Why can't you begin to understand?
You're only happy when you're sad and it's killing me
Ela não queria que sua vida tivesse tomado esse rumo, mas, a partir do dia que havia iniciado seu relacionamento com , sabia que teria que passar por tudo isso, e, sinceramente, ainda não sabia como entender.
Fãs. Festas. Turnês. Era muito... Era muito para agüentar. Todas aquelas mulheres em cima dele, todas as garotas que dariam a vida para ficarem com ele, todas as festas freqüentadas que ela não sabia, e quando sabia era por notificação de algum site de fãs, ou raramente porque ele resolvia dizer. Ela sabia que ali tudo acontecia e odiava imaginar o final das tais festas inocentes que eles faziam. Simplesmente não podia abandonar tudo para acompanhá-lo em turnês com o McFLY e controlar o que ele fazia ou deixava de fazer. Ele deveria muito bem saber o que era o certo e o errado.
já estava esgotada com tudo aquilo. Seu coração apertava só em saber que apenas o amor por ele já não estava sendo suficiente. Faltava confiança, muita confiança. Ela já não conseguia mais sorrir sabendo que ele estava longe, que ele poderia estar com alguma outra mulher enquanto ela sempre tinha que esperar... Esperar para que ele voltasse e dissesse que podia confiar nela. Normalmente, aquelas palavras não serviam de muita consolação, mas ela tinha que acreditar, talvez se repetisse aquilo para si mesma chegasse a acreditar. Mas, hoje, não mais. Ela não conseguia mais viver naquela agonia, seus dias eram basicamente pela espera de uma ligação de . Por um site dizendo que os guys foram vistos saindo acompanhados de um hotel... Ela tinha apenas 20 anos, e se continuasse com aquilo, iria morrer interiormente, pouco a pouco.
amava acima de qualquer coisa... Mas, às vezes, se deixava levar por um simples impulso e logo estava com a consciência pesada por ter feito algo que sabia que era errado. Odiava brigar com e odiava ainda mais mentir para a garota. Em dois dias voltaria da turnê pela América Latina e lá estaria ela magoada por ele não ter ligado... Por ele ter saído com os meninos e aproveitado a noite. E ele odiava aquela situação, odiava ter que dizer que podia confiar nele quando na verdade queria dizer que era um verdadeiro cafajeste e que realmente não sabia amar... Mas ele odiava o simples fato de imaginar perdê-la.
Ela era o tipo de garota que sempre idealizou. Simpática, linda, compreensiva e companheira. E sentia que ela o amava verdadeiramente, que o amor dela era imensamente grande, e se sentia culpado pelo fato de não valorizar tão bem esse amor quanto deveria. Ela não merecia aquilo, e ele reconhecia. Depois que as burradas eram cometidas, já não havia como reverter a situação. Não havia como parar o tempo e simplesmente fingir que não havia feito nada... Ele carregava isso consigo.
E a garota morena que estava agora deitada ao seu lado na cama, era prova de que ele simplesmente não era forte o suficiente para não beber e não acabar caindo nas graças de uma mulher como aquela... Ele estava odiando a si mesmo neste momento.
estava sentada no sofá do apartamento completamente silencioso. Era de manhã cedo já e sabia que chegaria no dia seguinte, tinha que tomar uma decisão para tentar salvar seus próprios sentimentos. Tinha que ser forte se quisesse parar de sofrer, se quisesse acabar com aquela vida de desconfianças, de mentiras... Que ela sabia que existiam.
Terminar com sempre fora a última das opções, mas todas as outras haviam se esgotado, e ela já não podia mais. Não queria mais aquilo.
E ele teria que aceitar... Ela sabia que ele a amava também, que não estava com ela apenas para ter imagem ou por pena da garota. Eles haviam se apaixonado e já tinham declarado isso para todo mundo. E não era só paixão. Era amor, ternura e um carinho imenso por parte de ambos. Mas que de nada adiantava se não havia aquela palavrinha com nove letras, que fazia total diferença em qualquer relacionamento. Confiança.
