Our Surrender
Autora: Samya G. | Beta-reader: Bia


Meu coração parecia não se aguentar mais na minha caixa torácica.
Há menos de um dia eu tinha passado por aquela porta, gritando que o odiava e que nunca mais iria voltar.
E aqui eu me encontrava de novo.
Coloquei as chaves e girei a maçaneta.
E lá estava ele, de costas para mim, terminando de acender a lareira. vestia uma calça jeans clara e uma blusa branca, estava descalço e seu cabelo todo desalinhado. Ao seu lado, uma garrafa e um copo de uísque pela metade.
Ele se levantou.
As batidas no meu peito duplicaram.
Diante dos meus olhos, foi como em câmera lenta. moveu a cabeça primeiro, encontrando meus olhos, depois seu corpo se virou todo para mim, fazendo toda forma de oxigênio naquela sala desaparecer.
-Então você voltou. - foi o que ele disse, sarcasticamente.
Arqueei uma das sobrancelhas e andei com passos lentos até ele, parando quando havia um passo de distância entre nós.
Assisti seus olhos descerem e subirem pelo meu corpo pelo menos três vezes, demorando-se mais nas regiões das minhas coxas e do meu decote.
Em resposta a minha feição desafiadora, ele sorriu malicioso. Suas mãos vieram velozes para minha cintura e, com um puxão, ele acabou com toda distância entre nossos corpos.
Nossos olhares estavam ligados numa espécie de luta interna para ver quem iria ceder primeiro, quem iria se deixar dominar e fechar os olhos de uma vez.
Eu não cedi. E nem ele.
Sorri com um só canto da boca e curvei meu rosto até seu pescoço, enquanto ele apertava cada vez mais forte minha cintura e subia uma das mãos pelas minhas costas, por dentro da blusa. Sorri maliciosa contra seu ombro, sentindo a pele quente dele ficar arrepiada sob a minha língua.
Em resposta, me puxou com força pelos cabelos e, quando estávamos frente a frente, ele quis me beijar.
Afastei-me.
Dei a ele mais um dos meus sorrisos de lado e girei nossos corpos. Desistindo, ele direcionou a boca para meus ombros descobertos, enquanto eu o empurrava lenta e discretamente até o sofá macio, no centro da sala.
Mordi meus lábios com força quando ele aplicou mais força e mais umidade num dos beijos pelo meu pescoço e, com as minhas mãos em seu peito por dentro da blusa, empurrei-o rudemente para o sofá, onde ele caiu sentado, olhando curiosamente para mim.
Percorri a distância que nos separava olhando em seus olhos, nós dois sempre com os mesmos sorrisos arrogantes e promíscuos no rosto.
Assim que eu estava de pé em frente a ele, que estava sentado no sofá, agarrou meu quadril com as mãos, puxando meu corpo para si e distribuindo beijos lentos pela minha barriga. Suas mãos subiam minha blusa pelo meu corpo, parando sob meus seios. Ainda que sob o sutiã, arfou quando os apertou e sugou com ainda mais força o pedaço de pele e carne do meu quadril que estava entre seus dentes.
Ofeguei e apertei seus ombros, minhas mãos viajaram para seus cabelos e eu os puxei com força, fazendo-o virar a cabeça para cima e me olhar.
Empurrei meu tronco para frente, ele entendeu e se recostou no encosto do sofá, dando espaço para que eu dobrasse meus joelhos e sentasse no colo dele, uma perna de cada lado de seu quadril.
Um arrepio desceu pela minha espinha quando eu senti o quanto ele estava excitado. Suas mãos foram em direção as minhas coxas enquanto eu subia lentamente a blusa dele. Lentamente porque eu parava para apertar cada centímetro de pele que ia se descobrindo. As mãos confusas de rumaram para minhas costas e me apertaram contra seu corpo, sua língua quente e macia no lóbulo da minha orelha quase me fizeram gemer. Seus beijos rumaram para minha mandíbula e de lá para o meu queixo. Eu sabia o que ele queria afinal. "Então você voltou." Lembrei-me da forma arrogante que ele tinha me recebido.
E quem disse que voltei para ser do jeito dele?
Afastei o rosto na exata hora em que ele tinha avançado para meus lábios. Meus sentimentos estavam machucados demais para serem tocados por um beijo afobado e selvagem.
Se ele queria sempre um novo corpo bonito e atraente para exibir, para gabar, para comer, hoje ele teria a noite que futuramente se tornaria o number one da sua listinha.
Meus pensamentos, ainda que amargos, estimularam-me. Com força, usei de minhas unhas e puxei sua camisa branca para lados diferentes, rasgando o tecido.
