- Ande, . Senão, a gente vai acabar de montar essa árvore de natal só amanhã. Aí JÁ VAI SER NATAL! - gritei a última frase para ver se aquela mula que chamo de namorado andava logo.
- Eita, . Relaxe... A gente se esqueceu de comprar as coisas para montar, mas nós estamos chegando já - ele pôs a mão na minha perna e sorriu.
- Ok, ok - aumentei o volume do rádio quando começou a tocar uma música do McFly.
Logo que a música acabou, chegamos a casa. É, ele é só meu namorado, mas moramos juntos fez um ano ontem.
- Pronto, amor. Chegamos. Precisa de ajuda pra descarregar as coisas? - ele me olhou e percebeu a minha cara de tédio. - Ok, ok. Entendi.
Ele pegou a árvore e eu, as três caixas de enfeites. Só que vi a nossa árvore ir para no chão assim que o pôs os pés para dentro de casa e o colocou as patas nele, pulando.
- Você não sabe nem controlar um filhote de labrador. Fale sério, ! - eu disse, rindo e pulando por cima dele.
- Nem para me ajudar? Que amor você! - ele riu e se levantou. Juntou a árvore e fechou a porta. Coloquei as caixas no sofá e me sentei no chão para brincar com .
- Onde a ponho, amor?
- Ali, olhe - apontei para o canto da parede de vidro. Sim, a nossa casa tinha uma.
Ele a colocou lá e se virou para mim.
- Vou tomar banho. Você arruma sozinha?
- ... Onde está o seu espírito de natal? Posso saber? A gente é a família aqui e você vai me ajudar, querendo ou não.
- Dê-me um beijo e eu ajudo - levantei-me e fui até ele.
- Promete?
- Aham - ele juntou os nossos lábios e sei que por ele a gente não pararia por ali. Logo cortei o beijo, peguei uma caixa do sofá e dei a ele.
- Chata - parecia uma criança mimada.
- Você me ama. Agora vamos começar - peguei uma caixa para mim e abri. Eram bolas azuis, laços prateados, bolinhas que pareciam globos de discotecas e tinham alguns enfeites que ele quis comprar: alguns bichinhos com gorrinhos de Papai Noel, enfeites que era notas musicas e muitas estrelinhas. As luzes e a estrela principal do todo também.
Muitas risadas, beijos, carinhos, latidos do e umas duas horas depois estávamos deitados no tapete, observando o nosso trabalho.
- , o que você acha de...? - minha fala foi interrompida pelo celular dele que começou a tocar.
- Diga, Fletch - e eu só observava os traços perfeitos do rosto dele. - Como assim? Amanhã não. É Natal! Fale sério! ‘Ta. Tudo bem... Até amanhã.
O rosto de começou a ficar sério e triste.
- O que houve, amor? - fico preocupada muito rápido.
- Você jura que não vai me matar?
- Jamais farei isso. Agora fale! - impaciência? É um dom para mim.
- Amanhã de noite... O Fletch marcou um show para nós numa empresa super rica e que vai pagar um cachê altíssimo.
- O QUÊ? - é, eu gritei.
- Amor, por favor... Desculpe-me. Eu não queria isso, mas é a banda.
- Tudo bem, . Tudo bem - uma lágrima caiu. COMO ASSIM EU IA PASSAR O NATAL SEM O MEU NAMORADO?! FLETCH, VOCÊ NÃO TEM FAMÍLIA?!
- , não chore. É só o natal... - SÓ O NATAL?! , EU CAPO VOCÊ!
- Só o Natal? É isso que você vai dizer? – encarei-o séria.
- ‘Ta. Não é só o natal... Mas o que vou fazer? Todos os meninos aceitaram. Não tem como eu escapar - a deve estar tão puta quanto eu.
- Tudo bem, . Chamo a , que deve estar tão puta quando eu agora, e a gente fica aqui em casa. O nos faz companhia - virei a cara para ele e abracei o meu filhote lindo.
- Não fique assim, amor, por favor... - ele me abraçou, encostando o queixo ao meu ombro. - Eu a amo. Vou fazer o show pensando só em você.
- Acho bom – empurrei-o para trás e prendi as mãos dele em cima da cabeça. Ri. Sim, também mudo de humor rapidamente. - Agora você vai me obedecer, .
