- ... – ela murmurou entre lágrimas.
- NÃO ME CHAMA ASSIM! VOCÊ NÃO TEM ESSE DIREITO! – ele berrava, sem se importar com os vizinhos e os outros. – VOCÊ PERDEU ESSE DIREITO ASSIM QUE ME TRAIU!
Seu tom de voz apenas fazia com que chorasse mais ainda. Não fora sua intenção, mas ele parecia não ligar...
Ele não confiava nela. E isso fazia com que doesse ainda mais, afinal, sem confiança não há relacionamento. Não há amor...
A dor apertava seu coração, como alguém pode sofrer tamanha dor por meio da pessoa amada? Como? Era o que pensava enquanto seus soluços eram abafados pelas brutas palavras de .
- VOCE NÃO TINHA! EU NUNCA TE DEI UM, UM MOTIVO PRA VOCÊ ME TRAIR, ! NUNCA! SEMPRE FUI UM NAMORADO EXEMPLAR, CARINHOSO, MAS PARECE... – ele parou, respirou fundo e sorriu sarcástico, fazendo duas lágrimas despencarem por seu rosto. – Parece que você não liga.
Por essa não esperava, foi como levar um tapa na cara. Ela parou de chorar no mesmo momento e encarou no mesmo instante. Seu rosto ficando vermelho, mas dessa vez, de raiva.
Quem pensava que era pra falar que ela não liga pra ele? Quem? Ela quem sempre deu de tudo em si pela relação deles... Ela que sempre o amou, que sempre o perdoou, e agora que pedia um pouco de perdão, ele não queria lhe ceder? Ela fez merda, sabia, mas errar é humano, quem não erra ou já errou nessa vida?!
riu, sem um pingo de alegria ou humor. Sem vida.
- Até parece que você nunca errou, , até parece. – ela disse, sua voz em um extremo tom frio. – Até parece que você nunca fez nada nessa vida... Até parece! Então, não venha dar uma de bom moço pra cima de mim, que eu não irei aceitar. – em seu rosto, um grande sorriso falso.
Ela queria esmagar toda aquela dor que sentia e jogar para o fundo de seu ser, onde ela não pudesse nem se lembrar dela.
- Então, fazemos assim: vamos pular todo esse teatro; eu te traí, como se você nunca tivesse feito o mesmo, e você me acusou sem dó nem piedade e nem me dando chance de me explicar, um jeito fácil de fazer isso sem ficar pior é terminarmos aqui e agora.
Na última oração, tinha uma certeza imensa em sua voz, que nem parecia a que até agora pouco estava chorando. Está certos que seus olhos continuavam vermelhos e inchados, iguais à seu rosto, mas sua pose, como ela se recompôs, não parecia que havia sido ela que tinha chorado na frente dele.
- C-como? – perguntou incrédulo. Nunca pensara em terminar com , acima de tudo, a amava! Estava apenas extravasando sua raiva, sua dor nela, na própria culpada pela tal dor.
- Isso mesmo que você ouviu, , nós vamos terminar aqui, e agora.
suspirou, e isso fez com que algumas lágrimas soltassem de seu supercílio e rolassem pela sua bela face. Seus olhos vermelhos, não aquele tom de , mas sim, todo vermelho. E não de ódio, mas sim, por causa das lágrimas. Lágrimas causadas por ela.
- Ótimo! – ele disse com frieza. – Quer terminar? Termine!
Ele começou a se aproximar perigosamente dela, esquecendo-se totalmente dos espectadores. Seus passos eram duros no chão, como se fosse para aliviar sua dor, sua raiva... Seu ódio.
- Pois saiba muito bem, muito bem, que eu não quero terminar. Não quero e não aceito. – ele disse já perto o suficiente para causar as tão conhecidas sensações de tê-lo por perto. – Vamos! Cadê sua coragem? Termine!
- E-eu e-est-estou... – ela não conseguia parar de gaguejar, aquela proximidade estava afetando seus sentidos. Aquele cheiro... Aquele delicioso perfume. Perfume que ela reconheceu na hora, aquele era o perfume que ela dera para ele no 1° mês de namoro.
- Viu? É isso. Você não tem coragem de terminar nosso namoro. Não tem. – ele sussurrou bem perto da boca dela.
Seus hálitos se misturavam, deixando uma fresca fragrância de menta com um toque de morango.
entreabriu os lábios, esperando o contato que ansiava naquele momento. Ela se arrependeria? Não, claro que não, o amava. E mesmo com essas crises, ela sabia, ele também a amava.
- Você não tem coragem, porque me ama. – ele desviou os olhos de sua boca vermelha e encarou seus lindos olhos . Deu um sorriso de canto. – Assim como eu também te amo, . – terminou em um murmúrio, para então, selar seus lábios com os dela.
FIM
N/A: Bom gente, primeira fic do McFLY, então queria saber o que acham de verdade. Espero futuramente escrever mais, já que adoro ler fics deles. Obrigada a Thacy que betou a fic e corrigiu meu erros de script. Valeu, Thacy!
Obrigada também a quem vai comentar e a quem leu, de verdade!
Bom, era isso.
Beijos!
Lu.
N/b: Não precisa agradecer, Lu. Foi ótimo betá-la. :D
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