N/a:Oppa = tratamento de respeito feminino por um cara mais velho
Hyung = tratamento de respeito masculino por um cara mais velho
Unnie = tratamento feminino a mais nova chama a mais velha assim, questão de intimidade.




My Best Friend
Fic por: The Pixy Girl
Betada por: Abby


A garota baixa, morena, de outra nacionalidade, de cabelos medianos e castanhos, estava à espera de seu melhor amigo havia uma hora. Eles haviam marcado de se encontrar às 13h no shopping e nada dele chegar. Era sempre assim, ele chegando atrasado e às vezes nem indo, isso porque ele não era um garoto qualquer, ele era o melhor amigo de . Um garoto não muito alto, com cabelos castanhos na altura dos ombros e bochechas incrivelmente fofas.
Ela cansou de esperá-lo e resolveu ir embora, quando ela se levantou do banco onde estava sentada, perto de um jardim no meio do shopping, lá veio ele correndo sem ar em sua direção.
- Me pergunto se um dia você vai chegar antes de mim.
- O dia que isso acontecer, vou ficar muito preocupado com você. Me desculpa, minha mãe disse que eu não podia sair até terminar meus deveres.
- Tudo bem, eu entendo, mas só desculpo por que é você, Jun. – ele pegou a mão dela e saiu correndo, puxando-a em direção ao cinema junto com ele.
- Você sabe que eu estou doido para pra ver esse filme.
- Ah! E você acha que eu não estou? Go Go Go Perfume: The Story of a Murder.
- Como pedido de desculpas, é tudo por minha conta hoje. – Jun disse, já com os ingressos na mão, indo comprar as pipocas.
- Como sempre, né, Oppa? Eu fico com a consciência pesada, você trabalha tão duro na loja dos seus pais e gasta seu dinheiro comigo.
- Relaxa, eu posso fazer isso. – ele fez uma cara estranha, às vezes ele fazia essa cara, mas nunca contava a verdade por trás dela.
- Hmm, então vamos lá. – entraram para a sala do cinema e foram até os seus lugares. Brincaram muito durante o filme, fizeram a típica guerra de pipocas e por isso quase foram expulsos do cinema.
Depois que o filme acabou, foram lanchar no McDonald’s e, para variar, muitas pessoas ficaram olhando para o Jun por ele ser um garoto muito bonito. não pensava em mais nada, mas as pessoas ficarem o olhando por muito tempo a incomodava, mesmo não sendo namorada dele, a incomodava de mais. Ele, por sua vez, parecia nem notar todos aqueles olhares em volta dele, dava a impressão que já estava acostumado, até.
- , que foi? – ele acenava com a mão perto do rosto dela.
- Hmm, não é nada de mais, só que tem sempre tantas pessoas te olhando e cochichando. – olhou nos olhos dele – Você não estaria me escondendo nada importante, né? Tipo ser filho do presidente ou ter cometido um crime, né? Primeiro que você nunca me disse seu nome completo, ok, respeito isso, mas daí a um monte de estranhos ficarem o encarando? Jun, o que você está escondendo de mim? – foi só dizer isso que ele mudou a expressão de alegria para tristeza e abaixou a cabeça.
- Hm... não, , não é nada importante. – vendo-o daquele jeito a menina acabou também se sentindo triste, ela não gostava de vê-lo assim, então tratou de logo mudar isso.
- Tudo bem, eu te entendo, quando você decidir me contar o seu segredo será porque você finalmente resolveu o que tinha para resolver, né? – ele levantou a cabeça, sorrindo, e acenou positivamente com ela.
- Sim! Kamsa hamnida [obrigado] por me entender, , por isso você é a minha melhor amiga. – Ela sorriu para ele e ele sorriu de volta.
- É claro, somos JJ afinal, the best friends eveeer – levantou a mão e ele tocou nela.
- Isso! – se levantaram e foram andar pelo shopping, estavam passando em frente a uma loja de música que estava tocando uma canção bem legal, foi então que resolveu entrar na loja para saber de quem era.
- Jun, espera aí, quero saber de quem é essa música que está tocando. – ele olhou para a loja e depois para a garota, fez cara de choro e mordeu os lábios. Ela se dirigiu até um atendente da loja.
- Oi, desculpa, mas poderia me dizer qual o nome do grupo que está cantando essa música aqui da loja?
- Claro, é o Dong Bang Shin Ki, eles lançaram o terceiro álbum deles na Coréia “O”-Jung.Ban.Hab” mês passado, está vendendo muito rápido, mal conseguimos manter o estoque. Quer levar um CD? – esse nome não era estranho para , alguém já tinha falado para ela sobre essa banda, ela sorriu e então agradeceu ao atendente.
- Kamsa hamnida, mas agora não. – ela saiu da loja e deparou-se com Jun olhando para os tênis dele.
- Qual é o problema, Jun? – ele a olhou surpreso – Que foi? Disse algo errado?
- Não, você não fez nada. Descobriu quem está cantando?
- Aham – sorri – É um grupo chamado Dong Bang Shin Ki, não faço ideia de quem sejam. – ela notou a expressão dele ficar melhor. – Que foi?
- Nada não. – o garoto sorriu e saiu pulando feliz até um segurança o repreender, fazendo rir muito.
- Você tem que se controlar, às vezes você tem uns ataques de felicidade que deixa todo mundo de cara. – ela disse rindo e ele a abraçou.
- Te adoro, . – ela o abraçou de volta.
- Também te adoro, coisa fofa, já te disse que você parece um urso?
- Hmm, hoje não.
- Você parece um urso. – apertaram o abraço e depois se soltaram. Eles chamaram muita atenção das pessoas em volta, mais do que já tinham chamado antes. – Acho melhor irmos embora, né?
- É uma boa, me bateu um cansaço agora. – ele bocejou.
- Sua casa deve ser muito grande, para você se cansar assim. – ele ficou pensativo.
- Pois é... vamos? – saíram do shopping, ele a fez pegar um táxi junto com ele e a deixou em casa, como sempre fazia desde quando se conheceram. As amigas de pensavam que ele era até alguém que a garota havia inventado, pois, por ser nova na Coréia, precisaria um amigo, então criou um imaginário. Ninguém nunca o conheceu, ela mesma às vezes se pegava pensando que talvez ele não existisse mesmo. Para começar, eles se conheceram de uma forma tão simples, ele estava sentado em um banco no parque com a cabeça baixa e ela não aguentou ver aquele menino parecido com um urso, de tão fofo, com uma carinha tão triste, então foi falar com ele.


Flashback


- Seja o que for, vai melhorar – ele a encarou. – Tudo antes de melhorar tem que ficar pior, então se anime. – ela deu um sorriso e ele continuou a olhando por um tempo – Meu nome é – ele enxugou a lágrima que fugiu de seus olhos.
- Você não sabe quem eu sou? – fiquei olhando para ele.
- Deveria? – ele olhou para ela, surpreso.
- Eu sou Jun.
- Jun o quê?
- Só Jun.
- Ok, Jun, por que você não liga para algum amigo seu e desabafa com ele sobre o que te incomoda?
- Eu briguei com todos os meus amigos. – a menina, com seus olhos castanhos, inclinou a cabeça para o lado, pensativa.
- Então posso ser sua nova amiga, se você quiser. – ele sorriu de leve e apertou um pouco os olhos, fazendo cara de suspeita.
- Tem certeza que você não sabe quem eu sou?
- Vim do Brasil há poucos dias, então mesmo que você fosse um astro do Rock coreano eu não saberia reconhecer... Você é? – ele se calou por um instante e a encarou, pensativo.
- Quero ser seu amigo, sim! E o que predomina aqui é o Pop.
- Ok, então dê o seu melhor e tudo ficará bem! – ela fez joinha para ele, e ele retribuiu com um sorriso.
- Como uma garota tão nova pode me oferecer tamanho conforto?
- Só quero seu bem, o bem das pessoas. Só isso, mais nada. – ele ficou surpreso com a resposta, mas mesmo assim continuou sorrindo.
E desde daquele dia eles se tornaram melhores amigos, ele nunca a deixava saber muito da vida dele, sempre estava cansado e atrasado, às vezes ela pensava que ele fazia até trabalho escravo.


