Passei as mãos pelos seus cabelos. Ah... Eram tão macios. Selei meus lábios aos dele rapidamente. Eu ansiava por mais, eu o queria por inteiro. Continuei a balançar meu corpo de acordo com a música. Toda vez que minha perna se encaixava na dele meus pelos da nuca se arrepiavam. também só dançava e não tomava iniciativa. "Vamos para um lugar mais afastado?" Era essa pergunta que eu queria ouvir.
— — sibilei seu nome em meio ao beijo.
Ele descolou nossas bocas, o que me fez sentir uma pontada de arrependimento.
— Sim? — Sorriu malicioso.
Ah... Aquele sorriso me deixava louca.
— Nada — respondi e selei nossos lábios novamente. Eu não consegui passar muito tempo sem os lábios dele, sem o gosto de sua saliva, de seu hálito. Passei a mão em sua nuca e aprofundei o beijo. Desci a mão direita pelo peitoral, sentindo o quão definido era e apoiei minha mão em seu cinto. Com minhas mãos, invadi o peitoral de por baixo da camisa, que riu baixo e descolou a boca da minha, indo em direção ao meu pescoço e descendo as mãos de minha nuca pelas minhas costas.
— Arrumem um quarto — murmurou um cara, passando por nós.
desencostou o corpo do meu e colocou as mãos no bolso.
— Não estamos fazendo nada demais — eu disse, diminuindo o pouco de espaço entre nós.
— ! — Ouvi uma voz cantada.
— Hector — murmurou , sem vontade.
Hector era amigo de e provavelmente estava bêbado.
— Onde está Margot? — perguntou Hector.
A música acabou. Esse era o toque de recolher; meus primos já me esperavam no carro.
— Ela está... Doente — gaguejou .
— Quem é Margot? — perguntei a , que não respondeu.
Olhei para Hector, esperando resposta.
— Você não sabe? — Balancei a cabeça, negando. — Ela é a namorada dele.
Olhei para e arregalei os olhos. Eu nunca tinha o visto antes daquela festa, e tinha certeza que só seria mais uma paixonite de verão. Não devia ter me incomodado. Por que iria me incomodar? Eu não sabia nem o sobrenome dele e nós não estávamos tão sóbrios. Eu tentei me segurar, tentei resistir e ser forte. Uma lágrima deslizou sobre minha face.
— , eu posso explicar — ele declarou; só não sabia que era tarde demais.
Balancei minha cabeça, sem acreditar. Mostrei o dedo do meio e saí à procura do carro, atordoada. O que ele podia explicar? Estava tudo tão claro. Eu era mais uma para exterminar a mesmice. Eu era a de sábado. Enxuguei a lágrima, me martirizando por tê-la deixado cair. Caminhei até o carro, esbarrando em algumas pessoas, ignorando olhares masculinos e respirando fundo.
, meu primo, alargou um sorriso quando me viu; ele estava só de calça e com o peitoral descoberto. era bonito, principalmente sem camisa. Era um ano mais velho que eu, tinha dezoito; e a proposta indecente que tinha feito a mim mais cedo estava soando tentadora.
— Priminha, você desistiu daquele canalha comprometido para aceitar minha oferta?
— Vá à merda, — falei e entrei no carro, sendo seguida por ele. — Onde está Georgina? — perguntei, quebrando o silêncio.
Georgina era irmã de , minha prima.
Ele riu maliciosamente. O sorriso dele era bonito, mas não tanto quanto o de . Argh... Eu tinha que tirá-lo de minha cabeça.
— Onde você acha que ela está? — ele perguntou, debochando. — Deve estar por aí, fazendo ginástica com o namorado.
— Você é um porco. — Mostrei a língua para ele.
— Own... Eu não era porco quando tirei sua virgindade, lembra-se?
Bufei; ele sempre entrava nesse assunto para me provocar.
O silêncio tomou conta do carro.
— Tire as calças. — Pedi, sorrindo perigosamente.
Ele arregalou os olhos e fixou o olhar em mim, esperando que eu anunciasse a brincadeira.
— Você não quer? — perguntei, fazendo bico.
— Está falando sério? Aqui? Agora? — Eu tinha certeza que os olhos dele estavam brilhando, mesmo estando no escuro.
— Vamos, , tire logo. Eu não tenho todo tempo do mundo.
Ele obedeceu e tirou as calças, eufórico.
