O Biscoito Mágico
autora: Verônica || beta: Paah Souza.



Prólogo: Eu não sabia o que dizer e um simples “oi” saiu de minha boca sem que eu pudesse impedir. Minha vontade estava lutando contra meu medo. Ele me fitou, e retribuiu meu “oi”. Eu sentia a brisa fria batendo no meu rosto, o sol estava brilhando como nunca havia brilhado antes.
- Algum problema? – Perguntou .
- Você sabe qual é o problema. – Disse, com tom irônico.
- Sei, mas quero que você me explique com suas palavras. - Disse Nicholas. Eu recusei seu pedido com a cabeça, e fitei seu olho bem no centro, esperando resposta. – Está bem. Você gosta de mim e queria muito dizer isso, depois de anos naquela faixa de apenas amigos, grandes amigos, e agora você não sabe exatamente o que sente. Eu quero te dizer uma coisa, eu estou mais conhecido na escola do que nunca havia sido conhecido antes, graças a você. Todos são seus amigos, e eu tenho que te agradecer por me dar essa popularidade grande. Mas, como disse e vou repetir, só se eu fosse cego, mudo, surdo e paraplégico, TALVEZ eu gostasse de você ou ficasse com você, um dia apenas. Desculpe-me.


Capítulo I: É segunda, primeiro dia de aula. Mal ouvi o despertador tocar, pois estava acostumada com o horário atrasado das férias. Assim, com um grande esforço, consegui ouvir o despertador e sua melodia extremamente irritante. Soquei o despertador, com a intenção de fazer com que a melodia acabe. Infelizmente, minha tentativa virou desastre, ou seja, eu despedacei o despertador. Enfim, levantei e bati de cara na porta - eu estava tão inconsciente que nem percebi a presença da porta naquele momento. Abri a porta e segui em rumo ao banheiro. Escovei os dentes e tomei um susto ao ver meu pai pular atrás de mim.
- Bom dia, !
Dei de ombros.
- Animada pelo primeiro dia de aula?
- Claro, a não ser pela aula, claro que estou. - Respondi com esforço.
- Eu ouvi dois barulhos, o que foi que aconteceu?
- Quebrei o despertador e não vi que a porta estava ali.
- Entendi. - Mentiu meu pai, estranhando minha afirmação.
Tomei meu café-da-manhã e me troquei. Escolhi o meu visual simples: um short da escola, uma blusa de manga comprida branca, a blusa normal do visual da escola e um tradicional all-star. Peguei meu material e fui-me para a escola. Quando cheguei ao andar térreo do meu prédio, meu piruá já me esperava. Será que me atrasei tanto assim? Nunca atrasara antes na vida.
Cheguei à escola. Estava deserta. Eu havia chegado cedo, mas já eram seis e meia da manhã, sendo que o sinal bate às sete e meia. De repente, a primeira pessoa que vejo é Jonas, meu melhor e único amigo. Dei-lhe um abraço e me dirigi às perguntas simples de férias e de saudades. chegava mais cedo na escola do que eu. Acho que é por causa de seu estudo avançado e de suas notas altas. Seguimos juntos até o pátio e lá, infelizmente, não encontramos ninguém.
Quando dei por mim, mais pessoas haviam chegado. E a mais importante delas: . O garoto mais impressionante e maravilhoso do colégio, infelizmente, ele já dissera antes que só se fosse cego, mudo, surdo e paraplégico, talvez gostasse de mim. Isso, digamos, me magoa pacas. Eu não sei por que, mas não gostava nada do que sentia por . De acordo com os calculos de , era metido, esnobe, gordo, feio, mal-agradecido. Mas nada isso me importa, porque era a razão de eu ir para a escola.


