Eu terminei meu café e sai de casa, me sentei na beira da calçada. O sol estava um pouco forte e começou a queimar minha pele, mas eu não me incomodei. Era meu primeiro dia de férias, nada interessante para fazer, todos estavam viajando - eu também estaria, se minha mãe não tivesse viajado a trabalho e me dado só duas opções: ficar sozinha em casa ou ir para casa do meu pai que mora em outro estado. Obviamente, preferi ficar sozinha. Nunca me dei muito bem com meu pai, que se separou da minha mãe quando eu era pequena e raramente ia me visitar; nós somos como estranhos. Olhei para o fim da rua e percebi que havia algumas pessoas entrando e saindo com caixas da antiga casa da senhora Lewis - uma velhinha nenhum pouco simpática que tinha se mudado há dois meses -, provavelmente haviam se mudado para lá. Eu me levantei, cansada de olhar para aquelas pessoas que não me interessavam nenhum pouco e voltei para dentro de casa. Liguei o computador e abri meu e-mail. Havia uma nova mensagem, era da , minha best. Era a foto de Bahamas, onde ela estava passando as férias.
- Obrigada pelo consolo, . - Pensei alto, levantando da cadeira. Com certeza, essas seriam as piores férias da minha vida. Eu voltei para a rua e comecei a andar distraída de cabeça baixa, pensando no que faria naqueles dias tediantes, quando trombei com alguém e vi uma caixa caindo no chão e de dentro dela saíram vários CDs.
- Me desculpe. – Disse, abaixando e pegando os CDs o mais depressa possível.
- Tudo bem, não foi nada. - Disse uma voz doce, me fazendo por impulso olhar para o dono dela. Era um garoto incrivelmente bonito, branco, de olhos e cabelos castanhos.
- Me desculpe. - Disse novamente, fazendo-o me encarar, sorrindo.
- Tudo bem, não se preocupe. - Eu o ajudei a colocar os CDs de volta na caixa. - Obrigado. - Disse ele se levantando com a caixa na mão.
- Não foi nada. - Continuei a caminhar e o deixei para trás, com uma expressão confusa. Ele parecia ter mais ou menos minha idade, e isso era estranho, já que na minha rua, desde que nasci, não mora ninguém com menos de 30 anos - acho que é por isso que é tão calmo.
- Oi, . - Ouvi a voz da dizer logo que atendi o celular.
- Oi, , tudo bem? - Perguntei, desanimada.
- Tudo perfect, e aí? Alguma novi?
- Não. Quer dizer. – Disse, depois de pensar um pouco. - Tem um garoto novo na minha rua.
- Really? É cat? – Perguntou, empolgada como sempre.
- É, suuuper cat. – Disse, me animando um pouco.
- Que tudo! Pode ser uma companhia melhor que a minha para você, honey. Você falou com ele?
- Mais ou menos.
- Como assim mais ou menos, garota? Aproveita, você está precisando de um namorado.
- Não, não estou.
- , você tem 16 anos e nunca beijou.
- Qual é o problema disso?
- Nenhum, eu só acho que já está na hora, né?
- , deixa que isso eu decido, tá?! Tenho que desligar, tchau.
Talvez a esteja certa, mas eu não quero beijar qualquer um. Tem que ser o garoto certo, alguém especial.
Acordei com o sol batendo no meu rosto. Mais um dia tediante. Fiz a mesma coisa de sempre... Tomei banho, me troquei, tomei café-da-manhã e saí. Olhei no fim da rua e vi o garoto do dia anterior. Por impulso, fui para o outro lado da rua. Eu queria falar com ele, mas meu medo era maior, ele parece ser o tipo de garoto por quem você se apaixona e não tem a menor chance, e eu já estou farta disso. Quando percebi que ele estava me olhando, comecei a andar mais rápido. Ele começou a andar em minha direção e em pouco tempo me alcançou.
- Hey, espera! Nossa, você anda rápido, hein! – Disse, andando do meu lado.
- Eu prefiro. - Disse sem olhar para ele.
- Eu só queria saber seu nome. Você não me disse ontem, e eu achei que seria legal conhecer alguém, já que sou novo aqui.
- É , mas me chama de .
- , mas me chama de . - Ele continuou me acompanhando até uma mulher gritar seu nome.
- Err... Minha mãe. Tchau, , foi um prazer te conhecer. - Eu apenas sorri e apertei o passo.
- , eu tenho uma surpresa para você. - Falou a , depois de mais ou menos uma hora que nós estávamos ao telefone - nós ficávamos muito tempo, principalmente quando estamos de férias e não nos víamos todos os dias.
- Que surpresa? – Perguntei, curiosa.
- Abre a porta.
- Você me mandou um presente? - Perguntei a caminho da porta de entrada. - OH MY GOSH! - Gritei ao ver a parada na minha porta. Depois de me recuperar do susto, corri para abraçá-la.
- O que você está fazendo aqui? – Perguntei depois de um super abraço.
- Vim ficar com você, ué.
- Comigo? E seus pais?
- Eles ficaram em Bahamas e me deixaram voltar para ficar com você.
