Aquela não era bem uma sexta-feira comum para os habitantes de Sir Jackson. Se é que aqueles seres que ali se encontravam podiam ser chamados de habitantes. A correria era absurda e o volume de coisas que carregava não ajudava nem um pouco na hora de se esquivar dos colegas que se preparavam emocionalmente para receber a escandalosa visita de Jonas no fim de semana.
Sir Jackson era uma faculdade considerada ideal para os padrões de vida dos moradores da área. Pessoas com muita grana se é que me entendem. Para algumas pessoas aquilo significava status e, para outras, qualidade de ensino. Não foi por nenhuma das duas alternativas que escolhera aquela faculdade. Sua verdadeira escolha se deu ao fato de que a mesma ficava em um bairro nobre de New Jersey, o que proporcionaria uma grande fauna e flora desconhecida pela garota em primeira mão!
morava no Texas até um ano atrás, quando ela finalmente se livrou do colégio e toda sua escala de popularidade, ou não, que sempre atormentava garotas de quinze anos. Ela tinha finalmente completado dezoito e entrara em Jackson para o curso de Ciências Biológicas e ela não podia reclamar, gostava bastante da área apesar de tê-la escolhido de última hora, afinal ela ainda tinha raízes brasileiras e como todo bom brasileiro, deixava tudo para última hora.
A Jackson oferecia cursos incríveis nas áreas de humanas, exatas e biológicas e por isso era uma instituição enorme, mas, ainda sim, não tinham dormitórios reservados aos alunos no campus. Ou seja, a garota teve dificuldades ao tentar entrar para qualquer que fosse a fraternidade então acabou por alugar um quarto de hotel por alguns dias, esperava se encaixar em alguma turma e seguir seu rumo. E foi exatamente isso que aconteceu.
Um ano depois de deixar a casa dos pais e enfrentar o mundo em New Jersey, essa era : líder de torcida! Sim, parece absurdo, mas ela o fazia apenas pelos exercícios físicos. Ela sempre dançara, fizera ginástica nos tempos de colégio e como na faculdade não tinha mais nenhuma opção saudável e acadêmica, ela entrou para a fraternidade P.A.R. que significava: Pink and Red! E o nome fazia muito jus a casa, conseguem imaginar? Mas não podia ser tão ruim e ela estava feliz com o curso que fazia e tinha grandes amigas também: , a grande bióloga concentrada nos estudos que parecia achar que tinha sérios problemas mentais por fazer parte da torcida, Joanne Andrews da equipe de animadoras de torcida e Lizzie Evans capitã da equipe e chefe da fraternidade!
É claro que ela era popular, afinal como poderia não ser, certo? Mas ela era diferente das outras, diferente de muitas na verdade, e todos os caras naquela instituição sabiam disso e veneravam isso. não era só uma garota linda vestida em um uniforme sexy e cheia de esmaltes cor-de-rosa no seu quarto na P.A.R. Ela era sim muito inteligente e, além disso: era original e cheia de personalidade! Sabia como fazer alguém se sentir bem de verdade e até mesmo as meninas a vangloriavam por isso. Ela achava que era mesmo culpa da cidade onde crescera porque as pessoas do Texas nunca pareceram notar sua diferença, mas, era muito mais do que isso.
E essa pequena diferença de com as outras garotas foi o que a tornou especial para Jonas. O garoto famoso já não seria o mesmo depois de conhecê-la.
1 – FUJA!
ainda tentava fugir daquela correria carregando a maior quantidade de sacolas que já vira na vida. Como podiam ser tão grandes se os uniformes eram tão pequenos? O celular em seu bolso vibrava, começo de ano era mesmo uma tortura.
Centenas de garotas do colegial se amontoavam em frente à Universidade e parecia impossível sair de lá sem a ajuda de algum pássaro gigante. O ar era o único lugar vazio. E nem assim, porque quando olhou pra cima em busca de seu pássaro gigante salvador, ela viu diversos helicópteros de diversas mídias de televisão, rádio e internet sobrevoando o campus. O que estava acontecendo? Zeus resolvera dominar o mundo, afinal?
- Alô! – gritou a garota, em meio à confusão, atendendo o celular.
- ! Onde você se meteu? – perguntava parecendo desesperada.
- No meio da multidão! – ela revirou os olhos e mesmo que a amiga não pudesse vê-la ela sabia que estava frustrada e revoltada.
- Você quer dizer que a multidão está gritando nas nossas janelas esperando o príncipe do rock?
- Essa mesmo! É bom que esse garoto seja um gato mesmo, porque pra tanta gritaria...
- Ah, isso ele é sim amiga... – ria.
- Droga! Desculpa amiga, é que não querem me deixar passar. O portão está fechado e os seguranças me pediram para esperar. Lizzie vai morrer de ódio se eu não chegar a tempo. – a menina parecia nervosa.
- Relaxa, ok? É só um campeonato de bairro, não vai mudar a sua vida, entende? Aliás, se vocês não conseguirem as roupas hoje, podem se apresentar com as antigas.
- Obrigada, . Mas, mesmo assim quero chegar logo em casa, preciso me preparar para amanhã. E esse maldito Jonas me paga. – as duas riam juntas pelo telefone. – E o que ele vem fazer aqui, afinal... É sexta-feira, pelo amor de Deus!
- Bom, não podemos culpá-lo, né? Pelo menos ele vai fazer faculdade, eu acho essa uma ótima idéia. A música nem sempre pode durar eternamente e bla bla bla.
- Certo, que ele faça faculdade em Harvard então! Por que tem que ser em Jackson? Somos só o 18° na lista de melhores do país! – ela sentiu o celular vibrar em suas mãos e um apito suave tocava sobre seu ouvido. – Ah, , preciso desligar, tem alguém na outra linha.
A garota se despediu da amiga apressada e respirou fundo antes de atender a outra ligação, esperava com todas as suas forças que aquele tumulto acabasse logo, mas parecia que só piorava a cada instante.
- Liz.
- ONDE ESTÃO MEUS UNIFORMES NOVOS?
- Eu estou presa no campus! – ela continuava calma, precisava ter muita paciência com Lizzie. Era uma garota amável e simpática quando não estava com problemas, claro. Não era egocêntrica e nem tratava mal nenhuma das colegas de equipe. Tinha como braço direito e confiava a vida, que no momento eram só os novos uniforme das líderes de torcida do ano, à ela.
- Como assim? Eu quero você aqui em cinco minutos! , tudo precisa estar perfeito para amanhã! Sabe que horas são? Cinco da tarde! Eu estou ficando sem cabelos, amiga! – ela parecia que iria explodir em lágrimas a cada palavra.
- Tudo bem, eu chego a tempo não se preocupe. Respira, se acalma e pede pra Joanne te fazer um suco, sei lá. Eu chego em cinco minutos.
Era uma promessa vaga porque ela tinha certeza que nunca chegaria em casa em cinco minutos.
Já tinham se passado os cinco, dez, quinze, trinta minutos e ainda estava presa naquela universidade. Podia entrar, tomar um suco, ler um livro inteiro na biblioteca que nada iria mudar. Até que Jonas cruzasse o portão de saída, ela não poderia sair. Quando decidiu por fim entrar novamente no antro estudantil, foi barrada mais uma vez pelos seguranças que agora a mantinham entre o portão e a barreira de homens de preto, totalmente incapaz de mover um músculo ali.
Foi então que ela o viu: o garoto de cabelos bagunçados e castanhos mais brilhantes que ela já vira na vida. Saía de um dos carros pretos que acabara de adentrar a instituição por uma entrada desconhecida por qualquer fã ou estudante. Tinha uma expressão tão séria quanto a de seu segurança que era maior do que qualquer um dos trogloditas que ela já vira naquela Universidade. Ele acenou com carinho para todas as meninas que gritavam escandalosamente portão afora e começou a caminhar pelo gramado do campus até a entrada de mármore onde duas pilastras gregas se erguiam junto à escadaria também de mármore que dava acesso direto ao pátio do lugar.
E esperou, esperou e esperou até que a gritaria cessasse. Seus ouvidos doíam tanto que ela chegou a pensar que nunca mais ouviria sua própria voz. Tentou se sentar sobre o gramado, mas os seguranças à sua volta não permitiam nenhum movimento. As sacolas em suas mãos com exatos vinte e seis uniformes masculinos e femininos e pompons coloridos pesavam mais do que o normal e seu estomago roncava de fome. Tudo o que ela queria era poder ir para casa. Estava a ponto de chorar de raiva quando finalmente voltou a aparecer na entrada da espécie de templo grego que era a faculdade, acenando novamente e voltando à gritaria. Ele sorriu para ela por um milésimo de segundo e ela pensou por um milésimo desse mesmo segundo que aquela confusão havia valido a pena, mas tudo se foi quando ele finalmente entrou no carro e partiu. E então, quase cinco horas depois de ter entrado, pôde sair do lugar.
- Eu devia te bater muito! – Lizzie dizia, tentando parecer nervosa, meia hora depois que finalmente conseguiu adentrar a república. Mas, a líder parecia feliz demais com o resultado dos uniformes para ficar realmente com raiva.
- Mas...
- Mas você tá muito gostosa nesse uniforme, seria mancada te deixar roxa antes dos meninos verem isso. – elas riam, parecendo pré-adolescentes enquanto experimentavam os uniformes e acessórios.
Todos os vinte e seis membros da torcida estavam lá, gritando viva pela chegada da amiga sã e salva. E agora gritavam vivas porque todos estavam extremamente contentes com o resultado de seus uniformes. As cores de Sir Jackson eram azul e branco, e a universidade inteira tinha aspectos gregos encravados em suas raízes. O fundador: Sir Jackson fora filho de gregos nascido nos Estados Unidos e era louco por toda cultura grega, por isso a arquitetura da universidade era tão linda. adorava aquele ar de deuses que sentia quando entrava no lugar. [n/a: ok, mais alguém louco por Percy Jackson por ai? HAHAHA]
- Então, já sabe qual é a nova time? – perguntava Lizzie, colocando-se em cima da mesa de centro da sala, com os novos pompons na mão.
- Manda a ver, gata. – gritou, chacoalhando os pompons.
- A gente vai entrar no estadual... – ela cantarolou. – E QUEM SÃO OS FILHOS DE HÉRCULES?
- Somos nós, capitã! - o compositor do grito de guerra era provavelmente um fã de bob sponja e Cavaleiros do Zodíaco.
- Eu não ouvi direito. – ela tinha uma falsa expressão de raiva.
- Somos nós, capitã! – a torcida inteira gritou. Geralmente o grito de guerra era exercido pelos garotos do futebol ou basquete, é claro, mas aquela era a vez deles competirem, então tinham todo o direito de usar e abusar do grito da escola.
- Então, Son of Hercules tá na hora de mandar ver.
Todos pareciam extremamente felizes ao sair da fraternidade aquele dia. Lizzie sabia bem como colocar pique nos seus atletas. não pôde deixar de agradecer quando as outras meninas se ofereceram para ajudá-la a guardar as coisas, afinal ela estava morta de cansaço. E sabia que dali em diante entrar, sair e circular naquela faculdade ficaria praticamente impossível.
Quando a garota se sentou ao lado de Joanne e Lizzie para assistir televisão na suíte que pertencia às três, não deixou de se aborrecer ao ver que a visita de à faculdade era o assunto mais comentado em todas as emissoras. Também não se surpreendeu ao vê-lo em todos os locais da internet quando checou seu Myspace mais tarde na mesma noite.
- Por que ele garoto resolveu fazer faculdade agora, afinal?
- Porque ele sabe que não vai durar pra sempre, . E ele está louco para ser um cara comum e frequentar a faculdade. – respondeu Joanne, a única presente no quarto que era fã dos Jonas Brothers.
- Mas eles não são a banda de mais sucesso na América nos últimos cem anos? – perguntou , tentando manter o sarcasmo com calma, Joanne odiava quando faziam piadas sobre os irmãos virgens famosos.
- Cinco, , nos últimos cinco anos! E daí? Só porque ele é famoso não pode fazer faculdade?
- Mas não é isso mesmo? Quer dizer, que famoso ainda estuda? Além do pobre do Justin Bieber, mas isso é porque ele ainda é uma criança... – Lizzie respondeu.
- Ah, uma pena, porque ele é bem gatinho. – comentou e as duas riam escandalosamente enquanto Joanne revirava os olhos.
- E o que ele vai fazer? – Lizzie se pronunciou depois de sobreviver à crise de risos.
- FACULDADE! – Joanne parecia nervosa de verdade.
- Dãaar, não, jura? – Lizzie tinha coragem o bastante para abusar do sarcasmo com a amiga. – To perguntando o curso, né, Jo?
- Ah, sim... – Joanne às vezes podia ser bem lenta. – Relações públicas.
- Ual... Isso é importante. – fazia um gesto de jóia com as mãos e Lizzie parecia suspresa.
- Olha o príncipe do rock... É bonito e inteligente! – foi tudo o que a capitã disse antes de ir se arrumar para dormir.
não podia acreditar que estavam mesmo fazendo aquilo, afinal, a torcida era só um hobbie, certo? Pois ela estava descobrindo que amava mesmo fazer aquilo e nem que precisasse se virar em duas para estudar e torcer, ela o faria porque amava estar ali com os uniformes lindos, brilhando e voando aos ares com os amigos.
Os meninos pareciam tão confiantes que passaram sua confiança para os membros femininos da equipe e as líderes estavam radiantes. E já era de se esperar que ganhassem o troféu. Então elas já tinham passado pelo regional e estavam:
- CLASSIFICADAS PARA O ESTADUAL! – gritou Lizzie com toda a sua força vocal.
- Ah, meu Deus! – não parecia coordenar seus sentidos.
- Sabia que ganharíamos! Somos incríveis, lalala! – cantarolava Joanne.
, é claro, também estava lá, torcendo pela amiga escandalosamente na arquibancada. Mas nunca foi muito fã das líderes e por isso sempre mantinha distância. Foi grande o esforço que teve de fazer para passar por todos os espectadores que a elogiavam e chegar ao fim da arquibancada onde a amiga se encontrava.
- Ah, você foi demais!
- Ótimo, estou pronta para um enorme sundae de chocolate se você quiser me acompanhar...
- Claro campeã, porque você pode mesmo ficar gorda enorme e quebrar a coluna de um desses gatos que te jogam pro alto, não é? – parecia sarcástica. Deu um cutucão leve no braço da amiga e a puxou ginásio afora em busca de um lugar onde pudessem se alimentar, mas nada muito calórico, afinal, elas sabiam os males que a coca-cola podia causar e também sabia que um quilo a mais já afetaria toda a equipe.
- Eu não estou preocupada com o estadual, sabe? Não me importo com isso, apenas faço pela saúde e tudo mais.
- , deixa de achar que eu sou boba! - reclamava enquanto sentava-se à mesa no pequeno café. - Eu sei que você ama aquilo. - ela concluiu com expressão de óbvio no rosto.
- É eu gosto também... - a garota não conseguiu deixar de sorrir.
- Ok, eu odeio aquelas barangas metidas à besta, mas você não é como elas e por isso eu te amo, então... Tudo bem, eu te apoio pro estadual. Tá vendo, nem te deixo comer carboidratos! - elas riam como se fosse a melhor piada do mundo, mas sabia que não importava a piada, sempre que fosse com terminaria bem. Ela não se sentia tão confortável com nenhuma das outras amigas. Já pensara em se mudar e morar na mesma república que , mas as líderes declararam que todos os membros da torcida deveriam ficar na PAR.
Nada poderia estragar o resto do fim de semana de e e elas aproveitaram ao máximo a festa que os membros da torcida deram em comemoração ao troféu do campeonato regional. Mas, mal sabiam elas que a semana seguinte não seria nada fácil.
Segunda-feira com certeza não estava melhor que sexta. começava a achar que os dias na faculdade nunca seriam os mesmos. Logo que adentrou o portão da escola, decidiu que deveria comprar um escudo urgentemente. A força que as fãs faziam ao tentar entrar na universidade machucava até mesmo os não envolvidos no problema. mal tinha chego e elas já estavam gritando. O enorme carro preto passou entre e antes que as amigas pudessem se cumprimentar.
- E ai, você também quer um escudo?
- , que tipo de loucura é essa, amiga? – parecia mesmo com raiva. – Qual, é? Vamos ter que aturar isso até quando?
- Sinceramente colega, acho que elas nunca vão descansar enquanto não falarem com ele.
O menino finalmente saiu do carro, acenando mais uma vez para as fãs escandalosas do outro lado do portão e se dirigindo às universitárias que fazia fila para cumprimentá-lo, disse:
- Calma meninas, tem Jonas para todas. E nós vamos ter quatro lindos anos para passar juntos.
não conseguiu deixar de revirar os olhos, como o garoto era convencido! Ela respirou fundo, segurou as mãos da amiga e seguiu escada de mármore acima até a sala de aula. Não queria ficar ali para ver mais nenhum tipo de gracinha estrela do garoto.
- Salve-se quem puder, tem um Jonas na Universidade! – gritou enquanto corria escada acima com a amiga ao seu lado. As duas riam enquanto todos os outros alunos pareciam vidrados no astro novato.
Ao fim do primeiro período, e correram para a cantina esperando que tivessem tempo de comer um sanduíche antes de voltar à anatomia humana. Mas, elas não precisariam ter se preocupado: nenhuma das garotas da instituição queria comer na frente do garoto famoso. As amigas até acharam engraçado, todas iriam mesmo ficar com fome por causa DELE? Enfim, foram pegar a comida e sentaram-se na mesa junto às líderes.
não estava muito longe. Dava autógrafos e tirava fotos com diversas garotas que faziam fila e gritavam desafinadamente ao vê-lo.
- Ok, ele é mesmo um gato, mas precisa de tudo isso? – perguntava, parecendo incrédula.
- Ok, número dois, colega. – concordava.
- Para, vocês são bem malucas. Ele é lindo demais, é fofo e romântico, ok?
- Como você pode saber se ele é romântico, Joanne? – perguntava , enquanto retirava todos os pompons das líderes de cima da mesa.
- Hello! – era sarcasmo. – Você nunca ouviu as músicas? “Cause I could come across the world and see everything and never be satisfy, if I couldn’t see those eyes…” – ela cantarolava, sonhadora.
- Se ele é mesmo tão perfeito, por que não está lá esperando para tirar uma foto com ele? – perguntava levantando uma das sobrancelhas. Ela adorava fazer aquilo.
- Dãr, eu já tenho meu autógrafo e também já tirei a minha foto. – ela mostrou a câmera contente.
As amigas riam enquanto Joanne comentava o quanto fora simpático com ela e como ele cheirava bem. não pode deixar de notar Lizzie na fila das garotas para falar com o astro. Parecia que aquilo a irritaria ainda mais, mas não. Na verdade ela sentia que estava se acostumando aos poucos e poderia ignorar a presença do garoto no lugar. Afinal, ela não poderia deixar de prestar atenção nos estudos. Precisava tirar boas notas se não quisesse perder a bolsa.
Finalmente as aulas chegavam ao fim e poderia descansar pelo resto da tarde, ao contrário de que teria treino da torcida naquele mesmo dia. Teriam de dobrar o esforço se quisessem ganhar o estadual. E ela nunca esteve tão disposta a isso.
- Tudo bem, time, está na hora. Seguinte, para os que entraram esse ano... – começou Lizzie referindo-se aos novos membros do time, já que estavam bem no começo do ano e aquele seria o primeiro treino com os novos membros. As vinte e seis pessoas passaram para trinta. O time era mesmo grande. – Teremos que nos esforçar ao máximo, certo? Pela primeira vez estamos competindo no estadual e temos que demonstrar que somos muito bons, afinal, somos um dos maiores times do campeonato, temos que fazer direito. Agora, só pra vocês aprenderem...
- Somos filhos de quem? – gritava Joanne, animando a equipe em primeiro lugar.
- Hercules, capitã!
- Eu não ouvi direito! – ela parecia nervosa.
- SON OF HERCULES, capitã! – gritavam todos com a maior força que podiam alcançar.
Então o treino finalmente começou. As batidas simples e os primeiros passos da música foram fáceis para os novatos, mas a complicação sempre chegava e quando estavam a ponto de alcançá-la, o treinador do time de futebol adentrou a quadra pedindo que parassem por um momento.
O time de futebol masculino inteiro seguia o treinador e mais uns vinte garotos vinham logo atrás, provavelmente para os testes da equipe. Jonas estava entre eles. se sentiu corar, já que estavam com os uniformes novos e provavelmente bem curtos.
- Vamos fazer os testes pro time, Lizzie. Podem ficar por aqui se quiserem, mas precisamos de pelo menos metade da quadra.
- Claro, treinador. – dizia a capitã, chamando a equipe para que ficassem do lado direito da quadra.
Os garotos do teste se acomodaram nas arquibancadas enquanto assistiam o treinador dando instruções sobre como teriam de prosseguir com o teste. De repente, uma quantidade enlouquecedora de garotas adentrou a quadra e se acomodou na arquibancada, o mais perto o possível de .
novamente sentiu o descontrole de sua ira. Não precisava de tudo aquilo, certo? E elas estavam atrapalhando o treino! Parou de dançar na metade da música, sem conseguir se concentrar e desligou o rádio sem nenhum pouco de sutileza.
- Treinador, assim não dá! – gritou, esperando que o time ficasse em silêncio. As animadoras apenas assistiam enquanto a morena reclamava.
- ? – o treinador perguntou, tentando se lembrar do nome da menina.
- Isso. – o rosto do homem parecia despreocupado enquanto ela se sentiu na liberdade de continuar. – Me perdoa treinador, mas eu achei que esse fosse o time masculino de futebol. – a arquibancada inteira nem respirava tamanha tensão. – Não temos problemas em dividir a quadra, porque eu sei que está muito sol lá fora e essas roupas esquentam pra caramba. – apontou para o uniforme de futebol do capitão do time. – E apesar de tudo, essa é a nossa quadra de treinamento, então, se não for incômodo, precisamos de concentração e essas garotas não ajudam. Você podia, por favor, tirar esse bando de menina daqui ou talvez tirar o seu astro que poderia resolver tudo de uma vez, antes de NÓS termos que tirar VOCÊS TODOS daqui. – ela agora gritava, completamente exaltada.
Jonas parecia completamente surpreso com o discurso da garota e levando em conta que ela era definitivamente a mais bonita de todas as garotas que já vira na faculdade, sentiu-se desesperado ao perceber que ela com certeza não era sua fã e por isso ele nunca a vira entre os intervalos de aula, porque ela provavelmente não iria querer falar com ele nunca!
O garoto notou quando todas as garotas que o perseguiam desde o começo do dia saíram uma por uma acenando e mandando beijos para ele. Algumas até o tocaram, mas ele não conseguia tirar os olhos da garota linda que continuava estática na sua frente, usando aquele uniforme sexy que poderia excitá-lo caso o peso do anel de castidade não lhe machucasse o dedo. Ele não conseguia deixar de pensar no quanto era linda. Ela o encarava, furiosa enquanto esperava que todas as seguidoras deixassem o recinto. Não é preciso dizer que não conseguiu se concentrar por nem um minuto no jogo e acabou perdendo a vaga no time.
Ao final dos jogos, o time se despediu e o treinador prometeu que os calouros teriam novas chances para entrar no time e não deixou de cogitar a possibilidade, porque definitivamente os líderes de torcida sempre estariam por perto. Ele sentiu alguns tapinhas de consolo em suas costas dos amigos do time que queriam mais do que tudo que o garoto tivesse entrado, mas não estava nem olhando para nenhum deles. Sua atenção estava focada em e na garota com quem ela conversava, provavelmente a capitã do time. Ela parecia estar levando uma bronca. queria interferir, mas o treinador exigiu que ele deixasse a quadra.
2 – Cause I just can’t seem to get you off my mind.
- Onde você estava? – perguntou Lizzie mal abrira a porta da casa.
- Com a . Eu acho que devíamos dobrar os treinos Liz. – a garota se sentou ao lado da amiga no enorme sofá de couro branco da república.
- O que têm em mente? – Lizzie largou a revista de moda que folheava sobre a mesa de centro.
- Podíamos treinar junto com o time de futebol também.
- Sabe o que ela quer com isso, Liz? Ficar olhando pros gostosos sem camisa. – comentou Joanne enquanto passava pela sala.
mostrava a língua à amiga, que ria abrindo uma lata de chá gelado que segurava. Sentou-se no sofá menor e procurou participar da conversa das amigas.
- Cala a boca, Andrews.
- Se bem que nem tem mais graça, o não entrou pro time. – ela fez um beicinho.
As outras duas riam e decidiram o que fariam quanto aos treinos. Não seria mal ter a opinião da escola inteira na coreografia que faziam, então pensaram em treinar junto com o time e chamar a escola inteira para assistir. Seria um bom programa entre amigos.
- Sabe o que eu acho? – perguntava Joanne enquanto as três subiam as escadas em direção aos quartos.
