eu tomo um banho e fico renovado - Eles permaneceram alguns segundos se encarando, deu um pequeno sorriso - O que foi?
- Amei o que você falou antes de "Get Over You"... - passou os braços pela cintura de Tom.
- Sabia que você ia gostar... - Ele disse perto da sua boca - Ganho algum prêmio por isso?
- Não sei, vamos descobrir assim que chegarmos em casa... - mordeu o lábio inferior.
- Então vamos logo, mal posso esperar para saber o que é - Ele disse rindo puxando-a pela mão em direção a saída.
Harry chegou na porta do camarim e bateu de leve. Logo abriu a porta, saindo da sala e fechando a porta atrás de si.
- Hey! Amei o show – Ela disse com um sorriso enorme, inclinando-se e dando um selinho.
- Que bom, eu também gostei, o pessoal tava animado.. – Ele disse retribuindo o sorriso – Mas o melhor de tudo não foi isso...
- Ah não? O que foi então?
- Te vi o show todinho, bem ali, na frente do palco... Adorei isso.
- Pode ir se acostumando então, porque eu vou ficar na sua cola em todos os shows, gatinho – apertou as bochechas de Harry.
- Então, nós vamos embora agora?
- Bem, é que... Harry eu vou pra casa da com a pra...
- Dar apoio pra - Ele completou pacientemente.
- É... Desculpa, eu sei que você queria me levar em casa mas pode ficar pra outro dia? - Ela perguntou mordendo o lábio.
- Tudo bem, mas você vai ficar me devendo uma - Ele disse com um sorriso - Posso te ligar amanhã?
- A hora e quantas vezes você quiser - Ela respondeu retribuindo o sorriso.
- Olha que eu ligo mesmo, mas agora eu já vou, você cortou o barato dos meus planos pra essa noite - Ele disse fazendo bico.
- Ouun, desculpa - se aproximou um pouco fazendo carinho em seu rosto - Mas no momento a tá precisando de mim...
- E eu? Eu também preciso de você! – Ele disse com cara amarrada.
- A gente pode fazer alguma coisa amanhã – corou um pouco ao ouvir o que ele tinha dito.
- Se não tem outro jeito né... Combinado então, beijo de boa noite? - Ele deu um pequeno sorriso assim como ela.
- Claro né - se aproximou puxando o rosto de Harry para perto do seu, seus lábios se selaram em um beijo calmo que terminou com um selinho demorado - Até amanhã.
- Até.
Dougie e conversavam animadamente no carro, que estava estacionado na entrada do prédio de , os dois falaram sobre o show. Todos os detalhes, os erros e acertos, os jogos de luz e até sobre o público.
- E naquela hora que a baqueta do Harry voou da mão dele? - Dougie dizia sem pausas - Quase que ela bate na minha cabeça.
- Nossa! Sério? - levou a mão na boca.
- Foi o melhor de todos...
- Pode ir se acostumando, porque outros shows estão por vir - deu um risinho encarando a entrada do prédio de - Acho melhor eu descer logo.
- Já?
- É né, a ja deve ter chegado e... - ia continuar a falar mas foi interrompida por Dougie.
- A está com a agora, fica aqui só um tempinho porquinha - Dougie passou o braço pelo ombro de .
- Eu já passei tempo até demais aqui Poynter - se inclinou mordendo a bochecha de Dougie.
- Tudo bem, tudo bem pode ir então, eu deixo...
- Desde quando você fala a hora que eu faço ou não as coisas? - o encarou rindo.
- Eu tenho moral com você - Ele respondeu tranquilamente - Pode assumir , você come na minha mão.
- Só por causa disso eu vou ficar aqui no carro o tempo que eu quiser! Mesmo que você já tenha me mandando ir embora.
- Porque essa técnica sempre funciona? - Dougie falou próximo a boca de que deu um risinho - Você anda muito nervosinha porquinha.
- Você que me estressa Poynter - aproximou o seu rosto do dele, segurando seu rosto com uma das mãos. Dougie deu uma mordida no queixo de e iniciou um beijo apaixonado.
- Puta que pariu! - Gritou soltando a colher cheia de brigadeiro no chão.
- Eu te falei pra não comer de uma vez! - falou mal humorada, já que era a terceira vez que repetia a mesma coisa.
- , entenda minha linha de raciocínio - se enrolou no edredom que antes cobria a cama de .
- Lá vem merda... - Disse tirando mais um pouco de brigadeiro da tigela que tinha em mãos.
- Não, é sério! Presta atenção... - pigarreou e continuou - O chocolate, faz com que o nosso corpo produza feniletilamina, que é responsável pela sensação de bem estar. Certo?
- Certo - concordou.
- Certo? - parou por alguns instantes pensativa - Eu não sei, nunca fui boa em Biologia.
- Tá, até agora não sei como esse hormônio pode dar em uma língua queimada - cortou a amiga impaciente.
- Simples! Minha filha, sabe a quanto tempo eu e o Dougie estamos nessa de vai não vai? - Agora gesticulava e falava rapidamente.
- ! O que o Dougie tem a ver com isso? - a interrompeu confusa.
- Eu explico! Sabe a quanto tempo eu estou sem... - Ela baixou a voz e depois explodiu - Sexo?
As duas amigas caíram na gargalhada.
- Gente! Isso é sério! Então como esse hormônio faz com que nós sintamos bem estar, é quase a mesma coisa que sexo...
- Nossa, quanta animação por um brigadeiro hein? - disse rindo.
- A cada colherada que eu dou na minha boca é como se... Nossa... Chega a ser um alívio - suspirou fundo sobre os olhares assustados de e - NÃO! Não pensem besteira, eu não quis dizer isso!
- Tá bom tá bom - falou em tom sarcástico - Olha onde você põe essa boca Dona .
- Aí , quando o Tom abriu a porta e gritou o nome do Danny... - narrava a história para a amiga que ouvia atentamente, enquanto fazia pipoca na cozinha - Ele simplesmente me largou lá e saiu correndo pra sala!
- Mentira! Não acredito! - levou a mão à boca - Se o Dougie fizesse isso eu ia ficar muito puta!
- Né? Daí cortou o clima geral assim, me vesti na hora e fui embora...
- Esse Thomas Fletcher, engraçadinho ele né? Tá pegando a mesmo, não se importa em atrapalhar os outros, devem estar fazendo a festa lá na casa dele...
e se olharam e deram gargalhadas.
A casa estava toda escura. Ao passarem pelo corredor, acendeu uma luz, mas ao passar, Tom desligou.
- Você gosta desse clima sinistro - riu enquanto subia as escadas.
- Não,é que no escuro tudo fica mais gostoso - Tom abraçou por trás assim que chegaram no andar de cima.
- Você não perde tempo Fletcher - Ela se virou e abraçou o pescoço do garoto.
- Esperei esse tempo todo pra te ter aqui só pra mim - Ele falou entre selinhos,abrindo a porta do quarto - Cada segundo é muito tempo pra desperdiçar.
- Noooossa,desde quando você virou poeta? - já estava sem sapatos, sentada na cama,abraçada com ele.
- Desde o dia em que eu conheci alguém que realmente merecia ouvir essas coisas - Tom deu um beijo demorado em ,deitando-a na cama e ficando por cima - Você.
Os dois começaram a se beijar, enquanto Tom repetia o gesto que começara na porta do apartamento da garota. sentiu a mão dele subir, levantando cada vez mais o seu vestido. Sentiu uma onda de arrepios percorrer seu corpo inteiro. Foi como se esse toque tivesse aguçado todos os sentidos dela. Imprimiu seu corpo fortemente contra o do rapaz, fazendo com que ele também se arrepiasse. Apesar do clima frio que fazia na cidade, o casal sentia um calor que só aumentava a cada beijo. Tom tirou a blusa e sentiu as mãos de percorrerem seu corpo,chegarem na sua calça,abrirem o zíper e descerem. Só restavam as roupas íntimas, mas ela já podia sentir o quanto ele estava excitado. Com a pressa de se livrar de todo aquele calor e excitação, Tom tirou as roupas íntimas de . Esta por sua vez fez o mesmo com a cueca dele. O edredom estava bagunçado, o clima mais quente que nunca e eles sanaram o desejo que os vinha consumindo há dias.
- Mentira que você foi pro banheiro com ele! - e olhavam para com os olhos arregalados, enquanto a outra tentava esconder o rosto vermelho com o edredom.
- Safadinha você hein ? - disse com um risinho.
- Ai gente, fazia muito tempo que a gente não se via... Saudades né...
- Pra quem não queria nem olhar pra ele quando o conheceu... Você tá bem saidinha -
- Menina! Tinha até me esquecido desse detalhe! Você é muito lesa mesmo , um gato daquele te dando mole e você com doce pro lado dele - cruzou os braços virando os olhos.
- Ele foi muito fofo comigo cara... Tipo poderia ter acontecido mais coisas naquele banheiro... - cobriu o rosto mais uma vez com o edredom.
- Conta! - As duas falaram juntas.
- A gente tava se beijando, mas o negócio começou a esquentar... Mas eu parei ele...
- Puta que pariu, eu morrendo aqui por falta de sexo e você negando um deus daquele - enfatizou as palavras sexo e deus enquanto falou - Só você mesmo ...
- E ele? - perguntou curiosa.
- Foi super doce, disse que esperaria até eu querer, não me pressionou nem nada - tinha os olhos brilhando.
- Ouuuun - e falaram ao mesmo tempo.
- Que lindo cara!
- O Harry é foda! Subiu no meu conceito - disse convencida - Mas... , que mal te pergunte, porque você não quis... Bem, você sabe...
suspirou fundo e encarou as duas amigas.
- Teve um cara que me decepcionou muito no passado...
- E você ficou traumatizada com isso - completou dando palmadinhas no ombro da amiga, que apenas concordou com a cabeça tristemente.
Após alguns segundos em silêncio finalmente falou:
- Eu adoro cereja sabiam? - Todas elas se encararam e caíram na gargalhada de novo.
- Essa foi a melhor forma de mudar de assunto - Brincou - Bem sutil.
- você tá me empurrando - reclamou arrumando o travesseiro.
- Sim! Eu tô na beirada da cama aqui, quase pra cair! - falou impaciente.
- Tá foda, afasta logo mas pra lá - empurrou com o corpo.
- eu vou cair da cama!
- Ah não, vou dormir na sala, vocês duas são muito espaçosas! - se levantou e ficou em pé no meio das duas garotas.
- Claro né, somos nós que durmimos com novecentos e sessenta e sete travesseiros em volta de si! - disse rindo.
- Nove! Nove travesseiros! - falou calmamente pulando da cama para o chão
- Só nove, nada demais - falou sarcasticamente, dando uma gargalhada assim que lhe mostrou o dedo do meio.
- Se divirtam aí, meu sofá é dez mil vezes melhor que esse pau que a chama de cama.
- Invejosa, a cama da é uma delícia - se esparramou na cama - Vai pra sua sala então e pro seu sofá mofado.
- Vou mesmo, boa noite - bateu a porta indo para a sala.
- Boa noite! - e responderam entre risos.
- Essa definitivamente, foi a melhor noite que eu já passei - falou animada.
- A minha também - deu um sorriso fraco - Tirando o que aconteceu com o Danny e o mico que eu paguei...
- Isso é passado agora ...
- Não vou deixar isso acabar comigo não. Vou levantar a cabeça.
- É assim que se fala! - disse passando as mãos pelos cabelos de .
- Obrigada pelo apoio .
- Que isso amor, pode contar comigo e com as garotas quando quiser, você sabe disso.
- Eu sei sim, boa noite - se virou para o outro lado fechando os olhos, logo depois fez o mesmo.
Capítulo 21
O toque do celular ecoava pelo quarto escuro. se remexeu sob o edredom que cobria sua cabeça, abriu os olhos lentamente e viu que era seu celular que vibrava e agora iluminava o quarto.
- Droga - Ela disse empurrando o edredom para o lado.
ficou de pé e cambaleou em direção a parede, sem equilíbrio. Ainda estava tonta de sono. Caminhou até a cômoda e atendeu o telefone.
- Alô? - Ela falou sonolenta.
- Bom dia!
- Harry? - caminhou em direção ao banheiro, fechando a porta logo em seguida.
- E quem mais seria chato o suficiente pra te acordar? - Ele falou bem humorado.
- Realmente, não sei como você consegue... Mas obrigada, ouvir sua voz logo de manhã é melhor do que o meu despertador, acredite.
- Nossa deve ser mesmo, da última vez que eu fiz isso você quase me expulsou do seu dormitório.
- Nem me lembre disso, tadinho de você - falou com pena na voz.
- Tudo bem tudo bem, mas então... Tem planos pro domingo?
- Se fosse qualquer outra pessoa me perguntando isso eu diria que sim, mas você está incluído nesse programa de domingo?
- Mas é claro, aí que está a graça - Ele falou rindo.
- Então, não, não tenho plano nenhum. O que você pretende?
- Sessão cinema na casa do Dougie.
- Por mim tudo bem, a ...
- Quase me esqueço! O Dougie falou pra você arrastá-la pra cá também, daqui a pouco vocês aparecem? Já são duas da tarde.
- Já? Nossa, tá bom, vou só esperar as meninas acordarem.
- Vou te esperar aqui então.
- Tudo bem, até mais tarde...
- Ei!
- Oi - falou paciente.
- Só te falo uma coisa... - Harry disse em tom misterioso.
- Fale...
- A última coisa que nós vamos fazer aqui é ver filmes...
deu uma risada junto com Harry.
- Mal posso esperar.
A luz do dia invadia o quarto. estava deitada, dormindo pesado, com um travesseiro sobre a cabeça para evitar a claridade.
- Bom dia! - Tom entrava no quarto segurando uma bandeja cheia de pratinhos e duas xícaras.
- Bom dia - respondeu sonolenta, sentando na cama - Torta de abacaxi?!
- É a sua preferida,não?!
- É sim! - Ela respondeu com um largo sorriso no rosto - Obrigada.
Os dois se cumprimentaram com um selinho demorado de bom dia e começaram a tomar o café na cama preparado por Tom.
- Então, qual a programação pra hoje? - Ele pegava uma torrada e passava geléia.
- Não sei, eu pensei em ligar pras meninas mas...
- Mas...?
- Pensei em tirar o dia só pra você hoje.
Ao ouvir o que disse, Tom se engasgou com o café e os dois começaram a rir.
- Acho que vai chover! - Ele falou em alto e bom som - Já estava mais do que na hora de eu poder ter um dia inteiro com você.
- Ohh que menino carente - jogou um beijo no ar e eles continuaram a comer.
- ? - ainda estava de pijama e agora cutucava que dormia esparramada no sofá cama - ? ?!?!
- Que é? - levantou a cabeça de súbito, impaciente - Porra !
apenas riu, olhando para a amiga.
- O Harry acabou de me ligar... - falou calmamente.
- Legal... - virou a cabeça para o outro lado, mal humorada.
- Nos chamando pra ir pra casa do Dougie...
- Do Dougie?!? - levantou a cabeça rapidamente olhando para que ria - Quando?
- Daqui a pouco, pra ver uns filmes, daí o Dougie pediu pro Harry me chamar, assim eu te chamava.
- Que horas tem?
- Duas horas, vamos? - mordeu o lábio inferior.
- Claro! - levantou da cama se espreguiçando - Menina, tenho que tomar banho, vou fazer isso, mas... E a ?
- Bom, eu acho que ela vai pra casa né? - falou confusa.
- O que a gente fala pra ela?
- A verdade, mesmo que ela fique meio mal...
- Mal? - perguntou.
- É po, a gente vai estar lá com os meninos e bem... Ela brigou com o Danny...
- É mesmo né... Fala você então, eu vou tomar banho - se levantou e foi até o banheiro, fechando logo a porta.
- E eu fico com a batata quente fica na minha mão - murmurou indo até o quarto.
- Ah sem problemas , é até bom, eu ia pra casa mais cedo mesmo - falou com um pequeno sorriso - Aproveitem a tarde.
- Mas você vai agora? - perguntou surpresa.
- É, tô precisando de um banho, mais tarde eu te ligo.
- Tudo bem - deu um beijo no rosto da amiga que logo em seguida saiu do apartamento.
- Ela já foi? - perguntou saindo do banheiro enrolada em uma toalha.
- Já - concordou com a cabeça.
O trânsito estava calmo, como todo domingo. chamou um táxi que passava pela rua. Tudo que vinha em sua cabeça era que todas as amigas iriam passar o dia com os garotos que gostavam e só ela estava sozinha, e o pior, por culpa dela mesma. Enquanto passava por mais um sinal, seu celular tocou.
- Alô ? - Ela falou sem animação.
- ? - Do outro lado da linha, ela ouviu aquele sotaque puxado.
- Oi Olivier,tudo bem?
- Sim, e você?
- Ah.. Tudo... Ótimo - Ela fez uma cara sem animação.
- Estava pensando se você não gostarria de fazer alguma coisa agora a tarde?
- Agora? Mas...
- Você está ocupada? Pensei em tomar um café, vou te buscar em casa.
- Ah Olivier,eu não sei, acabei de sair do apartamento das meninas e...
- Você está me dispensando?
- Não, não... Tudo bem, passa lá em casa daqui há meia hora.
- Certo,até lá.
- Tchau - desligou o celular e desceu do táxi, com a cabeça a mil.
Assim que terminaram o café, Tom e trocaram de roupa para saírem de casa, ambos com casacos, entraram no carro e seguiram seus rumos.
- Pra onde a gente tá indo? - perguntou olhando a rua.
- Surpresa.
Após mais alguns minutos de carro e finalmente chegaram. Era um parque enorme, com um rio que passava bem no meio, abaixo de uma pequena ponte que ligava um lado do parque ao outro. Os dois desceram e foram andando até a beira do lago.
- Nossa,é lindo aqui - disse encantada.
- Eu nunca tinha visitado esse, e eu conversei com meu pai, sabe, tava precisando de uns conselhos então ele sugeriu que eu te trouxesse aqui - Enquanto Tom falava, ele segurava pela mão e atravessava a ponte. Os dois pararam perto de uma casinha a beira do rio, Tom deu dinheiro para um rapaz que logo trouxe o barquinho que os casais alugavam para passear no rio do parque.
- Conselhos? Mas aconteceu alguma coisa? - perguntou meio preocupada enquanto ele a ajudava a entrar no barco.
- Não... Ainda não - O barco foi posto na água e Tom começou a remar.
começou a contar as histórias dela com as amigas de quando moravam no Brasil. Tom remava e ria ao mesmo tempo, até que chegaram em um lugar onde o rio ficava estreito e as árvores nas margens eram altas, deixando passar apenas um pouco de luz do sol,que iluminava os olhos de .
- Ficou frio - deu um riso abafado, soltando fumaça pela boca.
- Pega - Tom tirou o casaco e passou pelos ombros dela, ficando assim mais perto da garota.
- Obrigada - Ela falou se agasalhando melhor.
- Nada - Ele a contemplou por um tempo e começou - , a gente precisa conversar.
Na mesma hora, ela ficou com uma expressão preocupada no rosto.
- Aconteceu alguma coisa? - Ela perguntou mais uma vez.
- É que bem, como você sabe, a gente já vem há um tempo com esse nosso romance e eu não quis me precipitar porque afinal, eu tinha acabado de sair de um namoro longo, eu precisava ter minhas certezas. Eu sei que eu te fiz sofrer algum momento, e eu peço desculpas, mas eu não acho que elas sejam o suficiente, e é por isso que, eu arranjei outro jeito de me desculpar por todo esse tempo que eu te fiz esperar, de agora em diante eu quero te fazer a mulher mais feliz do mundo, se você me der a chance... Se você... Aceitar...ser minha namorada.
o olhou com um sorriso enorme no rosto. Não sabia o que dizer, tudo o que conseguiu foi abraçá-lo forte e por um bom tempo.
- É claro que eu vou te dar essa chance Fletcher - Ela viu o sorriso dele abrir aos poucos e eles se beijaram, ao som da água batendo no barco, e o clima frio caía sobre o casal naquela tarde de domingo. Aquele momento era único e esperado. Os dois sabiam bem disso.
terminou de se trocar dentro do banheiro, enquanto procurava alguma roupa de para vestir.
- Nossa! Você tá muito cara - disse rindo, saindo do banheiro com uma calça jeans e uma camiseta preta.
- Ai cara, eu não sei o que vestir - disse se olhando no espelho, ela usava um vestido solto, preso com faixas na cintura, roxo claro, cor preferida de .
- Gente, definitivamente, tem roupas da que só ela pode usar - disse olhando com desgosto para o que vestia - Que tal... Aquela bata azul com o sobretudo de couro dela? Combina com o sapato da festa né...
- Perfeito, tudo menos esse vestido - disse rindo tirando o vestido.
- Acho que essa minha calça jeans serve.
O sol ultrapassava o vidro e refletia nas mesas da lanchonete. Havia muitas mesas ocupadas, mas nem prestou atenção. Sentou-se na primeira mesa que viu, acompanhada de Olivier, que não teve muito o que escolher ao sentar-se, pois a mesa era de apenas dois lugares. Enquanto tomavam café e comiam torradas, conversavam sobre a França, até chegarem ao assuto sobre suas vidas, histórias da infância e até mesmo planos para o futuro.
- Eu nunca me imaginei morando em Londres - Ele falava animado - Mas estou gostando. Ainda mais podendo trabalhar com uma moça tão adorável quanto você.
- Obrigada - estava corada - Londres é uma cidade maravilhosa, sempre gostei de morar aqui.
- Quem sabe eu não fico por mais um tempo - Olivier colocou a mão sobre a de e se aproximou - Agora que tenho motivos.
- Eu achei que o seu trabalho fosse o motivo de te prender aqui - Ela falou olhando pro chão, tentando evitar encará-lo nos olhos.
- Era. Agora ele fica pra segundo plano - Olivier se aproximou. não pôde evitar, e por um momento, ela pensou que nem queria evitar. Seus lábios se encostaram, dando início a um beijo molhado e estranho. Enquanto ele puxava a cadeira mais pra perto, segurando o rosto dela entre as mãos, houve um barulho de vidro quebrando. Os dois se separaram imediatamente para olhar o motivo de tal perturbação e foi quando sentiu todos o seu corpo congelar. Danny estava parado ao lado do garçom, tentando ajudá-lo a juntar os cacos espalhados pelo chão.
- Saia daqui rapaz! - Gritou o gerente.
Danny levantou com o rosto vermelho, ao se aproximar da porta, seu olhar e o de se cruzaram. Ela pôde ver a raiva estampada no rosto do garoto. Ele abriu a porta com violência e saiu. Por um momento, ela não sabia o que fazer, o que pensar, tudo o que queria era sumir. Olivier deixou o dinheiro sobre a mesa e colocou as mãos sobre os ombros de , conduzindo-a até o carro. Ela ainda estava inerte.
- , não queria lhe causar problemas - Olivier falou assim que chegaram no carro.
- Não, tá tudo bem, só me leva pra casa, por favor.
Os dois entraram no carro e o caminho inteiro não houve uma palavra. Mesmo prestando atenção no trânsito, Olivier pôde notar que levava as mãos ao rosto a cada segundo, enxugando os olhos. Ela desceu do carro sem nenhum contato físico com um rapaz, deu apenas um aceno com a cabeça e fechou a porta. Entrou em casa e foi direto para o quarto. Se jogou na cama,onde ficou por um bom tempo,pensando no que fazer.
As duas terminaram de se arrumar, desceram pelo elevador e entraram no carro. Logo chegaram no prédio de Dougie.
- Chegamos! - falou sorridente.
- Vamos logo então - falou animada abrindo a porta do carro - Que frio!
correu até a entrada do prédio, logo o porteiro abriu a porta, assim as duas subiram as escadas até chegar a porta do apartamento. Ela tocou a campainha, ficou parada atrás dela. Não demorou e Harry veio até a porta.
- Harry! Oi! - se adiantou dando dois beijinhos no rosto do garoto.
- Oi , pode entrar, o Dougie estava na cozinha da última vez que eu olhei... - Harry lançou um olhar para que retribuiu. percebeu então tratou de sumir dali logo.
- Dougie e cozinha? Isso não é uma combinação muito boa - Ela falou rindo enquanto Harry concordava com a cabeça - Vou lá ver o que ele anda aprontando.
- Vai lá - Harry falou rapidamente com os olhos fixos em - Primeira porta a direita.
- Bom dia Harry! - falou calmamente dando um selinho no garoto - Achei que eu fosse ficar plantada aqui fora, enquanto você batia um papinho com a .
- Eu nunca faria isso com você - Harry deu um risinho, abrindo caminho para que ela passasse - Posso pegar seu casaco?
- Claro - tirou o casaco e entregou para Harry que pendurou atrás da porta.
- Vamos pra sala?
- Que filme nós vamos ver? - perguntou mordendo o lábio inferior.
Harry não respondeu, deu apenas uma risada, pegando sua mão e guiando-a até o sofá.
abriu lentamente a porta da cozinha, Dougie estava de costas para a entrada, de frente para o fogão, parecia que cozinhava alguma coisa, mas não conseguiu ver. Ela entrou sem fazer barulho algum, quando de repente a panela, que antes estava no fogo caíu no chão derrubando todo seu conteúdo, que parecia um brigadeiro queimado, bastante queimado.
- Caralho! - Dougie exclamou abanando uma das mãos.
- Dougie, você tá bem? - correu até ele rindo.
- ? - Ele a olhou confuso, ainda abanando a mão.
- Dougie! O que aconteceu?
- Essa porra queimou minha mão! - Ele exclamou mal humorado.
- Vem aqui, eu te ajudo - pegou o pulso de Dougie e o puxou até a pia, a água começou a cair sobre a queimadura. Dougie fez uma expressão de dor, mas logo mudou ao ver que o encarava - Só ficar alguns minutos com a mão aqui, depois se você tiver uma pomada melhora.
- Quando você chegou aqui? - Dougie perguntou encarando-a.
- Agora a pouco, estava te vendo, dando uma de chefe de cozinha - Ela deu um risinho ainda segurando o pulso do garoto - Mas pelo visto não deu muito certo...
- É... Eu sou uma droga.
- Afinal, o que você estava tentando fazer? - perguntou.
- Brigadeiro.
- Ah... - olhou para a panela que tinha caído no chão - Sem querer te ofender, aquilo pode ser tudo, menos brigadeiro.
Dougie a encarou, logo os dois começaram a gargalhar.
- Tudo bem, eu nunca mais vou tentar fazer nada na cozinha, mesmo que seja pra você...
- Pra mim? - Ela o olhou rindo.
- É... Eu estava fazendo pra você - Dougie coçou a cabeça sem graça - Eu sei que você adora brigadeiro, então... Eu tentei, mas... Deu nisso.
- Da próxima vez eu e você vamos fazer juntos - sorriu.
- Ótimo.
- Ótimo... Então, eu acho que já está bom de água, vamos pra sala? - soltou o pulso de Dougie e virou de costas.
- Ei - Dougie passou um dos braços pela cintura da garota puxando-a pra perto de si.
- O que? - o encarou sorrindo.
- Eu fiz brigadeiro, que não deu certo, aluguei filmes, que nós não vamos ver, me queimei e posso ter que amputar a mão, nunca mais tocar baixo e sair do McFly. Depois de tudo isso, nem um beijo eu ganho? - Ele perguntou segurando o riso.
- Nossa mas como é dramático hein? - segurou o rosto de Dougie com as duas mãos, selando seus lábios em um beijo apaixonado. Ele passou os braços pela cintura da garota abraçando-a. Após alguns minutos, finalmente falou entre o beijo - Tá bom ou o garotinho quer mais?
- Só mais um pouco, o filme, que nós não vamos ver, pode esperar - Ele falou rindo.
- Adorei o "que nós não vamos ver" - deu um beijo no canto da boca de Dougie que riu.
- "Guerra dos Mundos","Duro de matar","Hooligans","American Pie" Pelo amor de Deus, quem alugou esses filmes? - olhou para Harry que estava sentado ao seu lado olhando-a.
- Ei! Nem olha pra mim, culpa do Dougie, por mim não alugava nenhum - Harry falou rindo.
- Harry! - deu um tapa no ombro dele - Pelo menos um romance, mas nem isso vocês conseguem fazer.
- Da próxima vez eu juro que alugo alguma coisa bem romântica pra você ver - Ele falou rindo.
- Tipo o que? - perguntou curiosa.
- Lésbicas selvagens - Ele disse agora gargalhando.
- Harry! - riu sem graça.
- Tô brincando, mas olha que tem parte um e dois...
- Leso - Ela deu mais um tapa no ombro dele.
- E aí gente - Dougie entrou na sala puxando pela mão.
- Então que filme a gente vai ver? - Perguntou .
- , você precisa ver os filmes que eles alugaram... - falou mostrando para .
- Ai pelo amor de Deus, "Guerra dos Mundos" não dá, o menos pior é "Hooligans"... - encarou a capa - Menina! O Elijah Wood faz esse filme! Ele é muito gato!
- Mentira! Ele é lindo demais, os olhos dele meu Deus! - completou animada
- É! E ainda tem o amigo dele no filme!
- Qual? - perguntou confusa.
- Aquele... Que leva o Elijah nos jogos de futebol...
- O que tem a cabeça raspada?
- Esse mesmo! - gritou.
- Ei! - Dougie e Harry falaram ao mesmo tempo, mal humorados.
- Não, "Hooligans" não, "Guerra dos Mundos" então - Harry falou.
- Tá pode ser - concordou junto com os outros dois.
Logo todos tinham se acomodado na pequena sala de Dougie. Ele e sentaram-se no carpete, encostados no sofá, lado a lado, do outro lado da sala. Harry sentou-se com deitada com a cabeça em seu colo. O filme começou e todos permaneceram em silêncio.
- Esse filme é chato - Dougie cochichou no ouvido de que se arrepiou dos pés a cabeça.
- Foi você quem alugou bobão - o olhou rindo.
- Sabe porquinha, eu pensei em uma coisa melhor pra fazer... - Ele falou próximo a boca de .
- Sério? - Ela perguntou sarcasticamente - O que seria melhor do que esse filme?
Dougie não respondeu, segurou a nuca da garota, puxando seu rosto para mais perto do seu, beijando-a lentamente.
- ... - Harry falou baixinho, para a garota, que estava fechando os olhos a toda a hora.
- Oi - Ela respondeu sonolenta.
- Acorda...
- Eu não tô dormindo Harry... - Ela respondeu com os olhos fechados.
- Não, só está com os olhos fechados... - Ele falou implicante, mas a garota não respondeu, continuou cochilando.
- ... - Harry repetiu, sem resposta - ...
- Oi Harry - Ela disse abrindo os olhos devagar.
- Você vai mesmo me deixar de vela aqui?
- Do que você tá falando? - Ela olhou para o lado e viu que e Dougie se beijavam, abraçados - Ah... Oun, desculpa.
- Não não, volta a dormir - Harry falou se fingindo ofendido.
- Ah não, agora eu quero ficar acordada.
Harry não respondeu, voltou a assistir o filme.
- Você vai ficar se fazendo de difícil é? - Ela perguntou rindo, mas ele não respondeu - Harry! Tá bom, vou voltar a dormir, quando o filme acabar me acorda.
voltou a fechar os olhos, mas logo sentiu os lábios de Harry junto aos seus, ela abriu um pouco a boca, deixando que um beijo apaixonado começasse.
- Agora você acorda né? - Ele falou entre o beijo.
- Claro, a bela adormecida só acorda com o beijo do príncipe encantado, mas como eu estava dormindo profundamente, nós devemos prolongar o beijo.
- Por mim, sem problemas - Ele respondeu voltando a beijá-la.
O filme tinha acabado, Harry e ainda se beijavam, quando Dougie avisou:
- Nós vamos pegar outros filmes - Ele puxou pela mão e os dois entraram no corredor que dava para os quartos - Por aqui...
Dougie caminhou até o final do corredor onde só havia uma porta: a de seu quarto. Ele abriu, dando passagem para que entrasse.
O lugar era pequeno, o quarto tinha as paredes em cor azul claro, com posters do Blink-182 espalhados por toda uma parede, a cama era de casal, com um edredom de estampa xadrez, tudo estava arrumado em seu devido lugar, nenhuma meia jogada pelo chão ou tênis, nada.
- Nossa Dougie - se aproximou da escrivaninha, que ficava em frente a uma janela - Nunca imaginei isso.
- Isso o que? - Ele perguntou curioso, ficando de frente para ela após fechar a porta.
- Seu quarto, eu podia imaginar tudo, menos isso... - Ela deu um risinho.
- Porque você diz isso? - Ele deu um risinho passando o olho pelo cômodo.
- Está tudo tão arrumado, no seu devido lugar... Não sei...
- Quando o Harry me disse que tinha telefonado pra , e que vocês vinham - Dougie passou a mão pelo cabelo sem graça - Bem, eu corri pra cá, tentei arrumar tudo, deixar pelo menos decente...
- Você fez um bom trabalho... - falou com um pequeno sorriso.
- Na verdade, tudo que eu fiz hoje, foi por sua causa. O quarto principalmente - Ao terminar a frase, Dougie encarou .
- Nossa, eu amei, amei mesmo!
- Sabe , eu fui um idiota com você, fui mesmo, e eu quero reparar isso... - Dougie se aproximou, olhando-a nos olhos - Você me faz bem, ficar com você está sendo mágico... Todos os momentos que eu passo do seu lado se tornam mais divertidos e passam rápido...
ficou parada encarando-o nos olhos, sem saber o que dizer, tudo que ele falou era tudo o que ela mais precisava e mais esperava durante todo o tempo que eles passaram juntos.
- Por isso... Me dá uma chace, só uma, pra eu apagar o meu erro do passado e começar de novo, do jeito certo... - Dougie segurou delicadamente com uma das mãos o queixo de , aproximando seu rosto do dela devagar, seus lábios se encostaram devagar em um beijo apaixonado e cheio de vontade.
- Você não sabe o que quanto eu esperei pra ouvir isso - colocou as mãos por dentro da camiseta de Dougie, acariciando sua barriga e suas costas, fazendo com que o garoto ficasse arrepiado.
Dougie mordeu a boca de puxando de leve. Ela levantou um pouco a blusa dele, Dougie na mesma hora levantou as mãos, logo estava sem camisa, e esta, jogada no chão. Agora eles se beijavam com mais vontade, Dougie abriu a calça de , que com a ajuda dela, foi jogada para o outro lado do quarto. Seus corpos tinham se aproximado, eles se beijavam apaixonadamente, o garoto tinha as mãos dentro da blusa dela e ficava cada vez mais excitado, aos poucos a camiseta fora tirada. estava só com roupas íntimas, Dougie beijava seu pescoço, o clima frio e os beijos faziam com que ela se arrepiasse da ponta à cabeça. Ele desceu do pescoço e beijou os ombros e o colo de que susurrou em seu ouvido ao puxá-lo de volta para seu pescoço:
- Eu estou em desvantagem aqui - Ela deu um risinho.
- Sem problemas - Dougie pegou as mãos de e colocou sobre a calça, ela abriu-as rapidamente, logo ele estava apenas de boxer.
Dougie parou de beijá-la encarando-a com um sorriso bobo.
- Vem cá porquinha - Dougie a pegou no colo, lhe lançou um sorriso sonhador, enquanto ele a carregava até a cama.
Dougie a deitou delicadamente na cama e logo estava sobre ela, eles se encararam novamente, com um pequeno sorriso, ele deu um beijo na ponta do nariz da garota e voltou a beijá-la apaixonadamente e com mais vontade do que antes. segurou as duas mãos de Dougie e colocou na calcinha, o garoto em poucos segundos já tinha se livrado dela e do sutiã. A única coisa que os impedia era a boxer que ele ainda usava, que logo foi tirada.
Seus corpos ficaram muito próximos e faziam movimentos conjuntos, gemia baixo, mas a medida que ia ficando mais excitada e cansada, ficava ofegante, assim como Dougie. Os dois estavam suados e logo deitou sobre o ombro do garoto com os olhos fechados, cobertos pelo edredom amassado.
- Isso foi... - falou ofegante enquando passava a mão pelo peito de Dougie.
- Perfeito - Ele completou dando-lhe um beijo na testa.
Harry estava deitado no sofá com sobre seu corpo. Eles se beijavam lentamente até que ela parou de beijá-lo aos poucos, dando alguns selinhos, quando o encarou confusa.
- Harry... Cadê o Dougie e a ?
- Nem te conto onde eles estão... - Ele deu um risinho safado.
- Harry! - ficou com o rosto vermelho.
- O que? Eu ia falar que eles estavam... Procurando algum filme bom pra gente ver...
- Tá bom tá bom...
- Sua mente poluída! - Harry levou as mãos à boca cinicamente.
- Eu né? - Ela o encarou com um risinho meia boca, dando um selinho delicado.
- Já que bem, nós estamos aqui, sem nenhum filme bom ou nada de bom pra fazer, que tal... A gente sair?
- Sair? Pra onde?
- Ah, não sei, nós podíamos andar por aí - Harry deitou a cabeça de em seu peito, passando as mãos pelos seus cabelos delicadamente.
- Harry, aí fora está frio, muito frio... - Ela falou baixinho fechando os olhos.
- Eu te esquento... - Harry respondeu, próximo ao ouvido da garota - E outra... Acho que o casal precisa de um pouco de privacidade né?
- Você está falando da gente ou do Dougie e da ? - o encarou sorrindo.
- Dos dois eu diria - Ele retribuiu o sorriso.
- Tom! - ria enquanto o garoto beijava seu pescoço - Pára! Tá fazendo cócegas!
e Tom estavam sentados na beira do lado de onde tinham partido com o pequeno barco que tinham alugado. O garoto a segurava por trás enquanto ela estava sentada no meio de suas pernas.
- Sério! Por favor! - estava arrepiada e tentava se livrar de Tom que prendia seus braços.
- É impossível negar um pedido seu - Ele falou rindo dando um beijo no rosto da garota.
- Bobo... - virou o rosto dando um selinho demorado em Tom, que logo após a encarou com um pequeno sorriso, mostrando a covinha do lado esquerdo - Sabe no que eu estava pensando?
- Em que?
- O que você acha de nós jantarmos na minha casa hoje? Nós podiamos preparar... - ficou pensativa encarando-o.
- Macarrão com queijo! - Tom completou a frase animado - Minha especialidade!
- Nossa amor, esse seu macarrão é muito bo... - parou de falar ao ver o modo como Tom a encarava - O que foi?
- É que... Essa foi a primeira vez que você me chamou de... Amor - Ele deu um sorriso sem graça.
- Porque, você não gosta? - falou apressadamente - Tudo bem, eu te chamo de Tom mesmo.
- Não, não é isso, é só que... Eu nunca imaginei que fosse te ouvir me chamando assim...
- Então pode ir se acostumando... - deu um beijo na ponta do nariz de Tom - Porque a partir de agora você vai ouvir... E muito...
- Que bom, amor - Tom a abraçou com mais força, começando um beijo lento e apaixonado, em meio ao parque vazio.
- Então? Planos pra essa noite? - perguntou casualmente enquanto andava de mãos dadas com Harry.
- Estava pensando em reunir o pessoal, ir pra casa de alguém, o que você acha?
- Eu acho uma ótima idéia, vamos ligar pra . Talvez ela vá pra algum lugar - falou olhando para Harry.
- Não tenho o número dela aqui, mas vou ligar pro Tom - Harry discou os números no celular e em poucos segundos recebeu uma resposta do outro lado da linha.
- Harry! - Tom falou com a voz animada.
- E aí dude! Ei escuta só... Eu e a estávamos querendo fazer alguma coisa hoje a noite com o pessoal sabe? Então, que tal a gente jantar em algum lugar?
- Rapidinho cara - Tom segurou o celular contra a mão cochichando para - , o Harry e a estão querendo sair pra jantar com o pessoal, o que eu falo?
- Sério? Ah então chama todo mundo lá pra casa. Você prepara o macarrão com queijo e eu compro umas bebidas - falou despreocupada.
- Mas e o papo de "o dia todo pra você" que nós íamos passar? - Tom fez um bico.
- Você fica pra dormir no meu apartamento, satisfeito?
- Ei Harry, chama todo mundo pro apartamento da então, a gente se vê lá.
- Beleza dude! Até mais.
- Então? - perguntou curiosa.
- Apartamento da , temos que chamar o pessoal.
- Começando pelos pombinhos que estão lá na casa - disse com um sorriso no canto da boca.
- Mas a gente não precisa voltar pra lá agora né? - Harry perguntou puxando-a pela cintura.
- Acho que não, afinal, as coisas aqui fora estão bem mais interessantes - Ela deu um risinho, encostando seus lábios nos de Harry lentamente.
- Dougie acho melhor a gente descer - falou deitada no peito do garoto.
- Já faz muito tempo que a gente tá aqui?
- Acho que sim, mas não prestei muita atenção nisso - Os dois deram um risinho envergonhado.
Dougie e se trocaram rapidamente e logo se depararam com a sala do apartamento vazia.
- Harry? ? - perguntou olhando para todos os lados - Cadê eles?
- Será que eles foram embora? - Dougie coçou a cabeça desconfiado - A gente demorou tanto assim?
- Não, foi rápido...
- Rápido? Você queria que tivesse durado mais? - Dougie perguntou preocupado.
- Não! Eu não quis dizer isso - falou apressadamente - Você sabe o que eu quis dizer...
- É eu sei... - Dougie falou um pouco vermelho.
- E aí dudes! - Harry abriu a porta, puxando junto, pela mão - Se arrumem, reunião no apartamento da hoje à noite.
- Sério? Quem vai? - perguntou animada.
- Todo mundo, os meninos e a gente - falou com um sorriso - Acabamos de falar com o Danny e eu também liguei pra , mas ela não sabe se vai...
- Beleza - Dougie falou pensativo - Ei dude, onde vocês estavam?
- A gente foi dar uma volta, esperar pelo filme perdeu a graça... - Harry falou com um sorriso safado no rosto.
Dougie e deram risinhos, com os rostos vermelhos, enquanto gargalhava.
- Acho que... Vou ver TV - se jogou no sofá junto com que se sentou ao seu lado.
- Amor, fecha a porta por favor - entrou no apartamento cheia de sacolas. Tom vinha logo atrás, segurando os refrigerantes. O jantar estava marcado às sete, e já eram seis. e Tom arrumaram depressa a mesa e colocaram tudo o que haviam comprado sobre ela.
- Será que eles vão demorar? - Tom sentou no sofá ao lado da namorada.
- Espero que se atrasem só um pouquinho - se aproximou.
- Você anda lendo pensamentos? - Os dois sorriram e se beijaram. Um ótimo passatempo para esperar os convidados não?
- Mais um sinal vermelho - Harry batia de leve no volante enquanto mudava o CD.
- Adoro essa música - Ela começou a cantar.
- Ei! Essa por acaso é Catch Your Wave do The Click Five? - perguntou empurrando Dougie do beijo no banco de trás e concordou com a cabeça.
- Hey girl,I wanna catch your wave - As duas começaram a cantar em coro. ria sem parar, mas continuou sozinha - Hey girl,I wanna drift aw...QUE É ISSO?! - Harry tinha tirado o CD e dougie colocava outro.
- Aprende a ouvir o que é bom porquinha - Dougie voltou para o seu lugar e abraçou , que estava emburrada.
- I took her out, it was a Friday night, I wore cologne to get the feeling right - Harry batucava no volante e Dougie usava a mão de para ser seu microfone, fazendo com que as duas garotas caíssem na gargalhada.
estacionou o carro e passou pelo porteiro.
- Boa noite Robert - Ele acenou com a cabeça e chamou o elevador. Após esperar um tempo, a porta de ferro de abriu e ela entrou. Apertou o número 7 e fechou a grade.
- Ei, segura aí! - Danny correu e colocou a mão quando o elevador estava quase fechando. Os dois se olharam por um momento e ele entrou. A porta se fechou o silêncio predominou até chegarem ao sétimo andar.
A campainha tocou. e Tom pararam o beijo e sorriram.
- Chegaram - Ela levantou e abriu a porta. Danny e sorriram e entraram.
- Ei dude! ! - Tom os cumprimentou e levou o amigo para a varanda, enquanto tomavam alguma coisa.
- E aí amiga - sentou com a garota na mesa de jantar e começaram a conversar sobre qualquer coisa sem grande importância.
Após mais alguns minutos, a campainha tocou novamente e Harry, , Dougie e adentraram o recinto fazendo a maior baderna.
- Já pode comer? - Dougie perguntou comendo uma fatia de queijo.
- Pode né - fez um bico e todos riram.
Depois de comer quase tudo que havia na mesa, todos se acomodaram na sala.
- Eu acho que a gente deveria assistir Orgulho e preconceito – disse animada, Tom revirou os olhos - Tom!
- O que? Eu acho Orgulho e preconceito ótimo! - Ele falou rapidamente.
- Ai me poupa - virou os olhos - Vamos ver The O.C!
olhou para a amiga com uma cara de "de novo não".
- Que tal não ver filme nenhum? - Dougie sugeriu em voz alta e logo Harry e Tom levantaram as mãos concordando.
viu que Danny tinha ido até a mesa, então ela foi até sua direção, aproveitando que a atenção de todos estava voltada para a conversa que vinham tendo.
- Danny, você pode vir aqui um minuto? - cochicou no ouvido dele enquanto ele enchia o copo de refrigerante.
- Nós não temos mais nada pra conversar - Ele respondeu na mesma altura.
- Por favor, não vou sair daqui sem falar com você - Os dois se encararam por um tempo e ele finalmente cedeu. Aproveitando que os amigos estavam entretidos com o programa de perguntas e respostas da televisão. abriu a porta do quarto de e os dois entraram. Ficaram um de frente para o outro, e após alguns segundos em silêncio, um deles resolveu cortar aquele clima.
- Olha, aquilo que você viu hoje - Começou .
- Não adianta você tentar me explicar, eu vi tudo, entendi tudo, não há mais com o que se preocupar - Ele falou sem olhá-la.
- Danny... - mordeu o lábio superior, falando com tristeza na voz - Eu não preciso nem dizer que eu não sinto nada por ele não é?
- É, não precisa, deu pra perceber hoje cedo - Ele continuava olhando em direção a janela.
- Olha, eu passei o dia me culpando por isso, fiquei mal desde que eu saí de lá. Eu não queria aquilo - Ao ver o sorriso sarcástico no rosto de Danny, ela alterou o tom de voz, agoniada, triste e impaciente ao mesmo tempo - Você sabe que não! Se quisesse já teria cedido desde o primeiro instante! Danny me escuta, é de você que eu gosto, eu não aguento mais ficar brigando, logo agora que a gente tava tão bem!
- Isso mesmo , estávamos bem. Olha, naquele dia eu errei, mas você ficou fazendo charme pra cima de mim, não me deu uma chance pra eu me desculpar, e eu não sei nem porque eu aceitei entrar nesse quarto, se eu já sabia tudo o que você ia dizer, esse monte de mentiras, frases sem sentidos, palavras vazias, eu não preciso disso. Eu sei o que eu vi, e nada que você diga vai poder mudar a imagem que eu tenho em mente agora - Ao terminar a frase, os olhos de Danny estavam enchendo, mas já derramava lágrimas sem controlar.
- Dá pra parar?! - Ela falou quase gritando - Eu venho aqui, te mostro que eu to arrependida. Aquele beijo não tem significado nenhum, ele não é você Danny. Ai, por que você tem que ser tão idiota e não percebe que é de você que eu gosto?! Que saco!
- Não grita! - Ele aumentou a voz no nível da dela - Já foi embora o tempo que você podia fazer o que quisesse comigo , de agora em diante, aquele Danny palhaço que você conheceu, morreu, foi pra merda, qualquer lugar bem longe, pra te deixar viver em paz com o francês zé buceta - Danny foi saindo do quarto, mas sentiu a mão de puxar seu braço e deixou a porta escapar, fazendo um estrondo ao bater.
- NÃO! Ele não foi! - não conseguia conter as lágrimas e agora já gritava - Por favor, nós dois erramos e você sabe.
- Gente o que é isso? - perguntou espantada olhando pra porta, acompanhada dos outros que estavam na sala.
- Ninguém se mete, vamos esperar aqui - Harry falou, mas todos continuaram a lançar olhares preocupados para a porta.
- Eu sei que erramos! E o meu maior erro foi ter me apaixonado por você - Danny abriu a porta do quarto, sem se importar com a presença dos outros. veio correndo atrás dele. Ambos com os rostos molhados.
- Como você fala uma coisa dessas?! - Eles estavam um de frente para o outro novamente, mas dessa vez, os amigos olhavam atentos e assustados, sem saber o que fazer. não conseguia mais parar de chorar e Danny se segurava o máximo que podia - Há umas semanas atrás você disse que tinha sonhado com nós dois juntos, e agora o que?! Eu fui um erro?!
- Foi, um erro - Ele olhava bem fundo nos olhos dela - Eu disse aquilo quando eu achava que eu te conhecia, antes de eu saber que você era uma vadia.
, e arregalaram os olhos e abriram a boca. Os três meninos se entreolharam assustados, com um olhar de desaprovação ao comentário de Danny. percebeu que agora as lágrimas no rosto do rapaz vinham em maior quantidade, mas mesmo assim não se deixou amolecer. Levantou a mão e deu um tapa com todas as forças que lhe restavam, que pegou bem na bochecha de Danny, fazendo seu rosto virar. O clima na sala era de espanto, silêncio e tensão. Os dois se encararam por um tempo, ambos expressavam arrependimento, orgulho e decepção no olhar. Danny abriu a porta e desceu. afundou o rosto nas mãos, encostou-se na parede, sentou no chão e desabou no choro. Os telespectadores se entreolharam e balançaram a cabeça positivamente. Os três meninos desceram atrás de Danny, enquanto sentou ao lado de , esta por sua vez deitou a cabeça no colo da amiga, chorando cada vez mais. foi até a cozinha e trouxe água para . As três permaneceram caladas, ouvindo apenas o choro dela ecoar pelo apartamento.
- Danny! Espera! - Tom falou segurando Danny pelo braço em frente a porta do elevador.
- Me solta Fletcher! - Danny gritou se livrando da mão que o segurava.
- Dude! Calma! - Harry falou assustado com o estado do amigo.
- Calma? Harry, ela... Ela me traiu! - Danny gritou a plenos pulmões.
Os três garotos permaneceram calados olhando o estado de Danny, que se controlava para não chorar, até que a porta do elevador se abriu. Danny entrou na mesma hora acompanhado dos outros. O silêncio predominou no elevador, até que Danny não conseguiu segurar mais as lágrimas que insistiam em cair, ele levou as mãos ao rosto chorando desesperadamente.
- Danny... - Dougie colocou as mãos no ombro do amigo, mas não sabia o que dizer.
- E-ela não podia ter f-feito isso... N-não podia... - Danny repetia baixinho em meio a soluços.
- Dude, você tá de cabeça quente - Tom tentava consolá-lo - Depois tenta conversar com ela...
- Conversar... Conversar? - Danny voltou a gritar - Ela não podia ter feito isso, depois de tudo o que eu passei! Eu já me fodi demais por causa da ... Cansei disso!
- Cara, você tá certo, de estar com raiva e tudo o mais... - Harry fez uma pausa esperando que os outros falassem alguma coisa, mas como não fizeram ele continuou - Você, dude, xingou a , chamou ela de vadia, você não acha que...
- Ela merecia! Harry! Eu vi, ela tava lá com aquele francês filho da puta, no meio do café! - Danny voltou a enxugar as lágrimas - E depois ela vem me falar que gosta de mim?
- Eu sei eu sei, mas talvez... - Harry cansou de argumentar - Você precisa dormir...
- É, tô precisando mesmo... - A porta do elevador se abriu e os garotos saíram.
- Vem dude - Tom fez sinal para Danny - Hoje você dorme na minha casa, vai acabar fazendo merda se ficar sozinho.
- Porra nenhuma, eu vou pra minha casa - Danny falou com a voz fraca.
- Dude! Escuta o Tom, vai pra casa dele - Dougie disse preocupado.
- Vem logo - Tom passou o braço pelo ombro de Danny - Dougie avisa pra que eu ligo pra ela.
- Pode deixar - Dougie deu um breve aceno, imitado por Harry, os dois se viraram e entraram novamente no elevador, em direção ao apartamento de .
- Amiga calma - repetia dando palmadinhas no ombro de que chorava descontroladamente.
- E-eu vou pra casa... - falou limpando algumas lágrimas - Amanhã eu tenho que t-trabalhar ainda.
- Trabalhar? - perguntou assustada - Você tá louca? Pois eu estou te dando um dia e folga, vai dormir logo .
