A neve caía ininterrupta na calçada e estava tão frio que o vento gelado chicoteava o rosto de de um jeito que parecia que deixaria cortes. Ela puxava o casaco cada vez mais, à medida que caminhava na calçada completamente branca, e o único pensamento que circundava sua mente era que tinha que tirar o mais rápido o possível suas botas quase encharcadas.
Mesmo assim, esse era o Inverno que ela gostava, com exceção do frio mais que congelante daquela noite.
Quando entrou no pequeno e abafado saguão de seu prédio, puxou o cachecol de seu pescoço e foi em direção ao elevador, entrando correndo assim que viu as portas ainda abertas. Ao chegar a seu andar, ela logo abriu a porta de seu apartamento e se aconchegou dentro dele. Uma olhadela no lugar - pequeno, mas aconchegante e que cabia em seu salário de advogada recém-contratada - fez com que um sorriso surgisse em seu rosto.
Véspera de Natal e havia acabado de sair do escritório em que trabalhava e ido em direção ao mercado para comprar os últimos enfeites para colocar em casa.
Não que ela fosse passar a data enfurnada em seu apartamento, mas esse ano ela havia decidido não ir para Minnesota, onde nascera, para ficar com sua família.
Ao contrário. preferiu ficar em Nova York, aproveitando o Natal sozinha. Mas nem por isso ela deixaria de enfeitar seu apartamento.
Se isso não a fizesse lembrar-se dele, as coisas seriam menos amargas... Ele, que independente da cidade - ou do estado ou país, quem saberia dizer? - que estivesse nesse momento, deveria estar decorando a casa inteira com mini pinheiros, guirlandas e outros enfeites natalinos.
bufou. Como se já não houvesse passado tempo o suficiente para esquecê-lo!
Ela largou as sacolas do mercado na mesa e foi tirando suas botas e os seus casacos pesados enquanto ia até o banheiro para tomar banho. Logo ele já estava completamente embaçado e o vapor saía pela fresta da porta. se trocou ali mesmo e assim que tomou coragem, saiu do cômodo quente e foi até a sala, diretamente para o sofá, aninhando-se ali.
Ela estava exausta. se viu aliviada quando a semana do Natal chegou, pois isso significava um tempo do trabalho. Porque ela podia amar os tribunais, mas não era de ferro.
Desse jeito, com a televisão ligada, adormeceu ali mesmo no sofá e só foi acordar no meio da madrugada, com o corpo dolorido. Ela se arrastou até seu quarto, após desligar a televisão e, do jeito que estava, jogou-se na cama já meio arrumada para dormir e puxou as cobertas, cobrindo-se dos pés à cabeça.
Ele nunca teria deixado cochilar no sofá toda torta. Provavelmente ele a teria colocado na cama e a coberto, ou então estaria vendo algum filme repetido com ela na madrugada, enquanto falava besteira.
puxou as cobertas de seu rosto e virou-se para o outro lado da cama.
Ela gostava demais dele para ignorar o fato de que ele não havia voltado.
O barulho de pessoas conversando no apartamento de baixo estava ficando cada vez mais alto. Não era uma reunião de família normal. Estava mais para histérica.
Quando as conversas e as risadas começaram a ficar insuportáveis, gemeu baixinho e se sentou na cama. Uma olhada no relógio em sua cômoda a despertou e, quando percebeu que dia era, a garota pulou da cama em uma fração de segundo, colocando seus pés quentes no piso gelado do quarto, o que a fez correr até o banheiro.
25 de dezembro! Natal!
estava deliciada. Em meses, essa era chance de fazer com que essa data fosse diferente das anteriores.
Nada de ir a um bar e beber até entrar em coma alcóolico, ver reprises de Friends na televisão ou fazer algo mais arriscado.
Ela só queria... Esquecer um pouco das coisas. Passar o dia no cinema - seu outro hobbie favorito além de ver seriados policiais - ou em uma Starbucks da 5ª Avenida, que, a essa hora, deveria estar cheia de gente procurando presentes de última hora e luzes piscando sem parar nos prédios, tomando um mocha fumegante e vendo os pedestres passarem apressados em direção a suas casas.
Com essa ideia em mente, tomou um banho e vestiu rapidamente. Passou um casaco pesado pelos braços antes de sair de quarto e foi em direção à cozinha para comer alguma coisa. Logo ela já estava terminando seu suco de laranja e correndo até o lado de fora de seu apartamento e trancando-o para esperar o elevador.
