História por Nate M | Revisão por Natália Smith (até o capítulo 2) e Larys


Capítulo 1.


Aquelas memórias não paravam de rodar minha cabeça, era tanta informação que eu não conseguia dormir há dias.
#Flashback
1 ano e 2 meses atrás.
- Para, , pelo amor de deus, para – Eu gritava entre risos escandalosos para que o menino que estava me segurando no colo me largasse.
- Não, vou te fazer uma surpresinha – Ele andava comigo em direção à piscina e era um dia frio em Londres.
- Não, , eu imploro, não faça isso – eu olhava assustada para a piscina.
- Calma , vai ser bom – ele disse e, antes que eu pudesse falar qualquer coisa, fui arremessada na piscina e aquela água gelada fez o meu corpo esfriar e meus pelos todos arrepiarem. Voltei à superfície morrendo de frio e pude ver um menino perfeitamente lindo se jogar do meu lado, ele sorria para mim e eu tremia.
- Estou morrendo de frio, e isso é culpa sua – disse, batendo os dentes enquanto ele me puxava para perto dele e me abraçava forte.
- Vamos sair antes que você fique resfriada – Ele disse na minha orelha, fazendo eu me arrepiar mais, e dessa vez a culpa não era do frio.
- Você me taca na piscina e depois fica todo preocupadinho. – falei, fingindo-me irritada e o menino soltou uma risada, saindo da piscina e me ajudando, ele andou abraçado comigo até a metade da sala, nem ligando se estávamos molhando a casa inteirinha dele.
- Vá tomar banho, pequena – ele disse, empurrando-me de leve até o banheiro e entrando comigo.
- Não vou tomar banho na sua frente – Não que ele nunca tenha me visto pelada, mas eu realmente não estava a fim de ficar pelada na frente dele desse jeito que nós estávamos.
- Para com isso vai, , toma banho aí – Ele disse, jogando-me para dentro do chuveiro.
- Ok, senhor – eu disse, ligando o chuveiro e sentindo aquela água quente tocar a minha pele; era uma sensação incrível. Eu pude sentir o menino chegando perto de mim, tocando seus lábios macios no meu, e colocando suas mãos em minha cintura. Aquela sim era uma sensação incrível, bem mais incrível do que a água quente tocando o meu corpo frio.
#EndFlashback
Era como se eu pudesse sentir os beijos do agora em mim, as lágrimas insistiam em correr pelos meus olhos. Onde aquele amor idiota tinha ido parar? Onde foi que tudo se perdeu?
Eu estava pensando em como tudo aconteceu, como ele era perfeito e eu nunca soube ver isso, eu sempre dizia não a ele. Ele era incrivelmente apaixonado por mim e eu a ele, mas dizia a mim mesma e a todos que não, maldito orgulho. Nós nunca conseguimos namorar sério, porque sempre que tentávamos algo acontecia e não durava, isso quando começava. Sempre ficávamos, traíamos nossos namorados. Era como se sempre que nós nos víamos, um imã enorme nos puxava para perto um do outro e acabávamos nos beijando e acordando um perto do outro.
#Flashback
3 anos 11 meses atrás.

Era o casamento dos meus melhores amigos; eles com certeza eram o casal gay mais lindo de todo o mundo e o meu preferido. Eu não conseguia parar de sorrir e, ainda para melhorar, estava no altar ao meu lado. Quando foi dar a noticia de que eu seria madrinha ao lado de , fingi estar super ofendida, falando que só entraria com na Igreja por causa dele, mas na verdade meu interior pulava de alegria. O casamento passou rápido e eu, claro, chorei pela linda cerimônia. A festa foi normal, e e eu até que nos entendemos bem naquele dia, estávamos sem brigar. Ele sorria para mim, e eu sorria para ele; definitivamente, ele tinha o sorriso que mais me encantava. Ele subiu ao palco e pediu um minutinho de atenção de todo mundo. E eu olhei nos olhos dele, me perdendo, aquele imenso fazia qualquer um se perder.
- Bom, eu gostaria de dizer algumas palavras. Eu ando realmente apaixonado por uma garota incrível, eu realmente não sou bom com essas palavras, mas eu sei que estou apaixonado. , você quer se casar comigo? – Meu coração parou, e eu tudo que eu mais queria era responder sim, mas eu não conseguia. Eu também estava começando a me apaixonar, mas eu não conseguia, eu só olhei para ele que sorria e para as pessoas em volta, que sorriam esperando que eu falasse sim, então eu achei melhor correr, indo para fora daquele inferno que estava me sufocando. Eu corria sem saber exatamente para onde e pude sentir alguém correndo atrás de mim, era , o noivo.
- Hey, o que foi isso? – Eu pude escutar ele perguntando e então parei de correr e olhei para ele.
- Orgulho.
- Orgulho? Como assim?
- Não sei. – Menti, não era bom eu falar a verdade pra ninguém.
- Você deveria dar uma chance a ele, o cara realmente te ama .
- Eu o acho legal, por isso não vou ficar com ele, talvez o machuque. Você sabe, acabei de sair de um relacionamento – Disse, referindo-me a Jimmy, meu ex. – Sabe, eu sei que ele me deixou, porém eu amo ele – Menti novamente, quer dizer, eu ainda o amava, era recente demais, mas confesso que estava mexendo com a minha cabeça de um jeito que Jimmy nunca mexeu.
- Você deveria tentar, ele sabe que você não é apaixonada por ele, mas você deveria dar uma chance.
- Não, e se o Jimmy voltar? Vou querer ficar com ele, e se eu largar ou então o trair, seria bem pior, eu sou péssima para ele – Na verdade, eu era péssima para ele, mas eu queria ser ótima. Talvez, se Jimmy voltasse eu ficaria com ele, mas não por completo amor, era mais pra provar pra mim e para todo mundo que eu o amava e não tinha o esquecido. Eu não me permitia esquecer Jimmy tão cedo por causa de um menino lindo que apareceu na minha vida, me fazendo rir, me tratando bem, me beijando e sendo o melhor de todos os tempos na cama. Não, eu não me permitia.
- Eu já conversei com ele disso, e ele sabe tudo isso, ele sabe que você ama o Jimmy, mas quer te fazer feliz. Ele aceita isso.
- Não, você só pode estar maluco, eu não vou ficar com ele já pensando numa futura traição. Isso é loucura – Olhei nas costas de e pude ver vindo em minha direção com o olhar triste, e aquilo partiu meu coração. Nós mal tínhamos alguma coisa e eu já estava o machucando. olhou para trás e viu a mesma cena que eu.
- Acho que vocês precisam conversar – Ele disse, assim que chegou, e saiu. Eu estava congelada; não sabia o que fazer ou falar.
- Desculpa – olhei para baixo, o chão me pareceu tão interessante no momento – Bom, eu sou a pior de todas, mas você sabe, eu ainda amo o Jimmy – e, novamente, eu estava mentindo para outra pessoa – E, desculpa, eu gosto de você, você é uma pessoa legal, mas eu ainda não estou preparada para um relacionamento sério, me desculpa de verdade. – Ele pegou no meu queixo e me fez olhar nos seus olhos, aqueles olhos que faziam eu me perder por completo. Droga, , para com isso.
- Tudo bem, eu entendo, eu acho – ele me deu um selinho e foi em direção à festa, deixando meu coração partido.
#EndFlashback
E se eu tivesse feito o que o meu coração mandou? Tivesse dito sim. Mas não, eu disse não, eu sempre quis pensar com a razão, nunca quis ser emocional.
Estava pensando em como eu sempre fui grossa com ele, quer dizer, nós nunca fomos de ficar de mil amores, tínhamos nossas brigas por mil besteiras, tínhamos vontades de nos matarmos, tínhamos nossas brincadeiras, nosso jeito de amar era completamente diferente de outros casais.
#Flashback
- Nossa, você é insuportável, não sei como te aguento – Eu disse, irritando-me com ele.
- Ah, porque você é muito legal, não é? Você consegue ser pior que eu – ele disse, revirando os olhos; até assim ele ficava lindo.
- Ah, vai tomar no cu, – eu disse, rindo e vendo ele sorri de lado.
- Vai você – Ele sorriu mais abertamente ainda e nós dois demos uma risadinha para descontrair o ambiente.
#EndFlashback
Sempre que eu começava uma briga com , por mais imbecil que fosse, era normalmente porque eu tinha ciúmes dele e não queria admitir de jeito nenhum, ou então porque ele tinha aquele jeito dele de sumir e não querer dar satisfação de sua vida. Eu fingia que não ligava para isso, mas a verdade é que eu não queria que ele sumisse e queria saber de tudo da sua vida. Mas o pior mesmo é quando eu o via dando satisfação da sua vida para outra pessoa que não fosse eu.
Olhei para relógio e já eram sete da noite e me lembrei de ter combinado de dar uma passadinha na casa de , que era meu melhor amigo hoje em dia. Porém, eu sabia que quando eu chegasse lá estaria com sua nova noiva, mas ok eu precisava ir e encarar isso. Além disso, disse para Josh, meu namorado, que quando saísse da casa de passaria na casa dele e ficaria com ele e Johnny, nosso amigo que morava com ele. Peguei minha blusa, a chave do carro, desci e fui dirigindo em direção à casa de .
não era mais casado com , sempre tinha sido, antes de , meu melhor amigo, mas eles acabaram terminando e ele se mudou para Califórnia e talvez um dia voltasse, mas mesmo com tudo isso ele me ligava uma vez por semana para saber como eu estava. Eu mentia, porque ele tinha pego um raiva enorme de e era contra qualquer sentimento que eu sentisse por ele. Agora morava sozinho e tinha um namorado, eu o via pouco, mas o sentimento de melhor amigo que eu sentia por ele seria eterno, apesar de estar andando quase sempre com Johnny e Josh.
tinha dado uma sumida, principalmente depois da nossa última briga. Quando voltou, estava apaixonado pela nova namoradinha, agora noiva, . Mas eu tentava ser simpática, afinal, eu que quis que fosse assim.
Comecei a tocar a campainha da casa de e pude ver um menino lindo vindo em minha direção e sorrindo, ele me abraçou super forte antes de dizer qualquer coisa.
- PEQUENA, eu estava morto de saudades – Ele disse me soltando e eu sorri; como era bom estar perto dele.
- Também senti, gato – Eu entrei naquela casa que eu conhecia bem e vi e trocando caricias no sofá, aquilo me deu uma ânsia, mas eu iria ser forte – Hey, pessoas.
- Hey, disse e me deu um beijo na bochecha e fez o mesmo.
Nós começamos alguns assuntos divertidos, demos algumas risadas e eu tentava conter meu ciúmes louco.
- Príncipe, o que nós vamos fazer amanhã? – perguntou ao MEU amor.
- Não sei, amor – Eu fiquei olhando e pensando em que apelido ridículo ela tinha arranjado para ele.
#Flashback
3 anos atrás.

Eu estava com medo de alguma coisa boba e estava abraçada a , que me protegia, aquele abraço sempre me protegia de tudo e ele tinha o melhor abraço de todo o universo.
- , promete que sempre vai me proteger de tudo? – Eu disse manhosa, olhando para ele.
- Prometo, – ele disse sorrindo.
- Você é tipo meu super herói – Era fato, ele sempre me abraçava e me acalmava, mesmo quando ele mesmo tinha me irritado, meu remédio para acalmar era ele mesmo. Ele soltou uma risada abafada, me olhando – É serio, você é meu super – eu disse sorrindo e orgulhosa da minha criatividade.
- E você minha maravilha – Ele riu e beijou minha testa.
- Somos o casal mais lindo, super e maravilha – Nós não éramos um casal, mas estávamos bem assim, ou pelo menos eu achava.
- Sim, minha maravilha – A partir daquele dia começamos a nós chamar assim em várias ocasiões. Nunca tivemos apelidos fofos, porque quando tivemos, adivinha se eu não estraguei tudo? Obviamente.
#End Flashback
- , está tudo bem? Estou te chamando há um tempo – disse um pouco mais alto, me fazendo voltar para realidade e eu com certeza estava com cara de idiota, pois os três davam risadinha de mim.
- Claro, eu só estou com um pouco de dor de cabeça e acabei dormindo da realidade – dei uma risadinha – Mas, falando nisso, preciso ir ver Josh e Johnny.
- Ih, você e seu namorado chato com aquele amigo dele. – disse, fazendo uma careta que me fez rir.
- Não fale assim dele, ele é um ótimo namorado e o Johnny um ótimo amigo.
- Ok chega – disse, ficando com ciúmes, mas eu jamais o trocaria, ele era meu melhor amigo e ele sabia disso. – Mas você só ficou duas horinhas aqui, fique mais.
- Não posso mesmo pequeno – Disse, levantando-me e beijando a bochecha dele, ele sorriu e fez como se entendesse. – Tchau , tchau – disse, fazendo um aceno rápido para eles, que fizeram o mesmo para mim e eu saí pela porta da casa de .
Voltei pro meu carro e coloquei uma música para me distrair, mas aquilo não estava funcionando. Lembrei-me do primeiro dia que tinha conhecido , e quão falsa eu fui.
#Flashback
6 meses atrás