- , o Tom pediu pra te avisar que ele foi deixar o... - Dougie entrou falando alto e diminuiu o tom de voz ao ver que estava na sala, esta voltou a chorar instantâneamente - Ah, oi...
- Ótimo - deu uma olhada censurando Dougie, o menino se virou e foi até o sofá ver TV junto com Harry que deu uma piscada para .
- Eu te levo em casa - pegou a amiga pela mão levantando-a - Vamos logo.
- Tchau gente - deu um aceno e as duas saíram pela porta.
- Noite animada hein? - Harry falou sarcasticamente.
- Cala a boca Judd - pegou um travesseiro do sofá e jogou no garoto.
Após meia hora vendo TV, e Harry se despediram de e Dougie, que ficaram sozinhos no apartamento.
Dougie estava com no colo, ela passava as mãos pelo cabelo do garoto delicadamente. O lugar estava silencioso, a TV tinha sido desligada e ninguém mais estava presente, eles também não estavam dispostos a falar sobre nada, mesmo que quisessem não havia um assunto propício, até que ele tomou a iniciativa:
- Eu estou exausto - Ele falou seguido de um suspiro.
- Eu também... - o encarou sorrindo - Posso saber o motivo do seu cansaço garotinho?
- Ah nem te conto, você quase me mata hoje - Dougie deu uma mordida no lábio inferior de , que logo após soltou uma gargalhada gostosa - Eu mal posso esperar pra repetir...
- Achei que você preferisse ficar vivo do que morrer comigo - Ela deu um risinho.
- Eu agüento, sou forte - Dougie deu um selinho em , seguido de um beijo apaixonado, que logo foi interrompido por que abriu a porta do apartamento subitamente.
- Ah desculpa - Ela falou sem graça, ao ver que os dois estavam no maior clima - Não vi nada, juro!
- Pomba lesa - deu língua para a amiga, que riu.
- Que isso , eu já estava de saída! - Dougie falou coçando a cabeça - Só estava esperando você chegar, não queria deixar a sozinha.
- Se você quiser... Pode dormir aí - falou com um sorriso.
- Sério? - a olhou com os olhos arregalados.
- Claro, só pegar mais um travesseiro no meu quarto, você quer dormir aqui Dougie?
- Se não tiver problema...
- Então pronto, acho que tem uma camiseta do Tom aí - foi caminhando até o quarto e em poucos segundos voltou com um short e uma blusa, mais o travesseiro - Ele esquece tudo aqui em casa, toma.
- Obrigado, vou me trocar rapidinho - Dougie entrou no banheiro deixando as duas sozinhas na sala.
- Amiga, obrigada! - falou com os olhos brilhando.
- Ah que isso , não tem problema, mas olha - falou segurando o riso - Minha casa não é motel, por isso, pode se contentar em dormir e só dormir...
- Tá foda - Ao ver que ia reclamar falou - Nada demais vai acontecer, porque... Hoje a tarde já aconteceu...
- MENTIRA! NÃO ACREDITO! - deu um grito enquanto abanava as mãos.
- Cala a boca idiota! - falou rindo.
- Pronto. O Tom tá gordinho hein? - Dougie falou entrando na sala com uma camiseta branca e uma bermuda cinza grandes demais.
- Ei! Não fala assim do meu namorado não hein! - falou rindo - Você que tá magrinho Dougie.
- Não fala assim dele! - se aproximou de Dougie dando-lhe um beijo no rosto.
- Boa noite pombinhos! - jogou beijos no ar para os dois.
- Noite! - Eles responderam juntos.
colocou um pijama e se jogou na cama, a luz já estava apagada apenas o abajur iluminava fracamente o quarto. Seu corpo era coberto até o pescoço pelo edredom. Ela tinha os olhos abertos, a qualquer momento, o telefone iria tocar. Após alguns minutos ela pode ouvir o primeiro toque, o segundo, ela se levantou, sentando-se na cama.
- Achei que não fosse me ligar! - Ela atendeu com a voz alegre.
- Poxa , desculpa, fiquei conversando com o Danny por um tempo aqui, só agora ele foi dormir - Tom falou com a voz cansada.
- Como ele tá?
- Acabado - Tom disse dando um bocejo - Péssimo...
- Justo hoje, quando tudo parecia estar dando certo... Fiquei com tanta pena da , você devia ter visto, ela estava um horror quando a deixei em casa...
- Amor, para de pensar nisso, você tem que descansar um pouco, trabalhou ontem a noite inteira naquela festa e hoje ainda teve isso...
- Eu estou bem, passei o dia com você, não podia ter sido melhor - falou com um sorriso bobo do outro lado da linha.
- Onde você leu isso?
- Sensibilidade zero hein Fletcher? - Os dois riram e deu um bocejo logo em seguida.
- Você está com sono, é melhor a gente desligar.
- Eu to cansada, o dia hoje não foi fácil e amanhã tem trabalho, ai que saudade da minha vida de estudante, eu era feliz e não sabia.
- Na sua época de estudante você namorava um cara não é? - Ele perguntou intrigado.
- Namorava - enfatizou o ''ava''.
- Hum... Já entendi o motivo da saudade.
- E eu já entendi o motivo de nós termos que desligar o telefone, começou o drama - Ela riu enquanto ele xingava baixo - Boa noite amor, até amanhã.
- Desliga você, vou ficar na linha até a hora de você acordar, aí quando você sair, pega o telefone pra me dar tchau.
- Claro, e você vai mesmo virar a noite pendurado no telefone sozinho.
- Ficaria se fosse preciso, se você pedisse...
- Oun, mas não precisa, pode ir dormir, te quero descansado amanhã - soltou um risinho malicioso.
- Uooou! - Ele riu sem graça - Tudo bem então, vou dormir, mas você me faz um favor?
- Hãn.
- Diz pra minha namorada que ela é muito especial pra mim?
Os dois ficaram em silêncio. sorriu e deitou na cama.
- Assim que eu encontrar com ela eu passo o recado.
- Então é isso, boa noite.
- Ela também adora o mais novo namorado dela - falou com a voz melosa.
- Formam um belo casal - Os dois riram - Beijo amor.
- Beijo.
Ela colocou o telefone na base e se ajeitou na cama. Era impossível estar mais feliz que isso.
- Já terminei de arrumar a cama - Dougie falou aparecendo na porta do banheiro do corredor.
- Você? Arrumando cama? - falou cuspindo a pasta na pia e voltando a escovar os dentes.
- Eu tenho meus truques, espero que tenha ficado bom - Ele fez uma careta amedrontada que fez rir.
- Vem logo seu bobo. - Ela pegou-o pela mão e logo se deparou com o sofá cama todo arrumado. O lençol esticado com o edredom por cima, os dois travesseiros lado a lado, tudo em seu devido lugar, assim como no quarto do garoto aquela tarde - Realmente Poynter, você me surpreende a cada dia, mais e mais - Ela deu um beijo no rosto dele.
Os dois deitaram no sofá, um de frente para o outro, Dougie e se encaravam com um pequeno sorriso no rosto sem dizer uma palavra.
- É estranho te ver assim...
- Assim como? - Ela perguntou com a voz sonolenta.
- Deitada na mesma cama que eu, me olhando. É como se eu tivesse você só pra mim... - Dougie segurou uma das mãos de passando os dedos devagar por toda a palma.
- Eu já sou sua - adiantou o corpo para frente segurando o rosto do garoto com uma das mãos, seus lábios se juntaram em um beijo calmo e logo se separaram - Boa noite Dougie.
- Boa noite porquinha.
Após alguns segundos com os olhos fechados, os abriu dando de cara com dois globos azuis que a encaravam.
- Dougie? O que você tá fazendo?
- Tava te olhando - Ele deu um sorriso meia boca - Tava linda dormindo, quero guardar essa imagem pra mim.
- Você se importa se eu virar para o outro lado?
- Não. É até melhor, eu não conseguiria dormir com você na minha frente - Dougie mordeu o lábio inferior enquanto virava para o outro lado da cama.
O silêncio tomou conta do cômodo, a única coisa que se podia ouvir era a respiração dos dois e assim permaneceu até que falou:
- Dougie?
- Oi...
- Me abraça?
- Não precisa nem pedir - Dougie a abraçou por trás, colando seus corpos.
podia sentir a respiração do garoto ao pé de sua orelha, ela era calma e pausada, seus olhos foram fechando aos poucos e ela já não conseguia lutar contra o sono.
chorava desesperadamente, após um longo beijo com Tom, o garoto se afastava, sem olhar para trás, ela gritava, mas ele não voltava. Fazia frio, muito frio, até que ele sumiu de sua vista. abriu os olhos e se deparou com o teto mal iluminado de seu quarto, o barulho da chuva que caía insistentemente era amedrontador, a imagem do pesadelo que ela tinha tido ficou nítido em sua cabeça, que doía.
Dougie estava jogado do outro lado da cama, deitado de bruços com o travesseiro sob a cabeça. estava encolhida, na outra ponta da cama, a chuva e os trovões que caíam atrapalhavam seu sono, que era leve, um estrondo fez com que ela abrisse os olhos subitamente.
- Dougie?... - Ela não sentia mais os braços do garoto em volta de seu corpo e estava amedrontada demais para procurá-lo - Dougie...
A sala ficou em silêncio novamente, apenas a chuva estava presente, até que ouviu o barulho de uma porta se abrindo. O rangido fez com que todo seu corpo tremesse. Ela ouviu passos que vinham em sua direção, seu medo aumentava a cada segundo e os passos ficavam cada vez mais pesados e próximos. Mais um trovão caiu, fazendo um estrondo enorme, que tremeu até as janelas do apartamento.
- AAAAAAAAAAAH! - soltou um grito agudo e alto, que acordou Dougie instantaneamente.
- ? O que aconteceu? - Dougie perguntou ficando ao seu lado ajoelhado.
- Dougie, eu to com medo - pulou no pescoço do garoto, enquanto ele a abraçou pela cintura - Não me solta.
- Calma, não aconteceu nada - Ele falava enquanto passava as mãos pelos cabelos da garota.
A luz da sala se acendeu e soltou outro grito assustado. apareceu na entrada do corredor.
- Gente? Tá tudo bem? - Ela perguntou com cara de sono.
- Porra ! Tô morrendo de medo aqui e você fica aparecendo assim do nada! - falou olhando para a amiga.
- Tá tudo bem sim. Ela acordou assustada, só isso - Dougie falou seguido de um risinho.
- Não foi isso não, eu estava ouvindo passos! - falou com os olhos arregalados - E... E uma porta se abrindo também!
- Bom, eu estava na cozinha - falou assustada ao ver o estado da amiga.
- Ai ! Você quase me mata!
- Sim, não posso nem pegar água agora é? - Ela disse mostrando o copo que tinha em mãos - Bom, eu vou voltar a dormir, Dougie tenta acalmar essa garota...
- Pode deixar comigo - Dougie deu uma piscada para , que apagou a luz da sala - Passou o susto ?
- Um pouco, mas minhas pernas estão tremendo ainda - Ela falou com a voz chorosa.
- Eu fico deitado aqui do seu lado então - Dougie soltou e os dois deitaram lado a lado. Ele pegou na mão dela enquanto ambos olhavam para o teto.
Passaram alguns minutos e não conseguia ficar com os olhos fechados por muito tempo, a qualquer barulho estranho os abria na mesma hora, voltando a fechá-los logo depois. Isso durou por mais ou menos meia hora, ela não conseguia dormir. Dougie não teve o mesmo problema, minutos depois de terem deitado lado a lado, a garota pode sentir que ele não acariciava mais sua mão e logo passou a dar alguns roncos baixos.
- Dougie? - Ela falou baixinho, o garoto não se mexeu - Dougie?
se virou de lado e passou a mão pelo peito nu do garoto, que tinha tirado a camiseta que usava no meio da noite.
- Dougie? - Ela falou novamente, mas dessa vez perto de seu ouvido.
- Oi... - Ele disse olhando para o próprio peito, vendo a mão da garota e logo após para seu rosto com um pequeno sorriso.
- Desculpa... - Ela falou com a voz baixa.
- O que foi? - Dougie a olhou preocupado.
- É que... Eu não tô conseguindo dormir... Você pode ficar conversando comigo?
- Até o sono chegar? - Ele completou a frase mordendo o lábio inferior logo em seguida.
- É... - corou um pouco.
- Tá bom, vamos conversar! - Dougie se virou de frente para ela, segurando sua mão - Então... Você... Gosta de... Daquele filme "Anjos da vida"?
- Aquele com o Ashton Kutcher? - Ela perguntou animada.
- É... - Dougie revirou os olhos - É muito bom o filme.
- O Ashton é lindo! - falou sonhadora, ressaltando o "lindo".
- Ele é gay! - Dougie fez uma careta.
- Não é não!
A conversa durou por mais ou menos uma hora, até que o sono bateu e nenhum dos dois falava mais. Eles estavam abraçados, Dougie encaixou seu corpo no de e os dois permaneceram daquele jeito sem falar nada, ouvindo apenas suas respirações.
- ? - Dougie perguntou sussurrando.
não queria responder, seus olhos e corpo estavam cansados e sua cabeça vazia, ela continuou calada por alguns segundos.
- Te amo - Dougie falou baixinho e logo após deu um beijo em seu pescoço, fechando os olhos e dormindo profundamente.
Ela estaria sonhando? Ou ele tinha realmente falado aquilo? Ela não saberia dizer até o dia seguinte, o sono bateu e ela não conseguiu lutar contra ele.
Capítulo 22
O despertador tocou. , e Dougie levantaram. Aprontaram-se e tomaram café.
- Porquinha, você vai trabalhar até que horas hoje? - Dougie passava geléia no pão e se engasgou, rindo.
- Porquinha?!
- Longa história - passou pela cadeira da amiga e deu-lhe um tapa de leve na cabeça - Eu não sei, mas não saio de lá antes das quatro provavelmente.
- Não gosto desse Antony - Ele deu uma mordida que acabou com metade da torrada - Ele faz vocês de escravas.
- É o nosso emprego Dougie - deu mais um gole no café e levantou - E graças a ele que você conheceu a sua ''porquinha'' - Ela deu uma gargalhada, limpando a boca no guardanapo.
- Nada disso, nos conhecemos no trem - Ele contestou.
- Mas a relação só decolou por causa do emprego - respondeu.
- Já era pra ser assim, independente de emprego.
- Aceita Dougie, você deve essa ao Antony.
Ao ver que ele se irritava, ria e continuava a falar.
- , você não vai me defender? - Ele perguntou ofendido.
- Hãn?! - levantou a cabeça com um susto.
- Nossa senhora - ria mais ainda - Você é tão chato Dougie, que nem a própria porquinha te agüenta.
Ele fez uma careta, deixando a situação ainda mais engraçada. Após terminarem o café, os três seguiram em direção à empresa.
- Tenham um bom dia de trabalho - Dougie abraçou , deu um selinho em , pegou um táxi e foi pra casa.
- Ai, saco - gemeu impaciente.
- Odeio segunda-feira.
As amigas entraram no prédio e caminharam para suas devidas salas.
A porta da sala de se abriu e entrou sorridente, quando se deparou com a amiga que tinha uma cara de alguém que virou a noite bebendo.
- Bom dia - disse.
- Meu Deus! - arregalou os olhos ao ver a amiga naquele estado - O que aconteceu?
- Ah, passei a noite pensando em tudo aquilo sabe... - Antes que pudessem entrar no assunto, o celular de tocou.
- Desculpa. É seu pai. - Ela disse olhando no visor - Oi Antony. Tudo ótimo. Sei... Anham... Às três?! Tudo bem, eu vou entrar em contato. Tchau.
- Qual foi a dessa vez? - perguntou sem ânimo.
- Reunião com os meninos do McFly e do Busted, hoje, às três.
- A gente vai ter que ir é?
- É né... Ai , eu sei que é difícil, mas trabalho é trabalho.
- No final das contas eu sou a culpada por tudo... - falou baixinho.
- Bom dia gente! - escancarou a porta, com um sorriso de ponta a ponta.
lançou um olhar reprovador para a amiga, que percebeu na hora.
- Ou... Nem tão bom... Dia... - falou baixinho, tirando o sorriso do rosto assim que viu o estado de .
- Oi - falou desanimada, voltando a atenção para o café.
- Eita, furacão Jones passou por aqui é? - se jogou no sofá ao lado de .
- Obrigada por melhorar as coisas - falou sarcasticamente.
- Disponha - falou com um risinho.
lançou mais uma vez um olhar ameaçador para , que depois do infeliz comentário se calou.
- Ai gente, é melhor nós voltarmos a trabalhar - finalmente falou quebrando o silêncio.
- Trabalhar? , deixa que a gente faz isso, descansa um pouco.
- É , a tem razão, você não está bem.
- Eu não vou me abater por causa dessas besteiras que vem acontecendo comigo.
- Besteiras? Além do Jones tem algo mais acontecendo? - perguntou preocupada.
- O Olivier, falou com o meu pai...
- Ele falou? - arregalou os olhos ao ver que assentiu com a cabeça - Meu Deus! Ele tem coragem hein?
- Gente, eu não sabia que ele estava tão a fim de você ! - levou a mão à boca, espantada.
- Nem eu, foi uma surpresa quando ele me falou...
- E o seu pai? - perguntou.
- Meu pai amou a idéia, quer dizer, o Olivier é tudo o que ele sempre sonhou pra mim...
- Bonito, inteligente, agradável, rico... Rico... Ah é! Rico! - falou rindo.
- É, além dele adorar o Olivier, que agora resolveu frequentar a casa dos meus pais quase sempre, seria muito vantajoso para as duas empresas se unirem...
- Sem dúvida... - falou pensativa - Mas o que você acha disso?
- Eu?
- É...
- Eu acho o Olivier uma pessoa ótima... - falou calmamente, procurando mais adjetivos para o rapaz.
- Nossa , isso é uma coisa que a gente fala pro melhor amigo - falou rapidamente.
- ! - a advertiu.
- O que? - tentou se defender - Fala sério, tá na cara que a não gosta do Olivier.
- O problema , é que, quem eu gosto não gosta de mim - falou infeliz.
- ! Não fala uma coisa dessas! O Danny te ama! - segurou a amiga pelos ombros.
- É ! Vocês só estão passando por uma fase ruim... - completou a fala de .
- E essa fase parece nunca ter fim... - voltou a ter os olhos cheios d'água.
- Amiga! Não fica pra baixo, que tal nós fazermos alguma coisa depois do trabalho? - tentava fingir animação, procurando apoio de .
- É! Vamos chamar o pessoal e sair, você pode chamar o Olivier se você quiser!
- Não sei...
- Ah vamos! - e falaram juntas.
- Ok nós decidimos isso depois, agora vão trabalhar! - deu um risinho.
- Tudo bem, mais tarde a gente passa aqui pra te raptar - deu uma piscada - Vamos , nós ainda temos que ligar para os meninos.
- Meninos? Que meninos? - perguntou
- Reunião às três, na sala do Antony, Busted e McFly.
- Eu ligo pro Matt então - falou calmamente.
- E eu pro Tom. Tchau ! - falou finalmente fechando a porta logo em seguida.
Tom ia acordando aos poucos, à medida que ouvia o som da TV. Pelo visto Danny já tinha acordado. O garoto olhou ao redor e viu que tinha esquecido a janela do quarto aberta. O lugar estava completamente iluminado. Ele levantou cambaleando, da cama e se dirigiu ao banheiro.
Danny estava na sala e passava os canais da televisão continuamente, sem parar em nenhum.
- Não... Ruim... Já assisti... Uma droga... - Ele ia falando assim que uma nova programação aparecia.
- Bom dia... - Tom falou bocejando.
- E aí dude... - Danny respondeu, sua fala tinha sido quase inaudível.
Tom sentou ao lado de Danny, os dois permaneceram em silêncio, a única coisa que podia ser ouvida era o barulho do controle e da TV, a partir da mudança de canal.
- Nada bom passando? - Tom tentou puxar assunto.
- Nada...
- Hum... - Foi a única coisa que Tom conseguiu falar, antes que o silêncio mais uma vez se instalasse - Er... Já tomou café?
- Não...
- Quer comer?
- Tanto faz... - Danny respondeu despreocupado.
O estado do garoto era lamentável, seus cabelos estavam bagunçados e seus olhos estavam com enormes olheiras.
- Eu vou preparar alguma coisa pra gente, você não pode ficar sem comer - Tom levantou indo em direção a cozinha.
- Não precisa se preocupar comigo dude - Danny falou desanimado. Tom não respondeu, apenas entrou na cozinha.
- Alô?
- Dougie!
- Eu mesmo - A voz sonolenta de Dougie respondeu.
- Dude! Vem pra minha casa!
- Quem tá falando? - Dougie perguntou seguido de um bocejo.
- É o Tom!
- Ah tá...
- Você não dormiu na casa da ?
- Dormi dude. Mas vim pra casa e tava dando um cochilo.
- Ah...
Os dois permaneceram em silêncio por alguns segundos.
- Dougie? - Tom perguntou.
- Oi...
- Não dorme! Presta atenção!
- Ok, pode falar - Dougie respondeu mais animado.
- Vem pra minha casa, o Danny tá muito estranho.
- Estanho? Estranho como?
- Dude! Ele não quer comer nada, não tá falando direito comigo.
- Não é pra menos né Thomas? Depois do que aconteceu ontem...
- Dougie você não está melhorando as coisas, vem logo pra cá.
- Tá tá mas... - Dougie tentou continuar a conversa, mas não recebeu resposta do outro lado - Tom? Merda, ele desligou.
Assim que desligou o telefone com Tom, Dougie saiu em direção à casa do amigo.
- Alguém em casa? - Dougie bateu na porta – Hello?!
Dougie batia na porta continuamente, hora batucando alguma música, hora dando batidinhas seguidas.
- Tom! Danny! - Dougie bateu agora quase derrubando a porta.
- Porra Dougie! - Tom abriu a porta, estressado - Não dá pra esperar não?
- Foi mal dude, mas ninguém veio abrir a porta.
- Sim! Eu estou tentando terminar o caralho do café-almoço da manhã e o zé buceta do Danny não quer sair da porra do sofá e você ainda faz o favor de bater na bosta da porta pra me deixar mais puto.
- Nossa, já foram cinco palavrões e olha que eu ainda nem entrei na casa - Dougie falou calmamente.
- Foi mal - Tom passou as mãos pelos cabelos.
- No worries. Cadê o Danny?
- Na sala, eu vou terminar de fazer o café da manhã - Tom virou voltando para a cozinha.
- Ok.
Tom voltou para a cozinha. Aproximou-se do fogão, colocando alguns bacons na frigideira, quando sentiu o bolso da bermuda vibrar.
- Alô...
- Amor! - falou animada - Bom dia!
- Bom dia !
- Olha, vou falar rapidinho que eu estou cheia de trabalho.
- Ok.
- Hoje tem reunião do Busted e do Mcfly, às três horas.
- Aí na empresa? - Tom perguntou.
- É, na sala do Antony.
- O que ele quer com a gente?
- Não me pergunte, porque eu não faço a mínima idéia do que seja... Não Juliet, a pasta azul... É... Eu coloquei os papéis nela...
- Ocupada?
- Te vejo aqui mais tarde? - deu um risinho.
- Até às três, beijo.
- Beijo - desligou.
- E aí dude! - Dougie se jogou ao lado de Danny.
- E aí... - Danny não olhou para o amigo, continuou olhando para a tv, que não parava em canal algum.
- Como você tá?
- Bem...
- Mal né? - Dougie falou rapidamente se virando para ele.
- Se o Tom te chamou pra você melhorar o meu astral pode esquecer...
- É, ele me chamou aqui pra isso...
- Porque isso não me surpreende? - Danny deu um suspiro.
- Ah, você sabe, quando o Thomas não sabe mais o que fazer ele chama os outros.
Danny deu um risinho junto com Dougie.
- Ele te deu esporro pelo telefone? - Danny falou entre os risinhos.
- Desligou na minha cara - Dougie riu - E ficou todo putinho porque eu fiquei batendo na porta.
- Eu gostei daquela primeira batida que você tava dando.
- Blink 182.
Os dois pararam de rir e o silêncio dominou o cômodo.
- Sabe Danny... - Dougie falou calmamente olhando para o chão - Não vai adiantar ficar assim por causa da ...
- Não fala no nome dela... - Danny desligou a tv.
- Dude! Eu sei que você ficou puto com ela, mas esfria a cabeça primeiro, ela também está mal.
- Essa é boa, ela está mal - Danny deu um riso sarcástico - A culpa de tudo isso ter acontecido é dela.
- Se você pensa assim ótimo, só acho que você tem uma banda, a nossa grande chance! - Dougie agora se virou para Danny - Não joga isso fora por causa de uma briga.
- Você tem razão... É melhor eu esquecer isso...
- Nossa, foi tão difícil pro Thomas falar isso pra você?
- Eu acho que ele estava estressado porque não dormiu na casa da - Danny deu uma gargalhada junto com Dougie.
- Tá a fim de bacon? Tô morrendo de fome... - Dougie falou animado.
- Bacon sempre cai bem.
Quando o relógio mostrou o horário marcado por Antony, a sala da reunião já estava cheia. De um lado da mesa, Danny, Tom, Dougie, Harry e James, do outro, Charlie, Matt, , e . Na cabeceira, Antony abria a maleta e retirava alguns papéis.
- Boa tarde pessoal - Ele falou com um sorriso no rosto - Hoje a reunião é de boas notícias.
Houve um ar de curiosidade e aprovação no ar.
- Conversei com um amigo meu, dono da empresa IAB, e bolamos um projeto. Vou ser direto - Ele continuou ao ver todos os rostos virados para ele com toda aquela ansiedade - Nesse projeto, nós temos bandas iniciantes que vão passar por vários estados da Inglaterra, como se fosse um grupo, um grupo de iniciantes tentando a sorte, a diferença é que vocês vão estar recebendo nosso patrocínio é claro. O objetivo disso é arrecadar dinheiro para a instituição que a MPM e a IAB ajudam, e ao mesmo tempo em que nós vamos ganhar, vocês também vão. A quantidade é de 5 músicas por banda, em cada show, sendo que no final, em Manchester e Wembley, cada banda vai ter seu show próprio, com direito a 2 horas de duração. Quando voltarmos, se vocês conseguirem conquistar um certo público, aí sim, nós iremos começar a produzir a banda, fazendo shows fora do país, trabalhando no próximo CD e etc.
Os garotos se olhavam sem acreditar.
- E tem mais - Antony continuou - Vocês não vão receber um cachê alto por isso, dependendo do dinheiro que nós arrecadarmos, decidiremos quanto vai ser o pagamento, mas em cada local vocês já têm hotel, e as passagens, por nossa conta. Ou seja, vocês só têm a ganhar, é pegar ou largar, e aí?
- Quanto tempo vai durar esse projeto? - Tom perguntou.
- Isso, na verdade Thomas, é um projeto para a empresa, mas para vocês, o nome que melhor cabe é uma turnê. Vai durar uns 2 meses.
Todos ficaram espantados. Os meninos vibraram com a notícia, mas as amigas presentes apenas trocaram uns olhares tristes.
- Eu tenho outra reunião agora, se vocês me dão licença, agora é com vocês - Antony saiu da sala, recebendo aplausos e gritos animados dos meninos.
Antony saiu da sala logo após ter dado a notícia para aos meninos do McFly e do Busted. saiu atrás do pai, parabenizou os garotos e seguiu para sua sala. Ficar ali em frente a Danny era doloroso demais, fazia com que ela recordasse tudo o que tinha acontecido no dia anterior. e só tiveram tempo de cumprimentar os meninos com um aceno de leve, pois ainda tinham muito trabalho a fazer.
- Bom gente, isso foi ótimo, mas agora a gente tem que trabalhar - falou levantando-se da cadeira que ocupava sem olhar para ninguém.
- É... - deu um beijo no rosto de Dougie e acompanhou a amiga até a porta, assim que os garotos voltaram a falar novamente.
- Ei! Festa na minha casa! - Charlie gritou pulando nas costas de Matt - Quinta-feira, todo mundo lá!
Os garotos soltavam vivas e falavam sem parar. Tom e Danny conversavam e riam ao mesmo tempo sem ligar muito para os outros.
e entraram no elevador em silêncio, que predominou por mais alguns segundos.
- Eu não acredito - levou as mãos à cabeça.
- Calma ... - falou com a voz triste.
- Logo agora? Uma turnê?
- A gente tem que entender né... É pelo bem da banda...
- O Tom vai ficar longe o que? Dois meses? - falou gesticulando exageradamente - A gente começou a namorar agora e já vai ter que se separar!
- É... Vai ser uma barra... - falou pensativa - Caraca!
- O que? - olhou-a desconfiada.
- Chocolate! A gente vai precisar comprar, olha...
- Hã? ... Do que você tá falando?
- Falta de sexo, chocolate, feniletilamina, que é responsável pela sensação de bem estar... - falou animada - E tal...
a olhou com os olhos arregalados e caiu na gargalhada junto com .
- Só você pra me fazer rir em uma hora dessas - disse saindo do elevador indo até sua sala.
- Dude! Nós vamos pra uma turnê! - Danny falou pela décima vez.
- Eu nem acredito! - Dougie passou as mãos uma contra a outra.
- Nem eu! Parece que nós estamos ficando famosos - Harry disse com um risinho - Mal posso esperar pra contar pra ...
- A gente vai ficar dois meses fora... - Tom falou pensativo - A vai ficar sozinha aqui...
- Cara, o que são dois meses? Vocês ainda vão ter muito tempo pra ficar juntos - Danny falou despreocupado.
- Você fala isso porque brigou com a - Tom disse um pouco irritado - Eu tô namorando!
- Se fodeu, pelo menos eu me dei bem, não estou preso a ninguém bando de zé mané - Danny deu um risinho.
- Mas bem que queria... - Harry cochichou para Dougie, que apenas riu.
voltou para sua sala em silêncio, estava sentada em sua cadeira analisando uma campanha publicitária, que não fazia o menor sentido para ela. Depois de ter visto Danny naquele dia, sua cabeça tinha virado de cabeça para baixo, suas pernas tremiam até aquele exato momento. Então ouviu alguém bater na porta de seu escritório.
- Entra - Ela falou sem tirar os olhos dos papéis.
- ? - Olivier colocou a cabeça para dentro da sala.
- Olivier! - o olhou surpresa.
- Er... Eu posso entrar? - Ele perguntou sem graça de ficar parado na porta.
- Claro! Desculpe, estava com a cabeça voando - apontou para a poltrona na frente da mesa.
- Merci...
- Então... Algum problema com a campanha? - Ela falou apressada - Olha, eu estou terminando de analisar, só faltam algumas anotações, mas amanhã sem falta eu entrego, pode ficar tranqüilo.
- Na verdade, eu não vim aqui por causa disso - Ele juntou as mãos nervoso e respirou fundo, assim como .
- Então eu não entendo o porquê da sua vinda aqui - queria se livrar de Olivier e logo, ficar na mesma sala com ele era estranho, depois deles terem se beijado e dela ter brigado com Danny, quer dizer, o homem que estava sentado em sua frente era o responsável por tudo.
- Nós dois sabemos que nós temos mais do que uma relação profissional. - Ele foi direto ao ponto, encarando-a decidido - Eu acho que já demonstrei que quero mais do que isso.
continuou calada encarando-o, vendo que não seria interrompido ele continuou:
- Eu sei que, naquele dia no café...
- Por favor, Olivier, eu não quero lembrar daquilo, acho que isso é passado, um passado que me causou muitos problemas - Ela falou amargurada.
- Não sabia que eu lhe causava isso - Olivier fitou o chão - Me desculpe ter feito você perder seu precioso tempo comigo - Ele foi se levantando, mas o impediu.
- Olivier! Eu não quis dizer isso - Ela falou apressada – Desculpa! Desculpa, por favor, você é muito gentil comigo, me trata bem, até demais, mas...
- A única coisa que eu peço é uma chance de mostrar como eu posso fazer você feliz - Ele a olhou esperançoso.
- Eu não sei Olivier, acho que não daria certo... - não sabia o que fazer, tudo estava fora de seu controle, não queria magoá-lo.
- Eu prometo, eu faço o que for preciso pra dar certo - Olivier estendeu a mão tocando a de , o toque era leve e fez com que ela estremecesse.
- Tudo bem - falou calmamente.
- Te pego em casa às sete horas, o resto é por minha conta - Olivier puxou a mão de dando um beijo e logo sem seguida se levantando - Você não vai se arrepender.
- Espero que não... - Ela falou com o rosto escondido nas mãos assim que ficou sozinha.
- Não Jonathan, o próximo show tem que ser em Oxford - falava pacientemente enquanto olhava para a vista de sua sala, ficando de costas para a porta - Isso nós já conversamos com o empresário da banda, a primeira cidade tem que ser essa...
A porta de sua sala se abriu, ela nem ouviu quando bateram, estava entretida demais na conversa, quando sentiu duas mãos tapando seus olhos. Ela abriu um sorriso de ponta a ponta, sabia quem era.
- Tudo bem Jonathan, mais tarde eu ligo pra você - desligou o telefone - Tom?
Não responderam. Ela colocou as mãos sobre as que seguravam seu rosto.
- Tom, pode soltar, eu sei que é você - Ela deu uma pequena gargalhada - Tom!
- Quase lá... James - O garoto soltou o rosto de que o olhou surpresa.
- James? - Ela se levantou da cadeira que ocupava cumprimentando-o - Desculpa, jurava que era o Tom.
- Decepcionada? – Ele perguntou passando a mão pela franja.
- Não, só não esperava... – ainda estava surpresa e não sabia o que dizer – Você...
- Bom, eu vim sem avisar, mas eu bati. Juro! – James levantou as mãos com um sorriso.
- É, deve ter batido mesmo, eu é que estou distraída, mas... Senta!
- Não, não. É rapidinho, não quero te atrapalhar...
- Atrapalhar? James você nunca atrapalha, tô precisando dar uma parada mesmo, senta – apontou para os sofás que ficavam no canto da sala, James sentou no maior e ela em uma poltrona ao seu lado – Então? Animado pra turnê?
James não respondeu, apenas escondeu o rosto com as mãos rindo, ficou olhando a cena sem entender.
- Desculpa... É que eu me lembrei do primeiro dia que vim aqui – Ele deu um sorriso bobo que fez corar – Você me fez a mesma pergunta.
- Ah, desculpa, da próxima vez eu bolo uma coisa melhor – deu um risinho colocando uma mecha atrás da orelha – Você me pegou de surpresa.
- Da próxima vez eu aviso então. Ligo marcando hora. Faz tempo que a gente não se vê – Ele lançou um olhar para – Quem sabe assim a gente não volta a se ver?
- Eu ando trabalhando muito, tô sem tempo pra respirar – deu um risinho nervoso.
- Bom, acho que eu vou te salvar então, que tal a festa na casa do Charlie nessa quinta-feira?
- Festa? – tinha que achar uma saída e rápido! James ainda não sabia de seu namoro.
- É, pra comemorar a turnê!
- Ah claro, a turnê... Vou ver James, talvez eu vá...
- Você anda muito difícil , da última vez que eu te vi você era mais legal comigo.
- Juro que vou pensar – Ela riu sem graça.
- Boa menina...
A porta do escritório levou duas batidas de leve e logo em seguida foi aberta. Um garoto de cabelos loiros entrou, ele usava um moletom com uma bermuda.
- ? – Tom olhou em sua direção a ela e logo em seguida seu olhar caiu sobre James – James?
- Tom! – se levantou na mesma hora, indo até o garoto. Ela o cumprimentou com dois beijinhos – O James acabou de me falar da festa na casa do Charlie, pelo visto todo mundo vai né? – queria ganhar tempo, não queria falar para James que estava namorando Tom. Não ali, nem naquela hora.
- É... – Tom falou sério seguido de um sorriso forçado.
- Bem, acho que já vou, já dei meu recado – James se levantou e foi em direção a abraçando-a pela cintura e logo sem seguida dando-lhe um beijo no rosto, cumprimentou Tom com abraço e saiu da sala – Vejo vocês lá na festa, até quinta.
- Visitinha no meio do expediente? – Tom perguntou sarcasticamente.
- Tom, nem começa – se aproximou do namorado que se afastou.
- O que ele tava fazendo aqui?
- Ele veio me convidar para a festa – encarou Tom, séria.
- E você falou o que?
- Desconversei, mas nós vamos pelo visto...
- Ou seja, ele tava dando em cima de você, você tem namorado agora, muita cara de pau do James...
- Ele... Não sabe...
- Como assim? Você deixou o cara ficar te cantando e não falou que tem namorado? – Tom passou a mão pelos cabelos, nervoso.
- Eu vou falar com ele na festa, não tinha clima pra falar agora...
- Você fica dando esperança pro cara... Devia ter falado logo ...
- Tom! Pára! – passou os braços pelo pescoço do namorado – Eu estou com você. James é passado, agora nós estamos namorando e eu não quero mais falar nisso tá bom?
- De quinta-feira não passa, não quero mais visitinha nem nada disso.
- Porque não? O James é meu amigo!
- Amigo? , o James é muito gente boa, mas ele não quer ser só seu amigo não...
- Olha Thomas – o encarou séria – Eu só acho que não tem motivo pra gente estar discutindo, principalmente porque você vai sair em turnê...
Eles se encararam por alguns momentos.
- Desculpa amor, desculpa – Tom a abraçou forte pela cintura enquanto dava vários selinhos seguidos.
- Tudo bem amor, eu também errei, devia ter falado logo com o James – o abraçou com força –Tom, eu tô com medo... De ficar longe de você...
- Esquece isso amor, agora, quero passar a maior parte do tempo com você, juntinho – Tom beijou o pescoço da garota que riu.
- Tudo bem, daqui a pouco eu saio – se afastou um pouco - Fica sentadinho ali no sofá enquanto eu termino meu trabalho.
- Tá bom – Tom deu um selinho em , que seguiu para sua mesa.
saiu de sua sala e encontrou com no corredor, ela estava parada em frente ao elevador.
- ! – Ela correu para os braços da amiga abraçando-a.
- Nossa tá com tanta saudade assim de mim?
- Ai cara o... – olhou para os lados procurando alguém que estivesse perto, então diminuiu a voz – Olivier...
- O que ele fez? – perguntou rapidamente.
- Ele me chamou pra sair – falou passando as mãos pelos cabelos.
- E você aceitou?
apenas acenou com a cabeça.
- , eu acho o seguinte, se você quer voltar a falar com o Danny, nem olha na cara do Olivier...
- Mas , ele... Ele é tão fofo comigo sabe? Se preocupa, fala o que sente, mostra interresse. O que o Danny falava? Ou fazia pra mostrar que gostava de mim?
- Então investe no francês , se o Danny não deu valor, o Olivier vai saber dar, dá uma chance pra ele...
- É, acho que vou fazer isso... A melhor forma de esquecer o que aconteceu nos últimos dias... – A porta do elevador se abriu, e entraram.
- Perfeito, vamos ver no que vai dar – falou com um risinho.
terminara de sair do banho quando ouviu seu telefone tocar no quarto. Ela correu até o cômodo e atendeu o celular animada, após ver no visor quem era.
- Harry!
- Oi ! Tudo bom? – Harry falou em meio a conversas animadas.
- Tudo e por aí parece estar melhor ainda – deu um riso, ao ouvir um grito no fundo – O que foi isso?
- Nada demais, o Danny... Cala a boca dude! – Harry falou impaciente – Desculpa, então, onde a gente estava?
- Você perguntou se tudo estava bem comigo e eu respondi que sim, aí o Danny começou a gritar...
- Ah é, bom por aqui está tudo ótimo, tenho ótimas notícias.
- Nossa! Tô curiosa, que notícias são essas?
- Ah segredo, prefiro te falar pessoalmente – Harry falou baixinho, mas pelo visto todos que estavam junto com ele ouviram gritando um “Ihhh” de fundo.
- Tudo bem – falava em meio a uma gargalhada – Tem algum plano?
- Que tal... Bom tá todo mundo aqui no meu carro, depois que eu deixar todo mundo em casa eu passo aí...
- Perfeito, fico te esperando então.
- Até daqui a pouco então, beijo – Harry falou calmamente.
- Beijo Harry – se despediu desligando o celular.
Ela se dirigiu até seu armário, tinha que escolher uma roupa logo e secar seu cabelo, que estava molhado.
- Sabia que você fica linda trabalhando? – Tom falou do sofá, enquanto encarava . Esta por sua vez parou de fitar o computador e deu um risinho para o namorado.
- Obrigada, mas a sua linda, não está conseguindo se concentrar com você me olhando assim.
- Não tô fazendo nada – Ele levantou as mãos se rendendo – Fiquei caladinho aqui, sentadinho, como você mandou.
- Tá bom tá bom, só mais cinco minutinhos, tenho que passar um e-mail – colocou uma mecha atrás da orelha voltando a olhar para o computador.
- Você trabalha demais – Tom a abraçou por trás falando perto de sua orelha – Que tal deixar esse e-mail pra amanhã?
- Não posso – colocou uma das mãos que estava sobre o teclado, no rosto do namorado, passando-a levemente e logo em seguida voltando a digitar.
- Por favor... – Tom deu um beijo no pescoço de que se arrepiou dos pés a cabeça.
- Thomas, pára, você tá jogando sujo, só mais cinco minutinhos – Ela virou o rosto encarando o dele, que ficou sério – Cinco, juro.
- Cinco, mas eu vou ficar aqui do seu lado – Ele disse dando um selinho nela.
Passados cinco minutos, se levantou de sua mesa pegando na mão de Tom.
- Pronto, terminei! – Ela o abraçou apertado – Tá vendo? Nem demorou tanto assim.
- Claro que não demorou, eu fiquei no seu pé o tempo todo, você só vive pra trabalhar, eu hein... – Tom falou com um risinho, deixando transparecer a covinha do lado esquerdo.
- É né, eu que vivo pro trabalho né Senhor Fletcher? Fui eu que fiquei, preso em um quarto de hotel quase uma semana e ah, fui eu que fiquei presa em casa por quase duas semanas, realmente, eu sou viciada em trabalhar...
- Tá bom, você venceu – Tom deu um selinho na namorada, que deu um risinho – Agora vamos, quero sair dessa empresa logo. Pra onde nós vamos?
- Não sei, tô cansada, pensei em ficar em casa, ver uns filmes, fazer alguma coisa pra gente comer...
- Pra mim tá ótimo... – Tom lançou-lhe um sorriso safado.
- Thomas! – deu um tapa no braço do namorado e logo em seguida uma risada.
e vestiram seus casacos e já saíam da empresa, quando o celular de tocou.
- Alô?
- ? É o Dougie.
- Oi Dougie! Desculpa ter saído da sala tão rápido, mas ainda tive que terminar uma campanha.
- No worries, você pode me recompensar isso... – Ele falou em um tom misterioso.
- Ah é? E como, posso saber? – deu um sorriso safado para que andava ao seu lado no estacionamento.
- Que tal, sair pra fazer qualquer coisa, cinema, jantar, você decide...
- Cinema e jantar – Ela falou calmamente, entrando no carro com .
- Você anda muito exigente, porquinha – Dougie deu um risinho – Te pego às sete.
- Tudo bem, vou ficar esperando, beijo – desligou o telefone, voltando a atenção para – É Dona , parece que nós duas sairemos pra jantar hoje.
- Ai , nem me lembra...
- ! Eu não te entendo, o Olivier é um gato, rico, gosta de você, demonstra isso, o que mais você quer?
- O Danny... – respondeu com a voz chorosa evitando olhar para .
- Amiga, você sabe o que faz, deixa a poeira baixar com o Danny, depois tenta falar com ele, enquanto isso, porque não brincar um pouquinho com o Olivier? – piscou para a amiga que riu.
- Você não presta .
- Te amo também, obrigada pela carona – deu um beijo na bochecha de e desceu do carro rapidamente, o clima estava frio, ela subiu as escadas e entrou no prédio.
Harry parou o carro em frente ao dormitório do campus, nenhum aluno se aventurou em ficar do lado de fora, agora que o tempo esfriara, todos preferiram ficar presos e quentes em seus próprios quartos. Ele caminhou calmamente até a entrada, tocou a campainha uma vez e logo a porta se abriu. Não havia ninguém nos corredores, a não ser alguns alunos que chegavam e saiam para outros quartos. Ele parou em frente a porta do quarto de e bateu três vezes, até que ela apareceu com um enorme sorriso.
- Harry! – Ela se adiantou abraçando-lhe pelo pescoço.
- Nossa, não faz nem um dia que a gente não se vê e você já está assim – Ele falou debochado.
- Convencido – deu um tapinha de leve nas costas do garoto – Eu posso ficar sem te ver sim tá?
- Ah é? – Ele levantou a sobrancelha encarando-a.
- Eu só não quero fazer isso – Ela aproximou seu rosto do dele, dando um selinho demorado e logo em seguida um abraço – Então? Qual é a grande novidade?
- Ah, quase me esqueci de contar – Harry afastou um pouco seus corpos, ainda segurando-a pela cintura, para que pudesse encará-la diretamente – Bom, hoje nós tivemos uma reunião, na MPM...
- Isso eu já sei Harry, fala logo, tô curiosa! – falou rapidamente, a cada momento se animava mais com a grande notícia.
- Nós vamos sair em turnê...
O sorriso que estampava no rosto, sumiu instantaneamente assim que ouviu o que Harry dissera.
- T-turnê? Mas... Agora? Vocês ainda nem lançaram CD! – Ela falou com os olhos arregalados.
- Pois é, essa turnê vai servir como teste. Se o público gostar, nós gravamos. Mas o melhor é que nós vamos ganhar muita grana com isso!
- Isso é realmente ótimo... – forçou um sorriso que insistia em não sair – Quanto tempo vocês vão ficar fora?
- Mais ou menos, dois meses... – Harry a encarou com medo da reação da garota.
- Dois meses... – Ela falou calmamente com o olhar vago – Dois meses é muito tempo Harry...
- Eu sei, eu sei, mas depois disso tudo volta ao normal. Você sabe como isso é importante pra mim. Decolar nessa carreira e tudo mais. Eu lutei por isso, assim como os outros meninos.
- É verdade – abaixou a cabeça – Eu estou sendo egoísta querendo você aqui, toda hora...
- Ei! – Harry segurou delicadamente o queixo de , voltando seu rosto para cima – Isso não quer dizer que eu vou deixar de te encher o saco sabia? Você não vai se livrar de mim tão fácil assim mocinha.
não respondeu nada, apenas deu um risinho baixo.
- Vou te ligar, quando der é claro, mas isso não impede que a gente aproveite o tempo que ainda nos resta antes da viagem, por isso, até a data da viagem eu sou todo seu.
- Todo meu? – o olhou, desconfiada – Olha lá hein...
- Se você quiser, a gente passa a noite inteira aqui, programando o que nós vamos fazer essa semana toda.
- Ótima idéia – Ela deu um pequeno selinho no garoto puxando-o para a cama.
- ... Você tem certeza? – Harry a olhou surpreso, quando os dois sentaram na cama.
- Hãm? Do que você tá falando? – Ela o olhou sem entender nada e logo em seguida a ficha caiu – Seu bobo, nós vamos fazer logo o planejamento do que vamos fazer.
- Tá bom tá bom – Ele falou sem graça, deitando na cama.
- Então, o que nós vamos fazer amanhã? – deitou de lado, com a cabeça encostada no peito de Harry, que por sua vez, abraçou-a pela cintura.
- Que t-tal... – Harry não continuou, parou em meio às gargalhadas que estava dando.
- Harry? O que foi?
- Nada não, só me lembrei de uma coisa...
- Fala o que é...
- Só pra conseguir deitar na sua cama, foi uma luta – Harry levou as mãos no rosto rindo.
- Pára! Eu não era tão ruim assim...
- Não era mesmo não, era pior do que isso – Ele deu mais um risinho dando-lhe um beijo na cabeça – Mas então, amanhã eu pensei em fazer o seguinte...
abriu a porta do apartamento, ao entrar viu que todas as luzes estavam acesas, pelo visto já estava em casa. Ela jogou o casaco no sofá e seguiu para o quarto da amiga, precisava pegar uma roupa limpa.
- Pára Tom! Assim não vale! – gargalhava com Tom jogado em cima dela, o garoto fazia cócegas mordendo seu pescoço.
- eu preciso... – abriu a porta com um estrondo, assustando os que já o ocupavam. Ela só conseguiu ver a cena: Tom, sem camisa, em cima de – Meu Deus! Desculpa! Eu não vi nada juro!
- me ajuda! – gritou rindo – Ele não quer me soltar.
- Oi ! – Tom falou se jogando para o lado de .
- E aí casal – deu um sorriso sem graça – Por um momento eu achei que vocês...
- Não, nós não estávamos fazendo nada demais – falou apressadamente.
- Palavra de escoteiro – Tom deu um risinho abraçando por trás.
- Verdade né... E mesmo que fosse, a cena estava muito estanha, quer dizer, selvagem demais para a fazer...
- ! – ficou escarlate enquanto Tom e riam juntos – Vocês dois são uns idiotas, podem sair do meu quarto já!
- Oun amor – Tom deu um beijo no pescoço de – É brincadeira.
- É , era brincadeira. – pegou um vestido do armário – Pronto, já peguei o que eu queria, agora os pombinhos podem voltar ao que estavam fazendo, seja lá o que fosse...
- l?
- Oi!
- Vai sair? – perguntou despreocupada.
- Vou, com o Dougie, ele vai chegar daqui a pouco pra me pegar.
- Ah tá, só pra saber – soltou um suspiro.
- Pode ficar tranqüila , não vou atrapalhar a noite de vocês e outra, acho que nem vou dormir em casa, por isso, aproveitem.
- Sai daqui ! – colocou um travesseiro no rosto, que estava vermelho de novo, enquanto Tom ria um pouco sem graça.
fechou a porta, deixando e Tom sozinhos.
- A só fala besteira – se virou, ficando deitada de frente para o garoto, que deu um pequeno sorriso deixando transparecer a covinha.
Logo após isso, os dois permaneceram em silêncio, se encarando por alguns minutos, sem dizer uma palavra.
- O que você tá fazendo? – perguntou quebrando o silêncio.
- Olhando pra você, tentando decorar seus traços – Tom deu um sorriso bobo ao ver que ficara com as bochechas ardendo após ouvir o que ele dissera.
- Nossa, eu, realmente, estou no meu melhor momento – Ela debochou – Cabelo preso em um rabo mal feito, sem maquiagem, com a cara inchada...
- Você tá linda desse jeito, a garota mais linda do mundo. – Tom aproximou o rosto do dela, dando um selinho – A minha namorada.
- Eu não quero ficar longe de você... – finalmente falou após alguns segundos em silêncio, passando uma das mãos pelo rosto do namorado.
- Nem eu, mas eu lutei tanto pra isso acontecer...
- Eu sei, só quero que você saiba que eu te dou todo o meu apoio, vou estar aqui, torcendo pra tudo dar certo, pra vocês ficarem famosos e logo em seguida eu ter que agüentar aquele monte de garotinhas dando em cima do meu namorado – Ela deu um sorriso meia boca, enfatizando “meu”.
- Pena que elas vão perder o tempo delas, porque eu tenho a mulher perfeita ao meu lado. – Tom aproximou o rosto do de selando seus lábios calmamente, o beijo se iniciou e terminou em meio a pequenas mordidas nos lábios e selinhos no canto da boca, eles voltaram a se encarar – Eu te amo .
- Eu também te amo Thomas Fletcher, você nem imagina o quanto – aproximou seu corpo ao de Tom, abraçando-o forte, enquanto ele passava as mãos pelos seus cabelos levemente.
- E na quarta a gente podia acordar cedo, andar em algum parque de bicicleta ou sei lá – Harry falava animadamente, enquanto passava a mão levemente sobre o seu braço.
- Ótima idéia. Adorei! nossos dias serão perfeitos – Ela deu um beijo no rosto dele – Quero bater muitas fotos.
- Depois eu quero revelar aquela nossa foto...
- Qual?
- Aquela, que nós tiramos antes de entrar no carro pra irmos embora do Glastonburry.
- Ah sei! Claro, eu vou revelar amanhã e te entrego sem falta.
- Legal, então agora que a gente já planejou metade da nossa semana, o que nós podemos fazer? – Harry perguntou olhando para o teto.
- Que tal, nós comermos alguma coisa? Tenho certeza que pelo menos um cachorro quente dá pra fazer...
- Tô morrendo de fome.
- Espero que goste desse restaurante que eu escolhi – Olivier falou puxando a cadeira para que sentasse.