- Manda, filha de Afrodite...
- Que você anda passando muito tempo com a sua amiga . Qual é, precisamos focar a atenção nos treinos e vocês ficam de passeios no shopping?
- Não vamos ao shopping, Joanne. Nós estamos trabalhando nas pesquisas do curso. Não se esqueça que isso é universidade e não colegial.
- Ela está certa, Anne. – dizia Lizzie, tentando amenizar o clima que Joanne sempre insistia em criar. – Mas, Anne também tem razão, . Você precisa dividir suas obrigações e tentar não se desconcentrar muito. Estivemos malhando hoje e você estava fazendo exatamente o que com a ?
- Examinando minhocas. – a garota fez uma careta.
- Que nojo. – Joanne resmungou e logo levou uma almofada na cara.
Quando a guerra de travesseiros começava dentro daquele quarto, ela não acabava nunca. E foi no meio de uma guerra maluca que conseguiu pegar no sono. Ela sabia como aquele semestre seria difícil e os seus planos de arrumar um namorado até o fim do ano iam por água abaixo.
- Bom dia! – estava extremamente feliz aquela manhã. A quantidade de fãs na entrada da Jackson tinha diminuído e ela tinha esperanças de que até o fim da semana elas estariam praticamente extintas.
- Bom dia, flor... – respondeu quase com a mesma animação. – E posso saber porque você está tão feliz?
- Ora, você não notou? Está um tanto quieto, não acha?
- Certo, uma quantidade menor de fãs, mas isso porque o astro ainda não chegou.
- Ah, o astro chegou sim. – Jonas estava bem atrás delas, proclamando sua presença.
e se viraram ao mesmo tempo, assustadas. O garoto estava ainda mais bonito do que se podia estar, com um chapéu estiloso sobre os cabelos e um óculos escuro relativamente grande para seu rosto.
- Quem é você? – perguntou incrédula. O garoto pareceu extremamente surpreso.
- Jonas, é claro. – ele revirou os olhos.
- Ah, ta... – a garota revidou, segurou a mão de e partiu escada acima sem nem olhar para trás. Nem ao menos um sorriso. Ela começou a sentir uma pontada de raiva do astro, mas não iria falar daquele assunto com ninguém.
simplesmente não sabia o que fazer. Era um absurdo imenso alguém falar com ele daquele modo, mas parecia que pretendia colocá-lo em seu lugar e ela não estava falhando nem um pouco. O enorme segurança que se estendia ao seu lado recuou quando o garoto pediu sossego e saiu escada acima procurando por sua sala.
O som estridente do sinal do colégio finalmente se extinguira e decidiu que aquela era a parte que ele mais gostava sobre a faculdade: o fato de não terem sinais. Outra coisa que estava adorando sobre a faculdade eram as líderes de torcida que acabavam de adentrar o pátio do campus com seus micro uniformes. A melhor parte era ver a expressão de superioridade estampada na face de cada vez que seus olhares se encontravam.
- Sir Jackson, estamos preparados para vencer o campeonato estadual de torcida, mas precisamos da ajuda de vocês! – gritava Lizzie, subindo em cima de uma das mesas do pátio descoberto e chamando a atenção de todos os universitários do sexo masculino.
Então Kayle, também um membro da torcida subiu à mesa junto com a loira, chamando enfim a atenção da parte feminina da Jackson, e se pôs a fazer um rap estranho sobre como todos deveriam ir conferir o jogo do sábado.
- Por favor não vá embora, ninguém vai ficar de fora! – ele terminou a rima com essa última frase e depois desceu da mesa, segurando no colo como se fosse uma almofada e colocando-se em posição para uma apresentação.
”Se os deuses vão falar, ninguém vai acreditar
Se o Hércules ganhar, eles é quem vão provar
Se o nosso líder falhar, todos vamos aguentar
Se a fera ainda grita, a guerra não terminou
Hércules pode perder, mas seu filho guerreou!
Eles faziam seu grito de guerra e algumas meninas gritavam em coro. e Joanne eram arremessadas ao ar com uma frequência incrível e os garotos que não as seguravam batiam palmas com força ajudando no ritmo. estava completamente abobalhado. Passara tempo demais longe da escola e perdera boa parte da diversão, que eram os jogos e a torcida. Agora ele queria muito recuperar o tempo perdido.
- É o primeiro jogo da temporada galera, então não vamos perder, certo? Lutaremos contra os Ursos de Jersey e vai ser bem emocionante. – gritou Joanne, ouvindo uivos de aprovação de toda a turma. E então eles se espalharam pelo campus, procurando o que fazer durante o intervalo.
- Você estava bem leve lá em cima. – comentou quando passou ao seu lado, sem nem ao menos encará-lo.
A garota não conseguiu segurar um riso fraco da desgraça do astro que parecia totalmente desconcertado com a situação. Ele chutou o chão com ódio de si mesmo e sentiu que a cada vez que a garota o esnobava, sua fixação por ela aumentava.
E o tão esperado fim de semana chegou. Parecia que esperara por aquilo por dias e ela queria muito entender porque seu estômago revirava tanto enquanto ela vestia o uniforme na fraternidade. iria acompanhada de alguns amigos do curso de Bio. Elas só se encontrariam na hora do jogo, provavelmente quando olhasse para a arquibancada e encarasse a amiga sorrindo ao lado de Colin McReave, o melhor aluno da sala delas, consequentemente, amor da vida de .
- , estamos descendo, tem certeza que não quer carona?
- Não Liz, podem ir! Eu preciso me exercitar até lá, senão vou ter um treco.
- Queria entender esse nervosismo. – a garota loira finalmente abriu a porta, encarando terminando os últimos retoques da maquiagem.
- Não sei. Sinto que alguma coisa muito legal está pra acontecer, sabe? É um frio enorme na barriga, mas é gostoso. – ela sorria. Provavelmente convencera Lizzie, que lhe dando um beijo na bochecha, saiu do quarto juntando-se aos amigos que iriam de carro para a universidade.
respirou fundo depois de se sentir finalmente linda e preparada para a animação. Pegou os pompons e colocou um sobretudo negro sobre o corpo. Não fazia frio naquela época do ano em Jersey, mas ela não estava a fim de ouvir cantadas no meio do caminho usando aquele pequeno uniforme azul e branco.
A garota pensava no quanto sua vida tinha mudado desde que se mudara da pequena cidade do Texas e de como ela se sentia feliz com as amigas e amigos que ela tinha em Jersey. Não lhe faltava nada, mas ela sempre desejara profundamente se casar e aquele ato não estava parecendo muito possível nos últimos anos, já que ela dificilmente se envolvia com qualquer garoto que fosse.
Quando ela finalmente chegou ao portão da universidade se sentiu estranha. Perseguida. Sabia que tinha alguém a observando e tentou apressar o passo para fugir. Sabia que não podia estar em perigo sob a proteção da Universidade, mas mesmo assim sentia-se nervosa e assustada.
Ouviu um barulho alto de passos e se recusou terminantemente a olhar para trás. Mas sabia que não demoraria muito até o perseguidor a alcançar. E ele o fez. Imediatamente a respiração da garota parou.
- É , não é? – ele perguntou, aumentando por um segundo a temperatura da menina. Ela respirou fundo, tentando preencher o vazio de ar que se formara em seu pulmão e se tranquilizar antes de responder.
- Isso. – ela se virou para encarar o novo astro do colégio que ainda pousava suas mãos sobre seu ombro.
Eles se encararam por alguns instantes. podia ouvir a gritaria vinda da quadra aberta logo à frente. sorria de um modo engraçado, como se pedisse redenção e não tinha mais fôlego para brigar ou apenas ignorá-lo.
- E qual o seu nome? – ela perguntou, tentando parecer rude, sem muito êxito, já que ainda não recuperara totalmente as forças, seus batimentos ainda estavam acelerados e a noradrenalina não fizera efeito.
- Ora, você sab... – o garoto parou imediatamente ao ver o olhar de reprovação da menina.
- Escuta aqui, se você quer ser meu amigo, precisa se apresentar. Não sou nenhuma vadia escandalosa que você vai pegar por uma noite e fingir que nunca viu no dia seguinte.
- Perdão. – ele pareceu envergonhado e extremamente desapontado por um milésimo de segundo. Então o sorriso habitual voltou ao rosto. – É Jonas. Mas, pode me chamar de .
- Prazer, . – ela deu ênfase no nome, estendendo a mão ao garoto.
- Você já não devia estar com a torcida? – ele apertou a mão dela delicadamente.
- Quis vir andando. É um jeito de espantar o nervosismo e se aquecer antes do jogo. Isso, claro, quando ninguém te assusta e libera uma quantidade alta de adrenalina que provavelmente vai fazer efeito até o fim da noite. Vou tremer tanto que o equilíbrio vai parecer um desafio às leis da física.
- O.K. – ele disse pausadamente. – Acho que você deve fazer física ou medicina, certo?
- Ciências biológicas. – a garota respondeu, com um sorriso totalmente orgulhoso. Passaram a andar lado a lado em direção ao campo.
- Ual... Sério, área de se admirar. – ela pareceu gostar do elogio. – Então, qual é o lance com a torcida? Você não me parece muito o tipo das Filhas de Hércules... – ele ria e por um momento chegou a pensar que ela se ofenderia, mas quando deu por si, a garota também ria.
- Eu sei. Tenho diabetes. [n/a: ok, essa foi pras meninas do niick HAHA³] – ele pareceu surpreso. – E preciso fazer exercícios físicos e expulsar a glicose do sangue, sabe? – ele tinha um olhar totalmente compreensivo. – Era o único jeito de praticar exercícios. E eu sempre gostei de ginástica.
- Isso é muito legal. – ele sorria, sincero.
- Então, vai assistir? – ele assentiu. – Ok, nos vemos por ai.
- Por ai onde? – estava preocupado com o que aquilo poderia significar.
- Não sei...
- Eu vou te procurar depois do jogo!
- Tudo bem. – ela ria, parecendo envergonhada.
- Boa sorte, .
- Divirta-se, .
O jogo parecia durar a eternidade e se perguntava se adiantaria mesmo ficar lá gritando para incentivar o time. Estavam com o placar em desvantagem e até e Colin McReave já tinham deixado a arquibancada para tomar um sorvete em qualquer lugar por ali. O jogo estava sem graça e os Filhos de Hércules estavam perdendo.
Mas Lizzie continuava insistindo e ela parecia prever o futuro, porque quanto mais o público gritava, mais o time se esforçava. Até que não teve outro jeito: os Ursos de Jersey tiveram que recuar porque os filhos de Hercules fizeram outro gol. O placar agora estava empatado e a força de vontade dos deuses era cada vez maior. Não demorou muito para que completassem outro gol e, finalmente, o jogo se desse por encerrado.
A quantidade de gritos foi ameaçadora. se perguntou se aquilo não poderia ser comparado aos gritos das fãs dos Jonas Brothers. Mas não... Definitivamente ali tinham mais gritos masculinos e nem tão histéricos. A garota agitou os pompons com gosto e se dirigiu à saída do campo. Sabia que àquela altura estaria longe, mas disse que a procuraria e por algum motivo ela estava inquieta.
- Arrasamos! – gritaram Lizzie e Joanne ao mesmo tempo. As três se abraçaram por longos minutos, até que Kayle e Sean as chamaram para sair.
- Vão fazer o que?
- Comemorar, é claro.
- Ok, eu vou indo para casa então.
- , eu não acredito. – resmungava Sean. A garota desconfiava que ele adoraria que ela estivesse por perto vinte e quatro horas por dia.
- É sério, eu preciso comer e tudo mais. Não gosto dessas coisas, vocês sabem, podem ir. – ela sorriu e se retirou, desistindo de procurar por e seguindo o caminho de casa.
- Onde a senhorita pensa que está indo? – ele perguntou ao avistá-la cabisbaixa saindo do campus.
- Para casa? – ela se virou, sorrindo amarelo.
- E quanto à mim?
- ... O que você quer fazer? – ela não perguntava sobre a noite, mas foi sobre isso que ele respondeu.
- Que tal um sorvete? – as sobrancelhas estavam levantadas e as mãos suspensas no ar, há cinco metros de distância. não podia negar que ele parecia impagável com aquela bermuda escura e a camiseta branca apertada que lhe definia os músculos. Ela respirou fundo, derrotada e quebrou o limite de espaço que havia entre os dois.
3 – Today I’ll break my promises to stay out of you.
Jonas sorriu vitorioso ao ver a garota se aproximar. Ela tinha um sorriso singelo e quando o alcançou passaram a andar juntos pela noite em direção à sorveteria e lanchonete mais próxima. Por coincidência o nome do lugar era Kabulando. [n/a: só pra dar créditos à lanchonete aqui do lado da MINHA universidade :D adoooro cabular no kabulando HAHA³ brinks, não façam isso, crianças!]
- Você estava me evitando ou era só má impressão? – ele perguntava com uma das sobrancelhas arqueadas. começou a notar que aquilo era um hábito.
- Na verdade não era má impressão. Eu estava te evitando. – ela riu receosa e ele riu encabulado. – Sabe, , podemos ser sinceros? Você atraiu bastante atenção na escola e tem uma pose bem arrogante sobre essa atenção. Quer dizer, você adora se gabar sobre isso... Não tente me contradizer! – ela alertou quando ele entreabriu os lábios para retrucar. – Você sabe que é verdade. Fica lá todo se achando com aquele monte de garotinha que nem ao menos sabe quem você é de verdade. Eu não gosto desse tipo de pessoa... Arrogante, sabe? Por isso te evitei mesmo. E olha só que coisa mais grosseira, quando eu não te dei atenção, você se interessou. – ela terminou revirando os olhos.
não tinha o que dizer, portanto permaneceu calado até o momento que se sentaram à mesa da lanchonete e resolveu matar o assunto desagradável e tratar do modo como tratava sua família. Como pessoas normais. Ele lhe lançou um sorriso agradável e maroto, entregando o cardápio a ela.
- Certo, você escolhe. E cuidado com a diabete… - ele riu. Estava extremamente acostumado com aquela frase.
- Certo. – ela ria. – Que acha de morango diet? – ela tinha uma expressão irônica.
- Perfeito! – ele tinha uma expressão ainda mais irônica. Riam enquanto juntavam-se para escolher algo melhor. Terminaram por pegar um grande sundae de baunilha e coco que tomaram juntos.
Enquanto se lambuzava com o sorvete, procurava fazer perguntas típicas à garota. Ele sentia que não precisava saber muito, mas, ao mesmo tempo queria saber tudo. Ela tinha um quê de inteligente com ar de popular que caia tão bem quanto seu uniforme branco e azul dos Filhos de Hércules.
- Time?
- Houston Texans.
- HOUSTON TEXANS? – ele parecia impressionado.
- Sim… - ela tinha até medo de perguntar o porque de sua irritação espontânea. – Por... quê? – preparou-se para o famoso escândalo masculino.
- EU TORÇO PRO DALLAS COWBOYS! – ela não conseguiu deixar de rir escandalosamente e parecia vermelho ela não conseguiria decifrar se de raiva ou vergonha. - Poxa… Estou deprimido, sério. Você parecia a garota perfeita para mim até dois segundos atrás. – ela ainda ria enquanto ouvia o garoto se explicar. – Mas, porque torce por um time do Texas, quer dizer, estamos em Jersey!
- Você também está em Jersey, não esqueça. – ele ria.
- Certo. Responda. Sabemos que eu entro em turnê diversas vezes, ok? Poderia torcer pelo Corinthians e estaria tudo ótimo.
- Quem? – ela se perdera pelo meio da frase. – Você entra em turnê? Como assim garoto não me disse que era um super astro! – ela tinha uma expressão tão incrédula que chegou a acreditar que ela não sabia daquilo por um segundo. Antes de rir escandalosamente junto com a garota.
- É sério, pow! Responde! Você é do Texas, não é? Seu sotaque não esconde...
- Quer dizer o que, Jonas? Que eu pareço caipira?
- Nada disso, . – ele estava na defensiva e ela aproveitou para encher o garoto.
- Como ? Já não disse que você não tem intimidade o suficiente pra isso? – ele podia perceber que ela estava bem nervosa, mas já fizera tantas brincadeiras pela noite que chegou a duvidar se aquela não era mais uma...
- Desculpa, .
Mas ela estava rindo novamente e ele não sabia como se comportar. Era tão diferente das outras garotas que ele conhecera. Ela simplesmente não se importava se ele iria ou não gostar dela. Não se importava se ele iria ou não escrever uma música para ela quando chegasse em casa. Ela nem ao menos se lembrava que ele era famoso ou algo do tipo. Sentia como se pudesse confiar a vida àquela garota e ao mesmo tempo não conhecia nada sobre ela. Era um sentimento estranho de descoberta, frustração e alegria ao mesmo tempo. Ele nunca sentira nada parecido e já tinha sentido muitas coisas nessa vida...
acordou no dia seguinte com uma preguiça fora do comum e por um segundo pensou que não lembrava da noite anterior até a bochecha formigar bem no lugar onde antes havia depositado um beijo de boa noite. Ela se lembrava sim e se sentia como se tivesse tido seu primeiro beijo ou coisas do gênero. Não gostava nem um pouco de admitir, mas, era um cara bem legal do tipo que com certeza estava bem difícil encontrar por ai. Mas ela não perderia o foco, afinal, ele era um grande astro e provavelmente largaria de seu pé na próxima semana já que vira que ela não estava nem um pouco a fim de beijá-lo. Certo?
Aquele pensamento pareceu bem certo o domingo inteiro e mesmo que ficasse martelando sua cabeça enquanto tentava cozinhar junto com Lizzie e Joanne e mesmo quando foi visitá-la e contar-lhe sobre o sábado com Collin. Aquele pensamento pareceu bem certo até mesmo na segunda de manhã quando ela teve a oportunidade de deixar seu uniforme de líder de torcida de lado e levar apenas o avental para a universidade. O treino do dia estava suspenso. Respirou aliviada ao pensar que teria uma tarde inteira para organizar os afazeres da faculdade.
Mas, aquele pensamento não pareceu mais certo quando ela adentrou os portões de ferro da Sir Jackson e a primeira pessoa que avistou foi Jonas. Ele mantinha os braços abertos pedindo por um abraço e um sorriso largo que ela ainda não conhecia. Sorriu encabulada e se aproximou, teria de ser no mínimo gentil.
Ela o abraçou com carinho e ele depositou um beijo suave em sua bochecha no mesmo lugar da noite de sábado. Não trocaram mais nenhuma palavra e gritou, chamando a atenção da amiga, sem perceber a companhia da mesma. A garota se aproximou desacreditando na cena.
- . – chamou. – Esse é o . , minha melhor amiga, . – ela os apresentou enquanto olhava boquiaberta a cena. Os braços de ainda estavam apoiados nos ombros da amiga.
- Ok... – ela respirou por um segundo. – Olá, . Sabe, eu acho que vou ter que roubar sua amiga, porque temos aula de laboratório agora e como somos monitoras precisamos arrumar tudo. – ela sorriu amarelo e puxou a amiga com leveza até as escadas de mármore.
mandou um breve aceno ao garoto antes de subir os degraus e ser bombardeada de perguntas de , que parecia inconformada com o acontecido.
- O que foi isso? Quer dizer, como você ficou tão amiguinha do astro, ? E porque ele tava te abraçando? Vocês ficaram? Sábado, não foi? Eu sabia!
- , se você for ficar adivinhando tudo eu não preciso contar, né?
- Anda, fala logo. – estavam quase adentrando o laboratório quando começou a contar cada detalhe de seu passeio com no fim de semana.
ficava ainda mais estupefata com a narração dos acontecimentos vinda de sua amiga e provavelmente não teria perdoado se ela demorasse mais tempo para contar-lhe.
- , a questão é que eu não estou virando amiga do Jonas, certo? Sou amiga do , sem sobrenome. Um cara normal que eu conheci do curso de Relações Públicas. Apenas. – ela respirou fundo.
- O fato de você não tratá-lo como tal não vai fazer com que ele deixe de ser super astro, você sabe disso, certo?
- Certo. – ela respirou novamente. Sua história já estava começando confusa.
Quando o sinal finalmente tocou e pensou que enfartaria. Não sabia o motivo, mas sentia suas pernas tremerem e o coração palpitar rapidamente. Esperou até que Lizzie desse o chamado para o início do treino junto com , ambas sentadas nos bancos de pedra ao redor do pátio aberto. O mármore branco da universidade brilhava sob o sol escaldante do dia e temia ter de usar os uniformes da torcida. Quando a garota sentiu que seu corpo finalmente se acalmara, aquela voz surgiu e fez o efeito enfarte voltar novamente.
- ! E !
- Oi, ! Senta com a gente. – não pôde deixar de lançar um olhar monstruoso para a amiga, mas a raiva passou logo que sentou-se ao seu lado e depositou seus lindos e carnudos lábios sobre a bochecha da menina.
- E então, o que fizeram?
- Exame de fezes. – respondeu.
- Aula prática, sabe? – a outra parecia desconcertada.
apenas ria enquanto as garotas lhe contavam como era nojento trabalhar com toda aquela merda, literalmente. Mas a conversa não se prolongou muito já que Lizzie e sua gangue chegaram fazendo o maior barulho possível. Dentre eles Joanne era a mais escandalosa, parecia querer chamar a atenção de qualquer maneira.
- Jonas! – a garota gritou, aproveitando o fato de estar vestida com o uniforme da torcida.
- Olá. – o garoto respondeu com entusiasmo, nunca se cansaria de conhecer os amigos de .
- Joanne Andrews, lembra? Você assinou meu uniforme antigo... – ela parecia bastante orgulhosa de si mesma.
- Lembro! É claro! – não conseguiu esconder o riso fraco de deboche já que não parecia fazer a menor idéia de quem se tratava.
- Já chega de lero-lero, certo? Vamos treinar! – Lizzie gritou, parecendo sã pela primeira vez. sentiu que poderia se levantar finalmente sem tropeçar nos próprios pés quando tirou seus braços de cima dela.
e seguiram o grupo até as arquibancadas. Parecia um lugar ainda maior visto de perto, mas, mesmo assim conseguia distinguir os olhos de sua garota onde quer que ela estivesse.
Enquanto dançava e era arremessada metros acima, pensava em quão ruim poderia ser se ela se tornasse amiga de Jonas. Afinal, não poderia fugir do fato de que uma de suas melhores amigas era vidrada no músico. Mas mesmo que ela quisesse, quanto mais ela se esforçava, mais aparecia em sua vida, então por que não poderia simplesmente tentar e deixar que o tempo lhe mostrasse se aquilo era insano ou não?
Por esse e outros motivos, não dispensou o garoto quando ele lhe chamou para sair. Provavelmente fariam algo comum e clichê, mas ela não se importava. Queria apenas dizer sim para qualquer coisa na vida e aproveitar o máximo, porque aquele garoto era incrível e parecia preencher todo o vazio que ela sentia desde que saíra da casa dos pais. Que mal faria se divertir e ser feliz um pouco, pra variar?
- Você já está abusando, ! – ela reclamava, enquanto sentia o braço do garoto mais uma vez sobre sua nuca.
Ele abraçava as duas amigas enquanto caminhavam juntos pelo pátio, cabulando aula pra variar.
- Qual é? Não custa nada, . Tenho certeza que você vai se divertir muito.
- Em um lugar enorme com pessoas estranhas e jogando um jogo que eu não sei?
- Isso! Qualquer lugar que a gente fosse só haveria pessoas estranhas, pode acreditar. E pelo menos no campo de golfe eu não sou assediado o tempo to... – ele deixou a frase por terminar ao ver a garota revirando os olhos mais uma vez. aprendera a notar quando ela fazia aquilo de brincadeira ou porque achava algo ou alguém realmente hipócrita.
- Eu sei, mas...
- Mas, o que ? Até eu estou me irritando! – se pronunciara em um tom quase agradável.
- Ta vendo? Até a te acha uma chatona, sabia?
- Se eu sou tão chata, , porque você quer sair comigo? – era irônico e sabia disso, mas, adorava provocá-la e parecia ainda mais divertido quando ela mantinha confiança total sobre si própria.
- Porque você é diferente. E eu quero muito te conhecer. – ele parecia sincero e ela sentiu medo de prolongar a conversa. – Além do mais eu sou o melhor professor de golfe do mundo! Eu vou te ensinar, sua baixinha encrenqueira!
estava a ponto de esmurrar o garoto devido à ofensa quando a amiga se prontificou.
- Ok, briguem, beijem-se, amem-se, comam-se. Eu to indo nessa. Colin McReave me pediu umas aulas, se é que vocês me entendem. Beijos nas mitocôndrias bebês, e não façam nada que eu faria! – se afastava cada vez mais do casal, até que mandou beijos para o ar e partiu de uma vez, obrigando a encarar os olhos castanhos que ainda ansiavam por uma resposta.
