Prólogo - But whose side you fighting for?



Uma mulher corria com um recém-nascido nos braços enquanto pessoas a perseguiam com pedaços de pau, tochas, barras de ferro, espingardas ou qualquer tipo arma que podiam ter para se ferir alguém.

– Venha por aqui. – chamou uma menina de cabelos longos e com vários cachinhos nas pontas; ela era magra, seu vestido salmão estava imundo nas barras, as mangas estavam rasgadas, em seu pescoço e peitos estavam sujos de sangue, assim como seus lábios e queixo.

A mulher a seguiu até um casebre; assim que a mulher entrou com a criança nos braços, a menina fechou a porta e colocou um pedaço de madeira bem grosso atrás dela, a trancando.

– Fuja com seu irmão, ele não pode morrer. – falou a mulher entregando a criança aos braços da menina.
– Mas, mãe, e você?
– Vou ficar bem, só fuja daqui depressa antes que te achem.
– Não irei sem você. Acabamos de perder o papai e não quero te perder também. Por favor, vamos fugir. – a menina estava chorando agora com a criança em seus braços.

Era um menino lindo, ele era tão inocente, brincava com os cabelos da irmã que caiam sobre seu rosto, estava enrolado em uma manta cor vinho. De repente houve um barulho monstruoso na porta e ela se abriu, então um garoto passou por ela. A menina levou um susto e ficou em posição de ataque, protegendo o irmão, mas logo cessou quando reconheceu o menino que estava de pé na porta.

– Trevor, você me assustou. O que faz aqui ainda? Já era para estar longe. – disse a menina colocando a mão no peito e checando se o pequenino irmão estava bem, realmente havia levado um susto com a presença inesperada do jovem.
– Não iria embora sem você. – respondeu apreensivo se aproximando agora.
– Mas o que é isso em seu ombro? – a menina diminuiu a distância entre os dois e viu uma mancha de sangue na blusa rasgada.
– Não é nada. – Trevor recuou, colocando a mão encima do ferimento.
, vá. Vou tentar detê-los. – disse sua mãe escutando alguns gritos se aproximarem. – Eles estão próximos agora.
– Mas... – a menina tentou argumentar, não queria deixar sua amada mãe ali para morrer.
– Mas nada, vá. – ordenou a mulher.

e Trevor saíram do casebre correndo o mais rápido que conseguiam, não podiam passar pela cidade, pois estava um caos tremendo, então entraram no meio das árvores e se perderam na escuridão da noite. Os dois jovens não paravam de correr nenhum momento se quer, mas foi preciso quando alguém pulou na frente deles bloqueando o caminho. reconheceu o homem rapidamente.

– O que quer, Niklaus? – perguntou apertando o recém-nascido entre os braços.
– O menino. – disse a atacando.
– Nunca! Trevor, o leve daqui. – disse recuando e jogando a criança nos braços do garoto.

pegou uma faca que tinha debaixo da longa barra de seu vestido, Klaus veio para cima dela, tentando avançar em seu pescoço, mas ela se defendeu do golpe, a lâmina de sua faca fez um pequeno corte no rosto dele. O homem recuou um passo e limpou o sangue com a manga de seu casaco de veludo azul marinho, ele deu um sorriso encarando seu novo desafio, novamente partiu para cima da menina. Os dois começaram a brigar, o homem se agachou, seus olhos começaram a ficar amarelos e começou a se transformar em um animal, um lobo. não queria ficar ali para ver o final da transformação, pegou Trevor, que assistia a luta, pelo braço e saiu o arrastando dali. A menina escutava apenas os passos dos dois pela relva seca, os estalos das folhas sob seus pés apressados. escutou um uivo forte não muito longe deles, ela olhou para trás, mas não viu nada, não demorou muito até que eles escutassem passadas largas e pesadas no solo se aproximando rapidamente.

– Trevor, sai aqui com ele. AGORA. – gritou vendo que só um deles teria chance de sobreviver. – Vou tentar detê-lo, mas você tem que fugir sem olhar para trás. – ela não esperou a resposta do amigo, apenas parou de correr e se virou, agora já conseguia enxergar os olhos amarelos brilhantes que vinha em uma velocidade incrível.

Trevor olhou para trás vendo a amiga parada, depois algo preto e enorme a derrubando, mas continuou correndo com a criança nos braços, afinal aquele teria sido o último pedido de ; que ele salvasse seu irmão. Ele correu por horas até chegar a uma cidade, foi caminhando até que achou uma casa grade e rústica, ela estava abandonada.

Capítulo Um - One life to live



Mais um dia entediante como os outros, esses anos estavam sendo realmente irritantes, já tinha mais de 1 século que eu não saia de casa. Bem... Depois que consegui fugir de Niklaus, encontrei Trevor com em uma casa abandonada em Mystic Falls. Sabe aquele machucado que ele tinha no ombro? Então, era uma mordida de lobisomem. Acabou que tive que enfiar uma estaca em seu peito, ele estava ficando louco e queria nos atacar de qualquer forma.
Nunca tive coragem de escrever isso antes, sinto que tem de ficar gravado em algum lugar, algum lugar que eu não possa me esquecer. fala que é bobeira escrever nossas memórias já que somos eternos e sempre teremos novas recordações. Meu irmão ao passar dos anos vai ficando cadê vez mais insolente, mas ele vai se ver comigo.
Desde quando cheguei consegui persuadir o conselho da cidade a nos aceitarem, estamos vivemos em paz aqui, eles sabem o que nos somos e nunca fizeram nada contra. Digamos que fizemos um acordo que em troca de eu fornecer verbena, eles me fornecessem sangue, então o acordo foi feito. Tirando as pessoas do conselho, ninguém mais sabia da nossa existência e comigo aqui na cidade não teria nenhum outro vampiro. O Sr. Lockwood falava que confiava em mim para deixar sua cidade longe de qualquer criatura que trouxesse problemas, passando as gerações o conselho foi se esquecendo quem nós realmente éramos, me tratavam como uma humana e eu já fazia parte deles. Fiquei agradecida por isso, afinal aquilo me fez sentir menos uma criatura da escuridão.
Hoje vai ser o meu primeiro dia de aula na escola do , ele nem sabe ainda, mas essa é a única forma de eu vigiar as merdas que ele anda fazendo. Acho que por enquanto é só. Até mais tarde diário.


Fechei meu pequeno livro de veludo preto e fui me vestir. Assim quando terminei desci com meu material.

– Aonde você vai? – perguntou assim que me viu, ele estava de pé na porta da frente.
– Sair. Dá licença. – falei passando por ele que estava atravancando minha saída.

Soltei um risinho quando vi a cara de raiva dele. Que bom! Depois de tanto tempo sair de casa novamente era rejuvenescedor. Respirei fundo o ar puro e fui caminhando até a escola. O sol da manhã estava aconchegante. Algumas pessoas me olharam, afinal, a maioria delas não me reconhecia, não, na verdade nenhuma delas me reconhecia, eram apenas crianças. Assim que cheguei à escola bateu o primeiro sinal, não fui procurar meu armário, se não ficaria atrasada. As duas primeiras aulas foram de matemática, minha terceira era de historia, só para variar foi junto com meu irmão.

, o que você está fazendo aqui? – perguntou ele agarrando meu braço com força e me puxando para um canto.
– Estudando, conhecendo pessoas novas. O que mais eu poderia estar fazendo aqui?
– Me vigiando! O que mais poderia ser?! – ele estava irritado.
– Estou mesmo, então é melhor andar pianinho comigo. – falei com calma e sai andando deixando ele para lá.

Fui sentar-me na primeira cadeira vaga que achei, coloquei meu caderno sobre a mesa e fiquei esperando até que a aula começasse. Vi um menino entrar na sala, seus olhos verdes se encontraram diretamente com os meus. "Quem era ele?". Essa pergunta martelou em minha cabeça. O professor entrou logo atrás, mandando todos se sentarem. Olhei discretamente para trás e o vi falando com meu irmão. Dei um sorriso por saber que eles eram amigos. Mas como que o nunca me falou de seus amigos antes? Peste. Os restos das aulas passaram como um flash. Logo chegou a hora do almoço e vi meu irmão sentado em uma mesa conversando com mais dois meninos. Não fui até eles, mas fiquei escutando a conversa de longe.

em! – zuou um menino forte dando-lhe um soco no braço. – Quem era aquela gostosa que você estava falando na terceira aula?
– Tenha mais respeito quando falar dela. É minha irmã. – o fuzilou com os olhos.
– Você não disse que tinha irmã. – um loiro que estava sentado a sua frente falou.
– Ela chegou agora nas férias.
– E de onde ela é? – o mesmo loiro perguntou.
– Espanha. Vocês vão ficar fazendo um questionário inteiro sobre a minha irmã?! – perguntou irritado. – Se está afim dela vai e chega nela!
– Calma cara. – o menino forte falou. – Mas se ela der condição.

Bando de garotos ridículos. Sai andando. Ficar escutando aquela conversa estava me enjoando. Vi o tal menino dos olhos verdes encostado em uma arvore não muito longe dali. Ir lá falar com ele não vai fazer mal a ninguém, não é? Quando estava me aproximando ele sumiu em um piscar de olhos. Gente será que estou ficando maluca ou algo do tipo? Olhei para os lados procurando por ele ou algum lugar para onde podia ter ido, mas não encontrei nada. Voltei e decidi ir até meu irmão.