End flashback


Já deitada em sua cama, ela ficou pensando no dia em que tiveram. Ele fez uma cara tão estranha quando eu quis saber o nome do grupo que cantava a música que estava passando na loja, será que ele não gosta de k-pop? Mas eu já o vi cantando umas músicas antes... Ela então começou a pensar sobre o CD que o atendente havia lhe mostrado. Tinha uns garotos bonitos na capa, minha colega de sala já tinha me falado deles, ela disse que era a maior banda da Ásia, mas eu nunca parei para notar nos integrantes das bandas coreanas, só escuto o que está tocando nas rádios ou bandas internacionais, eu também estou a pouco tempo aqui, vim como intercambista até o fim da minha formatura no ensino médio. Tenho saudades do Brasil... Voltando a pensar no CD... Um dos rapazes me interessou muito, quero saber mais sobre ele, agora, olhando para os outros, tinha mais uns 2 fofinhos e os outros não me agradaram muito não, um deles até parecia com o Jun, de tão fofo. Ela riu ao pensar nessa possibilidade. Jun membro de um grupo de K-Pop... ele nem sabe dançar, na verdade, eu nunca o vi dançar, será que...? Não, não, eu só posso estar enganada. Então seu celular tocou, fazendo-a esquecer seus pensamentos, era uma mensagem do Jun. “Boa noite, pequena onça”, e ela o respondeu “Boa noite, Sr.Urso”.


acordou cedo e foi à escola. Chegando à sala ela viu algumas meninas falando muito alto, quase fazendo um escândalo, então resolveu ir até elas saber o que estava acontecendo.
- Gente qual o motivo do show que vocês estão dando?
- Por causa das novas reportagens que saíram sobre o DBSK . – passou o olhar sobre as revistas em cima da mesa.
- Quem são eles? – elas a olharam com cara de espanto.
- Você não sabe quem são eles?
- Hmm, não. Deveria? – arqueou a sobrancelha direita
- Bom, você gosta de música e pretende fazer jornalismo, é meio que sua obrigação conhecer as bandas mais famosas da Ásia. – uma das meninas respondeu assim.
- Eles São o Ding Bong Shink Ki, o maior grupo de pop da Ásia – então olhou com atenção.
- Ah, eu vi um CD deles ontem em uma loja no shopping.
- Siiiiiiim, o CD “O"-Jung.Ban.Hab” – elas falaram em coro
- , fica com essa revista aqui para você aprender um pouco sobre eles – ela segurou a revista.
- Ah, Unnie, por que você está dando a revista pra ela? Ela nem conhece eles. – a amiga da menina que deu a revista para ficou a olhando de cara fechada.
- Porque nós como fãs temos que promover a banda, isso é ser fã, deixá-la mais conhecida – então agradeceu a revista e as deixou conversando.
sentou-se em sua carteira e começou a folhear a revista, tinha mais fotos do que reportagens. Um dos integrantes chamou bem a atenção dela, ele parecia ser alto, tinha um rosto bonito, os olhos bem desenhados, a boca bem atraente e um cabelo que parecia ser perfeito, mas ela acabou se distraindo olhando para outro integrante do grupo, ele a lembrava muito alguém que ela conhecia. Ela não se lembrava de conhecer alguém famoso, então deixou pra lá quando o professor de Português chegou. O resto da tarde ela ficou conversando com as suas colegas sobre trabalhos que tinham que entregar.
- , você bem que poderia nos apresentar esse seu amigo que você tanto fala, hein – Park Woo falou enquanto caminhavam para o ponto.
- É mesmo, Unnie, que dia vamos conhecer o Jun Oppa? – olhou para a Lee Hye
- HEY. O OPPA É MEU e não sei quando vocês irão conhecê-lo, ele mal consegue me encontrar, que dirá para conhecer minhas colegas de classe.
- Unnie, você é muito má, somos a-mi-gas . – Park Woo disse sorrindo e a Lee Hye concordou. revirou os olhos e então viu o ônibus chegando.
- Bye, girls, a day who knows. – ela entrou no ônibus as deixando para trás. Queria eu ter um horário certo para ver o Jun. Ela pensou e em seguida mandou um SMS para ele.
“Estão me importunando novamente a fim de saber quem é você”, enviei e pensei se nem eu mesma sei, como elas poderiam saber.
“Sorry, , estou ocupado agora, desculpa mesmo”, continuei pensando após essa resposta, então pra que me respondeu? Aff.
Assim que chegou em casa foi fazer seus deveres, ela pensava que quanto antes ela se livrasse deles, melhor era. Mais tarde, tomou um banho e foi ver TV, estava passando algum drama que ela nem deu muita atenção, acabou que adormeceu assistindo-o. Acordou na manhã seguinte com uma mensagem do Jun. “Acorde, pequena onça, o dia já começou, se cuide” e o respondeu “Bom dia, sir Urso, que seu dia seja repleto de coisas boas”. , por fim, se levantou e se arrumou para mais um dia incrível de aula. Chegando à sala ficou sabendo que o professor do último horário tinha passado mal, então todos seriam liberados mais cedo. Ela ficou tão feliz que acabou mandando um SMS para o Jun.
“Ursoooo, hoje tem festaaa.”
“É seu aniversário? Desculpa, parabéns.”
“Erm... não, meu bem, só não tenho aula no ultimo horário.”
“Ah sim, que bom! Vamos nos ver hoje, então?”
“Tem como? Você pode?”
“Hmm posso, sim. Vamos ao parque?”
“Tudo bem, mas hoje é terça feira.”
“E o que tem?”
“Não tem nenhum trabalho da faculdade para fazer, não?”
, por que você tinha que me lembrar disso? Olha só, já começaram até a me chamar. Boba, te adoro, coisa brava.”
“Risos, também te adoro, coisa fofa.”
- Bom dia, , por que você esta tão alegre a essa hora da manhã? – Park sentou-se ao lado dela.
- Ah é que além de não ter a última aula eu estava falando com o Jun.
- Quero conhecer esse menino logo, Unnie, você só sabe falar dele.
- Eu acho que é namorado dela, mas ela não quer confessar – Hye chegou e sentou-se ao lado da Park.
- Eu acho que ele nem existe.
- Se não existisse, ela não trocaria mensagens com ele todos os dias.
- IIIIIIIIIH gente, quando chegar a hora certa eu o apresento para vocês.
- Ta bem, . – o professor de Matemática chegou e elas começaram a prestar atenção na aula, deixando o assunto de lado. No intervalo, as fãs do DBSK da sala ficaram dançando uma coreografia que aparentava ser bem legal. supôs que fosse da banda da vida delas, então resolveu parar de dar atenção. Depois foi aula de Geografia e não muito depois chegou a hora de ir embora, resolveu ligar para o Jun.


- Ursooo
- Oii oncinha
- Jun, ta ocupado?
- Quando eu não estou? – ouvi alguém gritar perto dele “ô Junsu, vem ensaiar” ele deu uma tossida.
- Está gripado?
- Não, não, só tinha algo me incomodando na garganta.
- Ah sim... então, minha aula já acabou. Vou te ver ou não? – o ouviu respirar fundo.
- Desculpa, , agora não dá mesmo.
- Ah, ta bem.
- Desculpa mesmo, prometo te recompensar depois.
- Certo, boa aula ou sei lá o que você esteja fazendo, lembre-se: dê o seu melhor.
- Kamsa hamnida, , pode deixar eu darei o meu melhor, se cuide. – desligaram o celular.



- E aí, ? Vai ver o Jun? – as meninas chegaram perto dela.
- Hmm não, já sabia que não iria dar, mas eu queria saber como ele estava... – ela olhou para chão e saiu andando.
- Ele está na universidade, né, Unnie? Universitários são ocupados.
- Pois é... – despediu das meninas e foi direto para a casa, tinha que fazer trabalho de Sociologia para a semana que vem e iria aproveitar a hora extra que ganhou no dia para poder terminá-lo. Mais tarde, sem nada para fazer, resolveu saber mais sobre o tal de DBSK. Pegou a revista que a deram e foi ler, eram 5 rapazes fofos e bonitos, mas o tal de Hero a encantou mais, aliás, ela só se interessou por ele. Os olhos, o cabelo, formato do rosto e estilo a fizeram se apaixonar, queria ele pra ela, chegou até pensar em comprar um CD deles. Acabou que ela adormeceu pensando no tal Hero Jae Joong. Acordou cedo no dia seguinte com a mensagem de bom dia do Jun e foi para a aula, o resto da semana passou tão rápido pra ela que ela nem sentiu, só foi se dar conta que já era sexta porque a Park perguntou o que ela iria fazer no final de semana.
- Hm, final de semana? Já?
- Unnie, hoje é sexta.
- Hmm – pensou um pouco –, com sorte eu vejo meu Urso
- Ah, é que estamos planejando de ir ao parque.
- O Jun queria ir ao parque. – ficou pensativa e elas ficaram a encarando.
- Acho que você tem que o deixar de lado um pouco, ele é um universitário, é muito ocupado, não tem tempo para gastar com uma estudante do ensino médio. – Hye disse isso e suspirou.
- É, eu sei... Tudo bem, eu vou ao parque com vocês. – elas comemoraram e foram para a casa da Park para se arrumarem para ir ao parque.
- Unnie, usa essa – Park entregou uma saia rosa para .
- Hmm, não, obrigada, estou bem como eu estou vestida. E nós vamos ao parque de diversão, e não a algum lugar tranquilo, calças são essenciais nesses lugares. – Park e Hye ficaram a encarando – Que foi? Sou realista.
- Você não é nem um pouco sensível, hein.
- Aah... eu sou...
- O Jun não conta porque ele não existe – Hye disse pegando a saia rosa da mão da Park e se olhando no espelho para ver se ficava bom nela.
- Existe, sim – olhou para ela e notou logo na parede ao lado do armário um pôster do DBSK – Unnie, qual o seu preferido? – Park acompanhou meu olhar.
- O Xiah Junsu, ele é o mais fofo e tem uma voz que se destaca dos outros. – eu sorri
- O meu urso também tem uma voz diferente, adoro o ouvir falando, ele arrasta algumas palavras.
- Ok, chega desse cara, vamos para o parque – Hye disse e todas concordaram, o pai da Park as levou de carro, quando as meninas não estavam olhando, mandou uma mensagem para o Jun. “Estou indo para o parque de diversões, pena que você não pode ir, xoxo urso.”


