Older, Sexy and Almost Impossible
Fic por: L Oliver
Beta: Mel




Capítulo 1

Na sala de audições para um papel na nova temporada da série “the vampire diaries” eu espero ansiosa pela minha vez. Parece que finalmente vou conseguir realizar o meu maior sonho. Minhas mãos estão tremendo, o medo de perder essa chance me consome. Não a chance de entrar especificamente nessa série, mas a chance de poder atuar, de fazer o que eu amo.

- FLASHBACK -
Não consigo acreditar. Estou em New York. Eu não consigo me controlar, estou gritando feito uma louca perto da Madison Square Garden. Acho que vou ter um surto, um infarto. Ainda bem que ninguém está olhando para mim, para eles isso deve ser normal. Você sabe, deve ser normal ter pessoas loucas em NY. Não sou louca, eu só sonho com isso a minha vida inteira. Meu nome é , tenho 18 anos e sempre sonhei como seria o dia em que eu chegaria aqui. O que eu mais quero na vida é atuar, ser conhecida pelas pessoas por causa do meu talento. Eu morava no Brasil, mas isso é passado. Nunca mais saio daqui.
Consegui realizar meu sonho com o apoio dos meus pais e trabalhando no restaurante da amiga da minha mãe. Sou uma ótima cozinheira. Juntando todo esse dinheiro, pude alugar um apartamento e antecipar três meses de aluguel, tempo suficiente para conseguir um emprego como atriz ou um emprego que me sustente até eu me estabilizar. , minha melhor amiga, mora comigo nesse apartamento. Nós vamos dividir as contas e poderemos morar tranqüilamente aqui.
Estava caminhando pelo meu bairro quando ouvi duas adolescentes falando sobre uma audição para a série “the vampire diaries”. Essa era a minha chance. Ouvi-as dizendo que a audição aconteceria no sábado às nove horas. Não era todo mundo que poderia entrar no auditório para fazer uma audição, apenas pessoas que já haviam feito curso ou eram formadas em teatro. Eu fiz vários cursos de atuação, então poderia participar.
Chegando em casa fui direto checar o correio de voz para ver se alguém do Brasil lembrou de mim. Tinham duas mensagens. A primeira era da minha avó:
“- Oi, , como foi a viagem? Vi as fotos do seu apartamento, ele é ótimo! Espero que consiga o que você quer. Já preencheu os papeis da faculdade? Não se esqueça! Já estou com saudades, beijos.”
Lembrei que precisava preencher os papéis que faltavam para completar minha matrícula na faculdade. Eu passei com as minhas ótimas notas e meu discurso, só faltava preencher alguns papéis. A outra mensagem era de uma mulher oferecendo cartão de crédito, um saco.
Preenchi os papéis da matrícula e mandei-os pelo correio. Chegando em casa, entrei na Internet e pesquisei onde seria essa audição. Encontrei o lugar facilmente, então desliguei o computador e fui dormir. Hoje é sexta, a audição é amanhã. Preciso me preparar.
- END OF FLASHBACK –

Na sala de espera percebi que eu mal havia chegado na cidade e já tinha conseguido uma chance de atuar em uma grande série, além de que eu acompanho “the vampire diaries” desde a primeira temporada. É uma série muito boa, e tem homens lindos e sexys. Mas vamos focar no assunto. O enredo e os personagens (principalmente os hot boys) da série são muito bons. Mas isso é só a minha opinião, que por sinal estou pensando nisso para fugir da ansiosidade imensa que estou sentindo. Uma mulher alta e loira abre a porta e fala:
- , é a sua vez. – meu deus, é a minha vez. Será que eu estou preparada o suficiente? Será que eu vou conseguir? E se eu engasgar? Errar o texto? Eu tenho que parar de ser tão insegura, admito. Mas saber que eu sou insegura não me ajudou a responder às milhões de perguntas que pairavam em minha cabeça.
Entrando na sala, vi o diretor da série sentado em uma cadeira sorrindo para mim. Senti-me mais segura, ele era simpático. Então comecei a falar:
- Muito prazer senhor diretor. Chamo-me e irei fazer o teste para o papel, como o senhor sabe. – parei de falar tão formal e comecei a interpretar o script. Enquanto atuava, percebi um leve sorriso em seu rosto, como se tivesse gostado de mim. Ponto para você, . Ao terminar de encenar, ele começou a falar:
- Você é definitivamente atraente e atua muito bem. Eu gostei da sua atuação. Caso você ganhe o papel, nós ligaremos para você. Obrigado. - abri um sorriso enorme. Eu fiquei muito agradecida. Admito que meu cabelo castanho escuro, grande e ondulado chama a atenção junto com meu rosto triangular e meu olho meio preto, meio azul.
Voltei para casa sorrindo como se tivesse ganhado o Oscar. Mas percebi que eu não era a única que ele deve ter elogiado, então diminui um pouco minha felicidade, para não criar expectativas. Assim que cheguei em casa, ouvi gritando meu nome:
- !
- O que? Alguém morreu? – falei meio zangada. Odeio quando ela fica histérica, e isso ocorre na maioria das vezes.
- Hoje nós vamos a uma festa muito badalada em Manhattan! Só os mais famosos vão! – ela disse tão feliz quanto uma criança quando ganha um brinquedo.
- E como você conseguiu um jeito de entrar? – fiquei intrigada com o que ela poderia ter feito para conseguir entrar. Se é que você me entende.
- Lembra do Jason? – agora ela está sorrindo, meu deus. Ela é a pessoa mais louca que eu já conheci.
- Sim, o que isso tem haver com ele?
- Nós nos encontramos e ele disse que está trabalhando como garçom nessa festa, e que ganhou dois ingressos de graça da dona do local. Lá só vão pessoas convidadas, mas a dona às vezes dá ingressos para os funcionários. Então ele me deu. E eu não precisei fazer nada para ele me dar! Olha como ele é legal! – ela estava tão feliz. Sabe que pode ser bom ir a essa festa? Eu posso conhecer alguém que me ajude a ser escalada para atuar algum personagem em um filme ou série.
- E você quer que eu vá com você? – fingi não entender para me dar bem.
- Claro que sim! Quem mais poderia ir comigo a não ser você? Você vai, não é? – ela estava super ativa. – nem adianta dizer que não, eu já comprei um vestido para você.
- O que? Eu vou com você, mas eu tenho roupas, porque você comprou um vestido para mim?
- Eu não resisti. Ele é lindo. – ela disse tirando o vestido da mala. Ele era deslumbrante. Era um vestido tomara que caia preto com um laço fabuloso rosa na cintura. Um rosa não muito chamativo, já que ela sabe que eu odeio chamar atenção com roupas.
- Obrigada , ele é fabuloso. – disse abraçando-a.
- Então, vamos. Vá se trocar.
- Certo.

Capítulo 2

Terminei de me vestir e estava me sentindo linda. me chamou, pois o taxi já estava nos esperando. Entramos e ela disse o endereço ao motorista. Não levou muito tempo para chegarmos à festa. Olhei em volta e vi que o lugar era lindo. Palmeiras no estilo Hollywood, um muro muito alto e várias portas de vidro. Nós entramos e a parte de dentro da festa era mais bonita do que a parte de fora. logo me trocou por um jogador de futebol americano que estava no local. Como estava sozinha, decidi pegar um Martini de maçã e ir dançar. Percebi que vários homens lindos estavam olhando para mim, mas nem liguei. Eu estava lá para dançar. Depois do quarto Martini e mais a dança, já estava ficando louca. Decidi pegar uma água no bar, só para variar um pouco. Nunca bebi. Na verdade, odeio bebidas. Acho que é por isso que eu estava tão bêbada.
Enquanto estava bebendo minha água no bar percebi que o homem sentado ao meu lado era muito sexy. Talvez o mais sexy de todos que eu já vi pessoalmente e na TV. Ele era simplesmente muito, muito gostoso, sexy e lindo ao mesmo tempo. Levantei da cadeira cambaleando e ele perguntou:
- Está tudo bem com você? – ele deu um sorriso de lado que me lembrou alguém, mas eu não conseguia lembrar quem era.
- Eu... Eu acho que não. – disse atropelando as palavras.
- Você está bêbada? – ele disse, rindo do modo que eu falei.
- Acho que sim. Um pouco. – sorri como uma criança. Uma criança bêbada e idiota.
- Quer que eu te leve para casa?
- Não precisa. Eu só tenho que achar minha amiga ou ir embora para casa sozinha.
- Você tem certeza que quer procurar sua amiga aqui? – ele olhou ao redor e disse baixo “ela só pode estar bêbada mesmo”.
- Qual é o seu nome? – não sei como ele consegue sorrir daquela maneira.
- .
- Hum. O meu é Ian. – IAN? EU CONHEÇO ALGUÉM QUE TEM ESSE NOME? Eu estava gritando e brigando comigo mesma internamente, porque não conseguia descobrir onde eu havia o visto. Estava tudo muito confuso.
Ian* [n/a: quando tiver o nome do personagem +* é o ponto de vista do mesmo]
Estava entediado então fui para uma festa que disseram que seria muito boa. E a dona do local me chamou, então resolvi aproveitar. Estou de férias, então não tenho muito que fazer. Nome? Ian Somerhalder. Alguns dizem que eu sou um dos homens mais sexys do mundo. Garotas de todo o mundo caem aos meus pés e aos pés do Damon, personagem que interpreto em “the vampire diaries”. Não estou me gabando, só estou falando. Mas ser sexy, lindo, gostoso e tudo o que falam por aí não adianta muito quando se está solteiro não é? E eu tenho 32 anos, elas parecem gostar mais ainda de mim pelo fato de ser mais velho que elas. Então resolvi “tirar uma onda” nessa festa, se é que você me entende. Lá não terá nenhum paparazzi, o que é ótimo.
Cheguei e, embora eu já tenha ido a muitas festas, essa estava muito boa. Estava no bar bebendo alguma coisa que eu não lembro o que era e vi uma garota muito bonita dançando. Ela era muito, muito bonita. Pensei em ir falar com ela, mas desisti: estava muito bom ficar sentado ali só observando. Uma garota ruiva chegou perto de mim e começou a dizer:
- Ian! Não sabia que você estaria aqui! Você é mais sexy pessoalmente! Porque você está aí? Não quer sair e fazer outra coisa? – ela piscou quando falou essa última frase, e estava me enchendo de mais perguntas. Ela era um saco. Foi aí que eu percebi que eu não posso “tirar uma onda”. Eu sou um ator, não posso manchar minha imagem “pegando geral” em uma festa.
- Oi. Eu não vinha para essa festa, mas acabei decidindo vir. Não quero ir a nenhum lugar, prefiro ficar aqui, obrigado. – falei e virei para o outro lado, rezando para ela não perguntar mais nada.
Quando virei para ver se a garota chata já tinha ido embora, percebi que a garota que eu observara estava ao meu lado, bebendo. Ela tentou se levantar mas quase ia caindo, então a segurei. Percebi que ela estava bêbada, dissemos nossos nomes e ela nem soube quem eu era. O seu nome era . Ela precisava encontrar sua amiga para poder voltar para casa, então ofereci minha ajuda para procurá-la. Não a achamos, então falei que iria levá-la até sua casa, mas ela disse:
- Não, eu nem conheço você. Não vou deixar um estranho saber meu endereço. Tchau. – e se juntou à multidão. Gritei seu nome, mas ela provavelmente não deve ter escutado. Não fui atrás dela, achei que ela saberia o que fazer. Ou não.


