Era meia noite, e em uma rua nobre de Londres havia somente dois adolescentes conversando. Mas se alguém olhasse de perto veria que eles estavam discutindo. A pequena menina deveria ter seus quinze anos, enquanto o menino no máximo dezessete.
-
null, eu vou ter que ir – ela falou com os olhos cheios d’água.
- Porque,
null? – ele falou dando as costas à ela – a gente sempre falou que iríamos ficar juntos. Pra sempre, e que nada iria mudar.
- Eu sei disso tudo, null – null falou virando Tom, para poder olhar em seus olhos – mas não fui eu quem decidiu assim. Meu pai recebeu uma proposta de emprego na Nova Zelândia, e nós temos que ir.
- Eu não entendo – ele soltou suas mãos das delicadas de null, e novamente virou as costas para a menina.
- Na realidade, nem eu – ela falou virando as costas para ele também e indo na direção de sua casa – saiba, null, que eu nunca vou conseguir ama alguém como eu te amo.
- Eu... – mas já era tarde. null tinha corrido em direção a sua casa. O máximo que null podia ver da menina, eram seus cabelos ao vento.
Ele não pode dizer a verdade para ela, que ela era o seu grande amor.
null entrou na sua casa, batendo a porta, e subiu muito rápido para seu quarto, três degraus de cada vez, e quando chegou a sua cama, estava chorando. Ele nunca pensou que choraria por null, afinal os dois haviam crescidos juntos, e foi isso que começou a invadir a mente de null, varias lembranças de quando eram pequenos.
Duas crianças estavam correndo por uma rua, até que a menininha cai e começa a chorar.
- null, me diz, onde está doendo? – o pequeno null pergunta à menina.
- Meu joelho – a pequena responde fazendo bico – mamãe sempre fala que tem que dar beijinho para sarar, só que ela não ‘tá aqui pra fazer isso – falou a menina enquanto soluçava.
- Será que se eu der um beijinho sara? – mini null pergunta, franzindo a testa.
- Não sei – respondeu null com a cabeça um pouco virada para a esquerda, enquanto olhava seu joelho ralado.
- Vamos até a calçada, e ai eu dou um beijinho e ai nós vemos se sara, tá? – null estava todo confuso. Era um menino esperto para seus sete anos. E carregou a pequena null para à calçada, se ajoelhou a sua frente e deu um beijinho no joelho da menina, que parou de soluçar.
- Passou – respondeu null sorrindo.
- Passou mesmo? – null perguntou, fazendo carinha de mau.
- Aham – respondeu a menina sapeca.
- Sabe, null – null começou torcendo as suas mãozinhas – eu... eu...
- Você? – perguntou a null olhando nos olhos null de null.
- Eu gosto de você – falou null fechando os olhos – muito. Do tamanho do universo.
- Sério? – perguntou a menina sorrindo.
- Muito – ele falou, enquanto sentava-se ao lado da menina e pegava sua mão – e o null falou que ouviu a irmã dele falar no telefone com a amiga, que quando a gente gosta de uma menina, a gente tem que beijar ela, e sentir borboletas.
- Borboletas? – perguntou null franzindo a testa.
- É. – null pegou a outra mão de null e falou – null, você quer sentir borboletas comigo?
- Mas e se não tiver borboletas? – ela falou olhando seus pezinhos.
- Eu gosto de você – ele refletia – você gosta de mim?
- G-gosto – respondeu null.
- Então deve ter borboletas – e falando isso null deu um selinho em null.
- Vo-você sentiu? – perguntou null vermelha. Sempre via seu pai dando beijos em sua mãe, mas sempre achara nojento. Porém, ali, com null, com seus plenos cinco anos, ela sentiu suas primeiras borboletas.
- Sim – respondeu o null com os olhos brilhando. – E você?
- Eu também – ela falou sorrindo abertamente – null, promete pra mim, que você vai ser o único que vai me fazer ter borboletas? Pra sempre?