Capítulo II: Ao subir a rampa, me olhou e virou os olhos. Acho que ele percebeu que eu estava olhando pra ele, ou até mesmo, babando por ele.
- . Isso está virando loucura. – Disse . - Loucura até demais.
- Cala a boca, . – Disse, olhando para os cachinhos de , pretos, compridos e totalmente macios, que combinavam perfeitamente com seus olhos cor-de-mel.
Ele deu de ombros ao meu comentário e percebeu que eu estava olhando seus cachos. Virou-se e sentou ao meu lado.
Vi Melissa Flandres, uma conhecida, correndo em nossa direção. Seus cabelos dourados e ondulados estavam voando enquanto corria, e sua feição estava com um desespero, com ar de que ia falar alguma coisa estrondosa, que estava, com certeza, com cara de que ia falar alguma coisa que iria me magoar.
- , , olha só o que o disse pra mim! - Quando Melissa mencionou o nome de , me deu um calafrio. - Ele disse que vai morar nos Estados Unidos!
Na hora, me deu um choque, e não ouvi nada que as pessoas diziam. Tudo girava na minha cabeça e mundo começa a virar monocromático. Olhei para o horizonte e de repente tudo começou a ficar azulado. Pensei, por um momento, que eu era uma covarde de nunca ter falado sério com ele. Apenas senti me “chacoalhar” para ver se eu me mantia consciente. Olhei para , senti minhas lágrimas caindo pelo rosto, e comecei a ouvir o quê as pessoas diziam.
- Não fica triste! Ele volta daqui três anos! – Disse Melissa, em um som distante. me abraçou e retribui o abraço mais forte, e comecei a chorar e molhar seu ombro com minhas lágrimas. Ouvia me dizendo que não valia apena chorar, era só uma pessoa. Ele estava certo, ele era só uma pessoa, mas isso não diminuía minha tristeza imensa. acariciou meus cabelos e ouvi o sinal bater.
- Quer que eu ligue para o seu pai e diga que você não está bem?- Perguntou .
- Por favor. - Respondi, soluçando.
Enfim, depois de uma conversa prolongada, meu pai autorizou minha dispensa e voltei para casa. Ao caminho de casa, expliquei toda a história ao meu pai. Ele era muito diferente dos outros pais, ele entendia totalmente o que uma garota sentia por outro garoto, e aceitava meu amor por .


Capítulo III: No fim da aula, veio me visitar. Perguntou se eu havia melhorado, mas estava totalmente visível que nada melhorou. Meus olhos estavam indiscutivelmente inchados, pois chorei a manhã inteira.
- Olha, - Disse , olhando bem no centro dos meus olhos. - eu ganhei dois vales para um restaurante estrangeiro no centro da cidade, quer ir?
Aceitei seu convite. Enquanto fora até sua casa para pegar os vales, eu me arrumava. Meu pai abriu a porta e perguntou as perguntas básicas: “Precisa de dinheiro?”, “Quer que eu leve vocês dois?”, ECT. Respondi todas suas responsáveis perguntas sem nenhum esforço.
- Deixa eu te perguntar antes que eu me esqueça, - Disse meu pai. - Vocês, o e você, estão namorando?
Fiquei imobilizada ao ouvir essa pergunta, e logo disse: NÃO PAI! Você acha mesmo que eu irei namorar o meu melhor amigo?
- Acho, já viu o jeito que ele te olha?
- Nunca reparei.
- Comece a reparar.
A campainha tocou. Era . Corri para atender, e quando abri, lá estava ele. Então, fomos. Até a chegada do restaurante, pensei muito na pergunta de meu pai. Será que olhava de algum jeito, diferente para mim? Olhei por um instante a cara dele. Ele estava olhando pra mim, mas quando eu virei o rosto para verificar se ele estava mesmo me olhando, ele voltou o rosto para uma posição normal e fingiu que não estava. A primeira pista para saber se Joseph gostava mesmo de mim.
Chegamos até o restaurante estrangeiro. O nome estava destacado na placa feita de neon azul no alto do restaurante: “La Biscoito Majico”. Traduzi o nome: O biscoito mágico; nome agradável. Entramos no restaurante e observei entregar os vales para a atendente. Ela confirmou nossa entrada e apontou para o número da nossa mesa, e então, seguimos até a mesa. O restaurante era iluminado apenas por algumas janelas pequenas e por uma luz fosforescente forte no centro de cada cômodo do restaurante. segurou minha mão em um caminho estreito, suas mãos estavam macias. Em fim, sentamos em nossa mesa. Olhei para ele, e ele estava me olhando novamente.
- O que você vai querer? - Perguntou.
- Nada muito forte, acho que vou pedir uma salada. - Para mim, pedir uma salada era uma raridade, sempre quando eu ia a algum restaurante, pedia alguma coisa forte.
- Não seja modesta, - Disse ele. - eu sei que você quer pedir uma lasanha.
- Eu quero, mais não vou.
- Vai sim! Não fique assim! é um boboca, não tem a menor razão de chorar por ele, e muito menos pedir uma salada ao em vez de uma lasanha por ele, e ainda mais, de graça!
Ri dos seus comentários, e então, aceitei o convite de comer uma lasanha. A garçonete veio nos atender, e fez o nosso pedido. Enquanto ia ao banheiro, a garçonete me perguntou se eu aceitava um biscoito, o prato principal da casa. Confirmei sua pergunta e peguei um biscoito. Abri-o, e no seu interior, havia um pergaminho, que li. Nele estava escrito: “Sua mente pode mudar em um piscar de olhos”. Observei e reli o bilhete, então, guardei o pergaminho dentro de minha bolsa e ingeri o biscoito. Quando dei por mim, já havia chegado e estava sentado novamente. Ao meu olhar diretamente para , percebi alguma coisa estranha dentro de mim, uma sensação estranha.
Assim, comemos a lasanha, e fomos embora. Ele me deixou em casa e voltou para a sua. Foi uma viagem silenciosa.