— Agora saia do carro e me espere perto do mar. Quando eu fizer sinal, você entre e tire a cueca.
— Você é doida — ele disse, rindo e obedecendo minhas ordens.
Saiu do carro e correu até o mar, que não era muito longe.
Todos estavam lá dentro e não veriam . Ou veriam. Peguei minha bolsa, saí do carro e fui atrás dele, que já se encontrava dentro no mar.
— Agora — ordenei.
Ele tirou a cueca e jogou para perto de mim. Eu procurei a câmera fotográfica da minha bolsa e tirei uma foto rápida e comprometedora.
— O quê? — Se assustou e cobriu seu órgão genital.
— Pois é, priminho. — Olhei para o visor da câmera, que mostrava um nu. — Agora você nunca mais mencione a minha primeira vez, porque foi a coisa mais nojenta que já fiz em toda minha vida. Se você fizer tal loucura, irei distribuir para todo mundo essa foto, que não é nem um pouco decente.
— Sua vadia — murmurou. — Foi bem feito o que aconteceu hoje. — Referiu-se a .
— E isso é porque você sabia que era comprometido, mas mesmo assim deixou-me ficar com ele. — Eu me abaixei e peguei a cueca. — Não brinque comigo, priminho, pois sou a versão feminina de Chuck Bass — falei, sabendo que ele iria entender, porque foi obrigado a assistir Gossip Girl alguns dias atrás.
— Não faça isso — implorou.
— Tchau, tchau — acenei, mandei um beijo no ar e dei as costas.
Entrei no carro rápido, girei a chave e dei ré. apareceu na janela do motorista, com uma cara completamente irritada. Travei as portas um pouco antes de ele tentar abrir. Liguei o som no máximo, que passava uma de minhas músicas preferidas: Outta my head, da Ashlee Simpson. Comecei a cantar. [N/A: Se quiser, coloque a música 1 para tocar.]
— What? Is that all you got to say? What, what? You're rubbing me the wrong way. See your lips moving but I don't catcha word you say. Shut up your chatter. I need for you to go away — batia no vidro com força e tentava abrir a porta, gritando alguma coisa. Uma ideia me veio em mente repentinamente. Comecei a pôr em prática buzinando escandalosamente e chamando atenção de muita gente. A multidão crescia de acordo com que eu buzinava mais. Um dos rostos era conhecido: . Ele olhava para a cena, boquiaberto, deixando escapar alguns risos de vez em quando. Abaixei o espelho do carro e pisquei para mim mesma. Acho que já estava um pouco bêbada. Um pouco não; muito bêbada. Olhei para como eu era bonita e comecei a rir. Estava me sentindo magnífica. — You're looking at me for. Show me. Respect, or I will show you the door (Get it out that door). Lately. I've got a problem with the way that you behave. You’re too much and all your pushin don't leave enough room for me. — Cantei mais alto, balançando a cabeça no ritmo da música, jogando meu cabelo para todos os lados. Mordi o lábio e me diverti com o barulho dos gritos de e dos risos alheios. Aquilo estava sendo divertido, mas eu estava com sono. Acelerei o carro devagar e depois pisei fundo, dando três buzinadas que significaram minha saída triunfal.
Cheguei na casa de minha tia pouco tempo depois. Subi as escadas e entrei no quarto de Georgina. Tomei um rápido banho e deitei-me na cama dela. — Georgina não dormiria lá mesmo. — Levantei-me da cama para trancar a porta e pegar meu celular. Além do celular, também peguei a câmera fotográfica. Sentei na cama e liguei a câmera para ver as fotos. Tinha algumas com . Apaguei-as imediatamente. Meus olhos lacrimejaram. tinha sido o cara que eu mais tinha gostado de ficar. Ele era tão lindo, tão sensual, tão charmoso. Por que ele tinha que ter namorada? A julgar pela maneira que ele chegou em mim e me chamou para dançar, só um canalha mesmo. Isso. Ele era um canalha e eu tinha que parar de pensar nele. Tinha que extraí-lo de uma vez de minha cabeça, de meu pensamento. Após apagar todas as fotos, parei em uma que me fez gargalhar. e nudez: duas coisas que não combinavam. O amiguinho dele não era tão grande assim... Sabia disso pela noite que passei com ele. Minha primeira vez.
[N/A: Pode desligar a música 1.]
FLASHBACK ON
Não tinha sido bom o fato de eu ter me deixado levar. Sabia que não estava nem um pouco sóbria.