Quando resolveram ir embora já era 22h, iria dormir na casa da Park, então nem se importou. Park ligou para o pai dela ir busca-las, enquanto isso decidiu ir ao banheiro. Quando ela estava saindo do banheiro, uma mão a puxou pelo braço e ela deu um chute na canela da pessoa, ouviu a reclamação de dor e percebeu quem era.
- Jun, o que você esta fazendo aqui? – o olhou bem, ele estava abraçando a perna que tinha sido chutada. – Bem feito – ela disse e saiu andando.
- Não, , espera – ele soltou a perna e foi atrás dela –, eu queria te ver e queria vir ao parque, aí quando eu li a sua mensagem, terminei rápido o que eu tinha para fazer e vim para cá.
- Parabéns, o parque já está fechando. – o encarou, séria, e ele sorriu.
- Não para nós – a garota o olhou, desconfiada. – É sério, eu tenho um amigo que trabalha aqui, eu pedi a ele para poder ficar aqui no parque depois que fechassem.
- E você acha que eu vou ficar sozinha com você em um parque, à noite?
- Bom, eu espero que sim. – ele ficou a olhando ansioso pela resposta, pegou o celular e enviou uma mensagem para as amigas contando tudo e que não era para a esperarem. A Hye em seguida respondeu perguntando onde ela estava porque estava indo a encontrar, mas a Park mandou outra dizendo que o pai dela tinha chegado e que já estava arrastando a Hye para o carro, agradeceu a amiga mentalmente e olhou para o Jun.
- Tá. – ele abriu um sorriso gigantesco e começou a pular.
- Você precisa me apresentar esse seu amigo depois, viu? Mas em qual brinquedo nós vamos? – ele segurou a mão da e saiu correndo e a puxando pelo parque.
- Muito, muito, muito legaaaal – o olhou desconfiada mais uma vez e ele gritou do nada – Montanha russaaaaaa.
- Tem certeza que você tem 19 anos? – arqueou a sobrancelha direita e ele abriu um sorriso enorme, a olhou e em seguida olhou para cima, ela acompanhou o olhar do menino e então viu a montanha russa e compreendeu o sorriso dele. – LET’S GOOOO! - saiu correndo para o carrinho da montanha russa, ele riu e em seguida foi atrás dela, sentou-se ao seu lado e o passeio por fim começou. Na primeira descida não houve gritos, mas depois que ele fez a volta de cabeça para baixo, eles gritaram feito duas Hienas fugindo de um animal superior da cadeia alimentar. Depois, comendo algodão doce, riram muito se lembrando disso.
- Jun, já está ficando muito tarde – bocejou – e eu estou ficando com sono. – Ele deu um olhar triste para ela.
- Ta bem, , me desculpa. – ela o encarou.
- Esquece isso. Só me leve ao encontro da minha cama macia. – ela deu um sorriso sincero e ele a abraçou, apertou o abraço e passou seu rosto no largo peitoral dele – Maciiio...


No dia seguinte acordou bem disposta, abriu seus olhos sem preguiça alguma e já foi levantando-se da cama. Foi quando ela notou que tinha algo de errado, havia um tapete macio em baixo de seus pés. Ela não se lembrava de ter um tapete assim na casa dela, então esfregou os olhos e olhou em volta, viu uma janela grande aberta com cortinas voando com o vento que entrava; aquele não era seu quarto. Quando olhou para a porta, Jun estava segurando uma bandeja de café da manhã. Ela ficou assustada, a última coisa que se lembrava era de estar no parque com ele, indo embora pedindo por sua cama macia...
- Jun?! – o olhou estranha e ele se aproximou dela, pôs a bandeja sobre uma escrivaninha e foi em sua direção – Oppa... OPPA – deu um passo para trás e caiu sentada na cama.
- Calma, , nada aconteceu, eu só não consegui encontrar a chave da sua casa ontem, então te trouxe para a minha casa. Esse é um quarto de hóspedes, o meu fica ao lado. Assim tá bom? – ela o olhou de cima abaixo, ele estava de pijamas, nunca tinha o visto de pijamas, estava mais urso do que nunca.
- Certo, te adoro mais ainda por me conhecer tão bem ao ponto de já saber responder tudo o que eu estava questionando em minha mente. E ganhou pontos pelo café na cama, adorei o quarto, ah, e mais uma coisa...você fica muuuuuuuito fofo de pijamas. – ele ficou vermelho e ela começou a rir. – Seu bobo, por que não me acordou? Tem uma chave reserva em cima da árvore do quintal.
- Ah nem, , você estava dormindo tão profundamente, não quis atrapalhar o seu ciclo de sono. E em cima da árvore? Só você mesma, viu, não te deixaria subir lá mesmo. – ela o encarou.
- Quem disse que eu ia subir? Você que ia. – mostrou língua e se levantou, foi em direção à escrivaninha e comeu uma das torradas, foi quando a ficha começou a cair e ela percebeu... – JUN, E A SUA MÃE? CÉUS, O QUE ELA VAI PENSAR DE MIM? O QUE ELA DISSE? AI AI AI – ela apertou os olhos e tudo o que escutou foram as risadas vindo do garoto perto dela.
- Relaxa, , a minha mãe... – ele parou de falar por um segundo – foi trabalhar cedo, é isso, e ela nem se importou não, ela sabe quem é você, de tanto que eu falo sobre você, então pode ficar despreocupada. – ela o olhou desconfiada.
- Sei... ela sabe tudo sobre mim... Então por que eu ainda não a conheci? – ele engoliu seco.
- Eu provaria os ovos mexidos, se fosse você.
- Pois é, né, Oppa... mas você não é... então... como o senhor ia me dizendo sobre eu ainda não ter conhecido a sua mãe...
- Então... o suco de laranja está realmente bom – deu um olhar ameaçador a ele. – Certo, é que a minha mãe não para em casa está sempre no escritório. É, é isso. – parecia que ele tinha falado a última parte mais para ele do que para ela. Mas ela deixou passar.
- Hm... ta bém, quantas horas? – ele olhou o relógio em cima da mesinha ao lado da cama.
- 11:30 – se assustou.
- WHAAAT? E por que você não me acordou? E você faltou na faculdade também, por quê? Você deveria ter me acordado e me enxotado pra casa, Oppa.
- É, eu faltei, mas depois eu compenso a minha falta...e não te acordei porque parecia que você estava muito cansada e não queria que você acordasse sem ninguém em casa.
- Hmm, ta bém. – resolveu tomar seu café da manhã direito e enquanto fazia isso, Jun trocava de roupa, ele havia dito que a levaria em casa. Assim que terminou o café, ela resolveu andar pela casa, quando foi descer as escadas do segundo andar alguém a puxou pelo braço.
- Quem é você? – olhou assustada para alguém quase idêntico ao Jun a segurando pelo braço.
- Jun?! Eeeh, sou eu, a – ela continuou a olhar assustada para ele e então ouvi passos no corredor, quando ela viu quem era, ficou mais confusa – Dois ursos?
- Jun Ho, solta ela, é minha amiga. – ele a olhou de baixo para cima.
- Hyung, você pode ser preso, hein. – ficou mais assustada ainda ao ouvir aquilo, então Jun logo ficou atrás dela e apoiou as mãos sobre seus ombros.
- Essa é a minha melhor amiga, a , já te contei dela, lembra? – Jun fez um sinal com a cabeça para o irmão sem que ela percebesse. – , esse é meu irmão gêmeo, Jun Ho.
- Certo... muito prazer, Jun 2. – o cumprimentou, curvando-se um pouco para frente.
- Olha só, já sendo informal comigo.
- Claro, você é irmão gêmeo do meu Urso. – apertou a cintura do amigo de leve.
- Mas isso não lhe dá o direito. – Jun Ho estava sério.
- Ok... desculpe-me. – fez careta pra ele.
- É melhor irmos agora, . – Jun também ficou sério.
- Certo, muito prazer, Sir Jun Ho. – desceu as escadas e Jun murmurou para o irmão “conversamos depois” e em seguida acompanhou a amiga.
- , relaxa, ele só não está acostumado comigo trazendo garotas pra casa.
- Entendo, mas por que nunca me disse que existem dois de você? Eu poderia ser muito mais feliz assim, sabe... – ele riu.
- Desculpa.
- Mas pelo menos é uma coisa que eu estou sabendo agora sobre você, menos um segredo. – e ele repetiu.
- Menos um segredo. – quando ela percebeu, ele já estava com a porta do carro aberta esperando ela entrar.
- Ah, certo – entrou, ele fechou a porta e entrou no outro lado – Acabou que eu nem vi sua casa. – ele respirou fundo.
- Outro dia eu a mostro a você. – ela sorriu e começou a reparar na vizinhança, parecia uma área nobre.
- Onde estamos?
- Em Paju.
- Ah, sério? Pensei que fosse em uma rua. – ele riu.
- Você não conhece.
- Por isso que eu estou perguntando. – ele mordeu o lábio – Está bem, me contento em saber que existem dois Juns. – ele sorriu, aliviado. Não muito depois, eles estavam em frente à casa dela. – O que você vai fazer agora?
- Vou estudar, vão falar muito na minha cabeça por eu ter faltado hoje, melhor praticar, digo, estudar.
- Hmm, certo, Urso, dê o seu melhor. – ela sorriu e entrou em casa. Jun foi direto para a agência.