- Tudo bem. – ela se deu por vencida. – Mas vai ter que ser muito bom professor mesmo, porque eu sou um caos em esportes e nunca nem assisti a um jogo de golfe.
- Certo. – o sorriso do garoto era tão intenso e contagiante que o abraçou em um impulso.
- . Para casa, rápido! Hoje é o seu dia de fazer comida, esqueceu?
Joanne se aproximava do casal e não parecia nem um pouco feliz com tal cena. Seu olhar de deboche recaiu sobre , até que a garota acenou com calma para o moreno e se retirou sem mais nenhuma palavra. Joanne sorria convidativa para e não hesitou em chamá-lo para sair, mas tudo o que obteve foi um “pode ser” sem ânimo e com diversos tipos de interpretações.
4 – Everybody’s got to learn sometime.
- Você podia aproveitar enquanto a Jo está no banho e me contar sobre o garoto Jonas.
- Pára, Liz. Não é como se nós estivéssemos tendo alguma coisa, ok? Somos amigos!
- , as vezes parece que você não confia em mim!
- Essa não é a questão, Liz! – a garota terminava de prender os cabelos e se deitava sobre a cama arrumada. O barulho do chuveiro podia ser ouvido cobrindo a voz de Joanne que cantava alguma melodia esquisita que ela costumava ouvir.
- Essa é a questão, ! Isso é muito ruim, sabe? Você conta tudo pra , você pede conselhos à , você sempre confia nela. E parece que eu estou aqui apenas pra comandar a equipe da qual você faz parte. Os filhos de Hércules serão amigos pra sempre.
A garota se levantou depressa e se sentou ao lado da loira na segunda cama do quarto. Abraçaram-se forte e quase podia ouvir soluços da amiga enquanto ela tentava de tudo para disfarçá-los.
- Perdão, Liz. É só que… Ela sempre está do meu lado quando as coisas acontecem…
- Porque você sempre esta com ela, . Você nunca sai com a gente.
Lizzie tinha uma expressão derrotada e não conseguia encará-la tamanha sua vergonha. Queria poder dizer que a amava e que se arrependia muito de não passar mais tempo com ela, mas, Joanne tinha acabado de sair do banho e ela não teve coragem de pronunciar seus pensamentos. Beijou o topo da cabeça da amiga com carinho e voltou para sua cama, desejando boa noite às meninas e procurando algo diferente no que pensar.
A manhã seguinte pareceu chegar mais cedo do que o esperado e quando o famoso som estridente do despertador chegou aos ouvidos de , ela não teve escolha mais sensata a não ser levantar, apesar de seu imenso desgosto. Terça-feira não era nem um pouco animada. Tinha quatro aulas seguidas de química e seus neurônios sempre imploravam por uma cama.
Mesmo com a habitual preguiça de ir à universidade, obrigou seus pés a se moverem. Os outros habitantes da PAR só teriam aulas um período depois, portanto teriam a sorte que a garota não tinha. Ela tentou não fazer muito barulho enquanto se arrumava, mas Lizzie pareceu ter acordado também, ou nem ter dormido, já que seu rosto carregava olheiras escuras e a boca estava ressecada. Como uma boa bióloga, a amiga pegou água para a loira e sentou-se ao seu lado, procurando continuar a conversa que não tinham terminado na noite anterior.
- Você deve me achar uma grande piada, Liz. Mas eu realmente te amo muito. Só não saio com vocês porque temos gostos diferentes, vontades diferentes. Não curto as mesmas coisas que vocês e sempre que eu faço uma forcinha e te sigo nos programas malucos de sábado a noite, eu me arrependo. – tentava ao máximo ser sincera sem magoar a amiga, mas parecia uma atitude difícil. – Escuta, eu adoro você, ok? Muito mesmo. E não quero brigar e nem nada, sabe? Podemos deixar isso pra lá, Liz, por favor.
- Só se você me contar sobre o Jonas! – a loira ria e se sentiu aliviada ao vê-la mais contente.
- Ok, mas rápido! Eu tenho que ir pra aula!
- Então começa logo, cabeção!
- Sabe mesmo como fazer isso? – perguntava enquanto assistia recheando um cheeseburger com donut’s.
- Claro! Você vai amar.
- Isso parece nojento. – se pronunciava.
- Verdade. Eu não vou provar, ! – a garota resmungava desde o momento que ele propôs um novo tipo de sanduíche que segundo ele mudaria para sempre o paladar das duas.
- Vocês são muito chatas mesmo, sabiam?
- Nick, você é tipo um astro do rock que está nesse exato momento colocando farelo de donut’s dentro de um cheeseburger. Não é muito comum ver essa cena, sabe?
- , você tem que entender o espírito da coisa, ok? – o garoto esperou até que ela assentisse com a cabeça. – Eu sou um garoto antes de ser um rock star. E garotos fazem esse tipo de coisa idiota.
ria contagiantemente e seus olhos chegavam a brilhar tamanho orgulho sentia do moreno sentado em sua frente. Ele lhe lançou um olhar amigável e piscou uma vez, entregando o sanduíche para .
- Vai fundo!
- Isso amiga, to torcendo por você!
examinou a comida por alguns instantes e soltou um palavrão baixo antes de morder, com coragem, um pedaço relativamente grande. e esperaram e esperaram pela reação da garota. Chegou a ficar irritante uma vez que ela mastigava devagar e soltava murmúrios incompreensíveis durante o processo.
- E então? – parecia ansiosa.
- Diz que você amou. – parecia desesperado.
- Cara, é muito weird, sabe? Mas eu tenho que dizer... É muito gostoso! Experimenta, .
não precisou oferecer mais vezes, quando a habitual crise de risos passou, ela tomou fôlego e mordeu o sanduíche com vontade. Parecia comer algo tão excessivamente doce que chegava a parecer salgado. Era muito, muito estranho, mas, de uma forma gostosa e diferente. Sentia ainda mais prazer ao pensar em como fora humilde declarando-se um garoto comum.
- Ótimo. Nada mais a declarar, , é sua vez!
- Minha vez? – ele perguntou, alarmado.
- Claro! Você quem fez o sanduíche e ele está gostoso. Pode vender e colocar patente se quiser, sabia? – ria. – Anda, come logo!
- , não me desaponte. – reclamou quando a expressão do menino tornou-se de nojo.
- Tudo bem, eu vou fazer isso, ok? – ele se preparou mentalmente para sentir o sabor estranho do sanduíche, sabendo que suas amigas tinham aprovado tudo parecia mais fácil. Mas, quando Nick levou o alimento aos lábios e deu sua primeira mordida sentiu os pelos de seu braço se arrepiarem tamanho nojo que sentia. - Eca! – gritou de repente, alarmando as duas outras pessoas presentes.
- O que foi? – perguntou , chocada.
- Isso é nojento! É horrível, como puderam comer isso? Eca! – o garoto não conseguia se decidir entre falar ou rir da expressão alarmada das amigas. Elas pareciam ter gostado realmente do sanduíche.
- Tu é um fresco, . – furtou o lanche do garoto e se pôs a comer com tamanha urgência e prazer.
- Eca. – ele não conseguia parar de rir enquanto e saboreavam a comida.
Não pararam de conversar um minuto até que o sinal tocasse. não teve nenhum sinal de Lizzie ou Joanne durante o intervalo e se perguntou se as amigas teriam vindo à universidade. Não pôde refletir muito sobre o assunto porque Nick estava bem ao seu lado, tocando-lhe o ombro para chamar a atenção.
- Te vejo no sábado, baixinha? – perguntou com seu melhor sorriso sedutor. A garota apenas o observava, mordendo o lábio inferior em preocupação.
- Só se parar de me chamar assim. – respondeu, depois de muito pensar. apenas riu fraco com o comentário e depositou um beijo demorado na bochecha da garota, retirando-se em seguida do local.
- Eu não faço idéia do que vestir! – a garota estava quase em desespero enquanto procurava pelo guarda-roupa uma vestimenta apropriada. Não fazia idéia do que as pessoas usavam para jogar golfe.
- , se acalme, ok?
- Me acalmar, ? De que jeito! Você faria idéia do que usar?
- Por que está tão preocupada, afinal? Ele não é só o ? Seu “novo amigo”?
- Eu estou preocupada porque faltam trinta minutos pra ele chegar e eu estou de calcinha e sutiã no meio do meu quarto sem fazer idéia do que usar.
- E está fazendo drama! Porque esqueceu que tem uma outra amiga, mais uma vez! – dizia Lizzie entrando no quarto com uma blusa e meias em mãos.
- Desculpa Liz, mas, eu to enlouquecendo!
- Relaxa, ! Eu já cheguei e vou concertar essa bagunça, ok? , você pode me ajudar com isso, por favor? – a loira esperou que a outra assentisse surpresa e se voltou para a garota semi nua ao seu lado.
esperou até que Lizzie pedisse a todas as coisas das quais precisaria e entregou uma blusa de alças branca sem mais detalhes e as meias soquete. abria o guarda roupa do outro lado do quarto e pegava uma das saias de Lizzie que eram, por sinal, bem sensuais. esperou que o fato de ser mais baixa que a amiga ajudasse para que a saia não ficasse muito curta, mas, apesar de tudo, ela era muito bonita. Listrada em verde e rosa [n/a: inspirada na roupinha da Shar em HSM2 (diva tisdale)] com um pequeno lacinho branco do lado direito.
Finalmente Lizzie lhe entregou um par de tênis brancos e pediu que ela se vestisse. Não demorou muito até que estivesse quase pronta. Colocara um pequeno colar em forma de estrela e prendeu os cabelos em um rabo de cavalo mal feito. Respirou fundo antes de se examinar uma ultima vez no espelho.
- Liz, você é um anjo. Sério, nem sei o que dizer.
- Agarra o por mim e a dívida estará paga, amiga.
ria enquanto terminava de se maquiar e em seguida desceu as escadas junto com as duas amigas, esperando que não estivesse com muita raiva. Mas ela não precisou se preocupar, porque antes que ele tocasse a campainha ela abrira a porta, deparando-se com o maior sorriso que já vira no rosto angelical do garoto.
- Certo. Beijo na mitocôndria, bebê.
- Já sabem, né? Façam tudo que nós faríamos! – completou Lizzie, piscando para a amiga e voltando para dentro da casa com . achou a cena estranha por um momento já que Lizzie e nunca foram muito íntimas, mas deixou de se preocupar quando sentiu a mão quente e suave de sobre a sua.
- Devo me preocupar? – ela perguntou logo que o garoto sentou-se ao seu lado no banco do motorista.
- Com o quê?
- Sabe, só nos dois... Desconhecidos juntos em um carro. Você pode ser um serial killer de líderes de torcida.
O garoto apenas riu, imaginando que ela provavelmente ignorava o fato de que uma legião de fãs podia persegui-lo e aí sim teriam um problema. Mas, decidiu que se falasse aquilo receberia mais uma virada de olhar e ele não gostava nada quando ela o julgava como egocêntrico.
- Isso é tão estranho...
- O que? Eu estando com medo de você? – ela estava prestes a revirar os olhos, mas ele não permitiria.
- Não! O fato de estarmos saindo. Como duas pessoas normais. Como um casal de amigos que de repente sentiu vontade se passearem juntos. Eu gosto de ser seu amigo, .
A garota sorriu sinceramente, mesmo que desejasse inconscientemente que ele dissesse que não queria ser apenas seu amigo.
- A propósito, temo que ainda não tenha dito... – ele sorriu parecendo galante. – Você está maravilhosa.
- Obrigada, . Você também está bem bonito. Mas, se esse lugar é assim tão longe quanto eu estou pensando, acho que podíamos ouvir alguma coisa, certo?
- Ok, madame. Você é quem manda. – ele abriu o porta-luvas com calma e voltou a segurar o volante. – Tem uma diversidade bem bacana ai, fique à vontade. – ele sorriu.
passou a examinar CD por CD que encontrava dentro do compartimento. Sentia suas mãos formigarem cada vez que encontrava algo do qual gostava e aquilo aconteceu por diversas vezes. Elvis Costello, o dito cujo que sempre iluminava suas noites. Joanne costumava chamá-lo de velho gagá. Radiohead que Lizzie chamava de escandaloso e também Johnny Cash. Não pode deixar de sorrir ao ver que tinham mais em comum do que ela poderia esperar. Mas seu sorriso espontâneo não pode ser contido ao ver uma capa clara com três garotos fisicamente provados maravilhosos e o famoso símbolo que se seguia por toda a extensão da parede do quarto onde a cama de Joanne ficava. Jonas Brothers. Lines, Vines and Trying times. Ela não se conteve, queria ouvi-lo queria descobrir porque tantas garotas gostavam tanto. Não que nunca tivesse escutado, já que vivia ao lado de uma fã histérica, mas era diferente agora. Queria escutar.
- O que? Vamos ouvir esse? – ele perguntou segurando-se o máximo que pôde para não rir. era espontaneamente engraçada.
- Isso. – ela disse, simplesmente, colocando o disco no aparelho sofisticado do carro do garoto. World War III começou a tocar e ela não precisou de muito tempo para se acostumar com a voz e a melodia. – É divertido. Eu gosto dessa banda. – sabia que achava estranho quando ela fingia que o garoto ao seu lado era apenas um garoto como os outros com quem ela havia saído.
- Certo, vou te mostrar a minha música favorita dessa banda, pode ser? – ele sorria tão carismaticamente que ela assentiu, imaginando que provavelmente ele cantaria a musica inteira.
Pick up all your tears
Throw'em in your back seat
Leave without a second glance
Somehow I'm to blame
For this never-ending racetrack you call life
se sentia feliz, a música era realmente linda e lhe passava uma sensação confortável de melancolia e romantismo. Mas, com ao seu lado a sensação de romantismo driblava qualquer outro sentido.
Turn right
Into my arms
Turn right
You won't be alone
You might
Fall off this track sometime
Hope to see you on the finish line
You're driving all your friends out
You just be, you cannot follow
And soon you will be on your own
Somehow i'm to blame
For this never-ending racetrack we call life
Ele estava cantando junto com a música, sem muito sincronismo, mas, ainda assim, cantava. Esperava impressioná-la, mas ele não precisaria daquilo. Sentia pela primeira vez em sua vida que uma garota realmente se importava com ele e apenas com ele independente da quantidade de cd’s que ele lançou, independente do seu cabelo bagunçado naturalmente ou de suas roupas ultrapassadas.
Turn right
Into my arms
Turn right
You won't be alone
You might
Fall off this track sometime
Hope to see you at the finish line
- Sabe que pode confiar em mim, ? – ela pensou que estaria sendo oferecida ou até mesmo egocêntrica, mas sentia-se tão bem e feliz que não importava mais qual atitude tomaria. Ainda nem tinham chego ao destino do dia e ela já estava se declarando apaixonada.
- Eu sei, . É por isso que você está aqui comigo.
5 – for mates.
- Ok, eu nunca estive em nenhum lugar parecido. É lindo, ! – a garota sorria em aprovação. A enorme quantidade de verde parecia impressionar os olhos científicos da menina e sua sensibilidade para flores entrou em ação ao notar a quantidade de jardins que se formavam sobre as colinas do lugar.
- Vem, você vai adorar esse jogo. – ele ria, esperando que não se entediasse.
Mas, os receios de não duraram por muito tempo já que pareceu entender as regras e teve uma facilidade incrível com os tacos. dizia o que ela deveria fazer, entregava-lhe um taco e deixava que a garota o surpreendesse e a melhor parte era que ela nunca o decepcionava.
Estavam em uma colina praticamente plana que se seguia por quase um kilometro e pareciam estar sozinhos. A quantidade de pessoas era mínima e a probabilidade que de alguém reconhecesse o Jonas era nula. não podia estar se sentindo melhor. Os braços firmes do garoto estavam em sua cintura enquanto ele a ensinava a jogar.
- Não precisa de tanta força, . Deixa a mão leve, mas, seja precisa.
sentia a respiração do garoto sobre sua nuca enquanto ele lhe dava instruções. Sua voz penetrava os ouvidos da garota como se fosse uma canção de ninar especialmente para ela. Decidiu que não poderia continuar com naquela posição se não teria um grande problema para controlar seus impulsos.
Ela mirou o buraco mais longe de si e se concentrou para sua tacada final. Era óbvio que estava ganhando, mas, a diferença de pontuação não era assim tão grande. Estavam jogando há quase duas horas e ela achava que poderia passar o resto do dia daquele modo e não se cansaria, mas, a proximidade de estava incomodando. Esperou até que as mãos do garoto alcançassem as suas em volta do taco de ferro e mandou a bola para longe.
- Você é incrível garota! Não acertou essa por pouco. Estava mentindo pra mim! – ele a segurava pela cintura e girava com a garota em seus braços. Os pés da menina procuravam desesperadamente pelo chão.
- ! – ela ria. – Essa foi a pior jogada de todas, já chega.
- Certo. Mas, que você estava mentindo pra mim, estava! Ninguém consegue fazer isso sem pelo menos um mês de treino, mocinha.
- É sério? Olha minha cara, bobinho, eu nunca entrei em nenhum lugar como esse. – ela ria, socando o braço do garoto com a força de uma pena.
- Baixinha, eu trouxe algumas coisas interessantes, sabe?
- Não me chama de baixinha, ! Coisas interessantes?
- Isso. – ele ria. – Comida! Que tal um piquenique? Eles têm um lago incrível do outro lado do parque, a gente podia ficar por lá.
sorriu, radiante com a idéia. Parecia tudo tão perfeitamente romântico. Voltaram ao carro e pegaram a cesta e toalhas que levara e voltavam ao campo, dessa vez na direção contrária.
- Eu pensei que esse lugar não podia ser mais bonito!
- É lindo mesmo não é? Eu acho que esse tipo de passeio eu nunca tinha feito... Digo, chamar garotas para o campo de golfe. – o garoto ria. – É a primeira vez que eu texto essa... – pareceu refletir por um momento. – E eu achei uma ótima idéia. – levou mais alguns socos de e não resistiu ao abraçar a garota. – Baixinha estressada.
- Moreno egocêntrico.
Estavam sentados lado a lado em frente ao maravilhoso lago do camping onde dezenas de casais também se encontravam. Saboreavam bolo, torta e salgados da Dona Denise que fazia questão de lembrar que era sua mãe. Ele dizia que tinha os mesmos talentos da mesma, mas, duvidava.
- O que acha, ?
- Sua mãe é ótima, !
- Ah, qual é? Eu disse que fui eu que fiz esse bolo!
- Do mesmo jeito que fez o cheeseburguer com donut’s?
- O QUE? Você disse que estava gostoso! – o garoto ria, fingindo estar ofendido.
- Desculpa, não queria te magoar, . – ela ria. Mas, por um momento esqueceu a conversa que estavam tendo e sua graça.
- ... Por que você só me chama de ? Quer dizer, não acha que é um nome muito grande, não? E sabe que tem total permissão para me chamar de .
A garota riu com vontade antes de responder àquela pergunta. Tentava fugir do assunto sempre que alguém o introduzia, mas, estava se sentindo confortável demais para falar sobre aquilo com . Ela respirou fundo antes de mergulhar num profundo discurso sobre o apelido do garoto e o que ele representava, esperava ansioso pela sua resposta.
- Na verdade, eu prefiro continuar com o . Sabe, Jonas é um garoto famoso e cheio de fã clubes que está sempre ocupado tentando ser atencioso com as garotas e nunca olharia para alguém como eu. Então, prefiro pensar que o garoto com quem estou agora é apenas um garoto, sabe? Quero dizer, uma pessoa diferente que eu acabo de conhecer e sobre a qual eu não sei absolutamente nada. Uma pessoa que eu vou conhecer aos poucos, como um casal normal. Um garoto cujo manual de instruções não está escrito em nenhuma revista. Eu gosto de pensar que somos apenas e . E quero confiar em você.
queria muito dizer alguma coisa. Ele queria responder ao monólogo da garota à sua altura. Queria dizer o quanto ela era maravilhosa ao tratá-lo daquele modo e o quanto ele se sentia bem ao seu lado. Mas, ele não conseguiu colocar tudo aquilo em palavras em tão pouco tempo. Precisaria de um livro para explicar como se sentia e resolveu que um beijo diria tudo sem custar tanto tempo assim...
E então ele a beijou. Tão inesperada e desesperadamente que não teve tempo de reagir. Apenas se deu conta de que os lábios de estavam sobre os seus quando sentiu as mãos do garoto sobre sua nuca e a pressão de seus lábios para que ela o acompanhasse. E ela o fez sem pestanejar por nem um momento sequer.
Em poucos segundos o sangue da garota parecia ferver sobre suas veias. Ela nunca tinha provado tamanha sensação. Era o melhor beijo de sua vida e ela não tinha dúvidas sobre aquilo. Sentia-se tão eufórica por ter finalmente encontrado o famoso príncipe encantado e ao mesmo tempo tão confusa por se lembrar que aquela história de amor seria praticamente impossível que teve de obrigar seu cérebro a parar de funcionar e exigir que seu coração dissesse o que ela deveria fazer. E ele pediu que ela o tocasse da maneira mais gentil que romântica que pudesse pensar.
Os dedos de estavam entrelaçados sobre os cabelos finos da garota e as mãos dela estavam sobre a bochecha fofa e lisa do garoto. O cheiro da loção pós-barba invadia suas narinas, misturando-se ao perfume consideravelmente fatal do garoto. Não conseguiam pensar em mais nada que não fosse os dois e o gosto delicioso que provavam. Não saberiam dizer por quanto tempo beijaram-se até que seus lábios ficassem dormentes e fossem obrigados a se separar.
- Ual. – não teve muito tempo para pensar no que diria.
- Ual. – ele repetiu, sorrindo encabulado. – Esse foi o melhor beijo de toda a minha vida. [n/a: é verdade, quando a gente encontra O cara o beijo é sempre mto mto bom *-* a pior parte é ter que se despedir dele (autora sonhando&chorando)]
apenas ria, sentindo-se tão confortável que parecia estar ao lado de um melhor amigo de infância. Sentia-se viva, confidente, importante.
- Você também é um beijoqueiro de primeira mão, .
- Ok, eu já entendi sobre essa história do nome e tudo mais. Só que é estranho te ouvir me chamando assim o tempo todo. – deu uma risada baixa e mordeu o lábio inferior esperando que a garota concordasse.
- Ok. – para o alívio do garoto ela sorria. – . – ela sorriu ainda mais, sentindo as mãos do garoto unir-se às suas. Ele entrelaçou seus dedos e examinava cada sensação que aquele ato produzia em si.
- Também pode me chamar de amor se você quiser...
socou mais uma vez o braço do garoto com uma força um pouco maior que a esperada e ele fez uma careta que parecera linda aos olhos da garota apaixonada. Ela beijou a bochecha do moreno com carinho num silencioso pedido de desculpas.
- Baixinha.
- Estrelinha. – ela devolveu com um olhar de fúria. Mas, ao invés de uma careta de reprovação tudo que teve foi as mãos de sobre sua nuca novamente e os lábios do garoto vindo de encontro aos seus.
- O que você estava fazendo com Jonas? – foi a primeira coisa que Joanne perguntou quando adentrou a PAR depois de seu encontro extremamente romântico com o astro.
- Dá um tempo, Andrews. Ela estava se divertindo, ok? E parece que se divertiu bastante não foi... – Lizzie ria observando o estado emocional da amiga que suspirava, sonhando acordada.
- Você devia nos contar agora, certo, ? – pedia, unindo-se às amigas no hall de entrada da fraternidade.
- O que você ainda está fazendo aqui, ?
- Esperando você é claro! – ela respondeu como se fosse óbvio. – E fazendo cup cakes com a Liz.
- Ah, é verdade, eles ficaram ótimos, você precisa provar amiga!
- Pára tudo! – quase gritou. – O que está acontecendo aqui galera? Joanne ficou calada, passou um dia inteiro na PAR e Lizzie estava cozinhando?
- É, acho que todas nos contagiamos com essa atmosfera de mudança sabe? Como a mudança da que de repente está apaixonada... – cantarolava enquanto seguia um curso em direção a cozinha. e Lizzie a acompanhavam esperando que Joanne na fizesse o mesmo.
- Nossa, o cheio disso está realmente bom. – comentou , segurando um dos bolinhos e experimentando o chantilly. – E eu nem vou ficar aqui renegando meu amor platônico pelo Jonas e muito menos renegando o fato de que ele beija muito bem...
- COMO É QUE É? Você beijou ele? – as amigas gritaram.
- Muitas e muitas vezes... – a garota respondeu com um ar sonhador.
Elas riam enquanto saboreavam os bolinhos. não conseguiu parar para identificar o gosto de cada um deles ou até mesmo a cor. Só conseguia pensar em como estava feliz ao lado de .
Joanne por outro lado ouvia a conversa das garotas com rancor e inveja. Não podia se sentir mais humilhada.
- Saindo com o Jonas? Pelas minhas costas, ! Que tipo de filha da **** faz isso?