- Você é a melhor, .
- Eu sei, eu sei. – Disse, fazendo pose.
Capítulo 2
Uma semana se passou e nem sinal do meu novo vizinho . Pelo menos eu tinha a , minha melhor amiga desde sempre, mas eu sentia falta de ver o . Todos os dias, eu sentava na calçada para ver se o via sair. Na casa dele, as luzes permaneceram apagadas e não se ouvia nenhum barulho. Talvez eles tivessem desistido da mudança e voltado para a antiga casa... Bom, talvez fosse melhor assim.
- , acorda, minha filha. - Falou a , me sacudindo.
- Ai, tá maluca?
- Você fica ai viajando e nem presta atenção em mim. – Disse, fazendo bico.
- Own, desculpa amor, pode falar.
- Esquece. Aposto que você tava pensando no seu novo vizinho sumido.
- Óbvio. - Fiz uma pausa. - Que não. - Continuei rindo.
- Sei. Você não me engana não, viu?!
- Vamos tomar sorvete? – Perguntei, mudando de assunto.
- Sorvete? Atoron.
Nós fomos até uma sorveteria que ficava a mais ou menos dez minutos da minha casa. Ela estava praticamente vazia, só tinha um casal em uma mesa no fundo. Nós sentamos em uma mesa perto da janela. Fiquei olhando a Camilla no maior drama para escolher o sabor do sorvete e senti uma mão pousar levemente sobre o meu ombro direito. Me virei rapidamente para ver quem era.
- Oi. - Disse ele, sorrindo. Era o , mas não estava sozinho. Estava com dois garotos e uma garota – provavelmente, os garotos eram seus irmãos (eles eram muito bonitos), e a garota a namorada do que parecia ser o mais velho, já que eles estavam de mãos dadas. Eles se apresentaram: Kevin, o que estava com a namorada, Danielle, é o mais velho dos três, depois vem o , e o é o mais novo. O Kevin e a Danielle sentaram em uma mesa mais afastada. e o sentaram na nossa mesa. O na minha frente e o na frente da . Nós pedimos os sorvete e ficamos conversando. O não parava de me olhar - o que já estava me deixando sem graça. Assim que terminamos o sorvete, eu sugeri que fôssemos embora. Os meninos nos levaram até em casa. Conversamos mais um pouco e depois eles foram embora.
- você não poderia ter vizinhos melhores! Os três são lindos - um já tem dona, mas restam dois para nós. O é lindo, aqueles olhinhos que ele tem, Jesus me abana! E o , hein, não parava de olhar para você.
Acordei com uma imagem fixa na minha cabeça, uma imagem que não queria sair de lá por nada. . Eu dormi com ele na cabeça, sonhei com ele, e acordei com ele. Não, isso não pode acontecer de novo. Já me machuquei o suficiente e não preciso de outra cicatriz. Evita-lo é o único jeito de tirar ele da minha cabeça.
Saí de casa com essa idéia fixa, mas a esqueci completamente quando o vi caminhando em minha direção, com um sorriso que fazia minhas pernas bambearem. Minha idéia de evitá-lo nem passou em minha cabeça quando ele me chamou para ir até uma praça ali perto. Só de estar perto dele, meu coração acelera, e eu não posso nem olhar nos seus olhos, porque ele perceberia o que eu estou sentindo. O que eu mais temia aconteceu: eu me apaixonei, e é tarde demais para tentar reverter isso.
Capítulo 3: The Best Day of My Life
Alguns dias se passaram, o Nick, o Joe e o Kevin se tornaram grandes amigos meus e da .
É sábado e eu e a turma combinamos de sair. Eu e a , atrasadas como sempre, estávamos terminando de nos arrumar. Olhei pela janela, e lá estavam eles - menos o Kevin, que, provavelmente, estava com a Dani. Apressei a e nós saímos de casa praticamente correndo. Assim que abri a porta, pude ver o sorriso no rosto dos dois que nos esperavam. Abracei cada um deles, e, ao abraçar , senti um frio na barriga e minhas pernas bambearam. Uma sensação que já conhecia há algum tempo.
- O te falou que a gente tem uma banda? – Perguntou , sentando em um dos bancos da praça.
- Não, ele não falou. – Disse, olhando para .
- Na verdade, é uma banda de garagem, mas nós ainda vamos ser famosos. – fez uma pose de super-herói ao pronunciar a palavra ‘famosos’.
- Com certeza serão. – Disse, rindo da pose dele. – Quem escreve as músicas? – Perguntei, me recuperando da minha crise de risos.
- A maioria é o . Ele estava compondo uma música ontem mesmo, não é ?
- É. – Respondeu.
- Canta um pedaço. – Pediu a .
- Não dá, eu preciso cantar para uma pessoa antes, para ver se ela gosta. - Falou olhando em meus olhos e me fez tremer por dentro.
- Quem será essa pessoa misteriosa? - A se virou para mim, rindo.
- , entra, eu queria te mostrar uma coisa. – O parecia um pouco nervoso.