- Cara, onde você se meteu? O diretor está bravo com você, nem atender o celular você fez.
- Desculpa, gente, é que rolou um imprevisto lá em casa.
- Você tem que pedir desculpa é para o diretor, isso sim.
- Ok – Jun Su seguiu para a sala do diretor, foi até a secretária dele.
- Ele pode me atender? – a porta do escritório se abriu.
- Jun Su, onde você estava? – ele ficou com medo.
- Então... é que aconteceu um imprevisto, mas agora estou aqui.
- Que ótimo, hein, agora vai se preparar para a gravação do programa de TV.
- Sim, senhor. – Jun Su saiu caminhando lentamente e assim que saiu da vista do diretor, começou a correr até o encontro com o resto da banda.
- E aí, como foi lá?
- Estranhamente não fui repreendido.
- É, isso é estranho mesmo.
- Melhor você se arrumar, daqui a pouco estamos indo para a gravação do programa.
- Certo. – Jun Su foi para o camarim da banda e se vestiu, o maquiaram e terminaram de prepará-lo.
- Vamos?
- Vamos – Saiu atrás do ChangMin.
A recepção de fãs na emissora foi grande como era de costume, todos os membros ganharam vários presentes, o YunHo até ganhou algo para beber, e como ele estava morrendo de sede, tomou a bebida, nem se dando ao trabalho de ler o bilhete que a fã deixou junto com o presente. Na metade da gravação do programa ele teve que sair rapidamente, não estava se sentindo muito bem, o levaram para o hospital, só então resolveu ler a carta que estava junto com a bebida, descobriu que a bebida não foi dada por uma fã, e sim por uma anti-fã. Quando a gravação acabou, os outros membros se juntaram a ele no hospital.
- YunHo, como você pode cometer esse erro?
- Eu estava com tanta sede...
- E agora vai ficar na base do soro.
- E com dor no estômago, ninguém merece lavagem estomacal. – YunHo estava com a mão sobre a barriga, a acariciando.
- YunHo o Heechul Sunbae está muito bravo. – YooChun pegou a carta e releu ela.
- Nós não somos metidos. – todos olharam para ele – Não somos, né?
- Eu não me considero. – Jun Su levantou as mãos, se livrando do fardo.
- Nem eu. – ChangMin protestou também.
- O YunHo que é, por isso aconteceu o que aconteceu. – JaeJoong disse, rindo do amigo.
- Hey, olha o respeito, estou doente – todos riram – A culpa não é minha se eu sou o mais lindo, e Jae, você também é metido, ok?
- Olha isso, se você não estivesse deitado nessa cama de hospital, você ia ver. – todos continuaram rindo. Uma enfermeira chegou logo em seguida, pedindo silêncio e que se retirassem. Todos foram para casa, deixando YunHo com o empresário.
Jun Su ligou para assim que chegou em casa.
- , ta ocupada? Posso te ver?
- Mais à toa que eu, só um sapo na lagoa.
- Certo, estou indo aí.
- Algo aconteceu?
- Nada não, só quero ver a minha pequena onça.
- Hmm, certo.

Desligaram e Jun Su tomou um banho rápido, trocou de roupa, e não muito depois estava na casa dela.
- , cheguei.
- Pode entrar, Oppa. – ele deixou os tênis na porta e entrou na casa.
- Kamsa hamnida – se sentou no pufe que tinha na sala.
- O que aconteceu? Seu rosto não está bom. Espera, vou pegar água para você – ela se levantou e foi até a cozinha, ele acompanhou os movimentos dela com os olhos, ela pegou um copo, colocou água e retornou para sala o entregando o copo.
- – ele começou a olhar para o copo com água –, se você não gostasse de alguém ou um grupo de música, se você tivesse a chance, faria mal a eles?
- Anh – ela deu um olhar estranho a ele – não? Perder meu tempo fazendo mal aos outros? No way. Mas para isso serve um Death Note, é mais rápido e não deixa pistas, quanto a um grupo... Eu teria que ser a rainha dos à toas ou eles terem me prejudicado diretamente, do contrário, não perderia meu tempo.
- – Jun a abraçou repentinamente –, por isso que eu gosto de você, por isso que você é a minha melhor amiga, nunca me desaponta.
- Certo, obrigada, mas o que aconteceu?
- Daqui a uns dias você deve ficar sabendo.
- Gostaria que você fosse mais direto às vezes, mas ok. – já estava tarde e eles se despediram.


Após Jun Su ir para casa ficou pensativa sobre o que o amigo havia dito, ela ficar sabendo de algo que o incomoda e com detalhes? Isso era algo muito novo, nas últimas 24h ela só viveu novas experiências ao lado dele, sobre ele, isso já era uma grande novidade, então decidiu parar de pensar e simplesmente se deitar. No dia seguinte ela acordou mais cedo e foi para a escola pegar a matéria que havia perdido.
- Hey, girls – as fangirls a encararam –, precisa de algo tão importante ao ponto de interromper nossa preocupação? – as olhou sem entender nada.
- O que aconteceu?
- O que aconteceu? – uma disse.
- O que aconteceu foi que o U-Know Oppa foi quase envenenado, deram superglue para ele tomar. – respondeu outra.
- Por que o Oppa foi tão burro ao ponto de ignorar a carta junto com a bebida? – disse a mais baixa, com voz de choro.
- Ok... não vou perturbar vocês mais.
- ! – Park chegou na sala pulando nas costas de sua amiga.
- What’s up? – a segurou e levou até seus lugares
- Por que você não veio ontem? Fiquei super preocupada, aquele dia você se encontrou com o Jun Oppa? – a soltou e sentou-se em seu lugar.
- Ah sim, o Jun é amigo do dono do parque, aí ficamos brincando até mais tarde, desculpa ter abandonado vocês. E eu não vim ontem porque depois que eu e o Jun brincamos muito acabei dormindo no ombro dele e ele me levou para a casa dele, quando acordei ontem tomei um grande susto, mas valeu a pena – olhou para o nada com os olhos brilhando – O melhor de tudo é que existem... DOOOIS JUNS, dois ursos, ele só é um pouco bravo, mas é idêntico ao meu Urso.
- Espera, não entendi. Como assim, dois Juns?
- O Jun Oppa tem um irmão gêmeo. E também se chama Jun. Quão legal dá pra ser?
- YEEEY, que demais, , agora você pode me dar um.
- No way. E me passa a matéria que eu perdi ontem.
- Unnie egoísta. – Park mostrou a língua e entregou o caderno a .
- Kamsa hamnida, Unnie.
copiou a matéria rapidamente e não muito depois o professor de História chegou. Na hora do intervalo, recebeu uma mensagem de Jun.
“Bom dia, pequena onça, desculpa te mandar mensagem só agora, é que essa semana vai ser bem puxada e só consegui tempo agora de te mandar mensagem.”
“Por favor, não suma, e se a semana vai ser cheia, concentre-se nos seus deveres e lembre-se: Ganbare.”
“Esqueci o que é Ganbare.”
“Dê o seu melhor.”
“Aaah sim, preciso melhorar meu Japonês e rápido. Kamsa hamnida, , se cuida.”
“Você também, Sr. Urso.”
- , larga esse celular – Hyke balançou o braço de .
- Já larguei, só estava respondendo o Jun.
- Aquele dia a Unnie não me deixou vê-lo. – disse a menina com cara fechada.
- Não deixei mesmo, os dois precisavam conversar sem alguém os espionando.
- Mas eu queria vê-lo.
- Um dia, quem sabe – Park e falaram juntas e em seguida riram.
Voltaram para a sala e assistiram suas respectivas aulas. Depois da aula, foi estudar na casa de Park e terminar de pegar a matéria que havia perdido.
- Unnie, acabei de copiar.
- Que bom, só vou ver um site aqui e já vou estudar com você. – Park estava mexendo no computador e foi atrás de informações sobre o seu grupo preferido. – OMG, fizeram mal ao YunHo, como pode ter alguém tão mau nesse mundo? Pelo menos não foi com o Xiah Oppa.
- Hoje mais cedo ouvi algo das fanáticas da sala. Esse cara também é meio burrinho, né, é famoso e bebe algo que ganhou de uma desconhecida? Dãã.
- Eles confiam nas fãs que tem, ele não sabia que era uma anti-fã, tomara que peguem ela rápido.
- É, ela tem que pagar pelo que fez, que garota malvada, só porque não gosta de alguém... OH WAIT. Será que é isso?
- Isso o quê?
- Ontem à noite o Jun me procurou todo triste e me fez umas perguntas estranhas, relacionadas com não gostar de alguém e fazer mal a pessoa ou grupo.
- Mas como ele já sabia? – ficou pensativa e então seu rosto iluminou.
- Descobri o segredo dele. Descobri o segredo do Jun Oppa. – ela pegou o celular rapidamente e mandou uma mensagem para ele.
“Descobri o seu segredo.”
- E qual é o segredo dele? – Park estava tão curiosa que se esqueceu do incidente com o grupo.
- Ele... ele... – com os olhos brilhando, olhava para o nada.
- Ele...? – Park se inclinou na direção de para ouvir com atenção a recém-descoberta da amiga. toda alegre ela olhou para Park e lhe respondeu.
- Ele é fã dessa tal banda.
- Ahh isso, Unnie? Pensei que fosse algo mais relevante.
- Mas é, eu não sabia que ele gostava tanto de K-pop assim. Já até sei o que eu vou dar de dia das crianças para ele. – o rosto de estava radiante, estava tão feliz com a recém-descoberta, agora algumas coisas se encaixavam em sua mente e algumas coisas passaram a fazer sentido.
Depois disso as meninas começaram a estudar a matéria da prova que fariam na semana seguinte, lancharam e foi para casa, chegando lá ela se deparou com o Jun a esperando na porta de casa.
- Oppa, o que você faz aqui? – o olhava, surpresa.
- Você descobriu o meu segredo, então. – Ele a encarava, sério.
- Descobri, sim – a menina sorriu inocentemente.
- Não está brava comigo? – ele a olhou preocupado.
- Não – disse, surpresa –, deveria? Não vejo motivos, é até interessante, posso tirar proveito disso.
- Ah, então você é como as outras, só quer saber do que posso fazer por você. – ele estava sério a encarando bravo.
- Hm? Outras? Que outras? Ah mas tudo bem se você não quiser me ensinar a dançar K-pop. – disse despreocupada e começou a notar na face do amigo um ar de confusão. – Oppa?
- Você quer que eu te ensine a dançar K-pop?
- Hm... é, você não é fã de K-pop? Super fã do tal de DBSK?
- Fã? – ele encarou a pequena garota a sua frente e riu.
- Desculpa, não é fã? Não era esse o seu segredo?
- – ele a abraçou –, eu te ensino a dançar K-pop sim. – e então depositou um beijo na cabeça da menina.
- Oppa, você está tão estranho, o que foi? – se soltou do abraço de urso e encarou o rosto dele.
- Não é nada de importante, , mas ficarei alguns dias sem poder te ver, minha agenda apertou.
- Você tem uma agenda? – foi então que ele percebeu o que ele já ia contando
- É... modo de dizer. – deu um sorriso forçado.
- Hm.
- Mas então, eu vou sumir por um tempo, não sei quanto tempo, os professores nos encheram de trabalhos e testes, aulas práticas e coisas do tipo.
- Tudo bem, posso sobreviver sem você, se você estiver dando o seu melhor nos seus afazeres. – a menina sorria inocentemente e ele sentia que não poderia ficar sem ela jamais, mas a segunda turnê da banda estava mais próxima de começar. Ele não queria se lembrar disso, ele se esforçava para se esquecer disso, ele teria que abandoná-la por mais de um ano, isso estava além do que ele podia imaginar aguentar e ainda não sabia como contar a ela que ele ficaria ausente por um ano inteiro ou mais. Em um impulso, a abraçou novamente, a envolvendo em uma abraço mais apertado que o primeiro.
- Me prometa que você vai se cuidar. – ele apertava a menina mais e mais em seus braços.
- Eu... prometo, Urso – ela estava se sentindo sufocada – Mas me deixe respirar, pelo menos, só para garantir que vou continuar a viver. – Jun a libertou do abraço de urso. – Sério, tem algo de muito errado com você, coreanos não se comportam assim normalmente.
- Ah, , você sabe que te considero como uma irmã mais nova, né? Me preocupo muito com você.
- É, mas hoje você está mais estranho. Pode ficar despreocupado comigo, Oppa, vou me cuidar direito. – ele sorriu levemente
- Então vá já para a cama, pequena onça, depois conversamos sobre as aulas de K-pop.
- Oppa, kamsa hamnida – deu um beijo na face do amigo em entrou para casa.


