- Caralho, que porra de luz é essa? - eu não raciocino bem de manhã sabe? Tá bem, eu raramente raciocino bem, então demorei um pouco pra perceber que eu tinha adormecido e agora acordava. Senti alguém se mexer perto de mim, e abri um pouco os olhos.
- Isso, , se chama luz do sol. Normalmente ocorre porque o sol voltou para esse lado da Terra, fazendo a noite acabar e a manhã chegar. E significa HORA DE ACORDAR! - disse James com uma voz sarcástica, imitando um pouco o professor de Ciências. Eu ri gostoso e me levantei. Um pouco rápido demais, vamos dizer, e senti a cabeça latejar e milhões de estrelinhas na minha frente, me impedindo de ver muita coisa.
- Não me diga, Jimmy... Se você não me falasse, eu nem desconfiaria! - disse ainda com uma voz meio de sono, e me virando para ir ao banheiro. Ele riu quando sua tática foi usada contra ele, e me segurou quando eu levantei muito rápido e senti tontura, perdendo o equilíbrio.
- Hey, cuidado, linda! - ele sussurrou baixinho, de modo que só eu ouvi. Tudo bem, nem sei se ainda tinha alguém ali, mas ele me levantou no colo e me deitou na cama de novo. - Você bebeu durante a noite, ? - ele disse rindo. Eu já conseguia ver melhor, e vi que todo mundo ainda tava dormindo. Percebi também que o sol ainda nem tinha nascido e perto de James tinha uma lanterna.
- Filhodeumaégua. - engoli as pausas e encostei na cama. James ria muito da minha cara - PÁRA DE RIR, CARALHO! – berrei.
- Shh, você quer acordar eles?! - James disse tapando minha boca. Ele ainda tava rindo, baixinho, e eu lancei um olhar de por-que- diabos-você-me-acordou-seu-desgraçado, e ele explicou:
- Não fica brava comigo - impossível - eu acordei faz uma meia hora e...
- Problema seu! Grande coisa... Precisava me acordar também pra curtir a insônia?
- Pensei que você talvez quisesse ver o nascer do sol comigo... - ha-ha pensou errado, Jimmy! Ele fez bico e eu ri. Tirei a mão dele da minha boca.
- James, tadinho de você... Primeiro, não faz bico que eu não vou dormir a noite. - ele desmanchou o bico e fez cara de mal. Eu ri mais ainda - E segundo... Vai comer merda! - virei e me cobri com o cobertor até a cabeça, dando a conversa por finalizada. Senti James se deitar do meu lado e ele tirou meu cobertor, bagunçando mais meu cabelo, coisa que eu achava impossível, e me olhar com aquele olhar. Droga, eu não resisto a esse olhar. - DROGA! Me dá dois minutos, não vou conseguir voltar a dormir mesmo... - empurrei ele pra fora da cama e fui me trocar, deixando James com um sorriso bobo e tarado na cara. TARADO? Putz que medo... 15 minutos depois (isso que eram só dois minutos, neah?), eu saí do banheiro e James se levantou e pegou o casaco. Olhei para a cama de e vi que tava lá também. Passei os olhos pela cama de , nem sei por quê fiz isso, mas ele estava acordado e me olhou com uma cara que eu não posso explicar. Saí com James e minutos depois estávamos sentados em um banquinho, sentados certinho em frente ao leste, de acordo com a bússola do relógio de James. Ele passou o braço pelo meu ombro e eu encostei a cabeça no ombro dele. - Que horas são? - perguntei.
- 5:45... - ele respondeu e eu soltei um palavrão baixinho. Senti James chegar mais perto, e ele virou delicadamente meu rosto, me fazendo olhar para ele e antes que ele me beijasse, eu disse:
- Jimmy... Não, é melhor... não - não que eu não queira beijar o James, ele é bem hot, mas é meu melhor amigo, tenho medo que isso afete nossa amizade, eu acho que confio mais nele do que na . Explique isso pra ele então, , já que isso é um pensamento e ele não é descendente de Tom Riddle (até porque seria impossível, Tom Riddle é um personagem de uma história fictícia) e sabe Legilimência. - James, você é meu melhor amigo, não quero perder minha amizade com você por causa disso!
- Eu sei, , você também é minha melhor amiga, e eu valorizo a sua amizade e a sua confiança mais do que tudo, gosto mais de você como amiga do que como qualquer outra coisa, nunca deixaria isso acabar... Mas... é só um beijo, uma ficada! Não é nada sério, só... Um beijo! - Damn, James sabe conseguir o que quer quando o assunto é garota... Quem resiste a uma declaração dessas, ahn ahn? Eu não. Fazer o quê? Enquanto ele esperava minha resposta, eu simplesmente roubei o beijo dele... Fofo, né? Ha-ha. Dude, James beija muuuito bem! Ainda bem que isso é uma fic de romance também...Ia ficar entediante... Passei os braços pelo pescoço dele e ele envolveu minha cintura. Quando quebrei o beijo (é, eu comecei, eu termino, comigo é assim, morô?Nossa que palavreado, cruz-credo!) voltamos na posição que estávamos antes do beijo, só um pouco mais próximos, e a mãozinha dele na minha cintura, mais perto da bunda, como se nada tivesse acontecido. Acho que eu nem reparei no nascer do sol, motivo pelo qual eu acordei, ou melhor, fui acordada. Chegamos lá em cima e já estavam todos vestidos, se arrumando pro café. me puxou para um canto.
- , onde você estava com o James? Eu te procurando para te contar uma coisa e você sumida! - eu sei que ela não vai contar nada demais, todo mundo aqui sabe que ela ficou com o eles estavam em pleno quarto, nem disfarçando, mas eu tava tentando me comunicar com ela, ela não deixava, tive que apelar.
- , me escuta, caralho!- chacoalhei ela. - Eu preciso te contar uma coisa primeiro! - ela ficou olhando para a minha cara. Olhei em volta pra ver se tinha alguém muito atento à conversa e me olhar encontrou com o do . precisou me chacoalhar para eu continuar - Eu fiquei com o Jimmy! - ela arregalou os olhos e ficou sem fala. Ela abria e fechava a boca, até que tomou ar e disse, engolindo as pausas:
- Eutranseicomo - ela precisou repetir para eu entender, e quando eu entendi fiquei boquiaberta. A gente estava chegando no refeitório e eu me sentei ao lado de James, ainda assustada, e ela sentou do lado de , que deu um selinho nela pra cumprimentar. Dude, e eu esqueci de perguntar se doía... Isso é uma duvida que martela a minha cabeça. Minha mãe sempre diz que tem que ser com alguém especial, alguém que eu goste muito, e quando eu me sentir pronta. Mas eu me assusto um pouco com isso. E se a engravidar? Eu não vou ser madrinha nem a pau! Minha mãe diz também que é ótimo ter filho, ver aquela coisinha minúscula e linda (linda não confio muito não) no seu colo, depois de todo o esforço. Já me decidi e ninguém me convence do contrário que vai ser cessaria e ponto final. Não consigo imaginar um parto normal, prefiro muito mais uma cicatriz na barriga do que sentir toda aquela dor. Bom, não sei né, vamos ver, ainda sou muito nova pra pensar nessas coisas. , foco, vamos, James esta falando com você de novo e você nem tá prestando atenção. Ele vai começar a te odiar porque você nunca presta atenção no que ele fala.
- ! To falando com você! - James gritou no meu ouvido, me acordando dos meus devaneios, e me dando um susto. E eu ODEIO levar susto. E pagar mico, mas com o berrinho dele, todos do salão olharam para gente e eu fiquei roxa de vergonha. Resolvi dar o troco.
- James... - puxei ele pela gola devagarzinho e senti o olhar dos outros em nós. - James... - aproximei meu rosto do dele e ele fechou os olhos. - Da próxima vez... - passei meu dedo pelo rosto dele de leve, como ele estava fazendo ontem à noite, e ouvi-o soltar um gemido baixinho de impaciência. Ri baixinho e senti alguém dar um soco por baixo da mesa, mas não sei quem nem onde deu o soco. Peguei ar. - GRITA NO OUVIDO DA TUA AVÓ SURDA! - berrei com toda a minha força no ouvido dele e ele levou um susto tão grande que caiu para trás. Se ele fez todo mundo olhar para mim, eu fiz todo mundo rir dele. Ele se levantou roxo, preto, azul, vermelho, um arco-íris de vergonha e se sentou do meu lado de novo, de cabeça baixa, enquanto todos riam dele. Olhei para e vi que ele respirou meio aliviado. Será que ele que tinha dado o soco? Virei para James (que estava vermelho feito pimentão vermelho [não verde, dããã ignora]) e encostei o queixo no ombro dele, segurando a mão dele. - Você sabe que eu te amo, né Jiiimmy? - perguntei baixinho, e só ele ouviu, os outros voltaram à atenção para as conversas. Ele virou para mim e deu um sorriso. Dei um sorriso de criança feliz que eu sei que ele não resiste e dei selinho rápido nele. Damn, por que eu fiz isso?!
- Atenção, alunos! A atividade programada para hoje a tarde será uma guerra de tinta. - Tinta? Não deveria ser ÁGUA? Droga, só porque fiz escova hoje... Mentira, não fiz porra nenhuma no meu cabelo. - E à noite teremos uma atividade surpresa, que será muito interessante. - nesse momento eu senti medo. MUITO medo, nem sei por que. O olhar do monitor me deu medo, e eu apertei o braço de James. Ele me envolveu pela cintura, me deu um beijo na bochecha e apertou de levinho. Depois nos dirigimos aos quartos, para colocar uma roupa velha, conforme tinham pedido. Eu peguei uma escrita 'Brasil' com um shorts curto, que a blusa cobria quase inteiro. Brasil... Que saudades de lá! Desde que eu me mudei com o João e a banda dele pra cá, não voltei mais lá... Saí do banheiro e vi que só James me esperava. Nem a , aquela bitch que eu chamo de amiga, agora que tá de rolo com o , pra me esperar. Sorri para James e ele segurou minha mão. Quando chegamos mais perto do campinho onde seria realizada a guerra, soltei a mão dele e subi de cavalinho, fazendo ele rir.
- Você não cansa não de subir em mim? - ele me ajeitou e eu neguei rindo. Chegamos lá e recebemos nossos potes de tinta. Ficou decididamente proibido, para a alegria das meninas, dos gays, e até de alguns meninos, tinta no cabelo. Porque, segundo o monitor, tinta+cabelo= desastre. Definição de desastre: a tinta demora para sair do cabelo, deixando o cabelo com a cor da tinta por pelo menos 3 dias. Ouvimos o apito que dava início a guerra, e James de birra já mirou direto em mim. Eu desviei e mandei nas costas dele. Ok, Ok, isso é muito infantil, mas estava realmente divertido. E me lembrou uma música. "Let's have fun tchananã/ let's have fun fun fun tchananã"(okay, admito, eu acabei de inventar essa música). Passado uns 15 minutos, James mirou o pote todo em Jane (por sinal a garota que ele estava ficando antes de me beijar hoje de manhã), só que com a mira de mula vesga que ele tem, acabou acertando tudo em quem? EM MIM! E pior: no meu cabelo. Eu fiquei parada, enquanto ele, em vez de vir me pedir desculpas ou perguntar se está tudo bem, nããão, ele ficou rindo da minha cara. Eu saí correndo para o quarto, e acho que ouvi alguém me chamar, mas não ia voltar. Entrei no chuveiro de roupa e tudo e fiquei esfregando o cabelo. Poxa, justo o cabelo, que eu mais prezo em mim? E tinta azul, ainda por cima! Não quero nem ver. Eu vou matar o James!
- , posso entrar ou você tá... erm... Pelada? - escutei falando, depois de um tempo.
- Espera um pouco, ... - minha voz saiu embargada. Terminei o banho e me vesti. Nem olhei no espelho... Sai e escutei o chuveiro no banheiro masculino. Supus que estava ali, e me deitei na cama, fechando a cortina. Peguei um boné que eu trouxe e prendi meu cabelo por baixo dele. saiu do banheiro, e depois de um tempo em silêncio, escutei ele do lado da minha cama.
- Posso? - provavelmente pedindo permissão para entrar. Concordei e abri a cortina, sem olhar para ele. Ele entrou e sentou do meu lado, fechando a cortina. Ele virou pra mim e eu percebi que eu estava chorando. É, eu sou daquele tipo que dificilmente chora, e quando chora nem repara que está chorando. Complicado, né?Eu já disse que eu não me entendo? É, eu não me entendo.
- , não chora... erm... - ele não sabia mais o que dizer, percebi isso. Ele secou minhas lágrimas e passou o braço pelo meu ombro, como James costumava fazer, e eu encostei a cabeça no ombro dele. - Não deve estar tão ruim.
- , você não entende! - meninos nunca entendem os problemas das meninas. Para as garotas, o cabelo (pelo menos para mim) é a coisa que mais se preza! Levantei do ombro dele, e olhei fundo pra ele.
tinha olhos azuis lindos... Nossa, demorei três anos para perceber que os olhos de James são verdes e lindos, e desse garoto que eu conheço há um dia já percebi.
- Me explica então... - ele disse baixinho. Soltei meu cabelo e tive que me segurar muito para não rir da cara de abobalhado que ficou. Ele acompanhou meu cabelo cair até a cintura com os olhos, e depois reparou na cor. Ele abriu a boca pra dizer alguma coisa, mas alguém entrou no quarto e chegou perto da cama.
- , você ta bem? - James perguntou, e rindo ainda por cima. Aquele idiota, fíodaputa! Demorou todo esse tempo para perguntar e ainda pergunta rindo! Olhei para e respondi:
- Não queira saber, e se quer ficar numa boa, é bom ficar beeem longe de mim esses dias! - eu tenho certeza que não vou perdoar ele tão cedo. estava vermelho de rir em silêncio, para James não saber que ele estava ali. James se afastou e entrou no banheiro masculino.
virou-se pra mim e disse baixinho:
- , eu nunca fui muito popular na escola e isso já aconteceu várias vezes comigo. Quer que eu tente dar um jeito? - concordei com a cabeça e ele saiu, mas parou e virou vermelho para mim. Eu ri
- Precisa tomar banho, né? - ele concordou e eu ri de novo. Me aproximei dele e dei um beijo na bochecha dele. - Pega sua sunga. Se importa se for no banheiro feminino? - e sai para pegar meu biquíni, deixando um totalmente corado com um sorriso bobo no rosto.
tem uma super tattoo no braço direito, linda, todo chique. E um corpitcho que vo te contar... Entramos na água e virei de costas, começou a fazer alguma coisa no meu cabelo, passando algum produto. Dude, eu sou muito... Sei lá. Eu to de biquíni, sem vergonha nenhuma, deixando meu adorado cabelo nas mãos de um... erm... vamos dizer...estranho. Depois de um tempão, avisou:
- Pronto, , acho que funcionou! Seca aí o cabelo, põe a roupa. – não, vou ir pelada mesmo, né baby? - E depois me mostra! - concordei e me enxuguei, enquanto saia do banheiro. Véi, me apaixonei por esse dude de olhos azuis. Sequei meu cabelo, de olhos fechados, e acredite, eu demorei uma meia hora. Eu já sou uma negação para secar o cabelo, imagine de olhos fechados! , , não siga a luz garota! Respira fundo, conta até dez... Calei. Abri os olhos e dei o maior sorriso Colgate Total 12 da minha vida, saí do banheiro correndo e quando cheguei no quarto, se levantou da cama, com um sorriso no rosto. Dude, não me aguentei. Sai correndo e dei um mega abraço naquele garoto! Ele riu e me rodou.
- , VOCÊ É O MEU HERÓI FOREVER! - eu gritei apertando ele e rindo de felicidade. Meu cabelo está lindo, normal, é o meu herói. Dude, me apaixonei.
, acoorda! SE APAIXONAR, só por que ele salvou seu cabelo? É, tem sentido...
- Que isso, , foi ótimo te ajudar! - ele riu e me pôs no chão. Eu fiquei sorrindo feito boba para aquele dude de olhos azuis maravilhosos, perfeito, com um sorriso bobo na cara também. Ele pôs a mão no meu rosto.
- ? Voc... - James começou e parou ao ver a cena. Eu olhei para , dei um beijinho na bochecha dele (que corou de novo! Mano, esse menino adora corar comigo, né?) e passei reto por James, sem olhar para a cara dele. Encontrei a se pegando com na quadra de vôlei, e e estavam conversando sobre aquela banda de novo. Fui lá falar com eles, não ia ficar parada esperando James vir falar comigo, né?
- Hey rapazes, que banda que vocês estão falando? - eles se assustaram, porque eu cheguei do nada perguntando, nem sô intrometida.
- McFLY... - disse baixinho. Quando ele viu a minha cara de que-droga-de-banda-é-essa? Ele explicou - A nossa banda. - okay, tira a parte do ‘droga’! Legal, eles têm um banda! Uhules, só agora que meu cérebro tá atualizando essa informação. Whatever, eu não presto mesmo. estava olhando meu cabelo com uma cara de bunda e eu ri. Rir é tão bom, faz bem pra saúde...
- Que foi, ? Eu to com uma espinha?! - fingi ataque, mas eu sou uma péssima atriz. Aliás, nem sei como tirava nota alta nas aulas de teatro... Puxa-saquismo sempre funcionou... Anyway, ninguém precisa saber dos meus truques de puxa-saquismo, e ninguém vai saber mesmo, ninguém sabe Legilimência! Ninguém que eu conheça...
negou rápido com a cabeça.
- Seu cabelo... Tá normal... Não devia estar... erm... hum... Azul? - ele disse. Se enrolou todo. Aiai, por que será que os meninos sempre ficam assim perto de mim? Fazer o que se eu sou linda, né? Sou nada, acorda aí.
- Nossa, que maligno do mal você! Era isso que você queria, é? Malvado! - disse dando risada enquanto se desculpava sem parar e tentando reparar o que disse. se acabava de rir. chegou e sentou do meu lado.
- Que foi? - ele perguntou, olhando com aqueles olhos azuuuis pra mim. Babei agora... haha. Eu expliquei, e depois de um tempo livre, começou a escurecer. O monitor (que tinha me dado medo antes) chamou todos nós ao refeitório novamente, e explicou a atividade noturna.
Capítulo 3.
- A atividade noturna será procurar alguns objetos, que estão em uma lista, somente com uma lanterna, por todo o acampamento. - tremeu um pouco do meu lado, fiquei imaginando o por quê. - Vocês se dividirão em duplas e trios, com pessoas dos seus quartos. Todas as noites haverá atividades como essa, e com essa mesma dupla ou trio. A dupla que entregar todos os itens primeiro ganha 60 pontos, e vai baixando 2 pontos conforme a colocação de cada uma das outras. A dupla (ou trio) que tiver mais pontos no fim do acampamento ganha um prêmio especial. Dividam-se. - O tom dele foi mandão. Não gostei. Odeio participar de fics... Já tava com medo dele mesmo... Acho que no final da fic esse cara vai me matar. Sorte que é uma LongFic... Okay, esquece. Olhei para que entendeu e concordou com a cabeça. Incrível como as pessoas me entendem só com o meu olhar.
- pode vir com a gente? - ele perguntou. Dei de ombros e ele chamou , que concordou. Fui buscar a lista e dei o nome do trio pro monitor. Quando cheguei perto, percebi que os olhos deles eram vermelhos. Isso me deu um arrepio na espinha. Tá, nem sei se os olhos dele estavam, se eram ou se eu tava me borrando tanto de medo que imaginei isso. Soou o apito que dava inicio e todas as luzes foram apagadas, deixando apenas as luzes das lanternas. foi com e o Bourne teve que ir com . se aproximou mais de mim e segurou minha mão. Eu podia jurar que ele estava dizendo algumas coisas baixinho, como uma oração. Eu fiquei no meio, com a lista e a lanterna. A gente não fazia a menor idéia da onde procurar, e fomos andando mesmo, só vendo as luzinhas dos outros grupos.
- , o tá tremendo do seu lado? - perguntou, baixinho. Concordei baixinho também e riu.
- Hey, , ainda não contou para a que você tem medo de escuro? - eu olhei assustada para . Tá, eu sou uma idiota, ele nem ta me vendo de tão escuro. Senti ele concordar com a cabeça, e grudou mais em mim. Desabafei.
- Então, , é bom você não ter, porque eu também morro de medo de escuro, principalmente atividades assim. - verdade. Quando eu tava na quarta série, lá no Brasil, eu fui pra um acampamento, e teve uma atividade igualzinha a essa. Tínhamos que procurar objetos pelo sítio, só que o monitor assustava a gente, fantasiado e era meninasXmeninos. E o monitor assustou a gente umas cinco vezes, a gente só pegou 2 objetos, bando de meninas cagonas... Mas eu fiquei traumatizada. pegou a lanterna e iluminou meu rosto. – Aii, ! Mira pra frente, não pra mim!
Depois de andar por um bom tempo, sem chegar a lugar nenhum (isso parece letra de música), encontramos um quiosque. Dude, eu nem tinha reparado nesse quiosque antes... Ele existia? Suspeito... Abracei e olhou para gente.
- Vamos? Aposto que tem algum objeto aqui! - ele disse entusiasmado. Dude, só ele tava se divertindo. Eu ia chegar borrada depois dessa atividade. O bom era ficar pertinho de . Foco, , foco, não se deixe levar tão facilmente por olhos azuis, cara perfeita, corp... Calei. Quando abriu a porta, senti alguma coisa gelada caindo do meu lado. Gelada, grande e pesada. Foquei a lanterna e não consegui me segurar.
-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! - dei o maior berro da minha vida, e pulei em cima de , tacando a lanterna no chão, que desligou (a lanterna, não o chão!Dãããr Ignore) e senti o pegar a lanterna, ligar e entrar correndo no quiosque, saindo logo depois e puxando , que ainda me segurava no colo. Nunca levei um susto tão grande na minha vida. Escondi meu rosto entre o pescoço e o ombro de , e fiquei tremendo ali. estava branco feito mármore, eu devia estar assim ou pior. aparentemente estava normal, mas dava para ver seu peito subir e descer muito rápido. Meu coração estava a 100km/h e eu não conseguia parar em pé. me sentou no chão e me abraçou pelos ombros e eu fiquei ali, chorando, eles no meu lado. Depois que me acalmei (um pouco, não dava para acalmar tudo!) perguntei:
- Pegou, ? - se ele me respondesse ‘não’... Eu tava começando a desconfiar que ele se assustou mais com o meu grito do que com o que eu vi. Acho que ele nem viu, só entrou correndo. Iluminei a cara dele. me olhou com uma cara de "peguei o quê?"
- AH! Acho que sim, vê se tá aí na lista. - e me passou um lampião velho. Olhei incrédula e conferi a lista. Tava lá,"1º lampião". Ótimo, levei o maior susto da minha vida por um lampião velho! Nós ainda estávamos ofegantes por causa do susto, meu coração parecia que queria sair pela minha boca e ganhar uma corrida nas Olimpíadas. Okay, menos. Esquece a parte das Olimpíadas, até porque esse ano nem tem... Nunca entendi esse negócio de ter quatro anos. Por que quatro anos? Faz dois de uma vez, ué. Mais prático. Tá, eu sou uma idiota, não é prático porra nenhuma, porque o país precisa se preparar tudo e talz... Okay, voltando à nossa fic...
- Olha, o lampião era o primeiro mesmo, acho que estamos indo bem... Lá no quiosque tinha um monte de lampiões, peguei um e sai correndo! Você me assustou com aquele berro! Nem vi o que te assustou... - contou. Dei de ombros.
- Nem queira saber... - o próximo objeto da lista era... - UM TACO DE BASEBALL? O que diabos vamos fazer com essas coisas inúteis? A gente merecia algum troféu, algum prêmio, sei lá! - reclamei. riu e me deu um beijo na bochecha. OOOPS! Cadê aquele menino tímido? Será que foi só por que eu pulei no colo dele? Mas foi reflexo... não reclama, ele é o maior gato, seu herói etc e talz, tá te dando mole! Uiui, apaixonei. Tá parei. Ih, rimou! Calei. Rimou de novo!, pára, chega garota, isso não está sendo engraçado, daqui a pouco vão desistir de ler a fic por causa das suas piadinhas! Se já não desistiram... Já comentei que eu não bato bem?
- Vamos pra quadra, pode ter alguma relação, afinal, lampião antigo, quiosque velho caindo aos pedaços... Entende? - disse iluminando a gente.
- , pra ser sincera... –pausa - não. - nós três rimos. - Mas você sabe o que tá fazendo, eu confio em você, eu só quero terminar isso rápido e sem muitas surpresas, como aquela lá... - olhou para mim e perguntou:
- Mas o quê você viu que te assustou tanto assim, dude?!
- Ah... Vai lá vê você, mas não me deixa aqui sozinha! Porque eu não vou... - enfatizei o não e sentei cruzando as pernas. concordou e foi andando. virou para mim.
- , se importa se eu for? To louco para saber o que é, mas eu juro que não demoro! - concordei, deixa ele morrer de medo mesmo! Ele sorriu e me deu um selinho. Uou uou uou! PÁRA TUDO! Por essa eu não esperava!
- , peraê! - ele gritou e saiu correndo atrás do . Fiquei sentada lá, esperando. Passou uns 15 minutos, e eu já tava imaginando se eles teriam sido abidu...ab...ah! Roubados por ET’s! Escutei um farfalhar num arbusto atrás de mim e fiquei com medo de me virar para ver o que era. A temperatura foi esfriando perto de mim, escutei um grito longe e de repente tudo ficou escuro.
- , ! - Alguém me chacoalhava. Tinha uma luz nos meus olhos e eu tive dificuldade para abri-los. olhava para mim preocupado, com a lanterna na mão, e ainda estava tudo escuro. estava mais atrás, e os dois estavam branco mármore, me fazendo supor que eles viram o que eu vi. Levantei um pouco tonta e olhei em volta. - Você tá bem? - concordei baixinho. Ele me ajudou a levantar.
- Quanto tempo fiquei desmaiada?
- Uns 2 minutos, tinha alguma coisa perto de você, eu gritei e ela fugiu correndo, mas você já tinha desmaiado! - ele me explicou. chamou.
