- Droga! - xinguei.
Estressei agora. Também, quem não se estressa ao ler um pequeno recado da mãe, ao chegar da escola, dizendo:
"Querida
A vovó adoeceu muito e eu tive que voltar correndo para o Brasil. Sei que conseguirá se virar, será apenas por no máximo um mês. Comporte-se e, qualquer coisa, a vizinha e o pessoal do hotel provavelmente ajudarão. Lembre-se, não aceite NADA nem fale NADA de/com estranhos e juízo quando for sair. Faça as lições de casa e tente não queimar a comida. Não use drogas, por mais que seus amigos digam que é bom, não tenha relações sexuais [sei que você tem apenas 16 anos e não faria isso, NÃO É?!] a não ser que esteja pronta, e pelo amor de Deus, não taque fogo na cortina como da última vez que te deixei sozinha. Respeite todo mundo e..."
Bom, de resto se seguia um monte de recomendações que ocupavam metade da página, só que são aquelas básicas, sabe? Para criancinhas de 6 ou 7 anos, e não para uma aborrecente de 16.
Hmm... metade eram inúteis, mas umas até... PS?
"PS: Seu pinguim e seu cachorro de pelúcia + seu ratinho de marionete estão na lavanderia, eu sei que você não consegue dormir sem eles.
Beijos, Mamãe"
Hm, bom saber. Eu teria pesadelos toda noite se ela não avisasse.
- COMO ASSIM UM QUARTO NO TERCEIRO ANDAR? - nossa, pulei agora. Sabe, eu sempre achei que as pessoas deviam ter mais delicadeza nos hotéis que ficam hospedadas, por mais podres [como esse] sejam. E o garoto continuou a berrar. - EU TINHA PEDIDO COBERTURA!
Botei a cabeça para fora da porta pra ver da onde vinham os gritos. Hm, que tal usar um pouco da massa encefálica? VOCÊ mora no 3º andar, o cara está reclamando do quarto no 3º andar... Da onde será que os gritos vem, se em cada andar só tem 3 quartos e o seu [obviously] e o da vizinha estão ocupados? Tá, esqueçam minha conversa interna. E essa também.
- Hey! HEEEY! - comecei a esmurrar a porta do vizinho que não sabia controlar o volume da voz. Um garoto gordinho, loiro, de uns 17 anos e com uma covinha só [do lado esquerdo, fato] me abriu a porta, um pouco corado, provavelmente por ter gritado tanto.
- Ahn, erm... Meu nome é , mas pode me chamar de , sou sua vizinha. - eu sorri. Dude, o que que eu to falando?
- Ah. É... Bem, meu nome é Thomas, mas pode me chamar de Tom. - ele pareceu meio confuso, afinal, eu estava esmurrando a porta dele, e agora chego me apresentando? É, confuso.
- Ok, Tom! Ahn, bem, eu queria pedir para você sabe... Se fosse possível... Gritar mais baixo - isso , gritar mais baixo, palmas para você.
- Ah, sim, claro, desculpa, é que pedimos um quarto na cobertura e eles arranjaram esse no 3º andar. Sorte que é temporário e...
- DUDE! Um... [essa parte eu não ouvi] morto!! Eu não acredito, tadinho dele, vamos fazer um funeral! Vou comprar as flores e... Wow! - Um outro garoto, de uns 16 anos, olhos MUITO azuis [mais azuis que o céu, mas em dia aberto, se não seria cinza dãããr. Ignore], cabelo liso [com chapinha, dava pra ver] e uma penca de sardas apareceu segurando alguma coisa na mão, e parou quando me viu. Rá, beleza brasileira, baby. Só se for beleza de favela, fala sério, esqueçam esse último comentário. Corrigindo: Rá, muleque, eu sou irresístivel!
- Daniel meu Jones é nome. - ele disse, nada embarassado e eu arqueei uma sobrancelha. - Desculpa. Meu nome é Daniel Jones, mas você pode me chamar de Danny.
- Hm. OK, meu nome é , mas pode me chamar de . Hm.. acho que vou indo.
- Não quer participar do funeral? - Danny perguntou, os olhos voltando a ficar úmidos [sim, eles estavam antes, esqueci de mencionar].
- Funeral de quem?
- Do rato!! - ele abriu a mão e mostrou um rato morto. Eu paralisei, e Tom fez uma cara de quem ia vomitar. - ? Tom?
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAH!! Tira, tira! - eu saí correndo e bati a porta de casa. Que nojo.
- Dude, que nojo, você espantou a menina! Vai lavar essa mão Ratleg! - escutei por trás da porta. Ratleg? Que estranho, esses londrinos tem cada uma. Melhor tomar banho.
XxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXx
- P**a que o pa***!! Esses moleques não dormem nunca?! - gritei, afundando a cabeça embaixo do travesseiro. Eu to tentando dormir, tenho escola e prova de História amanhã! E esses dois malucos estão lá, acordados, tocando alguma coisa no violão. Não que eles toquem mal, MAS EU NÃO AGUENTO MAAIS! Levantei e arrumei o cabelo, fui lá reclamar. Bati na porta, de novo, segurando meu pinguim [de pelúcia] com a outra mão. Escutei uns barulhos atrás da porta e me aproximei para escutar.
- Ai Danny, deixa eu ver quem é!
- No way, se for a vizinha gostosa EU abro!
- MAS DEIXA EU VER QUEM É PRIMEIRO CACETE!
- NÃO!
- Você assustou ela com o rato hoje, ela não vai querer nada com você, cai fora. Deixa eu ver!
- Cofcof. - chamei e eles pararam.
- É ela!! Será que ela ouviu a parte do gostosa? - Danny perguntou, bem... um pouco alto demais, com uma voz meio fina.
A porta se abriu devagar e revelou os dois com um sorriso amarelo no rosto. Depois imaginei a cena: eu, com meu pijama de passarinho [os desenhos do pijama, não o modelo. O que tem o modelo eu deixei no Brasil, mas isso não vem ao caso], segurando um pinguim de pelúcia. Lembrando: eu tenho 16 anos.
- Ah. Oi. - Tom disse ficando vermelho.
- Oi... Olha, será que vocês poderiam parar de tocar? Eu tenho aula e prova amanhã.
- Ah, desculpa, a gente parou a escola, esquecemos que as outras pessoas da nossa idade não. Ahn... Erm, sabe o que é? A gente não tá cansado o suficiente para dormir. Mas não vamos mais incomodar, não se preocupe. - Tom explicou. Concordei e dei boa noite, voltando para o meu apê.
Depois de uns 15 minutos, pensando no que ele disse, sobre terem saído da escola e talz, conclui que, querendo ou não, amanhã procuraria eles e faria eles me explicarem tudo direitinho. E finalmente dormi.
Capítulo 2. One bed is broken/ next room is smoking/ air-conditioning stuck on heat
Cheguei da escola e taquei minhas coisas no sofá. Enquanto me decidia se ia a uma Starbucks ou não, se preparava o almoço sozinha mesmo[se virar sem mãe é phoda], escutei os meninos tocando de novo, e decidi ficar por aqui mesmo, não morreria se preparasse meu almoço ao menos uma vez. Pelo menos ia ficar escutando a música deles, que é muuito boa. Não importa quanto tempo demore, tenho certeza que um dia eles vão ser muito famosos, se essa for a intenção. As férias estão chegando uhul!
Coloquei a comida no fogo e fui tomar um banho. No banheiro não se escuta direito, então tomei o banho o mais rápido que eu pude. De alguma forma eu me sentia meio, hipnotizada, pela música deles, era...addictive. Me vesti e percebi que a música tinha acabado. Por que será?
- Cofcof - nossa que fumaceiro é esse? MEU ALMOÇO! Fui correndo para a cozinha tentar salvar alguma coisa, mas decidi abrir a porta primeiro, para não morrer asfixiada.
Depois de algum tempo sentada no sofá, com a barriga roncando[eu tinha desistido de terminar, ou recomeçar, e estava sem paciência para ir numa Starbucks], ouvi uma batida na porta e fui atender, desejando que fosse um entregador de pizza, que já tinha sido pago e que se enganou de casa. Acorda , entregador de pizza à 1 PM?
- Hm. - disse um pouco desapontada quando vi Danny todo arrumado e com um sorriso de orelha a orelha na minha porta. Ele aumentou ainda mais o sorriso, se é que é possível.
- Ah! Oi, o Tom pediu para perguntar se você quer jantar com a gente hoje, porque... erm... bem... nós vimos a fumaça, e sabe...
- Ok, Danny, acho que eu vou sim, todo mundo já deve ter percebido que eu sou uma negação na cozinha... obrigada pelo convite!
- Hm... então aparece lá pelas 7:30 PM?
- Ok.
- Então até mais!
- Até Danny... - Hm. Jantar, Tom e Danny. Só uma palavra: Socorro.
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Mais tarde...
Me arrumei e me preparei para o jantar que eu apostava que seria o mais estranho da minha vida. Eles são bem estranhos. O Danny querendo fazer um funeral para o rato... o Tom nem é tão estranho assim, pelo menos não notei nada até agora. Até agora.
Eles tocam super bem para quem tem 16 e 17 anos, devem fazer isso a muuito tempo, porque eu toco desde os 12 e nem sou tão boa assim. Longe de boa pra falar a verdade. Mas tem gente que nasce pra isso. Mas se eles querem realmente fazer sucesso, acho que precisam de um baixista e de um batera, eu só escuto violão.
Me olhei no espelho. Simples, mas bom. Calça jeans skinny, all star rosa listrado de preto[ou preto listrado de rosa!] e uma camiseta regata preta, com "Born to be" escrito em prateado e "happy" em rosa brilhante. E o cabelo preso em um rabo de cavalo alto. Hm, tá bom.
Bati na porta e Danny abriu, e eu percebi que tinha alguma coisa errada. Ele estava apenas de boxer, e ela estava como se tivesse sido colocada às pressas, o que eu não duvido, todo suado e ofegante, e seu corpo mostrava várias, muitas, milhares de sardas. Mais atrás, no sofá, Tom estava com uma almofada tampando... aquela região, também muito suado. E como eu nem tenho mente poluída, deixei passar. Mentira, minha mente é super poluída, vocês já devem ter pensado o mesmo que eu.
- Ahhn... NÃO é o que você está pensando! - Danny demorou um pouco para sacar que a situação estava mal para eles. - me dá 2 minutos que eu explico! - e bateu, isso mesmo, bateu, a porta na minha cara. Não se fazem mais homens como antigamente...
E realmente, 2 minutos depois, contados no relógio[quando eu quero eu faço], ele abriu a porta, com uma bermuda e um sorriso.
- Entra aí... - eu entrei meio relutante e lá dentro estava MUITO quente, talvez, um talvez muuuito talvez[isso existe?!] eu tivesse julgado errado. - NÃO! - Danny gritou, me dando um susto. Eu ia sentar em uma cama, ele me puxou até um sofá. - Desculpa... ela tá quebrada, você poderia cair...
Que fofo, ele se preocupa comigo. Fala sério, eu mereço. Acho que eu começo a entender o chilique do Tom sobre o quarto... ele estava realmente acabado.
- Hm. - eu disse. Já estou começando a ficar com medo de jantar aqui, passar fome parece uma idéia agradável agora.
- Erm, ? Eu pedi pizza ok? - Tom apareceu só de bermuda também e disse.
- . - Ele me olhou confuso - Prefiro , e não se preocupe, pizza está ótimo. - eu podia ter pedido pizza em casa, evitaria passar muito tempo com esses... gays. - Nossa, como ta quente aqui!!
- Era isso que a gente ia explicar. O ar-condicionado está preso no quente, a gente tentou destravar, mas acabou piorando a situação... - ele mostrou o ar condicionado, que estava sem o botãozinho para mudar. Arqueei as sombrancelhas. - era por isso que estávamos sem roupa, só com algumas coisas tapando... bom, e por isso estávamos suados também.
- Não somos gays! - Danny acrescentou com um olhar assustado, como se fosse a pior idéia do mundo.
- Não pensei nisso Danny - mentira.
- Que bom!! - ele pareceu aliviado.
- Tom, você disse que vocês saíram da escola - nem mudei de assunto. Ele concordou - por quê?
- Bom, basicamente e resumidamente porque queremos ser músicos. Eu fui fazer um teste para entrar no Busted, mas perdi e quem entrou foi Charlie Simpson. Mas James Bourne, outro integrante, me convidou para compor junto com eles e quando eu assistia o teste para a boyband V, Danny apareceu com um violão embaixo do braço e ele toca muito, aí eu perguntei se ele queria compor comigo, talvez montar uma banda, e cá estamos. Mas ainda nem temos contrato com gravadora, estamos só compondo mesmo.
Ok, eu só queria saber da escola, mas tudo bem. As pizzas continuaram e eu continuei com as perguntas. Treinando ué, pra quando eu for jornalista de alguma revista teen e for entrevistar bandas famosas. No fim, umas 10 PM, eles tocaram uma música para mim, Not Alone, que o Danny tinha composto quando vinha de Bolton para cá. A letra é linda, e mesmo sem baixo e bateria a música é perfeita, a voz dos dois é incrível, e Danny realmente toca muito.
- Hey todo mundo! - entrou na sala sorridente e todos eles o cumprimentaram. Eu permaneci quieta até que ele se aproximou de mim, com um pequeno sorriso nos lábios, que me fez sorrir.
Estava muito entediante. Você não faz nem ideia. tinha ido pra turnê já fazia uma semana, e eu não tinha absolutamente nada pra fazer. Pensei em ligar para os McGuys, mas eu estava evitando há tempos. Cara, ele me beijou! E o pior: eu gostei! Não gostei só do beijo dele, mas eu finalmente percebi que todo esse tempo eu gostava do ! Mas eu não podia arriscar. Eu gosto do , ele me faz bem. Eu não posso fazer isso com ele. Mas e se ele fizesse isso comigo antes? Ok , chega dessas caraminholas na cabeça, volta a fazer sua lição de matemática. Ah, que fazer lição de matemática o que, o professor nem olha minha tarefa! Acho que vou... ficar olhando a parede e ouvindo música, é. Mofar me parece uma boa ideia.
- Danny, você toca desde quando? - sou curiosa, que foi?
- Ganhei minha primeira guitarra aos seis anos... - ele disse orgulhoso. Uau, 10 anos tocando... tá explicado porque ele é tão bom.
Lá pelas 10:30 PM eu voltei pra casa, cantarolando Not Alone.
Capítulo 3. Outside is raining/ there's a guest upstairs complaining/ About the room that's got their/ TV too loud
1 semana, sete dias, 168 horas, 10.080 segundos. Já aguentei tudo isso sem a minha mãe. Eu não presto, fala a verdade. Quando eu não tenho nada para fazer, tipo lição de Ciências Sociais, eu fico fazendo essas contas. Com calculadora, obviously. Muito mais divertido que lição de casa.
O tempo mudou, agora tá chovendo, um saco, só porque as férias começaram. Desde aquele dia do jantar na casa dos meninos eu vou direto lá, pra conversar, para jantar, pra ajudar... Eles já viraram uns bests friends.
Liguei a TV e coloquei no canal de clipes, e deixei alto, no máximo, pra ir escutando as músicas durante o banho. Hoje eu ia jantar só com o Danny, porque Tom ia visitar a família e ele ia ficar sozinho. Jantaremos aqui, e ele vai me ajudar, em troca da sobremesa-surpresa que eu prometi fazer, que é brigadeiro, que ele nunca comeu. Isso eu sei fazer bem.
Danny tinha me conquistado, fato. Ele é tão fofo, fica falando umas coisas nada a ver, com aqueles olhos azuis mara e todas aquelas sardas. Nunca vi pessoa mais cheia de sarda que ele. Eu falo 'cheia de sarda', porque se eu falar sardento, parece sarnento, que tem sarna, e fica estranho. Porque ele é cheiroso até. Ok, isso não tem nada a ver. Esqueçam, eu nunca entendi direito o que é sarna.
Antes de ontem foi muito engraçado, era meu último dia de aula, e eu estava na casa deles comemorando, e Danny estava desenhando alguma coisa, enquanto eu conversava com Tom.
Flashback
- Ô Tom, agora que eu reparei, seus olhos são castanhos, que fofo! Aqui em Londres não se ve muito olho escuro, a maioria é claro... - comentei observando melhor. É muito estranho você observar o olho das pessoas, parece que elas desviam o olhar.
- É... - ele respondeu tímido, ficando vermelho e desviando os olhos. Rá, falei.
- TOM! Preciso de um favor! -Danny levantou a cabeça do desenho e gritou para Tom, sendo que ele estava do nosso lado. Eu pude ver o desenho dele e parecia um desenho de uma criança de seis anos, meio rabiscado. Danny não tinha realmente muito talento para desenhar como tinha para tocar guitarra. Ah é, fato: Danny é canhoto. Fato ignorante e inútil, mas sei lá, eu tenho umas quedinhas raras por canhotos. Normalmente, é bem estranho, eu não gosto de canhotos, deve ser estranho, mas é humanamente impossível não gostar do Danny. Anyway.
- Fala.
- Eu quero pintar meu desenho, que cor são seus olhos?
- Que cor você acha que são?!
- Hm... vermelhos?
End Flashback
Dude, o que eu ri com a cena. Terminei meu banho e saí, me secando. Escutei uns xingos vindo lá de baixo, do 2º andar, mas nem liguei muito. Abaixei o volume da TV, já que eu ia ficar ali mesmo, mas ainda deixei alto, e os xingos continuaram. Quando Danny bateu na porta, eu desliguei a TV e fui atender. Ele estava bem xisque, uma camisa xadrez e um jeans um pouco largo, tênis esportivo, Nike e cabelo arrumado.
- Hey! - cumprimentei e ele deu aquele mega sorriso que eu adoro.
- Hey! Eu trouxe o que você pediu, o leite condensado e a manteiga. - é, além de ajudar no jantar ele ainda ia trazer os ingredientes para o brigadeiro.
- Ah valeu, entra aí... desculpa a bagunça, adolescente vivendo sem mãe é phoda...- ele riu, aquela risada escandalosa que eu gostava, já tinha me acostumado, a primeira vez levei um susto.
- O vizinho de baixo veio reclamar da TV alta... - ele apontou para a minha TV - ele achou que era eu, porque normalmente quem faz bagunça somos nós.
- Ah, é que eu tava no banho e queria escutar as músicas dos clipes... vamos ao trabalho? - ele concordou e fomos para a cozinha.
Enquanto eu mexia o molho e ele conferia se a água do macarrão já tinha fervido, nós íamos comentando um monte de coisas idiotas e quando Danny virou o macarrão, ele quase derrubou metade na pia, me fazendo ter uma crise de riso que necessitou o chão[para eu sentar], um copo d'água e uns tapinhas nas costas[beber água e rir ao mesmo tempo dá isso!]. Mais tarde, durante o jantar...
- Dude, você cozinha bem, o molho tá perfeito!- Ele comentou com a boca toda suja do molho.
- To vendo... o molho com macarrão tá bom? Porque no seu prato tem mais molho que macarrão! - nós rimos e ele sujou mais ainda a boca. -Ai Danny, nem uma criança de seis anos se suja tanto! - peguei um guardanapo, limpei a boca dele e fiquei olhando naqueles olhos azuis. Abaixei a mão.
Eu estava meio inclinada e dava para perceber que os olhos dele corriam dos meus para minha boca, e por fim ele se decidiu e começou a se inclinar devagarzinho e eu fechei os olhos, só sentindo a respiração dele se aproximar da minha boca, até que ele colou nossos lábios. Eu levantei a mão e pus no rosto dele e ele fez o mesmo, pondo a mão dele na minha nuca, e pressionando meu rosto contra o dele, fazendo o selinho ficar mais intenso. Ele começou a passar a língua pelos meus lábios, e eu abri a boca, deixando a língua dele se encontrar com a minha. Eu sentia uns arrepios passando pelo meu corpo, eu nunca tinha sentido isso antes. Quebrei o beijo para recuperar o fôlego e ele riu baixinho, os lábios ainda colados nos meus, com uma distância mínima entre eles.