Capítulo 3

*
Acordei com muita dor de cabeça. Flashes da noite anterior passavam em minha cabeça, mas não conseguia entender direito o que havia acontecido. Estava deitada no sofá, com dor nas costas e o cabelo todo embaraçado. Olhei no meu celular e vi que já era meio dia. Levantei do sofá muito confusa e fui ver se estava em seu quarto. Ela estava dormindo. Ouvi o telefone tocar e fui atender.
- Alô?
- Bom dia, eu gostaria de falar com a Sra. sobre a audição que ela fez ontem. Ela está em casa? – achei que a voz fosse da loira que me mandou entrar no auditório no dia da audição. Tremi quando ela disse que queria falar comigo.
- Eu sou .
- Bom dia, eu gostaria de dizer que você foi escalada para interpretar na série. Parabéns. As gravações começam na quarta, nós iremos mandar o script e o contrato para você por e-mail. – comecei a pular no meio da casa, só não gritei porque a loira poderia escutar (não sabia seu nome, então ela passou a ser chamada de ‘loira’). Não estava acreditando que consegui o papel.
- Mas por que elas vão começar tão pouco tempo depois da audição para novos personagens? – falei surpresa.
- A audição não iria acontecer, o diretor decidiu no último minuto que entraria uma nova atriz escolhida por uma audição. E essa atriz é você. Até quarta. – ela parou um pouco e continuou como se tivesse esquecido alguma coisa. - Ah, e você tem que vir ao estúdio amanhã para tirar suas medidas de roupa e sapato.
- Certo. Obrigada. Até amanhã.
- Até amanhã. – ela disse, desligando.
Comecei a pular e gritar pela casa como se fosse uma maluca. Com o barulho, logo acordou, olhou para mim e falou:
- Cala a boca agora ou eu vou te esganar.
- , eu consegui o papel! – falei abraçando-a. Ela abriu um sorriso, olhando para mim.
- Parabéns, você merece. E onde você se meteu ontem na festa? – ela falou olhando para mim pedindo uma explicação como se fosse minha mãe. – Eu tive que voltar para casa sozinha! – nós rimos.
- Eu nem sei. Estava falando com um homem que eu não lembro o nome e depois peguei um táxi e vim para casa.
- Ah tá. – ela disse ironicamente.
- É você quem sai com algum homem na festa, não eu.
- Certo, esqueci que você é normal. – nós rimos e começamos a dançar.
Depois de alguns minutos de loucura, peguei meu computador e comecei a decorar o script. Eu faria uma personagem que não poderia ser morta por vampiros nem lobisomens, e que era uma bruxa. A minha personagem ainda tinha um relacionamento com o Damon, o vampiro mais lindo e sexy da série, que mesmo estando apaixonado pela Elena ‘pegava’ a minha personagem. Acho que eu não poderia ter pegado um papel tão bom como esse. Fiquei lendo e relendo o texto até duas horas da manhã. Decidi dormir, teria que ir ao estúdio mais tarde.

Capítulo 4

Acordei onze horas e fui me vestir para a minha primeira ida ao estúdio. Vesti um vestido preto de um ombro só, e nesse ombro havia um laço, também preto. Chegando ao local, cumprimentei a designer da série, que começou a tirar as minhas medidas. Não demorou muito para ela dizer “pronto” e fazer um sinal para acompanhá-la. Nós entramos em uma sala onde havia roupas de todos os personagens, e ela começou a perguntar qual das roupas que me mostrou se encaixavam melhor na minha personagem. Quando estava respondendo, percebi que não éramos as únicas que estavam naquela sala. Mas como havia muitas roupas penduradas naquela sala, não consegui ver quem era. Nem precisei, porque logo um homem falou:
- Laura, onde você está? – aquela voz me parecia familiar, mas não conseguia lembrar onde eu a ouvi. Ela deve ser de algum ator da série.
- Aqui, mostrando as roupas para a nova atriz da série. – Laura (a designer) disse levantando a mão. Na mesma hora, me mandou ir ao provador para ver se a roupa ficava bem em mim.
- Ah, sei onde você está. Já estou indo aí, deixe-me só resolver uma coisa. – o homem disse. Provavelmente ele estava na porta da sala, mas não dava para vê-lo por causa das milhões de roupas, como eu já disse.

Estava me trocando no provador quando senti alguém se aproximar. Logo ouvi Laura dizendo:
- Olá! Você está mais sexy agora, Sr. Somerhalder. – ouvi os dois rindo. Apressei-me para por a calça.
- Obrigado. Vai mostrar-me agora as roupas do primeiro episódio? – o homem disse. Nessa hora, consegui vestir minha calça e sair do provador. Laura e o Sr. Somerhalder olharam para trás. Só nessa hora percebi que quem estava falando com Laura era Ian Somerhalder, o ator que interpreta o Damon na série. Quase tive um ataque cardíaco na hora. Ele é mais bonito e sexy pessoalmente. Vi que ele fez uma cara de surpresa ao me ver, não sei porque.
- Ian, essa é , a nova atriz que vai interpretar uma bruxa que não pode ser morta por vampiros.
- Olá, muito prazer. – disse, apertando sua mão.
- Muito prazer. – ele disse dando um sorriso de lado. Eu tinha que ser profissional, mas ninguém resiste ao seu sorriso de lado. – Acho que você achou a roupa para ela usar em uma parte do primeiro episódio. – ele completou.
- É, ficou linda em você, . Agora tenho que achar uma para você Ian. Esperem-me aqui. – disse a designer, sendo muito simpática. Assim que ela saiu, o Ian começou a falar:
- Você conseguiu o papel para a série que eu contraceno para fazer uma personagem que fica comigo? – disse, chegando mais perto de mim. – Você sumiu naquele dia. – eu já havia o visto? Que dia? Tudo parecia tão confuso.
- Oi? Tem certeza que você está falando comigo? Que dia? Pelo o que eu saiba, eu só vi você pela televisão. – disse em um tom meio ignorante.
- Você estava realmente bêbada. – ele disse, rindo. – Nós nos conhecemos na festa de sábado, você estava bêbada e eu perguntei se você queria que eu te levasse para casa, mas você disse que não, virou as costas e foi embora. – tudo ficou claro naquela hora. Então era da série que eu conhecia o homem da festa. Ian Somerhalder era o homem da festa. Nossa, deveria ter aceitado a carona dele.
- Ah, desculpa. Eu não bebo, por isso fiquei daquele jeito. E foi pura coincidência a gente se ver de novo, eu ter conseguido o papel. – sorri para ele feito uma idiota. Ele era um deus grego. O olho verde dele me fazia querer morrer.
- Tudo bem. Você não estava tão bêbada, só queria encontrar sua amiga. E não se preocupe, porque isso ficará só entre nós. – ele disse e nós começamos a rir. Depois, continuou - Quantos anos você tem?
- Dezoito. – quando eu disse isso, ele fez uma cara de espanto.
- Dezoito? Você parece ser mais velha.
- “As aparências enganam”, não é isso que dizem? – nós rimos e ele balançou a cabeça em sinal de ‘sim’.
- Vai ser ótimo trabalhar com você. – ele disse apertando a minha mão. Ele deu um sorriso malicioso, mas resolvi ignorar.


Capítulo 5- Did you cheat me just 4 times?

Cheguei em casa e comecei a andar de um lado para o outro. O ‘’Sr.Somerhalder” mexeu comigo. Claro, um homem lindo como ele mexe com qualquer pessoa. Fiquei andando em círculos, em uma tentativa inútil de lembrar o que eu conversei com ele. Não consegui, então lembrei de todos os episódios, e todas as expressões que Ian faz na série. Lembrei do sorriso malicioso quando disse que iria ser ótimo trabalhar comigo e ri feito uma idiota. Por que eu só conseguia pensar nele se nem conversamos direito? Sou muito estúpida, meu deus. Ouvi um barulho de passos e logo em seguida a porta abrindo, mas nem importei. Como é daquelas que ‘’perde o amigo, mas não perde a piada’’, logo falou:
- Alguém está se apaixonando nessa casa! – disse em um tom melódico.
- Quem é a vítima da vez? – ri e ela levantou o dedo.
- Eu estou falando de você, não se faz de doida. – é muito perceptiva, infelizmente. Toda vez que eu conheço alguém eu tenho que contá-la, porque se não ela descobre e fica com raiva porque eu não disse nada. Para não haver briga, principalmente agora que nós moramos no mesmo apartamento, eu digo quase tudo a ela. Mesmo sendo minha melhor amiga, ninguém conta tudo da sua vida, algumas coisas você guarda e ninguém nunca sabe, apenas você e seu coração.
- Eu estou apenas pensando. – falei e sentei no sofá na esperança dela ir embora. Mas ela era a , nunca iria se conformar com a minha resposta.
- , pode me falar quem é? Ele é da série? – ela disse com voz de psiquiatra e sentou ao meu lado.
- Ai, , é o Ian Somerhalder. – falei em um tom abafado e a vi arregalar os olhos, e quando percebi que ela ia falar alguma coisa, tapei sua boca e continuei – Na verdade, não é. A gente só conversou uma vez... Na verdade duas. No set e na festa. Mas estava bêbada, ele só perguntou se eu precisava de ajuda e balancei a cabeça em sinal de ‘não’, disse que ia te procurar e virei.
- , não acredito! Você vai ficar com o homem mais sexy do mundo? – ela começou a pular. Hoje com certeza recebe um atestado de loucura.
- Não exagera. Ele é bem bonito, mas não sei se chega a ser o mais sexy do mundo. Até porque eu não conheço todos os homens do mundo pra comparar. – ri e a empurrei com meu ombro.
- E o que aconteceu para você ficar tão... PENSATIVA? - deu ênfase ao ‘’pensativa’’, só porque eu não contei tudo da primeira vez que ela perguntou.
- Não aconteceu nada. Eu só estava lembrando como ele fica sexy ao sorrir sem mostrar os dentes. – essa última frase eu disse em um tom quase inaudível.
- Amiga! – odiava quando me chamam de ‘amiga’ com muita alegria, e ela sabe disso. Acho que soa como falsidade. Revirei os olhos e continuou a falar. – Você tem que o fazer cair aos seus pés! Claro, um homem como esse não dá para deixar escapar! – não acreditei no que eu acabara de ouvir. Ela só estava falando isso porque ele era o ‘Sr.Gostosão’ e não pela sua personalidade ou caráter. Foi a pior estupidez que já dissera.
- , eu nem o conheço direito! Nós só trocamos dez palavras e você já está planejando como eu vou ficar com ele! E se algum dia isso acontecer, não vai ser por ele ser a perfeição em pessoa, mas sim pelo seu caráter. Não posso simplesmente dar uma de atirada, porque nós trabalhamos juntos e isso iria sujar minha imagem. – estourei. Ela tinha que parar com essa paranóia de querer que eu tenha um namorado, como se achasse que eu estivesse na seca. Principalmente agora eu não quero ter um relacionamento, estou focada na minha carreira. Teria que gostar muito de uma pessoa para ficar com ela. Depois do que aconteceu... Não quero sofrer de novo por um idiota. Nunca mais.