- É ótimo Olivier, obrigada – permaneceu em silêncio enquanto ele se sentava – Eu costumo vir aqui com o meu pai. Na verdade, costumava, nós adorávamos as saladas.
- Sim, a saladas são muito boas, tem um doce francês que você deve experimentar – Ele falou animadamente.
- Claro, deve ser delicioso. – deu um pequeno sorriso olhando para o restaurante. Ele era extremamente elegante. Apenas a alta sociedade freqüentava o lugar. Os pratos eram pequenos e preparados por chefes de cozinha renomados. Enquanto analisava tudo aquilo a única coisa que passava em sua cabeça era que se ela estivesse com Danny, eles nunca estariam ali, iriam ao cinema, ou talvez a algum restaurante mais simples ou pizzaria, andar pelo parque, fazer coisas mais divertidas, sendo você mesmo, sem ter que manter a pose para aquele bando de riquinhos. Seus pensamentos voaram longe, quando ela sentiu um toque de leve em sua mão.
- Você está linda hoje – Olivier falou calmamente encarando-a.
- Obrigada – corou, era impossível não ficar assim, além de bonito, Olivier era muito agradável e educado, perfeito para uma mulher.
- Não só hoje, todos os dias – Ele levantou uma taça dando um gole – Sabe, eu andei falando com seu pai ultimamente...
, que dava um gole em sua bebida, engasgou um pouco e logo se recompôs.
- Com meu pai? Posso saber o assunto? – Ela deu um pequeno sorriso.
- Você...
- Eu? Por acaso vocês ficaram falando mal de mim é? – Ela brincou fazendo Olivier rir.
- Eu não teria motivo para falar mal de você – Ele passou levemente o dedo pela bochecha da garota – Na verdade eu estava falando para ele, sobre meu interesse por você.
- Ah... E o que ele falou?
- Ele me deu todo o apoio que eu precisava, me encorajou pra falar a verdade – Olivier encarou profundamente – Agora só resta que a filha dele dê o incentivo que eu preciso para levar isso a sério...
“Está na hora de esquecer o Danny e começar de novo...” Essa foi a última coisa que pensou antes de inclinar a cabeça em direção a Olivier, beijando-lhe delicadamente os lábios.
- Tá bom, pra onde nós vamos? – falou curiosa enquanto andava pela rua repleta de restaurantes com Dougie.
- Não sei, o que você está a fim de comer?
- Ah, alguma coisa leve...
- Ou seja, folha – Ele falou rindo enquanto continuava andando – Eu prefiro uma pizza com refrigerante.
- Dougie, pizza e refrigerante engordam, além de fazer mal pra nossa saúde, celulite vem do refrigerante e da gordura que sai daquele queijo da pizza.
- Pelo menos é gostoso!
- Você algum dia vai morrer de tanto comer besteira – deu língua para Dougie que fazia uma careta enquanto ela falava – Olha! Bem ali! Tem comida vegetariana!
- Ah não! Não e não, eu não vou comer folha !
- Qual o problema? – Ela levou as mãos na cintura encarando-o séria.
- Todo! Qual é, pagar pra comer folha! Eu vou comer pizza!
- Tudo bem Poynter, vai comer sua pizza gordurosa que no futuro vai te fazer morrer, enquanto eu como aqui mesmo.
- Ótimo! – Ele falou olhando-a ir em direção ao restaurante.
- Ótimo! – abriu a porta do restaurante.
- Ótimo!... ?!
- Oi... – Ela deu meia volta parando na porta do estabelecimento.
- Essa é a hora que você fala: “dá pra parar de me imitar?” E volta correndo pra cá... – Dougie deu um risinho sem graça colocando as duas mãos nos bolsos da bermuda.
- Oun, porquinho desculpa – andou apressada até onde Dougie estava abraçando-o pelo pescoço – Eu tenho que parar com essa mania de querer converter as pessoas.
- Ei! Você é boa nisso, quase me convenceu – Dougie deu uma piscada pra ela – Quer dizer, até me fez comer aquela folha, como era o nome daquilo?
- Alface Poynter, alface... – falou calmamente e logo em seguida deu-lhe um selinho – Agora, que tal, nós escolhermos um restaurante? Juntos!
- Ótima idéia porquinha – Dougie deu uma mordida no queixo de e a segurou pelo ombro, assim os dois caminharam calmamente pela rua, abraçados.
- , isso daqui é só cortar assim? – Harry perguntou cortando as primeiras rodelas do hot dog.
- É Harry... – Ela deu um risinho, seguido de um flash que saiu de sua câmera.
- Hey! Nada de tirar fotos enquanto eu estou cozinhando – Ele falou parando de cortar.
- Ah, você tava tão bonitinho concentrado aí, não resisti – Ela falou gargalhando batendo mais uma foto.
- Agora já chega – Harry correu na direção de , que pulou a cama, ficando do outro lado do quarto.
- Harry pára! – parou de frente para ele.
- Ahá te peguei! – Harry pulou por cima de e os dois caíram na cama. O garoto segurou seus braços para cima, ficando com o rosto bem próximo do dela.
- Me solta – Ela falava rindo.
- Então solta a câmera!
- Já, já, já soltei.
- Ótimo – Harry e se encararam, estavam ofegantes, sentiam a respiração um do outro, quente, bem perto de si. fechou os olhos a medida que adiantou seu rosto para o de Harry, seus lábios se tocaram delicadamente e suas línguas brincavam em sintonia, a medida que o beijo era intensificado. Ele soltou os braços de , que agora subiam sua blusa, ao mesmo tempo em que arranhavam as suas costas.
- H-harry – falou em meio a um beijo – A água no fogão, ela tá fervendo.
- O que que tem? – Harry parara de beijar a boca de indo em direção ao seu pescoço.
- Que eu tenho que desligar, é rapidinho, eu já volto...
- Você adora me deixar na vontade né? – Harry deixou o pescoço, voltando sua atenção para a garota.
- Claro, essa é a graça de tudo não? E sabe? Acho que eu vou revelar nossa foto agora.
- Ah não, vai demorar muito!
- É o tempo de você comer alguma coisa, saco vazio não para em pé – deu um selinho em Harry.
- Não pára mesmo. E hoje nós vamos querer ele cheio, pra ele ficar em pé mesmo – Harry falou gargalhando rolando para o lado da garota, que logo em seguida se levantou.
estava sentada no meio das pernas de Tom, ele a abraçava pela cintura, encostado na cama. O quarto estava escuro, era iluminado pela pequena quantidade de luz que saía da TV, localizada em frente à cama.
- Tom! Pára! Eu quero ver o filme! – falou rindo, enquanto o namorado beijava seu pescoço.
- , você já viu esse filme milhares de vezes! – Ele falou calmamente voltando a beijá-la logo em seguida.
- Mas é o meu preferido, você nem está prestando atenção!
- Claro que estou! – Ele apressou-se em falar.
- Não está não, você nem deve saber quem é Mr. Darcy!
- Sei sim, ele é... – Tom pensou um pouco – É aquele cara que chega na cidade, apaixonado pela garota, a menina principal.
- Nossa, Thomas, adiantou muito. Poxa, eu pedi pra gente assistir esse filme tantas vezes e só hoje, quando nós temos a chance você não está nem aí.
- , “Orgulho e Preconceito” não é um filme tão legal assim. Pra dizer a verdade, é chato.
- Pra sua informação eu já assisti milhares de vezes aquela porcaria que você chama de filme, “De volta para o futuro” é muito chato, quer dizer, um carro que ao mesmo tempo é uma máquina do tempo? Por favor... – Ela falou ofendida.
- Ei! Nunca fale mal desse filme! – Tom a agarrou por trás fazendo cócegas em sua barriga – E você parecia gostar tá?
- Claro, eu tinha que fingir pelo menos, mas nem isso você está fazendo... – cruzou os braços, irritada.
- ? – Tom esperou que ela respondesse, mas não aconteceu nada – ? Amor? Olha pra mim, por favor, vira pra cá.
virou-se para Tom, ele esticou as pernas e ela sentou sobre seus quadris, ainda emburrada.
- Pronto, satisfeito? – Ela disse fazendo bico.
- Muito, olha pra mim – Os dois se encararam, mas ainda estava com um ar irritado – Que tal nós prometermos o seguinte, eu não te obrigo a ver “De volta para o futuro” e você não me obriga a ver o Mr. Darcy.
- Feito – Ela deu um risinho.
- Agora, que nós fizemos essa promessa de não ver o filme, que tal, nós fazermos alguma coisa mais interessante?
- Tipo... Dormir... – falou jogando seu corpo para o lado de Tom, virando-se de costas para o garoto.
- Dormir? – Tom a abraçou por trás – Não, nada disso, na verdade você vai ficar bem acordada.
- Ah é? – se virou para Tom, que logo em seguida a calou com um beijo repleto de desejo e paixão.
- Dougie, olha! Um restaurante de comida australiana! – falou apontando para a grande casa de dois andares.
- Ah , melhor não...
- Porque não? - Ela levou as mãos à cintura batendo os pés no chão – Você não gosta?
- Na verdade, eu adoro, mas é que essa comida me deixa meio... Pra cima sabe?
- Pra cima? – o encarou sem entender.
- É, ela é meio afrodisíaca sei lá, esse tempero, só sei que...
Dougie não precisou terminar a frase, caiu na gargalhada, deixando-o escarlate.
- Eu já entendi seu ponto, Poynter, e é por isso mesmo que nós vamos aqui.
- Olha que você vai ter que me agüentar depois... – Dougie deu um risinho safado que foi retribuído por , antes dos dois entrarem no restaurante.
já rodeada de produtos químicos trabalhando no processo de revelação da foto dos dois e Harry terminava de comer o primeiro hot dog, quando o telefone tocou.
- ! – Harry gritou – O telefone tá tocando!
- Pode deixar tocar, vai cair na secretária eletrônica. – Ela respondeu segundos depois.
Harry continuou concentrado no que estava fazendo, ainda tinha mais um hot dog pronto em seu prato e dava a última mordida no primeiro, o telefone finalmente parou de tocar, quando a voz de na secretária eletrônica finalmente falou:
"Oi, aqui é a . Não estou podendo responder no momento então deixe seu recado após o bip que eu entro em contato assim que puder"
O sinal tocou e logo em seguida uma voz masculina começou a falar.
- Oi ! É o Vinícius, só estou te ligando pra avisar que bem... Eu estou de volta na cidade... Na cidade eu quero dizer Londres – O garoto do outro lado da linha deu um riso nervoso – E... Só queria te avisar isso. Preciso falar com você, a gente precisa se ver, tô morrendo de saudades... Muitas saudades...
O bip soou novamente e logo em seguida o telefone voltou a tocar, Harry ficou olhando para aparelho, não estava entendendo nada, afinal quem era Vinícius? Ele se aproximou do telefone, sentando-se na cama.
"Oi, aqui é a . Não estou podendo responder no momento então deixe seu recado após o bip que eu entro em contato assim que puder"
- Ah, oi, sou eu de novo, só pra te avisar, já que eu fui cortado pela sua secretária, terminei aquele curso na Holanda. É, eu estava na Holanda... Bem tirei várias fotos, sei que você era louca pra ir pra lá... Nossa, eu tô falando tudo isso em inglês, acho que já está sendo automático, desculpa, da próxima vez quando eu falar com você de novo, eu juro que falo português, me liga.
Harry ainda encarava o aparelho.
Enquanto isso, acabava seu processo e pendurava o filme para secagem
- Quem era? – perguntou despreocupada com um pequeno sorriso no rosto.
- Quem é Vinícius? – Harry a encarou sério, perdeu a cor por alguns segundos, olhando para o garoto sem entender, como ele sabia sobre Vinícius?
- Como assim?
Harry não respondeu nada. Apenas apertou o “play” para as duas últimas mensagens que a secretária tinha recebido, elas foram repetidas e à medida que Vinícius falava do outro lado da linha o rosto de se tornava mais pálido e seus olhos se enchiam de lágrimas, finalmente, quando a última frase foi dita, o bip soou de novo, instalando um clima silencioso no quarto.
- E então? – Harry a encarou sem entender nada.
- Harry... – tentava segurar as lágrimas que insistiam em cair, ela sentou-se ao lado do garoto e o abraçou com força logo em seguida deixando que as lágrimas caíssem de vez sobre seus ombros.
- Tá tudo bem... – Ele repetia passando as mãos sobre os cabelos de – Tudo bem...
- O Vinícius ele é...
- O cara que te machucou – Harry a encarou sério, completando a frase da garota que apenas concordou com a cabeça – O que ele fez?
- Ele... – limpou algumas lágrimas de seu rosto, recompondo-se – É melhor eu te contar desde o começo.
- Sou todo a ouvidos – Harry a abraçou pela cintura.
- Bem, nós namorávamos no Brasil e fazíamos o mesmo curso na faculdade, fotografia. O Vinícius decidiu viajar para a Inglaterra nas férias, nós perdemos o contato durante esse período e um mês depois ele me ligou, avisando que ficaria morando na Inglaterra, porque faria um curso de fotografia. Naquele dia ele terminou comigo, um namoro de quatro anos, pelo telefone, sem maiores explicações...
- Idiota – Harry falou baixinho.
- Quando eu terminei a faculdade, eu vim pra Inglaterra também, ganhei uma bolsa para estudar aqui no final do ano passado, quando eu cheguei, sempre o procurava, ligava, marcávamos de sair, mas ele nunca aparecia. Então eu cansei, não o procurei mais, até que ele apareceu aqui, falando que tinha se arrependido de tudo o que tinha feito e que queria voltar, eu era muito apaixonada por ele, muito mesmo – agora já não chorava mais, encarava Harry com firmeza, mas ainda assim com um pouco de tristeza de relembrar tudo aquilo, que tinha lutado tanto para esquecer – Nós voltamos a namorar, mas ele já não era mais o mesmo de antes, bebia muito, quase não aparecia aqui, só nos víamos nos finais de semana, foi quando eu decidi ir visitá-lo no campus, bem, não preciso mais dizer nada...
- O que? – Harry perguntou curioso – O que aconteceu?
- Ele me traía Harry! Cheguei ao quarto dele e lá estava, com umas duas garotas, eu vi tudo, mas foi um choque. Eu era apaixonada, cega, é duro ver a pessoa que você ama daquele jeito, te apunhalando pelas costas. Aquela pessoa com quem você passou pelos momentos difíceis e alegres, aquela com quem você teve todas as suas primeiras vezes, enfim, foi horrível... Ele me veio com mil desculpas, eu ainda era apaixonada por ele, por isso eu desculpei, ficamos juntos novamente, mas ele acabou sumindo de novo, pelo visto estava na Holanda, foi isso...
- Posso falar uma coisa? – Harry falou finalmente após um período de silêncio.
- Pode...
- Na verdade duas coisas.
- Tudo bem, duas então – deu um risinho encarando-o.
- Primeiro: esse cara é um idiota, babaca e imbecil que não te merece e que já provou isso mais de uma vez.
- E a segunda?
- Eu me orgulho muito de você, depois de tudo o que ele fez, agüentar com a cabeça em pé é difícil, você me surpreende a cada dia...
- Obrigada – deu um sorriso.
- Ah, eu tenho uma terceira coisa pra falar – Harry falou animado.
- O que é Judd?
- Esse cara é um filho da puta, porque só dificultou as coisas pra mim. Quer dizer, se ele não tivesse feito esse monte de merda, você não teria ficado traumatizada e logo, eu não teria sofrido tanto na sua mão.
o encarou e logo em seguida soltou uma gargalhada.
- Só você pra me fazer rir – colocou uma das mãos sobre o rosto de Harry puxando-o para perto do seu e logo em seguida selando seus lábios calmamente.
- ... – Harry parou o beijo devagar.
- Oi...
- Me responde uma coisa... Você ainda é apaixonada por ele? – Harry a encarou sério.
- Não. Na verdade, eu sou apaixonada por um garoto inglês, maravilhoso, talentoso e muito convencido que me agüentou na época que eu era uma megera.
- Era? – Harry deu um risinho logo após receber um tapa no ombro – Bom, eu conheço esse garoto. Gente boa ele, fiquei sabendo que ele é apaixonado por uma garota também... Brasileira, linda, chata e convencida. Não sei como ele a agüentou.
- Nem eu.
empurrou Harry de leve na cama, logo ela estava em cima dele, o casal se beijava lentamente, à medida que a garota puxava a camiseta de Harry para cima passando a mão de leve sobre sua barriga. Em seguida o garoto estava sem blusa, estava sentada sobre seus quadris e sem ajuda tirou a própria blusa, voltando a beijá-lo mais intensamente. Ela colocou as mãos sobre a bermuda de Harry que a ajudou a abri-la. Agora ele estava apenas de cueca. Harry parou de beijar a garota por alguns instantes, puxando sua saia, que logo fora arremessada para o outro lado do quarto.
- Eu nunca faria nada pra te magoar – Harry falava ofegante ao pé do ouvido de , agora que seus corpos estavam colados um contra o outro.
- Eu sei, eu confio em você – respondeu ainda mais ofegante, mordendo a orelha de Harry.
- Dougie! – deu um risinho em meio ao beijo sufocante que acontecia.
- O que? – Ele se fez de desentendido, enquanto passava as mãos por dentro da blusa da garota.
- A gente tá no elevador! E se alguém aparece?
- Ninguém vai aparecer essa hora da noite – Ele parou de beijá-la começando a morder levemente seu pescoço dando um chupão de leve.
não respondeu e nem falou mais nada, apenas fechou os olhos, sentindo Dougie tomar conta de seu corpo e de sua mente.
A porta do elevador se abriu, ela olhou assustada, mas o corredor estava escuro e não havia sinal de morador nenhum. Dougie continuou a beijá-la enquanto ela destrancava a porta apressada.
- Dougie, pára! – Ela finalmente se pronunciou agora que o garoto a pressionava contra a parede do corredor, impedindo que ela abrisse a porta.
- Eu te falei que não ia dar certo essa comida australiana – Ele deu um risinho próximo ao seu ouvido, sem soltá-la.
- Vai dar certo já já... – deu um risinho safado e logo em seguida um beijo no pescoço do garoto, que o arrepiou dos pés a cabeça – Dougie, a e o Tom estão aí!
- Abre logo essa porta – Ele falou apressado – Eles devem estar ocupados demais pra se importar com a gente.
mal empurrou a porta, Dougie já havia fechado a mesma com um dos pés, jogando seu corpo para perto da garota, que dava risinhos. Ele aproximou seu corpo do dela, passando uma das mãos pela coxa de , por baixo de sua saia, puxando a sua calcinha que logo estava no chão, em seguida ela prendera as duas pernas na cintura de Dougie que a apoiava com as mãos.
Os dois se beijavam sem intervalos, nem palavras, os beijos não variavam, eram cheios de vontade, intermináveis, em meio a mordidas e lambidas.
Ele já estava sentado no sofá, com sentada de frente para ele, em seu colo. Ela tirou a blusa que acabou caída no chão. O garoto já desabotoava a bermuda, ficou de joelhos no chão, esperando, para que ele pudesse tirá-la, assim que isso aconteceu, ela o encarou com um sorriso maroto, começou a dar pequenos selinhos em seu joelho e foi subindo, chegou na parte inferior da coxa, a única coisa que a impedia era a boxer do garoto, que parecia não agüentar mais. a pegou puxando para baixo com uma das mãos. Nos minutos seguintes, puderam ser ouvidos alguns gemidos baixos de Dougie, que tinha os olhos fechados e que mordia os lábios inferiores. Assim que terminou, ela voltou a sentar em seu colo, Dougie a beijou apaixonadamente, segurando sua nunca delicadamente, os gemidos voltaram a ser ouvidos, mas eram controlados e continuaram durante a noite que se seguiu.
Capítulo 23
abriu os olhos lentamente. Tudo o que viu foram borrões a sua frente. Conseguia sentir apenas os braços de Harry que a abraçavam com força e seus lábios que insistiam em tentar acordá-la com beijos seguidos ao longo de seu pescoço, causando-lhe arrepios e um pequeno sorriso no rosto.
- Acorda pequena - Harry falou perto de seu ouvido.
- Tô acordada - Ela respondeu com a voz sonolenta, segurando uma das mãos de Harry que a abraçavam.
- Vou comprar alguma coisa pra gente comer...
- Não não, fica aqui... - falou segurando-o com mais força.
- Tá bom tá bom eu fico.
Os dois permaneceram calados, ouvindo apenas suas respectivas respirações.
- É que eu queria fazer tudo certo...
- Ham? - perguntou calmamente - Do que você tá falando?
- Bem, eu queria ter acordado mais cedo, saído pra comprar alguma coisa, te deixar dormindo e preparar um café pra te trazer na cama, isso é uma coisa que o Tom faria com certeza...
- Harry, primeiro você não é o Tom - virou-se para ele, passando uma das mãos levemente sobre seu rosto - Segundo, essa noite foi perfeita demais, não precisa de mais nada, se melhorar estraga.
Harry deu um pequeno sorriso, inclinou a cabeça, selou seus lábios calmamente e logo em seguida voltou a fitá-la.
- Que tal nós fazermos o seguinte? - falou com um pequeno sorriso no rosto - A gente toma um banho quente...
- Dessa parte eu gostei... - Harry deu um sorriso safado.
- Bobo... Mas sim, nos trocamos e vamos tomar café em algum lugar?
- Você é um gênio, pequena... - Ele deu um risinho, beijando-lhe a ponta do nariz.
- Adoro quando você me chama assim - o encarou com um sorriso bobo.
- A partir de agora só vou te chamar assim então. Sabe no que mais eu estava pensando pequena? - Ele perguntou enfatizando o 'pequena' fazendo dar um risinho.
- Em que?
- Nós compramos o café da manhã e tomamos no parque...
- Como um piquenique?
- Isso! Como um piquenique! - Harry falou animado.
- Pelo visto eu não sou o único gênio por aqui... - deu um risinho aproximando seu corpo do de Harry abraçando-o.
- A gente se completa, pequena - Ele falou em tom brincalhão, dando-lhe um beijo na testa.
O esforço foi grande para conseguir abrir os olhos, mas quando conseguiu olhou para o lado. Tom estava em um sono profundo, esparramado na cama. Ela sorriu e levantou. Cambaleou um pouco até a porta e abriu, aparecendo no corredor com uma cara de sono maior que o mundo. Ao entrar na sala, viu deitada, mas ela não estava sozinha. Dougie dormia com o braço por cima da garota. tomou um susto, batendo na cadeira sem querer. levantou a cabeça e encarou a amiga. Afastou o braço de Dougie e se levantou também. Entraram na cozinha e fechou a porta com cuidado.
- ! Eu te disse pra não trazer o Dougie pra cá!
- Bom dia pra você também - abriu a geladeira e tirou o leite.
- Quero dizer, na minha sala? - falava indignada - Nem eu estreei ainda!
- Eu recomendo - disse durante um bocejo - É confortável.
- Cara de pau - As duas começaram a rir.
- E aí, o Tom te expulsou da cama?
- Não - arrumava uma bandeja - Eu que levantei cedo, vou aproveitar e fazer um café.
- Aê, eu quero o meu pão com geléia e queijo, por favor - virou o copo de leite.
- Claro - falou ironicamente - Quer o leite quente ou gelado?
- Quente.
- Espera sentada - terminou de arrumar o café da manhã e pegou outra bandeja - Faz um pro Dougie, .
- Boa idéia.
caminhou até o quarto e abriu a porta com dificuldade. Colocou o café na beira da cama e deitou ao lado do namorado.
- Bom dia - Ela sorria enquanto o acordava com vários selinhos.
- Só mais cinco minutinhos - Ele riu – Brincadeira. Já vou levantar.
Ao sentar na cama, Tom deu de cara com um café da manhã muito bem preparado.
- Amor, não precisava - Ele falou sorrindo. encarou-o séria - Tá bom... Precisava sim, estou faminto.
- Sabia - Os dois sentaram lado a lado e começaram a desfrutar do banquete.
- Eu gosto desse leite - Tom colocou o copo na mesa e olhou a namorada, que estava rindo - O que foi?
- Adorei o bigode - Ela segurou um guardanapo e limpou a superfície da boca de Thomas.
- Sempre esqueço de passar a língua - o olhava com cara de nojo e ele apenas ria, enquanto pegava uma uva - Abre a boca amor.
Em menos de vinte minutos, os pratinhos estavam limpos. não agüentava mais comer morango com chantili, mas Tom insistia em fazer aviãozinho toda hora. Satisfeitos, os dois deitaram novamente e apoiou a cabeça sobre o peito de Tom, que fazia carinho de leve em seu cabelo.
voltou para a sala e sentou-se no sofá, Dougie abriu os olhos lentamente e deu um sorriso ao vê-la.
- Bom dia, porquinha... - Ele se apoiou nos cotovelos para beijá-la.
- Bom dia! - deu um risinho - Tenho uma surpresa pra você...
- Sério? - Dougie a olhou curioso - O que?
- Tchan Tchan Tchaaaaaaan - falou com voz se suspense e logo em seguida apontou para a bandeja.
- Café da manhã? Na cama?
- Bom, não é minha especialidade, mas a tava arrumando junto comigo, então eu peguei uns toques dela.
- Você é demais, porquinha - Dougie se levantou dando um beijo estalado na bochecha de - Não acredito!
- O que? Eu esqueci alguma coisa?
- , você colocou sorvete e bolacha recheada aqui! - Dougie apontou espantado.
- É, eu fiz esse esforço por você, mas eu só te aviso uma coisa, isso é veneno! - Ela falou rindo enquanto pegava uma bolacha do prato, colocando na boca de Dougie.
- Huuum, bom demais, eu tava precisando mesmo comer, cansei ontem à noite... - Ele pegou mais uma bolacha, assim que terminou a última frase encarou que também o olhava com um sorriso safado.
- Ah é? Eu te cansei foi, Poynter? - falou perto da boca de Dougie com um risinho.
- Você sempre me cansa ... - Ele deu um risinho, mordendo a boca da garota e logo em seguida lhe dando um selinho.
- Acho que a gente precisa freqüentar mais os restaurantes australianos...
- É, mas nós temos que ficar longe da casa da . Da próxima vez nós vamos pra minha, vou preparar uma coisa muito especial pra você...
- Oun que lindo Dougie! - deu um gole no chá.
- Você merece - Ele deu uma piscada para a garota que sorriu.
- Bom dia! – Tom entrou na sala apenas com sua boxer preta, seguindo até a cozinha.
Dougie e ainda tomavam café, quando o viram passar.
- E aí dude! – Dougie deu um breve aceno com a cabeça.
- Vocês não têm vergonha na cara mesmo hein? – Tom falou com um risinho debochado sentando no braço do sofá.
- A culpa não foi minha – Dougie apressou-se em responder, levantando os braços.
- Dougie! – lhe deu um tapinha no braço do garoto, envergonhada – Foi minha por acaso?
- Eu te falei pra gente não ir ao restaurant... – Dougie não conseguiu terminar de falar pois tapou sua boca com uma das mãos, dando um sorriso amarelo para Tom que ria de toda a cena.
- E olha só quem fala! Thomas, o santo! – Ela lançou um olhar repressor sobre o garoto.
- O que eu fiz agora?
- Nada não, teve até café da manhã na cama, pelo visto a noite foi boa hein? – deu um risinho safado, ao ver que Tom ficara vermelho.
- Isso não é da sua conta dona – chegou à sala, abraçando Tom por trás e lançando um olhar furtivo à amiga.
- Ah, oi... – Dougie falou sem graça, cumprimentando a garota com um breve aceno.
- Bonito hein Dougie? Minha casa virou o que agora? – falou séria, tentando segurar o riso.
- Nada! Não precisa se preocupar, não vai se repetir. Quer dizer, nem aconteceu nada... – Ele respondeu evitando olhar nos olhos de .
não conseguiu segurar o riso, assim como os outros dois que estavam na sala preenchida de gargalhadas.
- Essa foi boa – Tom levou as mãos no rosto.
- Dougie, realmente, você não sabe mentir – riu.
- Definitivamente, você poderia ter dito qualquer coisa, menos que a gente não fez nada... – lhe deu um beijinho no rosto.
- Sorvete? – Ele falou apontando para a taça que estava sobre a mesa de centro, procurando mudar de assunto.
terminou de tomar banho, se enrolou em uma toalha e saiu para o quarto, onde Tom estava sentado na cama, passando os canais da TV. Ela ficou de costas para ele, enquanto procurava uma roupa para vestir e percebeu que todas as atenções do garoto se voltaram para ela. Assim que a televisão fora desligada e o aposento se tornou silencioso, ela virou o rosto para trás e viu que ele tinha um sorriso safado estampado no rosto.
- Pode parar Fletcher! Eu ainda tenho que trabalhar sabia? – Ela falou apressada, voltando a procurar uma roupa.
- Você deveria tirar uma folga do trabalho sabia? Pra passar mais tempo comigo.
- Thomas, eu não posso tirar uma folga agora... – virou-se para ele mostrando duas blusas no cabide, ambas eram roxas, mas uma tinha mangas bufantes e uma gola alta, enquanto a outra era pólo.
- A roxa...
- Engraçadinho... – deu língua para o namorado que sorriu – Escolhe uma...
- A da direita... Essa com a manga estranha...
voltou a entrar no banheiro que tinha a porta aberta. Enquanto se trocava, Tom a olhava dos pés a cabeça, até que ela voltou para o quarto, apenas com a blusa e uma calcinha branca.
- Senta aqui... – Tom a chamou para que sentasse em seu colo.
- Amor, eu vou me atrasar... – reclamava enquanto sentava em seu colo, abraçando-o pelo pescoço.
- Cinco minutinhos... Nada demais – Ele disse dando um beijo de leve em sua boca.
- É sério, você vai enjoar de mim desse jeito – Ela deu um risinho, mordendo o lábio inferior de Tom.
- Impossível...
- Não é não, pra falar a verdade é muito fácil, daqui a algum tempo você não vai mais agüentar olhar na minha cara, Thomas.
- É mais fácil você enjoar de mim do que eu de você – Ele deu um beijo no rosto da garota - Eu te levo no trabalho hoje e te busco também, você vai pra minha casa hoje.
- Huum, interessante... Macarrão com queijo?
- Claro, a especialidade do chefe.
- ! Já tá pronta? – entrou no quarto com um estrondo – Epa! Foi mal!
- Pode ir ! O Tom vai me levar! – respondeu rindo junto com Tom, após ouvir a porta se fechar.
- Cadê os dois? – Dougie estava esperando na porta.
- Vão depois... Acho que vão se atrasar um pouco... – Ela falou atravessando a porta e chamando o elevador.
- Porque você diz isso? – Dougie perguntou curioso.
- Sei lá, eles estavam se comendo lá dentro – Ela respondeu rindo entrando no elevador, acompanhada por Dougie.
- Sabe... Eu tava pensando em... – Dougie falava enquanto virava a esquina.
- Em que?
- Ah, sei lá, aproveitar esses últimos dias sabe? Quer dizer, segunda eu viajo...
- É verdade... Nós podíamos... – fez uma cara pensativa.
- Sair!
- Nossa Dougie, que idéia brilhante... – Ela falou debochada.
Dougie parou o carro em frente à MPM, os dois se encararam com um sorriso.
- Eu só acho que, não importa pra onde a gente for, contanto que nós estejamos juntos, pra mim está ótimo, porquinha... – Ele deu um sorrisinho sem-graça e percebeu que ficara um pouco vermelho logo em seguida.
- Por mim também. Então me pega aqui depois do trabalho e a gente pensa em alguma coisa... – Ela se inclinou segurando-o pela nuca – Pode ser?
- Claro, quatro horas eu te espero aqui – Ele disse perto de sua boca, aproximando-as mais e mais, até que se tocaram, em um beijo calmo e apaixonado.
- Até mais – Ela disse já fora do carro, jogando um beijo no ar.
- Bom trabalho, porquinha – Ele deu um breve aceno assim que a viu entrando no prédio.
- Então , o que acha de nós almoçarmos juntos? – Olivier perguntou apoiando as mãos sobre as de .
- Acho uma ótima idéia – Ela deu um risinho, inclinando-se em sua direção, dando um selinho no rapaz.
- Mal posso esperar – Olivier deu um sorriso vitorioso, colocando uma das mãos na nuca de , puxando-a para continuar o beijo que ela havia iniciado. Ele aproximou os lábios, tocando-os de leve. Ela abriu a boca, para que suas línguas pudessem se tocar.
- Eu acho melhor nós voltarmos ao trabalho – Ela falou entre o beijo dando um pequeno selinho para finalizar.
- Tem razão, não é sensato ficar fazendo isso aqui – Olivier pousou os olhos no rosto de , que dava um pequeno sorriso.
- Nos vemos mais tarde?
- Com certeza. – Olivier tirou a mão que segurava a nuca da garota e se levantou, seguindo até a porta.
ficou encarando a entrada de sua sala por alguns segundos. Era incrível, mesmo com Olivier e todo o seu romance francês, ela ainda sonhava que a qualquer momento, um garoto de cabelos bagunçados e sorriso radiante entraria por aquela porta, gritando pelo seu nome e que logo em seguida lhe faria juras de amor.
- Você não precisa trabalhar? – Harry falou levantando uma sobrancelha.
- Na verdade preciso – deu um risinho, colocando um biscoito na boca do garoto – Mas hoje não tinha nenhuma sessão nem nada do tipo.
- Ah bom, pensei que você tinha deixado de ir pro trabalho por minha causa – Ele falou com a boca cheia.
- Bem que eu queria fazer isso de vez em quando...
e Harry estavam tomando café da manhã, sentados sobre uma toalha branca, que fora estendida embaixo de uma grande árvore próxima a eles. Crianças brincavam, outras pessoas jogavam futebol, outras liam, algumas faziam a mesma coisa que eles: um piquenique.
- Posso te perguntar uma coisa? – Harry falou fitando o gramado.
- Claro...
- Você vai ligar pra ele?
permaneceu calada, assim como Harry ela fitava o gramado, que refletia a luz do sol que batia.
- Eu não vou te julgar se você falar que vai... – Ele completou.
- Não...
- Por que não?
- Ele não merece que eu responda, já sofri demais por conta disso... – Ela respondeu em tom triste.
- Tô orgulhoso de você – Harry lançou um pequeno sorriso para a garota, dando um beijo estalado em sua mão logo sem seguida.
Após terminarem de comer, Harry estava deitado apoiando seu corpo com os cotovelos, que estava ao seu lado fazia o mesmo. Eles se encaravam com um pequeno sorriso no rosto. Ambos sabiam o que o outro pensava. Tudo se resumia à noite passada, a primeira vez dos dois juntos, uma coisa que eles ansiavam mais do que tudo e que agora finalmente tinha sido concretizada.
- O que foi? – Ela perguntou a fim de quebrar o silêncio.
- Nada, só estava lembrando...
- Ah... – ficou vermelha assim que ouviu a resposta, Harry deu um risinho.
- Foi bom, muito bom... Especial!
- Eu também achei isso... Harry...
- O que?
- Obrigada.
- Pelo que? – Ele levantou mais uma vez apenas uma de suas sobrancelhas.
- Já estava na hora de esquecer esses traumas do passado...
- Concordo com você... – Harry a analisou durante a frase.
- E bem, você me ajudou... Quer dizer, me agüentou, conversou comigo... Eu nunca esperei que você fosse capaz disso – deu um pequeno riso - Não achei que aquelas cantadas no começo fossem dar nisso...
- Nem eu, sabe... Mas com o passar do tempo você se tornou importante pra mim – Ele a olhou com um pequeno sorriso, aproximando seus rostos – Mais do que eu esperava até...
- Acredite, não estava nos meus planos me apaixonar por você... – finalizou a frase, ao sentir o toque de seus lábios, que se uniram calmamente, mas ao mesmo tempo com paixão.
- Nem nos meus... – Harry falou entre o beijo, que acontecia em meio ao parque naquela manhã.
terminava de acertar as cores para a nova propaganda com sua equipe, quando sua secretária entrou na sala, aproximando-se.
- Senhorita , seu pai, pediu para vê-la.
- Meu pai? – encarou a secretária com desconfiança – Algum problema?
- Não, não. Ele apenas deixou um recado. Eu avisei que a senhorita estava em reunião.
- Tudo bem, eu já terminei aqui – Ela encarou o resto da equipe que continuava a discutir – Tudo está acertado, as cores serão verde e azul para a mensagem final, liberados.
Todas as pessoas que ocupavam a sala de saíram, junto com sua secretária que abriu a porta.
deu três leves batidas na porta do escritório de Antony e abriu a porta logo em seguida, colocando apenas a cabeça para dentro.
- Pai?
- Olá querida – Ele deu um breve sorriso segurando a boca do telefone – Sente-se vou terminar só mais esse telefonema.
- Tudo bem – sentou-se de frente para a enorme mesa do pai, que falava freneticamente no telefone.
- Tudo bem, tudo bem, amanhã ligue para Jonathan Foster, ele irá resolver esse problema jurídico, até mais.
Antony desligou o telefone e logo em seguida lançou um sorriso de ponta a ponta para , que o encarava sem entender nada. Ele se levantou, sentando-se de frente para ela, na cadeira ao seu lado.
- Então pai... O senhor me chamou aqui para...
- Minha filha, porque você não me falou antes?
- Do que você está falando? – Ela perguntou apressada.
- Sobre Olivier, desde quando vocês estão juntos?
- Ah... Pai na verdade... Nós estamos saindo, não tem nada demais...
- Pelo que o Olivier me falou você o fisgou de jeito, o rapaz está louquinho por você – Antony deu uma gargalhada logo em seguida.
- Pai!
- Minha filha, só quero que você fique sabendo, eu apoio totalmente esse romance! – Antony segurou uma das mãos da filha apertando-as.
- Pai! Não há romance nenhum, nós estamos nos conhecendo... Quem sabe mais pra frente aconteça alguma coisa mais séria.
- E eu espero que aconteça querida. A família do Olivier é muito tradicional, você já pensou se juntar o seu patrimônio com o dele, no que não traria para ambas as famílias?
- Pai, eu acho que o senhor está... Se adiantando demais... – falou nervosa. Casar com Olivier? Era isso que seu pai estava sugerindo?
- Minha filha, no mundo dos negócios você tem que pensar sempre à frente, aprenda isso. Pense no futuro brilhante que você pode ter ao lado desse rapaz.
- Eu sei, o Olivier é maravilhoso, mas eu não quero me adiantar, quero que tudo aconteça naturalmente, sem pressões nem nada do tipo.
- Trate-o bem, cuide para que ele fique ainda mais apaixonado – Antony deu mais uma de suas famosas gargalhadas, soltando a mão da filha.
- Eu... Acho melhor eu descer... Tenho muito trabalho sabe? – se levantou atordoada seguindo rapidamente até a porta.
- Tudo bem querida, apareça mais vezes aqui, para fazer uma visita para o seu velho pai.
- Pode deixar – abriu a porta e saiu da sala, ela seguiu até o elevador, não sabia no que pensar, mas a conversa com seu pai ainda ecoava pela sua mente continuamente.
- Então... Já que nós passamos a manhã inteira aqui no parque... - tirou os óculos de sol - Que tal nós almoçarmos?
- Ótima idéia, eu estou faminto - Harry, que tinha a cabeça deitada no colo da garota colocou uma das mãos na direção do sol para impedir que a luz do mesmo batesse em seus olhos.
- Você sempre está com fome - enfatizou "sempre".
- Claro, pra sua informação além de tocar bateria, eu sou um atleta!
- Atleta? Desde quando Judd?
- Desde sempre, eu jogo futebol e corro.
- Sério? Nossa eu sempre quis aprender a correr longas distâncias sabe? - encarou o parque repleto de crianças e o grande gramado verde iluminado pelo sol.
- A gente podia treinar todos os dias de manhã - Harry a encarou com um sorriso amigável.
- Ótima idéia.
- Mas agora vamos - Harry se levantou subitamente estendendo as mãos para que a garota fizesse o mesmo - Porque todo atleta precisa se alimentar bem para agüentar os exercícios.
- Claro - estendeu as duas mãos para que Harry pudesse puxá-la. O garoto fez isso, os dois pararam frente a frente.
- Porque você sabe né... Saco vazio...
- Não para em pé - completou a frase de Harry, que a abraçara pela cintura.
O horário combinado com Olivier tinha chegado. saiu do escritório alguns minutos atrasada e seguiu em direção ao restaurante. Ela estacionou o carro, deu uma última olhada no espelho e desceu.
Olivier a esperava dentro do restaurante para o almoço. O local era bastante refinado, a maioria das pessoas que estavam ali eram grandes empresários, a elite londrina. As paredes pintadas em cores pastéis tinham um efeito relaxante em qualquer indivíduo que entrasse ali, uma música clássica tocava ao fundo em perfeita harmonia ressaltando a sofisticação que o ambiente proporcionava.
Com toda a sua classe, atravessou a porta e caminhou em direção a mesa em que Olivier se encontrava. Enquanto andava, pensava na conversa que tivera com seu pai, na briga com Danny e em Olivier. Distraída ela deu um pequeno sorriso em direção a Olivier que acenava da mesa quando foi surpreendida pelo garçom que assim como a garota estava distraído. Um estrondo pode ser ouvido em todo o restaurante, o perfeito equilíbrio da música suave fora abalado pelo barulho do vidro quebrado no chão.
- Desculpa, desculpa! - O garçom apressou-se em falar. Olivier correu até a garota, mas esta já havia se levantado com a ajuda do garçom.
- Tudo bem, eu estava distraída - Ela sorriu sem jeito passando a mão pelos cabelos.
- Desculpa - Ele repetiu tentando recolher os cacos do chão.
- você está bem? - Olivier perguntou pousando uma das mãos sobre o ombro da garota.
- Olá Olivier - Ela sorriu ainda atordoada - Claro... Estou ótima...
- Peço desculpas novamente - O garçom repetiu.
- Eu é que peço - deu um suspiro.
- Eu vou lhe servir hoje - O garçom que agora tinha os cacos sobre a bandeja guiou até a mesa - E você acaba de ganhar um suco por conta da casa, certo?
- Não precisa - Ela sorriu sem graça enquanto Olivier puxava uma cadeira.
- Precisa sim - O rapaz sorriu - Qualquer coisa é só me chamar: Vinícius.
- - Ela aceitou o suco.
planejava sair da empresa bem antes de . Às quatro horas ela já tinha se arrumado e só esperava o ponteiro bater.
O bolso da calça que usava vibrou e logo o visor indicou quem telefonava, era Dougie.
- Oi Dougie!
- Porquinha, eu já estou aqui fora - Ele falou calmamente.
- Ok Dougie, já estou descendo.
- Oi Porquinho! - entrou no carro, dando um beijo estalado no garoto.
- E aí! - Dougie deu um sorriso acelerando o carro.
- Então quais são os nossos planos?
- O Harry acabou de me ligar, parece que a estava com ele - Dougie virou a esquina - Eu chamei os dois pra irem lá pra casa.
- Legal - sorriu - A gente pode pedir comida.
- Você não ficou chateada?
- Porque eu ficaria? - o encarou, desconfiada.
- Sei lá, vai ver você queria que nós ficássemos sozinhos...
- Que nada Dougie - sorriu - Claro que é ótimo ficar só com você, mas o Harry e a são divertidos.
Dougie que antes permanecera sério agora gargalhava, ao perceber, o encarou sem entender.
- Lá vem merda – Ela deu um risinho – Fala logo Dougie.
- Não vai precisar pedir comida não...
- Ham?
- É porque eu e o Harry já vamos ter o que comer - Dougie caiu na gargalhada e segundos depois fez o mesmo.
- Dougie! - bateu no ombro do garoto - Não vai se gabando não tá?
- E porque não?
- Porque se você for pensar bem quem come... Somos eu e a - lançou um sorriso maroto para o garoto que foi ficando vermelho à medida que ria.
- Então onde nós estávamos? - Dougie tentou mudar de assunto - Ah sim! O Harry e a são divertidos...
- Ótima saída - deu um beijo no rosto do garoto.
Harry e chegaram ao prédio de Dougie um pouco mais cedo do que o previsto. O porteiro que já conhecia o garoto deixou que os dois subissem, pois o clima tinha esfriado e eles não pretendiam ficar do lado de fora passando frio.
- Eu não acredito que o Dougie ainda não chegou - Harry reclamou tentando empurrar a porta do apartamento.
- Sabe Harry, arrombar a porta não vai adiantar nada - falou sarcasticamente sentando de costas para a parede.
- Ok - O garoto sentou-se ao lado de fazendo carinho em sua mão - Vamos esperar então.
- Então quando nós chegamos na lanchonete o cara que... – Dougie parou de falar assim que o elevador se abriu – Dude! O que você ta fazendo aqui?
- Te esperando! Porra Dougie, você demorou demais – Harry reclamou levantando do chão.
- Eu falei que ainda ia pegar a – Dougie falou enquanto cumprimentava o amigo.
- Minha bunda está quadrada – deu um risinho abraçando .
- Ai gente desculpa – falou.
- O Harry que é o Senhor Apressadinho – Dougie falou enquanto procurava as chaves do apartamento no bolso da bermuda.
- Sim, eu achei que você já estava vindo – Harry rolou os olhos.
- Abre logo essa porta Dougie! O jogo já vai começar!
- Jogo? – Dougie perguntou espantado.
- Que jogo? – completou.
- AH NÃO! – e Dougie falaram juntos assim que viram e Harry ligarem a TV.
- O que? – tinha os olhos atentos a TV.
- Ufa! Não começou ainda – Harry deu um suspiro aliviado.
- O que é isso?
- Futebol Poynter... Futebol – Harry respondeu sarcasticamente.
- Sabe, tem uma bola, traves, jogadores que tentam marcar um gol... – deu um riso.
- Tudo menos futebol! – Dougie implorou – Fala sério.
- Eu não quero ver futebol! – reclamou.
- Shhhhi! – colocou o dedo indicador na frente da boca – O jogo vai começar!
- GO ARSENAL! GO! – Harry gritou junto com .
- Fala sério! Eu não acredito nisso! – rolou os olhos – Eu não quero ver isso...
- Tá vendo aquele jogador ? Ele é o melhor! - Harry abraçou a garota pelos ombros apontando para a TV.
- AAAAAH! - deu um grito agudo assustando a todos - É O FABREGAS! É O FABREGAS! LIIINDO!
- Ninguém merece - Dougie levou as mãos ao rosto.
O segundo tempo do jogo já tinha começado há alguns minutos e a partida se encontrava empatada.
- Gente, vamos desligar isso. Ninguém fez gol até agora! - falou tentando chamar a atenção de Harry e que olhavam para a televisão sem piscar.
- É, o jogo tá uma merda... - Dougie completou.
- FOI FALTA! - e Harry gritaram juntos.
- Ele tá atuando - Dougie apontou pra televisão chateado.
- Quanto tempo falta pra acabar hein? - perguntou mal humorada.
- Dá pra ver, ele levou um carrinho cara! – Harry reclamou.
- Né? Juiz ladrão, achei que isso acontecesse só no Brasil olha! – completou.
O jogador que estava jogado no chão foi retirado e o jogo voltou a acontecer.
- Vai ser gol... vai ser gol... - Harry e pularam do sofá mais uma vez quando a bola entrou novamente - GOOOOOOOOOLLL!!
- AAAHHH FOI PRA MIM! FOI O FÁBREGAS QUE FEZ! AAH!! - pulava junto com o amigo, enquanto Dougie e trocavam olhares de 'que patético'.
- Um a zero! - Harry abraçou - Vamos ganhar pequena!
- Que legal - Ela ironizou.
- Pequena você deveria estar feliz! - Harry falou animado.
- Hoje é dia de festa - sentou no colo de Dougie.
- Pra vocês - saiu em direção à cozinha, após empurrar Harry, que sem perceber voltou a sentar no sofá.
- É verdade - Dougie seguiu .
Dougie e seguiram para a cozinha. A garota sentou em uma cadeira enquanto Dougie procurava alguma coisa na geladeira.
- Tá com fome? - Ele perguntou.
- Claro, tem alguma coisa melhor pra fazer? - Ela respondeu sem animação.
- Ok... Vamos ver... - Dougie analisou a geladeira – Pizza, mas não tem queijo... Sorvete? Não, não tem... Dá pra fazer hambúrguer, mas não tem pão... E...
- Dougie! - o interrompeu com um sorriso amigável - Eu adoraria um copo d'água.
- Ah... - Dougie coçou a cabeça, sem graça - Água eu tenho aqui...
- Obrigada - disse assim que o garoto lhe entregara um copo d'água.
- Desculpa não ter comprado nada, é que com essa turnê semana que vem eu não fiz supermercado.
- Ah é... Vocês vão entrar em turnê - deu um sorrisinho nervoso - Eu nem me lembrava mais disso...
- Eu não paro de pensar nisso...
permaneceu calada por alguns segundos, pensando... Os meninos sairiam em turnê, Harry iria embora, a deixaria sozinha.
- ? - Dougie acordou a garota do transe.
A garota que antes tinha o olhar fixo no chão encarou Dougie.
- Desculpa, eu não deveria ter falado sobre isso...
- Não, não sem problemas - deu um sorriso - Eu estou morrendo de dor de cabeça... De tantos gritos.
- Se você quiser pode ir pro meu quarto, deitar um pouco - Dougie falou.
- Eu acho que vou aceitar.
- Final do corredor, porta a direita, pode deitar lá.
e Harry, que permaneceram na sala continuaram a assistir ao jogo até que este chegou ao seu final.
- Muito bom muito bom. - levantou do sofá batendo palmas.
- O Arsenal jogou muito! - Harry também batia palmas.
- Mas vamos combinar né Harry? O Fabregas foi o que jogou melhor! - falou em tom sonhador.
- Ele jogou muito, aquele outro também, o Gilber...
- Gilberto Silva - completou - Brasileiro, tinha que ser!
Enquanto eles comentavam sobre o jogo, Dougie voltou para a sala.
- Dougie! - caminhou em direção ao garoto abraçando-o - Nós ganhamos.
- Que ótimo - Ele falou sarcasticamente.
- Nossa, Porquinho, quanta animação... - que ainda o abraçava encarou-o.
- Claro , não foi você que passou duas horas vendo uma porcaria de jogo e ainda por cima ouvindo gritos - Dougie rolou os olhos.
Ao perceber que o clima ficara pesado, Harry tratou de cortar o assunto.
- Então, cadê a ? - O garoto deu seu melhor sorriso.
- No meu quarto - Dougie o encarou mal humorado.
- No seu quarto? Fazendo o que?! - Harry perguntou.
- Estava com dor de cabeça por causa da gritaria de vocês.
- Vou lá ver... - Harry se desviou do casal seguindo pelo corredor.
- E olha que ela não está com um humor melhor que o meu... - Dougie avisou antes que Harry saísse da sala.
Dougie saiu de perto de , deitando no sofá.
- Dougie... - sentou-se na beirada do sofá.
- Ham... - Ele falou sem prestar muita atenção, pegando o celular.
- Pra quem você vai ligar?
- Vou pedir comida, - Ele respondeu passando os números da lista - Sabe, eu não comi nada desde que eu cheguei.
- Porque você não me falou que estava com fome?
- Porque você estava vendo o jogo - Dougie rolou os olhos - Não quis atrapalhar o seu momento gritando pelo Fabregas ou seja lá que jogador...
deitou ao lado de Dougie abraçando-o, mas o garoto não retribuiu ainda encarando o telefone celular.
- Dougie... Me abraça - pediu com a voz fraca.
- Porra , eu não sei se você percebeu, mas eu estou chateado! - Dougie falou apressadamente.
- Poxa Dougie o jogo era importante, uma semifinal!
- Esse não é o ponto !
- Qual é o ponto então Dougie?
- Acontece que eu vou embora na semana que vem, custava você ter ficado comigo?
- Eu estava aqui com você, sentada no mesmo sofá, vendo a mesma TV, do seu lado!
- Não estava nem prestando atenção em mim! - Dougie reclamou.
- Você queria ficar comigo, não é minha culpa se você não sabe aproveitar!
- , acontece que você só queria saber do jogo, nem olhou pra mim a tarde toda!
- Claro que olhei!
- "Fabregas é lindo" "Gooool" "Isso foi falta" - Dougie imitou a garota - Isso pra você é estar junto de alguém? E outra, você sabe que eu não suporto futebol!
- Mas você sabe que eu gosto!
- Ah, esquece , não dá pra conversar com você... - Dougie virou a cara, voltando a atenção para o celular.
- Desculpa Porquinho! Desculpa! - pediu baixinho enquanto dava beijinhos no rosto do garoto.