Sempre fizera tudo pensando se iria ou não aprovar... Se ele iria ou não gostar ou se irritar com as atitudes dela. Mas agora iria ser diferente, iria pensar nela ao menos naquele dia, mesmo que depois se arrependesse. O que ela tinha certeza que era muito difícil de acontecer.
Muitas pensam que estar namorando um famoso lindo tipo é maravilhoso. Brigas não existem... E você tem que fazer tudo por ele, mas não... Não era assim! E agora ela podia ver isso muito bem. Ela pensava que por ele ser quem ele era ela teria que fazer de tudo para agradá-lo. Mas e ela? Quem a agradava quando não estava presente? Quem a fazia sentir-se amada quando ele ficava semanas inteiras sem nem ao menos dar notícias?
We can talk, we can cry, we can tell each other lies
and call this our goodbye
- Por que isso agora, ? – perguntava a garota, visivelmente estressado. Fazia meia hora que ele havia chegado e encontrado uma deprimida e chorando no sofá.
- Não dá mais... Você não percebe? – a garota agora soluçava ainda encolhida no sofá. Estava sofrendo muito... Mas ela sabia que depois a dor iria acabar, e não iria ser como quando ela ficava o esperando ligar, esperando ele chegar... Ela estava ainda mais certa que isso era o melhor a se fazer.
- ... Sempre foi assim, e agora eu chego e encontro você em um estado deprimente dizendo que nós dois não da mais! – ele falava caminhando de um lado para o outro na sala, visivelmente irritado.
- ... Como você pensa que eu me sinto quando eu vejo o The Sun publicar uma foto de você com outra garota? Como você pensa que eu me sinto quando você fica uma semana sem ligar parecendo que eu não existo... – ele ia falar alguma coisa, mas a garota o impediu continuando a falar – E não tente negar, que você sabe que isso acontece toda hora! Eu não sou tão idiota em pensar que quando você esta fora você não dorme com nenhuma outra garota, que você não fica com varias numa só noite! – agora havia se levantado do sofá e encarava um estático e sem reação – Eu não sou mais tão boba !
- Eu gosto de você, ... – ele disse após alguma em tempo em silêncio e sentiu vontade de rir.
- Eu também gosto de você, ... Até mais do que você merece, mas gostar ou amar não é suficiente... Veja por você mesmo! – ela disse agora com raiva, apontando para ele.
- Nenhuma delas é você, ... Aquilo é pura... Pura fraqueza! Você sabe que eu sempre me arrependo; que eu ajo por impulso... Mas elas não significam nada! – ele dizia tentando convencer a garota. Ele não queria perdê-la. Afinal, sempre fora seu porto seguro, era quem estava sempre ali pra ele... E sem ela, como iria ser? Deixou uma lágrima solitária descer por seu rosto, mas a vontade de chorar era muito grande. Ele tinha que se controlar... Queria parecer forte.
- ... Isso não justifica! Porque eu não vou com nenhum outro garoto para a cama... – ela disse agora, aparentemente, mais calma – Você sabe disso... E sabe por quê? Porque meus pensamentos estão sempre em você, eu não consigo nem mesmo pensar em beijar outro cara estando com você... Eu sentiria nojo de mim mesma! – ela disse apontando para si.
- ... – ele falou com uma voz suplicante e se aproximando da garota – Eu sei que sou estúpido... Um verdadeiro idiota – ele disse parando na frente dela – Eu me sinto um lixo quando faço todas aquelas burradas e me sinto pior ainda por saber que você me espera... – ele falou de cabeça baixa, sem conseguir encarar os olhos de – Mas eu posso mudar... Eu posso tentar mudar! – ele falou as ultimas palavras olhando nos olhos dela, o que causou um arrependimento ainda maior no garoto, por ver como os olhos dela, antes brilhantes, agora estavam afundados em lágrimas e demonstravam uma tristeza imensa.
- ... – ela disse baixinho, já não tinha mais forças para brigar – Tenta entender! – ela falou sussurrando e ele se aproximou ainda mais. Ele levantou umas das mãos e acariciou suavemente a bochecha de com o polegar.