- Joanne, eu não...
- Cala essa boca! Não tem o direito de falar comigo. Sabia que eu gostava dele, sabia que eu estava a ponto de sair com ele e você se jogou como uma vadia em cima do MEU Jonas!
- O QUE? Não fala besteira, Joanne...
- Eu pensei que fosse minha amiga.
já tinha se retirado há algum tempo e Lizzie estava tomando um daqueles banhos que reprovava pacificamente devido ao desperdício de água e insulto à biologia do planeta. Ela procurava se deitar e dormir, mas, Joanne não cansava de bombardeá-la com perguntas e ofensas sobre ela e .
- Eu sou sua amiga. – ela respondia com a maior calma e inexpressividade possível.
- Não é não! Você criticou aquele garoto a sua vida inteira. Me ignorou quando eu tentei te apresentá-los, zombou da minha cara quando eu pedi um autógrafo, me ofendeu de todas as formas possíveis e agora como a amiga traíra que você é sai com ele! A única pessoa pela qual eu verdadeiramente me interesso.
- Pára, isso não é verdade, Joanne! – a calma a estava abandonando. Não conseguia conter-se tendo em vista as agressões da amiga. – Eu e o nos conhecemos por acaso e estamos nos conhecendo ainda. Gostamos um do outro e queremos ficar juntos, o que há de mal nisso afinal? Você só gosta dele porque canta suas musicas favoritas e tem um rosto bonitinho. Você nem nunca conversou com ele de verdade. Vocês não têm absolutamente nada em comum!
- Isso é o que nos vamos ver, . Eu quero que você se exploda junto com a e a Evans. Não dou a mínima. Você é uma traidora e eu não quero esse tipo de amiga. Vou ficar com a Amber se não se importa.
E então a morena se retirou de modo brusco do quarto, levando consigo a coleção de pôsteres dos Jonas Brothers e a velha colcha de casal que tinha o símbolo da banda dos irmãos. respirou fundo. Não era possível que Joanne estivesse fazendo tamanho escândalo por causa de um garoto. Ela sabia que a amiga estava exagerando, mas, não conseguia deixar de se sentir culpada.
estava chorando quando Lizzie deixou seu banho e a reconfortou com carinho. Não falaram nada porque sabia que Lizzie escutara a conversa que tivera com Joanne sobre sua relação com e apesar daquela atitude já ser esperada pela amiga, elas nunca pensaram que seria tão exagerada e complicada. não sabia o que pensar sobre aquela situação. Adorava , mas, Joanne era sua amiga há quase dois anos e seria injusto tratá-la com indiferença mesmo que ela não fosse a melhor das amigas.
6 – Don't let those petals fall…
- Bom dia flor do meu dia! – exclamava enquanto abraçava uma amiga desolada sentada em uma das mesas mais afastadas do pátio.
- Não sei se é assim tão bom viu...
- Nossa, ! Até ontem você estava radiante.
- O problema é que ela liga muito pro que as outras pessoas falam e pensam. – dizia Lizzie, intrometendo-se na conversa e sentando-se ao lado de .
- Ligo mesmo se essa pessoa se trata de uma das minhas melhores amigas.
- Grande amiga essa que não te apóia quando você encontra seu príncipe encantado.
- Certo. – concordava com a loira. – Nunca pensei que concordaria com a chefona das barbies, mas, é verdade.
- Ok, vou levar isso como um elogio, . – Lizzie sorria. Assentiu. – Mas, é sério , não se deixe abalar pela otária desmiolada que tem uma quedona pelo Jonas.
- Quem é que tem uma quedona por mim? – O dito cujo se aproximava com sua melhor expressão de anjo e cara-de-pau ao mesmo tempo. tinha um jeito estranho de se destacar e nunca pensara que um dia alguém como ele pudesse interessá-la. Mas, apesar de seus conceitos, lá estava ele, fazendo as famosas borboletinhas voarem em seu estomago. – Tomara que seja a . – ele finalizou, sentando-se ao lado de , do outro lado da mesa.
- Na verdade Jonas, estávamos falando de uma outra desmiolada. – não conseguiu não sorrir. – Mas, eu acho que a também tem uma quedinha por você. – Lizzie sorriu descarada.
- Quedinha não… Um tombo né, amiga?! – completou e sem mais nenhuma palavra Lizzie se levantou e puxou a amiga bióloga junto de si, desaparecendo pela multidão de alunos em seguida.
e finalmente se encararam. O garoto não precisou olhar duas vezes para notar que a menina estivera chorando. Ele se levantou de prontidão com um olhar preocupado e sem dizer nada lhe deu um selinho rápido, porém carinhoso.
A garota aceitou a carícia com prazer e pensou que talvez não devesse se lamentar tanto. Estar com era mais intenso e especial do que ela podia pensar. Ele a convidou para um abraço ainda sem dizer nada e lhe ofereceu um de seus fones de ouvido. Ela sorriu agradecida e colocou os fones sobre seu ouvido.
Oh oh oh oh
Plain white T’s estava tocando. não podia dizer em palavras o quanto gostava daquela banda. E estava ainda mais impressionada porque nunca mencionara aquilo para . O que dava um ponto a mais para o garoto por ter bom gosto.
There will be no rules tonight
If there were we'd break 'em
Nothing's gonna stop us now
Let's get down to it
Nervous hands and anxious smiles
I can feel you breathing
This is right where we belong
Turn up the music
estava cantando baixinho bem ao seu lado e não conseguiu resistir e deixou que seu rosto se abrisse em um sorriso, seguindo o garoto com a letra da música.
Oh oh oh oh
This is the dance for all the lovers
Takin' a chance for one another
Finally it's our time now
These are the times that we'll remember
Breaking the city sight together
Finally it's our time now
It's our time now
Aos poucos cantavam cada vez mais alto. já estava quase de pé e juntou os dedos para simbolizar seu microfone. A voz da garota não chegava à crosta que o garoto pisava, mas, ainda assim ela não se importava porque parecia não se importar, então cantava com toda a sua força ao lado do garoto.
This is more than just romance
It's an endless summer
I can feel the butterflies, leading me through it
Take my heart, I'll take your hand
As we're falling under
This is an addiction girl
Let's give in to it
Ele segurava em sua mão e abraçava sua cintura enquanto a garota se levantava e ficava frente a frente com o, agora oficial, príncipe de sua vida. tinha um sorriso maravilhoso no rosto e não pôde deixar de notar a pequena marquinha que se fazia em sua bochecha cada vez que ele sorria. Fechou os olhos com vontade e abraçou o menino com força enquanto ouvia ele cantando o refrão em seu ouvido.
Oh oh oh oh
This is the dance for all the lovers
Takin' a chance for one another
Finally it's our time now
These are the times that we'll remember
Breaking the city sight together
Finally it's our time now
It's our time now (Plain White T’s – Our time now)
Eles riam enquanto notavam o grupo de pessoas que os observava, confusas. Uniram seus narizes em um beijo de esquimó rápido.
- Preciso ir pra aula.
- É eu sei. – ele riu. – Eu também. Mas, te vejo no intervalo?
- Vou treinar. – ela parecia constrangida.
- E eu vou assistir. – ele sorriu vitorioso.
- Certo. Boa aula.
mordeu o lábio, completamente indecisa sobre como deveria agir, encarava o chão e sentiu os lábios macios do garoto pousar em sua bochecha, e lá eles permaneceram pelo que pareceu uma eternidade. sorriu involuntária e soltou as mãos do garoto, virando-se e seguindo para a sala apressada.
- Quero os relatórios sobre a curva padrão de permanganato de potássio na próxima aula e não vou aceitar trabalhos atrasados, entendidos? – a professora falara por uma eternidade e estava começando a pensar em dormir quando ela finalmente resolveu finalizar a aula. Deu uma olhada rápida para sua folha de relatórios e descobriu que já fizera a tal curva padrão de KMnO4. Entregou o relatório com sutileza à professora e estava prestes a seguir em seu caminho para fora da sala quando ouviu ela lhe chamar.
- Te encontro lá em baixo! – esperou que descesse e se virou para encarar a professora.
- Querida, eu queria te pedir um grande favor. – apenas a encarava esperando pelo que viria a seguir. A professora de bioquímica prática tinha mania de cogitá-la para todo o tipo de trabalho: monitoria de atividades práticas, preparação do laboratório, soluções com ácido. A garota não reclamava e nem poderia, era proveitoso demais poder trabalhar com a professora e adquirir cada vez mais experiência. – Este fim de semana irei com os alunos do primeiro ano à Atlantic City, vamos examinar ph da água do mar, salinidade e essas coisas... Queria que você viesse comigo e me ajudasse. – ela sorria tão carinhosa que sabia que não poderia dizer não.
- Claro, professora. Seria um prazer.
- Obrigada querida, não sei o que seria de mim sem você.
Depois de diversos agradecimentos retirou-se pronta para ouvir uma grande bronca de Lizzie já que teriam treino especial para o campeonato estadual de líderes de torcida.
- ATLANTIC CITY? , você ficou louca? Vai ficar fora o fim de semana inteiro! Preciso de você para os ensaios. – como imaginara, Lizzie ficara furiosa.
- Liz, perdão. Eu não posso recusar, são oportunidades incríveis de conhecimento.
- Podia dar uma oportunidade pra sua amiga também, não é?
- Sim, mas, a prefere biologia molecular...
Lizzie bufou, derrotada.
- Ok, mas, por favor, quando você voltar vai ter que se esforçar em dobro para não ficar perdida, ouviu?
- Certo. – sorriu, agradecida.
- TIME, PARA A QUADRA, AGORA!
notou que Joanne não se juntara ao time, mas, não estava com paciência para brigar com a garota no momento, então, esperou que Lizzie lançasse a ela seu olhar intimidador (que era realmente assustador) [n/a: isso me lembra Harper /hmm IUHADIUHADSUIHAS] e nem um segundo a mais a garota já estava seguindo as amigas. A garota também não deixou de notar e conversando na arquibancada enquanto esperavam a torcida chegar. Os dois acenaram simpáticos para ela e Lizzie e prepararam-se para assistir o treino. não podia sentir mais vergonha do que usar aquelas mini roupas na frente do Jonas, mas, teria ela outra escolha?
- Mas, você não pode recusar, ?
- Até poderia, , mas, seria injusto. A professora me chamou com toda consideração e tals...
- É mas também seria injusto deixar a torcida na mão.
- Desculpa, Lizzie, mas, não é a torcida que vai pagar minhas contas quando eu me formar. Além do mais, são apenas dois dias, vocês não vão morrer de saudade... – reclamou, brincalhona. Grande parte de queria ficar e treinar com as amigas, mas, a outra parte curiosa, enxerida e natureba da garota não deixavam que ela se afastasse da biologia.
estava calado desde que a garota lhe contara sobre a viagem. As amigas continuavam procurando maneiras de fazê-la desistir e surpreendeu-se ao ver no meio da conspiração. Mas, a amiga dissera que não teria problema largar um pouquinho os estudos já que o time estava em fase final de campeonato.
- E você, Jonas, o que acha? – Lizzie perguntou, fazendo com que soltasse um suspiro cúmplice. Queria fazer a mesma pergunta, mas, sentia-se envergonhada.
- Você vai poder sair à noite em Atlantic City? – ele respondeu com uma nova pergunta, agora direcionada à garota sentada na arquibancada ao seu lado.
- Na verdade não sei. Mas, provavelmente não. Não se você não quiser. – atreveu-se a falar, como se tivessem algum tipo de relacionamento e arrependeu-se instantaneamente. sorria, amigável.
- Seria uma pena. Você poderia conhecer meus pais e meus irmãos, sabe... – seu sorriso aumentava enquanto os olhares das meninas ficavam cada vez mais confusos. – Porque vamos fazer um show em Atlantic City nesse mesmo fim de semana. – agora o garoto parecia radiante. Sorria escandalosamente e abraçava a cintura da garota sentada ao seu lado, que não conseguiu mover um músculo, estupefata.
- Ual. – foi só o que as outras duas conseguiram exclamar.
- Então, Liz... Podia me ensinar alguns desses movimentos, né? Vai que eu entro pro time e ai você pode me apresentar os seus atletas bonitões... – dizia , enquanto afastava-se discretamente com a loira ao seu enlaço.
e se entreolharam por alguns instantes até que a garota desviou o olhar, completamente enrubescida.
- Então... O que você acha?
- Conhecer os seus pais, ?
- Querida, você devia ter medo é dos meus irmãos. Principalmente o mais novo. – ele ria, ajudando para que o coração de acalmasse um pouco.
- Ok, acho justo. – ela pensou por alguns instantes. – E como nos encontraríamos?
- Ah, eu posso pedir pra alguém ir te buscar no hotel, o que acha?
- Tudo bem, . Mas, não estou me sentindo confortável, ainda assim.
- Sabe, esse é um momento que você pode se castigar por não ser uma fã de Jonas, se fosse saberia que não há o que temer!
Ela sorriu ainda encabulada e ele a abraçou com carinho. Depositou um pequeno beijo nos lábios macios da garota enquanto ela tentava assimilar o que seria de seu fim de semana. Não demorou muito para que entrelaçasse seus dedos nos dela e a acalmasse sem dizer palavra alguma.
- Eu até posso pesquisar algumas revistas que a Joanne deixou lá no quarto, se você quiser... – ela agora ria, mais descontraída, levantando-se junto com o garoto e seguindo, de mãos dadas, para o pátio da Sir Jackson.
O garoto ria, beliscando com carinho, se é que esse gesto pode ser considerado válido, a bochecha da garota. Pararam na base da escadaria de mármore da universidade e encararam-se por alguns segundos até que aproximou seu rosto da garota, encarando cada vez mais de perto aqueles olhos brilhantes. Beijou-lhe os lábios com carícia e ternura, sem desespero e pressa. Encarou-a por fim e disse, com o fio de voz que ainda lhe restava:
- Quer jantar comigo amanhã depois das aulas?
respirou fundo, deixando que o perfume do garoto invadisse suas narinas até que as mesmas ardessem e respondeu em um sussurro:
- Tudo bem. Às oito. E eu odeio atrasos. – soltou as mãos do garoto e virou-se de costas, subindo as escadas sem olhar para trás em uma tentativa, em sua opinião frustrada, de ser misteriosa e sensual.
Ele sorriu, abobalhado, enquanto tentava digerir a idéia de apresentá-la aos seus pais. Seria um passo e tanto e ele sabia que não seria muito fácil para a garota, mas, queria mais do que tudo que ela fosse sua garota, sua namorada e não podia fazer o pedido sem antes apresentá-la à sua família!
Voltaram às ultimas aulas do dia com um entusiasmo elevado. podia não saber muito sobre os fabulosos Jonas Brothers, mas, sentia que conhecia o suficiente para saber que ele não era ágil, prático e superficial em seus relacionamentos. E lhe parecia que a família era a parte mais importante de sua vida. E se ela estava definitivamente apaixonada por ele, conhecer a sua família era essencial. Era só não podia prever o quanto sofreria até encontrá-los.
7 – You'll cry alone and nobody will see you through
Eram vinte para as oito e ela já estava pronta. Sabia que estava sendo precipitada e entregando seu coração de bandeja para o garoto que antes julgou como hipócrita esnobe. Agora estava perdida porque ele já a tinha totalmente em suas mãos e se resolvesse magoá-la o faria com uma facilidade incrível. odiava estar apaixonada dessa forma porque sabia o quanto era dolorido quando o sonho se desfazia. Ela poderia pensar em mil formas disso acontecer dessa vez. Ainda mais com sendo uma grande estrela, tudo se tornava ainda mais vulnerável. Mas, mesmo sabendo de todas as consequências e riscos de seus sentimentos ela não os impedira de crescerem cada vez mais. Era quinta a noite então todos os membros da torcida estavam na fraternidade. Ela lembrara à Lizzie sobre seu encontro para evitar que Joanne abrisse a porta quando chegasse. Não seria uma cena nada agradável.
Resolveu desperdiçar os vinte minutos que lhe restavam fazendo as malas para a viagem no fim de semana. Colocou uma grande quantidade de roupas na mala tamanha sua indecisão sobre o que vestir quando fosse encontrar e sua família no show. Ela mal sabia como alguém deve se vestir para ir a um show. O mais perto disso que estivera foram os rodeios no Texas. E bailes escolares, mas, esses ela sabia que eram uma exceção para trajes a rigor. Seu avental de laboratório (acessório indispensável para qualquer cientista), seus utensílios básicos de higiene, algumas jóias mais delicadas (não queria parecer vulgar ou esnobe para os pais de ) e mal pode terminar de decidir qual dos dois anéis levaria quando ouviu a campainha. fora realmente pontual.
A garota desceu a escada aos pulos e pediu que Lizzie deixasse que ela atendesse. Por mais que tentara esconder, Joanne estava na sala e não pode deixar de notar quando a amiga saiu trajando um elegante vestido púrpura até a altura de suas coxas e a sandália de salto alto preta, provavelmente não seriam roupas para sair com sua amiga bióloga ou com qualquer outro amigo da torcida.
- Boa noite. – a garota exclamou sorridente ao se deparar com vestido socialmente (e elegantemente) com um sorriso calmo e sincero no rosto a observá-la. Esperou por alguns segundos até que o garoto voltasse a si e a respondesse com o rosto corado de vergonha.
- Você está Linda, .
- Obrigada, . Agora podemos ir? Joanne está me vigiando… - ela fez careta, fechando a porta atrás de si e entrelaçando seu braço junto ao do garoto.
Ele a conduziu com calma, respeitando o fato de a garota usar salto alto, e abriu a porta do mesmo carro negro no qual ela já andara uma vez. Ela se acomodou com graciosidade no banco e esperou até que entrasse e desse a partida no motor.
- Eu adoro garotos que usam terno. – disse, sincera, apenas para tentar quebrar o silêncio que sempre a incomodava. Ele sorriu reluzente deixando que o brilho de seus dentes se fizesse visível e tocou a mão da garota com delicadeza.
- Eu adoro você. – exclamou em um pedido silencioso para que se aproximasse. E ela o fez, sem delongas, antes que ele pudesse pisar no acelerador e levá-los rumo afora.
Enquanto seus lábios uniam-se aos da garota, pensou ter ouvido um grito. Mas, seus sentidos estavam em completa sintonia com a garota a sua frente e ele não se deu ao trabalho de examinar o som. Ainda segurando a mão da garota pôs-se a dirigir pela cidade em busca do restaurante mais apropriado para levar uma dama como .
- Violino. – estavam sentados no lugar mais lindo que podia imaginar. O restaurante era enorme e diversos lustres de madeira pendiam sobre o teto alto. Era extremamente sofisticado e ao mesmo tempo rústico. Mas, o que mais chamara a atenção da garota fora o enorme jardim que se estendia pelo salão.
- Violino? Jura? Imaginaria pra você algo como bateria, ou, sei la… - ria, tentando entender o que tornava aquela garota tão especial para ele.
- Porque? Bateria? ! Ta me chamando de barulhenta? – ela reclamava. Ele acabara de perguntar que instrumento ela gostaria de aprender.
- Não, ! – ele tentava se explicar. – Sabe, a bateria chama a atenção. E a música depende dela, sabe, é a chave das melodias. – e estava tendo êxito, porque a garota se maravilhava cada vez que ele abria os lábios para dizer alguma coisa.
- Você é um perfeito idiota. – ela ria, tentando se desvencilhar do sentimento de conforto e alvoroço ao mesmo tempo. – E mesmo assim eu continuo aqui ao seu lado, dá pra compreender?
- Dá sim. Eu também te acho uma baixinha teimosa e respondona, mas, estou aqui contigo, certo? – ele se arrependeu das palavras logo que notou o olhar mortal que ela lhe lançava.
- Você vai pagar a conta sozinho hoje! – ela reclamou, mostrando-lhe a língua e rindo em seguida, sem controlar a enorme vontade que tinha de acariciá-lo.
Enquanto sorria admirando cada traço do rosto da garota ela aproveitou e segurou sua mão, enrubescendo. acariciava os dedos da garota e o silêncio já não os incomodava mais. Ele passou a língua pelos lábios com suavidade a fim de diminuir a sede que tinha de beijá-la até o fim da noite. Eram pensamentos pervertidos e ele não podia deixar-se levar tão facilmente. Mas, mesmo que tentasse com todas as forças que possuíam nem , nem agüentavam ficar por muito tempo longe um do outro. Estavam, como um típico casal apaixonado, o tempo todo se tocando, se experimentando.
não pôde controlar seus instintos ao ver o ato de desespero do garoto. Os lábios carnudos, macios e agora molhados do garoto a entorpeciam. [n/a: n.a’s nessas horas é broxante, eu sei, mas, tenho que falar Niick-lábios-carnudos ME DOMINA ! muito secsie tsc tsc] Ela se aproximava involuntariamente cada vez mais, qual não foi sua surpresa ao sentir a ponta dos dedos do garoto tocarem-lhe a bochecha com carinho. Sorriram, totalmente entregues e já podiam sentir a respiração um do outro quando um terceiro personagem adentrou a cena.
- Estão prontos para fazer o pedido? – o garçom perguntou, sua prancheta eletrônica em mãos e um sorriso satisfatório por estar atendendo alguém famoso.
- Claro. – respondeu , tentando parecer mais simpático. ruborizou-se e tentou se esconder atrás do cardápio enquanto o garoto informava ao homem seus pedidos.
- Obrigado. – disse, por fim, e entregou o cardápio ao intruso. Eles se olharam aborrecidos por alguns segundos e, então, inesperada e desesperadamente começaram a rir.
- Que vergonha. – a garota exclamou, tentando conter os soluços de sua risada, sem muito sucesso. ria sem controle e a garota parou de respirar ao notar quão lindo ele ficava quando sorria. – Sabe, não vejo você rir muitas vezes, senhor drama...
- Isso porque você é uma baixinha invocada que não entende a minha intensidade. – a frase soaria arrogante se não tivesse reproduzido-a em meio a risos.
- Baixinha invocada? – fingia indignação. – Não sou eu que faço sanduíches nojentos.
- Como assim, você disse que tinha gostado! – tinha uma expressão alarmada.
- Claro, meu amor. É preciso dizer essas mentirinhas para os homens as vezes. Se não, eles se rebelam e resolvem que nunca mais vão matar baratas pra nós. Então, seria o fim do mundo. – Ela tocou o ombro do garoto por um instante e já estavam rindo novamente.
Enquanto esperavam que o pedido chegasse tinham conversas tão inocentes e inúteis como aquelas, que ao mesmo tempo trazia uma confiança sem controle para os dois. sentia que podia contar-lhe todos os seus medos e decepções sem hesitar enquanto percebia, havia muito mais sobre o garoto do que as linhas das páginas de revistas que Joanne lia.
- Isso é incrível.
- O que é incrível, gênio? Ai, ai, esses músicos são bipolares demais... – ela fazia careta, revirando os olhos enquanto apenas sorria.
- Quer dizer que você já saiu com muitos músicos?
- Vários! – ela fazia gestos exagerados com as mãos enquanto segurava o riso. – Não te contei sobre o Archuleta? E os Justins?
- Os Justins?
- Claro, meu amor. Foram dois, o Bieber e o Timberlake. E teve também aquele moreninho esquisito… Como é mesmo o nome dele? Ah, sim, Joe Jonas!
- Mas, esse é meu irmão! – já não conseguia esconder o sorriso maroto que se formava em seus lábios. Os olhos da garota brilhavam com uma intensidade inexplicável sobre a luz do restaurante.
- Exatamente. – ela concordou com a maior expressão sem vergonha que pôde conter. E riu escandalosamente quando tascou-lhe um beijo estalado na bochecha.
- Você é linda. Não me admira que todos esses caras tenham te paquerado... Se não fosse sua rebeldia para com músicos egocêntricos eu teria acreditado... – ele a abraçou pelos ombros, sem conseguir manter-se afastado dela por muito tempo.
- Ah, não, ! Isso é covardia! Um restaurante lindo, com esse jardim perfeito aqui na frente, esse seu sorriso de trinta e dois dentes brancos e brilhantes e ainda mais elogios?
sorriu ainda mais e assentiu com um gesto de cabeça. A garota corou instantaneamente e sentiu o hálito do garoto se aproximar do seu rapidamente.
- Vamos fazer isso logo antes que alguém nos atrapalhe? – ele brincou, piscando sensualmente para a menina.
- Certo... – ela respondeu em um sussurro, antes de sentir os lábios macios do garoto se unir aos seus mais uma vez. E a sensação era exatamente a mesma. se perguntou se algum dia, quando a beijasse, ela deixaria de sentir as pernas tremerem e a barriga congelar de repente. Chegou à conclusão que a sensação só aumentaria...