Ignorei a cara surpresa que ele fez e terminei com facilidade de tirar o que restou do pano claro em seu corpo.
Minhas mãos se direcionaram automaticamente para seu abdômen perfeitamente definido, apertando-o com luxúria. ofegou em meu ouvido, suas mãos adentraram minha saia, acariciando a parte interna das minhas coxas.
Coloquei em segundo plano todas as sensações que ele causava em mim. Essa noite era um brinde a ele.
Então, desci meu corpo e meus beijos, deixando uma trilha úmida pelo seu pescoço, por um de seus mamilos, pela sua barriga e, finalmente, pelo seu ventre, quando parei ajoelhada em frente ao zíper da sua calça.
Fiz todo o trabalho de abrir a calça forçando o zíper para baixo e, em resposta, assisti molhar os lábios e arquear as costas.
Sorri, jogando a peça para o lado. Ela bateu em cima da mesinha e o copo de uísque caiu, refletindo as chamas do fogo da lareira pelo chão molhado.
Levantei-me, sorrindo debochada, olhando para a forma de sua ereção sob o tecido fino da boxer preta. Seus olhos confusos me fitaram enquanto eu me distanciava dele, cada vez indo mais para perto da lareira. Dali eu pude alcançar o interruptor e apagar a luz da sala, deixando que a única coisa que me iluminasse fosse a luz do fogo logo atrás de mim.
Sorri, maliciosa, com as mãos na barra da minha blusa. Mordi os lábios, apertava o acento do sofá, seu peito iluminado pela luz avermelhada subia e descia em uma respiração ofegante, seus olhos não eram mais azuis. Eu assistia o fogo dançar em seus olhos claros. Minhas mãos, que antes estavam no meu pescoço, desciam lentamente pelo meu corpo, passei-as pelo meu colo, por cima do sutiã, minha cintura, meu quadril.
A minissaia jeans caiu sob meus pés descalços.
cerrou os dentes, seu olhar queimava sob a minha pele.
Passei pela mesinha de canto e peguei a garrafa de uísque aberta, tomei um gole no gargalo enquanto voltava para o sofá.
Com meus lábios molhados pela bebida, sentada em seu colo novamente, rocei nossos lábios, deixando o gosto do álcool na boca dele.
passou a língua pelos próprios lábios, suas mãos estavam novamente na minha cintura, ele me empurrou para a frente e eu saí de seu colo, voltando a ficar em pé. Ele girou meu corpo, de forma que eu ficasse de costas para ele. Suas mãos ágeis passaram pela minha barriga, deixando um rastro de pele arrepiada por onde seus dedos acariciavam.
Ele jogou meu cabelo para frente e, enquanto eu sentia sua língua em minha nuca, suas mãos abriram facilmente o fecho do meu sutiã. Joguei meus braços pra trás e enterrei meus dedos na sua nuca, enrolando a pontinha dos seus cabelos.
As mãos de exploraram cada parte das minhas costas antes de me virar de frente, ele colou nossos corpos e nos puxou para baixo.
Então eu estava deitada sob o tapete de pêlo macio da sala. Todo o peso, toda a pele, toda a carne de sob mim.
Surpreendendo-me, nos virou, eu fiquei por cima e ele puxou meu rosto pela nuca, beijando-me de uma forma diferente.
Seus lábios passearam novamente pelo lóbulo da minha orelha. Suas mãos fortes no meu quadril.
- Eu desisto... - beijos molhados pelo meu pescoço - Eu assumo... - beijos molhados pela minha mandíbula. - Eu perdi o controle... - beijos molhados pelo meu queixo. - Eu me apaixonei perdidamente por você. - seus lábios quentes contra os meus.
Nossas línguas se enrolaram e se acariciaram juntas enquanto nossas mãos se perdiam ao longo do corpo um do outro. Ele separou o beijo dando uma mordidinha no meu lábio inferior. Levantou-se e se sentou com as costas apoiadas no sofá, eu permaneci no seu colo, sua excitação ainda mais distinta sob a minha, agora que a única coisa que nos separava eram os tecidos finos de nossas roupas íntimas.
Aproveitando a posição favorável - seu rosto na altura do meu busto -, me puxou pelas costas, tomando meu seio direito na boca. Sua língua quente fazia movimentos circulares em meu mamilo, seus lábios o sugavam e o beijavam, enquanto uma de suas mãos voava para meu outro seio, apertando-o.
Uma onda quente de prazer se espalhou pelo meu corpo. Insanidade.
Gemi rouca e longamente em seu ouvido, me sugou com mais força, nossos sexos pressionados um no outro numa fricção espontânea. Pendi a cabeça para trás, sentindo aquela sensação deliciosa se espalhar pelo meu corpo.
Ainda era só o começo.