- Prometo - ele falou sorrindo, um sorriso banguela – null, você quer ser minha namorada?
- Quero – respondeu a pequena.
E desde então, passaram-se dez anos, e os dois continuavam namorando. Até que o pai de null recebeu uma proposta de emprego irrecusável, e foi-se toda a família para a Nova Zelândia.
null sentia um vazio em seu peito. Nunca pesou que iria ficar longe de null, logo eles, que sempre tinham prometido que iriam ficar pra sempre juntos. E não conseguiram manter a promessa. E percebeu, que o final feliz deles, não havia chego.
Três anos havia se passado, e null continuava morando com a sua mãe, tinha uma banda com seus melhores amigos, porém, nada de namoradas. Pegava todas as meninas da cidade, mas nada que passasse de três dias, e logo já estava com outra.
Não havia um dia que não sentia falta de null, e sempre pegava lembrando-se de quando namoravam, e sempre perguntava-se se ela também sentia sua falta. Gostaria de saber como tinha sido seu dia, e também queria acordar e ver seu delicado rosto ao seu lado, pra sempre, e não de meninas que ele nem lembrava o nome.
E um dia, saindo do ensaio de sua banda, deu um encontrão com uma menina baixinha, cabelos repicados e muito branca, que carregava uma grande caixa. Seu coração disparou, e percebeu que aquela pequena menina, era a sua menina.
- null? – ele perguntou incrédulo.
- null? – ela perguntou também com alto tom de incredulidade.
- O-o que você está fazendo aqui? – ele perguntou enquanto via a menina colocar a caixa na calçada da onde costumava ser sua casa. – não era para você estar na Nova Zelândia?
- Não mais – ela respondeu, dando um sorriso enorme, que fez com que as feras adormecidas há tempo no peito de null ronronarem – meu pai pediu transferência para a Inglaterra, não agüentava o calor de lá.
- Mas você está tão branca quanto há três anos atrás – reparou null franzindo a sobrancelha.
- Isso é porque eu sou uma vampira, mas não conte a ninguém, senão terei que matar você – e ela deu uma risada sádica.
- Claro – ele falou rindo, como há muito não ria – e ai, vai fazer alguma coisa hoje à noite?
- Hum, eu ia assistir algum filme com a Mady, já que fazem três anos que a gente não se vê, e ela me mandava e-mails todos os dias – ela falou em um tom acusador.
- Hm – null resmungou constrangido – eu pensei que a Mady ia sair com o null hoje, já que eles fazem três anos de namoro – falou Tom lembrando-se que no ensaio null não parava de falar sobre isso.
- É, ela me falou sobre isso – null respondeu enquanto dava um suspiro cansado e pegava sua caixa do chão e ia em direção à casa.
- null, você, hum, quer ir em um PUB comigo hoje? – perguntou null quando viu a menina dar as costas para ele.
- Claro, me pega às nove – respondeu ela, ainda de costas e entrando em sua casa.
- Às nove – resmungou null enquanto ia em direção à sua própria casa.
null se arrumou, se perfumou, arrumava o cabelo de um jeito, desmanchava, arrumava de outro, desmanchava, teve que tomar outro banho, e resolveu que iria com o cabelo molhado mesmo.
Quando eram nove horas, estava tocando a campainha da antiga e atual casa dos null. E a menina que saiu, fez com que null voltasse há três anos atrás, e ao mesmo tempo ao presente. Ela estava muito mais bonita do que jamais fora, sua pele banca irradiava um brilho que null não sabia dizer o que era, seus cabelos estavam de um jeito que fez com que todas as feras de seu peito acabassem com a hibernação. Ela era seu sol particular, ou sua estrela, nunca iria saber. Afinal o brilho que ela refletia para ele, era inexplicável.
- Oi – ela falou encabulada pelo jeito que null a olhava.
- O-oi – eles gaguejou – vamos?
- Vamos – ela deu o seu melhor sorriso, enquanto null sacudia a cabeça e pegava sua mão, e ia em direção a seu carro.