A língua do garoto procurava insistentemente pela sua e sua mão depositou-se sobre a cintura da garota, acariciando-a com as pontas dos dedos. finalmente conseguiu mover seus músculos e agarrou o cabelo do garoto com a maior sutileza que pode e notou um sorriso involuntário nos lábios de . Quando finalmente se separaram com um selinho demorado notaram a presença insistente do garçom ao lado da mesa com um sorriso encabulado e uma jarra de suco em mãos.
Passaram o resto da noite fazendo piada sobre a cena vergonhosa e mantendo-se o mais unido possível, o que não era muito fácil já que estavam sentados. Ao final da refeição acompanhou a garota até o grande jardim do lugar e observou deslumbrado enquanto ela repetia o que aprendera em aula para ele. Sobre como as plantas conseguem sobreviver mesmo na sombra e sobre como as plantas mais altas tinham uma coloração mais clara... podia não estar entendendo nada, mas, ainda assim era fascinante ouvir a garota falar.
Quando o casal finalmente se separou de mais um beijo, desta vez dentro do carro já estacionado na frente da PAR, notaram que uma pequena fresta de luz emanava da janela da sala e previu que Lizzie estava à sua espera. Despediu-se de e adentrou a casa procurando não fazer muito barulho. Mas, a tentativa foi inútil porque logo uma voz fina e nervosa preencheu o espaço.
- .
não precisou ouvir muito para notar que a voz era de Joanne e vinha direto da cozinha. Ela a seguiu procurando manter a calma. Estava claro que a última coisa que a morena pretendia era fazer as pazes.
- O tem um carro lindo, não é? – ela continuou, assim que a amiga adentrou a cozinha. – O meu sonho era entrar naquele carro.
- Jo, não quero brigar hoje, certo? Podemos deixar essa conversa pra amanhã? – a menina procurou ser simpática, com muito esforço já que Joanne mantinha um olhar assassino sobre ela.
- Não, ! Eu quero conversar agora! Eu odeio você e toda essa sua cara de anjo simpática enquanto me trai e me esfaqueia pelas costas. “ Jonas, credo Joanne, vai ouvir alguma coisa descente!”. “Porque você gosta tanto desses cabeludos, Joanne?”. “Deve ser um arrogante metido a superestrela...” E eu fui tão burra de não ter notado seu joguinho, tão burra... – a garota parecia travar uma luta consigo mesma.
apenas mantinha-se calada, pensando que talvez a amiga tivesse mesmo razão. Ela subestimara e julgara de uma forma irracional. Odiava injustiças e tinha feito exatamente aquilo com o garoto pelo qual ela tinha quase certeza estar apaixonada. Joanne segurava um enorme papel dobrado que parecia ter sido amassado algumas vezes. A morena caminhou até a porta onde ainda estava parada, estática.
- Eu tenho um presentinho pra você. – entregou-lhe a folha dobrada. – É pra te consolar quando eu provar pro quão falsa você é. Pra te consolar quando ele for meu. – a calma da garota enquanto dizia isso assustou ainda mais que imaginou o que aconteceria se retrucasse as acusações. Preferiu não testar.
Joanne saiu da cozinha em passos largos, deixando para trás a folha, a amiga e uma promessa silenciosa de vingança. não queria admitir, mas, estava apavorada. E mesmo que Joanne não tivesse motivos para incriminá-la, mesmo que Joanne ainda fosse a garota doce que era a um mês atrás, ela já não era mais sua amiga.
começou a desdobrar a folha com cuidado, de tão amassada ela poderia se rasgar a qualquer momento. Quando finalmente as quatro dobraduras estavam desfeitas ela pode concluir, era um pôster de e seus irmãos. Um dos favoritos de Joanne. Eles tinham expressões sérias e ao mesmo tempo sensuais. Ela examinou a foto por alguns segundos e voltou a dobrá-la, subindo para o quarto e rezando para que Lizzie estivesse acordada.
8 – Gonna fly with me now
- Credo, a Joanne é má!
- Ela não é má, … - explicava Lizzie. – Ela está magoada.
- Então, eu estou mesmo errada… - completava.
- Não, ! Você só está apaixonada, ela tem que entender! Só porque ela é fã dele quer dizer que nós nunca poderemos nos aproximar?
Estavam sentadas no pátio da universidade esperando pelo sinal de início das aulas. e Lizzie ainda usavam os uniformes da torcida, já que tinham treinado por quase duas horas antes de sentar ao lado de no pátio.
- Por que sempre que eu apareço tenho certeza que vocês estão falando de mim? – perguntava , aproximando-se da mesa, sorridente.
- Convencido… - murmurava enquanto o garoto acomodava-se ao lado dela.
- É porque estamos falando de você, super astro. – completava , mostrando a língua para o menino.
- Ual. Que recepção.
- Bom dia, lindo. – disse, procurando acalmá-lo. Ele apertou as bochechas da garota e selou seus lábios por alguns segundos. Entrelaçaram os dedos e viraram-se para as outras duas que dividiam a mesa.
- E então, o que diziam…
- Nada muito importante, . Vamos deixar esse assunto pra lá. – Lizzie respondeu, e agradeceu a amiga mentalmente por aquilo.
- E então… É hoje que você vai nos abandonar, né? – perguntou, dirigindo-se à .
- Isso… - ela respirou fundo. Em menos de vinte e quatro horas estaria conhecendo a família de e aquilo era ainda mais perigoso do que enfrentar Joanne.
- Nós cancelamos os treinos do fim de semana, vai ser impossível fazer a coreografia sem você...
- E o que houve com a tentativa de ensinar a , Liz?
- Ela é muito dura. – Lizzie ria enquanto esboçava uma expressão inconformada de incredulidade.
- Ah, eu também te amo, Evans, obrigada.
- É brincadeira, zinha… Você é linda e mole – ela riu. – Mas, foi você mesma que desistiu. – mostrou-lhe a língua enquanto a outra assentia com a cabeça.
- É, minhas amigas são loucas. – cochichava no ouvido de , esperando que as amigas não ouvissem.
- Ouvimos isso, ! – as duas gritaram, apontando o dedo para a outra. apenas ria assistindo a cena, eram as garotas mais normais que ele já conhecera na vida e estava bastante ansioso pelo fim de semana.
No final do período se encontrou com as amigas e para se despedir. O ônibus [n/a: eu não faço idéia se é possível ou não chegar em Atlantic City de Jersey por ônibus, mas, vamos ignorar esse tipo de erro, ok? :D] que levaria os alunos do primeiro ano para Atlantic City sairia da Sir Jackson às duas da tarde. aproveitara o intervalo de aulas para buscar suas malas e colocá-las no ônibus junto com a bagagem da professora de bioquímica.
- Oun, vou sentir sua falta. – Lizzie reclamava, abraçando a garota.
- Liz, é só um fim de semana.
- Na verdade, são quase três dias, . Hoje ainda é sexta... – filosofava.
- Certo… Eu vou sentir falta de vocês também. – deram um pequeno abraço em grupo e finalmente se virou para que mantinha um sorriso infantil no rosto e as mãos enfiadas nos bolsos de sua calça skinny escura.
- Você anotou o endereço, certo? – ela perguntou, com a pequena fagulha de esperança de que o endereço pudesse estar errado. Estava apavorada com a questão família. Ouviu dizer que os Jonas eram unidos e completamente amorosos, mas, e se não gostassem dela?
- Anotei, baixinha. O carrot te pega às sete. E depois você janta com a gente.
- Certo. – ela respirou fundo, amedrontada e abraçou o garoto com toda a força que juntou. – Então, até amanhã, . Tchau meninas! – acenou para as amigas e seguiu universidade adentro procurando pela professora.
- Acham que ela vai sobreviver até lá? – perguntou, ligeiramente preocupado.
- Não. – as duas responderam em coro.
- Ual. E o que a assusta tanto, gente? Quer dizer, não sou eu, sou?
- … zinho do meu coração... – Lizzie começou, aproximando-se dele e colocando uma de suas mãos sobre seu ombro. – O que está pensando nesse exato momento é:
- Será que eles vão gostar de mim? – completou a loira. As duas tinham uma relação estranha e divertida. Pareciam irmãs... lembrava de si mesmo e seus irmãos quando as via fazer coisas daquele tipo.
- Então sou mesmo eu… - ele ficou pensativo.
Ficaram se encarando por alguns segundos até que teve a explosão de idéia mais maluca de sua vida e também a mais genial. Chegou a pensar em como uma mente tão brilhante como a sua não tinha pensado naquilo antes... [n/a: mente brilhante, sei sei... UASDUIHADSUH brink’s]
- Hey! – ele praticamente gritou, assustando as garotas que agora o olhavam aflitas. – Porque vocês não vêm também? Você já não tem mais ensaio mesmo, Liz. Podem vir comigo e fazer uma surpresa pra ela. Talvez ela não fique tão nervosa com vocês lá...
- , você é brilhante! – exclamou Lizzie, apertando as bochechas carnudas do garoto e dando pulinhos de satisfação.
- Ah, não… Eu tenho muitas coisas pra estudar…
- , pode parando! – reclamou Lizzie. Mas, a amiga continuou com uma expressão negativa. A loira respirou fundo e colocou as mãos no ombro da garota assim como fizera com instantes antes. – Anda, ... A gente vai conhecer os Jonas Gatos! – os olhos da loira brilharam e riu com o comentário.
- Ei, vocês já me conheçem… - dizia , com ar superior.
As meninas reviraram os olhos simetricamente e de novo sentiu como se elas fossem uma só.
- Eu disse gatos, … Não sapos! – retrucou Lizzie piscando para o garoto que fazia cara feia.
- Pelo menos eu viro príncipe quando a sua amiga me beija. – e soltou um sorriso infantil que faria querer pular em seu pescoço. Mas, aquilo não funcionava tão bem com Lizzie e ...
acabara de adentrar o quarto do hotel que ela, por sorte, não dividia com ninguém. Fizera a contagem dos alunos e ajuda a professora na organização da turma de cinquenta alunos durante o vôo e na divisão de quartos. Estava exausta, faminta e sonolenta. Adentrou o banheiro do aconchegante quarto do hotel, que era bem simples, mas, o suficiente para passar o fim de semana de modo aconchegante. Tomou um banho quente e pediu um sanduíche na lanchonete do hotel. Enquanto saboreava o sanduíche com bastante molho (precisaria aproveitar o tempo que passava longe de Lizzie) ouviu o toque estridente de seu celular e fez uma nota mental para trocar a música imediatamente.
- Alô. – atendeu, com a voz embargada por culpa da comida.
- Baixinha... – a doce voz de soou em seus ouvidos e ela imediatamente se sentiu mais calma.
- ! – tentou parecer centrada, sem muito sucesso já que sua voz soou empolgante.
- Nossa, será que posso dizer que já sinto sua falta?
- ... – ela repreendeu, procurando se ausentar do estilo cativante do garoto.
- Tudo bem... – ele soltou um riso fraco. – Só queria saber como você esta...
- Estou ótima, sabe, comendo uma saladinha e tomando suco natural... – comentou, enquanto tomava um gole grande de coca-cola.
- , eu sei que você está tomando refrigerante, não dá pra me enganar desse jeito. Mas, não vou brigar porque você tem mesmo que aproveitar antes que a Lizzie te enfoque... – riram juntos, admirando o som da voz do outro.
- Você já está aqui?
- Não, querida... Eu vou amanhã à tarde de jatinho.
- Metido. – ela revirou os olhos, concentrando-se em colocar mais ketchup no sanduíche.
O garoto riu com vontade do outro lado da linha e desejou poder ver aquele sorriso lindo. Ele respirou fundo e pediu que ela esperasse na linha por um momento.
- Como você conseguiu meu número, astro? – perguntou, assim que ele voltou a falar.
- Há, tenho contatos, baby...
- É muito metido mesmo viu, tsc, tsc...
- Metido que você adora. – ele pareceu sensual. estremeceu de repente ouvindo aquela voz rouca sobre seu ouvido. Sabia que iria ter sonhos impuros naquela noite.
- Ainda assim metido. – respondeu.
- Tudo bem, baixinha, vou ter que desligar. Nos vemos amanhã. Divirta-se e trabalhe direitinho, ok?
- Tudo bem, Jonas. Até amanha.
- Boa noite.
Desligaram sem muito ânimo e imediatamente um sorriso inocente surgiu no rosto da menina. Era a primeira vez que ela e se falavam por telefone... E mesmo que ela soubesse quão sério aquilo estava passando a se tornar, sentia medo de se entregar totalmente. Mesmo que ele não fosse a estrela exibida que ela pensava que seria, ainda era famoso e poderia ter todas as modelos de Hollywood que lhe convence.
Depois que terminou de comer seu sanduíche (com muito ketchup), trocou o toque do celular, acionou o despertador e, finalmente, dormiu esperando que o dia seguinte demorasse muito a passar...
Estiveram em diversas praias e parques florestais coletando dados e informações necessárias para desenvolver os estudos. Examinaram o pH da água oceânica da região e das substâncias descartadas das empresas em volta da baía. Estudaram o comportamento das aves do lugar e do impacto ambiental gerado pelos parques temáticos turísticos da região. Era um trabalho de campo bastante interessante e chegou a se desligar de tudo que a afligia na noite anterior. Passou a interagir com os outros alunos e ajudou a professora o máximo que pode na organização do grupo, além de ajudar os alunos com as dúvidas que apareciam no decorrer da pesquisa.
Quando a tarde finalmente se foi e deu lugar à fresca noite de verão em Atlantic City os alunos voltaram para o hotel e ficaram livres para jantar aonde quisessem. sabia que só poderia jantar depois do show dos irmãos Jonas então pediu um suco natural no restaurante do hotel e subiu para o quarto, preparando-se para o encontro com a família Jonas.
- Você foi pontual, garota. – o motorista comentou, assim que passou pela porta do saguão em direção ao moderno carro negro que a esperava.
- Você é que chegou na hora. – ela sorriu, simpática. – . – se apresentou, segurando a mão no homem que usava um terno escuro.
- Brendan Carter. – ele respondeu. – Permita-me dizer, é uma bela garota, senhorita .
- Obrigada, Brendan. – sorriu, cordial enquanto Brendan abria a porta do carro para que ela entrasse.
Usava um glamoroso vestido de alças azul escuro longo que lhe caia como uma luva, demarcando as curvas sensuais de sua cintura e pernas. O vestido se estendia até seu tornozelo e um corte vertical na coxa direita deixava-o com um ar adulto e ao mesmo tempo sensual. A garota queria parecer madura sem deixar de ser vaidosa. O salto alto preto completava o conjunto e as únicas jóias que a enfeitavam eram os pequenos brincos de argola prateados. Os cabelos soltos e cachos estrategicamente feitos.
não queria se gabar, mas, sabia que tinha feito a coisa certa. Quando se olhou no espelho antes de sair hotel afora ficou bem satisfeita com o que viu. [n/a: ok, vestido baseado em um que eu usei uma vez *suspira, ele é lindo *-*] Brendan dirigia pacientemente pela estrada e mantinha uma conversa agradável com a garota.
- Os Jonas são incríveis. Uma família e tanto, posso dizer... Sabe, tem o caçula que é bastante bagunceiro, mas, simpático o bastante para cativar qualquer um... – sorria com a descrição. Era ótimo saber um pouco mais sobre quem iria conhecer. Ainda mais se aquelas informações não vinham de uma revista e sim de alguém que realmente convivia com os Jonas. – Seria muito inapropriado te perguntar de onde conhece os garotos Jonas, senhorita ?
- Claro que não, Brendan. – sorriu, sentindo-se sinceramente confortável. – Eu não conheço todos, na verdade. Só o . Estudamos juntos, sabe... Na mesma universidade.
- Ah, sim! Sei... Sir Jackson, não é? Estive lá uma vez com o garoto . Fizemos uma visita rápida antes de ele começar os estudos, foi bem divertido.
- Me lembro. – ela fez uma expressão carrancuda, lembrando-se do dia que ficara presa dentro da universidade por causa do astro. Riu de si mesma, falara tão mal do garoto aquele dia que se esqueceu de conhecê-lo. Brendan riu observando-a em seus devaneios.
- Mas, então... São namorados?
- Namorados? Eu e ? Não! – ela suspirou, teria como descrevê-los sem aquela palavra? – Somos amigos... Sabe, estamos nos conhecendo.
- Sei... Os garotos não costumam chamar garotas estranhas para o show a não ser que sejam bastante íntimos. É uma garota interessante, . Ficaria feliz se fizesse parte da família.
sentiu o sangue formigar e corou de repente. Era uma declaração bem bonita e ela confessaria que ficou tentada a concordar, mas, deixaria para outra ocasião porque já estavam na frente da casa de shows.
Uma legião de fãs gritava descontrolada enquanto o carro passava e Brendan ria da situação. estava alarmada. Mesmo que já tivesse presenciado uma cena parecida na universidade, aquilo era dez vezes pior, mais insano. Não era à toa que às vezes reclamava da vida cansativa que levava. não poderia culpá-lo apesar de já tê-lo feito algumas vezes, esperava compreender o mundo dele naquela noite.
9 – Beautiful, one of a kind, you're something special, baby!
- Está entregue, senhorita. Te levaria até o camarim, mas tenho alguns outros trabalho a fazer.
- Está tudo bem, Brendan, eu me viro daqui. – acenou, saindo do carro e recebendo uma pequena buzinada do carro.
Brendan entrara em um portão de madeira grande nos fundos da casa de shows e estacionado em frente à uma porta de ferro onde dois seguranças mantinham posição autoritária. sorriu para os dois homens de terno e colocou a mão na maçaneta da porta, pronta para entrar.
- Ei, mocinha. – um deles exclamou, tocando-a no braço sem muita gentileza. – Como chegou até aqui?
- O Brendan me trouxe... – respondeu, constrangida.
- Brendan? Quem é Brendan? Não são Jonas, Richard? – voltou-se para o outro segurança.
- Não, sabe, Brendan é o motorista dos meninos...
- Não pode entrar sem permissão, amiga. – o tal Richard reclamou arrogante.
- Ah, não, tudo bem. – ela sorriu compreensiva. Estavam fazendo seu trabalho. – Eu conheço os meninos... Na verdade só o , mas ele está à minha espera. – sorriu ainda mais largo, confiante.
- Colega, todas falam a mesma coisa. Vamos encurtar a ladainha e você pode vê-los lá no palco...
estava estática. Não era possível que não conseguiria entrar! Estava a ponto de desistir e voltar para o hotel de taxi quando uma voz alterada precipitou-se sobre a porta de ferro.
- COMO ASSIM ELA JÁ CHEGOU, BRENDAN? – apenas dos gritos, a mulher não parecia ser estar tão nervosa. – Já deveria ter aparecido e não vi sinal dela em lugar algum! Tem certeza que a deixou no lugar certo? – então a mulher finalmente abriu a porta deparando-se com completamente paralisada e os seguranças agarrados em seus braços, prontos para tirá-la dali. [n/a: eu tenho taaaaaanta vontade de dar um corta desses em um segurança viu IUHASDUHDSUIH]
- ? – a mulher perguntou, com uma expressão preocupada. Desligou o celular instantaneamente e soltou um olhar assassino para os seguranças logo que a garota assentiu silenciosamente.
- Querida, perdão! Larguem-na! – reclamou para os homens de terno e eles imediatamente a soltaram. agradeceu o criador por isso, seus braços estavam começando a ficar doloridos. – Ah, me desculpa... – desculpou-se mais uma vez... – Devia ter pedido ao Brendan que te acompanhasse até a porta! – ela sorriu abertamente e naquele momento percebeu que acabara de conhecer Denise Jonas. Seu sorriso era inconfundivelmente igual ao de seu filho, .
sorriu de volta segurando a mão estendida da elegante mulher e seguindo-a corredor adentro, para longe dos trogloditas seguranças. Distantes da porta, Denise parou de supetão e surpreendeu a menina com um beijo estalado em sua bochecha.
- Desculpa não me apresentar... É que eu sempre imagino que as pessoas logo percebem quem eu sou por causa dos meus filhos, sabe... – ela riu graciosamente. – Porque somos bem parecidos... Enfim, sou Denise.
- Prazer, senhora Jonas! – exclamou, sinceramente. – .
- Ah, não, querida, pode me chamar de Denise mesmo.
- Certo, então, sou . – sorriu abertamente assim como a outra fizera instantes atrás. Denise ficou encarando o sorriso da garota por alguns segundos tentando decifrar a sinceridade que ele expressava e esqueceu por um segundo que deveria se esforçar para parecer uma boa garota. Mas, era tão simples ser sincera ao lado de Denise que ela não precisou mover um fio de seu cabelo para agradar a mulher.
- Você é muito bonita. – segurou a mão da garota, admirando-a de cima a baixo. – Agora, vamos, vai gostar de conhecer o resto da família.
acompanhou Denise por entre os corredores do lugar. A menina via dezenas de portas sendo abertas e fechadas por todos os lados, centenas de funcionários trabalhavam em conjunto para o espetáculo que começaria uma hora depois. Um homem alto e rechonchudo [n/a: vamos concordar, o senhor Paul é um tanto quanto fofo né? HASUHADSUHSD assim como Frankie *-*] falava desesperadamente no celular sobre uma possível entrevista que a imprensa pretendia fazer. Ele explicava que a família teria um compromisso inadiável depois do show e seria impossível marcar qualquer tipo de encontro. não precisou pensar muito, a semelhança denunciava, sabia que aquele era Paul Kevin.
- Paul, querido! – Denise chamou e imediatamente o homem se despediu de quem quer que fosse ao celular. achou a atitude muito lisonjeira. – Esta é , a amiga de , da universidade... – trocaram um olhar cúmplice como se comentassem algum pensamento secreto e sentiu-se corar.
- Ah, claro. – ele assentiu, sorrindo para a garota e piscando para a esposa. – Muito prazer, . Sou Paul , mas, me chame de Paul. Fica mais fácil quando estamos perto do nosso filho mais velho. – soltou um riso fraco e apertou a mão estendida do homem.
- Prazer, Paul.
Seguiram em frente, agora com a companhia de Paul, e quando pensou que nunca chegaria ao fim daquele corredor, deparou-se com uma única porta branca onde, de um modo extremamente clichê, encontrava-se um adesivo de estrela dourada. Denise girou a maçaneta com calma, um aviso baixo de sua entrada, e abriu a porta devagar, colocando a cabeça para dentro do recinto e sorrindo para os filhos sentados no enorme sofá vermelho do lugar.
Quando a porta foi completamente aberta finalmente entendeu toda a histeria das garotas do lado de fora, entendeu a bronca que Joanne sentia dela e entendeu, por fim, porque dissera que ela não deveria se preocupar: aquela era a família mais linda que ela já vira.
estava deslumbrante em seu terno branco impecavelmente brilhante; Quem ela reconheceu por sendo Frankie (ele era o menor dos irmãos, obviamente) estava sentado em um pufe da mesma cor dos sofás e balançava os pés calçados em all stars, esbanjando um sorriso com pequenos dentes; e ( temia não reconhecê-los) estavam ambos sentados no maior dos dois sofás logo ao lado do irmão mais novo com uma expressão confortável.
- Meninos! – Denise chamou, beijando a bochecha de Frankie demoradamente e colocando-se atrás dos filhos sentados no sofá.
- ! – quase gritou ao vê-la e se precipitou para abraçá-la. – Você está maravilhosa. – os olhos do garoto cintilavam enquanto ele acariciava a bochecha macia da menina.
- Boa noite, . – ela respondeu, envergonhada.
- Vou te apresentar à todos, não entre em pânico. – comentou, em meio a risos.
aproximou-se de e e imediatamente os dois se levantaram com sorrisos sinceros para a garota. Ela sorriu encabulada e eles corresponderam convidativos.
- Meus irmãos idiotas: e . – apontou para cada um enquanto dizia.
assimilou os nomes por um segundo. usava um terno semelhante ao de , mas, esse era escuro e a camisa que acompanhava era vermelho-sangue. não pode deixar de reparar que os três (na realidade, a família inteira) tinham muito estilo. usava uma camisa de mangas longas branca, um colete dourado por cima e uma calça skinny preta com botas escuras que completava o visual sensual.
- Olá, . Podemos te chamar assim, né?
- Claro, . Muito prazer. – respondeu, beijando a bochecha avermelhada do garoto.
- Prazer, . – completou agora beijando a bochecha da garota.
agora a guiava até o garotinho sentado no pufe. O moreno soltou um pigarro alto para que Frankie se levantasse e ele o fez sem desmanchar o sorriso simpático.
- Meu irmão ferinha. – falou, com um sorriso maroto, piscando para .
- Oi, . – o pequenino disse esforçando-se na ponta dos pés para alcançar a bochecha da menina.
- Olá, Frankie! – ela se agachou um pouco para que ele conseguisse beijá-la.
- Você sabe meu nome! – ele parecia surpreso.
- É... O fala muito de você... – ela revirou os olhos, rindo em seguida.
Frankie pareceu bem satisfeito. Denise também. A mulher sorriu ainda mais abertamente e anunciou que estavam de saída. Aproveitou para apressar os garotos já que faltava apenas uma hora para o início do show.