Estávamos no meu baile de formatura, do ensino médio. Já era madrugada e a brisa do vento frio batia sobre o meu rosto, fazendo a pele de meus ombros ficar ainda mais gelada, somada ao fato de que eu usava um tomara que caia preto. Para me esquentar, recorri à bebida.
Caminhei desajeitadamente até o bar, pedindo vodka ao invés de cerveja — a qual não sou muito chegada.
Minhas amigas estavam distantes, já fora do alcance do meu olhar. E eu queria realmente aproveitar a noite. Mas pra que isso acontecesse, primeiramente precisava estar aquecida.
Engoli de uma vez mais dois copos do líquido, que desceu ardendo por minha garganta. Um tempo depois, já senti-me alterada.
Sem ter a quem procurar — se é que eu queria procurar alguém —, e já tendo sensações de tontura, sentei em um sofá fofo, um pouco afastado da pista de dança, e nele acabei cochilando.
Abri meus olhos pesados, dando de cara com uma figura embaçada, e ao mesmo tempo, conhecida, sentada em um dos braços do móvel.
— Oi. — sorriu calorosamente.
O efeito do álcool ainda queimava dentro de mim. Balbuciei alguma coisa em resposta. Ele riu, carinhoso, da minha falta de jeito.
percebeu que eu estava mal, indo em direção ao bar e trazendo-me um copo de água, em seguida.
Minha cara não melhorou muito, nem meu estado. Percebendo isso, ele se ofereceu pra me levar ao banheiro, pra que eu pudesse lavar meu rosto.
Seguimos juntos para o local. Ele me apoiava pela cintura.
Quando entrei no lugar, sentindo o ladrilho frio por baixo dos meus dedos — já tinha me livrado das minhas sandálias de salto —, não tive tempo de ter alguma reação, enquanto ouvia o barulho da porta bater e ser trancada.
Meu primo se aproximava de mim já deixando seu blazer ir de encontro ao chão. Não estranhei. Nem tive a sensação de querer fugir. Talvez eu quisesse isso, mas estava alterada demais pra pensar por duas vezes. Eu sabia o que aconteceria a seguir.
Suas mãos já desabotoavam seu cinto, sem que seus passos se detivessem até mim. Encostei-me a parede, soltando um gemido abafado com o contato de nossas peles. De nossas bocas.
Pouco tempo depois, já sentia seus dedos longos e firmes descendo o zíper do meu vestido colado. Minha cabeça doía, não conseguia pensar em nada enquanto sentia o tecido preto escorrer pelo meu corpo até chegar aos meus joelhos. Não que eu tivesse tempo pra sentir alguma coisa que não fosse o calor de próximo a mim, causando-me arrepios. Queria curtir cada centímetro de seu corpo, e minhas mãos me ajudaram com esse desejo. Pouco tempo depois, a calça e a camisa dele já haviam sido arremessadas longe, e ele pressionava o corpo quente contra o meu, causando um contraste entre o quente de seu corpo e o frio da parede, atrás de mim.
Suas mãos trilharam um caminho dos meus ombros até a região central das minhas costas, e do silêncio profundo que estava o banheiro, ecoou um estalo, e logo meu sutiã tomara-que-caia já estava aos meus pés. Olhei-o com uma expressão um tanto provocante, vendo-o dar uma risadinha e descer seu rosto até a região do meu umbigo. Apoiei minhas mãos em seus cabelos macios, guiando o movimento de seus lábios até os meus seios, fazendo cada centímetro descoberto do meu corpo arrepiar.
Não tinha mais como voltar atrás, não havia ninguém pra interromper. começou a se movimentar pra cima de mim, alucinado pelo momento.
— Calma, amor. Não vai doer nada — ofegou. Os pelos da minha nuca eriçaram.
Já haviam se passado quatro músicas. Na quinta, o jeito do garoto tinha mudado completamente. Sentia-o com mais desejos. Seduzia-me cada vez mais com seus toques, e gemia baixo. Suas unhas estavam me arranhando de leve quando meu primo desgrudou os lábios dos meus e me puxou pela bunda, carregando-me em seu colo até a pia. Colocou-me delicadamente sentada sobre a superfície gelada de granito. Seu rosto estava vermelho, seus movimentos fortes e decididos.
Voltou a me beijar, deixando-me entorpecida enquanto seus dedos percorriam meu abdômen até chegar a calcinha. Antes que eu pudesse pensar em detê-lo, o pano que restava já havia sido tirado. Afastei-me anestesiada.