subiu seus beijos e nossas bocas se encontraram novamente, uma das minhas mãos arranhou sua nuca enquanto a outra descia em direção ao seu quadril.
Brinquei com a ponta do elástico da boxer antes de escorregar a mão para dentro dela. Segurei com força o membro pulsante e comecei a fazer movimentos lentos de vai-e-vem.
gemeu lindamente contra minha boca.
Nossos corpos foram escorregando até deitarmos novamente. resmungou em protesto quando eu tirei a mão de dentro da sua boxer, mas sorriu quando entendeu o que eu iria fazer. Repetindo a trilha de beijos pelo seu corpo, dessa vez sentindo todos seus músculos se contrairem de ansiedade sob a minha língua, eu encarei a boxer preta diante de mim.
Com os dentes, eu a arrastei para baixo, e terminei de tirá-la com as mãos. Parei em frente ao seu membro ereto, passei a língua pelos lábios enquanto olhava pra cima. estava apoiado pelos cotovelos e me olhava com toda a luxúria que pode conter um olhar.
Senti a superfície da sua glande com a minha língua, circulei-a e a passei pelo freio, ouvindo gemer audivelmente.
Lentamente, e o segurando pela base, deixei que entrasse tudo o que cabia em minha boca e comecei a sugá-lo.
Senti arquear as costas mais uma vez antes de soltar mais um gemido rouco, suas mãos foram para meu cabelo. Não para me empurrar, ditando velocidade. Seus dedos apenas se enroscaram nos meus fios, em uma forma de carinho enquanto eu aumentava gradativamente a velocidade que o chupava.
-... E-eu... Eu v-vo-ou... - e, gradativamente, diminuí os movimentos, até parar.
Eu mal havia subido de volta e atacou meus lábios com tanta força que eu os senti latejar.
Suas mãos se perderam pela minha cintura e seios, ele ficou em cima de mim e eu enlacei minhas pernas no seu quadril, nos juntando ainda mais.
Minha pele ardia e não tinha nada a ver com a lareira próxima aos nossos corpos. passou as mãos pelos meus quadris e desceu em direção as minhas coxas, levando minha calcinha junto. Ele se ajoelhou no chão e escorregou minha última peça de roupa pelas minhas pernas antes de jogá-la em cima do sofá. Puxou um dos meus pés para si e escorregou sensualmente seus lábios por toda a extensão do peito do pé, do tornozelo, canela, coxa, virilha, quadris, barriga, entre os seios, meu colo, meu pescoço - senti seu corpo vir subindo novamente sob o meu -, seus lábios no meu queixo - a sensação das nossas peles juntas, barriga com barriga, peito com peito, coxa com coxa, sexo com sexo -, minha boca. Seus lábios finalmente percorreram minha boca e nós iniciamos um beijo menos afoito do que os anteriores.
apoiou seus cotovelos no chão, nos lados do meu corpo, e passou as mãos por baixo dos meus ombros enquanto eu envolvia meus braços em seu pescoço e o puxava para mais um beijo antes dele me penetrar.
Ele fazia devagar, colocava e retirava somente a pontinha de seu membro dentro de mim, fazendo-me gemer pela sua tortura.
Eu estava tão ensandecida que tudo o que eu mais queria era que ele penetrasse o mais forte possível em mim, porque talvez só a dor do prazer conseguiria me provar que todo aquele conjunto de sensações era real.
Num movimento rápido, passei minhas pernas por seu quadril, pegando-o de surpresa e forçando a penetração. começou com movimentos lentos e intensos, tirava quase o membro por inteiro para depois forçá-lo de volta.
Meu corpo todo tremia de arrepios com as sensações que estavam tomando minha sanidade, respirava pesadamente no meu ouvido. Ora ou outra beijava meu pescoço, meu rosto, meus lábios com avidez. Nossos corpos aumentando o ritmo da dança aos poucos, enquanto o pré-prazer ia nos torturando. Eu estava ofegante, empurrava meu quadril com força contra o dele, a fim de intensificar o sexo, a sanidade me abandonando de vez.
-Mais... Forte. - proferi em sua boca, em meio aos milhares de gemidos e sussurros meus que morriam em seus lábios. Na parede avermelhada pela luz do fogo, a sombra negra de nossos corpos dançava e crepitava. No uísque que manchava o chão de madeira, as chamas refletiam ardentes para nós.
Com algum poder inumano, aumentou a velocidade dos movimentos e os fez mais fortes contra mim, nos fazendo delirar em prazer.
E, sentindo uma dormência que nascia no meu sexo e se espalhava por todo o meu corpo, fechei os olhos, entorpecida de prazer.