- FLASHBACK -

era o garoto mais doce que eu já havia conhecido. Andar pela praia à noite, conversas no telefone, buquês de hortênsias, uma viagem a Roma no ano passado. Nosso amor era como aqueles de filmes. Começou quando estávamos no segundo ano. Ele me pediu em namoro na chuva, em baixo de uma árvore na frente do colégio onde esperávamos nossos pais. Nosso primeiro ano de namoro foi mágico. Toda sexta ele me trazia flores e nós íamos jantar em algum restaurante ou ao cinema. Como os pais do viajavam todo final de semana, depois de sair juntos eu ia dormir em sua casa. No sábado à tarde eu ia embora, e no domingo nós saíamos com os nossos amigos. Viajamos a Roma nas férias de Dezembro e foi a melhor viagem que eu já havia feito. Estava tudo perfeito: Eu tinha meus amigos, um namorado e ótimas notas no colégio. Pelo menos eu achava que estava. Quando começaram as aulas, ele não era mais o mesmo. Nós mal nos falávamos, e ele usava a desculpa de que estava estudando para passar no vestibular. As pessoas começaram a comentar que eu estava sendo traída. Quando essa história chegou aos ouvidos dele, tudo voltou a ser como era antes. Ele era muito atencioso, ficava todo tempo ao meu lado e era o melhor homem que eu já conheci. Em um domingo ele disse que não ia sair com os amigos, e eu estranhei. Aproveitei que tinha ganhado a chave de sua casa na sexta e eu tinha esquecido minha blusa lá, fui ver o que era tão importante para ele não ter saído com os amigos. Entrei na casa e tudo estava quieto, nenhum sinal dele. Subi as escadas e comecei a ouvir alguns gemidos. Não, aquilo não poderia estar acontecendo. Corri até a porta de seu quarto, que estava aberta, e vi o que eu nunca queria ter visto. Meu coração partiu em milhões de pedaços quando vi aquela cena. Ódio. Era o que eu sentia naquela hora. Por ter sido enganada. Se ele não queria mais ficar comigo, acabasse tudo! Talvez até virássemos amigos depois. Mas fazer o que ele fez... Não tinha perdão. Alguma vadia da nossa escola, que eu nem sabia o nome, estava arranhando suas costas. Ele, já sem blusa, tentava tirar o short dela. Não aguentava mais ver. Segurei o choro e entrei no quarto. Deu para ver a cara de espanto de quando virou e viu que era eu. Bati nele, dei tapas em seu rosto e depois disse:
- Você é um viado mesmo. Vai lá, termina o que você começou. Seja muito infeliz! – disse dando outra tapa na cara de . Virei para a tal vadia e falei – É todo seu. Se ele fez isso comigo, com certeza fará com as outras. – e saí correndo, tentando não pensar naquilo. saiu atrás de mim e me puxou pelo braço.
- Não é o que você está pensando. – disse com uma cara de cachorro que caiu da mudança.
- Toda vez que uma pessoa diz que ‘’não é o que você está pensando’’ SEMPRE é o que a outra está pensando! Eu cansei de você, VIADO! – estava o chamando de viado porque ele só fez idiotices, e no momento foi o pior apelido que eu arranjei.
- , eu te amo! Ela não é nada, a gente só ficou umas quatro vezes. Desculpa!
- SÓ quatro vezes? – dei um murro no rosto dele e continuei. – , puta que pariu! Você é um idiota, mentiroso! Se me amasse não faria isso. Eu estou indo, apaga meu numero do seu celular, me exclui do seu msn. E na escola nunca mais olhe pra mim! – disse gritando e tirando sua mão do meu braço. Ele me puxou e simplesmente... Beijou-me. Sim, aquele idiota fez isso, como se nada tivesse acontecido. Ele estava segurando minha cabeça e não consegui partir o beijo. Logo me soltou e eu o bati e disse – Droga! Agora vou ter que lavar minha boca com álcool para desinfetar. Você está com o gosto de vadia! – disse ironicamente e apertei sua bochecha – E se você quiser continuar vivo, nunca mais faça isso. – joguei a chave que eu tinha da sua casa no chão e saí.
Assim que entrei no carro comecei a chorar. Enxugava-as, mas não cessavam. Tudo o que eu queria era sair dali e sumir, nunca olhar mais para o rosto de . Como eu pude ser tão idiota? Eu o amava tanto e ele pisou no meu coração como se fosse lixo. A única saída que encontrei foi ir à casa de , minha melhor amiga desde os meus 11 anos, quando ela se transferiu para a mesma escola que eu estudava. Toquei a campainha da sua casa e ainda bem que sua mãe não atendeu, ela detesta surpresas.
- ? – disse surpresa ao abrir a porta e ver que eu estava com os olhos e o nariz vermelhos. Quando choro não tem como esconder, meu nariz fica igual ao de um palhaço. – Está tudo bem com você? – eu balancei a cabeça em sinal de ‘não’ e a abracei.
- Ele me traiu, . Eu... não... estou acreditando nisso! – disse soluçando. – Eu fui tão idiota! – sentia que estava encharcando sua blusa floral com minhas lágrimas. Ela não disse nada reconfortante, mas não precisava. Só queria saber que eu não estava sozinha.
- Ele foi um idiota, não você. Acho bom que vocês tenham terminado. merece coisa melhor! – começamos a rir. Só poderia me fazer rir em um momento tão triste. – Levanta a cabeça, mulher! Pelo o que eu saiba você não é do tipo que chora em um canto por causa de idiotas como ele. Vai fazê-lo se arrepender de ter te traído. Mas agora vamos entrar e assistir a última temporada de Friends. – me puxou para dentro, fizemos pipoca e Piña Colada sem álcool, porque não havia rum. E por algumas horas meu coração parecia ter colado todas as peças quebradas. Tudo parecia bem.

Tive que agüentar ver o rosto do mais seis meses até acabarem as aulas e ir para New York. Jurei que ninguém jamais me deixaria daquele jeito de novo. Não crio expectativas quando conheço alguém, para não me machucar. Na relação seguinte, eu não tinha interesse algum em conhecer melhor com quem eu saía, e o garoto terminou comigo. acha que eu ainda não o esqueci, por isso toda vez que saímos tenta arranjar alguém para mim. Mas se eu não gosto de uma pessoa logo na primeira vez que nós nos falamos, eu perco o interesse de conhecê-la melhor. Eu sei que é um defeito, mas depois de ser traída comecei a ter muita percepção. Se eu acho que um homem é idiota, ele REALMENTE É um idiota. Infelizmente eu só consegui toda essa percepção depois de ser chifrada.

- END OF FLASHBACK –

Uma lágrima caiu depois de lembrar tudo o que aconteceu. olhou para mim com cara de espanto e me chacoalhou.
- Você estava pensando naquele viado, não estava? Eu sabia que você ainda sentia alguma coisa por ele! Para com isso, ! Você tem razão, não pode dar uma de atirada. Mas se ele te chamar pra sair amanhã, você diz que não vai. E não aceita de jeito nenhum. Ouviu? – ela disse com um tom autoritário. – E para com essa mania de dizer que ‘’ele não gosta de mim’’, qualquer homem que olha pra ti quer te levar para casa, e sabe que isso é verdade. Não é porque um não se satisfez em ter só você que os outros vão fazer a mesma coisa!
- Tá, , você tem razão. Agora vou tomar banho e dormir. – disse abraçando-a e levantando do sofá.
- Vai lá, lembre-se de rejeitá-lo. – ela disse, piscando. não era boa com conselhos, mas esse parecia ser bom. De qualquer forma, Ian e eu acabamos de nos conhecer, ele nunca me chamaria para sair. E eu não estou gostando dele, só o acho super hot.