- Tá bom. – Nós entramos na casa e ele me levou até o quarto dele, eu sentei na cama e ele puxou uma cadeira e se sentou na minha frente. Pegou um violão e começou a cantar.
They come and go
But they don't know
That you are my
Beautiful
I try to come
Closer with you
But they all say
We won't make it through
But i'll be there forever
You will see that it's better
All our hopes and our dreams
Will come true
I will not disappoint you
I will be right there for you
'till the end
The end of time
Please be mine
I'm in and out
Of love with you
Tryin' to find
If it's really true
How can I
Prove my love
If they all think
I'm not good enough
But i'll be there forever
You will see that it's better
All our hopes and our dreams
Will come true
I will not disappoint you
I will be right there for you
'till the end
The end of time
Please be mine
I can't stop the rain from fallin'
Can't stop my heart from callin' you
It's callin' you
I can't stop the rain from fallin'
Can't stop my heart from callin' you
It's callin' you
(I can't stop the rain)
I can't stop the rain from fallin'
Can't stop my heart from callin' you
It's callin' you
But i'll be there forever
You will see that it's better
All our hopes and our dreams
We will come true (will be come true)
I will not disappoint you
I will be right there for you
'till the end
The end of time
Please be mine
Quando ele terminou de cantar, fiquei completamente sem reação. Um milhão de coisas passavam pela minha cabeça, mas eu não consegui dizer nenhuma palavra. Ele estava me olhando como se esperasse eu dizer alguma coisa - de fato eu queria dizer, mas as palavras paravam em minha garganta. se aproximou de mim e eu pude sentir sua respiração. Automaticamente, fechei os olhos e senti seus lábios encostarem nos meus. Aquele, sem dúvidas, era o momento mais perfeito de toda a minha vida. Por mim, poderia durar para sempre - mas, infelizmente, isso não era possível. Frankie entrou no quarto praticamente derrubando a porta e fez nós nos separarmos rapidamente.
- , brinca comigo?
- Claro. – Eu queria continuar ali, mas era impossível resistir à carinha do Frankie. Eu olhei para o . Ele apenas sorriu e eu acabei passando a tarde toda brincando com o Frankie.
-
- , espera. – Eu virei para trás e vi correndo na minha direção, parei e esperei ele me alcançar. – Eu preciso saber se você gostou da música.
- Claro, . Como eu poderia não gostar? Ela é perfeita.
- Que bom que você gostou, . Eu a escrevi pensando em você. – Ele parou na minha frente, me obrigando a parar também. – Tem uma coisa que eu quero dizer desde que te conheci.
- Então diz. – Falei, um pouco nervosa com aquela situação.
- Eu gosto de você, , desde que esbarrei em você naquele dia. Conhecer você foi a melhor coisa que me aconteceu. Sonho todas as noites contigo, e não posso mais ficar longe de você. Eu te amo. – Aquelas eram as palavras que eu mais queria ouvir naquele momento.
- Eu também te amo, . – Ele me beijou e eu não tive tempo de dizer mais nada. Talvez naquele momento as palavras não fossem necessárias.
- Oi, . – Entrei em casa com um sorriso que poderia iluminar a cidade toda.
- Nossa, que alegria toda é essa, garota?
- Essas estão sendo as melhores férias de toda a minha vida. – Falei, me jogando no sofá.
- Espera aí, garota, o que aconteceu? Me conta tudo.
Eu passei horas falando pra o quanto o era maravilhoso e como tinha sido o dia mais incrível de toda a minha vida.
Capítulo 4: How someone can change so much in so little time?
Já faz quatro meses que eu e o estamos namorando. A banda dele e dos irmãos começou a fazer sucesso. Eles estão fazendo alguns shows e acabaram de assinar contrato com uma gravadora, e em tão pouco tempo, já tem uma legião de fãs. E eu tenho que admitir que o Nick estava um pouco estranho comigo nas últimas semanas.
- O show foi ótimo, vocês estavam perfeitos. – Disse depois de assistir a mais um show da banda, que agora se chama Jonas Brothers.
- Obrigado, . – Disse o , me dando um beijo rápido. – Nós precisamos ver algumas fãs agora.
Em alguns segundos, algumas fãs entraram para tirar fotos e pegar autógrafos. Tenho que admitir que senti um pouco de ciúmes - afinal, não é fácil ver o seu namorado ser agarrado por milhares de garotas. Mas, como o sempre diz, faz parte do trabalho dele. Eu saí do camarim e fiquei esperando do lado de fora para evitar uma crise desnecessária de ciúmes. Algumas horas depois, todos saíram e nós fomos comemorar em um restaurante. Quando chegamos lá, percebi que não seria nada fácil. A cada segundo chegava uma fã para pedir um autógrafo.
- Gente, eu vou embora. – Falei, levantando.
- , fica, nós nem jantamos ainda.
- Não, . Eu estou um pouco cansada, vejo vocês amanhã.
- , você não vai com ela?
- Com ela? Pra onde? – Perguntou, distraído com mais uma fã.
- Pra casa, ela vai pra casa. Acorda. – deu um tapa na cabeça do .
- Eu estou com fome e quero comemorar. Não vou agora de jeito nenhum.