, não vai me apresentar seus amigos? – perguntei o que fez ele olhar de rabo de olho para mim.
– E precisa?
– Irmãozinho, às vezes você é tão mal educado.
– Prazer, sou Tyler. – disse o fortão se levantando.
– Oi. – dei um meio sorriso. – .
– Esse é o Matt. – disse ele se referindo ao loiro.
– Olá, Matt. – acenei com a mão.
– Oi, meninos. – falaram duas meninas se aproximando.
– Oi. – Matt disse se referindo a mim. – Oi, . Oi, .
– Queremos saber se vocês vão ao baile. – perguntou um das meninas. – Você quem é? – se virou para mim.
– Irmã do emburrado aqui. – disse só para provocar o e ainda baguncei seu cabelo.
– Ah, valeu, ! – resmungou passando a mão no próprio cabelo tentando arrumá-lo.
– Prazer. Sou e essa é a . Fazemos parte do comitê da escola. – a menina tinha um sorriso no rosto.
– Legal.
– Você quer entrar? Estamos precisando de garotas para ajudar. – perguntou.
– Ela não vai querer. – me atravessou.

Olhei para ele indignada.

– Quero. – falei só de implicância.
– Legal. – sorriu. – Nos encontramos depois da aula então?
– Sim.
– E vocês, meninos? Tem treino hoje à tarde, né? – estava dando pulinhos, o que me fez soltar uma pequena risada.

Essas meninas de hoje em dia tem tanta… er… disposição?

– Temos. – disse Tyler.
– O Stefan vai? – perguntou .
– Deve ir. – respondeu meu irmão de mal humor.
– Não liguem. Ele acordou meio raivoso hoje. – baguncei mais uma vez os cabelos dele.
– Que merda, ! – esbravejou e saiu dali quase furando o chão.
– Com licença. – sai correndo atrás dele. – , espere. – falei em um tom autoritário.
– Quem você pensa que é? Chega aqui na minha escola, achando que pode conversar com meus amigos e ainda fica me zuando na frente deles?! – cuspiu as palavras na minha cara e continuou andando nervoso.
– Não foi a minha intenção. , espera ai. Eu só estava brincando com você! Que droga. !
– Vai se ferrar! Por que você não some da minha vida? – agora ele parou e olhou diretamente nos meus olhos, dava para sentir a fúria dele a distância!
– Vida, que vida? Você não tem vida! Você está morto, se esqueceu. A não ser que você pare de beber sangue, ai sim vai se torna um humano, mas irá perder seus poderes, força... – antes deu acabar de falar ele me empurrou. – Qual é o seu problema?
– Meu problema é você!
– Claro! Sou seu grande problema! Eu que te mantive vivo durante esse tempo todo e eu sou o problema? – nos estávamos brigando no meio do corredor, mas a discussão era estranha, nos discutíamos em voz tão baixa que era difícil alguém escutar.
– Para você jogar na minha cara nem precisava, preferia estar morto de verdade!
– Ingrato! – sai andando depressa dali antes que voasse em cima dele!

Quando virei o corredor bati de frente com alguém. havia me deixado mesmo irritada ao ponto de nem perceber por onde estava andando.

– Desculpe, você se machucou? – perguntou o menino me segurando para que eu não caísse.
– Não, tudo bem. – respondi olhando para baixo, meus olhos não deveriam estar muito compatíveis com a natureza humana no momento.
– Você está bem? – perguntou me soltando.
– Uhum. – continuei olhando para baixo. – Com licença. – voltei a andar depressa.

Capítulo Dois - My eyes are painted red



Eu e o não estávamos nos falando desde aquele dia na escola. Entrei para o comitê do colégio. Sempre depois das aulas eu ajudava as meninas com os preparativos para o baile.
Esse já é o quinto dia que fiquei sem tomar sangue, minha garganta estava seca e queimava, minha pele parecia de porcelana de tão branca que estava ficando e estava fraca demais! Tudo por causa da minha briga idiota com o , ele escondeu a chave do frízer, além de acorrentar ele todo e trancá-lo no porão. Eu podia ter arrancado arrombado à maldita porta e arrancado aquelas correntes quando ainda tinha força, mas agora... Não consigo nem empurrar a merda da porta de madeira. Quando fui reclamar com ele, sabe o que o ridículo disse: "Se está com fome vá caçar um coelho ou se preferir pegue alguém na cidade." A minha vontade foi é de caçar ele! Avançar na jugular do maldito e sujar todo seu sangue. Que raiva!
Hoje a noite é o baile e eu não vou. Depois continuou escrevendo, a campainha está tocando.


Guardei meu diário e desci para atender a porta.

– OI! – e gritaram juntas.
– Oi? – falei desanimada, não estava acreditando aquela elas estavam ali.
– Viemos garantir que você vai ao baile. – falou já entrando e logo atrás.
– Já falei que não quero ir. – eu ainda estava parada segurando a maçaneta da porta.
– E por quê? Podemos saber? – colocou as mãos na cintura.

Porque estou meio fraca, meu irmão trancou o frízer para implicar comigo e estou há cinco dias sem me alimentar. Isso serve? Ah sim, esqueci de falar, que estou quase no ponto de avançar em vocês! Isso serve?

– Não tenho par e além do mais não estou muito bem.
– Ah, para de onda! Vamos. – saiu me puxando para o segundo andar da casa. – Onde é seu quarto... – ela se interrompeu quando passou pelo quarto do e o viu só de toalha. – Que saúde em.
– Oi. – ele deu um sorriso safado bagunçando seu cabelo molhado. – O que fazem por aqui? – perguntou caminhando até a porta e se encostando ao batente de braços cruzados.

Realmente meu irmão era uma ESTRADA de mau caminho.

, tenha modos na frente das meninas! – repreendi.
– Mas em... O que fazem por aqui? – ele me ignorou por completo.
– Elas vieram garantir que vou ao baile da escola. – respondi.

Ele me olhou atravessado.

– Você não acha que está muito velha para isso? – deu uma risada sarcástica. – Fiquem a vontade. – disse e fechou a porta.

As meninas se derreteram.

, vá vestir algo. – falei e sai puxando as meninas que estavam babando.
,seu irmão é lindo. – disse assim que entramos no quarto.
– Lindo vai ser o tapa que vou te dar se continuar babando no meu irmão. Vamos nos arrumar?
– Então você vai mesmo? – abriu um sorriso.
– Vou. Vocês vão de que?
– VESTIDO! – elas gritam juntas. Elas tinham mesmo que gritar?
– Tá. – fui para meu closet.

Bem, a vantagem de ser uma vampira é que pode fazer tudo rápido e foi exatamente o que fiz, me arrumei rapidamente, sai de lá impecável.

– Nossa. – falou assim quando me viu. – Você nem precisa de um par, quando chegar lá todos os meninos vão cair aos seus pés.
– Não exagera, menina. – falei achando aquilo pura bobeira. – Anda logo! Vou ter que ajudar vocês duas? Nem estão vestidas ainda.

Ajudei as meninas a se arrumarem. Ficaram lindas; com o vestido rosa e com o vestido azul.

– Vocês estão lindas. Vamos? – perguntei.
– Vamos.

Saímos do meu quarto. Demos de cara com Tyler e Matt no corredor.

– Oi. – , eu e falamos juntas.
– Nossa. Vocês estão incríveis. – Tyler nos secava.
– Vamos. – saiu nos puxando.

Fomos no carro de . A festa estava exatamente como imaginávamos, estava tudo ótimo, até que senti um cheiro estranho, não tão estranho assim. Sangue! Merda! Merda! Merda! Senti meus dentes começarem a se expor, minhas pupilas a dilatar e as veias pulsarem com mais intensidade. Sai de perto das meninas com certa urgência. Droga. Fui para o lado de fora e me encostei-me à parede, estava fraca demais. Tentei respirar fundo, mas estava sufocada demais. Me senti meio tonta.

– Você está bem? – escutei uma voz me perguntando.

Minha testa estava encostada na parede fria e eu ainda parecia um monstro com aquelas veias pulsante envolta de meus olhos e meus caninos expostos. Respirei fundo e olhei para a pessoa, já normal. Estava ele ali, o menino dos olhos verdes.

– Mais ou menos. – respondi ainda arfando.
– Precisa de ajuda?
– Não, vou... – minhas pernas falharam. – Ficar bem. – completei quando senti suas mãos passando pela minha cintura impedindo que eu caísse.
– Você parece tonta.
– É só uma vertigem. – coloquei a mão na testa, realmente estava muito tonta.
– Venha, vamos nos sentar ali. – ele se referiu a um banco de madeira.
– Não precisa.
– O que está acontecendo? – apareceu na nossa frente. – , o que foi?
– Tô passando mal, não está vendo?! – o fuzilei, afinal estava assim por causa dele!
– Vamos embora. – falou pegando meu braço. – Obrigado, Stefan.
– Me solte, . Não preciso da sua ajuda! – puxei meu braço e sai correndo.

Correndo até bem demais para quem estava passando mal. Entrei no meio do mato e corri até o cemitério. Tinha uns adolescestes perdidos por ali. Eu ia atacá-los, minhas presas já estavam expostas. Assim quando mencionei a fazer, escutei um barulho no mato e sai dali retomando minha consciência do absurdo que iria cometer. Fui para a cidade e vi um morador de rua dormindo debaixo de um banco. Não consegui mais me controlar, ataquei o coitado sugando todo seu sangue até a última gota. Pareci um animal. Me senti revigorada, viva! Peguei o corpo, o queimei e taquei as cinzas no rio, não podia deixar vestígios. Tanto tempo que não me alimentava daquele jeito que acabei me sujando toda. Voltei para casa, coloquei a roupa para lavar e tomei um banho.