Capítulo 6 – Laughing like drunks

Acordei com uma sensação muito boa, como se soubesse que o dia seria ótimo. Peguei um par de botas, vesti minha calça skinny preta e uma blusa rosa com bolinhas pretas e saí. No caminho, parei para comer croissants e tomar chocolate quente em uma padaria. Sim, chocolate quente. Nunca gostei de café. Já provei e tive vontade vomitar. Depois de comer entrei no carro e saí em direção ao set. Seria eternamente grata ao meu pai por ele ter me dado dinheiro para comprar um carro. Ele sabia que isso ajudaria muito, e que eu ganharia mais tempo para fazer outras coisas, como parar em uma padaria e comer antes de ir ao trabalho. Cheguei no set e fui ao meu camarim. Vesti a roupa da minha personagem e esperei a maquiadora e a cabeleireira chegarem. Comecei a me perder em pensamentos, quando ouvi alguém bater à porta. As funcionárias entraram, e pouco tempo depois eu já estava pronta. Como era meu primeiro dia, o diretor me apresentou ao elenco. Ian não estava presente nessa hora. Saí e fui gravar. Contracenei com Paul Wesley e com Joseph Morgan, Stefan e Klaus na série. Ainda não tinha visto o... você sabe quem. Ele deveria estar gravando com Nina Dobrev em outro local. Minha parte acabou, então me dirigi ao camarim. Ouvi alguém bater à porta, e disse que poderia entrar. Fiquei surpresa ao ver que era Ian.
- Oi. Não te vi nem uma vez em todo esse tempo que estava aqui. – ele disse dando um sorriso de lado. Que saco, para de ser tão irresistível.
- É verdade. – parei de tirar minha maquiagem e olhei para ele pelo espelho. – Mas... Você veio aqui só para falar isso? – levantei da cadeira e virei para ele.
- Eu estive pensando... Já que nós somos colegas de trabalho, deveríamos sair para jantar e conhecer mais um ao outro. – disse e começou a chegar mais perto.
- Nós vamos nos conhecer quando estivermos no set, como conhecemos todas as outras pessoas. Você é tão apressadinho, não é? – disse e dei um sorriso irônico. Seu rosto se aproximou do meu como se quisesse me provocar.
- Ah, ! Nós vamos jantar como dois profissionais, falar sobre a série e coisas de atores. Parece bom para você? – eu não conseguia mais sentir minha respiração. Estava tão perto dele. Sabia que Ian só estava fazendo isso para sair comigo hoje à noite. Nossos lábios estavam quase se tocando. Eu me esquivei, dizendo:
- Não, eu não vou sair com você. – virei e voltei a sentar na cadeira. Olhei disfarçadamente pelo espelho a expressão dele de surpresa e derrota.
- Te pego às oito. – ele disse e saiu, sem esperar que eu respondesse alguma coisa.
Cheguei em casa e não estava lá. Provavelmente teria ido trabalhar. veio a New York para trabalhar no ateliê de algum estilista famoso. Ela tem muito talento. Revisei o texto que atuaria no outro dia e depois comecei a assistir How I Met Your Mother, uma série que eu adoro. As horas se passaram rápido, logo vi que eram sete e meia. Fui assistir mais um episódio, depois iria preparar alguma coisa para comer. No final do episódio, a campainha tocou. Levantei do sofá com a maior preguiça do mundo e abri a porta. Não acreditei no que vi. Como teve a petulância de vir? Eu disse que não iria jantar, e não vou. Ele carregava um buquê de flores do campo nas mãos, nunca pensei que o viria segurando tal coisa. Percebi que estava parada feito uma múmia com os olhos arregalados na sua frente, então resolvi falar alguma coisa.
- O que você está fazendo aqui? – respondi ainda chocada. O que Somerhalder fez foi tão idiota e tão fofo ao mesmo tempo...
- Eu disse que viria te pegar às oito. – ele olhou para as flores, entregou-me e continuou - Também trouxe flores, ainda vai negar sair comigo? Estou sendo um cavalheiro! – disse ironicamente e riu. – Flores não fazem muito meu tipo, mas eu estava vindo para cá quando as vi e achei que você gostaria.
- Ian, eu disse que não iria... E não vou. – disse fechando a cara. Iria fazer o que mandou, ser mais difícil do que eu já sou. É muito divertido ver a expressão dele de espanto – E como você conseguiu meu endereço?
- Um funcionário do set me deu. – ele abaixou a cabeça e disse. – Eu não saio daqui até você ir se vestir e vir jantar comigo.
- Não faz isso comigo... Eu não vou jantar com você. Desculpa. – fechei a porta e respirei fundo. A vontade que eu tinha era de agarrá-lo e dizer que eu iria pra onde ele quisesse.
Sentei no sofá e esperei dez minutos. Olhei pela janela e vi que ele continuava em pé encarando a porta. Por que ele estava persistindo tanto em uma coisa se ele mal me conhecia? Poderia haver atração física, mas se fosse só isso ele já teria ido embora há muito tempo. Parei de seguir o plano da de ser difícil. Entrei no meu quarto, troquei de roupa, saí correndo e abri a porta de casa.
- Vamos? – olhei para ele e sorri, sem graça.
- Pensei que ficaria aqui a noite inteira esperando por você. – ele riu vitorioso e fez um gesto para segurar sua mão dizendo – Vamos.
Entramos no carro e ele ia ligar o som, quando perguntei:
- Por que ficou me esperando? Quer dizer... Nós mal nos falamos, e no set já estava tentando... você sabe. Você faz isso com todas as novatas que chegam na série? – olhei para ele com um olhar curioso.
- Não faço isso com as novatas da série. Sou totalmente profissional. Mas eu te conheci antes de começar a gravar. E desde aquele dia... Bom, você chamou minha atenção. – ele deu um sorriso maroto. Nossa, como aquele homem sorria.
Percebi que ele não era um daqueles homens que eu deveria fugir. Ele não era um idiota. Não pelo o que disse, mas era só olhá-lo e saber que não era mais um ‘viado na minha vida’.
Chegamos a um restaurante famoso que Ian fez a reserva e nos sentamos em uma mesa que ficava ao lado de uma exuberante fonte. Ele puxou a cadeira para trás e eu sentei. Pedimos um prato que continha lagostas e vinho, o garçom se retirou e nós começamos a conversar.
- Então, você está gostando de trabalhar como atriz? – ele disse bebendo um gole do vinho que estava em seu copo.
- Estou. Muito! – disse rindo e continuei – É estranho trabalhar com alguém que você já namorou? – olhei para ele e vi sua expressão de surpresa.
- Como assim? – disse, fingindo não entender.
- Você e a Nina Dobrev namoravam. É estranho contracenar com ela? – falei com voz de entrevistadora.
- Nós somos amigos. Na série agimos profissionalmente, como se nunca tivéssemos namorado. Nos primeiros dias era estranho, agora já não é mais. – ele disse sorrindo, meio desconfortável com aquela conversa. Balançou a cabeça como se quisesse eliminar algum pensamento e mudou de assunto. – E você, já namorou algum ator?
- Não. Já namorei um completo idiota, mas nunca um ator. – ao falar isso, fiquei com muita raiva. até poderia ser um ator, pois me enganou com aquela imagem de ‘’fofo que ama a namorada’’, mas na verdade era um ‘’idiota que traía a namorada’’.
- Sempre há uma primeira vez. – ele olhou para mim, inclinou a cabeça para o lado e sorriu.
Não soube o que dizer depois disso, então nós ficamos calados por alguns minutos. Mas logo nós começamos a falar sobre música e coisas estúpidas. Comemos creme brulê na sobremesa, e depois ele pagou a conta. Entramos no carro e Ian conectou seu pen drive ao som. Começou a tocar uma música do Maroon 5.
- Você gosta de Maroon 5? – olhei para ele surpresa e quase gritando de animação quando ouvi a música tocando.
- Claro. Você gosta dessa música? – ele olhou para mim e levantou a sobrancelha.
- Muito! Come and rest your bones with me. Driving slow on Sunday morning, and I never want to leave. [n/a: o nome dessa música é Sunday Morning] – comecei a cantar feito uma louca. Conhecia aquela música há muito tempo, eu a adorava. Somerhalder começou a rir.
- Você canta muito bem. Falo sério. – estacionou o carro, colocou a mão no meu rosto e começou a cantar comigo. – That maybe your all I need. – tirou a mão do meu rosto e virou para frente, vendo que estava se precipitando. - Vamos andar na praia?
- Andar... Na... Praia? – olhei em volta e vi que estávamos na praia. Como não havia percebido que nós fomos tão longe? Ele abriu a porta do carro, e estendeu a mão para me ajudar a sair. Começamos a andar ainda calados.
- Por que você quis ser atriz? – disse, segurando minha mão.
- Gosto da idéia de ser conhecida pelo mundo inteiro. – rimos e eu baixei a cabeça. – Mas, acima de tudo. – olhei para ele, que parou de andar. – Quando for muito famosa, quero ser um exemplo para a sociedade. Ajudar as pessoas, fazer o que puder para melhorar o mundo. Faria todas as crianças pararem de chorar, se pudesse. Acho que esse foi um dos motivos para ter forças e realizar meu sonho. – falei meio sem graça. Nunca mostrei esse meu lado ‘’quero ajudar o mundo’’ para ninguém.
- Se eu puder ajudar, ficaria honrado. – ele riu e parou na minha frente. – Nunca pensei na ideia de usar minha fama para ajudar as pessoas.
- Eu sempre quis fazer isso. E odeio aqueles artistas que quando atingem a fama não ligam para ninguém, apenas se importam com eles mesmos e são rudes com as pessoas como se fossem melhor que elas. – olhei para ele e perguntei: - Por que você está tão calado?
- Não achei que você fosse assim... – Ian olhou para cima e continuou. – Preocupada com o mundo e inteligente.
- Todo mundo tem lados que ninguém conhece.
- O que aquele tal ‘’idiota’’ fez com você? – ele olhou para mim curioso, mas ao mesmo tempo apreensivo.
- Me traiu... Com alguma atirada da minha escola. O pior é que eu pensava que ele me amava, porque era tratada muito bem. Mas enfim... Não quero falar sobre isso. – fiquei com raiva ao falar sobre esse assunto... Eu sempre ficava ao falar daquele viado.
- ‘’Atirada’’? – disse ironicamente – Você nunca fala palavrões? Ela era uma vadia, isso sim! – sorriu e olhou para o céu.
- Só quando eu estou com muita raiva. Não queira me ver com raiva e ouvir meus palavrões. – o empurrei com o ombro e nós rimos. – Depois dele, nunca tive nenhum relacionamento. Tinha medo de conhecer um idiota, criar expectativas e ter o coração aos pedaços outra vez... Mas isso é passado.
- Qualquer cara que te trair só pode ser um idiota mesmo. – Ele parou para medir as palavras. – Você não tem mais medo de conhecer um idiota, não é? Porque se tiver, eu começo a provar que eu não sou um desses agora mesmo! – ele bateu o pé no chão e eu puxei seu braço.
- Você já provou que não é um idiota. Até agora. – era ridículo o quanto nós riamos. Mas eu estava feliz.
- Que bom. – Então ele começou a chegar mais perto. Tentei me esquivar, mas ele disse simplesmente: - Não estrague tudo. – E nós nos beijamos, foi o melhor em toda a minha vida. Com o passar do tempo ficava mais intenso, mostrando que nós dois queríamos isso. Logo nossas línguas se entrelaçaram. Já estava sem fôlego, então parti o beijo. Ele sorriu e me deu um selinho. – Eu acho que gosto de você. – disse.
- Isso foi o que o Damon falou no episódio onze da segunda temporada para a Rose. – disse com indignação.
- Sério? Você é mesmo uma fã de The Vampire Diaries. – ele sorriu e me beijou rapidamente.
- Sim, e vou contar a todas as minhas amigas que eu fiquei com o irresistível Ian Somerhalder. – disse ironicamente e ele levantou as sobrancelhas e sorriu.
- Bom saber que eu sou o motivo das suas conversas. – disse convencido e eu o empurrei na areia. Ele caiu e me puxou com ele. – Você parece que tem dezesseis anos... – disse, já sem fôlego de tanto rir.
- Isso é bom? – balancei a cabeça em sinal de sim e ele continuou. – Você pensava que eu era um velho rabugento só porque eu tenho trinta e dois anos? – ele disse e nós continuamos a rir como dois bêbados.
- Você não é tão velho assim. – disse e ele levantou e estendeu a mão para me ajudar a levantar.
Entramos no carro e logo chegamos ao meu apartamento. Ele subiu comigo, parou na minha porta e disse, sorrindo de lado:
- Nos vemos amanhã.
- É. – Virei para colocar a chave na fechadura. Ian segurou minha cintura e me deixou de frente para ele novamente. Começamos a nos beijar em um ritmo frenético, eu mal conseguia saber o que estava fazendo. Suas mãos continuavam apertando minha cintura e sua boca se dirigia ao meu pescoço, mordendo e beijando-o. Percebi onde isso iria parar, então afastei sua cabeça do meu pescoço. – Você é muito apressado. – abri a porta do apartamento, dei um ‘’tchau’’ com a mão e fechei a porta. Respirei fundo e saí em direção ao meu quarto. Como já era tarde, tentei não fazer barulho. estava assistindo TV na sala. Tentei passar despercebida, mas ouvi-a dizendo:
- Que gemidos eram esses na porta da frente? – ela disse exigindo uma explicação. Continuei andando como se não tivesse ouvido. – ! – gritou feito uma louca.
- O que é, sua doida? – disse, fingindo estar com raiva.
- Você ouviu muito bem o que eu perguntei. – ela virou para mim e continuou. – Quem era que estava pegando você na porta da frente?
- Ninguém. – vi sua expressão de raiva, e logo depois de vitória.
- Meu Deus! Era o Ian Somerhalder, não era? – ela abriu a boca, surpresa, quando balancei a cabeça em sinal de ‘’sim’’. Não a deixei falar mais nada. Saí correndo e fui para o meu quarto. Fechei a porta, sentei na cama e comecei a lembrar do nosso passeio na praia.
– Você pensava que eu era um velho rabugento só porque eu tenho trinta e dois anos? – ele disse e nós continuamos a rir como dois bêbados.
Ele tem trinta e dois anos. Ainda não havia reparado nisso. Claro que eu sabia, mas só percebi que... Bom, ele é catorze anos mais velho que eu. CATORZE ANOS. O que as pessoas irão pensar? Não ligo muito para o que os outros pensam, mas o que minha família vai pensar? Do jeito que o mundo está hoje em dia, ele poderia ser meu pai! Ele é muito velho para mim. Tudo bem que idade é só um número, mas esse já é um número muito grande. Daqui a pouco ele vai querer se casar, e eu não vou fazer isso aos dezoito anos. No mínimo com vinte e sete. Nós nunca poderemos ter algo sério. Quando eu quiser casar com vinte sete anos, ele terá quarenta e um, quase um idoso. Nós ficamos uma vez e eu estou pensando em casamento... Menos, , bem menos. O que eu vou fazer? Óbvio que eu já sinto alguma coisa. Ele é cavalheiro, sarcástico, sexy e o seu sorriso de lado mata qualquer uma de infarto. Amanhã eu teria que falar com ele sobre esse assunto.

Capítulo 7 – Friends with benefits?