Dougie não respondeu apenas continuou calado.
- Por favor, Dougie - falou no ouvido do garoto - Da próxima vez eu não venho ver jogo aqui, só que pensa bem... Não vale a pena nós ficarmos brigando por causa disso... Você vai embora semana que vem... Desculpa.
Dougie encarou a garota por alguns segundos, não resistiu aqueles olhos esperançosos, deu um risinho selando sua boca com a da garota em um beijo calmo.
- Desculpa?
- Desculpo Porquinha - Dougie deu um riso entre o beijo que acontecia abraçando a garota.
O relógio já tinha batido oito horas há cerca de trinta minutos. Todos os funcionários haviam deixado suas respectivas salas. A empresa havia ficado vazia. não tinha planejado ficar até aquele horário na empresa, mas uma reunião de última hora atrasara seus horários. Ela terminava de colocar alguns papéis dentro de sua maleta quando ouviu batidas na porta da sala.
- Pode entrar - Ela falou sem tirar os olhos da maleta.
A porta foi aberta, mas a garota continuou a encarar alguns relatórios, quando foi surpreendida por um buquê de violetas a sua frente.
- Pra você - Tom falou em seu ouvido assim que a abraçou por trás.
- Tom! Elas são lindas! - deu um sorriso de ponta a ponta segurando o buquê - E roxas!
- Sabia que você ia gostar do roxo - Tom deu um risinho.
- Obrigada - se virou para o garoto abraçando-o de frente.
- Gostou da surpresa?
- Se eu gostei? Eu amei! - aproximou o rosto beijando o namorado calmamente - Amei muito.
- Que bom... - Tom deu um sorriso, o garoto tinha o rosto um pouco vermelho.
- Veio me raptar?
- Foi. Eu já te disse milhares de vezes que você trabalha demais - Tom deu um beijo na ponta do nariz da garota - Eu estava esperando lá fora, mas resolvi entrar... Já que você não saía nunca.
- Eu tive uma reunião, por isso me atrasei - deu um longo suspiro - Estou morta, cansada...
- Vem - Tom a puxou pela mão pegando a maleta da garota que estava sobre a mesa - Vamos pra casa...
- Vamos - levou o buquê na outra mão.
Harry abriu a porta, colocando apenas a cabeça dentro do quarto. O garoto se deparou com dormindo na cama de Dougie. A luz estava apagada e apenas a luz da janela iluminava uma pequena parte do quarto.
Ele entrou finalmente, após analisá-la por algum tempo. Ela realmente estava dormindo. Harry deitou ao lado da garota, ficando de frente para ela.
Sem fazer barulho algum ele fitou-a por longos segundos, se encontrava em um sono profundo e tinha uma expressão calma. Harry passou de leve a ponta dos dedos pelo rosto da garota.
- Harry? - perguntou sem abrir os olhos.
- Não estava dormindo? - Ele levantou uma sobrancelha, passando de leve os dedos pela bochecha da garota.
- Estava...
- Sua cabeça está melhor? O Dougie me falou que você não estava se sentindo bem...
- Estou, acho que só precisava ficar em um lugar silencioso...
- Quer que eu te leve pra casa?
- Que diferença ia fazer? Aqui ou lá eu vou ficar sozinha mesmo.
- Do que você tá falando? - Harry perguntou.
- Poxa Harry, você e a passaram esse tempo todo vendo um jogo sem nem ligar pra mim e pro Dougie - agora encarava o garoto.
- Mas, Pequena, foi só um jogo, nós ainda temos a noite toda.
- Um jogo de quase duas horas em que nós poderíamos ter feito alguma coisa juntos, mas nããããão! Fomos ver a porcaria de um jogo de futebol.
- Desculpa Pequena, você sabe que eu gosto de futebol...
- Eu sei Harry, mas custava você ter assistido outro jogo? Outra hora? Mas não, tinha que ser no dia e na hora em que eu ia ficar com você...
- Eu não me toquei pra isso Pequena...
- Você deveria começar a se tocar Judd - respondeu seca.
- Só não fica com raiva de mim, por favor - Harry pediu.
- Eu achei muita sacanagem isso, sério mesmo, poxa e...
Antes que pudesse continuar, sentiu os dedos de Harry sobre seus lábios.
- Pequena, presta atenção - Harry falou calmamente - Eu pedi desculpas, o que mais você quer?
- Não sei, eu realmente não sei - falou - Eu fiquei chateada.
- Não fica então, porque pensa por esse lado, se você ficar, nós provavelmente não vamos fazer mais nada juntos hoje, vamos dormir brigados, amanhã nós não faríamos o nosso passeio de bicicleta e não nos veríamos... Só aí nós já perdemos mais de um dia e meio.
- Faz sentido... - fez bico.
- Então... - Harry se aproximou da garota - Pára com isso e fica comigo hoje.
- Vou pensar no seu caso - o encarou sorrindo.
- Vamos lá, eu vou ser bonzinho o resto do dia e eu sei que você não quer perder o passeio amanhã - Harry deu uma mordida no queixo da garota.
- Quais são seus planos pra hoje?
- Sua cama é bastante atrativa - Harry deu um riso logo em seguida fez o mesmo.
- Eu também gosto dela, essa do Dougie é muito mole - se mexeu no colchão.
- É porque esse colchão é de água o Dougie fala que fica melhor pra fazer os moviment... Vamos? - Harry falou rapidamente fazendo a garota gargalhar mais uma vez.
- Vamos, mas pode esquecer, você não vai dormir lá em casa hoje.
- Ah qual é, deixa de ser tão difícil... - Harry abraçou a garota por trás assim que eles se levantaram da cama.
- No momento você não está merecendo Judd - mordeu o lábio inferior, saindo do quarto.
e Dougie foram pegos beijando-se mais do que calorosamente no sofá por Harry e . Logo após muitas explicações da partes de ambos, Harry e se despediram deixando o apartamento.
- Olá! – sorriu assim que Olivier abriu a porta de seu apartamento.
- Bonne nuit – Ele cumprimentou a garota dando um pequeno selinho.
deu um sorrisinho sem graça assim que encarou o francês que tinha um sorriso estampado de orelha a orelha.
- Er... Então? Não vai me chamar para entrar? – Ela perguntou rapidamente.
- Claro! Desculpa, entre! – Olivier abriu passagem para que ela pudesse entrar.
- Obrigada.
- Posso pegar seu casaco?
- Obrigada - deu um sorriso, entrando no apartamento, enquanto Olivier pegava o casaco.
O ambiente era bastante sofisticado e masculino ao mesmo tempo. A maioria dos móveis eram pretos ou então em tons escuros. A sala era bastante ampla e tinha uma luz baixa, proporcionada pela luminária e pelas velas.
- Eu preparei tudo pra você - Olivier passou uma das mãos pelo ombro da garota.
- Está tudo lindo - falou assim que seus olhos bateram sobre a mesa que se encontrava no canto da sala. Esta estava posta para dois, um castiçal com três velas iluminava levemente o local, os pratos e os talheres estavam arrumados e uma garrafa de champanhe já os esperava, gelada.
- Eu vou terminar de preparar a comida, você pode me esperar sentada aqui no sofá?
- Claro - acenou positivamente com a cabeça sentando-se no sofá logo em seguida.
- Eu já volto - Olivier se inclinou dando um selinho na garota e logo em seguida seguindo para a cozinha.
Tom abriu a porta para que pudesse entrar na casa. A garota fez isso, ela atravessou a porta andando até a sala.
- Tom, eu vou na cozinha – avisou – Colocar essas flores na água.
Enquanto enchia um vaso para colocar as flores, Tom foi até o quarto para colocar uma roupa mais confortável.
voltou para a sala com um vaso na mão, ela passou o olho pelo cômodo procurando algum lugar na sala para colocá-lo. A garota andou até o criado mudo que ficava ao lado do sofá, ficaria perfeito lá. Nesse momento Tom voltou para a sala, ele usava um boxer xadrez com uma camiseta branca, quando percebeu que a namorada olhava fixamente para um ponto da sala.
- Ficou bom? – Ela perguntou mordendo a ponta do polegar.
- O que? – Tom abraçou a namorada por trás.
- O vaso...
- Ah sim... Ficou – Tom deu um beijo no pescoço da namorada - tudo o que você faz fica maravilhoso, amor.
- Hoje você está muito estranho Fletcher – deu um risinho virando o rosto para o garoto.
- Estranho? Eu não... – Tom foi andando com a namorada em direção ao sofá.
Tom sentou no sofá e deitou a cabeça no colo do garoto, enquanto ele passava a mão pelos cabelos dela. O casal ficou em silêncio pelos minutos seguintes. À medida que o tempo passava ia fechando os olhos aos poucos, vencida pelo cansaço do dia atarefado na empresa.
- Obrigada, pelas flores Tom – falou com a voz quase inaudível.
- Hoje eu resolvi ser romântico com você... – Tom falou no ouvido da namorada.
- Continue assim sempre então, porque eu gostei muito – deu um risinho com os olhos fechados.
Mais uma vez o silêncio predominou, Tom ficou olhando-a dormir, um sorriso despontou em seu rosto, continuou passando as mãos no cabelo colocando uma mecha atrás da orelha da garota. A respiração dela ficara profunda e a garota dormia. Tom pegou a namorada no colo. abriu os olhos assustada ao sentir que fora levantada.
- Calma, eu vou te levar pra cama – Tom beijou a garota na testa.
deu um sorriso passando os braços pelo pescoço de Tom. Ele caminhou com a garota até seu quarto, subindo as escadas lentamente. A porta fora aberta com um empurrão.
Assim que ela fora colocada delicadamente na cama, se encolheu dando um longo suspiro.
- Fica aqui comigo – Ela pediu ainda com os olhos fechados para o namorado.
- Não vou te deixar sozinha – Tom deitou ao lado da namorada abraçando-a por trás.
voltou a dormir ao sentir o corpo do namorado colado no seu. Tom sentiu a sonolência bater e dormiu também.
- Você não vai dormir aqui! - repetiu a frase enquanto Harry a empurrava para dentro do apartamento entre beijos.
- Eu sei, eu sei - Harry falou fechando a porta com um dos pés e logo em seguida pressionando contra a mesma.
- Harry!
- O que? Eu não estou fazendo nada demais! - Ele tentou se defender, colocando as mãos por dentro da blusa da garota, massageando sua cintura delicadamente - Eu não posso dormir, mas eu posso ficar aqui... Só um pouquinho né?
- Um pouquinho? - tinha os olhos fechados, enquanto sentia os beijos que recebia ao longo do pescoço.
- É, só uns minutinhos, ou quem sabe umas horinhas... - Ele falou mordendo de leve a orelha da garota.
- Não! Nada de horinhas! - abriu os olhos repentinamente.
- Tá bom, tá bom! - Harry apressou-se em falar. O garoto segurou o rosto de e puxou para perto do seu, dando-lhe um beijo apaixonado.
- Acho melhor você ir embora...
- Por que você é tão difícil?
- Honey, esse é meu charme - falou no ouvido do garoto que se arrepiou dos pés a cabeça.
- Mas sabia que você é mais atraente ainda quando é legal comigo? - Ele riu, mordendo o lábio inferior dela.
- Eu acho que prefiro ser má - Ela levantou a sobrancelha.
- Por favor, me deixa ficar aqui... - Harry pediu quase implorando aproximando o rosto da orelha da garota - Eu quero você.
- Você me tem honey - sorriu sentindo que Harry massageava com mais força a sua cintura.
- Eu gosto quando você me chama de honey, é... Hot!
- Apareça aqui amanhã... E quem sabe?
- Mas eu te quero agora - Harry a puxou para perto de si, colando seus corpos - Por favor, pequena...
- Ai pequeno você me mata sabia? - riu.
- Vem... - Harry foi puxando a garota junto com ele em direção a cama que ficava no meio do quarto.
- Nossa você preparou tudo isso? - arregalou os olhos ao ver os pratos servidos na mesa.
Olivier deu uma pequena gargalhada.
- Pra falar a verdade eu encomendei tudo - Ele respondeu - Daquele restaurante francês, Raffinés.
- Ah claro - sorriu.
- Desculpa se eu te desapontei, mas eu sou péssimo na cozinha - Ele falou rapidamente.
- Imagina! Tenho certeza que você teve muito bom gosto para escolher os pratos.
- Você vai adorar, tem um prato extremamente... Como vocês falam?
- O que?
- Er... Uma coisa... "traditionnel" - Ele falou um pouco confuso.
- Tradicional! - deu uma pequena gargalhada.
- Desculpa, ainda me confundo em algumas palavras.
- É engraçado. Fofo, eu diria - deu um gole no champanhe - Tenho certeza que vou adorar o prato.
- Eu quero que você conheça tudo sobre o meu país - Olivier segurou a mão da garota dando um beijo na mesma - Assim você acaba me conhecendo melhor.
- Com certeza - A garota respondeu sem graça.
Assim que a porta foi fechada e Dougie e se viram sozinhos no apartamento. A garota, que estava deitada sobre Dougie sorriu maliciosamente para ele.
- Finalmente sozinhos - Ela riu.
- Alguma idéia em mente? - Ele perguntou inocente.
- Várias - riu beijando-o.
- Uoou! - Dougie riu - Vamos tratar de fazer agora então, primeira idéia?
- Te beijar - se aproximou o rosto mordendo de leve a boca do garoto e logo em seguida começando um beijo calmo.
- E as outras idéias? - Dougie perguntou apressado.
- Eu tenho várias.
- Eu gostaria de pular as idéias iniciais e ir à que leva direto para o meu quarto.
deu uma gargalhada encarando Dougie.
- E quem disse que meus planos acabam no seu quarto? Antes disso temos a cozinha, sala, banheiro...
- Nossa... Boa idéia... Mas meu colchão d'água ainda é a melhor opção - Ele voltou a beijá-la.
- Claro, claro... Porque ele melhora seus movimentos - riu debochada - Nem te conto que eles nem são lá essas coisas.
- Como é que é? - Dougie perguntou assustado.
- Você sabe... Pra um cara precisar de uma cama pra se sentir o tal... É porque você é muito inseguro - falou sarcasticamente.
- Ah é porquinha? - Dougie tirou a própria blusa voltando a beijar com vontade - Vou te mostrar quem é inseguro.
A comida do jantar realmente estava deliciosa. Olivier sabia ser extremamente agradável, com assuntos interessantes. Mas mesmo com toda a sua cultura e refinamento ainda sentia um vazio toda vez que encarava o francês. Se ela estivesse com Danny eles provavelmente estariam falando sobre coisas banais e mais divertidas, rindo alto, sem se preocupar com as aparências que precisavam manter.
- ? - Olivier tocou sua mão, acordando-a do transe.
- Desculpa! - apressou-se em falar.
- Você parecia estar longe.
- Eu... Eu só me lembrei de um relat... - Antes que pudesse continuar foi interrompida pelo dedo indicador de Olivier que pousou sobre sua boca.
- Não precisa me falar, eu tenho certeza de que não era nada demais - Ele deu um pequeno sorriso puxando a garota pelo queixo dando-lhe um beijo calmo.
- Aceita um café? - Olivier perguntou.
- Não, não, muito obrigada - deu um sorriso sentando-se no sofá ao lado dele.
- Então quais são seus planos pra amanhã?
- Trabalhar. É só isso que eu faço.
- Que nós fazemos - Ele sorriu.
- É...
- Sabe eu fiquei muito feliz de você ter aceitado vir aqui na minha casa - Olivier segurou a mão da garota.
- Obrigada pelo convite, eu adorei o jantar.
- Você pode vir quando quiser eu adoro ficar perto de você - Olivier sorriu aproximando o rosto.
- Claro vou aparecer aqui mais vezes - deu um pequeno sorriso antes de tocar mais uma vez seus lábios com os de Olivier.
- Você tá me acostumando mal... – Harry falou dando um pequeno beijo na ponta do nariz de .
- Te acostumando mal?
- É, segundo dia seguido que eu dormi aqui.
- Pode até ser, mas eu tenho que aproveitar enquanto você ainda está aqui né? – A garota aproximou-se do garoto colando seus corpos embaixo do edredom.
- Nossa, me senti como um objeto agora – Harry sorriu.
- Um objeto de desejo – deu uma gargalhada junto com Harry.
- Agora eu me sinto bem melhor – Ele falou convencido sentindo que o rosto de agora estava encostado em seu peito – ?... O que você ta fazendo?
- Tentando esconder meu rosto – Ela falou com a voz abafada.
- Por quê?
- Ele tá vermelho...
- Oun – Harry puxou pra cima, fazendo com que ela o encarasse – Essa eu tenho que ver, é muito raro eu te deixar sem graça.
- Não! – tapou o rosto com as mãos.
- Pára Pequena, deixa eu ver – Harry tentava tirar as mãos de do rosto.
- Nããão! – puxou o edredom, colocando-o em seu rosto.
- É guerra né? – Harry se levantou da cama, apenas com sua boxer listrada, puxando o edredom.
- Harry! – se encolheu sentindo o corpo ficar descoberto. - É muito chato brincar com você... - O garoto se jogou ao lado de , passando as mãos em seus cabelos.
- Por quê?
- Você nunca cede...
- Tá bom, eu me rendo! – sentou sobre o quadril do garoto abraçando-o.
- Yes! – Harry deu um risinho convencido.
- Droga, eu estou te acostumando mal – se inclinou beijando Harry calmamente.
- Muito mal – Ele falou entre o beijo.
abriu os olhos e sentiu os braços de Tom ao redor de sua cintura. A janela do quarto não tinha sido fechada e ela pode ver o céu, este estava escuro. A garota puxou a mão do namorado dando um pequeno beijo. Vendo que ele ainda permanecia desacordado tratou de se levantar da cama, tentando não fazer barulho.
Ao levantar, encarou o garoto que dormia tranqüilo. Ela não pode deixar de sorrir ao vê-lo ali. sentiu sua barriga roncar, afinal, não tinha comido nada desde o dia anterior. A cozinha lhe pareceu um lugar perfeito para preparar alguma coisa.
terminou de passar a última panqueca, já tinha feito uma pequena pilha sobre um prato. Procurou uma calda em um dos armários na cozinha, como não encontrou ali, abriu a geladeira e se deparou com um pote de mel.
Ela arrumou a mesa da cozinha com pratos e talheres postos lado a lado e pegou uma das flores do buquê que recebera do namorado dentro de um vasinho comprido, colocado no centro da pequena mesa.
, assim que arrumou tudo na cozinha, andou em direção ao quarto. Abriu a porta calmamente e percebeu que Tom ainda dormia. Ela se aproximou do namorado, deitando sobre seu corpo, o garoto ainda parecia desacordado.
- Tom acorda - falou no ouvido do namorado dando beijinhos ao longo de seu pescoço.
O garoto abriu um pequeno sorriso, ainda com os olhos fechados, passando os braços pela cintura da namorada, abraçando-a com força.
- Tá melhor, ? - Ele perguntou com a voz sonolenta dando um beijo no rosto da namorada.
- Estou sim - Ela afastou seu rosto do pescoço de Tom, encarando-o - Obrigada por me trazer pra cá.
- Disponha - Tom deu um beijo no nariz da garota.
- Eu fiz uma coisa pra você.
- Sério o que? - Ele perguntou curioso.
- Preparei umas panquecas com mel - sorriu.
- Sério? Eu estou morrendo de fome.
- Suas preferidas, com chocolate quente!
- Amor, você é a melhor - Tom encarou a garota.
- Eu sei disso - tentou se levantar, mas foi puxada mais uma vez pelo namorado - Tom me solta!
- Não, não - Ele deu um risinho maléfico - Eu quero que você fique aqui mesmo.
- E a panqueca? - perguntou inocente.
- Depois a gente come a panqueca - Tom aproximou seu rosto do de , beijando seus lábios com vontade. A garota deu um pequeno sorriso ao sentir o beijo.
- E o chocolate quente? - riu.
- Eu prefiro frio mesmo - Tom falou sarcasticamente entre o beijo enquanto colocava as mãos por dentro da blusa da namorada puxando-a.
O parque parecia não ter mudado. Claro que não, eles tinham ido ali no dia anterior, depois da primeira vez em que Harry passou a noite no dormitório de . Eles andavam abraçados, tentando desviar das folhas caídas que estavam espalhadas pelo chão.
- Nossa, hoje está muito frio. – falou encolhendo-se dentro do casaco vermelho que usava.
- Hey, nem pense em desanimar! – Harry falou rapidamente – A gente vai dar a volta no parque.
- Verdade, a gente programou tudo – A garota mordeu o lábio inferior olhando para frente – Então vamos procurar algum lugar pra alugar as bicicletas.
- Bicicletas?
- É Harry, bicicletas... Um veículo de duas rodas, onde você tem que pedalar e se equilibrar... Bicicleta – falou sarcasticamente dando um beijo no rosto do garoto.
- Quem disse que vão ser duas? – Harry deu um sorriso maroto.
- Você quer o que? Que a gente ande em uma só? – A garota perguntou irônica.
- Exatamente.
- Eu não acredito que eu estou fazendo isso – falou rindo.
- Ah qual é, você tem que entrar no espírito da coisa – Harry falou rindo enquanto pedalava.
estava sentada em frente a Harry na bicicleta alugada, enquanto ele a fechava com os braços que seguravam o guidão. A garota tinha deixado a bolsa no carro e trazia consigo apenas a máquina fotográfica.
- Foto! – Ela falou animada segurando a máquina longe dos dois.
- , você tá me atrapalhando – Harry falou rindo – Eu tô tentando pedalar aqui, põe a perna mais pra lá.
- Deixa de ser chato Harry, esse nosso momento merece fotos! – falou gargalhando ao ver que algumas pessoas que passeavam no parque paravam para olhá-los.
- Fica assim, do jeito que você tá que não me atrapalha – Harry desviou de alguns buracos – Pode bater suas fotos agora.
- Coloca o seu rosto aqui perto do meu.
- , não dá! Daqui a pouco a gente cai da bicicleta, dá seu jeito de bater as fotos – O garoto gargalhou.
- Harry! Cuidado com o pombo! – deu um grito.
- Droga! – Harry que estava distraído desviou do animal, quase derrubando a bicicleta.
deu um grito agudo, assim o garoto parou a bicicleta apoiando-a com os pés.
- Você quer me matar do coração?
- E você? Quase atropelou o pombo! – falou ainda exaltada.
- Pequena, era um pombo, ele ia desviar!
- E se ele não tivesse feito isso? – virou o rosto para encarar Harry.
- E se você não tivesse gritado eu não teria quase caído – Harry a encarou sério. Eles passaram alguns segundos assim até que os dois caíram na gargalhada e começaram a ficar vermelhos.
- Eu nunca fiz nada tão emocionante assim em toda a minha vida – falou em meio as gargalhadas.
- E eu? Quer dizer, andar em uma bicicleta só, com uma garota louca e histérica – Harry parou de falar ao ver a cara séria que tinha feito – Q-quer dizer... Nem tão histérica e ainda por cima, quase matar um pombo!
- Né? Que coisa mais... Filme de ação! – falou sarcasticamente.
- Senhor e Senhora Smith!
- Meu Deus, eu estou em uma bicicleta com o Brad Pitt! – continuou a brincadeira.
- E eu com a Angelina Jolie! Ela é muito hot!
olhou para trás com um olhar ameaçador.
- Não que eu esteja reclamando... Você é...
- Tudo bem Harry, eu também sou mais o Brad – deu de ombros.
- Ah fala sério – Harry fez um bico.
- Foto! – bateu mais uma foto, à medida que eles andavam pelo parque ela aproveitava para fotografar as pessoas que passeavam tranqüilas.
- Harry, vamos parar ali! - apontou para uma pequena ponte que passava por cima de um córrego.
Harry parou com a bicicleta no lugar, ele era realmente lindo. As margens eram gramadas e algumas mesas de madeira estavam postas para que as pessoas pudessem fazer piqueniques.
- Vem vamos descer - O garoto falou pegando pela mão.
A bicicleta ficou parada embaixo da árvore, próxima a ponte. O casal desceu para a margem, andando calmamente. O sol estava alto, mas não impedia que o frio predominasse.
- Eu adoro fazer isso - falou enquanto batia uma foto.
- Isso o que? Bater fotos? - Harry perguntou andando ao seu lado.
- Não bobo, andar.
- Andar?
- É. Só andar e enquanto isso bater fotos, claro - Ela deu um risinho virando-se de frente para ele.
- Nossa, achei que depois daquele nosso "momento ação" - Ele falou fazendo aspas no ar - Você não gostasse de coisas tão calmas.
- Mas eu gosto, principalmente para bater fotos - parou de andar, posicionando a máquina bem perto do rosto de Harry.
- Nada de fotos - Ele falou calmamente sem sair do lugar.
- Só porque você vai ficar famoso, não quer dizer que eu não possa aproveitar - Ela falou batendo a foto.
- Bom ponto, então aproveite enquanto eu ainda tenho saco pra isso.
- Pode deixar - falou batendo mais fotos seguidas - Levanta a sobrancelha...
- Ham? - Ele falou sem entender.
- Levanta a sobrancelha.
- Me deixa com um ar convencido... - Ele respondeu com um sorriso maroto.
- Não tem problemas, por favor, levanta a sobrancelha.
- Tá bom - Harry ficou sério, levantando apenas uma sobrancelha.
bateu a foto e baixou a máquina, desligando-a.
- Pra que você quer uma foto minha assim? Você reclamava tanto...
- Agora que você vai sair em turnê, eu preciso de alguma coisa pra lembrar de você.
- Huuum, acho que entendi.
- Nada melhor do que sua marca: a sobrancelha levantada! - deu um risinho junto com Harry.
- Claro, a marca da minha arrogância. Pode admitir que ela te conquistou.
- Você me pegou Harry. A sua sobrancelha levantada e a sua arrogância me deixaram apaixonada - falou sarcasticamente.
- E essa sua ironia me pegou de jeito também - Harry deu um risinho junto com . A garota segurou o rosto de Harry com uma das mãos se inclinando para frente, beijando-lhe levemente os lábios.
Capítulo 24
A casa de Charlie era moderna e grande. Ao atravessarem a portão que dava para a piscina, as amigas puderam ver realmente a festa. Havia pessoas próximas ao barzinho, outras sentadas, mas todas estavam bebendo. O som atingia o volume máximo, todos estavam animados e alguns já se encontravam bêbados.
- É, acho que essa festa vai ser no mínimo engraçada - puxou pelo braço e apontou para a mesa no fundo - Não sabia que o seu francês gostava desse tipo de festa.
- Olivier está aqui?! - Ela perguntou assustada.
- É brincadeira lesona! - deu um pedala na cabeça de .
- ! Você quer me matar do coração! - deu um suspiro aliviado sobre os risos das garotas.
- Calma ! Esquece o Olivier, hoje a noite vai ser só nossa, das mulheres - falou, recebendo apoio das amigas.
- Vai ser uma noite de boas risadas, sem confusões, sem estresse, sem ninguém segurando vela - parou de falar quando sentiu uma mão em seu ombro. Ao virar, deu de cara com o namorado - Tom! - Eles se abraçaram.
, e levantaram as mãos na altura da boca e sopraram uma vela imaginária, saindo de perto do casal pra tentar achar uma mesa.
- Tudo bom amor? - Tom perguntou dando um selinho na garota.
- Tudo ótimo! - deu um sorriso de ponta a ponta.
- Que bom, se você está feliz eu estou feliz, quer alguma coisa pra beber?
- Quero sim, um copo d'água - Ela pediu - Tom... Você bebeu?
- Eu? - Ele perguntou.
- É - aproximou o nariz da boca do rapaz - Você tá bebendo?
- Só uma cerveja, nada demais.
- Hum... - tentou fingir indiferença.
- Mas só foi uma garrafa - Tom aproximou o rosto da namorada roubando-lhe outro beijo - Parei por aqui, prometo.
- Ok - sorriu.
- Falando em promessas - Tom encarou a namorada - Quando você vai contar pro...
- James? Que eu e você estamos namorando? - falou rapidamente.
- É...
- Hoje. Eu prometi, não prometi? - Ela deu um sorrisinho.
As três garotas continuaram a andar, após deixarem e Tom a sós. Andando até o final do jardim, conseguiram ver Harry de longe.
- Ei! - Harry levantou as mãos, acenando - Aqui tem lugar!
- Ai o Harry tá lindo! - deu um sorriso bobo.
- Eu tenho orgulho de ti amiga - deu um tapa no ombro de - O Harry é muito gostos...
- Ai gente, vai lá, não sei se é uma boa idéia - viu Danny sentado na mesma mesa que Harry. O garoto ao ver que ela vinha na direção da mesa, mudou de expressão, um pouco inquieto.
- Ah, , qual é? - disse impaciente - Você não pode deixar de se divertir por causa dele. Anda, chega lá como se nada tivesse acontecido e fica conversando comigo.
- Mas , você tem o Dougi...
- Isso, anda - puxou pela mão antes que ela pudesse continuar.
e conseguiram arrastar até a mesa. apenas acenou a cabeça para Dougie e Harry e sentou-se entre as duas amigas. De um lado, era abraçada por Harry, do outro, Dougie dava um selinho em e tentava começar um beijo, mas foi cortado pela garota.
- Então gente, animados com a turnê? - olhou para todos com um falso sorriso estampado no rosto.
- Estaria melhor se pudesse levar a comigo - Harry sorriu tentando iniciar um beijo.
- Oun que lindo pequeno - segurou o rosto do garoto, com as duas mãos, dando selinhos consecutivos.
e Harry começaram um beijo apaixonado, enquanto as outras pessoas da mesa permaneceram caladas.
- Então! - Dougie resolveu falar depois de alguns segundos de silêncio - Não vou ganhar nenhum beijo porquinha?
- Sabe o que é? - levantou da mesa - É que eu to morrendo de sede, vamos lá pegar uma bebida comigo, Dougie?
- Pode ficar. Eu pego pra você - Ele levantou também.
- Não, eu faço questão de te acompanhar - o encarou com uma cara de ''ai, mas é uma anta'' e os dois seguiram.
- Você vai ficar me tratando mal assim?
- Hãn? - parou no meio do caminho e os dois se olharam.
- Vai ficar me ignorando a noite toda? - Dougie deu um suspiro irritado.
- Oun porquinho, desculpa, é que eu não queria piorar a situação da e do Danny - Ela passou os braços pelo pescoço dele, dando um selinho demorado.
- Ah tá! Agora eu entendi - Ele falou após alguns segundos em silêncio, pensativo.
- Desculpa tá? - pediu, dando outro selinho.
- Tudo bem, eu acho mesmo que eles precisam conversar - Dougie puxou o rosto de e se beijaram, mas mal começaram o beijo, quando a garota foi empurrada por alguém. Os dois se separaram rapidamente e Dougie puxou para perto de si.
- Desculpa, desculpa! - Matt implorou tentando não derramar a bebida que tinha em mãos.
- Tudo bem - falou rapidamente.
- Ah é você Dougie! - Ele sorriu meio bobo, com certeza não estava sóbrio.
- É, sou eu - Ele respondeu mal humorado lançando um olhar para a garota.
- E a ? - Matt apertou os olhos - !
- Oi Matt, tudo bom? - deu um sorrisinho assim que Matt veio em sua direção abraçá-la.
Após um abraço demorado e meloso, sobre o olhar fulminante de Dougie, Matt se afastou com um sorriso de ponta a ponta.
- Aê , agora que eu to te vendo fora do trabalho que eu fui perceber que você é maior gostosa, merece até outro abraço! - Matt se aproximou de , mas Dougie se meteu na frente.
- Matt, sai daqui - Ele usou toda a paciência que ainda restava, lançando um olhar ameaçador para o garoto.
- Ei Dougie - Charlie chegou correndo ao ver toda a cena - Desculpa cara, ele tá bebendo desde a hora do almoço, ah, oi !
- Oi Charlie - deu um sorrisinho.
- Desculpa cara - Charlie puxou Matt pelo ombro e o levou embora.
- Nooossa, que porquinho mais paciente e comportado, gostei de ver - falou enquanto apertava a bochecha de Dougie, que ria - Tão lindo, o meu herói, me protegendo...
- Não chega mais perto desse cara - Dougie abraçou novamente a cintura dela.
- Tudo bem, juro, mas... Onde a gente tava mesmo? - fez cara de desentendida - Ah é.
Os dois se aproximaram novamente e recomeçaram o beijo, dessa vez, sem interrupções.
Harry e ainda não tinham parado de se beijar. olhava pra grama, pro céu, pra porta de entrada, menos para Danny, que parecia fazer o mesmo. Ele encostou na cadeira e começou a batucar com os dedos de leve na mesa. Seu olhar caiu sobre . A história passou que nem filme na cabeça de Danny. À medida que ia lembrando, os batuques que fazia agora com as mãos, ficavam mais forte. e Olivier... Eles estavam tão perto, tão perto... Agora tinham se beijado. Era insuportável lembrar daquilo, ele não queria. As lembranças eram mais fortes do que a força de não querer lembrar, só conseguiu se distrair da visão que tinha quando ouviu um barulho de vidro quebrando e sentiu a mão arder.
- Danny! - correu até a outra cadeira. A mão dele agora tinha um corte na superfície, o copo de vidro que segurava tinha acabado de cair e quebrar em cima da mesa.
- Dude! Isso tá virando rotina - Ele fechava os olhos com força enquanto tentava enxugar um pouco do sangue.
- É melhor você lavar isso Danny - agora resolvera desgrudar de Harry e dar algum conselho - Leva ele lá .
- Ér... Certo - Ela disse sem jeito - Vem.
Ele a olhou em dúvida por um instante, mas o corte não parava de arder. Os dois seguiram até o banheiro, no outro lado da casa, enquanto e Harry tiravam os cacos de vidro da mesa.
- Onde tem um banheiro por aqui? - perguntava abrindo todas as portas pelas quais passava - Danny?
- Ham?
- Você nunca veio aqui? Onde tem um banheiro? - perguntou mais uma vez.
- É-é ali no fim do corredor - Danny falou meio atordoado.
- Aqui, coloca a mão - abriu a pia e colocou o braço inteiro de Danny embaixo d'água, deixando os rostos bem próximos.
- Ai! - Ele levou um susto ao sentir a água.
- Desculpa! - falou rapidamente, assustada.
- É que... Tá ardendo - Ele falou agora calmo. Agora os dois se olhavam nos olhos. Ai os olhos do Danny!
- Vai... Já... Passar - foi perdendo a voz, era como se toda a raiva que havia entre os dois tivesse desaparecido. Ele foi aproximando um pouco o rosto do dela e os lábios se tocaram. Depois de tanto tempo, já tinha até esquecido a sensação do frio na barriga que ele lhe causava sempre. Ela deu um passo à frente e eles começaram a se beijar de verdade, matando toda aquela saudade. Era um momento que não podia ser interrompido, mas estava bom demais pra ser verdade.
- ? - A porta abriu e Matt olhava a cena dos dois, que se separaram imediatamente - Esse... banheiro é masculino.
- É? - Ela perguntou um pouco atordoada, ao perceber que Danny ainda a encarava.
- Claro que não. Eu só estou zoando com a sua cara. Isso é uma casa e não um hotel ou restaurante. - Matt começou a rir sem parar.
- Eu... Eu sei - Ela olhou sem jeito para os dois - Ér, Danny, acho que já está bom, eu vou... Saindo.
- Espera - Danny segurou a mão de , fazendo com que os olhares se encontrassem novamente.
- Vai ser feio se alguma outra pessoa entrar aqui né - Ela sorriu com tristeza e soltou a mão do garoto, atravessando a porta e saindo do banheiro.
e Tom voltaram para a mesa onde Harry e juntavam alguns cacos de vidro junto com e Dougie.
- O que aconteceu aqui? - Tom perguntou espantado.
- Danny... - resumiu em uma palavra.
- O que ele fez?
- Cortou a mão depois que bateu na... - Harry falou calmamente.
- Como é que é? - gritou assustada - O Danny bateu com a garrafa na ?
- Como é menina? Tá ficando doida? - perguntou enquanto ria junto com os outros da mesa.
- Não amor, ele não bateu em ninguém - Tom falou.
- Ele só se cortou sozinho - Harry completou.
- Ah tá! Nossa eu sou muit... - Antes que pudesse continuar sentiu uma mão sobre seus olhos. Ela não pode ver, mas todos ficaram calados ao ver quem era. James tinha tapado os olhos de e sorria de ponta a ponta. Tom fechou a cara assim que viu a cena, os outros ficaram calados ao mesmo tempo que lançavam olhares preocupados na direção de Tom.
- James! - deu um riso enquanto soltava a mão de seus olhos.
- Você sempre acerta! - Ele sorriu abraçando-a - Você veio!
- Eu disse que vinha!
- É você disse - Ele a encarou e voltou a atenção para os outros - Olá pessoal!
- E aí dude! - Harry e Dougie se aproximaram para dar palmadinhas no ombro do garoto.
- E você Thomas? Não fala mais com o seu camarada não? - James perguntou irônico.
- Claro! - Tom deu seu melhor sorriso, após acordar do transe.
- Ei dudes! - Charlie gritou do outro lado da piscina - Venham aqui!
- Pequena a gente vai lá rapidinho - Harry deu um selinho em , seguido por Dougie e Tom.
- Nós vamos voltar pra mesa - falou puxando pela mão e saindo logo dali.
- Você não vem não James? - Tom perguntou preocupado.
- Não, vou ficar aqui conversando com a - James deu um sorriso abraçando a garota, que lançou um olhar assustado para o namorado. Este por sua vez apenas virou o rosto, pisando forte até o outro lado da piscina.
- James eu... Posso conversar com você? - perguntou.
- Claro, vamos sentar aqui na borda da piscina - Ele disse sentando-se junto com - Sobre o que você quer conversar?
- Eu...
- pode me falar - James a encarou curioso.
- É que... Eu não sei se você sabia mas... Eu e o Tom sempre fomos amigos...
- É, ele sempre falava de você - James deu um sorriso - E eu não sabia o que estava perdendo sem te conhecer.
- Pois é e bem... Eu e ele... James, eu e o Tom estamos namorando - falou rapidamente encarando o garoto logo em seguida.
- Desde quando? - James a encarou sério.
- Desde a semana passada...
- Hum... E por que você está me contando isso?
- Porque eu queria que você soubesse por mim e não pelos outros - deu um sorriso fraco - Depois de nós termos saído algumas vezes e bem... Eu realmente acho que nós temos química...
- É, isso nós temos. - James deu um risinho.
- Mas agora eu estou com o Tom... - deu um suspiro.
- Você está feliz com ele? - James perguntou repentinamente.
- Estou - respondeu logo em seguida - Muito feliz.
- Então pra mim está ótimo.
- Eu só quero que tudo fique do mesmo jeito que era antes, não quero que você se afaste de mim por causa disso.
- Claro que não! Pra falar a verdade a gente podia até sair qualquer dia desses, ver um filme ou... Almoçar em algum lugar.
- Nós podíamos jantar naquele restaurante que você me levou perto do canal! - disse animada.
- Aquele dia foi legal... - James disse pensativo - ...
encarou o garoto sem silêncio.
- Se você terminar com o Tom, o que eu sinceramente não espero que aconteça...
- Ham...
- Mas se vocês terminarem, eu sou sua segunda opção certo?
deu um pequeno risinho, encarando a água da piscina.
- Você sempre será minha segunda opção James.
- Ótimo. - Ele sorriu - Amigos?
- Amigos - se aproximou do garoto, dando-lhe um beijo no rosto e logo em seguida um abraço.
Tom via toda a cena de longe, de braços cruzados e com cara de poucos amigos. Ele definitivamente não tinha gostado de nada do que tinha visto.
Os meninos tinham voltado para a mesa, enquanto todos conversavam, Tom era o único calado. James e conversavam animadamente sentados na beirada da piscina. chegou e sentou na cadeira ao lado da de Danny, que estava vazia.
- E aí, ele tá melhor? - Harry perguntou.
- Ah, está, sim - parecia nervosa e as amigas sacaram na hora.
- Eu... Queria mais uma bebida - levantou aproximando-se de onde e James conversaram - a gente precisa de uma bebida.
- Tudo bem - foi se levantando sem entender - James eu vou ali com as meninas.
- Tudo bem. Eu tenho mesmo que achar o Charlie.
- Eu também quero uma bebida - levantou - , acompanha a gente?
- Claro - seguiu com as amigas.
- Vai, pode falar - falou.
- Gente, eu levei o Danny ao banheiro pra...
- Banheiro?! - perguntou espantada - A gente não ia pegar uma bebida?
- Mas é uma anta mesmo! - riu.
- Pra lavar o ferimento dele - explicou - Aí, a gente se beijou e o Matt apareceu!
- Beijaram?! - As três perguntaram em coro e a amiga concordou com a cabeça.
- AAAH! - Elas não conseguiram se conter.
- Isso definitivamente é melhor do que pegar bebida! - falou animada.
- Vocês vão voltar? - perguntou.
- Ele ainda vai pra turnê?
- E o Olivier?! - falou espantada.
- Caaalma - ria - Eu não sei, foi tudo muito rápido, eu to confusa, não sei o que fazer. Ai, e agora?
- , - começou - eu se fosse você, pegava o Danny de volta, fala sério, esse francês nem deve saber beijar.
- É, o Danny beija melhor.
- Então vamos comemorar - pegou um copo da bandeja do garçom e virou metade. As amigas apenas se olharam e riram.
- Vamos - Cada uma pegou uma taça e fizeram um brinde.
Dougie chamou o garçom e pegou quatro bebidas, agora que Danny já estava na mesa.
- Um, dois, três, e, vai - Todos viraram e depois limparam as bocas.
- Dude, isso é muito bom - Dougie dizia pegando mais.
- Quem beber mais, ganha - Harry bebeu mais um.
- Tenho uma idéia melhor - Danny começou - Que tal o primeiro que ficar bêbado ficar só de cueca em cima da mesa? Sempre imaginei o Tom nessa cena.
- Nem vem, eu prometi que não ia beber hoje - Tom apressou-se em falar.
- BOA DUDE! - Dougie e Harry gritaram ao mesmo tempo.
- Ah fala sério Tom! - Danny gritou – Vamos! Beber um pouco não faz mal a ninguém!
- Não, não...
- Ah, o Tomzinho não quer beber - Dougie fez voz de bebê enquanto os outros riam.
- Tudo bem, mas é covardia só nós quatro porque eu vou perder - Tom virou a cabeça - Charlie, James! Agora não tem como eu perder.
Ao explicarem a tal brincadeira inventada por Danny, os amigos começaram a beber uma atrás da outra. Havia duas garrafas de whiskey, uma pela metade e a outra totalmente vazia, fora as latinhas de cerveja que cobriam quase toda a superfície da mesa. As meninas rodaram a casa inteira e agora estavam sentadas na sala de Charlie.
- Ei menina, fecha essa perna - bateu na coxa de , que estava rindo tanto que esquecera que usava um vestido curto - Vai ficar pagando calcinha ai.
- Ele... Ele... - Ela não conseguia parar de rir, e as amigas riam da situação dela.
- Ai não acredito, ela vai rir até amanhã - balançou a cabeça.
- Mas , ela te atendeu desse jeito mesmo? - perguntou.
- Atendeu! - falou indignada - Eu toda educada 'Moça, os cadernos são de capas diferentes?' aí ela 'Vem tudo sortido, sortido, sortido' Ai - Enquanto ela soltava um ar impaciente, as amigas recomeçaram a rir. Quem não sabia o que estava acontecendo, poderia jurar que já estavam bêbadas.
- Ai, adorei essa - enxugava os olhos.
- Muito boa - Agora que recuperavam o fôlego, o silêncio tomou conta da situação por um instante e foi quando um rapaz alto e charmoso atravessou a sala,conversando com mais alguns outros que elas não se preocuparam em olhar. Ele era o único que chamava a atenção.
- Pelo amor de Deus - começou, secando o cara da cabeça aos pés - O que é isso?
- Menina - riu - Pára de olhar !
- Espera, espera - Ela continuou. Agora ele estava parado de costas para as meninas.
- É, ele é gato - disse, voltando o olhar para as amigas.
- Verdade - também desviou a atenção. As amigas se olharam e em seguida olharam para , que continuava vidrando o rapaz.
- Cara... a bunda dele é enorme - Ela falou, enquanto as três apenas observavam e riam abafado - Ele é sexy.
- EEI! - deu um pulo no sofá - Eu sei quem é!
- Quem?! - As três perguntaram em coro.
- É o Johnny Borrel! Vocalista do Razorlight.
- Sabia que eu conhecia de algum lugar! - agora se lembrara do Glastonburry.
- Ai a voz dele é um tesão! - Na hora que falou, fez bico.
- , eu vi primeiro.
- Pode ficar - Ela riu.
- E o Dougie? - perguntou com pena na voz.
- Ei é mesmo! - levantou – Gente, vamos lá pra mesa dos meninos, se não depois eles vão ficar dando uma de vítima.
- É verdade, isso é típico do Tom - levantou também, acompanha das amigas.
- E do Harry - pegou a bolsa.
- E do... Ain Danny - foi abraçada pelas amigas, e as quatro seguiram até o jardim.
- Vai virar, vai virar! Ai... ai...AEEE!! - Tom acabara de virar o seu décimo chopp. Ele mal se segurava na cadeira. Os outros também estavam em condições pouco sóbrias. Os únicos que ainda estavam sóbrios eram Danny e Harry que apenas coordenavam a brincadeira. Dougie tinha participado, mas antes da quarta rodada já tinha vomitado e fora desclassificado.
- Tom, diz uma verdade - Harry deu mais uma caneca de chopp para o garoto.
- Eu gostava do jeito da Giovanna na cama - Ele disse rindo, bebendo mais.
- James, diz uma verdade - Danny disse, virando o copo.
- Eu tenho vontade de ir pra cama com a - Todos riam sem parar. O próprio Tom parecia estar se divertindo com a situação.
- Você não foram? - Tom perguntou assustado - Achei que isso tivesse acontecido antes.
- Quem me dera - James riu.
- Eu recomendo, pode pegar se quiser lá - Ele ria sem ter noção do que falava. As quatro garotas pararam ao lado da mesa, e olhava-o boquiaberta.
- Tom! - se aproximou da mesa e todos os garotos se calaram - O que você tá fazendo?
- Nada...
- Você disse que não ia beber!
- Foi só umazinha - Ele falou coçando a cabeça.
- não estraga a brincadeira! Dougie, sua vez - Charlie passou o chopp, e o garoto virou o copo - Agora diz uma verdade.
- Eu não tô mais participando dude!
- Diz uma verdade do mesmo jeito - Charlie insistiu.
- De todas as meninas que eu já dormi - Dougie falou olhando pra mesa, pensativo - A melhor foi a .
Os amigos riram alto e bateram na mesa. , e olharam para , que apenas abriu um sorriso convencido.
- Serviço completo dude? - Harry perguntou.
- É, a gente tava lá, aí eu...
- Tá boa a brincadeira né Dougie? - se meteu no papo, sentando-se ao lado de Dougie, que calou a boca imediatamente.
- Aee , entra na roda - Tom empurrou um copo, e ela pegou animada.
- Não inventa - tirou o copo da mão da amiga, que fez uma cara indignada.
- Dá tempo pra fazer mais uma pergunta! - Danny gritou animado - Tom fala uma verdade.
- Já sei! - Charlie gritou - E a Giovanna, Tom? Já é ou já era?
- Já é já é - Tom deu uma gargalhada - Manda ela me procurar!
- Eu acho que a gente deveria trocar cara - James disse rindo - Você volta com a Giovanna e eu pego a .
- Tá entre amigos mesmo - Tom concordou virando mais um copo.
sentiu os olhos encherem de lágrimas.
- Todo mundo levantando, quem cair primeiro já sabe - Danny deu o aviso e cada um levantou. Sem nem afastar a cadeira, Tom caiu na grama, e ao ouvir a gargalhada dos amigos, já sabia o que o aguardava.
- Pega ele - Danny puxava Tom pela calça, com a ajuda de Harry e James. Tom foi colocado em cima da mesa e os amigos riam e batiam palma. olhava a cena sem entender. A única coisa que sabia era que ele ia ouvir bastante, aquilo era ridículo.
- , tira ele daí - falou baixo no ouvido da amiga.
- O Tom é um idiota! Eu não mereço passar essa vergonha, dá licença - Ela falou irritada. Quando de repente, o som, se é que é possível, ficou ainda mais alto, e Tom começou a levantar a camisa. , e trocaram olhares de preocupação e desaprovação. Agora a camisa rodava na ponta do dedo, e a calça, que estava no meio da bunda, deixava de fora toda a cueca do garoto. Sem nem saber o que estava fazendo direito, Tom arremessou a camisa pra frente e continuou dançando. Ao contrário dos amigos, que só tinham olhos para o mico de Thomas. , , e até viram muito bem quem pegou a blusa dele: Giovanna. O que diabos ela estava fazendo ali? Enquanto ria, Dougie olhou para , que estava impaciente e desapontada com o comportamento dele. Assim que a ficha caiu, Dougie puxou Tom de cima da mesa e gritou para todos.
- Acho que já foi o suficiente.
Harry olhou para , que saiu andando. Ele largou o copo na mesa e foi atrás dela. Tom sentou na cadeira ainda rindo. Danny saiu de perto e puxou pelo braço. Dougie levantou da mesa e foi até .
- Que brincadeira ridícula Dougie - Ela disse mordendo a boca.
- Desculpa, desculpa, desculpa - Ele se aproximou para abraçá-la.
- Acho que já chega né? Boa noite. Vou com a pra casa - deu as costas e saiu andando. Dougie ficou parado sem saber o que fazer e sentou-se ao lado de Tom.
- , vamos embora agora! - falou em tom imperativo próximo ao ouvido da amiga, enquanto olhava a cena, James e Charlie levando Tom, que estava desmaiado, para a sala da casa.
- Vamos - olhou para a amiga com pena no olhar - ! !
- Oi... - As duas responderam juntas.
- Nós já vamos - apontou discretamente para que estava a ponto de chorar - Sabe como é né...
- Tudo bem, amanhã a gente se fala melhor - deu um beijo em e .
As duas entraram na casa e ao passarem pela sala, viram que Tom estava deitado no sofá, dormindo profundamente. analisou o namorado rapidamente e voltou a olhar para frente.
- - a segurou pelo braço puxando-a para mais perto.
- O que?
- Preciso resolver uma coisa - dizia enquanto encarava James, que estava sentando no sofá ao lado de Tom - Vai indo na frente e me espera lá fora.
- Tudo bem, vou pegar o carro então - falou calmamente, andando até a porta.
- James? - se aproximou do garoto, parando ao lado de sua poltrona.
- Opa! - Ele deu um sorriso bobo - desculpa ter falado aquelas coisas...
- Tudo bem... - Ela falou seca, olhando na direção de Tom.
- Olha acho que o seu namorado não vai acordar tão cedo...
- Não vim aqui por causa dele - Ela respondeu com raiva na voz - Queria te avisar que, amanhã, nós vamos sair.
- Sair? - James a olhou sem entender - Mas e o Tom?
- Ele não falou que me emprestava pra você? Pois então, amanhã seria perfeito, me pega no final do dia, na MPM.
- Tudo bem, a gente se vê amanhã - James confirmou com a cabeça sorrindo de ponta a ponta.
estava saindo pela pequena porta de entrada, quando deu um esbarrão com uma pessoa que entrava. Era um homem alto, de cabelos cacheados e olhos azuis penetrantes que engoliram quando seus olhares se encontraram. Ele carregava uma cerveja em uma mão e um cigarro em outra, infelizmente, a garota esbarrara na mão que continha a cerveja, que caiu em sua blusa, molhando-a.
- Desculpa! - Ele falou apressadamente.
- Droga! Você não olha por onde anda não? - encarou-o séria, além de ter que agüentar o papelão de ver Dougie bêbado, ainda tinha cerveja na blusa. "Meu Deus" Ela pensou logo em seguida, quando percebeu quem estava na sua frente, era o cara da festa, que ela tinha visto mais cedo com as meninas, era Johnny Borrell, o vocalista do Razorlight.
- Acho que vou prestar mais atenção da próxima vez - Ele deu um risinho, que na opinião de fora extremamente sexy - Se bem que, talvez seja melhor eu não ficar tão atento assim...
o encarou com uma expressão confusa, então ele continuou a fim de explicar.
- Se toda vez que eu for descuidado assim eu esbarrar com alguém como você... Bem, vou ser descuidado em tempo integral.
deu um risinho sem graça, junto com Johnny que lhe encarava descaradamente.