- Desculpa- eu falei baixinho e me afastei dele, sentindo meu rosto arder. Ele não estava corado, muito pelo contrário estava com um mega sorriso. Ah é né, pra ele eu sou a "vizinha gostosa". Levantei da mesa e levei meu prato para a cozinha e comecei a lavar a louça. Eu odeio lavar a louça, mas precisava fazer alguma coisa pra não ficar tão embarassada. Senti Danny me abraçando por trás e parei esperando.
- Pelo quê? - ele perguntou baixinho, no meu ouvido. Hm... do que ele estava falando?
- Pelo quê o que? - perguntei.
- Como pelo que o que? - ele perguntou. Podia sentir ele zoando da minha cara, mas pelo visto ele estava tão confuso quanto eu. Ele começou a dar beijinhos no meu pescoço e ombro me arrepiando toda, o que causou um sorriso nele.
- Como "como pelo que o que?"? - me perdi com minha própria pergunta, acho que estávamos competindo para ver quem desistia primeiro.
- Sei lá! Você que começou pedindo desculpa! - Há ganhei!
- Não é isso, eu gostei, sério, mas é que... ah sei lá! - ele riu de novo e deu um beijo na minha cabeça.
- Relaxa ok? Mas se você quiser, podemos ser apenas amigos! - ele deu de ombros e começou a me ajudar com a louça. Eu não reclamei, afinal, ajuda na louça é sempre bem-vinda.
- Acho melhor Danny... - e ele concordou, visivelmente desapontado.
XxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXxXx
- Aaaiii tá quente, tá quente! - Danny chegou correndo com a tigela de brigadeiro [que devia estar muito quente, afinal, 9 minutos no microondas esquenta muito] e eu ri da cara dele ao colocar[lê-se: tacar] a tigela na minha frente.
- Calma amor, você devia ter pego um paninho - eu olhei para ele como se fosse obvio e ele parou de assoprar os dedos para me olhar descrente. Eu ri de novo.
- Obrigado pelo aviso, vou lembrar disso na próxima vez... - ele disse e ficou esperando que eu terminasse. Comecei a virar o brigadeiro e despejei numa outra tijelinha, pondo granulado por cima.
- Agora a gente só espera esfriar, depois já pode comer! - expliquei e ele concordou. Fomos para a sala, e ele sentou no sofá, e eu pulei no colo dele.
- Ai! - ele disse quando eu caí. Eu ri e encostei a cabeça no ombro dele.
- Num reclama, que eu sei que você tá gostando! - eu falei convencida, mostrando a língua. Ele mostrou também e rimos.
Depois de um tempo falando besteiras, levantei e peguei o brigadeiro, com um paninho embaixo e sentei do lado dele, segurando duas colheres. Apoiei a tigela na perna dele, com o paninho embaixo e peguei uma colherada. Ele ficou me olhando como se esperasse permissão.
- Se você pegar da bordinha não fica tão quente! - peguei uma colherada e enfiei na boca dele e ele olhou para cima sentindo o gosto. Eu ri da cara dele e peguei uma pra mim.
- Hm é bom! - ele disse e começou a pegar.
- Claro que é, você duvidou de mim Jones?! - eu fiz uma cara ameaçadora e ele negou rápido com um olhar assustado. Eu ri da cara dele e encostei a cabeça no ombro dele de novo. Rir é tão bom...
Depois de acabar com a tigela[Danny comeu quase tudo, depois de um tempo eu enjoei], encostei a cabeça no colo dele e ele ficou fazendo carinho no meu cabelo.
- Você vai dormir aqui? - perguntei. De um lado eu queria, já estava cansada de dormir sozinha nesse apê, por outro, tinha medo do que podia acontecer.
- Se você quiser... - ele deu de ombros. Virei pra cima pra olhar diretamente nos olhos dele.
- E Tom?
- Acho que ele vai dormir na casa dos pais hoje, segundo o que ele me disse.
- Promete que não vai abusar sexualmente de mim durante a noite? - ele riu.
- Prometo... - eu levantei e fiquei de frente para ele de novo.
- Então pode dormir aqui! - eu disse com um sorriso e ele concordou com um sorriso também. Lá fora ainda estava chovendo, e depois de um trovão megaforte acabou a luz, e eu grudei nele. - Agora é obrigatório você dormir aqui!- eu disse no colo dele e ele riu. Esse menino gosta mais de rir do que eu! Eu estava com os braços em volta do pescoço dele e a cara escondida entre o pescoço e o ombro. Ele me envolveu nos braços deles e ficamos lá.
Quando voltou a luz ele foi buscar roupa na casa dele. Deitamos na cama da minha mãe, que era de casal e eu encostei a cabeça no ombro dele. Só que essa posição ficava desconfortável, então eu virei logo, ficando de costas para ele. Quando eu já estava quase dormindo, senti ele me abraçando e encostando o rosto no meu pescoço, a respiração dele me fazendo cócegas.
- Boa noite, ... - ele disse baixinho, dando um beijo na minha bochecha.
- Boa noite Danny...
Capítulo 4. Guess times like this remind me/ That I've got to keep my feet on the ground
Cheguei de táxi e toquei a campainha. Minha melhor amiga me convidou a ir jantar na casa dela, aproveitando que o irmão dela[por quem eu sempre tive uma queda, tipo Cataratas do Niágara] estava em casa. Eles estavam comemorando alguma coisa, que tinha dado certo com ele, acho que ele tinha conseguido entrar em uma banda. Eles estavam comemorando agora, mas aquilo já fazia tempo, é que ele estava ocupado.
Lia abriu e soltou aqueles gritinhos frescos que eu odeio. Isso que ela é minha melhor amiga. Na verdade eu não tenho muitas amigas aqui em Londres, acho que eu vim só por causa do , porque eu não sou tããão assim com ela. Sei lá, ela é meio patricinha pro meu gosto. Tipo com esses gritinhos.
-! Que bom que você veio amiga, entra! - entrei na mansão e fiquei boquiaberta. Hm, comparado ao meu apê meia-boca do hotel caindo aos pedaços essa casa era Londres inteira. Acho que teria sido menos humilhante se eu tivesse aceitado jantar com Tom e Danny de novo. Pelo menos minha roupa estava boa. Ela avisou para ir de vestido, porque era chique, ia ter um monte de gente, de terno, vestidos chiques etc, e realmente... cada vestido... o meu era até simples perto deles. Mas era o melhor que eu tinha. Um vestido rosa, 2 camadas, com uns desenhos de flor de um tom rosa mais escuro, um sapato de salto alto[de uns 5 ou 7 cm] prateado e uma bolsinha rosa combinando, com aquelas coisas básicas[gloss, espelho, escova de cabelo, batom, rímel]. Claro que não era um vestido wow, mas era bonito até, todo mundo falava que ficava ótimo em mim. Eu só não gosto do salto, odeio salto, se pudesse eu teria ido de all star.
- Uau, ? - escutei uma voz atrás de mim e me virei, pra corar total. estava muito lindo, com um terno azul-marinho simples, e uma rosa vermelha colocada no bolso.
- Oi... ... tudo bem? - uhul, eu não gaguejei!
- Tô ótimo, e você? - ele disse, se aproximando e me dando um beijo na bochecha. Acho que eu preciso de um buraco no chão para me enfiar! OK, respira, conta até 10, vamos lá...
- To bem também, então... erm... parabéns! - nem sei porque, mas é em homenagem a ele, tem que dar parabéns né?
- Ah, brigado! - ele segurou meu braço e me conduziu até um sofá, onde nós nos sentamos, para ficar conversando. - Ahn, você sabe por que está me dando parabéns? - ele perguntou em tom de brincadeira.
- Hm, pra ser sincera, não - rimos - É que a Lia me convidou e eu não aguentava mais ficar lá dentro de casa, não saí muito esses dias, então qualquer programa é bem vindo! - ele pegou um copo de Coca pra mim e uma cerveja pra ele. É, ele já é maior, mas nada que me impeça de... bem você sabe, mas afinal ele é só 4 anos mais velho que eu. , pára com esses pensamentos menina!
- Bom, basicamente é porque eu consegui montar uma banda, eu e um amigo meu abrimos o teste e encontramos o cara perfeito, e agora o Busted, a nossa banda, tá formada e a gente já tem umas músicas. E é quase sucesso garantido daqui pra frente, espero que dure muito! - ele explicou.
- Uau! Que demais! Parabéns, , muito sucesso para vocês!
- Valeu, - OMFG, ele disse ! Hm, Busted, esse nome é familiar...
- Eu odeio Coca... - comentei baixinho, depois de um tempo, deixando o copo de lado. Ele arqueou as sobrancelhas e se encostou no sofá. Ótimo, eu to deixando ele entediado, melhor sair daqui.
- Hm, , eu vou lá conv...
- !!! - alguém gritou e ele levantou.
- !! - No minuto seguinte o alguém que gritou apareceu e pulou em cima dele, quase levando ele para o chão. Os dois riam muito, e tinha virado quase toda a cerveja no chão. Uma empregada apareceu logo para limpar.
- Ah é, , essa é a , amiga da minha irmã. , esse é o , que formou a banda junto comigo. - apresentou. Cumprimentei ele e pedi licença, me afastando e indo procurar a Lia, pra ter o que fazer. Antes escutei soltar um "wow" baixinho, o que me fez corar muito.
Encontrei a Lia, mas ela estava com um bando de patricinhas paquerando um cara super alto, que era muito lindo mesmo, mas eu não estava a fim de ir lá. e se aproximaram do cara altão e elas quase sufocaram, uma lá quase desmaiou. Hm, se fosse pelo ainda vai. Decidi ir no jardim, já estava começando a ficar tonta, meio sufocada, tinha muita gente lá, e um pouco de ar fresco sempre ajuda.
Achei um banquinho e me sentei, fechei os olhos e repirei fundo. Jantar com o Danny e com o Tom realmente teria sido melhor.
- Você não está muito confortável aqui na festa, né? - escutei uma voz e abri os olhos, me virando. estava parado ali, olhando pra mim com aquele sorriso que mata qualquer um. Ele se aproximou e sentou do meu lado, super perto de mim. Estava começando a esfriar, e eu tinha esquecido meu casaco.
- Na verdade não estou muito acostumada com esse tipo de festa grande, tudo e tal. Eu ia chamar a Lia pra vir aqui comigo, mas ela estava babando por um dude alto lá com as amigas e eu preferi não interromper. - ele riu.
- O Andrey sempre chama a atenção. - Andrey, que nome de bicha.
- , eu já escutei o nome Busted em algum lugar, só não sei onde...
- me promete uma coisa? - ele perguntou ignorando meu comentário, e virando pra mim no banco. Eu virei também.
- Depende - vai que ele pede pra eu nunca mais aparecer na frente dele? Não posso evitar um esbarrão de vez em quando...
- Isso não vai atrapalhar a nossa amizade? - amizade, nós temos uma amizade? Brisei agora.
- O que não vai atrapalhar a amizade que nós não temos? - eu acrescentei e ele riu colocando o copo de cerveja no chão.
- Isso. - ele disse e se inclinou, logo depois eu senti a respiração dele na minha, e os lábios dele colados nos meus. DUUUDE EU TO BEIJANDO ! Ele passou a língua nos meus lábios, como o Danny daquela vez, e pôs uma mão na minha cintura e outra na minha nuca, entrelaçando os dedos no meu cabelo. Abri a boca, dando passagem para ele aprofundar o beijo, e pus uma mão no rosto dele, acariciando a bochecha. Nem sei quanto tempo ficamos beijando, só sei que o beijo dele era muito bom, e depois de um tempo eu percebi que a música tinha parado, mas to pouco me lixando pra isso, tudo que eu quero agora é esse beijo.
Ele quebrou o beijo e deixou a testa encostada na minha, a mão que estava na minha cintura acariciando minhas costas.
- Você beija bem... - ele disse baixinho, ofegante. Eu ri fraco e dei um selinho demorado nele. PÁRA TUDO. Eu, tomando a iniciativa? Cadê a câmera? Ele deve ter se espantado também, porque senti ele arquear as sombrancelhas.
- Desculpa - porque eu sempre me desculpo por beijar alguém? Eu sou tão... sei lá. Eu ia me afastar, mas ele não deixou.
- Não desculpo não! - ele disse e me beijou de novo. Ficamos nos beijando por muito tempo, até que escutamos alguém chamar lá dentro.
- . - ele disse e levantou, pegando o copo. - Espera aqui? - dei de ombros e ele se inclinou para um selinho, e depois saiu. Lá dentro começou a tocar Broken Strings, do James Morisson, e eu comecei a cantarolar junto. Dude, eu não devia ter beijado o . É isso aí, já tá íntimo agora. Nos meus pensamentos, pelo menos. Ele só me viu umas 3 vezes, quando eu vinha aqui fazer trabalho e ele estava, mas nunca deu muita bola pra mim, agora nessa festa ele vem e me beija, alimenta esperanças pra mim, pra depois, quando for famoso, ficar pegando todas e me deixando magoada. Fala sério, eu sou muito anta.
Decidi ir embora, já estava quase chorando, nem sei porque. Precisava desabafar com alguém, e acho que já sabia quem, só precisava chegar em casa. Liguei para Danny e pedi pra ele ir indo pro meu apartamento, que eu já chegava. Cheguei em casa e ele estava me esperando no sofá.
- , tá tudo bem? - ele perguntou ao ver minha cara de choro.
- Sei lá Danny, acho que eu não bato bem... - e comecei a contar tudo pra ele. Ele ficou quieto durante todo o desabafo, por assim dizer, e ele é um bom ouvinte. Claro, que depois que eu cheguei na parte do beijo, eu hesitei, porque afinel, pro Danny, eu era a "vizinha gostosa". Mas contei tudo.
- E você tá arrependida por isso? - ele perguntou. Eu tinha acabado de contar, e estava no colo dele, com a cabeça apoiada no ombro. Dei de ombros.
- Acho que tempos como esses me lembram que eu tenho que manter o pé no chão... já que eu to sem a minha mãe por um tempo, eu devia estar... Ah sei lá!
- Quer que eu durma com você de novo? - ele perguntou e eu concordei com a cabeça. - Posso contar para o Tom? - dei de ombros e ele concordou com a cabeça.
- Essa é uma frase muito bonita, . - levantei a cabeça e olhei pra ele. - "Tempos como esse me lembram de manter os pés no chão". Parece uma música.
- Talvez você e o Tom possam usá-la para uma música... como estão as composições?
- Estão indo bem, estamos escrevendo várias. Todas estão bem legais, Tom é um grande compositor.
- E você é um grande guitarrista. - acrescentei, dando um beijo na bochecha dele.
- Sabe esse , do Busted? - concordei, como não ia saber, você não prestou atenção na minha crise existencial? - Então, foi nessa banda que o Tom tentou entrar, pra fazer o teste. Ele não passou, mas o convidou ele pra compor junto, lembra que o Tom te explicou, logo quando a gente se conheceu? - concordei de novo. Então era daí que eu tinha escutado sobre o Busted.
- Danny, acho que já vou dormir, eu to cansada...
- Ok, , eu vo lá em casa buscar minhas coisas e ja volto aqui, tá? - concordei e ele deu um beijo na minha testa -Até.
Deitei na cama da minha mãe de novo e uns 15 minutos depois, quando eu já estava quase dormindo, escutei Danny entrando no quarto e deitando na cama. Um pouco depois ele me abraçou pela cintura, e eu virei, ficando de frente pra ele.
- Brigada Danny... - eu disse encostando a cabeça no peito dele.
- Que isso , você sabe que pode contar comigo - concordei e dormi.
Capítulo 5. Wake up early/ 'Round 7:30/ Housekeeping knocking on my door/ Do not disturbed sign the back of her mind/ I must have left it on the floor
Escutei a campainha e desliguei o fogo, indo atender. Olhei no olho mágico e quase caí pra trás ao ver quem era.
- Hey, ! - disse, com aquele sorriso. Eu sorri involuntariamente também.
- ... que... que surpresa! - nem me fale! Caras como ele deviam avisar, para não matar as outras de ataque cardíaco.
- É... você sumiu lá na festa, e eu vim te ver... - eu fiz um sinal para ele entrar e ele deu mais um sorriso - Licença.
- Ah, não liga para a simplicidade do apê... - Eu disse, com vergonha por ele estar ali, principalmente por eu estar com um minishorts e uma blusa um pouco maior, já que ia ficar em casa. O que resulta em: ele não parava de secar minhas pernas.
- Relaxa, . - mais um sorriso.
- Fica à vontade, eu to terminando meu almoço, você... quer... almoçar aqui? - perguntei hesitante, mordendo o lábio.
- Se não for incomodar, eu adoraria! - ele se inclinou e me deu um beijo na bochecha, me deixando completamente sem-graça e corada - E se você permitir, posso te ajudar?
- Ah, se você quiser... pode ir pondo a mesa, os pratos estão naquele armário, talheres na gaveta e copos junto com os pratos. - Fui indicando e voltei pra cozinha, para preparar. Cara, na minha casa! Já pensou eu, Sra. ? Ai cara, que chique!! Terminei o almoço e levei para a sala, onde já tinha posto a mesa, e agora observava meus CDs.
- Pronto . - me postei do lado dele, e observando melhor ele estava com olheiras, nada que tirasse a perfeição dele, mas era estranho. Ele deu um sorriso e fomos para a mesa.
- Hm, tá boom... você cozinha bem! - ele disse, aprovando minha comida. Abaixei a cabeça, sem-graça, e continuei a comer. Ele não tinha presenciado meu acidente nos primeiros dias, nem precisava saber.
- Brigada... - nisso a campainha tocou, e eu levantei, pra ir atender. Quando passei por ele, acidentalmente deixou a mão cair, fazendo-a passar pela minha coxa, me arrepiando toda.
- Hey ! - Danny disse, arregalando os olhos ao ver minha roupa. Ele ficou secando minhas pernas por um tempo e eu ri.
- Danny, eu to aqui em cima! - eu disse rindo e ele corou, voltando a encarar meus olhos.
- Ahn... Tom falou pra te convidar pra ir jantar lá em casa hoje. Você pode? - pensei em . Não sei quanto tempo ele ficaria aqui.
- Não sei Danny. Se der eu ligo, ok? - ele concordou e se despediu com um beijo na minha bochecha.
- Pronto...
- Tudo ok? - perguntou, se levantando e me ajudando com a louça.
- Ahan, só meu vizinho me convidando para jantar. Por sinal, você conhece ele!
- Conheço? - ele pareceu espantado. Concordei com a cabeça.
- Uhum, é o Tom, Tom Fletcher. - um sorriso se espalhou pelo rosto dele.
- Ah, o Tom! É, conheço, ele é um amigo meu...
- Ele contou... na verdade, foi daí que eu fiquei sabendo do Busted. - Ele concordou e se afastou um pouco. Quando eu terminei de arrumar as coisas na pia, me virei e um segundo depois estava prensada entre ele e a pia.
- , o qu...
- Shhh... eu só estou com saudades... - ele disse, me olhando nos olhos. Abri a boca pra dizer alguma coisa, mas ele foi mais rápido; me beijou lentamente e eu passei os braços pelo ombro dele, agarrando seus cabelos com delicadeza e ele me envolveu pela cintura, me puxando mais pra perto. Levantei minha perna, e ele a pegou por baixo da minha coxa, pegando a outra também e me fazendo subir no colo dele. Ele me levou até a sala, e no caminho derrubamos alguma coisa, que se espatifou no chão e nos fez rir. Ele me deitou delicadamente no sofá e quebrou o beijo olhando para mim.
- ... eu não sei se apressar as coisas entre a gente é a melhor coisa, mas... - ele disse ofegante, fechando os olhos e encostando nossas testas. Ele tinha deitado em cima de mim, e acariciava minha cintura, enquanto eu fazia carinho nas costas/nuca dele.
- Por que saiu cedo da festa? - ele perguntou, depois de um tempo.
- Ah... bem... eu não sou muito de festas, sabe? E... bom eu tava meio nervosa por você ter me beijado. - deixei escapar um sorriso e ele levantou o rosto do meu pescoço para olhar pra mim.
- Nossa, por quê? - ele perguntou sorrindo, divertido.
- Porque pra ser sincera... eu sempre tive uma queda por você... - mordi meu lábio e desviei os olhos. Senti ele alargar o sorriso, e me deu um beijo na bochecha.