Cheguei no set mais ou menos às sete horas da manhã. Hoje teríamos que gravar algumas cenas muito cedo, pois a paisagem era mais bonita pela manhã. Fazia dois dias que não via Ian, ele estava gravando em Atlanta. Assim que cheguei, fui procurá-lo. Passei pouco tempo procurando, logo achei um corredor onde se encontravam o seu camarim, o de Nina Dobrev e o de Paul Wesley. Bati à porta e ele, sem ao menos saber quem era, disse que poderia entrar. Somerhalder estava abotoando sua blusa preta, e ficou surpreso ao me ver.
- . – ele parou de abotoar a blusa. – Abotoa para mim? Eu sempre me atrapalho quando a blusa tem esses botões minúsculos. – sorriu malicioso.
- Tá. – disse e Ian se aproximou para que eu abotoasse sua blusa. Tentei não babar. Seu abdômen era perfeito. Terminei e o abracei, que percebeu que eu não estava bem.
- O que aconteceu? – ele disse, parando de me abraçar e olhando-me.
- É que... Você é catorze anos mais velho que eu. – disse sem graça. Somerhalder olhou para mim e levantou uma sobrancelha.
- Está desse jeito por que eu tenho trinta e dois anos e você dezoito? – colocou os braços ao redor do meu pescoço e continuou – , você sabe muito bem que não parece ter dezoito anos. Te daria no mínimo uns vinte e três. Não pela sua aparência, mas por quem você é. – ele olhava sério para mim. – E não importa se você tem dezoito ou quarenta anos. Eu gosto de você, não da sua idade. Esquece essa história, nada disso importa. – disse e me beijou. Ele tinha razão. Não adiantava ficar se importando com a idade.
- Ah, quer dizer que agora você gosta de mim? – disse brincando e ele riu.
- Vamos na minha casa hoje? Eu tenho milhares de filmes, a gente assiste a um deles e depois bebe alguma coisa. – Ian disse brincando com os meus dedos.
- Pode ser. Que horas?
- Sete e meia.
- Te vejo às sete. – disse e saí do camarim.
Contracenei com Ian naquele dia. Cheguei em casa muito feliz, e queria contar isso a , que estava dormindo. Pulei em cima de sua cama e comecei a gritar.
- O que é sua louca? – ela disse com a voz rouca.
- Tenho que te contar muitas coisas. – contei sobre o jantar, os beijos na porta da frente e o seu abdômen definido. Ela arregalava os olhos toda vez que eu falava alguma coisa.
- , você é muito sortuda. Hoje vocês vão assistir a um filme? – ela disse com um tom malicioso.
- Vamos. Na casa dele. – ela arregalou os olhos mais do que já estavam e gritou.
Depois disso eu saí e fui tomar banho. Troquei-me e desci. Entrei no carro e comecei a dirigir. Cheguei na casa de Ian e toquei a campainha. Ele abriu a porta com um sorriso e eu o beijei.
- E é por isso que eu adoro recepções. – ele disse sorrindo quando paramos de nos beijar. – Entra.
Fechei a porta e Somerhalder deu play no filme. Sentamos no sofá e não demorou muito para começarmos a nos beijar. Nossas respirações ficavam cada vez mais rápidas. Ele segurou minha coxa e me fez soltar um baixo gemido entre nossos beijos. Minhas unhas arranhavam suas costas por debaixo da blusa, que logo foi parar no chão. Tirei minha blusa, que foi parar no mesmo local que a dele. Ian tentava tirar meu short, mas eu acabei tirando sozinha. Ele tirou sua calça e parou por um segundo.
- Vamos para o meu quarto. – ele disse simplesmente e me levou nos braços vestindo apenas roupas íntimas.
Chegamos no seu quarto e ele me colocou na cama delicadamente. Beijou meu pescoço e em seguida minha barriga, segurando minha cintura com cada vez mais força. Nossa, ele sabia muito bem como fazer aquilo. Tirou meu sutiã e logo suas mãos estavam em meus seios, apertando-os enquanto me beijava. Sua respiração estava ofegante. Jogou sua boxer pelos ares e minha calcinha tomou o mesmo rumo. Foi nessa hora que ele entrou em mim. Com o tempo, ele se movia mais rápido, me fazendo gritar. Ele segurava minha cintura enquanto se mexia, e eu rebolava para provocá-lo. Moveu-se cada vez mais devagar até parar. Estávamos suados e sem fôlego. Beijamo-nos intensamente. Encostei a cabeça em seu peito, e ele envolveu seu braço em minha cintura. Não demorou muito para nós dormirmos.

Acordei sentindo o cheiro de waffles. Levantei da cama e abri o guarda-roupa de Ian. Fiquei surpresa ao ver que a maioria das roupas eram pretas ou brancas. Peguei uma blusa preta qualquer e vesti minha calcinha. Desci as escadas e o vi na cozinha. Estava preparando waffles, e havia croissants e maçãs em cima da mesa de jantar.
- Bom dia. – ele disse sorrindo quando viu que eu estava na porta da cozinha.
- Bom dia. – falei, espreguiçando-me.
- O que você quer comer? - disse e me beijou. – Nós temos... Croissants com recheio de queijo ou de chocolate que eu acabei de comprar. – apontou para comida e falou com voz de apresentador. – Waffles e maçãs. Você pode mergulhá-las na cauda de chocolate que eu acabei de fazer, se quiser. – ele sorria se achando o maior chefe de cozinha do mundo. – E nós temos café, chocolate quente e suco de laranja.
- Hum... – olhei para a comida e tudo parecia estar delicioso. – Qual é o motivo desse delicioso café da manhã? – era uma pergunta retórica, mas queria ouvi-lo dizer.
- Uma garota sexy que estava deitada na minha cama há dez minutos. – ele disse, levantando a sobrancelha e segurando minha cintura.
- Nós não devíamos estar no set agora? – falei, voltando a realidade.
- Esqueceu que ninguém grava aos domingos? – beijou-me, levou-me até a mesa e puxou uma cadeira para me deixar sentar. Peguei um croissant e comecei a comê-lo. Ian estava comendo um waffle com morangos em cima.
- O que nós somos? – ele perguntou, meio sem graça.
- Amigos com benefícios. – respondi, dando um sorriso meio forçado. Por que diabos ele estava perguntando aquilo?
- Esse é o nome do filme com o Justin Timberlake. – Ian falou, dando uma garfada no waffle.
- Eu sei. Mas é muito cedo para falar que nós somos namorados. – falei seca.
- Foi idiotice minha perguntar isso. Nós não devíamos estar tendo essa conversa. – ele disse meio desanimado.
- Foi você que começou. – Levantei a sobrancelha, terminei de comer meu croissant e coloquei um pouco de suco de laranja em um copo.
Terminei de beber e levantei da mesa. Nós continuávamos calados. Ajudei-o a tirar as coisas da mesa. Depois disso ele sentou no sofá e eu subi para tomar banho. Peguei uma toalha que estava dobrada em cima da cama e entrei no banheiro. Lavei o cabelo e saí enrolada na toalha. Peguei uma roupa e uma calcinha que eu havia trazido dentro da bolsa e fui vesti-la. Estava colocando o sutiã quando o ouvi dizendo.
- Tá, não aguento mais isso. – depois disso escutei-o subindo as escadas. Parou na porta, respirou, andou um pouco rápido e me beijou. Fiquei sem entender. Antes de me manifestar, ele começou a falar. – , a gente se conhece há tão pouco tempo, mas eu gosto muito de você. Mas... Parece que você não sente o mesmo por mim. Eu falo para de algo a mais do que sexo e beijos e sua resposta é seca, nunca se anima ao falar disso. Você disse que não fugia mais de relacionamentos sérios, mas está fazendo isso agora. Tudo bem, nós não nos conhecemos direito, mas eu não tenho mais tempo a perder. Eu gosto e quero ficar contigo. Se você não quiser pode simplesmente... Ir embora. – Ele disse com um pouco de raiva, como se não gostasse de admitir isso, mas tivesse sido obrigado a dizer.
- Eu não estou fugindo de nada, eu só acho muito cedo pra isso tudo. – falei meio atordoada. Não esperava escutar tudo isso de uma vez só.
- Ah, , me conta outra! Nós já fomos jantar, nos conhecemos. Nós até já transamos! E eu tenho que admitir que foi muito bom... – Ian falou, passando a mão no cabelo e falando em um tom quase inaudível essa última frase.
- Você tem razão. – falei baixo, sentando na cama.
- Então nós somos namo... – Somerhalder estava falando quando eu tapei sua boca com um beijo.
- Hum, acho que isso é um sim. – ele disse, em um tom safado. Me deitou na cama e estava tentando tirar meu sutiã quando eu o parei.
- Tenho que ir. Nos vemos amanhã. – falei, levantando da cama.
- Não! – Ian disse, cantando. Ri e ele me puxou para cama de novo e me beijou.

Peguei minha bolsa e ele me acompanhou até a porta. Beijou-me novamente e não quis soltar minha mão para me deixar ir. Abraçou-me e, como ele estava sem camisa, quase tive um infarto. Ainda não acreditava que estava com um homem como ele. Saí de sua casa e entrei no meu carro. Respirei fundo e comecei a dirigir.

Capítulo 8

Cheguei em casa e ouvi gritar meu nome antes mesmo de fechar a porta.
- O que você quer, ? – olhei com os olhos arregalados por causa do susto que me deu quando percebi que ela estava sentada na escada, limpando o corrimão.
- Onde você passou a noite? – disse, com voz de mãe.
- Você não é minha mãe. – disse revoltada.
- Ah, vamos , me conta onde você passou a noite e ficou até agora. São onze horas da manhã, se você não sabe. – não tinha idéia que já era tão tarde.
- Na casa do Ian. – disse naturalmente. Vi-a arregalando os olhos e se preparando para pular ali mesmo, na escada.
- O que? , eu não acredito! Vocês já estão assim? – ela disse, vindo em minha direção.
- Nós estamos... Namorando. – disse meio sem graça.
- Me conta tudo! – contei-a tudo e ela ficou super animada.
- Ai que incrível! Você tem que apresentá-lo para mim, eu tenho que aprovar esse namoro! – disse brincando e eu a empurrei. – Outch! Ia esquecendo, hoje tem uma festa incrível e você vai comigo.
- Amanhã eu tenho que trabalhar, não posso sair a noite. – falei e ela ficou desanimada.
- Vamos, por favor. Leva o Ian, eu posso conhecê-lo lá. – disse me balançando.
- Não, ele com certeza não vai. Só porque eu te amo, vou acompanhá-la, mas não ficarei muito tempo lá. – falei e ela me abraçou.
- Vamos almoçar fora e depois ir comprar nossas roupas? – balancei a cabeça em sinal de ‘’sim’’ e ela pulou e gritou um “ÊÊÊ”.
Comemos e depois fomos ao shopping. Comprei um vestido azul com detalhes pretos e comprou um vestido preto na parte dos seios e o resto rosa com estampas de onça pretas. Depois, fomos à manicure e fizemos as unhas. Chegamos em casa às seis horas. Fomos nos arrumar e, quando já estava pronta, liguei para Ian. O telefone chamou duas vezes e ele atendeu.
- Oi. – ele disse feliz.
- Oi. Eu estou saindo, então não tenho muito tempo. me obrigou a ir com ela a uma festa.
- Tudo bem. – Ian falou seco. Percebi que não gostou muito, mas ele sabe que minha vida não é só ficar com ele.
- Você não quer ir?
- Não, eu tenho muita coisa a fazer aqui em casa. Divirta-se.
- Obrigada. Tenho que desligar, está me chamando. – disse rapidamente. estava gritando por mim feito uma louca.
- Tchau. – Somerhalder disse e desligou.
Fui ver o que queria, e ela já estava pronta para ir. Saímos de casa e entramos no carro. Chegamos na festa e estava lotado. Entramos e logo fui ao bar pedir piña colada. Esbarrei em alguma coisa, ou melhor... Em alguém.
- Ai... ? – falei boquiaberta.
- ? – ele, que estava massageando o braço, parou na mesma hora que viu que era eu.
- O que você está fazendo aqui? – disse ainda em choque.
- Eu estou trabalhando na cidade... Soube que você está no elenco de The Vampire Diaries. Parabéns. – disse, com aquele sorriso encantador que ele tinha. Droga, tinha esquecido o quanto ele era sedutor.
- É. Obrigada. – falei, fechando a cara.
- Estou feliz em ver você aqui. – ele disse, ajeitando a blusa.
- Hum... Não posso dizer o mesmo de você. – falei e saí, mas ele me puxou pelo braço.
- Vamos, , não faça essa cara. Posso pegar uma bebida para você? – me largou quando eu balancei a cabeça em sinal de ‘’sim’’. – Piña colada ou Martini? – ele sorriu disfarçadamente.
- Piña colada. – dei um sorriso falso. saiu e logo voltou com a bebida. Bebi rapidamente e ele foi buscar outro copo para mim. Não sei quantos copos bebi, mas meia hora depois eu não sabia mais o que estava fazendo.
Acordei no outro dia com uma terrível enxaqueca. Olhei para o lado e a cama estava bagunçada. Com certeza alguém havia dormido ali. Mas quem? Eu não conseguia lembrar nada depois dos trinta minutos de conversa com . Só lembro-me de ter bebido três copos de bebida, e não ficaria bêbada por causa disso. O que será que aconteceu?