’s P.O.V

Na minha frente, tudo o que eu enxergava era a pele da garota reluzindo de suor.
Ela estava perfeita.
Os olhos fechados, a face contorcida em tortura e prazer, os lábios carnudos e vermelhos entreabertos num meio sorriso prazeroso.
Apesar de todas as sensações que eclodiram dentro de mim devido ao sexo, não era por causa do sangue bombeado para certa área do meu corpo que meu coração batia desesperadamente contra nossos peitos.
Ao sentir na minha boca o gemido de profundo prazer de , meu corpo não aguentou mais e cedeu, fazendo-me chegar ao clímax um instante depois dela.
Depois do prazer eu desabei sobre seu corpo, enterrando meu rosto em seu ombro, que cheirava à chiclete de tuti-fruti, com sabonete de maçã e nuvem. Era esse o cheiro dela. Quando eu virei meu corpo para sair de cima - e de dentro - dela, me segurou pelos ombros, mantendo-me em cima de seu corpo.
- Ainda... Não. - seu hálito de canela bateu na minha boca, fazendo-me fechar os olhos.
Nós passamos alguns instantes assim, eu passeava com a ponta do meu nariz por toda a extensão do seu rosto, a respiração tranquila de foi me tranquilizando, aquela sensação de paz e êxtase após o orgasmo se apoderando de mim.
O pior era que, dessa vez, eu não queria virar para o lado contrário e dormir.
Dessa vez eu não iria fugir de casa no meio da noite para sair e comer uma vadia qualquer na rua.
Dessa vez eu não iria classificar o nosso ato como uma das minhas "transas no top five".
Porque dessa vez fora diferente, eu sabia disso, porque eu senti, eu soube.
Pela primeira vez em dois anos de namoro.
E soube que eu a amava.
Cada pedacinho dela; os braços, o nariz, as orelhas, os pés... Cada mania; a de ler antes de dormir, a de coçar o braço toda vez que ficava com vergonha, a de beber um gole de água toda vez antes de dormir... Cada virtude; a personalidade forte, a meiguice, a impulsividade, a sensibilidade... Cada defeito; o ciúmes excessivo, o pavio curto, o mau humor que adquiria quanto estava passando mal...
Descobri que, por todos esses anos, por mais que eu lutasse contra e não quisesse ver, eu vinha me apaixonando pouco a pouco por . Cada simples ação dela, só o ato de vê-la prender o cabelo em um nó frouxo, fazia-me ficar leve por dentro.
A briga de ontem seria apenas uma entre as outras tantas que nós tivemos. Agora nós iríamos ter um relacionamento de verdade. Cansei de fugir de sentimentos. Nós iríamos mudar, porque eu iria mudar.
Porque eu descobri que, sem ela, minha vida não tem a menor graça.