Capítulo Três - Those who came before



Sábado. Estava preparando o almoço. iria trazer um amigo para fazer um trabalho aqui, então tínhamos que agir como pessoas normais. A campainha tocou e fui atender. Assim que abri a porta fiquei meio que paralisada. Ele estava ali.

– Oi. – disse sorrindo para mim. – O está?
– Er... Está sim. – abri espaço que passasse.

Stefan ficou parado na varanda. Ele não ia entrar?

– Você ficar parado ai? – perguntei. – Vou chamar o . – sai andando.

Regra número #1: Nunca convide ninguém para dentro de sua casa, à menos que você tenha certeza que ele não seja um vampiro maluco.

Subi as escadas correndo.

, o Stefan está lá embaixo. – falei abrindo a porta do quarto.
– Manda ele entrar e fala que já estou descendo.
– Eu não. – sai e fechei a porta. Desci as escadas correndo. – Stefan você vai ficar parado ai a vida toda? O já vai descer. Entra. – EU FALEI! maldita boca, eu mandei ele entrar! Burra!
– Vou esperar ele aqui mesmo. – deu um sorriso. – E você está melhor?
– Melhor?
– É, aquele dia na festa você estava passando mal.
– Ah sim. Melhorei. – sorri.

Ele era encantador. desceu as escadas que nem um cavalo.

– Fala ai, Stefan. A minha irmã mal educada não te convidou para entrar?
– Convidou, mas preferi esperar aqui fora.
– Entra logo, ela não morde, a não ser quando está com fome. – falou olhando para mim.
– Não vou falar nada. – voltei para a cozinha. – Venham almoçar primeiro antes de começarem a fazer o trabalho. – avisei.

Stefan e se sentaram à mesa.

– Espero que você goste de frango assado. – coloquei o tabuleiro com o frango encima da mesa
– Adoro. – Stefan deu um sorriso fofo. Ah meu deus! Ele é lindo.

Peguei o suco e coloquei encima da mesa. Como que em todas as bebidas daqui de casa, essa também contém verbena. Era uma forma para ficarmos mais resistentes. Me sentei na ponta da mesa. nos serviu. Dei uma longa golada em meu suco e comecei a comer, mas me assustei quando Stefan começou a tossir.

– O que foi? – perguntei assustada.

Ele estava quase colocando o pulmão para fora.

– Stefan. – me levantei e fui até ele. – pegue um pouco de água.
– Não! – Stefan falou com sua voz esganiçada.
– Então beba um gole de suco. – falei pegando o copo.
– Não. – ele continuava tossindo.
– Vem, levanta. – o puxei. – Tente respirar. Com o que você se engasgou?

Ele não respondia.

, faz alguma coisa!
– Daqui a pouco ele melhora. – continuou sentando a mesa comendo como se não estivesse acontecendo nada.
– Arg! Stefan, beba alguma coisa. – estava me dando agonia de vê-lo daquele jeito.

Peguei um copo e coloquei um pouco de água da pia.

– Beba.
– Onde é o banheiro?
– Sobe as escadas, é a primeira porta a direita.

Ele saiu da cozinha em disparada.

– É, irmãzinha, você quase matou meu amigo.
– Pelo menos tentei ajudar! Pior você que ficou ai parado olhando o menino morrer engasgado.

Stefan não demorou muito para voltar.

– Você está bem? – perguntei.
– Melhor.
– Que bom. – sorri.

Ele se sentou e voltou a comer, mas não tocou no copo de suco. Acabamos o almoço. Os meninos foram fazer o trabalho na sala e eu fiquei no meu quarto o resto do dia. Quando desci Stefan ainda estava lá, mas já saindo.

– Já vai, Stefan? – perguntei vendo que estava parado na porta.
– Já.
– Então vamos sair juntos. Vou me encontrar com as meninas. – falei já no pé da escada.
– Ok. Tchau, . – ele acenou para meu irmão.
– Tchau, Stefan. Cuidado com minha irmã, ela é perigosa.
– Não sou você, irmãzinho. – dei um sorriso amarelo. – Vamos, Stefan.

Fomos andando em silêncio por um tempo.

– Não ligue para as coisas que o fala, ele faz aquilo só para te irritar. – Stefan falou começando a puxar assunto.
– Eu sei. Isso tudo porque fui estudar na escola de vocês. – dei de ombros.
– Não sabia que ele tinha uma irmã.
– Ninguém sabia, ele não fala de mim, pelo menos é o que parece. – disse olhando para o céu estrelado. – A noite está bonita.
– Você gosta de ver as estrelas?
– Sim, há anos que não as observo. – sorri. – Quando era mais nova eu me deitava no gramado do campo e ficava as observando durante horas. Me perdia nelas.
– Você era da Espanha, não é?
– Sim, sim.
– É. Chegamos. – me dei conta que estávamos na frente de uma casa.
– Stefan, meu irmão. – um moreno falou ao abrir a porta. – Quem é a acompanhante de hoje? – perguntou olhando para mim.
– O que está fazendo aqui, Damon? – Stefan estava nervoso, dava para sentir em sua vibração.
– Acho melhor eu ir embora. – falei, não queria me intrometer na tensão entre eles.
– Qual é o seu nome? – escutei Damon perguntar quando me virei.
. – respondi sem olhar para trás. – Tchau, Stefan.
– Tchau.

Capítulo Quatro - Today I heard the news



tinha saído para ir ao pub junto com os meninos do Time. Me arrumei e fui até lá, afinal as meninas também tinham ido.

– Ei, ! – acenou para mim quando cheguei.

Senti um par de olhos encima de mim e vi Damon sentado no bar me olhando. Não falei com ele de momento, apenas fui até as meninas.

– Você tem que sempre sair assim tão arrumada? – me perguntou. – Desse jeito vou sentir que sou um lixo perto de você.
– Larga de ser boba. – a empurrei devagar.
– Vamos jogar sinuca. – pegou nossos braços e saiu nos puxando.
, você é impossível. – falei rindo.
– Concordo. – também riu.
– Posso jogar com vocês? – me virei para ver quem era.
– Damon, é claro. – sorri.

Ficamos jogando sinuca, até que Damon era simpático, não, não, não, reconfigurando, ele era muito simpático, tirando que era lindo demais!

– Meninas, eu acho que já vou. – disse colocando o taco em cima da mesa.
– Já? Está cedo ainda. – fez um biquinho.
– Sim! – apertei as bochechas dela. – Nem está tão cedo assim, são duas da madrugada já. E tenho que achar meu irmão. – falei passando os olhos pelo pub e não o localizando. – Ele sumiu.

Escutei um baralho do lado de fora do pub.

– Gente, está tendo uma briga lá fora. – disse ficando na ponta dos pés e olhando para o lado de fora. – Vamos lá.

Corremos para fora.

– Achei o . – torci o nariz, era ele quem estava brigando. – , para com isso. – falei, mas ele não me deu atenção. – Que merda! Eu já disse para parar! – agora o puxei pela camisa.
– Me larga! – ele me empurrou com força fazendo que eu caísse encima do carro.

Mas foi com tanta força, que o vidro quebrou e cortou meu braço.

– Que merda, ! – xinguei passando a mão na ferida que já se cicatrizava.
– Você está bem? – Damon veio em até mim. – Você se cortou. – falou ao ver sangue em minha blusa clara.
– Me cortei? – me fiz de sínica. – Onde?
– Sua blusa está suja.
– Mas eu não me cortei. Tenho que ir. – agarrei pelos braços, ele ainda brigava, mas agora tinha me irritado. – Se você der um pio, vou quebrar todos seus ossos. – resmunguei.

Eu arrastei aquele imbecil de volta para casa.

– Você tem o que na cabeça. Merda? Titica de galinha? Estrume? Você podia ter matado aquele menino! Já viu o tamanho da sua força, seu animal?! – eu estava cuspindo fogo. – Além do mais nos expos na frente das pessoas!
– Cale a boca! – gritou comigo, na mesma hora dei um tapa em sua cara. Se usasse mais um pouco de força teria arrancado a cabeça dele.
– Abaixe esse tom de voz comigo, seu moleque! Não vou admitir que fale desse jeito comigo!
– Vai para o inferno, garota! Você acha que é minha mãe para mandar em mim?! – ele me empurrou. – Já mandei você sumir da minha vida! – subiu para o quarto dele.
! – gritei no pé da escada. Escutei a porta de seu quarto batendo. – Está uma semana de castigo! – não tive resposta.

Sai de casa batendo a porta, sentei nos degraus da escada da varanda e comecei a chorar, mas chorar de raiva! Minha vontade era de arrebentar aquele garoto idiota!

– Briga de família? – escutei a voz de Damon.

Levantei a cabeça e o vi parado na minha frente.

–Acho que já passou por isso. – falei.

Ele se sentou ao meu lado.

– Eu e o Stefan também brigamos, faz parte.
– Nós nunca fomos de ficar brigando desse jeito. Não sei o que está acontecendo com ele.
– Isso é fase, daqui a pouco passa.
– Se o daqui a pouco for à eternidade to ferrada. – resmunguei.
– Falou alguma coisa?
– Disse que tenho prova segunda e estou ferrada.
– Ah sim. Você é da mesma sala que o Stefan, né?
– Uhum.

Começamos a conversar.