- , eu estou apaixonado pela e quero que a conheça. Bom, ainda não namoramos, mas você é importante e quero que conheça ela – me disse no telefone e eu pude sentir meu coração doer. Nós havíamos voltado a nos falar fazia pouco tempo e ele já vem me soltando essa. Como assim? Apaixonado? Ele já havia me esquecido?
- Ah claro, só me dizer quando – Eu disse, fingindo estar feliz.
- Agora, venha aqui para casa – Eu quis morrer, como assim agora? Eu não estava preparada.
- Ah ok – desliguei, comecei a me trocar lentamente e fui à casa de . Cheguei lá ele estava com uma menina aparentemente bonita e eu quis sair correndo daquela situação.
- , essa é a e essa é a – ele disse, sorrindo e empolgado.
- Hey, fala muito de você – Tentei ser o máximo de simpatia em pessoa, eu sentei no sofá e parecia um cachorrinho e concordava com tudo que a garota falava, ele era um amor com ela, um fofo, era perfeito. Eu senti inveja, ciúmes e então peguei meu celular e mandei uma mensagem “preciso da sua ajuda” para meu , eu não o via a um tempinho já, mas só ele podia me ajudar.
- , você podia chamar o , queria que ele também conhecesse a . – disse, como se estivesse lido meus pensamentos.
- Claro, vou ligar para ele – Peguei o telefone e disquei aquele número que eu conhecia – , venha pra cá, estou na casa de e ele quer apresentar a , uma amiga nova dele – , como não era besta,, logo entendeu o que estava acontecendo, e porque eu precisava de ajuda, eu estava morrendo por dentro. Pude ouvir concordar e desligar o telefone, olhei pro casal a minha frente e sorri – Ele já está vindo.
- Ah , to tão feliz por você estar me apresentando seus amigos, é importante isso para mim. – Ela disse, sorrindo.
- Ah se meu bebê, o Josh, não estivesse doente eu com certeza traria ele para você conhecer – Eu precisava falar do meu namorado para tentar esquecer aquele ciúmes.
- Ah, que pena – disse.
- , vem pegar água comigo – me chamou, fazendo-me ir até a cozinha com ele.
- O que foi?
- Nada, obrigada por estar sendo simpática e, hey, se um dia eu casar com ela, você será madrinha – Foi a maior pontada que eu já senti, tava doendo horrores, ele pensava em casar com alguém que não fosse eu. Sorri o máximo que eu pude, não deixando as láagrimas caírem.
- Eu acho bom, agora vamos voltar – Nós voltamos para sala e eles ficaram falando e eu não querendo prestar muita atenção, logo a campainha da casa tocou e eu agradeci mentalmente por ter chegado, me levantei correndo e fui abraçar ele, sussurrando um obrigado em sua orelha.
Nós começamos a conversar e eu estava muito apegada a , fazendo brincadeiras como antigamente, porque eu tentava fazer isso para esquecer o fofo que eu estava conhecendo, mas não era comigo e sim com a tal da .
- Eu acho que você e o formam um casal lindo, vocês deveriam namorar – soltou, mas o mais hipócrita e que quando era apaixonado por mim ele morria de ciúmes de , tipo sério e agora ele falava isso. – Né, amor? – Ele disse, falando para , que concordou.
- Eu tento, mas ele me renega. Até filho com ele eu já quis ter. – Disse brincando, mas eu realmente já quis ter filho com o , ele seria o melhor pai de todo mundo e eu o amava, e ele também queria ter um filho comigo.
- Eu também quis, mas me ameaçaram de morte se eu tentasse algo contigo – ele disse e nós sabíamos que ele estava falando de , que na hora engasgou e mudou de assunto. Mais algum tempo de conversa e eu e fomos embora porque o casal queria ver um filme. Fui para casa de e fiquei chorando por horas no ombro dele.
Nunca havia chorado pelo , eu sempre controlava lágrimas e sentimentos. Eu detestava chorar por meninos, minhas lágrimas sempre secavam rápido, mas essas não estavam secando e tava foda.
#EndFlashback.
Tentei esquecer tudo isso e levar meus pensamentos para longe da li, onde estava meu namorado, Josh. Batuquei algumas coisas no volante no ritmo da música e lembrei o quanto eu estava sendo a pior namorada do mundo para Josh. Nós já namorávamos há quase dois anos, faríamos mês que vem e ele era simplesmente perfeito. O fato era que eu o amava, e isso não tinha como discutir. Ele me trazia paz, alegria, cuidava de mim, me dava amor, era perfeito. Nós nunca discutíamos, nós tínhamos a relação perfeita, nós víamos sempre e quando não dava nós ligávamos um para o outro e ficávamos lá matando a saudades. Eu não aguentaria ficar sem ele, ele era minha sustentação. Mas, porém, com as coisas aconteciam totalmente diferentes, meu estômago dói, e o cheiro dele era perfeito e me levava para outra atmosfera, os olhos dele eram tão profundos e perfeitos que me tiravam a concentração. Eu ficava agitada e tranquila ao mesmo tempo, meu coração batia forte, eu tinha um ciúme fora do comum, eu tinha vontade de agarrá-lo, eram tantas sensações. Mas eu deveria aceitar que ele iria casar e eu estava com Josh, apesar dele ser um pouco corno por eu não ter aguentado e acabei caindo nas tentações de , tinha raiva por isso, pois agora ele não caía nas minhas tentações, mal chegava perto de mim para ser sincera. Também temos que levar em consideração a época que eu meio que terminei com Josh para ficar com , que acabou sumindo por algum motivo, o qual eu não sei ainda, enquanto namorávamos e Josh me ligava para dizer que sentia minha falta e eu acabei terminando com assim que ele apareceu e voltei para o Josh. Mas esse não era real motivo que eu tinha terminado com , era bem mais complexo. Quando me dei conta, estava na frente da casa de Josh. Tirei aqueles pensamentos de minha cabeça, botei um sorriso no rosto e toquei a campainha; eu passaria a noite lá.
É, a noite foi bem divertida, os meninos sempre me faziam rir, eu adorava estar com eles, era ótimo, nunca tinha tempo triste. Logo de manhãzinha fui para casa e dormi logo que cheguei a casa, pois quase não tinha dormido lá. Tinha passado a noite bebendo, rindo, conversando, jogando vídeo game, foi extremamente bom.
Acordei com a campainha tocando e fui atender de pijama mesmo, quero que se foda.
- – abracei-o com força e ele sorriu.
- Tudo bem, pequena? – Ele perguntou, entrando na minha casa.
- Aham, tudo ótimo e com você?
- Está tudo ótimo também. Eu vim aqui... er... Pra saber se você vai ao casamento do ? – Ele me perguntou aquilo um pouco confuso.
- Não sei, ainda não decidi – Eu tinha sido convidada, não como madrinha, obviamente, depois daquela conversa eu não seria madrinha.
#Flashback
5 meses atrás.
tinha voltado a falar comigo, por insistência minha. Depois que terminamos ele tinha uma raiva de mim e tinha me mandado para o inferno, mas depois de alguns longos dias eu tinha o feito rir, e eu sabia que ele sempre ficava mais maleável quando ria. Era um jeito de destruir a barreira de durão dele e deu muito certo. Ele tinha me tratado bem uns três dias depois, porém do nada ele começou a ficar grosso comigo, me dar patadas gratuitamente e eu não estava entendendo mais nada. Um dia ele diz para namoradinha dele que eu sou especial, outro dia ele começa a me tratar com patadas. Aquilo estava me sufocando.
- , posso te fazer uma pergunta? Ou não?– Eu tinha ido a casa dele para conversarmos e passar o tempo, como havia feito a semana inteira e só tinha recebido patadas.
- Ou não – Ele disse e soltou uma risada – Fale.
- Por que você anda me tratando assim? Anda grosso comigo, me dando patadas.
- Não viaja, , estou normal. Aliás, eu nunca te tratei mal, esse é só meu normal.
- Esse é seu normal? Acho que então eu não gosto do , porque eu gostava de um que eu conhecia, mas se você diz que aquele não era você e esse é você e eu não gosto dele.
- Ah, , por favor...
- O que?
- Olha, eu estava tentando fazer a nossa amizade voltar ao normal, mas não dá. Algo se perdeu, você tem que entender. Eu preciso de um tempo. – Eu sabia que o que tinha se perdido. Era o amor dele, e isso estava doendo demais em mim.
- Um tempo? Quanto tempo? – Um disse um pouco desesperada, não gostava da ideia de ficar longe de .
- Não é um tempo cronológico, entende? Um tempo natural para as coisas voltarem a ser como eram antes, eu acho – Ele disse, desviando o olhar de mim.
- Eu não gosto de tempos naturais. Sou ansiosa demais para isso. – Soltei uma risada. – E se nunca mais voltarmos a ser como éramos antes? E se esse tempo não ajudar de nada? E se a gente se perder como algo se perdeu? – Disse, tentando não parecer ridícula e começar a chorar ali na frente dele.
- Eu não tenho essa resposta. Você tem? – ele disse, dando um meio sorriso para mim.
- Não, eu só acho que se nada voltar a ser como era antes, eu não vou conseguir ser a mesma com mais ninguém. Quer dizer, ter você fazia parte do meu dia, aliás, fazia parte de mim. Eu preciso de você me fazendo rir, era bom – eu disse rindo de leve, eu deveria estar parecendo ridícula.
- Hum, infelizmente as coisas precisam de tempo, – ele disse, me olhando com pena – Vamos dar um tempo, ok? Melhor ficarmos afastados.
- Ok, eu acho que entendo – disse sorrindo e saindo da casa dele devagar.
#EndFlashback
- Quando você decidir me avisa, ta? – Ele disse, me olhando com pena e me fazendo acordar – Eu ainda acho que você deveria falar tudo para ele.
- Você sabe que não posso, séria hipócrita demais. Aparentemente, eu abri mão dele primeiro; aparentemente, eu nunca sofri de amores por ele, porque eu nunca fui completamente apaixonada por ele. Mas eu digo só aparentemente – Eu disse, era o único que sabia de toda a verdade.
- Você e seu maldito orgulho. – Ele sorriu e me abraçou mais uma vez.
- É, você me conhece, ele sempre fala mais alto do que eu. – Eu ri de leve – , você se lembra quando me conheceu? – Disse, perdida em meus pensamentos.
- É claro, você era tão alto astral, tão pra cima, vivia rindo e fazendo palhaçadas. Você era divertida, engraçada, nada te abalava, tinha uma ótima autoestima, era até convencida demais e isso me divertia.
- É, eu amava o Jim, e ele era tudo para mim, mas não desse jeito que é. Você entende, não é?
- Sim, Jim não te abalava tanto, se ele casasse você teria raiva e não entraria de luto – ele riu.
- Não estou de luto, , deixa de ser idiota, eu já estou até acostumada com isso já. Eu já estou quase esquecendo ele – Eu disse sorrindo
- E lá vem o orgulho chegando de novo. Você não aprende, assim só vai perder ele mais e mais.
- Eu já perdi – Falei um pouco irritada, saindo daquele abraço e ele me olhou assustado.
- Desculpa – ele pediu, olhando-me.
- Ta, tudo bem, me desculpa, vou ficar quieta.
- Não precisa, eu já to indo mesmo – Eu apenas concordei com a cabeça e ele me deu um beijo na testa – Tchau, até – ele saiu pela porta e eu fiquei lá. Subi e resolvi tomar um banho. Resolvi pensar em nada, apenas deixei as gotas caírem sobre mim. Saí do banho, comi algo qualquer e resolvi ver umas fotos antigas, a primeira era uma foto engraçada, nela tinha eu, , e . Nós éramos o típico quarteto fantástico. Ficávamos durante horas juntos. Aquela foto foi no primeiro dia em que o casal me apresentou o .
#Flashback
4 anos e 4 meses atrás.

Eu estava lá, rindo com as coisas que , o amigo dos meus melhores amigos me falava, incrível como desde sempre me perdi nos olhos daquele menino.
Nós estávamos rindo e conversando num canto qualquer da minha sala.
- Você não existe, sabia? – Eu disse rindo, e ele veio chegando perto de mim e pela primeira vez aquele lábio macio tocou minha boca, era uma sensação ótima. E eu rapidamente dei passagem para língua dele, as mãos dele deslizaram até minha cintura e eu senti um leve aperto. O beijo foi ficando cada vez mais intenso e quente, e quando eu notei por mim ele estava me empurrando em direção à mesa, e empurrando para o chão tudo que tinha em cima e me colocando em cima dela. Ele era tão perfeito, ele começou a beijar meu pescoço e senti a respiração quente ofegante dele no meu pescoço era ótimo, era um prazer inexplicável. Eu o sentia tirando a minha blusa, e eu estava pouco me lixando se estávamos numa mesa, se era a primeira vez que eu o via, ou qualquer coisa. Eu precisava do corpo dele urgentemente no meu.
#EndFlashback
Naquele dia eu achei que era a melhor pessoa de cama do mundo, ele tinha o melhor sexo de todo mundo. E desde então minha opinião não mudava, quer dizer, ele sabia ser bruto e delicado, sabia me deixar louca e perdida, mas ao mesmo tempo me fazia ficar apaixonada. Balancei minha cabeça, tentando esquecer tudo aquilo. Peguei outra foto e eu não sabia o porquê exatamente eu tinha aquela foto, era uma foto de pequeno, eu tinha pego da casa dele por achar ele fofo demais.
#Flashback
3 anos e 8 meses atrás