- Engraçado, porque sempre que você ia lá em casa eu ficava te observando escondido! - ele confessou com um sorriso maroto e eu arregalei os olhos.
- Sério?! - perguntei rindo.
- Uhum! Só de vez em quando eu tinha coragem de aparecer lá e te cumprimentar, normalmente eu ficava no quarto ou em algum lugar que eu pudesse te ver! - ele sorriu mais e eu gargalhei.
- Que zoado! - comentei e ele sorriu.
- Eu sempre tive uma quedona por você ... Por isso que na festa criei coragem pra fazer tudo aquilo... senão... - eu ri.
- Te amo . - eu disse, corando e ele sorriu, me dando um selinho.
- Também te amo... - ele sussurrou e me beijou.
Quebrei o beijo ofegante e ele sorriu passando a mão pelo meu rosto. Fechei os olhos com o contato.
- , quer ser minha namorada? - ele perguntou do nada e eu abri os olhos assustada.
Meus pensamentos voavam e eu não sabia o que responder. Queria? Sim, queria, obvio. Conseguiria? Talvez, e com todas aquelas fãs? Teria muito ciúme?
- Vou arriscar. - respondi sorrindo e recebi o sorriso mais lindo do mundo de volta.
- ? - abri os olhos, olhando em volta. Ele tinha dormido aqui, e nós dois ficamos a noite toda falando besteiras e se agarrando. Mais se agarrando, detalhe. não estava no quarto, e escutei uma música baixinho através da porta. Levantei e arrumei o cabelo, escovei os dentes e me troquei. Quando entrei na sala, estava deitado no sofá, de olhos fechados, sem ter notado a minha presença, escutando o meu CD do Blink. Ele tamborilava de leve em seu peito, e eu sorri involuntariamente com a calma no rosto dele. Me aproximei e deitei em cima dele. Ele abriu os olhos e sorriu.
- Bom dia, ... - ele me deu um selinho.
- Bom dia ! Acordou cedo? - Perguntei, ajeitando o cabelo dele.
- Uhum... lá pelas 7:30 am... - fiz uma careta e ele riu. - Tinha alguém batendo na porta... Acho que era a camareira, aquele aviso de 'Não Pertube' não funcionou muito... Podia ter deixado no chão.
Eu ri. Levantei e fui pra cozinha, preparar um café pra gente.
- Hm... já tá pronta pra casar... - ele sussurrou no meu ouvido, me abraçando por trás e me arrepiando toda.
- É só pedir amore... - eu disse baixinho e ele sorriu, dando beijos na minha bochecha/ pescoço/ ombro/ atrás da orelha. Ele me soltou e ajoelhou, sorrindo. Eu arregalei os olhos, porque afinal, era só brincadeira.
- , quer se casar comigo? - ele perguntou rindo da minha cara de espanto e piscou pra mim, demonstrando que era só brincadeira. Lerdeza, disfarcem gente.
- Sem aliança? No way babe! - eu disse rindo e ele fez uma cara de desapontado. Nos olhamos de novo e caímos na risada.
- Você me rejeitaria se eu te pedisse de verdade sem aliança? - ele perguntou depois, enquanto tomávamos café. Detalhe: eu estava no colo dele.
- Hm... Claro... - ele arregalou os olhos - ...Que não! - ele riu e eu dei um beijo na bochecha dele. A campainha tocou e eu levantei pra atender.
- Hey ! - Tom disse, sorridente.
- Tom! Quanto tempo! Você manda o Danny vir aqui e some... - ele riu.
- Quem tá sumida é você! Faz uns três dias que você não aparece em casa! - uau quanto tempo.
- Ah, desculpa, eu tava meio ocupada... - lembrei de . Hm... ...
- ! - levei um susto e vi Tom rindo da minha cara. Sorri amarelo.
- Então, você pode ir lá em casa mais tarde? A gente tá querendo uma rima... pr' uma música. Você ajuda?
- Se você falar rapidinho aqui eu te ajudo já! - ele arqueou as sombrancelhas. Escutei falando alguma coisa lá dentro. - Eu vou estar ocupada hoje, de novo.
- Ah. - ele pareceu desapontado. - O que rima com "Wake up early, 'round 7:30, housekeeping knocking on my door"? - eu ri com a coincidência.
- Aconteceu com você? - ele concordou. - Com o... comigo também! - rimos.
- E aí, você tem alguma rima? - Pensei (wow) um pouco e lembrei do que falou hoje de manhã.
- "Do not disturbed sign the back of her mind, I must have left it on the floor"
- Demais!! - ele sorriu e tirou um bloquinho de notas pra anotar. - Valeu ! Até!
- Até Tom!! Beijoos! - eu disse dando tchauzinho e fechando a porta.
estava no sofá, olhando o teto e sorriu quando eu me aproximei. Eu sorri também e sentei no colo dele. Ele passou os braços pela minha cintura e eu encostei a cabeça no ombro dele, acariciando o outro ombro/pescoço dele.
- Você demorou dessa vez... já estava com saudades!
- Exagerado! - eu disse rindo e ele riu também.
- Quem era?
- O Tom, pedindo ajuda em uma música que eles estão escrevendo. Ele precisava de uma rima.
- E veio te chamar?? - ele perguntou arqueando as sobrancelhas.
- Claro, sou uma grande compositora! - eu disse rindo e mostrei a língua, em sinal de desaprovamento. Ele riu também e me beijou.
- Deve ser mesmo... - ele disse baixinho, com os lábios colados aos meus. Eu ri e beijei ele de novo.
Capítulo 6.'My eyes are hurting/'Coz the cheap nylon curtain/Let's the sunlight creep in through from the cloud'
Escutei alguém resmungar alguma coisa e abri os olhos, deparando com minha mãe arrumando meu quarto. Ela tinha acendido a luz e eu ainda estava dormindo, que lindo.
- Ah, bom dia querida! - ela parou o que estava fazendo e veio me abraçar.
- Oi mamãe!! Esqueci que você chegava hoje! - eu disse, levantando e me dirigindo para o banheiro. Fiz minha higiene matinal e fui pra sala, onde tinha uma mesa de café da manhã. Hm, comida boa!
- Conseguiu sobreviver? O que fez esses dias? - minha mãe perguntou, enquanto eu comia.
- Eu conheci os vizinhos, eles estão compondo músicas, e... - mordi meu lábio. Contava ou não sobre ?
- E?
- Ahn... arranjei um namorado. - eu disse abaixando os olhos para o prato.
- Já tava na hora né? - eu assustei e minha mãe riu. Eu encarava ela boquiaberta e ela ria cada vez mais.
A capainha tocou, e eu, imaginando quem era, levantei e corri pra porta.
- Hey Danny!! - cumprimentei ele com um beijo na bochecha.
- Hey ! Tudo bem? - ele perguntou, piscando várias vezes.
- Eu que pergunto! Que que houve com seus olhos?! - perguntei estranhando e fechando a porta atrás de mim. Os olhos dele estavam vermelhos, e lacrimejavam.(n/a:acho que exagerei um pouquinho no 'my eyes are hurting')
- Ah, a porcaria da cortina de nylon, aquela coisa barata... ela deixa a luz do sol passar, e de uma forma horrível, além de soltar pó quando encostamos nela, por isso nossos olhos ficam infeccionados.
- Aaah... você tá passando colírio? - perguntei, aproximando meu rosto um pouco mais. Ele tentava manter os olhos abertos, e o resultado era no mínimo cômico.
- Aham, já está um pouco melhor... Então, eu vim me despedir!
- Se despedir? Por quê? - como assim ir embora?
- Eu e o Tom abrimos testes para baixista e baterista, e achamos dois garotos, mais ou menos da nossa idade: Dougie Poynter e Harry Judd. Dougie tem 15 anos, baixista, e vomitava sem parar de nervosismo, mas se mostrou realmente bom no baixo. Ele tava com um boné e uma blusa do Blink-182, e segundo ele ele tem dois lagartos. - ele fez uma careta e eu ri, imaginando os garotos a partir desses detalhes.
- E o outro... Harry? - perguntei, curiosa.
- Ah, ele é tipo aqueles Lord's ingleses, todo arrumadinho, e ele toca muito, mas pelo que ele falou ele toca há apenas 1 ano. O único problema é que ele tem tendinite, mas isso a gente resolve, é só dar um balde de gelo depois dos shows... e cada um é de um lugar diferente, engraçado isso, ninguém é da mesma cidade, ou de Londres...
- Isso só é estranho pra você Danny - eu disse rindo - Mas que bom, vocês tem muito talento!
- Você vai num dos nossos shows, certo?
- Se vocês me avisarem, sim! Vou ser a fã nº 1! - eu disse e fiz joinha, e ele riu.
- Ok então, fã nº 1! Até, a gente se vê, certo?
- Aham Danny! Manda beijos pro Tom e pros outros da banda!
- Ah é, foi por isso que eu vim também, eles estão na cidade, na nossa nova casa, e a gente pensou em te convidar para conhecer eles, que tal? - ele perguntou, empolgado. Só faltou eu dar pulinhos e dançar Macarena de felicidade(ok, uma pessoa feliz não dança exatamente Macarena, mas...)
- Ah Danny, eu adoraria!! - disse sorrindo.
Combinamos então que amanhã eu iria conhecê-los na casa deles, no centro de Londres. Entrei saltitante em casa e minha mãe perguntou logo quem era ele, o que queria etc e etc. Aposto que ela ouviu tudo atrás da porta, imaginando que Danny era meu namorado...
Caminhei pelas ruas procurando o endereço que o Danny havia me passado. Depois de andar mais umas 3 ou 4 quadras, cheguei a uma casinha simples. Toquei a campainha e um menino de topete, baixinho, apareceu.
- Oi? - ele perguntou. Gente, ele tem uma carinha que MELDELS(n/a: sou Poynter gente, nao resisti).
- Oi, meu nome é ... Danny me chamou pra vir almoçar aqui... Danny Jones. - falei em dúvida. Conhecendo Danny, era bem capaz que eles morassem do outro lado de Londres.
- Ah sim! Oi , sou Dougie. Dougie Poynter! - ele sorriu*baba* e abriu a porta para eu entrar. Sorri de volta.
- Brigada Dougie! - entrei na casa, e Dougie me indicou uma porta, que dava para a sala.
- Luke, I'm your father! - Escutei a voz de Tom dizendo. Esse menino é viciado em Star Wars, ele sabe as falas de cor.
- Hey gente! - cumprimentei. Os três garotos que olhavam vidrados para a tela se viraram, e dois deles sorriram.
- ! - Danny pulou do sofá e me abraçou, me dando um beijo na bochecha.
Tom levantou também e me deu um abraço. Dougie sentou no sofá e pegou um lagarto, colocando-o em seu colo, e dando pause no dvd.
- , esse é o Dougie, acho que você já sabe, e esse é o Harry. - o outro garoto de topete finalmente sorriu, e levantou, me dando um beijo na bochecha.
- Finalmente! - ele disse. Dougie sorriu pra mim também, de novo, mas ficou mais interessado no lagarto.
- Finalmente? - perguntei, olhando Danny e Tom, que trocaram olhares cúmplices, corando.
- Esses dois só falam de você aqui! - Dougie explicou e eu olhei surpresa para os dois, que assoviavam olhando o teto.
- Idiotas! - eu disse rindo e pulei em Danny.
- Eles falaram que você ajudou na composição de Room on 3rd Floor.
- Ajudei? - estranhei, olhando de Danny, que me segurava no colo, para Tom, que sorriu mostrando a monocova.
- É! Vem ver. A gente escreveu pensando nas experiências daquele hotel! - Danny me pôs no chão e eu sentei no sofá, ao lado de Dougie, enquanto Tom subia as escadas. Harry e Danny continuaram a assistir o filme.
- Que bonitinho! Como é o nome dele? - perguntei olhando o bichinho. Dougie sorriu com meu interesse.
- Eu chamo ele de Zukie, ele ta comigo desde que eu tenho 9 anos!! - disse orgulhoso.
- E quantos anos você tem agora? - perguntei, e ele corou um pouco.
- 15... sou o mais novo daqui... - ele fez careta e eu ri.
- Nha, pouca coisa.
- Aqui ! - Tom chegou com um caderno e me mostrou uma página escrita. A medida que ia lendo, eu comparava as coisas que tinham acontecido com as que estavam escritas ali.
Room on the 3rd floor
Not what we asked for
I'm not tired enough to sleep
One bed is broken
Next room is smoking
Air-conditioning stuck on heat
Eu ri. Nem fazia idéia do porquê o quarto ao lado estava enfumaçado, e lembrei de quando eu visitei eles e eles estavam todos suados, com o ar condicionado preso no quente. Tom sorriu também e eu continuei lendo.
Outside it's raining
There's a guest upstairs complaining
About the room that's got their
TV too loud
Guess times like these remind me
That I've got to keep my feet on the ground
Sorri ao ver a frase que eu havia dito a Danny quando beijei pela primeira vez. Lembrei do vizinho reclamando que a minha TV estava muito alta, quando eu fui tomar banho e escutar a música dos clipes.
Wake up early
'Round 7:30
Housekeeping knocking on my door
Do not disturbed sign the back of her mind
I must have left it on the floor
My eyes are hurting
'Coz the cheap nylon curtain
Let's the sunlight creep in through from the cloud
Guess it's times like these remind me
That I got to keep my feet on the ground
Na Na Na Na
Guess it's times like these remind me(3X)
That I got to keep my feet on the ground
Na Na Na Na
Guess it's times like these remind me
(it's times like these remind me)
Guess it's times like these remind me
(it's times like these remind me)
Guess it's times like these remind me
That I got to keep my feet on the ground
- Gente, ficou incrível! - eu exclamei, quando terminei de ler. Agora eu sei porque eu ajudei na composição. Tudo que eles escreveram na música, ou praticamente tudo, foi o que eu havia feito(ou tentado fazer, como meu almoço).
- Eu só ajudei com duas frases, não vale! - eu ri.
- É, mas quem deixou o vizinho de baixo furioso e quem quase incendiou o prédio foi você, e não a gente! - Danny disse dando língua. Dei língua de volta e ri.
Meu celular tocou e eu vi o número de .
- Já volto - anunciei. Eles nem me ouviram, voltaram suas atenções para o filme.
- Hey ! - exclamei.
- Hey Pequena! Tá a fim de sair pra almoçar? Eu terminei o ensaio aqui, posso te pegar.
- Xi , não vai dar, eu combinei de almoçar com o Tom e a trupe... pode ser jantar? - perguntei.
- Pode... você tá na casa deles?
- Uhum. Por quê? - sou curiosa, beijos.
- É que eu tenho que passar aí rapidinho. Tenho que deixar uma letra que eu estava ajudando a fazer e ver se os meninos já escolheram um nome, para falar para o Fletch.
- Ok, a gente se vê daqui a pouco. Beijos.
- Beijos linda.
- Gente, vocês tem um nome?
- Não... putz, está vindo, era para termos um nome hoje! - Tom exclamou, batendo na testa. Arqueei a sobrancelha.
- Ah, a gente decide com ele. Vamos assistir 'De Volta Para o Futuro'! - Danny pulou, e tirou Star Wars.
- Cara, Marty McFly é meu ídolo! - Harry comentou, vibrando no sofá.
- Correção: Michael J. Fox é seu ídolo, Mcfly é um personagem fictício. - falei, e ele deu ombros.
- McFLY!!! - Danny exclamou. Todos olhamos confusos para ele e ele fez cara de vocês-ainda-não-entenderam? Como-isso-é-possível? Oh-my-god-o-mundo-tá-acabando!
- Gente, o nome da banda, McFly!! - ele explicou e todos sorrimos.
- Danny, demais! - Tom exclamou, feliz.
Dougie e Danny fizeram um toque de mãos e Harry bateu nas costas de Danny.
- Parabéns RatLeg! É incrível, ainda vão falar muito esse nome (n/a: e se vão! aushaushau)! - exclamei, dando um beijo na bochecha dele.
- Sabe que soa bem? Tem uns nomes de banda que soam mal, um daqueles nada criativos, ou muito estranhos. Parece que aquela banda que tem um nome estranho nunca vai fazer sucesso! - Harry comentou.
- É mesmo. Tinha umas bandas no Brasil com cada nome... acho que nunca vão fazer sucesso mesmo. Tipo Velhas Virgens, Móveis Coloniais de Acaju... - eles gargalharam, acho que só pela pronúncia, porque como ingleses não devem ter entendido nada(n/a: nada contra se você gosta, só foi um comentario de opinião própria).
A campainha foi tocada logo que cessaram as gargalhadas. Os meninos se entreolharam contentes e eu mordi o lábio, só imaginando o que estava por vir. Então, Danny teve um Flashback, e olhou para mim, enquanto Tom se levantava para ir atender a porta. Mordi meu lábio inferior mais forte e abaixei os olhos, afinal, eu tinha me arrependido de ter beijado na primeira vez, e agora ele era meu namorado, e nem Danny nem Tom sabem disso.
Capítulo 7."Tá provado e aprovado!"
- Hey pequena - ele disse baixinho enquanto me dava um beijo na bochecha.
- Hm, , essa é a , a gente se conheceu no hotel... , , do Busted. - Tom nos apresentou, inutilmente, e eu tive uma vontade bizarra de rir. me olhou confuso e eu baixei os olhos, controlando o riso.
- Muito prazer. - ele disse meio rindo e eu ri baixinho.
- , posso falar com você? - Danny perguntou, olhando apreensivo. Concordei e fomos para a cozinha.
- Tudo bem você ficar aqui com o ? Tipo, da última vez...
- Não Danny, problema nenhum... na verdade, eu preciso contar uma coisa pra vocês. - comecei, com um sorriso nos lábios.
- TÁ BRINCANDO!! - escutamos o grito de Tom na sala e olhamos assustados para a porta. Ele entrou como um furacão na cozinha.
- COMO ASSIM NAMORANDO!? NEM PRA FALAR PRA GENTE! - Tom exclamou, feliz e chegou corado atrás. Eu ri e Danny me olhou boquiaberto.
- Namorando? Mas você não tinha odiado beijar ele?! - arregalou os olhos e apontou pra mim rindo.
- Como assim? Eu beijo tão mal é? - eu ria tanto que precisava me apoiar na pia.
- Não... hahahahaha... foi isso... ahahahahah - eu ria e tivemos que esperar um bom tempo para nos recuperarmos e colocarmos nossas idéias em ordem. Ok, momento existencial feliz e estranho, passou. Respirei fundo e falei.
- Te explico depois . - sorri e recebi aquele sorriso de volta. Dougie e Harry, que tinham nos observado todo esse tempo agindo como idiotas, com sorrisos estranhos nos rostos, voltaram para a sala. Coitados, ainda não pegaram intimidade.
- Então... vocês têm um nome? - perguntou, sentando no sofá e me puxando para o colo dele.
- Sim, escolhemos hoje: McFly! - Danny disse todo contente. Eu sorri com a felicidade deles e entrelacei minha mão na de .
- Dude, que demais! É um nome demais. Só menos que Busted, diga-se de passagem. - comentou e riu, recebendo almofadadas de quatro cantos.
- E aí, quer sair pra comer? - perguntou enquanto deixávamos a casa dos meninos.
- , você acabou de comer 6 pedaços de pizza! - arregalei os olhos e ele riu, abrindo a porta da carona.
- Eu sei, é que você comeu só 2 e eu pensei que talvez estivesse com fome. - ele sorriu, entrando no carro e dando a partida.
- Não obrigada bombom. - eu disse e dei um beijo na bochecha dele, apoiando meu queixo no ombro dele.
- Bombom? - ele perguntou confuso, e eu ri.
- É que bombom é melhor que chuchu, pelo menos no sabor. - expliquei e depois me dei conta do que havia falado. me olhou malicioso e gargalhou, enquanto eu corava e procurava um buraco para me esconder.
- Hm, gostei, quando quer provar? - ele perguntou com um sorriso sexy e eu mordi o ombro dele. - Ai tá louca?!
- Tá provado e aprovado! - eu disse e dei língua, enquanto ele ria.
- O que foi aquele lance de ter odiado me beijar? - ele perguntou, enquanto apoiava no carro e me puxava para seus braços. Ele me envolveu pela cintura e eu o abracei, encostando a cabeça em seu peito.