Capítulo IV: Terça-feira, “segundo” dia de aula. Para a maioria dos estudantes, segundo. Não acordei com a melodia do despertador dessa vez, acordei por que tinha o impulso e a vontade de acordar. Nessa noite, havia sonhado com . Nós estávamos sentados em um banco no centro de um parque, de mãos dadas. Ele havia me dito coisas extremamente românticas, e, logo em seguida, me deu um beijo. Esse sonho acontecia, na maioria das vezes, com na presença de . Não sei o porquê me levou sonhar com essa noite.
Levantei e me dirigi até a porta. Dessa vez, verifiquei se estava mesmo aberta, e estava. Meu pai ainda não havia acordado. Então, sentei no sofá e esperar ele acordar. Fiquei observando as fotos em cima da estante, onde se encontrava a TV. O primeiro porta-retrato era de meu pai e de minha mãe, que está falecida, em seu casamento. Em logo em seguida, havia um foto minha quando eu era criança, e depois, uma foto minha e de no jardim da infância. Fiquei observando essa porta-retrato durante um tempo, observando como havia mudado ao longo do tempo, e como havia ficado bonito. ESPERA, eu acho o BONITO? Meu deus, eu acho. Eu havia mudado meu pensamento, totalmente, eu deixei de gostar de para gostar de meu melhor amigo?! Eu estava louca.
Quando meu pai acordou, observou minha face inexpressível, olhou em minha direção e observou que eu estava fitando o quadro em que estava eu e . Ele olhou pra mim, confuso.
- Ué, eu achava que o gostasse de você, não você dele!- Disse meu pai, em um tom comediante.
- Ele não gosta de mim, e nem eu dele! Eu gosto do , quer dizer, !
Ele riu, e observou minha expressão confusa, fitando o porta-retrato. Realmente, havíamos crescido bastante. Então, levantei empolgada do sofá, fui escovar meus dentes e fazer todas as necessidades matinais antes de ir para a escola.
Cheguei à escola animada. Eu iria mudar o dia hoje.
Subi a rampa. No pátio, havia um circulo de pessoas, observando alguma coisa caída no chão - devia ser uma pessoa. Eu, curiosa, fui ver o que estava acontecendo. havia caído e todos estavam rindo de sua cara. Empurrei todos e fui verificar se estava bem.
- Você se machucou? - Perguntei, preocupada.
- Não, estou bem, só o escorregão de sempre. – Disse ele, se levantando do chão. Seus cachos estavam em sua cara, e os tirei para melhorar sua visão. Mandei todos que estavam em volta rindo de embora. Ficamos a sós, aleluia. O ajudei a levantar, e o puxei para o banco para que pudéssemos conversar. Ele percebeu minha mudança de humor hoje. Olhou para o lado e revirou os olhos, apontando, disfarçadamente, para onde estava vindo em nossa direção. bufou impaciente com a chegada dele.
- Er, , preciso falar com você, - Disse , aparentemente envergonhado - sozinho. – Disse, fitando . Como ele pode expulsá-lo da minha presença? Quem ele pensa que é? Mas o importante era que ele ia falar alguma coisa que ia mudar tudo. deu um fraco sorriso para mim assim que se foi.
- Olha, eu queria te pedir desculpas aquilo que te disse ano passado. Antes das férias.
- O que? Aquilo que seja que só se você fosse cego, mudo, surdo e paraplégico talvez gostasse de mim? É bem provável que eu te perdoe. – Afirmei, irônica.
- Por favor, eu nem sei por que eu disse aquilo!- Implorava . Sua feição era perfeita, mas para mim nada disso importava mais, nem mesmo seu cabelo perfeitamente encaracolado e seus olhos cinzas - tirando o fato que há um dia ele era a pessoa mais perfeita pra mim.
- Desculpe, eu sou uma pessoa que perdoa, mas aquilo que você fez foi pura crueldade. Você tem idéia de quantos dias eu chorei por sua culpa? E agora você vem pedindo desculpas do nada, e eu nem faço idéia do por quê. – Eu estava quase gritando, meu tom de voz aumentara por causa de minha raiva. – Se você ao menos falasse por que de você vir pedir desculpas só agora.
- OK, eu vou te falar o por que. Eu andei pensando esses dias que te magoei muito, e queria pedir desculpas por isso.
- Eu duvido.
- Sua idiota, fala que me desculpa logo por que se não eu perco dinheiro! Eu apostei com o James que você ia me desculpar! – Disse ele com um tom alto, a ponto de me magoar mais do que ele já havia magoado.
- Pois agora que eu não desculpo mesmo! – Disse eu, gritando, fazendo com que todos ao redor ouvissem. – E que você perca todo o dinheiro que você tem por isso!
Saí pisando duro, com lágrimas de raiva em meus olhos. A cada vez que pisava com mais força, mais uma lágrima caía de meus olhos. Segui em direção a , e lhe dei um abraço, o mais romântico que já havia dado nele antes. Ele segurou minha cintura, e colocou o queixo sobre minha cabeça. levantou minha cabeça com as mãos, fazendo com que eu olhasse para ele. Ele limpou minhas lágrimas, e me puxou junto ao seu corpo para que o abraço continuasse.
- O que ele te disse dessa vez?- Perguntou , sussurrando.
- Ele só veio me pedir desculpas por aposta.
Mais uma lágrima de raiva caiu de meu rosto, e logo em seguida, o sinal da saída bateu. Quando saí do abraço de , olhei em volta e todos estavam olhando o que havia acontecido.
- O que foi? Nunca viram ninguém chorar? – Encarei.
- Se acalma. - Sussurrou , segurando minha cintura de costas para mim.
Virei, e olhei bem profundo para , e segurei uma de suas mãos que estavam na minha cintura. Virei, e de mãos dadas, fomos de volta para casa.