- Eu acho tão bonitas as mulheres grávidas – Eu disse para , porque não sei exatamente como mais havíamos chego a este assunto – Mas eu nunca casarei nem serei mãe. – Disse meio desiludida com essas coisas.
- Por quê? Sempre quis ter uma família, uma mulher, meus filhos, uma casa... – Ele riu de leve, me encantando; eu com certeza queria ser essa mulher.
- Porque primeiro eu ficaria horrível grávida, eu ficaria gorda e inchada, ficaria parecendo uma baleia – ri, imaginando a cena – Eu com certeza não seria uma grávida bonita.
- Deixa de bobagem, você seria uma grávida linda – Ele sorriu e eu quis morrer.
- Ah claro, você mente tão bem – Ele ia falar, mas eu continuei sem o deixar falar algo – E casamentos não são para mim, não vou casar nunca, eu acho. Não me vejo vestida de noiva, nem casando, acho meio patético – Menti, meu maior sonho em toda a vida era casar. Assim como ele, eu queria casar, ter filhos e quem sabe até um cachorro, porém eu achava que se eu falasse isso eu parecia como todas as outras meninas fracas demais e iludidas, pois casamentos não dão certo e era isso que eu tinha em mente, por isso nunca casaria. Eu tinha que parecer forte para todo mundo, esse era meu jeito, a durona e forte, mas no fundo algo me dizia que o sabia que eu não era assim.
- Ok, mas eu continuo achando que você seria uma grávida linda – ele disse, dando-me um selinho.
- Não, não seria. – Disse sorrindo.
- Seria sim, seria uma ótima mãe também, porque você gosta de crianças – Ele riu, provavelmente lembrando-se do dia em que eu disse isso a ele.
- Crianças são fofas, mas acho que como mãe eu mataria a minha – sorri.
- Que nada, eu não acho – Ele disse me olhando e eu pude ver uma foto na parede de quando ele era criança e aquilo me encantou tanto.
- Você era tão fofo – eu disse, olhando para aquela criança na parede.
- Obrigado – Ele sorriu.
- Pensando melhor, eu quero ser mãe sim, mas então eu quero ter minis ’s correndo pela casa – Droga, não acreditava que eu tinha dito isso em voz alta, ele riu de leve e me abraçou pela cintura.
- Fechado, teremos minis ’s em casa – disse me dando um selinho e desde então falávamos sobre os nossos filhos.
#EndFlashback.
O telefone tocou meu acordando daqueles pensamentos e eu fui correndo atender.
- Alô?
- ? – Eu conhecia aquela voz de longe, era .
- – eu disse tentando me animar
- Tudo bem, ? – Ele disse parecendo animado.
- É tudo – eu sorri, ele me ligava e sempre fazia essa pergunta. – E você?
- , eu to ótimo, mas eu to cansado de fingir que acredito que você está bem. Eu te conheço desde sempre e posso sentir pela sua voz que você não está bem e eu sei que a culpa é toda de – Ele disse já com raiva – Só me fala o que foi dessa vez, sei que você não me fala nada porque eu detesto esse garoto, mas me fala o que foi agora. – Ele disse alterado.
- Não é nada demais, ele não fez nada, por incrível que pareça. – Eu disse
- Anda, fala logo, eu te conheço.
- Ele vai casar. Ele me esqueceu e ta seguindo com a vida dele, e isso me irritou e me deixou chateada. Só.
- Eu não consigo te entender, você tem o Josh, você tem quem quiser e fica chorando pelo , ele não presta.
- Não fala assim dele, , você e ele tiveram suas brigas por causa de e às vezes por causa de mim, mas chega, né?
- Eu não gosto que ele te trate mal e você fique assim, toda pra baixo, murchinha, eu detesto isso e isso me irrita, eu detesto quando você fica frágil por causa dele.
- E ele te odeia, odeia porque você trata mal, o deixa todo pra baixo, murchinho e isso irrita ele. Irrita o fato de ficar tão frágil por causa de você. Sabe, vocês são tão parecidos – Disse um pouco irritada com aquela briga infantil dos dois, minha vontade era de pegar e sair correndo. não tinha que se meter se me tratava bem ou mal, tudo bem que ele era como um irmão e se preocupava comigo e não tinha que se meter se tratava ou não bem, era o mesmo caso. Eu mesmo já briguei inúmeras vezes com por causa dele se intrometer na vida de com .
- , não quero te ver assim, ok? – Ele disse irritado – Mas agora eu tenho que desligar, depois nos falamos mais. Beijos – ele desligou o telefone não dando tempo nem deu me despedir.
#Flashback
3 anos e 6 meses atrás.

Eu estava namorando com fazia um dia, eu finalmente tinha aceitado o pedido de namoro dele. Ele estava puto porque tinha brigado mais uma vez com . Era de costume deles brigarem.
- Calma, amor, já passa. vai pedir desculpas – Eu disse, tentando acalmá-lo.
- Não, só faz merda e machuca o . Ele ta sempre machucando o , o tempo todo.
- Ele não faz por querer, , ele ama – Eu disse, defendendo meu melhor amigo.
- NÃO, NÃO AMA – ele gritou e eu tentei respirar fundo. Odiava que gritassem comigo.
- , que tal você parar de se intrometer na vida dos seus amigos e cuidar um pouco mais da sua relação? – Eu disse, querendo que ele desse atenção para namorada dele.
- Como você consegue ser tão egoísta? Nossos amigos tão com problemas. NÃO CONSIGO FICAR CALMO, VOU ARREBENTAR AQUELE IMBECIL.
- PARA COM ISSO AGORA – gritei junto, era isso que ele queria – NÃO É ASSIM QUE AS COISAS FUNCIONAM.
- NÃO? VOCÊ TA SEMPRE DEFENDENDO O IDIOTA, ISSO É RIDICULO. – Ele disse se referindo a .
- NÃO FALA ASSIM DELE E ELE NÃO É RIDICULO, ELE É MEU AMIGO E SEI QUE ELE NÃO QUER MACHUCAR NINGUÉM, EU O CONHEÇO A SÉCULOS E SEI BEM DISSO. – foi o primeiro a ser meu amigo, foi primeiro que me apoiou. - E VOCÊ TA SEMPRE QUERENDO SE METER NA VIDA DO SEU AMIGO, ELE JÁ É BEM GRANDINHO E SABE SE VIRAR SOZINHO – eu disse me referindo a , era pior que pai com e isso estava me cansando, e brigavam por inúmeros motivos e isso era um problema deles, e é obvio que eu queria ver eles bem, mas não acho que botar toda a culpa em e fazer de santinho era a solução. sim tinha a maior parte de culpa, mas ele não fazia por querer e não era nada fácil de lidar.
- EU TO CANSADO, VOCÊ ME ESTRESSA, GAROTA.
- PARA DE GRITAR – eu disse e comecei a derramar lágrimas – EU DETESTO QUE GRITEM COMIGO, VOCÊ SE ESTRESSA E DESCONTA EM MIM, PARA DE GRITAR COMIGO, EU ODEIO ISSO.
- Ok, eu parei – ele disse baixo, e me olhou.
- Sabia que você precisa parar de ser tão grosso e sincero com as pessoas? Você acaba machucando elas e, se você não se importa, pensa antes que você pode estar dentro do coração delas – Eu disse, parando de chorar, na verdade eu queria chorar mais, mas isso não era a minha cara. – Chega , é por isso que não damos certo, nós mal começamos a namorar e você não ta preocupado com o nosso namoro e já gritou comigo. Não vai dar – eu disse, deixando ele para trás falando sozinho.
#EndFlashback
Eu não costumava ter uma memória boa. Na verdade, ela era péssima, mas desde a notícia do casamento essas lembranças vêm a todo o instante em minha cabeça. Eu iria assistir a um filme e depois dormir. Amanhã eu voltava a trabalhar, com a minha vida normal.


Capítulo 2

Haviam se passado dois meses e eu estava melhorando aos poucos, mas algumas lembranças ainda insistiam em voar pela minha cabeça e isso estava me irritando já.
Não queria mais pensar no . Eu estava indo trabalhar no meu amado emprego na locadora, mas apesar do frio eu estava indo a pé. Eu gostava da vista, passava por um parque bem bonito.
Naquele parque tinha algumas crianças correndo de um lado para o outro e eu gostava da vista. Parei por um instante para analisar aquelas crianças e um casal de crianças estava apertando seus dedinhos uns nos outros. E eu ri daquela cena, porque desde criança eu tinha a ideia de que se uma pessoa fizesse uma promessa de dedinho a outra ela teria que cumprir, era algo sagrado. Mas infelizmente a vida lhe mostra que as pessoas vão quebrar suas promessas de dedinho.
#Flashback
3 anos e 7 meses atrás

- Vamos , prometa que você vai aparecer amanhã. – Eu disse sorrindo divertida com ele.
- Tá, eu prometo – ele disse revirando os olhos, fazendo-me rir.
- Promete mesmo? – disse com os olhos brilhando.
- Sim, prometo – ele disse sorrindo.
- Então ande, me dê seu dedinho – disse esticando o meu.
- O que é isso, ? – ele disse soltando uma risada e eu, por um momento, corei.
- Não ria de mim. Mas quando eu era criança eu gostava de fazer promessas com o dedinho. Parece uma promessa mais séria do que as outras.
- Ela é feita por crianças, não pode ser séria. – Ele riu.
- Vamos faça – disse mostrando meu dedinho para ele e sorrindo.
- Ok, eu prometo que apareço amanhã – ele disse e apertou meu dedo junto com o dedo sorrindo.
- Olha lá, hein? – Ele soltou o meu dedo.
Obviamente ele quebrou a promessa e não apareceu no dia seguinte, mas eu como uma bela idiota continuei fazendo promessas de dedinho com ele. Algumas ele cumpriu, o que me deixava feliz e radiante, mas outras a vida não deixou que ele cumprisse.
#EndFlashback
Voltei a andar em direção ao meu trabalho, eu tinha que trabalhar. Cheguei lá e coloquei meu uniforme. Eu gostava de trabalhar naquela locadora, apesar de as segundas serem muito vazias. Ouvi o sininho da porta tocar e olhei para ver quem entrava.
Era e eu apenas sorri, acenei e ela fez o mesmo. Ela ficou alguns minutos escolhendo o filme e ela escolheu “O Casamento Do Meu Melhor Amigo” e “Peter Pan”, eram meus filmes preferidos. Adoro romances, comedias românticas e desenhos, mas nunca gostou muito de ver filme comigo, acho. Na verdade, acho que ele achava patéticos esses meus filmes, principalmente os desenhos.
- São ótimos filmes – disse a ela, passando os filmes no caixa.
- Eu os adoro – Ela sorriu. Na verdade, se ela não estivesse casando com talvez eu até tentasse uma amizade com ela, talvez nos déssemos bem e fôssemos grandes amigas.
- Bom filme – disse entregando-os para ela e sorrindo.
- Obrigada. Tchau – ela disse simpática e eu sorri novamente. Ela não tinha culpa, ela não sabia de nada que eu havia passado com , eu acho. Ela era uma garota legal e eu não podia culpá-la por gostar de .
- Tchau – Eu a vi saindo pela porta.
Meu resto do dia foi normal na locadora, saí de lá e decidi ligar para o meu namorado.
- Josh? – Disse, animando-me um pouco.
- Fale amoreca – Ele conseguia levantar meu humor.
- Vamos à lanchonete e depois você dorme lá em casa? – Eu precisava passar a maior parte do tempo do lado dele, porque quando estava do lado dele pensava menos em . Foi por esse motivo que o escolhi.
- Claro, te encontro lá. Beijos, te amo muito, mocinha – Ele disse e meu sorriso se abriu mais ainda.
- Te amo, neném – desliguei o telefone e fui à lanchonete. Eu amava mesmo ele.
#Flashback
2 anos e 2 meses atrás.

Eu tinha decidido que ia dar uma chance a , e estava feliz com isso, mas ele tinha sumido. Não atendia minhas ligações, não estava em casa e nem sabia do paradeiro dele. Então eu ia sempre à praça na frente da casa dele esperar ele aparecer e lá estava eu mais uma vez. Vi um menino que eu parecia conhecer, forcei meus olhos e pude notar que era um amigo de que ele já tinha me apresentado e eu já tinha o visto umas três vezes depois, nunca conversei com ele direito, mas hoje me parecia um bom dia.
- Hey Josh – disse sentando ao lado dele – Lembra-se de mim? Amiga de ? – Disse sorrindo e ele soltou uma risada.
- Sim lembro, sempre que você me encontra longe de pergunta se eu me lembro de você, que coisa né? – Era a mais pura realidade e eu ri com ele, como eu era idiota.
- Ah é mesmo. Mas e aí, o que me conta de bom da vida? – Eu disse sorrindo para ele.
- Nada demais e você? – Ele disse sorrindo também.
- Vim observar os pássaros – Disse arranjando uma desculpa qualquer.
- Ah sei, porque aqui tem realmente muitos pássaros – Ele riu e eu notei, que como sempre, a praça não tinha nenhum pássaro. Tive que rir junto.
A tarde com ele foi extremamente divertida, e eu havia até me esquecido porque tinha ido aquela praça. Durante mais 20 dias eu fui todos os dias naquela praça, e acabei reparando que não estava mais indo para esperar e sim para encontrar aquele riso que me dava vontade de rir e me fazia esquecer qualquer coisa. Era como se fosse mágico. E então a magia começou a fluir melhor ainda quando ele me beijou e nós ficamos pela primeira vez. Josh era incrível, engraçado, fofo e completamente diferente de mim, mas eu gostava disso. Eu estava até achando que tinha esquecido , ele rodava às vezes meu pensamento e fazia falta, mas era só eu estar perto de Josh e isso diminuía. Ele acabou me pedindo em namoro um mês depois e eu, claro, aceitei eu estava adorando aqui. Porém, depois de um tempo acabou aparecendo e quando eu achei que tinha esquecido ele, notei que não. Eu senti tudo voltar para dentro de mim quando vi aquela imensidão azul no olho dele. Eu tremia, mas eu não ia voltar correndo para ele, eu estava feliz com Josh, muito feliz. Eu o contei para ele que estava namorando e pude sentir a raiva dele, mas eu não estragar tudo, eu estava feliz.
#EndFlashback
O tempo foi se passando e Josh era essencial para mim, ele estava sempre me fazendo rir e eu não conseguia terminar com ele. Apesar de todos os meus sentimentos por , não conseguia terminar de jeito algum com Josh, não de novo. Eu tinha a sensação de que eu e nunca fomos para ficar juntos, não como um casal deveria. Sorri e pude ver Josh entrar na lanchonete, ele era realmente lindo, ele veio sorrindo em minha direção e me deu um selinho.
- Tava com saudades, mocinha – ele me disse, abraçando-me.
- Eu também estava, amor.



Capítulo 3



Eu acordei e fui direto me olhar no espelho, minha cara estava péssima e eu não estava mais aguentando isso. Não há maquiagem que aguente. Eu, com medo de perder , tomei atitudes que, ironicamente, tinham me feito perder ele.
#Flashback
9 meses e 2 semanas atrás.