- Você é mesmo muito bonita, ... – comentava , sorrindo marotamente logo que Paul e Denise saíram do recinto.
- Verdade! Cara como o consegue essas garotas?
- Não sei, ! – respondia, parecendo incrédulo enquanto apenas assistia à cena, envergonhada. As mãos de firmes em sua cintura a ajudavam a manter o equilíbrio. – Deve ser essa cabeleira esquisita... Porque é óbvio que eu sou o irmão mais gato.
- Irmão mais chato você quer dizer... – retrucou, socando o ombro do irmão sem força alguma.
- Isso machuca, sabia, Jonas? Você me fere falando essas coisas... E você é meu irmão, devia me dar exemplos, me incentivar a auto estima, sabe como é?
- Tudo bem, agora já chega. Elas devem estar ficando sem ar dentro daquele banheiro! – falou, ignorando as reclamações do irmão.
- Verdade, vamos libertá-las do calabouço! – continuou.
mantinha uma expressão completamente confusa sobre a situação enquanto os outros meninos riam trocando olhares cúmplices.
- Hey, acordem belas adormecidas, vocês estão livres! – gritou para a porta do banheiro.
- Vocês estão bem? – duvidou, tentando não parecer patética.
- Ah, amor, você poderia abrir a porta do banheiro pra elas, né?
- Verdade, . Você podia libertar as nossas feras, . – sugeriu.
- O que? – estava confusa.
- Abre a porta, baixinha, tenho uma surpresa pra você. – Foi a primeira coisa que compreendeu, em partes.
Ela seguiu até o banheiro, desconfiada com ao seu enlaço. Tocou a maçaneta com calma e antes que pudesse mover a estrutura ela já estava aberta e, surpreendentemente, e Lizzie saíram de dentro do cubículo e pularam em cima da outra gritando escandalosamente.
- MEU DEUS! – gritou, assustada. – O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO AQUI? – ela estava perplexa e ao mesmo tempo eufórica pela presença das amigas.
- Viemos te visitar amiga! – falava Lizzie abraçando a menina.
Elas riam e pulavam abraçadas enquanto os garotos Jonas apenas assistiam a cena, confusos. ria observando a loucura feminina e e Frankie distanciavam-se aos poucos, assustados. não conseguia deixar de olhar para . Ela estava tão linda naquele vestido... Tão sofisticada e ao mesmo tempo inocente. Ele não precisaria perguntar, sabia que sua mãe já teria aprovado: ela era mesmo perfeita. Enquanto transbordava em devaneios, e Lizzie contavam à outra a história que as levaram ali.
não conseguiu ouvir mais nada depois de: o achou que você se sentiria melhor... Ela estava paralisada. Ele dera a idéia, ele fizera aquilo por ela. Sentia uma vontade imensa de abraçá-lo e beijá-lo e quando seus olhos se encontraram com os dele não conseguiu resistir. Aproximou-se ignorando as falas das amigas e tocou as mãos do garoto com delicadeza.
Lizzie e continuavam contando como viajaram de jatinho até ali. Falavam de como Denise e Paul eram simpáticos e como a gritaria das fãs era ensurdecedora.
- Que incrível, meninas. Estou tão feliz que estejam aqui! – sorriu, agradecida. a puxava suavemente em direção ao sofá vermelho. e Lizzie seguiam o casal e sentaram se nas poltronas ao lado de Frankie e .
e sentaram-se lado a lado no sofá que já ocupava e entrelaçaram os dedos, enquanto os outros iniciavam uma conversa amigável sobre o universo acadêmico dos universitários presentes.
- Cara, biologia deve ser muito demais! – comentava com os olhinhos brilhando enquanto ouvia nomear as matérias que ela e tinham na faculdade.
- Já pensou poder participar daqueles documentários do Discovery, ?! – imaginava , com os olhinhos igualmente brilhantes.
- Há, o viciado nesses programas é você, . Fala sério, podia pelo menos deixar o volume mais baixo, né?
- Não tenho culpa se estão todos dormindo quando o melhor programa de todos passa...
- , ele começa as duas da manhã! – reclamou rindo da expressão de paisagem do amigo.
- Não reclama, ! Você ronca a noite inteira, nunca nem percebe quando ele ta assistindo... – falava enquanto Lizzie, e assistiam à quase-discussão dos irmãos. – Mas, é isso que você quer fazer, ? Documentários do Discovery?
A garota ria negando enquanto a olhava como se fosse o mais interessante ser do planeta. e se entreolharam e deram de ombros. Ponto positivo os quatro estarem se entendendo.
- , você podia ter nos avisado sobre as garotas na universidade e poderíamos ter ido com você...
- AH, NÃO, ! Pelo amor de Deus, não! – Lizzie esperneava, fazendo movimentos compulsivos negativamente.
- Por que, Liz?
- Porque com um só astro aquele lugar já virou de cabeça pra baixo, se os três estivessem juntos então...
- A Joanne iria surtar. – concluiu.
- Salvem-se quem puder, tem três Jonas na universidade! – gritou, enquanto os outros presentes riam.
- Então é sério mesmo, ? Você é da torcida?! – perguntou , aproximando-se da garota com um ar interrogatório.
- Sim. – ela respondeu simplesmente.
- Ual! Garotas de torcida são lindas... – ele babava.
- É ... A Lizzie é a capitã! – a garota comentou, piscando para o moreno.
- Sério, Liz? – questionou parecendo bem interessado.
Continuaram conversando sobre assuntos diversos até que Denise adentrou o cômodo mais uma vez, avisando aos garotos que estava na hora do show. Chamou as meninas para se unirem à ela nos camarotes especiais e eles seguiram confiantes porta afora.
- Hey, . Espera. – chamou, enquanto os meninos seguiam na direção do palco e Denise e as garotas na direção contrária.
- O que acontec...
Ela não pode formular a pergunta porque uniu seus lábios aos da garota num movimento rápido. Poucos segundos depois eles infelizmente afastaram-se. respirou fundo tocando o rosto da garota com o polegar.
- Lembra da nossa música? Turn right? – a garota assentiu, ainda mais envergonhada e ele continuou. – Ela é toda sua essa noite. – ela sorriu abertamente e ele uniu sua testa à da garota por mais alguns segundos.
- Manda a ver. – ela sussurrou no ouvido do menino enquanto ele sorria abobalhado. Respirou fundo e esperou até que desaparecesse no corredor para seguir Denise e suas amigas.
10 – And you don't even realize that your my hearts desire.
não conseguia deixar de sorrir enquanto tocava e cantava. Era uma sensação indescritível que ele sentia cada vez que adentrava um palco. Não importava quantas vezes ele já tinha feito aquilo, cada vez era um sentimento novo, mais forte. Ele não pode deixar de pensar em enquanto a banda tocava Turn Right e mal sabia ele o que se passava dentro dos pensamentos dela naquele mesmo instante.
tinha plena consciência da presença de Denise, Frankie, Lizzie e ao seu lado, mas, ainda assim não conseguia prestar atenção em nenhuma palavra que qualquer uma delas pronunciasse. Sabia que estavam conversando e sabia que era sobre os três garotos ali no palco, mas, sua atenção estava dividida entre duas coisas: e a música que ele tocava. Era impossível esconder o sorriso que se formara em seus lábios desde que a banda entrou no palco, mas, naquele momento ele estava ainda mais largo e Denise, como uma boa protetora mãe, não deixou de reparar esse pequeno detalhe.
So turn right
Into my arms
Turn right
You won't be alone
You might
Fall off this track sometime
Hope to see you at the finish line
Quando a música finalmente acabou procurou se concentrar no que as amigas falavam, mas, surpreendeu-se ao notar que nenhuma delas falava mais nada. Lizzie e encontravam-se debruçadas sobre o muro de concreto que limitava o camarote especial. Assistiam ao show bem em cima do palco de onde podiam ver não só os garotos, mas, também a multidão de fãs que gritava fanaticamente com expressões maravilhadas. chegou a pensar que se tivesse se deixado levar pelas loucuras de Joanne, ela também teria se tornado uma fã. Com muito orgulho, com certeza. A gritaria já começava a lhe fazer sentido a partir do momento que conheceu a família inteira e percebeu que era só uma parte da maravilha que os Jonas representavam.
E então, em um piscar de olhos, Denise se encontrava ao seu lado, encarando-a com uma expressão bastante séria que a fez se apavorar por um momento.
- , você é uma garota incrível e eu sei que está completamente apaixonada pelo meu filho...
- O que? Não, não estou não. – ela se mantinha na defensiva procurando sondar o que Denise pretendia com aquela conversa.
- Ah, querida não precisa se sentir envergonhada, afinal, ele está sentindo o mesmo...
- Ela está? – questionou, interessada.
- Sim. Olha, só queria dizer que você é uma garota linda e eu estou muito feliz que esteja saindo com . Ele às vezes pode parecer negligente ou egocêntrico, mas, eu acredito no meu filho e na educação que eu lhe dei. Sei que é um garoto maravilhoso e quero acima de tudo que ele encontre alguém à sua altura. Por isso me desculpe se eu parecer super protetora às vezes, é que não é difícil encontrar impostoras por aqui... – a mulher pausou provavelmente se lembrando de alguma ex-namorada nada querida de seus filhos. – Mas, queria que soubesse que fala muito bem de você e espero que possamos nos dar bem. – ela voltou a mostrar o sorriso largo que sempre mantinha e se sentiu mais segura.
- Estava morrendo de medo desse fim de semana, Sr. Jonas.
- Denise, por favor, querida. – agora A Little Bit Longer tocava no palco e se virou por um instante para apreciar a cena, voltando-se para Denise e aproveitando a linda melodia para seu monólogo. [n/a: GENTE D: juro, eu escrevendo aqui com o music player no modo aleatório e quando eu comecei a escrever essa última linha começa a me tocar A little bit longer DD: (do DVD, linda linda *-------*) and tonight, this song... this song is for you ‘-‘]
- Certo. Estava com medo do que a família de podia pensar de mim, afinal eu não sou nenhum tipo de fã e nem ao menos sabia quem eram quando vi os irmãos no camarim hoje. – ela respirou fundo, pronta para abrir seu coração para a mais velha e contar-lhe sobre seus medos e esperanças. – Denise, o hoje fez a coisa mais linda que ele já fizera por mim. Saímos poucas vezes e sempre nos divertimos tanto, mas, nesse fim de semana ele se superou. – a mulher sorriu ainda mais, orgulhosa não só do filho, mas, da garota corajosa que agora lhe falava. – Ele percebeu que eu estava apavorada por conhecer vocês, sem saber o que pensariam de mim ou como me tratariam. Nem ao menos sabia como me portar...
- Mas, querida, isso não é tão difícil. Somos pessoas simples, não precisa ter uma forma de se comportar seja apenas você.
- É, agora eu sei. – ela aumentou o sorriso para a mulher e continuou. – Ele trouxe Lizzie e por mim. E eu me sinto tão melhor, sabe? Foi lindo da parte dele e tudo o que eu estava tentando não sentir por ele começou a aparecer em um amontoado de sentimentos... Estou me sentindo como uma princesa essa noite e, definitivamente, o medo que eu sentira quando ele me chamou para conhecê-los passou de repente. Pode parecer abuso, Denise, - ela se esforçou para não chamá-la de Sra. Jonas. – mas, eu sinto que estou exatamente onde devo estar. Sinto que finalmente o momento que estava guardado para mim chegou. Não tive muitos namorados porque estava sempre estudando e me esforçando, mas, algo em mim me diz que pode ser o cara certo. É isso, só queria ser sincera.
Denise a abraçou num impulso, beijando-lhe o topo da cabeça e dizendo o quanto estava feliz por conhecê-la repetidas vezes. não podia se sentir melhor.
O problema era que sempre que ela se sentia bem e feliz alguma coisa estragava. Era difícil aturar bons tempos felizes sem um grande problema estragando a situação, mas, não queria se preocupar com aquilo, não naquele momento, não naquela noite. Ela afugentou os pensamentos, levantando-se com Denise e unindo-se às amigas para assistir o show.
- Gostariam de fazer seus pedidos? – o garçom já estava de prontidão na mesa logo que a família Jonas acompanhada de três garotas adentrou o restaurante. não precisou examinar muito para descobrir a proporção da elegância do lugar.
Cada um fez seu pedido breve e educadamente enquanto o garçom anotava com eficiência. se sentia melhor por ter as amigas ao seu lado e também por estar na companhia de pessoas agradáveis como a família Jonas, mas, ela ainda não estava totalmente confiante com ao seu lado. O garoto sorria e dizia palavras lindas cada vez que seus olhares se encontravam, mas, ela ainda perguntava a si mesma se algum dia poderia se encaixar no mundo do garoto. Afinal, eram tão diferentes e ela não entendia o que os unia. Ela ainda não entendia nem mesmo o que sentia.
O jantar estava agradável e delicioso, isso ninguém negaria. E mesmo que Paul e Denise fizessem um milhão de perguntas à sobre seu curso e o trabalho que ela estava fazendo com a professora de bioquímica em Atlantic City ela se sentia disposta e animada para falar sobre o assunto porque os dois adultos pareciam infinitamente interessados.
Já , e Frankie tiraram o dia para azucrinar a vida de Lizzie e e estavam naquele momento trocando os copos de refrigerante das duas enquanto Lizzie brigava de um modo educado (não poderia parecer agressiva perto de Paul e Denise) para que eles lhe devolvessem o suco.
- Pra que você toma isso, Liz?
- É verdade... Tu é cheia de boa forma... – contribuía com um olhar malicioso.
- Fala sério, Jonas! Eu sou uma atleta... Não posso ganhar nem um grama. Aliás, larga logo esse refrigerante, ! – ela brigou com a amiga, puxando o copo de e devolvendo à dona enquanto fazia uma careta ao ver a coca de sair de suas mãos. Lizzie lhe entregou o suco de laranja e voltou-se para e . – Podem me devolver o suco, por favor?
- Liz, você tem dois andares de pura boa forma, não custa tomar um pouco de coquinha, certo ?
- Certo . – o outro assentiu. assistia a cena ao lado de que ainda conversava com Paul e Denise. Frankie ria procurando se concentrar na comida, sem muito sucesso.
- Vocês tem péssimas cantadas. Chamem logo a garota pra sair! – exclamou o mais novo, finalmente colocando uma garfada na boca.
- Fica quieto, Bônus! Não quero sair com a atleta. Eu prefiro as intelectuais... – virou-se para , sorrindo descaradamente.
- Melhor, assim vocês não brigam! – Frankie continuou, colocando a segunda garfada na boca.
- Querem parar de falação e me devolver logo o suco?
- Ah, Lizzie, fala sério. – desta vez falou. – Toma coca-cola amiga. Vai mudar a sua vida!
- , escuta bem... – Lizzie respirou fundo. – Eu nunca coloquei um gole deste... Líquido na minha boquinha vermelha, ok? Não vai ser agora que eu vou fazer isso!
- Liz, por todos nós. Eu sei que você vai ser uma pessoa mais feliz depois disso!
- , afinal, porque você quer tanto que eu faça isso?
- Pra deixar de ser tão chata! – ele respondeu, simplesmente, mostrando a língua para a garota, que o olhou indignada.
- Eu duvido que ela faça isso. Ela não tem coragem mesmo... – começou.
- É, não sei porque vocês ainda tentam... Ela é muito cheearleader wannabe! – completava . – Não toma coca, não usa moletom, não dorme até tarde e nunca, de modo algum, se diverte de verdade.
- Ora, mas, que calúnia! – a garota se mostrou revoltada. – Vou beber esse maldito xarope pra vocês pararem de me estressar.
De repente a mesa ficara em silencio apenas esperando o momento em que o líquido escuro do copo tocasse os lábios avermelhados pelo batom de Lizzie. Então, devido à demora do ato a ser consumado [n/a: não pensem coisas feias, crianças!], um coro de “vira” começou a ecoar pelo restaurante.
Uma família extremamente sofisticada e luxuosa, dentro de um restaurante de mesmo porte, estava gritando vira como um bando de bêbados.
- Vira! Vira! – até mesmo Denise e Paul estavam no coro, apenas esperando pela reação de Lizzie ao final do grande gole.
Ela tomou todo o líquido presente no copo de uma só vez e fez um barulho ecoar pelo lugar quando colocou o copo com quase brutalidade sobre a mesa.
- Pode mandar mais, companheiro. – virou-se para que a observava, entorpecido.
Depois do coro de vira a mesa explodiu em gargalhadas enquanto Lizzie fazia caretas e sorrisos prazerosos sobre a coca-cola. ria observando a bobagem e ao mesmo tempo a felicidade que esses pequenos momentos lhe proporcionavam. Acabara de conhecer , e Frankie, mas, já sentia-os como grandes amigos.
- Eu vou levar a em casa. – dizia, pegando as chaves de um dos carros e despedindo-se de seus pais na entrada do restaurante.
O jantar tinha finalmente acabado e estavam todos na porta do ambiente esperando que os manobristas trouxessem os carros. segurava firme a mão da garota e Denise lhe sorria com compaixão.
- Eu posso ir junto, posso, posso? – Frankie perguntava, empurrando o ombro do irmão.
- Tudo bem, bônus, vamos.
- Vai com calma, filho. – virou-se para a garota, sorrindo. – Querida, foi um grande prazer. Boa sorte amanhã com as pesquisas e espero que possamos nos ver mais vezes.
- Pode deixar, Sra. Jonas. O prazer foi todo meu. – abraçaram-se demoradamente. se virou para Paul e repetiu a cena.
- Tchau, meninos. Foi ótimo conhecer vocês, arrasaram demais no show! – ela dizia enquanto abraçava cada um dos irmãos de . Menos Frankie, é claro.
- Oun, tchau amiga. Nós vamos pra casa agora. Ainda tenho que fazer algumas coisas da faculdade e tudo mais... – falava , despedindo-se da amiga.
- Tchau, Hercules. A gente se vê amanha. Vê se não me chega toda picada de mosquitos, hein? Temos jogo semana que vem, é muito feio usar saia com as pernas vermelhas.
- Liz... – revirou os olhos e a amiga se desculpou baixinho. As duas riram juntas e se abraçaram em seguida.
- Boa noite, . – e disseram em coro, acenando enquanto a garota seguia com e Frankie em direção ao carro que acabara de ser estacionado em frente ao recinto.
Um homem trajado elegantemente abriu as portas para que e Frankie adentrassem o automóvel enquanto o contornava para se sentar no banco do motorista. Ele arrancou devagar e seguiu pista adentro, com o GPS indicando exatamente o lugar para onde deveria ir.
- Vocês vão voltar pra casa hoje? – a garota perguntou, virando-se levemente em direção ao banco ao seu lado.
- Na verdade, eu sim, meus pais não. – respondeu. – Também tenho algumas coisas da faculdade pra resolver, daí vou pra Jersey com as meninas.
- Entendi. – ela sorriu sincera e voltou-se para Frankie. – E você, mocinho, vai ficar em Atlantic City? Já visitou os parques?
- Sim. – ele sorria sem muito ânimo. – Mas, não posso visitar de novo. Sempre tem gente pedindo pra tirar foto daí eu não consigo fazer nada. – ele ria nervosamente. – Por isso acabo tendo que ficar no hotel jogando vídeo game com os perdedores dos meus irmãos.
- Perdedores? Nem pra ter um adversário à sua altura, né? – a garota ria.
- Pois é! – o pequeno revirou os olhos.
- Olha que eu não sou muito ruim ein... – pode ver pelo canto do olho que mantinha um sorriso maroto, incentivando-a a conversar com o mais novo.
- Duvido. Você nem deve saber jogar. Meninas nunca são boas nisso.
- O que? Há, pois bem, colega! Estou te desafiando pra uma jogada de Fear, quero só ver.
- Você joga fear?
- Mas, é claro! Eu não jogo neném, eu humilho!
- Quero ver então, . – agora o sorriso do garoto parecia realmente sincero e percebeu que falavam a mesma língua. – Na próxima vez que a gente se ver, isso vai valer um beijo.
- Um beijo, bônus? – perguntou, indrédulo.
- É claro! Ou você acha que só você a acha linda e maravilhosa?
- Tudo bem, Frankie... – ela ria. – Apostamos um beijinho então...
- Que conversa viu... – reclamava sem conseguir esconder o enorme sorriso de satisfação ao ver aos poucos conquistando toda a sua família.
estacionou o carro com suavidade logo na entrada do pequeno edifício onde e os alunos estavam hospedados. O garoto pediu que Frankie ficasse dentro do carro e lembrou-se de colocar um enorme óculos escuro mesmo que estivesse de noite para que nenhuma foto absurda estivesse estampada nas revistas do dia seguinte antes de sair do carro. Enquanto dava uma pequena volta em torno do veículo se despediu de Frankie com um beijinho na bochecha e o garoto a fez prometer que jogariam Fear juntos na próxima vez que se encontrassem.
E em questão de segundos estava ao seu lado novamente, abrindo cavalheiramente a porta do carro para que ela saísse do mesmo. Ele fechou a porta logo que a garota saiu, pedindo mais uma vez que Frankie esperasse alguns minutos.
- Quer que eu te leve até lá em cima, querida?
- Não! Não precisa . – ela estava envergonhada. – Não vai deixar o Frankie aqui sozinho, né? Tenho certeza que ele é o Jonas mais cobiçado de todos, não pode ficar dando sopa assim não... – ela ria. apenas a observava com uma expressão impagável de orgulho e admiração.
- Você conquistou o meu irmão ainda mais rápido do que conquistou a mim!
- , para de falar essas coisas, eu fico envergonhada. – ela abaixou a cabeça ligeiramente corada. sorriu ainda mais.
- É sério, . Você ignora sempre que eu tento dizer como me sinto sobre você, mas, você não compreende que é o desejo do meu coração! – como se fosse possível a garota ficou ainda mais corada e sorriu tímida para o moreno à sua frente que se aproximava cada vez mais.
segurou a mão da garota com delicadeza e a puxou com ainda mais delicadeza para si, abraçando-a pela cintura e sussurrando baixinho em seu ouvido.
- Boa noite, . – ele beijou o pescoço da garota com luxúria e voltou a si um segundo depois.
- Anda logo, ! Eu to com fome! – reclamava Fankie, abaixando o vidro do carro.
- Poxa bônus! Quando você estiver namorando eu te dou o troco, beleza? Agora espera, só mais um minutinho!
ria vendo Frankie revirar os olhos e sorrir cúmplice para o irmão.
- Beija logo ela se não quem vai fazer isso sou eu! [n/a: KOÉ, FRANK? TA ME TRAINDO? DD:]
riu e o pequeno fechou o vidro em seguida, piscando para a garota que ria, completamente corada. Antes que pudesse pensar ou falar qualquer coisa os lábios de estavam grudados aos seus com ternura.
- Temos que fazer isso logo porque ele vai reclamar de novo em cinco segundos. – dizia, sem descolar os lábios da garota completamente.
tocou a nuca do garoto com a ponta dos dedos e abriu os olhos para encarar o par claro que a observava. Sorriu, sentindo o nariz de tocar a ponta do seu e dar-lhe um beijo rápido de esquimó antes de grudar seus lábios novamente e beijá-la profundamente. sentiu a língua quente do garoto procurar pela sua e enroscou seus dedos nos cabelos do garoto enquanto uniam-se cada vez mais. podia sentir os dedos ágeis do menino sobre sua cintura, contornando cada traço do lugar e antes que ela pudesse se render à ternura do momento, lembrou-se de três coisas: era famoso e poderiam ter centenas de câmeras apontadas para eles naquele momento; Já era tarde e ela teria de acordar cedo na manha seguinte; Frankie estava abrinco mais uma vez a janela do carro.
Soltaram-se vagarosamente, encarando-se encabulados por alguns segundos.
- Boa noite, . – ela respondeu, mordendo o lábio inferior e afastando-se com pequenos passos para trás. – Tchau, Frankie. – acenou, sorrindo abertamente e entrando no portão de vidro do hotel.
11 – Gimme a S, gimme a O, gimme an N and start the show!
A segunda-feira não poderia estar sendo mais cansativa. passara o resto de seu fim de semana examinando plantas e água enquanto seus amigos da torcida treinavam em horário dobrado para o jogo daquele sábado. não fizera muito além de estudar e escutar o CD dos Jonas que a tinha entregado antes de embarcarem num avião de volta à New Jersey. e seus irmãos ainda estavam trabalhando duro em Atlantic City e pode imaginar qual foi o desapontamento de a receber uma mísera mensagem do garoto avisando-a que não iria à universidade naquela segunda-feira.
- Isso está bem errado… - comentava Lizzie analisando a performance de seus atletas durante o treino naquela tarde.
- Liz, não pode cobrar tanto deles. – comentava em voz baixa, percebendo os olhares atentos de Joanne sobre si.
- Mas, se querem ganhar o estadual precisam se esforçar.