- Eu já a obedeço sem... - é, eu não o deixei terminar a frase e o beijei. Tinha que aproveitar agora porque amanhã, provavelmente, eu não o veria o dia todo.
O nosso beijo digamos que nunca foi calmo, mas agora estava acelerado. Eu sentia a minha respiração falhando. Sem separar a minha boca da dele, ele inverteu as nossas posições e tomou conta da situação até... Que o começou a latir, chorar e fazer todo o escândalo que tem direito, acabando com o clima. se levantou de cima de mim e se jogou no tapete, com os olhos fechados. Tenho certeza de que se ele visse o meu filhote agora, ia esganar o pobrezinho.
- Bom, agora que essa coisinha nanica aí... - ele apontou para o no meu colo. - Estragou a minha felicidade - ele apontou para as pernas e ri. - Vou subir, tomar banho e arrumar a "mala". Aí desço e a gente vê um filme. Pode ser?
- Aham – se levantou, deu-me um selinho, um tapinha na cabeça do e subiu.
Assim que ouvi a porta do banheiro fechar, peguei o telefone para ligar para . Eu precisava desabafar com alguém. Só que ela foi mais rápida. Constatei isso ao atender ao telefone.
- EU VOU MATAR, PICAR E FAZER UMA SOPA DO FLETCH! - ela gritava do outro lado do telefone.
- Não é a única, amiga. Pode crer. Como que o lhe falou, amiga?
- Falou que o Fletch ligou e que ele tinha show amanhã. Quase o matei, mas está tudo bem agora. E aí, como foi?
- A gente tinha acabado de arrumar a árvore, sabe? O celular do tocou, ele atendeu, ficou puto, disse que era natal, mas não adiantou. Derramei umas lagrimazinhas, fiz birra, a gente se beijou, o chorou e agora estou aqui.
- Uou! - ela disse e riu.
- E agora, amiga? Vamos ficar sozinhas?
- Se você me aceitar aí, passo com você e o meu neném lindo.
- MEU neném lindo. Pode ir parando aí, HAHA! Claro que aceito você, amiga! Que horas você vem?
- Lá pelas oito da noite está bom?
- Aham! - sorri satisfeita, pois pelo menos minha amiga estaria comigo.
- Então ‘ta, amiga. Vou desligar que o acabou de sair do banho e a gente vai jantar fora.
- Hum, vão aonde? - nada curiosa.
- Surpresa dele. HAHA! Beijos, amiga. Até amanhã. Amo você.
- HAHAHA! Beijos. Até. Eu também.
Desligamos e eu subi para o nosso quarto.
- , você vai derreter, se não sair daí! - ele demora demais tomando banho. Nunca vi.
Na mesma hora, ouvi o chuveiro desligar e ele gritar:
- VOCÊ SÓ IMPLICA COMIGO E MESMO ASSIM EU A AMO! COMO PODE?! - ri.
- Vou escolhendo umas roupas e arrumando sua mala. ‘Ta?
- AÊ! VALEU, AMOR!
Abri o closet e fui escolher. Peguei duas calças, uma preta e uma clara; três camisetas, uma azul, uma vermelha e outra preta, todas da Hurley; uma camisa xadrez, vermelha e preta; um moletom branco e dois tênis, um Nike marrom e um All Star preto.
Coloquei tudo na cama e comecei a montar os looks. Um: calça preta, camiseta azul, moletom branco e All Star. Dois: calça clara, camiseta preta, camisa e All Star também. Deixei os dois em cima da cama para o escolher qual usaria. Sim, desde que a gente começou a namorar, era eu quem montava as roupas dele.
Liguei a TV e me deitei na cama, assistindo a um programa qualquer até meu amor sair do banheiro perfumado e apenas com uma boxer preta - o que confesso que me deixou com calor, HAHA!
jogou a toalha na cama e riu da minha cara feia.
- Qual você gosta mais? - ele apontava para as roupas.
- A que tem o moletom.
- Então é essa que vou usar - ele sorriu e começou a arrumar a mochila.
Levantei-me, peguei meu o pijama e a toalha. Ia tomar banho antes de o me impedir.
- Ei, ei. Quem foi que disse que você vai tomar banho?
- Eu? - respondi a pergunta com outra pergunta.