- Como você não vem aqui há três anos, eu vou te levar no melhor PUB de toda a Inglaterra – ele falou com um sorriso convencido nos lábios, já que toda vez que ia naquele PUB se lembrava dela.
- Certo – Ela respondeu meio atrapalhada, enquanto colocava o cinto – Mas você sabe dirigir direito, né? Porque eu não quero morrer, sabe.
- Sei sim, null – null falou rindo enquanto ligava o carro – já tenho carta há três anos.
- Hum – ela resmungou meio contrariada.
- Nunca levei nenhuma multa – ele falou rindo, e disso, deslanchou-se um assunto até chegarem ao centro da cidade, a frente de uma casa que continha um letreiro escrito ‘Here Comes The Sun’.
Quando null viu o nome do PUB, deu um enorme sorriso, que fez com que Tom sentisse um calorão subindo por seu pescoço.
Os dois desceram do carro, e null deu a mão para ela no estacionamento, e os dois seguiram em direção a entrada.
Havia um corredor estreito, cheio de fotos dos Beatles, e varias coisas escritas na parede. E quando sentaram-se à mesa que null escolheu, null olhou o lugar todo com os olhos brilhando. Até que viu que na parede ao seu lado, havia escrito um tipo de poema. “Do you want to know a secret? till there was you, everything was the same
then I met you, and I realized that you was a special girl
and every little thing is special
so, I thought: I need you, I want to tell you with a little help from my friends I was able to do something
and now I'm sure, you're not another girl when I get home I keep thinking of you
and that's not everything about you
you are the kind of girl I want so much it makes me sorry P.S. I love you”
null null.
Quando viu o que estava escrito, null soltou uma única lagrima, e olhou para null como quem pede uma explicação.
- Er, bem, eu fiz isso – ele falava enquanto contorcia suas mãos – pensando em você.
- Em mim? – ela estava com os olhos arregalados – você não arrumou nenhuma namorada durante esses três anos?
- Nenhuma namorada, só casos que me faziam pensar que o buraco que você deixou em mim pudesse ser cicatrizado, mas era só eu ver que o cabelo da menina não era igual ao seu, o sorriso, a gargalhada, o sarcasmo, a pele, não eram iguais a tua, eu terminava tudo, porque eu percebia que o buraco que havia em mim, tinha sido o pedaço de mim que você havia levado com você, e só poderia ser cicatrizado com você aqui. Nunca me senti mais completo do que agora, null. – null falou olhando nos olhos dela – eu só quero que você saiba, que pra mim, tudo aquilo que eu havia falado, que eu só iria sentir borboletas com você, nada mudou. Pra mim, o pra sempre nunca vai mudar.
- Mas porque você nunca entrou em contato comigo? Mady, Rebs, elas tinham o meu telefone, o meu e-mail – null falou por entre lagrimas – durante três anos eu não recebi nada de você. Pensei que você havia me esquecido, que havia arranjado uma namorada melhor que eu. Que todas as vezes que você falava que me amaria para sempre tinham sido em vão.
- Nunca – null falou sério, enquanto enxugava as lagrimas que teimavam cair dos olhos de null – Você foi meu grande amor, e sempre será. Eu não tive a oportunidade de lhe falar isso, porque era covarde demais. Pensava que você estava indo embora porque não me amava, mas sempre me perguntava porque não era você que acordava ao meu lado todas as noites, eu nunca fui tão infeliz quanto no mês que você se foi. Não queria entrar em contato, pois pensava que seria mais fácil me esquecer de você assim, menos doloroso, era difícil ouvir seu nome, era difícil passar todos os dias pela sua casa. Meu peito pulsava de dor, de sentimentos que não puderam ser mostrados. Mas agora você está de volta.