- Hey, vamos pra quadra terminar logo essa lista? Tem só cinco itens já achamos um, vamos logo! - e saímos para a quadra, eu me apoiando em (lê se: sendo carregada) e levando as coisas. estava certo, achamos o taco na quadra, e todas as outras coisas relacionadas com lugares, e eles sempre supunha os lugares certos.
A noite não teve mais surpresas desagradáveis, graças aos céus, e nós fomos o primeiro grupo a entregar todas as coisas, ganhando os 60 pontos, e o monitor deu permissão para retornarmos aos quartos. Chegamos e eu sentei na cama, ainda tentando entender e esquecer essa noite. sentou do meu lado e passou o braço pela minha cintura. Separei meu pijama e tirei meu pingüim de pelúcia da mala, escondendo ele embaixo do pijama. Levantei e olhei para .
- , você se importaria de... Sabe... Dormir comigo essa noite? - ele arqueou as sobrancelhas. - é que eu não to muito bem... Principalmente depois de ter desmaiado. - ele levantou também e sorriu para mim.
- Tudo bem, . - ele me deu um beijo na bochecha, mas antes eu taquei minhas coisas na cama e passei os braços pelo pescoço dele, impedindo ele de se afastar. Mas quem disse que ele queria, ahn? Ééé eu leio pensamentos... HUAHUAHAUAUHAUH (lê se: risada maligna) Ele me abraçou pela cintura e eu encostei a testa no ombro dele. Ele me aproximou mais e cochichou baixinho no meu ouvido:
- Mas você poderia falar que está com medo que eu não ia me importar, porque quando vi você deitada no chão, depois de ver... - eu tremi, lembrando, e apertei ele um pouco mais forte. - Aquilo, antes de gritar, fiquei morrendo de medo que você estivesse, sabe... Morta... - levantei a cabeça e olhei aqueles olhos. Ele estava sério. Eu fechei os olhos e encostei minha testa na dele. Passei a mão no rosto dele e entrou no quarto. Eu me afastei rápido de . Cara, eu queria matar o Lord inglês naquele momento. se afastou de mim e separou o pijama. Troquei-me e deitei na cama, segurando meu pingüim. Eu não dei um nome pra ele, não sei que nome dar para um pingüim. Ninguém tinha voltado ainda, e entrou na cama dele e fechou a cortina, sem antes lançar um sorriso malicioso para mim. Dei a língua e ele riu. chegou e eu fui mais para trás da cama, ele deitou do meu lado com um sorriso, mas depois levantou de novo e fechou a cortina da cama dele. Deitou de novo no meu lado e tampou a minha.
- Você tá bem? - ele perguntou. Que fofo, ele se importa comigo. Dei um sorriso e concordei com a cabeça. Ele olhou para o meu pingüim e deu risada baixinho.
- Não ri do meu pingüim, seu malvado! - apertei o pinguinzinho mais ainda, fazendo bico e dei um tapa fraquinho nele. Ele riu mais e apertou minhas bochechas. Engraçado que quando James (aquele filhodapu...licia!) fazia isso, eu normalmente fazia careta, mas com eu sorri feito boba. É, acho que to apaixonada mesmo... estalou os dedos na minha frente rindo.
- Você costuma viajar legal assim mesmo ou é só hoje? - eu ri, mas a imagem daquilo me veio à cabeça e eu desmanchei o sorriso, acho que meio rápido demais, porque passou a mão no meu rosto com cara de preocupado e deitou mais perto de mim, segurando minha mão. Eu apertei a mão dele forte e fechei os olhos, deixando escapar uma lágrima. - Hey... Esquece isso, , deve ter sido só uma peça dos caras do acampamento. - Dude, to achando que ele realmente lê mentes... Concordei com a cabeça e ele deu um sorriso fraco. E foi com o cheirinho de erva-doce do meu pingüim (sim ele tem cheirinho *-*), misturado com o perfume do (que é melhor que o cheirinho de erva-doce do pingüim), pensando que foi só uma brincadeira do pessoal mesmo, que eu acabei adormecendo, abraçada com o meu herói, que já tinha me salvado duas vezes.
Capítulo 4.
Eu não tinha dormido bem, tive pesadelos a noite toda, com manchas escuras se aproximando de mim, todos os meus amigos sumindo aos poucos, dizendo que eu não fazia o tipo dele...
Acordei virada para a parede, com um peso na cintura e uma respiração no pescoço. Tava gostoso... Lembrei que tinha dormido comigo, e da noite anterior. Os sonhos não me saiam da cabeça, nem aquela imagem, mesmo me reconfortando. Virei devagar para , e ele dormia feito um anjo. Mas ele é um anjo... Passei a mão devagar pelos cabelos dele e ele sorriu. Ele tava acordado?! Não... Ele só devia estar sonhando. Droga, como vou sair daqui?! Ahhn, vamos ver... Se eu passar por cima dele... Não vai dar, vou ter que acordar ele...
- . - cheguei perto dele, encostando nossos narizes e dei um beijo na bochecha dele. Chamei baixinho de novo. - ... Eu preciso sair daqui... - nessa hora eu ri. Senti ele acordando e me afastei, para fitar aqueles olhos lindos (cheios de sono). Ele tava sorrindo, quem que acorda sorrindo, Deus?!
- Bom dia, ... Passa aí... - ele disse, se levantando e dando espaço para eu sair. Eu saí da cama, mas sentei de novo, por causa da tontura, o quarto estava super iluminado, devia ser umas 8:00h... Grande merda. Virei para , que olhava para mim, com a mão na minha perna, fazendo carinho. Inclinei-me e dei um selinho demorado nele. Dei um sorriso, passei a mão no cabelo dele, que fechou os olhos com um sorriso tamanho família e levantei de novo, separando uma roupa e indo me trocar no banheiro. Quando voltei, estava se trocando também, e só tinha colocado a calça (ou seja sem blusa! Sou muito esperta, né? Não sou, que seja). Ele estava com as costas daquele corpo perfeito dele de fora, me fazendo babar ali. Calei. Não resisti. Abraçei ele por trás e dei um beijo na nuca dele, depois encostei a cabeça em suas costas.
- Obrigada por me ajudar ontem à noite, ! Obrigada por me ajudar sempre! Você já salvou minha vida duas vezes, e me ajudou de monte... O quê eu seria sem você, hein? - eu ri e dei um beijo no ombro dele, soltando depois para ele terminar de se trocar. Ele pôs a blusa e virou para mim, com um mega sorriso Colgate Tripla Ação. Sentei na minha cama e ele sentou ao meu lado, me abraçando pela cintura.
- Seria uma garota desmaiada no campo de guerra de tinta com o cabelo azul... - ele respondeu. Okay, eu não fazia idéia do que ele tava falando e olhei com uma cara de interrogação para ele. - Você perguntou o que seria se não fosse por mim! - Ah é... Caiu a ficha agora. Dei um sorriso sem graça e ele riu gostoso, deitando na cama.
- Ai, seu malvado, não ri de mim, e sou uma energúmena, você ainda vai escutar muita merda de mim! - comecei a rir com ele. Deitei em cima dele e me apoiei nos cotovelos, de modo que fiquei olhando diretamente aquele rosto lindo e... Parei, porque senão vou começar um discurso da perfeição do e não vai acabar mais. Ele abraçou minha cintura e eu encostei a cabeça no peito dele, e ele começou a fazer carinho no meu cabelo. O perfume dele já estava me invadindo, tomando conta, como uma droga, tipo craque. Sempre me perguntei por que as pessoas se viciavam assim nas drogas. Primeiro me pergunto por que elas vão 'testar', se sabem que faz mal, e que aquilo só vai detonar o organismo delas. Mas esqueçam os meus pensamentos doidos, isso é uma fic, não uma aula de Proerd. Falando em Proerd, as aulas que eu fiz foram super legais, mas como eu fiz na 6ª série, não lembro de porra nenhuma! Foco, vamos lá. Sorte que dessa vez não está falando com você, para se rebelar como o Jimmy por nunca ouvir ele. Jimmy, aquele filho de uma égua. Por que eu penso nele? Okay, ele era meu melhor amigo, mas foi muito injusto o que ele fez comigo! E ainda ficou rindo. Se ele tivesse vindo pedir desculpas logo que jogou a tinta em mim, talvez eu tivesse até aceitado, e teria jogado meu pote de tinta rosa nele também, para não pagar o mico de ficar três dias com a cor da tinta no cabelo sozinha... Seria engraçado, mas aí não teria acontecido o que está acontecendo agora (NÃO me diga...) e eu to até gostando. é lindo e muito mais legal também, e talvez James não tivesse me salvado daquela coisa...
- No que está pensando, ? - perguntou do nada, me dando um susto. Apoiei-me de novo nos cotovelos e olhei para ele.
- Estava pensando no James... - e em mais um monte de besteira. Mas Graças a Deus, você não lê mentes, então não vou nem comentar. Sabe, às vezes dou Graças a Deus por Ele não ter dado à humanidade a capacidade de ler mentes. Se lessem a minha me achariam esperta, por pensar todas essas coisas. Não, me achariam uma idiota que está com problemas mentais e que precisa ser internada numa clínica para alcoólicos. Mas... PERAÊ! Eu não sou alcoólica, como podem me internar numa clinica dessas? Anyway, me internariam num hospício, ou algo parecido, porque eu já to pensando essas asneiras de novo. Entendeu por que dou graças a Ele por não ter dado a capacidade de ler mentes? Aliás, por que falamos 'ler' mentes? É igual ao que o Snape explicou ao Harry no livro "H.P. e a Ordem da Fênix" quando Potter vai ter aulas de Oclumência. Eu sou tão fanática por HP que até decorei o trecho, de tanto que já li! Tá na página 433, capítulo 24(Oclumência), parágrafo 13 "A mente não é um livro que se abre quando se quer e se examina ao bel-prazer. Os pensamentos não estão gravados no interior do crânio, para serem examinados por qualquer invasor. A mente é algo complexo e multiestratificado[...]" Eu sei que foi a J.K. que escreveu isso, e não Snape(porque ele é um personagem fictício! Boa, ), e concordo plenamente com ela. Okay, eu não estou bem, preciso realmente ser internada num hospital. Quando que eu ditaria certinho a página, capítulo e parágrafo, se não estivesse mal? falou alguma coisa, mas eu não voltei a tempo pra realidade para pegar isso, só escutei a segunda parte...
- , você tá bem? Tá com um olhar distante, tá pálida! - me olhou preocupada. Às vezes eu esqueço que o tempo passa quando eu penso e acho que ele estava me observando todo esse tempo! Dei um sorriso fraco e deitei ao lado dele. Ele fechou a cortina e olhou para mim de novo. Seu olhar estava preocupado.
- Eu não sei, , acho que depois de ontem eu piorei, to pensando besteira mais que o normal, acho que to com um tumor no cérebro depois daquele susto... - rimos. Ele encostou nossas testas e eu fiquei escutando a respiração dele durante um tempo. Ele deu um sorriso fraco e disse.
- Às vezes queria saber o que você tanto pensa...
- Acredite, , não queira... - rimos mais. Escutamos alguém acordar e abrimos a cortina. olhou para gente e deu um sorriso malicioso. olhou para mim, depois para e eu fiz o mesmo (só que eu olhei para o , né? Não dá para eu olhar para mim mesma sem um espelho, e arranjar um espelho ali do nada seria mais que mágica, tipo um Accio dãããr! Ignore). tentou se explicar.
- Não é o que você está pensando! - tentou, mas balançou a cabeça rindo.
- Sei que não é, demorei para dormir e só escutei cochichos, não gemidos...
Suspirei aliviada. Nos dirigimos para o refeitório, tomar café da manhã. Reparei que a tava sumida, tava sozinho na mesa, com olheiras enormes, e ela não estava perto, bem estranho. também não estava lá e James tentava falar com . A gente se serviu e sentou com eles. Comecei a reparar que faltavam várias pessoas, além dos dois. Comentei isso com os outros, ver o que aconteceu com a e o .
- , e a ? - ele olhou para mim e deu ombros. - Como você dá ombros numa situação dessas?! Minha amiga está sumida, você estava com ela e me dá ombros?! - estressei agora. Vou ficar com rugas!
- , relaxa, linda! Ela deve estar se agarrando com outra pessoa... - tentou me animar, mas negou com a cabeça. James ficou vermelho e seu punho se fechou em cima da mesa quando me chamou de linda. Discordei e encostei minha cabeça no ombro de . - Mas o ? Isso é bem estranho, ele tem namorada, ela tá logo ali. - apontou uma garota que conversava super animada com uma amiga, provavelmente sem notar a falta do namorado. - Será que os dois estão se pegando? - arregalou os olhos.
- Nah, não é disso... - falou. O monitor chegou e anunciou que como o dia estava quente, ficaríamos a maior parte do tempo nas piscinas. Não era o monitor de ontem, esse parecia mais legal. Os meninos se entusiasmaram, porque iam ver as meninas de biquíni, e as meninas também se animaram, porque o que tinha de garoto com tanquinho... Eu só quero meu , não preciso de mais nenhum! Mas aposto que vai ter uma penca de meninas nos pés dele. Ele é lindo, com aquela tatoo e aquele tanquinho, com um corpo lindo! Fomos nos trocar e eu demorei no espelho, vendo minha imagem. Parecia que uma parte de mim tinha sido arrancada na noite anterior, quando tive os pesadelos ou quando desmaiei. Eu estou pálida, com umas olheiras. Ótimo, agora que o não vai olhar para mim mesmo. Tem todas aquelas patricinhas anoréxicas que vão ficar babando por ele, enquanto eu, com esse corpo liindo [sarcasmo, valeu?], pálida parecendo um zumbi, vou ficar esquecida num canto, porque nem minha melhor amiga eu tenho agora pra me reconfortar. Não que eu seja gorda, mas é que eu tenho barriga. Não é muito grande, mas não é aquela barriga retinha de modelo, sabe? Minha postura não é das melhores, para ser sincera, o que só piora as coisas. Saí e não tinha ninguém no quarto. Devem estar todos loucos para ver as barriguinhas das bitches... Peguei minha canga e me enrolei nela. Nem sei por que eu to assim hoje, deve ser TPM... Acordei meio mal, minha cabeça tá explodindo e eu acho que qualquer coisa vai me irritar hoje. To com um pressentimento ruim... Algo bem estressante vai acontecer hoje, fica a dica.
Cheguei na piscina e vi que já tinha um monte de gente pulando nas cinco piscinas do acampamento. No rádio tocava a música do Counting Crows, Accidentally in Love, e eu fiquei com raiva, porque era o que estava acontecendo comigo. Pelo menos eu acho que era, nunca tive saco de procurar a tradução na internet. Mentira, eu sempre esqueço. Decidi que vou passar meu dia no quarto escrevendo um e-mail mega gigantesco e depressivo para minha mãe, para no fim não enviar. Virei-me para sair, mas alguém me puxou pelo braço.
- Hey, vai aonde?! - perguntou pra mim. Dude, fiquei olhando aquele corpo, aquela tattoo, quase que não respondo para ele. Ele já tinha entrado na piscina, o corpo e o cabelo estavam molhado, e tinha no mínimo 6 ou 7 garotas olhando para ele e trocando risinhos. Como eu imaginava.
- Vou para o quarto, não to me sentindo muito bem para ficar aqui. - disse já me virando de novo, mas ele me puxou de novo, dessa vez mais perto. - , sério, deixa eu ir, não to afim de ficar com essas - dei uma espiada nas garotas atrás dele, que davam aquelas risadinhas frescas que eu sempre odiei - bitches.
- Você não vai ficar com elas, . - ele deu um sorriso e pôs uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. - Você vai ficar comigo! - Dei um sorriso sem graça e discordei com a cabeça. Ele me olhou bem fundo. - Tem certeza? - concordei. Soltei-me e saí andando. Cheguei no quarto e me joguei na cama, de canga e tudo. Mas aí pensei em todas as garotas curtindo a gostosura do e eu aqui, feito uma tonta, só porque nem sei o que está acontecendo comigo, estou com baixa auto-estima hoje. Liguei meu MP4 no radiozinho e pus em Down, do Blink. Eu amo essa música. E down era tudo o que eu estava me sentindo agora. Tudo bem, nem sei se é nesse sentido a música, mas eu to down. Então serve. Fechei a cortina, e antes que eu percebesse, eu tava chorando. Vai que o estivesse fazendo filhinhos com uma daquelas putas vagabundas? Eu acho que realmente gosto dele, não achei que seria assim quando eu vi ele me olhando no discurso dos professores, no primeiro dia. A música acabou, mas acabou antes, acho que acabou a bateria do MP4, eu carrego sempre, mas devo ter esquecido esses dias, por causa da correria. Ouvi alguém entrar no quarto, e fiquei pensando se seria o , mas a voz que eu escutei era beeem diferente da voz do . Era uma voz fria, que dava arrepios, e que falava arrastado. Comecei a tremer, rezando para que ele não me descobrisse.
- Deve ser por aqui, onde estão as coisas deles? Droga, preciso tirar tudo daqui o mais rápido possível! Temos que encobrir os desaparecimentos! - ele falava sozinho, mexendo em alguma coisa. - Ah sim, aqui estão as coisas da garota... E essa deve ser a do menino, são as únicas camas arrumadas... Como sou idiota...huashiieshhiviiu - a última palavra ele falou numa língua estranha, que me arrepiou toda. De repente tudo ficou escuro, mas eu sabia que estava consciente. Senti várias coisas mudarem de lugar, senti um pouco de tontura, como se o quarto tivesse rodando, e fechei os olhos. Quando abri, não escutava mais nada e senti que não tinha acontecido nada. Ok, eu juro que não foi um sonho, saí do quarto correndo e fui para as piscinas. Procurei os meninos com os olhos e estava conversando com a namorada do , estava com algumas meninas em volta e estava sozinho em um canto, mexendo nos dedos. Uma garota se aproximou, falou qualquer coisa e ele negou com um sorriso fraco, e ela se afastou. Será que é o que eu estou pensando? Dirigi-me correndo para lá e quando estava a uns 15m dele é que eu me toquei que eu não estava mais com a canga, só de biquíni, e isso me deixou roxa de vergonha. Eu parei e me escondi atrás de um toboágua, procurando uma toalha para me enrolar. Por que eu estava com vergonha dele? Eu já tinha tomado banho de biquíni com ele! Vamos lá, , vai lá fala com ele, isso é importante! Respirei fundo e me dirigi devagar para onde estava. Quando ele me viu, ele abriu a boca e levantou-se, sem tirar os olhos de mim. Okay, isso me deu muita vergonha, eu tava morrendo de vontade de rir ou de dar meia volta e sair correndo. Prefiro a opção 2. Cheguei perto e ele deu um sorriso. Sorri fraco e puxei ele para um canto.
- , tá tudo bem? - disse ele ainda boquiaberto. Neguei com a cabeça e contei tudo pra ele. Algumas pessoas passavam e zoavam, falando que estávamos nos pegando, uns falavam para a gente chamar pra ser padrinho do filho, sendo que a gente tava a uns 30 ou 40 centímetros de distancia.
- Você acha que eu tô louca, ?! - perguntei, com os olhos úmidos. Ele olhou em volta e me puxou para fora do espaço das piscinas, sentou num banco e me fez sentar no colo dele. Encostei a cabeça no ombro dele e chorei, enquanto ele fazia carinho na minha cabeça e no meu braço.
- Não, , não acho que esteja louca. - não senti firmeza. Ótimo, vou virar as costas e ele vai chamar os caras do hospício com as camisas de força, para me pegarem. É, e depois vão abrirem minha cabeça, tirarem minha memória e examiná-la, descobrindo todas as asneiras que já pensei na minha vida, todos os meus romances, todos os meus pensamentos poluídos, todos as minhas declarações de amor mentais para o ... É claaaro, , e depois porcos verdes voadores vão cruzar com elefantes cor de rosa e terem filhotinhos parecidos com avestruzes azuis misturados com pingüins brancos e pretos e que vão respirar de baixo d'água! Acorda, você precisa confiar em alguém. Mas parecia inseguro quando disse aquilo... E se tudo isso acontecer? - EU NÃO QUERO PERDER MINHA MEMÓRIA! - berrei sem querer. Droga, era para ser um pensamento, mas escapuliu e deu continuidade a outros. olhava assustado para mim sem entender, e quando vi já estava berrando outras coisas. Eu falei que alguma coisa ruim ia acontecer, não falei? Falei que tava mal, não falei? Falei, mas ninguém quis me escutar... Bom, na verdade ninguém te escutou porque isso é um pensamento, mas... - NÃO QUERO PERDER TODAS AS MINHAS LEMBRANÇAS, NÃO QUERO PERDER MINHA VIDA, VOCÊ NÃO VAI TIRÁ-LAS DE MIM, ! - berrei e saí correndo a esmo, chorando. Tropecei e fiquei no chão, chorando. Senti que me alcançou e me segurava.
- se acalma, relaxa, ninguém vai tirar suas memórias, eu não vou fazer isso, como poderia?! - ele tentava entender.
- Você vai ligar para o hospício, eles vão me internar, vão abrir minha cabeça, remover minha memória e ver todos os meus pensamentos, vão ver minhas lembranças e não vão me devolver - disse baixinho. tinha me abraçado e eu estava chorando descontroladamente nos braços dele. Eu estava ajoelhada na grama, e ele estava me abraçando por trás, mas ele levantou-se um pouco e ficou de frente para mim. Ele levantou meu rosto para olhar para ele, mas eu não deixei e virei o rosto rápido. - Solta! Não me toque, ! Não me toque... - deitei na grama e fiquei chorando virada para o outro lado sem encarar ele. Não conseguia parar de chorar, hoje decididamente não é meu dia. - Eles vão ver minha memória... Eles vão ver meus pensamentos loucos... Você disse que sempre quis saber o que eu pensava, só ia ganhar se abrissem minha cabeça e tirassem meus pensamentos... Você é um complô, , e... EU NÃO QUERO, ESCUTOU? E-U N-Ã-O Q-U-E-R-O!- berrei mais forte.
- , eu...
- CALA A BOCA, ! - gritei. Nem sei por que estava agindo assim, acho que ele estava tentando me ajudar... Mas não conseguia, tudo me irritava naquele momento, eu só queria chorar e chorar por ninguém me entender. Momento emo, mas que se dane. Nem to ligando para isso mesmo. Nem eu to me entendendo. Só quero morrer, que o monitor malvado venha e me mate! - Eles vão descobrir, ... Eles vão descobrir... Se tirarem minha memória e examinarem, eles vão descobrir... - repeti baixinho.
- Descobrir o que, ? - ele tentava me virar, mas eu não deixava. Eu já estava com o rosto encharcado de lágrimas e sujo de terra.
- Descobrir que eu te amo... Eles vão descobrir que eu te amo e falar para você, você vai espalhar para todo mundo e todo mundo vai espalhar para o resto do mundo que não tá sabendo e aí sim o mundo todo vai ficar sabendo... E vão me zoar, e eu odeio ser zoada, eu... O mundo vai ficar... Vai ficar sabendo que eu te amo, ... Desde o momento em que você deitou do meu lado para conversar comigo no dia da guerra de tinta... - Ok, tudo a ver com minha crise existencial, né? Nem me toquei que eu já estava falando para ele isso, não precisaria dos médicos para espalhar. Mas ele vai espalhar para todo mundo mesmo, ele é um idiota, como todos os outros. Eu não estava entendendo o motivo de eu dar aquele ataque, só sei que eu não conseguia parar, eu tinha que soltar tudo que estava acontecendo nesses dias, e essa tinha sido a forma que eu encontrei para fazer isso. Eu acho. Bom, essa foi a explicação mais decente que passou pela minha cabeça.
- Você... Você me ama? - ele perguntou de olhos esbugalhados. Eu finalmente olhei para ele nos olhos, mas nem estava enxergando direito, porque já tinha chorado tanto que meus olhos estavam vermelhos e inchados. olhou para mim, deu um sorriso fraco e limpou (ou tentou limpar) meu rosto.
- Amo. Mais do que ninguém nesse mundo, mas você é lindo, perfeito, deve ter milhares daquelas garotas putas, lindas e gostosas com quem você pode transar, casar e ter filhos e sei lá mais o quê, aos seus pés para escolher nunca escolheria eu feia, gorda e louca. Você acha que eu sou louca vai mandar me internarem... - Eu não fiz nenhuma pausa para respirar na frase, virei de novo e chorei cada vez mais me agarrando a grama, dessa vez enfiando a cara toda na grama.
- não, não qu... - eu comecei a apertar meu braço com as unhas (que não são pequenas) e começou a doer, não queria parar, eu queria sofrer, não escutava uma palavra do que estava dizendo, eu só queria morrer, morrer sofrendo muito, porque todos achavam que eu era louca por ouvir vozes, sentir o quarto rodar, tudo ficar escuro, ver aquele cadáver caindo em cima de mim no quiosque, aquele cadáver pálido gelado, aquele garoto acabado... O sumiço da e do ... Meu braço começou a sangrar por causa das minhas unhas e tentou soltá-las. Finalmente o escutei.
- , não faz isso, você está se torturando a toa! Você não precisa se torturar assim, Pequena. - então virei e vi James me olhando. Chacoalhei a cabeça com tudo e empurrei ele virando de novo e recomeçando o escândalo. voltou, e virou meu rosto, me forçando olhar para ele.
- , , me escuta! Eu não vou fazer isso, nunca faria com você, nunca ligaria para um hospício, nunca deixaria eles encostassem um dedo em você, você não é louca, já disse que não te acho louca, eu acredito em você!
- MENTIROSO! NÃO É VERDADE, VOCÊ NÃO ACREDITOU EM MIM QUANDO EU TE CONTEI O QUE ACONTECEU COMIGO HÁ POUCOS MINUTOS! - dei um tapa [que fez um barulho super alto, deve ter doído] nele e ele se afastou um pouco, mas voltou, falando mais calmo e mais baixo, o que foi me acalmando aos poucos. Eu nem sabia do que ele estava falando, eu não ouvia nada. Uma explicação passou e foi analisada na minha cabeça, a única.