- Pode deixar, eu vou com ela.
- Não precisa, , eu vou sozinha.
- Vamos todo mundo, então. – Falou o Kevin.
- Não gente, eu não quero estragar a comemoração de vocês.
- Sem você não tem graça, , e também, acho que todo mundo está cansado.
- Tá bom, então vamos. – Falei indo em direção a porta e parei quando percebi que o ainda estava sentado.
- Você não vai, ? – Perguntou o Kevin, também percebendo que o irmão ainda estava sentado.
- Não. Se vocês não querem comemorar, não posso fazer nada, mas eu quero ficar.
- Não acredito que você vai fazer isso, . – Falou o , um tanto alterado.
- Esquece, , deixa ele. – Falei, o puxando para fora do restaurante.
- , você e o não estão muito bem, né? – Perguntou a quando chegamos na minha casa.
- Ele está um pouco estranho, . Não parece mais o que eu conheci.
- É, eu percebi que ele mudou depois que a banda começou a fazer sucesso... E você está pensando em fazer o que?
- Sinceramente, eu tenho pensado muito em terminar com ele.
- Terminar, ? Você não gosta mais dele?
- Gosto. Quer dizer, gostava do antigo , e não desse .
- Melhor você pensar mais.
- Não, hoje eu me decidi. Vou terminar com ele, e vou fazer isso amanhã mesmo.
- Oi, o que você quer falar? Eu estou ocupado, preciso compor músicas novas.
- Nossa, , será que você não tem nem um minuto para falar comigo?
- Eu tenho mais o que fazer, não tenho tempo pra isso.
- Ok, eu vou falar assim mesmo. Acabou , não dá mais.
- O quê? Você está terminando comigo?
- Estou, mas para você não vai fazer a menor diferença. Você não tem mais tempo para mim mesmo.
- Quer saber? Vai ser melhor mesmo, eu realmente não tenho mais tempo para isso.
- Ótimo, tchau. – Eu voltei para casa e, assim que entrei em meu quarto, não agüentei e comecei a chorar. Não queria ter que terminar com ele, mas aquele não era o garoto por quem eu tinha me apaixonado. Como alguém pode mudar tanto em tão pouco tempo?
Capítulo 5: Surprise trip
Por que tudo é sempre tão difícil? Você não pode simplesmente se apaixonar por um garoto que seja apaixonado por você, vocês dois se casarem e viverem felizes para sempre? Seria muito mais fácil. Mas a vida não é um simples conto de fadas, príncipes encantados não existem. A vida não tem um “felizes para sempre”.
Assim que levantei tomei banho, depois fui até a cozinha e tomei meu café da manhã sem pressa. Esse seria mais um dia entediante sem nada para fazer. Olhei pela janela; e estavam parados na calçada, conversando, e pareciam animados. Eu tentei ler nos lábios deles o que diziam, mas eu nunca fui boa nisso e só consegui entender algumas palavras. Ele disse para ela algo como “Ela não pode desconfiar de nada, eu dou um jeito de convencê-lo”. Eles trocaram mais algumas palavras e depois saiu em direção à casa dele, e correu até minha porta. Quando a campainha tocou, abri a porta, fingindo estar surpresa.
- Oi, pensei que você ia sair com o hoje. – Falei, tentando parecer convincente.
- Eu passei na casa dele antes de vir para cá; ele me deu uma idéia.
- Que idéia? – Perguntei, curiosa.
- Me deixa entrar primeiro, né. – Por alguns segundos, esqueci que nós ainda estávamos paradas na porta.
- Agora fala. – Disse assim que entramos.
- Vamos fazer uma viagem? – Ela perguntou, me deixando surpresa.
- Como assim uma viagem? – Perguntei, confusa.
- Eu, você e o , só nós três.
- Só nós três?
- É. Nós chamamos o Kevin e a Dani, mas eles têm coisas para fazer.
- Não sei. Quando?
- Hoje. Vamos, , vai ser divertido! Nós vamos para uma casinha que eles tem.
- Onde?
- Sei lá, não lembro o nome do lugar. É meio deserto lá, não vai ter gritaria nem fãs malucas. Vamos, vai.
- Tá, eu vou. Mas tenho que fazer minhas malas.
- A gente só vai ficar uns dois dias – três, no máximo -, mas não pode levar celular nem notebook, nem nada que dá para se comunicar.
- Como assim?
- A gente vai curtir a natureza... Pára de perguntar e vai arrumar suas coisas porque a gente sai à tarde. Eu vou para casa arrumar as minhas malas, tchau. – Ela saiu sem dar tempo de eu dizer mais alguma coisa. Essa viagem repentina era estranha, mas a minha curiosidade estava me mandando ir.
e a estavam no carro me esperando. Eu entrei e saiu devagar com o carro. Ele parou em frente à casa dele e buzinou.
- O que nós estamos fazendo aqui? – Perguntei, inquieta.
- Eu preciso pegar umas coisas com o .
saiu com uma mala na mão. Ele abriu a porta do carro, se sentou ao meu lado e me encarou com uma expressão tão surpresa quanto a minha. Nós dois olhamos para o e para a , que sorriam. Quando eu pensei em sair do carro, travou as portas e arrancou.