- Na verdade foi depois da festa... eu saí da festa porque achei que você queria só ficar comigo e pronto. Ai eu me senti mal com isso e chamei Danny, mas não que eu tivesse odiado te beijar! - eu exclamei e ele riu.
- Ah bom... já achei que você tava comigo por causa da fama... - ele lançou um sorriso torto e eu ri, ficando na ponta dos pés para dar um beijo de esquimó.
- Own tadiinho do meu namorado! - eu exclamei ele riu, me dando um beijo. Escutei um barulhinho de flash e quebrei o beijo, virando para um paparazzi que tirou outra foto e saiu correndo antes que pudéssemos piscar.
- Merda! - tentou ir atrás dele, e em cinco minutos estava de volta, com uma careta.
- Odeio paparazzi's. São um saco. Espero que não se importe, provavelmente seremos capa da Teen Vogue amanhã - ele fez careta e eu sorri, segurando o rosto dele com as mãos.
- Não me importo. - dei um selinho nele, e ele passou os braços pela minha cintura.
- Te amo. - sussurrou baixinho e eu senti meus pelos da nuca se arrepiarem. Sorri fraco.
- Também te amo, bombom. - ele riu e eu sorri abertamente, encostando o rosto em seu pescoço.
- Mããe! - entrei gritando em casa. Ninguém respondeu, nice. Andei pela casa e taquei minhas coisas num canto do sofá. Cheguei na cozinha e antes de abrir a geladeira, reparei no bilhete colado a ela.
", querida, sua tia está doente, pegou a gripe da vovó(estou com medo que seja hereditário) e tive que ir ajudá-la, porque como sabe, seu tio é um folgado que nem se importa com a irmã.¬¬'. Então eu tenho que ir, e Dublin me aguarda. Nunca viajei tanto em dois meses. Primeiro Manchester e agora Dublin. Mas de qualquer jeito, se cuide, prometo mandar notícias logo, e voltar o mais rápido que puder. Tente não brigar com o namorado; não converse com qualquer músico, se eles forem drogados e te fizerem alguma coisa você ainda vai apanhar; não vá a shows sozinha; não chame amigOs para vir em casa(muito menos dormir), com exceção do seu namorado; não bote fogo em seu almoço, peloamordeDeus; não ponha fogo na cortina; não ponha fogo no banheiro; não coma muita pizza e lembre-se de que musica no ouvido faz mal, então use menos o mp4, ok?
Beijos, Mamãe."
Nossa, que medo, será que é hereditário mesmo? Assustei agora fato. Anyway, amanhã eu penso no que vou fazer.
- ! - sorriu quando eu abri a porta. Minha mãe já estava fora havia 3 dias, e ele estivera ocupado, então nem nos vimos.
- , que saudades, amor! - abracei-o e ele me puxou para um beijo.
- Tudo bem? - ele perguntou com um sorriso e eu concordei com a cabeça.
- Tudo e você? Vem entra! - o puxei para dentro e fechei a porta.
- Tudo bem também... Vim te perguntar uma coisa. - ele explicou com um sorriso. O abracei pela cintura e o olhei nos olhos.
- Diga.
- Quer ir no primeiro show do Busted com o McFly? - ele perguntou com um sorriso torto e eu sorri largamente.
- Claro que quero bombom! Quero ver se meu namorado toca realmente bem. - pisquei e ele riu.
- É... vamos ver! - eu ri e me joguei no sofá.
Ele veio devagar e se deitou do meu lado, encostando a cabeça no meu ombro. Sorri sozinha e comecei a acariciar seu cabelo.
- ? - chamei, depois de um tempo. Ele fez um barulho estranho com a boca, para demonstrar que estava ouvindo.
- Como eu vou ficar quando você for fazer turnês demoradas? - fiz bico e ele levantou a cabeça, sorrindo ao ver minha expressão.
- Não sei pequena... fica com os meninos ué. Ou com a minha irmã. - fiz uma careta e ele riu.
- Não sei como você aguenta ela! Você é super gente boa e ela... - não completei a frase. Não era bom xingar as pessoas perto do meu namorado, principalmente a irmã dele.
- É eu sei. - ele fez uma careta e eu ri. Ele xingar as pessoas que eu ia xingar já é outra coisa.
- Pelo menos ela me chamou para aquela festa... - eu disse sorrindo. Ele sorriu tambem e me beijou de leve.
- O melhor que ela fez na vida dela por mim, embora ela não saiba disso. - nós rimos.
- My God que lugar lotado! - alguém gritou enquanto eu me dirigia aos fundos da casa de show, aonde havia a entrada para o camarim, onde eu ia ficar até o show começar. Andei lentamente em sentido contrário às pessoas, e logo que me aproximei, peguei o crachá que me dera no bolso do casaco.
- Com licença moço. - entreguei o crachá triunfante e esperançosa, ele o pegou e examinou. Depois de um tempo me devolveu, e deu passagem.
Segui por um caminho, e logo cheguei num corredor com várias portas. Andei lentamente pelo corredor, e li em uma plaquinha "Busted e McFly". Se ouvia muita coisa ali dentro, como risadas, barulhos de zíper, secadores de cabelo, um violão, alguns gritos entre outros. Bati na porta hesitante e um suado e descabelado abriu a porta. A suruba devia estar boa ali... Ele me encarou sorrindo e o barulho cessou lá dentro. Foi assustador.
- quem é? Sai daii deixa a gente veeer! - começou a pular em cima de e tentando me ver ali. Então ouvi a voz que eu queria ouvir todo esse tempo.
- SAAAI TAMBÉM QUERO VEEER! - Não era exatamente isso que eu esperava ouvir, era mais algo como "Deixem-me passar, é a minha namorada!" e ele abriria a porta, com o cabelo do jeito que eu mais gosto, sorrindo e diria "E aí, gata? Pronta para o show?"
Nesse momento em que eu viajava, pulou em cima de , que empurrou , que perdeu o equilibrio e os três se esparramaram no chão. Eu reconheci uma gargalhada estridente lá dentro e imaginei a zona que estava lá. Eu olhei confusa para a cena e os três ainda se xingavam e tentavam sair um de cima do outro. rolou para o lado e ficou de barriga para cima, e finalmente olhou pra mim. Tudo bem que não era nada comparado ao que eu tinha pensado, mas...
Ele sorriu e eu nao consegui nao sorrir, ao ver aquele olhar brincalhão. Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas os meninos decidiram fazer montinho em cima dele e ele perdeu todo o ar.
- AAAAH EU NAO RESPIRO EU VOU MORRER SAI SAI EU NAO TOO RESPIRAANDO ME SAAALVA! - ele começou a espernear e eu gargalhei, vendo Tom chegar com uma câmera.
Apoiei o braço nas costas de e apoiei o rosto na mão, fazendo pose para a foto. Tom riu alto mostrando a covinha e eu sai de cima, e os meninos também. arfava e eu sentei do lado dele, acariciando seu rosto.
- Oi amor! - cumprimentei, finalmente. Ele riu e sentou, me dando um beijo.
- Oi bombom! - nós rimos e ajudou ele a levantar.
- Aaai to quebradoo... - reclamou, ajeitando a blusa. Ele sorriu pra mim e pegou minha mão, me puxando para dentro do camarim.
Danny estava com o violão e Dougie e Tom cantavam alguma coisa desafinados e rindo, enquanto Harry batucava nas costas da cadeira. pegou uma cerveja e ligou o som alto, abafando o violao. Eu sorri e me soltei de , indo cumprimentar os garotos.
- Hey gente! - cumprimentei cada um com um beijo na bochecha e sentei no colo de , que sentara ao lado de Tom.
- , abaixa isso porra! - gritou. dançava de uma forma bizarra, e todos nós ríamos, mas ele nao havia escutado. se virou bravo para o som e desligou, fazendo um silêncio admirável.
- Ronaldo! - Danny disse e todos rimos (N/A:não resistii AUSHAUSHAUHSAU!).
- 5 minutos garotos! - um cara apareceu e senti erijecer e virei pra ele. Ele deu um sorriso nervoso e olhou para os guys.
Dougie se levantara e correra para o banheiro, Tom murmurava alguma coisa, Harry batucava com uma velocidade incrível e Danny roia as unhas. Sorri com o nervosismo deles.
- Você vai agora? - perguntou baixinho no meu ouvido e eu virei pra ele.
- Não sei... Não tava a fim de ir naquela multidão toda... - fiz careta e ele riu baixinho, me dando um beijo no queixo.
- Assite aqui com a gente, a gente fica na cochia, sabe? - concordei e ele sorriu, me puxando para um beijo.
Dougie voltou meio verde do banheiro e o cara voltou.
- É agora. - disse simplesmente e os quatro ficaram absolutamente silenciosos. Pegaram seus instrumentos, ou no caso de Harry, suas baquetas, e saíram.
Capítulo 8. 'Rumo ao meu sequestro'
Os meninos foram para o palco e nós os seguimos, mas ficamos na cochia, enquanto eles entraram e foram muito aplaudidos.
- Podiam ter tomates. - riu. Nós o acompanhamos e eu observei anunciar o início do show. Eles começaram com Room On Third Floor, e eu ria lembrando das coisas que aconteceram nesse tempo todo.
- Por que o quarto ao lado estava esfumaçado? - , que sabia da inspiração da história, me perguntou, sorrindo maroto e me abraçando por trás.
- Eeer... Porque eu tentei fazer meu almoço! - eu disse e corei, e os três riram.
- Mas quando eu fui almoçar na sua casa tava bom... - ele estranhou e eu ri.
- É que era comida instantânea, era só descongelar e por no microondas. Adoro quem inventou isso. - e se dobravam de rir e ria ainda abraçado comigo.
- Da onde será que eles tiraram essa frase? 'Tempos como esse me lembram que eu tenho que estar com os pés no chão'... - comentou, olhando pra mim, e eu corei.
- Err... Fui eu que falei isso, uma noite... - eles soltaram um 'aaaah' e eu ri.
O resto do show passou super bem, e eles realmente animaram o pessoal e tal. Logo eles voltaram para a cochia, suados e eu sorri.
- Geeente foi demais! - , e concordaram, e eles sorriram.
- Eu preciso ir ao banheiro. - disse, segurando entre as pernas e saiu correndo.
Todos rimos e aos poucos eles foram voltando para o camarim. , e se entreolharam.
- É... É agora. - mordeu o lábio, e eu o abracei. Ele sorriu e me deu um selinho.
- Bom show, bombom! - nós rimos e eu dei outro selinho nele.
- Obrigado, e se eu não te ver aqui, saio do palco e vou te buscar! - eu ri e ele me abraçou um pouco mais forte.
- Te amo Mr.. - eu disse e ele encostou nossas testas, depois nossos narizes.
- Eu também te amo, - eu ri(adoro rir, fato) e ele encostou nossos lábios, mordendo meu lábio inferior de leve, e me fazendo soltar um gemido baixo. Ele riu baixinho e me beijou. Nos beijávamos como se fosse o último beijo, mesmo sabendo que não seria.
- Dude, vamos logo! - gritou e entrou no palco. quebrou o beijo e me fitou, e eu ri com a boca vermelha dele.
- Vai lá meu lindo. - dei mais um selinho nele. Ele sorriu e pegou seu instrumento, entrando no palco sob uma salva de palmas.
- Finalmente , achei que ia ficar se agarrando com a namorada até o fim do show! - comentou e eu e coramos, e ele me lançou um olhar torto.
- Bem que podia! - eu ri e as fãs gritaram. Eles riram e começaram o show.
Eu estava no camarim, conversando com sobre o futuro do McFly e eles entraram. Sorri olhando suado chegar perto de mim. Entendendo as intenções dele, levantei e me afastei correndo.
- Vem cá! - ele riu, e largou a guitarra num sofá, correndo atrás de mim. Eu fiquei dando voltas, com todos rindo, até que ele me alcançou e me abraçou, fazendo o favor de me molhar o quanto pudesse.
- Aaargh , você sua muito! - reclamei e ele riu, me dando vários beijos na bochecha.
- Quem toca bem... - eu dei língua e ele riu mais.
- Convencido... - eu ri também e o abracei, já que já estava toda molhada mesmo. Argh.
- E aí, o que você achou do seu namorado ahn? - ele perguntou baixinho, acariciando meu cabelo. Eu encostei a cabeça no peito dele e acariciei seu braço fechando os olhos.
- Você toca bem ... Muito bem. - sorri e dei um beijo no queixo dele. Ele sorriu também e acariciou minha bochecha, dando um beijo no canto da minha boca.
- Que bom... Espero que tudo dê certo. - ele suspirou e eu arrumei o cabelo dele, que estava todo bagunçado.
- Vai dar sim. - ele sorriu e me puxou para um beijo.
- ... Eu não quero ir pra casa... - resmunguei, entrando no carro com ele, e . Nós fomos no banco de trás e eu deitei, encostando a cabeça no colo dele.
- Acho que você capota antes de chegar lá mesmo! - ele riu e eu sorri, virando pra cima e olhando pra ele.
- Eu to com sono oras... - falei, me espreguiçando. Ele acariciou meu cabelo e eu sentei, de lado, virada pra ele.
- Dorme em casa... - ele disse, com um sorriso safado. Eu ri e dei um beijo de esquimó nele.
- Não vou incomodar?
- Nem um pouquinho! - eu ri e dei um beijo nele.
- Tudo bem então... É que eu não queria ficar sozinha em casa... - fiz bico e ele apertou minhas bochechas.
- Ok fica tranquila. - eu sorri e estalei um beijo em seus lábios, deitando de novo no seu colo e fechei os olhos.
- ? - senti um beijo na minha bochecha e resmunguei alguma coisa. Onde que eu tava?
- ... - ouvi de novo e virei em direção a voz, e abri os olhos lentamente. Olhos me encaravam e eu afastei um pouco, olhando em volta.
Eu estava num quarto de algum garoto(o dono dos olhos ) e era bem bagunçado.
- ? - perguntei, virando de novo e ele sorriu, me fazendo sorrir também.
- Bom dia pequena! - ele se esticou e me deu um beijo na bochecha.
- Bom dia amor... O que houve? - perguntei confusa. Ele riu e deitou do meu lado, acariciando meu cabelo. Oh Gosh, deve estar uma droga.
- Você capotou antes de chegar aqui... Aí eu te trouxe aqui pra cima... - arregalei os olhos e ele riu. - Não se preocupa, não teve problema. - ele sorriu carinhoso e eu corei.
- Ahh desculpa... Eu fico cansada depois dos shows... - expliquei, enfiando a cara no travesseiro de vergonha. Escutei ele rindo e me abraçou, encostando seus lábios no meu ouvido.
- Problema nenhum pequena... - deu um beijo na minha bochecha e se afastou, e eu sai de baixo do travesseiro. Sorri de leve e passei os braços pelo pescoço dele.
- Obrigada por tudo . E parabéns de novo pelo show, estava muito bom! - eu disse dando beijos curtos em seu rosto.
Ele sorriu e me puxou, me fazendo ficar por cima dele.
- Eeer... ? - chamei, ele parou de beijar meu pescoço e me olhou.
- Estou apressando as coisas? - entendi as inteções deles e pensei rápido. Estava?
- Na verdade não... É só que... Você... Poderia ficar por cima? - perguntei corando do dedão ao coro cabeludo e ele riu, girando e ficando em cima de mim.
- Melhor? - perguntou, com os lábios colados aos meus.
- Muito. - ri e ele voltou a me beijar, com as mãos passeando pelo meu corpo, frequentemente parando na cintura e acariciando.
Ele começou a tirar a minha blusa, e eu achei isso realmente ótimo, eu estava morrendo de calor, mesmo com o frio que devia estar lá fora. Quando minha blusa estava no chão, comecei a levantar a dele, e ele mesmo a tirou. Admirei o namorado perfeito que eu tenho com cara de idiota e ele riu, voltando a me beijar.
BAM BAM BAM
Pulei de susto e ele saiu de cima de mim, enquanto alguém continuava a esmurrar a porta.
- Já vai porra! - ele gritou(educação mandou lembranças, beijos), e se jogou na cama, pondo as mãos sobre seu sexo, fazendo uma careta. Eu ri baixinho e ele sorriu, virando pra mim.
- Me espera. - me deu um selinho e levantou, não se dando ao trabalho de por a camiseta.
- Que? - ouvi.
- A mãe perguntou se vocês vão descer agora pra tomar café. - ouvi a voz de Lia e a xinguei mentalmente. Maldita menina. respondeu alguma coisa mal-educado e bateu a porta, trancando.
Ele respirou fundo e virou pra mim, sorrindo e andando devagar. Eu não sabia onde enfiar a cara, eu tinha perdido totalmente o clima e estava morrendo de vergonha.
- Eer... Você se importa de deixar pra depois? - ele perguntou, se ajoelhando na cama e se debruçando sobre mim.
Neguei com a cabeça e ele suspirou de novo, me dando um beijo no queixo, e subiu para a boca, me dando um beijo calmo.
- Às vezes eu odeio sua irmã, . - falei e ele riu.
- Às vezes? Prêmio pra você, eu odeio sempre! - eu ri e ele deitou com a cabeça no meu colo. Comecei a acariciar o cabelo dele, e me toquei que ele estava sem camisa e eu também. Corei com aquilo e tentei ignorar, mas quando ele começou a acariciar minha barriga, eu fechei os olhos.
- Eeer... ? - ele parou e levantou a cabeça, me encarando. - Se importa se eu colocar a blusa? - perguntei e ele sorriu de lado, negando com a cabeça. Sentei na cama e peguei minha blusa do chão, a vestindo.
As batidas na porta voltaram a soar, e trocamos um olhar. Eu sorri e levantei, dando a mão para ele segurar.
- Então... Quer sair hoje a noite? - perguntou, na porta do meu apê. Encostei na parede e pensei se ia ter alguma coisa.
- Acho que não , vou ficar um pouco em casa... Semana que vem já começam as aulas... - lembrei, com uma careta. Ele pos o braço ao lado da minha cabeça e aproximou seu rosto do meu, me dando um beijo.
- Tudo bem então... - um selinho - ... Quer... - mais um - ...Que... - mais um. Eu ri e ele parou, sorrindo também. - Quer que eu te pegue/leve na escola?
Considerei a ideia de aparecer na escola com , todas as garotas babando por ele, e ele sorrir pra mim.
- Pode ser, você me busca só, ok? - sorri e ele abriu um sorriso enorme, me beijando de novo.
- Ok!
Escutei a campainha tocar e levantei correndo, indo até a porta. Quando abri encontrei uma criatura sorridente que pode ser chamada de Danny.
- DAANNY! - gritei e pulei no colo dele, que riu e me rodou.
- Nossa! Tudo isso é saudade? - ele perguntou rindo e me pos no chão.
- Ah, vocês sumiram, ficam famosos e nem falam mais comigo... - fiz bico e ele soltou um 'aaawn', apertando minhas bochechas.
- Ta, pra recompensar isso, que tal uma partida de paintball? Os outros vão também, e acho que , e . - ele disse e eu pensei um pouco.
- Ta, mas tem que ver o horário, porque eu já estou em aula.
- Sábado que vem que vem então? Lá pelas duas, no parque de paintball ali do centro? - eu concordei e ele sorriu, me dando um beijo na bochecha.
- Tá bem então... Tenho que ir, ta me esperando lá em baixo, junto com os outros, temos que resolver um negócio com a gravadora! - acenei e fechei a porta.
Segundos depois meu celular tocou, e eu me joguei no sofá e atendi.
- Alô?
- Pequena?
- Oi ! - sorri igual besta.
- Pequena, sábado que vem que vem eu e os meninos vamos jogar paintball, ta afim de ir? - eu ri.
- Danny já me avisou, ele passou aqui em casa agora pouco... Eu vou sim xuxu.
- Ah. Bom... er... - eu ri e ele me acompanhou. - Ah é, amanhã vou te buscar na escola, ok? - concordei animada.
- Oook! - ele riu.
- Vou desligar agora, a gente se ve amanhã! Ai... Não, sai, usa o seu! - me confundi com a ultima frase dele.
- Eeer... Usa o meu o quê? - perguntei, estranhando.