- Poucos minutos? , você ficou sumida por umas 2 horas antes de vir me falar aquilo, eu contei no relógio, porque eu tava sentindo sua falta, e agora já faz uns 20 minutos que você ta dando esse chilique, e eu ainda to boiando aqui não entendi nada desde que você gritou algo sobre a sua memória, mas não vou fazer nada com você! Não vou, , eu te prometo! Não vou deixar eles te chamarem de louca, não vou deixar nada, nada acontecer com você! - eu já estava mais calma. Já chorava mais baixo, mas com a mesma intensidade de antes, e deixava ele fazer carinho no meu cabelo. Eu tremia feito louca e não via a cara dele. - Eu prometo. - ele disse baixinho no meu ouvido. Eu já estava suja feito uma porca, daquelas verdes que cruzariam com elefantes cor-de-rosa e teriam... Ah, do quê eu to falando! Meus braços sangravam por causa dos machucados e minha cabeça rodava. Eu fiquei de quatro e vomitei. Vomitei e senti levantar e sair correndo. Ótimo, me abandona mesmo! Eu nem estou precisando de ajuda aqui mesmo! Deitei (fiz questão de desviar do vômito, pra isso eu tinha força) e recomecei a chorar, sozinha na grama. A última coisa que eu vi, antes de desmaiar, foi chegar correndo com um monitor.
Capítulo 5.
Senti minha consciência voltar, mas ainda não conseguia abrir os olhos. Escutei vozes distantes e tentei escutar o que diziam, porque pareciam estar perto. Confuso... Eu estava toda dolorida, não sentia meus braços, minha cabeça ia explodir. Tentei me lembrar do que acontecera, mas só conseguia lembrar que eu estava desequilibrada, xingando o , dizendo coisas sem nexo, e lembro que havia porcos cor de rosas e elefantes verdes ou algo assim no meio...
- Então ela disse que eu era mentiroso, que eu não tinha acreditado quando ela me contou aquilo, e ela tinha perdido o senso do tempo, porque achava que tinha acontecido há poucos minutos, sendo que ela estava fazendo o escândalo há quase meia hora! - contava alguma coisa, provavelmente do que aconteceu, e me senti envergonhada. Não acredito que falei aquelas coisas para o , ele sempre me ajudou, desde que eu fiquei com o cabelo azul, e em troca eu chamo ele de mentiroso, devo ter berrado mais um monte de coisas. , o garoto que eu amo, que não sai da minha cabeça... O que será que eu fiz? Abri os olhos com dificuldade e olhei em volta. estava de costas para mim, e o médico olhava atento para ele. Fechei os olhos de novo. Nem vi onde eu estava.
- E o que seria o que ela te contou? - o médico perguntou. falaria, me mandariam para um hospício, que na verdade é uma prisão, por ter ouvido aquilo. Ele era como os outros meninos, todos uns bestas, idiotas, que merecem morrer... O único que devia ficar vivo é o Teddy Geiger, para continuar a raça humana melhor. Seria melhor que o mundo acabasse, só ficasse ele e... Avril Lavigne, para povoar o mundo e construir um mundo melhor, cheio de música e alegria... Escutei a resposta do com uma dor no coração.
- Isso eu não posso falar. Prometi para à e vou cumprir! - , muito obrigada! Abri os olhos de novo e o médico estava concordando com a cabeça. Ele olhou para mim e sorriu.
- Vejo que nossa paciente acordou! - virou-se rápido e deu um sorriso fraco. Eu baixei os olhos. - Sr. , pode dar-nos licença? Depois o senhor pode falar com ela. - concordou com a cabeça e saiu do quarto. Nãããão, não me deixee aqui [drama de novelinha mexicana!]. Olhei meio brava para o monitor.
- Aahnn... Como está se sentindo? – mal, muito mal, não sei se você reparou, mas ontem eu praticamente me desidratei de tanto chorar, eu to me borrando de medo nesse acampamento por causa das coisas estranhas que acontecem aqui, e to morrendo de dor de cabeça, dor no braço por ter me furado com as minhas unhas. Mas fora isso to bem. Fiz um sinal de mais ou menos com a cabeça. - Huuum... Você precisa cortar as unhas, sabia? - eu ri. Dei de ombros e fiquei observando os machucados no meu braço. Ele fez mais umas perguntinhas irritantes e FINALMENTE saiu da sala deixando entrar. Nesse momento me arrependi de ter esperado entrar. Nunca fui boa com desculpas, e era tudo o que eu devia para ele (sem contar umas 3 vidas...). Ele entrou e sentou no canto da minha cama. Eu baixei os olhos e ficamos em silêncio. Ele segurou a minha mão e ficou acariciando as costas dela com o polegar. Eu sabia que ele olhava pra mim. De repente tudo voltou à minha memória (eles não tinham tirado ela, yes! Oba, ainda to com a minha memória, não arrancaram ela para escrever um livro sobre delinquencias que os adolescentes pensam... Ignore). Ah não. Não, não, não, não. Eu NÃO posso ter falado que eu o amo, ele ficou sabendo! MEU DEUS, o que eu faço agora?!?!? Droga, nunca mais vou conseguir encarar ele de novo. Deixei escapar uma lágrima. Incrível como eu ainda tenho capacidade de chorar, acho que depois dessa vou morrer desidratada. segurou meu rosto e levantou, me fazendo olhar para ele. Ele me olhava com um meio sorriso, aqueles olhos azuis me fitando com algum sentimento que eu não conseguia entender. Nunca fui boa em leitura de olhar...
- Que horas são? - minha voz saiu fraca. soltou meu rosto e olhou no relógio que ele trazia no pulso. Ele ainda segurava a minha mão, e eu apertei um pouco, fechando mais. Ele desviou os olhos por um breve instante para a mão e deu um sorrisinho, e respondeu.
- Oito horas...Você não ficou desacordada por muito tempo... Achei que você ia ficar por pelo menos um dia, você parecia cansada. - ele suspirou e passou a mão no meu rosto, limpando as lágrimas que teimavam em cair. Ele sentou mais perto. - passou aqui, disse que ele faz a atividade de hoje a noite sem a gente, o monitor deixou.
- Sem a gente? - não entendi. E ele?
- É, eu vou passar a noite com você, prometi que não deixaria nada te acontecer, e vou cumprir minha promessa, . - engoli fundo e eu disse baixinho:
- Desculpa, ... - e abracei ele, da posição que estava mesmo, toda torta, mas eu precisava abraçar ele. Ele passou os braços pela minha cintura e sussurrou baixinho no meu ouvido:
- Desculpar pelo quê?
- Pelas coisas que disse mais cedo, eu estava mal, não estava pensando, tudo o que eu falei eu não queria falar, me desculpa por ter te xingado! Por favo,r ... Me desculpa... - o soltei e me afundei de novo nos travesseiros gigantes da enfermaria, chorando mais. Ele se inclinou e deu um beijo no canto da minha boca.
- , você tá desculpada desde que você disse... Disse que... - ele encalhou nessa parte e baixou os olhos. Provavelmente estaria se referindo quando eu disse que amava ele. É, eu já falei que eu leio mentes.
- Desde o momento que eu disse que te amo - completei. Ele levantou a cabeça e eu dei um sorriso. - Que bom... Não queria amar alguém que me odiasse por dizer coisas horríveis e sem nexo... - ele deu um super sorriso.
- Eu nunca te odiaria... Quer dizer, depende da situação, né? - eu ri e ele deu um sorriso.
- Obrigada por ficar comigo, ... - fechei os olhos. se aproximou mais e me deu um selinho demorado. Foi só um selinho, mas beeem demorado, e eu enrolei meus dedos na nuca dele, e ele pôs os polegares no meu rosto. Eu abri os olhos e decidi perguntar.
- , você realmente não me acha louca? - ele negou. - De verdade? - ele confirmou. Eu sorri. - Não sei como você acredita em mim... Qualquer um me chamaria d... Faria tudo aquilo que eu já te contei... - rimos.
- Eu acredito em você, , porque também aconteceu comigo... - arregalei os olhos. Como? Eu ouvi direito? Ele riu da minha cara (provavelmente) e explicou. - Antes da gente ir à piscina, eu tava te esperando, enquanto você tava no banheiro. Eu tava sentado na cama, e fui pegar uma coisa mais no fundo da cama, - suspeito... - fechei a cortina, porque ouvi alguém se aproximando, sei lá, achei que era o e decidi dar um susto. - que bonitinho... Tinha que ser menino... Às vezes me dá vontade de ser lésbica! Não, mentira, melhor procurar um convento. Vou vira freira. Uhules! Que chato. - Eu abri a cortina devagarzinho e vi que era o zelador aí do acampamento, e ele começou a remexer nas coisas do e falar umas coisas em uma língua esquisita, o quarto ficou escuro e começou a rodar, eu me senti zonzo e achei que ia desmaiar, só que teve um barulho lá fora e ele foi ver, então acho que o 'ritual' - ele fez aquele sinal de aspas com as mãos, coisa mais gay. Só menina e gay faz isso. E se ele for gay eu mato ele, um puta desperdício, alguém com tanta gostosura ser gay! Mas voltemos - não se completou, porque tava tudo do jeito de antes, e você me contou que as camas estavam arrumadas, e as coisas dos dois tinham sumido quando aconteceu com você! Depois eu saí correndo para ver aonde ele tinha ido, mas ele desapareceu. Depois eu esqueci de você, porque eu tava pensando em tudo que aconteceu esses dias, sabe? Por isso que eu nem te esperei. Quando você chegou eu tava indo te ver, porque você tava demorando muito, aí a gente se encontrou, e você disse aquilo daquelas garotas. Sabe, me arrependi de não ter ido atrás de você... Aquelas garotas ficavam vindo, falando para entrarmos na água etc e tal... - eu ri.
- O que você queria, ? Elas são bitches, nasceram fazendo isso, aliás, não duvido que nasceram disso. - ele gargalhou e eu, acabamos rindo os dois, até a enfermeira chegar.
- Senhorita , você precisa descansar! - merda, deixa eu ficar com o meu ! Ele se levantou.
- Aonde você vai? - perguntei. Ele deu um sorriso e respondeu:
- Eu vou dormir num quarto separado, aqui do lado, não aqui. - ele soltou minha mão. E eu concordei. Boba, por que não dá escândalo de novela mexicana, implora para ele ficar? Primeiro, você, digo, eu, não é... Sou! Mexicana. Segundo, porque ele se inclinou e deu um beijo na minha bochecha, e saiu logo em seguida, sem deixar eu falar mais nada.
Capítulo 5,7. Uma parte por , porque o capítulo ainda não acabou, e precisa descansar! [nada a vê] Também não sei que nome dar para essa continuação! Talvez "Memory Lane do "
Acordei com aquela luz do sol maldita. O pior é que as paredes da enfermaria são brancas, iluminando mais e mais. Fiquei olhando para o teto, lembrando pela milésima vez das coisas que estão acontecendo. O pior é que a é a que mais sofre com tudo isso... Ela que sentiu o cadáver daquele garoto acabado morto, podre, fedido e gelado cair em cima dela, ela que foi seguida por uma sombra negra que fez ela desmaiar, ela que deu aquele ataque. Não vou dizer que na hora não senti medo, porque estaria mentindo. Estava com medo que tivessem drogado ela, que tivessem feito sei lá o que, teve horas que ela berrava comigo que eu morria de medo dela tirar uma arma do bolso, mirar na minha cabeça e atirar, em pleno acampamento. Okay, isso foi besta. Eu realmente queria saber o que ela tanto pensa. Sempre a vejo com o olhar vago, brisando. Mas quando ela disse que me amava... Ela disse de uma forma tola, tipo...
Flashback
- CALA A BOCA, ! - ela gritou, e eu levei um susto. Ela chorava demais, eu não sabia o que fazer. - Eles vão descobrir, ... Eles vão descobrir... Se tirarem minha memória e examinarem, eles vão descobrir... - ela começou a repetir baixinho.
- Descobrir o que, ? - eu tentava virá-la, mas ela não deixava, o rosto dela já estava muito sujo de lágrimas e terra. Porra, dá pra explicar melhor? Eu não sei do que você tá falando menina, você gritou do nada e agora dá esse showzinho! Ai de ti se eu não te amasse!
- Descobrir que eu te amo... Eles vão descobrir que eu te amo e falar para você, você vai espalhar para todo mundo e todo mundo vai espalhar para o resto do mundo que não tá sabendo e aí sim o mundo todo vai ficar sabendo... E vão me zoar, e eu odeio ser zoada, eu... O mundo vai ficar... Vai ficar sabendo que eu te amo, ... Desde o momento em que você deitou do meu lado para conversar comigo no dia da guerra de tinta...
End Flashback
Ri baixinho lembrando disso. Ela estava mal... Mas, de qualquer jeito, escutar da garota que você está completamente apaixonado, desde o primeiro momento que a viu, na escola (não foi nem aqui), "Eu Te Amo", mesmo de uma forma bizarra, é uma coisa boa de escutar, não é todo dia. Mas eu lembro daquele encontro como se fosse hoje.
Flashback
Seis meses atrás... (N/A: aqui está no presente, nunca sei escrever flashback direito fikdik, está como se eles estivessem no presente!!)
Eu, , e estávamos sentados assistindo ao jogo de futebol. Nada interessante. Nem as lideres de torcida gostosas estavam tão gostosas. Eu tinha acabado de romper com a minha namorada, a Jennifer, aquela vaca, que já está se pegando com o Corey, enquanto eu fico guardando mágoas daquela putinha. Nosso namoro durou duas semanas, mas assim, ela é a garota mais popular do 3º B (também, nem conheço as do A, a gente nunca se encontra, e se encontra nunca se fala...) e já tinha ficado com praticamente todos os caras da classe, e eu sabia disso, mas mesmo assim fui lá e 'namorei' ela. Desisti de assistir ao jogo, ou melhor, o Corey comendo a Jennifer, porque do jeito que eles estavam, nem dava para duvidar que eles estivessem mesmo... Sabe? Fazendo filhinhos... E isso tirava toda a minha atenção do jogo. Dei uma desculpa qualquer e fui passear pelo pátio vazio da escola. Quer dizer, eu achei que estava vazio, mas escutei uns instrumentos na sala de música, principalmente um piano. Comecei a prestar atenção na música e percebi que tinha acabado de começar. É "When You're Gone", da Avril Lavigne. Dude, o que a Avril Lavigne tá fazendo aqui nessa porcaria de escola?!!? É ela com certeza, a voz é igualzinha! Começou um violão, uma bateria depois de um tempo e eu só escutando. Uma segunda voz entrou. Decidi abrir a porta e pedir um autógrafo, não ia desperdiçar essa oportunidade, porque, afinal, eu gosto de Avril Lavigne. A música é bem legal, é minha cantora preferida. Claro que todo mundo acha que eu só curto Blink-182, que é muito mais de macho, mas Avril é demais. Segredo. Abri a porta e não a encontrei, mas uma garota que eu nunca tinha reparado antes. A voz dela é perfeita, igualzinha a da Avril e eu fiquei parado escutando ela cantar e tocar o piano. Reparei que não tinha mais ninguém na sala, só um rádio. Ahhn, então ela não estava cantando... Essa garota é uma farsa! Mas acabou essa música e começou outra e só tinha o playback, sem piano, e que ela devia mesmo estar cantando e tocando. Ela virou-se para mim e ficou muito vermelha e abria e fechava a boca sem parar, então acabei fechando a porta e saí correndo para contar para os outros o que aconteceu. Mas eu preferi não falar nada. Nunca mais a vi, quer dizer, nunca mais reparei nela, mas ela não saiu do meu pensamento desde aquele dia. Toda hora me pego pensando nela, na voz dela, em como ela tocava piano e na expressão quando olhou para mim...
End Flashback
Bizarro, né? Quem diria que ela falaria que me ama depois de uma dessas? Ri. Melhor eu levantar, ver como está ela. Apostava que ela estaria lá, e quando eu chegasse, ela gritaria ", eu tava te esperando para me levar embora desse inferno na sua Ferrari Conversível com motor de 700 cavalos roxa com bolinhas amarelas!" Okay, eu não tenho uma Ferrari roxa com bolinhas amarelas, até porque eu nem carro tenho. Não tenho grana nem para faculdade, vou ter para uma Ferrari Conversível com motor de 700 cavalos?! Tá, voltando, cheguei no quarto e não tinha ninguém. Okay, eu devo ter me enganado de quarto. Enganado como, energúmeno? Só tem um quarto nessa enfermaria dos infernos! Saí correndo, eu devia ter perguntado para uma enfermeira aonde ela teria ido. Procurei no quarto, não estava. Quadra de vôlei? Nop. Caralho, cadê a menina? Nisso vi que todo mundo estava reunido numa roda em volta de alguém. Fui para lá e prestei atenção na conversa, mas procurando com os olhos.
- ...que alguns de seus colegas sumiram, mas não se preocupem com isso. Eles não sumiram, apenas decidiram desistir dessa viagem programada. Uns por doenças, outros por medo (o que realmente não faz sentido) e outros porque quiseram. - aham, eu acredito em você seu filho da puta, o que você fez com a minha garota? Os outros que se danem, eu só quero saber da . Doença... Até parece... Medo ainda vai, mas doença e 'porque quiseram' não cola. Primeiro, TODO mundo ficar doente assim, do nada, nada suspeito. Segundo, essa era a excursão mais esperada do ano, ninguém ia desistir porque queria. Todos se dispersaram e eu continuei procurando a . Depois de uns 15 minutos, achei. Mas preferia não ter achado. Ela estava beijando o Corey (aquele fíodaputa que estava fazendo filhinhos com a Jennifer quando eu terminei com ela) e tava super colada a ele. Isso de novo não. Ela estava com uma perna levantada, com o joelho na barriga dele, as mãos apertando os ombros dele e ele devia beijar mal, porque ela fazia umas caretas, mas eles continuavam. Eles se soltaram e se afastou dele, mas ainda olhando para ele. Nem tinha reparado em mim, parado feito um tonto, olhando a cena, boquiaberto. Ela virou-se para ir embora e me viu. Dessa vez foi ela que ficou parada olhando para mim, com a boca aberta. Balancei a cabeça.
- E eu que acreditei em você quando disse aquilo... Você estava desequilibrada mesmo. - virei as costas para ela e sai chutando o chão.
Capítulo 6.
Não acredito que pensou que eu e o Corey... ECA, ECA, ECA! Nunca, eu não acabei de dizer que amo ele? Meu Deus, meninos são tão estúpidos! Eu saí antes da enfermaria porque estavam chamando todo mundo, e pra ser sincera, não acredito no monitor. Até parece. Eu sei a verdade. Quer dizer, eu imagino a verdade. Eles devem ser monitores-ET’s que abduziram (óia, consegui!!) nossos amigos e trancaram num porão úmido, escuro e sombrio que... P-P-PERAÊ! PÁRA TUDO! Escuro e sombrio não é a mesma coisa? Whatever, num porão mofado e eles devem estar morrendo de fome e sede, e os monitores-vampiros vão chupar o sangue deles toda a noite, até eles terem a transformação completa, porque como eles não recebem a luz do luar, eles não se transformam de uma vez. Aí vão soltar nossos amigos para chuparem o nosso sangue, só que a nossa transformação vai ser mais rápida, porque eles não precisam manter segredo, nem precisamos ir num porão fechado. Aí eles vão criar um exército de vampiros-zumbis que vão atacar a cidade para aumentar o exército e... Bom, não sei o que fariam com um exército de zumbis. Mas talvez com apenas alguns vampiros-zumbis eles formassem a banda NAÇÃO ZUMBI aqui em Londres, porque aquela do Brasil já deve estar falida (N/A:Se você gosta, saiba que isso é só uma piada. Nada contra quem gosta). É, a enfermeira me curou mesmo. Eu acho que vou abrir uma loja de adubo, de tanta merda que sai da minha cabeça. Acoooorda, ! Misturei um monte de bichos assustadores, não tem nexo nenhum o que eu falei. E cavei fundo dessa vez, para achar NAÇÃO ZUMBI. Aliás, por que diabos chama "Nação Zumbi"? Nome mais sem graça. Voltando ao meu problema, quando saí da reunião, Corey veio e falou que soube o que tinha acontecido, que sentia muito e blablabla. Quando ia responder, para ele comer merda (talvez a que sai da minha cabeça), ele me beijou. E, bom, eu não queria beijar ele! Levantei minha perna e tentei empurrar ele com a perna, mas o moleque não desgrudava. Comecei a apertar com força o ombro dele, com minhas micro unhas, e tentar morder a língua dele, mas não funcionava. Até que finalmente consegui morder a língua dele e ele me soltou. Afastei-me dele e vi olhando para mim. Fiquei estática, né? Acabei de falar pro menino que eu o amo, chego e vou beija outro. Quer dizer, eu não queria beijar o Corey, eu queria era bater nele. falou alguma coisa, virou e saiu andando. Dei um tapa no Corey e saí atrás.
- ... , peraê! , vai mais devagar, cacete! - ele já estava quase correndo. O alcancei e segurei o braço dele. Ele virou meio devagar, e meio olhando para cima tipo "o que você quer, sua filha de uma égua, traidora desgraçada" e eu... Bom. Eu não sabia o que fazer, foi a primeira coisa que me veio na cabeça... Quando ele virou eu nem esperei ele abrir a boca. Inclinei-me um pouco e o beijei. Ele ficou meio estático, meu, era só um selinho! Ele segurou minha cintura e passou a língua pelos meus lábios, e eu abri a boca, dando passagem para a língua dele. O beijo dele era boom... Muuuito melhor do que eu imaginava. E olha que eu imaginei bastante. Ele segurava minha cintura e eu fazia carinho no cabelo dele com a mão esquerda e com a direita acariciava o rosto dele. Ele subiu a mão e passou o polegar pela minha bochecha. Eu quebrei o beijo, porque já estava ficando sem fôlego, mas deixei nossas testas encostadas. Ele ainda estava de olhos fechados, e eu fechei os meus.
- Vai deixar eu me explicar ou vai sair correndo? - perguntei. Ele deu ombros e eu beijei ele de novo. Nhá, gostei né, fazer o quê? Tudo que é bom tem que durar muito. Nem sei por que inventaram a maldita frase "Tudo que é bom dura pouco". Nada vê, tudo que é bom devia durar para sempre, é ou não é? Não é, porque senão seria uma chatice. quebrou o beijo e eu comecei a explicar. Nós fomos andando (de mãos dadas, devo acrescentar) e chegamos no quarto. Naquele ponto eu já tinha contado TUDO para o e ele já tinha me perdoado, agora a gente falava de qualquer besteira. Sentei na cama e percebi que as coisas do e do tinham sumido.
- Ah não. - disse baixinho. estava sentado do meu lado, dando beijos no meu pescoço, provavelmente esperando que eu correspondesse e fizesse um mini com ele. Tudo bem, eu não recusaria isso para ele, mas não agora.
- Que foi? - ele perguntou baixinho no meu ouvido. Depois deu um beijo atrás da orelha que me arrepiou toda. Apontei para a cama dos dois e ele olhou. – Ah, caramba... Você acha qu...? - concordei com a cabeça. James entrou no quarto.
- GRAÇAS A DEUS VOCÊS ESTÃO BEM! - ele disse e sentou na cama, segurando a cabeça com as mãos. Troquei um olhar com , que fez um aceno mínimo com a cabeça. Sentei do lado do James e passei o braço pelo ombro dele, como ele costumava fazer comigo. Eu já até esqueci que estou brigada com ele. Ele estava bem mal. Estava pálido, com olheiras e o cabelo gambázinho, normalmente bem arrumado, totalmente bagunçado. Arrumei alguns fios e disse alguma coisa e saiu, sem antes olhar para mim. Dei um sorriso para ele e voltei a atenção para Jimmy.
- O que houve, Jimmy? - ele deu uma risada meio sem graça e olhou para mim. Ok, eu não entendi a graça, mas ele não tava bem, né?
- Você me chamou de Jimmy. - dei de ombros e um beijo na bochecha dele.
- Me desculpa? - pedi baixinho.
- Pelo quê, Pequena?
- Por ter arruinado nossa amizade durante esses dias, por causa de uma coisa besta... - ele riu e negou com a cabeça.
- Não era uma coisa besta, . Eu agi como um tonto, devia ter pedido desculpas de cara, não ter ficado rindo de você. - verdade - Mas é que foi tão... Inesperado... Era para acertar a Jane... Aí eu me admirei com a minha vesguice e ri...
- Aaaahhn então você também admite que é vesgo! Volta para a luz, o menino tá sofrendo e você zoando ele!
-Tudo bem... Já passou. - já mesmo, eu já devia ter voltado a falar com ele faz tempo. Jimmy sempre foi meu melhor amigo, até nesses dias que eu fiquei mais com o . Foi nesses dias que eu percebi isso. Eu sentia muito a falta dele. Será que eu to... Apaixonada pelo Jimmy? Não, qualé, eu to louca pelo ! Meu Deus, que confusão! - James... O que houve? - eu suo curiosa, falaê.
- Essa noite, que você sumiu... Eu, o e o decidimos que, em vez de nos juntarmos, irmos separados. A tarefa era basicamente a mesma, só que com mais objetos. Dessa vez, chegou em segundo, eu cheguei logo depois dele. Quem chegou em primeiro foi um outro trio lá... - nada importante, okay. - Depois disso... Depois disso... - ele engoliu e eu dei um aperto fraco nele. Ele olhou para mim, e eu tentei sorrir. Ele deu um sorriso fraco e passou o polegar na minha bochecha. Respirou fundo e continuou. - foi ficando pálido, e disse que ia passar na enfermaria, para ver como você estava, e ia aproveitar para ver se tinha alguma coisa errada com ele. Aliás, o que aconteceu com você que eu, seu melhor amigo oficial, ou assim penso eu, não fiquei sabendo? - ele interrompeu e perguntou. Droga, eu conto depois energúmeno!
- Te conto quando você acabar, é uma longa história. - nem me fale. Vou ter que tirar umas partes... Ele concordou.