Eu estava namorado e tinha jogado tudo para trás. Larguei Josh, larguei minha vida e eu só queria ser feliz com .
- Princesa. – Ele disse assim que me viu e me abraçou pela cintura, me dando um selinho.
- Oie, amor – eu disse sorrindo.
- Tudo bem com você, gatinha?
- Aham e com você? – Eu disse olhando nos olhos dele.
- Também.
- Estava pensando em fazer alguma coisa juntinho com a minha namorada. – Eu sorri ao ouvir ele me chamar de namorada.
- Que bom, porque eu tinha os mesmos planos com o meu namorado. – Eu adorava poder o chamar de namorado, mas aquilo estava me dando uma coisa estranha.
Nós estávamos namorando há uma semana, e aquilo estava completamente estranho para mim. Quer dizer, ele era um amor, um fofo... Mas aquele casal não éramos nós. Não tinha briga, não tinham pegações fortes, não tinham xingamentos, não tinham brincadeiras. Tinham apenas elogios, apelidos fofinhos e preocupações. Quer dizer, isso é normal de todo o casal, mas não para nós. Era comum isso, ele estava tentando ser o melhor namorado do mundo, pois foi o que sempre quisemos, mas aquilo estava extremamente estranho para mim. Eu estava com medo de perder o meu , o meu brincalhão. Era por aquele que eu era apaixonada, o durão, o sem apelidos ridículos, o que me xingava. Eu precisava fazer alguma coisa, mas eu sabia que não era o certo terminar com ele, mas eu precisava do meu antigo de volta.
Ele sumiu por uma semana, e nessa uma semana Josh me ligava toda hora para dizer que estava sentindo minha falta, e aquilo estava me deixando mais confusa. Minha campainha começou a tocar e eu fui correndo atender.
- . – eu disse sorrindo.
- Princesa, me desculpa. Olha, eu sumi, mas eu te amo – ele disse, me enchendo de selinho. Eu precisava fazer algumas coisa. Fechei meu olho com força.
- , senta aí, precisamos conversar. – Eu disse olhando para ele séria. Ele me olhou um pouco assustado, concordou com a cabeça e sentou.
- Olha pra nós. Quer dizer, não somos nós – ele me olhou confuso e eu achei melhor mudar o rumo da conversa – Olha, você sumiu e eu sou uma pessoa extremamente carente. Enquanto você sumia, eu precisava de carinho, e Josh me ligava todo dia querendo me dar carinho. – Agora eu podia sentir a raiva no olhar dele. – Me desculpa, você é ótimo e eu te amo, mas acho que não posso ficar sem Josh. Não me odeie por isso, quer dizer, eu sei que você vai me odiar, mas eu preciso fazer isso. Espero que você seja feliz e um dia possa me perdoar, mas eu acho melhor a gente terminar. – Ele levantou puto e andava de um lado para o outro, ele soltou um resmungo.
- Você tá falando sério? – Eu apenas concordei com a cabeça e vi os olhos dele arderem em fogo, eu sabia que ele estava puto. Droga, por que eu estava mentindo? Droga de orgulho imbecil, droga de sentimentos que não saem e droga de tudo. Eu queria falar a verdade, mas eu nunca conseguiria.
- Desculpa – eu disse um pouco baixo.
– DROGA, ... – Eu disse tentando acalmar ele que foi indo em direção à porta.
- VAI PRO INFERNO E NUNCA MAIS APARECE NA MINHA VIDA, GAROTA. – Ele disse batendo a porta atrás dele e eu comecei a chorar loucamente, que merda. O que eu tinha feito? Por que eu tinha feito isso? Fui correndo limpar minhas lágrimas e ir pra casa de Josh, eu precisava esquecer isso e só ele me ajudaria a não pensar no .
#EndFlashback
Resolvi me distrair com alguma coisa, eu precisava esquecer . Pouco me lixava se falta um pouco mais que três semanas para aquela merda de casamento. Fui até minha caixa de correio e comecei a pegar as contas e umas propagandas. Tinha uma propaganda de uma faculdade para fazer teatro e, novamente, as lembranças invadiram minha cabeça.
#Flashback
3 anos e 8 meses atrás.

e tinham brigado, para variar um pouco, e eu e estávamos sentados na casa dele tentando achar uma solução para fazer os dois se entenderem.
- Eu não sei, eles tinham que ver como eles são perfeitos um para o outro. Tinha que se lembrar como eles são um casal fofo, e aí eles sentiriam saudades. Mas eu não sei como fazer isso – disse tentando por minha cabeça para funcionar.
- É isso, , eles precisam ver um casal fofo e aí eles vão sentir saudades e vão se entender, nós precisamos só mostrar um casal fofo – ele disse alegre.
- Ótimo, agora só falta nós arranjarmos o casal fofo, tá fácil assim – disse revirando os olhos.
- Nós, – ele disse como se fosse óbvio e eu olhei com uma cara confusa. – Deixa que eu explique: nós vamos até a casa de e faremos ir também. Aí, chegando lá, nós fingimos estar super bem e começamos a ser o casal mais fofo do mundo, fingirmos que estamos completamente apaixonados, chamar de amorzinho e tudo mais, aí eles vão ficar com invejinha do nosso romance e vão voltar a ser como eram antes. – disse e eu sorri mais ainda, isso poderia ser divertido.
- Você é um gênio. Vamos. – Levantei e comecei a pegar minha bolsa.
- Ligue para o e mande-o ir para casa de – Eu obedeci e nós fomos para casa de no carro de . Chegamos lá e já estavam os dois mal humorados no sofá. Eu olhei para , que entendeu imediatamente. Nós demos a mão e começamos a sorrir, o plano estava para começar.
- Oie, queridos – disse para os meninos, puxando para sala.
- Oi – os dois responderam secos. sentou na poltrona do lado do sofá e eu sentei no colo dele, que estava sorrindo.
- Sabe, eu a estávamos em casa pensando o que fazer e por que não passar a tarde com nossos melhores amigos né, amor? – Ele me olhou, me dando um selinho que eu correspondi. Imediatamente, e nos olharam assustados.
- Sim, seria bom passar à tarde com meu more e vocês dois. – Eu disse sorrindo mais ainda.
- Mas nós não estamos bem – Foi a vez de falar.
- É. – concordou.
- Mas vocês vão ficar, a nossa companhia é ótima. – Disse sorrindo – Vou pegar coca. Alguém quer?
- Eu quero, amor – disse me olhando.
- Eu pego para você, príncipe. – Eu disse, me controlando para não rir e ele sorriu abertamente. Peguei duas cocas e voltei para sala.
- Vocês são muito ingratos. Nós viemos aqui e vocês ficam com essa cara de bunda. Eu podia estar num cinema com a minha , sem vocês, mas eu vim até aqui, sorriam.
- Vocês estão tão fofos juntos. – disse, e parece que o plano estava funcionando. Eu peguei a mão de e apertei-a, dando um selinho nele.
- Nós somos o casal mais fofo. – Eu disse rindo.
- Não mais que nós. – Agora foi a vez de , e nosso plano estava mesmo funcionando.
Nós passamos a tarde toda assim, e finalmente o plano deu certo. Eles se entenderam e eu e fingíamos otimamente bem. Eu fingi até ter um ciúme dele, foi hilário, mas na verdade eu só me toquei que estava fingindo quando estava no meio do ataque.
Voltamos para casa de rindo dos dois durante o percurso.
- Nós fomos ótimos – ele disse, entrando em casa e fechando a porta atrás de nós.
- Somos atores natos, podemos ir para o teatro agora. – Eu disse rindo enquanto ele jogava a chave em algum lugar. – Foi muito boa nossa atuação.
- Bem que podia ser verdade tudo aquilo, né? – Ele sorriu, deixando um clima tenso entre nós dois.
- Er... .. – Ele me ignorou e chegou com os lábios perto do meu, me pressionando contra uma parede. Eu já comentei como o beijo dele era ótimo?
- Eu te amo – ele sussurrou na minha orelha.
- Eu também te amo.
#EndFlashback
Aquilo estava me matando por dentro e eu precisava tomar uma atitude, mas eu não sabia o que fazer. Me troquei e peguei minhas coisas correndo, e fui dirigindo feito uma louca até a casa de . Toquei a campainha descompensadamente.
- PEQUENA! – me olhou assustado, eu deveria estar péssima. Eu o abracei e desabei, ele não poderia casar.
- Ele não pode casar. – Eu disse após um longo tempo que estava chorando em seu abraço.
- Pequena, então vá e fale com ele. Ué, tente.
- Não, eu não posso, já disse, aparentemente fui eu que o larguei primeiro. – Disse me acalmando.
- Não posso fazer muita coisa, você deveria falar com ele – ele me deu um meio sorriso, e de repente eu senti uma coragem e o larguei.
- Eu vou – voltei a pegar minha bolsa e entrei no carro sem nem me despedir de . A casa de era perto da de , mas eu não estava a fim de andar. Deveriam ser uns dois quarteirões, mas de qualquer maneira achei melhor ir de carro. Parei meu carro na frente da casa de , e quando fui tocar a campainha. A minha coragem começou a sumir, mas eu já estava lá, então iria fazer o que tinha ido fazer. Toquei a campainha e ele me abriu a porta com aquele sorriso e aqueles olhos, e então a minha coragem sumiu de vez. Meu coração palpitava e ele me deu passagem para entrar, e fechou a porta atrás de mim.
- Hey, o que foi? – Ele me olhou, desmanchando o sorriso.
- , você gosta mesmo da a ponto de casar com ela? Quer dizer, parece que vocês tem algo tão recente. Quer dizer, é amor mesmo isso? Tem certeza que é a decisão certa? – Comecei a cuspir as palavras na cara dele sem o deixar responder e ele me olhou assustado.
- Ahn? O que é isso? Um inquérito? – Ele estava confuso.
- É que casar é algo sério – eu comecei a passar as mãos pelo meu cabelo.. – Eu só quero ter certeza de que você está tomando a decisão certa, não parece que se constrói um amor assim, tão rápido, e para casar precisa de amor.
- É algo sério – ele disse, olhando nos meus olhos. – É o que eu sempre quis. Casar, ter filhos, um amor, uma companheira, alguém que me dê segurança. É isso que ela faz.
- , muitas pessoas querem isso – eu já tremia e continuava a cuspir as palavras. – Mas você não pode fazer isso com qualquer uma, quer dizer, ela não é qualquer uma, eu até gosto dela, mas você me entendeu. Para querer isso, você tem que amar ela, ela pode ser alguém que te dê segurança e seja sua companheira, mas você realmente a ama? Ela é a mulher da sua vida?
- , que tipo de preocupação é essa agora?
- Eu não deveria responder suas perguntas, você não está respondendo as minhas! – Ótimo, , não era hora para você ser grossa. – É preocupação de amiga só, eu sei que você não me considera mais sua amiga, mas eu me preocupo com você – Ok, isso não ia colar, preocupação? Era ciúmes mesmo.
- Se é só preocupação, não precisa. Sou adulto e sei bem me cuidar.
-Mas às vezes você faz burrada. – Ele me olhou, já começando a se irritar. – Quer dizer, todo mundo faz. Mas não quero que você case por burrada, estamos falando de casamento e não de uma brincadeira.
- , o que você quer que eu faça? Fique aqui eternamente vivendo dor de cotovelo por você? Estou tento a oportunidade de recomeçar e vou aproveitar isso. – Aquilo doeu meu coração, por que ele tinha que falar para mim que vivia dor por mim, han? Odiava aquilo.
- Eu não disse isso, o assunto aqui não era eu e eu realmente espero que você não tenha dor de cotovelo por mim. Eu só acho que não pode ser assim, casar rápido por nada, conheça melhor ela, veja se é bem isso que você quer. Você tem tempo. E acho que casar leva muito amor.
- , CHEGA! – Ele berrou a útima palavra e me assustou. – Essa é minha escolha, essa é minha nova vida.
- Eu sei, você faz o que bem entende dela. Eu só queria ter certeza de que era isso mesmo, te alertar, mas tudo bem.
- Me alertar? Sinceramente – eu o vi suspirar pesado e fechar os olhos enquanto balançava a cabeça. Eu sei que estava nítido o meu ataque de ciúmes.
- O que foi? Eu só queria mesmo alertar.
- Tá – ele abriu os olhos. – Já alertou?
- Já e você ainda assim quer se casar com ela?
- É isso que eu pretendo fazer. Casar, ter filhos, ter uma casa, uma família e ser feliz. – Aquilo estava me machucando demais.
- Eu acho que você só será feliz se casar com a mulher da sua vida. Então se você me disser que a é a mulher da sua vida e você tem certeza disso, então que você seja feliz.
- A mulher da minha vida? – Ele soltou uma risada num tom irônico. - Eu tenho a mulher da minha vida, mas ela está ocupada demais com a vida dela. – Ele sorriu – Agora chega, . – Ele disse um pouco mais calmo e eu sabia que ele estava falando de mim, por que ele não dizia que amava ela logo e pronto? Ia doer, mas eu ia embora sabendo que perdi.
- Talvez você não conheça os verdadeiros motivos pelo qual ela não esteja com você, talvez ela seja orgulhosa demais para falar isso. Mas, ok, chega. – Eu disse, indo em direção à porta.
- É, chega – ele disse me olhando com um olhar cansado, abrindo a porta para mim. – , me faça um favor, não estrague a minha única oportunidade de ser feliz. – Eu olhei para ele, já do lado de fora.
- Eu não tô estragando, eu só – eu queria dizer a ele que o amava, mas não conseguia – eu nada. Que você seja muito feliz.
- Ótimo então – ele disse ,fechando a porta atrás de si e eu pude sentir uma lágrima escorrer.
Entrei no carro e chorei ali no volante. Eu comecei a dirigir, eu iria para casa do , não teria condições de ficar sozinha. Eu cheguei lá e não precisei dizer muita coisa, eu só soluçava alto ,como uma criança, e ele me abraçava. Eu tentava falar e nada saía, e ele só me apertava forte e me dava conforto.
- . – Eu estava mais calma e já conseguia dizer algumas coisas. – Me promete que ele vai ser feliz com ela, se não eu não posso deixá-lo casar com ela. Na verdade, eu não quero que ele case. Eu quero que ele encontre alguém que seja a mulher da vida dele, mas que não seja eu. É muita responsabilidade ser a mulher da vida de alguém – eu disse, já bem mais calma, com a intenção de que me falasse que ele ia ser feliz se casando.
- , coloca as ideias no lugar e analisa o que você está me falando. – Ele disse, me olhando sério. – Primeiro, eu não posso prometer que ele vai ser feliz, não tem como. Segundo, se não quer deixar que ele case, faça algo. – Eu ia falar, mas ele me interrompeu, não deixando. – Terceiro, você não tem que querer nada. Ele já disse que já encontrou a mulher da vida dele, que é você. E você não pode mudar isso. – Novamente eu ia falar, mas ele continuou, sem nem me dar tempo. – E, por último, é como a raposa do pequeno príncipe já disse: Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Não quer essa responsabilidade? Faça-o parar de te amar. E não me pergunte como, porque não sei.
- Eu desisto – eu disse o abraçando. – Vou para minha casa descansar um pouco. – Disse dando um beijo em sua bochecha e ele me deu um na testa, e eu fui para minha casa dormir.