- Não, senhora - ele tirou o pijama e a toalha da minha mão e os jogou na cadeira que ficava na frente do espelho. - Vai ficar comigo. Só comigo - me puxou pela cintura e me abraçou bem apertado.
- Mas você ainda tem que arrumar a mala. Enquanto isso, tomo banho, amor. Pode ser? - sussurrei perto da orelha dele e senti o meu namorado se arrepiar.
- Que você esteja aqui em dez minutos ou eu não vou assistir a “O Amor Acontece” de novo - ele fez cara feia e riu.
- Sim, senhor. Em dez minutos, senhor. Mais alguma coisa, senhor? - falei como se ele fosse um general.
- Sim. Um beijo - puxei-o pelo pescoço e o beijei até sentir que ele não tinha mais fôlego.
- Posso ir, senhor?
- Sim, soldado - rimos e eu fui tomar banho.
Não morri de frio porque a casa toda tinha calefação. A neve caía branquinha lá fora nessa hora. Tomei um banho rapidinho, vesti o meu pijama e entrei no quarto, vendo fechar a mochila.
- Bem na hora, mocinha.
- Sou uma “brasinglesa” pontual - sim, sou brasileira e moro aqui há quatro anos desde os dezoito. Hoje, tenho vinte e dois e o , vinte e três. - Só vou jogar as toalhas na lavanderia e já volto.
Desci com o pulando nas minhas pernas, joguei as toalhas no varal e subi com o cachorro no colo. Coloquei-o na "caminha" que ficava ao lado da porta do meu quarto e falei para ele com aquela voz afetada que se usa com cachorrinhos:
- Neném, você fica aqui que vou aproveitar o meu namorado. ‘Ta? - ele me deu uma lambida, como se tivesse entendido, e se deitou na caminha.
Abri a porta e vi o deitado na cama, coberto com o edredom, uma barra de chocolate e o controle do DVD na mão.
- Nossa, que rápido você.
- Sempre fui - deitei-me ao lado do e me aconcheguei no seu peito. Ele me abraçou e deu play no filme.
Estávamos quase no final do filme quando começou a me provocar. Beijos no pescoço, mordidinhas na orelha e tudo que ele "tinha direito" de fazer comigo. Peguei o controle, dei pause me e virei para ele.
- Assim... Eu te amo, mas quero ver o filme.
- Ah, pare, - selinho. - Você já viu esse filme umas trezentas e setenta e quatro vezes. Para que mais uma?
- Porque eu gosto - fiz bico e ele me beijou.
- Vou fazer você gostar disso também - ele desligou a televisão e me empurrou para a cama, subindo em cima de mim. Começou uma trilha de beijos: meu ombro, pescoço, orelha, bochecha e finalmente selou os meus lábios nos dele.
O beijo era calmo. Mostrava todo o sentimento que sentíamos um pelo outro. Desgrudei as nossas bocas e fixei os meus olhos nos dele - o infinito que me prendia.
- Você vai sentir a minha falta amanhã? - perguntei, fazendo doce.
- Claro que vou, pequena. Por quê?
- Ah, eu não sei, . Era o primeiro natal que a gente ia passar aqui, juntos, morando na mesma casa e tal...
- - ele saiu de cima de mim e me colocou no colo dele. - Eu ia sentir a sua falta em qualquer lugar do mundo. Não importa se é natal ou não. Eu amo você.
Abracei-o e coloquei o rosto na curva do seu pescoço, sentindo aquele cheio que tanto me agradava.
- Ei, já sei - tirei o rosto do seu pescoço e o encarei. - Você vai comigo. Depois eu, você, e voltamos aqui para casa e comemoramos o resto da noite. Que tal?
- Ah, amor, tem certeza? Não vou atrapalhar?
- Você nunca vai me atrapalhar. Ligue para a e veja o que ela acha. Se concordar, ligo para o Fletch e aviso que vocês vão junto.
- Ok, ok, ok – enchi-o de selinhos e corri para a sala ligar para .
Chamou, chamou, chamou no telefone da casa deles e nada. Liguei no celular dela e nada. Peguei e disquei para o .
- Alô?
- ? Sou eu, . Tudo bem?
- Tudo. E você, guria?
- Também. , a minha amiga está aí com você?