– Até que enfim meu irmão conheceu uma menina descente! – Damon deu uma risada.
– Ah, para!
– Será que você é mesmo real? – ele me beliscou. – Só estava checando para ver se era de carne, vai ver que é uma alucinação de mulher perfeita! – dei uma gargalhada e um tapa em seu braço. – Mão de ferro. – resmungou passando a mão no lugar que bati.
– Me desculpe, é que estou acostumada a bater no , não medi minha força. – falei e quando fui passar a mão em seu braço nossas mãos se tocaram.
– Você é bem extrovertida. Quantos anos você tem?
– 18. Sou novinha ainda. – de novinha eu não tinha nada. – E você?
– Minha idade podemos deixar a parte.
– Está escondendo o jogo. Você deve ser o pai do Stefan com umas plásticas muito bem feitas.
– Engraçadinha você, não? – Damon sorriu. – Bonito anel. Posso ver? –perguntou olhando para minha mão que repousava sobre meus joelhos.
– Er... Claro. – estava à noite e não tinha problema algum em tirá-lo. Afinal esse anel era só para me proteger do sol. – Tome. – entreguei a jóia na mão dele.
– Muito bonito. Quem te deu?
– Minha mãe. – falei.

Esperei Damon me devolver, mas estava demorando tempo de mais com meu anel na mão.

– Gostou?
– Sim. – disse fechando a mão com a jóia dentro. Droga.
– Pode me devolver agora? Sinto que minha mão fica pelada sem ele.
– Quem você está tentando enganar? – perguntou se levantando.
– Damon, do que está falando? – me levantei também. – Devolva meu anel.
– Você sabe muito bem do que estou falando. – indagou.
– Damon, me devolva isso agora! – falei já nervosa.
– Vem pegar. – pulei encima dele, mas Damon me segurou.

Suas mãos seguraram meus braços com firmeza. Ele era um vampiro ou um lobisomem. Porque com essa força só poderia ser um dos dois.

– O que você é? – perguntei o olhando nos olhos.
– O mesmo que você. – suas presas apareceram.
– Como? – fiquei meio confusa, como não percebi isso antes? Tentei puxar meus pulsos, mas ele não soltou, então o joguei no chão. Damon podia ser forte, mas não quanto eu. – Agora devolva meu anel se não arranco seu coração. – rosnei mostrando minhas presas.
– Quantos anos você tem?
– Não interessa. Agora devolva meu anel e saia da cidade.

Damon soltou o anel, o peguei e coloquei em meu dedo.

– Se descobrir que você atacou alguém na cidade não vai ficar vivo para contar o final da história. – falei e entrei em casa.

Estava meio atordoada com tudo aqui, tinha que digerir os fatos recentes. Subi correndo para meu quarto, tomei um banho e acabei pegando no sono depois de horas olhando o mesmo ponto no teto.

Capítulo Cinco - One love to give



Stefan estava me evitando na escola. Podia sentir que quando eu o olhava ele desviava o olhar. Damon deve ter dito algo. Tinha que esclarecer as coisas. À noite não estava conseguindo dormir. Me vesti e fui até a casa dele. Bati na porta e Damon que a atendeu.

– O que quer? – perguntou com desprezo quando me viu.
– Vim falar com o Stefan, ele está?
– Tá no quarto.
– Com licença. – falei já entrando.
– Mal educada, nem esperou para ser convidada.
– Não preciso ser convidada aqui. Onde é o quarto?
– Venha. – Damon me guiou.

A casa era muito bonita por dentro.

– Stefan, você tem visita. – Damon abriu a porta para que eu entrasse.
– Desculpe vir a essa hora, ainda mais sem avisar. – falei.
? Ah não, tudo bem. – Stefan estava só de calça de moletom deitado na cama.

Ele se sentou já vestindo uma camisa.

– Obrigada, Damon. – agradeci à ele que saiu e fechou a porta do quarto. – De verdade, me desculpe.
– Pelo o que?
– Por ter vindo assim. Você anda me evitando, só queria saber o porquê. Isso está me deixando irritada.
– Não. – disse se levantando. – Não se desculpe por isso.
– Então me diz por que anda me evitando?!
– Damon me contou o que aconteceu.
– Ele contou. – olhei para o chão, me coração batia mais rápido a cada palavra dele. Eu não podia gostar desse menino. Por que fiquei tão nervosa por ele ter dito que sabia a verdade sobre mim? – Acho que foi uma má idéia ter vindo aqui.
– Da proximidade de vocês. Não quero atrapalhar em nada que possa vim a acontecer.
– Ele disse o que? – maldito, qual era a dele? – Que estávamos próximos?!
– Uhum.
– Stefan, você não atrapalha em nada, muito pelo contrário, adoraria passar algum tempo contigo, queria ser sua amiga... – E algo mais. – Mas acho que não vai dar.
– Por quê?
– Porque estou indo embora. – dei um beijo em sua testa.
– Para onde você vai? – perguntou segurando minha mão.
– Tenho que voltar para a Espanha. Sabe, tenho uma vida lá. – menti e ainda dei um meio sorriso.
– Por que você não constrói uma vida nova aqui? Não vá.
– Preciso ir. Tchau, Stefan.
– Tem certeza disso? – ele ainda segurava minha mão.
– Uhum. – desviei o olhar.

Stefan segurou a ponta de meu queixo e levantou meu rosto. Os olhos dele era realmente os mais lindos que eu já tinha visto. Era um verde esmeralda. Fechei os meus olhos com a proximidade de nossos rostos. Senti os lábios dele tocarem suavemente os meus iniciando um beijo calmo, nossas línguas se tocaram com fervor, o beijo de calmo estava começando a ficar mais intenso, mas decidi me separar.

– Não. – sussurrei colocando um dedo nos lábios dele antes que falasse algo.

Sai do quarto sem olhar para trás, eu não sabia direito o que estava fazendo.

– Para onde você vai? – perguntou Damon sentado no sofá com um copo de Uísque na mão.
– Acho que também te devo desculpas. Então... Me desculpe pelo jeito que te tratei. Tchau, Damon. E além do mais, nós não temos nada! – quando me virei em direção à porta ele estava lá.
– Tanto faz. Por que está indo embora?
– Porque esse lugar aqui não me pertence mais. Cuida bem disso tudo, tá? – dei um tapinha em seu ombro, não estava mais com raiva dele por ter dito aquilo a Stefan.
– Nos vemos por ai então. – ele deu um sorriso safado.

Que sorriso, ele era atraente, charmoso e sedutor. Um verdadeiro tesão. Tive que me concentrar para poder manter o foco e dar o fora dali o quanto antes.

– É. Quem sabe nós nos esbarramos pelas noites. – dei o mesmo sorriso sujo e passei por ele indo para a porta.
– É, quem sabe. – foi a ultima coisa que escutei antes de sair.
Voltei para casa e fui pra arrumar minhas malas.

– O que você vai fazer com essas roupas? – perguntou parado na porta do quarto. – Vai embora?
– Para a sua felicidade sim. Vou cuidar da minha vida. – falei com desdém.
– Por quê?
– Porque minha temporada já terminou. Daqui a 200 anos eu volto a andar pelas ruas daqui de novo. – disse passando por ele com meus pertences em mãos.
– Você não me enrola. Fala o que aconteceu! – parou na minha frente.
– Não aconteceu nada, só enjoei de tudo. Cansei de brincar de casinha. Vou acabar de arrumar minhas coisas. – joguei a mala no pé da porta e fui pegar outra.

Capítulo Seis - The canvas of my soul…



Havia três semanas que eu já havia partido e nem me ligava. Eu já estava começando a sentir falta das meninas e de Stefan. Aquele beijo mexeu comigo mais do que realmente o esperado.

Parei de escrever quando escutei meu celular tocar. Joguei o diário e a caneta de lado para atender.

- Alô.
- Você disse que não iria mais voltar! – falou irritado assim quando escutou minha voz.
- , do que está falando? – perguntei me levantando da cama. – Estou a milhares de km de Mystic Falls.
- Como você está a milhares de km se falei com você e tudo na escola?
- Comigo? Está doido, menino? Eu não… , você falou comigo na escola? – indaguei ainda confusa.
- Sim.
- Droga. – disse começando a me vestir. – , não era eu, acho que pode ser outra coisa. Vou checar, mas não saia de casa enquanto isso.
- O que está acontecendo? – ele não entendia nada.
- Não tenho certeza, mas vou descobrir. – desliguei o telefone e terminei de me arrumar.

O dia estava ensolarado. Assim que sai de meu prédio coloquei os óculos de sol e entrei no meu carro novo. Fui direto para a casa de Stefan, assim quando cheguei bati na porta várias vezes impaciente.

- Dá para esperar? Já to indo. – escutei Damon resmungando e logo depois abriu a porta. – ?
- Não! A bruxa de Blair! Claro que sou eu! Preciso falar com você. – entrei na casa sem permissão.
- Espera ai. Se você está aqui? Quem está lá encima com Stefan? – quando escutei Damon perguntar isso, senti como se o sangue parece de circular.
- Você tem que ir lá em cima e tirar aquilo daqui. Não sei o que ela é.
- Não, eu não sei quem você é! O que está acontecendo?
- Eu não sei. Faça alguma coisa, não posso ir simplesmente lá em cima e fazer alguma coisa. Anda, Damon. – falei o apressando e ele sumiu.

Logo depois voltou puxando a menina pelo braço e a jogou no chão.

- Damon, o que está acontecendo? – Stefan vinha perguntando atrás.
- Eu que quero saber. – perguntei abaixando e segurando o rosto da menina. – Quem é você?

Ela começou a rir.