Ian’s P.O.V

Cheguei no estúdio muito cedo. ainda não estava lá. Aproveitei que eu havia chegado antes de todos e fui dar uma olhada nos meus e-mails. Ao entrar, vi que tinha um e-mail não lido. Abri-o para ver o que era. Era um vídeo. estava nos braços de um homem, ele a colocou em sua cama e começou a tirar sua roupa. Não. Não podia ser. Ela estava... Me traindo?

Capítulo 9

Ian’s P.O.V

Comecei a andar de um lado para o outro ainda sem acreditar no que acabara de ver. Como ela pôde ter feito isso comigo? Uma mistura de ódio e tristeza se espalhava pelas minhas veias. Senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto e logo a limpei. não valia nem sequer uma lágrima minha, nem que fosse de ódio. Nunca pensei que um dia seria traído. Claro, quem iria pensar isso? Estava andando de um lado para o outro do camarim há mais de quinze minutos. Não sabia o que fazer. Ouvi alguém bater à porta. Fingi estar mexendo no celular e disse a quem estava do outro lado da porta que poderia entrar. entrou no camarim com um sorriso no rosto.
- Hey, sexy! - disse ela brincando. Sentou no meu colo e tentou me beijar. Esquivei-me, e ela pareceu um pouco confusa. – O que aconteceu? – levantou do meu colo e eu continuei mudo. – Por que você tá me ignorando? – há esta hora ela já estava com uma expressão séria e ao mesmo tempo de desespero.
- , você ainda pergunta por quê? Deixa eu... – levantei o tom de voz, mas parei quando percebi que estávamos em um ambiente de trabalho. – Deixa eu te lembrar. – a fiz sentar no sofá de couro preto que havia dentro do camarim, e logo depois sentei ao seu lado. Peguei meu computador e mostrei-a o vídeo. Assim que ela viu do que se tratava, ficou surpresa.
- Ian, para esse vídeo agora! – atendi ao seu pedido e decidi ficar calado para escutar sua explicação, embora não haja nenhuma boa o suficiente para justificar uma traição. – Eu... Eu não te traí. Esse é meu ex-namorado, eu nunca te trairia, e muito menos com ele. Quem te mandou esse vídeo? Ele foi gravado na época em que a gente ainda namorava! – ela parecia desesperada, indignada e muito, muito confusa. Mas naquele momento, eu não queria saber como ela se sentia.
- E como no vídeo mostra a data de ontem?
- Ian, eu encontrei com o ontem, mas nós só bebemos um pouco, não teve nada demais! - ela segurou meu braço e olhou-me nos olhos. – Acredita em mim, por favor. – Ai que ódio que eu tenho dessa carinha que ela faz de cachorro que caiu da mudança. E eu sou muito gay mesmo. A situação era para ter sido inversa, eu deveria ser o traidor e ela a traída. Mas não! Sou eu, o idiota, quem está sofrendo.
- E o que aconteceu depois de vocês beberem um pouco? - perguntei, interrogando-a.
- Eu... Não lembro. O que é estranho, porque eu só bebi algumas bebidas e... – a interrompi, não querendo mais ouvir nada que ela tinha para falar.
- Eu acho que eu já ouvi demais. Foda-se, . Quer dizer, foda-se de novo, porque ontem você já fez isso, não é mesmo? Sai daqui, antes que eu fique mais gay do que já estou agora. – ela saiu e eu bati a porta com força, tentando me livrar de tudo que aconteceu. Mas eu sabia um jeito bem melhor de esquecer tudo isso.

’s P.O.V.

Saí do camarim de Ian e não conseguia respirar. Corri para o meu camarim, fechei a porta e comecei a chorar. Me sentia uma idiota por não lembrar de nada que havia ocorrido na noite passada. Teria que descobrir o que aconteceu ontem. Me achava uma pessoa péssima por ter feito a mesma coisa que meu ex-namorado fez comigo. Eu lembrava o quanto aquilo me machucou, e não queria que acontecesse o mesmo com Ian. Sentada no chão, nem percebi que havia alguém comigo.
- , o que aconteceu? - levantei de supetão ao perceber que estava ali, sentada no sofá durante esse tempo todo.
- ! – gritei, ainda assustada. Abracei-a e chorei em seu ombro. – O Ian terminou comigo. Aparentemente porque eu transei com o ! – disse soluçando. recuou e colocou suas mãos em meu ombro.
- Você o quê? – ela disse confusa, pois sabia que eu odiava com todas as forças do meu ser.
- Deixa eu te explicar: ontem nós fomos a uma festa, e você me largou quando viu o primeiro bonitão na sua frente. apareceu e disse que agora estava morando em NY, me ofereceu uma bebida e eu aceitei. Depois de três copos eu não lembro mais de nada! Acordei com o outro lado da cama bagunçado, mas não havia nenhum sinal humano. Cheguei ao estúdio e Ian estava com esse vídeo em seu e-mail! Eu preciso saber o que aconteceu, , me ajuda! – estava falando tão rápido que mal conseguia entender minhas próprias palavras. Sentei no sofá ao lado de .
- , eu vou te ajudar. Fica calma. – ela parou e deu uma risada – Quem fica bêbada com três copos de bebida? – dei de ombros e ela me abraçou. Do nada, ela levantou rápido e disse – Eu lembro!
- Lembra o quê?- falei curiosa.
- Depois de ficar com um homem muito gostoso que não lembro o nome, fiquei com peso na consciência e fui procurar você. Acabei desistindo quando vi a multidão dentro da festa. Decidi voltar para casa. Peguei um táxi, e quando cheguei em casa, ouvi gemidos muito altos. Bati na sua porta e ninguém respondeu. Bati cada vez mais forte até o momento em que você abriu. Estava enrolada apenas com um lençol e parecia muito drogada. Disse que eu estava atrapalhando a diversão e quando eu perguntei quem estava lá dentro, você falou que era o Ian. Então eu fui para o meu quarto e dormi.
- Mas se quem estava no meu quarto não era o Ian, provavelmente era o... – falei tão desesperada que nem consegui falar o nome daquele... viado.
- ? Sim. – falou desapontada.
- Espera aí. Você disse que eu parecia estar muito drogada. Eu não uso drogas, ! – disse levantando.
- Típico dele. Quer uma garota e coloca maconha na bebida dela para conseguir o que quer. – arregalei os olhos ao ouvir o que ela disse. – Eu sei das coisas que ele faz e o que já fez depois que terminou com você. – falou querendo bancar a detetive. – Conseguir o endereço dele não vai ser muito difícil. Você tem que ir a casa dele e espancá-lo até a morte, pra ver se ele deixa de ser um babaca. – brincou.
- Mande-me o endereço dele por SMS mais tarde, eu já sei o que vou fazer. – assentiu e ela já estava indo embora quando me lembrei de algo. – O que você veio fazer aqui, afinal?
- Vim deixar o seu script, está em cima da mesa de maquiagem. – ela apontou para o script, sorriu e saiu. Peguei o script e percebi que iria beijar Ian em uma das cenas. Era só o que estava faltando mesmo. Me dirigi ao set e tentava olhar para a direção contrária a que ele estava. O diretor mandou-nos ficar em nossas marcas e gritou: “Ação!”. Ian estava muito incomodado em olhar para mim. Dissemos nossas falas e nos beijamos. Foi o beijo mais forçado que eu já fiz em toda a minha vida.
- Corta! – ouvi o diretor gritar – Algum de vocês está doente? Porque eu não entendo essa expressão de dor em seus rostos. Vamos gravar de novo. – Ian deu um sorriso forçado, e voltou a olhar para mim. Beijamo-nos outra vez. Enquanto eu tentava ir mais afundo, ele voltava atrás. – Corta! Assim ficou melhor! – ouvi o diretor aplaudir e nossos lábios se separaram. Saí apressada do estúdio, troquei de roupa e olhei a mensagem que havia mandando.
“West Bev, 3120 apartamento 12. Boa sorte!”

Capítulo 10

Já eram sete horas da noite. Peguei minha bolsa, entrei no carro e acelerei. Liguei o GPS e vi que o apartamento não era muito longe de onde eu me encontrava. O prédio devia ter uns vinte andares, com um apartamento por andar. Toquei a campainha e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo antes mesmo que ele viesse.
- ? – disse surpreso ao abrir a porta.
- Por que a surpresa? Pensava que depois de me drogar e transar comigo eu não viria aqui no dia seguinte? – perguntei, entrando em seu apartamento. – Por sorte eu tenho a que sabe tudo o que você é capaz. - nesse momento ficou pálido, sem resposta. Vendo que ele não ia se pronunciar, resolvi continuar a falar. - Eu vim aqui para repetir a dose. – coloquei meus braços ao redor de seu pescoço e cheguei perto de seu rosto. Ele riu alto.
- , sem brincadeiras. O que você veio fazer aqui? – ainda ria, mas estava um pouco desconfiado.
- Eu não lembro nada de ontem. Então, já que eu traí meu namorado, pelo menos eu quero ter alguma lembrança disso. Mas se você não quiser, eu posso ir embora. Tenho pelo menos dez atores famosos e sexys esperando em fila por mim. Matt Lanter, Chace Crawford, Ryan Gosling, Ryan Reynolds... Quem eu escolho? Que duvida cruel! Eu nem... – disse me gabando, mas fui interrompida quando seus lábios tocaram os meus. Senti nojo de mim mesma por estar tocando aquele ser novamente. Precisava de uma bebida muito forte para conseguir levar aquilo até o final. – O que você tem para beber? – falei, separando o beijo. segurou minha mão e nós fomos até seu quarto.
- Sirva-se. – disse sorridente, apontando para um freezer lotado de vários tipos diferentes de bebidas. Peguei a melhor garrafa de vodka e dei vários goles. Sentei em seu colo e beijei-o. A sensação de repulsa com o tempo parecia diminuir, acho que era efeito da bebida. me virou de costas e abriu o zíper do meu vestido e deixou-o em minha cintura. Seus beijos começavam a descer para o meu pescoço e colo quando o fiz deitar. Comecei a beijar sua barriga, e já estava chegando perto de sua calça quando encontrei minha bolsa e voei em cima dele com um guardanapo encharcado de “boa noite, cinderela”. Ele nem lutou muito e logo desmaiou. Levantei da cama e coloquei meu vestido. Percebi que teria que arranjar um jeito de levá-lo para o meu carro, mas não sabia como. Então o algemei na cama e deixei-o lá. Peguei meu celular dentro da bolsa e mandei uma SMS para .
, fase um do plano completa. Onde está o Ian?” – Não demorou muito até que ela respondesse:
“Ele está na boate Peach Pit. Boa sorte! Xoxo”.
Confesso que queria muito saber como descobriu aquilo, mas não importava. Desci pelo elevador, dei partida no carro e cheguei na boate uns vinte minutos depois. Havia uma fila imensa na parte externa. Uma das vantagens de ser atriz é que você é convidada VIP em todas as festas, e nunca espera para entrar. Já na parte interna da boate, fui procurar Ian. Não demorou muito e o encontrei. Aquela cena me doeu mais do que qualquer coisa. Desejaria nunca ter visto aquilo se pudesse voltar atrás. Tinha sido tão estúpida. Ian estava em uma mesa com uma loira oxigenada em seu colo esfregando os seios em seu rosto. Ele ria maliciosamente toda vez que ela sussurrava algo em seu ouvido. Ao seu lado, estava uma morena, apenas observando os dois. Ótimo. Nada melhor do que ter um ménage-a-trois com duas prostitutas de luxo no mesmo dia que terminou o namoro, não é mesmo? Idiota. Coloquei um sorriso falso no rosto e me dirigi até ele.
- Ian! – disse em um tom de surpresa. Somerhalder se virou e, ao me ver, fez uma careta.
- . – ótimo, ele estava bêbado.
- Eu vim aqui pra te mostrar uma coisa, mas parece que você está muito ocupado. – ironizei.
- É, eu estou. Mas nós terminamos, pelo menos eu não estou ocupado te traindo, estou ocupado tentando esquecer o chifre que você me deu! – seu tom de voz aumentou um pouco ao falar isso. Ele estava completamente fora de si, e suas emoções à flor da pele.
- Você sabe que não vai conseguir isso bebendo e transando com prostitutas. – vi a expressão de ofensa das duas ao lado de Ian. – Sem ofensas, meninas. Mas é o que vocês são. – essa última frase disse apenas para mim mesma, não queria gerar confusões.
- Talvez não, mas uma coisa eu garanto: eu estou me divertindo muito. – parou por um segundo quando percebeu que já estava falando demais, esse não era ele. Mediu as palavras e prosseguiu. - Mas isso não vem ao caso. O que você quer me falar?
- Sabe o meu ex? Ele está amarrado na cama dele, e eu ia te levar até lá para ele confessar que me drogou e por isso eu dormi com ele. Mas não vou desperdiçar seu precioso tempo com essas belas mulheres. Vá fazer seu ménage, eu já estou indo embora. – virei para ir embora, mas recuei quando o ouvi começar a falar.
- Nós terminamos, , independentemente de quem te drogou ou deixou de drogar. Namorar você foi até bom, porque percebi que não quero relacionamentos. É perda de tempo. Você foi perda de tempo. – ao ouvir aquilo, meu coração se partiu em milhões de pedaços. No fundo eu sabia que ele só estava falando aquilo porque estava super bêbado e magoado, aquele não era o sóbrio Ian Somerhalder. Mas, mesmo assim, doeu ouvi-lo ser tão frio.
- Foda-se, Ian. – foi a única coisa que saiu da minha boca. Ian fez uma cara de surpresa quando viu que eu tinha falado palavrão, ele sabia que eu nunca falava. Virei e saí andando (quase correndo) daquele local. Dirigi-me ao apartamento de , e na hora que cheguei, ele já estava um pouco acordado.
- O que é isso, ? – ele disse em um tom quase inaudível quando viu que estava preso. Ainda estava um pouco sedado. Sorri maliciosa, subindo em cima dele.
- É hora de brincar.