Capítulo 4


Acordei no dia seguinte no meio da tarde, era tão bom dormir, era totalmente agradável. Comi alguma coisa, subi para me trocar, coloquei um short jeans e um moletom apenas para ficar em casa e desci para ver televisão. O dia estava passando devagar, até que ouvi minha campainha tocar. Deveria ser , ou então, quem sabe, Josh ou até mesmo Johnny.
- – Era nítida minha cara de surpresa ao ver ela na minha porta. E ela apenas sorriu.
- Hey – Ela disse e eu dei passagem para ela entrar, ela assim o fez.
- Mas me diz, que surpresa, o que veio fazer aqui? – Eu estava assustada. E se tivesse falado tudo para ela e agora ela quisesse me bater.
- Eu vim te chamar para ser minha madrinha de casamento. – Ela disse sorrindo de um jeito fofo e meigo e eu quis morrer. Como eu era péssima. Ela era tão fofa, não podia acreditar nisso.
- Você está falando sério? – Perguntei, tentando ainda ser simpática.
- Claro, é importante para mim e eu quero muito que você esteja lá. – Ela mal me conhecia, mas sempre tinha sido muito simpática.
- Mas é claro que eu aceito – eu disse sorrindo e me sentindo um monstro, mas eu não poderia dizer não. – Estou tão feliz, você podia ter chamado qualquer uma, mas me chamou.
- Claro, eu te adoro, então nada mais justo. – Ela disse sorrindo.
- Ah, que linda, eu também te adoro. – Quer dizer, eu não estava mentindo, eu realmente gosto dela, mas ia gostar mais se ela não tivesse casando com o . – Mas senta ai, vou fazer um café para gente, você quer?
- Ah, claro. Obrigada. – Ela disse se sentando e logo depois eu voltei com dois cafés.
- Mas e ae, me conta, ansiosa? – Eu estava tentando ser simpática. Eu só tinha que esquecer que ela ia casar com o , e com certeza eu conseguiria ouvir sobre aquele casamento sem muita tortura. Nós passamos um bom tempo conversando, e ela era realmente legal e fofa. Mas eu ainda me sentia um monstro e não conseguia ama-la a ponto de estar super feliz por ser a madrinha do casamento dela com o meu . A campainha tocou e eu não fazia ideia de quem poderia ser.
- Vou abrir. Espera. – Disse a ela, que concordou e eu fui até a porta. – Josh, amor – eu disse, abrindo a porta e ficando super feliz de ver meu namorado.
- Oie, amor, posso entrar? – Ele disse me dando um selinho e eu concordei com a cabeça dando passagem para ele.
- Josh, essa é a , minha amiga. Ela vai se casar com um amigo meu e, bom, ela veio conversar comigo hoje.
- Ah, oi – Josh era um pouco antipático no começo.
- Oie, tudo bem? – disse toda fofa e ele concordou com a cabeça, sentando na poltrona da minha casa e fazendo-me sentar no colo dele. Nós começamos a conversar e Josh estava um pouco quieto. E nós começamos, não sei dizer bem como, um assunto sobre bebês.
- Eu pretendo ter uns quatro filhos. – Disse olhando pra Josh que sorriu para mim.
- Sim, quatro pequetuxos. – Eu adoro o jeito fofo que ele falava – Você que decidiu, mas tudo bem, eu concordo. – Ele soltou uma risada que eu gostava.
- Eu e não pensamos nisso ainda – E me veio aquela sensação horrível, pois eu já tinha pensado isso com . – Mas acho que vamos querer um casal, eu sempre quis isso. – Eu pensei nos mini’s ’s e aquilo doeu mais ainda. Era para eu ser mãe dos mini’s ’s.
- Mas nós ainda temos o combinado de que eu escolho o nome dos meninos e o Josh das meninas – disse tentando mudar de assunto.
- Você vai ver, teremos quatro meninas e você não escolherá o nome de nenhuma. – Ele riu.
- Depois quem vai se foder é você, que vai ter que aguentar cinco mulheres ao mesmo tempo. – Eu disse fazendo todos rirem.
- Vixe, já pensou? Cinco mulheres de TPM juntas? Vixe – ele disse e riram mais um pouco.
- Não pensamos nisso, mas quem sabe, né? Eu gosto do nome Lucas. – E então eu parei para pensar no pequeno com o nome Lucas, e realmente não combinava. Mas eu apenas sorri. – Bom, eu vou embora. – Ela disse, e eu apenas sorri.
- Ok, nos falamos depois. – Eu disse levantando do colo de Josh que se despediu dela, e eu o fiz o mesmo indo abrir a porta para ela que foi embora.
Josh ficou até mais ou menos o meio da madrugada e logo depois disse que precisava ir para sua casa fazer uns negócios com Johnny. Eu apenas concordei e o deixei ir embora. Eu estava sem o mínimo sono e não tinha nada para fazer, então peguei o celular e disquei o numero de .
- Alô?
- ?
- Fala, . – Ele disse um pouco grosso e eu tive medo.
- Te acordei? – Perguntei apreensiva.
- Não. – Ele respondeu ainda grosso.
- Tô só ligando para pedir desculpas. Quer dizer, fiquei um pouco preocupada e fui falando um monte, sabe? Eu falei com a , e ela é bem legal, eu gosto dela e acho que você pode ter feito a decisão certa. – Era ruim para eu admitir, mas era a verdade.
- Eu fico feliz com isso, não sabe o quanto. – Ele disse e eu pude sentir sua voz melhorar. Eu não queria desligar o telefone.
- Hey, e lembra quando eu disse que não sabia se ia ao seu casamento. Eu vou. – Disse lembrando que ia ser madrinha.
- Eu sei. Eu e a decidimos isso juntos, mas achei melhor ela te chamar, fiquei com medo de você não aceitar caso eu te chamasse. – Ele soltou uma risada leve, e eu queria bater nele, não que ele tivesse errado, mas queria bater nele.
- Quem te disse que eu não aceitaria? – Eu disse rindo.
- Você estava meio... er.. Alterada ontem. – Ele disse rindo.
- Foi culpa do , ele me estressou com algumas coisas. – Eu disse rindo da minha própria mentira e pegando o celular na hora para escrever isso para , caso perguntasse.
- Sei – ele disse, provavelmente já sabendo a verdade por me conhecer muito.
- Te juro, eu amo o , mas às vezes ele me estressa. – Disse rindo também.
- Ok, se você diz.
- É, enfim, só liguei para isso. Vou dormir agora.
- Ok, boa noite.
- Boa noite. – disse desligando o telefone e realmente indo dormir.

Capítulo 5


Tinha se passado duas semanas e faltava apenas mais uma para o casamento. Eu estava em casa sozinha em pleno sábado à noite, Josh e Johnny tinham ido viajar para ver a família deles que era de Paris. Eu estava começando a me revoltar. provavelmente estava comendo sua nova noiva, eu não fazia ideia de onde estava e o deveria estar curtindo a vida na Califórnia, e então senti saudades de quando vivíamos os quatro juntos, jogando, bebendo, rindo e se divertindo. Eu liguei para alguns amigos antigos meus e resolvi que ia sair, íamos ao pub que tinha a alguns quarteirões de casa. Eles não sabiam do meu “problema”, eu fingiria que ele não existiria e íamos viver bem assim. Me arrumei correndo e, quando estava prestes a sair, ouvi meu celular apitar e vi uma mensagem. Era de .
“Me liga, preciso te contar algo um pouco urgente. Sério.”
Imediatamente eu peguei o celular e comecei a discar aquele número que eu sabia bem.
- Pequena? – Ele disse assim que me atendeu.
- Fala, . – Disse rápido, estava curiosa.
- Bom, sabe a ?
- É claro que eu sei. – Eu disse me irritando, que tipo de pergunta era aquela?
- Ela está grávida. – Ele cuspiu as palavras e eu pude sentir uma ânsia imediata vir em mim.
- ELA O QUÊ? Você só pode estar brincando né, ? – Eu disse nervosa e gritando.
- Não, desculpa, mas eu precisava falar. – Eu gelei na hora.
- Não, , era pra eu ser mãe do filho do – eu disse em pânico.
- Pequena, calma.
- Não dá para ficar calma. – Eu disse me irritando.
- Mas tenta. – Ele disse, tentando me acalmar.
- Eu odeio aquela menina. Aposto que ela ficou grávida dele de propósito, só para casar – eu disse irritada.
- , não fala assim. – Ele tentava me acalmar.
- Falo sim, eu podia ter ficado grávida do por inúmeras vezes e você sabe bem disso. Era só eu parar de me cuidar. – Eu disse, como se fosse óbvio. – Mas não, não era justo eu botar uma criança nessa nossa confusão.
- , calma. – Era a quinta vez que ele me pedia isso.
- Não, eu vou beber. Tava saindo. Olha, amanhã a gente se fala, eu estava saindo e eu preciso de umas boas doses de tequila, ai eu durmo e amanhã, quem sabe, eu acordo bem.
- Ok, só não exagera. Beijos – ele disse desligando, e então eu fui para o pub. E eu realmente enchi a cara. Eu saí com três amigos meus da época da escola, eu sentia falta deles, eles eram engraçados. Nós todos bebemos muito e acabamos dormindo todos em minha sala de estar. Acordei com a campainha tocando e minha cabeça explodindo.
- Que porra. – Um dos meninos falou.
- Sim, minha cabeça vai explodir. – Eu disse reclamando.
- A minha também. – Todos concordaram e aquela merda não parava de tocar e eu fui mais mole que tudo atender.
- ? – me olhou um pouco preocupado ao ver meu estado.
- Fala, .
- Tá tudo bem? – Ele perguntou e eu revirei os olhos.
- Tá, , só fala. – Eu disse me irritando.
- Eita, grossa. – Ele reclamou e eu notei que estava exagerando mesmo.
- Desculpa, tô com dor de cabeça e fome, preciso sair para comer com os meninos. – Eu pude ver olhando para dentro da minha casa e fazendo uma careta.
- É por isso precisa ser grossa? – Ele disse.
- Desculpa, , é que eu tomei algumas a mais ontem e me deu uma puta dor de cabeça. Olha, eu tô de ressaca e com muita fome, então eu vou comer alguma coisa com os meninos e mais tarde eu passo na sua casa, ok? – Olhei para ele que concordou com a cabeça.
- Ok, eu preciso de um tempo para falar mesmo. – Olhei curiosa para ele.
- Ok, tchau.
- Tchau. – Ele disse e eu fechei a porta. Eu suspirei alto e olhei pros meninos que me olhavam com um olhar de curiosos. Eu nem me dei o trabalho de me explicar, apenas me arrumei e fui almoçar com eles. Nós almoçamos e passamos um pouco da tarde no shopping, o que me deixou um pouco melhor, pois eu sabia que, saindo de lá, teria que ir à casa de e encarar aqueles olhos.