- Isso aqui virou um ninho de vampiros? – debochou.

Ninho de vampiros? Mas os únicos vampiros aqui era eu e Damon. A não ser que… Stefan! Como nunca percebi isso antes?

- Não responda minha pergunta com outra pergunta! – rosnei apertando ainda mais seu rosto.
- Meu nome é Cameron. – a menina deu um tapa em minha mão e se levantou do chão.
- O que você é? – eu a fuzilava com os olhos.
- Imortal. – sorriu. – E você, uma réplica fajuta minha?
- Não, correção. Você quem é. Sou mais velha do que aparento. O que veio fazer aqui?
- Fiquei sabendo que tinha vampiros na área. – ela tinha um sorriso nojento no rosto.

Escutei um barulho no outro cômodo, Damon foi ver, então teve mais barulho. Cameron me atacou pulando encima de mim feito uma gata.

- Sua louca, me larga. – falei a empurrando longe, não fiz questão de medir minha força.

Ela caiu no chão e sacou uma arma dando um tiro em meu braço. Balas de madeira. Vadia. Cameron ficou de pé apontando para mim. Removi a bala de meu braço com facilidade.

- O que você e o Stefan têm? – Cameron perguntou o olhando. – Ele estava fazendo loucuras comigo pensando que era você.
- Não temos nada, que eu saiba. – falei sem olhá-lo.
- Então você não se importaria se ele morresse?! – disse e deu um tiro na direção dele.

Não pensei duas vezes e entrei na frente de Stefan. Ela simplesmente desceu o dedo em mim. Senti no mínimo umas três balas perfurarem meu coração. Antes de eu cair no chão Damon apareceu por trás dela e quebrou seu pescoço.

- Caçadores. – disse ele com desprezo. – ?

Minha pele começou a petrificar e minha circulação a parar.

- , ! – ainda pude escutar Stefan chamar e logo depois me sacudir.
- Hey garota, não faça isso conosco. – Damon pediu.

Apaguei.
Acordei tomando fôlego. Damon e Stefan se assustaram. Ah merda! Sacudi a cabeça, estava meio tonta, depois arranquei as bala de mim.

- Vocês estão bem? – perguntei levantando e olhando para Stefan.
- Como que você fez isso? – Stefan olhava para mim assustado.
- Bem, eu sou uma coisa que acho que vocês já ouviram falar. – andei até a mesa. – Original. – me servi um copo de uísque.
- Você é um dos originais? – Damon olhou para mim com cara de quem duvidada.
- Sim.
- ? – vi entrar na sala. – Você está bem? – perguntou e me abraçou com força. – O que aconteceu aqui?
- Isso acho que você sabe! Vai me contar! – falei nervosa. – , o que você andou fazendo durante alguns anos atrás?

Cameron acordou.

- Damon você não tinha quebrado o pescoço dessa vadia? – perguntei indo até ela a chutando.
- Quebrei.
- Legal. – a peguei pelos cabelos e coloquei-a sentada em uma cadeira. – Querida, agora vai me falar o que você é?
- Já disse, sou imortal. – a garota segurou um cordão que estava em seu pescoço.
- Muito bom. – fui pegar o colar, mas ele me queimou. – O que você é? Uma bruxa? – perguntei recuando.
- Não.

Todos permaneciam quietos.

- Fala logo! – praticamente gritei e a menina se assustou. – Quantos anos você tem?
- 300.
- Ah sim. Como? – perguntei cruzando os braços. – Conte sua história, querida, quero saber o que tem de errado aqui! – olhei para que estava paralisado com os olhos quase pulando de sua face.
- Vou contar o que sei… Quando estava na barriga de minha mãe, ela foi atacada com um vampiro e quase morreu. Mas nisso ela conseguiu pegar esse colar dele. – levantou um pouco e eu pude reconhecê-lo. – Uma bruxa fez um feitiço, que eu viveria até no dia que o assassino de minha mãe morresse.
- Odeio bruxas! De qualquer forma você não morre, a menos que tiremos esse colar de você. – sorri e ela o segurou com força. – Sem ele você morre, né? – caminhei lentamente ao seu redor.
- Mas por que ela é igual à com você? – Stefan perguntou.
- Porque é meu filho e não meu irmão. Provavelmente ele ficou com a mãe dela e aconteceu isso tudo. – falei me virando para eles. – , acho que está na hora deu arrancar a sua cabeça. EU DISSE QUE NÃO ERA PARA VOCÊ FICAR COM NINGUÉM!
- Mas ele é um vampiro. – indagou Stefan.
- Não. Ele é um mestiço. Meio humano e meio vampiro.
- Dá para você explicar o que está acontecendo aqui? – me encarava.
- Tá legal. Sabia que uma hora teria que te falar isso. – me sentei no sofá. – Quando eu tinha 17 anos conheci um homem, lindo por quem me apaixonei. Elijah. Ele era da nobreza. Meu pai me fez casar com seu irmão Niklaus.
- Espera ai. Você se casou com Klaus? – Damon estava incrédulo.
- Quieto! Não acabei de contar a história. Bem… Me casei com Niklaus, mas à noite eu vagava pelo castelo até o quarto de Elijah. Trevor, um de meus criados e meu melhor amigo, me ajudava. Foi então que tudo começou. Niklaus irritou uma bruxa muito poderosa na época. Lembro-me perfeitamente de tudo. Estávamos jantando quando ela entrou no castelo gritando: “Amaldiçoo toda a família. Serão escravos do sol, irão rastejar pelas noites escuras em busca de vida.” Essas coisas de bruxas. Então olhou pra mim, Niklaus entrou em minha frente, ele gostava de mim. A mulher caminhou até nós: “Esta a quem ama é a pior de todas.” Falou se referindo a mim. Engoli em seco com medo dela falar algo sobre eu e Elijah. Continuou: “Este quem carregas, será a criatura mais bela, verá o sol como humano e a lua como demônio. Se arrastará nas sombras em busca de vida. Mas a quem amar, desta o sangue beberá e com isso virá à morte que a matará.” Não entendi nada do que ela havia dito. Elijah me olhou assim como Niklaus. Ele ordenou que matassem a bruxa. Depois desse dia as coisas começaram a ficar estranhas. Sem sabermos a comida estava, e como de costume sempre tomávamos um vinho antes do jantar, no qual continha alguma coisa. Nós começamos a nos transformas em vampiros. Trevor se assustava comigo, quando eu estava começando a perder o controle de tudo, pedi para que ele me trancasse em um dos quartos. Minha mãe ficou apavorada. Meu corpo começou a ficar estranho, minha fome era horrenda como nunca senti na vida e a minha força era tanta que quebrava qualquer coisa. Minha mãe falou que eu estava grávida, contei a ela todo que tinha acontecido. Niklaus não podia saber, então ela me levou para longe do castelo e disse que eu estava com uma doença grave que ninguém poderia me ver. Se passou meses, então tive meu menino. Mamãe falou que ela estava grávida e que o filho era dela. Não pude fazer nada a não ser aceitar tudo aquilo calada. Elijah sabia da verdade, mas não que o filho era dele, assim como Trevor. Depois de um tempo eu o transformei. sempre foi muito estranho. Ele não comia nada, então decidi dar sangue humano a ele, foi à única coisa que tomou. Permaneceu daquele tamanho todo o tempo que tomava sangue. Niklaus transformou algumas pessoas. Então teve um surto de vampiro. Os civis começaram a nos caçar. Mataram meu pai, mas minha mãe conseguiu fugir com . Voltei para ajudar Elijah a fugir, foi ai que Niklaus descobriu toda a verdade. Que eu tinha um filho, que era do Elijah e a criança era um mestiço. Com isso poderia criar uma nova raça. Mas o próprio Niklaus era um híbrido. Metade lobo metade vampiro. Na noite da fuga era lua cheia. Eu e Trevor estávamos fugindo da cidade com . Elijah havia sumido. No meio do caminho dei de cara do Niklaus. Nós começamos a brigar, ele se transformou em um lobo, quase levei umas dentadas. Foi tudo tão rápido. Cai no chão, Niklaus veio para cima de mim, cheirou meu pescoços, sua baba de cachorro pingava em mim, cheguei a fechar os olhos esperando uma bela mordida, foi ai que Elijah pareceu o arrancando de cima de mim, ele me mandou fugir. Foi isso que fiz. Corri o mais rápido eu pude. Seguindo o cheiro de Trevor. O encontrei na minha casa onde é hoje. Ele tinha sido mordido por um lobo. Ficou louco e tive que matá-lo. Desde então ficamos aqui. Nunca mais soube de Niklaus, Elijah ou minha mãe.

Todos me olhavam abismados.

- Por que você nunca me contou isso? – estava revoltado.
- Porque não. E você? Eu disse que não era para ficar ciscando por ai! Olha no que deu. – apontei para Cameron. – O que vamos fazer com essa menina? Uma caçadora!
- A transforma. – Damon falou como se fosse fácil.
- Não dá, Damon, ela não morre. – falei. – Só se quebrássemos o feitiço do colar que a liga a .
- Não. – Cameron se levantou.
- Não mandei você se levantar. – a empurrei de volta para a cadeira. – Agora que todo mundo já sabe a verdade. Vou embora. Tomem cuidado com ela. A bichinha é perigosa. Damon e Stefan não a confundam comigo! E você, , vamos embora.
- Isso não muda nada. – disse . – Continua sendo a mesma coisa.
- Não falei que iria mudar nada. – fui embora.