- Quando ela não está, ? - ele riu. - Vou passar para ela. Beijos.
- Beijos.
- Diga, - atendeu com uma voz meio cansada.
- Amiga, o teve uma idéia ótima! - eu estava super empolgada.
- Qual? Vocês vão ter filhos antes de casarem? - ela riu.
- Cale a boca, . Deixe-me falar. Ele disse que a gente podia ir com eles para esse show amanhã. O que acha?
- NOSSA, , EU TE AMO! - ela gritou e ouvi o rindo alto. – Espere aí, amiga. Vou falar com o e já ligo.
- Ok.
Desligamos e subi com o telefone, esperando-a ligar. Antes de eu chegar ao quarto, ela já estava me ligando de novo.
- ELE ADOROU E JÁ LIGOU PARA O FLETCH! NÓS VAMOS! - ela berrou. Meu ouvido doeu e nós rimos.
- AÊ! Então, olhe, a gente faz assim: o vem pegar o de manhã e já a trás para cá. Eles vão para a festa e a gente vai fazer alguma coisa para a ceia de noite. Daí, vamos para lá depois. Ok?
- Sim, sim.
- Então ‘ta. Vou lá falar com o . Beijo.
- Beijo, amiga.
Entrei no quarto e me joguei em cima do que levou um susto e riu.
- Eu – selinho. - Amo – selinho. - Você – levantei-me de cima dele e ele estava rindo de mim. - A adorou. O concordou, ligou para o Fletch e nós vamos – abracei-o.
- Viu como sou incrível?
- HAHAHA! Convencido.
- Então vamos assistir a “De Volta Para O Futuro”. ‘Ta? - ele parecia uma criança.
- Vamos. Você merece - dei um beijo na bochecha dele e coloquei o filme.
’s POV
Quando olhei para o lado, para perguntar se a não queria alguma coisa lá de baixo, já que eu ia beber água, só achei a minha namorada dormindo. Comecei a pensar. Com ela e a indo ao show, não vou poder fazer a surpresa que eu queria. Vou é ligar para o e o Fletch e falar para ele inventar uma desculpa para elas não irem.
Saí devagar da cama para não acordá-la e desci. Sentei-me no sofá e liguei primeiro para o .
- , eu o mato se você me acordou e for nada importante!
- Relaxe aí, cara. Lembra-se do presente que eu queria dar para a ?
- Sim. O que tem?
- Com ela indo ao show, não vai dar mais certo, né?
- Putz, cara, é verdade! E agora?
- Estou pensando em ligar para o Fletch e pedir para ele inventar uma desculpa para ela e a para poder fazer tudo o que preciso!
- Beleza, cara. Agora vou voltar a dormir. Tchau!
- Valeu, . Até amanhã.
Desligamos e pensei no que falar para o Fletch. Resolvei no fim dizer a verdade.
- Fale, ! - ele me atendeu animado, mesmo sendo quase duas da manhã, mas enfim.
- Fletch, preciso de um favor.
- Não sendo dinheiro, eu faço! - ele riu. Algo ele está aprontando. O humor está bom demais.
- Preciso que você ligue para a e e invente uma desculpa, que elas não poderão ir e tal.
- Por que, ?
- Porque sim. Só faça isso para mim e eu ficarei muito feliz. Tchau, Fletch.
- Tchau!
Desliguei, fui à cozinha, tomei minha água e aproveitei para olhar o clima lá fora. Caía neve. Muita neve. Pela temperatura do vidro, lá fora devia estar congelando.
Só de pensar nisso, resolvi subir e ir dormir com a minha pequena. Quando entrei no quarto, o telefone tocou. Antes que eu pudesse atender, ela esticou o braço e pegou o telefone da cabeceira.
- Alô? – own. Voz arrastada de sono. Fofa.
- Ah, Fletch, o está na porta e... Ah, comigo? – coitadinha. Mal sabe o que vai ouvir. – Ah, não? Então tudo bem. Bom natal para você também. Tchau.
Ela desligou e se sentou na cama, olhando-me.
- Fletch ligou e disse que eu e a não poderemos mais ir ao show.
- Sério, amor? Por quê? - fiz minha cara mais indignada possível.