- Desculpa, não queria ter sido grossa, é que hoje o dia não está indo bem - Ela deu um sorriso fraco.
- O meu também não está muito diferente - Ele levou o cigarro à boca e logo em seguida soltou a fumaça para cima - Mas a gente pode melhorar isso, que tal, nós vazarmos daqui, ir pra algum lugar mais...
- ! Você não tinha ido buscar o carro? - apareceu logo atrás da amiga que levara um susto quando a outra tocara seu ombro.
- Ah é, bem é que alguém me impediu de fazer isso - Ela deu um risinho fraco encarando o homem.
- Eu te espero no carro - deu um pequeno aceno com a cabeça para Johnny que retribuiu.
- Eu acho que conheço aquela garota... - Ele disse fumando o cigarro.
- Glastonburry, ela estava junto com o namorado dela, Tom Fletcher - falou sorrindo.
- Ah é - Johnny disse despreocupado - Agora eu me lembrei...
- É melhor eu ir... - deu um risinho desviando do rapaz, que se virou para vê-la ir embora.
- Tchau , qualquer dia a gente se esbarra de novo - Ele deu um sorriso, ao ver que ela virara o rosto encará-lo - A propósito, meu nome é Johnny.
- É, eu sei!
entrou no carro com que a esperava impaciente, batucando no volante.
- Sem perguntas ou conversas que tenham o nome Thomas Fletcher no meio - apressou-se em falar assim que saiu com o carro.
- Tudo bem - deu um risinho, olhando pelo vidro na janela, o rapaz que ainda estava parado do lado de fora, fumando um cigarro.
- Nossa, pelo visto a coisa vai ficar preta pro lado do Tom hein? – falou despreocupada enquanto analisava o garoto que dormia profundamente no sofá.
- Eu não quero nem imaginar como a vai estar amanhã... – disse com pena – Mas ele também fez merda né, ?
- Quem fez merda pequena? – Harry chegou por trás de , agarrando-a pela cintura e logo em seguida dando-lhe um beijo no pescoço.
- Ninguém Harry, ninguém – virou o rosto dando um selinho no garoto – Sorte a sua, se você tivesse feito uma merda dessas...
- Não quero nem imaginar – Harry deu um risinho junto com – Quando eu era legal contigo, você já vinha com sete pedras na mão, imagina se eu faço isso?
- Ainda bem que você tem noção do perigo, Judd – deu um risinho mordendo o lábio inferior de Harry, que logo em seguida a puxou para alguns selinhos estalados que viraram um beijo apaixonado.
assistia a cena sem saber o que fazer. Procurava alguém ou algo para que pudesse olhar, mas não encontrou nada, era melhor sair dali, ficar de vela não dava. Ela subiu as escadas calmamente e se dirigiu até o banheiro do segundo andar, onde tinham três cômodos. Dois estavam com as portas fechadas e apenas o quarto de Charlie se encontrava aberto, ele estava procurando alguma coisa e deu um breve aceno para quando a viu passar, ela finalmente, entrou no banheiro, deixando a porta aberta logo atrás de si. Ela lavava as mãos calmamente, encarando-as, nem parecia, que ali, algumas horas antes, ela e Danny haviam se beijado, era uma coisa quase surreal. Ela levantou o olhar para sua imagem no espelho, mas não estava mais sozinha, agora a imagem de Danny que estava logo atrás dela, se refletia e a encarava. ficou calada encarando-o, ao mesmo tempo em que tinha tristeza e ressentimento no olhar, ela ainda sentia uma forte atração pelo garoto, era impossível não querê-lo.
Ele se aproximou calmamente, abraçando-a por trás, ao sentir seu toque, fechou os olhos dando um longo suspiro. Danny passou o rosto de leve contra o pescoço dela, beijando sua orelha e logo em seguida virando-a para si. Eles se encararam por alguns segundos, tocaram os narizes de leve, sentindo aquele toque e a respiração quente, seus lábios se encontraram, desesperados um pelo encontro do outro. Danny a segurou firmemente pela cintura, enquanto ela passava uma das mãos pela sua nuca, desarrumando seus cabelos.
- O que é isso? – Ela ria enquanto Danny, que já a beijava a um longo tempo, a arrastou até o quarto de Charlie, fechando a porta atrás de si. Começaram a se beijar novamente, mas dessa vez estavam deitados na cama macia do aposento. Os cabelos castanhos do rapaz agora estavam bagunçados. passava as mãos pelo peitoral de Danny, que já tinha algumas gotas de suor, levantando a blusa dele e jogando em qualquer direção. Várias marcas vermelhas agora podiam ser vistas no pescoço dela. Estava com a calça aberta e sua parte superior era coberta apenas pelo sutiã. Danny a beijava sem parar, se excitando cada vez mais. abriu o cinto e logo em seguida a calça do rapaz, que parecia pegar fogo. Ao sentir os apertões e chupões de Danny pelo seu corpo, gemia baixinho e apertava a nuca dele com força. Os dois queriam os corpos o mais próximo que podiam, era como se fossem um só. O tesão era tão grande, que nem notaram quando a porta do quarto abriu e tornou a fechar. Barulhos de beijos e baixos gemidos enchiam o quarto, até que a luz foi acesa.
- Harry! – resmungou.
- Foi sem querer – Ele falou baixo. Na mesma hora, os quatro se olharam. O vestido de estava tão levantado que sua calcinha parecia fazer parte do modelo da roupa. Havia um volume na calça de Harry e na de Danny também. estava sentada com a calça aberta e a blusa no chão. Os quatro ficaram se olhando pálidos, sem reação. Quando a ficha caiu, e gritaram e começaram rapidamente a se ajeitar.
- Desculpa, desculpa – e Harry repetiam insistentemente.
- Não, tudo bem – Danny respondeu sem jeito, colocando um travesseiro sobre o colo.
e Harry saíram do quarto e ficaram se olhando assustados. Ao ver que ela estava morta de vergonha, Harry caiu na gargalhada.
- Pagou calcinha – Ele batia na parede, vermelho de rir.
- Não tem graça – deu–lhe um tapa no braço.
- Vem, já sei – Harry puxou a garota para o banheiro, mas antes que pudessem entrar ela parou sem sair do lugar.
- Não Harry, de jeito nenhum - Ela o olhou mal-humorada.
- Tá bom tá bom - Ele falou impaciente - Que tal a gente dar o fora daqui então?
- E ir pra onde?
- Que tal pro meu flat? - Ele disse com um sorriso maroto dando um selinho na garota.
- Ótimo, nunca conheci a sua casa mesmo.
- Não acredito não acredito – Danny repetia com raiva, levando as mãos à cabeça, deitado na cama.
- Ai que vergonha! A ... O Harry! – ainda estava vermelha, enquanto colocava rapidamente sua blusa.
- Pensa pelo lado bom: – Danny a abraçou, encarando-a – Pelo menos não era seu pai.
- Aliás, essa festa é a cara do meu pai.
- Definitivamente não... - Danny a encarou sorrindo. Os dois permaneceram assim por alguns minutos, apenas se olhando.
- Você quer conversar?
- Sobre? - Danny perguntou.
- Sobre o que tem acontecido com a gente nos últimos dias... - mordeu o lábio inferior passando de leve a mão pelo rosto do garoto.
- Não, não - Danny levou o dedo indicador à boca da garota - Não vamos falar disso agora, vamos só ficar aqui, juntos.
- Ok - sorriu deitando a cabeça sobre o peito de Danny.
Os dois riram e continuaram ali conversando ou algumas vezes apenas sentindo suas respectivas respirações. Depois foram embora.
Capítulo 25
O dia mal começara e e já estavam atrasadas para o trabalho.
- Eu não acreditei quando eu ouvi - falava enquanto atravessavam a porta da empresa.
deu um longo suspiro. Assim que chegaram em casa na noite passada, jogou tudo o que era de Tom dentro de um saco e o colocou no canto do quarto, fotos, cartas, tudo fora jogado no saco. Antes de dormir, a garota chorou e falou tudo o que sentia para a amiga que ouviu pacientemente.
vinha na direção oposta. A garota estava extremamente bonita e sorridente também. Ela andou em direção as amigas quase saltitando quando parou a sua frente.
- Bom dia gente! – Ela deu um beijo no rosto de cada uma.
- Bom dia dona ! – retribuiu o sorriso – Tão alegre por quê?
- A vida é linda, tudo é lindo, o amor é lindo – Ela respondeu rapidamente com os olhos brilhando.
- Resumindo em uma palavra... ou melhor, duas – falou.
- Danny Jones! – aumentou o sorriso ao falar o nome.
- Você feliz e eu acabada – fez uma careta – Eu fico muito feliz das coisas estarem dando certo pra vocês , você não imagina o quanto.
- Eu sei disso... Bom, gente é melhor eu voltar pra minha sala – deu seu último sorriso e seguiu na direção oposta.
ia seguir para sua sala quando foi parada pela mão de .
- Não fica assim. Espera essa poeira baixar, ele vai correr atrás. Almoçamos juntas? – Ela perguntou e concordou com a cabeça. Cada uma foi para sua devida sala.
- Ei Juliet, tem alguma reunião marcada pra hoje? - abriu a porta, mas continuou encarando a secretária.
- Na verdade , seu primeiro cliente já chegou - Ao entrar na sala, se deparou com um buquê de violetas e um garoto loiro parado, ao lado da mesa. Ela revirou os olhos e andou até a sua cadeira.
- ...
- Não, não, nem começa - Ela fixava os papéis a sua frente - Meu dia mal começou.
- Eu sei. Só me escuta, por favor, dois segundos - Agora ele já estava ajoelhado ao lado da namorada.
- Nem um segundo Thomas!
- Pára de me chamar de Thomas!
- Não, não vou parar! Eu te chamo do que eu quiser! - gritou.
- , me escuta dois segundos.
- Um... - Ela contou impaciente.
- Olha, eu errei, mas eu estou aqui pra tentar reparar esse erro...
- Dois. Pronto - puxou um documento para perto de si e começou a escrever.
- Eu não imaginei mesmo que ia ser fácil - Tom fez uma cara triste e deixou o buquê sobre a mesa - Só quero que você saiba que eu não vou desistir.
- Ótimo, enquanto você passa o tempo bolando um plano mirabolante pra desfazer a merda que você fez - Ela disse estressada - Eu vou sair com o James, já que você me emprestou pra ele.
- Você não pode sair com o James! - Tom gritou.
- Não só posso como vou Thomas. Você não tem nada a ver com a minha vida já que nós não namoramos mais.
- Como assim?
- Você ouviu, eu não tenho mais nada com você, eu não sou mais sua namorada - continuou a escrever no papel.
- Você não pode estar falando sério... , por favor, eu estava bêbado... - Tom falou desesperado.
- Thomas, eu preciso trabalhar, pode sair, obrigada.
Ele a encarou por um tempo e saiu, andando devagar, e ao bater a porta, jogou o buquê no chão e enxugou os olhos, voltando ao trabalho.
estava sentada em sua mesa e terminava de dar um gole em seu café. Ela estava esperando a ligação de um dos clientes da nova campanha. Desde a hora que tinha acordado não conseguia parar de pensar no que tinha acontecido na noite anterior. Flashes vinham na sua cabeça. Sentiu seu rosto arder ao pensar no que poderia ter acontecido se Harry e não tivessem aberto a porta naquele momento. E como ela queria aquilo, voltar no tempo ou quem sabe até pará-lo só para poder se sentir feliz daquela maneira novamente.
O telefone começou a tocar quebrando o transe da garota. Prontamente ela atendeu a ligação.
- Sim Beatrice...
- Srta. – Beatrice começou a falar na voz calma de sempre – Sr. Daniel Jones no telefone.
- Ai meu Deus! – praticamente gritou no telefone. A garota em questão de segundos sentiu seu estômago dar cambalhotas e o coração pulsar forte – O Danny!
- A senhorita vai... Atender? – A secretária perguntou um pouco assustada.
- Se eu vou? É claro que eu vou! – gritou dessa vez – Pode passar! Não deixa ele esperando!
- Er... Tudo bem... Ele está na linha dois.
- Obrigada! – A garota apertou no botão da linha dois – Alô?
- ! – Danny a saudou com a voz um pouco alterada.
- Oi Danny...
- Então como você está? – Ele perguntou apressado tentando não prolongar qualquer tipo de silêncio pelo telefone.
- Eu estou muito bem mesmo. E você?
- Ótimo. Está muito ocupada? Se não eu ligo depois! – Ele falou mais uma vez atropelando as palavras.
- Não pra você Danny – respondeu – Pode me ligar quando quiser.
- Tudo bem então – Pelo seu tom de voz ela pode perceber que ele não esperava essa resposta – Vou te avisar uma coisa então. Hoje você vai ser raptada.
- Raptada? Como assim?
- Isso mesmo, depois do almoço eu vou passar aí pra te pegar.
- E nós vamos pra onde? – não conteve a curiosidade.
- Uma pessoa raptada nunca sabe pra onde vai até chegar lá – Danny respondeu com sarcasmo na voz.
- Mas...
- Sem “mas”. Quando der meio dia eu vou estar na porta da empresa te esperando. A não ser que você não queira...
- Não seja bobo! É claro que eu quero! – sentiu mais uma vez um sorriso despontar em seu rosto – Vou estar te esperando.
- Ok. Beijo .
- Beijo Danny.
A garota desligou o telefone e encarou a sala vazia. A porta se abriu e entrou com alguns papéis na mão.
- , você pode dar uma olhadinha nisso pra mim? – caminhava distraída em direção à mesa da amiga.
- ! ! – pulou nos braços de .
- Meu Deus! O que aconteceu?
- O Danny! Ele vem aqui me buscar na hora do almoço! – e se encararam e soltaram gritinhos finos.
- Ah, esquece essa besteira – arremessou os papéis por trás do ombro puxando pela mão em direção ao sofá.
- Aquilo era importante? – apontou para os papéis no chão.
- Bom, tem a assinatura do seu pai... Então deve ser – falava pausadamente com uma expressão pensativa – Que seja! Me conta! O que aconteceu?
contou tudo o que tinha acontecido minutos antes de entrar na sala. Esta ouvia com atenção e parecia super empolgada.
- Raptar? – gritou.
- fala baixo!
- Como se só eu estivesse gritando – rolou os olhos – Como assim raptar?
- Não sei! Ele não me falou!
- Ai que romântico! – sentiu os olhos brilharem – ele provavelmente está preparando alguma coisa fofa pra vocês! Só vocês!
- Será?
- Provavelmente! Se ele falou em rapto. Provavelmente ninguém sabe que vocês vão estar juntos... A não ser eu... Mas eu não vou comentar nada! Nem com a !
- E essa minha roupa? Não está muito séria? – mordeu o lábio inferior da boca.
- Séria? Amiga, você ta linda! Sem dúvida o Jones está te fazendo muito bem.
- Ai , eu nunca me senti tão bem e tão nervosa! – estava com o rosto escarlate – Que horas são?
- Ainda são... Nove horas da manhã – se levantou do sofá – Por isso, vai ocupar a sua cabeça com alguma coisa. Você poderia começar me ajudando com esses papéis.
- Aqueles que você jogou no chão? – gargalhou ajudando a recolher os papéis espalhados.
Após tirar as dúvidas sobre a campanha com . voltou para sua sala, conseguiu terminar a primeira parte do projeto. Resolveu relaxar um pouco. Seu celular começou a vibrar em cima da mesa. Ela largou o livro que lia e atendeu apressada.
- Alô?!
- ! Eu preciso da sua ajuda!
- Tom? – Ela disse surpresa – O que você quer? – Ela perguntou logo em seguida mal humorada.
- Ah , não, não, por favor – Ele disse triste e impaciente – Eu preciso da sua ajuda.
- Eu ainda não aprendi a fazer drinques Thomas, então tchau.
- Não, não! Não desliga, por favor – Ao ouvir que a garota ainda estava na linha, ele continuou – Por favor, você é minha última esperança.
Ao ver que tinha ficado calada continuou falando.
- ! A terminou comigo!
- Era o mínimo que ela podia fazer Thomas!
- , e-eu... Eu não... Eu não posso ficar sem a ! Por favor, eu estou te implorando, me ajuda!
- Se eu te ajudar ela vai ficar puta comigo!
- Ela não precisa saber! ...
Tom contou a o plano que tinha em mente, esta por sua vez, após alguns momentos de dúvidas e incertezas, resolveu ajudá-lo.
- Tá, eu já entendi – repetia.
- Mas é segredo , cuidado.
- Tom, eu não sou idiota – Ela disse olhando pro teto.
- Eu é que não sei – Tom soltou uma risada – É brincadeira.
- Olha só pra deixar bem claro...
- Ham...
- Eu só estou fazendo isso porque eu sei que a te ama muito e que ela será muito mais feliz com um idiota como você do que com qualquer outro.
- Obrigado , muito obrigado.
A porta do escritório abriu e entrou, acompanhada de . As duas vinham animadas em direção à mesa.
- Ei , vamos almoçar? – perguntou.
- Ah... Claro – soltou um sorriso forçado – Então... Margareth, eu te ligo mais tarde tudo bem?
- Margareth? – Tom sussurrou revoltado.
- Um beijo querida, tchau – fechou o celular com força e levantou – Então, Outback?
- Tô desejando aquela batata frita – caminhou até a porta - A vai com a gente?
- Não não, ela falou que tinha muito trabalho – respondeu apressadamente.
- “Homens são de Marte e mulheres são de Vênus” – leu em voz alta – Não acredito que você tá lendo isso – As duas amigas riram.
- Peguei da estante da – sorriu, pegou a bolsa e acompanhou as amigas até o elevador.
- Presente! É falta de educação devolver – Ela se explicou.
- Duvido – As três entraram no carro de e foram para o restaurante.
fechou a porta de sua sala e a trancou logo em seguida. Beatrice a encarou um pouco confusa, já que sempre passava do expediente na empresa.
- Beatrice eu vou sair e não volto mais hoje.
- Mas e a sua reunião das três horas?
- Cancela e marca pra... Segunda-feira! – sorriu de ponta a ponta.
- Tudo bem... – Beatrice anotou alguma coisa no bloco que ficava ao lado de seu computador – Vou ligar para desmarcar agora mesmo.
- Ótimo! – já ia seguir para o elevador quando tornou para a mulher – Beatrice? Assim que você terminar de fazer essa ligação pode tirar o resto do dia de folga.
- Ah... Muito obrigada – A mulher sorriu agradecida.
- Agora eu já vou – deu um passo para frente, porém parou – Ah! Mais uma coisa!
- Sim?
- Sempre que o senhor Daniel Jones ligar pode passar a ligação para a minha sala sem avisar. Bom final de semana.
Após alguns segundos a porta do elevador se abriu. O saguão estava repleto de pessoas entrando e saindo, era assim no horário do almoço. andou com passos decididos até a gigantesca porta giratória de vidro. Ao chegar ao lado de fora, seus olhos percorreram esperançosos pela rua. Ela ouviu uma buzina que chamou sua atenção para um doas carros estacionados. Danny deu um aceno de dentro do automóvel, com um sorriso de ponta a ponta. veio caminhando e entrou rapidamente.
- Oi – Danny se virou para ela.
- Olá! – não conseguiu controlar a voz e praticamente gritou. Danny pareceu um pouco espantado, mas sorriu. Ele colocou uma das mãos no queixo de puxando seu rosto para o dele. Seus lábios se tocaram em questão de segundos, parece que nenhum dos dois tinha paciência para retardar esse momento.
- Nossa, pensei que seqüestradores fossem grosseiros e violentos – falou entre o beijo.
- Ah, eu sou do tipo bonzinho. – Danny deu um selinho ficando apenas com o nariz colado ao da garota.
- Então, você não vai me contar pra onde nós vamos?
- Não – Ele respondeu simplesmente se divertindo com a curiosidade de – Daqui a pouco você vai ver.
- Que malas são essas? Ei, essa mala é minha! Você ta pensando em me tirar do país? – Ela olhou para os bancos de trás.
- Não... Ainda não!
- Como você consegu...
- Eu liguei para Carmen, aquela senhora que trabalha na sua casa, e falei que você tinha pedido pra ela arrumar uma mala pequena.
- E ela caiu nessa? – o olhou, espantada.
- Mas é claro! – Danny deu um risinho convencido – Agora põe o cinto.
O relógio marcava duas horas em ponto. Na sexta-feira os empregados costumavam sair mais cedo. , que já estava entrando no carro em direção a sua casa, sentiu o celular vibrar e fora obrigada a atendê-lo.
- , tá faltando pão, queijo, azeite, açúcar...
- Chá, trigo – Tom sussurrava enquanto os dois subiam até o apartamento.
- Chá, trigo – continuou – Café, tomate, alface...
- ? – perguntou surpresa.
- Não! É o Papai Noel! Só to ligando pra te informar algumas coisas pra você comprar saber, to querendo fazer uma parada na sua casa esse Natal.
- o que você quer? – rolou os olhos destravando o carro.
- Eu estou falando! Anota tudo! – aumentou o tom de voz e minutos depois a lista fora feita.
- Tudo isso?! – perguntou espantada – Mas eu não comprei semana passada?
- Não, acabou tudo, a geladeira está vazia – encarou Tom com censura, que só fez rir.
- Meu Deus, eu não sabia que a situação tava tão ruim – ligou o carro – Falta mais alguma coisa?
- Se falta mais alguma coisa? – olhou pedindo ajuda, mas Tom abriu a porta e Dougie apareceu instantaneamente com um largo sorriso – Dougie!
- Tá faltando o Dougie? – A amiga perguntou confusa.
- Não! Quer dizer, sim, eu to morrendo de saudade dele, mas enfim, traz um pouco mais de chocolate e...
- Detergente – Dougie falou baixo.
- Detergente! – tentou parecer séria.
- Credo... Tá, tudo bem – As duas desligaram e Tom fechou a porta.
- , eu bolei tudo – Ele disse animado – Você vai sair com o Dougie, e eu vou terminar de fazer o jantar.
- O que diabos você tá cozinhando? – Ela perguntou enquanto caminhava até a cozinha.
- Macarrão com queijo – Tom respondeu sorridente.
- Com esse cheiro? – Ela perguntou com cara de nojo – Parece mais ovo estragado.
- Olha o que eu achei – Dougie apareceu na cozinha com uma cartela de ovos quebrados, que sujavam o chão a cada passo que o garoto dava.
- Credo, onde você achou isso? – o encarou com a mão no nariz.
- Estava no sofá – Tom disse batendo na testa – Eu comprei e ia usar na minha receita para a sobremesa. Mas eu não me lembro de ter comprado uma cartela inteira de ovos quebrados dude!
- Eu sentei em cima, foi mal – e Tom se olharam e depois encararam Dougie, que tentava limpar a calça.
- Tá. Vão curtir o resto do dia de vocês que eu arrumo isso aqui – Tom empurrou os dois até a porta.
- Eu não posso sair assim – Dougie apontou para o traseiro – Tem alguma calça sua aí, Tom?
- Eu vou ver – Thomas andou até o quarto de . Abriu o armário e procurou alguma roupa sua, mas se surpreendeu ao não encontrar nenhuma. Olhou em volta do quarto e viu um saco de lixo preto jogado no canto. Andou até o lugar e abriu o saco, puxou uma bermuda clara que estava ali. Ele pôde ver o porta-retratos que havia embaixo dela. Era uma moldura simples e bonita, que guardava uma foto na qual sorria enquanto ele lhe dava um abraço apertado. Os olhos de Tom ficaram úmidos, então ela realmente tinha falado sério em relação ao fim do namoro? Ele não podia ficar ali naquele clima. Fechou a porta e foi até os dois que o esperavam na porta.
- Aqui - Tom entregou a bermuda e Dougie trocou rapidamente dentro do lavabo.
- Valeu – Dougie deu um tapinha no ombro do amigo.
- Divirtam–se.
- Boa sorte – Os dois desejaram juntos e saíram.
Danny e já estavam na estrada há mais de uma hora. Eles conversaram muito, riram, cantaram músicas que tocavam nas rádios. Ambos se sentiam muito bem, mas por mais que o tempo passasse não conseguia controlar as borboletas no estômago que pareciam melhorar e pior a toda hora.
- Você realmente não vai me falar onde nós estamos indo vai? – Ela riu olhando para a paisagem que passava rapidamente pelo vidro.
- De jeito nenhum. Aliás... – Danny diminuiu a velocidade colocando uma das mãos no portas-luva.
- O que é isso?
- Uma venda, ora bolas – Ele riu – Pode colocar, nós já estamos chegando.
- Tá bom. – fez um bico colocando a venda – Eu estou me sentindo uma idiota sabia?
- Ah, qual é? A venda tá combinando com o seu vestido.
- Ah claro! Isso é realmente reconfortante Daniel Jones – Ela riu.
- Ok, mamãe. – Danny entrelaçou uma das mãos de dando um beijo – A gente já ta chegando. Pra falar a verdade... Nós acabamos de chegar.
sentiu o carro parar. De imediato sua mão foi em direção a venda, mas Danny impediu que ela fizesse isso.
- Não, não! Fica aqui dentro rapidinho. Eu volto em um minuto.
- E se alguém aparecer aqui?
- Quem?
- Não sei! Um seqüestrador de verdade? – Ela deu de ombros.
- Acredite, não vai aparecer ninguém. Confia em mim?
deu um sorriso com o canto da boca e concordou com a cabeça. Ela pôde ouvir Danny se afastando. Uma nova música tinha começado no rádio. cantava baixinho na esperança de sentir o tempo passar mais rápido. A música acabou e outra já tinha começado, no entanto Danny ainda não havia voltado. Ela decidiu ser paciente, se ele tinha dito para esperá-lo ela faria assim. Novamente, mais uma música acabou, sendo que esta última pareceu ter mais de sete minutos. deu um suspiro impaciente quando ouviu passos vindo em sua direção. A porta do passageiro foi aberta. Danny lhe estendeu uma das mãos e a abraçou pela cintura com a outra.
- Ah vamos, eu já posso tirar a venda, não? – fez uma voz melosa.
- Não. Seja paciente! Só mais alguns passos e você poderá tirar a venda – Danny falou em seu ouvido.
- Tá frio! – sentiu o corpo se arrepiar com o vento frio que bateu.
Os dois caminharam em silêncio uma curta distância quando Danny finalmente parou.
- Vou tirar a venda – Ele a abraçou por trás falando em seu ouvido. Danny desatou o laço e deixou que a garota matasse a curiosidade.
ficou sem palavras. Ela conhecia aquele lugar muito bem. Era um chalé nas montanhas. As famílias deles costumavam passar as férias naquele local. A casa tinha uma sala enorme com a qual eles se depararam. A lareira estava acesa e a luz entrava na sala pelas grandes portas de vidro que davam para uma grande varanda. Uma rede xadrez estava armada, ao seu lado uma garrafa de vinho e duas taças aguardavam para ser usadas. De lá podiam ver o grande lago onde quando crianças eles costumavam passear em pequenas canoas. No chão, em frente à lareira havia um colchão com grandes almofadas e edredons que pareciam muito aconchegantes.
- Você... Preparou tudo isso? – estava boquiaberta.
- Pra você... – Danny completou abraçando-a com força.
- Danny está tudo tão perfeito – se virou para o garoto abraçando-o pelo pescoço. Logo suas bocas encostaram-se em um beijo calmo – Muito lindo.
- Eu ou o que eu fiz?
- Os dois! – gargalhou – Eu não sei nem por onde começar.
- Que tal colocar uma roupa mais quente? – Ele indicou a mala que estava jogada no canto.
- Claro!
- , vai descendo aí pra me ajudar a tirar as sacolas do carro – falava no celular enquanto tentava estacionar o carro.
- Sabe o que é ? – mordeu a boca – É que o Dougie apareceu de surpresa, aí eu não estou em casa.
- ! Você me fez comprar esse monte de coisa e não vai comer?!
- A gente come tudo – Uma voz masculina falou ao lado de .
- Ué... Quem tá com você?
- É o James, a gente tinha marcado de sair.
- Ah sim, quando eu chegar a gente conversa, beijo.
- Beijo – desligou e começou a subir as compras com James.
- Ela ficou chateada? – Dougie perguntou enquanto dirigia.
- Não, ela tá com o James – foi perdendo o sorriso que tinha no rosto e olhou para Dougie com os olhos arregalados – Ai meu Deus!
- Ela tá com o James?! – Ele perguntou espantado.
- Tá! – Os dois ficaram em um silêncio apavorante.
- Cara, isso vai dar uma merda... – Dougie respirou fundo.
O elevador chegou no 5º andar e a porta abriu. e James pararam em frente à porta. Enquanto ele se matava para segurar as sacolas, abriu a porta e entrou.
- Eu falei pra anta da deixar a luz acesa – Ao apertar o interruptor, ela tomou um susto. Tom estava parado ao lado da mesa, que estava posta para dois, com velas e algumas flores espalhadas por cima. Além da mesa, todo o apartamento estava iluminado por velas. Os dois se olharam firmemente.
- Eu coloco isso na cozinha? – James mal conseguia ver, entrou direto e colocou as compras ao lado do fogão – E aí, você vai querer o que?
Ao chegar na sala, Tom encarava James com raiva. Ao perceber que estava sobrando na situação, este se dirigiu até a porta.
- Eu... Eu vou indo nessa.
- Não James, fica – o segurou pelo braço – Pode ficar.
- Não , é sério.
- Imagina, eu sou sua hoje, me emprestaram pra você – encarou Tom com decepção.
- Amanhã a gente se fala.
- James, fica – Ela insistiu.
- Você ainda pede pra ele ficar?! – Tom gritou.
- A casa é minha Fletcher, e fica aqui dentro quem eu quiser – Ela andou até o garoto – E se ainda não percebeu, se tem alguém pra sair daqui, é você!
- Eu? você está indo longe demais!
- Olha aqui Thomas, nós não namoramos mais! – Ela destacou o “não”.
- , a gente se fala uma outra hora – James deu um beijo no rosto da garota e um breve aceno para Tom - Boa noite.
James saiu com pressa fechando a porta atrás de si. Tom e agora se olhavam de perto, ambos mostrando raiva. Entretanto, o olhar dela mostrava além disso, mostrava tristeza.
- Eu não vou sair daqui enquanto você não sentar nessa mesa e me ouvir.
- Eu não tenho nada pra ouvir de você.
- , senta, por favor.
- Você não vai desistir não é? - Ela o encarou tristonha.
- Não, não vou - Ele disse decidido.
- Você está perdendo seu tempo Thomas – saiu andando em direção ao seu quarto batendo a porta atrás de si.
Tom se aproximou do cômodo e pode ouvir o chuveiro ligado. Ele conhecia a namorada. Provavelmente estava chorando nesse momento. tentava se mostrar forte, mas estava arrasada.
Danny passava a mão de leve pelo braço de . Eles estavam deitados na rede da cabana, cobertos por uma manta de lã feita pela mãe dele. A garota descansava a cabeça no peito de Danny. Ela conseguia sentir a respiração calma dele e ouvia seu coração. A vista estava linda, o pôr do sol já tinha se iniciado e eles assistiam com uma vista privilegiada.
- E nós apostamos uma corrida! – falava animadamente – A Amanda e o Carl ficaram pra trás. Eu nunca vi ninguém remar tão rápido.
- Bom, eu tive que me esforçar – Danny riu – Você não era a mais rápida e eu sabia o quanto você queria vencer. Nossa eu fiquei com um calo na mão... Até hoje eu tenho a marca.
- Mentira! Cadê? – perguntou puxando a mão do garoto – Meu Deus Danny! Você era louco.
- Eu fazia de tudo para te impressionar e pra ganhar é claro.
- E acredite, você sempre conseguia e ainda consegue – deu um selinho no garoto – Danny... Posso te pedir uma coisa?
- O que você quiser.
- Me rapta mais vezes?
Danny deu uma gargalhada depositando um beijo no topo da cabeça de .
- Ei ! – O garoto começou a mexer o corpo a fim de fazer a rede se mover de um lado para outro.
- Não! Pára Danny! Eu odeio isso! – Ela se agarrou ao corpo do garoto enquanto sentia a rede ir mais rápido – A gente vai cair.
- Cair? – Danny gargalhou parando subitamente – Não, espera aí. Me explica como é que a gente vai cair de uma rede...
- Sim! Essa casa tem uns mil anos! As paredes não vão agüentar! E além do mais essa proteção da varanda é muito baixa, vai que eu vôo e caio no lago?
- Er... Não me convenceu. Então eu acho que nós vamos ter que balançar de novo! – Danny aumentou a voz em um tom quase assustador que fez dar gritinhos enquanto mais uma vez a rede se movimentava.
saíra do banho e colocara um robe por cima do pijama que usava. Tom estava sentado à cama encarando a porta, nenhuma luz do cômodo estava acesa, não era necessário, pois o sol ainda iluminava a cidade. não disse uma palavra, ficou parada à porta do banheiro apenas esperando.
- E você ainda está aqui – Ela passou as mãos pelo rosto.
- E eu vou ficar aqui até você concordar em jantar comigo e... Você sabe como eu posso ser teimoso às vezes.
- Jantar? Bom, acho que você está um pouco adiantado não? – Ela indicou a janela com a cabeça.
- Digamos que um pouco ansioso... Você não sabe como é ter um cara teimoso e ansioso na sua casa... – Ele respondeu em tom ameaçador.
deu um longo suspiro caminhando a passos largos até a sala. Com um estrondo ela afastou a cadeira e sentou-se a mesa. Tom saiu do quarto atrás dela e em seu rosto um sorriso desbotava. Minutos se passaram e logo a comida estava à mesa. começou a comer em silêncio. A garota sentia os olhares de Tom sobre ela e logo seu rosto começou a arder. Passaram–se mais de dez minutos de silêncio.
- , desculpa...
A garota permaneceu calada e deu um gole no vinho.
- Eu ainda tenho alguma chance? – Tom a olhou arrependido. Como era difícil ter que dizer não.
- V-Você não tem a menor dimensão do que você fez não é? – respondeu com raiva na voz.
- Eu estava bêbado... – Ele falou com a voz baixa.
- Thomas! Você me humilhou! Falou aquelas coisas sobre a Giovanna na frente de todo o mundo!
- Eu estava bêbado! – O garoto explodiu aumentando a voz.
- Não justifica! - gritou - Nada justifica o que você fez! Quando se está com outra pessoa você deve ter respeito, mas nem isso você teve por mim! Muito pelo contrário, ainda quebrou uma promessa! Encheu a cara!
- Eu sei... Que se eu estivesse no seu lugar...
- Não, você nunca estaria no meu lugar, porque eu nunca faria um papelão desses - deu um riso irônico.
- Eu sei que não... – Ele estendeu a mão tocando levemente a dela – Você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida... Eu faço qualquer coisa...
- Eu quero um tempo...
- Não! Não me peça isso porque eu não vou te dar - Tom implorou - eu não... Eu vou viajar semana que vem, por favor, eu não quero viajar brigado com você.
- Tivesse pensado nisso antes... - ficou calada.
- Eu fiz tudo isso pra você as flores e as velas. Elas são roxas sabe? - Tom fungou transparecendo o choro que tinha começado - , por favor.
deu um longo suspiro escondendo o rosto com as mãos.
- Amor...
- Thomas, não me chama assim.
- ! ! Amor! – Tom foi aumentado a voz – Eu não vou te perder! Eu sei que eu errei, mas olha... Tudo o que nós vivemos! Você me apoiou a continuar a seguir meu sonho! O nosso relacionamento! A nossa amizade!
- Eu não quero ouvir mais nada. Sai de perto de mim, por favor, Thomas – levantou chorando, seguindo para o quarto, ele foi atrás – V-Você bebe, fala que sente falta da sua ex-namorada, m-me desrespeita, me empresta pro seu amigo que gosta de mim, e ainda vem pedir desculpas, v-você é muito cara de pau Thomas Fletc... – Tom puxou pelo braço e a abraçou com força, enquanto ela se debatia, dando soquinhos em seu peito.
- Não vou te soltar – Ele falou em seu ouvido.
- Eu te odeio – Ela retribuiu com tal entusiasmo que o abraçou forte pelo pescoço, matando a saudade.
- Me perdoa? - Tom perguntou mais uma vez - Perdoa o idiota que você odeia?
não falou, ela escondeu o rosto sobre o peito do garoto chorando.
- Eu sou uma idiota por fazer isso Thomas - falou baixinho - Mas eu te amo demais pra não te perdoar.
- Então nós somos o casal perfeito amor - Tom segurou o rosto da garota com as duas mãos encarando-a - Dois idiotas juntos.
- Essa não teve graça Tom - deu um risinho enxugando as lágrimas.
- Desculpa - Ele mordeu o lábio.
- Pelo que?
- Pelas duas coisas, pela merda que eu fiz ontem e pela merda que eu falei agora - Ele encostou o nariz no dela.
- Ok, está desculpado, mas só por causa das velas - Ela sorriu dando um beijo de leve na boca do garoto.
- Então o que nós vamos fazer hoje? – perguntou com a voz manhosa no telefone.
- Você tem alguma coisa em mente? – Harry tinha a voz entediada.
- Não, estou sem idéias.
- Eu estou sem energias pra pensar em qualquer coisa.
- Sem energias? O que você andou fazendo? – Ela perguntou desconfiada.
- Nada de errado eu garanto – Harry respondeu em tom divertido.
permaneceu calada assim como Harry.
- Ei, encontrei a solução para os nossos problemas! Quer ouvir?
- Claro!
- Acabei de achar aqui jogado na mesa um panfleto de um pub novo da cidade. O que acha da gente ir lá conferir? Hunter! Esse é o nome.
- Nossa, pra quem estava sem energias até que você está mandando bem nas idéias.
- Obrigado. E então o que me diz?
- Er... Isso vai parecer besteira, mas... Eu não tenho roupa.
- Ah fala sério! Coloca qualquer coisa, o lugar vai estar cheio e ninguém vai reparar.
- Com licença! Eu quero ir bem vestida! – reclamou.
- Tá bom... Então dá a opção de outro lugar pra gente ir e que você tenha roupa – Harry sugeriu com um tom impaciente.
- Estou sem opções... Mas... Eu tive uma idéia agora...
- Sou todo a ouvidos.
- E se nós... Saíssemos agora pra comprar uma roupa? – Ela falou animada.
- Ah não!
- Por favor, Harry! – falou com a voz sedosa – Eu juro que não demoro...
- Ai droga... Tá, tá! Mas... Nós não vamos demorar. Vou sair daqui e passar aí pra te pegar. Vou ligar pro pessoal avisando.
- Então nós estávamos correndo pra achar uma saída de emergência! O prédio estava pegando fogo! – As mãos de faziam movimentos apressados chamando a atenção de todos que estavam no estabelecimento.
- Você deve ter ficado apavorada! – Dougie deu um gole no café.
- A é tão lesa que enquanto nós estávamos descendo as escadas ela ficava rindo! Gargalhando! – A garota rolou os olhos – Ela sempre faz isso quando fica nervosa. Quando nós chegamos do lado de fora começou a chorar! Eu mereço olha...
- Sério que ela faz iss... Panquecas! , como você não me mostrou antes? – Dougie ignorou a história da garota enquanto tinha os olhos no pedido da mesa ao lado.
- Dougie! – o encarava, boquiaberta – Eu não acredito que você trocou a minha história emocionante por umas panquecas.
- Mas porquinha... Elas tinham cobertura de cereja... E tem sorvete em cima também... Agora o sabor é de... – Dougie ia afastando o corpo da cadeira a fim de enxergar melhor a outra mesa quando foi surpreendido pelo olhar do senhor que estava sentado nela – Opa! Tudo bom? – Dougie deu um aceno completamente desconcertado.
deu uma olhada para trás e também recebeu um olhar do senhor da mesa. A garota virou subitamente caindo na gargalhada enquanto apontava para Dougie.
- Vá em frente peça a sua panqueca – Ela falou entre gargalhadas.
- Vou pedir mesmo – Dougie coçou a cabeça enquanto procurava o garçom – Cadê esse cara? Ah ta bem ali... – Dougie parou de falar quando sentiu o bolso da calça vibrar – Alô?
- Ei Dougie ta fazendo o que?
- Eu to de bobeira aqui em um café com a porquinha – Dougie deu um sorriso bobo para que não prestava a mínima atenção à conversa. A garota estava mais preocupada em arrancar a última quantidade de chocolate quente que tinha na xícara. Com um canudo ela tentava o feito, emitindo um barulho irritante.
- Hoje à noite vamos naquele pub que eu te falei outro dia?
- Qual dude? – Dougie perguntou enquanto acenava para o garçom.
- Hunter!
- Eu acho uma boa idéia... Uma panqueca... – Dougie falou rapidamente – Ta vendo o homem daquela mesa? – Ele apontou recebendo mais uma vez o olhar do senhor – Eu quero o mesmo pedido dele e...
- Panqueca? Que homem? Dude do que você ta falando? – Harry perguntou sem entender.
- Não! Eu to falando com o... – Dougie respondeu em tom pensativo – Qual o seu nome dude?
- Ed – O garçom respondeu saindo de perto da mesa.
- Tava falando com o Ed! – Dougie respondeu.
- Ham... Não faço idéia de quem seja, mas tudo bem – Harry falava confuso – Então, vocês topam?
- O que você acha ? A gente sair à noite pra um pub novo?
- Ótima idéia! – bateu palmas animadas – Faz tempo que eu não danço.
- Nós topamos dude! Pode deixar que eu ligo pro Fletcher. Liga pro Danny?
- Ótimo, agora eu tenho que ir. Vou passar pra pegar a .
- Não ta meio cedo não? escureceu.
- Acontece que a não tem roupa – Harry rolou os olhos – Vou sair com ela pra comprar uma.
- Você? Comprar roupa? – Dougie falava entre gargalhadas – Vá lá garotão. Boa sorte!
O céu estava estrelado nas montanhas. Uma leve neblina tinha se formado dificultando a visão do lago. e Danny decidiram sentar perto da lareira a fim de se esquentar. O casal estava sobre os edredons. Danny tinha o violão no colo e a cabeça de apoiada em seu ombro.
- Ta bom, vou tocar uma aqui muito boa! – Danny e gargalhavam.
- Realmente. Você acabou de tocar “parabéns pra você” Danny! – deu um gole no vinho – Agora vem o que? “Amo você... Você me ama... Somos uma família feliz...” – A garota cantou arrancando risadas de Danny que no exato momento começou a cantar junto com ela.
- Outra... Já sei! – Danny moveu as mãos rapidamente pelo violão – “She’s a honky tonk woman! Gimme, gimme, gimme the honky tonk girl”.
- Essa é legal! – gargalhou enquanto se balançava de um lado para o outro – Outra!
- Sim! O bom é que a gente não consegue terminar uma música! – Danny riu junto com .
- Assim a gente não enjoa! Vamos, outra!
- Você está muito mandona, sabia? – Danny a olhou com o canto do olho.
- Você obedece porque quer – Ela falou com ar convencido.
- Ah é assim? Então não vou fazer mais nada do que você mandar!
- E se eu quiser um beijo?
- Er... Então eu posso abrir uma exceção – Danny aproximou seu rosto ao de beijando-a delicadamente.
- Outra música!
- Tá bom! – Ele rolou os olhos – “Jungle Matt, Jungle Matt, Jungle Matt, in his jungle hat”. Pronto agora acabou a música! – Danny colocou o violão sobre o sofá no qual tinha as costas apoiadas – Nossa finalmente me livrei daquele violão, o cara fica de vela aqui.
deu uma gargalhada abraçando Danny. O garoto passou as mãos pela sua cintura puxando-a para mais perto.
- Sabe o que a gente podia fazer? – o encarou rapidamente.
- Ficar nus e nadar no lago! – Danny respondeu rapidamente.
ficou alguns segundos em silêncio e começou a gargalhar.
- Eu tava brincando! – O garoto completou.
- Tá muito frio! – passou as mãos contra os braços.
- Quer dizer que se não estivesse você iria nadar no lago? – Danny perguntou segurando o riso.
- Não! Claro que não! – Ela sentiu o rosto arder enquanto tentava reparar o que tinha dito.
- Tá bom! Pode falar que esse sempre foi seu sonho de criança !
- Não! Não! – Ela tentava esconder o rosto – Se bem que...
- Você tava mesmo falando sério?
- Mais ou menos... Sei lá... Desde pequena quando eu vinha pra cá eu pensava em fazer isso – Ela falou com o rosto entre as mãos.
- Nossa que alívio! Eu achava que só eu tinha vontade de fazer isso... – Danny deu um suspiro seguido de um silêncio.
- Isso foi uma indireta pra nós nadarmos pelados no lago? – perguntou olhando-o com o canto do olho.
- Claro que não! – Danny respondeu atropelando as palavras – Ia ser legal é claro, mas eu não quero te ver pelada! Quer dizer... Eu quero!
mordeu o lábio inferior segurando o riso enquanto assistia o rosto de Danny se tornar mais vermelho em meio às palavras que ele soltava.
- Não! Eu não quero te ver... Ah... Você entendeu!
- Eu adoro quando essas coisas acontecem... Te deixar sem graça é muito raro sabia? – comentou enquanto enrolava com a ponta do dedo uma mecha de seu cabelo.
- É né... – Danny mordeu o lábio inferior – Eu viajo daqui a alguns dias sabia?
- Ui, ótima saída. Animado com a turnê? - perguntou sentindo as mãos de Danny apertarem sua cintura.
- Bastante, mal posso esperar para pular feito um doido naquele palco - Ele falou com os olhos brilhando.
- Só falta você falar que vai ser jogar naquele mar de pessoas pra elas te carregarem e depois te jogarem de volta no palco.
- Mas é claro que eu vou! Tenho que aproveitar meu momento rock star.
- Um garoto pode sonhar não é? - falou gargalhando.
Assim que terminou a frase, encarou Danny, o garoto tinha o rosto vermelho e dava gargalhadas.
- O que foi? Eu disse alguma coisa errada? - Ela perguntou sem entender.
- Não, agora eu me lembrei de uma coisa.
- Ai Meu Deus, lá vem besteira...
- Pára amor! – ria entre os cobertores enquanto Tom mordia seu pescoço.
Tom deu um pequeno risinho, voltando a morder o pescoço da namorada, puxando-a para perto de si.
- Pára! Você sabe que eu sinto cócegas! – Ela falou contorcendo seu corpo, que estava preso pelos braços de Tom – Thomas!
- Essa foi boa – Ele a encarou rindo – Pareceu minha mãe agora...
- Até parece!
- É sério – Tom aproximou seu rosto, encostando o nariz dos dois – Não me chama de Thomas.
- Mas eu acho esse nome tão lindo! O que tem demais? – mordeu o lábio inferior.
- É estranho. Minha mãe sempre me chama assim quando está com raiva...
- E eu estava com raiva... – Ela encarou-o séria, passando uma das mãos pela bochecha do garoto, mas logo em seguida deu um pequeno sorriso – Muita, muita raiva! Mas agora não.
- Desculpa , desculpa. Se você quiser eu repito mais de cem vezes.
- Não precisa Thomas, você foi perdoado - Ela riu assim que disse o nome mais uma vez.
- Deixa pra chamar nosso filho de Thomas então, quando ele quebrar alguma coisa da nossa casa ou quando ele tiver chegado tarde em casa, bêbado.
- Nosso filho? – deu um sorriso bobo para Tom, os dois ficaram calados, apenas se olhando.
- Claro, daqui a alguns anos, o little Thomas vai nascer.
- Tudo bem, daqui a alguns anos, mas primeiro, ele não vai quebrar nada e não vai chegar bêbado em casa.
- Coitado, deixa ele se divertir um pouco amor! – Tom deu um risinho, assim que recebeu um tapinha de no braço.
- Você adora me irritar né Thomas? – Ela levantou uma sobrancelha encarando-o séria.
- Você fica linda toda bravinha, eu não resisto – Ele aproximou seu rosto do de , beijando-lhe delicadamente os lábios. Eles provavelmente permaneceriam daquele jeito por muito tempo, deitados, apenas conversando, olhando um para o outro, fazendo planos, se não tivessem sido interrompidos pelo celular de que tocava insistentemente sobre o criado mudo.
- Amor, atende... – falou entre o beijo.
Tom deu um selinho na namorada, se virando para pegar o celular.
- Alô? – Ele atendeu animado.
- Eita! Pelo visto o seu plano deu certo! – gritou do outro lado do telefone.
- E você nem sabe! Nós finalmente estreamos o sofá!
- Na minha cama? – perguntou horrorizada.
- Enfim deu tudo certo! Você sabe como é: ela não resiste a esse meu charm... – Antes que Tom pudesse terminar, puxou o celular de sua mão.
- Oi .
- Desculpa se eu interrompi alguma coisa... – apressou-se em falar.
- Amor, vou lá na cozinha, tô precisando repor as energias – Tom falou no ouvido de , que apenas acenou afirmativamente com a cabeça, vendo o namorado se levantar e colocar a boxer xadrez que estava jogada no chão e sair em direção a cozinha.
- Eita, que o negócio foi bom hein dona ? O Thomas tá precisando até comer? Porra! – riu do outro lado da linha, também pode ouvir o riso de Dougie, que provavelmente estava junto da amiga, ouvindo tudo.
- , vá direto ao ponto, qual o motivo da ligação? – perguntou diretamente.
- Tá bom tá bom. Bem é que o pessoal, Dougie, Danny, Harry e ... Ah, tem mais uma menina, uma tal de , todo mundo fala que ela é gostosa pra caralho... Se eu fosse homem eu pegava ela olha...
- ! Fala logo! – falou entre risos.
- Tá! Bom, todo mundo vai pra um pub, o “Hunter” sabe? Aquele que fica no centro.
- Ah sei...
- Pois é, então eu tô ligando pro casal, pra saber se vocês querem aparecer por lá ou vão querer aproveitar sozinhos por aí...
- Olha , eu vou falar com o Tom, qualquer coisa a gente aparece por lá... Mas que horas isso? Quer dizer... Que horas são?
- Nossa! Chega tá perturbada depois dessa tarde com o Senhor Fletcher hein ?
- ! Pára de me encher o saco! – riu – Eu vou falar com ele, a gente aparece por lá se der...
- Ok chuchu, beijos.
- Tchau , manda um beijo pro Dougie, que com certeza tá ouvindo essa conversa.
- Eu não tava ouvindo não! – Dougie gritou ao fundo.
- Tá bom Poynter, tá bom..
- Lembra quando eu ensaiava na minha garagem?
- E eu ficava dormindo na sua cama que tinha o melhor colchão de todos os tempos? - riu.
- É, mas nesse dia você não estava dormindo.
- Não? E o que eu estava fazendo? - perguntou confusa.
- Sendo grouppie por um dia - Danny deu um sorriso de ponta a ponta - Nós estávamos na minha garagem, só eu e você, todos já tinham ido embora.
- E o que nós estávamos fazendo? - arregalou os olhos tentando se lembrar do ocorrido.
- Nada demais! - O garoto riu ao encarar a garota - Eu estava tocando alguma música do The Who e pedi pra você ficar gritando e cantando junto comigo.
- Nossa, eu era tão ridícula - sentiu o rosto ficar vermelho.
- E essa não é a parte engraçada.
- NÃO?
- Não... - Danny deu um risinho - Enfim eu me empolguei cantando e tocando e bem, você também estava super animada.
- E o que aconteceu?
- Eu deixei a guitarra e pulei em cima de você, eu acho que por alguns segundos eu realmente imaginei que havia um mar de gente na minha frente.
- Meu Deus! - gargalhou.
- Eu caí em cima de você e foi nesse dia que eu quase te beijei - Danny corou um pouco, massageando de leve a cintura da garota.
- Nossa agora eu lembrei... - o encarou com o rosto mais vermelho que o dele - Você ficou me encarando por vários segundos e nós dois estávamos calados, sem falar uma palavra até que...
- Minha mãe abriu a porta da garagem - Danny rolou os olhos.
- Eu nunca fiquei tão sem graça - riu - Eu me lembro que nesse dia sua mãe proibiu que a gente se visse.
- Foi. Eu acho que nós ficamos... Umas três semanas sem se falar.
- Eu me lembro que sempre ficava fazendo mímica pela janela, pra tentar me comunicar com você.
- Foram as semanas mais longas da minha vida - Danny a encarou.
abraçou Danny com força beijando seus lábios levemente.
já estava dentro da cabine a mais de cinco minutos. Harry olhava para o relógio a toda hora enquanto esperava impaciente ao lado de fora.
- Já?
- Quase...
- Quase? você já está aí dentro há mais de cinco minutos! – Ele reclamou impaciente.