- O que vocês pensam que estão fazendo? – Gritei.
- Viajando. – A respondeu, calma.
- Ninguém me disse que ela estaria aqui. – disse, também alterado.
- Gritar não vai adiantar nada. Vocês podem ficar aí berrando se quiserem, mas eu não vou parar esse carro até chegar ao nosso destino, então é melhor vocês ficarem quietinhos. – Eu ia dizer alguma coisa, mas estava decidido e eu sabia que nada o faria parar aquele carro. Então encostei no banco e olhei para a janela, tentando esquecer que estava bem ali ao meu lado. Depois de alguns minutos acabei pegando no sono e só acordei quando o carro parou. A já estava do lado de fora. Olhei para o lado e estava tentando acordar o - o que é praticamente impossível. Saí do carro e olhei ao meu redor, a estrada era de terra e tinham muitas árvores e nenhuma casa à vista, sem dúvida eles tinham me levado para o fim do mundo. Quando conseguiu acordar o , ele e a foram levar as malas para dentro da casa, que tinha um ar de filme de suspense. Eu e ficamos do lado de fora, olhando ao nosso redor com expressão confusa. e saíram da casa e encostaram no carro.
- , tem uma caixa aí no carro. Leva lá para dentro. – falou depois que a fez um sinal com as mãos para ele.
- Tipo, eu sei que eu sou muito forte, mas você não acha que essa caixa é um pouquinho pesada não, irmãozinho?
- Ajuda ele, . – Eu olhei para o , incrédula. Ele não disse nada. Quando percebi que ele estava falando sério, fui até o porta-malas e peguei uma das pontas da caixa. segurou a outra ponta e, com esforço, nós tiramos a caixa do carro e a levamos para dentro. Fui até a porta e e estavam dentro do carro. Ela me olhou, acenou e o saiu com o carro. Corri para fora, assustada. Eles pararam o carro alguns metros a frente e a colocou a cabeça para fora.
- Voltamos daqui a dois ou três dias. Tudo o que vocês precisam está naquela caixa. Não me mate, a ideia foi do . – Ela gritou e colocou a cabeça para dentro do carro de novo e o carro saiu. Eu fiquei olhando, esperando que fosse só uma brincadeira e que eles voltariam, mas o carro sumiu na estrada. Com certeza eles não voltariam para me buscar; aquilo tudo estava parecendo um pesadelo. Eu me virei para voltar à casa e estava na janela, olhando paralisado aquela cena patética que, com certeza, era uma tentativa de fazer eu e ele voltarmos. Eu entrei na casa, peguei minha mala e saí andando por aquela estrada de terra horrorosa.
- Onde você pensa que vai? – estava andando atrás de mim.
- Vou embora. – Falei, apressando o passo.
- Você esta louca? Você pretende voltar para sua casa a pé?
- Qualquer coisa é melhor que ficar presa nesse fim de mundo com a pessoa que eu mais odeio.
- Se você quer se matar de tanto andar em um lugar que você nem conhece vá em frente, mas eu não vou com você. – Ele falou, entrando na minha frente.
- Eu não estou pedindo para você ir comigo. Volta para aquela droga de casa, eu fico muito melhor sozinha. – Eu o empurrei e continuei andando, agora mais rápido que antes.
- Então vai, sua maluca. – Ele gritou e voltou para a casa.
Eu continuei andando sem olhar para trás; preferia andar quilômetros a ter que ficar presa em uma casa com aquele garoto insuportável. Andei meia hora sem parar. Já estava escuro, o que tornava aquele lugar ainda mais sinistro; não havia nenhuma casa ali perto, só árvores. Ouvi um barulho atrás de mim e comecei a andar mais rápido; em poucos segundos, já estava correndo. Acabei tropeçando e torci o tornozelo. A dor não me deixou continuar, então sentei no chão. Um vulto se aproximava cada vez mais de mim. Eu consegui levantar e saí mancando. O vulto se aproximou ainda mais e, de repente, me segurou pela cintura. Eu podia sentir sua respiração em minha nuca. O medo e a dor me consumiram e eu não tinha forças para lutar. Odeio admitir, mas o estava certo. Eu só podia estar maluca a ponto de sair andando sozinha em um lugar totalmente deserto e desconhecido.
Capítulo 6: I can’t Forget
O estranho continuou me segurando. Tudo passava pela minha cabeça naquele momento: o a e o - principalmente o . Eu me virei devagar para encarar o meu perseguidor, tenho o direito de saber quem será o responsável pela minha morte. Me virei e encarei os olhos daquele estranho, que não era realmente um estranho. A única reação que tive foi abraçá-lo o mais forte possível, mas depois voltei a mim e comecei a encher o peito dele de tapas.