- Bom, uns 5 segundos depois que sumiu, escutei uns gritos vindos daquela direção, mas não pareciam gritos normais. Eram gritos assustadores, e eu saí correndo para o quarto, ver se o ou o estavam lá. Nenhum dos dois estavam, e vocês também não... Virei para a porta e levei o maior susto da minha vida. - nessa hora eu tremi imaginando o que seria tão assustador. Um monitor-vampiro, um monitor-ET, um vampiro original, não um monitor falso, um ET original, um lobisomem, a Loira do Banheiro, a Murta-que-Geme, o Edward Cullen (esse não seria assustador, seria lindão e gostoso díliça!*-*), o Pé Grande, o Boitatá, a Iara, a Mula-sem-cabeça, a minha irmã... Okay, esses são meio impossíveis, mas vindo de mim não surpreende muito, né? - Parada no meio da porta, estava a e...
- Você se assustou com a ? - caí na risada. A , assustando alguém? Ela é linda, gostosa, todo mundo baba por ela, como alguém ia se assustar? Jimmy me olhou sério e eu diminui a risada.
- Se você tivesse visto ela, teria se assustado também. - parei. Me conta então né, já que eu não vi... energúmeno... Adoro essa palavra! Ninguém sabe o que significa, mas ninguém gosta de ser chamado. Tudo bem que para mim, todo mundo é um energúmeno, até eu mesma. Foco, vamos lá. Não siga a luz, respira fundo, conta até 10... - ela estava pálida, com olheiras.
- Piores que as suas? - deixei escapar. Ele me olhou com uma cara estranha e continuou.
- Provavelmente. Olheiras enormes, magra e com os cabelos lisos jogados na frente do rosto. Então ela apontou para mim e...
- Que nem em 'O CHAMADO'?!- gritei. Ele levou um susto e se afastou um pouco de mim, bravo.
- Vai dar para eu acabar, porra?! - ele disse pra mim. Murmurei um ‘desculpe’ e baixei os olhos. Ouvi ele suspirar fundo - Depois disso ficou tudo escuro, começou a rodar, achei que ia sufocar, e nesse meio tempo não consegui parar de pensar onde você estaria, se estaria bem. Do nada tinha alguma coisa apertando minha garganta com uma força extrema, e quando eu senti que ia sufocar, só pensei que se eu não tivesse cometido aqueles erros com você, eu poderia ao menos ter te contado a verdade, você teria me perdoado, e eu estaria morrendo em paz... - deixei cair uma lágrima. Segurei a mão dele e ele olhou com aqueles olhos verdes para mim. - Então, tão rápido quanto apareceu, aquilo que apertava minha garganta soltou, e eu fiquei no chão. Acordei já era claro, mas eu tive uns pesadelos estranhos a noite toda. Cheguei lá fora e tava todo mundo espalhado, aí decidi voltar para cá descansar um pouco e encontrei vocês... Você tá ficando com o ? - eu não estava pensando direito nisso, pensava no que ele acabava de dizer. Quando ele disse 'morrer em paz' foi tão estranho. Parece aqueles filmes mega chatos e mega trágicos, que todo mundo fala 'morra em paz'... Peraê, não é 'descanse em paz'?! Whatever.
- A verdade? Que verdade? - ele ficou vermelho. - Ah, sim, quanto ao , não sei direito, porque ele me ajudou todo esse tempo. - e contei para ele o que rolou, até a parte que eu disse que amava o . Jimmy ouviu tudo em silêncio, e quando eu terminei, ele deu um sorriso. Por que diabos ele está sorrindo?! Ele deve ter lido a minha mente, porque respondeu:
- Você voltou a confiar em mim...
- Nunca deixei, Jimmy. - verdade. Ele sorriu de novo. - Mas qual verdade, que você disse lá? - ele ficou vermelho de novo. Duas coradas, para a mesma pergunta só resulta em uma coisa: ele me ama.
- É que... Sabe... Eu... - ele se enrolava todo. Eu ri e dei um beijo na bochecha, mas mais no canto da boca dele e ele arregalou os olhos.
- Descansa, Jimmy, você tá cansado! Depois eu venho ver como você ta, ta bem? - ele concordou e eu beijei a bochecha dele de novo, deixando minha boca perto do ouvido dele, dizendo baixinho. - Só não desaparece também, senão vou ficar muito triste... Preciso de você aqui... - e saí do quarto, deixando ele com um sorriso bobo. Encontrei logo depois, e contei tudo para ele.
- A aparição da naquele estado prova que minha tese de que os caras estão seqüestrando nossos amigos para montar um exército de vampiros-zumbis ou uma Nação Zumbi londrina está certa! - gritei de felicidade. Finalmente pensei algo útil na minha vida. Ta, sem exageros. Eu consegui chegar até o 3º, não consegui? Colando, mas consegui! me olhou com as sobrancelhas arqueadas. Toquei-me. Droga, tinha sido um pensamento, não uma tese, mas que prova que tá certo prova!!
- , do que você está falando? - ele perguntou rindo. Estávamos voltando para ver James, ver se tava tudo bem.
- Ahn, daquelas besteiras que vem na minha mente do nada... Eu tinha pensado que... - expliquei todo meu pensamento maluco para ele, e quando chegamos no quarto estávamos vermelhos de tanto rir. Jimmy estava sentado na cama, e quando entramos rindo ele deu um sorriso. Puxa, ele melhorou bastante. Um descansinho e pronto!
- Do que vocês estão rindo, que estão até vermelhos? - Eu e trocamos olhares e caímos na risada de novo. Jimmy balançava a cabeça negativamente, rindo também. Eu contei pra ele tudo de novo e no fim estávamos rindo muito. Eu deitei do lado do James depois de um tempo.
- E aí, tá melhor?
- Estou com uma aparência melhor? - ele respondeu com uma pergunta. Odeio quando as pessoas fazem isso. Me deixam confusa, não tenho cérebro para tanto. Já estava escurecendo. Eu concordei com a cabeça, porque era verdade. Ele já estava mais corado de novo (deve ter sido de tanto rir. Pra isso eu sirvo, né?) e sem as olheiras. Ele sorriu. - É... Eu to me sentindo melhor...
olhava com uma cara estranha, acho que ciúmes, mas tipo, ele sabe que meu coração pertence a ele. Nossa, que besta isso. Reformulando... Ele sabe que eu o amo, e não o Jimmy. Jimmy é meu best friend, mas não me salvou nenhuma vez, enquanto , eu conhecia a pouquíssimo tempo já me salvou umas 3... Sei lá, perdi a conta já. Rimou! Parei. Embora eu tenha certeza que já o vi em outro lugar. Na escola, tá dãããr. To falando que na escola nunca reparei nele, pra mim ele era novo, mas eu já o vi assim, destacado da multidão em algum lugar. Perguntei, já que os dois estavam me olhando com uma cara estranha.
- Falaram alguma coisa? - (N/A: ahhn acharam que ia perguntar da onde ela conhecia ele né? Não acharam, whatever. Ignore) eles negaram. - Beleza, não perdi nada! - acrescentei rindo. Ouvimos o apito que chamava todos para o refeitório. Trocamos olhares e nos dirigimos para lá. Já é de noite, hora da terceira tarefa.
Capítulo 7.
Eu estava com medo da terceira tarefa. Quem iria sumir agora, , eu, ou James? Combinamos que iríamos juntos, porque alguém ia desaparecer, e observaríamos como acontecia para tentar ajudar. Eu e o já estávamos praticamente namorando, e Jimmy aceitava isso, porque ele disse que gostava de mim, um pouco antes de sairmos, mas que se a gente brigasse e perdesse a amizade, seria muito pior. E eu concordo. Chegamos ao refeitório, e todos os olhares se voltaram para mim e para o (só porque a gente tava de mão dadas... Eita povo que não tem mais o que fazer) e nos sentamos trocando olhares. Ele tava corado, fico imaginando eu então! Ri baixinho.
- A terceira tarefa será um pouco mais dificil, e assustadora. - tremi e apertei a mão do . Ele retribuiu, um pouco mais fraco e me deu um beijo na bochecha. - Vocês terão que procurar 7 itens em 3 horas no máximo. Três monitores ficarão fantasiados - e ele apontou para uma porta, onde três monitores, os mais boa-pinta, estavam acenando animados fantasiados de Pânico, aquele lá do Star Wars (N/A: que eu não sei escrever o nome) e Drácula. Totalmente criativo. Eu troquei um olhar com e começamos a rir baixinho, e não éramos os únicos. Ele soltou minha mão e passou o braço pela minha cintura. - e passarão assustando vocês durante o trajeto. Vocês devem se abaixar ao avistarem um deles, ou se eles se aproximarem de vocês. Se vocês não se abaixarem, ou gritarem muito, eles vão 'pegar' vocês - várias pessoas trocaram olhares entusiasmadas. Eu me encolhi e me agarrei mais em . Bando de idiotas... nenhum percebia a verdade? Não, a verdade não é aquela besteira que os monitores-ETs prendem as pessoas, mudam para monitores-vampiros, para montar um exército de vampiros-zumbis para fazer sei lá o quê. A verdade era que mais da metade do pessoal tinha sumido, e ninguém reparava nisso? Será que eles foram hipnotizados para só se divertir e não se preocupar com nada? Bom, esse era o motivo pelo qual todos viémos, mas não era para acabar assim!! Doença, até parece. - As listas e as lanternas estão aqui. Boa sorte. - levantamos dos bancos para pegar as coisas, e quando estávamos saindo, escutamos aquelas musiquinhas dos filmes do Drácula e eu grudei no Jimmy, e ele nem conseguia andar direito.
- Porra, !! Deixa eu andar, caramba! - eu murmurei qualquer coisa e a lanterna na minha mão tremia. passou o braço pela minha cintura de novo e me grudou nele, o que me acalmou um pouco. Não deu nem 15 minutos, a gente tava chegando num brejo, eu escutei um farfalhar atrás de mim e virei.
- AAAAAAAAAAAAAAHH... - tapou minha boca e me abaixou, junto com ele e James. O monitor vestido de Pânico deu risada.
- Tão espertos, hein? É só uma brincadeira, , não precisa se assustar tanto ou ficar com medo! - ele disse. Troquei um olhar com e levantei devagar. Concordei com a cabeça e um segundo depois ele já tinha sumido, indo assustar outra pessoa.
- Que mico... Acho que eu vou ter um ataque cardíaco na próxima vez que você gritar, ! - Jimmy disse pra mim. Eu dei a língua e recomeçamos a andar. James deu uns 3 passos e tropeçou em alguma coisa, caindo de cara na lama. Eu e caimos na risada, eu tive até que sentar no chão. James limpou a cara com um pano que tinha ali perto, provavelmente para isso e iluminou o chão para ver no que tinha tropeçado. Ficamos todos brancos, e eu jurava que meu coração ia parar de bater. Me agarrei em e escondi meu rosto no peito dele. Ele me abraçou e eu não sei o que aconteceu depois. me levantou (lê-se: carregou-me) e saímos dali. Quando voltei a olhar para frente, vi que Jimmy estava com um remo. Olhei na lista e tava lá: remo. me pôs no chão e eu agradeci. Nos dirigimos a mais uns lugares e fomos encontrando os objetos. Achei estranho, porque de vez em quando escutávamos alguns gritos, mas depois do Pânico ninguém nos assustou mais. Quando faltava apenas um objeto, perguntei:
- , era o mesmo garoto do quiosque? - negou com a cabeça.
- Você não reparou quem era, ? - neguei. Os dois trocaram olhares e me disse baixinho. - Era o , . - abri a boca. Não, mas se era o , a e o ... eles... comecei a chorar e me abraçou. Ficamos parados ali, sem saber o que fazer. Sentei no chão.
- Quero ir embora, gente. Não aguento mais, quero sair daqui, esse lugar, quero esquecer tudo o que aconteceu aqui, quero ir embora! - disse e abracei meus joelhos, enterrando minha cara ali e fiquei chorando. Eles sentaram ao meu lado. Depois de um tempo, levantei meu rosto e vi que eles estavam olhando para mim. Encostei minha cabeça no . - E agora? - funguei.
- Vamos achar o último objeto, e ir direto para o quarto. Suponho que temos que tomar cuidado, para não desaparecermos, ou ficarmos como... - James não conseguiu falar o nome de . - Vocês sabem... Amanhã ligo para os meus pais e vamos embora, . Você sabe que é sempre bem-vinda em casa, e você pode vir também, . Vamos sumir daqui. - neguei com a cabeça. - Por quê?!
- Temos que descobrir o que está acontecendo aqui, Jimmy. Não posso deixar a nessa situação. Pode ser loucura, mas eu vou ficar e descobrir o que está acontecendo aqui. E não me importo se vocês quiserem ir. - mentira. Eu estava louca para que eles ficassem comigo, mas eu não ia embora sem saber o que estava acontecendo.
- Não vou te deixar sozinha aqui, . - disse. Já falei que ele é meu herói? Dei um sorriso e virei para James.
- Ok,ok eu fico, mas temos que tomar muito cuidado. - concordei e passei o braço pelo pescoço dele.
- Então vamos achar logo esse... - conferi a lista e rolei os olhos. - Sapato velho. Droga, espero que não tenha chulé! - rimos. Incrível como eu conseguia fazer todos rirem nas piores horas. Falei para irmos procurar na pracinha ali do acampamento, e senti que estávamos sendo seguidos. Parei e olhei para trás. Os dois se viraram também, enquanto eu iluminava tudo em volta para ter certeza se não havia ninguém ali. Viramos para frente e eu dei meu segundo megagrito da noite.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH! - mas dessa vez os meninos gritaram comigo. estava parada ali, apontando para gente, do jeitinho que James contou e começou a andar na nossa direção. Íamos recuando até que eu bati em alguma coisa gelada e virei devagar para ver o que era. Terceiro megagrito da noite.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHH! - Gritei e saí correndo. Não sei se me seguiram, só sei que eu entrei no quiosque e fiquei ali, arfando feito um cachorro, segurando a lanterna junto ao peito, me toquei da onde eu estava e iluminei em volta para ver se não tinha nada ali. Havia alguns objetos, e um alçapão. Escutei barulhos do lado de fora e reparei melhor nos objetos, e entre eles havia um sapato velho. Nem hesitei. Peguei o sapato e apaguei a luz da lanterna.
- , você tá aí?! - gritava batendo na porta. Corri para abrir. Mas... e se não for o ? - , você tá aí ou não?! Rápido, eles estão chegando! - decidi arriscar. Abri a porta e deu um meio sorriso. Segurei a mão dele e saímos correndo de novo para a pracinha, onde James estava sendo estrangulado pela . Arregalei os olhos e vi o remo no chão, ao lado de James. Peguei e bati com força na cabeça da -zumbi. Ela caiu no chão e James também. Ele respirava com dificuldade e eu ajoelhei do lado dele. logo chegou também.
- Jimmy! James, acorda, Jimmy! - chacoalhava ele com tudo, até que segurou minha mão.
- , ele tá bem, tá respirando! - milésimos depois, Jimmy abriu os olhos e eu abracei ele.
- Até que as coisas não eram tão inúteis como eu pensava... - disse baixinho, soltando James e ficamos os três olhando para no chão. Balancei a cabeça e segurou minha mão. Mordi o lábio. Levantei e fui olhar ela melhor. Ela realmente estava com olheiras e pálida. Tremi.
- Quanto tempo temos para entregar as coisas? - ouvi Jimmy perguntar. olhou no relógio.
- 15 minutos. Vamos rápido. - Saímos correndo e entregamos tudo.
- Parabéns, vocês foram os primeiros a entregar! Vejo que vocês estão na frente, com 178 pontos! - trocamos olhares. Primeiros, faltando apenas 15 minutos? Ou melhor, 10, pelo tempo que nós levamos para chegar lá? Suspeito.
Nos dirigimos para o quarto e senti que a temperatura ia baixando de novo, eu não conseguia respirar direito e começava a sentir tontura.
- ? - a voz de estava distante. - !!! - Senti que caia no chão e estava vendo 1 , 2 s, 3 s... Até que perdi totalmente os sentidos. Novidade.
Capítulo 8.
Acordei e vi o rosto de em cima do meu. Ele se afastou e eu sentei. Eu estava na cama, no meu quarto. James não estava por ali e estava sentado do meu lado.
- Você tá bem? - ele perguntou. Concordei com a cabeça. - James está tomando banho, já que ele tinha caído de cara na lama... - Ele deu um risinho nervoso e eu suspirei aliviada e afundei na cama.
- Então não fiquei desacordada por muito tempo? - Ele negou. Dei um sorriso e levantei devagar. Ele me amparou um pouco e depois eu fui andando até fora do quarto, para tomar ar. Ele chegou por trás de mim e me abraçou pela cintura. Virei para ele e dei um sorriso fraco. Ele me olhou fundo, como se imaginasse o que se passava na minha cabeça. Nem eu sabia, meus pensamentos estavam todos embaralhados e estava me sentindo meio tonta. Fechei os olhos e apoiei minha cabeça no peito dele, segurando sua mão.
- Eu estava preocupado com você... Você sempre desmaia assim mesmo? - Neguei com a cabeça. A primeira vez tinha sido aqui. Ele me apertou um pouco mais. - Eu prometo que vamos descobrir o que está acontecendo, , eu prometo que te ajudo em tudo o que você quiser. - Ele deu um beijo no topo da minha cabeça. James chegou, só de calça, colocando a blusa.
- Gente, eu vou para a enfermaria, minha cabeça está explodindo, vou ver se não tem nada para mim lá, qualquer coisa eu durmo lá. - Concordamos com a cabeça e eu me soltei de . Abracei James e ele hesitou um pouco antes de me abraçar também. Provavelmente olhou antes para o ver se tudo bem.
- Toma cuidado, Jimmy... - disse baixinho e dei um beijo na bochecha dele. Ele acenou para e saiu. Abracei pela cintura e ele olhou para mim.
- Você precisa se distra... - Quando ele ia terminar a frase, ouvimos gritos, que pareciam ser do James. Saímos correndo e quando chegamos à estrada, os gritos tinham diminuído, não dava para descobrir da onde vinham. Eu fiquei rodando no lugar, gritando o nome dele para todas as direções, mas ninguém me respondia. Depois de um tempo ficou tudo silencioso e eu desabei a chorar.
- Não, James, não... JAAMES - eu comecei a gritar de novo. me abraçou e eu fiquei chorando no braço dele.
- Shh, ... A gente vai descobrir, vamos descansar um pouco, você precisa se distrair. - Nisso uma lágrima escorreu do rosto dele e deixei ele me levar (lê-se: me arrastar) para o quarto de novo, onde ele limpou minhas lágrimas (depois desse acampamento eu vou morrer desidratada, fikdik) e começou a me dar beijos curtos pelo rosto. Eu não sabia o que fazer, minhas pernas fraquejavam e eu ainda chorava. me sentou na cama e eu fiquei ali encolhida e chorando. Não sei por quanto tempo eu chorei. Devo ter dormido, porque quando abri os olhos já estava clareando. dormia tranquilo do meu lado, e eu estava numa posição horrível. Levantei-me sentindo dores por todo o corpo e pela primeira vez não senti tontura. Olhei para a cama de James com um aperto no coração. Virei para e tentei acordá-lo.
- ... ... - Ele murmurou qualquer coisa e virou para o outro lado. Subi na cama e passei o braço pela cintura dele, dando beijos no rosto dele. Senti que ele acordou, mas não abriu os olhos. Passei o nariz pela bochecha dele e dei um selinho nele. - , que que a gente faz agora? – perguntei, deitando-me ao lado dele. Ele virou para mim, já com os olhos abertos. Ele deu ombros e eu fechei os olhos. segurou minha mão e começou a acariciá-la com o polegar. Respirei fundo e encostei minha testa na dele. Ele soltou minha mão e apertou minha cintura, grudando-me mais ainda a ele. Escondi meu rosto na curva do pescoço dele e comecei a acariciar a nuca dele. Então ele começou a cantar uma música para mim, baixinho, que eu não conhecia, mas eu adorei. [I'll Be Ok - McFly]
When everything's going wrong
And things are just a little strange
It's been so long now you've forgotten how to smile
And overhead the skies are clear
But it still seems to rain on you
And your only friends all have better things to do
When you're down and lost
And you need a helping hand
When you're down and lost along the way
Oh just tell yourself
I'll, I'll be ok
Things are only getting worse
And you need someone to take the blame
When your lovers has gone there's no one to share the pain
Been sleeping with the TV on
And you're lying in an empty bed
All the alcohol in the world would never help me to forget
When you're down and lost
And you need a helping hand
When you're down and lost along the way
Just try a little harder
Just try the best to make it through the day
Oh Just tell yourself,
I'll, I'll be okay
You're not alone (you're not alone)
You're not alone (you're not alone)
You're not alone
respirou fundo e eu sorri. Afastei-me um pouco e o olhei.
- Que linda... De quem é?
- Nossa. Eu, o e o que compusemos, mas eu não cantei ela inteira... Falta uns trechos ainda.
- Uau... não sabia que você escrevia músicas tão bem... - Não mesmo. Eu queria muito saber de onde eu o conhecia e acabei perguntando. - , eu já te vi em outro lugar, você lembra onde? Eu já te conhecia, antes desse acampamento... Só não sei de onde...
- Eu te vi uma vez, quando você tava na sala de música, no jogo, no comecinho desse ano, e tava cantando uma música da Avril Lavigne... - Ah c*c*t*. Olhei espantada para ele. Ele riu.
- Drogaa! Achei, ou melhor, rezava, para você ter saído da escola! Eu fiquei com tanta vergonha naquele dia! Eu não consigo cantar pra ninguém, nem pra família, e aquele jogo estava desinteressante... Aí eu fui pra sala de música e comecei a tocar aquela música, que eu amo... - expliquei. Ele me olhou sério. - Que foi?
- Ainda reza para eu ter saído da escola? - Eita pergunta besta. Rolei os olhos e respondi um "não" rápido. Ele sorriu e me beijou. Ele pôs a mão por baixo da minha blusa e acariciou minhas costas, fazendo desenhos abstratos, enquanto eu passava o polegar pelas bochechas dele. Ele virou, ficando por cima de mim e encaixou as pernas dele nas minhas, e começou a levantar a minha blusa. Depois de algum tempo, tanto ela, como a minha calça, a calça e a blusa dele já estavam no chão. Parti o beijo e desceu os beijos para o meu pescoço. Ele pôs a mão nas minhas costas e tentou abrir o fecho do sutiã, mas demorou um pouco e eu acabei rindo.
- Porra, como abre essa merda? - Eu ri mais ainda e com uma mão só abri, mandando ele longe também. sorriu e voltou a me beijar. Eu brinquei com o elástico da boxer (supersexy) dele e senti ele se arrepiar. Passei as unhas de leve pelas costas dele e ele tirou minha calcinha devagar. - Porra, dá para parar de provocar? - ele disse olhando para mim. Eu ri e neguei com a cabeça, passando a mão pelo peito nu dele e olhando aqueles olhos. Ele balançou a cabeça negativamente e antes que eu pudesse rir ele já estava me beijando de novo. Tirei a boxer dele devagar e depois de alguns minutos já estávamos suados e ofegantes. Lembrei que quando a dormiu com o eu fiquei na dúvida se doía. Não dói, acho que só dói se você fica muito nervosa na hora... Bom, pelo menos com o não dói, acho que porque ele está sempre me tranquilizando. Ele soltou o peso e deitou do meu lado. O sol já iluminava o quarto, mas ainda era cedo.
- Que que a gente faz agora? - perguntei de novo e pensou um pouco antes de responder.
- Acho que a gente devia procurar um lugar onde nossos amigos devem estar. Sei lá, acho que aqui no acampamento mesmo, mas não num desses lugares visíveis, tipo uma caverna, sei lá... - Concordei e lembrei quando eu fugi daquele corpo frio, na noite anterior, e entrei no quiosque. Tinha mais alguma coisa lá, e eu não lembrava o que era. De repente, eu não lembrei, eu vi e gritei, sentando na cama.
- O ALÇAPÃO!!! - levou um susto e sentou do meu lado.
- Que alçapão? - ele perguntou com a sobrancelha arqueada.
- Ontem, quando eu fugi e entrei no quiosque, tinha um alçapão lá! Eu nem reparei direito, porque tava com medo, mas tinha, eu juro que tinha, ! - Ele me olhou com um sorriso.
- Então o que estamos esperando, vamos lá procurar os nossos amigos! - Sorri com a empolgação dele e em menos de cinco minutos já estávamos vestidos. Ele estava me esperando no quarto, enquanto eu fazia um xixi rápido. Saí e ele deu a mão pra mim. Quando chegamos lá fora, ficamos boquiabertos. O acampamento estava destruído, como se um furacão tivesse passado por ali. Tá, exagerei, mas estava tudo acinzentado, todo o verde que tinha havia desaparecido, as coisas pareciam que tinham envelhecido, parecia que se sentássemos em um banco ele desabaria e o chão iria junto. Apertei mais forte a mão de e ele sorriu me encorajando.
- Podia estar pior. - Olhei para ele com as sobrancelhas arqueadas.
- Como, Mr. ?
- Podia estar escuro... - [n/a: Gente, desculpa, eu descrevi o medo do Dougie aqui!!] Eu ri e pulei de cavalinho nas costas dele. Fomos andando em direção ao quiosque e, quando chegamos, nos assustamos por ele estar inteiro. Desci das costas de e abri a porta. E estava lá, do jeitinho que eu lembrei. Um alçapão velho, com uma argola enorme para puxar. tentou abrir, mas a argola soltou.
- Ótimo! - murmurou. Pensei um pouco e dei um tapa na testa. Gritei um 'já volto' e em menos de dois minutos já estava lá de novo, ofegante, com um pé-de-cabra na mão.
- No fim as coisas que recolhemos não são tão inúteis... Eu trouxe mais algumas, caso precise! - Passei o pé-de-cabra para e ele abriu o alçapão. Baixei os olhos e quando eu olhei de novo estava sorrindo pra mim, e eu sorri de volta.
- , se alguma coisa acontecer, saiba que... - ele respirou fundo - que eu te amo. – Ele encostou nossas testas e fechou os olhos. Segurei a mão dele.