- E o que isso muda? – perguntou a menina com os olhos vermelhos e se levantando – você acha que eu nunca tentei me explicar para você durante todo esse tempo, null? Você acha que era fácil entrar na escola, sabendo que você não estaria ali, mas mesmo assim sentindo a sua presença junto a mim? A distância para mim não era um problema, pois eu tinha plena ciência do que eu sentia por você. Mas quando você agiu daquela maneira, eu pensei que dez anos da minha vida tinham sido em vão.
E dito isso ela saiu da mesa, e do PUB, deixando null com uma casa de desentendido, pois ele havia pensado que eles iriam se resolver ali.
E pela segunda vez, ele percebeu que ainda não era o seu final feliz. Que o seu final feliz nunca chegara.
null seguiu os passos de null, e logo estava dentro do seu carro procurando a menina, que encontrou um pouco distante do PUB.
- null, é perigoso andar por essas ruas à noite – null falou pelo vidro de seu carro.
- Não ligo – respondeu a menina sem olhar para null.
- Você pode ser assaltada – ele falou enquanto a seguia em baixa velocidade.
- Não ligo – ela deu os ombros e continuou a andar.
- Você pode tropeçar – ele falou segurando uma risada.
- Eu não acredito que beijo cura machucado, obrigada pela preocupação – ela continuou.
- Quando nós éramos crianças, você acreditava – ele lembrou.
- Disse bem, quando éramos crianças – ela respondeu.
- Certas coisas nem o tempo podem apagar, null – ele falou reduzindo mais a velocidade do carro, enquanto ela andava mais devagar.
- Eu tenho borracha – ela falou dando um sorriso cínico para ele – tem tantas lembranças que eu já apaguei, que essa só seria mais uma.
- Eu só queria te falar que nada está perdido – null falou enquanto parava e descia do carro – a minha vida sem você é triste, vazia, e isso pra mim não faz nenhum sentido – ele falou segurando novamente as mãos de null – a partir de agora, a onde você estiver, eu estarei contido. Seja aqui, na Nova Zelândia, na China, Paraguai. Em qualquer lugar. Eu te deixei partir uma vez, te deixar ir novamente seria burrice.
- null – ela estava séria – não prometa coisas que você não pode cumprir. Você não sabe as conseqüências que isso causa em mim.
- Eu não vou deixar nada te machucar – null falou pegando delicadamente o rosto de null em suas mãos – nunca mais.
E a beijou, delicadamente, tentando demonstrar nesse beijo toda a falta que sentiu dela. E é claro, ambos sentiram as borboletas.
- Você sentiu? – ela perguntou quando o abraçou e apoiou a cabeça no ombro dele.
- Senti – ele beijou o topo de sua cabeça – e a partir de agora, vai ser sempre assim, e eu prometo, e o pra sempre nunca vai mudar.
- Nunca.
Fim
n/a: Hey minhas pimpolhas. A fic é song da musica O quinto – Catch Side como eu já disse. Eu gosto muito dessa musica *-* e eu fiz essa fic para a minha Beezinha, e pra Reh. Reh, finge que é o Jones ali tá? OIAEHIOAEHAOIEHAOEHAEOIAHEOIAHEOAIEHAOIEHOAIEH
Como sempre, vou agradecer a minha mãe, meu pai, por terem me feito, e ao Danny, que é a minha maior fonte de inspiração do mundo.Amo você Jonão *-*
Minhas outras insanidades para quem quiser ler: And I Falled For you Aquela Dança My Heart Goes Baum O Sonho Não Acabou Seven Things É, a gente sequestrou os McGuys. Enjoy The Summer Time Como ir para Londres com 150 reais.
Well, vou me indo pq o tempo ruge e a Sapucaí é grande *-*
Bejos, e comentem.
N/B: Oi gente :B De volta, a eterna inquilina das fics da Mady, mas dessa vez eu tenho motivo, por que, oi. A fic foi escrita pra mim, TSHÁ! Eu amei forever essa fic, ela é triespecial pra mim, principalmente por causa do bilhetinho dos Beatles, que de fato, existe! *-*. Anyway, a fic é fofa e linda, vale a pena ler *-*. Mady, te amo sua dalhret