- Ele disse que não quer a gente lá porque nós podemos distrair vocês e os ricos não vão gostar do show - ela fez uma carinha tão linda que quase mudei de idéia. QUASE.
- Deixe, amor. Vou tentar sair de lá o quanto antes e vir ficar com você. Agora venha. Vamos dormir que está frio e tarde.
Deitei-me na cama e a abracei pela cintura. Logo dormimos abraçados e no quentinho.
- ACORDE, SUA PREGUIÇOSA DO CARAMBA! SÃO QUASE ONZE HORAS E NÓS TEMOS MUITO O QUE FAZER! - ok, esse não era o gritando. Só se a voz dele ficou escandalosa, igual à da...
- , para que o escândalo?
- PARA VOCÊ ACORDAR! ANDE! - ela continuou berrando e puxou as cobertas.
- Acordei, acordei – sentei-me na cama e ela me entregou um bilhete.
"Amor, não quis acordá-la e pedi para ela deixá-la dormir. De noite, estarei aqui. Por enquanto: feliz natal. Amo você. xX . "
- Que horas ele saiu, ?
- Faz uns dez minutos - é, eu esperava por isso mesmo.
- E POR QUE VOCÊ NÃO ME DEIXOU DORMIR? - é, eu estava com sono e gritei.
- Porque a gente tem que sair para comprar as comidas, voltarmos aqui, pegar suas coisas e podermos ir lá para casa!
- Ah, ...
- Ah, nada. Vá tomar banho que eu arrumo a sua cama. Ande - parece minha mãe. Credo.
- ‘Ta, ‘ta.
Levantei-me e olhei para a janela. Neve! Peguei uma calça jeans escura, uma blusa de gola alta preta e um casaco de lã comprido clarinho e deixei as botas no quarto. Tomei banho, vesti-me, escovei os dentes, arrumei o cabelo, passei um blush e rímel para tirar a cara de sono e saí.
- Pronto, senhorita apressada. Estou aqui! - disse, calçando as botas.
- Ótimo. Vamos! - peguei a bolsa e desci com a .
Entramos no meu carro, já que ela estava a pé, e fomos em direção ao mercado.
MEIA HORA SÓ PARA ACHAR UMA VAGA! Mercado super lotado. Mal achamos tudo que a queria para cozinhar. Eu só empurrava o carrinho e observada as crianças correndo de um lado para o outro. Ri ao ver uma menininha se confundir, achando que eu era a mãe dela. Muito lindinha.
Depois de quase três horas - É, TRÊS HORAS - dentro de um mercado, arrastei a para um restaurante porque assim: SÃO DUAS E MEIA DA TARDE E A MINHA ÚLTIMA REFEIÇÃO FOI CHOCOLATE! Almoçamos em um lugar pequeno, mas que tinha uma comida deliciosa. Sempre comíamos lá quando morávamos juntas.
Lá pelas quatro, fomos lá para casa. Peguei a roupa com que eu ia passar o natal, os presentes e o meu neném lindo (lê-se: ) e fomos rumo à casa da . Chegamos lá e fomos direto para a cozinha. colocou o peru para assar e eu fui fazer o "pavê" que ela tanto gosta, que é receita da minha querida mãe.
Nesse tempo cozinhando, tentei ligar para o , mas ele não me atendeu nenhuma vez. Desisti. Terminei de cozinhar tudo com a e já eram quase oito da noite.
Enquanto ela tomava banho que o me ligou.
- Alô?
- Amor, tudo bem?
- Oi, amor. Tudo. E você?
- Estou bem cansado. Ensaiamos o dia todo quase. O lugar aqui é bem diferente.
- Ah, você relaxa de noite, amor.
- Amor, o vai chegar antes que eu. Ok?
- Como assim, ?
- É... O Fletch e o presidente da empresa querem falar comigo.
- Hum, ok! - achei super estranho, mas concordei.
- Então vou comer. Daqui a pouco a gente vai se arrumar. Beijo, amor. Amo você.
- Eu também.
Desligamos e a desceu. Expliquei o que o me falou e ela também achou super estranho. Resolvi deixar para lá e subi tomar banho.