- Também te amo, . E nada vai acontecer, vamos ser confiantes! - Sorri e senti ele sorrindo. Ele me deu um selinho.
- Eu entro primeiro, acho que é meio fundo...
- Mas você é pequeno, não vai adiantar nada! - [n/a: Dougie de novo...] murmurei, mas ele escutou e me olhou. - Ah, desculpa, foi só um comentário idiota, dessas merdas que saem da minha cabeça, já disse pra você se acostumar! - Ele riu
- Foi um comentário idiota mesmo. - HEEY! Só eu posso falar isso, tá bem? Por mais que eu te ame, só eu posso falar que eu sou idiota. E eu sou, eu sei disso, fico pensando besteira o tempo todo, se bem que diminuiu agora com esses sustos! - Bom, se for o caso, você desce no meu colo!
- Tá louco, ? Você não vai me aguentar, eu sou pesada!
- Já esqueceu que nesses três dias você pulou umas cinco vezes no meu colo? - ele perguntou rindo. Dei língua e ri também. Ele suspirou. - Lá vou eu. - Mandei um beijo. Ele pulou e logo eu escutei um barulho dele caindo. - Pode pular, , não é tão fundo!
- Ok! Tô indo, sai de baixoo... - Pulei. Perdi o equilíbrio no fim e caí de bunda. riu. - Cala a boca. - Dei um tapa nele. Segurei a mão dele. - Droga tá escuro... - Ele grudou em mim tremendo.
- Você não trouxe nada aí que possa iluminar? - ele perguntou apontando para a mochila que eu trazia no ombro. Concordei e comecei a revirar a mochila. Achei duas lanternas. Ele acendeu uma e eu guardei a outra. - Não seria bom usar as duas?
- Não. Se acabar a bateria de uma, teremos a outra! - Ele deu um sorriso e eu me abracei a ele.
- Vamos? - perguntei.
- Vamos - ele repetiu. E fomos.
Capítulo 9.
Fomos caminhando a esmo, segurando a lanterna com uma mão e apertando a minha forte. Já estava começando a machucar. E andávamos, andávamos e parecia que nunca saíamos do lugar. Acho que depois dessa fic vou me aposentar... Ou ninguém vai me contratar mais, porque eu só reclamo, penso besteira, estrago a fic e... Melhor parar. Além disso, vou reclamar, meu salário é baixo. Ok, esqueçam meus problemas pessoais. Depois do que pareceu uma hora, chegamos a uma porta enorme, onde havia uma inscrição em alguma língua.
-Ahhn... ? - perguntou. Virei para ele, mas estava escuro, ele iluminava a porta - Você sabe ler isso? - Virei para a porta de novo e me aproximei. Era cheio de desenhos sem nexo. Senti se aproximar de mim, e então eu disse do nada, como se já soubesse há muito tempo uma coisa que eu não sabia que sabia. Nossa, pensei muito nessa frase, hein? Meus neurônios devem ter tostado aqui, acho que acabei com os que restavam.
- "Se você deseja entrar, tem que se preparar, coisas terríveis vão lhe aguardar se seus amigos quer salvar. Vários enigmas para resolver, muitos neurônios para queimar... - não gostei dessa parte - ...se todos os enigmas resolver, TODOS os seus amigos vão se libertar". Cara, que sem imaginação, eles colocaram a mesma rima duas vezes, esse povo não sabe fazer rimas?! - riu, mas um riso nervoso e eu virei para ele. - Vamos? - Ele recuou um passo. -Ora, , deixa de ser medroso! Vamos logo, temos que salvar eles! - Mas a expressão dele mudou completamente. - ?
- Medroso? Se eu sou medroso, talvez você não precise de mim, não é mesmo? Ou talvez só precise para quando você sentir medo, pular em meu colo gritando feito uma mulher!
- Você queria o quê? Eu SOU mulher! E, além disso, preciso de você, não só pra isso! - Ele negou e me entregou a lanterna.
- Desculpa, , mas a partir de agora você tá sozinha... - Não não não. Você não vai me abandonar agora, ! Isso não é justo, poxa! Eu tava toda confiante que você ia ficar comigo até o fim! Lembrei disso e falei pra ele, quando ele já estava meio afastado.
- Promete que me ajuda no que eu quiser, não é? O que mais é papo furado? "Não importa o que acontecer, eu te amo"? - eu disse com sarcasmo na voz. Ele parou, mas não virou. - Era tudo uma mentira, não é? - disse baixinho. Vi ele respirar fundo e virar devagar para mim
- Não, , é só que...
- Cala a boca, ! Chega de desculpas, chega de mentiras! Chega de você... - aumentei o tom da voz sem perceber. virou o rosto e eu virei para a porta, sem ver se ele me seguiu ou não, só abri ela e sai correndo. A porta bateu atrás de mim e ficou tudo escuro. Procurei durante um tempo na mochila e achei a lanterna. Iluminei a minha frente e saí andando. Era uma caverna úmida, cheia de estalactites (ou estalagmites, nunca sei a diferença!), e diversas vezes eu tive a impressão de estar sendo seguida, e normalmente escutava alguma coisa se arrastar ou se afastar correndo. Nessas horas eu gelava, pensando que se estivesse ali seria muito mais fácil. Cheguei numa outra porta, que estava emperrada e, por mais que eu tentasse, ela não abria. Peguei o pé-de-cabra e forcei também, mas não adiantou. Cadê o nessas horas, né? Falei que ele seria útil em várias outras coisas?!
- MERDA! - berrei e sentei no chão, chorando. Não aguentava mais, queria ir para casa, queria ir embora, mas agora não dava, eu teria que continuar, porque a porta tinha fechado, não dava para abrir de novo, e essa estava trancada, eu ficaria presa ali para sempre! Nisso me encostei a uma estalactite (ou estalagmite) e ela quebrou para trás e eu fui junto. Só que em vez de só cair no chão, a estalactite (ou estalagmite! - Tá bem, eu paro com isso) abriu tipo uma passagem secreta daqueles filmes de terror, ou não, sei lá, mas abriu um buraco do meu lado. Olhei assustada para os lados e pulei lá dentro. Quié, melhor que ficar esperando a Dona Morte da Turma do Penadinho chegar e anunciar a cada cinco minutos que eu teria que esperar mais um pouco, porque ainda não era minha hora e tudo e tals, até que eu mandaria ela para um lugar feio e ela não ia gostar e minha hora nunca chegaria, e eu ia ficar apodrecendo aqui sem morrer, ia me tornar parte da caverna, igual ao pai do Will Turner [n/a:eu não sei escrever o nome do pai dele], em Piratas do Caribe... Acho que o 2 ou 3... 3, quase certeza. Ele se tornou parte do navio... E eu me tornaria parte dessa caverna horrível, enquanto acharia outra garota, se esqueceria totalmente de mim, casaria, teria milhares de noitadas em claro na cama com a bitch, teria muuuitos filhinhos e viveriam felizes para sempre, enquanto eu ficaria presa aqui para sempre, logo poucas horas depois de ter deixado de ser virgem. Legal, né? NÃO! Esses eram os pensamentos que ocupavam minha cabeça, meus pensamentos normais, vamos combinar, enquanto eu andava por aquele buraco.
Ouvi um barulho atrás de mim, como se alguém tivesse tropeçado, mas parecia ser lá para cima. Antes do buraco. Seria ? Não... A porta não se abriu mais. Se bem que eu não tentei. Virei para frente afastando a idéia de estar ali. Acho que eu estou tão apaixonada por ele que fico imaginando essas coisas. Andei mais um pouco e senti que ficava tudo gelado. Ah não, de novo não. Do nada ficou tudo escuro, nem a luz da lanterna eu via e alguma coisa gelada segurou a minha garganta, apertando e me sufocando. Sabe quando dizem que quando você vai morrer a sua vida passa toda em frente aos seus olhos? É mentira. Não via nada, só pensava no , pelo menos ele estava bem, não teria que sofrer com isso também. De qualquer modo, tentava soltar a mão da minha garganta em desespero, e me lembrei do que Jimmy falou, quando isso aconteceu com ele.
FlashBack
- Vai dar para eu acabar, porra?! - ele disse pra mim. Murmurei um desculpe e baixei os olhos. Ouvi ele suspirar fundo. - Depois disso ficou tudo escuro, começou a rodar, achei que ia sufocar, e nesse meio tempo não consegui parar de pensar onde você estaria, se estaria bem. Do nada tinha alguma coisa apertando minha garganta com uma força extrema, e quando eu senti que ia sufocar, só pensei que se eu não tivesse cometido aqueles erros com você, eu poderia ao menos ter te contado a verdade, você teria me perdoado, e eu estaria morrendo em paz...
End Flashback
Ok, a parte do "estaria morrendo em paz" ficou meio idiota, mas ignore. Lembrei que se eu talvez me lembrasse de alguma coisa boa, pudesse repelir essa criatura, mas já não tinha muitas forças para isso. Fiz um esforço e me lembrei de , dele cuidando de mim, e de todos os meus amigos, antes dessas coisas horríveis. A guerra de tinta, eu rindo com o ... O engraçado é que passou tudo em câmera lenta, só faltava uma musiquinha no fundo, como numa cena de filme. Só sei que funcionou. Depois que pensei besteira, o bicho me largou no chão e se afastou. Pude ver que não era um bicho normal (a luz tinha voltado normal, minha lanterna ainda estava na minha mão), era um bicho parecido com a descrição da J.K. Rowling para os Inferi, no Enigma do Príncipe. Ele começou a se aproximar de mim e eu não conseguia me mexer, nem gritar, minha respiração estava pesada e fechei os olhos com força, tentando imaginar outra coisa além daquilo que eu tinha acabado de ver, mas era difícil. Escutei um grito agudo. Abri meus olhos e vi alguém lutando com o bicho. Depois de um tempo, aquela massa branca parou de se mexer e o alguém se dirigiu para mim. Eu me encostei à parede mais ainda, fechando os olhos com força de novo.
- Hey, , tá tudo bem! - escutei a voz do e abri os olhos para encontrar um que estava com uma cara que eu não poderia dizer se estava sorrindo ou preocupado. Dei um sorriso e pulei no pescoço dele.
- !!! Achei que não ia te ver mais! – Abracei-o e escondi meu rosto no pescoço dele.
- Você acha que eu ia deixar a garota que eu amo, a minha garota, ir assim prum lugar escuro e assustador sem mim? - Dei ombros. Quem sabe, né? Não sei o que se passa na mente dos meninos... Se bem que a quantidade de besteiras que eu penso deve ser superior a de três deles juntos. - Nem a pau, linda! Eu seria louco se o fizesse. - Ele me afastou e eu percebi que ele estava sorrindo. Eu me inclinei e ele me beijou.
- Brigada, ... - falei depois de quebrar o beijo, abraçando ele de novo.
- Por nada, querida... Vem, vamos logo. - Ele me ajudou a levantar e me apoiou um pouco, porque eu ainda estava perdendo o equilíbrio por ter ficado sem ar por um tempo. - Opa! - ele exclamou quando eu pisei em falso e o segurei. Eu ri baixinho, levantando rápido, tentando disfarçar, e ele soltou uma gargalhada.
- Não ri de mim! - eu fiz manha, rindo também.
- Vem cá. - Ele entrou na minha frente e eu fiquei parada sem saber o que fazer. - Pula, , eu vou te leva de cavalinho. - Dei risada e subi nele. Ele me ajeitou e saímos. Rodamos por muito tempo de novo, e eu senti a fome apertar.
- Tá com fome, ? - ele perguntou parando. Concordei e ele me pôs no chão. Tirou a mochila das minhas costas e, antes que pudesse fazer outra coisa, eu interrompi.
- , não tem comida aí, eu pensei em um monte de coisa, menos em comida, achei que íamos ficar menos tempo por aqui... - Ele sorriu e abriu a parte maior da bolsa, que estava emperrada e eu não tinha conseguido abrir antes. De lá ele tirou, sob meu olhar assustado, dois sanduíches de queijo e presunto e deu um para mim.
- Quefui, nunca viu sandhuíchew, pwequwenah? - ele disse rindo com a boca cheia. Ri do jeito que ele falou e cortei pela metade, guardando a outra. - Pra que isso? Não tava com fome?
- Tô morrendo, mas não sei quanto tempo vamos ficar aqui, então é melhor guardar um pedaço... - Terminamos de lanchar e nos levantamos. - Pronto? - Ele confirmou e eu segurei a mão dele. Andamos mais um pouco e chegamos a um salão, sem saída, com uma mesa no centro. Dirigimo-nos a ela e vimos um bilhete dobrado. Na parte de cima estava escrito, numa caligrafia fina e desajeitada: "Se quiser seus amigos salvar, cinco enigmas vai decifrar, esse primeiro é para pensar, boa sorte ao tentar!". Troquei um olhar com e abri o bilhete, lendo o primeiro enigma.
Capítulo 10.
"No chão há 4 combinações de algumas letras, que formam nomes de pessoas famosas. Vocês tem que adivinhar quais são essas pessoas apenas com essas letras e escrever seus nomes na ordem, em cima da mesinha no canto, onde há botões. Se acertarem a combinação, os botões irão funcionar e abrir uma passagem secreta, dando passagem para a próxima 'fase', onde terá o segundo enigma. Boa sorte, ass." Terminei de ler em voz alta, e estava lendo por cima do meu ombro."Ass..." o quê? Quem assinou aquele bilhete?! Trocamos olhares e de repente vários blocos apareceram, com várias letras enfileiradas numa completa bagunça.
- E, S, I, N, E, N, T e I... Caramba, quanta repetição! - exclamou, lendo a primeira linha.
- Z, T, M, R, A e O... - eu disse lendo a segunda - K, F, Y, D, O, L, N, I, L e P... Caramba, esse é difícil! - exclamei observando a terceira linha, com uma palavra enorme e sem nexo escrita. - Não vamos conseguir, ! - exclamei chorosa.
- VAMOS SIM! - ele gritou alto e eu me assustei. - Olha, eu não vim atrás de você para desistirmos, vim para conseguirmos, e vamos, não vamos desistir só porque a palavra é quilométrica! - Arqueei as sobrancelhas e ele leu a última. - A próxima... AH, essa é fácil, , eu já sei! 8, B, K, 2, N, 1 e I! Você não vê? - Levantei mais ainda as sobrancelhas. Ele riu e começou a montar uma palavra. Em menos de 20 segundos, estava escrito na minha frente: BLINK 182. Dei um sorriso maior que a cara e levamos as pecinhas para lá e apertamos os botões, fazendo que o salão ruísse e eu pulasse no colo de , pra variar. Ele riu e apontou para uma abertura na parede, mas fina demais para passarmos.
- Temos que conseguir todas para passar por ali - disse observando a passagem. Só um rato passaria ali, e com dificuldade. Nisso eu imaginei um monte de coisas absurdas, tipo, a até conseguiria passar por ali, mas encalharia na bunda ou no peito, porque ela era magra, anoréxica, mas tinha muita bunda e peito. Ignore, eu disse que é melhor eu parar de pensar. Virei para , que estava com a mão no queixo, em forma de pensador, observando as letras. Eu ri baixinho e me aproximei por trás, abraçando-o pela cintura. - E aí, gênio, descobriu mais alguma? – perguntei, esticando-me um pouco para falar no ouvido dele. Ele riu baixinho e eu o soltei, sentando-me no chão do lado dele, observando também. Me concentrei na primeira, já que as outras pareciam impossíveis. Mas meu olhar sempre recaía para a segunda. Logo depois estava sentado ao meu lado e passou a mão pela minha cintura. Observei fixamente a segunda e uma música me veio na cabeça e eu dei um sorriso. Levantei e ficou olhando para mim. Arrumei as letras e mostrei para ele: MOZART! Eu fiz um gesto de concerto, como se estivesse escutando toda aquela música e ele riu.
- Vem cá, senhorita Mozart! - Eu ri e ele me abraçou, rindo também. Logo depois estávamos nos beijando, esquecidos de tudo. Sempre que eu beijava o esquecia de tudo. Quebrei o beijo e colocamos as peças lá, apertando os botões, fazendo a passagem se abrir mais um pouco, o bastante para a gente entrar e encalhar. - Acho que com mais uma a gente passa, não acha? - Neguei com a cabeça.
- Tá fácil demais, deve ter algum truque, é melhor abrirmos ao máximo! - Ele concordou e voltamos a nos sentar. Encostei a cabeça no ombro de e ficamos ali, até que ele levantou de um pulo gritando.
- Que foi?! - eu já imaginei que tinha alguma coisa comendo ele, que ele estava morrendo e sei lá mais o que, mas, antes que eu pensasse em mais besteira, ele já estava montando as letras. Logo depois ele afastou com um sorriso triunfante no rosto. E ali, na minha frente, estava escrito: EINSTEIN. Dei um sorriso e o abracei.
- E depois o gênio é o Einstein, né não? Seu namorado aqui é muuuito melhor - ele disse se gabando. Eu passei os braços pelo pescoço dele rindo e ele me abraçou pela cintura rindo também. NAMORADO... Foi tão bom ouvir aquilo dele, sabendo que se referia a nós dois. Eu dei um selinho nele.
- Claaaro - disse com sarcasmo. - E foi meu namorado que descobriu a Teoria da Relatividade e mais um monte de coisa e ficou famoso mesmo depois de ter morrido há séculos! - eu disse rindo e ele fez cara de desapontado.
- Ai, sua chata, você me broxou agora! - Eu ri mais ainda e o beijei, mas nós dois ainda estávamos rindo muito, então nem foi um beijo direito. Encostei a testa no ombro dele me chacoalhando de rir - pelo menos estamos a um mini-enigma de sairmos vivos daqui, e foi o meu namorado - ai essa palavra linda - que fez isso.
- Ok, ok, mas é melhor eu fazer alguma coisa útil antes que você comece a se gabar e a dizer que eu sou inútil e não presto para nada. - Rimos. Ele me deu um selinho. E mais um. Mais um. Maais um. - , pááára - disse rindo e nos separamos. Olhei aquele palavrão enquanto colocava os cubinhos e apertava os botões. Ele chegou e me abraçou por trás, começando a me dar beijos no ombro e no pescoço, subindo para a bochecha e voltando para o ombro e pescoço. Resumindo, tirando toda a minha concentração, que já era pouca.
- , deixa eu provar que eu não sou inútil? Você tá me desconcentrando!
- Você não é inútil, , e eu sei que você gosta disso! - A voz dele saiu meio abafada por estar com a boca no meu pescoço, e aqueles beijinhos me davam arrepios cada vez mais. Decidi provocar, ver onde aquilo ia dar. Virei para ele e passei um braço pelo pescoço dele e o outro pela cintura, aprofundando o beijo. Ele pôs as mãos nos mesmos lugares que eu, e eu comecei a passar o dedo por dentro da boxer dele e ele soltou um gemido abafado. Eu ri baixinho sem desgrudar nossos lábios e subi a mão para a barriga dele. Senti o abdômen dele se contrair e ele soltar um gemido de... hm... excitação? Talvez.
- Você gosta de provocar, né? - ele disse quebrando o beijo e eu ri jogando a cabeça para trás.
- Você que começou... - Me afastei dele e sentei de novo olhando a palavra.
- Ai, sua chata, segunda vez que você me broxa em menos de 5 minutos! - ele disse rindo e sentando do meu lado. Mas eu nem escutei direito, eu olhava as letras com um sorriso bobo no rosto. - ? - Levantei e me dirigi para as letras.
- , eu sei qual é, lembrei agora do Brasil, quando meu pai me forçou a assistir um DVD dessa banda, que eu achei meeega chato, mas eu não lembro o nome dela! Deixa eu ver... - Comecei a arrumar enquanto me olhava com uma cara assustada. Depois de uns 15 minutos, eu ainda estava olhando para as letras, mas sem o sorriso no rosto. já estava caminhando, andando em volta, como se passasse por um muro... Muro? De repente, o nome apareceu claro na minha mente. THE WALL! - ! - Ele levou um susto. - EU SEI QUAL É, ! - Ele se aproximou correndo e eu arrumei as letras rápido, e ele leu: PINK FLOYD!
- , VOCÊ É O MÁXIMO!! - ele gritou e me levantou rindo. Eu ri e o beijei. Arrumamos os blocos e hesitei antes de apertar os botões. olhou para mim, pôs a mão em cima da minha e sorriu, me encorajando. Apertei o botão e a parede se abriu num espaço suficiente para passarmos. Ela era comprida, devia ter uns 40 metros. Dirigimo-nos para lá.
Quando pisamos dentro da parede, ela começou a tremer e percebemos que ela ia se apertando devagar. Olhei para e saímos correndo. Logo estava apertado o bastante e eu saí, mas estava um pouco mais atrás. Olhei para ele.
- , vai, me deixa, vai logo! - Eu neguei e peguei alguma coisa na bolsa. Ele vinha, mas com dificuldade. Coloquei a barra de ferro (que era muito grossa, mas era estranho, não pesava muito, isso é uma fic, não preciso explicar nada) e ela manteve a parede afastada o tempo suficiente para sair. Ele saiu e se jogou no chão no momento em que a parede massacrou a barra de ferro. Olhei para deitado no chão e me joguei do lado dele.
- Valeu, - ele agradeceu ofegante. Balancei a cabeça
- Não falei que ia acontecer alguma coisa, tava fácil demais! - eu disse e virei para ele. - Eu nunca deixaria você para trás, ... - Ele virou para mim também e pôs a mão no meu rosto. - Retiro o que disse, os objetos são realmente úteis!
Levantamos e ele tremeu um pouco. Abracei-o e senti o perfume dele me invadir, como sempre. Apertei mais forte e ele me afastou. Ele pôs uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e disse, do jeito mais fofo possível:
- Já disse que você é linda? - Eu corei. Não sei que graça as pessoas vêem em fazer as outras corarem. Neguei com a cabeça. - Você é linda - ele disse e eu dei um sorriso. Ele hesitou um pouco antes de me beijar, mas o beijo estava normal. Por que será que ele hesitou? Aquele beijo era tudo o que eu precisava, calmo, sem pressa e segundas intenções. Tá, quase nunca os beijos dele tinham segundas intenções. Até porque ainda éramos jovens, tudo e talz... Tá, esse seria o motivo principal para ter segundas intenções, é melhor eu parar de tentar explicar. Só tô confundindo mais ainda a fic. Ok, eu acho que tô fazendo isso desde que comecei a pensar na fic. Tá bom, né, desculpa por ter nascido então! Queria voltar a pensar coisas idiotas, não me sinto mais a mesma , queria voltar a ser eu... Eu odeio esse acampamento, ele me mudou! Quebramos o beijo e observamos melhor onde estávamos. Não tinha nada. Nem uma mesinha, só um graaande lago. Chegamos perto dele e comentei.
- Será que tem Inferi? - me olhou com uma sobrancelha arqueada. - Que foi?!
- Que diabos são Inferi, ?
- São... Ah, sei lá, nunca entendi direito a descrição da Rowling para eles... - Ele levantou mais a sobrancelha. - Eu sou uma Potter maníaca, ! - Ele fez uma cara de 'AAh entendi' e voltamos a observar o lago.
Começamos a contornar o lago, devagar, de mãos dadas. Andamos, andamos e andamos. Eu acho que depois de tantos sustos, minha cabeça ficou mais sensata, não tô pensando tanta besteira. Continuamos andando e depois de um tempo tropecei em alguma coisa e cai de cara na areia que tinha em volta do lago. riu um pouco e me ajudou a levantar. Olhei para o chão e tinha uma corrente. Eu limpei em volta, descobrindo que era um baú. Tirei o baú e tentei abrir, também e, pra variar, ele conseguiu.
- Viu? O que eu seria sem você? Eu não teria nem matado aquele monstrengo lá. - Olhamos lá dentro e tinha um papel, escrito na mesma caligrafia fina e desajeitada de antes. Troquei um olhar assustado com e senti minhas mãos tremerem antes de abrir o papel. Ele se inclinou e leu em voz alta.
- 'Segundo Enigma'.
Capítulo 11.
- "O que é o que é? Você vai ter que adivinhar. Essa é o enigma que está a te aguardar. Pode rir, você vai ter que pensar e, se conseguir, o terceiro enigma terá que desvendar. Pela porta tem que passar, boa sorte ao tentar, pois ela bem escondida está, só quem realmente vê com o coração poderá visualizar."
- Tô começando a pegar raiva de rimas, fikdik. Cara, que frescura, por que rimar isso, rimar aquilo?! Além disso, as rimas são tontas, só terminar com -ar. Pessoa infeliz que está escrevendo essa fic que não tem imaginação... Fala serio! Vou reclamar! - resmunguei fazendo rir.
- É uma boa, pena que estamos trancados numa caverna e não tem ninguém para ouvir suas reclamações, só eu, então... Melhor não. - Eu ri. Li de novo o bilhete.
- Porta? Que porta? Não tem absolutamente nada aqui! - Olhei em volta como se esperasse que uma porta caísse do céu, ou tivesse uma conexãozinha para encaixar, igual ao Monstros S.A. Qualé, eu tenho cultura, eu tinha medo de dormir se meu armário estivesse com a porta aberta, eu ficava vendo as maçanetas se mexerem, formando olhos etc e tals, mó medo! E só conseguia dormir quando abraçava meu cachorrinho de pelúcia. Coitado, ele morreu sufocado depois daquelas noites. Mas depois eu cresci e não conseguia dormir no meu quarto novo, achando que tudo ia me pegar a noite e pensando que o monstro ia sair de baixo da cama, então eu fingia que tinha um ataque cardíaco e ficava imóvel. Como se esperasse que o monstro desistisse de mim por ter 'morrido'. Como se existisse monstro. Tá bem, esqueçam minhas demências infantis. E juvenis. tava falando alguma coisa, apontando para um lado lá, e eu ainda estava com as imagens d'eu [<- isso existe? Acho que não, acabei de inventar] fingindo ataques cardíacos na cama e deixando minha mão imóvel, como se tivesse um monstro para achar que eu tinha morrido e desistir de me assustar, mas logo eu me mexia, então fingia uma ataque de novo.
- !!! - escutei um berro na minha orelha e tomei um susto tão grande que até pulei pro lado. - Porra, você nunca presta atenção em nada não?! - estava bravo. Fiz mó cara de zen e juntei as mãos.