— Tem certeza? — arfei.
— Claro que sim — sibilou.
— Eu acho que é melhor não fazer isso... — declarei, já com lágrimas escorrendo de meus olhos.
— Cale a boca e não interrompa. Eu posso fazer o que eu quiser.
Fechei os olhos, sem poder fazer mais nada. Aquilo já estava acontecendo. Com ou sem meu consentimento.
FLASHBACK OFF
Balancei a cabeça, tentando expulsar aquele pensamento nojento. Meu celular vibrou. NOVA MENSAGEM.
, não vou dormir em casa hoje. Tenho coisas melhores para fazer, se é que você me entende... Xoxo, Geo. Eu logo voltaria para minha casa em Londres, eu logo esqueceria tudo isso. Ainda com esse pensamento, ajeitei-me na cama e dormi.
3 MESES DEPOIS...
Eu tinha voltado para passar meu aniversário na casa de minha tia, mãe de e Georgina, pois meu irmão, — com quem eu morava — tinha viajado. era muito amigo de e Georgina, apesar da diferença de idade, já que ele já tinha vinte e três anos e já estava na faculdade. Sua namorada, Lizie, era uma menina divertida.
me abraçou por trás, fazendo-me empurrá-lo.
— Seu presente de aniversário, .
Sorri falsamente para ele e fiz questão de fingir que ele não estava mais ali. continuara o mesmo idiota de sempre.
— Eu sei que você me ama, priminha. — Ele sorriu de um jeito sexy.
Tudo bem, eu admito. era muito lindo! Ele piscou para mim, descontraído, e saiu da cozinha.
— , querida, você ainda não está pronta? — perguntou minha tia, mãe de e Georgina.
— Já estou indo me trocar — declarei e fui para o quarto de Georgina.
— Sabe... Eu amo quando você vem para cá, priminha. — Fui surpreendida pela voz de ecoando pelo quarto.
Me virei e dei de cara com ele, que me olhava parecendo um pervertido.
— O que você tem em mente para meu aniversário? — perguntei, sentando na cama.
— Hm... Não sei exatamente. Estava pensando em ir para um Pub, que tal?
— Que horas? — perguntei, bocejando.
— Tarde, bem tarde.
— Tipo?
— Depois da meia noite. Vamos eu e você comemorar.
— Geo! — gritei por Georgina.
— Sim? — Ela apareceu na porta.
— Pub, hoje á noite, para comemorar meu aniversário? — perguntei, fazendo rolar os olhos.
— Claro! — respondeu, animada, e saiu.
— Pensei que seria só eu e você! — disse.
— Geo! — gritei por ela de novo.
— Hm? — Ela apareceu na porta, mas desta vez entrou.
— Que tal você chamar seu namorado?
— Ótima ideia — disse e pegou o telefone.
— Como é o nome dele mesmo? — perguntei.
— Brad.
— Ah, — fiz uma pausa — diz para levar algum amigo, não quero ficar na seca hoje.
bufou, derrotado.
De noite, foi para o pub antes de nós, que fomos depois porque ainda não tínhamos nos arrumado. Ao chegar, nos encontramos logo com Brad, namorado de Geo.
— Olá, . Georgina fala muito de você — disse Brad, com um sorriso aberto.
— Enfim nos conhecemos. — Tentei ser tão simpática quanto ele. — E então, você trouxe aquele amigo?
— Sim, trouxe.
— Ele não tem namorada, tem? — perguntei, rindo.
— Não, ele não tem. Terminou com ela há uns dois ou três meses.
— Ótimo — falei e sentei.
— Acho que ele foi ao banheiro — explicou. — Por isso que não veio recebê-la.
— Ah... — Sorri para o ar.
— Você está linda hoje. Se não fosse por Georgina... — disse, rindo e fazendo Georgina arquear uma sobrancelha.
— Ah, seu tarado. — Brinquei, com a voz afetada.
— Estou brincando. Eu não trocava Georgina por ninguém — disse e beijou Geo.
— O amor está no ar — cantarolei.
Geo mostrou o dedo do meio para mim.
— Meu Deus! — exclamei. — Como minha prima é educada. — Gargalhei e recebi outro dedo do meio.
— Vou ao toalete — falei e me levantei, ainda rindo.
— Vê se não foge, meu amigo vai me esganar se sair daqui na seca — disse Brad, ao desgrudar os lábios da boca de Georgina.