Nem mesmo a própria entendia sua inesperada felicidade. Talvez ela tenha herdado isso dele, que mal se aguentava de tanta ansiedade na véspera de Natal...
De qualquer jeito, ela tratou de respirar fundo e se acalmar quando passou pelo porteiro do prédio. Avaliou bem suas opções e decidiu que ver os filmes em cartazes seria uma boa ideia, afinal, não era tão cedo assim.
A primeira parada foi um cinema em um shopping que não ficava tão longe. O lugar estava quase vazio, com pouquíssimos casais e somente algumas pessoas sozinhas. Era melhor assim.
aconchegou-se na almofada do cinema, cruzou seus pés e aproveitou o filme. Sozinha, sem ninguém para atrapalhar.
Duas horas depois, ela estava andando pelas ruas sem ter certeza para onde ia. Mas o frio praticamente a obrigou a parar no mercado com ar-condicionado e lá ela ficou. Talvez comprar algumas coisas para comer não faria mal. Seu armário estava mesmo criando teias.
Biscoitos, sucos, salgadinhos e um panetone depois, estava esperando em uma fila sua vez para pagar suas compras. Alguns minutos depois, ela colocou suas coisas na esteira e a atendente emburrada murmurou o valor total.
- Só um segundo, por favor - disse para a moça no caixa, enquanto revirava sua bolsa. - Eu deveria ter arrumado essa bolsa antes de sair de casa...
- Três anos se passaram e você ainda não perdeu seu sotaque do interior - uma voz rouca disse bem perto de e, aparentemente, se referindo a ela.
Mas conhecia essa voz... Ela poderia reconhecê-la em qualquer lugar do mundo, independente de quanto tempo pudesse ter ficado sem ouvi-la. E quando a pessoa atrás de si riu, ela tinha certeza de que não estava louca.
Porque foram três anos com saudade daquela voz, do som daquele riso...
Então , que até agora estava congelada em seu lugar, se virou. E se deparou com a última pessoa que esperava encontrar ali em Nova York, no mesmo lugar que ela.
Ele não havia mudado nada. O sorriso travesso em seus lábios, o cabelo bagunçado e molhado, mesmo no frio que fazia, a camisa xadrez que sabia que ele gostava tanto...
Ela apertou seus lábios em uma linha fina e então os separou com um estalo.
- O que você está fazendo aqui, ? - foi a única coisa que ela conseguiu murmurar.
- Você cresceu, . Não é mais a menina de dezoito anos que saiu do interior pra tentar a vida na cidade grande - disse, com um tom de voz leve, e levou seu espresso à boca. - Tenho certeza de que a sua cidadezinha pequena sente sua falta.
riu, uma risada contida. Ela devia saber que diria alguma coisa sobre ela e sua cidade pequena. Era uma piada íntima dos dois.
- Chicago também não pode ser comparada a Nova York - ela brincou, mesmo sabendo que o que dizia era uma completa mentira, e sorriu para ela, enquanto tomava outro gole da bebida quente em suas mãos.
devia saber que ele escolheria uma cafeteria para conversarem. Ele era tão viciado em cafeína quanto ela e, quando ainda namoravam, ele conseguia virar a noite estudando para os exames com inúmeros copos de café.
Quando ainda namoravam.
A garota deu uma rápida espiada em , mas logo se voltou para seu macchiato. Ambos estavam tendo uma conversa amigável, se comportando como dois adultos deveriam se comportar. Mas a situação estava desconfortável, pelo menos para . Ela queria pergunta por que foi embora, mesmo depois de ter prometido que voltaria, queria saber o porquê de ele não ter ligado, queria saber como andava sua vida.
Os dois se conheceram na universidade. havia acabado de sair de uma cidadezinha do Minnesota, vinda de uma família de policiais e desafiando seu pai - que ainda possuía sua calibre 38 -, dizendo que não faria a Academia e que iria estudar Direito em Nova York, mesmo que para muita gente não haja muita diferença nisso.
também era do Meio-Oeste, mas de Illinois. Ele estava no segundo ano de Jornalismo e era evidente que teria uma carreira promissora ou quase isso. Além de um bom estudante, era um perfeito cavalheiro. E logo descobriu que era um ótimo namorado.