Capítulo V: estacionou o carro na hora em que estávamos em frente do meu prédio. Ele estava prestes a se despedir de mim, mas antes que ele falasse, eu ofereci um convite para ficar em casa e dormir lá, (N/a: mentes poluídas. q), já que meu pai havia viajado. Joe aceitou o convite sem nenhum problema, e mostrava felicidade por isso. Fazíamos piadas em quanto o elevador subia lentamente. Nossos rostos estavam muito perto um dos outros, e quando entramos em um momento romântico, a ponto de nossa amizade acabar e começar a partir dali um novo romance, a porta do elevador abriu.
Entramos em casa em silêncio. Estava com dificuldade em trancar a porta com a chave, então me ajudou, com a mão sobre a minha. Segurei esta, e o guiei até o sofá.
- Aluguei um filme que você adora. - Disse, animada.
- Jura? Qual?
- Harry Potter e o Cálice de Fogo. – Sorri. - Aluguei pensando em você, já estava planejando que você fosse dormir aqui em casa um dia. - ficou vermelho e assentiu a escolha do filme. Fui buscar uma coberta no quarto de meu pai. Sentei ao lado de , coloquei minhas pernas no sofá e puxei o cobertor para cima de nós dois. Ele fez o mesmo com suas pernas.
Ao longo do filme, nós íamos nos aproximando cada fez mais. Encostei minha cabeça no seu ombro, e ele passou o braço em volta de mim. Em uma parte do filme, na qual eu sentia um pouco de medo (N/a: O que? Não posso ficar com medo de Harry Potter às vezes?), abracei , e fiquei com a mão em cima de sua barriga. Percebi sua musculatura ao por a mão em sua barriga - ou seja, tanquinho. Ele me fitou por um momento, e tirei minha cara de baixo das cobertas. abaixou um pouco a altura de seu braço, e que fez sua mão chegar a minha cintura. Encolhi minhas pernas, e as segurou com seu braço imóvel, as pôs em cima de seu colo e se deitou um pouco em cima de mim. Pus minhas mãos em seu pescoço, me segurando. Seu rosto chegou perto do meu, e consegui sentir sua respiração. Ele me fitava com seu olhar perfeito e brilhante. Já estávamos na posição de eu beijo perfeito quando o celular de tocou. Merda. Caí para trás e bufei. Ele atendeu, era a mãe de Joe.
Tirei minhas pernas de seu colo, sentei normalmente e pausei o filme, esperando Joe terminar de conversar com sua mãe no telefone.
- Minha mãe me lembrou que eu preciso pegar minhas roupas! - Disse , após desligar o telefone.
- É mesmo! - Disse, rindo ao mesmo tempo que ele. se levantou rapidamente e se dirigiu até a porta.
- Já volto, não vou demorar, .
- Vamos fazer o seguinte? A gente se encontra na praia. – Ele assentiu e sorriu pra mim, e eu retribuí o sorriso. Ele fechou a porta. Certifiquei-me que já havia entrado no elevador em um silêncio profundo.
Ao ouvir a porta do elevador se fechar, bufei. Aquele momento perfeito tinha virado pó, se a retardada da mãe dele não tivesse ligado só pra dizer que ele havia esquecido as roupas em casa... Estaria tudo PERFEITO! Mas não, a senhora me-preucupo-com-as-roupas-do-meu-filho tinha que estragar tudo! Tá legal, agora eu surtei.
Levantei correndo para me trocar e encontrar na praia. Escolhi meu biquíni azul simples, e um mini-shorts jeans escuro. Como já estava perto do pôr-do-sol, não precisava me preocupar com protetor solar. Peguei meu óculos de sol e fui para a praia.
Quando cheguei lá, ainda não estava presente, então sentei. Depois de uns dez minutos, escuto a voz de .
- ? - Disse ele, distante. Levantei-me e acenei para lhe mostrar onde eu estava. Ele me viu e começou a andar em minha direção.