- Oi ! - escutei a voz de Lia e entendi, ele estava falando com ela.
- Ah, oi Lia.
- , amanhã eu tenho que falar com você urgente na escola, e me diz, qual é a lição que tem pra amanhã? - bufei e ouvi fazer o mesmo. Depois de explicar que tinha lição de Matemática, ela desligou. ISSO MESMO, DESLIGOU. O telefone do , na minha cara.
Rolei os olhos e ia ligar pra ele quando o telefone tocou.
- Alô.
- Eu odeio ela. - escutei a voz de e gargalhei.
- Sem querer ofender, mas somos dois. - ele riu também, e eu fiquei em silêncio.
- , você ligou de novo pra ouvir minha respiração? - perguntei, e ele riu.
- Na verdade era mais pra te explicar isso mesmo, e pra me despedir, já que ela desligou o telefone.
- Ah sim... Então... Tchau?
- Aham! Hahaha Tchau linda, até amanhã.
- Até , te amo.
- Era só isso que eu queria ouvir. - ele fez voz de safado e eu ri.
- ! - discreta como sempre. Lia entrou correndo no pátio e se jogou ao meu lado.
- Oi Lia... o que você queria falar comigo? - perguntei, me virando pra ela.
- Ah sim, é sobre o meu irmão... vocês estão namorando né? - nisso Stacey, uma garota fútil passou ao nosso lado e ouviu.
- AAAAAH VOCÊ TÁ NAMORANDO O ? O IRMÃO DELA? - ela começou a fazer escandalo, e logo outras garotas se juntaram para saber o que estava acontecendo ali. Cada uma delas surtava, meu deus, é conhecido hein?
- Meu, eu vi o show deles semana passada, eles estavam tão lindos! - uma ai comentou.
- Era com você que ele tava se amassando na cochia? - outra perguntou, e eu corei.
- Eeer... eu prefiro não falar sobre isso, licença. - saí dali correndo e entrei na sala, no momento que o sinal tocou.
Lia entrou, conversando com algumas meninas futeis sobre seu adorado irmão, e muitas lançaram olhares raivosos pra mim. Tudo bem, sempre quis ser namorada de um cara famoso e que as meninas me odiassem. Ok, isso é mentira.
O sinal tocou e eu arrumei minhas coisas. Saí devagar da escola, e muitas garotas passavam e me xingavam, e eu me encolhia cada vez mais. Poxa, é desagradável!
Parei no portão da escola, olhando para os lados, decidindo por qual caminho eu ia, até que ouvi meu nome.
- ! Aqui! - vi um ser que eu chamo de namorado acenando do carrinho dele, e corei da raiz do cabelo até a ponta da unha do pé, e me dirigi devagar pra lá, sob os olhares das garotas.
- Oi... . - eu disse, e ele abriu a porta pra mim, me dando um selinho. Eu tinha esquecido totalmente que ele vinha me buscar.
- Tudo bem? Você tá quieta... - ele estranhou, e eu dei de ombros, entrando no carro. Ele deu a volta e entrou também, virando pra mim.
- O que aconteceu ? - ele pos a mão no meu rosto e me fez olhar pra ele.
- As garotas... da escola... eu só não estou acostumada ... - expliquei e ele me olhou confuso.
- Continuo não entendendo.
Suspirei.
- Elas ficam me xingando, ficam falando mal de mim por eu estar namorando você. - dei de ombros e ele suspirou, se inclinando e me dando um beijo calmo.
- É só inveja ... não liga para o que elas disserem, se uma delas fosse melhor que você, seria ela que estaria aqui, pode acreditar. - eu sorri fraco e ele também. Me deu outro selinho e ligou o carro.
- Agora, espero que não se importe, mas vou te sequestrar até segunda feira! - arregalei os olhos. Ah é, hoje era sexta.
- Hm, e eu tenho escolha? - perguntei, divertida, enquanto ele punha os óculos escuros e arrancava o carro, ainda sob o olhar de várias garotas da minha sala(que eu fiz o favor de me despedir com um aceno e um sorriso).
- Não. - ele disse e nós rimos, rumo ao meu sequestro.
Capítulo 9. "Dividido é mais gostoso"
- Fecha os olhos. - disse e eu obedeci, com um sorriso.
Continuamos na estrada por um bom tempo e eu ainda de olhos fechados. Em um certo momento escutei o carro parar, e a porta de bater. Logo depois minha porta foi aberta e o cinto tirado.
- ? - perguntei insegura.
- Oi princesa. - ele respondeu e eu me aliviei.
- Nada, era só pra ter certeza que era você mesmo... - respondi sorrindo e ele riu de leve, segurando minha mão e me apoiando pra fora do carro. Demos alguns passos e eu senti o vento bater no meu cabelo, e um cheiro maravilhoso.
- ? - perguntei novamente, e senti ele tampar meus olhos com uma mão, e a outra apoiou em minha cintura, me guiando.
- Hmm?
- A gente... tá na praia?! - eu disse sem conter o sorriso.
- Ah , assim você estraga a surpresa, para! - ele reclamou e eu ri.
- Desculpa... - eu disse rindo e ele parou.
- Pronto. - tirou a mão dos meus olhos e quando eu os abri, observei a casinha simples de madeira com vista para o mar, e o pôr-do-sol mais lindo da minha vida.
- ... isso aqui é lindo! - exclamei e ele sorriu, me dando um beijo no canto da boca.
- E é só nosso... e dos meninos do McFly e do Busted, mas deixa quieto, a gente pode fingir que é só nosso também. - eu ri e nós entramos na casa, pra ele me mostrar os cômodos.
Logo escolhemos o melhor quarto, e ouvimos os carros chegarem. Então me toquei de uma coisa.
- Er, amor, e minha mala? Eu não tenho roupas... - ele sorriu safado.
- Isso é realmente um problema? - eu arregalei os olhos e dei um tapa no braço dele, enquanto ele gargalhava.
- Pervertido! - exclamei e ele continuou rindo, enquanto descíamos as escadas.
- Calma linda, a gente pediu pra irmã do te emprestar... - ele sorriu e eu concordei com a cabeça.
- , minha nega! - entrou com os braços abertos, e atrás, segurando a mala dele.
- Sai que a bicha já é minha! - exclamou e pulou em cima do meu namorado. Decidi entrar na brincadeira.
- Ixi , perdeu, essa daqui é minha, eu deixo você ficar com o , ele está broxando demais na cama, não faz como eu gosto... - falei e e arregalaram os olhos enquanto rolava de rir.
- ! - exclamou, e riu.
- Poxa era segredo... e nem vem que ontem eu fiz direitinho! - ele exclamou e ainda me olhava assustado, enquanto eu e quase rolávamos no chão de tanto rir.
- Mentira , larga mão de ser lesado! - falei dando um pedala e um selinho nele, que descontraiu.
- Nossa que susto! - ele falou passando a mão no rosto e eu ri mais, abraçando-o pela cintura.
- Ah , eu queria o ... - fez bico, quando se recuperou do ataque de riso.
- Vamos parar, não vamos dar motivo pro se achar mais do que já faz... - comentou indo para a cozinha e nós rimos, quando mandou dedo pra ele. também foi pra cozinha, e eu sussurrei pra , rindo, antes de nos juntarmos a eles.
- Dividido é mais gostoso ... - e nós gargalhamos.
- , dá aqui! - eu gritei pulando em cima dele.
- Nãããão saaai! - ele disse rindo e levantando o braço para que eu não alcançasse o controle da Tv.
- Hey crianças, parem. - disse e arrancou o controle da mão dele, sentando no chão e pondo em um clipe chato lá. Eu e fizemos bico, eu ainda em cima dele.
- Tá bom mamãe! - dissemos em coro e nos entreolhamos rindo. Me ajeitei em cima dele e apoiei a cabeça no ombro dele, com ele fazendo carinho no meu cabelo. Hm, gostoso...
- Será que eles se perderam? - comentou, chegando com um balde (é, um balde mesmo) de pipoca e sentando ao lado do .
- Sei não. - deu ombros, me chacoalhando.
- eu queeeeero! - fiz manha e ele bufou. Eu ri.
- Você é sempre birrenta assim ? - ele perguntou erguendo o balde pra eu pegar quilos de pipoca e espalhar por , pra ir pegando depois.
- Não, só depois que você broxou ontem... - comentei e os três riram. - Não , não sou, é só zoeira.
Neste instante ouvimos um barulho de carro e alguns minutos depois quatro garotos rindo e pulando entraram na casa.
- Finalmente! - exclamou. , e apontaram para neste instante, que corou.
- Ele não sabe ler mapas, e quase paramos na Irlanda por isso! - acusou.
- Ah, vão à merda! - disse dando de ombros e vindo nos cumprimentar. Os outros seguiram seu exemplo e se esparramaram pela sala, com mini-baldes de pipoca. Terminaram de ver a programação Green Day e aí começou. A briga pra qual filme seria.
, e lutavam fervorosamente pelo 'Back to The Future', enquanto , e lutavam pelo Star Wars. Estavam esperando a decisão de pra ver que filme colocariam. Sim, eu não tenho direito a voto aqui.
- Hm... ET! - disse, e todos o olharam abismados. - Que é, é bom!
- Bom é , mas a opção é Star Wars ou De volta para o Futuro. - explicou lentamente e fez cara de ah-saquei.
- Hm gente? - perguntei, e todos me olharam. - Se vocês pudessem voltar para o passado, o que vocês mudariam? Quer dizer, se vocês mudassem lá e não sofresse alteração no presente mesmo... - perguntei e todos se puseram a pensar. Até Danny, palmas pra ele.
- JÁ SEI! - gritou, e foi correndo até a cozinha. Nos entreolhamos e ele voltou com uma garrafa, e todos entendemos a brincadeira.
- Ok ok, mas sem essa de beijo, porque a única garota aqui é a , e já é minha namorada, e nenhum de vocês vai encostar o bico nela, ouviram? - me agarrou pela cintura e eu ri. Que bonitinho.
- Ah, mas aí não tem graça... - comentou e corou.
- HEY! - gritou. - , nada a ver.
- Nem vem , eu não vou deixar um bando de marmanjos ficar beijando minha namorada. - Ok, ataque de ciúmes! Que fofo HAHA! Eu só observava a situação.
- Não foi isso que eu quis dizer... estou falando que não tem só a de menina aqui, tem o e o também... - ele disse e os dois deram pedalas nele enquanto nós riamos muito.
- Ah é né , quando o ta aqui você esquece de mim... - fiz bico e os meninos gargalharam.
- Aposto que o só falou isso porque tá louco pra beijar o ! - emendou, e nós começamos a rir mais ainda, eu estava quase fazendo xixi nas calças de tanto rir. estava vermelho de vergonha.
- Ok ok, então vamos supor que a pergunta por enquanto é "se você pudesse voltar no passado, o que mudaria?" e eu vou rodar, pra ter uma ordem, aí a pessoa que falar roda e a outra fala, e assim vai, até que todos tenham falado ok? - falou, e todos riram e concordaram.
Resultados:
: eu teria falado pros meus pais me terem na China, eu adoraria nascer chinês! (gargalhadas)
: eu teria impedido meus pais de me terem(risos).
: eu não teria formado uma banda com o (gargalhadas).
: eu voltaria no passado só pra poder paquerar minha professora de matemática de novo.
: eu teria falado pra uma garota o que eu sentia por ela, antes que fosse tarde demais. (coro de 'oooown' seguidos de almofadadas pelo momento clichê)
: eu teria paquerado a professora do ! (risos)
: eu teria falado pra todo mundo que eu era do futuro, e que a bisneta de alguém estava bem e que aqui no futuro nós vivíamos em baixo d'água!(risos)
: eu não teria ido falar com o Danny e o Tom na casa deles se soubesse que eles tinham um caso! (gargalhadas e muita zoação com os dois)
E assim se seguiu a brincadeira, com risos e muitas outras coisas, até que ficou entediante. E decidiu que poderíamos fazer outra coisa. Começou com beijos curtos no pescoço. E subiu. Subiu até minha orelha, que foi mordiscada e sugada, me causando arrepios. Então virei o rosto e fui beijada. Fácil assim.
Nós estávamos quase nos esquecendo que haviam outras pessoas ali, e estávamos nos empolgando um pouco, até que uma almofada passou muito perto da cabeça do e nos separamos, ao ouvir a voz de .
- Hey, procurem um quarto! - os outros riram e nós ficamos vermelhos.
- Boa idéia, vamos ? - ele disse safado e eu cortei o barato dele.
- Vamos, já estava ficando com sono mesmo... - eu disse e os meninos o zoaram. Eu ri e dei um selinho nele, e dei boa noite pra cada um deles, antes de subir as escadas de mãos dadas com .
- Você é muito má sabia?
- Eu imagino, um monte de gente fala isso pra mim. - eu disse e ele riu, me dando um beijo na bochecha.
- Olha, sua mala... - ele disse e apontou. Hm, que ambiguidade nessa frase. Fui até lá e peguei um pijama, foi realmente muita bondade da irmã de me emprestar essas roupas.
Fui ao banheiro me trocar e quando voltei estava com o violão na cama, apenas de boxers, e sorrindo pra mim.
- Olha essa música que eu aprendi a tocar ... - ele disse e começou a tocar uma melodia simples, e a cantar.
Hey where did we go
Days when the rains came
Down in the hollow
Playin' a new game
Laughing and a running hey, hey
Skipping and a jumping
In the misty morning fog with
Our hearts a thumpin' and you
My brown eyed girl
You my brown eyed girl
Whatever happened
To Tuesday and so slow
Going down the old mind
With a transistor radio
Standing in the sunlight laughing
Hiding behind a rainbow's wall
Slipping and sliding
All along the water fall, with you
My brown eyed girl
You my brown eyed girl
Do you remember when we used to sing
Shalalalalalaladeeda
Shalalalalalaladeeda
Laadeeda
Shalalalalalaladeeda
So I had to find my way
Now that I'm on my own
Saw you the other day
And my how you have grown
Cast my memory back there lord hey
Now I'm overcome thinking about
Making love in the green grass
Behind the stadium with you
My brown eyed girl
You my brown eyed girl
Shalalalalalaladeeda
Ladeeda
Shalalalalalaladeeda
My brown eyed girl
Shalalalalalaladeeda
Yeah yeah yeah yeah
Shalalalalalaladeeda
Shalalalalalaladeeda
Laadeeda
Shalalalalalaladeeda
You're my brown eyed girl
Ele finalizou a música e olhou pra mim com um sorriso. Eu o encarava, com vontade de chorar, e não acreditava naquela música. Era tão perfeita!
- Eu aprendi esse cover para tocar só pra você... My brown eyed girl... - ele disse sorrindo e eu quase chorei. Ele pôs o violão de lado e esperou alguma reação minha, que estava ajoelhada na cama e provavelmente com cara de idiota.
Eu sorri e fui me aproximando dele, até nossos lábios se encontrarem. Depois de alguns minutos de beijo, eu o quebrei e abracei pelo pescoço.
- Você poderia parar de ser perfeito ao menos um minuto, por favor? - eu disse e ele riu.
Logo depois adormecemos.
Um arrepio. Dois arrepios. Três. Porra, tá enchendo. Resmunguei alguma coisa e virei na cama. E a porcaria dos arrepios continuaram.
- Paaara... - eu resmunguei e ouvi a risada de . Abri os olhos e tirei o cabelo do rosto.
- Que preguiçosa! - ele exclamou e eu dei língua.
- Bom dia. - eu disse mal humorada e levantei, indo para o banheiro. Fiz minha higiene matinal e escovei o cabelo, que estava uma bagunça. Por que quando a gente dorme e se mexe fica essa zona toda? Que saco. Decidi prender, que ficaria melhor, e voltei para o quarto. ainda estava na cama, olhando para o teto, e sorriu quando me viu. Dei língua de novo e fui até a mala, separar um biquíni e um vestido. Voltei para o banheiro e coloquei o biquíni preto com detalhes branco e azul claro, e o vestido branco de alcinha com detalhes roxos. E uma havaiana branca e roxa, pra combinar.
- Nossa! - disse quando eu voltei para o quarto, e eu corei. Ele estava só de bermuda, e segurava a camiseta na mão.
Guardei minha roupa e quando levantei, senti-o abraçar-me por trás.
- Tá brava comigo ? - a voz dele estava meio aflita, e eu estranhei.
- Não, por quê? - perguntei, virando um pouco o rosto, e levando a mão direita à sua bochecha, acariciando.
- Você não falou nada além de bom-dia... é por que eu te acordei? - perguntou de novo e eu ri baixinho, sentindo a respiração dele na minha bochecha.
- Não , não estou brava... só falo pouco quando acordo, eu ainda estou um pouco com sono... - eu disse e senti ele sorrindo, e me deu um beijo na bochecha.
- Ok então... vem, vamos acordar os outros. - ele disse e me soltou. Segurou minha mão e me puxou pra fora do quarto.
- Você acorda os Mcguys e eu os babacas da minha banda ok? - concordei e fui para o quarto que eu sabia que dividia com .
Abri a porta lentamente, e vi babando em um bichinho de pelúcia, e com o travesseiro entre as pernas agarrado aos lençóis. Ri com a cena e cutuquei .
- Hmmm... - ele resmungou e virou pro outro lado.
- , vamos pra praia, anda... - empurrei ele, e sem querer ele caiu da cama.
- Ahn? Quem? Não fui eu!! - ele disse e eu ri, indo pra cama de . Reparando melhor, é bem bonito... S, para com isso. Escutei resmungar e me aproximei de , dando um beijo em sua bochecha; ele resmungou alguma coisa e abriu os olhos.
- ?
- , acorda, a gente vai descer pra praia. - Eu disse e ele concordou, se levantando. Saí do quarto e fui acordar e um pouco confusa.
O que diabos estava acontecendo comigo?
- MEIO ! - gritou depois que cortou em no 3 corta. Haha, adoro esse jogo.
- Ah que saco... , me salva? - Ele fez bico e eu ri.
- Pra ir aí no meio levar bolada? Nem a pau, Juvenal! - Eu disse e os outros riram, enquanto ele fez cara feia.
Continuamos jogando por mais uma meia hora e decidimos tomar sorvete.
- , por favor, deixa eu escolher o do Mickey! Por favor, por favor por favor! - pedia e rolou os olhos.
- , olha pro seu tamanho!
- Aaah que isso, sem direito a sorvete do Mickey? Então nem quero! - Decidi zoar e todo mundo riu. Sim, eu sou uma comédia *cara de emoticon de óculos*
Passamos o dia inteiro na praia, e chegamos em casa por volta das sete da noite, mortos de cansaço, e nos jogamos pela sala.
- ... - gemeu. Olhei pra ele e vi o que eu temia. O rosto dele estava muito vermelho, e ele fazia caretas de dor.
- Ah ... - Eu disse e agachei na frente dele, passando o dedo de leve pela queimadura. - Não vem dizer que eu não avisei, hun?
- Mas eu passei toda vez que você falou! Só que só no corpo... - Ele choramingou e eu fiquei morrendo de dó.
- Vem, vamos lá em cima, acho que eu tenho um creme na bolsa de escola... - Eu disse e subimos a escada.
Ele sentou na cama enquanto eu fuxicava minha bolsa. Não encontrando o creme, fui ver na mala da irmã do se havia alguma coisa. Abençoei a menina quando achei um frasquinho com o creme.
- Aqui ... - Sentei em frente a ele e apliquei o creme de leve, enquanto ele soltava gemidos e fazia caretas.
Depois de estar 'cremado' (haha) ele deitou, e eu deitei ao seu lado, acariciando seu cabelo.
- Desculpa... - Ele disse, vermelho, acho que por causa da vergonha agora.
- Relaxa ... Só tem que tomar cuidado, tá bem? - Eu dei um beijo leve em seus lábios, e deitei a cabeça em seu ombro.
- Boa noite... - Ele disse, e eu dormi.
Capítulo 10. "Camarão Bicolor"
Acordei e ainda descansava, com o rosto avermelhado. Suspirei e dei-lhe um beijo de leve no rosto, me levantando. Me troquei rapidamente, colocando um biquíni laranja por baixo do vestido azul bebê e desci para a sala. e estavam esparramados lá, conversando baixinho e rindo.