Lavei o cabelo e me banhei. Saí enrolada na toalha, sequei o cabelo e o prendi em um coque mais frouxo. Peguei a minha roupa, uma blusa tomara-que-caia vermelha, um jeans preto e vesti. Prendi o cabelo em uma trança lateral e deixei a franja de lado. Fiz uma maquiagem leve, marcando mais os olhos. Coloquei o meu colar com o símbolo do infinito e calcei o meu scarpin preto.
Desci e vi a arrumar a mesa.
No tempo em que o não chegava, ficamos conversando e vendo fotos nossas. Somos amigas desde os quinze anos e temos muito o que contar...
’s POV
Odeio mentir para a , mas dessa vez está sendo necessário. Não passei a tarde ensaiando. Saí com o e os caras. Comprei os presentes dele, os dela e ainda para a minha família e a .
Agora estamos indo comer em algum lugar para depois ir ensaiar e fazer o show. Lá pelas onze horas, o vai para a casa dele com a e eu vou para a minha preparar a surpresa da .
’s POV
Eram onze e meia quando o chegou. Jantamos, trocamos presentes e rimos muito. Ganhei um sapato da e uma pulseira de . Até o saiu no lucro e ganhou uma coleira linda. HAHAHA, é! Para a , dei um colar com um "J" e para o , um vale-presente em uma loja que ele adora. Eu não sabia o que comprar mesmo.
Quando eu estava indo ajudar a com a louça, o ligou.
’s POV
Cheguei a casa cheio de caixas de presentes. Coloquei os dos parentes embaixo da árvore, tomando cuidado para não misturar uma caixinha em especial. Tomei banho, arrumei-me e passei o perfume que ela mais gosta. Quando tudo estava pronto, liguei para ela.
- ?
- Oi, amor - ela disse empolgada.
- Amor, vai lá em casa, pega uma roupa para mim e vem aqui me buscar?
- Roupa para que, amor? - eita, porra. E agora?
- É... Que essa ficou muito nojenta e não estou com coragem de sair daqui assim.
- Ok. Aí a gente volta aqui para a , né?
- Aham - BEM CAPAZ, !
- Estou indo. Beijos.
- Beijos.
Ela desligou, entrei no meu devido lugar e fiquei esperando-a chegar.
’s POV
- , vou levar uma roupa para o e de lá a gente volta. Ok?
- Tudo bem, amiga. Esperamos você.
- Ah, amiga... Posso deixar o ?
- Claro.
- Então ‘ta. Daqui a pouco volto. Beijos.
- Beijos!
Ela gritou. Eu estava saindo já. Vesti o meu casaco comprido e fui para casa, achando tudo muito estranho. Porém quando vem do , não duvido de nada.
Logo que entrei em casa, dei de cara com uma caixa enorme vermelha bem no meio da minha sala. Tinha uma plaquinha grudada nela: "Para ".
Eu não disse que o estava aprontando? É, eu disse.
Quando cheguei bem perto, ela se abriu sozinha e de lá saiu um sorridente com uma caixinha na mão. Ele pulou para fora da caixa e, antes que eu dissesse alguma coisa, ajoelhou-se na minha frente.
- Feliz natal, amor. Casa comigo?
EU JURO QUE EU NÃO ESPERAVA ISSO! CASAR?! AAAAAAAH!
- , ... - começaram a sair lágrimas dos meus olhos.
- Não chore, amor, mas me responda - ele riu e estendeu a caixinha com um anel de noivado lindo dentro.
- Sim, sim. Mil vezes - levantei do chão. Ele colocou o anel no meu dedo e me abraçou.
- Eu te amo - foi o que ele sussurrou no meu ouvido antes de me beijar.
separou os nossos lábios e me olhou.
- Cadê o ?
- MEU DEUS! Ele está na e... - ele me deu um selinho e me pegou no colo.
- Deixe-o lá. Só assim posso aproveitar você...
Ele subiu as escadas comigo, rindo, e o resto... Já faz parte de outra história mais restrita. Não é mesmo? HAHAHA!
Fim
Nota da autora: Bom, meninas, é a minha primeira fic aqui e espero muito que vocês gostem. Desejo a você que está lendo isso um feliz natal e um ótimo ano novo.
E, ah, quero agradecer à minha amiga linda, @jessica_vsz. OBRIGADA POR TUDO! E à beta querida, Ana! Obrigada por aceitar a minha fic!
Beijos. ;*