Todas aquelas lembranças tinham aberto aquela feriada horrível em meu peito. Fui até na casa de , e também estava lá. Toquei a campainha.

- ! – disse ao me ver pela porta de vidro. – Você voltou! – sorriu. – o que aconteceu? – Perguntou me abraçando.
- Me deixa entrar? – perguntei começando a chorar.
- Claro, entra. – me puxou para dentro.

Subimos as escadas e fomos para o quarto dela. A campainha tocou.

- Já volto. – desceu para atender. – Damon?
- Só um momento. – falei com e desci. – O que está fazendo aqui? – perguntei parando atrás da .
- Quero conversar com você.
- Não tenho nada para falar contigo.
- Eu vou subir. – disse a saindo do meio de nós.
- Damon, o que mais você quer saber?
- Anda, venha, vamos conversar. – ele estava parado na porta.
- Está bem. – falei e sai.

Fomos dar uma volta.

- O que está rolando entre você e o Stefan?
- Sinceramente? Não sei. Mas por que quer saber disso? – parei de andar e o olhei.
- Porque sim, curiosidade.
- Ah sim. – Uhum curiosidade… sei. – Mas então o que veio falar comigo?
- Tenho o direito de saber ué, afinal...é... Aaaah, afinal me preocupo com meu irmão.
- Você se preocupa? Fala sério, é o vampiro mais egoísta que já conheci. Mas pode perguntar o que veio querer saber.
- Já perguntei.
- Vá à merda. – ri e o empurrei. – Não me perturbe. Não estou muito bem para raciocinar direito. Bem você veio até aqui na casa da minha amiga para perguntar se tinha algo rolando entre mim e Stefan?
- Não, foi só pra te dar o prazer de pode olhar pra mim e te dar ao luxo de deslumbrar da minha beleza.
- Tá. Você está me zoando, né? – eu não escutei isso.

Ele nada respondeu, ficou me olhando e isso estava me irritando.

- Damon, o que foi? Você não veio aqui para me falar essas coisas! Fala logo o que veio fazer?
- Já disse, mas você falou que eu estava te zoando então vou fazer o que? – rolou os olhos.
- Não acredito nisso! Sério mesmo, vim aqui que nem uma palhaça pensando que queria me falar algo importante e nada! Eu vou embora. – me virei para ir.
- Espere. – segurou meu braço.

Ficamos cara a cara quase nos beijando. Respire fundo, garota, não foi nada. Calma. Ele é só o Damon sedutor. Tentei respirar fundo, mas o ar me faltou, os olhos azuis dele me encaravam, parecia que sugavam minha alma. A única coisa que consegui fazer foi engolir em seco.

- Me solte, por favor? – pedi com calma.
- É minha impressão ou está nervosa? Será que está tão afim de mim? – Damon debochava.
- Damon, te enxerga! Eu gosto do… - fiquei meio confusa em relação de quem eu realmente gostava.

Elijah sempre foi meu amor, mas Stefan mexia comigo de uma forma diferente e pelo Damon era uma sensação estranha. Estava tudo em plena confusão dentro de mim. Fiquei meio confusa.

- Será mesmo? Nem você deve saber o que realmente quer!

A voz dele me tirou do transe. Balancei a cabeça e empurrei-o o suficiente para que nos afastássemos.

- Claro que sei! – falei dando um passo para trás.
- Então corra atrás de quem você gosta. - disse isso e saiu andando.
- Ah qual é, Damon?! E você correu atrás de quem você gosta? – cruzei os braços e dei um pequeno sorriso.
- Não sei. Talvez eu esteja correndo, mas acho que ela não percebe. – começou a andar de costas pra me olhar e levantou a sobrancelha.

Não aguentei e dei uma gargalhada alta.

- Vai falar que gosta de mim? Sei que não, corta essa.
- Olha bem se vou perder meu tempo contigo. Mas sei que mesmo sabendo disso, você continua gamadinha em mim, confesse que voltou por minha causa.
- Ah sim, claro. Estou caindo do amores por ti. – debochei. – Além do mais nunca ficaria com você!
- Ah é? Então vamos ver.

Ele veio até mim e me agarrou pela cintura, confesso que fiquei excitada com aquilo, mas não deixe transparecer.

- Vai usar a força para me beijar? – perguntei com um sorriso nos lábios. – Lembre-se que sou mais forte que você, querido.
- Não vou usar a força, e sim o jeito, quando menos esperar já vai estar me beijando. – Damon tinha um sorriso convencido no rosto, encantador, mas muito convencido.

Ridículo! Dito e feito, me peguei em uma atmosfera intensa com ele, mas caí logo em mim e acabei com sua felicidade. Não podia me deixar levar por seus truques baratos de vampiro cafajeste.

- Damon, pare com isso. – pedi.
- Você realmente quer que eu pare? – disse perto de meu ouvido.
- Sim, olha o que estamos fazendo. Parecemos duas crianças brincando um com o outro. Vamos falar sério agora. Sem jogos e nem nada. – olhei para cima, a lua estava cheia. O que me fez lembrar da ultima vez que vi Elijah. Uma lágrima escorreu do canto de meu olho e a sequei rapidamente.
-Tenho que ir, agora passe o resto dos dias pensando nessa oportunidade que perdeu de provar o gosto de meus lábios e veja se vale a pena se fazer de besta por ter perdido a oportunidade. – se afastou me deixando completamente confusa.
- De todos os vampiros, o mais louco que conheci foi você. – resmunguei voltando a andar. – E o ego maior também.
- Você não é a primeira que diz isso.
- E creio que não serei a última. - falei andando.

Escutei risadas e quando olhei para trás, não vi mais ninguém, ele tinha sumido na escuridão da noite.

- Isso está começando a me irritar profundamente. – comentei sozinha.

Damon e seus joguinhos de persuasão. Em vez de voltar para a casa da fui para a casa de , não estava com vontade de falar o que tinha acontecido. Entrei em casa já tirando aquela roupa suja pelo meio do caminho até chegar ao banheiro do meu quarto, liguei o chuveiro e deixei a água quente cair sob minha pele. Senti uma presença dentro do banheiro, passei a mão no vidro embaçado, mas não vi ninguém. Deve ser o que chegou. Dei de ombros. Acabei meu banho e me enrolei na toalha.

- Stefan. – me assustei quando vi sentado na minha cama. – O que faz aqui?

Senti meu rosto ficar quente. Droga! Eu deveria estar vermelha! Que vergonha de estar com vergonha. Deixa, não queria entender. Os olhos de Stefan percorreram meu corpo e param nos meus olhos. Ele se levantou e veio até mim. Não podia ficar com ele. Nem com o Damon. Eu amava Elijah. Não posso me deixar influenciar por nada disso. Um dia ainda vou reencontrá-lo.

- Olha, Stefan, por favor, me desculpe. Não sou eu quem você gosta. Sou uma vampira com mais de mil anos, louca e paranoica.
- Shiu. - ele encostou o dedo indicador nos meus lábios.

O que esse cara está fazendo comigo? Me senti mole, fechei os olhos lentamente quando inspirei o cheiro de seu perfume. A mão dele dedilhou meu ombro nu e molhado, foram descendo até minha cintura a segurando com força me puxando para perto de si, fazendo com que nossos corpos se colassem.

- Eu quero você. – sussurrou próximo aos meus lábios. – Você fez por mim o que outra pessoa nunca fez.
- Não, eu fiz por você o que faria por qualquer outra pessoa. – corrigi nos afastando. – Isso não está certo. Não vou iludir ninguém aqui. Vá embora, preciso de um tempo para mim.
- Tudo bem. – ele caminhou até a janela e desapareceu.

Me joguei na cama olhando para o teto.

Capítulo Sete - One heart to break



Olá, diário. Já se passaram duas semanas do ocorrido com a Cameron, ela disse que não sairia da cidade e queria ficar perto de de qualquer forma. Ela estava se hospedando na pousada da Sr. Flower. Minha cabeça estava a mil, acho que nunca tinha ficado assim, mas tomei uma decisão. Vou tentar encontrar Elijah de qualquer forma, preciso saber se ele está vivo ou não. Minha mala já estava pronta e tudo que eu precisava dentro do carro. Também não me despedirei de ninguém. Vou indo, quem sabe volte a escrever.

Desci as escadas rapidamente e abri a porta da frente sem fazer barulho.

- Onde você está indo? – perguntou atrás de mim e fechou a porta.
- Não te devo satisfações. – respondi voltando a abrir a porta, mas ele a empurrou de novo. – ! Não estou de brincadeira contigo.
- Nem eu. Onde está indo?
- Já disse que não te interessa o que eu faço ou deixo de fazer. – o empurrei e abri a porta.

Meu R8 estava estacionado na frente da casa. Entrei nele e dei partida. ficou parado na porta me vendo ir embora. Peguei a estrada e já estava a mais de 250km/h. Até que do nada apareceu alguém no meio do asfalto, não deu tempo de desviar, atropelei o indivíduo com tudo e meu carro rodou. Sai para ver quem era. Não tinha nada na estrada. Merda! Engoli em seco e voltei para o carro, quando acendi o farol vi Niklaus parado na minha frente. Se fosse possível teria ficado mais branca do que já era. Devo estar ficando doida com tudo isso. Porque ele já não estava mais ali. Arranquei com o carro cantando pneu. Será que era ele mesmo? Não poderia ser. Depois de séculos ele teria me encontrado?