Jun Su não conseguiu dormir direito à noite, não parava de se sentir culpado por pensar que a poderia ser uma interesseira. Ela nunca mostrou nada do tipo, mesmo ele sempre demonstrando que tinha condições boas, ela não mudaria se soubesse quem ele realmente era, ele precisava a compensar por isso, mas nesse mês de outubro seria mais difícil sem a presença do YunHo nas atividades da banda, eles teriam que se esforçar mais. Ainda tinha o YunHo para se preocupar, como ele poderia ter sido tão descuidado? Esses pensamentos ficaram rodeando a cabeça de Jun Su a noite inteira, no dia seguinte, na hora do ensaio, ele demonstrou-se desconcentrado, mas logo percebeu que tinha que dar o seu melhor. Além de sua obrigação, ele havia prometido para .


O resto da semana passou rápido, com estudando para a prova e Jun Su cumprindo com a agenda do grupo, no sábado à tarde iria ter uma sessão de autógrafos do DBSK no maior shopping de Seul e Park pediu para que a acompanhasse, já que ela não era fanática pela banda e ela nunca se sentiu confortável com as outras Cassis da sala. , por não ter mais nada o que fazer, sabendo que as chances de ver o melhor amigo eram quase nulas, resolveu acompanhar a amiga à sessão de autógrafos. Elas chegaram na fila era 10h e já tinha cerca de umas 100 pessoas na frente delas.
- Realmente, eles são alguém. – disse, olhando par o tamanho da fila.
- Unnie, fica quieta, senão você vai apanhar.
- Ta, eles são gatinhos, mas... mas... – lembrou-se de sua banda preferida – É... ok, eu concordo e respeito, faria o mesmo pelos meus fantasminhas. – abriu um grande sorriso ao se lembrar deles.
- É isso aí, Unnie, respeito.
Quando deu 13h, a fila começou a andar, já tinha mais de 10 mil pessoas atrás delas. começou a ter pena dos caras, pois a mão deles iria cair de tanto assinar coisas.
- Park, me explica esse golfinho que você está carregando.
- É para o Xiah Oppa – ela ficou vermelha.
- Certo... um golfinho.
- É que é o apelido dele.
- Ok... também tenho pessoas de estimação e hey, isso me deu uma idéia. – começou a dar uns pulinhos. Quando as meninas perceberam, já estava quase na vez delas, tinha só mais umas 10 garotas a sua frente. Assim que chegou a vez delas, Jun Su viu que estava ali e ficou confuso, virou para Jae Joong e disse que precisava sair dali rápido. já estava em frente ao Yoo Chun, o cumprimentando, quando Jun Su se escondeu de baixo da mesa e em seguida saiu engatinhando para trás de uma planta, Park começou a gritar quando o viu saindo.
- OPPA, AONDE VOCÊ VAI? ESTÁ TUDO BEM? EU ESTOU AQUI SÓ PARA TE VER.
- Que foi, Park?
- O Xiah Oppa sumiu. – a amiga fez cara de quem ia chorar.
- Calma, por favor, se acalme, faz o seguinte – virou para o Jae Joong
- Neko, é o seguinte, você poderia entregar isso a seu amigo? – apontou para o golfinho na mão da amiga. – É algo muito importante para ela. – ele ficou boquiaberto, mas logo se recompôs, dando um leve sorriso e murmurou um “ok” para ela. saiu andando e levando a amiga junto, a levou até a praça de alimentação e pagou um milkshake a ela.
- Unnie, kamsa hamnida – Park já estava mais tranquila.
- Sem neura – lhe deu um sorriso e olhou para o peitoral do shopping por onde se via um mar de pessoas. – Olha lá, é aquele ali, não é? – notou que havia 4 pessoas na longa mesa de autógrafos e apontou para o que estava ao lado do Jae Joong. Park correu para o peitoral do shopping.
- Sim é o Xiah Junsu, meu Oppa – ela dizia com os olhos cheios de lágrimas.
- Certo, vamos ver um filme e passear, você o verá novamente.
- Como você sabe?
- Sei lá, é algo que eu sinto.
- Se a Unnie diz, eu acredito, vamos ao cinema, então. – elas saíram felizes andando em direção ao cinema.


- Jun o que foi aquilo àquela hora? – JaeJoong falava com JunSu enquanto assinava e pousava para fotos.
- Hyung, é algo muito complicado, depois te explico.
- Ok, mas você perdeu uma garota que estava acompanhando uma fã sua, ela me chamou de gato e pediu para te entregar isso em nome da amiga dela. – ele pegou em cima de seu colo o golfinho que havia deixado e entregou a ele. JunSu pegou e ficou olhando pensativo para o bichinho, mas logo seus pensamentos foram interrompidos por centenas de vozes gritando “Oppa, Oppa, Oppa”. Guardou o golfinho com carinho em seu colo e voltou a dar atenção para as Cassies. Às vezes ele dava uma olhada em volta para poder se certificar de que não estava por perto, os companheiros de grupo notaram isso e ficaram mais curiosos.
Já eram 18h quando eles pararam de dar autógrafos e tirar fotos, eles estavam exaustos e fizeram o máximo para poder atender a todos os fãs. Eles estavam sendo escoltados por seguranças até o elevador, eles entraram e um segurança apertou garagem, chegaram à garagem e foram escoltados até a van em que eles tinham ido. Quando eles foram entrar na van, JunSu, segurando o golfinho que tinha ganhado, resolveu olhar para o lado antes de entrar na van, e ele viu com uma amiga na fileira de carros acima de onde a van se encontrava. Elas estavam paradas encarando eles, ele se assustou e ficou sem reação até YooChun empurrá-lo para dentro da van e ele só pode ouvir alguém gritando “Oppa” não sábia se tinha sido a ou a menina ao lado dela, acabou que ele ficou mais preocupado ainda. – E agora, e se ela tiver me visto e me reconhecido? – Tudo o que ele conseguia pensar era isso.