- Caro , não está presente no momento, deve estar lembrando de suas demências infantis ou pensando em algum lugar que possa ter porta por aqui, favor deixar seu recado após o sinal. Sinal - eu disse, com a maior cara de secretária eletrônica. Tá, não sei como se faz uma cara de secretária eletrônica, mas eu fiz, e caiu na risada. Ele me puxou para perto dele.
- Tá bom, mas tem que entregar o recado direitinho hein?! - Ele riu e me beijou. A gente adora se beijar, precisamos disso para nos mantermos saudáveis, precisamos um do outro para no completarmos, sacou? Não, ninguém sacou nada. Quebra logo esse beijo e vão procurar a merda da porta. E fiz exatamente o que minha cabeça mandou. Uau, milagre.
- Vamos logo, preguiçoso! - disse pulando nas costas dele, o fazendoele rir enquanto andávamos procurando a maldita porta.
- E eu que sou o preguiçoso, né? - Andamos mais um pouco e chegamos a uma rachadura na parede, que decididamente não estava ali antes. - Será que essa é a porta?
- Você tá vendo com o coração? Não, tá vendo com os olhos, então não é! - eu exclamei, logo depois me pôs no chão e olhou com as sobrancelhas arqueadas para mim. Reparei na besteira que havia dito e sentei em frente para o lago. - Eu devia ter nascido muda também... Já nasci sem cérebro! - riu e sentou do meu lado. Encostei a cabeça no ombro dele. - Tô cansada...
- É, a gente já passou por muita coisa... Será que a gente dorme por aqui? - suspirei e levantei a cabeça.
- Tá louco? E se os Inferi saírem do lago e arrastarem a gente pro fundo enquanto a gente dorme? - olhou com a maior cara de sério para mim. Dei de ombros e me levantei andando até uma parte maior, como uma prainha, e deitei na parte mais afastada o possível do lago. balançou a cabeça com um sorriso e deitou do meu lado, me abraçando pela cintura. Eu apoiei a cabeça no ombro dele e passei a mão pelo seu pescoço.
- , você realmente acredita em Inf... Infr... Nisso daí? - Olhei para ele e concordei com a cabeça. Ele deu um suspiro, provavelmente desistiu de tentar me convencer, ele imaginou que eu não me renderia tão fácil assim. Ele começou a acariciar meu cabelo. - Nada vai te acontecer enquanto eu estiver aqui, eu te prometi, , e eu vou cumprir. – Awwn, amo quando ele fala essas coisas fofas que me fazem babar. Levantei um pouco a cabeça e olhei para ele. Ele me deu um sorriso e eu dei um selinho demorado nele.
- Eu não vou conseguir dormir, . Eu vou ficar com medo... - Ele negou com a cabeça e me fez encostar a cabeça no ombro dele.
- Eu te ajudo... Posso cantar para você? - Concordei com a cabeça e fechei os olhos, encostando a cabeça no ombro dele de novo, e ele começou a cantar I'm Lost Without You do Blink-182.
"I swear that I can go on forever again
Please let me know that my one bad day will end
I will go down as your lover, your friend
Give me your lips and with one kiss we begin
Are you afraid of being alone?
Cause I am, I'm lost without you
Are you afraid of leaving tonight?
Cause I am, I'm lost without you
I'll leave my room open till sunrise for you
I'll keep my eyes patiently focused on you
Where are you now? I can hear footsteps, I'm dreaming
And if you will, keep me from waking to believe this
Are you afraid of being alone?
Cause I am, I'm lost without you
Are you afraid of leaving tonight?
Cause I am, I'm lost without you"
Depois dessa parte, eu dormi. Acordei no dia seguinte com o conhecido peso na minha cintura e a respiração de em mim. Me mexi um pouco, tentando não acordá-lo e levantei. Tentei arrumar o cabelo com o pente praticamente desdentado que nós tínhamos pegado na primeira noite, e acho que deu uma arrumada razoável até. Comecei a andar procurando a tal porta que se vê com o coração. Devia ser cedo. Tá, eu nem tenho senso de tempo, mas... Depois de umas três voltas em volta do lago (que não era pequeno), tudo o que consegui foi imaginar que meu pai ficaria orgulhoso de mim por ter essa vontade do nada de andar em volta do laguinho e sem cansar. Ele sempre pegou muito no meu pé por causa disso. Tudo bem, eu não estava andando por nada, eu estava mais preocupada em achar uma saída para a gente, eu tava cansada de ficar ali, devia estar também. Suspirei pensando que a culpa era toda minha de ter a maldita idéia de salvar os nossos amigos, e quando comecei a dar a quarta volta, olhei para uma parede e lá estava! Uma porta! Grande, velha, acabada, mas ainda sim UMA PORTA! Então eu entendi. Se passássemos só olhando, não acharíamos nada, teríamos que nos preocupar com o outro para poder achar a porta. Isso sim era ver com o coração. Nem sei como tive cérebro para pensar tudo isso. Fui correndo acordar e ele levantou com uma carinha de sono, que saiu instantaneamente quando eu apontei a porta.
- Vamos logo, tamo esperando o quê? - ele gritou e me puxou (lê-se: arrastou) para a porta. Abrimos e entramos numa sala, que tinha uma porta do outro lado. Eu, sem pensar (novidade), fui andando direto para lá, sem lembrar que naquela sala tinha o enigma. Andei em direção à porta e, antes que pudesse me impedir, chamas surgiram do nada e eu quase me queimei.
- OOOUTCH!! - gritei e me puxou para longe dali.
- Tá louca?! - Ele virou para mim arfando. Então palavras apareceram nas chamas, e ali na nossa frente estava o enigma.
'Esse enigma é díficil, uma palavra para descobrir. Pense na décima quarta letra do alfabeto e na repetição de correto. Agora no lado afiado do facão e na pessoa que mora NO seu coração. Uma palavra surgirá, e para as chamas você repetirá, se conseguir acertar, poderá ultrapassar. Uma mistura daquelas, e para sair dessa confusão, descubram logo o enigma, ou o próximo não desvendarão.'
- Ô beleza... Você entendeu alguma coisa, ? - me perguntou quando terminei de anotar, porque logo as palavras sumiram, mas o fogo continuou. Observei melhor a pegadinha. "Pense na décima quarta letra do alfabeto, e na repetição de correto"... Isso me lembrou uma pegadinha muito sem-graça do Brasil, que a pessoa perguntava 'Qual a oitava letra do alfabeto?' [H], 'Qual é o namorado da Julieta?' [Romeu] 'E qual é o aumentativo de teta? [tetão]. "Ok, agora repete tudo muito rápido, de uma só vez!" e os tontos iam e repetiam, pra dar essa merdinha ai, que se você fizer vai descobrir...
- Sei lá, ! Mas ninguém disse que ia ser fácil, não é? Vem, vamos sentar aqui e pensar. – Uau, eu disse realmente isso? Pensar... Isso decididamente não estava no meu vocabulário até agora pouco. Observei o papelzinho e comecei a dizer em voz alta.
- A décima quarta letra do alfabeto? A, B, C... - contei nos dedos - N! Anota aí! - anotou e eu olhei a próxima parte. - A repetição de correto? O que diabos seria a repetição de correto? - Pensei em fazer uma piadinha, mas não era hora. Tipo, a repetição de correto. Dois corretos você tiraria uma boa nota. Esperto, ahn ahn? Não. Foco, vamos lá. se inclinou e encostou a cabeça no meu ombro.
- Seria o r? Tipo, correto! Tem dois erres, repetição... - Eu concordei e anotei, mas, sei lá, não tinha muita certeza. "N r". O que diabos seria isso?
- O lado afiado do facão é o gume. Sabe, quando tem que afiar o facão, ou qualquer outro instrumento de corte, eles falam que tem que afiar o gume - explicou, anotando do lado. Nossa, tá bom né, ele nem me deu tempo para pensar! Próximo... "A pessoa que mora no seu coração"... Repeti em voz alta e, antes que eu terminasse, ele disse.
- !
- O quê? - perguntei.
- Não, aqui, "a pessoa que mora no seu coração"! ! - Eu corei e ele riu, me dando um selinho rápido.
- Não acho que seja isso, ... - Me embaracei toda. Ele deu ombros e as palavras apareceram nas chamas de novo. "...e na pessoa que mora NO seu coração". Por que NO estava em letra maiúscula?
- Hey, , por que será que "no" está em maiúsculas? - Ele observou melhor e leu de novo nossas respostas. Vi ele abrir um sorriso maior que o rosto e cair na risada logo depois. Fiquei olhando a cena com as sobrancelhas arqueadas.
- , você não vê? - ele disse rindo pra mim, e eu só levantei ainda mais as sobrancelhas, se é que isso é possível. Ele riu e me beijou. Ok, não entendo mais nada. Ele me zoa e me beija, me beija e me zoa, e eu ainda gosto dele! , você tinha que escolher se apaixonar por ele? Ok, a gente não escolhe por quem vai se apaixonar, o que é uma droga, normalmente a gente gosta dos piores ou mais impossíveis, aqueles que tem namoradas ou os carinhas das bandas, tipo o Tom DeLonge, do Blink, ou o Brendon Urie, do Panic. Dude a voz do Brendon me faz babar! E o Alex Gaskarth, do All Time Low? Mamãe, me mata. Mas os sorrisos do Brendon são os melhores, e as caras e bocas também. Ok, ok, você tem um garoto lindo e gostoso que está se matando de rir ai da sua cara, bem na sua frente para usar [e abusar! Qualé, nunca ouviu o ditado, 'USE E ABUSE'?] e você fica pensando no Tommy, no Brend e no Alexin. Ok, os apelidos ficaram gays, não posso nunca falar isso com alguém. Quem pensa em Brendon Urie ou Alex Gaskarth ou Tom DeLonge com um zinho só para si? Euzinha aqui.
- Olha aqui, : Ene - erre - gume - NO! Lê tudo rápido, mas o erre você lê como o som mesmo, rrrr, a fonética, aquele negócio todo. - Que que é fonética mesmo? Whatever, eu concordei e li em voz alta, rápido.
- Energúmeno. - E eu entendi. Olhei para com uma cara espantada e caí, tipo Cataratas do Niágara, na risada. Ok, a comparação foi tosca, mas você me entendeu. Ficamos os dois rindo por um tempo, até que me aproximei da parede de chamas [uiui, quem brinca com chama faz xixi na cama! Ignore] e repeti, em dúvida. - Energúmeno?
A parede de chamas ficou mais forte e mais quente e me puxou para trás e me abraçou. Ótimo, erramos, e agora vamos ficar presos e tostados! Mas, tão rápido como aumentou, a parede de chamas diminuiu, diminuiu, até se apagar. Eu ia me dirigir para lá, mas me segurou.
- Eu vou. - Concordei e ele respirou fundo antes de se dirigir para a porta e abri-la. Ele a atravessou e me chamou. Saí correndo e me agarrei no braço dele. Na nossa frente estava um corredor frio, muito frio e escuro, e a porta bateu atrás de nós, só piorando a escuridão. Dessa vez foi o que acabou agarrado em mim. Rolei os olhos e ri baixinho e seguimos andando.
Depois de uns 10 minutos ao que me pareceu, demos de cara com uma outra porta. Fechada. Pra variar. Já olhei em volta procurando o enigma com as rimazinhas idiotas. E lá estava ele, numa mesinha iluminada. Suspirei, imaginando qual seria o enigma, e, pior, qual seria a rima dessa vez.
Capítulo 12.
Se quiser, vai tentando carregar, mas não é totalmente necessário = Sonhos - Luiz Tatit
Chegamos perto do papelzinho e eu abri.
"Tem medo do quê? É bom ser de nada, porque duas horas são barra pesada. Sozinho num quarto, vai ter que aguentar, todos os seus medos vai ter que enfrentar. Se prepare, tudo pode acontecer, esse enigma é para testar você." Gluup. Ok, isso foi estranho. Eu não sou boa com sons, fikdik. Tá, mas esse enigma foi assustador, anyway. E eu nem liguei para as rimas, embora tenha notado que as rimas continuam idiotas, mas tem umas legaizinhas até. Ok, ignore.
Troquei um olhar com e, no momento seguinte, estava em uma sala escura e fria e escutei um grito beeem longe. Logo uma luzinha se acendeu, fraca, no teto, e eu percebi que não era um espaço muito grande. Ok, duas horas daquilo seria fácil agüentar. De que eu tenho medo mesmo? Foi pensar e apareceu. Cinco sapos do tamanho de gatos apareceram e viraram para mim. E, como eu disse, a sala é pequena, o que ajudou muito. Sim, eu morro de medo de sapos, e nem sem por que. Só sei que eu vejo um e saio berrando se ele vem na minha direção, mas se ficar parado, meu olhar é atraído para ele e eu fico pálida, passo mal etc e talz. Resumindo, eu ODEIO e MORRO de medo de sapos. Voltando. Eles se aproximaram e eu continuei estática. Ok, não seria nada fácil duas horas disso. E se aparecerem os caras da Fresno? [n/a: Piada interna, eu não tenho medo deles, mas sinceramente eu não acho eles DEMAIS, sabe? Nada contra se você gosta.] Eu tenho que parar de pensar nas coisas que eu tenho medo. Lá estavam eles, Lucas, Tavares, Bell e Vavo, parados na minha frente. O bom é que os sapos sumiram. Eles estavam com uma cara de idiotas, como sempre, e não entendiam nada do que estava acontecendo.
- Onde que a gente tá? Quem é você? Aqui é o Brasil? Isso é um programa de TV? Você é a apresentadora? Cadê a câmera? - Lucas perguntou tudo de uma vez, enquanto os outros olhavam para tudo. A sala diminuiu de repente e ficamos todos grudados. Eca. Eca. Eca. - Não vai me responder? - Rolei os olhos. Ele faz milhares de perguntas e quer que eu responda? Decidi contar a história toda, né, pelo menos o tempo passava!
Quando eu tava rindo de uma piada do Tavares, que por sinal é o mais bonito, comparado aos outros, eles sumiram do nada, e eu senti que a sala ganhava mais espaço e, de repente, eu estava no salão com a mesinha de centro. De novo.
- Puxa, duas horas passam rápido... E eu que tinha medo deles... Eles são mó gente boa! - murmurei pra mim mesma, procurando com os olhos. Cadêêê o menino?! Ele devia estar aqui! -
! - gritei. Sentei no chão perto da luzinha.
Alguma coisa caiu no chão e fez um baque surdo. Imaginei que seria um daqueles bichos quando ele levantou, mas era o . Levantei correndo e o abracei. Ele estava suado e dava pra ver que tinha chorado.
- Fiquei com medo que você não voltasse... - disse, ainda abraçada a ele. Senti ele sorrir e me apertar mais forte.
- Seria muito mais fácil se você estivesse lá comigo... Também estava com medo de não te ver mais - ele disse baixinho no meu ouvido. Levantei a cabeça e olhei diretamente naqueles olhos. Sorri e fechei os olhos, encostando nossas testas. Ele começou a passar o nariz na minha bochecha de levinho e roçou sua boca na minha, o que me arrepiou toda. Ele deu um sorrisinho e me deu um selinho demorado. Ele passou a língua nos meus lábios e eu automaticamente abri minha boca para o sabor conhecido do beijo dele. Ele aproximou mais nossos corpos, puxando-me pela cintura e me encostou devagar numa parede. Eu passava as mãos no cabelo e no rosto dele. Ele quebrou o beijo ofegante, com a boca vermelha, a minha devia estar igual.
- E agora, ? Tipo... Tem o quarto enigma ainda, mas não tem mais nada! - falei e ele olhou em volta. Ele apoiou a mão numa estalagmite (ou estalactite! Tá, eu falei que ia parar) e ela quebrou. No segundo seguinte, estávamos caindo. Igual àquelas cenas de filme, sabe? Com a diferença que isso não era um filme, é a minha vida.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH!! - eu e ele gritávamos e parecia que não acabava mais. Igual à cena do Viagem ao Centro da Terra, que eles estão caindo e param de gritar, um olha para o outro e berram "Ainda estamos caindo!" e voooltam a berrar. Dude, eu adorei esse filme, rachei de rir com o Frasier, ele é super engraçado! Enquanto eu estava pensando nessas besteiras, gritou em meio ao grito.
-
, SE A GENTE MORRER, OU AFUNDAR DEMAIS NA ÁGUA E SOFRER ALGUMA COISA, OU...
-
, FALA LOGO, CARALHO! - interrompi. Ele ficava enrolando, dava para ver alguma coisa lá no fundo se aproximando.
Depois que eu disse isso, nós caímos num lago super fundo e eu dei Graças a Deus por não ter acontecido alguma coisa. Demorei para chegar à superfície e cheguei sem fôlego. Só que eu afundava, não conseguia pegar ar. Ótimo, vou morrer. Eu não conseguia nadar e senti que ia perder os sentidos, pra variar. Mas senti me puxar para cima e me levar para uma prainha. Saí tossindo e cuspindo água. Virei para ele, que estava ofegante também.
- Brigada, ... De novo... - eu disse com a respiração falha e ele riu. Ele deitou do meu lado e eu encostei a cabeça no ombro dele. - Já perdi a conta de quantas vezes você me salvou, eu sei que já foi mais de três. - Ele riu de novo. Eu com a respiração ofegante e ele ainda tem fôlego para rir.
- Relaxa, , eu tô aqui para ajudar. - Ele virou e deu um beijo no topo da minha cabeça. - Qual será o próximo enigma?
- Putz, nem me fale em enigma, , eu preciso descansar um pouco! - eu disse virando para o outro lado e pronta para dormir.
- Beleza, mas levanta a cabeça rapidinho. - Levantei e ele pôs o braço em baixo dela. Eu apoiei e ele passou o braço pela minha cintura. - Boa Noite, .
- Boa noite...
Acordei e não estava ali. Ok, estranho. Levantei e olhei em volta. Tinha um lago grande, muito maior do que aquele lá em cima, e nossas coisas estavam arrumadas. Tentei ajeitar meu cabelo e observei de novo em volta. Um pouco mais longe tinha alguém ajoelhado, fazendo alguma coisa. . Logo depois observei uma fumaça aparecer e me aproximei dele. Ele levantou e virou-se para mim quando eu estava bem perto dele e sorriu. Retribuí e sentei na frente da fogueira recém acesa. Ele deu um risinho e sentou atrás de mim, de modo que eu fiquei entre as pernas dele, e me abraçou pela cintura. Encostei a cabeça no ombro dele e fechei os olhos.
- Dormi muito? - Senti negar. - , como a gente vai voltar?
- Não sei... O que me preocupa é como vamos avançar, , eu já andei em volta desse lago, não tem saída! - Olhei assustada para ele. COOOOMO ASSIM ESSA %$@#*& NÃO TEM SAÍDA?
- AAAAAH nããão... Eu não quero ficar presa aqui para sempre, ! - Comecei a chorar. Ele me abraçou forte e eu diminui um pouco o escândalo. Eu parecia um bebê chorando de medo. Pela voz dele, ele estava chorando também.
- Eu também não, , a gente dá um jeito, prometo... - Ele começou a cantar para me acalmar um pouco. [n/a:Gente, a música é brasileira, mas é porque eu to sem saco de procurar uma letra legal na net, então vai essa mesmo, que eu adoro! Pode colocar a música para tocar] (Sonhos - Luiz Tatit)
"Sonhei que estava dentro do seu sonho
E não podia me expressar
Meu sonho era tímido e confuso
Mal consigo recordar (...)
Mas tive a sensação que foram horas
Foram dias foram meses
Em que tive o privilégio
De estar sempre ao seu lado
É claro que seria bem melhor
Se você tivesse reparado
Mas nada no meu sonho
Abalava o seu ar imperial
Meu sonho estava dentro do seu sonho
Que era o sonho principal
(...) Sonhei que você veio para o meu lado
Meu coração bateu descompassado
Sonhei que seu olhar no meu olhar
Já estava um pouco desfocado
Sonhei que pressenti alguma coisa
Que corri ao seu encontro
Que por mais que eu corresse
Chegaria atrasado
Sonhei que nosso encontro foi etéreo
Você tinha evaporado
Mas tenho que dizer
Sonhei o sonho que sempre sonhara sonhar
Você, sentindo a força do meu sonho
Fez de tudo para acordar"
"Sonhei o sonho que sempre sonhara sonhar". Dude, essa frase confundiu minha cabeça! Mas amei a música, principalmente com a voz dele cantando. Nós estávamos cozinhando uns peixes que havíamos pescado, o cheiro estava ficando bom. Ok, eu não sei como pode existir um lago, peixes, fogo e tudo isso a não sei qual distância da atmosfera. Mas tem. Então não se discute. O peixe estava um pouco cru, mas dava para o gasto, afinal, nem sei a quanto tempo não comíamos. Depois de comer, pegamos os restos e pescamos mais um pouco, em silêncio. E eu não sou muito do silêncio não.
- Silence is a scary sound... - murmurei e deu um sorriso. Arrumamos nossas coisas e eu vi um papelzinho no chão. - , olha...
- O quarto enigma? - Dei de ombros. Abaixei-me e peguei o papel, que estava naquela caligrafia desajeitada e fina. É, era o quarto enigma.
"Quanto tempo você consegue ficar em baixo d'água sem respirar? É bom se preparar, porque o quarto enigma mais abaixo está. Procure uma entrada no meio do lago, só tome cuidado para não morrer afogado! Algumas criaturas te esperam, mas se seus amigos quer salvar, elas vai ter que enfrentar."
- Putaqueopariu, é uma pior que a outra! A gente vai ter que entrar no lago, entrar por alguma passagem e ainda enfrentar umas criaturas para CHEGAR ao quarto enigma? Vai comer merda! - resmunguei e deu um sorriso. Tem alguma coisa errada com ele. - , tá tudo bem? - perguntei me aproximando, segurando a mão dele. Ele deu ombros.
- Não sou muito bom em segurar a respiração embaixo d'água, sabe? - Ops. Não me diga que você vai desistir! - Talvez seja melhor eu...
- NÃO! Não termina essa frase, a gente dá um jeito, mas você não vai ficar aqui! - Ele me olhou assustado. Tá, eu leio mentes. Mentira. Ou será que leio? Hmmm... confuso. Mas, anyway, ele deu um sorriso depois e me abraçou. - Por favor... - pedi baixinho. Ok, demorei para pedir, mas eu pedi, né? Ele respirou fundo e concordou com a cabeça. Eu sorri e dei um beijo na bochecha dele, me soltando.
- Quer praticar antes? - perguntei, já entrando na água. Ele veio atrás de mim e afundou. Fiquei contando os segundos até que ele subiu, respirando pesado. - Uau, um minuto! Imagina se você fosse bom nisso... - eu disse rindo. Ele riu também.
Minha vez. Fechei os olhos e respirei fundo antes de mergulhar. Quando minha cabeça afundou completamente, alguma coisa segurou meu pé e me puxou para mais fundo. Eu, automaticamente, gritei, ou seja, gritar = soltar todo o ar. Há, adivinha o que aconteceu? Desmaiei, óbvio, então você vai ter que imaginar o resto.
Acordei e estava em uma bolha, estava em outra bolha do meu lado. Só que ele estava desacordado. Olhei em volta e não tinha nada. Tentei sair da bolha e, do nada, criaturas bizarras apareceram. Elas pareciam, à primeira vista, lulas. Mas quando parei para observar, percebi que elas pareciam com a descrição dos grindylows que a J.K. Rolling faz em seu livro. Tudo bem, grindylows e lulas são extremamente parecidos. Anyway, era assustador. E eu que nunca imaginei nada disso, achei que não existia nada embaixo da terra, mas aqui estou, presa em uma bolha, com grindylows de guarda. Será que a J.K. Rolling também veio parar aqui? Nah, ela só deve ter uma imaginação bem fértil. Eu acho. Bom, mas são super parecidos! Ah tá, entendi. A autora não tem imaginação suficiente para criar um animal bizarro. Então copia dos seus livros favoritos. Isso explica porque tudo que é estranho parece com Harry Potter. O Edward poderia aparecer também, eu não me queixaria. Ahhn... Me queixaria sim, ele só tem olhos para a Bella, nem adiantaria ele vir para cá. Seria ele ficar com fome e me mataria. Lindo, né? Aff, para de pensar besteira, , dá um jeito de sair daqui. Olhei em volta e vi uma bolha gigante de ar, um tipo de buraco, então eu, nós, provavelmente teríamos que entrar ali para o quarto enigma. Ótimo. Minha felicidade e esperança de casar e ter filhos, conseguir um emprego em Jornalismo ou em Música, foi pelo ralo. Literalmente. Já pensou se eu casasse com o ? Nossos filhos iam ser tão lindos! Se puxassem o pai, claro. Maaas, assim, espero que meus filhos não puxem minha inteligência, ou meus pensamentos, porque senão eu estaria colocando mais criaturas inúteis, já não basta eu... Ok, pensa em um jeito de sair daí, menina, acorda, vamos.
- ? - eu disse. Hmm... Desconfio que ele não vai me escutar. -
! - Ele escutoou! A-la-la-ô ô-uô ô-uô! Nossa, momento brega esse. Ele virou para mim e eu apontei para os... vamos chamar de , porque é um nome bonitinho. Tá, eu apontei para os e depois para a bolha gigante, e ele concordou com a cabeça. Sentei na bolha e pensei. Uau. Essa foi forte. Pensar, vindo de mim? Tô foda, falaê.
Capítulo 13.
Tá. Já passou um tempão e eu tô aqui, parada, olhando para esses bichinhos ignorantes aí. E já enjoei da cara bizarra deles. E enjoei de pensar. Acho que, na verdade, eu nem me esforcei, mas anyway. E enjoei da cara do também. Ele agora está chamando a atenção dos bichinhos fazendo uma dancinha fofa. Ele olhou para mim e sorriu. E adivinha? Eu sorri feito boba de volta. Dude, eu ajo como uma idiota perto dele. É incrível, porque eu já sou meio tantã por natureza, com ele perto, eu viro uma idiota completa. Fechei os olhos e acho que dormi, porque perdi alguma coisa. Acordei (se é que eu dormi) com um tremor na minha bolha e, quando eu vi, a bolha de estava junto com à minha, e ele estava sorrindo do meu lado. Agora estávamos os dois em uma grande bolha.