Depois de semanas encontrei alguns vampiros que me deram o paradeiro de outros vampiros que tinha alguma ligação com os originais. Me deram um endereço de uma casa meio afastada da cidade. Cheguei e era uma velha mansão meio que abandonada, todas as janelas estavam tampadas com madeiras. Estacionei o carro no meio do jardim, pois se houvesse uma trilha ali já tinha sido apagada. Caminhei na grama alta até chegar à porta de entrada da casa. Toquei o pequeno sino que tinha ali, mas não houve resposta. Girei a maçaneta de bronze amassada e a porta estava destrancada. Entrei sem fazer barulho. Estava tudo muito silencioso, mas tinha cheiro de sangue fresco. Com certeza havia vampiro ali. Fui mais rápida do que ela, me virei e segurei seu pulso que tinha uma estaca de madeira me mãos. Uma vampira, um pouco mais alta do que eu, cabelos curtos e castanhos claros, seus olhos verdes me encaravam com fúria. Torci seu pulso a fazendo soltar a estaca.

- É muito feio atacar alguém por trás. – falei a olhando de cima em baixo, estava muito bem vestida. – Estou procurando por Rose Marie, conhece?
- Mesmo se conhecesse não contaria! – ela me encarava meio assustada. – Você…
- Eu o que? – perguntei.
- Nada!
- Olha, você tem duas opções, me fala se conhece Rose Marie ou… - tirei um vidro de verbena do bolso. – Faço você beber tudo isso. – o balancei. – Vai falar por bem ou por mal?
- Cameron, você não pode! Fizemos um acordo.
- Hum interessante. – ela conhecia a Cameron. – Infelizmente não me lembro de nenhum acordo. Perdi minha memória, estou atrás das pessoas que me conheceram.
- Não, você é uma vampira! Cameron não podia ser vampira! Quem é você?! – ela deu uns passos para trás.
- Por que é tão difícil de lidar com vampiros? As pessoas são tão fáceis. Infelizmente não tenho outra escolha. – agarrei sua garganta e olhei em seus olhos. – Quem é Rose Marie? – usei meu poder de persuasão.
- Sou eu.
- Estamos nos dando melhor agora. Rose, você conhece algum original?
- Eu fujo deles!
- Bom, então sabem quem são. Nomes? – apertei seu pescoço.
- Elijah e Klaus. – a soltei e dei um passo para trás.
- Elijah, você tem como me levar até ele?
- Não sei onde ele está. Mas tenho um contato que se comunica com ele. – Rose passava a mão em seu pescoço.

Joguei meu celular para ela.

- Faça.

Rose Marie estava meio confusa, mas me obedeceu.

- Mande ele vim para cá. Diga que tem algo que vai interessá-lo. E não se preocupe, Elijah não vai te matar. – prometi.

Ela fez o que pedi e me entregou o celular de volta.

- Por que você foge dos originais?
- Porque ajudei um amigo a salvar uma vampira de Klaus.
- Qual era o nome dele?
- Trevor. – fiquei surpresa. Então era Rose quem nos ajudou e agora se escondia por toda a eternidade.
- Hum. Você não viu a vampira, viu?
- Não. Não sei nem o que aconteceu depois. Procurei Trevor e ela por todos os cantos, mas não os encontrei. – disse com tristeza. – Quem é você? Por que está tão interessada na minha história? Por que está atrás de Elijah?
- Não interessa. – respondi fria. – Ele vai demorar muito?
- Não sei. Me diga pelo menos o seu nome? – pediu.
- Já disse que não te interessa quem sou. Se continuar me perturbando eu mesma vou arrancar sua cabeça. – caminhei pela casa e achei um sofá onde me sentei. – Tem mais alguém aqui com você?
- Não. – entrou na saleta.

O sol passava pela grata de uma madeira e atingia minha face, levantei e arranquei a madeira, estava muito frio ali dentro. Rose se escondeu e ri com isso. Fiquei o dia inteiro esperando e nada.

- Estou começando a ficar irritada! Onde ele está? – levantei do sofá, já estava com fome.
- Não sei.
- Ligue de novo! – ordenei.
- Não posso. Ele disse que viria, já deve estar a caminho.
- Vou caçar e quando voltar quero vê-lo aqui dentro dessa casa! – sai andando.

Fui para a cidade mais próxima e peguei o primeiro civil que encontrei. Não o matei só suguei o sangue necessário e o deixei desacordado no banco de uma praça. Voltei para a casa e estava tudo no maior silêncio. Olhei para os lados, tinha algo estranho. Senti alguém passar por trás de mim. Prendi meu cabelo em um coque para que não me atrapalhasse. Passaram de novo por mim e acertaram uma estaca em minha perna. Argh. Maldito.

- Rose e se isso foi coisa sua… Já sabe o que vai acontecer! – reclamei arrancando a madeira de minha coxa.

Ela apareceu no topo da escada.

- Me desculpe. – se lamentou.

Algo me acertou por trás com um pedaço grande de madeira chegando a me levantar do chão mediante a força. A dor foi intensa. Me soltaram, meu corpo caiu inerte no meio do hall. Ainda tentei me forçar a levanta, mas pisaram em minhas costas fazendo com que eu ficasse no chão. Arrancaram a madeira de mim, não havia acertado no coração. Me cicatrizei rapidamente.

- Já estou avisando! Rose depois que eu terminar com esse você vai ser a próxima! – levantei e olhei para ver quem era.

Ele agarrou meu pescoço com força e meu cabelo soltou caindo sobre minha face. Minhas mãos eram fracas contra aquelas que me seguravam. Fui arremessada para longe contra uma parede que acabou sedando encima de mim. Maldito. Ele veio até mim e me levantou.

- Me solte! – rosnei mostrando minhas presas.
- O que queria comigo? – reconheci aquela voz.
- Elijah, me larga! – falei nervosa. – Que droga! Sou eu, !

Ele me soltou e pude levantar me limpando. O encarei, estava diferente desde a última vez que nos vimos. Dei um sorriso, mas não o obtive de volta.

- O que foi? Não está me reconhecendo? – perguntei.
- O que você quer comigo? – perguntou novamente com frieza.
- Te encontrar. Pensei que estava morto. – me aproximei e o abracei. – Senti tanta saudade. – ele não me abraçou.
- Você me chamou aqui para isso? – me afastei o encarando.
- Pensei que… Acho que foi um erro ter vindo atrás de você.
- Klaus vai gostar de te ver.

Não! Engoli em seco. Niklaus não.

- Você não me ama mais? – perguntei com tristeza.
- Não. Vamos, vou te levar até ele! – segurou em meu braço e me arrastou. – Rose, você está perdoada! – disse antes de sairmos da mansão.
- Prefiro que você me mate a ver Niklaus novamente! – falei puxando meu braço. – Me solte, Elijah!
- Quieta! – me empurrou para dentro do carro.
- Qual é a sua?! Não tem o direito de me tratar assim! – disse com raiva. - Tenho o direito de te tratar como bem entendo. – respondeu entrando no lado do motorista.
- Grosso! Você não era assim!
- Séculos atrás eu era humano, certamente não era o que sou hoje.
- Mas você me amava.
- Exatamente. Cadê seu irmão? – logou o carro.
- Não tenho irmão. – respondi irritada. – Temos um filho.
- Filho?
- É, Elijah! Ele não era meu irmão, era NOSSO filho! Niklaus nunca te contou isso? – cruzei os braços e o encarei. – Por que você acha que ele queria me matar? Porque trai ele!

Elijah não respondeu. Ele não me amava mais, será que amou algum dia?

- Está falando sério?
- Não! Estou de sacanagem com a sua cara! É claro que estou! Elijah, você me amou de verdade? Me responda isso! O que tivemos foi verdadeiro?
- Não. – ele olhava atrás do vidro. - Então por que você fez isso comigo? – perguntei me controlando, estava destruída por dentro e não queria demonstrar absolutamente nada.
- Fiz pelo simples prazer de ver essa sua cara de tristeza. Exatamente como está agora, se sentindo um “zé ninguém”. - disse dando gargalhadas.

Eu não sabia o que dizer!

- Que bom! Acha que estou triste? Eu só queria tirar um peso da consciência. – respondi dando um sorriso safado escondendo todo meu sentimento. – Sei que nunca me resistiu. Era louco por mim, tinha inveja porque me casei com seu irmão.

Ele colocou as mãos no meu pescoço e apertou dizendo:

- Cala a sua boca. Por mim você, meu irmão e esse projeto de gente que você diz ser meu filho poderiam ter morrido à muito tempo.

Dei um sorriso maior ainda. Ele tinha ficado nervoso com o que eu havia dito.

- Você nunca suportou que Niklaus fosse mais forte que você e que ele tivesse a mulher mais bonita do vilarejo. Se quer tanto minha morte, por que não deixou que ele me matasse quando teve a chance? Por que me salvou aquela noite? – Mordi retruquei.
- A mais bonita e a mais patética, sem sal. E eu te “salvei” por que sou eu que tenho o direito de acabar com a pessoa que estragou a minha vida!
- É? Então faça! – disse bem perto de seu ouvido. – Me mate.

Ele ficou sem reação e olhou fixamente nos meus olhos.