- Por favor, ! – ele disse num sussurro, agora com os lábios muito perto. não tinha mais forças para relutar ou empurrá-lo e num ato de fraqueza simplesmente fechou os olhos e esperou por sentir o contato da boca dele com a sua.
juntou seus lábios com os dela. Deixou-os encostados por um tempo, até ter certeza de que ela não o mandaria parar. Pegou os braços dela, que caiam ao lado do seu corpo e colocou-os em sua nuca, onde os deixou. A abraçou pela cintura, ainda com os lábios colados, e pediu permissão para intensificar o beijo. As línguas agora estavam em perfeita sintonia, em um beijo calmo... Ele não queria estragar tudo, por isso, agir com calma e delicadeza era a melhor solução. Ele acariciava levemente as costas de por baixo da blusa e ela agora deixava as mãos acariciarem levemente a nuca dele, deixando-o arrepiado.
Quando já não havia mais como evitar, ele desgrudou os lábios dos dela, mas ainda mantinha as testas coladas e as mãos firmes na cintura dela. Ele tinha medo que ela realmente fugisse. Ele a queria ali com ele...
- ... Isso não é certo... Não pode... – ele a interrompeu assim que deduziu o que ela iria falar.
- ... Por favor! – ele disse olhando-a nos olhos, que mantinha um olhar, agora, firme sobre ele – Vamos chamar isso de nosso adeus! – ele não queria dizer aquelas palavras. Não queria mesmo... Mas tinha que arranjar uma forma para ganhar tempo e tentá-la convencê-la que aquela decisão que ela havia tomado não era certa – Eu senti sua falta! – ele disse antes de grudar os lábios nos dela novamente.
Agora o beijo era mais rápido... Mais intenso. As mãos dele já estavam por debaixo da blusa da garota e passeavam livremente pelas costas e barriga de , que já estava arrepiada. Ela sabia que agora não havia mais como reverter a situação... Mas seria retomada. Porra, ela estava cansada de sofrer toda vez que ele entrava em turnê. Esqueceu-se rapidamente disso quando sentiu que ele beijava sua orelha e sussurrava alguma coisa que ela não conseguia compreender.
Aquilo a estava deixando extasiada. Ela puxou levemente os cabelos dele, bagunçando-os mais do que já estavam e sentiu-se sendo empurrada até uma das portas que ela deduziu ser o próprio quarto. Ele a deitou na cama e logo após deitou-se sobre ela.
- Nosso adeus... – ele repetiu baixinho, antes de começar a beijar todo o colo da garota.
Em minutos, eles já estavam sem roupa alguma e ela corou ao se sentir observada por ele. Ele sorriu fracamente, mas ela não tinha forças para retribuir. Apenas puxou o garoto para mais perto dela. Ele então se deitou novamente sobre ela e grudou sua boca na de . Ela entrelaçou as pernas na cintura do rapaz e com a permissão da mesma, ele fez com que seus corpos se tornassem um só... Talvez pela última vez.
This is no kind of relationship
it’s all stressed, broken, bruised and walking out the door
- Você sabe que isso não esta resolvido... – ela disse tirando a cabeça, que até agora, estava apoiada no peito dele. Não sabia quanto tempo tinha ficado ali com ele, mas foi tempo suficiente para recobrar todos os seus sentidos e pensar mais uma vez em tudo o que estava passando, e, agora, podia afirmar que estava ainda mais certa que antes... Não poderia ser assim toda vez, ele chegava, os dois discutiam e depois terminavam na cama.
- ... – ele tentou dizer algo, mas ela colocou o dedo indicador na frente dos seus lábios e depois se sentou na cama, enrolada no lençol branco.
- ... Eu já cansei dessa vida! Eu amo muito você... Amo mesmo! Mas eu não nasci pra ter uma vida assim. Eu não nasci pra viver num mundo de desconfianças sem saber se você está ou não com outra na sua cama enquanto eu me sinto uma perfeita tola... – ela falou suspirando e procurando suas roupas intimas pelo chão.