- Eu sei, mas, você pegou pesado com eles ontem, não pode exigir muito hoje!
- Isso é verdade, Liz. – intrometeu-se. Ela estava sentada nas arquibancadas da pequena quadra (se comparada ao campo aberto) examinando um livro de Biofísica em pleno silêncio até o momento. – Além de estarem esquelética e muscularmente exaustos, estão evidentemente começando a consumir corpos cetônicos! O que, você bem sabe, pode prejudicar o nível de LHL no sangue e acabar causando um enfarte no miocárdio!
- HÃN? – gritou a pequena Lizzie, completamente chocada com a explicação cientificamente exagerada da amiga.
respirou fundo e traduziu:
- Eles estão sem energia e vão logo, logo começar a se “auto comer”. Eles vão perder mais peso do que devem, não conseguem respirar direito e podem enfartar.
- Ah, tudo bem. – Lizzie parecia entender tudo com mais clareza. Decretou o fim dos exercícios e estava a ponto de se voltar para as amigas e sair do lugar quando Joanne interrompeu:
- Liz, estamos muito cansados. Acho que você deveria colocar a pra fazer o solo de sábado. Eu não vou aguentar saltar de lugar algum com as minhas pernas dessa forma e já que você não judiou dela nesse fim de semana, ela pode fazer isso melhor do que eu. Só desta vez, é claro. – ela concluiu lançando um olhar mortífero para que soou contraditório com a calma e tranquilidade que ela transmitiu em sua voz.
- Tudo bem, Jo! O solo é seu, . – Lizzie sorriu para a amiga, encorajando-a.
Não era bem o que pretendia para a sua semana: passá-la treinando um solo de saltos para a torcida, mas, deveria fazê-lo não só pelo time, mas, para tentar amenizar as coisas entre ela e Joanne já que a amiga pareceu oferecer o solo de bom grado. Talvez estivessem a ponto de se acertar.
- O que está ouvindo, ? – perguntou Lizzie logo que adentrou o quarto da garota naquela mesma tarde.
- Só uma coisinha que o me deu.
- O te deu alguma coisa? – Lizzie parecia espantada. Sentaram-se lado a lado enquanto permanecia calada, folheando o mesmo livro de biofísica que lia mais cedo.
- Sim. É uma cópia do novo CD deles, sabe? É muito legal!
- Ual, isso é o máximo . Queria ter ganhado alguma coisa...
- Lizzie, você ganhou a coca-cola. Acredite isso é uma GRANDE coisa! – argumentou, fechando o livro de uma vez por todas.
- Certo... – a loira parecia conformada.
- Mas, e quanto ao solo, meninas? Eu sei que não devo me intrometer nessa coisa de torcida porque eu não sei exatamente nada, mas, achei bem suspeito a Joanne, depois da encrenca que fez quanto ao , ceder assim tão facilmente.
- Eu também achei bem estanho viu ... – Lizzie concordou.
- Ah, meninas, sério!? Ela só queria se redimir, sei la. Talvez esteja arrependida, deve ser o jeito de ela pedir desculpas.
- Ela é orgulhosa demais pra isso, não acha ?
não se deu ao luxo de pensar naquilo, apenas revirou os olhos e colocou-se a folhear o livro novamente enquanto e Lizzie voltavam a prestar atenção nas músicas dos garotos e não deixaram de comentar o quanto eles eram incríveis. sorriu encabulada enquanto elas comentavam como Turn Right era linda.
Era terça-feira de manhã. De manhã mesmo, mal o sol tinha nascido e já estava sentado nas mesas do campus de Sir Jackson, completamente absorto em pensamentos. Tinha acabado de deixar na porta de um hotel em Atlantic City e já sentia falta dela. Não conseguia deixar de pensar no quanto ela impressionara seus pais com toda aquela história de pesquisa com plantas regadas em água salgada e o bem que aquilo poderia trazer para o mundo. Ela era realmente impressionável, além do fato de ser uma cientista muito cristã, obrigada. Outro fato que impressionou não só seus pais mas, também aos seus irmãos e principalmente a si.
- Eu tive que entregar à ! – o garoto imediatamente acordou de seus devaneios e prestou atenção à conversa que se seguia em uma mesa bem atrás de si.
- PORQUE? – uma garota gritou alto.
- Shiu! Não diga isso para ninguém. Não vê que o está bem à nossa frente. Se ele escuta essa história...
- MAS, POR... – a morena deu um leve tapa no braço da outra que estava a ponto de gritar mais uma vez. – Mas, porque? – ela repetiu a pergunta, dessa vez mais baixo.
- Porque foi tudo uma aposta... – as duas estavam sentadas e conversavam em um volume relativamente baixo, mas, não pode deixar de aguçar os ouvidos para ouvir toda a história. Ele prestava atenção enquanto a garota morena que ele não conseguia lembrar o nome falava... – Sabe, essa coisa da e do juntos. Ela apostou comigo que ficaria com ele. E o prêmio era o meu solo. É claro que eu aceitei porque sabia que nunca ficaria com uma garota tão falsa e egoísta como a . Mas, adivinha só? Ela enganou ele direitinho...
- Jo, isso é horrível! – a outra garota levou as mãos à boca, parecendo indignada. – E porque você não conta a verdade pra ele?
- Acha que ele acreditaria em mim, Ash? Ele está completamente cego pela falsidade dela... Não acredito que perdi meu solo. Era a minha oportunidade de mostrar pra Lizzie como eu sou boa. E agora no sábado quem vai brilhar é ela. A grande falsa ! – ao final das frases ela chorava compulsivamente e a amiga lhe abraçava, tentando confortá-la de todos os modos.
apenas se levantou rapidamente e seguiu universidade adentro arrepiado de nervoso e ao mesmo tempo confuso.
- ! Ual, parece que não te vejo há dias. – dizia Lizzie, sentando-se ao lado do garoto no pátio do campus. Ele parecia aborrecido ou um tanto quanto triste, mas, a garota não percebera esse detalhe.
- Verdade, Liz. Eu faço muita falta pras pessoas, eu sei. – ele brincou, vendo e se aproximando vagamente da mesa.
Lizzie acenou discretamente para as amigas se aproximarem, acabara virando um hábito: os quatro sentavam-se sempre juntos naquela mesma mesa.
- ! O que houve ontem? – perguntava sentando-se de frente para o garoto e consequentemente ao lado de Lizzie.
- Ah, ficamos em Atlantic City pra algumas entrevistas e tal... – ele respondeu, calmo.
sentou-se ao lado do garoto desconfiada, tentando entender sua expressão séria e concentrada. Ele soltou-lhe um sorriso simples e segurou sua mão, entrelaçando-lhe os dedos e continuando a conversar.
- Como estão os garotos?
- Quer saber como estão os garotos ou como está o , ? – retrucava Lizzie enquanto e apenas riam.
- Qual é? Eu estou tentando ser educada!
- Ou está tentando entrar pra família. O que você acha, , seus pais aprovariam? – Lizzie ainda ria, mas, parecia ofendida.
- Pra você é bem fácil fazer piada Liz, você é a garota dos garotos, sabe? Você sempre consegue impressioná-los e nem precisa se esforçar muito para isso. Eu preciso de muito para chamar a atenção, por isso não sou de namorar muito, entende?
- O que? Não fala besteira, ! Você impressiona tanto quanto ela! Não devia se subestimar tanto. – ralhou.
- Certo! E se quer saber a verdade, estava me mandando mensagens a manhã inteira querendo saber se eu já vira você. – comentou e as outras três voltaram a rir, enrubesceu em segundos.
- Olha só, eu vou procurar alguma coisa pra comer, ok? Preciso de muito carboidrato pra agüentar amigos como vocês... – a garota se levantou e seguiu em direção às pequenas lanchonetes em volta da universidade.
- Calmaê ! Não fica brava... – Lizzie começou, rindo e seguindo a amiga universidade afora.
e se entreolharam e deram de ombros. Ou elas sempre acabavam brigando ou sempre arrumavam uma desculpa para deixá-los à sós.
- Você tem mesmo que ir pra aula agora? – perguntava , procurando disfarçar seu nervosismo e encarando os acontecimentos daquela manhã como fatos esquecidos.
- Na verdade, sim, . – a garota sorria. – Tenho aula de Ecologia e essa aula é bastante importante... – ficou calada por alguns segundos, examinando o olhar do garoto. – Mas, eu posso fazer um esforço e entrar alguns minutos mais tarde. Você parece preocupado...
- Preocupado? Eu? Não, que isso ... Não estou preocupado.
Ela o olhou com uma expressão séria e logo percebeu que não adiantaria mentir, ela o conhecia muito bem apesar do pouco tempo que passaram juntos.
- O que eu mais gosto sobre você é a sinceridade, . Foi sincera comigo desde o começo e eu acho que essa é a maior qualidade das pessoas... E, sabe, eu quero ser sincero com você. Não gosto muito da sua amiga Joanne sabe? Mas, ouvi algumas coisas intrigantes essa manhã.
- O que? O que você ouviu ? – agora era quem estava preocupada, aquela conversa tomara um rumo que ela não estava gostando.
- Nada de importante, sério. Só quero que me prometa que nunca vai mentir pra mim...
- , eu preciso mesmo saber o que ela esteve dizendo. Não quero que as pessoas pensem coisas que não são verdadeiras sobre mim.
- Não, ! – ele mantinha-se calmo. – Esquece isso... – segurou as mãos da garota com força. Continuavam sentados na mesma mesa no campus, sozinhos enquanto uma multidão de alunos seguia em direção às salas de aula. – Eu confio em você. – ele tocou com carinho o rosto da garota em uma atitude desesperada de fazê-la se esquecer do foco da conversa e passar a beijá-lo da forma como fizera no sábado à noite.
- Obrigada, . É importante pra mim que você confie em mim e me apóie. – adorou ouvir tal frase e mal sabia ele o quanto a ouviria repetidas vezes em seu subconsciente algum dia... - Eu sinceramente não esperava tudo isso de um astro com um ego enorme... – ela riu fraco e mordeu o lábio inferior vendo-o fazer uma careta e rir em seguida.
- Como é que eu fui gostar logo de você? Tem tantas garotas lindas nessa universidade. Mas, não... O astro com um grande ego resolveu admirar a garota da torcida enquanto ela ralhava com o treinador na quadra... Por minha culpa!
- Mas, é claro. Senhor estrelinha pensa o que? Aquela quadra também é nossa, e eu te fiz foi um favor, certeza que aquele monte de garota já estava te irritando...
- Verdade... – ele riu fraco. – Obrigado então, salvadora da minha pátria.
- De nada nobre donzelo... – ela fazia pose, enquanto esboçava uma careta e apertava-lhe o nariz.
- Eu te adoro, sabia, ?
- Sabia. – ela respondeu, cínica, sorrindo e roubando-lhe um selinho.
- Só isso? Eu praticamente me declarei pra você e só ganho um selinho? Poxa, até as plantinhas tem um jeito mais carinhoso de agradecer...
A garota riu alto procurando entender o senso crítico para biologia que habitava o cérebro do príncipe que se encontrava à sua frente. Ela se calou depois de alguns segundos e abraçou com força o garoto. Sentia o perfume dele invadindo seus pulmões e apertava-o contra seu peito cada vez mais. Por algum motivo, sentia que sentiria falta daquele abraço por algum tempo... Livrou-se dos pensamentos negativos quando sentiu a mão de acariciando-lhe as costas. Ela se rendeu ao momento e beijou-lhe o pescoço com certa luxúria.
sorriu, soltando-se do abraço, sem deixar de mantê-la o mais próximo possível, e beijou-lhe a bochecha demoradamente. Traçou um caminho curvilíneo até os lábios da garota, onde plantou um suave e delicado beijo que só permaneceu nesse estado por alguns segundos. Logo os dois estavam em pleno êxtase aproveitando-se sobre a luz do sol no silêncio do pátio.
Mas, não demorou muito para que a ponta de juízo que ainda restava em se acendesse e a garota se despedisse de para voltar às aulas.
12 – You know you broke our trust…
- Sem drama galera! – reclamava Lizzie vendo que seus atletas estavam em total falta de concentração naquela tarde. – Não praticamos desde segunda, eu dei dois dias inteiros pra vocês coçarem, querem que eu faça mais o que? O jogo é depois de amanhã e ainda nem treinamos o solo da Joanne!
- Eu já disse que o solo é da , Liz! – a garota respondeu, parecendo amigável o bastante.
- Isso é sério Jo? Por quê? Você adora chamar a atenção e um solo seria o momento perfeito. – perguntava tentando se lembrar de tudo que dissera antes dos dois se afogarem em beijos na manhã de terça-feira.
- É sério, . Eu quero ter sim um solo, mas, quero estar preparada pra isso. Ainda estou com medo, vergonha e não treinei o bastante. Prefiro passá-lo para alguém que esteja mais preparado. – ela sorriu simpática e passou a pensar que talvez sua velha amiga Joanne estivesse voltando.
- Tudo bem. – ela respirou fundo e colocou-se no centro do gramado envolto por arquibancadas e esperou até que o resto do grupo se posicionasse também para iniciar o solo.
- Beleza, vamos fazer isso logo e eu deixo vocês saírem pra coçar novamente. Bando de preguiçosos... – Lizzie continuava reclamando. pensou que talvez ela estivesse com falta de Jonas, mas, resolveu deixar seus pensamentos apenas para si.
Enquanto rodopiava pelos ares e Kyle esperava ansiosamente para agarrá-la antes que ela chegasse ao chão, e adentraram o campo e acomodaram-se nos primeiros degraus das arquibancadas. Esperaram ansiosamente até que o solo de terminasse. Quando isto aconteceu o grupo inteiro explodiu em palmas, tinha sido realmente extraordinário.
- Ok, eu prometi e agora vocês podem ir fazer qualquer outra idiotice... – Lizzie finalizou mais tediosa do que parecia estar sentando-se ao lado de e .
- Nossa você tá de ressaca ou isso é tudo saudade do ? – zombou enquanto vinha em sua direção rindo calorosamente.
- Amiga, você andou vasculhando meus pensamentos… - comentou sentando ao lado de e sorrindo abertamente para o garoto.
- Calem-se ecológicas, estou apenas cansada e o cansaço me deixa nervosa.
- E chata.
- E reclamona.
- E feia.
- Opa, pode parando por ai ok? Feia eu não fico nem se quisesse. – ela respondeu enquanto as amigas riam e abraçava fortemente a loira.
- Você tá é carente amiga, vem cá... – apertava as bochechas da garota que não tinha um olhar muito amigável.
E então, o que achou? – perguntou ao garoto do seu lado. Lizzie ensinava a dar estrelinha no meio do campo e o casal permanecia sentado nas arquibancadas agora com um pequeno copo de suco em mãos que eles dividiam.
- O que achei sobre o que amor?
- Como sobre o que ? – ela ria.
- Eu não sei… - ele ria ainda mais o que parecia uma cena contraditória vista de longe. – Você fica caladinha por alguns segundos e depois me pergunta o que eu achei... – ele fez uma expressão sonhadora e a garota revirou os olhos.
- Certo, me deixe explicar então Aristóteles... O que achou do meu solo?
- Seu solo? – ele pareceu se lembrar de algo, mas, ainda não tinha clareza do quê.
- Isso! O solo pro jogo de sábado. Você assistiu ele inteiro! – de repente um fio rápido de lucidez passou pelo garoto e a raiva e o desespero tomou conta de todo o seu organismo.
Sabe, essa coisa da e do juntos. Ela apostou comigo que ficaria com ele. E o prêmio era o meu solo. É claro que eu aceitei porque sabia que nunca ficaria com uma garota tão falsa e egoísta como a . Mas, adivinha só? Ela enganou ele direitinho...
- Jo, isso é horrível! – a outra garota levou as mãos à boca, parecendo indignada. – E porque você não conta a verdade pra ele?
- Acha que ele acreditaria em mim, Ash? Ele está completamente cego pela falsidade dela... Não acredito que perdi meu solo. Era a minha oportunidade de mostrar pra Lizzie como eu sou boa. E agora no sábado quem vai brilhar é ela. A grande falsa ! – ao final das frases ela chorava compulsivamente e a amiga lhe abraçava, tentando confortá-la de todos os modos.
- , não era a Joanne que iria fazer esse solo? – ele testou, parecendo calmo e curioso enquanto perguntava e tremendo de nervoso ao mesmo tempo.
- Sim. Mas, ela passou o solo pra mim porque se sentia despreparada...
- E você está preparada? – desafiou notando a indiferença no olhar da garota. Sentia-se usado cada vez mais e tudo o que queria fazer era chorar e esquecer que um dia gostara de alguém como ela. Mas, já era tarde porque não apenas gostava dela como estava completamente apaixonado.
- Ah, eu já fiz alguns solos, né, . Mas, pera... – ela raciocinava lentamente procurando entender como a conversa tomara tal rumo. deveria tê-la parabenizado! – Como é que você sabe que o solo era da Jo?
- Eu sei porque eu ouvi ela conversando com uma amiga. E sabe do que mais eu sei ? – agora sim a garota estava assustada. parecia bastante nervoso. Ele se levantava bruscamente e soltara a mão da garota com brutalidade. – Sei que Joanne não te entregou o solo porque não estava preparada coisa nenhuma. Vocês apostaram! E você é uma cínica maldita que continua me olhando com essa expressão de coitadinha quando percebe que eu já descobri toda a sua farsa. – os olhos do garoto já ardiam enquanto ele sentia a voz falhar e o nariz arder. Não adiantaria lutar, ele choraria.
- MEU DEUS! DO QUE VOCÊ ESTA FALANDO GAROTO? – ela gritou, desesperada e completamente absorta no assunto. Nada do que dizia fazia sentido.
- VOCÊ QUER QUE EU EXPLIQUE? CERTO ENTÃO, . É bem simples pra você se fingir de desentendida quando tudo o que você fez esse tempo todo foi fingir. Fingiu pra mim, pros meus irmãos e até pros meus pais! Você é a garota mais hipócrita arrogante e desprezível que eu já conheci. – sentia seus olhos arderem enquanto já chorava compulsivamente. Parecia uma cena que estava tão distante de sua realidade e ao mesmo tempo tão real.
- , você ta louco? Que aconteceu? – a garota estava completamente perdida enquanto ele a estraçalhava com apenas um olhar. sabia que teria diversos pesadelos com aquele olhar.
- Estou louco sim, ! – ele ignorava completamente as lágrimas que escorriam por seu rosto. Já não se importava mais de parecer um idiota. Ele fora usado e nunca pensou que se sentiria tão desprezível. – Louco porque um dia acreditei e confiei em você. E isso foi tudo uma aposta? Você nunca gostou de mim de verdade! Nunca falou sério, estava sempre mentindo... Deus como eu fui idiota. – agora ele tentava limpar as diversas lágrimas, sem êxito já que as mesmas lavavam seu rosto deixando marcas vermelhas.
- eu não vou permitir que você fale assim comigo. Eu não fiz nada! Não faço idéia do que você está falando!
- Cala a boca! CALA A BOCA! – saltou para trás tamanho o susto ao ouvir a voz do garoto desesperadamente revoltada. Ele se virou e desceu as arquibancadas aos pulos, olhando para trás uma ultima vez no ultimo degrau. – Nunca mais olha nem na minha cara, sua falsa.
Lizzie e assistiam à cena, atônitas. gritava escandalosamente com a garota ao seu lado e nada do que nenhum dos dois dizia fazia sentido.
- Acha que devemos interromper? – perguntava , completamente chocada.
- Não. Esse é um problema deles. Aliás, você tem alguma noção do que possa estar acontecendo? O ta muito bravo...
- Sim. E eu estou com medo.
Calaram-se enquanto o garoto corria arquibancada abaixo deixando uma sem reação aos prantos sozinha. Ele passou pelas duas num raio de velocidade e fugiu sem nenhuma palavra do sonho no qual sua vida fora transformada. Lizzie e se entreolharam e decidiram seus caminhos com apenas um olhar. subiu as arquibancadas na mesma velocidade com a qual descera e Lizzie perseguiu o garoto com a pouca força que ainda restava em seu organismo.
- Vocês ficaram malucos? – ela perguntou tocando o ombro do garoto com rigidez enquanto ele praticamente se jogava no chão, abraçando as pernas e chorando compulsivamente.
- Sai daqui Lizzie eu odeio vocês, odeio essa maldita universidade, e quero que a ... – ele mordeu o lábio antes que dissesse algo do qual se arrependeria depois.
- Jonas, deixa de ser uma criança imatura e haja como adulto. Comigo esse teatro de pop star que nunca brigou com a namorada não funciona.
- Cala a boca você também.
- Só sabe falar isso agora? – ela colocou as mãos sobre a cintura, indignada. Ele levantou o rosto apenas para massacrá-la com o mesmo olhar que enviara à .
- Vocês não sabem nada da minha vida, não sabem nada de mim e não tem o direito de me enganar desse jeito.
- JÁ CHEGA! Eu quero que você me explique o que está acontecendo e não que me ofenda assim como se eu tivesse feito algo de errado. – o garoto abriu a boca pra dizer mais alguma coisa, mas, Lizzie o deteve e sentou-se ao seu lado no gramado do jardim em volta do pequeno estádio da universidade. – Não, ! Quem vai calar a boca agora é você! Não venha me julgar e julgar à minha amiga sobre o que sabemos ou não sobre você e sua vida! Que se dane se não somos suas fãs e não te seguimos vinte e quatro horas do dia! Se dane se não sabemos o dia do seu aniversário se não perguntarmos! Se dane se a não sabia quem era o ou antes de conhecê-los! Somos amigas do , o cara que entrou na universidade um mês depois das aulas já terem começado. Estou falando com esse cara agora. E eu posso não saber muito sobre ele, mas, o que eu sei é sincero e eu não precisei ler nenhuma revista pra descobrir.
apenas a observava tentando encontrar o fio de verdade em sua voz, o brilho de sinceridade em seus olhos apesar de estar completamente cego pelo nervosismo.
- Só quero que me explique o que aconteceu e de preferência sem utilizar as palavras famoso e idiota. – ele respirou fundo e por alguma razão decidiu confiar na loira. Mesmo que ela soubesse de toda a aposta e o tivesse feito de idiota junto com a amiga ela merecia saber como ele descobrira a farsa.
- Eu ouvi sobre a aposta, ta bem, Evans! Ouvi a Joanne e sei lá quem da torcida falando sobre o solo e sobre a aposta que ela fizera com sobre mim.
- O que? Precisa ser mais específico, ta bem? Primeiro, Joanne? Sério? – ela fazia uma careta de reprovação. – Você é muito tolo se confia em uma palavra daquela garota. Mas, continua a sua história emocionante, por favor...
- Pára de zombar, Evans. É sério. Eu sei que você esta se fazendo de desentendida, mas, vou te contar tudo mesmo assim... – ele narrou a cena do refeitório dias antes e Lizzie não parecia compreender direito até racionar por alguns instantes.
Ela ficara tanto tempo calada que pensou em se levantar e sair, mas, quando ele estava prestes a fazê-lo a garota se levantou em um pulo. Ele a seguiu, curioso, mas, ainda desconfiado.
- Então era isso... – a loira respirou fundo. – Joanne esteve preparando isso por dias! Ela entregou o solo pra na segunda porque disse que não estava preparada. Mentirosa! Provavelmente foi correndo combinar com a amiguinha pra te enganar. – Lizzie revirou os olhos, sentindo um esclarecimento rápido de todos os fatos. Sorriu simpática para o moreno à sua frente, mas, ele não parecia nada amigável. – Agora você já pode ir lá pedir perdão pra .
- Sinto muito Lizzie, mas, não sei se acredito em nenhuma das suas palavras. Sério, eu quero muito ficar sozinho, então, me deixa, ta? – e saiu como o vento mais uma vez, em direção ao enorme carro preto que sempre o esperava em frente à universidade.
Lizzie apenas observou enquanto o carro se movimentava completamente absorta em seus pensamentos. Voltou a caminhar em direção ao estádio procurando as palavras certas para conversar com . O problema parecia ser um pouco maior do que ela previra e precisaria de provas para comprovar a inocência da amiga, o que seria bem difícil.
- Eu realmente não quero nenhuma palavra sobre isso. Só quero ir pra casa, por favor. – reclamava enquanto Lizzie e a faziam entender o que acontecera com e Joanne.
- , isso é sério, você tem que tirar satisfações com aquela vaca de uniforme! Você devia expulsá-la da equipe, Liz!
- Queria que fosse fácil assim, . Mas, sério, me ajuda a levar a pra casa.
- Não! Não vou pra PAR! Eu vou ficar na casa da . Não quero ver a cara daquela coisa.
- Tudo bem, me ajuda a levá-la pra sua casa então .
- Ok. Mas, Lizzie, você já sabe né?