Foram quatro anos juntos, até mesmo quando saiu da universidade e continuou para o último ano. Mas então houve uma mudança.
recebeu uma grande oportunidade no jornal onde trabalhava: se tornar jornalista internacional. E era algo que ele não podia recusar.
ficou extremamente feliz. Não era como se ele fosse deixá-la. Pelo menos era o que ela achava até que um mês, dois meses, três anos se passaram sem uma ligação de ou qualquer outra notícia, exceto aquelas que ela podia ler pelo jornal.
Ela não precisou que alguém lhe dissesse que estava tudo terminado.
Mas agora estava de volta, bagunçando sua cabeça como sempre.
- E então, ? O que aconteceu depois que você saiu da universidade? - perguntou, deixando seu espresso de lado e apoiando os braços na mesa. se remexeu. Ele provavelmente não queria saber sobre seus fracassos amorosos.
- Consegui um emprego como advogada júnior na Morris&Hill - ela respondeu, envergonhada, passando a mão na nuca.
abriu um sorriso largo, parabenizando-a. Ele sabia que fazer parte de um escritório grande como esse era o sonho de .
Após alguns minutos, o silêncio se instalou na mesa dos dois. ergueu os olhos devagar e encontrou as cristalinas íris de . Ela abriu a boca para falar, mas não disse nada. Mesmo assim, balançou a cabeça. Ele sabia exatamente o que ela iria dizer.
- A cafeteria não é um bom lugar para conversar. Vamos para casa - disse e se levantou ao mesmo tempo que . Ele tirou as chaves do carro do bolso da calça e ambos foram até ele, estacionado em uma rua próxima. não tinha ideia de onde estava morando agora, mas logo soube quando, alguns minutos depois, ele entrou na garagem de um prédio bonito, recém-pintando. Logo eles já estavam entrando em um apartamento amplo no décimo andar, limpo e quase sem móveis.
- Desde quando você está aqui? - perguntou, indo em direção ao sofá cor de creme que havia na sala. e ela nunca foram de ter rodeios entre eles.
- Há menos de uma semana - ele respondeu, esparramando-se no sofá que ficava em frente ao de . - Essa mobília estava na casa dos meus pais - acrescentou.
- Eu me lembro dela - apoiou o queixo na mão e olhou para , que tinha os olhos fixos nela e uma expressão indecifrável. Como ela podia começar essa conversa, como ela podia conseguir uma explicação?
- Então... - começou, mas foi interrompido com uma pergunta direta vinda de .
- Por que você foi embora?
Ele voltou a encará-la, ainda mais fixamente.
- Você sabe o porquê, ... - ele murmurou.
- Não estou falando disso, . Quero saber o motivo de você não ter me dado notícia alguma, ter me largado esperando por você...
- Eu não podia passar o dia te enviando e-mails, ! - elevou um pouco a voz, mas logo voltou a baixá-la. - O que você estava esperando?
- Um pouco de consideração - disse, amarga.
- Sendo que nem mesmo uma casa fixa eu tinha? - ele arregalou os olhos como se estivesse inconformado com o que a garota pedira.
- Por três anos - três anos, ! -, eu precisei me contentar com notícias suas através de um pedaço de papel! Você poderia, pelo menos, ter mandado um alô. Mas não. Você estava em lugares inabitáveis demais para isso! - elevou a voz, o bastante para que quem estivesse do outro lado da porta pudesse ouvi-la. Mas que se danassem os outros! Ela estava enfurecida demais para ligar para isso naquele momento.
- Eu não podia largar o meu trabalho, ! - se levantou do sofá e parou em frente a ela, que ainda estava sentada. - Eu tenho certeza de que você não largaria o seu!
praticamente rosnou. Ela se levantou, muito menor do que , e colocou o indicador em seu peito, acusando-o.
- Mas você me largou, droga! - a garota disse e seu lábio tremeu. vacilou, mas sua expressão continuou a mesma, até mesmo quando lágrimas começaram a rolar pelas bochechas de . - Aquele dia no aeroporto, antes de você embarcar, eu disse: "Prometa que você vai voltar. Por favor". E o que foi que você disse, ?!
ficou em silêncio. Ele se balançou levemente para frente e para trás e desviou o olhar de , até que ela gemeu, frustrada, e bateu a mão na testa.
- Eu prometi que voltaria - respondeu, bem baixinho, olhando para . - Mas você tem que entender...