- ... Nosso relacionamento não é de uma semana ou duas... Já são sete meses! Olha tudo o que a gente já passou junto...
- É exatamente esse o problema . O que a gente passou junto sempre é perfeito, mas e quando a gente está separado? Quando você esta longe daqui, sem dar noticias? Você já parou para pensar como minha vida fica? – ela perguntou a ele, que já estava sentado na ponta da cama, de cabeça baixa.
- Eu sei que é difícil... Mas tenta entender! Você sabe que eu estou toda hora pensando em você, e, que por mais que eu cometa burrices, é de você que eu gosto. É você que eu quero para viver comigo. Para estabelecer algo... – ele dizia passando as mãos pelos cabelos... Dramas sempre o deixavam assim. E quando ele sabia que o drama era real, a situação ficava ainda pior e ele podia sentir a ponta dos dedos formigarem de tanto nervosismo.
- Se você pensa tanto em mim pra que porra você leva outras pra cama? – ela perguntou aumentando o tom de voz, ela não iria deixar ele se fazer de coitadinho. Afinal, quem estava sofrendo era ela...
- Porque eu sou um idiota! – ele disse aumentando também o tom de voz e xingando a si mesmo em pensamentos... Quando algo ia bem, ele sempre tinha que estragar tudo. Sempre.
- Pois é... E eu sou mais idiota ainda, porque to sempre esperando por ti... E é por isso que eu acho que já não da mais... Simplesmente por isso. Custa entender? – ela falou desabafando – E afinal, que diferença vai fazer? Você esta sempre com outras do mesmo... Agora você já não precisava mais ficar com peso na consciência.
Ela já estava perdendo a paciência e sentia que a situação estava fugindo do seu controle... Ela não queria dizer todas aquelas coisas, sabia que ele não precisava ouvir tudo aquilo e perguntava-se, se realmente tudo o que havia dito era verdade...
- Mas nenhuma delas serve para namorar... Nenhuma delas esta sempre do meu lado como você, nenhuma delas tenta me compreender – ele suspirou – Como você fazia... Elas são diferentes... Elas não servem para um relacionamento... – ele disse em um tom de súplica ao qual ela não poderia se render.
- E que relacionamento nós temos, ? – ela perguntou parando, já vestida e com os cabelos arrumados – Um relacionamento em que os “amantes” passam meses sem se ver, semanas sem se falar por telefone... Com você saindo em sites de fofocas com outras mulheres? É isso que você chama de relacionamento? Eu conheço isso por uma relação desgastada... Sem confiança... Eu estava aqui até agora por puro amor... Mas eu vi que isso não é suficiente... Eu estava me autodestruindo. Entende? – ela tentou amenizar as ultimas palavras... Sabia que havia pegado pesado novamente, e que se ele não estava todo o tempo presente metade da culpa era do trabalho.
Ele ficou em silêncio, sem dizer absolutamente nada. Parecia absorver o que ela havia falado... Parecia não acreditar realmente naquilo. Tudo parecia um temível pesadelo, ao qual ele via todos se afastando dele e o chamando de idiota... E não podia deixar isso acontecer. Olhou para frente e ela estava colocando algumas coisas dentro de uma bolsa grande.
We can run, we can hide, just look me in the eye
and call this our goodbye
- … Olha pra mim! – pediu ao ver a garota olhando para a bolsa como se aquilo fosse muito interessante – Você esta mesmo certa de tudo isso? Olha... A gente pode mudar isso, você sabe que sim! Você sempre foi de compreender as coisas...
- Eu compreendo as coisas até o ponto que elas não me façam sofrer, ... Até que elas não fazem minha imagem do espelho parecer ainda mais ridícula... Eu ainda não havia me dado conta do quanto isso me afetava... De você estar longe, de não me ligar... Até que dias atrás, após chorar horas preocupada com você, sem comer e nem me comunicar com ninguém eu olhei meu reflexo no espelho... E aquilo era horrível. Eu via em mim mesma tudo despedaçado. Eu estava com a pior aparência do mundo e tudo isso por você... Tudo por querer você aqui comigo enquanto você parece nem ligar com isso...