- Surpresa? - Eu estava com a boca aberta. Ele falou em tom de dúvida, então eu não sei se ele falou se eu estava surpresa ou se aquilo devia ser uma surpresa. Uma palavra pode complicar tudo, finalmente começo a entender o porquê de estudar entonação em Gramática. Gramática me lembra dramática. Só porque rima. Porque não tem nada a ver. De certo ponto de vista, até tem, porque eu sempre odiei Gramática, e eu fazia drama para fazer as lições. Entendeu a relação? Não, ninguém entendeu porcaria nenhuma, acho que nem você mesma se entende, . Agora dá uma resposta para o garoto, entende de qualquer forma isso! O menino está até passando a mão na sua frente pra ver se você está bem! Acordei do meu "devaneio" e sorri, dando ombros.
- Um pouco... Como você os convenceu a ficar perto de mim? – perguntei, apontando para os . Ele riu e se aproximou mais, abraçando-me pela cintura e me dando um beijo na bochecha, fazendo-me corar. Ele riu de novo.
- Sei lá... Eu tentei falar com eles, fiz uns gestos e “disse” - ele tem que parar de fazer esse sinal de aspas com as mãos, isso é muito gay - que estou completamente apaixonado por você, e que não poderia ficar longe de você por muito tempo. Aí eles são uns bichinhos solidários e concordaram em me juntar a você. E aqui estou, pertinho de você! - ele exclamou e eu dei um sorriso bobo.
- E você está? - eu perguntei, referindo-me ao "completamente apaixonado por você", mas a anta ali (lê-se: ele) consegue ser mais lenta que eu em alguns momentos.
- Claro! Olha só, não tá me vendo aqui? - Olhei com uma cara mortífera arqueando as sobrancelhas (eu nunca consegui erguer uma só, sempre quis, assusta mais), estilo... Sei lá, mas com uma cara de não-foi-isso-que-eu-perguntei-seu-mala-sem-alça-lerdo-e-energúmeno e ele olhou com uma cara de aaaaaaah-entendi-agora. - Você... você quer saber se eu estou realmente completamente apaixonado por você? – Não, eu quero saber o endereço do Tom DeLonge, você sabe? - Ahhn.. bom... - Ele coçou a nuca visivelmente nervoso e eu entendi como um não.
- Tudo bem, então, eu preciso descansar. - E virei de costas para ele, soltando-me do abraço e me virando para baixo, dando de cara com um que me olhava. - AAAH! Que susto, seu bicho infeliz! - Tampei os olhos e me enrolei como numa bola e senti se aproximando.
- Sim, , eu sou... - ele sussurrou perto do meu ouvido e eu levei um susto, arrepiando-me toda. Do que ele estava falando? Tá, eu falei que ele consegue ser mais lerdo que eu em alguns momentos, mas, cara, agora eu brisei legal. What the hell he is talking about?! Uau, me senti A inglesinha pensando agora. Olhei com uma cara de não-entendi (eu adoro essas expressões, fikdik) e ele sorriu de leve, passando a mão pelo meu rosto e me dando um selinho demorado.
- Minha lerdinha... - Ele riu baixinho. Humpt, não gostei da parte do "lerdinha". Eu sei que eu sou, mas não precisa deixar isso tão na cara pra todo mundo ver, né? , acorda. Primeiro, só tem vocês dois aqui, e, segundo, você não precisa dele para deixar na cara que você é lerda, sua própria boca e seu cérebro cuidam disso por você. Ele respirou fundo. - Sim, , eu sou completamente apaixonado por você. Antes achei que era só vontade de dar uns amassos, porque você, desculpa o termo, é muito gostosa. Mas só de passar esse pouco tempo com você já me fez mudar de opinião. Total. - Tá. Eu não escutei direito. Eu estou surda. Não, surda eu não estou, porque eu escutei cada palavra, só não estou acreditando. Eu acho que eu estou olhando para ele com uma cara de sonsa (mais do que o normal), porque ele está rindo baixinho de novo. Ele se aproximou e me deu um beijo daqueles de cinema e, dude, com tudo isso, estou me sentindo a protagonista daqueles filmes que vendem milhões de tickets nas bilheterias do mundo todo. A mocinha em risco, o cara bonitão apaixonado por ela, drama, confusão, ficção [?] e muito mais. Isso daria um filme! Ele passou a língua de leve nos meus lábios, acompanhando o contorno e eu abri a boca, dando passagem para a língua dele. Senti um monte de olhos nos olhando (não, , nos comendo. No bom sentido, claro. Maliciosa) e quebrei o beijo. Olhei em volta e os estavam olhando com uma cara de... . riu e virou meu rosto.
- Ignora eles, ... Acho que eles nunca tiveram uma visão dessas... - Rimos e ele voltou a me beijar. Então senti a bolha estourar e soltei , tentando olhar em volta e não me afogar. Nem deu tempo. Uma pele grudenta e áspera segurou meu pulso e, no milésimo seguinte, eu estava sendo puxada em grande velocidade em direção a algo grande, provavelmente um estava me puxando, e eu imaginei como eu ia morrer. Fechei os olhos e o soltou minha mão e eu continuei em uma velocidade alta (para quem estava dentro d'água) e comecei a sentir tontura por falta de ar. Mas não durou muito, já que, depois, eu peguei uma grande arfada de ar e senti que estava rolando no chão duro, totalmente encharcada, só que com um milagre: sem água em volta. Senti alguém tossindo do meu lado. Abri os olhos e estava deitado do meu lado, sorrindo para mim. Sorri de volta.
- Que aconteceu? - perguntei e ele olhou em volta.
- Acho que enfrentamos as criaturas... - Ele riu. Olhei para cima, para onde ele estava olhando também, e percebi que estávamos dentro daquela bolha grande que eu tinha avistado, e lá em cima estavam os , grudados na bolha olhando-nos com o que deve ser um sorriso. - ...
- ...
- Vamos dar mais uma amostra pra eles? Afinal, eles salvaram nossas vidas. - Virei para ele e ele estava com um sorriso fofo no rosto. Concordei e me inclinei, beijando ele. Sentimos um alvoroço e olhamos para cima, assustados. Os nadavam em alta velocidade, meio que comemorando e nós rimos.
- Vem, vamos. - Ele levantou e me ajudou. Limpei meu bumbum e sorri para os acenando. Tá, nem sei se eles entendem o gesto, mas o que vale é a intenção, né não? Tô realmente foda, falaê. Nós estávamos caminhando devagar de mãos dadas por um corredor. Depois de um tempo, tropeçou em alguma coisa e caiu. Eu caí foi na risada, mas quando eu o ajudei, ele me puxou e eu caí em cima dele.
- Ops... - Ele tentou fazer cara de inocente, mas o sorriso malicioso na carinha tirou isso totalmente.
- Ops é? - Eu ri aproximando minha boca da dele. Ele ficou meio assustado, afinal eu nunca tomava a iniciativa, mas qual é, eu posso! Eu fiquei beijando ele sei lá por quanto tempo. Ele estava com as mãos na minha cintura e eu segurava o rosto dele com as mãos. Quando eu já estava quase sem fôlego, quebrei o beijo e me afastei um pouco, olhando-o nos olhos. Eu sorri e me levantei e dessa vez nem tentei ajudá-lo.
- Cadê sua educação em ajudar os pobres coitados que tropeçam em coisas invisíveis? - ele disse levantando fingindo cara de bravo e eu apertei as bochechas dele rindo. Viramos para ver no que ele tinha tropeçado e ele realmente tinha tropeçado em algo invisível.
- , você me superou, dude. Conseguir tropeçar em nada não é pra qualquer um - eu disse rindo da cara dele e ele lançou um olhar assustador na minha direção. Tá, a intenção era ser assustador, mas dava para ver que ele estava brincando.
- Um... - ele começou e eu arregalei os olhos. - Dois... - Eu saí correndo e rindo, ele atrás de mim. Eu não sei como consigo rir tanto e ainda ter fôlego para correr. E ainda tirei fôlego para gritar de algum lugar. Ui rimou. Parei.
- NÃÃÃÃÃÃÃO! , NÃO, POR FAVOR NÃÃÃÃÃO! - Senti um tremor ao meu lado, e, estranho, era como se eu estivesse passando por alguma coisa, atravessando uma barreira. Ele, que é mais rápido que eu, obviously, me alcançou logo. Ele me segurou pela cintura e me levantou no ar, rindo muito também. Rodamos e ele me pôs no chão, eu tive que me apoiar nele, de tanto rir, e a gente quase caiu no chão.
- Credo, parece que a gente bebeu! - disse , ainda rindo um pouco e encostado na parede. Olhei pra frente e vi um papelzinho. Parei de rir.
- Ah não, dude, achei que tinha acabado - eu disse baixinho. virou meu rosto e me deu mais um beijo. De novo.
- Relaxa, . A gente vai conseguir! - Eu espero... Quero sair viva daqui e casar com você, mas... - Eu tô aqui com você pro que der e vier, ok? - ele acrescentou baixinho e eu sorri concordando.
Saí correndo e peguei o quarto enigma. Ou assim pensava eu, né. se aproximou por trás e me abraçou pela cintura. Acho que ele deve ter reparado na minha cara de sonsa-pior-que-o-normal e que eu ainda não tinha aberto o papel.
- ? - ele perguntou, olhando pra mim.
- , eu tô analfabeta ou aqui tá escrito "Quinto Enigma" mesmo? - Ele pegou o papel.
- É mesmo! Cadê o Quarto Enigma?! - ele exclamou. Virei pra ele.
- Você tropeçou... em aparentemente nada, mas... - Dude, nem sei como fiz isso, mas eu sabia exatamente onde estava o quarto enigma. - VEM COMIGO! - gritei e puxei ele pela mão, sem deixá-lo responder.
- Bom saber que tenho escolha... - ele disse me acompanhando, segurando minha mão (lê-se: eu arrastando ele) e eu ri. Chegamos onde ele tinha tropeçado e eu ajoelhei e cavei no chão.
- ? - ele perguntou e eu virei pra ele. - Não tem nada aí, a gente já viu... Eu tropecei em nada mesmo, não deve estar aí... E eu não tropeçaria num papel! É mais admissível tropeçar em nada do que em papel! - Eu não dei ouvidos e continuei cavando. Cavei mais para o lado. ajoelhou do meu lado e virou meu rosto. Antes que eu pudesse pensar em alguma coisa (o que dificilmente aconteceria, de qualquer jeito), ele estava me beijando. Tá, eu já entendi que ele adora me beijar. - , me escuta, de verdade. - Sentei no chão, algo me dizia que algo importante estava por vir. Ele respirou fundo e olhou para mim. - Olha, eu realmente não acredito que tenha um Quarto Enigma! Ou eles erraram, ou...
- Ou?
- Ah, sei lá, , mas não acho que haja um quarto enigma. - Eu me ajeitei melhor. - Olha, e se tiver e já tivermos passado por ele, por que tentaríamos? Isso só vai nos atrasar! Vamos, , por favor.
- , sem querer ofender, mas acho melhor fazermos tudo, porque do jeito que as coisas estão indo, não duvido que terá uma maldição ou sei lá o que se não fizermos direito. - Ele riu com descrença. - , olha, agora você me escute, ok? Só nesse tempo que entramos aqui nesse acampamento, coisas estranhas e bizarras que eu só tinha visto em filmes e livros de ficção aconteceram, não duvido de mais nada! Só nesse acampamento vi mais coisas bizarras, como os , que nunca mais vou ver na minha vida, ou que nunca imaginaria ver ou que... Sei lá! Eu só acho que temos que fazer isso direito! - Tá, eu não sei de onde eu tirei tanta inteligência para pensar nisso, acho que achei um arquivo escondido no cérebro. me olhou com um sorriso leve nos lábios. Eu dei um sorrisinho.
- E para provar que você não é louco... - Levantei uma caixinha de madeira velha e o vi arregalar os olhos. Eu ri da cara de espanto dele e abri a caixinha. Dentro tinha um papelzinho, escrito "Quarto Enigma". - Acho que achei no que você tropeçou, e com certeza é melhor que nada ou um papel!
Ele riu e me deu um selinho, sentando do meu lado. Abri o papel me preparando para a rima e quase morri. Essa era péssima. Péssima mesmo.
"Depois de tudo o que passou, você é capaz de sorrir? Depois do que seu melhor amigo se transformou, você é capaz de rir? Este é o mais simples, porém exige senso de humor. Conseguirá passar pela barreira, sem deixar predominar o terror? Só passará por ela se um riso soltar, sem falsidade até no olhar. Um riso verdadeiro, alegria no coração, caso contrário, a passagem não se abrirá."
- Ok, eu estou pasma. - Observei, lendo a rima de novo. - Primeiro, a rima foi a pior de todas até agora. Segundo, a gente passou rindo ali, fizemos o quarto enigma sem perceber!
- É... Parece que foi isso mesmo... - Ele olhou com uma sobrancelha arqueada para mim. - Então, vamos voltar? Temos o último enigma...
- Graças a Deus o último. Acho que nunca estive tão ansiosa para ver uma rima tosca como agora.
Voltamos para onde tínhamos encontrado o quinto enigma.
Capítulo 14.
Voltamos para onde tínhamos encontrado o quinto enigma e lemos.
- , me diz que eu não tô louca? - disse após ler o enigma. estava com a boca aberta e dava para perceber que ele estava relendo o enigma para ver se ele tinha entendido certo.
- Acho que é isso mesmo... Mas, cara, tá fácil demais! Não é possível, vai acontecer alguma coisa além disso, quer apostar? - Eu virei para ele. Mordi o lábio e ele acariciou minha bochecha. Encostei a testa no ombro dele e ele me envolveu pela cintura. Ouvi-o murmurar o enigma bem baixinho no meu ouvido, me arrepiando toda.
"Consegue se imaginar com a pessoa que ama? Consegue sentir como ela costumava te beijar? Consegue reproduzir o beijo como sempre foi? Reze que sim, pois para chegar a etapa final, uma recordação real vai ter que relembrar. O sentimento mais forte você vai ter que sentir, se quer seus amigos salvar e daqui sair."
- Putaqueopariu, essa foi foda... - eu comentei. Ele riu e me afastou um pouco. - Mas eu não entendi direito.
- Olha, eu também não sei se entendi direito, , mas, pelo que eu entendi, a gente vai ter que reproduzir um sentimento forte, real, para chegar à "etapa final". Mas, se for só isso, tá fácil demais... - De repente meu rosto se iluminou.
- Não está não, . - Ele me olhou confuso. Ok, eu estou tendo uns pensamentos bem inteligentes até, o que é bem estranho. Dude, até eu já entendi, como ele não viu isso? Ele conseguiu superar minha burrice e minha lerdeza agora. E olha que isso é bem difícil. Mas entenda que não é impossível. Respire fundo. Conta até dez, vamos lá, , explica pra ele. - Olha, você tá com os enigmas aí? - Ele concordou e tirou os enigmas do bolso.
Estranhamente eles estavam secos, mas nada me assusta agora, nada me surpreende. Afinal, está na descrição que isso também é ficção, você devia ter lido. Ou a autora devia ter colocado. Você quem, ? Acorda pra vida, garota, o menino está aí esperando a sua explicação e você fica preocupada em explicar para alguém que não existe o porquê dos papéis estarem secos. Tá, esquece. Peguei os papéis que ele mantinha estendidos para mim e procurei um lápis e um outro papel, que achei sei lá onde [n/a: isso me lembra The Sims, que eles tiram tudo da bunda deles... é presente, peixe, dinheiro, jornal, TUDO!].
- Olha... - Ele se aproximou por trás de mim e observou enquanto eu copiava os cinco enigmas no papel em branco. Terminei e comecei a ler em voz alta, reforçando algumas partes e circulando elas [n/a: as partes "reforçadas" estão sublinhado, okz? =*]
- 1º Enigma: "No chão há 4 combinações de algumas letras, que formam nomes de pessoas famosas. Você tem que adivinhar quais são essas pessoas apenas com essas letras, e escrever seus nomes na ordem, em cima da mesinha no canto, onde há botões. Se acertar a combinação, os botões irão funcionar e abrir uma passagem secreta, dando passagem para a próxima 'fase', onde terá o segundo enigma." NÃO COMENTA! - gritei quando ele abriu a boca para perguntar confuso.
- 2º Enigma: "O que é o que é? Você vai ter que adivinhar. Essa é o enigma que está a te aguardar. Pode rir, você vai ter que pensar, e, se conseguir, o terceiro enigma terá que desvendar. Mas primeiro pela porta tem que passar, para ao segundo enigma chegar, boa sorte ao tentar, pois ela bem escondida está, só quem realmente vê com o coração, poderá visualizar." - Dessa vez não comentou nada, nem precisei falar, viu que menino bonitinho? Assim que eu gosto, obedece direto! Esse não era bem um enigma, era só a dica para o próximo, então tivemos 6 Enigmas! Que sacanagem!
- 3º Enigma, que na verdade era pra ser o segundo ou sei lá:"Esse enigma é difícil, uma palavra para descobrir. Pense na décima quarta letra do alfabeto, e na repetição de correto. Agora no lado afiado do facão, e na pessoa que mora NO seu coração. Uma palavra surgirá, e para as chamas você repetirá, se conseguir acertar, poderá ultrapassar. Uma mistura daquelas, e para sair dessa confusão, descubra logo o engima, ou o próximo não desvendará."
- 4º Enigma (acho): "Tem medo do quê? É bom ser de nada, porque duas horas são barra pesada. Sozinho num quarto vai ter que aguentar, todos os seus medos vai ter que enfrentar. Se prepare, tudo pode acontecer, esse enigma é para testar você". - Acho que ele começou a entender, porque vi seu rosto começar a se iluminar num sorriso. Dei um sorriso e um beijo na bochecha dele.
- 5º Enigma (acho): "Quanto tempo você consegue ficar em baixo d'água sem respirar? É bom se preparar, porque o quarto enigma mais abaixo está. Procure uma entrada no meio do lago, só tome cuidado para não morrer afogado! Algumas criaturas te esperam, mas, se seus amigos quer salvar, elas vai ter que enfrentar."
- Dude, deu uma confusão danada, nem sei mais quantos enigmas tem, a autora devia ter colocado "1º Papelzinho", "2º papelzinho", etc! - ele comentou e eu ri.
- Então, Mr. , entendeu onde eu quero chegar? Eles, seja lá quem forem, não contavam com mais de uma pessoa aqui, era tudo para ter uma só, está tudo no singular! Era para isso ser difícil, mas nós dois temos um ao outro, estamos nos apoiando e nos ajudando, então não ficamos estressados, porque, se eu estivesse aqui sozinha, eu nunca teria passado do primeiro enigma! Se chegasse aqui ficaria desesperada, porque tentar de algo quase real, quando nem se sabe mais se você mesma é real, é bem difícil! Mas com duas pessoas, não conseguimos só sentir como se fosse real, vamos sentir porque é real! - eu expliquei eufórica, satisfeita com minha própria inteligência. Comecei a gostar desse acampamento. Mentira, continuo preferindo que nunca tivesse vindo para cá. Se bem que conhecer o foi ótimo, a melhor coisa que já me aconteceu. E, tirando as partes assustadoras, até que está sendo divertido. Tá, se a gente tirar as partes assustadoras daqui tiramos 95% da viagem, então é melhor ignorar essa frase. Como sempre, já não está tão difícil, né? É só ver onde tem o próximo travessão e ir para lá, sem ver esse besteirol aqui.
- É, você tem razão! - Me assustei. Esqueci que o coitado ainda estava ali.
Nem deu mais tempo de pensar mais asneira, porque me puxou e me deu um beijo, um beijão daqueles mesmo e eu fiquei até sem fôlego. Do nada, uma porta que eu nem sabia que existia, que, para falar a verdade, acho que realmente não existia, apareceu ali e nós trocamos um olhar assustado. Na porta estava escrito:
"Pronto para a etapa final? Não é mais difícil, não é mais complexa, não é nada demais. Já passou por muita coisa até chegar aqui, e conseguiu recordar de um sentimento quase real. Isso mostra que você é de fato uma pessoa especial. Aqui nada mais vai fazer, apenas esperar o amanhecer, quando o primeiro amigo avistar, saberá que terá conseguido."
- Nossa, não acredito que eu vou dizer isso, mas eu preferia as rimas, ficou sem graça... COMO ASSIM ESPERAR O AMANHECER? E SE ELES MORREREM DURANTE A NOITE? , O QUE A GENTE FAZ?
- , relaxa, vamos dormir, como ele manda, vamos fazer tudo direitinho, lembra? Acho que não vai acontecer nada com eles, vem - ele me acalmou e me puxou pela mão e passamos pela porta. Lá dentro era mais aquecido, era confortável, dava uma sensação de... lar. Mas sabia que não era lar, era uma caverna, que só dava a sensação. Eu e sentamos e dessa vez foi ele que encostou a cabeça no meu ombro. Eu passei o braço em volta do ombro dele e comecei a fazer carinho em seu cabelo. Observei com um sorriso que ele fechou os olhos e suspirou.
- Tô cansado... - ele disse baixinho. Eu concordei e fechei os olhos também. Mas não consegui dormir, então fiquei acariciando o cabelo dele enquanto ele dormia. Ele parecia sossegado, ele tinha deitado no meu colo e estava com um sorriso no canto da boca. Depois de um tempo ele levantou e soltou um grunhido estranho. - Banheiro - ele disse e levantou, indo para um "dobrinha" na caverna. Mordi meu lábio e percebi que estava apertada também, nem lembro a última vez que fui ao banheiro, acho que a autora esqueceu que personagens de fics também precisam ir ao banheiro, dormir e comer de vez em quando. Comer. Dude, que fome! voltou e eu fui. Ele esperou eu voltar para deitar de novo no meu colo.
- ... - Ele levantou um pouco a cabeça, para mostrar que estava escutando. - Tô com fome... - eu reclamei e ele deu um sorriso, ainda de olhos fechados. Ele suspirou e levantou, pegando a bolsa. Tirou de lá quatro sanduíches e deu dois para mim, pegando dois para ele. Sentamos encostados à parede e eu comi apoiando a cabeça no ombro dele. Depois trocamos de novo e ele encostou a cabeça no meu colo.
- Não consigo dormir... Canta pra mim? - Ele virou tão rápido que eu até assustei, então precisei de alguns segundos para responder. E só consegui um sorriso de resposta.
- Não, não... Eu não canto, , minha voz não é boa!
- Mas você disse uma vez, logo que a gente se conheceu e eu perguntei se tocava algum instrumento, você respondeu que guitarra e cantava... E, menina, acorda, eu confundi você com a Avril Lavigne uma vez, lembra? Como assim você vem me dizer que não canta bem?! - ele exclamou levantando e olhando para mim.
- Bom... Erm... Eu.. Eu tenho vergonha de cantar na frente dos outros e erm... Não lembro de nenhuma música boa para cantar agora... Não uma calma, para dormir - tentava me explicar, mas ele me deu um beijo de novo.
- Por favor... Você disse que tem irmão, você não cantava nada para ele? - ele insistiu. Eu contei que tenho irmão pra ele?! - Além disso, eu já cantei duas vezes para você, você tá me devendo, !
Respirei fundo, contei até dez e abaixei ele devagar para o meu colo de novo. Ele deitou com um sorriso vitorioso e fechou os olhos. Como eu não comecei nada, ele abriu os olhos, me olhou com aquele olhar e pegou minha mão colocando em cima do cabelo dele, meio que indicando para eu fazer carinho de novo.
- , a única coisa que eu cantava para ele era canção de ninar infantil, e em português, você não vai entender nada!
- Não importa, só quero escutar sua voz cantando... - Percebi que não ia convence-lo, então respirei fundo e comecei, acariciando a cabeça dele [n/a: a música é beeem infantil e eu realmente canto ela para meu irmãozinho, mas é tão linda e se adapta tão bem ao momento...].
"Se essa rua se essa rua fosse minha
Eu mandava eu mandava ladrilhar
com pedrinhas com pedrinhas de brilhantes
Para o meu para o meu amor passar"
Sorri durante toda a música, enquanto fazia carinho na cabeça dele.
"Nessa rua nessa rua tem um bosque
que se chama que se chama solidão
Dentro dele dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração
Se eu roubei, se eu roubei seu coração
Tu roubastes tu roubastes o meu também
Se eu roubei, se eu roubei seu coração
É porque, é porque te quero bem..."
Capítulo 15.
Hm. Ai. Outch. Ok, levantei. Dude, tô toda dolorida... Acho que eu dormi toda torta. Olhei em volta. ainda estava no chão, dormindo. Andei em volta da caverna, que misteriosamente estava iluminada, para esticar as pernas e fazer alguma coisa; lembrei da etapa final. Tão difícil. Sentei do lado do e comecei a acariciar o cabelo dele. Ele se mexeu e eu sorri fraco. Depois de um tempo, ele abriu os olhos e olhou pra mim.
- Bom dia... - eu disse fraquinho.
- Bom dia... Já encontrou alguém? - ele perguntou esperançoso. Neguei com a cabeça e toda a esperança evaporou. Ele levantou um pouco a cabeça e a apoiou no meu colo. Continuei a fazer carinho e ficamos em silêncio.
- Bem difícil essa etapa final, não? - ele disse sarcástico e eu ri.
- Podia ser pior... - eu disse tentando pensar em alguma coisa para completar.
- Como?
- Não faço a menor idéia! - eu disse e nós rimos. Ele levantou e foi no cantinho que estávamos usando como banheiro e ficou de costas. Fechei os olhos e senti ele se aproximar de novo.
- Hey! - ele disse e eu abri os olhos. Ele me encarava com um sorriso safado no rosto. - Você não me deu beijo de bom dia hoje!