- Não, eu já cansei de tentar entender - disse, rouca. Ela buscou sua bolsa jogada no sofá e foi até a porta do apartamento, abrindo-a com um click da maçaneta. - E pode ir embora nesse Inverno, se quiser. Acho que eu simplesmente não ligo mais - ela deu de ombros e saiu do apartamento, deixando que o solado de suas botas se tornasse o único som ecoando no corredor.
não tentou impedi-la.
O Natal pode ter sido um fracasso, mas as coisas já estavam caminhando normalmente, como antes.
Ou quase isso.
não teve mais notícias de e nem mesmo procurou por elas. Talvez ela estivesse tomando medidas um tanto drásticas, mas pelo menos estava funcionando. Certo?
Junho estava sendo mais um mês comum, a mesma rotina de sempre. saía de seu pequeno apartamento no Queens, passava o dia em Manhattan e voltava para casa exausta, para no outro dia fazer a mesma coisa.
Ela amava essa rotina.
Mas hoje era sexta-feira e até a própria precisava descansar. E para uma garota como ela, uma Starbucks não era uma opção tão ruim.
As ruas e avenidas estavam apinhadas de gente. Era como se todos os nova yorkinos tivessem saído de casa para aproveitar o calor da Primavera naquela tarde.
entrou em uma Starbucks e foi rápida. Pediu um mocha branco à balconista, deixou o dinheiro no balcão e logo saiu da cafeteria com seu pedido em mãos. Ela parou do lado de fora para tirar seu blazer e assim que o arrumou na bolsa e voltou a andar, esbarrou em alguém na rua.
- Perdão - murmurou, distraída, e ao olhar para cima se deparou com aqueles olhos penetrantes que já conhecia tão bem. - Hey.
- Nós precisamos conversar - ele sussurrou, com as mãos nos bolsos. Sua barba estava por fazer e o cabelo estava mais do que bagunçado. E, mesmo assim, ele continuava bonito.
- ... - começou e mordeu seu dedão, o que reparou. Um sinal de nervosismo que ele conhecia perfeitamente.
Tudo estava indo tão bem...
- Vamos lá, por favor - ele piscou para ela e não aguentou. Ela suspirou e aceitou, um tanto relutante, a carona de até sua casa.
O caminho até o Queens foi feito em silêncio, exceto quando precisava indicava o caminho que devia pegar para chegar em seu apartamento. Ele continuava dirigindo, sem tirar os olhos da pista, nem mesmo por um segundo.
Em pouco tempo eles chegaram à casa de . estacionou do outro lado da rua, entre dois carros, e ambos entraram no prédio juntos. Subiram até o andar de pelo elevador, saíram dele, pararam em frente à porta do apartamento dela. Sem trocar nenhuma palavra, apenas algumas espiadas discretas.
Assim que destrancou a porta e ambos entraram no apartamento, disse, amargo.
- Você não me deixou explicar da outra vez, .
Ela largou as chaves no sofá e riu, sarcástica. Ele não tinha motivos para estar amargurado.
- Você não tinha o que explicar - respondeu e olhou fixamente para um em pé no tapete de sua sala, com os braços cruzados e uma feição irritada. - E o que você está fazendo aqui? Não devia estar viajando pelo mundo, fazendo matérias internacionais? Afinal, já é Primavera.
a encarou, indignado por um segundo, mas logo sacudiu a cabeça.
- Era o que eu estava tentando explicar, - ele passou a mão pelos olhos e voltou seu rosto para a garota. - Eu desisti da carreira de repórter internacional - deu uma risada fraca. - Aquele apartamento no qual você foi não era uma casa temporária. Eu resolvi voltar, ficar aqui de vez. Vou continuar trabalhando no jornal, mas cobrindo as matérias dos Estados Unidos. De Nova York.
- E o que você quer que eu faça, ? Você se explicou e eu acredito em você. Era só isso? - foi até a porta e segurou a maçaneta. Se dar explicações era tudo o que ele queria, tudo bem. Ela não ia segurá-lo.
- Quero que você pare de agir desse jeito! - explodiu. - Quero que pare de ser uma idiota e volte a ser a que eu conheci há cinco anos, a minha que saiu de uma cidadezinha do Meio-Oeste dos Estados Unidos querendo se formar em uma faculdade da cidade grande! Aquela que quando eu vi pela primeira vez estava encostada em um canto da parede com uma lata de refrigerante em uma festa de universidade! A mesma garota de dezoito anos que derrubou uma xícara inteira de capuccino em mim no nosso primeiro encontro e que passou o resto da noite pedindo para eu perdoá-la! - respirou fundo e olhou para , que, naquele momento, tinha os olhos cheios lágrimas.