- Bom dia, meninos! - eu disse, baixinho também, e dei um beijo em cada um. - Caíram da cama? - perguntei rindo, e me sentei perto de .
- Não... A gente só não queria ser acordado de novo... - Eu ri baixinho e encostei minha cabeça no ombro de .
Ficamos um tempo em silêncio e se espreguiçou.
- Acho que vou voltar para a cama... - ele disse e se levantou, deixando-me a sós com . Ele levantou o braço, me abraçando pelo ombro e ficamos juntos em silêncio por algum tempo. Até que ele começou a fazer carinho no meu cabelo e eu tive uns malditos arrepios. Nem com o eu tinha esses arrepios.
- ? - chamei baixinho e ele fez um barulho com a boca. - Tá gostoso... - Ele riu baixinho e eu fechei os olhos deixando-o acariciar meu cabelo, e às vezes minha bochecha, enquanto os deliciosos arrepios continuavam. suspirou e tirou as mãos de meu cabelo, fazendo-me abrir os olhos.
- O que foi? - perguntei e ele me olhou com cara de interrogação. - Por que parou? - perguntei, fazendo bico.
Ele riu e colocou de novo a mão em meus cabelos.
- Eu só parei porque tecnicamente você tem um namorado, e se ele entrar nessa sala e eu estiver assim com você, vai ser bem engraçado. Espero - ele acrescentou nervoso e eu ri.
- é de boa. - Dei ombros.
- Você não gosta dele? - ele perguntou, parando de acariciar meu cabelo e me olhando.
- Gosto... mas sei lá. Às vezes eu me pergunto se eu realmente sou capaz de gostar de verdade de alguém. Eu sei que eu não estou com ele só por causa da fama, porque eu já o conhecia antes de ele formar o Busted, mesmo que tenhamos começado a namorar quando ele formou a banda... - eu falei pensativa. Depois suspirei.
- Então você acha que às vezes você não gosta dele? - me olhou confuso.
- Não é isso; eu gosto do , gosto mesmo. Ele é fofo comigo e tudo mais, mas às vezes... eu penso se isso é o bastante. Olha, tanto ele quanto eu somos bem jovens, mas não quer dizer que a gente vai ficar junto pra sempre, e que ele vai me amar pra sempre. Nem que a gente vai casar nem nada. E é disso que eu tenho medo. Desse depois. Quando ele terminar comigo, ou eu terminar com ele, e ficarmos machucados com isso; quando eu o ver com outra garota, dizendo que a ama exatamente como ama a mim... e saber que talvez ela seja apenas mais uma, como eu sou... - eu confessei. Era a primeira vez que eu contava isso a alguém, mas eu precisava desabafar. Eu pensara nisso quando as groupies da minha escola falavam dele.
- ... - ele ia começar a dizer uma coisa, mas nesse momento um camarão bicolor entrou sorridente na sala. Ah, é o .
- , você tá parecendo o símbolo do São Paulo assim, preto, branco e vermelho! - eu disse e riu. me mandou língua e sentou do meu lado. (n/a: o/ haha São Pauloooo! eles nem devem saber direito que é um time CACACA)
- Obrigado pela consideração. - Eu ri e apoiei a cabeça no ombro dele, lançando um olhar de 'eu sei que é estranho' para o , que me devolveu um 'é, eu tô percebendo'. Conversa não-verbal é legal!
- Alguém já fez o café da manhã? - perguntou e eu rolei os olhos.
- , O Esfomeado - disse e eu ri. era engraçado. levantou-se e deu a mão para eu levantar também. Me impulsionei e caí nos seus braços, que me envolveram num abraço gostoso. Era nesses momentos que eu percebia o quanto eu gostava de e que ter medo do futuro era idiota, porque eu o amava e ele me amava e nós íamos ser felizes por muito tempo. Fechei os olhos e o abracei também, sentindo seu cheiro bom.
- O que foi, pequena? - ele perguntou baixinho e eu abri os olhos. Percebi que só estávamos nós dois ali, que deixara o local. Levantei meus olhos até ficarem à altura dos dele e sorri de leve.
- Só senti sua falta... É como se você tivesse passado anos longe de mim... - eu disse baixinho e ele sorriu, me dando um selinho demorado.
- Eu amo você - eu disse baixinho, com os lábios junto aos dele. Ele sorriu e beijou minha bochecha.
- Eu também amo você, ... - ele suspirou e me deu outro beijo, se afastando um pouco. Ele me soltou do abraço e eu me senti fria, como se o calor do meu corpo dependesse do calor do corpo dele. Ele sorriu fraco pra mim, e eu não entendi, simplesmente não estava entendendo essa atitude dele.
- E você não é apenas mais uma - ele completou e eu entendi. Ele havia ouvido a conversa, ou parte dela, pelo menos. Eu corei e abaixei os olhos.
- Espero que não - murmurei, e logo senti seus braços me envolvendo de novo, devolvendo-me o calor que eu precisava.
Ficamos um longo tempo apenas abraçados, sentindo o silêncio sobre as nossas cabeças e sentindo naquele abraço as palavras não ditas por nenhum de nós. estava com a bochecha encostada à minha e eu estava de olhos fechados, sentindo-o acariciar minha cintura. Apertei seus ombros um pouco mais forte.
- Não sabia que você tinha esse medo - ele quebrou o silêncio e eu suspirei.
- Eu tenho medo de tanta coisa, ... De não ser boa o bastante, de que um dia você se canse de mim e me abandone e isso machuque tanto... Ou eu me canse de você e ao invés de viver uma mentira, ter que te deixar, e isso te magoar... Eu tenho medo de fazer algo errado, , e você me odiar pra sempre - eu sussurrei, de olhos fechados, sentido-os arderem.
- , eu... não sei o... que dizer, pequena... - ele disse, baixinho também e me trouxe mais perto de si.
- Eu amo você - repeti, e o apertei mais forte.
- Cara, que sol! - disse, passando litros de protetor solar. Estávamos novamente na praia, e estava usando um protetor solar com maior potência, além de um chapéu. Todos estavam muito lambuzados de protetor, já que eu nunca vi meninos mais branquelos que eles.
- Pequena... - me chamou e eu o olhei. Ele fez sinal para que eu me aproximasse e, assim que o fiz, ele me estendeu o protetor solar com um sorriso. - Passa nas minhas costas?
Concordei e ajoelhei por trás dele, passando protetor em suas costas brancas. Depois que ele estava protegido devidamente, levantei e voltei a me sentar, dessa vez entre suas pernas. Ele sorriu e passou os braços pela minha cintura, apoiando o queixo em meu ombro. Levantei a mão e acariciei seu rosto. Ele suspirou.
Os meninos começaram a jogar alguma coisa não identificada, e nós apenas assistíamos, rindo de vez em quando. Eu sabia que ele estava pensando na nossa conversa, e eu não queria atrapalhar seus pensamentos. Sabia que ele tinha ouvido o que eu falei para o , sobre achar que isso não é bom o bastante. Eu simplesmente disse que ele me amar e eu o amar não é bom o bastante. Suspirei e virei um pouco o rosto.
- ? - Ele fez um barulho com a boca e eu continuei. - Me desculpa?
Senti seu olhar confuso sobre mim e, antes que ele pudesse perguntar, completei.
- Me desculpa por achar que você me amar e eu te amar não é bom o bastante... E por você ter ouvido daquela maneira... - eu disse baixinho e ele sorriu.
- Claro que desculpo, minha pequena... - Ele suspirou e me deu um beijo no rosto. - Eu sei que você não falaria uma coisa dessas pra mim, e se você precisava falar com alguém, fico feliz que tenha escolhido um amigo, e que tenha soltado isso de dentro de você. - Uau, falou o terapeuta aqui. Sorri e dei um beijo em seu nariz.
- Eu já pedi pra você parar de ser perfeito, por que você não me escuta? - perguntei e ele riu, deitando e me levando junto.
- Porque aí eu não seria o cara que você quer. - Ele piscou para mim e eu revirei os olhos, me ajeitando por cima dele.
- Você é o cara que eu quero, com seus defeitos e qualidades, ... Nasta ser assim como você é - eu disse sorrindo e ele alargou o sorriso.
Então um balde de água fria nos acertou. Mais exatamente, a água fria nos acertou. A quantidade era de um balde. Ok, vocês me entenderam!
Eu gritei e começou a dar risada alto, enquanto eu me agarrava a ele tentando me esquentar, e os outros riam. estava com um balde na mão, rolando de rir.
- , você tá morto! - eu gritei e saí de cima de , correndo atrás de , que não sabia se ria ou se fugia de mim. Ele decidiu pela primeira opção, caindo no chão e ficando lá rindo, até eu o alcançar e pular em cima dele.
- AI CARAI! - disse, ainda rindo e eu comecei a rir.
- Você é mau, muito mau, - eu disse fazendo bico e ele riu mais.
- Eu sei! - ele disse safado e eu dei-lhe um tapa, rindo.
Me levantei e ele também, estávamos cobertos de areia, eu principalmente, que estava molhada antes.
- Vou entrar no mar, me lavar... - eu disse, indo para o mar. Depois de dar uma lavada e ter tirado a areia, me virei para sair, e percebi que a maioria deles estava me secando. Corei e voltei para perto deles, ainda sob o olhar de , , (claro, que quase babava), e . Só e estavam sendo discretos.
Sentei ao lado do , que pareceu despertar e despertar a todos os outros, e me aliviou muito.
- Êe, ... - ele disse baixinho e eu o encarei confusa, enquanto ele abria um sorriso. - Tinha que ser linda assim, né?
Eu ri e dei-lhe um beijo rápido.
- Só pra você meu amor! - Pisquei e ele riu, me abraçando.
Descemos do carro e me acompanhou até a porta do apartamento.
- Obrigado por ter passado esse fim de semana comigo, - ele disse, me encostando na porta e me beijando. Retribui o beijo e, depois que o quebramos, abracei-o forte.
- Eu não tive opção mesmo, fui sequestrada! - Nós rimos e eu dei um beijinho de esquimó nele. - É sempre bom estar com você, ... - Sorri e ele também. - Quer entrar?
- Não não, pequena... Preciso ir para casa... - Ele suspirou e me deu um selinho. - Eu precisava te falar uma coisa...
- Então diga - eu falei, ainda sorrindo.
- Hm... Sabe esse sábado, que a gente vai no paintball? - concordei. Ele suspirou e colou sua bochecha à minha, dizendo baixinho. - É nossa despedida.
Fiquei estática. Não conseguia raciocinar, sério. Nada mais passava na minha mente, a não ser suas palavras. "Nossa despedida", "Nossa despedida"... esperava minha reação, mas o problema era esse: eu não tinha uma reação para isso. A única coisa que me passava pela cabeça agora era: "Ele não me quer mais... Ele não gosta mais de mim... Ele vai me deixar...".
Não pude conter as lágrimas e o empurrei, entrando no apartamento com pressa e batendo a porta na cara dele. Foi só trancá-la e as lágrimas saíram.
- ? O que foi...? - tentou dizer, mas eu o interrompi, chorando.
- VAI EMBORA, ! VAI LOGO! - gritei e sentei chorando muito. Ele não ia fazer isso comigo! Ele não podia fazer isso comigo, depois que tudo que conversamos, depois que tudo que eu disse!
Ele disse mais algumas palavras, mas eu simplesmente não conseguia ouvir. Simplesmente não tinha mais nada que eu queria ouvir da voz dele. Ele não podia me deixar... "Nossa despedida". Minha e dele. E eu não ia de jeito nenhum.
Eu estava em completo estado vegetativo. Ok, não era vegetativo, a palavra melhor era mecânico. Eu só fazia as coisas por hábito. Dormir, comer, ir ao banheiro. Eu também adquiri o hábito de fazer lição de casa. Quando não tinha nada pra fazer, eu fazia lição de casa. Quando não tinha lição de casa ou já havia terminado todas, eu deitava no sofá e encarava o nada. Às vezes chorava. Meu celular estava sempre desligado agora. Na escola, eu fugia de Lia sempre que esta se aproximava e ficava todas as aulas em silêncio. Não havia mais nenhuma amiga, nenhum amigo... E os McGuys estavam ocupados agora, eu estava simplesmente sozinha. E hoje já era quinta feira.
Eu estava me entupindo com um pote de sorvete de flocos quando a campainha tocou. Sem ânimo nenhum de abrir a porta, me levantei preguiçosamente, deixei o pote em cima da mesa e me dirigi lentamente até a porta. Abri, arregalei os olhos e bati a porta de novo.
- ! - me chamou e eu percebi as lágrimas que eu havia aprendido a controlar há dias voltaram aos meus olhos.
- Vai embora, ! - eu disse e tranquei a porta.
- Mas, ...! – o ouvi protestar, e novamente não o deixei terminar.
- VAI EMBORA, ! ENTENDEU OU QUER QUE DESENHE? - gritei, e voltei a chorar.
- , eu... eu não entendo... - ouvi sua voz.
- Só vai embora, ... Não sei nem por que você está aqui de novo - eu disse, entre soluços. Ouvi-o suspirar e depois de muito tempo o som do elevador chegou aos meus ouvidos e eu desabei. Sério, caí no chão e fiquei lá, soluçando e tremendo, sentindo falta do cara que eu mais amo no mundo. Era incrível. Por mais que eu soubesse que ele não me queria mais, essa realidade não chegava a mim. Por que ele me deixara? E por que ele voltou aqui, hoje? Por que ele simplesmente não acabava com tudo de uma vez? Ele ficava me torturando, voltando e me fazendo sentir tudo que... tudo que na verdade eu nunca deixara de sentir.
Eu amo aquele cara, mas tenho que simplesmente aceitar que ele não me quer mais.
Depois de mais ou menos quinze minutos, no chão, tremendo e chorando, sequei minhas lágrimas e levantei, me arrastando até o sofá e me jogando lá. Olhei mais uma vez para aquela porta e me lembrei de cenas que me marcaram com o .
- , me promete uma coisa? - ele perguntou ignorando meu comentário, e virando pra mim no banco. Eu virei também.
- Depende. - Vai que ele pede pra eu nunca mais aparecer na frente dele? Não posso evitar um esbarrão de vez em quando...
- Isso não vai atrapalhar a nossa amizade? - Amizade, nós temos uma amizade? Brisei agora.
- O que não vai atrapalhar a amizade que nós não temos? - eu acrescentei e ele riu, colocando o copo de cerveja no chão.
- Isso - ele disse e se inclinou, logo depois eu senti a respiração dele na minha e os lábios dele colados nos meus.
- Shhh... Eu só estou com saudades... - ele disse, me olhando nos olhos. Abri a boca pra dizer alguma coisa, mas ele foi mais rápido; me beijou lentamente e eu passei os braços pelo ombro dele, agarrando seus cabelos com delicadeza e ele me envolveu pela cintura, me puxando mais pra perto. Levantei minha perna e ele a pegou por baixo da minha coxa, pegando a outra também e me fazendo subir no colo dele. Ele me levou até a sala, e no caminho derrubamos alguma coisa, que se espatifou no chão e nos fez rir.
- Bombom? - ele perguntou confuso, e eu ri.
- É que bombom é melhor que chuchu, pelo menos no sabor - expliquei e depois me dei conta do que havia falado. me olhou malicioso e gargalhou, enquanto eu corava e procurava um buraco para me esconder.
- Hm, gostei, quando quer provar? - ele perguntou com um sorriso sexy e eu mordi o ombro dele. - Ai tá louca?!
- Tá provado e aprovado! - eu disse e dei língua, enquanto ele ria.
Sem que eu percebesse, lágrimas voltaram aos meus olhos. Eram apenas alguns dos melhores momentos que eu tive com ele. E ele cantando Brown Eyed Girl pra mim... Olhei novamente para a porta e percebi um papel branco embaixo da porta, que certamente não estava ali antes. Me aproximei devagar e o peguei entre as mãos, reconhecendo a caligrafia de .
",
Eu não faço a menor ideia do porquê de você estar brava comigo. Não sei por que você bateu a porta na minha cara duas vezes, por que eu ouço seus soluços cada vez que você faz isso, por que sempre que eu vou aí eu fico com medo de bater na porta e receber seu olhar como o que eu recebi hoje e mais uma batida de porta na cara. Não entendo, mesmo. Eu fui aí a semana inteira, desde que você gritou comigo no domingo. Só que eu nunca tinha coragem de bater na porta. Na segunda e na terça eu ouvi você chorando. Tentei ligar milhões de vezes (fracassadas) para o seu celular, mas acho que você o desligou. , eu só quero entender: o que eu fiz de errado para você estar assim comigo? O que eu fiz pra você chorar tanto, minha menina? Depois de tudo aquilo que a gente conversou... Depois de milhões de vezes que eu disse que eu te amo... Por que é tão difícil pra você acreditar nisso? Só porque estou começando a ficar famoso? Porque minha irmã tem amigas que não posso negar que são lindas? Mas, , eu sinceramente não sei o que passa na sua cabeça, ou o que não passa, pra você não entender que a amiga mais linda da minha irmã é aquela que até domingo pelo menos eu podia chamar de namorada! Ou eu não tenho mais esse direito? Você quer terminar comigo, dar um tempo, não sei? Porque, , eu só preciso de uma resposta. Só isso. Eu sei que fiz milhares de perguntas nessa carta, mas só preciso de uma resposta, de qualquer uma delas. Da principal talvez. Por quê? Por que você tá assim comigo, por que você chora tanto? , eu simplesmente não consigo entender isso! Eu não consigo entender também por que, acima de tudo, você é a garota que está nos meus sonhos toda noite, que eu penso na hora de escrever as músicas... Eu escrevi duas músicas pra você. Sim, duas. Elas não estão completas, eu apenas tenho o refrão de cada uma. E o nome. Uma se chama Losing You, e seu refrão é assim:
So tell me why, i'm swimming against the tide (Me diga por que estou a nadar contra a maré)
And i'm praying for a lifeline, cos i'm (E estou a rezar para uma vida inteira porque estou)
Losing you (perdendo você)
So tell me why, you don't care enough to try (então me diga por que você não se importa o bastante para tentar)
Are you giving up this fight, i can't stand, (Você está desistindo desta batalha? Eu não posso suportar)
Won’t stand, losing you (Eu não vou suportar perder você)
E a outra é Without You, que é só uma pequena frase o refrão:
I can't breathe without you
, por favor, volta a falar comigo. Volta a ser minha menina, minha garota linda. Volta a me abraçar, me beijar, dizer que eu sou idiota e convencido e fazer piadinhas sobre mim... Por favor, , volta a ser minha, só minha e de mais ninguém. Eu não vou conseguir entrar em turnê com você brava comigo; eu não vou conseguir entrar no palco sem conseguir imaginar seu sorriso; eu não vou conseguir olhar para a platéia se eu não souber que talvez naquele show você esteja lá, me assistindo e me esperando no camarim. Eu não vou sequer conseguir respirar para cantar as músicas se você não estiver perto de mim. Ou o mais próximo que a gente possa chegar, durante essa turnê. Por favor, ... Eu não vou conseguir viver sem você...
Volta pra mim, minha menina... Eu amo você. Mesmo que você não acredite nisso, mesmo que você ache que essa carta é uma mentira e vá jogá-la no lixo... Eu amo você. E você não é apenas mais uma, nunca vai ser. Você vai ser sempre a minha menina linda. Mesmo que você ache que eu sou um idiota, por tudo que eu fiz (que eu nem faço ideia do que seja), eu amo você. É só isso, pequena.
Eu amo você."
Ok, o que diabos foi essa história de turnê? Será que... AH MEU DEUS! Eu acabei com a minha vida. Obrigada, Deus, pela inteligência que me dera e as oportunidades muito bem aproveitadas para foder minha vida. Voltei a chorar forte e abracei a carta. Ele ia sair em turnê e eu estava achando que ele ia me abandonar para sempre. Eu devia ter esperado ele terminar de falar... Ter aberto a porta e ouvido ele. Visto seu sorriso... Ah meu Deus, o que eu fui fazer? Alguém pode ter a bondade de me jogar do prédio ou me dar um tiro?
Liguei rapidamente meu celular e disquei seu número. Depois de apenas um toque, sua voz atendeu o telefone, e eu senti meu mundo voltar a girar.