Capítulo 6


Saí do shopping e fui para casa dele, estacionando o carro na frente de sua casa e pude o ver, ouvindo e cantando alguma música, pela janela e ri daquela cena ridícula. Até daquele jeito ele era lindo. Toquei a campainha. E o meu medo voltou.
Ele abriu a porta e deu um largo sorriso, e me deu passagem para entrar.
- Senta ai – ele disse quando chegamos à sala. E eu sentei.
- Me diga, estou curiosa.
- Bom, são algumas coisinhas. – Ele me olhou um pouco nervoso e sentou também. – A primeira é que a está grávida.
- Conte-me a novidade – disse, tentando não ser grossa. E ele não questionou como eu já sabia. Ele já deveria imaginar que tinha me contado.
- Eu só queria te falar que, bem, mesmo que ela não seja a mulher da minha vida, mesmo que não seja por ela que meu coração bata forte quando a vejo, mesmo que seja apenas uma boa garota, mesmo assim, eu sei que vou insistir em casar com ela.
- E por que você está falando tudo isso para mim? – Ele só podia estar de brincadeira, né?
- Porque tudo isso que está acontecendo na minha vida agora, tudo isso que eu desejei: casamento, filhos, tudo isso que eu sempre quis, eu sempre quis contigo. – Meu coração gelou e eu provavelmente não ia aguentar. O que ele estava fazendo? – E isso não sai da minha cabeça. As coisas certas acontecendo no momento errado, ou com a pessoa errada talvez. – Ele podia ver meu olhar de desesperada e mesmo assim ele continuou. - E é por isso que eu sou grosso muitas vezes contigo. Pra eu poder segurar a onda e respeitar a . – Eu já ia começar a falar, mas ele me interrompeu e continuou. - Porque quando eu te vejo, não sei por que diabos, vem uma vontade louca te de levar daqui e ir pra um lugar onde só exista eu e você, mas isso, isso eu não posso fazer porque você não sente mais o mesmo. Ou sei lá o quê.
- ... – Eu ia começar a falar, mas ele me ignorou e continuou.
- Eu só acho que você deveria saber disso, não para te confundir, mas só para você saber como estou por dentro. – Eu me sentia desse jeito ou pior. - Gosto da , ela é bem querida, mas eu só estaria 100% realizado se isso tudo fosse com você. – Eu queria morrer, mas eu ia ser forte, nós dois sabíamos por que não estávamos juntos. Sabíamos dos nossos problemas e de como agora não dava mais.
- Ok, agora é minha vez de falar. – Eu disse, olhando nos olhos dele e me perdendo. – Eu vou falar tudo, não sei ao certo se deveria, mas vou falar. – Eu disse, decidindo tudo que eu ia falar. – Não me interrompa, ok? – Eu disse e vi ele concordar com a cabeça. – Bom, , eu errei muito no passado por ser orgulhosa demais, por ser estúpida demais e por ter aquela velha mania de ser forte e não ter coração, me entende? Sei que não, talvez o que eu vá falar agora te confunda um pouco, mas eu vou falar e foda-se. Desde o momento em que ficamos juntos, eu senti algo diferente, e desde o primeiro "namora comigo?" seu, eu quis responder sim, mas a bosta do meu orgulho não deixou. Não aceitava de maneira alguma ter esquecido o Jim tão facilmente e então eu fiz a merda que você já sabe, aí depois decidi consertar, mas aparentemente deu errado porque você sumiu e então eu acabei conhecendo Josh. Não vou ser hipócrita e dizer que não gosto de Josh, gosto e muito e não quero viver sem ele, ele é engraçado, divertido... E, bom, é um namorado ótimo. Mas quando você aparece, eu tenho uma vontade enorme de te agarrar, de planejar o futuro, meu coração dispara, eu fico em total desespero. Quando nós brigamos, meu humor vira do avesso e não há um ser no mundo que me aguente. E, bom, eu adoro te xingar e falar que você é um traste, que não presta, mas ai de alguém que falar isso de ti, até mesmo o . Para ser sincera, a última vez que terminamos foi porque eu tive medo de te perder e acabei te perdendo, irônico né? Deixa-me explicar melhor, você estava sendo o namorado ótimo, mas eu estava sentindo que aquele casal não éramos nós, éramos um casal fofinho, e isso não combina com a gente. Senti falta das nossas brincadeiras, brigas idiotas, das nossas pegações e então achei que não éramos para ficar juntos, que éramos péssimos com isso e no desespero terminei. Nunca quis te contar isso porque novamente o orgulho falou mais alto, mas ontem, quando o disse que a estava grávida, eu quase morri, só conseguia latejar na minha cabeça quando planejávamos ter os mini's ’s... Quer dizer, e isso é tudo que eu sinto, eu acho que eu não sou capaz de te fazer feliz, e sim, eu tive um ataque de ciúmes quando descobri que você ia casar, eu estava perdendo você, e então entrei em pânico, mas novamente meu orgulho falou mais alto. E eu sei reconhecer com toda a certeza que a vai fazer você feliz. Talvez não sejam os mini's ’s que sonhamos correndo pela casa, mas você vai ser feliz de um jeito ou de outro, e é isso que me deixa um pouco mais aliviada. Mas eu te amo, e sempre te amei, e nunca consegui admitir, não tô conseguindo agora, sempre disse a mim mesma e a todos que não era amor, era calafrio, era coração batendo forte, era vontade de fugir para onde problemas não existiam. Era confuso, porque eu sabia que amava Josh, mas e você era o quê? Então é amor, de um jeito estranho, confuso, de um jeito de uma pessoa que não tem coração, mas é amor, nasceu dentro de mim. – Eu olhei para ele e ele estava um pouco atordoado, parecia não conseguir falar nada. – E, bom, é isso. Ufa, foi difícil largar o orgulho. – E então ele me olhou um pouco mais sério.
- Então você sente exatamente o que eu sinto por você.
- É, eu sei que nunca fui boa em demonstrar isso, mas é isso. – Disse perdida, sem saber o que dizer.
- Sabe, eu não tenho muito que dizer.
- Desculpa, eu não deveria ter falado tudo. Quer dizer, só achei que como você estava me contando eu deveria contar.
- Você devia ter falado. É bom saber que o que eu sinto não é só eu que sinto. – O silêncio se instalou e ele continuou - Eu vou me casar e a garota está grávida, mas ela não é você e isso muda muita coisa. – Ele disse, como se falasse mais para ele do que para mim.
- Ela é melhor que eu, ... Então você vai ser mais feliz. Acredita em mim. – Disse, meio que sorrindo, mas morta por dentro.
- , ela até pode ser boa, até melhor que você pra um relacionamento... Mas talvez não em minha opinião. Não é ela que faz meu corpo tremer, nem minha pele arrepiar apenas com um toque. Isso só você fez. – Eu sabia exatamente do que ele estava falando, daqueles choquinhos que meu corpo tinha quando estava em contato com o dele.
- Eu sei bem como é, me sinto assim também. Mas acho que não fomos feitos para ficar juntos, acho que não podemos ficar juntos. Quer dizer, não sei se eu te daria a família feliz que você tanto sonha, porque, sinceramente, me acho estranha casando e tendo filhos. – Eu não poderia deixar o meu orgulho total de lado, eu podia até me achar um pouco estranha, mas era o que eu queria. Casar e ter filhos. Mas não agora, quem sabe um dia.
- Uhum. – O vi concordar tristemente com a cabeça.
- Desculpa por todas as vezes que deixei meu orgulho falar mais alto? E por todas as atitudes que tomei no desespero? – Olhei, esperando aquele perdão.
- Tá tudo bem – ele deu um meio sorriso, que parecia fazer muito esforço para aquilo.
- Sei lá, eu só espero que você seja feliz.
- Feliz? O Josh é que é um cara feliz... Ele tem a mulher da minha vida só pra ele.
- ... Não fala assim que eu fico despedaçada. – Eu dei uma pausa. – Como você acha que vai ser te ver casando com outra? Te ver com outra? Vai ser horrível. – Fiz um careta. – Eu queria poder fugir com você, mas as coisas não são simples assim.
- Eu sei, se fossem eu já teria te levado. – Ignorando todo o resto que eu tinha falado.
- Eu sempre vou ter você dentro de mim – sorri meio fraco, eu precisava ser forte. E ele concordou com a cabeça.
- E você dentro de mim. – Eu queria abraça-lo, eu precisava disso, mas não, eu não podia.
- Bom, acho que tudo isso precisava ser dito para por um "fim" nas coisas, né? – disse, fazendo aspas com as mãos no “fim”, e me levantando para ir embora. Parei de costas para a porta, o olhando enquanto ele caminha para mim, e me olha.
- É... Um fim – ele disse triste, parando e fixando os olhos nos próprios pés.
- Eu prometo que você vai ser feliz – disse, olhando ele com cuidado para os meus olhos não cruzarem com os dele.
- É, tanto faz. – Ele disse, dando ombros.
- É, enfim, eu, eu acho que preciso ir embora, né? Tchau. – Eu disse, virando de frente para porta e esperando ele abrir. Ele abriu para mim, e me olhou tristemente.
- Tchau. Se cuida. – Ele disse e eu saí, andando em direção ao meu carro. Eu não queria olhar para trás, eu sabia que ele ainda estava com a porta aberta me olhando. Eu estava prestes a fazer algo que eu não deveria. Parei perto do meu carro, fechei os olhos com força, tomando coragem do que eu havia decidido e me virei voltando correndo para perto de , o abraçando com toda a força que eu tinha e escondendo minha cara no seu peito. Ele retribuiu o abraço, me puxando para dentro da sua casa e fechando a porta. Ele deu um beijo na minha testa enquanto estávamos abraçados.
- Minha pequena – ele sussurrou aquilo, e eu podia passar o tempo todo abraçada com ele assim, mas era errado. Eu o apertei um pouco mais e senti uma leve lágrima cair pelo meu olho. Eu subi meu olhar devagar até ele.
- Desculpa, mas eu precisava te abraçar – disse sussurrando também.
- Não tem que pedir desculpa – ele levou as mãos até o meu cabelo, começou a passar o nariz por ele e inalando todo o meu cheiro que ali tinha. Eu deitei minha cabeça no ombro dele e pude sentir aquele cheiro, um cheiro de , um cheiro que eu andava precisando sentir. Levei minhas mãos na cintura dele e comecei acaricia-lo. Aquilo era bom demais. Ele mordeu o lábio dele de leve, e aquilo me deixou louca, mas eu teria que me concentrar. Ele levou as mãos dele até minha cintura, me erguendo alguns centímetros do chão, me fazendo olhar para aqueles olhos que eu me perdia completamente. Ele deu um giro com os nossos corpos enquanto eu sorria, depois me colocou de volta no chão e sorriu para mim. Então ele começou a passar o nariz dele na minha bochecha e eu me arrepiei levemente ao sentir o toque da pele dele na minha. Aquilo era extremamente bom. Eu subi minhas mãos até a nuca dele e comecei acaricia-la de leve, eu não conseguia parar de sorrir. Ele suspirou baixo e deu um tranco forte nos nossos corpos, nos juntando ainda mais, o que me fez apertar a nuca dele de leve. Ele encostou os lábios dele no meu e a língua dele pedia passagem com urgência, e eu, com a mesma urgência, dei. Nossas línguas pareciam dançar juntas, e eu queria explorar aquela boca ao máximo. Eu estava morrendo de saudades. As mãos dele percorriam por todo o meu corpo, até que pararam na minha coxa, que foi apertada fortemente, o que me fez soltar um gemido baixo entre o beijo. Ele me pegou no colo rapidamente e, ainda me beijando, me levou pro quarto. Ele me jogou na cama e subiu em cima de mim, beijando meu pescoço com urgência. Eu só conseguia apertar a nuca dele e morder meu lábio. Aquilo era muito bom. Eu comecei a puxar a blusa dele para cima enquanto ele abria a minha. Ele começou a beijar meus seios enquanto eu soltava leves gemidos, e eu estava no paraíso. Comecei a passar minhas unhas levemente em suas costas e agora foi a vez dele soltar o gemido. Em pouco tempo nossas roupas já estavam no chão e nossos corpos finalmente juntos.
Eu pude sentir ele se jogando ao meu lado na cama, após termos chegado ao orgasmo juntos. Ele pegou a minha mão e entrelaçou nossos dedos. Estávamos bem assim, não tínhamos problemas e nem nos lembrávamos de Josh ou então de . Eu encostei minha cabeça no ombro dele.
- Te amo, . – Ele disse sorrindo.
- Eu também te amo, . – Ele riu.
- Você e essa mania de me chamar de .
- Eu gosto. Você é meu .
- Eu aceito isso – ele disse, soltando uma gargalha que me fez sorrir ainda mais. Ele tinha uma risada tão gostosa. Ele começou a me encher de selinhos e levou as mãos dele até meu cabelo e ficou mexendo nele devagar. – Eu gosto do seu cabelo depois que a gente, ahn... É, depois disso. – Ele riu, me fazendo rir.
- Ele fica bagunçado e feio, então acho que vou começar a não pentear o cabelo mais. – Disse sorrindo.
- Eu gosto.
- Eu posso viver com isso, se você puder viver que eu acho o seu sorriso a coisa mais linda do mundo – eu disse sorrindo e vendo-o sorrir.
- Eu posso viver com isso. – Disse, me dando um selinho e nós adormecemos assim. Juntos.

Eu acordei no dia seguinte, ao lado de , um pouco atordoada, lembrando dos acontecimentos da noite passada. Eu sabia que era errado, mas não sentia arrependimento, mas eu sabia que seria a última vez. Sábado ele se casaria e eu iria viver minha vida com Josh. Levantei um pouco desesperada e comecei a me vestir, e olhei no relógio. Já eram nove horas da manhã e eu tinha que ir trabalhar.
- , o que foi? – abriu os olhos devagar e me viu.
- Eu tenho que ir, , eu tenho que trabalhar. Desculpa – fiz um cara de triste e ele sorriu, parecendo entender.
- Tudo bem. – Ele colocou sua boxer e começou descer a escada atrás de mim. Ele abriu a porta para mim e nós ficamos nos olhando.
- Beijos, gatinha, bom trabalho – ele disse, dando um beijo na minha testa, e eu apenas sorri. Fui para meu carro e direto para o trabalho.
Estava quase na hora de eu ir para casa, eu deveria estar com uma cara de tédio. As segundas-feiras naquela locadora eram bem paradas. O sininho da porta tocou e o meu sorriso automaticamente se abriu, era .
- Pequena – ele disse, vindo em minha direção e me dando um beijo.
- Hey, meu amor. – Eu disse, saindo de trás do balcão e abraçando ele forte.
- Tudo bem? – Ele me disse sorrindo.
- Sim, e com você?
- Sim. – Ele disse sorrindo.
- Amorzinho, – olhei pro relógio – vamos para minha casa? Preciso te contar umas coisas.
- Que coisas? – Ele disse me olhando.
- Vamos que eu conto. – Disse e comecei a pegar minhas coisas e sair da locadora, e vendo ir atrás de mim.
- Ok, mas eu queria que você conhecesse hoje.
- Quem? – Eu perguntei um pouco confusa.
- , meu namorado novo. Ele é um anjo e quer conhecer minha melhor amiga.
- Fechado, mande ele ir lá para casa mais tarde. – Disse sorrindo e ele sorriu de volta.
- Obrigado, pequena. – Eu estava sorrindo e ele não deveria entender o porquê, eu estava alegre e agitada. Mas eu não deveria estar assim.
Chegamos a minha casa e eu contei tudo que havia acontecido. não sabia se ria, se chorava, se lamentava, se estava feliz ou o quê. Ele tinha uma expressão confusa na cara.
- , então por que raios vocês não ficam juntos?
- Porque não é tão simples, , a nossa decisão é essa. Agora cada um segue sua vida.
- Assim eu espero. – Ele disse olhando para mim.
- É, , a gente também. Ele se casa, tem filhos e tem a vida dele... E eu continuo com a minha vida com o Josh. É o melhor para todos.
- Você disse isso quando terminou com ele da última vez e eu só via os dois se lamentando pelos cantos.
- , por favor.
- Ok, não falo mais. – Ele sorriu e me abraçou, e logo em seguida a campainha tocou e eu fui abrir. Era , o tal namorado de .
- Hey.
- Hey. – Um menino todo sorridente entrou em casa, ele era bonito igual ao . Isso que eu chamo de desperdício. Dois meninos extremamente lindos, sendo gays.
Nós começamos a conversar e eu logo me senti à vontade do lado daquele menino. Ele era ótimo que nem o , e super engraçado. Há tempos que eu não me divertia tanto. tinha feito uma ótima escolha, eu estava me divertindo de um jeito que eu não me divertia desde a época do quarteto, onde tudo era alegre e colorido. Isso ficou muito gay. Eles disseram que eu era a baby deles e resolveram “me adotar”, eles eram ótimos. Para irritar o , eu resolvi o chamar de mami e consegui deixar ele irritado.

Capítulo 7


Aquela semana estava passando rápido demais, mais rápido do que eu queria. Hoje já era sexta-feira e eu estava voltando para casa. tinha se tornado um ótimo amigo e eu tinha contado toda minha história para ele, que disse que eu estava tomando a decisão certa e deveria ficar com Josh. Ao menos alguém me apoiava na minha decisão, estava mesmo precisando daquilo.
tinha ido quarta-feira na locadora, não entendi bem o porquê até agora, mas ele tinha ido. Trocamos algumas palavras, ele estava nitidamente triste e aquilo estava partindo meu coração. Segundo , ele estava assim porque tinha notado a burrada que estava fazendo ao se casar com , mas isso me cortou mais ainda o coração. Quando ele apareceu na locadora, eu tentei fazê-lo rir por algum tempo, mas eu só tive êxito em uma das vezes e ele logo foi embora, me deixando confusa sobre o porquê daquela visita.
Eu vi Josh quase todos os dias, o meu único momento de alegria, minto, quando vi durante esses dias ele me alegrou também, claro que não como Josh, mas me alegrou.
tinha me ligado algumas vezes e ido me visitar, eu tentava ao máximo ser simpática, mas eu sabia que estava sendo uma péssima madrinha.
Eu tinha tido uma pequena briga com durante essa semana por ser ciumenta demais.
#Flashback
2 dias atrás.