Capítulo 11

Ian’s P.O.V

Acordei com o barulho do celular tocando, o que naquela hora parecia o som do inferno. Virei para o lado para poder pegar o telefone no criado-mudo e... Droga. Elas já deviam ter ido embora! Odeio quando tenho que me livrar de mulheres pela manhã. Levantei da cama e peguei o celular, eram onze horas da manhã. Olhei a mensagem que havia chegado, e era do diretor da série:
“Acho que todos já foram informados, mas não haverá gravações durante essa semana, pois a estreia da série será sexta. Estejam todos arrumados, as limusines estarão em suas casas às 21 horas. Xox Diretor”.
Perfeito. Um pequeno recesso. Virei de costas e as mulheres estavam se vestindo. Elas sorriram para mim e antes de irem embora soltaram um “Me chame quando quiser”. Na hora que elas saíram, recordei a noite passada.
O “Você foi perda de tempo” ecoou em minha cabeça. Eu fui um completo idiota. Mesmo ela me traindo, não merecia ouvir aquilo. Não sei o que aconteceu comigo. Mesmo estando muito bêbado eu sempre era um gentleman com todas as mulheres. Fui até a cozinha para almoçar e preparei um macarrão que havia visto no programa do Jamie Oliver. Eu sou um gay mesmo, até programa de culinária eu assisto. Peguei o prato e fui comer na sala, e antes mesmo que eu pudesse dar a primeira garfada, a campainha tocou. Fui até a porta e ao abrir, vi uma mulher muito parecida com a atriz Dianna Agron. Olhos verdes, cabelo loiro e pele branca.
- Quem você está procurando? – sorri educadamente.
- Você. Eu sou , amiga da . Ela está aí? – ela disse, atônita.
- Se você é amiga dela saberia que nós terminamos. Ela não está aqui. – queria me livrar logo daquela mulher para poder comer. Eu sei, frase de gordo. Mas eu não comia há muito, muito tempo.
- Eu sei que vocês terminaram, mas ela não voltou para casa ontem, não atende ao telefone e nem responde minhas mensagens. Eu já não sei o que fazer! – essa tal estava realmente desesperada.
- Morta ela não deve estar. Um dia ela volta para casa, relaxa. – disse, tentando expressar indiferença.
- Não finja não se importar. Eu sei que se importa. – ela disse sorrindo timidamente. – Ela já me disse uma vez que se não me ligasse até 22 horas dizendo que ia chegar tarde ou coisa parecida alguma coisa séria estaria acontecendo com ela. No dia que ela dormiu aqui eu quase tive um infarto porque ela não me avisou. Vamos, Somerhalder, me ajuda a encontrá-la! – ela falou em um tom apelativo e infantil.
- Tudo bem. Onde você quer que eu procure? – falei, com má vontade. Não queria ir procurá-la, mas confesso que queria muito saber onde ela estava. Muito mesmo.
- Bom... – parou um pouco para pensar. – na casa do ex-namorado dela. – disse um pouco receosa. Minha raiva subiu às alturas ao ouvir isso.
- Que petulância sua vir aqui me falar para ir à casa do ex-namorado da minha ex-namorada, com quem ela me traiu, para perguntar se ela está lá. – disse revoltado.
- Por favor, eu não quero ir ate lá. E se ela não estiver, você pode pelo menos socá-lo. – que menina perversa. Sabia que iria me arrepender do que iria dizer, mas mesmo assim o fiz:
- Ok, me diga o endereço e eu vou até lá.

’s P.O.V

Acordei com uma enorme dor de cabeça. Me enrolei em um lençol e levantei da cama. Estava um pouco frio dentro do quarto. Fui até a cozinha pegar uma aspirina e senti cheiro de frango. estava cozinhando. Passei por ele e não disse uma palavra. Abri o armário e enfiei um comprimido goela abaixo, sem nem ao menos beber água.
- Bom dia pra você também, . – ele disse ironicamente e puxou o lençol que eu estava coberta, me deixando completamente nua. – Assim está melhor. – sorriu malicioso.
- Sem brincadeiras, . Devolve o lençol. – falei autoritária e ele fez que não com a cabeça. Fui puxar o lençol e ele segurou minha cintura e me levantou, sentando-me em cima do balcão. Beijou-me ferozmente, e eu parti o beijo.
- , eu confesso que você melhorou muito depois que nós terminamos. Ontem foi... WOW! – ele disse gritando.
Eu não sabia por que diabos eu tinha feito aquilo. Tudo porque estava com raiva de Ian. Se ele ia ficar com as ‘amiguinhas’ dele, eu também iria ficar com alguém. E alguém que o deixaria com muita raiva. Mesmo que esse alguém me causasse repulsa e vontade de cometer suicídio depois de ter – você sabe – com ele três vezes.
- Pena que eu não posso dizer o mesmo de você... – disse decepcionada. Ele até poderia ser bom, mas ninguém era melhor do que Ian.
- Como você é critica. – ele disse indignado – Pelo menos um de nós se divertiu. – sorriu vitorioso. Meu telefone tocou pela milésima vez. Era . - Você não vai atender? – perguntou. Peguei o telefone e quase cheguei a atender, mas desisti. Sabia que ela iria ficar com muita raiva de mim se soubesse onde eu estava, e que eu estava relativamente bem. Mas eu só queria fugir um pouco. – Nossa! rejeitando uma ligação de sua melhor amiga? Você só pode estar doente! – brincou.
- Vou vestir uma roupa. – virei em direção ao quarto, mas fui puxada por .
- Vamos aproveitar enquanto você está despida. – falou beijando meu pescoço.
- Primeiro preciso beber alguma coisa. – me afastei e ele fez uma expressão de desagrado. Peguei um copo de achocolatado e o bebi todo. Assim que terminei, ele voltou a me agarrar. – , eu não vou mais dormir com você. – disse séria, me afastando mais uma vez.
- O quê? – disse zangado.
- O que aconteceu ontem não vai se repetir. Eu ainda gosto do Ian, e eu nunca vou esquecer ou perdoar a sua traição daquela época. Vou subir e me trocar. Quando eu sair por aquela porta, esquece que eu existo. – virei de costas e senti as mãos de ao redor de mim, ou melhor, do meu nariz. Meu Deus, ele não estava fazendo isso. Tentei sem sucesso fazê-lo me soltar.
- Agora é a minha vez de brincar. – foi a última coisa que o ouvi dizer. Depois disso, tudo escureceu.

Capítulo 12

Ian’s P.O.V

Estava dirigindo até a casa do tal ex-namorado de quando meu telefone chamou. Era o convite para uma ligação 3G com um número que eu nunca havia visto na vida. Aceitei a chamada e vi uma mulher deitada em uma cama, e logo a reconheci. um homem se deitando em cima dela e a beijando. Não podia ser. Ele virou para a câmera e falou:
- Olha o que eu vou fazer com a sua garotinha, Ian. – sorriu para câmera.
- ? Que porra é essa que você tá fazendo? – disse, com ódio e ao mesmo tempo preocupado. Nunca pensei que veria de novo, e especialmente com a minha mulher.
- Eu sou o ex-namorado dela, com quem ela inconscientemente te traiu. Que sorte minha ter namorado a garota que você está namorando! Facilitou muito mais a minha vingança. Você não sabe como eu esperei por esse dia. – sorriu como um demônio. Nessa hora, quase bati o carro em um poste, então decidi estacionar por alguns segundos.
- Ela não é mais minha namorada. Faça o que quiser, ela tem vontade própria. – falei, indiferente.
- Eu acho que ela não tem. Ela queria me dispensar, então resolvi me divertir mais um pouco a deixando desmaiada. Pode tentar me enganar, mas eu sei que você se importa com ela. Quero ver a sua cara quando eu fizer tudo o que eu quiser com ela. – ele provocava. Agora, ele passava a mão pelo cabelo dela. Não pensei duas vezes: Acelerei a 140 km/h em direção a sua casa.
- Se você encostar um dedo nela eu juro que corto você em rodelas e mando para diferentes cantos da África. Juro que acabo com você! – disse gritando dentro do carro, enquanto acelerava mais ainda.
- Isso é o que vamos ver. – ele disse a beijando.

- FLASHBACK –

Há dois anos eu era um... Desculpe pelo termo, mas eu era um filho da puta. Pegava mulheres casadas, com namorado, bastava ser bonita e gostosa que eu fazia de tudo para levar para a cama. Foi a fase da minha vida que eu mais me envergonho. Eu já fazia filmes há muito tempo, mas nenhuma revista ou paparazzi sabia desse meu lado que durou cerca de seis meses. Eu tinha um amigo, , que veio fazer intercâmbio por um ano. O conheci em um bar quando ele estava aqui há apenas uma semana. Mesmo sendo muito mais novo que eu, nós adorávamos sair juntos, e ele me idolatrava por conseguir todas as mulheres que eu queria. Enquanto eu pegava várias, ele começou a namorar uma menina do seu colégio, Naomi Richards. Ela era muito, muito gostosa, e na época era só isso que importava para mim. Percebia que ela jogava indiretas e cantadas para mim, mas nunca liguei. Afinal, ela era a mulher do meu amigo. Eles tiraram a virgindade um do outro, mas toda vez que eles dormiam juntos Naomi ficava com uma expressão não muito feliz, e logo descobri o porquê: ele não dava a ela o que ela queria. Eu, como uma boa alma caridosa, decidi dá-la uma noite de diversão. Não demorou muito e descobriu que nós transamos. Só naquele dia eu descobri como ele a amava. Ele jurou que um dia iria me fazer sentir o que ele estava sentindo naquela hora, como era perder a mulher que amava. Mas a culpa não era minha se ele não dava prazer à namorada dele e outra pessoa teve que satisfazer a necessidade da coitada, que nem sentia nada por . Naomi também tinha culpa, mas como o amor é cego, ele pôs a culpa toda em cima de mim. Depois disso sumiu, e nunca mais falou comigo. Poucas semanas depois eu percebi o quanto eu estava sendo idiota e voltei a ser o bom rapaz que eu era.