- Não é verdade... Você sabe que eu sempre me importei com você, sempre estive preocupado... Eu nunca deixei e nem nunca vou deixar alguém fazer mal algum pra ti! Eu também sinto saudades, porra! – ele falou mais nervoso, ficando de pé também.
- A diferença é que você tenta saciar as saudades com alguém, ao contrário da otária aqui que só sabe chorar! – disse e teve que abaixar a cabeça, pois ele sabia que se olhasse dentro dos olhos dela nesse momento teria uma imensa vontade de se matar – Agora olhe você nos meus olhos... Não fuja, ! – disse irônica. Talvez estivesse usando aquela máscara de durona somente para não cair nos braços dele e dizer que ela não queria sair de perto dele... Mas ela não iria mais passar por otária, e aquela mascara que ela se colocou, a estava ajudando muito quanto a isso.
- ... Pelo amor de Deus! – falou em tom de súplica novamente, ele tinha as duas mãos juntas, abaixo do rosto e se aproximava novamente de , deixando-a presa entre ele e a parede – Vamos tentar... Mais uma vez... – ele continuou falando, deixando os corpos ainda mais próximos – Você sabe que podemos... Nós podemos tudo, ! – ele falou aproximando mais os lábios, mas ela virou o rosto.
- Você sabe que nem tudo se resolve com sexo... E essa situação você já sabe que não pode resolver assim... – ela falou ainda com o rosto virado, sentindo a respiração dele em sua bochecha – Nós não podemos mais chamar isso de nosso adeus... Não deu certo. – ele suspirou e a abraçou. Entrelaçou os braços na cintura dela e a abraçou tão forte que ela pensou que não fosse mais conseguir respirar. Ela se rendeu ao abraço e o apertou forte também. Ele enterrou a cabeça no pescoço dela, e ela pode o sentir fungar. Ele estava chorando... Ele nunca fora de chorar na vida. Ela simplesmente não sabia o que falar, simplesmente o abraçou ainda mais forte e lágrimas encheram seus olhos, assim como ele, agora ela chorava... Se lamentando por te que passar por tudo aquilo.
You push me away for the first time, oh
I can see, this will be just another landslide
Eles já haviam passado por aquilo uma vez... Mas não fora assim tão complicada a situação, e aquela vez tudo era diferente. Talvez ali estivesse sua última chance, ele tinha que tentar mais argumentos... Perder era perder seu porto seguro.
- ... – ele sussurrou ainda abraçando-a apertado, as lágrimas ainda caiam dos seus olhos, mas agora já eram controladas – Lembra... Da outra vez também aconteceu isso e depois... Depois nós ficamos bem – ele falava rapidamente, parando somente para tentar limpar as lágrimas que ainda caíam – Nós ficamos bem, ! Nós podemos agora também...
- ... – disse com a voz fraca, ainda com a cara no pescoço dele – Você sabe que nós ficamos bem por dois meses porque vocês estavam de férias... E aquele foi só o começo para eu perceber que isso não iria dar certo, que eu ia me ‘acabar’ ainda mais. E nós só estávamos nos primeiros meses de namoro... Eu esperava que a confiança fosse se construindo dia após dia, mas você não quis dar chance para isso! – a garota continuava chorando e ele estava em um desespero total.
(Flashback
acabava de voltar de uma turnê pela Austrália, essa vez não foram férias, e sim trabalho... Mas ele parecia ter aproveitado a oportunidade para isso também – era o que afirmavam os sites e mesmo pudera ver isso – no começo ela não acreditou, então vieram as fotos... Os rumores de que ele estaria se encontrando todos os dias com aquela garota. E ela sentia-se cada vez mais burra por ter aceitado um relacionamento sério com .
- ... Por que isso? – ela perguntou assim que ele chegou, com a foto da tal garota e eles abraçados em uma boate – Por quê? – ela perguntou aumentando o tom de voz.