- . – Eu disse, olhando extremamente brava para ele assim que ele abriu a porta da casa dele. – Eu estou extremamente chateada com você. – disse, entrando naquela casa.
- Comigo? – Ele disse, me olhando assustado.
- Você está ajudando a escolher tudo do casamento e ainda foi fazer exames com ela de gravidez. E eu tive que ouvir dela que você era realmente um fofo. – Eu disse, olhando ele seriamente, e agora ele me pareceu mais assustado.
- Sabe, , ela precisava de uma madrinha, mas a madrinha dela não estava lá.
- Sério, ? Ela não podia ter chamado o noivo dela? Ou até mesmo o melhor amigo dela? – Eu disse, me irritando, que porra de garota.
- , sei lá. – Ele disse um pouco irritado.
- Sei lá? Eu não vou querer que você me ajude no meu casamento, porque, aparentemente, você já tem outra amiga. Você deveria fazer essas coisas comigo.
- Pare de infantilidade, .
- Infantilidade? Primeiro essa menina rouba o porque eu sou incapacitada demais, agora ela me rouba VOCÊ. – Eu respirei fundo. – E isso eu não vou deixar mesmo.
- , eu ser amigo de outras pessoas não me impede que eu seja seu amigo. – Ele disse me olhando, não estava acostumada com meninas na vida de , eu meio que era única, exclusiva. – E sim, isso é infantilidade. Você está sendo extremamente infantil.
- Ok, eu sou infantil e ciumenta. Faça o que você quiser, . – Disse, me irritando e indo em direção à porta.
- Ok, quando você parar com essas atitudes volte a falar comigo. – Ele disse, abrindo a porta e fechando logo após que eu saí.
Obviamente eu não conseguia ficar brigada com , eu cheguei mais do que chateada em casa. Aquilo estava pesando em mim, eu tinha sido um pouco infantil. Eu pensei por durante duas longas horas e decidi voltar lá. Peguei meu carro e fui.
- Desculpa, ok? Eu só tenho medo de te perder. – Eu disse, assim que ele abriu a porta.
- Não sei, , eu vou pensar. – Ele disse, me olhando sério. E eu não tive coragem de ir embora, eu sei que aquilo era um ‘saí daqui vai’, mas eu não tinha coragem de sair de lá, eu não tinha o que falar, ele ficou me olhando. – Pronto, já pensei – ele disse e deu aquele sorriso maroto dele me fazendo sorrir. – É lógico que te desculpo. – Ele disse me abraçando e me deixando bem mais confortável.
- Promete que eu sempre serei sua melhor amiga? Sua poderosa? – É, num passado ele tinha mania de me chamar de poderosa e aquilo era tão bom. Ele me olhou, sorriu e deu um beijo na minha testa.
- Prometo, para todo o sempre você será minha poderosa, minha melhor amiga. – E eu o apertei com mais força.
#EndFlashback
Cheguei a minha casa e tirei meu sapato, me joguei no sofá e encostei minha cabeça, fechando os olhos e tentando relaxar, mas logo a campainha tocou e fiz um esforço para me levantar e ir atender.
- . – Eu disse, forçando um sorriso.
- , me ajuda. – Ela disse um pouco desesperada e eu a olhei assustada.
- O que foi? – disse, puxando ela para dentro e fechando a porta.
- Eu estou super nervosa, é amanhã. - E o que eu tinha a ver com isso? – Eu preciso da sua ajuda.
- Calma, , vai dar tudo certo. – Sorri para ela. – Você vai ver.
- Obrigada, mas mesmo assim. Estou com medo de tropeçar, não lembrar meus votos, ficar feia e, fora isso, eu não arranjei um padrinho para entrar com você. – Eu estava pouco me fodendo, se ela quisesse que eu não entrasse na igreja, eu não entraria.
- Calma, , pelo amor de Deus. – Ok, eu estava um pouco nervosa por ela, o nervosismo me contagiou. – Senta ai no sofá e eu vou fazer um chá para você.
- Obrigada. – Ela disse, sentando em meu sofá.
- De nada – eu disse e eu fui para cozinha fazer um chá calmante, e peguei também uma barra de chocolate branco. Voltei para sala entregando tudo a ela.
- Chocolate branco, meu preferido. – É, a menina tinha bom gosto mesmo. – E obrigada de novo. – Ela sorriu e tomou um gole do chá.
- Calma, , olha, vou estar lá e você pode ficar calma, ok? Não vai tropeçar, não vai errar nada... Se quiser me falar seu votos, pode falar e eu vejo se estão bons. – Eu não ia querer ouvir os votos dela, mas eu precisava acalmar aquela menina. – E tudo vai dar certo.
- E quanto ao seu par? – Ela disse, me olhando e tomando mais chá.
- Pode ser o ? É o namorado de , mas vai entrar com uma menina amiga de . – Disse sorrindo.
- Claro, se você gosta dele está aprovado.
- Ok, depois eu ligo para ele. – Disse sorrindo e a olhando.
- Então, posso dizer meus votos a você? – Ela disse sorrindo e eu balancei a cabeça concordando. - Acho que todos aqui sabem o quanto eu esperei por isso, e estou aqui ao lado do homem da minha vida. Apesar de tudo, , eu estou aqui do seu lado, eu estou me entregando completamente a você, que isso seja para sempre. Você é a minha felicidade, eu te amo.
- Está ótimo. – Forcei mais uma vez um sorriso, na verdade, não tinha achado nada demais, mas diria que está ótimo.
- Bom e eu tenho outra coisa para falar contigo. – Ela me disse, sorrindo agora.
- Diga. – Eu sorri, agora um pouco menos forçado.
- Bom, eu estava pensando. Será que teve despedida de solteiro? – Aquilo que eu tinha tido com ele podia considerar uma despedida? Controlei-me para não rir.
- Não, acho que não. Não tem a cara dele ter despedida de solteiro. Mas por quê? – Eu perguntei curiosa.
- Sabe, se ele quisesse ter uma, eu não impediria. – Ela sorriu. Eu nunca tinha pensado nisso, acho que eu também não.
- É, acho que também não, porque eu ia querer ter uma despedida de solteiro, então né? – Eu disse, sorrindo.
- Exatamente.
- Você queria uma despedida de solteiro? – Eu disse, olhando para ela. Ela tinha cara de delicadinha, fofinha e não de quem gostaria de uma despedida de solteiro.
- Sim – ela disse envergonhada.
- Podia ter falado para mim, talvez eu te desse uma. – Ri dela e ela riu também, e ficou um tempo em silêncio.
- Na verdade, eu ganhei um strip do meu amigo. – Ela disse me olhando. – Ele é meu melhor amigo e me deu de presente - riu de leve. Nessa hora eu tive vontade de sair correndo e ir fazer um strip para , mas eu deveria conter meus pensamentos e focar na pessoa a minha frente.
- E me conte, como é? Foi bom? – Perguntei, fingindo curiosidade.
- Foi ótimo, foi extremamente bom. Eu quase morri, meu Deus, ele faz aquilo como se fosse profissional. – Eu realmente não queria saber.
- Nossa, nossa. – Eu disse sorrindo e ela me abraçou, meio que do nada.
- Obrigada, , de verdade. Estou bem mais calma e pude compartilhar algo que estava preso. Você é uma amiga de verdade, estou feliz por ter encontrado uma amiga tão boa quanto você. – Ela disse e novamente eu me senti um monstro.
- Não precisa agradecer.
- É serio, eu te amo. – Ela disse e eu me senti ainda mais pior.
- Eu também. – Forcei um sorriso.
- Olha, agora eu tenho que ir. Mas amanhã cedo vá lá para casa e me ajude com tudo, ok? fará minha maquiagem e meu cabelo. – Ela disse e eu senti inveja. – Mas quero você lá para nós conversarmos, ok?
- Claro.
- Então eu já vou. – Ela disse, levantando e indo em direção à porta, eu a acompanhei, abrindo a mesma. – Tchau, até amanhã, querida. Beijos. – Ela disse e eu a vi saindo.
- Até, beijos. – Eu estava em estado de choque. Assim que fechei a porta, peguei meu celular correndo para comunicar a decisão de última hora para , que obviamente topou.