— Tudo bem. — Eu rolei os olhos e mostrei a língua.
Entrei no toalete e retoquei minha maquiagem. Ao sair, tombei com alguém. .
— Priminha! — Fez uma pausa e olhou para mim de cima a baixo. — Isso tudo é pra mim?
— Ah, claro, claro. — Fui sarcástica.
— Eu vou lhe dar o melhor presente de aniversário da sua vida — ele sussurrou em meu ouvido.
— Estou super ansiosa — encostei meus lábios em sua bochecha rosada.
— Tenho certeza que está — disse e piscou. — Vamos fazer o seguinte... eu te encontro em cinco minutos naquela mesa. — Apontou para uma mesa vazia.
Balancei a cabeça, prendendo-me para não rir.
— Tomara que valha a pena — eu disse e saí gargalhando.
Pobre . Ele esperaria milênios.
Sentei-me na cadeira de antes e procurei por Geo e Brad, que não estavam sentados.
"Devem estar dançando, ou em algum beco", pensei e tomei um gole de uísque.
— Oi. — Ouvi uma voz masculina.
— Ah... Oi — falei.
— Quer dançar? — perguntou.
— Claro — respondi, rindo.
"Até que Georgina arrumou um amigo de Brad bonito para eu passar a noite", pensei deixando escapar um sorriso malicioso.
— Qual o seu nome? — Ele sorriu de um modo sexy.
— . E o seu?
— . Você é linda, sabia? — Piscou um olho.
A música estava alta demais. Eu quase não ouvia o que ele dizia.
—Obrigada — sussurrei perto de seu lóbulo.
Depois de algum tempo dançando, perguntou com todas as letras:
— Posso te beijar?
Mordi o lábio e balancei a cabeça de leve para cima e para baixo. Ele tocou os lábios aos meus e não causou nenhum efeito especial. Foi um simples beijo, mas dava pro gasto. Passamos pouco tempo dançando e fomos para um lugar mais afastado. De longe pude ver sentado na mesa, solitário. Tive um pouco de pena dele, mas ele merecia. Era meu primo e ainda dava em cima de mim.
Entrei na saída de incêndio com e deixei-me levar pelos beijos dele. O beijo estava particularmente melhor, mais feroz. As mãos dele desceram da minha nuca para meus glúteos. A saia o permitia me tocar. escorregou a mão um pouco para cima e chegou à minha intimidade. Apertou-a com força, fazendo-me soltar um gemido baixo. Ele estava prestes a tirar minha calcinha quando interrompi.
— . Eu não quero — falei, esperando que ele não continuasse.
— Mas eu quero — disse.
— Não — falei, ainda com calma, e empurrei-o um pouco para longe.
— Por que não? Ora, droga! Não seja difícil.
— Porque eu não quero, porra! — aumentei meu tom de voz.
— Você é uma idiota. Me fez perder meu tempo.
Fechei os olhos e coloquei a mão na testa.
— Sinto muito, mas eu não quero — disse e saí, deixando-o com raiva.
— Ei, eu estava te esperando! — apareceu na minha frente. — Não quer o seu presente?
— Não de você — respondi e virei, indo em direção a mesa.
Sentei-me à mesa e senti meu celular vibrar no bolso da saia.
NOVA MENSAGEM.
Linda, feliz aniversário. Eu te amo, tá? Pena que não posso estar aí. Mais tarde eu ligo. Ps: Lizie está mandando um beijo. . Minha expressão que antes era entediada virou feliz. , meu irmão, que estava viajando pela Europa com a namorada tinha se lembrado do meu aniversário. Ele nunca conseguia acertar o fuso horário, então ainda pensava que era cedo. Tudo bem que faltavam cinco minutos para o outro dia. Cinco minutos para acabar meu aniversário, oficialmente. E eu ainda não tinha ganhado o presente perfeito.
Coloquei o celular dentro da bolsa e beberiquei o uísque.
— Feliz aniversário, — sussurrei para mim com um sorriso tedioso.
Rolei os olhos ao ver vindo em minha direção. Aproveitei que ele estava um pouco longe e me levantei para não ter que falar com ele. Entrei na pista de dança e relaxei. Era quase impossível me encontrar no meio de tanta gente. Quase. Encontrei a cabeça dele chegando mais perto de mim.
— Droga — murmurei.
— Primi... — ouvi a voz dele de longe.