Quando chegou perto de mim, ele colocou sua mala de roupas no chão e me puxou para perto dele.
- Eu queria conversar sobre aquilo que aconteceu na sua casa.
- Ai, é. Você quer falar que só foi um momento, e que apenas somos amigos.
- Não, ao contrário. Eu quero falar que foi sério. Eu te amo.
AI, MEU DEUS, eu estou completamente avoada, quer dizer, eu estava nas nuvens, ele me amava mesmo, tá legal, ele me amava e isso não era novidade, eu devia ter notado!
agarrou minha cintura e me puxou para perto dele. Deu para perceber que ele sentiu minha respiração acelerada. Ele sorriu automaticamente e se aproximou mais do meu rosto, e me beijou. E é claro, correspondi. segurou com as duas mãos em minha cintura, e eu segurei em seu pescoço. Ele colou mais seu corpo ao meu, dando mais intensidade ao beijo. Meu estomago berrava a cada vez que apertava minha cintura, de um jeito delicado e gostoso. Alisei as costas dele com umas das minhas mãos e ele passou suas mãos macias em meus cabelos. Paramos o beijo devagar e delicadamente. deu um beijo no canto de minha boca, e deu um beijo em meu pescoço. Pensei, finalmente, aquele momento não foi atrapalhado por nada, nem por porta de elevadores e muito menos por senhoras me-preucupo-com-as-roupas-do-meu-filho. Foi um momento perfeito.
Sorri, e ele sorriu também. me pegou no colo e desceu suas mãos para minhas pernas, e rapidamente já entrelacei minhas pernas e sua cintura.
Depois de um intervalo romântico de troca de olhares e de sorrisos, me colocou no chão, pois foi interrompido por uma pessoa que reclamava de longe.
- , como você é falsa!
Virei-me para reconhecer o rosto. Era . Droga, OUTRO RETARDADO PARA INTERROMPER UM MOMENTO PERFEITO! Essas pessoas não cansam, viu?
- O que você quer? - Disse , com raiva, me escondendo atrás dele.
- Eu pensei que você gostasse de mim, ! - Disse .
- Desculpe, já é tarde. Não gosto mais de você, por conta de suas palavras estúpidas! E, afinal, por que se preocupa? Pelo o que eu vejo, você não é ainda cego, surdo, mudo e paraplégico!
- É, mas não faz nem um dia que você não gosta mais de mim e você já está pegando outro?
- Com licença, anjinho, mas quem você pensa que é? Meu pai? Quer saber, eu não gosto de você desde o começo das aulas, por que alguém - Fitei – me ensinou que você é apenas uma pessoa. – me olhou ao dizer isso, seus olhos cor-de-mel eram totalmente perfeitos, nada nem ninguém nesse mundo tiraria eles de mim, e nenhum boboca ciumento, ou melhor, retardado vai estragar tudo. Ficamos ali, trocando olhares, e nem se quer percebemos se continuara ali ou não. A única coisa que ouvia eram as ondas do mar batendo umas nas outras.
Nunca imaginei nisso, mas isso era sim um conto de fadas, ou melhor, um milagre que passou a melhorar minha vida. Um dia, recebido uma notícia ruim e recebido um biscoito mágico que, desde então, havia mudado minha vida. Não sei se era sonho ou esse momento havia caído do céu. Só sei que eu amava , não importa quando e não importa o quanto vou ter que demonstrar isso.


“Um amor é feito de fantasias.”


End.

nota da beta: Heey, gente! Estou aqui apenas para dar um ooi, e pra dizer que se tem qualquer erro que vocês tenham percebido nessa fic, podem me avisar por aqui, e eu estarei disposta à corrigir o mais depressa possível.
Enjoy, everyone !
XOXO', Paah Souza.

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