- ? - As lágrimas já rolavam por vontade própria no meu rosto, e eu simplesmente senti meu coração voltar a bater quando ouvi sua voz.
Capítulo 11. "Geléia de abacaxi com cereja e maracujá"
- ? - repeti, um pouco mais segura, e ouvi ele quase gritar de alívio.
- ! O que foi? - ele perguntou e eu soltei mais alguns soluços.
- Eu queria falar com você... Você pode vir até aqui? - pedi, na cara-de-pau. Poxa, ele vem aqui e eu bato a porta na cara dele, agora eu peço pra ele voltar. Legal.
- Erm, mas você não tá brava comigo? - ele perguntou, confuso.
- N-não, eu quero me explicar - falei e ele soltou um suspiro.
- Já tô chegando... - ele falou e eu desliguei, tentando controlar o choro. Poxa, desse jeito eu vou desidratar!
Continuei soluçando até o ouvir tocar a campainha, e dessa vez levantei sem hesitação, indo até a porta. Abri-a e dei de cara com , que abriu a boca para falar alguma coisa, mas eu o impedi, me jogando em seus braços.
- Pequena... - ele falou, enquanto eu afundava nos braços dele, que me envolviam num abraço gostoso. - Por que me chamou?
- Você queria algumas respostas - murmurei, contra seu ombro. Ele soltou um assovio baixinho e respirou fundo.
- Sim... - Me afastei de seus braços e segurei seu rosto com as duas mãos.
- Primeiro de tudo me desculpa? - pedi baixinho e ele negou com a cabeça. Senti uma dor imensa dentro de mim e quase voltei a chorar, se ele não tivesse completado.
- Só depois que eu entender, tá? - ele falou, com um meio sorriso e eu concordei com a cabeça, me aliviando. Era justo.
- Vem, entra... - puxei-o para dentro e nos sentamos no sofá. Passei a mão nos cabelos e mordi meu lábio, sem encará-lo.
- ? - ele me chamou e eu o olhei, mordendo meu lábio mais fortemente. - Por favor? - Suspirei e voltei a encarar minhas mãos.
- Quando você falou... - parei, me sentindo completamente idiota - nossa despedida. Ah, , é tão idiota. - Escondi meu rosto com as mãos e ele tirou-as delicadamente, me fazendo olhar para ele.
- , eu só quero entender - me disse, sério, e eu concordei com a cabeça.
- Quando você falou isso, eu achei que você ia terminar comigo. - Fechei os olhos com força. - E fiquei magoada, porque você não tinha motivos.
Voltei a esconder meu rosto com as mãos, e ele me abraçou de lado. Talvez fosse um bom sinal.
- Ah ... Como é que você pensou que eu ia terminar com você? Eu não sei nem viver mais sem você! - ele falou e eu senti as lágrimas molharem meus olhos.
- É... Eu sei que fui idiota... Eu acho que tava pensando na nossa conversa do fim de semana e me perdi nos pensamentos... E agora você tá bravo e não me quer mais... – falei, soltando um soluço e o abraçando com força, eu tinha que aproveitar, né? Continuei chorando em seu peito, até que ouvi ele rindo. Rindo? Me afastei e olhei seu rosto, que tinha um sorriso imenso que eu amava.
- Larga mão de ser boba, ! Não acabei de falar que não sei viver sem você? – ele exclamou e eu abri um sorriso, pulando nele e o esmagando.
- Aaaaah ! – falei, totalmente feliz. – Eu te amo muito. – Dei um selinho nele. – Muito. – Mais um. – Muuuuuuito! – falei dando vários selinhos dessa vez e fazendo-o rir.
Parei e o olhei com um sorriso, vendo meus olhos refletidos nos lindos globos dele. Ele sorriu também e colocou a mão na minha nuca, aproximando nossos rostos lentamente. Quando nossos lábios se tocaram, senti arrepios percorrerem todo o meu corpo, me fazendo abrir os lábios e soltar um suspiro assim que sua língua encontrou a minha, energeticamente se movendo em sincronia.
Eu me senti como há uma semana não me sentia. Feliz, completa. Com o cara que eu mais amo no mundo de volta aos meus braços. Meu e só meu.
Abri os olhos e olhei em volta. descansava ao meu lado e eu sorri, me esticando e o abraçando. Seu braço me envolveu e eu sorri mais ao perceber que ele estava acordado.
- Bom dia... – falei, beijando sua bochecha e ele sorriu também, me olhando.
- Bom dia, pequena. – Ele me deu um selinho e me abraçou, me fazendo encostar a cabeça em seu ombro. Seus dois braços me envolveram e eu aspirei seu perfume.
- Dormiu bem? – perguntei baixinho, acariciando seu ombro nu. Dormir abraçada com seu namorado é muito bom, ainda mais se ele está sem camisa. É, só sem camisa, nós não fizemos sexo, ok? Suas pervas, aposto que pensaram isso.
- Uhum – ele disse sorrindo e me apertando um pouco mais. – ?
- Hm?
- O que você achou das músicas? – ele perguntou e eu sorri.
- Eu adorei. Na hora eu me desesperei e nem prestei atenção direito, mas lembrando agora... – Dei um beijo em seu queixo. – Eu adorei mesmo, .
Ele sorriu e me beijou calmamente.
- ... – me chamou de novo, logo após quebrar o beijo e eu sorri.
- Meu nome fica tão lindo na sua voz. – Nós rimos.
- ! , , , ... – ele começou a repetir sem parar e eu gargalhei.
- Tá, chega, ! Que foi? – Ele riu também e virou-se para mim com um sorriso maravilhoso.
- Tô com fome! – Eu ri mais e levantei, com ele atrás.
- Vamos alimentar nossas lombrigas – falei, saindo correndo para a cozinha, ouvindo-o rir.
- NÃÃÃÃO, , NÃO ME SUJA! – reclamei em vão enquanto ele passava manteiga no meu rosto. Peguei o pote de geléia e enfiei o dedo, passando no rosto dele depois.
- AAAAAAAH, , eu vou ficar fedendo a geléia de... abacaxi com cereja e maracujá?! – ele disse, lendo no pote o sabor da geléia e fazendo uma careta estranha. Eu gargalhei e esfreguei meu rosto.
- E eu a manteiga! E nem vem que essa geléia é boa! – falei dando língua e ele riu, me puxando para o colo dele e me beijando.
- Te amo, princesa – ele falou baixinho, depois de quebrar o beijo. Eu sorri e encostei nossos narizes.
- Também te amo, – falei, com uma sensação estranha que eu não soube explicar.
- Vamos amanhã, né? – concordei. Ele se referia ao paintball, e sim, eu faltei à aula para ficar com ele, nem ligo.
- Lógico! Não vou perder nenhum segundo com você... – falei, sorrindo besta e ele sorriu também, me puxando para mais um beijo.
- Uau, , você está sexy! – Ok, sexy era o que eu menos me sentia no momento. Podia dizer que estava equipada naquelas roupas bolhufudas e sujas de paintball, talvez até bonitinha. Mas sexy? No way.
- Cala a boca, – resmunguei, fazendo-o rir. chegou bolhufudo também e sorriu pra mim, me abraçando pela cintura.
- Uau, , você fica sexy de roupas de paintball. – Bufei e gargalhou enquanto não entendia nada.
- Nada – falei, antes que ele perguntasse, pegando minha arma e indo para o campo de batalha. Os dois riram e me seguiram.
-AI! – reclamei quando uma bolinha azul me acertou na bunda, me fazendo pular. gargalhou e eu fiz bico, cerrando meus olhos e mirando em sua barriga, mas acertando sua coxa. Mira da porra, , mais prática.
- Eita, , eu ainda quero ter filhos! – ele disse, rindo, depois de ter soltado uma exclamação de susto. Eu ri também e saí correndo quando ele voltou a levantar a arma.
Saí correndo tão desembestada que nem vi quando trombei com alguém. No meio do caminho tinha alguém, no meio do caminho tinha alguém. E QUÊ alguém, diga-se de passagem. Ok , sem passagens.
- OUTCH! – reclamou quando caiu ao chão, comigo por cima.
- Ops, mal, dude! – falei, rindo.
- Nossa, , você tá pesada! – ele reclamou, fazendo som de gente esmagada e eu mandei dedo, soltando todo meu peso em cima dele, fazendo-o soltar uma gargalhada abafada.
- Nem vem me chamar de gorda, , até meia hora atrás eu era sexy! – reclamei e rolei para o lado, virando para ele.
- Quem disse que você deixou de ser? – ele me perguntou, com um sorriso safado e eu corei. Fiquei meio embaraçada e não soube o que responder.
- Eeer, essa frase não estava no script – falei e ele riu, se apoiando nos cotovelos e ficando por cima de mim.
- Isso também não estaria. – Céus, eu juro que tentei resistir, mas seu hálito de menta, batendo no meu rosto, mais sua respiração pertinho assim da minha, poxa, é ruim hein?!
Sua boca encostou na minha e me causou arrepios por todo o corpo. Instintivamente, coloquei uma mão em sua cintura e a outra agarrou seus cabelos, enquanto ele apertava minha bunda com uma mão e a outra se apoiava no chão, para não deixar todo seu peso sobre mim. Soltei um suspiro durante o beijo, ignorando totalmente o som de tiros sob nossas cabeças, só me preocupando com o ser gostoso que estava me beijando.
De repente, me lembrei de e abri os olhos, empurrando , que rolou e caiu no chão, me olhando de forma confusa.
- Você... – comecei a falar, mas balancei a cabeça e levantei, saindo correndo. Novamente, saí desembestada, só pensando em como eu pude fazer isso com , principalmente depois de tudo que aconteceu essa semana.
Trombei de novo com alguém, e fomos ao chão.
- Ai! – falei, essa doeu.
- Oi, amor! – ouvi a voz animada de e uma sensação estranha passou pelo meu corpo. Olhei em seus olhos e sorri fraco, ou tentei né.
- , vamos embora? – pedi, fazendo biquinho e ele me olhou confuso, se levantando e me ajudando.
- Por que, você cansou? – Neguei com a cabeça e abracei-o, enterrando meu rosto em seu peito.
- Não... É que a gente passou essa semana toda longe, e eu queria... um tempo só de nós dois agora... – falei, levantando os olhos e encontrando seu sorriso.
- Tá ok, pequena... Vamos lá. – Ele me deu um selinho e novamente a sensação percorreu meu corpo.
Passei os braços pelo seu pescoço, me sentindo fria, tentando me aquecer em seu calor, inutilmente. Ele me abraçou também e meus lábios procuraram os dele, iniciando um beijo rápido. O beijo foi quebrado por várias bolinhas multicores que me acertaram na bunda, me fazendo gritar assustada e rir.
- Parem com o romance, isso é paintball! - reclamou e largou a arma no chão.
- A gente vai pra casa agora. - ele disse e eu sorri.
- Tá ok... Mas usem camisinha! - Dei língua e riu, me abraçando pela cintura e saindo comigo. Quando estávamos no portão, eu vi me olhando de um jeito estranho e uma sensação boa passou pelo meu corpo, mas eu não soube explicar o que era.
Entramos em casa e me abraçou pela cintura, encaixando sua cabeça entre meu ombro e pescoço.
- O que quer fazer? - ele perguntou e eu suspirei.
- Sei lá - falei, me virando e encontrando seu sorriso. Sorri também e ele encostou nossas testas.
- Sei de uma coisa que a gente pode fazer... - ele sugeriu, dando um sorriso diferente e eu arqueei as sobrancelhas.
- O quê? - perguntei, inocente, e ele apenas selou nossos lábios, me apertando na cintura.
Passei os braços pelo pescoço dele e aceleramos o beijo, nos empolgando um pouco. As coisas aconteceram meio rápido no meu mundinho humilde, e quando dei por mim eu já estava no sofá, com ele por cima de mim. Ah, agora eu entendi.
Coloquei minha mão por baixo de sua blusa e arranhei suas costas levemente, da cintura para os ombros. A respiração dele falhou e ele pressionou mais seus lábios contra os meus, esmagando-os e demonstrando claramente que ele havia se arrepiado e ficado excitado com aquilo. Fiz de novo e ele gemeu, enquanto eu ri baixinho.
- É... Vai se divertindo, vai... - ele disse, com a voz falha, quebrando o beijo. Eu ri e puxei-o de volta para mim. Voltamos a nos beijar com pressa e ele colocou a mão por dentro da minha calça, mas ainda por cima da minha calcinha e apertou minha bunda com vontade. Foi a minha vez de gemer e ele sorriu satisfeito. Comecei a levantar sua camiseta, concluindo que nós íamos realmente fazer o que ele sugeriu ali, mas um barulho estranho me impediu.
Um barulho de porta abrindo.
- , tud... O quê? Ah, oi, er, meu Deus - minha mãe começou a falar várias interjeições e coisas desconexas, enquanto pulava de susto e rolava para longe de mim, caindo no chão e respirando com dificuldade, totalmente vermelho de vergonha. Eu ainda não havia me decidido se estava branca de susto ou vermelha de vergonha.
- Eeeeeeeeerr... Oi, mãe... - falei, ficando não vermelha, mas sim azul, roxa, verde, preta de vergonha.
- Hmmm... Vamos conversar no quarto - ela disse, andando energeticamente até lá e me deixando assustada. mordeu o lábio e deitou no chão, ainda respirando com dificuldade. Levantei e ele me olhou, mas eu apenas me deitei ao seu lado e me encostei a ele.
-Não acredito que a gente chegou a esse ponto... E não aconteceu nada - ele falou, desapontado, e eu fechei os olhos.
- Desculpa. - sussurrei. Na verdade, eu também estava bem desapontada por não ter rolado.
- Que isso, princesa, não é sua culpa - ele disse baixinho, me abraçando pela cintura. Sorri e beijei seus lábios de leve.
- Vou ter que ir lá falar com ela - falei, suspirando.
- Depois eu vou, tá? - Concordei e ele me deu mais um beijo, se levantando e me ajudando. Respirei fundo e andei até o quarto da minha mãe.
- Mãe? - perguntei, empurrando a porta de leve. Ela levantou-se da cama com um sorriso e me abraçou apertado.
- Ah filham que saudades! Então ele que é seu namorado? Que bonitinho, vocês estavam bem empolgados, me desculpe por ter atrapalhado, eu não me preocupo tanto com isso, desde que você use camisinha, sou nova demais para ser avó e você é muito nova para ser mãe, acho tão terrível como isso acontece com as pessoas, masm de qualquer forma, você se alimentou direito, se cuidou? Porque acho que com o namorado acabou nem ligando para essas coisas e... - Era isso. Minha mãe falava sem parar e eu não tava entendendo neca de pitibiriba.
- Mãe. Mãe. MÃE! – chamei e ela me olhou. - Primeiro, você não está brava por eu ter quase transado no sofá, e segundo, está perguntando se eu me alimentei direito? - falei incrédula.
- É. - Uau.
- Ah, ok, peguei tudo - falei e ela abanou o ar.
- Que isso, querida. Agora, quero falar com ele - ela disse, com os olhos brilhantes e eu concordei, virando as costas.
- Vou ver se dá, talvez ele tenha que ir embora, já que amanhã cedo vai viajar.
- Own, que pena... Vocês podiam combinar de se encontrar, super apóio isso, e aí ele pode te trazer presentinhos, mas pra onde el... - ela não calou a boca e eu continuei andando até a sala, onde me esperava sentado no sofá. Assim que me viu, levantou-se rapidamente e segurou minhas mãos entre as dele.
- Tudo bem? - ele perguntou preocupado e eu concordei com a cabeça. - Ela não brigou com você? - perguntou e dessa vez eu neguei, suspirando.
- Ela não calou a boca até agora - falei e ele sorriu de lado. - Ela quer falar com você. - Ele concordou e me beijou rapidamente.
- Tá...
- Fica tranqüilo, porque ela só vai ficar tagarelando, é só sorrir e acenar, tá? - Ele riu e eu sorri, ficando na ponta dos pés e beijando-o rapidamente. - Viu, dá pra ouvi-la falando sozinha daqui - falei e ficamos em silêncio, apenas ouvindo o som da voz dela. Rimos e segurei sua mão mais forte.
- Vamos. Lembre-se: sorria e acene. - Ele riu e segurou minha cintura, e fomos falar com a minha mãe.
Capítulo 12. "Escolhas difíceis"
- Hey ! - me cumprimentou assim que eu abri a porta. Congelei. Eu não queria vê-lo, tá?
- Oi - eu disse, o mais seca que eu consegui, mas estava impossível, ele estava muito lindo! Blusas pretas deixam qualquer homem sexy, dica. Ah, que blusa preta o que, é sexy por natureza!
- Eu queria falar com você. - Ele coçou a cabeça e sorriu pra mim, eu não pude deixar de sorrir também. Qual é, o sorriso dele é lindo!
- Ok... entra. - Hm, meio arriscado convidar o cara que te beijou sem sua permissão pra entrar, mas fazer o que né, minha boca não colabora com meu cérebro.
Ele entrou e ficou parado no meio da sala, olhando pra mim, com as mãos nos bolsos. Ah, só porque as mãos dele são lindas.
- Então... - Esperei e ele coçou a cabeça de novo, será que ele tem piolho? Eu hein. - É que eu queria pedir desculpas por aquele dia no paintball. Sei lá, eu... me descontrolei, só isso. - Ele deu ombros e eu suspirei.
- Tá ok, ... - Passei a mão pelo meu cabelo e mordi o lábio. Ele não podia se descontrolar de novo? , chega.
Ficamos um tempo em silêncio, até que ele se aproximou e me segurou pela cintura, me fazendo olhar para ele.
- , eu não aguento mais isso. - Olhei confusa para ele e ele respirou fundo. - Eu gosto demais de você, , desde o primeiro minuto que eu te vi. Às vezes eu invejo tanto o , você não tem ideia de como eu gostaria de estar com você como ele fica, ver vocês juntos... - Ele falava rápido e eu tentava absorver as informações.
gostava de mim. Ele tem inveja do . é meu namorado. Mas eu também gosto do . Muito. Alguém pode me dar um tiro?
me olhava, esperando alguma reação. Engoli em seco.
- Eu... eu... , eu não... não sei o que dizer - com dificuldade, terminei minha frase. Respirei fundo. - Eu gosto do , . Mas... - Mordi o lábio. - Também gosto de você.
Ele abriu o maior sorriso e eu sorri tímida também. Ele ainda estava com as mãos na minha cintura, e eu resolvi espalmar as minhas em seu peito. Acariciei sua bochecha, levei minha mão até sua nuca e acariciei seus cabelos. Ele fechou os olhos e alargou o sorriso, arrepiando-se. Engoli em seco e retirei a mão de sua nuca.
- ... - chamei baixinho e ele me olhou. Eu o observava, tensa. - E ? - Pronunciar o nome dele machucou meu coração. Não pude evitar pensar em tudo que ele tinha feito por mim, tudo que ele me dissera... E a gente tinha acabado de 'voltar', o que eu ia dizer pra ele? Eu o amava também, mas agora, ali, com , isso parecia nada. Não era importante, o que importava era eu e . Mas tinha na história. E eu não curtia poligamia, ér. Nem triângulo amoroso. Nem chifres ou galhadas.
coçou a cabeça, tô realmente achando que ele tem piolho.
- Não sei, ... Eu quero ficar com você, quero ter você pra mim... Mas com no meio não dá... ou sou eu, ou é ele - ele disse e eu fechei os olhos.
- Eu não sei, ... Eu tenho medo de machucá-lo, de ele me odiar depois disso... - suspirou, e me trouxe pra mais perto dele.
- Alguém vai sair triste dessa história. Não tem como evitar, - ele disse, e eu encostei a cabeça no ombro dele. Eu estava com vontade de chorar, e então, eu não queria ali, eu queria . que sempre me acalmava, me fazia feliz... não me dava escolhas difíceis, e que provavelmente aceitaria qualquer coisa que eu quisesse. Mas aceitaria qualquer coisa mesmo?