Enquanto isso, na fileira de carros acima da van.
- UNNIIIIE, EU VI MEU OPPAAA – Park chorava desesperadamente – Ele me viu também, Unnie. Ele estava segurando o meu presente, UNNIIIE. – estava sem reação, ela não conseguia parar de pensar em quão parecido aquele menino era com o seu Urso. Assim que elas viram a van saindo, ela recebeu uma mensagem dele.
“Eii oncinha, está tudo bem com você? Estou com saudades, tem alguma novidade pra mim?”
“Desde quando você me pergunta por novidades? Eu... acho que estou bem, Urso... acho que vi seu irmão gêmeo, ele não era idêntico porque estava com umas roupas estranhas e uns brincos, o cabelo com um penteado diferente, mas... eu vi alguém que me lembrou muito você.”
“Ah é? Quem? Deve ser bonito né?”
“É um dos integrantes do DBSK.”
“Ah... eh... então... tem esse cara que sempre me dizem que eu sou parecido, mas nem acho, mesmo assim me sinto lisonjeado, ser parecido com um cara tão talentoso assim.”
“Hmm, certo. Saudades.”
“Também, se cuida, tenho que ir agora.”
“Você também.”
estava sentindo que tinha algo de muito errado naquele momento, mas seus pensamentos foram interrompidos pelo pai da Park buzinando e a amiga a puxando para entrar no carro.
- , você está bem? Vamos embora logo, vem. – a olhou e entrou no carro.
- Ok – o resto da viagem ficou quieta, enquanto a amiga contava para o pai como tinha sido conhecer, mesmo que de longe, o seu ídolo Xiah JunSu. olhou para a amiga.
- O nome Jun é muito comum?
- Hmm muito, muito, não, por quê?
- Hmm, nada não. – Park estava tão empolgada que nem notou que a amiga estava pensando em algo. – Acho que eu sou muito lerda. – murmurou para si, mas a amiga ouviu.
- Só ás vezes, Unnie, na maior parte do tempo você é muito esperta. Só quando você realmente não quer enxergar. – o pai dela parou e desceu, agradeceu a carona e entrou para casa. Pelo resto da noite ficou pensativa, pegou a revista com a banda DBSK e leu ela toda, depois ficou olhando com atenção as fotos de cada membro, ela se recusava a entrar na internet, ela queria acreditar sem a ajuda que lhe entregaria a resposta na mão. Ela dormiu triste pensando nisso, se fosse verdade, ele não confiava nela, e se fosse só uma coincidência, ela ficaria mais feliz.

Enquanto isso, do outro lado da cidade, Jun Su estava inquieto, não parava de pensar se ela havia o reconhecido, ele precisava ter certeza, mas estava impossível de vê-la, todo tempo livre que tinha era da banda, ainda mais agora com o Yoo Chun de repouso, pesou mais ainda para eles. Foi então que ele se lembrou de mandar o SMS de boa noite dela:
“Boa noite, oncinha, se cuide e nunca se afaste de mim.” acordou com o toque da mensagem e respondeu. “Oppa, faça por merecer a minha companhia, boa noite.”
Depois dessa mensagem ele não parava de pensar que ela tinha descoberto toda a verdade sobre ele.
- Eu realmente vou ter que fazer algo para que ela me perdoe. – Jun Su disse em voz alta e o amigo Jae Joong apareceu na porta do quarto do amigo só com uma toalha branca enrolada na cintura.
- Ela quem? Antes de responder, me empresta uma cueca. – Jun Su, já sabendo que o amigo iria pedir isso, já tinha até pegado uma e deixado sobre a cama, ele pegou a peça e jogou para Jae Joong, que, por sua vez, entrou no banheiro do amigo para se trocar, saiu do banheiro não muito depois vestindo só uma cueca preta.
- Deveria comprar cuecas só para você e deixar aqui. Aliás, se tudo der certo, você vai ter que brigar com alguém pelo quarto ao lado.
- Como assim? Tem a ver com a pessoa que você quer o perdão? Seja quem, for o quarto ao lado é meu. – Jun Su sentou em uma cadeira giratória em frente a sua escrivaninha e virou para o Jae Joong.
- Sim, tem a ver com a pessoa. Sente-se que eu vou lhe contar a história. – Jae Joong sentou-se na came de Jun Su e o olhou.
- Sou todo ouvidos. – Jun Su então começou a contar toda a história dês de quando conheceu a até aquele dia no estacionamento e o amigo ficou surpreso.
- Então você conhece a menina que me chamou de Neko?
- Sim – JunSu mordeu os lábios nervoso a espera de uma reação negativa do amigo.
- Se tudo der certo, eu terei que brigar pelo quarto com ela? – JunSu o olhou, apreensivo.
- Eeeh, é que eu acho que ela gostou muito dele e ela é meio que possessiva...
- Tudo bem.
- Tudo bem? – JunSu o olhou assustado.
- Eh, não brigaremos pelo quarto... se necessário eu durmo com ela, quero dizer, ao lado dela. – Jun Su se encontrava totalmente sem nenhuma reação, não sabia se ficava bravo, indignado ou ironizava.
- Ah, claro. Deixa só ela ficar sabendo disso.
- Aposto que ela vai gostar
- Aposto que ela vai te soltar um Kame-ha-me-ha.
- Está apostado, então – JaeJoong sorriu torto.
- Ok, mas tirando isso, o que você pensa da história?
- Foi errado você mentir, mas eu te entendo. Agora o problema será ela te entender, ou pior, ela querer tirar vantagem disso.
- Ela nunca faria isso comigo, eu confio na .
- Então conversa com ela.
- É o que eu quero, mas estamos sem tempo nenhum esse mês.
- É verdade. – JaeJoong se levantou e colocou a mão direita sobre o ombro direito de Jun Su. – Boa sorte. – e saiu andando com a toalha dependurada no ombro.
- Nossa, hein? Valeu aí, ajudou demais. – JunSu revirou os olhos e por fim decidiu ir dormir.


No dia seguinte ele estava cheio de compromissos com a banda pelo resto do mês, e por ser o mês das crianças, eles tinham muitos shows. O garoto não teria tempo algum de ver quem ele queria e sentia que ficar tanto tempo assim agora sem vê-la só pioraria tudo. Enquanto isso, do outro lado da cidade, estava na escola encarando o celular.
- Sem notícias dele? – Park disse bebendo um suco.
- É.
- Mas o que aconteceu que você está com essa cara?
- Hmm depois que eu conversar com ele... eu talvez te explique. – a encarou.
- Tudo bem.
- Ah , conta logo – Hyke disse revirando os olhos e a encarando. olhou para ela e começou a questionar mentalmente se Hyke era uma boa amiga.
- Hyke, respeite-a. – agradeceu mentalmente Park por isso.
- Vocês duas também, vivem cheias de segredinho.
- O quê? – e Park falaram juntas.
- É, até saírem juntas vocês saem e também estudam juntas às vezes, que eu sei. – Park e se olharam e olharam para Hyke.
- Eu chamo a para estudar comigo porque sou melhor em coreano do que você, e ela sabe se comportar melhor que você em várias situações.
- Wow gente, que isso? – guardou o celular no bolso. – Desculpa se não te pedi ajuda para estudar, Hyke, mas eu acho que estudar com a Park é melhor.
- Vocês duas se merecem mesmo, viu.
- Nós não falamos nada de mais – estava parada só olhando para a menina.
- Cansei de me fingir de boazinha e ficar andando com vocês.
- Ok, vai lá, malvada, vá procurar seus irmãos no tártaro.
- – Park a repreendeu.
- Ah não, estou com paciência para esses showzinhos não, no Brasil nós temos uma expressão muito usada que é a seguinte. – virou para Hyke e disse – Sai vazado. – elas ficaram a olhando, sem entender a expressão, mas Park repetiu a frase e Hyke ficou sem reação. Sem saber como responder, bateu o pé no chão e saiu andando.
- Ótimo, menos um pra aguentar. – Park olhou para a amiga, boquiaberta.
- Está tudo bem? – ela observava cada reação da amiga.
- Melhor... – deu um leve sorriso – Vamos entrar? O Intervalo já acabou.
- Vamos. – Park sorriu e seguiu a amiga.
O resto do dia foi tranquilo, Park e saíram para tomar um sorvete e foram para casa, ligou para a família, pois estava com saudades e fazia tempo que não dava notícias, por isso o que ela mais ouviu foram gritos vindo do telefone.
- Certo, mãe, também te amo.
- Ama, esse amor estranho que não me da notícias, eu já estava em tempo de ficar doida, como você faz uma coisas dessas com a gente?
- Eu me distraí, mãe, desculpa.
- Desculpa uma ova.
- Eu estou estudando para as provas e fazendo meus deveres e trabalhos.
- Não faz mais que sua obrigação. E não tinha como você tirar um tempinho para me ligar, não?
- Desculpa, eu me esqueci.
- Vai estudar, vai.
- Bênção, mãe
- Deus te abençoe, sua irresponsável.
- Kamsa hamnida.
desligou o telefone soluçando.
- Ótimo, como se já não bastasse o sumiço do Jun, agora minha mãe me xinga – falou consigo mesma enquanto chorava. – Devo ter derrubado algum templo grego no passado, só isso explica o que eu tenho que aguentar.
Não muito depois adormeceu chorando. Os dias se passaram, semanas se passaram, estava até se acostumando com o desaparecimento do amigo, mas quando ela chegou à sala, as Cassis da classe estavam fazendo um alvoroço e ela não entendia o motivo, foi quando Park chegou e ela perguntou à amiga.
- Por que as viciadas estão assim tão animadas?
- É que foi divulgando que o YunHo Oppa vai volta a participar de atividades com a banda, eles vão apresentar em um programa chamado Music Bank na KBS as 18h no dia 22. Assista ao programa, Unnie, e compreenda porque os amamos. – ficou olhando para a amiga.
- Hmm, certo, se eu lembrar, eu assisto. – Park sorriu feliz, mas logo parou.
- Unnie... notícias do Oppa. – a olhou de relance.
- Notícia, é? Do jeito que eu quero, não. Ele só aparece às vezes por SMS para me dar boa noite. – suspirou e sentou no seu lugar habitual. Park só a observou e sentou-se na carteira ao lado. O resto do dia foi como os outros, depois da aula, casa, dever, se distrair com algo e dormir.