- Eu estou pensando se compro ou não...
- Eu não mereço isso. Olha, vou ficar te esperando na praça de alimentação – Harry levantou-se do banquinho.
- Não Harry! Olha aqui, vê se ficou bom.
- Eu não quero – Ele respondeu emburrado.
- Esse foi o último juro – colocou a cabeça para fora do provador – Olha aqui... Por favor?
- Que seja... – Harry se aproximou do provador colocando a cabeça para dentro – Isso é um vestido?
- É... Claro que é! – o olhou pelo espelho – Então? Eu compro?
- Compra ué, quem vai usar é você – Harry tirou a cabeça de dentro da cabine. Eu só quero voltar pra casa e assistir um pouco de TV antes de ir pro Hunter.
- Então o que achou da massa? – Ele perguntou tentando equilibrar o prato no colo.
- Está ótima! Onde você aprendeu a fazer?
- Bom, o Tom me deu umas dicas... – O garoto sorriu – Na verdade, ele teve que ir lá em casa pra me ensinar.
- Valeu a pena! Tá muito bom! – colocou mais uma garfada na boca – Tá no ponto! Já pode até casar Danny!
- Só se for com você – Ele passou as mãos pela bochecha da garota, afagando com o polegar.
- Danny... – sentiu o rosto arder evitando encará-lo.
- Isso é um não?
- Isso não pode ser considerado uma resposta já que você não fez uma pergunta – Ela mordeu o lábio inferior.
- Então é o que?
- Não é nada. Apenas uma fala idiota de uma garota envergonhada que não queria ficar calada.
- Ah, entendi... – Danny sorriu – Mas... E se eu fizesse a pergunta? Qual seria sua resposta?
- Eu tenho medo de responder... – Ela lançou um olhar triste para o garoto.
- Por quê?
- Não sei. – colocou o prato de lado apoiando a cabeça com uma das mãos – Parece que quando as coisas estão bem entre nós, alguma coisa ruim acontece e junto com isso vêm brigas... É complicado.
- ... – Danny, que antes comia imitou a garota colocando o prato ao seu lado. Ele se aproximou sentando-se de frente para ela. permaneceu em silêncio encarando-o.
- Olha, não pensa assim. Se nós quisermos tudo vai dar certo e... Eu quero ficar com você – Danny tocou levou uma das mãos ao queixo da garota.
deu um sorriso com o canto da boca aproximando seus rostos e roçando seus narizes.
- Danny, você vai embora depois de amanhã de madrugada! Vai passar meses fora... O primeiro obstáculo.
- Não! – Danny colocou o dedo indicador sobre os lábios dela – Não vai ser...
- E o que você pretende fazer a respeito disso?
- Escuta bem o que eu vou te dizer... – Ele falou em tom misterioso.
tentou protestar, porém mais uma vez seus lábios foram selados pelo dedo de Danny.
- Já falaram que você fala demais? – Danny sorriu ao ver que ela também segurava o riso.
A garota apenas acenou positivamente com a cabeça, mas pediu que ele falasse de uma vez.
- Então... Um dia antes de eu voltar da turnê, pode esperar, eu vou te ligar e você vai atender ao telefone. Promete?
- Tá bom... Prometo – Ela confirmou sem entender.
- E eu vou falar “, quer namorar comigo?” – Danny falou com a boca encostada em seu ouvido – E você vai responder “Sim”.
- Você está me intimando a dizer “Sim”?
- Eu sei que é isso que você vai responder, olha só o seu sorriso lindo – Ele falou em frente aos lábios da garota aproximando o rosto lentamente. Um beijo se iniciou. Este começou tímido, mas bastaram alguns minutos para torná-lo apaixonado. sentiu o corpo de Danny sobre o seu enquanto lentamente ele a deitava no colchão. Ela tinha as mãos na nuca do garoto e os fios de seu cabelo logo se arrepiaram. Danny colocou as mãos na cintura de enquanto a massageava lentamente. Aos poucos sua mão deslizou para dentro do moletom que ela usava e que logo estava sendo tirado. Assim que ele fora arremessado para o outro lado da sala o casal se encarou. Ambos pareciam extremamente nervosos, mas ao mesmo tempo tinham os olhos brilhando.
- Você tem cert... – Danny agora fora impedido por .
- E você ainda pergunta? – Ela deu um sorriso bobo enrolando os fios de cabelo do garoto em seu dedo indicador – Danny... Você ta tremendo?
- É só que... – O garoto mordeu o lábio inferior – Eu nunca fiquei tão perto de você sabe?
deu um pequeno sorriso aproximando o rosto para voltar a beijar Danny que se calou. Ela ajudou Danny a tirar a camiseta segurando-a pela barra logo esta já estava do outro lado do cômodo. Danny beijava o pescoço da garota enquanto dava pequenas mordidas. respondia a tudo isso com pequenos suspiros enquanto arranhava os ombros de Danny. Ele desceu de seu pescoço para o colo e em seguida para a linha do abdome beijando cada espaço da pele de . Em pouco tempo, já sem roupa alguma, eles se moviam em harmonia como se não quisessem se separar nunca mais.
O pub “Hunter” estava lotado, a fila virava a esquina enquanto as pessoas se espremiam lá dentro. O lugar não era muito amplo, mas o bar era bem extenso e tinha um enorme balcão que atendia a todos. Algumas mesas estavam espalhadas pelos cantos e as cadeiras eram revestidas por um couro escuro, formando um tipo de sofá colado a parede que favorecia o ambiente sombrio do lugar, devido à luz baixa fornecida pelo grande lustre que o iluminava fracamente. No meio do salão, pessoas se aglomeravam para dançar a música que tocava.
Harry decidiu logo pela manhã, reservar uma mesa para que todos pudessem sentar, ele e foram os primeiros a chegar. Eles se preparavam para atravessar a pista de dança enquanto tentava segurar o vestido curtíssimo preto, com um decote em v, que balançava de um lado para outro e tentava desviar de um grupo de garotos que pulavam animados e bêbados, mas que deixaram de fazer isso, voltando todas as suas atenções para a garota, que abaixou a cabeça envergonhada.
- , fica na minha frente – Harry falou mal-humorado, enquanto encarava os garotos. Ele a segurou pela cintura ficando por trás.
só deu um risinho, seguindo em frente, até que eles finalmente chegaram à mesa. Ela ficava de canto, mas ainda estava vazia.
Harry sentou no canto, afastando para que ela ficasse ao seu lado, assim que ela sentou, percebeu que ele ainda estava mal-humorado.
- O que foi Harry? – Ela perguntou virando-se para ele.
- Nada... – Ele continuou sério, encarando um lado da pista de dança, evitando olhá-la.
- Harry... – pegou o rosto do garoto delicadamente e virou-o para si – O que aconteceu?
- Nada! Eu já disse!
- Então porque você tá todo mal-humorado aí? De uma hora pra outra ficou assim...
- Você podia ter colocado uma roupa mais fechada né? – Harry encarou o decote de e voltou a encarar a garota.
- Harry, o que tem demais nessa roupa? É só um vestido!
- Vestido? É um pedaço de pano preto isso sim! Não sei por que você veio com essa roupa...
- Qual o problema dessa roupa?
- Ela tem tudo demais!
- Como assim?
- Tem decote, é curta demais e os caras ficam mexendo com você... – Harry voltou a olhar para a pista – Eu não gosto disso.
- Mas eu perguntei pra você se estava boa - ela o olhou despreocupada
- Tá boa até demais, mas sem esses caras por perto! E além do mais eu estava irritado naquela hora
- Harry... Olha pra mim... – deu um pequeno risinho ao ver a crise de ciúmes do garoto que se virou para ela – Primeiro, eu estou aqui, com você certo?
- Certo.
- Então, se eu me vesti assim, foi pra você, não quero saber o que os outros acham. Se eles quiserem olhar que olhem, mas sabe qual a grande diferença daqueles caras pra você?
- Qual? – Ele perguntou revirando os olhos.
- Que você não precisa ficar só me olhando – se aproximou de Harry falando em frente a sua boca – Você pode me ter, me tocar, me beijar, fazer o que você quiser...
- Um a zero pra você – Harry deu um risinho, fechando os olhos à medida que adiantava seu rosto. o puxou pela nuca, bagunçando seus cabelos. Enquanto iam aproximando seus corpos, o beijo se intensificava ficando mais quente.
- Dougie! – cruzou os braços, batendo os pés no chão - Eu não acredito que a gente vai ter que entrar nessa fila!
- Calma porquinha, eu vou falar com o segurança ali na frente, o Harry falou que reservou mesa. Mas faz o seguinte fica aqui na fila, enquanto eu vou lá – Dougie falou rapidamente tentando acalmar a garota.
- Tá Dougie, vai lá – se inclinou dando um selinho no garoto e logo em seguida virou de costas.
Dougie seguiu lentamente até o final da esquina, ela deu uma última olhada e voltou a atenção para o outro lado da rua, “Droga, está frio” apertou o sobretudo contra o peito abraçando os próprios braços e em seguida esfregando, tentando se esquentar. Ela finalmente teve um clique. Eles podiam ligar para Harry, que provavelmente já tinha chegado e ele viria pegá-los na porta.
- Dougie! – virou-se subitamente, a procura do garoto, mas acabou esbarrando com uma pessoa que passava distraída ao seu lado – Meu Deus! Desculpa!
Ela tinha esbarrado em um homem mais alto que ela que tinha os cabelos cacheados e era branco. Assim que se encararam os olhos azuis dele penetraram no dela, logo em seguida ele lhe lançou um sorriso que a hipnotizou. Ela conhecia aquele homem, era o mesmo da festa de Charlie, o cara que tinha derramado cerveja em sua blusa, era Johnny. Os dois ficaram calados se olhando por alguns segundos com sorrisos bobos, ele pigarreou e finalmente falou.
- Pelo visto eu continuo desastrado – Ele levou uma das mãos até a nuca, lançando um sorriso de ponta a ponta para a garota que sorria abobalhada.
- Acho que isso só acontece quando eu estou por perto.
- Acredite, é só quando você está por perto.
- Então é melhor nós ficarmos bem longe um do outro – falou em tom sarcástico, ao mesmo tempo que arrumava o cabelo – Quer dizer, nós vamos acabar quebrando alguma coisa desse jeito.
- Se todas às vezes fosse pra ver você eu correria esse risco – Johnny falou rapidamente encarando-a diretamente.
- Eu não valho tanto assim não – falou com falsa modéstia.
- Ah vale sim, vale mais...
deu um risinho sem graça, evitando encará-lo voltando seu olhar para a rua.
- Então?... Vai... Entrar? – Ela apontou para o pub.
- Vou, vou... – Ele colocou as mãos nos bolsos da frente de sua jaqueta.
- Então... Eu acho que vou procurar... – parou a frase no meio ao encarar aqueles olhos azuis que a engoliam – O meu amigo, é... Meu amigo, ele está me esperando lá na frente... Então... Eu te vejo lá dentro?
- Claro, eu não perderia a chance – Johnny deu um risinho e logo em seguida uma piscada para ela.
deu um risinho, virando de costas e seguindo o mesmo caminho que Dougie tinha feito poucos minutos antes. Ela não olhou para trás, conseguia sentir que os olhos de Johnny continuavam pousados nela. Suas pernas tremiam um pouco, era incrível como aquele homem mexia com seus sentidos, com suas vontades, despertava coisas que nem ela sabia que sentia. Sua mente estava voando, seus pensamentos eram muitos e em pouco tempo, ela andava olhando para o chão, quando sentiu uma mão segurá-la no ombro, ela tomou um susto.
- ! – Dougie falou animado.
- Dougie! – tinha os olhos arregalados.
- Vamos! O segurança checou a nossa reserva, a gente pode entrar – Dougie segurou a mão de – Vamos.
- Vamos – voltou a si, dando um pequeno sorriso, seguindo até a entrada com o garoto.
Harry e se beijavam apaixonadamente. Sua mão estava sobre a perna da garota e a acariciava de leve. segurava a nuca do garoto firmemente, puxando-o para perto de si.
Dougie e atravessaram a multidão lentamente, até chegarem em frente à mesa. Ao verem a cena, os dois se encararam com um risinho safado.
- Nossa! Tá quente aqui né Dougie? – gritou próximo ao casal que se separou imediatamente, ambos encararam os amigos sem graça, com os lábios vermelhos e um pouco inchados.
- Ah, oi ! – se levantou abraçando a amiga e logo em seguida Dougie.
- Gente! A fila lá fora tá uma coisa! – apressou-se em falar – Enorme cara!
- Senta aí gente! – Harry se afastou dando espaço para os outros se sentarem.
Assim que e Dougie sentaram ao lado de Harry e , eles começaram a conversar animadamente.
- Nossa, eu estou com vontade de dançar – comentou enquanto mexia o canudo em seu drink.
- Vamos! – falou animada se levantando – Faz séculos que eu não danço!
- Verdade, acho que nem sei mais o que é isso – deu um risinho se levantando, mas antes que ela fizesse isso Harry a segurou pelo braço.
- Ah fica aqui pequena... – Ele falou próximo ao seu ouvido.
- Harry, eu só vou dançar um pouco, nada demais. Pode ficar tranqüilo que eu vou ficar em um lugar que você possa me ver – deu um risinho beijando-o.
- Tá bom, vai lá...
As garotas se levantaram indo até o meio da pista de dança, e dançavam animadamente, enquanto a segunda lançava olhares e risinhos para Harry o tempo todo.
- E aí dude, pelo visto você e a estão muito bem hein? – Dougie deu um gole na cerveja que tinha sobre a mesa.
- É cara... Nós estamos, acho que agora que ela se livrou do passado dela, tudo vai ficar bem.
- Sorte a sua, ela é gata!
- Ei! Tira o olho, você já tem a sua.
- E estou muito bem obrigado. Cara é uma coisa muito insana, depois dessa última vez... Eu acho que a vai acabar ficando puta...
- Eita que o negócio tá bom... – Harry deu um riso dando um gole na sua cerveja.
- E aí meninos – chegou rindo com Tom segurando-a por trás.
- Oi – Dougie levantou junto com Harry para cumprimentar os que chegaram – E aí Fletcher!
- Cadê as meninas? – perguntou dando um beijo no rosto de Harry e logo em seguida no de Dougie.
- Lá na pista de dança, a tá bem ali – Harry apontou cumprimentando Tom.
- Amor, eu vou lá com elas...
- Tá bom amor, mas volta logo – Tom deu um risinho beijando o rosto da namorada, que seguiu para a pista de dança.
- Está tudo bem entre vocês? - Harry perguntou assim que Tom sentou na mesa.
- Tudo mais que perfeito - Tom riu abobalhado.
- A deve gostar muito de você dude, porque depois do que você fez - Dougie riu.
- Fiz, porque fui pegar corda de vocês - Tom virou os olhos.
- A gente não te obrigou a nada! - Dougie falou rapidamente.
- Tá bom gente, não vamos começar a discutir por causa disso - Harry se intrometeu - O importante é que está tudo ótimo e pelo visto não é só com a gente...
- Do que é que você está falando? - Tom perguntou.
- Danny e ... - Harry deu um risinho dando mais um gole na cerveja.
- Eles estão juntos? De novo? - Tom e Dougie perguntaram rapidamente.
- Eu acho que sim, depois do que eu vi ontem eles estão mais do que bem... E outra...
- Fala! – Dougie e Tom aproximaram as cabeças para ouvir melhor o que Harry dizia.
- Enquanto a estava no provador eu liguei pro Dan pra saber se ele queria vir e tal... Adivinha onde ele estava? – Harry ficou calado esperando uma resposta – Em uma casa na montanha, segundo ele "sozinho".
- Sozinho? Tá foda! – Dougie rolou os olhos – O que ele tava fazendo?
- Parece que cozinhando alguma coisa... Uma massa ou algo do tipo.
- AH! Foi por isso que ele apareceu lá em casa um dia desses? – Tom coçou a cabeça com o olhar vago. Harry e Dougie ficaram calados esperando que ele continuasse – É... Ele veio com uma idéia doida de aprender a cozinhar alguma coisa...
- "Sozinho" nas montanhas... Querendo aprender a cozinhar... Uma certa garota também não está aqui... – Dougie rolou os olhos pela segunda vez – Resultado: Danny e juntos!
-Meninas, rapidinho, eu vou ao banheiro – falou quando as amigas se aproximaram.
fez um aceno afirmativo com a cabeça, voltando a dançar ao lado de .
saiu do meio da pista de dança andando até o banheiro ao lado do bar. Havia uma fila em frente à porta e várias garotas conversavam animadamente. Alguns minutos se passaram e a fila não andava, ela já estava impaciente do lado de fora.
- Ah! Desisto! – Ela falou em voz alta se virando rapidamente.
- Essa passou perto – O homem deu seu melhor sorriso enquanto desviava o copo que carregava do braço da garota.
- Johnny! – o encarou surpresa – Pelo visto você está ficando mais atento...
- Isso é porque eu ainda não comecei a beber... – Johnny deu uma gargalhada, seguido de .
- Ah sei, mas será que é mesmo? – Ela colocou as mãos na cintura.
- Que outro motivo eu teria?
- Sei lá, às vezes você não está mais querendo me ver...
- Nem fala uma coisa dessas! – Johnny se aproximou um pouco dando um gole na bebida – Eu só acho uma coisa... Vai ver agora eu não sou o único que quer que isso aconteça.
- É... Acho que não mesmo... – o encarou sem graça.
Johnny fitou o chão enquanto procurava alguma coisa no bolso de sua calça. ficou olhando toda a cena, sem falar nada.
Ele tirou do bolso uma pequena bala vermelha, desenrolou o papel. não sabia o que falar ou fazer, ficava olhando em volta, o silêncio começou a incomodá-la.
- Er... Eu acho que já vou indo, minhas amigas devem estar me procurando... – deu um pequeno sorriso e se virou para ir embora.
- Ei ! – Johnny a puxou pelo braço, deixando seus rostos bem próximos.
A garota agora percebeu que ele tinha uma bala presa entre os lábios.
- Er... Legal! Uma bala... – Ela falou fingindo animação, sarcasticamente.
Johnny riu ainda com a bala na boca.
- Quer pegar? – Ele perguntou subitamente encarando-a.
ficou sem reação.
- ! – parou ao lado da amiga, que se desvencilhou de Johnny o mais rápido que pode – Ah, desculpa.
- Não, tudo bem – Ele sorriu – A gente se vê – sentiu a mão do rapaz apertar sua cintura e se arrepiou, virando para a amiga enquanto ele ia embora.
- ! Como assim?! – perguntou incrédula.
- Não sei ! A gente não tem nada, mas... mas... – começou a andar e foi seguida pela amiga,que ouvia atentamente – Ele desperta umas coisas em mim que eu nem sabia que dava pra sentir.
- – falou em tom de advertência – Se o Dougie pega uma cena dessas...
- Não! Não! – Ela se desesperou – Deus me livre.
O assunto parou assim que Tom chegou por trás de , acompanhado de Dougie.
- E aí gente – Todos se cumprimentaram.
- Vamos dançar – puxou Tom pela mão. fez o mesmo. Enquanto voltou para a mesa.
Entre risos, danças e muita bebida, só da parte das outras pessoas, já que Tom e ficaram só no refrigerante e água, a noite acabou alegremente. Sem brigas e confusões. Cada um voltou para sua devida casa.
Capítulo 26
tinha uma das mãos nas costas nuas do namorado. Este ainda tinha os olhos fechados. Estava deitado de bruços, assim como a namorada, coberto pelo edredom até o pescoço. A garota fazia carinho, passando de leve a mão de cima para baixo.
- Tom? - perguntou com a voz melosa.
- Hum? - O garoto soltou um pequeno barulho quase inaudível, como resposta.
- Tá acordado? - Ela perguntou dando um risinho logo em seguida.
- Não, eu estou dormindo e falando com você ao mesmo tempo... - Tom respondeu com a voz mal humorada.
- Ai seu grosso! - deu um risinho abraçando o namorado, cobrindo-o de beijinhos ao longo do pescoço - Acorda Thomas!
- Eu não...
- Por que não?
- Se eu levantar você vai parar de me beijar, então eu prefiro continuar dormindo - Tom virou o rosto para a namorada e deu um sorriso convencido.
- Bobo! - deu um riso encarando-o.
Os dois permaneceram calados por algum tempo, apenas se encarando. Tom continuou com um sorriso no rosto, mas percebeu que à medida que os segundos passavam o sorriso de se desfazia e logo ela tinha uma expressão triste.
- O que foi amor?
- É que... - mordeu o lábio inferior.
- Fala... - Tom apoiou o corpo com o cotovelo encarando-a, um pouco preocupado.
- Não é nada, besteira minha.
- Não Jé, não é, eu conheço essa sua cara... Fala...
- É que daqui dois dias, você vai embora... - Ela falou baixinho evitando encará-lo - E vai passar dois meses fora...
- Jé! - Tom colocou uma das mãos sobre a bochecha da garota, passando o polegar de leve - Pára de pensar nisso!
- Eu tento, mas não dá, só de pensar no tempo que nós vamos ficar sem se ver... - sentiu os olhos molhados, mas se segurou para não chorar.
- Por favor, pára de pensar nisso - Tom se aproximou da namorada, abraçando-a apertado - Vamos aproveitar esses últimos dias juntos. Tá bom?
apenas acenou com a cabeça.
- Agora vem... - Tom soltou a garota levantando-se da cama.
- Pra onde?
- Tomar um banho.
- Ah não Tom! Tá muito frio! - virou para o outro lado da cama, encolhida.
- Frio? Tá calor !
- Tá frio!
- Vocês do Brasil morrem de frio por causa de tudo! Banho sim mocinha! - Tom a segurou, carregando-a em seu colo.
- Thomas me solta!
- Nada disso, vamos tomar um banho! - O garoto riu enquanto a namorada se debatia em seu colo.
- Pára Tom! Me coloca no chão! - gritou enquanto o garoto ria.
- E vai ser banho de água gelada ainda!
- Thomas! Não! - gritou mais alto à medida que o garoto andava até o banheiro.
Da sala, que dormia profundamente foi acordada pelos gritos da amiga. A garota levantou a cabeça subitamente, olhando para a porta no final do corredor.
- Gente do céu, o que está acontecendo naquele quarto?
- Eu prefiro não saber - Dougie deu um risinho safado, abafado pela almofada, onde tinha seu rosto afundado.
- Cala a boca Dougie - riu dando um tapinha na cabeça do garoto.
- Ai!
- Quer tomar café da manhã porquinho?
- Quero. Melhor do que ficar ouvindo essa gritaria.
- Tom, por favor! Eu não quero tomar banho! - pedia enquanto o garoto entrava no box.
- Você tá chatinha hoje né? - Tom colocou a namorada no chão colocando a mão na barra da camisola que ela usava.
- Não, pra falar a verdade eu estou com frio.
- A água está quente - Tom puxou a camisola da garota para cima e ela levantou os braços para que ele pudesse fazer isso.
- Então liga logo esse chuveiro.
- Calma, eu não quero molhar minha roupa.
- Não seja por isso - colocou a mão na boxer que o garoto usava puxando-a para baixo - Pronto!
- E você?
- Ok, ok - A garota deu um risinho tirando a calcinha - Satisfeito? Liga logo o chuveiro Thomas!
Tom deu um risinho e ligou o chuveiro, a água descia quente, pelos corpos dos dois.
- Vem aqui - Tom a puxou pela cintura abraçando-a, para que os dois ficassem embaixo d'água.
- Tá quentinho - deitou a cabeça no ombro do garoto.
- Eu te disse... - Tom deu um beijo no topo da cabeça da namorada - A gente tem que aproveitar esses momentos.
deu um sorriso e voltou a encarar o garoto.
- Eu sei disso...
- Te amo ouviu? - Tom se aproximou dando um selinho na garota.
- Eu também, muito.
- Então o que nós vamos comer? - perguntou enquanto analisava a geladeira.
- Qualquer porcaria gordurosa - Dougie falou animado parando ao lado de - , me passa aquela coca-cola?
- Ai Dougie! Isso faz mal!
- Claro que não!
- Faz sim! Eu estudei isso quando eu estava na sexta série!
- Como é que é? - Dougie se segurou para não gargalhar - Sexta série?
- É, em uma aula de ciências! A professora falou que tomar refrigerante de manhã acabava com o nosso estômago - o encarou mal-humorada ao ver que ele não a estava levando a sério - Eu estou falando sério! Eu fiquei traumatizada com essa aula.
- Deve ter sido uma experiência muito dura mesmo - Dougie deu um risinho sarcástico.
- Pra sua informação Dougie, eu não evito tomar refrigerante por causa disso... - cruzou os braços analisando novamente a geladeira.
- Que seja, eu não sou nem um pouco traumatizado com coca-cola, por isso pode me passar a garrafa, porquinha.
- Ai Dougie, isso vai te fazer mal!
- Não vai não, me passa a garrafa, por favor? - Dougie falou despreocupado.
- Quer saber Dougie? Pega essa garrafa e enfia no...
Antes que pudesse terminar a frase, Dougie começou a gargalhar sem parar, enquanto a garota o encarava como se estivesse deparada com um louco ou coisa parecida.
- Qual é a graça? - Ela perguntou sem entender, apoiando as duas mãos na cintura.
- Ai porquinha é que você fica tão linda nervosinha - Dougie se aproximou da garota ainda rindo, segurou seu rosto com as duas mãos, selando seus lábios em um selinho demorado.
- Idiota - rolou os olhos.
- Desculpa, eu não resisti a te deixar irritada - Dougie soltou mais um riso.
- Se você não parar agora eu vou ficar mais irritada ainda - tentou manter um tom sério, mas no fundo estava morrendo de vontade rir.
- Eu sei que você quer rir porquinha - Dougie deu uma piscada para ela.
- Não quero não.
- Tem certeza? - Dougie se aproximou da garota fazendo cócegas em sua barriga.
- Pára Dougie!
- Então dá um sorrisinho pra mim! - Dougie fez uma voz infantil, como se estivesse falando com uma criança, enquanto continuava a fazer cócegas na garota.
- Não! Pára! - mordeu o lábio inferior tentando impedir o riso que insistia em despontar em sua boca.
- Dá um sorriso little , pro titio Dougie aqui! - Dougie continuou fazendo a mesma voz infantil.
não se segurou e começou a gargalhar abraçando Dougie pelo pescoço.
- Pára de fazer isso por favor! - Ela falou rindo enquanto o garoto fazia cócegas.
- Tá bom tá bom, parei parei! Agora me alimente, porque eu estou com fome!
- Tá bom garotinho, fica sentadinho ali no sofá enquanto eu penso no que fazer pra você - falou em tom imperativo.
- Adoro quando você assume o controle porquinha.
- Fica sentadinho lá e se comporta direitinho tá? - deu uma piscada e um beijo no ar, voltando a atenção para a geladeira.
A lareira tinha se apagado durante a noite, sobraram apenas as cinzas. As velas também tinham perdido a luminosidade que agora estava por conta da luz que entrava pela grande porta de vidro que dava para a varanda. O clima estava fechado. O céu cinzento combinava perfeitamente com o ambiente, a montanha, as árvores secas espalhadas por toda a margem do lago e pela frente da casa. Nenhum barulho podia ser ouvido a não ser a respiração pesada de Danny que dormia profundamente. tinha o rosto escondido pelo peitoral do garoto que a abraçava pela cintura. O perfume de Danny e o dela se misturavam e deixavam um aroma gostoso e familiar no ar. deu um longo suspiro sentindo um bem estar enorme se apoderar de seu corpo, um sorriso despontou de seus lábios, aquela noite tinha sido definitivamente, a melhor de sua vida. O lugar certo, na hora certa, com a pessoa certa. Se ela pudesse parar o tempo, definitivamente seria naquele momento, um lugar que ela se sentia protegida e com a pessoa que a fazia feliz. A garota depositou um beijo no peito nu de Danny e passou os dedos de leve pelo seu rosto. Analisou cada pinta e as sardinhas que ela tanto amava. Ele ainda dormia, então passou o olhar pela sala, as roupas estavam jogadas pelos cantos, com movimentos delicados ela conseguiu se desvencilhar dos braços fortes do garoto. Ela se levantou, procurando algo para vestir, a primeira que lhe apareceu na vista foi a camisa xadrez azul de Danny. a colocou sentindo mais uma vez o perfume gostoso sobre a pele.
No campus da faculdade. Não apenas como todos os outros estudantes, pareceram aproveitar a noite anterior para se divertir. Não havia movimento do lado de fora, todos estavam fechados em seus quartos, dormindo.
Ela e Harry foram os últimos a sair do pub, dançaram a noite toda. Ele parecia ter adorado estar com a garota mais desejada da noite, já que ninguém tirou os olhos de . No começo ele ficara com ciúmes, mas depois começou a aproveitar a jóia que tinha em mãos. Eles se divertiram muito, chegaram tão cansados que a última coisa que fizeram foi se jogar na cama, dando um selinho rápido, caindo em um profundo sono logo em seguida.
acordou bem cedo, por volta das oito horas da manhã. Sentiu o corpo de Harry que a abraçava fortemente. Deu um longo bocejo seguido de um sorriso. Decidiu levantar, pois não conseguiria dormir novamente. Tentou se livrar dos braços do garoto e os colocou de lado delicadamente. Na ponta dos pés, andou até o banheiro. Minutos depois, voltou para o quarto, ela trocara de roupa, já que dormira com a mesma roupa que tinha saído na noite anterior. Uma calça branca de moletom com uma blusa colada azul-clara, a roupa mais confortável do mundo.
Harry se mexeu na cama. se aproximou da cama, para ver se ele ainda dormia, pelo visto sim. 'Deve estar sonhando' pensou. Ela permaneceu algum tempo apenas analisando cada respiração de Harry enquanto ele dormia. Os cabelos estavam bagunçados e seu corpo estava coberto apenas pelo edredom que deixava aparecer uma pequena parte de seu peito. O garoto só dormia de boxers. Não que reclamasse disso, muito pelo contrário, ela adorava. Ela tinha que admitir, Harry era sexy demais.
- PANQUECAS! - Dougie gritou animado, assim que entrou na sala com uma bandeja em mãos.
- Minha especialidade! - sentou-se no chão ao lado do garoto.
- Deve estar muito bom, porquinha - Dougie deu um selinho na garota.
- Não fique muito animadinho não porquinho, porque isso é a única coisa que eu sei fazer na cozinha.
- Ah... - Dougie fingiu desânimo.
- Ei! - deu um soquinho no ombro do garoto - Pelo menos está delicioso e não de qualquer jeito!
- Eu não sei se está delicioso... Eu ainda não provei... Mas pela cara... - Dougie foi diminuindo o tom de voz, fazendo uma careta.
- Você acabou de falar que devia estar muito bom!
- Sim, eu não tinha olhado direito...
- Você não vai nem provar? - perguntou indignada.
- Oun, tô brincando porquinha - Dougie puxou o rosto da garota, dando alguns selinhos seguidos em sua boca - Claro que eu vou experimentar! Faz aviãzinho.
- No way!
- Vai vai, por favor.
- Ai Meu Deus, o que você não me faz fazer Poynter? - pegou o garfo que estava sobre a mesa de centro e com ajuda da faca, cortou um pedaço da panqueca. A garota posicionou o garfo e começou a soltar um barulho estranho com a boca, fazendo o garoto gargalhar.
- O que é isso?
- É o barulho do avião ora bolas!
- Isso não é barulho de avião!
- Ah! Cansei Dougie! - fechou a cara, fazendo birra, levantou-se do chão.
- Não, não, não, pode ficar aqui - Dougie a puxou pela perna, fazendo com que ela caísse em seu colo. Antes que isso acontecesse a garota soltou um grito assustado.
- Me solta Dougie!
- Eu estava brincando porquinha!
- Nossa, hoje seu humor está ótimo! - Ela falou sarcasticamente.
- Eu quero a panqueca.
- Eu não vou te dar!
- Então eu não vou te soltar!
o encarou, pretendia falar alguma coisa, argumentar, brigar, ela estava irritada. Dougie conseguia fazer isso com ela, deixá-la assim em poucos minutos. Preferiu continuar calada, soltando apenas um longo suspiro. Este foi a última coisa pronunciada na sala, que fora invadida por uma onda de silêncio.
- TPM?... - Dougie perguntou timidamente, com a testa encostada no ombro de . A garota não respondeu, continuou a encarar o chão - Ou... Será que é porque o seu garoto das quatro cordas está indo embora daqui a três dias?
- Daqui a dois dias pra falar a verdade... - fez um bico. Ela tinha mania de fazer isso quando estava nervosa.
- Sabia que era isso, esse seu bico não esconde nada...
mais uma vez permaneceu em silêncio.
- Ok... Eu quero um pedaço de panqueca, juro que dessa vez eu não vou fazer brincadeiras.
- Jura? - estendeu o dedo mindinho para o garoto.
- O resto dos dias até eu sair em turnê.
- Ah não, o que seria de Dougie Poynter sem as suas implicâncias e brincadeiras?
- Então o Dougie Poynter vai maneirar nas brincadeiras dele ok? - Dougie estendeu o dedo mindinho para ela.
- Ok - firmou o compromisso – Então, panquecas?
Uma luz forte iluminou o quarto, seguido de um barulho baixo. Outra luz forte. Algum tempo depois mais outra.
Harry abriu os olhos e se deparou com . Ela estava com uma máquina fotográfica em mãos, parada em frente a cama.
- O que você está fazendo? - Harry perguntou assustado, sentando-se na cama imediatamente.
- Desculpa, mas você estava tão bonitinho dormindo, eu tinha que bater uma foto.
- Uma? Você deve ter batido umas trezentas enquanto eu estava desacordado!
- Talvez... - colocou o dedo indicador sobre a boca, fazendo uma cara cínica.
- Só você mesmo - Harry se jogou novamente na cama.
- Olha só como elas ficaram legais - se jogou na cama, ao lado do garoto.
- Cadê? - Harry puxou a câmera da mão de .
- Grosso.
- Apaga essa... E essa... - Harry falou calmamente à medida que ia apagando as fotos.
- Harry! Não! - gritou e logo em seguida arrancou a câmera das mãos do garoto - Eu não acredito que você apagou as fotos!
- Sim, você tirou fotos minhas dormindo!
- Eu não acredito que você apagou as minhas fotos! - falou com um tom de raiva na voz, levantando-se da cama.
- Eu não apaguei todas! - Harry tentou se defender.
- Não importa! Não era pra você ter apagado! - Estas foram as últimas frases pronunciadas pela garota antes que ela entrasse na cozinha.
- Pequena... - Harry parou na entrada da cozinha.
- Não! Nem começa Judd! - gritou mexendo na máquina que tinha em mãos.
- Você vai ficar com raiva por causa disso?
- E eu não deveria? Eu odeio que mexam nas minhas coisas!
- Desculpa, eu não sabia...
- Não, não desculpo! Eu estou muito ''puta'' se você quer saber! - falou sem se tocar que tinha falado uma das palavras em português.
- P-puti... Puta? - Harry perguntou levantando uma das sobrancelhas.
encarou o garoto, que tinha uma expressão de quem não estava entendendo nada. Não agüentou, começou a gargalhar sem parar.
- Puta! É... Eu estou muito ''puta''! - Ela repetiu gargalhando.
- O que quer dizer isso?
- Quer dizer... Que eu estou com muita raiva...
- Você não parece estar com raiva... - Harry se aproximou devagar.
- Mas eu estou - parou de rir por um momento fechando a cara novamente.
- E se eu prometer que... - Harry a abraçou falando em seu ouvido - Deixo você tirar quantas fotos minhas você quiser?...
- I-isso parece tentador.
- Então, vamos voltar pra cama, eu finjo que estou dormindo e você bate quantas fotos quiser...
- Não vai ter graça, não vai ficar natural...
- Então a gente não vai estar dormindo, nós vamos estar fazendo...
- HARRY!
- O que? - Ele perguntou rapidamente - Fazendo cócegas um no outro ora.
- Sei, sei...
- Nossa, mas como sua mente é poluída garotinha - Harry passou a mão pelos cabelos de .
- A minha, né Harry? - rolou os olhos.
- Então, nós vamos fazer a nossa sessãozinha particular?
- Vou pegar meu tripé.
Um vento frio bateu e sentiu todo o corpo se arrepiar. Seus cabelos roçaram pelo seu rosto enquanto ela olhava para a paisagem em pé na varanda. Um filme da noite anterior estava passando pela sua cabeça e ela sentia o rosto arder ao pensar nisso. Um sorriso bobo não conseguia desaparecer e a sensação de felicidade continuava. As borboletas no estômago também insistiam em atormentá-la. Ela levou as mãos ao rosto tentando controlar o riso. Inusitadamente ela sentiu grandes mãos sobre o seu abdome e uma boca macia beijar seu pescoço.
- Desculpa, mas... Quem é você mesmo? - Danny perguntou com aquele tom rouco ao pé do ouvido de - O que você faz aqui estranha?
- ! - A garota respondeu em meio a um sorriso - McFayden para você senhor...
- Daniel Jones! - Ele completou a frase - Mas só quero fazer uma correção.
- E qual seria?
- Bom... - Danny colocou as mãos sobre a cintura de virando para si. Pela primeira vez naquela manhã eles se encararam. A garota sentiu os joelhos fracassarem - Seu nome não seria somente !
- Ah claro, realmente esse nome precisa de algum complemente. Quer dizer que coisa mais sem graça não? - segurou o riso assim como Danny - Qual seria a sua correção?
- ... Vírgula - Ele ressaltou a última palavra fazendo a garota gargalhar - Isso é sério! Presta atenção, estranha!
Ela se calou, mordendo o lábio inferior. - ... Vírgula... A garota dos meus sonhos - Danny aproximou seu rosto roçando de leve o seu nariz contra os de . Os olhos de ambos não se desgrudaram enquanto sorrisos despontavam em suas bocas. Ele se adiantou ficando a centímetros da garota mas foi impedido pelo dedo indicador de .
- Ei, você por acaso beija estranhas?
- Eu conheci uma garota que fazia isso: beijava estranhos. Depois que eu comecei a passar mais tempo com ela minha vida mudou! Mas eu não beijo qualquer estranha... - Ele soltou um risinho.
- E você qual é o seu critério?
- Eu só beijo as bonitinhas - Danny mais uma vez adiantou o rosto para o de . Mordendo seu lábio inferior e parando para encará-la mais uma vez. Agora era a vez dela ir adiante. Danny sentiu a boca ser pressionada delicadamente pela de . Ele colou seu corpo no dela abraçando-a com força, como se não quisessem se soltar mais.
- Já? - Harry perguntou impaciente.
- Calma, eu estou programando a máquina - falou pacientemente, enquanto olhava fixamente para o objeto.
- Já?
- Harry, eu estou terminando de arrumar.
- Já?
- Olha aqui Harry! - olhou para o garoto aumentando o tom de voz.
- Ok, ok! - Ele deu uma gargalhada.
- Hoje você tirou o dia pra me irritar - rolou os olhos tentando segurar o riso.
Harry permaneceu em silêncio, jogado na cama de . Ele a encarava com um olhar curioso e ameaçador que indicava que a qualquer momento a irritante pergunta seria repetida. A garota por sua vez ora encarava a máquina, ora Harry.
Assim que terminou de programar a máquina, posicionou-a no tripé. Apertou o botão e a contagem começou. Um ''bip'' ecoou pelo quarto silencioso. Harry viu que ela se aproximava da cama.
- Já? - Ele perguntou com um tom inocente abrindo os braços para a garota.
- Já, Harry - sorriu deitando sobre o corpo de Harry.
Os narizes dos dois quase se tocavam e ambos conseguiam sentir suas respirações quentes. deu um sorriso de canto de boca e Harry levantou a sobrancelha como de costume.
- Você está tentando ser sexy? - Harry perguntou em um tom convencido.
- Eu sou sexy, querido - sorriu dando um selinho na ponta do nariz do garoto logo em seguida - Você acha que essa sua sobrancelha é sexy?
- Eu sei que é... Foi ela que te conquistou.
- Ah é? E Quem disse que você me conquistou?
- Eu simplesmente sei... - Harry deu de ombros.
- Você anda sabendo demais das coisas.
- Eu só não sei uma coisa...
- O que?
- Por que sua máquina ainda não está batendo fotos?
- Ah... - deu um riso - É porque ela só vai bater daqui a aproximadamente trinta segundos.
- E o que a gente pode fazer em trinta segundos? - Ele levantou uma sobrancelha.
- Acho que além de levantar sua sobrancelha, você poderia me beijar logo - falou firmemente - Você tá meio lento hoje sabia?...
- Desculpa então, acho que vou ter que te compensar por isso - Harry colocou uma das mãos na nuca de , passando os dedos levemente sobre seus cabelos. Ao sentir o toque, a garota se arrepiou dos pés a cabeça e não pode deixar de sorrir.
- Então?...
- Eu acho que você está muito apressada - Harry aproximou o rosto dando um beijo rápido no canto da boca de .
Ela percebeu que ele queria provocá-la. Ela não deixaria barato, também faria o mesmo.
O primeiro flash saiu.
A garota assim que sentiu o beijo no canto da boca, aproximou a boca da orelha de Harry, dando pequenas mordidas.
- Pra sua informação eu não estou... - Ela deu uma leve puxada na ponta da orelha do garoto - Nem um pouquinho apressada.
- S-sério? - Harry deu um longo suspiro, tentando controlar o arrepio que insistia em percorrer sua espinha.
- Aham... - sorriu deixando a orelha de Harry indo até seu pescoço, cobrindo o caminho de beijos.
O segundo flash saiu.
mordeu o pescoço de Harry, assim como tinha feito com a orelha, porém, antes que pudesse fazer qualquer coisa sentiu seu corpo indo para o outro lado da cama e logo em seguida sentiu o peso do corpo de Harry, que agora estava sobre ela. A garota o encarou sem entender. Harry apenas deu um sorrisinho convencido.
- Você não quer ficar sempre no comando, não é? - Harry aproximou o rosto do pescoço de dando pequenos beijos.
O terceiro flash saiu.
Em pouco tempo, dava pequenos suspiros, enquanto Harry se concentrava em seu pescoço.
- Vai com calma, garotinho - Ela falou segurando Harry pela nuca.
- Você não agüenta? - Ele sorriu.
- Eu agüento - também sorriu - Mas estou ficando cansada diss...
- Vem aqui - Harry aproximou seu rosto de , calando-a com um beijo.
estava sentada na cama de seu quarto secando o cabelo enquanto Tom terminava de sair do banho. O garoto estava apenas com uma toalha branca presa na cintura e tinha os cabelos molhados.
- Jé, aqui tem alguma roupa minha? - Ele perguntou abrindo a porta do guarda-roupa da garota.
- Ham? - perguntou ainda secando o cabelo.
- Aqui tem alguma roupa minha? - Tom repetiu.
- Roupa? - perguntou mais uma vez, agora desligando o secador.
- Acorda Jé! - Tom riu balançando a cabeça de um lado para o outro molhando com alguns pingos a namorada.
- Claro que tem roupa Thomas! - sorriu levantando-se da cama caminhando até o guarda-roupas - Desde sempre você traz roupas pra cá.
- Desde que nós éramos amigos...
- E ainda somos amigos - falou enquanto abria a última gaveta - Pode escolher.
- Amigos que se amassam no banheiro em plena manhã - Tom gargalhou colocando uma camiseta.
- Nossa Thomas, a sua sensibilidade e vocabulário me comovem - rolou os olhos voltando a deitar na cama.
Assim que terminou de se trocar, Tom se jogou na cama, caindo em cima de . Esta por sua vez soltou um pequeno grito de dor.
- Ai Tom! - riu.
- Desculpa, desculpa! - Tom riu dando beijinhos no ombro da garota.
- Então quais são nossos planos pra hoje?
- A gente podia ir pra casa do Danny, ele chegou a comentar comigo que ia chamar a pra ir lá qualquer dia desses.
- E nós vamos?
- Você quer ir?
- Pode ser, mas será que o Danny não prefere ficar sozinho com a ? - falou dando uma pequena mordida na bochecha de Tom.
- Se ele quisesse ficar sozinho com ela, ele não teria comentado...
- E se ele comentou só pra falar pra ela que eles não ficariam sozinhos, pra ela não ficar sem graça?
- Como eu não pensei nisso antes? - Tom deu um suspiro - Danny me usando... Nos usando!
- Ai meu Deus, como você é dramático! - deu uma gargalhada - Nós estamos viajando e você ainda me dá corda!
- Ei! Mas fazia sentido!
- Vamos fazer o seguinte então, nós vamos à casa do Danny e ficamos pouco tempo lá... Inventamos alguma desculpa e vamos embora pra deixar aqueles dois sozinhos.
- Boa amor! Você é um gênio - Tom aproximou-se dando um selinho na garota.
- Então liga logo pro Jones, enquanto isso eu vou lá na sala ver como estão a e o Dougie.
- Tem mesmo certeza que você quer ir lá? - Tom perguntou com cara de nojo.
- Ai Tom! Você só pensa besteira! - jogou uma almofada que por pouco não acertou o rosto do garoto - Você precisa parar de andar com o Judd.
- E agora? - perguntou após finalizar o beijo com um selinho.
- Bom, não sei você, mas eu estou congelando - Danny mordeu o lábio inferior.
- Nossa Danny desculpa! Eu tinha esquecido que você estava sem blusa - se afastou encarando o corpo de Danny, que estava vestido apenas com sua boxer estampada.
- Sabe como é né, alguém está com a minha camiseta.
- Eu estou? - encarou o corpo, coberto apenas com a camiseta do garoto - Nossa, eu realmente ando muito esquecida - Ela enfatizou o "muito"
- Não tem problema - Danny colocou uma das mãos sobre a bochecha da garota, massageando-a com o polegar - Agora que tal nós entrarmos e pensarmos no que fazer lá dentro?
- Ótima idéia.
Danny passou o braço pela cintura da garota e abraçados eles entraram na sala. deu um beijo no rosto do garoto se jogando no sofá da sala.
- Posso deitar no seu colo? - Danny fez uma cara pidona.
- Claro Danny - sentou-se direito e o garoto deitou-se de lado no sofá, logo sua cabeça estava sobre o colo dela. Com uma das mãos a garota passava os dedos pelos cabelos de Danny que ficavam um pouco bagunçados com os movimentos.
- Você vai dormir assim... - sorriu enquanto encarava o garoto com os olhos fechados.
- Eu estou cansado - Ele deu um sorriso com o canto da boca, tinha certeza que estaria corada naquele exato momento.
- Ham...
- Você está vermelha né? - Danny falava com os olhos ainda fechados - E como você está sem graça com a minha resposta fez esse "ham", uma coisa que você sempre faz quando não sabe o que falar.
- Você me conhece tão bem assim? - sentiu o rosto arder com maior intensidade.
- Mais uma de suas manias, responder alguma coisa com outra pergunta - Danny alargou o sorriso.
- Ai meu Deus! Eu não vou falar mais nada.
- E não, você não é previsível! - Danny gargalhou - Isso seria a próxima coisa que você diria: "Eu sou tão previsível assim?" - Ele afinou a voz tentando imitá-la arrancando uma gargalhada de .
- E eu sou tão previsível assim?
- Não. Eu só te conheço muito bem e há muito tempo - Danny abriu os olhos virando-se.
- Disso eu não tenho dúvida - Ela sorriu colocando uma das mãos sobre o rosto de Danny aproximando-se para beijá-lo. Seus lábios se colaram delicadamente e algumas vezes o beijo era parado, seus olhares se encontravam por alguns segundos e recomeçava.
- Acabei de ter uma idéia! - Danny praticamente gritou assustando - Ah... Desculpa.
- Que idéia? - Ela falou entre uma gargalhada.
- É que eu tenho que falar logo se não eu esqueço - Danny agora estava sentado com as pernas cruzadas ao lado da garota - O que você acha de...
- Nossa, quanto suspense! Fala logo! - Ela sorriu depositando o queixo sobre o joelho que estava sendo comprimido contra o peito por seus braços.
- Tá bom! O que você acha da gente... Preparar alguma coisa pra comer?
- Ótimo! Eu estou morrendo de fome.
- Mais uma mania, estar SEMPRE com fome e nunca falar!
- Sim, você mal tinha acordado! Realmente, essa deve ser a primeira coisa que um cara deve querer ouvir depois d... - parou de falar e encarou Danny.
- Depois de...?
- Depois disso tudo, quer dizer, eu não viraria e falaria "Estou com fome!", isso abriria porta para piadinhas.
- De que tipo? - Danny parecia confuso - "Então me come?"
- DANNY! - gargalhou e sentiu o rosto arder assim como o de Danny que tentava reparar o que tinha dito.
- Eu não quis dizer isso! Vamos esquecer as piadas então! Que tal comermos alguma coisa? Daí você responderia "Tipo... Eu?"
- DANNY!
- Desculpa! É mais forte que eu! - Danny gargalhou.
- Chocolate quente! Vamos preparar chocolate quente! Assim nós ficamos de barriga cheia e paramos de falar besteira.
- Só chocolate quente?
- Mais alguma idéia?
- Bom, eu trouxe uma coisas pra gente comer, salgadinhos, chocolate, essas coisas - Danny deu de ombros - Eu estava com muita pressa sabe?
- Imagino. Você tinha que fazer aquilo antes de esquecer o que tinha ido fazer ou algo do tipo?
- Exatamente!
- Então vamos! - levantou subitamente do sofá estendendo uma das mãos na direção do garoto que a pegou levantando-se do sofá - Mas eu acho que vou me trocar primeiro. Onde está a minha mala?
- Ah não! Você tá linda com a minha camisa.
- Já que você insiste tanto... - puxou Danny em direção a cozinha.
- Então nós viramos pra ele e tentamos convertê-lo em um carnívoro sem dó nem piedade! - Dougie fazia uma encenação exagerada mexendo as mãos bruscamente enquanto ria sem parar.
- Quem é esse pobre coitado? - perguntou entrando na sala.
- É um nerd com quem eu estudei - Dougie sorriu um pouco sem graça, recompondo-se.
- Essa história é muito engraçada Jé! Você tem que ouvir! - quase não conseguiu terminar a frase do tanto que ria.
- Deve ser hilária! - riu sarcasticamente - Ainda mais depois de um café-da-manhã desses.
- Eu estou convertendo a ! - Dougie sorriu vitorioso.
- Convertendo? Como assim?
- Eu consegui fazer com que ela tomasse um gole de coca-cola!
- Nossa! Que legal - falou fingindo animação - E o que tem isso demais?
- Que eu estou convertendo a em uma...
- Carnívora sem dó nem piedade! - gritou dando mais uma gargalhada.
- O que uma carnívora sem dó nem piedade tem a ver com coca-cola?
- Nada. Ela só gostou da piada - Dougie balançou a cabeça - Mas daqui a pouco a porquinha vai estar comendo de tudo!
- É vai nessa onda do Poynter, vai... Daqui a pouco você não vai ser a porquinha não, vai ser a porca mesmo de tão gorda - falou rindo junto com Dougie.
Tom se jogou na cama de e pegou o telefone que estava instalado ao lado, sobre o móvel. Ele discou os números do celular de Danny, deixou chamar por alguns segundos, mas não recebeu resposta. Talvez estivesse dormindo, foi isso que passou pela cabeça de Tom enquanto discava o mesmo número novamente. Após três tentativas ele desistiu.
- Então o que você precisa pra fazer um chocolate quente? - Danny perguntou para enquanto tirava as compras das sacolas que tinha trazido.
- Você não sabe fazer chocolate quente?
- Er... Bem... - Danny parou por alguns instantes coçando a cabeça - Mais ou menos... Na verdade eu não sou um bom cozinheiro.
- Pode deixar que eu faço então - deu de ombros.
- Não! Eu quero fazer!
- Já sei então, eu faço pra você aprender e então da próxima vez você faz pra mim ok?
Danny acenou afirmativamente com a cabeça e sentou-se em uma das cadeiras da cozinha.
- Tive uma idéia! - Danny gritou - Vamos filmar isso?
- Filmar? Filmar o que?
- Você me ensinando a fazer chocolate quente! Eu posso ser seu ajudante!
- Você trouxe máquina? - cruzou os braços.
- Trouxe, tá na minha mochila lá na sala. Vou lá pegar.
Danny saiu do aposento deixando sozinha. O garoto abriu a mochila e a primeira coisa que viu foi seu celular vibrando. No visor podia-se ler "'s House" mas ele preferiu ignorar a chamada e desligar seu celular. Com a câmera em mãos ele voltou para a cozinha, onde aguardava sentada sobre o balcão.