- ... – ele passou a mão pelo rosto, estavam nos primeiros meses de relacionamento, e ela já estava assim, ciúmes era algo que ele odiava – Pára com isso... Eu estava bêbado, eu nem sabia o que estava fazendo, eu já havia te explicado tudo isso por e-mail! – ele falou impaciente.
- E você acha que só porque é famoso eu posso passar por boba e ver fotos suas e de outras garotas na internet o tempo todo? Se você pensa que eu vou ser mais uma idiota na sua lista de ‘namoradas mandadas’ pode esquecer... Comigo é diferente. Não é porque você é que pode acabar com os sentimentos dos outros, que pode fazer tudo o que quiser... Comigo não é assim. Não é mesmo!
Foi nesse momento que ele decidiu que sim era a mulher certa para ele. Que ela não estava com ele só por causa de um nome, como a maioria fazia... Ela estava ali do lado dele por sentimentos. E ele percebeu que eram sentimentos verdadeiros... Sentiu um aperto no coração e a abraçou forte.
- Desculpa ... Desculpa! – ele dizia sussurrando no ouvido da garota, que tinha lágrimas caindo pelo rosto – Eu sou um idiota... Eu não deveria ter bebido, eu não deveria ter saído do hotel... Desculpa! – ele disse, agora, segurando o rosto da garota entre suas mãos, fazendo com que ela o olhasse diretamente nos olhos.
- Promete que você vai tentar mudar? – ela perguntou o abraçando pela cintura, o viu assentir com a cabeça e não pôde deixar de sorrir. Por um momento tinha tido medo de que ele dissesse que tinha mesmo saído com a tal garota por vontade própria e ela já não significava nada para ele. Mas ela percebeu que o que ele estava falando era verdade, e mesmo ela sabendo que isso poderia acontecer mais vezes, resolveu acreditar que realmente ele poderia mudar.
Não... Dessa vez seu relacionamento não havia desmoronado. Flashback)
You push me away for the last time
and I'm over it, but in the meantime
you push me away for the last time
- , o que você quer afinal? – disse se afastando dele e começando a se irritar mais uma vez – Que eu fique aqui esperando por você, vendo você sair com as outras e acreditar que isso é só um impulso... Apenas um impulso! – disse irônica
- Não, ... Eu não quero mais te fazer passar por isso! Eu vou mudar... Eu sei que eu posso mudar! – escorou-se na parada e não sabia mais o que fazer – Eu realmente gosto de ti... Você sabe que eu sou tão apaixonado por ti, quando você por mim... Eu não quero te perder! – ele terminou de falar e fazia uma cara de súplica que antes era irresistível, mas agora ela tinha que aprender a resistir a todas essas tentações.
- ... Mas amor e paixão não são suficientes... Apenas ajudam a construir uma relação de afeto, talvez companheirismo – ela falou de costas para o garoto – e a estabilidade? E aquela segurança que você deve ter quando esta com alguém? Eu não a tenho, porque simplesmente eu perdi minha confiança por ti... – ela virou-se novamente para encarar o rapaz – A confiança não existe mais desde aquele dia que você acabou de citar.
- Mas e todo resto que a gente passou... Todos os momentos felizes, bonitos, emocionantes! – ele falava, novamente, suplicando – Pra onde eu vou ir quando eu precisar de carinho?
- Pro mesmo lugar que você vai quando esta longe de mim! – disse sem pensar, mas era algo inevitável em ser dito. Talvez ela tivesse pegado pesado.
somente abaixou a cabeça.
- Eu te amo! – ela ouviu o garoto sussurrar levemente isso e um aperto voltou ao seu coração. Mas ela estava entre duas opções neste momento. Ela ou ele... Sinceramente preferia ficar com si mesma.
- Isso não é suficiente, merda! – disse agora impaciente – Você sabe disso... Você sabe muito bem que amar não é suficiente! Se fosse por amor eu nunca iria terminar com você... Porque você não faz idéia o tamanho do amor que eu sinto por ti... Mas não é apenas amor, eu já te disse!