- Por que você fez isso, ? Você é um idiota. – Os tapas viraram socos. Ele segurou minhas mãos e fiquei imóvel. Ele sorriu e me puxou pela cintura. Depois colocou uma parte da minha franja que estava sobre meus olhos para trás da minha orelha, aproximou o seu rosto do meu e eu senti sua respiração ofegante. Seus lábios estavam quase encostando nos meus. Eu o empurrei e ele caiu no chão. Tentei sair dali, mas a maldita dor não me deixava. Ele levantou e segurou meu braço.
- Me solta, . – Gritei.
- Não, espera, eu te ajudo.
- Eu não quero sua ajuda.
- Não quer, mas precisa. Pára, vem logo, deixa eu te ajudar.
- Se você tentar...
- Eu não vou tentar nada. – Ele me cortou. Depois de alguns segundos, escorei em seus ombros e ele me ajudou a andar de volta para a casa.
- Obrigado. – Falei depois que ele ma ajudou a sentar na cama.
- De nada. Vou ver se arranjo algum remédio para você.
Eu deitei na cama, imaginando quando tudo aquilo ia acabar. Poderia ser apenas mais um pesadelo e eu podia simplesmente acordar. Ficar naquela casa com o estava me perturbando - não porque eu o odeio, como sempre digo a ele e a todos que me perguntam, mas porque a verdade é que eu ainda não o esqueci.
- Achei um remédio para você. – Ele entrou no quarto com uma bolsa de primeiros-socorros, aquelas que sempre têm nos filmes.
- Você trouxe uma bolsa de primeiros-socorros? – Perguntei, perplexa.
- Não, estava na caixa.
- Na maldita caixa. – Resmunguei enquanto ele sentava ao meu lado, eu passei o remédio e depois me deitei na cama. Ele saiu do quarto e depois voltou com um travesseiro e um cobertor.
- Você está com fome? – Ele me perguntou depois de me cobrir.
- Um pouco.
- Eu vou preparar alguma coisa - mas não vai ser um banquete. Com certeza foi o que arranjou a comida, porque só tem hambúrguer e um monte de balas.
- não tem noção mesmo. – Disse, rindo, e fazendo-o rir junto comigo. Depois de nossa crise de risos, ele ficou parado, me olhando nos olhos, e as malditas borboletas voltaram - aquelas que só aparecem quando eu estou com ele. Desviei o olhar, me lembrando de tudo o que ele me falou antes de terminarmos; minha expressão mudou completamente.
- Eu vou ver o que eu faço então. – Ele, como sempre, leu minha mente e saiu do quarto. O plano da e do nunca daria certo. Longe de toda aquela loucura da cidade, ele é apenas Jonas, mas quando voltássemos para a cidade, seria tudo igual e ele viraria aquele estranho de novo. Eu nunca deveria ter saído de casa para fazer essa viagem estúpida.
Na manhã seguinte acordei e tomei um banho. Quando saí do banheiro ouvi um barulho de carro e saí correndo. Quando saí, vi o carro do . estava do lado de fora conversando com o Kev, que estava no banco do motorista. Ao lado dele estava a e, no banco traseiro, . Eu corri até o carro com um sorriso de orelha a orelha.
- Graças a Deus vocês voltaram. – Falei, pulando incontrolavelmente.
- Na verdade, fomos obrigados a voltar. – gritou, apontando para o Kev.
- Kev, te amo! Você é meu herói. – Falei, empurrando o e dando um beijo na bochecha do Kevin. – Eu vou pegar minhas coisas e já volto. – Eu saí correndo e peguei as minhas coisas o mais rápido possível, colocando tudo no porta malas. – Vamos, vamos, vamos. – Entrei no carro, gritando.
- , não precisa ficar tão feliz, parece até que não gostou da viagem. – falou, irônico.
- Eu deveria te matar, Jonas. Mas não vou, porque eu estou muito feliz de estar voltando para a minha casinha linda. – Falei, dando ênfase em “muito”. entrou no carro e sentou do meu lado.
- Está feliz por voltar para casa, ? – perguntou, irônico.
- Nossa, muito. – Ele respondeu, sorrindo amarelo.
Duas horas depois nós chegamos em casa. Quando eu saí do carro, segurou o meu braço e esperou que todos entrassem.
- , nós precisamos conversar.
- Fala. Mas seja rápido, porque eu estou louca para deitar na minha cama. – Falei, abrindo um sorriso enorme.
- Bom, é que, nesse dia que a gente ficou longe daqui, eu pensei muito sobre nós. – Ele fez uma pequena pausa, respirou fundo e continuou. – Eu queria te pedir desculpas por ter sido tão idiota. Não sei o que aconteceu comigo... Será que a gente pode esquecer tudo o que passou?
- Esquecer? Não me pede para esquecer, . Durante esse tempo todo, tudo o que eu tentei fazer foi esquecer. Você está pensando o quê? Que vai me pedir desculpas e tudo vai voltar a ser como era? Está muito enganado. Sinto muito te dizer, mas “a gente” não existe mais. – Eu terminei de falar e saí andando em direção à minha casa. Foi difícil para mim dizer tudo aquilo para ele. Eu queria realmente esquecer tudo o que tinha acontecido, mas, por mais que eu quisesse, o meu orgulho não deixava.