Já faz um mês que está em turnê. Ele me ligou recentemente e disse que volta hoje. tem vindo direto aqui em casa, nós conversamos, zoamos, sei lá. Eu gosto de estar com ele, mesmo sem ficarmos nos agarrando. E eu me preparava emocionalmente para contar para . Porque eu tinha decidido ficar com . Era estranho, eu achava que amava , mas o que eu sentia por era muito maior. Eu não entendia isso, foi muito rápido! Em um dia, eu estava completamente apaixonada por , então ele viaja, e uma semana depois, é só como um amigo que faz falta, e é aquele que eu quero que esteja comigo o tempo inteiro!
Eu estava jogada em minha cama, observando o teto, como virou costume. É sério, estou me sentindo muito emo esses dias, acho que vou alisar minha franja, pintar de vermelho e começar a cortar meus pulsos. Ér, me ignora. Ouvi meu celular tocar em algum canto obscuro do meu quarto e me levantei com dificuldade, começando a procurá-lo. Encontrei-o em baixo da cama, não me perguntem como foi parar lá.
- Alô?
- Hey amor! - ouvi a voz de e uma vontade intensa de chorar se apoderou de mim.
- Oi ... - falei, sem muita empolgação na voz, relembrando aquele dia na casa de praia.
- Não sabia que você tinha esse medo - ele quebrou o silêncio e eu suspirei.
- Eu tenho medo de tanta coisa, ... De não ser boa o bastante, de que um dia você se canse de mim e me abandone e isso machuque tanto... Ou eu me canse de você e ao invés de viver uma mentira, ter que te deixar, e isso te magoar... Eu tenho medo de fazer algo errado, , e você me odiar pra sempre.
- Tá tudo bem? - ele perguntou, parecendo preocupado. Engoli em seco.
- Não exatamente... Eu preciso falar com você... - falei, com voz embargada.
- Ok, posso ir aí? - ele pareceu meio assustado. Seria bom, eu já resolvia isso de uma vez por todas.
- É... vem... - falei, ainda sem animação. Ouvi ele suspirar.
- Já já to, chegando . Te amo - ele disse e eu não consegui responder.
- Até daqui a pouco, - falei e desliguei, sentindo as lágrimas rolarem. Liguei para .
- Alô? - ele atendeu e eu ouvi sua voz desejando que ele não existisse, assim estaria tudo bem entre eu e .
- está vindo - eu disse, chorando. Ele assoviou baixinho.
- Você vai falar com ele - ele disse. Não era uma pergunta.
- Eu não sei o que dizer, ! Eu... Eu ainda gosto demais dele! - falei, tentando controlar o choro.
- Achei que você gostasse mais de mim - ele disse baixinho e eu voltei a soluçar.
- , não piora! Já não está sendo difícil o bastante para mim?! - falei com raiva. - Se fosse o em seu lugar, ele aceitaria qualquer coisa que eu quisesse, não ficaria me forçando! - Desliguei o telefone na cara dele.
Eu respirava rápido, e as lágrimas rolavam sem que eu percebesse. Eu ia realmente terminar com o só porque estava me forçando? Só porque eu achava que amava mais que ? Eu nem tinha certeza disso, talvez fosse só vontade de ficar com ele, depois eu ia perceber que ele não era bom e iria querer voltar com , só que não ia me querer mais. , eu o amava há muito mais tempo. apareceu tão rápido quanto eu me apaixonei por ele. Se é que eu me apaixonei.
Fui até o banheiro e me olhei no espelho, tentando ver o que eles viam em mim. Dois caras lindos estavam a fim de mim, eu amava os dois, mas simplesmente não entendia o que eles viam em mim. Fiz uma careta pro espelho e lavei o rosto. Meus olhos estavam vermelhos, assim como minhas bochechas. Olhei de novo e mostrei a língua. Dei risada. Sou bipolar mesmo, um beijo.
Escutei a campainha e congelei, não sabia se estava realmente pronta pra isso. Meu celular voltou a tocar no quarto, mas eu ignorei, indo lentamente até a porta e olhando no olho mágico. estava ali, e eu fiquei observando-o por um tempo. Era isso. Esse era meu último dia com ele. É, vocês entenderam certo o ‘com ele’. Desci os pés e respirei fundo, abrindo a porta.
me olhou meio assustado e eu senti o chão sumir dos meus pés.
- Oi, ... - Chamá-lo pelo apelido doeu. Nota mental: não fazer mais isso.
- , o que houve? - Ele pôs a mão em meu rosto e eu percebi o quanto eu tinha sentido falta dele nesse mês. me distraía, mas não me fazia esquecer. Só que agora eu teria que esquecer.
- Eu preciso conversar sério com você, - falei, dando espaço para ele entrar. Ele entrou me olhando assustado. Fechei a porta e fui até o sofá, com ele me seguindo. Seria melhor se eu estivesse sentada, eu não queria desabar.
- O que eu fiz? - ele perguntou, assustado, segurando minha mão. Olhei para ele, com lágrimas voltando aos olhos. Ele achava que tinha feito alguma coisa errada. Mal sabia que a culpada da história era eu.
- Você não fez nada, ... É só... que eu... sou uma idiota. - Fechei os olhos e as lágrimas saíram. limpou-as com a ponta do dedo e eu olhei para ele. - Eu... ... - Eu travei ali e não consegui falar. Era isso, eu tinha praticado tanto, e agora simplesmente não saia. Porque falar com seu reflexo no espelho e falar com a pessoa em questão é muito diferente.
Ao ouvir o nome de ele arregalou um pouco os olhos, depois soltou um suspirou, se levantando e sentando-se mais perto de mim, de modo que pudesse me abraçar.
- Eu sempre soube... - ele disse baixinho, envolvendo minha cintura com seus braços. Encostei a testa no ombro dele e recomecei a chorar. - Desde o dia em que nós estávamos na casa deles... O jeito como ele te olhava, e você lançava uns olhares para ele...
Balancei a cabeça, não sei por quê. Não queria negar, era verdade.
- Desculpa, ... - eu disse, apenas, entre soluços. Ele me abraçou mais forte, enterrando o rosto no meu pescoço. Senti alguma coisa molhada e quente ali. Pensei que ele estivesse beijando meu pescoço, mas eu não me arrepiava, porque não sentia seus lábios. Então, quando senti novamente, eu entendi. Ele também estava chorando.
- Eu vou ter que te deixar ir? - ele perguntou, com a voz embargada, e eu fechei os olhos com força, desejando que o mundo explodisse e me levasse junto.
- Eu não sei... - falei, soluçando. Quase pude ver sua expressão confusa e suspirei, deixando mais lágrimas rolarem e molharem sua camisa. - Eu gosto dele, mas... eu não sei se quero te deixar, porque eu não sei como vai ser com ele... - Pausa para mais alguns soluços. - Lembra na casa de praia, o que eu disse? Eu disse que tinha medo de me cansar de você e ao invés de viver uma mentira, ter que te deixar, e isso te magoar demais... Eu sabia que ia acabar machucando nós dois... Eu tinha medo de fazer algo errado, e você me odiar pra sempre. E olha só como estamos agora - falei, fechando os olhos e me soltando de seus braços. Olhei em seus olhos, que estavam úmidos, assim como suas bochechas, e acariciei seu cabelo.
Ele negou com a cabeça.
- Eu sabia que uma hora ia ter que deixar você ir, ... Ir para ele - ele disse, fungando e esfregando o olho, e eu desejei não ter me afastado de seus braços. Seria muito mais fácil. Ele forçou um sorriso. - Se você for ficar feliz, pequena, por mim está ok. Mas se ele não te fizer feliz como você espera...
Ele não terminou a frase, porque eu pulei em seu colo e o abracei com força. Não é que eu estava certa? aceitaria qualquer coisa que eu quisesse, desde que me fizesse feliz.
- E como você vai ficar? - perguntei, enterrando meu rosto em seu pescoço e lhe dando um beijo curto ali.
- Vou sobreviver... - ele disse forçando um sorriso. Sorri e beijei-lhe a bochecha. - Mas saiba que eu vou ficar esperando, .
Franzi as sobrancelhas e ele acariciou meu rosto.
- Esperando o quê?
- Ele fazer alguma coisa errada para eu poder te consolar e ter você nos meus braços de novo. - Ele sorriu e eu senti meu coração bater mais forte.
- E se demorar? - perguntei e seu sorriso sumiu.
- Não sei... Mas não se preocupe comigo, ... Se você estiver feliz, eu vou sobreviver.
Eu fiquei olhando seu rosto, tentando acreditar. Ele estava disposto a me perder, apenas se isso me fizesse feliz. Balancei a cabeça.
- Você não existe - falei baixinho e ele riu, segurando minha nuca com uma mão.
- Vou te provar que sou bem real... - ele disse e me beijou. O último beijo, que pareceu ser o melhor de todos. E era o melhor de todos. Porque eu não sabia se um dia eu ia tocar aqueles lábios de novo com os meus, sentir aquelas mãos acariciarem minha cintura, meus cabelos... Sentir aquele perfume, sua respiração...
Cheguei ao prédio e respirei fundo. O pior já tinha passado. Parece que deixei para trás uma parte de mim ao deixar ir embora. Mas eu teria que saber que aquela parte estaria bem se o resto estivesse. Então, para ele ficar bem, eu ia ficar bem. Pensei em tudo que acontecera desde que eu conhecera Tom e Danny, naquele hotel. Parece que se passaram anos desde que eu achei que eles eram estranhos. Eu ainda achava isso, mas não do jeito que achava antes. Subi as escadas até o segundo andar e bati na porta. Algum tempo depois, abriu para mim e eu olhei para ele com um meio sorriso.
Ele deve ter percebido que não foi fácil, eu tinha olhado minha cara no espelho, dava pra ter uma ideia do porquê dele estar me olhando tão assustado. Estava inchada, com os olhos vermelhos. Mas estava com um sorriso. Porque fora melhor do que eu esperava, sempre me surpreendia com as minhas escolhas.
me olhou preocupado e eu suspirei, abrindo mais o sorriso.
- Acabou - eu disse apenas e ele me puxou para um abraço. Eu podia sentir que estava bem ali, porque ali era meu lugar agora. E o perfume que usava era o mesmo que o de . me deu vários beijos na bochecha, então seus lábios procuraram os meus, num pedido desesperado e silencioso.
Nossos lábios finalmente se encontraram, depois de um mês de desejo, e nossas línguas brincaram enquanto ele me puxava para dentro do apartamento e fechava a porta. Ele quebrou o beijo e me encarou.
- Finalmente você é minha - ele disse e me deu mais um selinho. - Me desculpe pelo que eu disse no celular... Eu... estava meio nervoso que... você não falasse com ele...
Balancei a cabeça e pus o dedo em seus lábios.
- Acabou - repeti. - Não importa mais, só nós dois. - Ele sorriu e beijou meu dedo, beijando, depois, a palma da minha mão. Fechei os olhos e senti sua respiração de volta na minha, e voltei a beijá-lo.
Epílogo.
"Puxa... tantos anos!", pensei, ao entrar no restaurante seguindo . Nossas mãos estavam entrelaçadas.
- Dois anos, hein ? - ele me disse, sorrindo. Sorri também e sentei-me na cadeira que ele puxou para mim.
- É... - falei, pensativa. Tanta coisa havia mudado em dois anos. Menos eu e .
O McFly estourou nas paradas do mundo todo, Room On Third Floor fez o maior sucesso. Foi também o nome do álbum deles, além da 'minha' música. Agora eu tinha que aguentar garotinhas o tempo todo, mas não me importava. Tinha aprendido a superar isso enquanto ainda namorava . Ele era o meu melhor passado. Mas o Busted acabara. Ele que tinha tantas esperanças... Ele se desapontou, foi muito triste quando aconteceu, todos nós ficamos magoados. Eu ainda vejo de vez em quando, e não sinto vergonha, medo, borboletas no estômago ou outras coisas, como eu sentia nas primeiras vezes que o vi, depois de terminarmos. Nós conversamos bem ainda, fazemos piadinhas e revivemos o passado. Charlie está com a banda dele, Fighstar, foi por isso que acabou o Busted. James está com outra banda, no momento eles estão terminando o CD. O nome da banda é Son Of Dork, gostei do som deles. Os caras são bacanas também, tão comédia quanto Charlie e Matt. Matt agora está fazendo solo, acho que está se dando bem... E está namorando também, uma tal Emma. Nem James nem Charlie eu tenho notícia de namoradas, mas eles estão bem... Pois é, foi-se o tempo em que eu ajudara dois caras loucos a compor uma música falando de experiências em um quarto no terceiro andar...
- ? - olhou para mim, com um sorriso brincalhão. Sorri envergonhada e ele gargalhou.
- Desculpa... O que você disse? - perguntei, corando.
- Eu perguntei o que você ia querer - ele falou, segurando o riso.
- Ah, pode pedir qualquer coisa que eu acompanho - falei com um sorriso. O garçom anotou o que pediu e foi embora. estendeu a mão na mesa com um sorriso e eu a segurei, me curvando um pouco.
- No que estava pensando? - ele perguntou, brincando com meus dedos.
- Em quanta coisa mudou em apenas dois anos... - falei, pensativa. Ele suspirou e beijou minha mão.
- A gente não mudou - ele disse com um sorriso que eu adorava.
- É, eu sei... - suspirei. - Lembra no nosso primeiro dia de namoro? - falei, sorrindo. Ele sorriu mais.
- Como poderia me esquecer? Você chegou toda vermelha e inchada, com um puta sorriso no rosto... - ele disse sonhadoramente e eu ri, me escondendo atrás do cardápio.
- Poxa, foi difícil pra mim... - falei, fazendo bico. Ele riu e se esticou, acariciando meu cabelo.
- É, eu sei que foi... Você gostava demais do , mas eu te queria demais, eu não conseguia ficar mal por ele. - Eu ri.
- Você sempre foi insensível. – Fiz bico e ele gargalhou, enquanto nossa comida chegava. Começamos a comer em silêncio.
- Você vai sair em turnê, né? - quebrei o silêncio. Ele suspirou e concordou com a cabeça.
- Austrália... Japão... Puxa, nunca imaginei! - ele disse, contente. Sorri. Lembrei-me de quando disse que talvez eles fossem fazer uma turnê na Austrália ou no Japão... Eles tiveram essa chance, mas eu não tive a chance de ir esperá-lo no aeroporto, com um sorriso enorme e de braços abertos, ansiando pelo seu beijo. Eu fazia isso quando voltava das turnês..
- Vocês são bons, lógico que iam se dar bem assim - falei, acariciando-lhe o rosto.
- Promete que enquanto eu estiver em turnê você não vai se apaixonar, e quando eu voltar você vai terminar comigo? - ele perguntou, rindo e eu rolei os olhos.
- Mas esse passado me condena, não? - Rimos e nos levantamos. Ele deixou a conta na mesa e saímos de mãos dadas. Lá fora estava mais frio do que quando chegamos, e eu me arrepiei. me deu seu casaco e sorriu pra mim, passando o braço pelo meu ombro. Começamos a andar calmamente, em silêncio.
Vi um carro passar por nós e o motorista acenar, e eu soube quem era. Reconheceria aquela mão em qualquer lugar. A mão que tantas vezes acariciou meu rosto, que me apoiou e me segurou... franziu as sobrancelhas. Ele não havia reconhecido . Olhei para ele e dei-lhe um beijo na bochecha. Ele parou e olhou para mim com um meio sorriso, colocando uma mão em minha cintura e a outra no meu rosto. Ele inclinou-se para me beijar, mas antes que o fizesse, sussurrou para mim:
- Eu amo você.
n/a:
Demorou mas chegou! USHAUSHAU Depois de umas loirices da minha parte (nada contra loiras haha <3) esse capítulo finalmente chegou aos seus olhos *cry*
Puxa, nem sei o que falar aqui nessa n/a. A última, acho que ainda não assimilei isso. Espero honestamente que tenham gostado do final, eu o odiei, mas fazer o quê? Talvez ele não seja bom porque é um final, e um final que não dá pra fazer continuação ainda por cima. Hihi *seafoga*
Bom, eu queria agradecer, lógico. Acho que é a única coisa que eu deveria fazer aqui, além de responder comentários, o que eu não vou. Eu sei que deveria, apenas pelo fato de vocês terem sido legais e comentarem, mas eu tô com preguiça. Sem contar que eu perdi todos os comentários, é. Eu tinha salvado eles, mas aí perdi o pendrive e foram-se todos. =/
Bad bad bad. Mas não tem problema.
Então vamos agradecer. Japeka por ter aceitado betar essa fic, e que no fim teve que se afastar. Deh a betinha linda que topa todas (quando eu digo todas, é todas mesmo, né xuxu? UHSUAHSAUSHA teamo ♥) e aceitou finalizar essa daqui pra mim. Linezilda Jones, só porque você disse que essa é sua favorita. Obrigada por me apoiar sempre e tudo o mais. Você sabe que eu te amo Jonesilda <3. McFLY e James Bourne (no meu caso) por serem perfeitos e participarem da minha fic (haha). Todas as leitoras lindas e maravilhosas que me apoiaram, corrigiram, leram, comentaram, não comentaram, divulgaram, enfim, que gostaram da fic (ou não) e que se atreveram a acompanhá-la até o final.
Ah, tem tanta gente que tenho que agradecer (ok, isso foi uma mentira) mas eu não quero que a n/a fic maior que o capítulo (que por sinal é bem grandinho, eles vão aumentando).
Bom, espero que tenham gostado dessa última att, e se quiserem, vocês me veem por ai com as minhas outras milhares de fics (mentira, que são só mais 16 no site :P), a listinha está aqui embaixo. Ah, recadinhos!
A Linezilda, essa coisa tchuca e fofa da mamãe *haha parei* criou uma comunidade minha (porque eu pedi, mas ninguém precisava saber desse detalhe). But, eu ainda não tenho o link HAHA então se vocês quiserem entrar, me procurem no Kut e procurem nas minhas comunidades, ou deixem um scrap e blablabla UHSAUHSAUHSA. Fiquem a vontade para me add no orkut/msn/seguir no twitter/me perguntar, eu juro que dou atenção pra todo mundo (até demais, honestamente, eu encho o saco pacas). Ah,e quem leu Nights in The Camp, assim que essa att tiver entrado, eu vou mandar o primeiro capitulo da parte dois HAHA. Ah, e quem leu e gostou, a comunidade tá aqui embaixo (: Outra coisa, o site do James Bourne Brasil, do qual eu faço parte da equipe, está quase entrando no ar, só falta resolver umas coisinhas e vai estar tudo lindo. Mas nós já temos twitter, o link esta aqui embaixo (TJBBr), sigam-nos lá! Acho que só *-*
Ah cara, amo vocês, de verdade, obrigada por tudo =D Vou parar antes que eu chore (eu já chorei escrevendo o capitulo e ok, eu quase chorei). Vou me calar, beijos beijos
Anne
(que bonitinho as fotinhos, ainda não tem do Formspring nem do blog, mas já já tem e UHSUAHSUAHUSAH Parei de verdade =X)
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Listinha básica (: as que contém a * são mais interessantes e mais bem escritas, mas não que te impeça de ler as outras o/
1. I Was Dreaming So Much-McFly(fic Jones)/Finalizadas
2. Another Memory Lane Story-McFly/Finalizadas
3. Wonderland e 'Wonderlindos'-McFly(fic Poynter)/Finalizada
4. Nights In The Camp-McFly/Finalizada
5. *Por Tras De Room On 3rd Floor-McFly/Finalizada
6. My Sweet Fifteen-McFly/Andamento
7. Post Scriptum-McFly/Finalizadas
8. Arco-íris Decadente-McFly/Finalizadas
9. Their Blog (Lizard Queen, BoltonGirl e Fitgirl)-McFly/Andamento
10. *She Was Dreaming So Much-McFly/Finalizadas
11. *Holiday in Copacabana-Son Of Dork/Andamento
12. *Cachinhos Castanhos e os Três McGuys-McFly/Finalizada
13. *Just Like a Dream-Outros/Andamento
14. *O Melhor amigo Dela-Restrita/Andamento
15. *Loira de Neve e o Anão Solitário-McFly/Finalizadas
16. So Real-Outros/Finalizada
17. *She’s Not There-All Time Low/Andamento
Em Breve:
18. HOTMail-McFly/Andamento
19. Nights In The Camp II-McFly/Em Andamento
20. Hey, Doctor!-McFly/Andamento
21. Bourne to be Happy-James Bourne/Andamento