Procurei desesperadamente por alguém que me ajudasse. era um chato e eu não o queria por perto; principalmente nos meus últimos minutos de aniversário.
Segurei qualquer cara pelo braço e beijei com vontade. A intenção era beijar qualquer um, só para desistir de mim. Mas foi mais forte. Aquele não era qualquer um, não era qualquer beijo. Entrei em transe e não consegui mais parar de beijá-lo. Simplesmente assim.
Afastei minha boca de seus lábios. Um tipo de eletricidade percorreu minhas veias.
— — meu nome em sua voz soava perfeito.
— Desculpe-me — falei para , quase em um sussurro.
Dei as costas e procurei sair do meio da multidão. Caminhei até o bar mais próximo e sentei em um banco.
— Alguma bebida? — o barman perguntou.
— Qualquer coisa forte — respondim fechando os olhos.
— Priminha... — a voz de .
— Foda-se! — gritei para ele escutar; o som estava alto demais.
— Qual o problema, linda? — disse, com a voz afetada.
— Seu problema é que você nunca vai conseguir me levar para a cama.
— Eu não estaria perdendo muito — disse, fazendo biquinho.
Eu podia ver a mentira em seus olhos. Ele estaria sim perdendo muito.
— Ótimo! Porque você nunca mais vai me levar para a cama — cantarolei.
— Ótimo! — fez careta e saiu.
Respirei fundo e abaixei a cabeça, encostando-a no balcão.
— Aqui está — o barman disse.
Bebi o conteúdo do copo sem nem me preocupar. Era forte e desceu queimando.
— — meu nome soou perfeito.
Olhei para trás e o vi.
— O que você quer, ?
Ele sorriu e me enlouqueceu por dentro.
— Eu quero conversar com você — disse e sentou-se ao meu lado.
— Fale logo — pedi, apressada.
— Eu gosto de você, . — Minhas pernas tremeram.
— Você tem namorada — falei.
— Não. Eu terminei com ela logo depois daquela noite. Juro por tudo. Eu gosto mesmo de você.
[N/A: Se quiser, coloque pra carregar a música 2]
— Eu quero nada com você — respondi, peguei minha bebida e me levantei.
— Por favor, . Escute-me — pediu, andando atrás de mim.
— Estou escutando — avisei.
— Eu iria ficar com você só por aquela noite, admito; mas foi tão forte que no mesmo instante que te beijei, prometi a mim mesmo nunca mais me separar de você. Por todo esse tempo, eu venho quebrando a promessa. Não me deixe continuar a quebrá-la. Fique comigo.
Encarei-o, indecisa. Nessa hora eu deveria dar razão para o orgulho ou para meu coração?
— Por favor. — A voz dele foi o bastante para eu seguir meu coração e beijá-lo.
— Quer ir para um lugar mais afastado? — Eu estava ouvindo direito?
— Com certeza — respondi sem hesitar.
Segurei em suas mãos e fui sendo levada por até a saída de incêndio que antes estava com .
Chegando lá, segui mais uma vez meu coração e pousei minhas mãos em seu pescoço. Aproximei nossos rostos, apenas encostando nossas testas e roçando nossos narizes, só pra sentir sua respiração. Olhei em seus olhos, aproximei nossas bocas e o beijei. Um choque atravessou por todo meu corpo, como se fosse um primeiro beijo. A língua dele passando por meus lábios pedindo passagem, as borboletas no estômago e os arrepios estavam presentes todo o tempo.
Já estávamos ofegantes e um desejo incontrolável nos consumia, até que uma de suas mãos começou a passear por dentro da minha blusa, por minhas costas, me arranhando levemente. Tinha a certeza de que aquele era o momento, eu precisava tê-lo. Caímos no chão e ele ficou em cima de mim.
Sorri, enquanto me encarava com um sorriso malicioso. Ele puxou minha cintura, juntando nossos corpos ainda mais, e beijou-me, mostrando o controle que tinha sobre mim. Consequentemente arranhei suas costas lentamente, o que fez com que soltasse um gemido baixo e morder meu lábio inferior rindo.
— Você quer com emoção ou sem emoção? — brincou.
— Não importa. — Sorri para ele com carinho. — Eu quero você. — Mordi o lábio dele, como ele fizera comigo antes. — Só você, de qualquer jeito, em qualquer lugar. A qualquer hora — sussurrei a última frase e beijei-o devagar, trocando de posição com ele e ficando por cima.
puxou minha blusa para cima e eu deixei que ele a tirasse, o mesmo fiz com ele que também não negou.