Capítulo 7: I know I was such a fool
Ela saiu em direção à casa dela. Eu fiquei olhando, esperando que ela voltasse, mas ela não fez isso. Entrei em casa e fui direto para o meu quarto. Pela primeira vez desejei nunca ter feito sucesso com a banda - mas, na verdade, nada do que estava acontecendo era culpa da banda, o problema era comigo. e Kev não tinham mudado como eu. A verdade é que eu me tornei um completo idiota. A culpa não é da , nunca foi. Como ela poderia namorar um idiota? Mas eu vou provar que me arrependi, que agora quero ser apenas o , sem me importar com o que a imprensa vai dizer.
Desci as escadas, e a estavam na sala, assistindo um filme.
- , será que eu posso falar com você?
- Claro, , fala. – Ela respondeu, pausando o filme.
- Irmãozinho, será que você não pode esperar um pouco? Nós estamos assistindo um filme. – disse, ‘despausando’ a TV.
- É um caso de vida ou morte, . – Falei, implorando.
- , continua assistindo. Vamos lá fora, , eu acho que já sei sobre o que você quer conversar. Ou melhor, sobre quem. – Nós saímos e nos sentamos na soleira da porta. Eu respirei fundo.
- , a ainda gosta de mim? - Ela me olhou com uma expressão confusa, e depois sorriu. Agora quem estava com expressão confusa era eu.
- A gostava de quem você era, o que sonhava em cantar para o mundo e poder passar alguma coisa boa para as pessoas fazendo o que ama sem se importar com o que os outros vão dizer, não o popstar que só quer agradar a imprensa.
- Eu sei que eu sou um idiota. – Falei, abaixando a cabeça.
- Não, , você não é. A fama pode mudar qualquer um, mas você não pode se deixar levar. – Ela olhou nos meus olhos. – Eu sei que aquele velho ainda está aí. Você conquistou a fama sendo quem você é, não precisa mudar para agradar ninguém, as pessoas têm que gostar de você por quem você é. – Ela terminou de falar, me deu um abraço e entrou. sempre foi uma ótima conselheira e é como uma irmã pra mim. Como sempre, estava certa: eu tenho que provar à que ainda sou aquele que ela conheceu. Ainda não sei como fazer isso, mas vou descobrir.
Comecei a caminhar pela rua em direção à casa da , eu precisava arranjar um jeito de trazer ela de volta. Parei e fiquei olhando para a janela do quarto dela, não havia nenhum movimento perceptível lá dentro, fiquei esperando alguns segundos e pude ver a sombra dela através da cortina. Ela ficou parada um instante e depois prendeu o cabelo. A sombra dela se aproximou da cortina e eu sabia que tinha que sair dali antes dela me ver, mas não conseguia tirar os olhos daquela janela. Ela abriu a cortina e seus olhos se encontraram com os meus. Estava com uma expressão confusa, que foi mudando aos poucos. Começou a rir incontrolavelmente e eu comecei a rir junto, sem medo de parecer um louco rindo sozinho no meio da rua. Ela parou de rir e ficou me encarando novamente.
- Você vai ficar espiando minha janela? – Ela perguntou com um sorriso lindo.
- Talvez. Por que, eu não posso? – Falei, esperando a reação dela.
- A rua é pública. Mas é melhor você tomar cuidado para não ser atropelado bem em frente à minha casa, seria um pouco desagradável. – Falou, rindo. Ela sempre me assustou com seu terrível humor negro.
- Claro, pode deixar eu não vou ser atropelado, você não vai conseguir se livrar de mim tão facilmente.
- Ok. – Ela respondeu e fechou a cortina de novo.
Eu saí pela rua praticamente saltitando. Só de poder ver aquele sorriso de novo já ganhei meu dia. O dia estava perfeito - o sol não estava muito quente, mas não estava frio, o céu estava com um azul perfeito sem nenhuma nuvem visível. Era o início da primavera, uma das estações preferidas da , quando tem sol e o vento espalha o cheiro das flores. Eu andei até uma das floriculturas que ficavam ali perto, me lembrei que ela me disse uma vez, antes de namorarmos, que ela nunca tinha ganhado flores e que adoraria ganhar. Eu entrei na floricultura e pedi um buquê bem grande de , a flor preferida dela, escrevi algumas palavras no cartão, voltei até a casa dela, deixei o buquê em frente à porta, toquei a campainha e voltei para casa.
Capítulo 8: The life is not a fairy tale… Is much better
Eu estava deitada na cama, olhando para o teto e a campainha tocou. Bufei, com preguiça de levantar, fiquei mais alguns segundos olhando para o teto e levantei. Caminhei devagar até a porta, a abri e não vi ninguém lá fora. Abaixei os olhos e vi um buquê de que me fez sorrir automaticamente. O peguei e entrei em casa, procurando um cartão. Quando encontrei, abri e estava escrito:
“So tell me what we're fighting for
Cause you know that truth means so much more
Cause you would, if you could don't lie
Cause I give everything that I've got left
To show you I mean what I have said
I know I was such a fool
But I can't live without you”
Meu sorriso aumentou quando tive a certeza de que o buquê era do . Ele sempre foi ótimo com as palavras, sempre sabia o que dizer na hora certa. Eu não poderia me livrar dele tão facilmente - não que eu quisesse me livrar dele, apenas queria poder trazer o velho de volta. Eu coloquei as flores na água, peguei meu celular e enviei uma mensagem para a :
“Preciso falar com você.”