- A gente pode esquecer tudo... – ele falou simplesmente, tentando uma última alternativa
- A gente não pode fazer isso... – ela disse firme – Você nem ao menos me conta tudo o que se passa quando você esta fora! Quantas você já deve ter “pego” e nunca ousou me dizer... Eu simplesmente cansei de mentiras!
Your parade of dishonesty
has shown me sides of you I never knew and never want to know
- Então se o problema é mentiras eu conto pra você... Conto todas que eu já levei pra cama – ela parou para pensar – Aquelas que eu me lembro da onde são! Eu conto... – arregalou os olhos e abriu a boca para falar alguma coisa, mas estava muda – Semana passada, então... Eu dormi com duas! – ele falava sem nem pensar muito bem, e tinha um tom desesperado, ao mesmo tempo em que andava de um lado para o outro do quarto – Nós saímos para beber e eu bebi de mais, no outro dia acordei com elas na minha cama, hotel... Isso aconteceu com as duas.
- ... – não queria ouvir todas aquelas coisas... De nada iria adiantar.
- Isso aconteceu também na Austrália! – ele falou parando de andar agora e passando as mãos pelos cabelos – Eu fiquei com a de novo lá!
- CHEGA! – teve que gritar... Aquilo cada vez a estava ferindo mais e cada vez seria pior ouvir tudo aquilo. Até com e ele fora capaz de ficar outra vez? Que tipo de homem ele era afinal? Como ele achava que ela iria mudar de opinião após saber desses absurdos?!
- Você não queria a verdade? Então! Eu estou falando a verdade, vou te contar tudo o que você ainda não sabe... Não é muita coisa, mas se você quer saber... – ele falou, no começo, irritado, mas depois ia acalmando a voz e parou antes de terminar a frase – Eu faço qualquer coisa por ti! – ele falou delicadamente, mas ela parecia não ouvir... Seu nojo por ele ia aumentando cada vez que ele abria a boca.
- Pó rque a , ? – perguntou com desprezo na voz – Você sabe que eu a odeio... – a garota parou de falar de repente – EU A ODEIO! – gritou agora e teve que se afastar um pouco da garota por medo.
- Eu sei... Eu sei! Mas eu estava mal porque eu sabia que você estava triste e ela veio me consolar e nós acabamos nos bei...
- CHEGA COM ISSO! – gritou mais uma vez, quanto mais ele falava mais idiota ela se sentia.
- ... Pelo amor de Deus! – voltou para onde estava e esfregava as mãos compulsivamente – Diz algo que eu deva fazer pra você não ir... Qualquer coisa! – ele tinha um tom delicado de súplica e falava baixinho.
- ... Você ainda tem coragem? – perguntou parecendo indignada – Você me diz que ficou com a estando comigo e ainda quer que eu fique? Afinal... Você quer o que? Você me quer aqui pra sempre esperando por ti? Esperando que você decida a hora de parar de ficar com outras? É isso? Pois se for, saiba desde já que isso acabou... Talvez a saiba melhor como te tratar quando você esta carente... – falava tudo isso com desprezo na voz, que acabou por machucar ... Só agora ele realmente percebia o quanto fora estúpido com uma garota do tipo de .
- Desculpa... – ele falou baixinho. Na verdade, não tinha mesmo o que falar... Ele estava se sentindo pior do que qualquer lixo.
- Desculpas também não são suficientes para concertar tudo! – ela falou sentando-se na cama e passou as mãos pela cara... Porque tudo tinha que ser tão difícil? Porque tudo tinha que estar sendo assim tão complicado? Ela queria as respostas prontas para perguntas tão complicadas como essas... Ou então ela queria simplesmente que nada do tivesse feito, pudesse ter sido verdade. O que ela sabia que era realmente impossível.
suspirou vendo escorregar pela parede e se sentar no chão... Tinha que acabar logo com aquilo.