Do jeito que eu estava sentada em cima dele dava para sentir o volume em suas calças, que já não era pequeno. Voltei a beijá-lo, dessa vez mais intensamente, foi aí que me virou com força, ficando por cima de mim novamente.
Ele beijou meu colo, tentando abrir o fecho do sutiã e falhando. Tive que ajudá-lo e em poucos segundos a peça já estava longe de nós.
Dava leve mordidas no meu pescoço enquanto eu beijava seus ombros.
Começou a descer seu rosto e dar algumas mordidinhas na minha barriga enquanto descia minha saia e quando a eliminou, voltou a me beijar.
Foi deslizando sua mão por meu corpo até chegar à minha intimidade, onde ele começou a massagear lentamente sobre a calcinha de renda preta.
Deixava-me excitada saber que a qualquer momento alguém podia entrar e nos pegar. Deixava-me excitada saber que estava prestes a ser meu.
Coloquei minhas mãos em sua cabeça, puxando fortemente seus cabelos. A se ver sem a última peça de roupa que vestia, ele deitou seu corpo sobre o meu e voltou a me beijar rapidamente. Às vezes dava algumas mordidinhas no lóbulo da minha orelha, e voltava aos meus lábios.
Ele parou de me beijar por um momento e puxou sua calça, da qual retirou uma camisinha do bolso. Colocou-a em mim delicadamente e voltou a selar nossos lábios.
O chão estava arranhando minhas costas, o cheiro de cigarro não era agradável, mas não importava.
Resolvendo tomar iniciativa, mordeu meu pescoço e, sem que eu esperasse, penetrou-me com força, fazendo-me soltar um gemido alto. Segurou minha cintura com firmeza, fazendo movimentos lentos, e eu comecei a arranhar suas costas, cravando minhas unhas a cada investida sua, pedindo para ir mais rápido, mas ele mantinha o mesmo ritmo lento, e eu já não aguentava mais, precisava mais dele!
Coloquei minhas duas mãos em seus cabelos e os puxei, fazendo levantar sua cabeça e me olhar entre gemidos, percebendo que precisava mais dele. Então ele começou a refazer seus movimentos, desta vez, mais rápidos e urgentes.
Após alguns minutos, olhou apaixonadamente em meus olhos e saiu de dentro de mim de uma vez, o que me fez achar que já tinha terminado. Mas me surpreendendo, ele me penetrou fundo de novo; fazendo com que não aguentássemos mais e nossos líquidos saíssem juntos. Já cansada, sem mais forças, abracei-o sentindo seu suor e seu corpo quente de prazer. Uma lágrima deslizou em minha face. Mais uma vez tinha me feito chorar, desta vez de felicidade.
Depois de algum tempo na mesma posição, nos vestimos novamente e saímos da saída de incêndio, que antes tinha pegado fogo, se é que você me entende...
Ele entrelaçou as mãos nas minhas e seguimos até a mesa. Georgina e Brad estavam sentados.
— Ah, vejo que vocês já se conheceram — disse Brad.
— Hm? — perguntei, sem entender.
— Você e o . Já se conheceram. — Ele estava um pouco bêbado.
— Você conhece o ? — perguntei, ao mesmo tempo em que perguntou:
— Você conhece a ?
— Ha-ha; vocês viraram comediantes? — Georgina perguntou, rindo.
— Geo, eu não estou entendendo... — fui interrompida.
— É você que está fazendo aniversário hoje? — perguntou , com os olhos arregalados.
Balancei a cabeça, afirmando.
— Então... — estava chegando a mesma conclusão que eu.
— Então você é o amigo do Brad que veio para me conhecer?
Ele sorriu.
— Espera... Vocês não sabiam disso? — perguntou Geo.
— Não... Eu pensava que tinha sido outro cara... ...
— Quem? Pelo que eu saiba não tenho nenhum amigo chamado — disse Brad.
Como eu havia me enganado tão fácil? Nada dizia que era o tal amigo de Brad!
— Vocês vão dançar ou vão ficar aí? — Brad perguntou, me tirando do transe.
Ele e Geo já estavam levantados, caminhando para a pista de dança.
— Você quer dançar? — perguntou.
Assenti franzindo o cenho.