Ela passou a mãos pelas bochechas e encarou os pés antes de começar a falar.
- Quando você foi embora, eu era um desastre, - disse. - Você transformou tudo em uma desordem, sabia? Eu olhava o celular e o e-mail sempre que podia pra ver se você não tinha ligado ou mandado uma mensagem. E você sabe que eu sou completamente desligada pra essas coisas - ela riu e o olhou. - E então eu percebi que você não ia mais me mandar mensagens ou qualquer outra coisa e isso foi frustrante. Eu ficava pensando se tinha sido uma namorada ruim, grudenta demais, se você tinha encontrado uma pessoa melhor e que pudesse acompanhar esse seu ritmo - parou para tomar fôlego e falou. - Então eu não vejo motivos pra eu voltar pra você, .
Ele a olhou desolado, procurando as palavras certas para dizer. Escolhendo-as com cuidado.
- Eu não estou pedindo para que você volte, - ele sussurrou. - Mas eu sei que apesar de tudo você ainda sente alguma coisa. Do contrário, não estaria assim - inclinou a cabeça na direção da garota. - Também sei que não fui o melhor namorado nesses últimos anos. Mesmo assim, não é como se eu tivesse deixado de pensar em você enquanto estava fora - sua voz se suavizou e deu um passo na direção de , que agora estava com os olhos vermelhos. - Eu ficava pensando em como você estava, se precisava de alguma coisa, se estava conseguindo se virar. Queria saber se você ainda dormia com a televisão ligada, se ainda gostava de ir até ao Central Park no Outono só pra ver as folhas caindo, se ainda tinha esse sotaque do Meio-Oeste, se ainda pensava em mim - parou para pensar e continuou. - Quero que você saiba que isso não são desculpas, são explicações. Porque, se comparado ao que eu fiz, nada do que eu disser chegará perto de ser uma desculpa.
estava estática, embasbacada. Ela não sabia o que dizer, não sabia como agir depois do que ouvira de . Era como se ele estivesse...
Arrependido.
tinha razão. Ainda o amava, gostava demais dele. não queria que ele a tivesse esquecido, que tivesse achado alguém melhor.
Foi por isso que assim que andou até a porta e a abriu para ir embora, ela passou os braços por sua cintura e pediu para que ele não fosse. E quando ele tirou os braços da garota de sua cintura e rodeou a cintura dela com seus braços, ela se derreteu completamente, assim como fez quando ele a puxou pela mão até seu quarto e a deitou sobre a cama de casal que havia ali.
Do mesmo jeito que, algum tempo depois, enquanto estavam deitados ofegantes, se inclinou sobre e escondeu seu rosto na curva do pescoço dela antes de murmurar:
- Senti sua falta.
FIM.
(26/07/2011 às 16:48)
N/A: Hey! Antes de começar a falar, eu só queria avisar que pra não se preocuparem com o "espresso" que eu escrevi aqui, ok? É assim mesmo que se escreve. HAHA
Bom, nunca sei o que dizer em uma N/A, então vou tentar ser rápida. :3
Mr. Winter é uma das minhas músicas favoritas do The Maine e há algum tempo eu não consigo tirá-la da cabeça. Eu tinha a estória dessa fic na cabeça, mas não conseguia desenvolvê-la de jeito nenhum, até que eu tive um tique.
Eu não queria enviar Mr. Winter pra cá de jeito nenhum porque tinha achado que ela ficara ridícula, mas então eu a mostrei pra Bia e ela me deu um empurrãozinho pra finalmente tomar coragem e enviá-la. Por isso, muito obrigada, Bia, não só por isso, mas também por dividir o The Maine comigo e aquela piada interna com o John que só você entende.
Obrigada também à Carolina, que sempre me ajuda com as minhas estórias quando preciso e que é uma das melhores escritoras que eu já vi. Conte comigo quando seu livro for lançado.
Ah, e obrigada à Dani, que aceitou betar Mr. Winter. Muito obrigada!
E como sempre, à você que leu essa fic. Por favor, comente!
x Mari
@dearvegas
Minhas outras fics: What Will You Bet? - McFLY/Em andamento
One More Long Night - McFLY/Finalizadas