não tinha marcado para fazer nada com ninguém no sábado, então passou o dia lendo um livro que trouxera do Brasil, “A Droga da Obediência”. Prendeu a atenção dela o dia todo, domingo à tarde ela já tinha finalizado o livro. Foi quando ela resolveu ver TV, não esperava muita coisa, ela deixou ligado em um canal qualquer e foi preparar algo para comer, quando voltou um programa tinha começado, ela leu o nome em um letreiro na lateral do palco “Music Bank”. Ela olhou no relógio e percebeu que já era 18h, então o grupo DBSK logo apareceria. Quando o show começou, ficou sem reação alguma, foi então que o segundo membro do grupo apareceu e ela deu um leve sorriso e voltou a respirar normalmente, no decorrer da apresentação ela sentiu várias emoções, mas não conseguia dizer em voz alta o que estava pensando, logo ela desligou a TV e se arrumou para dormir. Segunda-feira de manhã, logo que ela acordou, alguém tocou a campainha e ela foi atender.
- Já vou. – coçou os olhos e bocejou, indo até a entrada. Arrumou um pouco o cabelo e abriu a porta. Quando viu quem era ela ficou surpresa e acordou rapidamente, ele estava com os brincos que ela vira na noite anterior, o cabelo arrumado e uma blusa mais justa no corpo dele. – O que você quer aqui?
- Te ver, estou com saudades. – O rapaz disse olhando para os pés e depois para ela. – Posso entrar?
- Realmente mereço a sua presença na minha humilde residência? – Ele mordeu o lábio inferior.
- Deixa eu te explicar? Eu posso te explicar? – ele entrou na casa, apoiou as mãos nos braços dela e a empurrou em direção a cadeira da mesa da cozinha.
- Estou ouvindo. – Ela não conseguia odiá-lo. – Vejo que cortou o cabelo.
- É, foi necessário.
- Hm, tenho que ir para a escola. – Ele a olhou com atenção.
- Precisa mesmo? Tem algo importante?
- Tem.
- O quê?
- Aula. – ele respirou fundo.
- Vá se arrumar.
- Vai me levar na escola? – arqueou a sobrancelha direita, seu sinal clássico de ironia.
- Só se arrume. – Ela levantou emburrada da cadeira, entrou no quarto e se arrumou, pegou a mochila e pôs nas costas. Assim que ela saiu do quarto ele a puxou pela mão. – Vem. – Ela só o seguiu, ele a fez entrar no carro e em seguida começou a dirigir.
- Minha escola fica para o outro lado.
- Não vou te levar para aula. – engoliu seco.
- Para onde você está me levando? – Ela começou a olhar em volta e memorizar cada quarteirão no caso dela conseguir escapar dele.
- Calma, não vou te fazer nenhum mal.
- Aham, sei... disse o mentiroso nº1 da Ásia. – ele apertou as mãos no volante e olhou fixamente para frente.
- Só confie em mim, por favor.
- Confiar em você? Do mesmo jeito que confiou em mim para me contar o que você realmente fazia?
- – ele respirou fundo e parou o carro em frente a um prédio. – Deixe sua mochila aqui. Ela o olhou sem reação.
- Agora quer se livrar do corpo sem deixar nenhuma identificação?
- Pegue sua carteira, deixe o resto aqui.
- Estou começando a pensar que você, na verdade, é um agente secreto. – ela o encarou, desconfiada. Ele fez cara de misericórdia, a convencendo.
- Espere aqui. – Ele saiu do carro e ouviu aquele gritaria em direção a ele, ele entregou a chave para o manobrista e logo abriu a porta da a puxando rapidamente com ele e a levando para dentro do prédio, quando ela percebeu já estava em um elevador.
- É, eu fui sequestrada, já vou avisando que não tem como meus pais pagarem o resgate. – Ele a encarou e o elevador parou em um andar. Logo ele começou a puxá-la por um corredor e entraram em uma sala em que a porta estava aberta.
- Uma sala com espelhos, legal.
- É aqui que eu passo a maior parte do meu tempo. – Ela o observou. – Eu não frequento a faculdade. Eu não moro com meus pais. Eu não tenho deveres, tenho obrigações e compromissos a cumprir com aqueles que esperam que eu me torne grande. – continuava o encarando. – Me esforço o máximo que eu consigo, porque não quero decepcionar a ninguém.
- Oi, eu sou ninguém. Beijos! – saiu andando e ele a segurou pelo braço e puxou-a em seguida deixando ela de frente para um espelho.
- Não sou apenas Jun – ele disse no ouvido dela e a virou de frete para ele – me chamo Kim Jun Su, tenho um irmão gêmeo e sou um dos cantores do DBSK.
- Mas é mais conhecido como Xiah JunSu – O rapaz de cabelos descoloridos surgiu escorado na porta.
- Ah claro, você é a Ásia.
- Não sou a Ásia, mas pretendo ser reconhecido por todo o continente e para isso eu preciso me focar. – sentiu os olhos encherem de lágrimas e olhou para baixo. – Me perdoe por não ter lhe contado antes. – Ele levantou o rosto dela com um dedo e a olhou nos olhos. Prometo não te esconder mais nada. – Jae Joong observava da porta a cena, desviou o olhar para ele e depois voltou a encarar o Jun Su, se desfez das mãos dele a segurando e saiu correndo.
- A propósito, eu sou Jae Joong. – ele estendeu a mão para ela quando ela se aproximou dele, ela olhou para a mão e em seguida para os olhos dele, então começou a correr mais rápido, chorando. Chamou o elevador que abriu a porta em seguida e entrou nele, pegou um táxi e foi direto para casa, chorando.
- Cara você está bem? – Jae Joong perguntou, preocupado com o amigo.
- E se ela nunca mais falar comigo?
- Ela vai.
- Como pode ter tanta certeza?
- Eu vi nos olhos dela, ela só precisa de um tempo para organizar os pensamentos.
- Espero que não dê muito tempo. Afinal, nossa segunda turnê começa dentro de alguns meses.
- É verdade, mas relaxa, vamos beber um chá, vamos. – Jae Joong acariciou ombro do amigo e o levou para o restaurante do prédio da SM Entertainment.


Tudo o que fazia em casa era chorar, chorar e chorar, nem ela sabia o porquê de tantas lágrimas. Pensou que deveria ser saudades de casa, dos amigos, da cachorrinha, de tudo que tinha deixado no país dela e com essa “traição” do único amigo em que confiava ela não aguentou e desabou em lágrimas, pelo resto do dia ela ficou soluçando e encarando a revista com o grupo DBSK na capa, ela não sabia o que fazer. Mais tarde, quando o sol estava se pondo, ela parou de chorar e decidiu que queria vê-lo. Chamou um táxi e descreveu o bairro para ele que ela queria ir, o motorista logo reconheceu como um dos mais nobres da cidade, mas ela nem se surpreendeu, nada mais poderia a surpreender naquele dia. Não muito depois ela estava na porta da casa em que um dia esteve por uma só noite. Ela tocou a campainha, mas ninguém a atendeu, então constatou que não tinha ninguém em casa e se sentou à beira do portão. As horas foram passando e a noite ficando mais escura e fria, ela tinha esquecido de pegar uma blusa de frio, então estava congelando. Quando deu 22h, ela começou a cochilar e acabou dormindo encostada no portão.