- Pronto está aqui! - Danny colocou a câmera em cima de uma das prateleiras - Acho que aqui está em uma altura boa.
- Ótimo, vamos começar pegando os ingredientes, quando nós prepararmos a mesa a gente começa a gravar.
Dougie e , assim que foram deixados por , decidiram levar toda aquela louça do café da manhã para a cozinha. Enquanto tinha em mãos apenas duas canecas, Dougie carregava a bandeja e tudo que estava sobre ela.
- Você é espertinha né Dona ? - Ele fez um bico assim que entrou no aposento.
- Você é homem Dougie, tem mais força e blá blá blá.
- Ou seja, eu só me ferro.
- Pode colocar a bandeja ali em cima da mesa - falou caminhando até a pia com as duas canecas.
- Você vai ter que lavar a louça?
- Pior que vou... Quer dizer nós vamos lavar a louça Poynter - enfatizou o "nós".
- Eu não sei lavar louça...
- Que desculpa esfarrapada Dougie! - riu - Sorry, mas são as regras da casa ou do apartamento, como preferir.
- Eu seco então, não quero colocar a minha mão nessa coisa suja.
- Eu tenho certeza que essa sua mão já pegou em vários lugares, uma louça não é nada - lançou um olhar pervertido a Dougie que corou um pouco.
- Eu seco! Satisfeita? - Ele falou posicionando-se ao lado da garota, que começara a lavar os pratinhos.
- Demais - Ela sorriu dando um beijo estalado na bochecha de Dougie.
Após alguns minutos toda a louça estava limpa. Enquanto Dougie secava e empilhava no canto, lavava.
- Acabou! Tá vendo porquinho? Quando nós trabalhamos em equipe tudo dá certo e acaba mais rápido.
- É, não foi tão ruim - Dougie deu de ombros.
- Ah nem te falei! - se virou subitamente - A nos chamou pra ir ao parque hoje.
- Parque?
- É, passear, conversar enfim pegar um pouco de sol - passou os braços pelo pescoço de Dougie abraçando-o.
- Vamos, mas antes eu preciso passar em casa, to sem roupa nenhuma aí...
- Ah, pega alguma do Tom.
- De quem? Do "Tom Gordo"? - Dougie falou brincando.
- Quem é o "Tom Gordo" Poynter? - Tom perguntou parado na porta da cozinha apenas com uma bermuda.
- Ninguém não - Dougie deu um risinho virando os olhos.
- Realmente não era do Fletcher - encarou Tom por alguns segundos acenando positivamente com a cabeça - Nossa Tom, você tá malhando?
- Ei , pode tirar o olho! - riu abraçando o namorado e logo dando-lhe um beijo estalado no canto da boca - Esse daqui já tem dona.
- Ai gente foi só um comentário - rolou os olhos.
- Porquinha, pode parar de olhar pro Fletcher, eu sou bem melhor que ele - Dougie começou a forçar o braço, mostrando alguns músculos.
- Ela não é cachorro pra gostar de osso não Dougie! - Tom riu junto com e .
- Osso? O que é isso aqui? - Dougie apontou para um músculo do braço.
- Tá bom porquinho, você é muito gostoso satisfeito? - deu um beijinho no músculo contraído do garoto - Mas, vocês estão todos arrumados por quê?
tinha percebido a roupa que o casal usava. estava com um vestido preto solto que batia acima do joelho, era possível ver o fio do biquíni vermelho que ela estava usando e os óculos Ray-Ban no alto da cabeça. Enquanto Tom usava apenas uma bermuda estampada azul, com uma camiseta branca carregada na mão.
- Nós vamos pra casa do Jones - respondeu.
- Porque ele não me convidou? - Dougie perguntou indignado.
- Porque nós vamos sair com a e o Harry - olhou Dougie como se a resposta fosse óbvia.
- Ah é, tinha me esquecido.
- Na verdade... Nós íamos amor - Tom deu uma olhada para - Acabei de ligar pro Jones e ele não me atendeu. Deve estar dormindo ou algo do tipo.
- Não acredito! Eu tava querendo pegar um sol - fez um bico.
- Vamos para o parque com a gente! - Dougie sugeriu.
- Por mim... - Tom olhou para que acenou positivamente com a cabeça.
- Ótimo! Tom, o Dougie pode pegar alguma roupa sua? - perguntou.
- Se alguma der nele - Tom riu - Porque você sabe né, não dá pra enfiar só osso numa bermuda que precisa de músculos.
- Ah cala a boca Thomas - Dougie rolou os olhos - Vão indo pro carro! Vão! Podem ir.
- Eu não acredito que o Poynter está me expulsando da minha própria casa! - deu uma gargalhada enquanto caminhava até a porta de saída.
- É, os E.T's invadiram a Terra só pode! - Tom falou rindo da própria piada enquanto todos permaneceram em silêncio.
- O que os E.T's têm a ver com isso? - Dougie perguntou coçando a cabeça.
- Ah esquece essa piada é muito complexa pra vocês entenderem - Tom deu de ombro saindo do apartamento.
- Não, ela é idiota mesmo - Dougie riu junto com e enquanto esta última acompanhava o namorado.
- Um... Dois... Três e... - Danny contava baixinho, esticando os dedos enquanto aguardava do outro lado da mesa. Todos os ingredientes estavam postos e ela só aguardava pelo garoto - Tá gravando! - Ele falou com um sussurro bastante alto na opinião de .
- Bom dia! Hoje, caro espectador, nós vamos aprender a fazer uma das mais amadas receitas! Além de simples é deliciosa! - Ela falava com um sorriso de ponta a ponta. As gargalhadas de Danny estavam sendo abafadas por suas mãos, tentava evitar olhar para ele enquanto continuava a falar - O famoso chocolate quente! Para me ajudar, eu gostaria de chamar Daniel, Daniel Jones!
- YEEEEAH! - Danny aproximou-se da mesa praticamente correndo e escorregando logo em seguida provocando um estrondo enorme pelo aposento.
- Ai Meu Deus! Danny você tá bem? - se abaixou.
- To! Eu to bem! - Ele gargalhou o mais alto que pode ainda jogado no chão.
- Levanta! - Ela também gargalhava junto com ele.
Os dois levantaram-se rapidamente e continuaram a falar com a câmera.
- Desculpa pessoal aí de casa. Problemas técnicos. - Danny recobrou a seriedade enquanto olhava-o, boquiaberta.
- Tudo já foi resolvido - escondeu o rosto com as mãos tentando esconder o riso.
- Eu só quero saber quem limpou a porra desse chão! - Danny deu um murro na mesa fazendo dar um sobressalto - Desculpa.
O casal se olhou por alguns segundos e começaram a gargalhar mais uma vez. Após alguns minutos voltaram a recobrar a calma.
- Muito bem, vamos começar! - sorriu - Primeiramente nós devemos misturar o leite...
- Quanto de leite tem que botar? - Danny perguntou confuso.
- Não sei... Ah! Põe aí essa caixa toda... - Ela falou enquanto observava Danny fazer isso - Agora... O que mais tem que colocar agora? Eu não me lembro da ordem...
- Tem ordem?
- Tem!
- Sim, você que tá me ensinando. Eu só to fazendo o que você manda.
- Ah sim! Lembrei! Agora, caro telespectador, adicione... O chocolate em pó... O leite condensado e...
- Leite condensado? - Danny perguntou assustado - Não tem isso aqui não.
- Você não comprou leite condensado?
- Eu não...
- E como nós vamos fazer um chocolate quente sem isso? - levou as mãos à cintura enquanto Danny gargalhava - Do que você tá rindo?
- Acho que nós vamos perder audiência.
- Bestão! Ai meu Deus, agora nós temos que...
- , eu já sei como fazer! - Danny falou com um sobressalto - Fica sentadinha ali e observe o mestre.
- Você tá falando sério? - Ela riu enquanto sentava no balcão.
- Ao invés de fazer essas coisas na ordem e blá blá blá... Cara telespectador, nós vamos misturar tudo de uma vez!
- DANNY! O que você tá fazendo? Tá errado!
- Confia em mim - Ele depositou um beijo rápido na boca da garota - Vai ficar muito bom! - Ele gargalhou enquanto levava a mistura para o fogo.
As fotos que foram programadas já tinham sido batidas, mas para Harry e era como se os flashes nunca tivessem parado. Eles continuaram a se beijar apaixonadamente mesmo após o aviso do término da sessão.
- Nós não vamos para o parque? - perguntou entre o beijo.
- Não... - Harry riu dando uma mordida no lábio inferior de .
- Por que não?
- Porque nós temos coisas mais legais pra fazer - Harry riu.
- Mas nós tínhamos combinado com eles...
- Nós podemos voltar pra cá mais tarde e se você quiser - aproximou a boca da orelha de Harry - Você pode dormir aqui.
- "Dormir" aqui - Harry fez aspas com a mão - Você quer dizer, né?
- Não sei de nada, depois a gente decide o que vai fazer - deu um beijo estalado na boca do garoto e saiu de cima dele caminhando até a máquina.
- E então como ficaram as fotos?
- Ficaram... - sorriu - Bastante... Espontâneas eu diria...
- Sério? - Harry levantou da cama andando até onde estava - A câmera me adora.
- Harry! Olha a sua mão aqui! - corou.
- Você não tinha sentido? - Ele gargalhou ao ver a garota negar com a cabeça - Assume , eu faço você perder os sentidos.
- Não é só você não gatinho, olha aqui! - apontou o visor da máquina - Olha a sua cara! Parece que eu não sou a única a perder os sentidos.
- Mas você também! Olha o que você tava fazendo!
- O que eu estava fazendo?
- Arranhando minha barriga que por acaso está vermelha - Harry apontou.
- Depois eu que não agüento... - falou com ar convencido.
- Dude, nós definitivamente devemos fazer outra sessão de fotos hoje à noite.
- Aí não será uma sessão de fotos e sim uma pornografia - riu.
- Pelo menos vai ficar espontâneo.
- Espontaneidade demais para o meu gosto...
- Só as preliminares então! Isso não pode ser considerado pornografia, pequena.
- E isso que nós fizemos agora foi o que? - levantou uma sobrancelha.
- Foi um aquecimento.
- E que aquecimento hein? - falou sem tirar os olhos da máquina.
- Ah, meu time nem entrou em campo - Harry riu caminhando até o banheiro.
- Ui! - corou - Vai logo se trocar sexy little boy, daqui a pouco nós temos que sair.
- Gostei do sexy little boy! - Harry gritou do banheiro fazendo rir - E eu vou tomar um banho primeiro.
Harry fechou a porta do banheiro e logo o barulho da água pode ser ouvido. colocou a máquina que tinha usado minutos antes dentro de sua bolsa e procurou alguma roupa para vestir. O seu guarda-roupa não era dos mais arrumados, algumas roupas estavam jogadas por cima das outras, vestidos misturados com blusas, enfim uma bagunça completa, porém era no meio dessa bagunça que ela conseguia encontrar tudo o que queria. Após vestir sua roupa andou até a cozinha a fim de tomar um copo de suco de laranja, não daria tempo de tomar um café da manhã completo. Assim que deu o primeiro gole a garota fora surpreendida pela campainha que tocara. Harry gritou alguma coisa do banheiro, algo do tipo "Quem é?", mas preferiu ignorar a pergunta. Andou até o interfone e atendeu.
- Pois não? - perguntou com a voz ainda um pouco sonolenta.
- ? - Uma voz masculina perguntou do outro lado da linha.
sentiu o corpo estremecer por alguns milésimos de segundo. Conhecia aquela voz, sabia muito bem quem era do outro lado. Não pretendia vê-lo e muito menos trocar qualquer palavra com ele de novo, mas agora o rapaz estava ali, perto demais, na porta de seu dormitório. Era Vinícius, seu ex-namorado.
ficou segurando o botão do interfone por algum tempo. Até conseguia ouvir o barulho dos estudantes do lado de fora, mas estava em choque, não sabia o que fazer.
- ? É você? - Vinícius perguntou novamente.
A garota sentiu os olhos se encherem de lágrimas, tapou a boca com uma das mãos, tentando não emitir qualquer som. Foi nesse momento que sentiu uma mão sobre seus ombros, que logo a afastou dali, ficando na frente do interfone.
- Com quem você quer falar? - Harry perguntou com a voz firme.
- Com a , esse é o dormitório dela? – Vinícius perguntou um pouco surpreso.
- Quem é? - Harry olhou para com o canto de olho e viu que a menina tinha o olhar perdido e tentava não encará-lo.
- É o Vinícius, um amigo dela...
- Amigo... - Harry deu um risinho sarcástico – Não, não, não tem ninguém com esse nome aqui.
- Mas me informaram... - Vinícius pareceu um pouco confuso.
- Te informaram errado, dude - Harry respondeu rapidamente - Tenha um bom dia.
Harry desligou o interfone. Estava apenas com a calça jeans e tinha as costas e os cabelos um pouco molhados. Quando se virou viu que estava sentada em um dos bancos. Ela tinha os olhos vermelhos e lágrimas caiam pelo seu rosto.
- ... - Harry se aproximou ficando de frente para a garota - Você está bem?
não respondeu nada apenas acenou positivamente com a cabeça.
- Não fica assim - Harry passou as mãos pelas bochechas da garota - Ele não merece nem uma lágrima sua.
- Por que ele tinha que aparecer de novo? - perguntou chorando.
- De novo?
- Ele apareceu aqui alguns dias atrás...
- Filho da... - Harry não terminou a frase apenas abraçou a garota o mais forte que pode - Pequena, não fica assim, eu estou aqui.
- Eu não quero ficar perto dele Harry - falou entre soluços - Eu não quero estragar tudo.
- Você não vai... Agora pára de chorar - Harry voltou a encará-la limpando o seu rosto com o polegar.
deu um longo suspiro e logo em seguida um pequeno sorriso para o garoto.
- Eu não vou deixar ele chegar perto de você - Harry deu um selinho na garota - Eu prometo.
- Chaves, luzes... Ok... - cochichava baixinho enquanto andava pelo apartamento.
Enquanto isso Dougie que estava sentado no sofá a olhava curioso.
- O que você tá fazendo?
- Conferindo se tudo vai ficar desligado e se eu não estou esquecendo nada.
- Ham... E desde quando você faz isso?
- Fique morando com a por mais de uma semana não tem como não ficar assim - falou do banheiro - Eu nunca vi ninguém tão organizada.
- , sem querer te apressar, mas já apressando, nós estamos atrasados.
- Já estou indo - gritou do quarto.
Dougie ouviu da sala um grande baque que veio do quarto e logo em seguida ouviu a voz de .
- Filho da puta!
- O que aconteceu? - Dougie correu para o quarto.
- Eu bati nessa porcaria! - falou enquanto segurava o joelho.
- Tá doendo muito? - Dougie colocou a mão no lugar massageando.
- Pra caramba - Ela deu um risinho nervoso - Ai!
- Melhorou?
- Um pouquinho...
- Eu acho melhor nós não irmos, não é melhor colocar gelo nisso?
- Que nada Dougie, eu vou ficar bem.
- ''Oh just tell yourself ...I'll, I’ll be ok'' - Dougie e cantaram juntos, rindo logo em seguida.
- Nós somos muito bobos sabia disso? - o encarou sorrindo.
- Nós nos divertimos com a própria desgraça e isso é engraçado.
- Vamos logo - se levantou calmamente.
- Eu ia me oferecer pra te levar no colo, mas agora que você está melhor... - Dougie riu.
- Você é doido sabia?
- Quer saber? Eu acho que você não está em condições de andar até o carro mocinha. - Dougie falou se aproximando de .
- Dougie o que você tá fazendo? - perguntou sentindo o garoto colocar as mãos ao redor de seu corpo.
- Te levando para o carro - Ele riu pegando-a no colo.
apenas riu, passando os braços pelo pescoço do garoto. Dougie foi abrindo caminho com os pés. Assim que saiu do apartamento se virou para que pudesse fechar a porta. Chamaram o elevador e esperaram por alguns segundos.
- Você é louco sabia? O que os vizinhos da vão pensar?
- Eu invento uma boa desculpa na hor... - Antes que Dougie pudesse terminar a porta do elevador se abriu e um casal de velhinhos estava dentro. Quando viram Dougie com a garota no colo, lançaram olhares espantados deixando o garoto escarlate.
- É que nós... - estava tentando pensar em algo enquanto o casal saía do elevador.
- Estamos em lua de mel! - Dougie falou subitamente dando seu melhor sorriso logo em seguida.
- Felicidades - A velhinha falou com um ar não muito convencido.
Dougie e entraram no elevador vazio o mais rápido que puderam.
- Lua de mel? - gritou dando uma gargalhada logo em seguida - Você poderia ter falado qualquer coisa, mas lua de mel?
- Eu estava nervoso ok? Você não viu a cara que aquela velha fez pra mim!
- Ai Dougie você é uma graça olha - riu beijando-lhe o rosto.
- Agora você! É! Você mesmo! - Danny praticamente gritava para a câmera enquanto apontava freneticamente em sua direção - Olha aqui! Agora que você aprendeu a fazer esse tal chocolate quente, levante a bunda da cadeira e vá fazer o mesmo! - Ele mostrou para a câmera o copo com o líquido escuro - Porque eu garanto, vai ficar muito bom!
- Você ainda não experimentou! - fez um bico.
- Então vamos fazer isso juntos - Ele se aproximou dela com dois copos na mão - Um brinde!
- Tudo bem, um brinde...
- Ao nosso cansaço! - Danny gargalhou encostando seu copo no de . Os dois deram um gole no chocolate quente - E então?
- Ficou muito, muito, muito bom! - Ela riu - Eu não acredito que deu certo.
- Eu coloquei um temperinho especial - Danny deu um sorriso convencido abraçando a garota pela cintura ficando por entre as pernas de .
- E qual seria?
- Amor - Ele riu dando vários selinhos seguidos em sua boca. abriu um pouco mais a boca para dar passagem para Danny que iniciou o beijo.
O Regent's Park estava lindo. A grama brilhava devido ao sol que incidia sobre ela. O local estava bastante cheio já que nesse dia aconteceria um pequeno festival, onde várias bandas tocariam. O movimento era grande, crianças e adultos, todos caminhavam em direção ao palco central, algumas pessoas já tinham estendido suas toalhas no chão. Algumas conversavam, outras liam, namoravam, enfim, todos se divertiam.
Dougie e estavam andando na rua principal do parque, algumas vezes tinham que se desviar das pessoas paradas no meio do caminho ou das que vinham na direção contrária. Dougie usava uma camiseta azul e uma bermuda cinza listrada, devido ao sol, ele tinha óculos esportivos pretos no rosto. também usava óculos escuros, os seus eram grandes com lentes em degradê. Sua roupa era básica, uma regata branca e uma calça jeans justa, complementadas pela maxi-bolsa vermelha que usava. e Tom caminhavam ao lado do casal. Eles tinham as mãos entrelaçadas e conversavam com os amigos.
- Achei uma ótima idéia a ter nos chamado pra vir aqui - comentou pela quarta vez - Tudo é tão lindo.
- É, acho que a última vez que eu vim aqui foi... - Dougie ficou calado alguns segundos, pensando - Acho que eu devia ter uns seis anos.
- Você não sabia o que estava perdendo - comentou - Olha amor! O cara ali tá pintando! Gente que quadro lindo! Tom, vamos lá ver - puxou o namorado para próximo da multidão que se formou em volta do pintor.
- ! Dougie! - Uma voz gritou logo atrás deles.
Assim que os dois viraram se depararam com e Harry que caminhavam em sua direção, abraçados. estava com um short jeans, uma blusa de manga 3/4 rosa clara, a gola era em v, por dentro uma parte do top branco aparecia, seus cabelos estavam soltos e apenas uma parte dele estava presa por uma pequena presilha de strass. Harry usava uma blusa de manga comprida vermelha com listras finas horizontais brancas, na gola um ray-ban estava pendurado, a calça jeans era preta.
- Olá casal! - falou abraçando .
- você não poderia ter escolhido passeio melhor, a está apaixonada por esse lugar - Dougie riu dando um beijo no rosto de e logo em seguida abraçando Harry.
- Concordo plenamente , hoje eu vou me acabar de tanto bater fotos - falou animada. Harry que estava ao seu lado fingiu desânimo e recebeu um tapa no ombro, dado pela garota - Não reclama Judd.
- Vamos logo arrumar algum lugar pra sentar - Dougie falou puxando pela mão.
- Calma porquinho, a e o Tom ainda estão ali - apontou para o casal - Jé! Tom! Vamos logo!
- A tá aqui? - olhou pra onde gritava e viu a amiga que vinha andando em sua direção.
- Estou! O Jones acabou furando com a gente - abraçou e deu um beijo no rosto de Harry logo em seguida.
- Mas até agora eu estou gostando - Tom falou enquanto cumprimentava Harry e .
- Dude, eu quero ficar perto do palco - Harry comentou voltando a abraçar pelo ombro.
- É! Parece que vão ter umas bandas legais - Tom completou animado.
- Mas o som é muito alto - reclamou - A gente nem vai poder conversar.
- Verdade! - concordou.
- Vamos ver onde ainda tem espaço pra sentar, né - Dougie falou.
Os três casais caminharam até chegar ao palco. Uma banda já tocava e algumas pessoas estavam em pé dançando.
- Olha, a gente podia sentar ali! - apontou para um lugar a esquerda do palco um pouco afastado.
- Pra mim está ótimo - deu de ombros.
- Mas tem um ali bem perto olha! - Harry apontou.
- Mas Harry, o som vai ficar muito alto! - repetiu.
- Sim, , conversar a gente conversa todo dia, o que tem demais ouvir a música e...
- Gente! Calma! - pediu.
- Vamos fazer uma votação então - Harry reclamou - O meu voto vocês já sabem...
- O meu também - cruzou os braços.
- Tô com a - deu um riso.
- Eu quero ficar perto do palco - Dougie comentou - E você ?
- Eu quero ficar onde o Tom ficar...
- OUUUUUUUN! - Todos falaram juntos deixando o casal com os rostos escarlates.
- Mas que amor! - Harry gargalhou - Então nós ganhamos porque o Tom vai querer ficar perto do palco, pode ir andando pequena.
- Er... Dude... Parece que nós vamos ter que ir pra onde a quer... Acabaram de ocupar o nosso lugar - Dougie coçou a cabeça.
- Então pode deixar que eu mostro o caminho - deu um sorriso convencido.
Os garotos concordaram e andaram até o local apontado por . Assim que pararam, tirou da sua maxi-bolsa duas toalhas, uma vermelha e outra verde. Entregou a primeira a que estendeu-a no chão. A outra garota imitou a amiga. tinha trazido uma também e a colocou ao lado da das amigas. Harry sentou no chão e , logo em seguida fez o mesmo, deitando sobre o colo do garoto. jogou a bolsa em cima da toalha, deitando a cabeça sobre a mesma. Dougie sentou ao seu lado encarando o palco. Tom deitou ao lado de que o abraçava.
- Alguém trouxe alguma coisa pra comer? - Harry perguntou enquanto passava uma das mãos pelo cabelo de .
- Eu tenho barrinha de cereal - falou apontando para a bolsa que virara um travesseiro.
- Porquinha, o Harry quer comida - Dougie enfatizou a última palavra arrancando risadas do grupo.
- Ok, vou reformular a pergunta, alguém tem comida de verdade aí?
- Não, não tenho - rolou os olhos.
- Quer que eu vá comprar alguma coisa pra você comer, pequena? - Harry perguntou.
- Não, eu nem estou com fome, por incrível que pareça.
- Vocês não tomaram café da manhã? - perguntou.
- Não, nós estávamos fazendo uma sessão de fotos - Harry falou orgulhoso.
- Sério? - sentou-se rapidamente - Como ficaram as fotos?
- Ficaram bem...
- Legais! - falou antes que Harry pudesse terminar a frase.
- Eu quero ver as fotos! - pediu.
- Eu também - Dougie e falaram.
- Ah, é porque... As fotos estão em outra máquina - mentiu lançando um olhar rápido para Harry, que segurava o riso.
- Então... Uma idéia passou pela minha cabeça - parou o beijo encarando Danny - O que você acha de nós atravessarmos o lago?
- NADANDO? - Danny gritou espantado.
- Não! - gargalhou - De canoa! Tem uma atracada aí na margem.
- Ah bom, eu achei que você tivesse levado a sério aquela idéia de nadar pelados no lago.
- Ah claro! Realmente o tempo está me chamando para fazer algo do tipo - sinalizou coma cabeça para a janela da cozinha, de onde podia ser visto o céu nublado.
- Será que na cidade o pessoal está tendo mais sorte em relação ao tempo?
- Nossa é mesmo, eu tinha até me esquecido da cidade - deu um sorriso bobo para Danny.
- Essa era a intenção - Ele deu um beijo na ponta do nariz da garota - Agora, o que acha de nós trocarmos de roupa?
- Ótimo, nós podemos levar alguma coisa pra comer também.
- Um piquenique? Ótimo, eu ainda estou com fome - Danny mordeu a boca - Se troca no quarto que eu me viro aqui na sala.
- Tudo bem - caminhou até a sala sendo seguida pelo garoto - Mas você sabe se a Rosa colocou roupas mais quentes pra mim?
- Pra falar a verdade não, eu nem quis abrir sua mala pra verificar... Fiquei com medo de pular alguma calcinha ou sutiã aí de dentro... - Danny parou de falar ao ver a risada que segurava - Não que eu não queira ver! Eu já vi, veria de novo é claro... Esquece o que eu disse!
- Tudo bem! Apagado! - sorriu enquanto mexia na bagagem - Achei. Uau, eu vou pedir pra Rosa arrumar minha mala mais vezes. Nossa! Eu estava procurando essa blusa há meses! Bom, vou me trocar.
Outra banda tinha entrado no palco. Era o The Filthy Youth. Os caras pareciam ser bastante alternativos e logo começaram a tocar. As pessoas começaram a ficar mais animadas, algumas pulavam e dançavam com garrafas de cerveja na mão, outras que estavam com sua família prestavam atenção nas crianças.
sentou-se assim que ouviu o nome da banda. Na empresa rolavam boatos sobre ela, o som, as letras e o estilo. Parecia que eles estavam tentando fechar um contrato. Dougie que estava ao seu lado percebeu que a garota olhava com muita atenção em direção ao palco, concentrando-a toda no vocalista que cantava animado e pulava animando o público.
- O que tá te chamando tanta atenção no palco? - Dougie perguntou ao pé do ouvido de .
- O vocalista - Ela respondeu dando de ombros - Eu conheço esse cara de algum lugar...
- Hum... - Dougie soltou um barulho quase inaudível fazendo um bico logo em seguida.
- Mas de onde? - apertou os olhos - Se ele tirasse os óculos pelo menos...
estava deitada sobre a toalha e desta vez tinha Harry ao seu lado. O garoto a abraçou pela cintura, aproximando seus corpos, enquanto conversava baixinho com ela, falando várias vezes em seu ouvido.
- Então eu falei para o meu irmão que nós não podíamos nos jogar do sofá - Harry falou dando um risinho - Quer dizer, que idéia mais idiota tentar voar.
- É fofo! - riu encarando-o logo em seguida - Eu também já tentei fazer isso ok?
- Ótimo, agora eu estou me sentindo menos idiota.
- De um jeito ou de outro você vai voar, mas para o topo das paradas - disse com um sorriso divertido.
- É o que eu espero. Nós demos muito duro pra fazer essas músicas.
- E elas são realmente boas. E acredite, eu não estou falando isso pra te agradar.
- Você não tenta agradar os outros. Eu que o diga! Por que você me maltratou tanto hein? - Harry falou dando um selinho na garota.
- Pra testar você, eu acho...
- Me testar? - Harry levantou uma das sobrancelhas.
- Foi... Acho que eu fiquei um pouco traumatizada com toda essa situação com o Vinícius, enfim, eu acabei descontando todo o meu desapontamento em...
- Mim - Harry deu um risinho.
- Foi. Desculpa - mordeu o lábio inferior - Você foi tão legal comigo desde o começo, mesmo eu sendo uma idiota grosseira ao quadrado com você.
- Tudo bem, eu acho que se você não tivesse agido desse jeito nós não estaríamos aqui hoje.
- Quer dizer que se eu tivesse te dado bola logo de cara você não teria me ligado no dia seguinte?
- Provavelmente eu nem teria pedido seu telefone. Se bem que... No dia em que nós nos conhecemos você estava bem hot. Então havia grandes chances de eu pedir seu telefone.
- Ah, então o lance não é se a garota é difícil ou não e sim a beleza? - falou surpresa.
- Não! - Harry apressou-se em falar - Não só beleza, claro. Eu não vou mentir dizendo que beleza não é importante, porque é... Mas eu adoro desafios.
- Então eu posso considerar que provavelmente o que contou mais foi o desafio e não a beleza.
- Desafio...? - Harry riu - Foi uma missão impossível, isso sim.
- Nossa, o Tom Cruise é gato - falou com um olhar sonhador.
- É isso aí pequena, pode me considerar o seu Tom Cruise.
- ? - chamou a garota que se virou imediatamente - Olha aquele cara ali.
- Quem? - sentou-se rapidamente.
- É homem ela já fica toda animadinha - Brincou Harry.
- É, a está quase tendo um orgasmo com aquele viadinho que tá cantando - Dougie rolou os olhos.
- Quem? - que conversava baixinho com Tom, desvencilhou sua atenção para a conversa do grupo.
- Não é isso! - riu dando um tapa no ombro do garoto - É que eu conheço esse cara de algum lugar mas eu não sei de onde!
- Me mostra! - pediu.
- Cadê? - perguntou ainda olhando para todos os lados.
- Ali meninas, o cara que tá cantando! - respondeu pacientemente.
- Ah tá. Nossa ele é gato! - falou apontando - Ele me lembra alguém também cara! Mas quem?
- Gato? Meu Deus do céu... Ele é muito sexy - agora estava deitada na mesma direção das amigas.
- Pronto começou - Harry rolou os olhos.
- MEU DEUS! - gritou apontando - É O CHUCK BASS! É O CHUCK BASS!
- Chuck Bass? - Harry, Dougie e Tom perguntaram juntos.
- É MESMO! - e gritaram espantadas, juntando logo em seguida as mãos com as de dando gritinhos.
- Quem diabos é Chuck Bass? - Tom perguntou.
- Vocês nunca viram Gossip Girl? - perguntou incrédula - Pelo amor de Deus, vamos assistir televisão pessoal!
- Gente, como vocês não sabem quem é Chuck Bass? Ele é tipo o melhor personagem de todos os tempos! - encarou os meninos com os olhos brilhando.
- Ele é um personagem, muito, mas muito gato! - completou a resposta da amiga.
- Ai isso é torturante - Dougie reclamou - Tá a fim de comprar algo pra comer? Agora bateu uma fome dudes.
- A minha já tava batendo desde que essa história começou - Tom rolou os olhos, mal-humorado.
- Só se for agora - Harry se levantou - Daqui a pouco a gente volta.
As garotas não perceberam a saída dos três. Já que estavam preocupadas demais em comentar sobre o vocalista da The Filthy Youth.
- Pode deixar que eu vou remar - Danny pegou os dois remos que estavam encostados na terra.
- Você tem certeza? Eu não quero ser um peso morto aqui dentro - Ela fez um bico enquanto colocava a sacola e os cobertores dentro da canoa.
- Tenho. Vem aqui, eu te ajudo a entrar - Danny deu a mão para e logo em seguida entrou também.
Em poucos instantes eles já tinham se distanciado da casa. apoiou os cotovelos nos joelhos e descansou a cabeça em suas mãos enquanto analisava Danny que remava em um ritmo lento.
- O que foi? - Ele perguntou desconfiado.
- Nada, só lembrei de uma coisa agora.
- Do que?
- Lembra daquela brincadeira que nós fazíamos? De perguntas e respostas? Nós parávamos no meio desse lago e começávamos a fazer perguntas... Qualquer tipo... Algo como "Qual o seu filme preferido" ou "Se você fosse para uma ilha deserta quem você escolheria pra ficar com você?" Esse tipo de coisa.
- Nossa lembrei! Era legal... O que acha da gente fazer isso?
- Isso o que?
- Esse jogo de perguntas e respostas... - Danny parou de remar.
- Tudo bem... Mas você começa, tenho que bolar alguma pergunta.
- Tá... Então... Primeira pergunta... Se você pudesse estar em qualquer outro lugar qual seria?
- Eu não sairia daqui - sorriu.
- Isso é muito vago, as respostas exigem explicações!
- Quem disse isso?
- As regras - Danny deu de ombros.
- E desde quando existem regras?
- , responde, por favor.
- Tá bom... Eu não estaria em nenhum outro lugar porque... Aqui eu tenho paz e fico longe de tudo o que me atormenta e... Porque aqui eu estou com você - Ela sentiu o rosto arder - Pode parecer besteira mas você é a única pessoa com quem eu me sinto protegida e feliz.
- Ótima resposta - Danny sorriu um pouco sem graça - Sua vez.
- Quando você acordou hoje de manhã... No que você pensou?
- Eu achava que tivesse sido um sonho... Quando eu olhei para o lado e não te vi ali, tinha certeza que eu imaginei tudo - Ele deu um sorriso - Mas quando eu levantei e te vi na varanda em pé me senti o cara mais sortudo do mundo. E no que você pensou?
- Em como eu fui idiota de ter adiado essa noite por tanto tempo - e Danny gargalharam juntos.
- Muito bem. Sua vez de perguntar.
- Eu tenho uma pergunta, mas eu vou deixar para fazer mais tarde - Ela fez um ar misterioso.
- Tudo bem, agora minha vez... E como foi... Bem você sabe...
- Ai meu Deus! - escondeu o rosto com a mão - Foi bom, Danny... Na verdade muito bom. Perfeito.
- Tirou um peso das minhas costas - Danny deu um suspiro longo.
- Por que você não tem confiança em si mesmo?
- Na verdade, eu tava com medo de estragar tudo - Danny gargalhou - Fazer alguma coisa errada ou algo que você não gostasse, achasse rápido demais ou sei lá...
- Não se preocupa com isso, porque foi a melhor... - se aproximou dando um beijo no garoto.
- Definitivamente - Ele riu pedindo passagem para iniciar um beijo. Um vento frio batia e a canoa se movimentava lentamente de um lado para o outro. Nada podia ser ouvido a não ser as respectivas respirações dos dois.
Harry, Dougie e Tom voltaram para o local onde as garotas estavam. Os garotos traziam em mãos duas sacolas, em uma delas estavam alguns sanduíches e na outra latinhas de refrigerante e cerveja.
Assim que chegaram perceberam que as três garotas ainda conversavam sobre o vocalista da banda. Dougie apenas lançou um olhar para Harry, que retribuiu e lançou outro para Tom. Logo os três sentaram ao lado delas.
- Para onde vocês foram? - perguntou - Quando eu percebi vocês tinham sumido...
- Nós fomos comprar comida, não queríamos atrapalhar o seu momento groupie - Dougie respondeu sarcástico.
- Ótimo eu estou morrendo de fome! - falou animada - O que vocês têm aí?
- Hambúrgueres, refrigerante e cerveja - Harry respondeu.
- Hum, nada melhor pra começar o domingo! - falou pegando um hambúrguer da sacola.
- Eu também quero, - pediu estendendo a mão.
- Meu Deus, Evans comendo hambúrguer? - Dougie arregalou os olhos.
- Você está me estragando sabia? - Ela riu.
- A tem que desencanar dessas dietas dela - falou.
- Eu também acho! Eu vivo falando isso pra ela - Dougie concordou - A é linda desse jeito.
Ao ouvir isso sentiu o rosto arder enquanto Harry, e riam da situação. Tom tinha sentado ao lado de , mas tinha a cara fechada e mexia no celular sem tirar os olhos dele.
- Hoje o dia está revelador - Harry falou entre gargalhadas - Nunca pensei que Dougie Poynter pudesse ser tão fofo.
- Mas ele é! - sorriu - Né porquinho?
Dougie não respondeu apenas deitou colocando os óculos no rosto, tentando esconder a vermelhidão.
- Lembra quando eu ensaiava na minha garagem?
- E eu ficava dormindo na sua cama que tinha e ainda tem o melhor colchão de todos os tempos? - riu abraçando o garoto com mais força.
Danny e estavam deitados sob uma das inúmeras árvores que se apresentavam pela margem do lago. Após colocar uma coberta no chão eles deitaram e se cobriram com outra.
- É, mas nesse dia você não estava dormindo.
- Não? E o que eu estava fazendo? - perguntou confusa.
- Sendo groupie por um dia - Danny deu um sorriso de ponta a ponta - Nós estávamos na minha garagem, só eu e você, todos já tinham ido embora.
- E o que nós estávamos fazendo? - arregalou os olhos tentando se lembrar do ocorrido.
- Nada demais! - O garoto riu ao encarar a garota - Eu estava tocando alguma música do The Who e pedi pra você ficar gritando e cantando junto comigo.
- Nossa, eu era tão ridícula - sentiu o rosto ficar vermelho.
- E essa não é a parte engraçada.
- NÃO?
- Não... - Danny deu um risinho - Enfim eu me empolguei cantando e tocando e bem, você também estava super animada.
- E o que aconteceu?
- Eu deixei a guitarra e pulei em cima de você, eu acho que por alguns segundos eu realmente imaginei que havia um mar de gente na minha frente.
- Meu Deus! - gargalhou.
- Eu caí em cima de você e foi nesse dia que eu quase te beijei - Danny corou um pouco, massageando de leve a cintura da garota.
- Nossa agora eu lembrei... - o encarou com o rosto mais vermelho que o dele - Você ficou me encarando por vários segundos e nós dois estávamos calados, sem falar uma palavra até que...
- Minha mãe abriu a porta da garagem - Danny rolou os olhos.
- Eu nunca fiquei tão sem graça - riu - Eu me lembro que nesse dia sua mãe proibiu que a gente se visse. Eu acho que nós ficamos... Umas três semanas sem se falar.
- Eu me lembro que sempre ficava fazendo mímica pela janela, pra tentar me comunicar com você.
- Foram as semanas mais longas da minha vida - se apoiou com um dos cotovelos para encará-lo.
Danny passou uma das mãos pelo pescoço de aproximando seus corpos, com uma das mãos acariciou sua nuca, bagunçando algumas mechas. O próximo passo foi o beijo, que teve início com um selinho, logo em seguida, os dois esqueceram tudo que estava em volta, a única coisa em que conseguiam pensar era no sentimento em que colocavam ali. Enquanto se beijavam Danny puxou o corpo de para o seu afim de que ficassem o mais próximo possível.
- Nossa, esse hambúrguer está bom - comentou pela terceira vez.
- Já percebi isso, já é o terceiro que você come.
- Ai, eu não gostei não - mordeu o lábio inferior - Eu achei que o gosto tá estranho.
- Esse daí foi o Tom que comprou, nós fomos em barracas diferentes - Harry comentou com a boca cheia.
- É porque ele não quis ficar na fila, a outra tava menor - Dougie completou.
- Nossa o cheiro está estranho - aproximou o alimento de seu nariz para sentir.
- Ai amor esse hambúrguer não está bom.
- Então , da próxima vez porque você não vai até lá? - Tom falou com a voz alta - Ao invés de ficar suspirando pelo cara de uma bandinha qualquer?
- Dude, só foi um comentário, tá todo estressadinho por quê? - Dougie deu um risinho.
- Dougie não enche tá? - Tom fechou a cara - A mulher falou que era um tipo diferente de hambúrguer.
- Tá bom amor nós acreditamos em você - deu um tapinha na mão do namorado.
- Hoje todo mundo tirou o dia pra me encher o saco - Tom fez um bico.
- Ai, o Fletcher adora fazer um drama - Harry riu - Daqui a pouco ele corta os pulsos aqui.
- Ah, cansei de vocês, vou pegar um sol em outro lugar- Tom rolou os olhos e se levantou, andando para longe do grupo.
- Qual é o problema dele hoje? Ele parecia estar de bom humor... - Dougie encarou que deu de ombros.
- Não faço a mínima idéia, vou lá conversar com ele - deu um breve sorriso para as garotas e saiu do local atrás do namorado.
- O sol está forte – reclamou colocando a mão direita sobre seu rosto.
- Se você quiser eu fico em pé na sua frente para fazer sombra – Dougie deu um sorriso com o canto da boca enquanto passava o polegar sobre a palma da mão de .
- Não precisa, sério – Ela retribuiu o sorriso inclinando-se para um selinho rápido – Você está diferente Poynter.
- Diferente? – Ele sentiu o rosto corar – Diferente como?
- Não sei... Apenas... Diferente.
- Bom ou ruim?
- Você está todo fofo e romântico... E isso não tem muito a sua cara... – encarou Dougie que parecia querer protestar – Eu não estou reclamando! Esse “Diferente” – Ela fez as aspas com a mão – É definitivamente bom.
- Eu falei que ia parar de sem implicante até sair em turnê.
- Mas você não ia parar completamente né?
- Vai ver é porque você não me conhece realmente - Dougie abraçou os joelhos contra o peito, descansando sobre esses sua cabeça.
- Eu acho que por trás dessas besteiras que você fala existe um grande cara.
- É... Talvez – Dougie concordou pensativo.
- Você é um mistério Poynter – deu uma piscada na direção do garoto – Só não se decepcione quando descobrir o verdadeiro “eu”.
- Não vou me decepcionar... – A garota parou no meio da frase – Ou será que vou?
- Dizem que nos maiores fracos se encontram os melhores... Ou são os piores? – Dougie mordeu o lábio inferior com uma expressão de dúvida.
- Nos menores fracos se encontram os melhores perfumes! – o corrigiu entre risos – E no seu caso o frasco é pequeno mesmo!
- Ei! Não vem tirar sarro com o meu tamanho não! – O garoto tentava segurar o riso.
- Ta bom. Quer dizer... Você é quase um Charlie Simpson de tão alto – riu mais ainda e sentia o rosto ficar vermelho.
Dougie ficou calado por alguns segundos. Seus olhos estavam arregalados. Ele tinha uma expressão de espanto e sua boca estava aberta.
escondia o rosto com as mãos, sentindo o corpo dar pequenos tremeliques enquanto ria.
- É isso... Não fala mais comigo! – Dougie fez um bico imenso tentando manter a voz séria.
- Oun! Desculpa porquinho! – se aproximou do garoto segurando seu rosto com as duas mãos a fim de beijar seu rosto.
- Não! Nem vem! Vou conversar com a e o Harry! – O garoto virou o corpo rapidamente na direção do casal ficando de costas para – Eles são legais! É! Muito legais melhor do que você e...
Dougie parou de falar assim que viu a cena. estava com uma parte do corpo sobre Harry. Os dois se beijavam apaixonadamente e não pareciam prestar atenção no que acontecia ao seu redor.
- Ah não! Até vocês? – Dougie coçou a cabeça – Então eu vou... Eu vou... Conversar com aquele velhinho sentado no banco! É! Ele parece ser bem simpático.
- Desiste Dougie, você só tem a mim – abriu os braços lançando seu melhor sorriso.
- Não, acho que aquele senhor é a melhor saída que eu tenho – Dougie voltou a encarar o velho que parecia bastante mal-humorado.
- Dougie... Porquinho... – foi se aproximando do garoto dando selinhos ao longo do seu pescoço – Pára com isso vai.
- Você afetou o meu orgulho – Ele fez um bico enorme – Acho que vou virar emo.
- Ah claro! Olha você já tem até franjinha! – passou as mãos pelo cabelo do garoto, colocando toda a sua franja pra frente – Ficou gatinho hein?
- Você pegava? – Ele fez uma cara de sexy.
- Na hora – gargalhou aproximando o rosto dela selando seus lábios em um beijo calmo.
- Ei Danny, você está com a máquina aí? - perguntou sentando-se com as pernas cruzadas.
- Está... - Ele vasculhou pelos bolsos da mochila - Aqui!
- Obrigada.
- Ei, o que você tá fazendo?
- Tirando uma foto sua ué... - deu de ombros.
- Nada disso, eu quero uma foto com você! - Danny a puxou pela cintura, para que ficasse deitada entre suas pernas - Me dá essa câmera aqui - O garoto posicionou a máquina um pouco mais longe com a mão direita e bateu a primeira.
- Ficou linda, Danny! - olhou no visor.
- Quero mais uma - Ele sorriu posicionando novamente a máquina. decidiu não sorrir dessa fez, com uma das mãos, ela abaixou o queixo de Danny, puxando seu rosto para si, suas bocas se tocaram mais uma vez e um flash saiu do aparelho - Essa deve ter ficado ótima.
- Não, não... Acho que não... Vamos ter que repetir várias vezes sabe como é... - Danny falou com a boca próxima a de . A garota concordou com a cabeça voltando a beijá-lo com mais vontade.
caminhou até onde o namorado estava. Tom tinha deitado na grama próximo a uma árvore. Sobre o rosto o garoto tinha colocado a camiseta tentando evitar os raios do sol. sentou ao seu lado encostando o seu quadril com o de Tom.
- Tom... - Ela falou tocando o ombro do garoto levemente.
Ele soltou um som quase inaudível como resposta, sem tirar a camiseta do rosto.
- Thomas, o que tá acontecendo? - perguntou com a voz baixa - Você está ficando irritado por causa de todos os comentários que os garotos fazem e está criando caso por causa de tudo.
- Comentários inúteis e de mal gosto - Tom respondeu áspero.
- Eu não te entendo Thomas, eu realmente não entendo, você estava de bom humor e agora está aqui, jogado, sem falar com ninguém com a cara fechada.
- Eu estou normal, nunca estive melhor - Ele respondeu sarcástico.
- Tira pelo menos essa camiseta da cara! - puxou a peça de roupa do rosto do namorado.
Tom não respondeu, apenas continuou calado.
- Então é isso, acho que você vai ficar melhor sozinho - se levantou - Eu vou chamar um táxi e vou embora.
- Eu acho que está na hora de nós voltarmos... - Danny analisou o relógio.
- Não... - pediu com a voz manhosa.
- Eu também adoraria ficar aqui... Mas eu tenho uma turnê e você tem uma empresa.
- Por favor, não me lembre desse detalhe - mordeu o lábio inferior - Eu quero ficar aqui pra sempre.
- Eu prometo que nós ainda vamos voltar muito aqui - Danny deu um beijo no topo da cabeça da garota - Eu vou te raptar muitas outras vezes.
- Assim espero Daniel Jones - deu um sorriso de ponta a ponta levantando-se.
ajudou Danny a guardar tudo na sacola e os cobertores foram postos na canoa. Mais uma vez ele a ajudou a entrar e logo em seguida pegou os remos.
- Uma última foto? - apontou a câmera para ele. Danny sorriu de ponta a ponta e de fundo a floresta seca e a água do lago entravam em harmonia com o céu cinzento - Linda. Você está lindo.
Danny deu de ombros sentindo o rosto arder, ele continuou a remar até chegarem na margem oposta.
já andava em direção a rua principal do parque e tinha o celular em mãos. Quando discou os primeiros números sentiu o aparelho ser puxado de sua mão. A garota virou-se e se deparou com o namorado.
- Desculpa... - Ele falou com a voz triste - Eu não sei o que...
- Tudo bem Thomas, não tem problema - respondeu séria - Agora você pode me devolver o meu celular, por favor?
- Não Jé, não posso - Tom respondeu e continuou após ver a expressão da garota - Eu não quero que você vá embora.
- Sério? Porque não foi isso que pareceu! - cruzou os braços.
- Eu já pedi desculpas!
- E eu já desculpei, mas porque você está assim?
- E-eu - Tom se adiantou abraçando a namorada com força.
- Amor... O que... - não estava entendendo nada, apenas retribuiu o abraço com a mesma intensidade.
- Jé, desculpa, eu não queria estar sendo assim com você - Tom falou ao pé do seu ouvido - É só que... Mesmo me fazendo de forte e dizendo que tudo vai ficar bem, eu tenho medo de ficar longe de você.
- Tom, porque você não me disse isso antes? - colocou as duas mãos sobre o rosto do rapaz a fim de encará-lo.
- Porque eu não queria que você ficasse pior com relação a essa turnê... Mas a verdade é que eu não estou suportando a idéia de ficar longe de você.
- Amor, o que são dois meses comparado a tudo que nós já passamos?
- Eu sei, mas eu não quero te deixar sozinha, você não vai ter ninguém pra te proteger...
- Tom, olha pra mim - o encarou tentando conter as lágrimas - Eu sei me cuidar muito bem, já sou bem grandinha.
- Mas...
- Você acha que eu queria que você saísse em turnê? Eu quero você perto de mim, do meu lado todo o tempo, eu quero acordar todo dia e te ver deitado do meu lado, ouvir as suas piadas sem graça que me fazem rir o dia inteiro, receber café da manhã na cama, ouvir seus elogios, suas músicas no meio da noite, sentir seu abraço, ouvir você dizer que me ama. - sentiu as lágrimas caírem pelo seu rosto - Mas eu sei, que você adora o que faz e eu te amo demais pra impedir que você realize seu sonho.
- Obrigado, Jé - Tom a encarou com um sorriso - Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida sabia?
- Sabia - sorriu - Você só demorou um pouquinho pra perceber.
- Eu era um idiota.
- E ainda continua sendo. A única diferença é que você tem uma namorada muito legal - aproximou-se do namorado dando-lhe um beijo estalado.
- Eu te amo Jé - Tom falou entre o beijo que acontecia.
- Sabe, eu estava pensando em fazer uma despedida amanhã - Danny comentou.
Agora, ele e estavam dentro do carro. O sol estava se pondo e a estrada se encontrava deserta. Eles já haviam partido da casa há algum tempo e conversaram durante todo o caminho. Assim que chegaram a casa, decidiu arrumar tudo e ajudá-lo a guardar as coisas no carro.
- Despedida? Parece ótimo! Onde?
- Não sei ainda, mas nós podíamos fazer um churrasco ou qualquer coisa do tipo.
- Se você quiser eu posso levar alguma torta para a sobremesa. Quando eu chegar em casa vou pedir para a Rosa preparar alguma coisa - comentou pensativa - Torta de limão!
- Claro, você tem uma coisa com limão! Lembra daquela vez que nós fomos ao shopping e você comprou a torta de cada loja da praça de alimentação!
- Lembro! - riu - E não achei nenhuma boa! Pelo amor de Deus! É difícil achar um equilíbrio perfeito entre o limão e o creme?
- Só você mesmo - Danny sorriu voltando sua atenção para a estrada.
O dia passou calmamente no parque. Os quatro casais aproveitaram seus respectivos passeios e no final do dia ficou decidido que fariam alguma espécie de despedida na tarde seguinte.
- Está entregue moça. Já pagaram o seu resgate - Danny estacionou o carro na frente do prédio de .
- Ah não! Eu quero continuar sob o poder do seqüestrador - Ela fez um bico como uma criança mimada.
- Seja boazinha - Danny segurou o queixo de com uma das mãos depositando um beijo em seus lábios.
- Está sendo difícil - Ela mordeu o lábio inferior - Amanhã eu vejo você?
- Eu serei a primeira pessoa que você vai ver amanhã. Eu venho te buscar aqui.
- E se você não tiver que me buscar?
- O que você está querendo dizer? - Danny franziu a testa.
- Eu não quero esperar até amanhã para ver você... - o encarou sem graça - Eu quero que você fique comigo aqui...
- Eu... - Danny ficou sem palavras com o pedido.
- Tudo bem se você não quiser, foi um convite idiota, esquece... - abriu a porta do carro.
- NÃO! - Danny praticamente gritou - Eu quero! Quero muito! Quer dizer... Eu... Quero!
- Fazia tempo que eu não entrava aqui - Danny analisou o apartamento da garota. O local era definitivamente a cara da garota, uma mistura do que há de mais moderno com móveis antigos e cores pastéis. Um cheiro doce predominava o ar, provavelmente do perfume dela, que estava impregnado por todo o imóvel.
- Sinta-se em casa - Ela sorriu tirando o sobretudo e jogando-o sobre uma cadeira da mesa de jantar.
Danny jogou os tênis para um canto e saiu correndo, jogando-se no sofá com um estrondo. o olhou surpresa e gargalhou logo em seguida.
- Pelo visto você levou ao pé da letra o que eu disse! - Ela se aproximou ficando de frente para ele.
- Foi... Acho que exagerei só um pouquinho - Ele sorriu - Vem aqui - Ele estendeu as mãos tocando a cintura da garota puxando para si.
sentou sobre as pernas fechadas do garoto que trançou os braços para apoiá-la.