Ele me levou para a pista de dança e passou os braços por minha cintura. Qual música começou a cantar? The reason, Hoobastank [N/A: Se quiser, coloque para tocar a música- 2], minha música preferida. Tudo bem que eu amava Outta my head, mas aquele momento não combinava nada com a música da Ashlee Simpson. Eu não queria fora da minha cabeça; não mais.
I'm not a perfect person (Eu não sou uma pessoa perfeita)
There's many things I wish I didn't do (Há muitas coisas que eu gostaria de não ter feito)
— Eu adoro essa música — falei ao ouvido dele.
But I continue learning (Mas eu continuo aprendendo)
I never meant to do those things to you (Eu não pretendia fazer aquelas coisas com você)
— Então, meu primeiro presente vai ser esse. Essa música agora é a nossa música — ele disse, me girando de acordo com o ritmo.
And so, I have to say before I go (E então eu tenho que dizer antes de ir)
That I just want you to know (Que eu apenas quero que você saiba)
I've found out a reason for me (Eu encontrei uma razão para mim)
To change who I used to be (Para mudar quem eu costumava ser)
A reason to start over new (Uma razão para começar de novo)
And the reason is you (E a razão é você)
— Primeiro?
— Sim, ainda tem outro.
— Posso saber o que é?
— Eu posso te mostrar o que é — disse e tocou os lábios nos meus. — Me daria a honra de ser minha garota?
— Você quer que eu namore você? — Não seria exagero se eu dissesse que meus olhos lacrimejaram.
Assentiu.
— ... Eu... Eu não sei o que dizer.
— Isso quer dizer uma coisa boa?
— Eu te adoro. — Três palavras fortes, muito mais forte do que você imagina.
— Seria cedo demais para falar que te amo? — perguntou me surpreendendo.
— E se eu dissesse que também te amo? — perguntei.
— Ridículo o modo como os humanos se apaixonam rápido. Eu ainda nem te conheço direito — brincou.
— Ainda — repeti. — Nós teremos muito tempo para nos conhecermos, .
— Quanto quer dizer muito tempo?
— Para sempre enquanto durar — sussurrei.
— Acho que "para sempre" soou bem — disse e mordeu meu lóbulo esquerdo.
— Tenho certeza que "para sempre" soou bem — falei e beijei os lábios dele. Lábios que a partir daquele momento seriam meus a qualquer hora. Para sempre enquanto durar...
Nota da autora (Mykitta): Foi meio do nada minha participação nessa fic, concordo. Mas não posso dizer que não gostei. Na verdade, EU AMEIIIII.
Cara, já achei super mara a parte que já tava pronta, daí, quando juntamos tudo, fiquei de boca aberta. Na real.
Bia escreve bem. Fato. Eu fiz o melhor que pude e na minha opinião, ficou bem digno também.
Então, espero que gostem de OMH, e comentem muito, muito e muito! Boa leitura pessoal õ/
Nota da autora (Bia G): Sério, estou muito feliz de estar escrevendo esta n/a, muito mesmo. E aí? Gostaram? Me digam tudo nos comentários, ok? E a parte do seu primo pelado na praia? Ri muito escrevendo! Quero agradecer MUITO a lan, porque sem ela, OMH não tinha saído... (Sério lan, se você não tivesse lá na tag quando eu perguntei “Alguém aqui sabe escrever fic restrita?”, OMH nunca seria a mesma coisa, sem o vitor, que fez a parte do Flashback), além de que foi ela que leu OMH por partes, antes de todo mundo! Laaan, MUITO obrigada, você é muito diva *-* Amy, obrigada, tá? Por ser a melhor beta de todas!, e a Mykitta? Meu Deus, a parte quente com você e seu guy é dela; numa saída de incêndio, hein? Você escreve bem demais Mykitta! Agradeço também às minhas cobaias que leram OMH antes de todo mundo e deram as opiniões sinceras: That, Bia Gomes, Fanne e Belle - Espero que vocês tenham amado OMH tanto quanto eu amei. E Vitor, você escreve MUITO bem! Obrigada por ter me ajudado *---* Para a n/a não ficar cansativa, fico por aqui, beijos e abraços, e não se esqueçam de comentar, tá? Haha.
comments powered by Disqus Nota da Beta:Comentem. Não demora, faz a autora feliz e evita possíveis sequestros - só um toque. Qualquer erro encontrado nesta fanfiction é meu. Por favor, me avise por email ou Twitter. Obrigada. Amy Moore xx