Rolei os olhos e ele se aproximou, me provocando. Ele passou a ponta do nariz pela minha bochecha e roçou nossos lábios, eu arrepiei. Ele deu um sorrisinho vitorioso e me beijou. As nossas línguas brincavam uma com a outra e eu já estava perdendo o fôlego, mas quando se beija um cara perfeito desses, não dá vontade de parar de beijar ou pensar numa besteira como oxigênio. Ele pôs a mão na minha cintura e me deitou delicadamente no chão, ficando sobre mim. Comecei com a mão boba, passando a ponta dos dedos debaixo da blusa dele, sentindo o abdômen se contrair ao meu toque, e ele levantou a minha blusa, interrompendo o beijo para pegar fôlego e tirá-la, tirando a dele também. E lá vamos nós de novo...
Nós respirávamos calma e profundamente. Que beijinho de bom dia, hein? Depois de uns quinze minutos, falando besteiras e rindo, nos levantamos e nos vestimos. Pulei de cavalinho nele e começamos a examinar a caverna. Era enorme, dude! Acho que nunca vi uma caverna tão grande. Tudo bem, admito, eu nunca vi uma caverna.
-! - eu gritei depois de um tempo. Eu tinha os olhos arregalados e ele me pôs no chão, virando para mim.
- Que foi? - Eu apontei trêmula para uma câmara. Dude, minha mão tá tremendo muito!
- Caralh... - ele não terminou a frase.
Ali na nossa frente, em 'bolhas', estavam todas as pessoas desaparecidas do acampamento, incluindo alguns monitores. Era uma galeria do horror. Passávamos observando todos, alguns conhecidos e outros não, ou só de vista. Meu coração apertou e eu não consegui segurar as lágrimas quando cheguei na 'bolha' do James e na da . me abraçou e beijou o topo da minha cabeça.
- Como a gente vai tirar eles daí? - perguntei chorosa.
se aproximou e tirou um canivete do bolso, estourando a 'bolha' do James. James caiu no chão tossindo, ofegando e todo encharcado, junto com toda a água que estava dentro da bolha.
- JIIIIMMY! - eu gritei e o abracei. Comecei a chorar compulsivamente nos braços dele enquanto ouvia outras bolhas estourando.
- ! Cara, você tá bem, que ótimo! Sh... Tá tudo bem! - ele dizia tentando me acalmar.
- Fiquei com medo de te perder... - eu disse encarando os olhos dele e ele sorriu, me dando um beijo na testa. Ele me abraçou mais forte e eu vi sendo abraçada por e conversando com uma expressão preocupada com e . Eu e Jimmy nos levantamos, ele com a mão na minha cintura. Enquanto eu falava com , contando o que tinha acontecido durante todo esse tempo, os meninos iam libertando todos das bolhas. Namorados e namoradas se encontravam, amigos discutiam a caverna, uns perguntavam o que tinha acontecido, todos muito confusos. No meio da multidão, achei .
- ! - chamei e ele virou, me dando a mão. Eu olhava aflita pra ele.
- Que foi, linda?
- Como vamos tirar todo mundo daqui? Tipo, como vamos voltar? Nós caímos muito, estamos a quilômetros, acho, da atmosfera, como vamos subir? - eu perguntei, com lágrimas voltando aos meus olhos. Ele segurou meu rosto com as mãos e me beijou devagar.
- Olha... Vamos ver isso, ok? Nós dois chegamos até aqui, vamos sair todos. Certo? - ele perguntou depois de quebrar o beijo. Concordei com a cabeça. O monitor, aquele que tinha me dado medo antes, dos olhos vermelhos, se aproximou. Ele tinha sido preso? Achei que ele era o culpado...
- Sr. , por favor. Gostaria de falar a sós com você, quero que me conte exatamente como chegamos até aqui. - concordou com a cabeça e se voltou pra mim.
- Eu te amo - ele disse, me dando um selinho.
- Também te amo... Volta logo! - Ele sorriu e acompanhou o monitor, sumindo na multidão. James me alcançou.
- O que foi, pequena?
- O monitor... Ele chamou o . Eu tô com medo, James... Eu não gosto dele! Nem confio. Tenho medo que ele faça algo com o ! - eu disse, segurando o choro. Ele me abraçou e me levou até a rodinha dos nossos amigos, e eu fiquei lá, tentando me distrair.
na caverna
Caminhei atrás do monitor, receoso, e as pessoas nos observavam. Uns caras do 3º A, Charlie e Matt, acho, sorriram pra mim, porque eu tinha 'libertado' eles. Eu e o monitor caminhamos até uma dobra e entramos em uma outra câmara, essa com porta. A porta fechou-se atrás de mim com tudo e eu levei um susto. O monitor virou-se para me encarar, e eu percebi o que tinha falado. Os olhos dele eram vermelhos, e ele tinha um sorriso maligno no rosto. Uma luz acendeu em algum lugar e mostrou-o pálido, como um vampiro. Será que a teoria da estava certa? Que eles são vampiros, e querem matar todo mundo pra montar uma tal de Nação Zumbi inglesa ou um exército de zumbis? Não eram vampiros? Merda, tô ficando igual a ela... Queria saber o que ela tanto pensa, se é só besteira ou outras coisas.
- Então, senhor ... Você acabou com meu plano. - Engoli em seco, enquanto ele se aproximava, me encarando de forma assustadora. - Você e a sua amiguinha lá... Mas meus amigos já vão cuidar dela...
- NÃO! - Pensei em , sozinha, sem ninguém e me virei pra porta, tentando abri-la. Escutei uma risada que fez arrepiar os pelos da minha nuca.
- Acha mesmo que você vai sair? Pra vê-la? - Ele riu de novo, e eu me virei, cerrando os pulsos. - Vocês dois chegaram até aqui, juntos, o que estragava quase todos os enigmas, principalmente o último. Provavelmente um de vocês já teria morrido, mas não. Vocês quebraram as regras, e só vocês sabem como sair daqui, portanto, vamos acabar com vocês primeiro, depois veremos o que vamos fazer com os outros...
- Está enganado. - Minha vez de rir, mas meu riso foi longe de ser maligno, foi um riso nervoso, imaginando onde estava agora, o que estariam fazendo com ela. Ele me olhou confuso.
- Como?
- Não sabemos como sair daqui. - Merda, eu tinha que abrir a boca? Ele aumentou o sorriso.
- Sério?
- Não. - O sorriso dele se fechou, enquanto eu tentava pensar em uma mentira rápido.
- Está mentindo! - ele disse, já não tão seguro.
- Não estou, não. Seus... erm... amigos não acharão a , ela já contou a todos como sair, todos estão sendo evacuados agora. - Ele cerrou os punhos, assim como eu, e seu rosto se fechou em uma expressão de raiva. Que quase me fez mijar nas calças.
- Bom, senhor ... Acredito que terei que tomar certas providências. - Então, do nada, entendi como sair dali. Eu tinha focado meu olhar atrás dele, onde havia uma canção, ou um poema, que eu não consegui ler. Mas eu sabia que era como sairíamos dali, cantando aquela música. Não fazia a menor idéia de como eu sabia isso, só sei que era assim.
Ele se aproximava cada vez mais de mim, e eu recuava. Parede, droga. Bom, visto que ele não tinha uma parede no caminho, ele não parou até ficar a menos de 50 cm de mim. Encarei seus olhos vermelhos, e não sei de onde tirei coragem para tal pergunta, quando vi, já era.
- O que é você? - Ele arregalou os olhos e jogou a cabeça para trás, rindo.
- Algo que está longe da compreensão humana... Principalmente de uma mente limitada como a sua, - ele explicou com um sorriso maligno. Engoli em seco e ele se aproximou de mim, colocando uma mão no meu pescoço, me erguendo só com uma mão e me sufocando. Virei o rosto e vi uma ilusão. Pelo menos ia morrer com uma última visão dela na memória. Quando eu achei que ia perder a consciência, escutei uma voz maravilhosa e o monitor-sei-lá-o-que me soltou, e, pela primeira vez na minha vida, eu desmaiei, sem antes sentir tudo tremer.
Back to 's POV
Depois que saiu, James me levou até onde estavam , , e . Tentei me distrair, mas sempre acabava olhando para onde tinha desaparecido com o monitor. Já tinha passado muito tempo. Decidi ir atrás deles. Avisei James e fui em direção a eles.
- Acha mesmo que você vai sair? Pra vê-la? - escutei o monitor falando, por trás de uma parede. Dei a volta e encontrei outra entrada. Observei olhar assustado para o monitor, mas por algum motivo não conseguia me movimentar. Queria ajudá-lo, mas não sabia como. Então olhei para onde o olhar dele estava dirigido e vi uma canção, com desenhos de em volta, chamas e vários outros relacionados aos enigmas.
- Algo que está longe da compreensão humana... Principalmente de uma mente limitada como a sua, - escutei o monitor dizendo e virei pra ele, a tempo de vê-lo avançar para e levantá-lo pelo pescoço. Tive que conter o grito enquanto percebia que ele estava ficando roxo, azul, sei lá mais que cor. Então voltei-me para o quadro e entendi. Comecei a cantar o que estava escrito, num ritmo que eu nunca tinha ouvido antes, mas que fez efeito, porque o monitor soltou e virou-se pra mim, enquanto eu continuava a cantar. Quando ele veio na minha direção, com os olhos vermelhos ardendo de fúria, olhei para que arfava no chão, ainda consciente. O monitor estava a apenas três passos de mim quando se desfez em pó. Assustada, senti o chão tremer e tudo começar a rachar. Corri para o lado de , mas ele já havia perdido os sentidos. Entrei em desespero, porque tudo estava desabando, o monitor tinha virado pó e meu herói estava desacordado. Então comecei a sentir tontura também, e acabei desmaiando, a coisa que eu fazia melhor do que tudo nesse acampamento.
Capítulo 16.
Acordei com uma luz no rosto e olhei em volta. Hm, o que eu estou fazendo no dormitório? Levantei e senti minha cabeça latejar. Olhei para o lado e vi , James e os meninos que dividiam o dormitório com a gente.
Como era o nome deles mesmo?
Levantei e, pela primeira vez, não senti tontura. Olhei em volta de novo, não sei por quê. Parecia que algo ia acontecer de repente, eu me sentia assustada e nem ao menos sabia o porquê. Fui ao banheiro, fiz minha higiene matinal e troquei de roupa. Normal. Tudo estava... normal.
- Hmm... Minha cabeça tá rodando... - apareceu e eu virei para ela, rindo fraco ao vê-la com as mãos na cabeça.
- Engraçado, porque a minha não está! - Ela mostrou a língua e foi ao banheiro. Saí e pulei na cama do James.
- Outch! - Ele acordou assustado e eu ri.
- Oi, Jimmy, bom dia! - Ele sorriu e me deu um beijo na bochecha.
- Você me assustou, pequena. - Sorri e sentei na cama, os outros começavam a acordar. Um garoto olhou pra mim confuso e levantou, se espreguiçando.
- Onde que a gente tá mesmo? - Um lá olhou pra gente. Pensei um pouco e lembrei.
- No acampamento - disse e levantei. O menino me acompanhou com o olhar.
- Alguém sabe que dia é hoje? - ele perguntou. Todos se entreolharam e riram.
- Não - responderam uns três ainda rindo.
- Ah. Adoro férias! - Rimos de novo e saímos juntos para o refeitório. O menino que me olhara segurou meu braço.
- Posso falar com você um instantinho? - ele me falou, olhando fundo nos meus olhos. Algo me incomodou, como se ele soubesse algo que eu não sei.
- Claro.
Andamos um pouco e nos viramos para o campo, onde tudo estava verde e umas pessoas brincavam e corriam.
- Você não lembra? - ele perguntou, na lata. O olhei confusa.
- Lembrar o quê? Eu não sei de absolutamente nada, nem seu nome! - eu disse, meio exaltada. Ele me olhou, e nos seus olhos havia dor.
- ... Você... não lembra de nada? - Ele virou pra mim e me segurou pelos ombros. Eu o olhei assustada.
- Do que exatamente eu deveria lembrar?
- ! Os , os enigmas, as portas, chamas, água, túnel, alçapão, monstros, Inferi, tudo! Como você não lembra? E de mim, ! E eu? Como você não se lembra de mim? - ele perguntou e eu tive certeza que ele não estava bem.
- Olha... eu... não sei quem é você, claro que eu sei que é da escola e tal... mas não sei de nada disso que você está falando - falei, soltando-me de suas mãos. Ele me olhava, respirando pesado, e baixou a cabeça. Logo em seguida a levantou.
- . - Ele estendeu a mão e eu o olhei confusa. Ah, sim, ele estava se apresentando.
- . - Segurei a mão dele e ele sorriu de lado.
- Posso fazer uma coisa? - ele perguntou, hesitante.
- Err... - relutei. Ele era estranho, com essas histórias de alçapão e etc. Mas... - Pode...
Então ele se inclinou e selou nossos lábios. Eu fiquei espantada com aquilo, acabei de conhecer o menino, aparentemente, e ele me beija? Mas fechei os olhos e abri a boca, dando passagem pra sua língua.
Então aconteceu. Milhares de imagens e milhares de informações apareceram na minha mente do nada, no instante em que nossas línguas se tocaram. Continuei o beijo, e lembrava cada vez mais detalhes. Os enigmas, as rimas, os , os Inferi, os monstros, as portas, o lago, cada vez mais imagens vinham na minha mente. Quebrei o beijo ofegando.
- ! - gritei e ele me olhou assustado, antes de eu pular no pescoço dele.
- , eu lembrei! Eu lembro, os , o alçapão, tudo! ! - Eu o abraçava e falava, e o escutei rindo.
- ! - Ele me rodou e me pos no chão, olhando para o meu rosto e segurando-o com as mãos. Sorri e fiquei na ponta dos pés, dando-lhe um selinho.
- ... Como... O que aconteceu? - perguntei, depois de me afastar. Ele virou pra frente e suspirou.
- Não sei. Sinceramente, eu lembro do monitor e tals, mas depois apaguei, nem lembro... Eu lembro que você cantou uma musica e, de repente, tudo começou a tremer. Então a gente acordou aqui, e eu lembrei de tudo, mas... Por que será que você não lembrou?
- Não sei... Os outros não parecem ter lembrado também. - Dei de ombros e estiquei o braço para ele, sorrindo.
- Vem, vamos tomar café! - Ele sorriu e segurou minha mão, me dando um selinho, e fomos tomar café.
- Bom, hoje é nosso último dia aqui no acampamento, e vocês tem a programação livre. Divirtam-se! - O monitor-legal disse e nós comemoramos.
- E aí, o que querem fazer? - perguntou, se espreguiçando e sorrindo para .
- Ah, sei lá, quero dar uma passada na piscina, esses dias passaram tão rápido que parece que nem tivemos tempo para aproveitar! - disse e concordou. e deram de ombros e eu falei:
- Eu queria passear um pouco, a gente nem conheceu aqui direito... Vamos comigo, ? - Ele sorriu e concordou, passando o braço pelos meus ombros.
Depois de termos tomado café, nos levantamos e cada um foi para um canto.
- Aonde quer ir primeiro? - perguntou. Respirei fundo e segurei sua mão.
- Ao quiosque! - falei e ele me olhou de lado. Mas não disse nada, apenas apertou minha mão mais forte e me acompanhou.
Logo chegamos lá, e eu abri a porta receosa. entrou logo depois de mim. Olhei em volta e meus olhos focalizaram a argola do alçapão, e ao lado dela havia um pé-de-cabra.
- Então aconteceu... - falei, sentando no chão. sentou ao meu lado.
- Você duvidava?
- Não sei, acho que no fundo eu sabia que realmente tinha acontecido, mas não sei... Parecia irreal demais - eu disse, e apoiei o queixo nos meus braços. se aproximou devagar e levantou meu rosto, o segurando na altura do seu.
- Eu não pareci real? - ele perguntou baixinho e eu sorri.
- O mais real de tudo! - falei e o beijei.
O beijo durava alguns minutos, até que ouvimos alguém pressionando a porta. Quebrei o beijo e olhei assustada.
- Mas que droga! - ouvimos um resmungo e eu abracei . Ele me abraçou também e me puxou lentamente para trás de uma cômoda que tinha ali. No momento em que nos escondemos, a porta se escancarou. e eu nos encolhemos ao ver um ser feio e estranho entrar correndo e fechar a porta. Eu me apertei mais a , e o homem se abaixou e abriu o alçapão. Quando ele ia pular (eu acho), ele viu o pé-de-cabra e parou.
- Ah não... - sussurrou baixinho. Eu o apertei e tentava respirar baixo.
- O que isso... Aaah... Aqueles garotos... Então é verdade... O mestre... AAAAAARGH! - ele gritou e eu me assustei.
O cara saiu correndo e eu virei para .
- Ele sabe! - falei assustada e ele concordou com a cabeça.
- , você entraria lá de novo? Pra ver como está e tals? - Neguei rápido com a cabeça, e ele baixou os olhos, visivelmente desapontado.
- Ah ok... Vamos voltar? - ele perguntou, levantando. Concordei e ele me ajudou a levantar.
Quando saímos, vi lançar um olhar para o alçapão. Hm, ele ainda vai fazer merda.
Anoitecia. Nós estávamos reunidos perto do ônibus (ou o mais próximo que aquilo podia chegar de um ônibus) com as nossas malas, amigos, namorados e professores. Todos meio tristes por estarem indo embora, exceto, acho, eu e . Suspirei e senti suas mãos me abraçarem pela cintura. Sorri e virei o rosto, encostando nossos narizes.
- Finalmente... - ele comentou e eu só concordei. Fomos chamados para entrar no ônibus e, dessa vez, sentou-se ao meu lado. Olhei para fora com outro suspiro.
- Vai ser estranho saber o que aconteceu aqui, só nós - comentei. Ele me olhou com as sombrancelhas franzidas.
- Não vai contar a ninguém o que aconteceu?
- Claro que não! Iriam me chamar de louca, não iriam acreditar! Eu mesma já não acredito nisso tudo, você quer que eles acreditem? - falei, exasperada, e pos a mão no meu rosto.
- Então ninguém precisa saber, apenas nós. - E acrescentou numa voz mais baixa: - Vai ser nosso segredo, pequena. - Sorri e concordei, dando-lhe um selinho.
- Mas mesmo assim... - falei, quando quebrei o beijo e voltei a olhar pela janela. - Tem tanta coisa que eu queria saber, chegar ao fim... Como aquele homem que entrou no quiosque! O que ele fazia lá? São tantas coisas pra saber ainda e... eu tenho medo de descobri-las - admiti. Eu realmente tinha medo de muita coisa.
- É... Eu gostaria de ter voltado ao quiosque e entrado novamente no alçapão. Sei lá, saber como está agora, depois que tudo isso aconteceu. - Ele suspirou também, acho que está pegando essa mania de mim.
- É mesmo... E ... - engoli em seco. - Esquece.
Desviei os olhos e senti um cutucão no ombro. Olhei para cima e vi um ser sorridente chamado James.
- , posso falar com você rapidinho? - Eu ajoelhei no banco e encostei minha bochecha na dele, e ele sussurrou no meu ouvido. - Depois eu quero saber o que aconteceu de verdade, você me conta?
Neguei com a cabeça e ele me encarou assustado.
- Você nunca acreditaria, James.
- Você poderia tentar - ele arriscou e eu suspirei.
- Vamos ver, James... - Voltei a me sentar ao lado de e ele segurou minha mão.
- Tudo bem? - Concordei com a cabeça e ele me deu um beijo na bochecha. - ? - O olhei.
- Sim?
- O que você ia me falar? Você falou para eu esquecer, mas isso te incomoda... O que é? - No fundo no fundo, acho que eu queria que ele insistisse, porque eu queria realmente contar, só não sabia se teria coragem. Suspirei.
- Eu... não sei. Não sei se você tem a mesma impressão que eu, mas... - Respirei fundo. - Por que eu tenho a impressão que isso não acabou?
Ele sorriu pra mim e o ônibus começou a tremer. Sim, isso indicava que estávamos de partida, não voltaríamos tão cedo àquele lugar, e eu tinha a impressão de que não havia acabado, e estava longe de acabar, por sinal. acariciou meu rosto e disse:
- E quem disse que esse é realmente o fim?
Fim
n/a
Eu digo hahaha Fiiim... Finalmente isso sim, argh. HUASHAUSHAUHSAUHSAUH'
Sim, minhas caras, esse é o fim, misterioso do jeito que está. Eu nem tenho o que falar nessa n/a, só tenho que agradecer! Agradecer a todos que leram essa fic até o fim, que comentaram dizendo que era boa, dizendo que era ruim, dizendo que podia melhorar, e espero ter satisfeito a todos os pedidos que eu li, e espero que pra quem falou que a fic estava muito 'poluída', tenha percebido que a fic melhora muito com o tempo =)
Olha, eu não vou lembrar de todo mundo e, embora todos os comentários me marcaram, eu quero comentar principalmente de algumas pessoas.
Bruuh_J obrigada por todos os comentários que você escreveu, eu me emociono com cada um ^^ Obrigada de verdade pelos elogios, e por dizer que essa fic é a melhor, embora esteja longe, quilometros, milhas, anos luz de distancia de ser uma das melhores, mas se você acha... muito obrigada mesmo viu? Espero que não tenha te desapontado (e a todas as outras também hehe);
Miin T. obrigada você também, e por ter me adicionado no msn... eu te contei o resumo dos capítulos lembra? Espero que tenha gostado! E meu Deus, eu ri demais com o seu comentário! Não sabia que eu produzia ataques de risos assim USAHUSAHSUAHUSA'
Deh e Maroca por terem betado essa fic, primeiro Maroca e depois Deh, obrigadin pelo lindo trabalho que vocês fizeram aqui, muito obrigada por me aturarem com meus e-mails e chatices e atualizações, e ‘forçar’ vocês a lerem isso LOL Milhares de Beijos e, Deh, fica tranquis que você não vai se livrar de mim, eu tenho mais quatro fics em andamento guardadas aqui, pode deixar ok? LOL. E obrigada por me ensinar o hino da república CACACACA’ Nem me ensinou, me mandou uma mensagem no MSN ‘japoneses tem quatro filhos né?’ Boiei ali KKKKK’ Mas ok, vc me mandou a página da Wikipédia e ficou tudo bem. LOL
E a todas as outras pessoas lindas e maravilhosas que comentaram aqui, tenho medo de começar a citar muitos nomes (até porque eu sempre acabo esquecendo USHAUSHAUHSA') e esquecer alguém que me marcou com o comentário, mas acreditem, amei todos e (embora reclamasse que não tinha mais, e que tinha gente que tinha fics a menos tempo que eu e já tinha o dobro de comentários) estou muito contente com a aceitação dessa fic, achei que ninguém ia gostar, porque até eu comecei a pegar certo rancor por ela... E quando eu a imaginei, era totalmente diferente do que saiu, eu nem fazia idéia que ia ficar assim, mas... Como eu já expliquei milhões de vezes, ela foi o começo, e agora, finalizando ela, eu já estou com 17 fics, incluindo ela, e tenho orgulho de dizer que eu evolui bastante entre essa fic e So Real, que foi a última que eu escrevi (até essa n/a) e já está no site ^^ Eu gostaria de pedir que, se vocês quiserem, ou puderem, ou se atreverem, leiam minhas outras fics, não precisa ler tudo de uma vez, claro, a minha listinha está aqui embaixo... talvez algumas 'Em Breve' já tenham entrado no site, se eu mandei, ou não, mas para saber é só procurar, se entrou, por favor, leiam... e comentem, como vocês comentaram aqui, e me fizeram super feliz, porque eu jurava que não teria nem 30 comentários, se pa 60...
Nossa, que n/a gigante, mas é a última, gente, mas não se preocupem, eu ainda estou por aqui, com as minhas outras fics USHAUSHAUSHAUSHAUH'
Um beijo enorme a todas, e eu gostaria de poder abraçar cada uma para dizer o quanto vocês me fizeram feliz e me incentivaram a escrever cada vez mais! Ah, e quem sabe, depois desse final enigmático não tenha uma parte 2? Eu posso pensar nisso, mas vamos me deixar finalizar mais alguma em andamento, porque eu tenho várias er... USHAUSAHUSAH'
Então, um bigbeijoborradodebatom em todas vocês =**
Anne
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N/B: Poxa, eu super achava que o hino do japonês era o da república, como eu ia saber que era da independência? Pra que existem tantos hinos assim aqui? Tem cada um que a gente nem sabe que existe. E isso de “japonês tem quatro filho” era tipo uma... parodia? do hino, bem de criança. Não zoe a minha infância, Anne! UASHAUSHAUSHAUSHAU
Anyway, estou a disposição pra betar qualquer uma das suas trocentas fics, você disse que não ia me abandonar, hein. Precisando, tô aqui o/ E, ah, cuidado escrevendo essas 47398439 fics suas que um dia você começa a confundir umas com as outras. UASHAUSHUSHAUSA
xx Deh
Listinha na ordem em que foram escritas, recomendo lerem as do 5 pra cima (6, 7, 8) que elas vão melhorando cada vez mais! Er, as em breve vocês lêem depois... e a nº 9 é segredo...
1. I Was Dreaming So Much-McFly(fic Jones)/Finalizadas
2. Another Memory Lane Story-McFly/Finalizadas
3. Wonderland e 'Wonderlindos'-McFly(fic Poynter)
4. Nights In The Camp-McFly/Finalizadas
5. Por Tras De Room On 3rd Floor-McFly/Andamento
6. My Sweet Fifteen-McFly/Andamento
7. Post Scriptum-McFly/Finalizadas
8. Arco-íris Decadente-McFly/Finalizadas
10 .She Was Dreaming So Much-McFly/Finalizadas
11. Holiday in Copacabana-Son Of Dork/Andamento
12. Cachinhos Castanhos e os Três McGuys-McFly/Finalizada
15. Loira de Neve e o Anão Solitário-McFly/Finalizadas
16. So true-Outros/Finalizada
Em Breve:
13. Just Like a Dream-Outros/Andamento
14. O Melhor amigo Dela-Restrita/Andamento
17. She’s Not there-All Time Low/Andamento
18. Pop Princess-Sonohra/Andamento (talvez mude o nome ;])
Dica Fixa!
Their Blog – By Lizard Queen, Bolton Girl e Fit Girl
Leiam e comentem ;) Todas que puderem, 1bigbj
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