- Eu tenho uma coisa para você - Os globos azuis de Danny a encararam. Eles tinham um brilho diferente, que os destacava de maneira impressionante.
sorriu com o canto da boca esperando para saber o que era. Danny soltou uma das mãos das costas da garota e a colocou em seu bolso retirando uma espécie de cordão. Ele era dourado e na ponta havia um pingente. Um pequeno coração.
- Eu não acredito! - levou as mãos à boca.
- Pois é... - Danny mordeu o lábio inferior deixando o colar bem em frente ao rosto da garota - Eu estou seguindo o nosso trato. Você se lembra?
- Mas é claro! Quando eu fui à Itália! - pegou o pingente com uma das mãos - Eu disse que sempre que um de nós viajasse ou ficasse longe um do outro quem fosse ficar na cidade deveria ficar com o pingente, para guardar o coração do que está longe bem perto de si - comprimiu o cordão contra o peito - E você está...
- Dando para você, quero que você fique com ele, para saber que sempre eu vou estar aqui ouviu? - Ele puxou a mão de dando um beijo estalado e logo em seguida encarando-a - Posso?
acenou afirmativamente com a cabeça, puxando o cabelo para frente. Danny abriu o cordão prendendo-o atrás do pescoço da garota. O pingente ficou pendurado próximo ao peito de que encarava o objeto com os olhos brilhando.
- Pode ter certeza que eu vou ficar com ele o tempo todo. Eu quero você perto de mim a partir de hoje e nos dias que se seguirão - com as duas mãos segurou a nuca de Danny puxando-o para si. Seus lábios se tocaram e ela abriu a boca para dar passagem a língua de Danny que brincava com a sua de maneira harmônica. parou de beijá-lo por alguns instantes encarando aqueles globos azuis. A garota se levantou e estendeu uma das mãos para que ele pudesse segui-la. Foi o que ele fez, Danny abraçou a garota por trás enquanto caminhavam pelo corredor. Eles pararam em frente a uma porta, a última do corredor. Assim que ela foi aberta, ficou mais do que claro que aquele era o quarto de . A garota fechou a porta atrás de si e a única luz vinha do closet, que tinha sido esquecida ligada. passou as mãos por dentro da camiseta de Danny e abriu botão por botão beijando cada ponto nu que ia aparecendo à medida que os botões eram abertos. Danny a virou de costas para poder abrir o zíper do vestido. Enquanto era aberto as costas da garota ficaram a mostra e ele a beijou ao longo de todo o pescoço arrepiando cada parte do corpo de . A mão da garota parou na calça de Danny que fora aberta enquanto eles se beijavam. Em pouco tempo sentiu o peso do corpo do garoto sobre o seu. Danny tomava cuidado para não machucá-la e tentava se apoiar na cama. Nada os impedia agora, tudo já havia sido arremessado para longe e ali havia apenas a vontade de não se deixarem nunca mais.
- ? - Danny perguntou passando de leve a mão pela sua cintura.
- Hum... - Ela sussurrou quase dormindo sobre o peito nu do garoto.
- Qual era a pergunta? Aquela que você disse que me faria depois.
- Eu ia te perguntar... - deu um longo suspiro tentando vencer o sono - Se você realmente vai me ligar.
- Eu acho que terei que quebrar a promessa...
- Mas... Você disse...
- E te pedir agora, nesse exato momento - Danny falou ao pé de seu ouvido.
- Não... - falou simplesmente com a voz fraca.
- E por que não?
- Porque eu quero ter pelo que esperar.
Capítulo 27
sentiu o colar que tinha no pescoço ser puxado levemente. Ela abriu os olhos e se deparou com Danny. O garoto estava deitado de frente para ela e encarava o pingente em forma de coração fixamente enquanto o passava entre dedos.
- Nem adianta... - surpreendeu Danny que a encarou com seus enormes olhos azuis - Eu não vou te devolver.
Danny deu uma gargalhada gostosa, que iluminou o rosto de . Ele colocou uma das mãos sobre a bochecha da garota puxando-a para si. Seus lábios se tocaram em um beijo rápido e logo ela sentia o rosto ser acariciado pelos grandes dedos de Danny.
- Dormiu bem?
- Muito... - respondia entre selinhos intercalados - Muito... Muito... Bem. E você?
- Muito... - Danny imitou , dando beijos estalados em sua boca - Muito... Muito... Bem! É, eu percebi, você estava dormindo feito uma pedra.
- Eu não estava babando... Estava? - levantou a cabeça para checar o travesseiro, sob o olhar de Danny.
- Só um pouquinho... Bem aqui - Ele apontou para o canto da boca.
- Mentira! Ai que vergonha!
- To brincando! - Ele gargalhou ao ver o rosto escarlate de .
e Danny ficaram apenas se olhando por alguns segundos, sem dizer uma palavra, mas o pequeno sorriso que estava presente em seu rosto podia descrever tudo o que sentiam. O momento foi interrompido por uma música barulhenta que soava por todo o aposento.
- Já tocou umas três vezes - Danny deu um longo suspiro.
- Droga - colou o edredom no corpo e tateou a mesinha ao lado de sua cama. No visor podia-se ler "MPM" - Alô?
Danny ficou encarando enquanto ela falava ao telefone. Pelo visto aconteceu um imprevisto e era necessário que ela fosse até a empresa para assinar alguns papéis e verificar uma das campanhas em andamento.
- Eu não acredito que você vai trabalhar - Danny falou assim que ela desligou o telefone.
- Me desculpa - pediu abraçando-o apertado - Mas eu juro que passo na despedida assim que eu sair de lá.
- Tem certeza que não quer desistir de ir na empresa? - Danny falou ao pé de seu ouvido.
- É tentador, mas eu estou um pouco atrasada já - Ela mordeu o lábio inferior.
- Isso foi um pedido educado para eu ir embora?
- Mais ou menos - gargalhou junto com Danny - Nos vemos mais tarde?
- Só me dê um tempo pra achar as minhas roupas - Ele passou o olho pelo carpete claro do quarto - Achei a calça e minha boxer está...
- Ali na maçaneta! - apontou rindo enquanto se enrolava no lençol - Vou trocar de roupa.
- Ei , posso sair pela sala? A Rosa vai estar aí?
- Não, hoje é domingo então ela está de folga - falou de dentro do closet - Eu sei, você está com fome. Pode Jones! Vá vasculhar a minha geladeira.
Danny gargalhou do quarto saindo em direção a sala.
- ! Você também foi chamada para ver aquela campanha? - falava ao celular enquanto o elevador descia.
Danny estava parado ao seu lado com as mãos por dentro dos bolsos do moletom. Ele também olhava para o celular, havia várias chamadas de Tom e dos outros garotos da banda, além de algumas mensagens, pelo visto eles tinham tido a mesma idéia e a reunião seria em sua casa naquela tarde.
- Sei, tudo bem, a gente se encontra lá então. Beijo.
- E então? Muita coisa aconteceu durante o meu rapto? - perguntou passando os braços pelo pescoço do garoto.
- Pelo visto o pessoal se convidou para passar a tarde lá em casa. Teremos companhia - Ele sorriu roçando seus narizes.
- Sem problemas - A porta do elevador se abriu e eles saíram.
- Vejo você mais tarde? - Danny perguntou.
- Eu prometi, não? - sorriu jogando um beijo no ar e seguindo para seu carro.
- Caralho a gente vai sair em turnê dude! - Dougie pulou em cima de Danny assim que ele abriu a porta.
- É isso aí! - Danny acompanhou o amigo dando um grito de animação enquanto tentava tirar Dougie de cima do corpo.
- Ai vocês dois... - balançou a cabeça rolando os olhos, mas não conseguindo esconder o sorriso que despontou em sua boca - Então Daniel, fiquei sabendo que o seu churrasco é muito bom... A falou horrores dele...
- Claro, eu sou o mestre nas churrasqueiras - Danny deu uma piscadela para a garota aproximando-se para abraçá-la.
- Já ta mentindo! - Tom reclamou enquanto saía do carro - Então? Vamos entrar ou não?
- Vamos, eu to com fome - Dougie falou com a voz sonolenta levantando as mãos, se espreguiçando.
- Pra variar - e Tom falaram juntos.
- Ué... Cadê a ? - perguntou olhando em direção ao carro de Tom, após todos os garotos terem entrado.
- MPM - Tom fez um bico deixando transparecer a covinha do lado esquerdo.
- Ai meu Deus, a não cansa de trabalhar não?
- Não é só ela não... - Danny completou com um tom de desgosto na voz - A também está presa naquele lugar.
- Er... Eu to com fome - Dougie falou passando a mão pela barriga.
- Ai, essa sensibilidade do Dougie acaba comigo - rolou os olhos - Vou pra piscina.
- Ei Danny, tô com fome - Dougie o encarou com olhar pidão.
- Nem olha pra mim - Danny saiu andando em direção a piscina.
- Tom, eu tô com fome - Dougie sorriu de ponta a ponta.
- Er... Nossa, é impressão minha ou o Dan tá me chamando?
- Droga - Dougie deu um longo suspiro ao ver todos os três do lado de fora da casa - É Poynter, vamos preparar alguma coisa...
- Sim, nós queremos a mesma banda contratada para a última festa... Bem, eu sei que está em cima da hora, mas... - parou de falar assim que ouviu o barulho de batidas na porta de sua sala - Não... Eu preciso disso pra ontem! Então me passe o número que eu mesma ligo...
ouviu novamente as batidas em sua porta, não queria responder, estava ocupada demais tentando resolver alguns trabalhos de última hora. Era por isso que odiava trabalhar em feriados, a empresa ficava vazia e não havia ninguém para auxiliá-la.
- ? - Uma voz masculina a chamou.
- Oito... Quatro... Você poderia repetir? - encarou o homem loiro que pairava com a cabeça na sua porta, fez um movimento com a mão para que entrasse e que se sentasse logo em seguida - Muito obrigada mesmo, não se preocupe, qualquer problema eu retorno, pode acreditar. Tenha um bom dia.
- Muito trabalho? - Olivier perguntou enquanto tateava as pétalas das flores que estavam sobre a mesa da garota.
- Digamos que sim... Ou eu é que não estou tão organizada ultimamente - Ela sorriu - Então... Você... Veio trabalhar em um domingo que por sinal é feriado?
- Pra falar a verdade eu não sabia que era feriado - Olivier sorriu voltando sua atenção para - Na França eles funcionam de maneira diferente...
- Ah claro... Da próxima vez eu peço para alguém avisá-lo.
- Eu agradeço... Então hoje é feriado, está pensando em fazer alguma coisa?
- Estou - Ela respondeu simplesmente.
- Hum... Posso saber o que?
- Casa de um amigo... Churrasco essas coisas...
- Eu não sabia que você gostava dessas coisas mais... Como vocês dizem... Simples...
- Pra falar a verdade eu amo. É muito bom, você deveria tentar de vez em quando - deu um sorriso voltando à atenção para o computador.
- Quem sabe. Se você for comigo eu tenho certeza que qualquer lugar ficará melhor.
apenas deu um olhar de relance para o francês que tinha uma expressão calma no rosto.
- Já tomou café?
- Não, eu quero logo sair daqui, meus amigos estão me esperando.
- Toma um café comigo?
- Eu adoraria, mas...
- Por favor, só um café, não vai demorar muito.
- Mas é que... – respirou, vencida – Claro. Por que não? - ela encarou o relógio - Cinco minutos.
terminou de arrumar de arquivar os dados em seu computador quando ouviu alguém bater a porta. Levantou a cabeça em direção ao local de onde o barulho vinha esperando reconhecer quem a abrisse.
- ? - perguntou com a voz manhosa.
- Oi ! Bom dia! - sorriu parando de fitar o computador que tinha a sua frente - Olha não se preocupa, já estou terminando aqui, daqui a pouco a gente pode ir pra casa do Danny.
- Bom, era sobre isso que eu queria falar com você...
- Tudo bem, mas você não vai ficar aí na porta né? - levantou-se de sua cadeira apontando para os sofás de sua sala. Sentou-se em um deles e fez o mesmo, ficando ao seu lado - Pode falar.
- Eu não vou agora pro churrasco do Danny.
- Nossa você tem tanto trabalho assim? - perguntou levantando uma das sobrancelhas.
- Não... Eu já terminei pra falar a verdade, mas é porque o Olivier...
- Ai meu Deus... De novo o Olivier, ?
- , eu sei, mas é que... Eu não posso ser mal educada com ele, meu pai me mataria! E além do mais, é só um café!
- Você sabe que pra ele não é só isso não é?
- Sei... - encarou o chão com uma expressão triste.
- Ai ... Então você vai mesmo?
acenou afirmativamente com a cabeça.
- E que horas você pretende chegar na casa do Danny?
- Não muito tarde, eu prometo. Só fala alguma coisa pra ele... Do tipo... Que eu estava com muito trabalho, qualquer coisa...
- Eu? Ai , isso é mentir! Você sabe que eu não consigo fazer isso...
- Não! Isso é omitir, é completamente diferente... Por favor, ... Eu e o Danny estamos finalmente nos entendendo.
- O que eu não faço por você? - rolou os olhos recebendo o abraço apertado de .
- Eu juro, essa é a última vez que eu faço isso - A garota se levantou do sofá andando em direção a porta.
- Eu espero... - passou a mão pelos cabelos enquanto encarava o chão da sala.
Uma pequena fumaça saía do café que havia chegado à mesa. deu um pequeno gole no seu, afastando a boca rapidamente ao sentir a língua ser queimada. Olivier sorriu enquanto a encarava.
- Tá quente - Ela se justificou.
- Aposto que sim. Que café foi esse que você pediu?
- Ah, é o café gourmet.
- Ótimo... - Ele acrescentou sem entender - E o que ele tem demais?
- Só é mais doce, não preciso nem colocar açúcar ou adoçante, os grãos são do tipo arábica - respondeu voltando a atenção para a xícara, pronto para a tentativa de mais um gole.
- Nossa, não sabia que você entendia tanto de cafés assim Srta. McFayden.
- Conviva com o Antony por mais de vinte anos. Eu nunca vi ninguém ser tão viciado em café!
- Quem sabe você não me dá a oportunidade de conviver mais com o seu pai? - Olivier colocou sua mão sobre a de .
- Bom o seu é descafeinado, então o teor de cafeína é baixo, mas para ele ficar melhor você poderia colocar algum aromatizante. Menta é o melhor, na minha opinião. - Ela deu seu melhor sorriso tirando rapidamente a mão da mesa.
- Nossa, eu estou impressionado! - Olivier falou após uma pequena gargalhada - Garçom! Um café aromatizado com menta, por favor.
- Não acredito que você vai pedir.
- Claro que vou, confio no seu bom gosto.
O café veio e Olivier o provou sobre os olhares de . Assim que terminou o primeiro gole deu um grande sorriso.
- Definitivamente você entende tudo sobre cafés! Isso é muito bom!
- Eu falei.
- Sabe ... O que você acha de conhecer os cafés da França qualquer final de semana desses?
- Viajar para a França? - Ela pareceu surpresa.
- Isso. Eu e você em uma viagem. Nós poderíamos ir a todos os cafés que você quisesse e acredite, na França tem muitos!
- Er...
- Você não sabe como eu gostaria de passar mais tempo com você - Olivier se aproximou dando um selinho na garota.
- Nós podemos ver. – Tudo que vinha a mente de era seu pai
- Diga que sim.
- Eu... Não sei, temos a empresa. Eu não posso sair assim.
- Bom eu sou um dos sócios. Acho que tenho o poder pra te dar umas folgas quando bem entender. Diga que sim - Ele tocou a mão dela.
- Err... Sim... – fechou os olhos, não acreditando no que acabara de falar.
A campainha tocou, mas ninguém pareceu ouvir. Enquanto esperava ela tentava pensar em uma boa desculpa para inventar para Danny. bateu na porta e esta se abriu lentamente. A garota pode ouvir os gritos que vinham da piscina e sentiu um sorriso despontar em seu rosto. Não tinha como ficar pra baixo ou se sentir estressada perto de pessoas tão animadas.
- Gente? - perguntou baixinho fechando a porta atrás de si.
- Bu! - Dougie apertou sua cintura pegando-a de surpresa. A garota soltou um grito assustado.
- D-dougie! Que susto! - A garota arfou tentando recuperar o fôlego.
- Ih ... Tá muito assustadinha pro meu gosto, andou bem fazendo alguma coisa errada hein? - Dougie falou em tom divertido mordendo um pedaço enorme do pão que tinha em mãos - Vou contar pro seu namorado...
- Eu? Imagina - Ela soltou um riso afetado - Até parece. O que é isso que você tá comendo?
- Não sei, tava na geladeira e tava com a cara muito boa... Acho que é... Peito de peru... ou Frango? - Dougie fez uma cara pensativa mordendo mais uma vez o sanduíche - Não, é presunto, definitivamente.
- Eu não acho muito seguro comer alguma coisa solta na geladeira do Danny... Nunca se sabe por onde isso andou ou quanto tempo está aí...
- Ah a ponta do pão tava meio verde, mas eu cortei - Dougie soltou um risinho ao ver a cara espantada da garota - Calma , é como o ditado, o que não mata engorda.
- E se matar Dougie? - Ela cruzou os braços, preocupada.
- Vou morrer de barriga cheia.
- Muito engraçadinho você, né? - Ela tentou segurar o riso quando sentiu um abraço.
- Quem é engraçadinho? - Danny perguntou dando um beijo no topo de sua cabeça.
- O Dougie comendo essa coisa estranha, ele vai acabar passando mal. É sério! - falou em tom imperativo ao perceber que Dougie mexia a boca tentando imitá-la.
- Que é isso dude?
- Um sanduíche que tava na sua geladeira... - Dougie respondeu com a boca cheia.
- Nossa... Tinha sanduíche na geladeira? Não lembrava - Danny coçou a cabeça um pouco confuso - Mas que seja e então . Cadê a ?
- A ? - encarou o chão tentando pensar em alguma coisa.
- É... Quem mais seria?
- A ou o Harry... Eles já chegaram?
- Não ainda não, mas e a ?
- Muito trabalho sabe como é... - deu seu melhor sorriso.
- Amor! - Tom gritou da piscina onde brincava com uma bola colorida dando pequenos toques para .
- É melhor eu ir lá com o Thomas. Não se preocupa Danny ela já vai chegar.
se afastou dos dois garotos seguindo para a área da piscina.
- Ai tô cheio - Dougie passou a mão pela barriga.
- Sobra mais churrasco pra mim - Danny deu um risinho quando foi alertado pela campainha que soou - Deve ser a .
Danny caminhou até a porta com Dougie vindo atrás.
- Não sei por quê... Ai Harry admita! Você está errado e eu estou certa! - Danny conseguiu ouvir a voz da garota assim que abriu a porta.
- Pra selar a harmonia da casa! - Ele abriu os braços para receber que tinha uma expressão dura no rosto.
- Olá Danny - Ela tentou forçar um sorriso - Oi Dougie.
- Estamos aqui em paz, - Dougie fingiu ter uma bandeirinha na mão, mas a garota preferiu ignorar o amigo.
- É dude, parece que você andou aprontando - Danny soltou um risinho e Harry apenas rolou os olhos.
- O Harry é um egoísta, cabeça dura, convencido! Ele só pensa nele mesmo! - contava os adjetivos nos dedos enquanto seu rosto ficava cada vez mais vermelho.
- Não poderia concordar mais - Danny fez um sinal para Harry que apenas balançou a cabeça.
virou e saiu em direção à piscina para se encontrar com os outros.
- O que aconteceu? - Dougie perguntou.
- Ai todo esse drama é porque nós passamos por um sinal e eu não quis dar dinheiro pra um cara - Harry rolou os olhos.
- E por que você não deu? - Agora foi a vez de Danny perguntar.
- O que é isso? Inquisição Espanhola? - Harry coçou a cabeça, mal humorado.
- Ei, desde quando você estuda história? - Dougie perguntou.
- A gente estudou isso na escola? - Danny completou.
- Eu dei o dinheiro! - Harry tentou se defender - Primeiro eu falei que não ia dar porque eu não tinha trocado.
Danny e Dougie continuaram calados apenas ouvindo o que o amigo dizia. Harry deu um suspiro e continuou.
- Então ela viu que eu tinha uma nota de dez libras na minha carteira. A simplesmente queria que eu desse dez libras pro cara da rua! - Harry arregalou os olhos enquanto falava - Então eu fui e dei o dinheiro pro cara, mas eu pedi troco, queria minhas nove libras de volta!
- Você pediu troco de um mendigo? - Danny deu uma gargalhada que pode ser ouvida na área da piscina.
- Essa foi ótima, o cara tá precisando mais do que você - Dougie também gargalhava.
- Ah não! Qual é! Vocês vão ficar do lado dela?
- Que tal nós esquecermos essa história? - Danny deu palmadinhas no ombro do amigo - Cerveja?
- Nada melhor pra melhorar o meu humor.
- O mendigo não deve ter dinheiro nem pra comprar uma cerveja... A vida dele deve ser trágica - Dougie comentou um pouco distante.
- Dougie... Cala a boca! - Harry rosnou entrando na cozinha seguido de Danny que tentava esconder o riso.
O sol já estava alto. O relógio marcava quase meio dia. e Tom estavam na piscina. estava deitada na cadeira de sol com Dougie ao seu lado. O casal conversava animadamente com Tom. boiava na cadeira de Danny enquanto este, junto com Harry preparava a churrasqueira. ainda estava emburrada, conversou com todos, mas assim que Harry chegava no local fechava a cara e não falava mais nada. No momento ela estava apenas deitada ao lado de e Dougie, escutando ao seu iPod.
- ? - aproveitou que Tom e Dougie estavam entretidos em uma conversa sobre a compra de um novo instrumento para cochichar para a amiga - ? !
- Oi - A garota levantou subitamente quase caindo da bóia - Fala !
- Por que você tá cochichando? - perguntou.
- Eu não estou. Você que começou.
- Sim que seja... - rolou os olhos - Cadê a ?
- Com alguém que não deveria estar - respondeu em português chamando a atenção dos garotos que pararam a conversa na hora.
- Eita, pra estarem falando em português é porque estão falando mal de alguém - Tom comentou deixando a namorada completamente vermelha.
- Não fala besteira Thomas - fez um bico voltando a deitar na cadeira flutuante.
Tom deu um risinho voltando a falar com Dougie sobre o novo instrumento. levantou-se da cadeira que ocupava andando até onde Harry e Danny estavam.
- Ai gente eu to com fome - aproximou-se dos dois garotos.
- A gente já vai colocar a carne pra assar, - Harry respondeu afastando-se dos dois para lavar as mãos na pia.
- Ah tá, obrigada - Ela sorriu virando-se para sair de volta à piscina.
- Ei ! - Danny a chamou.
- Eu!
- Você sabe da ?
- Da ? Eu... Ela disse que... Estava no salão! - respondeu sem pensar duas vezes.
- No salão? - Danny a encarou confuso - Mas a me disse que ela tava na empresa...
- Mas é claro! Na empresa! Bom... Ela deve... Ter saído de lá e ido até o salão. Ela quer ficar bonita pra você né Danny? - respondeu como se fosse óbvio.
- É né - Danny deu um risinho voltando a atenção para a carne.
- Ei dude, acabei de colocar as carnes aqui, vamos dar um mergulho. Vai demorar pra assar - Harry falou enquanto tirava a blusa e ficava apenas de bermuda.
- Ótimo. Ei Harry! - Danny o parou com a mão - O que você acha da gente dar um susto na ? Vamos pular ali do lado dela.
- Ei Fletcher! - Harry gritou fazendo sinal para Tom, tentando explicar o plano todo. Tom deu um sorriso maroto e concordou com a cabeça.
Todos ficaram assistindo a cena, menos que estava concentrada na música que tocava em seu iPod. Os garotos correram e pularam ao lado da bóia da garota que sentiu todo o corpo ser molhado. deu um pulo junto com um grito logo em seguida se desequilibrou da bóia caindo na piscina.
- Ai que ódio! - gritou assim que voltou a superfície - Eu odeio vocês!
- Desculpa , mas você tava muito seca, sabe? - Harry deu um riso convencido dando palmadinhas no ombro da garota.
- Não deu pra resistir - Danny completou - Não fica com raiva tá?
- A não consegue ficar com raiva de ninguém por mais de cinco segundos. Né amor? - Tom pegou a namorada no colo dando um beijo em seu rosto.
- Mas é claro e você é prova viva disso não é Thomas? - Ela respondeu rapidamente seguida por vários gritinhos dos garotos.
- Porra Thomas, é tua mãe é? - Danny gritou gargalhando.
- Ah, calem a boca! - Tom fez um bico tentando esconder o riso.
Harry saiu da piscina enquanto todos ainda conversavam em voz alta. O garoto parou ao lado da cadeira de sacudindo o corpo e molhando o corpo da garota. Ao sentir as gotas estremeceu abrindo os olhos rapidamente.
- Ai Harry! - Ela reclamou voltando a posição inicial, sem dar muita atenção ao garoto.
- Ei - Harry falou no ouvido de . Ele agora estava agachado ao lado dela. Passou um dos braços pela sua barriga a fim de abraçá-la.
- O que você quer?
- Até quando você vai bancar a difícil? - Ele perguntou encostando o nariz no rosto dela.
- Eu bancando a difícil? Essa é boa. Como se eu não tivesse motivos - A garota sentiu o corpo arrepiar enquanto Harry respondia encostando a boca em seu ouvido.
- Ah qual é , não vamos ficar assim vai... Olha pra mim - Harry pediu.
- Não...
- Por favor?
- Fala - A garota tirou os fones de ouvido e os óculos encarando Harry.
- Já comentei como você fica bem de biquíni? Deveria usar mais vezes.
- Sabia que não era sério - rolou os olhos.
- Mas eu tenho que dizer que a lingerie preta de anteontem estava bem melhor. Perfeita.
- Esse é o seu mais novo truque? Fala no meu ouvido com a voz sedosa, me deixa arrepiada e ainda por cima fala como eu estou gostosa tentando encher meu ego?
- Está dando certo?
- Não.
- "Não" porque não está mesmo ou "não" porque o seu orgulho não permite dizer que sim?
- Essa sua pergunta é confusa. Eu pulo.
- Ótimo. Garota que vai direto ao ponto... Eu gosto disso - Harry deu uma mordida de leve na orelha da garota - Me desculpa?
- Por que você tem que ser assim hein? - mordeu o lábio inferior enquanto sentia todos os músculos do corpo enrijecerem.
- Assim como?
- Assim tão... Sedutor eu diria...
- Ah, eu acho que tenho sido sedutor desde a hora que eu te conheci. Me sinto quase um "Alfie".
- Alfie? - perguntou confusa.
- É. É o cara de um filme. Ele dorme com metade da cidade e é ultra sedutor assim ele consegue tudo o que quer. Não assista a esse filme, é uma merda.
- Ah, ele dorme com metade da cidade? Bom saber - A garota cruzou os braços.
- Não! Menos essa parte. A parte do sedutor é verdade. Então... O garoto sedutor pode ser perdoado?
- Se ele não for egoísta desse jeito de novo...
- Tá bom. Da próxima vez eu pego dez libras da sua bolsa. - Harry sorriu - Feito?
- Feito.
- É, o Tom é meu bebezinho. Né amor? - sorriu dando um selinho no namorado que apenas sorriu.
- Olha que coisa meiga! - Danny zombou.
- E eu sou o porquinho da - Dougie falou abraçando a garota pela cintura.
- Oun que fofo! É, você é sim o meu porquinho - colocou uma das mãos no rosto do garoto puxando-o para um beijo - Só meu.
Danny ficou encarando a cena sem falar nada. Virou para ao outro lado tentando encontrar a salvação nos amigos. Porém e Tom se encontravam abraçados enquanto ele fala algumas coisas que Danny não conseguiu entender em seu ouvido. A garota apenas dava risinhos de tudo o que ele falava.
- É, pelo visto eu to segurando vela - Danny bufou nadando até a borda da piscina.
O garoto andou em direção a casa evitando olhar para trás. Pegou uma toalha que estava jogada sobre o sofá da sala e enquanto se secava procurava o celular. Finalmente o achou sobre o balcão da cozinha. Procurou o nome de e chamou. Após alguns toques a voz familiar atendeu.
- Alô?
- ! Cadê você? - Danny perguntou.
- Danny, ai desculpa, eu já estou chegando juro! - Ela falou rapidamente.
- Já é mais de meio dia, tá todo mundo aqui...
- Desculpa... Er, você pode esperar só um minutinho?
- Ham... Claro - Danny concordou sentando-se em um dos bancos do balcão da cozinha.
O garoto encarava um ponto fixo do aposento quando sentiu duas mãos taparem seu rosto. Ele as tocou imediatamente, quando sentiu uma respiração em seu ouvido.
- Você sempre esquece a porta da frente aberta... - deu um beijo no rosto do garoto logo em seguida.
- ! - Danny se levantou abraçando-a pela cintura em um abraço forte.
- Gostou da surpresa?
- Claro! Eu já estava começando a ficar preocupado com a sua demora - Ele dava vários selinhos em sua boca enquanto falava - Afinal, onde você estava?
- Eu?
- É. Qual o motivo da demora?
- A empresa. Muitos papéis, fiquei presa neles até agora - respondeu com um sorriso voltando a beijar o garoto que aos poucos parou o beijo.
- Mas... A me falou que você tinha ido ao salão de beleza.
- Salão de beleza? - pareceu bastante surpresa – Eu falei pra ela que... que eu não teria mais tempo de ir ao salão de beleza. Bom, ela deve ter se enganado. Você sabe como a tem a cabeça nas nuvens.
- É... Ela deve ter se enganado.
- Então. Você acabou de me molhar toda. Acho melhor eu colocar um biquíni não?
- Claro. Por que não vamos ao meu quarto? Você pode se trocar lá. No banheiro eu quero dizer... Não na minha frente... A não ser que você queira... ! Esquece o que eu disse, por favor - Ele completou rapidamente fazendo a garota rir.
- Acho uma ótima idéia - A garota sorriu puxando-o pela mão - Não a parte de me trocar na sua frente!
- Claro, mas você não quer falar com o pessoal primeiro? - Danny perguntou.
- Não, não, prefiro ficar um tempo só com você - Ela sorriu sentindo o rosto corar enquanto caminhava até o quarto dele.
Eles entraram no quarto e a porta se fechou atrás deles. encarou o quarto que era tão familiar. Já passara tardes aqui apenas conversando com Danny na época em que eram apenas amigos. O garoto se sentou na cama.
- Eu vou precisar apenas... - A garota vasculhava a bolsa e pegou o biquíni - Disso. Fica com a minha bolsa aqui. Ah, segura meu celular.
A garota entrou no banheiro do quarto de Danny deixando-o sozinho no aposento. O garoto deitou na cama com o celular de na mão, encarando o teto. Instantes depois sentiu sua mão vibrar. Encarou o celular e no visor indicava que a garota tinha recebido uma mensagem de Olivier. Danny ficou encarando aquele nome sem saber o que fazer, porém a curiosidade falou mais alto, ele precisava ler o que estava escrito.
", hoje o café da manhã foi maravilhoso. Mal posso esperar pela nossa viagem a França. Só você e eu na cidade luz. Au revoir. Olivier"
Danny sentou-se ereto na cama. Leu a mensagem mais de uma vez. Não conseguia acreditar naquelas palavras. Não podia ser verdade. Ele estava em transe encarando o visor do aparelho quando foi acordado pela voz de .
- Danny? O que você tá fazendo com o meu celular? - Ela perguntou descontraída - Já tá com tanta intimidade assim é?
esperou ouvir o riso gostoso de Danny ao qual estava tão acostumada em apreciar, porém ao contrário disso o quarto foi dominado pelo silêncio.
- Nossa. França? Parece muito legal - Ele falou sem alterar a voz.
- Do que você está... - parou de falar assim que Danny esticou uma das mãos para lhe entregar o celular. Ela leu mais de uma vez a mensagem, tentando pensar no que falar - Eu posso explicar.
- Não tinha empresa nenhuma não é? - Danny não a olhava nos olhos, encarava apenas o carpete claro do quarto - Nem trabalho, nem pilhas de papéis, muito menos salão de beleza.
- Havia sim trabalho, mas ele apareceu e eu...
- E você ficou com ele... - Danny concluiu.
- Não, eu não fiquei com ele! - tentou se defender - Só foi um café! Eu não queria te aborrecer contando isso.
- Só um café... Por essa mensagem não foi só isso. Pelo menos pra ele não.
- Ele tem esperanças, mas Danny... - segurou as mãos do garoto - Eu quero você. Só você.
- Se ele tem esperanças é porque você dá - Danny respondeu em tom seco sem olhar para .
- Não. Eu não vou para a França com ele.
- Você disse que iria.
- Eu disse, mas foi só para ganhar tempo - respondeu rapidamente - Eu não posso fazer nada muito rude... Ele é sócio do meu pai.
- E daí? Nós estávamos juntos. Não importa o seu pai ou essa empresa.
- As coisas não funcionam assim. Você sabe que não... - deu um longo suspiro acariciando a mão de Danny - Por favor, Danny...
- Sabe ... Eu estou com medo de ir pra essa turnê - Danny deu um sorriso franco sem encará-la. permaneceu calada para que ele continuasse a falar - Medo de não dar certo, de não estar preparado. Mas toda vez que eu penso nisso eu me lembro de quando nós éramos menores e de quanto você me apoiou... Eu só não entendo porque você faz isso comigo...
- Então por que você está indo? – perguntou encarando-o séria.
- É minha banda, meus amigos, meu sonho que pode se realizar – Danny levantou, encostando-se na janela do quarto.
- Eu sei, eu sei, mas se você acha que não está preparado, você não deve ir, fala com os meninos, se eles forem seus amigos de verdade, tenho certeza... Eles vão entender!
- O que você sabe sobre amizade? – Danny virou-se para ela – Nada!
- Eu não sei se entendi...
- Ótimo. – Ele continuou – Vou explicar. Há dez anos atrás eu conheci uma menina no parque, a garota da casa ao lado. Desde lá, tudo o que eu fazia era pensando nela. Aos onze anos, essa menina se aproximou, ficou muito amiga minha e eu não sabia como abrir o jogo. Mas também, como ela poderia saber? Como ela poderia saber que depois daquele dia eu recusava qualquer uma por causa dela?
- Danny, eu...
- Não! Agora é minha vez de falar, isso tá engasgado faz tempo! – Ele disse em tom alto andando até a cama, o que fez com que recuasse – Desde então, eu vi que o único jeito de me aproximar de você, era me tornando seu amigo e foi o que eu fiz... Enquanto você desfrutava da nossa amizade, eu batizava a minha primeira guitarra de , pensando que eu te teria ali de alguma forma todos os dias. E foi quando tudo mudou e nós dois resolvemos assumir o que sentimos. Mas você não se mostrou nem um pouco apaixonada, pelo menos não tanto quanto eu. Você me fez prometer nunca te machucar, que a nossa amizade era mais importante que tudo – Danny deu uma risada alta e sarcástica, continuando a falar no mesmo tom de antes – Olha o que você fez! Me traiu com um cara que você nem conhece direito e agora vem me falar de amizade?
- Danny, eu... Não sei o que dizer – o olhava assustada, ela sentiu seus olhos molhados, mas tentou segurar o choro.
Danny se sentou ao lado da garota. o encarou, agora podia ver que aqueles grandes olhos azuis também estavam molhados.
- Eu passei trinta e sete dias entediado quando você viajou pra Itália daquela vez. Nada tinha graça sem você aqui. Todo esse tempo eu fiquei te esperando voltar. E... Quando você saía em algum encontro, eu sentava na varanda, e eu ... – Danny parou por alguns segundos – Eu só dormia, quando te via passar pela porta da sua casa. É... Eu não confiava nos caras que você saía. Tem mais! Na sua festa de dezesseis anos, eu só usei aquela camisa verde porque é a sua cor favorita...
tinha levado as mãos ao rosto chorando, enquanto ouvia a narração de Danny que tentava controlar a voz.
- E no dia em que eu te chamei pra tomar sorvete, eu pedi o mesmo sabor que você, só pra te agradar, mas virei a noite passando mal porque sou alérgico à menta.
Os dois se encararam em silêncio. sentia o nariz esquentar e agora Danny se tornava uma figura embaçada, ela tentava, mas as lágrimas caíam uma atrás da outra, o olhar de ambos era de tristeza, mas o de mostrava arrependimento.
- Olha, eu sei que parece leseira, mas tudo isso é verdade e muitas dessas coisas eu ainda faço, tudo pra te agradar. Até brincar com o seu cachorro eu já brinquei mesmo que eu morra de medo porque fui mordido quando eu tinha dez anos pelo...
-... Cachorro da Senhora Sprouse, eu lembro – Ela deu um sorriso meia boca.
- É , chegamos então a conclusão de que eu continuo o mesmo idiota apaixonado e você achou um cara melhor. Eu não deveria estar surpreso, afinal, ele é mais rico e bonito, não sei porque você perdeu seu tempo comigo.
- Você não foi perda de tempo! Danny, eu sinta tanto a sua falta - pulou nos braços de Danny abraçando-o com força - Me desculpa, mas se eu omiti alguma coisa foi porque eu tinha medo!
- Medo? você se divide para dar conta de dois caras. Eu não quero competição. Eu te amo demais pra ter que te dividir só por causa de uma cargo na sua empresa. Eu sinto muito, mas eu não sei lidar com isso... - Danny a afastou de seu corpo encarando-a.
- Danny eu to com medo de... De te perder!
Ela o olhou triste, derramando mais lágrimas.
- Então comece a curtir seu medo, porque você já me perdeu.
não conseguia processar a última frase do garoto. Ela o olhou boquiaberta. Danny se levantou e abriu a porta. se levantou da cama, aproximando-se dele, enxugando os olhos.
- O pessoal está te esperando na piscina - Danny falou.
- Eles não me viram entrar aqui. É melhor eu ir embora. Eu não acho que você me quer aqui depois disso.
- Vou te levar até a porta.
Danny permaneceu calado assim como enquanto eles caminhavam pelo corredor. Ele abriu a porta para a garota que parou na sua frente.
- Boa sorte na sua turnê então. Espero que dê tudo certo... - mordeu o lábio inferior sentindo as lágrimas virem novamente - Eu posso... Te dar um abraço pelo menos?
- É melhor não... Mas obrigado pelos votos de confiança – Danny a encarou sério sem o menor tom de emoção na voz.
- Tudo bem... Acho que você tem esse direito - tentou sorrir, mas não conseguiu. Ela seguiu para fora da casa. Danny bateu a porta com leveza assim que ela saiu. Ficou parado por alguns segundos, refletindo tudo o que tinha falado, depois seguiu para o quarto. parou após alguns passos e olhou para trás, a porta já havia sido fechada.
entrou no carro e encostou a cabeça no banco, encarando o céu, as lágrimas voltaram aos seus olhos e ela sussurrou baixinho:
- Eu te amo Danny Jones... Não consigo demonstrar o quanto, mas eu te amo.
Após a conversa com , Danny ficou no quarto. Os garotos foram lá para conversar com ele e algumas horas depois todos estavam sabendo do que tinha acontecido no aposento. Danny tinha ido dormir no meio da tarde enquanto os convidados ficaram na piscina e comeram churrasco, tentando fazer o mínimo de barulho possível. insistiu para eles arrumarem a casa, já que Danny não estava nos seus melhores dias. Assim que limparam tudo os casais saíram da casa. Tom foi o único que subiu para avisar que estavam indo embora. Segundo ele, Danny estava realmente dormindo, mas estava com olheiras gigantes sob os olhos. Após se despedirem cada um seguiu para a sua própria casa.
Capítulo 28
O grande dia tinha chegado. Todos estavam acomodados na sala de Danny novamente, já que o ônibus sairia de lá. Havia malas perto da porta e vários casacos sobre os sofás. A madrugada estava fria o suficiente para dar uma boa noite de sono embaixo de vários edredons, mas nenhuma das pessoas ali parecia ter menor vontade de dormir.
- Tom, você pegou o seu moletom? - perguntou enquanto checava pela terceira vez a mala do namorado.
- Eu acho que sim - Ele respondeu um pouco distraído pela conversa que estava tendo com Dougie.
- Acha? - colocou as mãos na cintura - E se fizer frio? Você pode pegar um resfriado!
- , eu acho que já chega de checar malas por hoje, né amiga? - pegou a garota pelos ombros guiando-a até os sofás. sentou-se ao lado do namorado que abriu um dos braços para ela.
- já está bom de fotos, né? - Harry reclamou quando sentiu mais um flash sobre seu rosto.
- Tá brincando? Vocês estão ótimos, as fotos estão ficando perfeitas! - A garota respondeu entusiasmada clicando mais uma vez em direção a e Tom que conversavam baixinho.
- Por favor, vem senta aqui - Harry a chamou. fez um bico, mas atendeu ao pedido. Ela se aproximou do garoto passando os braços pelo seu pescoço e sentando em seu colo - Quer ver as fotos?
- O que você acha de bater umas fotos nossas?
- Sério? - Harry acenou positivamente com a cabeça - Nossa, Harry, você está muito bonzinho hoje! - sorriu segurando a máquina com apenas uma das mãos. Harry beijou seu rosto rapidamente e o flash saiu.
- Ficou boa?
- Ficou linda! - falou animada - Mais uma!
- Ai meu Deus, por que eu fui dar corda? - Harry balançou a cabeça.
- Agora agüenta - Dougie deu um risinho desviando rapidamente o olhar de que se encontrava ao seu lado, abraçada.
- Porquinha... A gente não tem foto.
- É mesmo, né? - falou.
- Ei, , bate uma foto da gente? - Dougie pediu - Daí você manda pro e-mail de alguém.
- Claro! - virou com a máquina em direção ao casal - Sejam espontâneos!
- Ser espontânea? - pareceu confusa.
- Eu sei um jeito de ser bastante espontâneo - Dougie de um risinho com o canto da boca - Vem aqui - O garoto colocou uma das mãos no queixo da garota puxando seu rosto delicadamente em sua direção. Em questão de segundos seus lábios estavam colados com os de . Ele conseguiu sentir um sorriso que surgiu na boca da garota enquanto o beijo acontecia. Mesmo com os olhos fechados era possível sentir os flashes da máquina de .
Enquanto a pequena sessão acontecia conversava aos cochichos com Tom.
- Amor, como o Danny está?
- , você tem que parar de se preocupar tanto com os outros.
- Eu não consigo. Você sabe como eu adoro o Danny. Pra falar a verdade eu me importo muito com ele. Tô me sentindo meio culpada com toda essa briga dele e da .
- Amor pode parar, essa briga era inevitável. Se ela aconteceu foi por culpa deles e não sua. Agora pode parar de falar assim do Jones. Não tô gostando disso...
- Ih, parece que alguém está com ciúmes - deu um selinho no namorado.
- Não do Danny...
- Não começa, Thomas. - ficou séria - O James é meu amigo.
- Ele só vai pra turnê daqui alguns dias... E se ele te procurar.
- Como eu já disse ele é meu amigo. Qual o problema? - Tom já ia responder, mas o impediu com o dedo indicador - Por favor. Nós estamos nos despedindo, não vamos falar disso, sim?
- Você que manda - Tom sorriu deixando transparecer a covinha - Eu vou lá chamar o Jones.
Tom se levantou do sofá caminhando até o quarto de Danny no final do corredor. Ele deu leve batidinhas até ouvir a voz do amigo que o chamava para entrar.
- Dan? - Tom colocou a cabeça para dentro se deparando com o amigo sentado na cama.
- Entra, dude! - Danny falou com a voz animada.
- Tá fazendo o quê?
- Terminando de colocar uns moletons na minha mala - Danny sorriu tentando enfiar as últimas roupas na mala lotada - Eu vi o noticiário e parece que o clima vai esfriar.
- É... A tá louca achando que eu não vou me agasalhar direito.
- Ela se preocupa com você... Isso é bom - Danny deu um sorriso sincero.
- E como você tá? - Tom sentou-se na cama ao lado de Danny.
- Não se preocupe comigo. Eu tô bem. Não vou deixar isso acabar comigo. Dude, nós vamos realizar nosso sonho.
- É, nós vamos mesmo - Tom sorriu dando batidinhas no ombro do amigo - Você sabe, né?...
- Eu tenho vocês e isso basta pra me deixar pra cima. Quer dizer... O Harry é muito sexy e o Dougie faz o que eu quiser...
- Ah ótimo - Tom gargalhou - Está até fazendo piadas já! E eu?
- Esse seu queixinho arrasa o meu coração - Danny passou a mão pelo rosto do amigo que lhe mostrou o dedo do meio.
O ônibus parou em frente a casa. Logo puderam ser ouvidos os gritos das pessoas que ocupavam a sala. gritou pelo nome de Danny e Tom avisando-os.
- Chegou a hora! - Danny gritou animado, pegando a mala. Todos se levantaram e o encararam surpresos pelo seu bom humor. O grupo se dirigiu para fora da casa a fim de guardar os seus pertences no bagageiro. Danny trancou a casa e foi até o ônibus vasculhar. Ele parecia um hotel. Havia dois beliches logo no início, e depois, como se fosse uma sala, havia uma televisão em frente a vários sofás que ocupavam quase toda a parte. Uma cozinha bem prática, um banheiro e a parede final.
Danny foi o primeiro a se despedir afinal não pretendia quebrar o clima dos casais.
- Tchau - Danny a abraçou - Pode deixar que eu vou cuidar pra que o Harry dê esmola para cada mendigo de cada cidade em que nós pararmos.
- Isso mesmo! - Ela sorriu afastando-se e pegando a máquina para registrar os momentos da despedida.
- Boa viagem, Danny! - o abraçou com força - Cuida do Dougie pra ele não comer no Outback.
- Er... Por quê?
- Longa história. Depois ele te conta - deu um risinho maroto junto com Dougie que assistia a cena.
- Danny! - o abraçou com força - Arrasa nesses shows.
- Pode deixar. E olha, eu vou cuidar pro seu bebezinho ficar agasalhado, tá? Eu to levando uns trezentos moletons na mala.
- Obrigada - A garota ainda o abraçava - Me desculpa por ter mentido.
- Não precisa se desculpar. Você é uma boa amiga, só isso.
Foi inevitável não pensar em , mas ele fez de tudo para não mostrar que queria que ela estivesse ali. Após dar um aceno rápido correu para dentro do ônibus alegando que precisava instalar o vídeo game na salinha.
- Então será que dá pra você parar de tirar fotos por alguns segundos e me dar atenção?
- Não. - deu língua para o garoto que levantou uma das sobrancelhas, sua marca registrada - Tô brincando!
- E aqui estamos nós - Harry a abraçou pela cintura - Parecia que essa turnê não ia chegar nunca.
- Eu queria que não chegasse - sorriu sem graça.
- Você não quer o meu sucesso então? - Harry levantou uma sobrancelha.
- Não foi isso que eu quis dizer seu bobo!
- Eu entendi, pequena - Os dois se olharam por alguns segundos e se abraçaram.
- Promete que vai se comportar? - Ela perguntou acariciando o ombro do rapaz.
- Claro - Ele sorriu sem graça ao se afastarem - Vou me concentrar nos shows.
- Não vai querer dá uma de Alfie por lá - Ela rolou os olhos.
- É meio tentador, sabe? Eu estou em um ponto que o meu botão "sedutor" está ligado sempre.
- Bom, então é melhor eu desligar - A garota sorriu apertando a ponta do nariz de Harry com o indicador.
- Droga, tô me sentindo um merda agora, você acabou com a minha auto-estima!
- Esse é um bom motivo para você voltar, não? Quer dizer, se você quiser sua auto-estima de volta, é melhor me procurar - deu uma piscada para ele - Porque só eu vou poder ligar.
- Parece que você desligou em mim e ligou em você, nossa como você está sedutora hoje! - Ele falou em tom divertido.
- Boa sorte, pequeno. - aproximou seu rosto com o de Harry roçando seus narizes de leve sem tirar seus olhos do dele. Suas bocas se colaram em um beijo calmo.
- Até daqui a... 2 meses - Ele falou entre selinhos. O garoto deu mais um abraço apertado na garota. assistia enquanto Harry se despedia das meninas. Eles trocaram os olhares uma última vez e o rapaz entrou no ônibus.
- Gente, eu vou para o carro - abraçou Tom e Dougie - Boa sorte, a gente vai torcer por vocês.
- Eu sei que vão - Tom sorriu.
- Tchau, - Dougie acenou.
- Ah! Bem lembrado - correu em direção ao carro de , seguida de , que sentou-se no banco para esperar pelas amigas.
- Amor - Tom falou com a voz triste - Vai comigo?
- Ai, Thomas, não fala isso - Jessica abraçou o namorado - Vai dar tudo certo.
- Você não parece estar triste - Ele disse confuso.
- É que eu não queria piorar a situação. - As lágrimas chegaram aos olhos de - Mas amor, posso confessar uma coisa? Eu to arrasada.
- Oh amor, não fica assim - Os dois se abraçaram bem apertado.
- Eu provavelmente vou pegar o seu perfume e borrifar na minha cama toda, dormir com as suas camisetas. Ver aquele filme idiota que você ama. Comer macarrão com queijo, mas nada vai ter graça sem você.
- E eu... Peguei o seu livro de "Orgulho e Preconceito" pra ler na viagem... Pra falar a verdade eu já to na metade e ele é... Tenho que admitir... Bem legal. Além do seu perfume e daquela sua blusa roxa com a manga estranha.
- Eu vou te esperar, tá? - Ela disse entre soluços.
- Eu sei que vai - Tom controlava a voz passando as mãos pelos cabelos da namorada. Eles ficaram em silêncio por um tempo, apenas abraçados. sentiu o corpo do namorado tremer um pouco e logo em seguida ouviu soluços.
- Amor, você tá chorando. - Ela disse rindo.
- Foi só um cisco - Ele falou soluçando - Nada demais.
Ao se afastarem, Tom a olhou com o rosto vermelho e soltou um sorriso sem graça, enquanto algumas lágrimas escorregavam pelas suas bochechas.
- Vai logo, se não eu não deixo mais - riu, limpando o rosto.
- Tudo bem - Tom deu-lhe um beijo na testa e passou a manga da jaqueta pelo rosto - Eu te amo.
- Eu também, muito mesmo - tinha os olhos cheios novamente. Tom sorriu fraco e saiu de perto.
- Ei Dougie, a gente tem que sair logo - Tom gritou de dentro do ônibus.
- Beleza, só to esperando a voltar - Dougie abraçou e beijou a bochecha de - Não fica assim.
- É, vai passar rápido. - Ela suspirou - Enfim, boa sorte, Dougie.
- Obrigado - saiu assim que voltou.
- Achei que não fosse me despedir de você - Dougie sorriu.
- Desculpa - Ela tirou alguma coisa do bolso do casaco - Pra você lembrar de mim em cada show.
- Uoou - Dougie segurou uma palheta rosa com um desenho de um porquinho - Onde você achou isso?
- Mandei fazer - Ela riu - A MPM tem os seus contatos.
- Certo - Ele a olhou triste - Pode deixar, vou tocar com ela sempre...
Dougie parou de falar apenas olhando para o rosto de .
- Sabe ... Eu vou sentir a sua falta.
- É inevitável não sofrer nessa hora, né? - riu enquanto caíam lágrimas de seus olhos.
- Se você chorar, eu vou chorar também - Ela podia jurar que ele estava brincando, mas ao encarar o rosto de Dougie, pôde ver que ele estava ficando vermelho - Que nem o de uma mocinha.
- É melhor você ir logo. Não quero dar motivos para ficarem te zoando o resto da viagem - olhava para os lados, tentando evitar o olhar dele.
- Tá brincando? Depois desse showzinho do Fletcher aqui não tem como fazerem isso.
Dougie apertou em seus braços com tanta força que ela sentiu falta de ar. Sem pensar, ela o beijou com vontade e foi retribuída. Harry apertou a buzina do ônibus sem querer enquanto vasculhava os botões do painel. se afastou de Dougie e os dois riram sem graça.
- Me liga qualquer coisa, promete? - Ele guardou a palheta no bolso do casaco.
- Prometo - enxugou os olhos.
Dougie saiu andando até a porta do ônibus.
- Dougie - Ela chamou quase sem voz. Ele virou com nariz vermelho, segurando o riso. fez um coração com a mão. Ao piscar os olhos, as lágrimas lavaram seu rosto e ele sorriu, fazendo outro. Entrou no ônibus e fechou a porta. voltou para o carro, onde e já a esperavam. O ônibus deu uma buzinada e elas acenaram pela última vez para os garotos. A frente da casa voltou a ficar vazia minutos depois.