- END OF FLASHBACK –

Cheguei ao apartamento de e toquei inutilmente a campainha. Arrombei a porta e corri até seu quarto. A porta também estava trancada, mas dessa vez não consegui arrombar.
- Você chegou! Agora está na hora da diversão. Quis esperar até agora para você ouvir com mais clareza os gritinhos da sua namorada. – ele disse e eu desliguei a ligação. – Não! Agora você só vai poder escutar! – fez voz de choro ironicamente.
- , acabou a brincadeira. Abre a porra dessa porta agora! – disse gritando.
- Não, não, não! – Ele gritou lá de dentro. – Não sei por que você está assim. Por que ela está desmaiada? Nem se preocupe com isso. Ontem ela estava acordada e fez isso do mesmo jeito.
- O quê? – fiquei com mais raiva ainda, mas dessa vez de .
- Isso mesmo que você escutou, Ian. E não foi só uma vez não! Foram três! – ele disse, rindo.
- Cala a boca, seu idiota, e abre essa porta! Eu cansei de gritar para você escutar aí de dentro. E o único motivo dela ter dormido com você ontem é porque ela me viu com duas mulheres na boate! – disse, tentando novamente arrombar a porta.
- Voltando a ser um idiota que fica com todas as mulheres? Parabéns, Somerhalder! – ele disse ironicamente.
- Não, e mesmo que eu voltasse, seria melhor do que ser um doente à procura de vingança. Se toca, , ela nem gostava de você! – disse com ódio.
- Mas eu a amava! – falou gritando de revolta. Ouvi um gemido e me desesperei.
- O que você está fazendo aí? – bati na porta com força.
- Fui bonzinho e comecei pela frente. – ele gritou, com um tom safado. Eu estava vermelho de raiva. Vi uma faca na cozinha e a peguei. Na volta, notei que havia uma chave em cima da mesa da sala e a peguei. Enfiei a chave na fechadura e vi que era uma cópia da chave do quarto.
- Você é muito burro! – disse antes de girar a chave. Abri a porta e ele estava dentro dela. O puxei e derrubei-o no chão, dando-lhe um murro e pegando a faca que eu tinha deixado cair no chão e colocando-a ao lado de seu pênis. – Você prefere que eu corte-o ao meio ou em rodelas? – disse rindo.
- Ian, não faz isso. – ele implorou.
- Você devia ter pensado bem antes de mexer com a . – disse seco.
- Ian, eu só me vinguei de você! Eu juro que se você me soltar eu sumo da sua vida, do país! – agora já estava chorando.
- Te soltar e deixar você sair impune? Como você pode usá-la desse jeito, seu idiota? – disse, pressionando a faca contra seu membro.
- Quando eu dormi com ela pela primeira vez eu não sabia que ela era sua namorada, mas pela manhã quando eu vi no celular dela uma SMS sua, eu aproveitei para me vingar. E agora eu cumpri o resto da vingança. Me solta, por favor. Agora nós estamos quites. – ele falou desesperado.
- Ian... Não o mate, não vale a pena. – ouvi falar em um tom quase inaudível. Esqueci-me de tudo e sentei ao seu lado na cama, onde ela estava sentada. Virei para ainda com a faca na mão.
- Sai daqui agora! E só volta amanhã para buscar suas coisas e ir embora, eu não quero ver você nunca mais, ouviu? Da próxima vez eu não te livro da morte. – ele saiu correndo e chorando de medo, sussurrando várias vezes a palavra ‘’desculpa’’. – Você está bem? – disse acariciando seu cabelo e a enrolando em um lençol.
- Desculpa Ian, eu não sabia que ele era tão perigoso. – falou se sentando na cama. - Eu fiz o que fiz ontem porque eu estava com raiva do que você falou. Eu sou uma idiota, eu sei. Não devia ter... – ela estava se pronunciando quando a beijei ferozmente. Ela partiu o beijo e sorriu. – O que você fez para o querer se vingar de você? – disse curiosa.
- Depois eu falo. Agora nós temos que sair daqui. – segurei-a em meus braços, peguei sua bolsa e nós saímos de lá. Descemos pelo elevador e chegamos até meu carro. Abri a porta do passageiro e a coloquei no banco. Ela ainda estava enrolada em um lençol. Ficamos o caminho todo calados. Com o silêncio, parecia que era um caminho enorme até o apartamento de . Quando chegamos, abri a porta para ela e a segurei novamente em meus braços. Pegamos o elevador e eu toquei a campainha. atendeu e pulou em cima da amiga que ainda estava em meus braços. A soltei e logo perguntou:
- Onde você estava? Pensava que você tinha morrido! Quando for sair assim me avisa, por favor! – ela disse, com um tom preocupado e autoritário.
- Sim, mamãe. – falou ironicamente e todos riram. – Vou tomar banho. – ela já entrava em casa quando virou e perguntou – Ian, você quer ficar aqui? – assenti e entrei. fechou a porta e se afundou no sofá, dando play em um filme de ação.
Enquanto tomava banho deitei em sua cama e percebi que estava muito cansado. Comecei a pensar em tudo que havia acontecido, e antes mesmo que eu me perdesse em pensamentos, adormeci. Acordei e estava deitada em cima do meu abdômen. Tentei inutilmente levantar sem acordá-la. olhou para mim, puxou meu braço e eu fiquei em cima de seu corpo. Parti o beijo e perguntei:
- O ainda é ruim na cama? Porque a namorada dele nunca ficava satisfeita quando eles dormiam juntos. – disse brincando.
- Ele é aceitável. – ela riu. - Espera aí, essa é uma via de mão dupla. Eu sou melhor do que as duas mulheres? – perguntou.
- Essa é uma pergunta retórica. – falei e ela ficou em cima de mim. Tirou minha blusa e começou a descer a cabeça para a minha calça, mas parou.
- Vamos comer. – ela disse, saindo de cima de mim.
- Não era isso que estávamos prestes a fazer? – falei e ela riu alto.
Fomos até a cozinha e ela pegou alguns ingredientes para fazer uma comida do Brasil, pão de queijo. Terminamos de fazer as bolinhas e colocamos no forno. se virou para lavar as mãos e eu a levantei e a sentei no balcão. Fiquei entre suas pernas, que estavam encaixadas em mim e tirei sua blusa ali mesmo. Suas unhas arranhavam minhas costas e logo entraram em minha cueca, me fazendo tirar seu sutiã. No meio disso, ouvi um grito.
- O que vocês estão fazendo aí? Arranjem um motel! – falou indignada, mas depois riu.
- , desculpa. Eu não sabia que você estava em casa. – disse envergonhada.
- Não tem nada de mais, eu vim só pegar água, fiquem a vontade. – ela pegou a água e saiu rindo. Desci do balcão e a chamei para dar uma volta no Central Park. Ela concordou e nós saímos de casa. Vimos velhos, crianças, casais e famílias lá. Andávamos com as mãos entrelaçadas quando eu a perguntei.
- Você vai querer ir comigo na estreia amanhã? – disse olhando em seus olhos. Ela fez que sim com a cabeça e sorriu timidamente.

Capítulo 13

’s P.O.V

Voltamos para casa e comemos alguns pães de queijo que tinha acabado de tirar do forno. Depois disso ele foi embora e eu dormi pelo resto do dia. Acordei e percebi que já estava de manhã. Como posso ter dormido por quase 24 horas? Levantei e me dirigi à cozinha para beber iogurte e comer um pouco do maravilhoso pavê que provavelmente deve ter feito ontem enquanto eu dormia. Quando acabei, fui tomar banho e coloquei um vestido jeans e uma sandália. Desci pelo elevador e peguei um táxi, já que havia levado meu carro para a revisão, e fui até a loja Marchesa. Pedi a atendente o vestido que eu havia encomendado, que era um vestido tomara que caia longo e marrom com brilhos. Peguei outro táxi e fui até o estúdio onde todas as atrizes se preparavam para passar pelo tapete vermelho da estreia. Sentei em uma das cadeiras e a maquiadora logo veio começar a me arrumar, e logo em seguida o cabelereiro veio em minha direção para arrumar meu cabelo. Depois de uma hora eles terminaram e eu levantei para me vestir. Quando terminei e me olhei no espelho, vi que estava linda. Estava olhando para o espelho feito uma idiota quando ouvi meu celular tocar. Era Ian.
“Estou aqui fora do estúdio na limusine. Você já está pronta?” Era o que havia na mensagem. Respondi rapidamente.
“Já estou saindo Xx” Saí do estúdio e Somerhalder estava fora da limusine, com um sorriso magnífico no rosto. Ele me beijou e o motorista abriu a porta da limusine para nós entrarmos. No caminho, trocamos alguns beijos e isso fez com que o tempo passasse mais rápido, pois não demorou muito e nós já estávamos no local da estreia. Ian abriu a porta e saiu do carro. Todas as fãs gritaram euforicamente. Ele se virou e estendeu a mão para me ajudar a sair também. Quando as pessoas viram que nós estávamos de mãos dadas, gritaram mais ainda. Nós acenamos e estávamos andando quando logo um repórter nos abordou.
- O que vocês podem falar sobre essa temporada da série? – ele sorriu.
- Só que ela está melhor do que nunca! – Ian disse com uma voz sexy.
- , você está magnífica. – o entrevistador falou, olhando-me de cima a baixo.
- Obrigada. – sorri gentilmente.
- Então, vamos ao que interessa: O que há entre vocês dois? – ele perguntou olhando para Ian.
- Nós estamos namorando. – Somerhalder segurou novamente minha mão e quando as fãs ouviram isso, quase morreram de tanto gritar. Olhei para ele surpresa. Não sabia que nós iriamos assumir o namoro naquele momento, ele nem havia me perguntado nada. Mas, de qualquer forma, eu estava feliz por ele ter feito aquilo, e apenas sorri. Estava sem reação e o ouvi falar – Eu a amo. – virei e olhei em seus olhos. Ian só poderia estar muito bêbado mesmo para dizer isso para todo o mundo. Ele sorriu para mim e nós nos dirigimos até a porta da entrada da estreia. Assim que entramos, eu o puxei para um canto e falei:
- O que você disse lá fora, é sério? – perguntei eufórica.
- Claro que é. – ele sorriu.
- Então porque não falou só para mim antes de falar para todo o mundo? - falei, passando a impressão que eu estava com raiva.
- Você vai mesmo brigar por isso?- eu ri e balancei a cabeça em sinal de ‘’não’’. Ele segurou minha mão e se virou, mas eu o puxei.
- Eu te amo. – disse e o beijei. Talvez não ficasse muito tempo com Ian, mas isso só o tempo diria. O que eu sabia é que eu estava profundamente, intensamente e loucamente apaixonada por ele, e por tudo o que ele fazia e dizia. Estar apaixonada é tão... Idiota. Principalmente estar apaixonada por um homem irresistível como Ian. Não sabia o que ia acontecer depois disso, não sabia se nós tínhamos um futuro. Mas não importava. O que importava mesmo era saber que ele era meu naquele momento. E, quem sabe, talvez para sempre.

Fim



n/a: DEMOROU MAS CHEGOU! Está aí a última parte da fic, espero de coração que vocês tenham gostado! Foi minha primeira história e eu aprendi muito a escrevendo, muito mesmo. Peço desculpas por qualquer coisa. Beijos, até a próxima fic! :*
PS: Se puderem leiam The girls are from Venus and The guys are from Mars, fanfic com o Mcfly feita pela minha amiga, Tracie. :D
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Twitter: @luisaolliver

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Mel