Capítulo 8 – O CASAMENTO


Acordei desejando que aquele dia acabasse o mais rápido possível, era só isso que eu queria. Levantei-me correndo e decidi tomar um banho e arrumar as minhas coisas para me arrumar na casa da noiva. Mas a campainha interrompeu minha decisão e eu desci correndo.
- – disse sorrindo – e – disse, tentando manter o sorriso, mas não dava.
- Sim, viemos dar uma passadinha aqui. – disse e os dois entraram na minha casa.
- Claro, por que não, né? – Eu disse, rindo.
- Estou com sede – disse, entrando na cozinha e se jogou no sofá, eu optei por ficar na sala, de pé.
- me perguntou ontem se eu tive uma despedida de solteiro e eu até agora tô pensando se aquilo que nós tivemos foi ou não uma. – Ele soltou uma risada e me fez rir também. – Nunca vou conseguir me sentir culpado por aquilo. – Achei melhor ignorar, apesar de que eu nunca me sentiria também. – E, bom, ela me contou que teve uma.
- É, eu já sabia, e sei que você não ficou bravo porque não tem direito. – Eu ri e ele me olhou estranho.
- Eu não gostei nada, isso não é atitude de quem quer se casar comigo. – Ele disse, sério.
- Ah, claro – ri ironicamente. – Por que comer a amiga madrinha dela uma semana antes do casamento é realmente uma atitude de quem quer casar com ela, né? – Eu soltei outra risada.
- Para, ok? – Ele me olhou, fingindo estar bravo, mas não estava, eu sabia. – A gente tem uma historia, é diferente. – Ele disse e eu não podia ter uma recaída e agarrar ele como eu queria.
- Ok, , só acho que ela não fez errado. – Disse simplesmente. Eu teria que ser forte.
- Vai defender ela agora? Virou best? – Ele tentou fingir estar bravo novamente.
- Não, , não estou defendendo ela por ser ela. Eu só acho que todos deveriam ter uma despedida de solteiro. Eu, por exemplo, vou ser levada a uma boate com e , nós já combinamos. – Soltei outra risada, lembrando do dia em que falei isso com eles. E, ei, estava demorando demais com aquela água.
- VAI NADA – ele gritou e eu olhei assustada. – VOCÊ É MINHA E QUANDO A GENTE CASAR VOCÊ VAI TER UMA DESPIDIDA COMIGO – o que ele estava fazendo? Isso é coisa que se fale para outra no dia do seu casamento? Meu Deus, eu queria agarrar ele e dizer que tudo bem por mim, que eu não precisava de despedida se ele casasse comigo. Afinal, ele tinha o melhor sexo do mundo todo. Mas cadê a porra do para me ajudar a ser forte?
- , por favor, né? – Respirei fundo, tomando coragem para continuar. – Você está casando hoje e vem me falar isso? Qual o seu problema? Eu vou sim ter minha despedida e você não vai ter nada a ver com isso. – Disse, tentando me acalmar e notei que ele fazia o mesmo.
- Desculpa – ele abaixou a cabeça. – Foi um lapso.
- Tá tudo bem, eu vou encontrar . – Me dirigi até a cozinha e vi um sentado e comendo panquecas. – , você não disse que estava com sede? – Eu ri daquela cena.
- Disse, mas aí eu vim na cozinha e me deu vontade de fazer panquecas. Quer? – Ele ofereceu.
- Não, obrigada. – Eu disse, sorrindo. – surtou. – Eu disse um pouco mais baixo e vi rir.
- Eu sei, ele esqueceu de fazer os votos de casamento dele e eu que estou fazendo - eu soltei uma risada, típico do esquecer essas coisas.
- Típico, mas por que ele não faz? – Eu disse, confusa.
- Porque ele não consegue escrever algo que ele não sente – falou sendo óbvio e enchendo a boca de panquecas. E nós ouvimos ligar a televisão no último volume.
- Ah, claro. – Eu disse olhando para os lados. – Ele é assim, ele esqueceria os votos até se fossem para mim e não conseguiria escrever.
- Pra você? – riu. – Ele já escreveu votos de casamento faz tempo para você, eles estão guardados. – Meu coração começou acelerar de um jeito inexplicável.
- Até parece, . – Eu disse, tentando não acreditar.
- Eu te juro, já tinha visto uma vez e hoje vi de novo... – Ele disse, me olhando sério.
- Se curiosidade matasse, com toda a certeza eu estaria morta agora. – Eu disse, rindo de mim mesma. – São bonitinhos? – Eu disse, sorrindo.
- Sim, são lindos. – Ele disse, me olhando e eu fechei os olhos com força.
- Eu prefiro acreditar que isso é mentira.
- Ok, então – disse, respeitando minha decisão.
- Vamos voltar para sala vai. – Ele concordou com a cabeça e colocou o último pedaço de panqueca na boca e voltou para sala comigo e nós dois sorrimos para . – Hey, eu vou tomar banho e já volto.
- Não suma – soltou, me olhando e não entendi.
- Relaxa, , não sou que nem você no banho que demoro duas horas, eu sou rapidinha. – Eu conhecia bem , ele praticamente descia pelo ralo. Ele soltou uma risada e eu subi, indo para o meu banho. Eu entrei e deixei a água quente escorrer pelo meu corpo, aquilo estava bom, mas eu precisava ser rápida. Tomei meu banho rápido e fui para meu quarto, de toalha, e logo em seguida escutei alguém bater na porta.
- Fala. – Berrei de lá de dentro.
- Sou eu, . – Eu o ouvi dizer e ri de leve.
- Não sumi, viu? Acabei o banho e só falta me trocar.
- Posso dar uma olhadinha? – Ele disse e eu ri de leve, o ouvindo rir também.
- Não, , para com isso. – Eu disse, começando a me trocar.
- Ok. – Me troquei rápido, separei as coisas que levaria para casa da e logo saí do meu quarto. Vi no corredor me esperando. – Oi – ele sorriu.
- Oi – eu ri meio idiota. – Cadê o ?
- Tá na sala vendo TV.
- Ah, entendi.
- Sinto falta dessa casa. – Ele disse e resolvi ignorar, eu tinha que ser forte.
- Hum, mas diz o que queria quando bateu na porta?
- Ah, eu só vim avisar que nós estamos indo embora.
- Ah, claro, vamos, eu acompanho vocês até a porta. – Desci as escadas acompanhada de e chegando na sala fui seguida de .
me deu um abraço e foi em direção ao carro. veio me abraçar.
- Obrigado por estar lá, vai ser muito mais fácil assim. Porque quando eu tiver que dizer sim, eu vou olhar para você e vou conseguir dizer. – Ele disse isso na minha orelha e eu gelei. Eu iria ser forte mais uma vez, eu apenas sorri e o larguei. Os dois foram embora e eu tomei um copo de água para processar tudo aquilo. Peguei minhas coisas e fui para carro, direto para casa da .
- . – Ela disse assim que abriu a porta de casa para mim.
- Oi, . – Eu disse, sorrindo e entrando.
- Eu estou super nervosa, não sei se vou conseguir. – Ela disse.
- Relaxa, , vou fazer mais chá. – Disse, indo pra cozinha e deixando minhas coisas num canto qualquer.
- , ESQUECE O CHÁ – ela berrou – VOLTA PRA CÁ – e eu voltei correndo.
- O que foi, menina? – Eu disse um pouco nervosa.
- Fica do meu lado, por favor.
- Claro – eu disse e peguei a mão dela, que estava um pouco fria. – Pode apertar se quiser. – Ela sorriu e apertou minha mão com força. – Vem, vamos sentar. – Fui arrastando ela até o sofá.
- Obrigada – ela disse, apertando minha mão com força e eu sorri.
- Sabe, costumava dizer que tudo que eu prometia a ele acontecia, então sempre que ele estava mal eu prometia a ele que ia ficar bem, e as coisas acabavam se acertando. Então sei lá, se quiser acreditar nisso, eu prometo para você que tudo vai ficar bem. – Eu vi o sorriso dela brotar em seus lábios.
- Obrigada de novo e é claro que acredito. – Ela me abraçou e eu fiz carinho nos cabelos dela.
- Não é nada, viu? – Apertei ela mais um pouco e passei um tempo assim, até chegar e começar a arrumar ela. Ela estava ficando bonita e eu a lembrei disso por um tempo, ela precisava se sentir segura.
foi embora se arrumar com , provavelmente, e eu fiquei lá com ela, conversando um pouco, tentando acalma- lá e, claro, me arrumando.
- , eu tenho que ir. Vou encontrar com . – Sorri e ela sorriu. – Mas relaxa, estarei lá e tudo vai dar certo, viu?
- Obrigada, – ela disse, me dando um beijo. – Eu te amo. – Eu apenas consegui sorrir e fui em direção ao meu carro.
Chegando lá, eu encontrei e cheguei bem perto dele e dei um oi.
- Obrigada por estar aqui comigo, não sei se conseguiria isso com um desconhecido. – Sussurrei na orelha dele e ele sorriu.
- Eu não deixaria você sozinha, eu estaria ai para te ajudar. Você vai conseguir, vai ser forte. – Ele disse, sussurrando e me dando um sorriso encorajador. Nós seríamos o primeiro casal, mas confesso que não estava nem um pouco preparada.
A nossa música começou a tocar e pegou no meu braço, forcei um sorriso em meu rosto e fui em direção ao altar. Era um casamento extremamente simples, só haveria um casal de padrinhos de cada lado, eram poucos os convidados, mas a decoração estava linda, estava perfeita. Eu sabia que aquela decoração era típica do , assim como as roupas que eu e a outra madrinha estávamos vestindo, assim como as roupas dos padrinhos, tudo havia dedinho do ali. Sorri boba e me orgulhei do meu melhor amigo. Logo atrás de nós veio com uma menina, que era a tal amiga de . Eles haviam chegado no altar e agora eu sabia o que viria, viria e eu não sabia se meu coração ia aguentar. começou a entrar devagar e fez um joinha com a mão. Ele tentou segurar o riso e eu fiz o mesmo, pude sentir o olhar de sobre mim. olhou para , depois focou os olhos em mim, os prendendo lá. Eu achei que ia morrer, para variar um pouco, eu me perdi naqueles olhos e pude sentir minhas bochechas corarem. Ela parou de olhar para mim e deu um sorriso para a outra madrinha. Ele se posicionou e logo depois começou a música da noiva e eu pude a ver entrando bem devagar, acompanhada de um amigo seu. Ela estava sorrindo, deveria estar se sentindo contagiante e eu sorri um pouco que involuntariamente, queria ser eu ali. deu uma rápida olhada para mim e depois para , se ele não parasse de me olhar, eu com certeza o mataria. Ela foi entregue a e eu acabei derramando uma lágrima.
- Não vou conseguir, vou chorar. – Sussurrei no ouvido de , que apertou minha mão a fim de me dar coragem. Eu estava feliz porque sabia que ia ser feliz, mas não queria entrega-lo desse jeito. O padre começou a falar aquelas coisas básicas, até que pediu para cada um falar seus votos um para o outro. olhou para mim, sorriu e voltou seu olhar para , começando a falar.
- Meus votos – ele soltou uma risadinha. – Eu não tenho votos, desculpem. – Eu, na hora, olhei com uma cara de desesperada e ele fez o mesmo para mim. Que raios aquele menino estava fazendo? - Vocês conhecem o ditado, quando Deus fecha uma porta, Ele abre uma janela? Quer dizer, a minha vida estava uma imensa confusão e no meio daquilo tudo apareceu. – Eu não queria ouvir aquilo, não queria saber que ela arrumou toda a confusão que eu havia causado na vida de . - Eu estava perdido, desiludido, achando que eu nunca encontraria um alguém que me amasse. E então Deus me coloca na direção desta mulher aqui. E Ele fala “Lá está ela. Vá buscá-la.” – Eu o amava e eu era o amor dele, derramei algumas lágrimas. Talvez o nosso amor nunca fosse o suficiente. – Então, , eu te pedi em casamento. Algumas pessoas me perguntaram se não era muito cedo, se era o momento certo, se você era a mulher da minha vida. A resposta para todas essas perguntas é uma só: Eu não sei. – Eu sabia que ele estava falando de mim e, por um momento, eu achei que ele ia desistir de tudo e o meu coração gelou, foi um misto de nervosismo e felicidade. - O que eu sei, é que quando eu fiquei para baixo, você me dava esperança. Em tempos em que senti estar perdendo meu caminho, você foi minha guia. – Eu deveria guiar ele e não ela, eu chorava um pouco mais, tentando me conter. - Então, como expresso a profundidade do meu amor por você? Ou meus sonhos para o nosso futuro? Ou o fato de que irei lutar por você todos os dias? Ou que nossos filhos serão como pequenos super-heróis com capinhas. Palavras não expressam isso. Não fazem justiça. Elas não existem. Então, sem votos. – Se isso não eram votos, não queria ver. Os nossos filhos seriam super heróis e não os dele, até esse apelido ele tinha roubado de nós. Limpei meu olhos, não me permitindo isso. Todos ali estavam chorando, mas era felicidade, e eu chorava por pura derrota. - Apenas prometo ser o melhor marido e pai que eu posso ser e provarei isso para você todos os dias pelo resto de nossas vidas. E é por isso que eu te escolhi pra ser a minha mulher. Quero te amar e te respeitar e estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, e em todos os momentos da minha vida. – Isso eu tenho certeza, seria o melhor pai e o melhor marido do mundo.
Tentei sorrir e pude ver dar uma piscadinha para , que sorriu. Tenho certeza de que pensava que ele ia desistir, assim como eu. sorriu e começou a falar.
- Acho que todos aqui sabem o quanto eu esperei por isso e estou aqui ao lado do homem da minha vida. Apesar de tudo, , eu estou aqui do seu lado, eu estou me entregando completamente a você, que isso seja para sempre. Você é a minha felicidade, eu te amo. – E eu já tinha ouvido isso uma vez.
pegou as alianças e colocou uma no dedo dela, e a entregou a outra para que ela pudesse fazer o mesmo. Todos ali agora sorriam e o padre deu continuidade.
- Há alguém aqui que saiba de alguma coisa que impeça esse casamento ou tenha algo contra? – Bem, essa é hora que eu deveria parar o casamento e era isso que todos esperavam de mim. me deu uma olhada, depois foi a vez de e agora era que me olhava. Eu não ia fazer isso, não ia ser egoísta, não podia impedir esse casamento porque eu não ia dar certo com , porque eu não ia casar com ele. Eu, com certeza, faria alguma coisa que acabaria com tudo e com a chance dele ser feliz. Ele mesmo havia me pedido para não estragar a chance dele ser feliz e eu não faria. Eu, com certeza, queria abrir um buraco naquela hora, mas eu apenas sorri e depois de um tempo de silêncio o padre resolveu continuar. – Bom, já que ninguém se manifestou. , você aceita como sua legítima esposa? – Ele perguntou e deu uma olhadinha rápida para mim.
- Aceito. – Ele sorriu.
- , você aceita como seu legítimo esposo?
- Sim, aceito.
- Eu os declaro marido e mulher. – Aquilo doeu em mim, mas acho que a cena doeu mais. beijou a e eles sorriram e foram em direção à porta. Todos estavam felizes e nós íamos para o salão que era ali do lado.
Eu tinha perdido.
Chegamos ao salão e pude ver algumas pessoas se espalhando por lá já, novamente, a decoração estava linda. Eu pude ver indo na direção de , que estava ao lado da outra menina e logo olha para , que me chamava para sentar ao lado dela, eu fui sorrindo.
- Hey – disse, me sentando ao lado da noiva e forçando um sorriso.
- , obrigada por tudo – ela me abraçou. – Assim como você prometeu, deu tudo certo.
- Claro, que isso. – Eu apenas sorri. – E, aqui, como se sente sendo a senhora agora? – Aquilo doía, mas aquele momento estava fazendo parte de uma nova fase, de uma fase sem o .
- Está ótimo, estou super feliz. – Nós entramos numa conversa e a cada palavra dela meu coração doía, eu precisava acreditar que tinha mesmo perdido.
O casal teve a primeira dança e aquilo estava me torturando, mas com certeza não ia deixar isso acontecer. Ele logo depois me chamou para dançar e ficou conversando comigo assim como , eu até me sentia um pouco vela, mas não ligava. A festa foi normal, quase não falou comigo direito, ele apenas trocava alguns olhares e eu queria chorar a qualquer instante, mas com certeza eu não me permitira.
A festa estava no final e eu estava na mesa conversando com , quando olhei para o terno de na cadeira e sorri boba. Na minha frente havia um guardanapo e no outro canto uma caneta que tinha saído da bolsa de alguma mulher. E então tive uma ideia ridícula, mas eu queria fazer isso. Peguei a caneta e comecei a escrever.

“I heard that you're settled down
(Eu ouvi dizer que você está bem)
That you found a girl and you're married now
(Que você encontrou uma garota e agora está casado)
I heard that your dreams came true
(Eu soube que seus sonhos se tornaram reais)
Guess she gave you things, I didn't give to you.
(Acho que ela lhe deu coisas que eu não lhe dei)
....
I hoped you'd see my face and that you'd be reminded that for me, it isn't over.
(Eu tinha esperança de que você me olhasse e se lembrasse de que para mim não acabou)
Never mind, I'll find someone like you.
(Não importa, eu vou encontrar alguém como você)
I wish nothing but the best for you, too.
(Não desejo nada além do melhor para vocês também)
Don't forget me, I beg.
(Não me esqueça, eu imploro.)

Não sei se você um dia vai ler isso, mas quero que saiba que eu te amo para sempre.
Beijinhos, .”


Eu senti o olhar de sobre mim, ele me olhava com curiosidade. Eu não quis escrever a música inteira de Adele, mas aquilo era exatamente o que eu sentia. Era como se Adele tivesse viajado no futuro, visto minha história com e escrito a música. Fechei o papel e coloquei no terno de .
- O que é isso?
-Nada – apenas sorri e ele entendeu que não queria falar.
- Hey, estamos indo – chegou com perto da mesa, avisando. – Estamos indo para noite de núpcias. – Eu senti meu coração gelar e desviar o olhar de mim. abraçou todos, menos a mim. Talvez fosse medo. foi um amor comigo e eu me sentia novamente um monstro. pegou seu terno e estava saindo pela porta enquanto todos os olhavam.
- Adeus, mexeu os lábios de um jeito que ninguém pudesse ouvir ou ver. Era só para mim, ele tinha um olhar triste.
- Adeus, . – Eu fiz o mesmo e derramei uma lágrima, mas decidi que ali começava minha nova vida. Peguei meu celular e mandei uma mensagem
“Te encontro segunda no aeroporto, amor. Beijos,
Logo em seguida meu celular apitou e eu achei meio desnecessário Josh me responder aquilo.

“Eu sempre vou te amar, não esqueça isso. Beijos, , seu eterno .”


FIM



Nota da Autora: Eu sei, vocês querem me matar. Eu sei. Me desculpem.
Eu sei que todos esperam um final feliz han? Mas olha, nem sempre o final feliz de alguém é ao lado de quem se ama, sei que isso parece meio mal amada rs, mas enfim. Vocês tem o Josh *-* (que é um fofo) e ele vai ser feliz com a noiva dele. Enfim... Quem sabe num futuro próximo eu escreva a parte 2 han? Depende de muitas coisas, mas se quiserem a parte 2 me avise tá? Espero que apesar do final triste vocês tenham gostado muito.
E ah, leiam minha outra fic. Another Guy – meu outro menino. Haha *-*
Se alguém quiser me xingar que não por aqui, pode me mandar um e-mail.
natee.k3@gmail.com
Enfim, era só isso. Beijinhos, Beijinhos.


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Nota da Beta: Caso tenha algum erro nessa fanfic, não use a caixinha de comentários. Entre em contato comigo pelo twitter ou pelo e-mail. Obrigada. Xx
Quer saber quando essa fic irá atualizar? Fique de olho aqui.