Jun Su, depois de um longo dia de treinos, finalmente resolveu ir para casa. Já era tarde, mas era melhor assim, não teria muito tempo para pensar até dormir, foi quando ele chegou em casa, abriu o portão automático e entrou, quando tinha quase entrado por completo ele raciocinou sobre a imagem que tinha acabado de ver ao portão ao lado, parou o carro e desceu correndo foi até a garota dormindo.
- – disse ele baixinho, abaixou ao lado dela e a observou por um tempo. – Será que você veio brigar mais comigo? – A garota se mexeu, passando as mãos nos braços lentamente. Ele percebeu que ela estava com frio e a pegou no colo, levou-a para dentro e a colocou na cama do quarto ao lado do seu. Voltou para a garagem e terminou de estacionar o carro, foi para a cozinha e preparou um chocolate quente.
Enquanto isso, no quarto, dormia confortavelmente, mas foi aí que ela notou que tinha algo de diferente, ela apertou os cobertores e eles eram tão macios e a cama também, em seguida ela levantou assustada e olhou em volta, ela conhecia aquele quarto. Desceu da cama rapidamente e foi procurar pelo dono da casa, quando ela chegou na escada ele ia começar a subir, ficaram se olhando por um bom tempo e então ela resolveu descer as escadas, passou por ele e ele só a observou, então a garota sentou no sofá da sala e olhou para ele, que se aproximou com duas xícaras de chocolate quente e as colocou na mesinha de centro, uma das canecas ele posicionou bem em frente a ela. E se sentou no sofá oposto ao que ela estava.
- Jun. – ela olhou para a caneca a frente dela.
- Me desculpa.
- Jun Su. – ele a olhou atentamente. – Por quê? – ela o olhou nos olhos.
- Era algo diferente, não imaginei que ficaríamos tão próximos, fui adiando e quando eu percebi já era tarde de mais. – ela tombou a cabeça para o lado direito – ...
- Certo – ela levantou a cabeça e a tombou um pouco para o lado esquerdo.
- – ela se levantou e foi até ele – – e então ela começou a enchê-lo de tapas e socos nos ombros e nas costas, não muito depois voltou a chorar.
- Nunca mais esconda algo de mim, prometa, prometa – ele se levantou e segurou os pulsos dela e em seguida a abraçou.
- Eu prometo. Eu te dou a minha palavra. Vamos ficar bem? – ela retribuiu o abraço e passou o rosto no peitoral dele e ele sorriu levemente. – Me desculpa por ter te escondido isso. Eu realmente não sabia o que fazer e não queria perder essa amizade que tenho com você.
- Oppa idiota – ela limpou o nariz na blusa dele e se soltou do abraço. Ele olhou para a blusa.
- É agora você me desculpou, né? – a garota riu e ele sorriu por vê-la alegre. – Certo. Tome seu chocolate, então, você estava congelando lá fora, o que te deu na cabeça para me esperar? Por que não me ligou? – pegou o chocolate e começou a tomar, andando pela casa enquanto ele falava, ele balançou a cabeça negativamente.
- Vou me trocar, já voltou – ela só deu tchauzinho e continuou a andar pela casa tomando o chocolate.
- JUNSU – Uma voz surgiu na sala chamando pelo Urso dela e ela foi ver.
- O Oppa está se tro-can-do. – ficou boquiaberta quando percebeu quem era. Ela olhou pra cima e falou com a voz sem forças. – Oppa, seu amigo está – ela olhou para ele – Aqui. – Ele riu da reação da menina do outro lado da sala.
- Então é a senhorita que está causando tanta perturbação à mente do Xiah? – se recompôs e o olhou.
- Conte-me mais sobre isso. Espero que ele tenha sofrido bastante e não tenha conseguido dormir direito.
- É, eu fiquei exatamente assim – Jun Su estava descendo as escadas – Ei Hyung, o que você veio fazer aqui?
- Não queria te deixar sozinho, você não parecia bem o dia todo. – mordeu os lábios e sentiu o Jun Su a abraçando por trás.
- Agora está tuuudo bem, tudo certo, nada mais vai me abalar, então pode se despreocupar.
- Esse ser pequeno tem tanto poder assim? – fez cara de indignada e Jun Su deu um beijo no rosto dela.
- Ela tem vários poderes, te empresto ela qualquer dia desses. – Jae Joong encarou a .
- Hmmm, talvez eu aceite mesmo. – Jun Su deu um sorriso.
- Que foi? Está com ciúmes, é? – Jun Su soltou do abraço e foi para perto do Jae Joong, colocou uma mão na cintura do amigo e a outra tocou a lateral do rosto dele.
- Juun – Jae Joong o olhou nos olhos. ficou parada sem rações ao ver aquela cena em sua frente.
- Oppa, tem algo mais que você queira me contar? – tentava fechar a boca, mas não conseguia.
- Hã... não – Jun Su a olhou e percebeu como a amiga estava.
- Então sem fanservice, please. – Ele se afastou um pouco do Jae Joong.
- Desculpa é que agora que eu não tenho que ficar me lembrando a cada segundo que não devia te contar quem eu realmente sou, acabo fazendo isso por costume. – estava boquiaberta ainda.
- Hm.., ok... eu não preciso disso, aliás, estraga minha imaginação – pensou em algo pervertido com o Jae Joong e deu um leve sorriso. – Bem melhor agora.
- . – Jun Su a repreendeu.
- O quê? – ela olhou a hora no celular – Vou dormir aqui hoje – ela tombou a cabeça para a direita. – Posso? – Jun Su sorriu
- Claro que pode – os olhos dele brilharam –, se quiser pode se mudar para cá e nunca mais ficar longe de mim – O menino não parava de sorrir e então o Jae Joong forçou uma tosse.
- Ah só toma cuidado, por que às vezes o Hero dorme aqui em casa, chega a tomar até banho. – não conseguiu conter o sorriso maroto em seu rosto e Jae Joong sorriu ao perceber.
- Acho que ganhei a aposta. – Jun Su estava entre os dois olhando para o rosto de cada um.
- – ele disse com cara de choro.
- O quê? Ele é gato – ela sorriu mais para ele – E que aposta é essa? – O encarou séria.
- Aah você explica para ela, eu não. – disse Jun Su indo em direção à escada.
- Tudo bem, eu explico. – Jae Joong se aproximou de – É que eu apostei com ele que você aceitaria dividir o quarto comigo ao ponto de dormirmos na mesma cama em vez de brigar pelo quarto mais próximo do dele. – arqueou a sobrancelha direita como de costume e olhou para o Jun Su no meio da escada.
- É, meu Urso, você perdeu a aposta. – Ele ficou indignado com a situação e não sabia oque fazer.
- Acho que gostava mais de você enquanto você não sabia quem nós somos.
- Aaah, Jun – subiu correndo até ele na escada – Você me oferece sorvete de chocolate com menta e quer que eu negue a cobertura extra? – depois que ela disse é que percebeu o que disse e todos começaram a rir.
- Vamos dormir, vamos – Ele estendeu a mão para ela e ela segurou.
- Vamos. – Jae Joong logo os seguiu e quando foi entrar para o quarto do amigo a puxou pela cintura para o outro quarto e trancou a porta.
- Opa... – levantou as mãos. – Eu estava brincando.
- Eu sei. – Jae se afastou sorrindo – Mas talvez ele não.
- Hmm – sorriu maliciosa, olhou para a porta e começou a falar alto – AAIN, OPPA, ASSIM NÃO! NOSSA, OPPA, COMO É GRANDE! AIN MAIS, MAIS, OPPAAA. – em seguida ela e ele prenderam o riso e foi a vez dele provocar o amigo.
- AGORA EU ENTENDO POR QUE ELE TE ESCONDEU POR TANTO TEMPO, VOCÊ É MUITO BOA, NOSSA, O QUE É ISSO QUE VOCÊ CONSEGUE FAZER COM A BOCA? – eles se entre olharam, contaram até três mentalmente e abriram a porta, encontraram um Jun Su de boca aberta, pálido e paralisado, em seguida desabaram em gargalhadas e aos poucos o sangue foi voltando para o rosto de Jun Su.
- Agora, sim, Oppa, você está perdoado. – ele fechou a boca e se retirou para seu quarto, olhou para o Jae Joong.
- Pegamos muito pesado?
- Talvez, ele não é muito chegado em falar sobre essas coisas.
- Hmm – foi até o quarto do amigo – Urso, tá bem?
- Você jamais vai me abandonar, né? – ele a encarou.
- Eu não pretendo te perder nunca.
- Então eu estou bem. – Ele se aproximou dela e deu um beijo em sua testa. – Durma bem, minha oncinha brava.
- Durma bem, meu Urso bobo. – se retirou do quarto e voltou para o quarto ao lado, já encontrando Jae Joong deitado só de boxers na cama. Respira, respira, como se faz isso? Ela tinha parado de respirar e se mexer.
- Acho que eu deveria por minha blusa né. – piscou lentamente e ele entendeu como um sim, assim que ele se vestiu ela voltou a ter reações.
- God, não faça mais isso, a não ser que você queira me seduzir. – deitou ao lado dele na cama, apagou o abajur e não muito depois adormeceu.

The End




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