-x-

's P.O.V

Quando finalmente adormeceu, nós estávamos deitados de lado, de frente um ao outro, abraçados.
Apesar de toda aquela dor e amargura que estavam tomando conta do meu coração, eu não pude deixar de sorrir docemente ao observar ele dormir tranquilo. Saí de dentro do seu abraço e, vagarosamente, vesti minhas roupas, descartando a blusa e vestindo o casaco puro em cima da pele. A blusa ficaria largada e manchada de uísque no chão da nossa... Minha ex-casa.
Tantas partes de mim ficariam largadas e manchadas naquela casa.
Principalmente a parte que estava deitada lindamente nua no chão. , de corpo escultural e rosto angelical, dormindo serenamente.
Eu soube, assim que olhei nos olhos dele, antes de vê-lo pegar no sono, que ele finalmente descobriu que eu sou pelo menos um pouquinho importante para ele.
Por que tão tarde? Senti as lágrimas chegarem aos meus olhos.

Enquanto eu subia pelas escadas, deixei que todo tipo de lembrança me invadisse.
Naquele quarto, naquela cama, onde nossos corpos já haviam se embolado milhares de vezes, onde eu chorei pela falta dele, sozinha, milhares de vezes.
No banheiro, onde eu me lembrava das gargalhadas durante a guerra de sabão que nós fizemos há alguns meses atrás, onde, por várias vezes, eu vomitava de tristeza após presenciar outra de suas cenas de adultério.
Na cozinha, onde tantas vezes eu fiz jantares românticos para nós e acabei apagando as velas sozinha no final da noite, jogando a sobremesa fora depois de notar que ele não iria chegar. Ser namorada de um rockstar – particularmente indomável - nunca foi fácil para mim... Sempre havia um parâmetro. Não me ocorria uma memória limpa naquela casa, marcada só por nós dois, sem tristeza e sem brigas.

Desci com a última mochila que faltava para tirar minhas coisas pessoais do apartamento. nem notara que eu andara esvaziando meu guarda-roupa de uma semana para cá. Usando da sua própria frase, para que ele entendesse as duas extremidade de significados que continham aquelas palavras, eu escrevi o último contato que eu faria com ele.
Passei por seu corpo na sala me forçando a não olhá-lo para não fraquejar, deixei o bilhete no chão ao seu lado e, despedaçada, parti.

-x-

3ª pessoa.

Quando acordou, sentindo falta do corpo da sua garota em seus braços, deparou-se com um pedaço de papel encharcado sobre a poça de uísque.
Devido à umidade do uísque a tinta do papel escorrera e, ao ler o que continha o bilhete, fantasiou que o bilhete também chorava.

Eu assumo...
Eu perdi o controle...
Eu desisto.

FIM.

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