We can run, we can fly, I'm just sick of all the lies
this is my goodbye
This is my break up to you, breaking through you
this is me, broke in pieces, can't you see this?
- Eu só queria que você soubesse que eu gostei mesmo de passar os momentos bonitos e felizes contigo! – começou a falar ainda sentada na cama; olhando diretamente para o rapaz que mantinha a cabeça baixa – E eu te amo muito, e estou fazendo isso justamente por me amar também... Eu tenho certeza que você vai acabar entendendo e quem sabe se você realmente mudar a gente não possa continuar algo? Mas eu não quero viver assim mais uma vez... – a garota dizia calma e com um tom de voz delicado.
- Eu sei... – ele falou baixinho, tanto que ela demorou a entender o que ele realmente havia dito.
- Você é uma pessoa linda para conversar, estar junto... E quando pode é um bom companheiro – ela deu um sorriso de canto e pôde vê-lo fazer o mesmo – Talvez se um dia você perceber que alguém realmente pode confiar em você, me procure! – ela ia dizendo ainda calmamente, mas lágrimas já escorriam de seus olhos – Eu posso esperar por ti, se fosse me disser que eu devo fazer isso...
- Você pode me esperar... – ele falou olhando nos olhos dela, onde ela podia ver um fundo de esperança.
- Eu espero que você consiga se virar sozinho enquanto eu não estiver por aqui... – ela disse e ele sorriu levemente, a palavra enquanto que ela havia acabado de citar lhe deu uma esperança incrivelmente grande – Você já sabe que beber por aí não adianta nada... – disse tentando brincar, mas nenhum dos dois teve forças suficientes para sorrir.
levantou-se de onde estava e seguiu para sentar ao lado de na cama. Ele sentou-se muito próximo, e teve vontade de chorar ainda mais. segurou a mão de e entrelaçou os dedos da sua mão com os dela.
- Desculpa, ... – ele começou a dizer baixinho – Eu fui muito estúpido e eu realmente gostaria que nada disso tivesse acontecido... Eu realmente queria! – ele falava calmamente – Eu sou um idiota por não controlar meus impulsos... Talvez eu ainda pense que sou um garotão de dezoito anos... – ele sorriu fraco e ela assentiu com a cabeça – Mas eu quero que tu acredites que eu realmente gosto de ti! Tu foste a melhor garota que eu conheci até hoje... Nenhuma delas se compara a ti, ao teu jeito de ser... – ele parou para respirar um pouco e ela sentiu mais lagrimas descendo por seu rosto – Eu sei que você cansou de todas as mentiras, de tudo... Mas eu sei que você pode me esperar ... Eu vou mudar! Eu sei que eu posso.
- Eu vou esperar... – disse entre as lagrimas que escorriam sem parar de seu rosto. – Eu sei que você pode isso se você quer... Mas eu acho que até que eu estiver aqui, você nunca vai ser forte o suficiente para tentar mudar! – ela falou calma, tentando secar algumas lágrimas que caiam.
- Eu vou sentir muito a sua falta... – ele disse abraçando ela, tão apertado quanto antes.
- Eu também vou sentir muito a sua falta! – ela falou dando um leve beijo na bochecha dele, quando se separaram do abraço – Eu mando alguém buscar minhas coisas aqui... – ela falou se levantando da cama e tentando enxugar algumas lágrimas – Você sabe que isso é difícil pra mim também, não sabe? Eu estou ainda mais desmoronada que antes, mas eu sei que isso vai passar... Você também sabe! – ela pegou a bolsa que estava no chão e colocou-a nos ombros – Esse é meu adeus!
FIM!
N/a: Oi amadinhos! Nossa, minha primeira song fic, na verdade é a primeira que eu publico escrevendo sozinha... E da medo, fica a dica! Eu amo essa música do The Last Goodnight... Eles tem umas músicas boas mesmo. Bom, eu espero que apesar dela ser meio triste, vocês tenham gostado! Não deixem de comentar, eu ficarei muito grata.
Outras fics: Mil Palavras By Bruh e Thai (em andamento)