Certamente, ela estava na casa dos Jonas e não demoraria mais de cinco minutos para chegar. Saí e sentei na soleira da porta esperando ela chegar - dois minutos depois.
- O que foi? – Ela sentou do meu lado e perguntou, curiosa.
- O me mandou flores.
- Sério? Que fofo, deixa eu ler. – Ela falou quando viu o cartão na minha mão.
- E aí? – Eu perguntei quando ela terminou de ler.
- Eu ainda preciso dizer alguma coisa? , volta com ele... Ele está tão arrependido, nós conversamos hoje.
- Você conversou com ele? O que disseram?
- Ele queria saber se você ainda gosta dele.
- E o que você disse? – Perguntei, com medo do que ela poderia ter dito.
- Que você gostava do velho . Tinha que ver a carinha dele, eu sei que ele está arrependido. Ele voltou a ser quem era por você, só por você garota. Vai abrir mão disso?
- Não sei, ... Eu não posso esquecer tudo assim de uma hora para outra.
- E quem disse para você esquecer, ? Se você gosta mesmo dele, tem que aceitar as suas desculpas. Não precisa esquecer, todos erram, o não é uma exceção.
- Você está certa, , eu vou pensar no que fazer.
- Tá bom, eu vou deixar você aí com seus pensamentos. Sei que você vai fazer a coisa certa. – Ela levantou e voltou para a casa dos Jonas.
Eu continuei sentada imóvel. Queria perdoar o , só não tinha certeza se estava pronta para isso. Tudo aconteceu muito rápido, ele era o primeiro garoto por quem eu tinha me apaixonado de verdade, o primeiro garoto que eu beijei, mas também o primeiro garoto que me machucou, que me fez ver que a vida não é como em um conto de fadas, que a vida tem sempre seus altos e baixos e nem tudo é como você quer, que príncipes encantados só existem nos filmes e não na vida real... Mas qual é a graça dos contos de fadas? Você conhece seu príncipe, se casam e tem o ‘felizes para sempre’. Ninguém pode simplesmente ser feliz para sempre. Hoje pode parecer ser o pior dia da sua vida, mas amanhã poderá perceber que esse dia só te fez ser melhor. A vida é feita de momentos alegres e momentos tristes. E essa é a graça.
- Oi, posso sentar com você? - chegou, me fazendo despertar dos meus pensamentos.
- Claro. – Eu respondi de cabeça baixa.
- Tudo bem? – Ele perguntou querendo puxar assunto.
- Mais ou menos.
- Você gostou das flores?
- Adorei, são minhas preferidas. – Falei, levantando o rosto e encarando seus olhos. Uma sensação já muito conhecida por mim voltou: minhas pernas tremiam sem parar, meu coração acelerou e eu fiquei sem ar. A sensação que só um garoto em toda a minha vida tinha me feito sentir: Jonas.
- Que bom que você gostou.
- Eu adorei as flores, mas eu gostei ainda mais do cartão. – Falei, tentando ver qual seria a reação dele. Já tinha compreendido que o meu lugar é e sempre foi bem ali, ao seu lado.
- É um trecho de uma música que eu compus durante esse tempo que fiquei longe da pessoa que mais me inspira. Você. – Eu não consegui dizer nada, o momento não pedia nenhuma palavra e o pareceu compreender. Em um segundo, seus lábios encostaram nos meus e eu senti a pressão de sua língua sobre a minha, alguns dias antes eu estava desejando que a nossa separação não tivesse acontecido, mas percebi que havia sido necessário, pois tinha nos tornado mais fortes, e me fez perceber que, apesar de príncipes não existirem, era o garoto perfeito para mim. Eu não sei quanto tempo vai durar - pode ser um mês, um ano ou uma vida inteira -, mas o que importa é o presente. E no presente eu quero estar ao lado dele.
- Eu te amo, .
- Eu também. Sempre te amei, desde a primeira vez que te vi. – Eu estava de olhos fechados, mas pude senti-lo sorrir. Em seguida, os lábios dele estavam novamente juntos aos meus.
End.
nota da autora: Acabou, eu nem acredito que eu consegui terminar minha primeira fiction \o/, muito obrigada por lerem espero que tenham gostado, eu adorei poder compartilhar com vocês. Eu já estou pensando em uma nova, espero que possam ler também, muito obrigada mesmo.
BeiJONAS :*
nota da beta: Heey, gente!
ACABOU D: Adorei a fic, uma gracinha, meu deus :P
Bem, estou aqui apenas para dar um ooi, e pra dizer que se tem qualquer erro que vocês tenham percebido nessa fic, podem me avisar por aqui, e eu estarei disposta à corrigir o mais depressa possível.
Enjoy, everyone !
XOXO', Paah Souza.