- Você vai se arrepender de estar me provocando.
- Acho que mudei um pouco desde a última vez. – dei uma mordicada na ponta de sua orelha. – Não tenho mais medo de ninguém!
- Já que não tem medo, podemos ir tranquilamente até Klaus, já que estás blindada contra qualquer tipo de medo.
- Você quem sabe, sabes muito bem que ele vai me matar, qual dos dois vai querer essa honra? – passei a mão em sua perna. – Tem certeza do que vai fazer?
- Some daqui antes que eu mude de ideia. É melhor para você e para mim. E por favor, traga esse projeto de gente que você diz ser meu filho. – ele tinha desistido.
- Você acha mesmo que vou arriscar a vida dele trazendo até você? – voltei para meu lugar e cruzei as pernas.
- O que prefere? Que você o traga ou prefere que eu mesmo vá buscar e você nunca mais verá seu filhinho querido?
- Garanto que ele sabe se cuidar sozinho. – sabia que iria me seguir em qualquer lugar que fosse, mas eu não estava mais morando com , era quase impossível encontrá-lo, então não me preocupava com isso. – Agora por que esse interesse todo em conhecer o ?
- Não te interessa, quero o moleque e pronto!
- Tá. Não vou te entregar e ai o que vamos resolver?
- Já suspeitava disso.

Ele deu um assobio. Vieram dois caras.

- Tragam, por favor, a “encomenda”. – falou Elijah.

Quando vejo, era , amarrado e com uma fita em sua boca. É ele era idiota o suficiente.

- Se você fizer algum mal a ele, eu te mato! – rosnei. – Elijah, solte-o!
- E agora, sua idiota, vai ficar mansinha?

O olhei atravessado. Maldito, ele não podia!

- O que você quer? – perguntei.
- Quero que me deixe em paz, e pare com esse papinho de amor, nunca te amei e nunca vou te amar! - Se é só isso solte-o ! – eu estava quase o atacando.
- Não vou soltá-lo, deixe-me curtir meu filhinho tão amável. – disse saindo do veículo.
- Não chegue perto dele. – sai do carro.
- Faço o que quiser. Agora suma daqui.

Não o obedeci. Corri e derrubei aqueles dois capangas moles que seguravam .

- Você está bem? - perguntei arrancando sua mordaça.
- Uhum. Quem é ele? – perguntou se referindo ao Elijah.
- Elijah. – respondei e fui arrancar as cordas que amarravam suas mãos, mas me queimei. – Tem verbena nisso! – eu tinha que soltá-lo de qualquer forma então arranquei as cordas mesmo que queimando.
- E por que ele está fazendo isso?
- Porque sou uma babaca e o provoquei. – olhei pro lados procurando por Elijah. – Merda para onde ele… - fui agarrada por trás sendo arremessada longe. – , corre! – gritei.
- Você está bem? –Stefan apareceu do meu lado me ajudando a levantar.
- Estou. O que você está fazendo aqui?
- Anda, vamos. – ele não me respondeu. Assim que nos viramos demos de cara com Elijah.

Entrei na frente de Stefan de forma defensiva. Não deixaria que ele machucasse ninguém por minha causa.

- Elijah, pare com isso. Já disse que não vou atrás de você, agora nos deixe em paz. – pedi.
- Não posso, preciso do garoto.
- Não, você não precisa. – vi Damon se aproximando por trás. – Elijah. – me aproximei dele e passei a mão no seu rosto. Na tentativa de distraí-lo. – Apesar de tudo, eu te amei de verdade.
Damon lhe fincou uma adaga em suas costas direto no coração.

- Isso dá um fim nele. – Cameron saiu de trás de uma árvore. – É só não retirar a adaga. Sei tudo sobre vampiros, até como matar um original. – ela caminhou até nós de braços cruzados. – Guardem o corpo em um lugar seguro.
- Obrigada. – agradeci.

Capítulo Oito - Just you and I



Querido diário. Consegui encontrar Elijah e foi à pior experiência que já tive. Se não fosse por Stefan, Damon e Cameron, acho que eu e estaríamos mortos. Descobri que Niklaus ainda está por ai. Então quer dizer que ainda tenho que me precaver. Stefan estava namorando Cameron, não vou negar que fiquei com ciúmes, porque estou até agora!... Desculpe quase rasgar sua folha agora, sem querer quebrei a caneta e tive que pegar outra. Vamos mudar de assunto antes que eu quebre mais uma caneta e fure você. Por mais que eu negue qualquer coisa, me desliguei, estou tomando sangue direto tirando as garrafas de tequila. Isso me ajudava a esquecer um pouco de tudo. Não quero sentir mais nada por ninguém! NADA! NUNCA MAIS! Não vou ligar para nada além de mim mesma…

- O que você tanto escreve? – Damon estava atrás de mim, fechei meu diário rapidamente.
- Estava escrevendo a última vez. Esse será o meu último diário.
- Stefan tem essa mesma mania, diz que é para não se esquecer das coisas.
- Quero me esquecer de tudo daqui pra frente. – me levantei da cadeira. – O que faz aqui?
- Estava passando e decidi ver se você estava ficando tão malvada quanto eu, me disseram que anda matando ratinhos inocentes, mas acho que está a mesma coisa.
- Não estou para suas piadinhas idiotas. Dá licença, está me atrapalhando.
- Hum… Está bêbada?
- E se estiver? Não é da sua conta! – respondi nervosa. – Damon, vá embora. Não preciso que me veja assim!
- E se eu não for? O que você vai fazer? – ele disse bem perto de meu rosto.
- Te coloco para fora! – o prensei contra a parede. – Essa não é uma boa hora para me provocar.
- Nunca é uma boa hora para chegar perto de você. Sabia que você fica mais sexy quando está nervosa?
- Vai se danar! Não estou com animo. Por favor, vá. – pedi passando a mão em meus cabelos e o soltei.

Damon saiu pela janela. Me sentei na escrivaninha e voltei a escrever.

Desculpe a interrupção. Damon apareceu aqui de repente… Ah Damon, ele é tenso. Não quero a proximidade dele, não mesmo! Eu disse que não quero sentir nada, e não vou. Acho que é coisa boba isso que sinto pelo Stefan, nem é tanto ciúmes assim, para falar a verdade eu nem sei o que é isso. Stefan é tão bom, quero mais que ele seja feliz. Cameron apesar de ser caçadora se tornou uma grande amiga. Me perdoe, mas é a ultima vez que estou escrevendo, a partir de agora vou mesmo me desligar, por isso que não vou voltar a escrever. Então a minha ultima palavra é ADEUS!

Guardei o diário em lugar seguro e fui tomar um banho. O efeito do álcool já estava passando, isso é a parte ruim de ser um vampiro, tudo o que você come e bebe sai rapidamente de seu organismo! Sai do banheiro, me vesti e fui dar uma volta. Caminhei por um tempo tomando um copo de sangue para me distrair, quando escutei o barulho do canudo no fundo do copo dando sinal que acabou, olhei para os lados me localizando onde estava. Na frente da casa dos Salvatore’s. A luz do quarto de Damon estava acesa, ao contrário de resto da casa. Dei um sorriso safado! Joguei o copo fora e pulei na sacada do quarto, a porta estava aberta, entrei e sentei na cama de pernas cruzadas, do banheiro vinha um vapor e esperei que Damon saísse de lá o que não demorou nada. Ele estava só de toalha, as gotas de água escorriam pelo seu peito, seus cabelos molhados estavam bagunçados e sua cara quando me viu foi de surpresa.

- Não esperava que você invadisse meu quarto assim… - interrompi.
- “Você não é de fazer isso”. Era isso que ia falar? – mordi o lábio inferior.
- É. – deu um sorriso safado.

Passei a mão em minhas coxas levantando a barra de meu vestido e Damon à seguia com os olhos.

- Gostou? – perguntei em um tom malicioso.

Ele não respondeu, também tinha um sorriso danado no rosto. Levantei e dei a volta na cama passando a mão pelo lençol branco. Damon apareceu na minha frente, sua respiração quente batia em meu rosto. Nossos olhos se conectaram de uma forma intensa. Sua boca tão perto da minha fazia meu coração acelerar e seu cheiro era tão gostoso que estava me deixando viciada. Umedeci meus lábios de uma forma convidativa, ele passou a mão em minha cintura lentamente descendo para minha bunda, me puxou para mais perto fazendo nossos corpos colarem e molhou meu vestido com seu peito molhado.

- Eu só preciso saber de uma coisa. – sussurrou. – O que você decidiu?
- Apenas viver como você. – falei passando a mão em seu peito.

Agora Damon sorriu de uma forma diferente e me beijou com vontade.

FIM!



N/A: O que se escrever em uma n/a final? Nunca fiz isso, essa será minha primeira fic finalizada e sou péssima com finais. Acho que perceberam. HAHA[apanha’] Tenham misericórdia de mim! KKKKKKKK Espero que tenham gostado de Only You, queria muito escrever alguma história baseada na minha série favorita e saiu isso ai. Já tem mais de um ano que OY foi escrita e só fui mandar pra Benny postar agora. Valeu por ter betado Benny, sua fofa. Quero agradecer a todas que leram. Fique feliz com todos os comentários. Vou mandar beijo pra cada uma que comentou. Nath espero que tenha gostado do final depois de tanta demora pra mandar a att. Clarisse seu desejo foi realizado. Licy o final também ficou perfeito? KKKK. Nataly gostou mesmo? Sara w. não tem mais! Camila está ai a continuação.Dani está legal de verdade? Não minta pra mim. U.ú
Vocês são lindas. Obrigada pelos coments. *-* Beijos. Conta com a autora vampiresca via Twitter

Fics de minha autoria e parcerias:
Má Companhia[McFly/Andameto]
You Are My Life[McFly/Andamento]
Guardiãs[Supernatural/andamento]

N/B: Qualquer erro nessa fanfic, seja de gramática/script/HTML, mande um e-mail diretamente para mim. Não use a caixinha de comentários.

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