- Nem precisa falar nada. Não passa de hoje. Tem muita coisa engasgada na minha garganta e enquanto eu não cuspir na cara daquela baleia eu não durmo.
ria observando a expressão maquiavélica de Lizzie enquanto continuava chorando e caminhava ao lado das amigas, sem expressão.
A conversa de e não fora muito diferente de e Lizzie a não ser pelo fato de que não fazia idéia do porque ficara tão bravo a ponto de ser rude com a garota. Ele sempre fora tão romântico e atencioso que já deveria prever que um dia seus defeitos apareceriam, afinal, nenhum garoto é assim não perfeito e nenhum relacionamento acontece assim tão fácil. Pelo menos não com ela.
13 – All comes back to haunt you in the end
- Ué, a senhorita perfeição não chegou ainda, é? – perguntava Joanne logo que Lizzie adentrou a casa sozinha. A expressão da morena era de deboche e tudo o que Lizzie fez foi encará-la até que seu ódio momentâneo diminuísse a ponto dela conseguir dizer alguma coisa.
- Escuta aqui, Joanne. Eu quero que você preste bastante atenção no que vou te dizer... O e a estão apaixonados e vão continuar assim quer você queira ou não. Então faz um favor pra humanidade e procura outro bonequinho pra você brincar, porque ao contrário de você, falsa e arrogante, a é uma garota incrível que tem vários amigos pra apoiá-la. Então, se não quiser ficar velha sozinha amargurada trate de arrumar alguma coisa útil pra fazer além de falar mal da vida dos outros e destruir a felicidade das pessoas que já te amaram um dia. Pronto, eu disse tudo, não estou nem ai pra sua resposta e vou pro meu quarto. Tenha uma péssima noite! – e dizendo isso a garota se retirou, subindo as escadas antes de ouvir qualquer coisa que Joanne tentasse dizer. Lizzie agira como alguém superior e madura o que era bem diferente das atitudes da morena vingativa.
Enquanto Lizzie secava os cabelos recém lavados ainda usando um roupão rosa de banho ouviu um barulho alto e agudo que não demorou muito até que ela notasse que vinha de seu celular. Era estranho porque dificilmente as pessoas a ligavam naquele horário.
- Alô? – atendeu, desligando o secador e passando os dedos pelo cabelo, satisfeita com o resultado do aparelho.
- Liz? – era com uma voz chorosa que mal poderia ser ouvida.
- Oi, .
- Ela não esta nada bem... – Lizzie quase poderia enxergar revirando os olhos, cansada.
- E o que devemos fazer agora?
- Precisamos saber como o está. Precisamos de um plano, conversas, provas, sei la. Essas coisas vivem acontecendo nos filmes e estou tentando me basear em alguns deles pra encontrar a solução.
Lizzie ria do desespero da amiga. Mas, mesmo achando graça da situação, sabia que não seria nada fácil convencer e a pedirem desculpas um ao outro e seria ainda mais difícil enquanto continuasse fazendo o solo.
- , primeira coisa... Diga à ela que ela está suspensa do jogo de sábado. Seria ainda pior se ela fizesse o solo. teria uma comprovação...
- Certo.
- Você ainda tem o número do ou ?
- Não sei... Espera, eu vou procurar. – deixou o celular na cabeceira ao lado da enorme cama de casal aonde já dormia e colocou-se a procurar o pequeno papelzinho aonde anotara seu celular.
Logo que encontrou o numero a garota passou para a loira do outro lado da linha que depois de desejar-lhe boa noite, desligou o celular e tratou de terminar de arrumar seu cabelo. Enquanto Lizzie se preparava para dormir, anotou o celular de algum dos irmãos Jonas – ela se esquecera de perguntar qual exatamente – na agenda do celular e decidiu que ligaria no dia seguinte, depois de consultar sobre seu plano.
- Bom dia amigas lindas! – a loira dizia enquanto se sentava em frente às amigas em uma mesa diferente da habitual no pátio da Sir Jackson.
- É a quinta feira mais chata da minha vida. E devo ressaltar que tenho aula de Bioquímica hoje, a minha matéria favorita!
- Ual. – a outra suspirou ao notar o falso sorriso no rosto da amiga que tinha uma aparência muito diferente. Lizzie de repente notou que nunca vira tão pálida e aflita em toda a sua vida.
- , você se alimentou?
- Um copo de água vale, Liz? – devolveu uma pergunta com uma expressão nervosa e angustiada.
Lizzie apenas fuzilou a amiga com o olhar. sabia melhor do que ninguém sobre seu próprio estado de saúde que não era nada agradável tendo em vista o alto índice de glicemia em seu sangue e seria idiotice deixar de se cuidar por causa de um garoto. E foi exatamente esse o discurso que se seguiu de e Lizzie para a amiga moribunda que ouvia cada palavra sem prestar verdadeira atenção.
- Ah, qual é, vocês sabem que isso não é pelo . Eu nunca me deixei enganar por sentimentos, nunca me deixei seduzir e encantar por qualquer que fosse o garoto. O problema é que Joanne falou mentiras sobre mim, ela destruiu uma reputação que eu levei anos criando e cuidando para que nunca falhasse. Eu sempre fui sincera, honesta e leal e ela de repente decide que eu não fui uma boa amiga? Afinal, que tipo de garoto acredita nas besteiras que uma pessoa como ela diz? me prometera que iria confiar em mim, ele dizia gostar de mim. Se gostasse mesmo confiaria!
Não demorou muito para que voltasse a chorar e Lizzie e entregassem seus ombros para a garota. Além de estarem tristes por ver sua melhor amiga chorar, sentiam falta da presença de naquela mesa. Ele passara a ser mais um membro do grupo e ficara difícil imaginar o resto do ano letivo sem ele para pentelhar.
Jonas, por sua vez, não compareceu à universidade na quinta, nem na sexta. Ele provavelmente se sentia covarde demais ao tomar tal decisão, mas, cada vez que olhava pela janela de seu novo apartamento luxuoso em New Jersey e encarava o prédio de arquitetura grega tudo o que vinha em sua mente eram as palavras de : “É importante pra mim que você confie em mim e me apóie.” Ele sabia no fundo de seu ser que a garota estava certa, que ela realmente o amava, mas não tivera a oportunidade de expressar seus sentimentos. Ele queria poder voltar no tempo e dizer a ela as três palavras mágicas que ecoavam em sua mente cada vez que a via, queria poder a ouvir dizer que o sentimento era recíproco.
Mas, alguma voz maldita e irritante em sua mente continuava repetindo as palavras de Joanne sobre a aposta e o jogo de sexta. Ele sabia que seria uma grande hipocrisia ir ao jogo depois de tudo que dissera e fizera, mas ele queria comprovar, tinha que ter certeza. E sabia também quão desconfiado poderia soar, mas saberia enfim até onde poderia confiar em . E acima de tudo, tinha esperanças em vê-la nem que de longe.
O maldito dia finalmente chegara e foi quando e Lizzie resolveram colocar o plano que inventaram em prática. O primeiro passo era ligar para , ou , nenhuma delas tinha certeza de qual era o número.
esperou sentada em uma das arquibancadas do campo, que no momento ainda estava vazio. Lizzie já trajava seu uniforme de torcida enquanto ela fizera um esforço para colocar uma saia. Podia notar que a Loira estava nervosa discando os números com uma lentidão contestável e mordendo o lábio inferior de aflição.
- Alo. – alguém na outra linha dissera e Lizzie respirou fundo antes de responder.
- ? – chutou, esperando ter acertado. Não queria nem um pouco falar com Jonas sobre um assunto tão delicado afinal, ela não conseguiria falar com ele sobre nada e provavelmente assustaria o garoto ficando muda.
- Er, não. É o , quem está falando? – o garoto parecia confuso.
- Oi, ! – Lizzie respondeu, inutilmente escondendo sua animação. – É a Lizzie! – pensou por um segundo até admitir que ele provavelmente não se lembraria. – Lizzie Evans, sou amiga da...
- Eu sei! Liz! Como está, linda?
- Ah, tudo bem... – como ele poderia se lembrar?
- Então, pra você estar me ligando coisa boa nem deve ser... – ele riu fraco. – Você não me pareceu nada interessada... – pensou alto.
- O que? – agora era Lizzie quem estava confusa. Resolveu ir logo ao ponto e não deixar que a conversa mudasse de assunto e tomasse um rumo um tanto quanto estranho. – Escuta, ... Não sei se você sabe o que aconteceu com o e a ...
- Na verdade, eu sei... Mais ou menos. Quer dizer, o estava estranho, mas ele não conversou muito sobre isso.
- Então eu aconselho você a conversar com o seu irmão porque a briga foi séria. E depois disso você pode ajudar a mim e à com o nosso plano...
- Certo... Que tipo de plano? – enquanto o garoto perguntava Lizzie revirava os olhos, consciente do frio momentâneo em sua barriga.
- Só precisa chamar ela pro próximo show de vocês!
observava enquanto Lizzie explicava o plano e combinava qualquer tipo de detalhe com o garoto do outro lado da linha. Ela só esperava que funcionasse realmente porque apesar de adorar a presença de em sua casa, não era nada agradável vê-la chorando pelos cantos. E, mal ela conseguia admitir, sentia falta de .
Logo que Lizzie desligou o celular o sentiu vibrando novamente e o número de piscava desesperadamente na tela. Atendeu, aflita. Nos últimos dias a garota só fazia resmungar respostas e comer o mínimo que suas amigas permitissem.
- Liz? – perguntou, apenas para iniciar a conversa.
- Diz querida...
- Escuta, avisa a que eu estou saindo da casa dela... – a garota soltou um riso fraco do outro lado da linha, o que causou um sorriso de alívio em Lizzie que já estava esquecendo-se de como a risada da amiga soava.
- Você vai voltar pra PAR, ?
- Na verdade, ainda não.
- Hãn?
- Eu vou passar o fim de semana na casa dos meus pais no Texas.
- Sério? – Lizzie parecia confusa, mas, seu grande dilema estava entre aceitar que aquela viagem seria boa para a garota e perceber que ela poderia estar fugindo de Jersey, fugindo da Sir Jackson, fugindo de Jonas.
- Sim, eu volto no domingo a noite e vou direto pra PAR. Não esquenta amiga, você sobrevive mais um fim de semana sem mim.
- Ah, eu sobrevivo com certeza, mas pergunte à se ela sobreviveria...
fez careta perguntando-se do que a conversa se tratava, mas antes que ela pudesse descobrir, Lizzie desligara o celular e a encarava com uma expressão nada feliz.
- Acha que é uma boa idéia deixá-la visitar os pais sozinha?
- ? No Texas? – parecia pensar por alguns segundos e ao final deu de ombros, sua amiga tinha idade suficiente para decidir o que era melhor pra ela, afinal.
- Tudo bem, a torcida já deve estar chegando, você vem pro vestiário comigo?
- Na verdade, Liz, eu vou tomar um sorvete com Colin McReave antes do jogo.
- McReave? O nerd da genética?
- O próprio.
- ! Jonas teve um tombo por ti e você vai sair com o Colin McGeek? – Lizzie parecia alarmada, afinal, era uma garota linda e Colin McReave com certeza não era o melhor que ela poderia conseguir.
- Eu gosto do McReave, sabe? Além disso, não é só a beleza que conta no meu mundo, Liz. A Barbie pode ter o Ken, mas a Fiona com certeza não.
- Ah, qual é? O Colin esta apaixonado, . Apaixonado pelos livros! E você não é uma fiona se foi isso que esteve insinuando.
As duas amigas se encararam por alguns instantes até que dezenas de pessoas adentraram os portões da universidade, seguindo em direção ao campo.
- Tudo bem, Liz. Fica tranquila, você vai arrasar como sempre e eu vou ver se o Colin chegou, qualquer coisa, me liga.
Enquanto se afastava em direção à multidão de pessoas que acabara de chegar, Lizzie se perguntava se alguém poderia ter tão pouca estima. E como foi que nenhum garoto até aquele momento nunca dissera à quão linda ela era ou quão especial poderia ser para alguém. [n/a: será que alguém ai já se sentiu assim? Como a fiona que nunca vai ter o Ken? Tenso ;x]
nunca se sentira tão indisposto na vida. Mas nada o faria ficar em casa naquele sábado à noite. Ele lhe rendera muitos problemas e só conseguiria resolvê-los se estivesse presente naquele jogo. Foi com tal determinação que ele saiu de seu apartamento há duas quadras da universidade e seguiu de carro até lá.
Enquanto procurava algum lugar vazio e escondido nas arquibancadas para se sentar, procurava despistar o máximo de garotas e garotos que conseguia. Estava exausto de tantos autógrafos e fotos que acabara de distribuir já que os jogos eram os lugares favoritos para seus fãs se aproximarem dele. Alguns rostos lhe eram conhecidos... Colegas das aulas de Relações Públicas, colegas líderes de torcida que ele já vira com nos treinos e diversas outras pessoas que já tinham uma coleção de fotos com ele, mas não cansavam de pedir cada vez que o viam. Ele com certeza não estava reclamando, mas, naquele momento o que mais queria era ser invisível.
Quando finalmente encontrou , a quem poderia se juntar durante a partida percebeu que ao seu lado estava Colin McReave, bastante conhecido na universidade inteira devido às suas notas. Respirou fundo tentando procurar algum outro lugar já que não estava disposto a estragar o grande encontro de . O jogo estava prestes a começar quando encontrou um lugar vazio no último degrau da arquibancada. E quando ele conseguiu finalmente se sentar ouviu uma gritaria abafada e uns trinta líderes de torcida adentraram o campo cantando e dançando a fim de animar a platéia.
Mas, a parte mais intrigante de tudo isso foi o fato de que não encontrara em lugar algum . O que para ele era bom já que percebera a decência da garota ao renunciar o maldito solo e ficar em casa ao invés de torcer naquele maldito jogo. Mas, por outro lado sua imensa vontade de vê-la, não poderia ser saciada. Sentiu a consciência pesar mais uma vez e a voz de adentrar seus pensamentos dizendo-lhe que deveria confiar nela.
Quando o jogo finalmente acabara e a maioria das pessoas já saíra das arquibancadas em direção à alguma festa maluca em alguma das repúblicas da universidade (provavelmente a PAR), desceu até o campo e saiu a procura de Lizzie. Não demorou muito a encontrá-la, mas era incrível a habilidade da garota de estar sempre rodeada de pessoas. Ele esperou até que ela desse atenção à todos, dispensasse três convites de jantar e mais alguns para festas e finalmente tomou a liberdade de dirigir-lhe à palavra.
- Liz?
- ! – ela parecia surpresa.
- Oi... – ele parecia envergonhado.
- Tudo bem? – ela se aproximou, tocando-lhe o braço com afeto.
apenas sinalizou um sim com a cabeça. Lizzie respirou fundo e esperou que ele falasse.
- E como vocês estão?
- Estamos bem. A saiu com o Colin hoje, acho que ela gosta dele... – fez uma careta. – O que é bem estranho.
- Eu também acho... – ele soltou um riso leve. – E quanto ao ?
- Pois é! Foi o argumento que eu usei.
Eles riam encabulados. Não se viam há três dias e pareciam completos estranhos.
- E quanto à ? – ele finalmente perguntou.
- A ? A foi embora, .
14 - For you I’d be but in a thousand miles just get you where you are
- Como assim embora, Evans? – sentiu as pernas bambearem por um segundo e se Lizzie não estivesse segurando seu braço ele provavelmente teria caído.
- Para o Texas, lembra? Ela foi visitar os pais. Disse que voltava segunda, mas eu tenho sérias dúvidas. Ela está fugindo da gente. – a garota parecia desolada ao falar e sentia-se cada vez mais afundando no gramado da universidade.
- Ela tem que voltar, Lizzie. Ela precisa estudar, já está no segundo ano. Ela vai voltar, não vai?
- Eu acho que você deveria falar com ela, . Ela provavelmente voltaria se vocês se acertassem.
respirou fundo por alguns segundos e sorriu fraco para a loira à sua frente. Ele provavelmente não seria tão corajoso ao ponto de falar com .
- Eu confio nela, Liz. – ele começou, desculpando-se com o olhar. – Mas não sou do tipo que volta atrás e pede perdão antes de ter certeza. Eu sou covarde demais pra isso. – deu de ombros e seguiu campus afora. Precisava fugir daquele lugar do mesmo jeito que fizera. Entrar na faculdade fora provavelmente a pior idiotice que ele poderia ter feito.
Enquanto observava o garoto ir embora, Lizzie avistou e Colin de mãos dadas seguindo para algum lugar nada divertido que provavelmente iria odiar. A expressão da garota já era de horror a cada lugar que o menino sugeria.
Lizzie bufou e seguiu o casal, pronta para mostrar para que o lugar dela não era com aquele garoto e que é preciso amar aos livros antes de você mesmo para ficar com ele.
- ! – ela disse, confiante, como se não visse a amiga há dias.
- Liz?
- Sim. Oi Colin... – a garota fora o mais educada que pôde. – Vamos, vou dar uma festa na PAR e vocês são meus convidados de honra.
- Ah, não sei não Liz, o Colin tinha dito algo sobre um documentário...
- Eu vou ficar muito triste se não aceitarem! – Lizzie interrompeu a amiga. – Por favor, vocês vão se divertir. Vamos Colin, vai ser legal. – ela praticamente implorava.
- Pode ser uma boa ideia então... – Colin respondeu e imediatamente a expressão de se iluminou. Ela sorriu divertida e seguiu Lizzie e o grupo de torcedores para a tão conhecida casa.
Quando finalmente chegara na casa naquele sábado a noite e observou a universidade pela janela não teve grande surpresa ao perceber uma movimentação estressante na rua em direção à PAR. Impediu que as lágrimas se formassem novamente sob seus olhos e repensou em tudo que acontecera aquela semana.
Ele mal teve tempo de dizer a tudo que sentia, mal teve tempo de namorá-la e levá-la aos seus lugares favoritos. Mal teve tempo de amá-la. E tudo fora por sua culpa, por não acreditar e nem confiar. Grande exemplo estava dando aos seus fãs... Não confiar e não acreditar. Não era algo que ele faria constantemente, mas o fato de estar envolvida na história mudava tudo, ele simplesmente morria de ciúmes e insegurança sobre ela e a explicação resumida era o amor.
Enquanto procurava algo para se alimentar ouviu o barulho estridente da campainha e pensou por um segundo não atender, mas logo as vozes de seus irmãos invadiram o apartamento e ele não teve escolha. Abriu a porta a contra gosto e cumprimentou e sem muita animação.
- Olha, a Lizzie me disse que você estava mal e tudo mais, mas acho que ela esqueceu de mencionar o enterro, não é ?
- Sim, porque pra você estar assim só se alguém tiver morrido mesmo.
Os irmãos se completaram e manteve sua expressão séria. Os dois adentraram ainda mais o cômodo e colocaram uma pequena caixa quadrada sobre a mesa de centro. finalmente notou a pizza que os irmãos traziam e sorriu por finalmente encontrar o que comer, não tinha vontade alguma de ir até o supermercado.
- Morar sozinho deve ser um saco. – dizia parecendo avaliar cada coisa dentro do apartamento.
- Não, é bem legal… - respondeu ainda sem ânimo.
- Escuta, , queremos que você nos conte exatamente o que aconteceu. – falou , sentando-se no sofá com uma expressão séria.
- Por que? – ele perguntou, sentando-se frente à frente com os outros dois e atacando a pizza suculenta de mussarela sobre a mesa de centro.
- Porque somos seus irmãos!
- Isso! E nos preocupamos com você! – completou , dando um leve soquinho no punho fechado de .
- Isso, colega, pode se abrir e derramar suas lágrimas vamos passar o fim de semana inteiro conversando sobre isso com você.
suspirou pretendendo arrumar logo uma desculpa para expulsá-los de casa, mesmo sabendo que no fundo o que ele mais queria era ter companhia. E logo depois de alguns pedaços de pizza e diversas rodadas de videogame ele já tinha desistido da idéia de se desfazer dos irmãos.
- Anda, pessoal, vamos dançar! – Lizzie chamava, tentando conter o riso ao ver a expressão desgostosa de Colin sobre toda aquela baderna.
- Eu não acho que seja adequado.
- Colin, você vai gostar, é bem simples. Eu te ensino.
- ? Você sabe como fazer isso? Quer dizer, você faz mesmo isso?
revirava os olhos totalmente descontente com o encontro que ela planejara por alguns dias.
- Qual é, Colin? Não estamos em uma biblioteca, é fim de semana, colega! – Lizzie insistia.
A loira sabia que era importante estudar e ela estudava e muito para passar de ano em Educação Física, mas Colin era exageradamente exagerado e o que Lizzie menos queria no momento era que sua nova amiga seguisse o exemplo dele. Por isso Lizzie fez de tudo para que se sentisse confortável durante toda a festa o que não exigiu muito esforço já que a garota era encantadora e todos a tratavam muito bem.
Já Colin estava desesperado para ir embora e mesmo que não conseguisse admitir era o que ela mais queria que acontecesse. Quando o garoto finalmente desistiu de ter uma conversa agradável sobre biotecnologia e experimentos e saiu da casa apressado com alguma desculpa sobre provas, finalmente conseguiu se divertir, ainda mais quando lhe telefonou anunciando que iria ligar para naquela mesma noite...
estava pronta para dormir quando ouviu o toque estridente de seu celular sobre a cabeceira da cama. Descobriu-se e observou o visor antes de atender.
- Alo? – estava receosa com o fato de não conhecer o numero.
- ? É o , lembra? Jonas!
- Ah, sim... – suspirou aliviada. – Como vai, ?
- Estou bem melhor do que você e o , isso posso afirmar com certeza. – ele deu uma gargalhada gostosa e voltou a tagarelar. – Sabe o que eu queria princesa... Te chamar para o show da semana que vem... Vamos estar ai no Texas e eu acho que seria muito legal se você fosse.
- Ah... – ela procurou rapidamente uma desculpa. – Sabe o que é, ? Eu vou voltar pra Jersey amanhã! Preciso mesmo estudar, logo chegarão as provas e eu preciso mesmo me preparar se não quiser perder a bolsa.
- Sério, ? – ele revirou os olhos, indignado. – Pára de dar desculpas... Vamos, por favor. Sou eu quem está te chamando e você é nossa amiga, não é? Pode chamar a e a Lizzie também, vai ser bacana. Por favor... – o garoto praticamente implorava e ficou com receio de dizer não.
- Tudo bem. – ela suspirou. – Mas espero que o não fique zangado.
- Pode deixar, ! – quase pulou de alegria e teve de ser cuidadoso para não acordar o irmão que dormia no quarto ao lado. Parecia que teria uma semana de folga no Texas antes de ter que olhar para Joanne na PAR.
[n/a: Galera, vou pular um pouco e deixar de enrrolação, ok? HAHAHA é que realmente na semana que se passou nada de útil aconteceu.]
Uma semana depois e ela já fizera tudo que poderia se lembrar sobre aquele lugar. Sentiu o cheio da grama molhada perto do rio onde sempre cavalgava com as amigas e deu banho nos cavalos como sempre adorou fazer. percebeu que tinha passado tempo demais longe de casa e sentia falta de seus pais e amigos no Texas e foi extremamente gratificante passar uma semana inteira com eles até porque a ajudou a superar os problemas amorosos que vinha sofrendo com frequência nos últimos tempos.
- Ah, você tem mesmo que ir, ? – perguntava sua mãe, acariciando os cabelos da garota deitada sobre seu colo.
- Claro mãe, tenho uma faculdade para terminar. – ela ria. – Mas quando eu terminar, a senhora sabe que eu volto pra casa. Eu amo esse lugar. – sorria, admirando o por do sol na pequena varanda da casa humilde na qual seus pais moravam. Eram caseiros de uma grande fazenda.
- Vai sair hoje a noite?
- Sim, mãe. Lizzie e estarão lá também. Vou ficar bem.
- Não vejo como. Você vai ver o garoto que te deixou assim então temos duas opções: ou você fica pior, ou resolve tudo de uma vez.
- Prefiro arriscar e ter a chance de resolver, mãe. – ela ria.
A roupa da vez era um vestido básico preto com uma meia fina da mesma cor e botas de camurça de cano baixo. Como a garota sentia que a noite seria cada vez mais fria e tinha esperanças de que ela não terminasse apenas no show, colocou um casaco social marrom claro por cima. Sentia que a presença de Lizzie fazia falta naqueles momentos, ela provavelmente não se agradaria muito de algo no modelo, mas sentia-se bem e era isso que importava.
Pegou o pequeno papel no qual anotara o endereço do lugar e não teve que pensar muito, conhecia o ambiente de passagem já que ficava no seu querido centro de Austin. Ela mal conseguia se lembrar da ultima vez que estivera ali e sentiu um leve arrepio de saudades ao voltar. Chamou um táxi e esperou mais de trinta minutos até que saíssem da estrada de terra e então mais trinta minutos para chegar à cidade.
Quando chegou em frente ao lugar perguntou-se como faria para entrar, mas não precisou pensar muito já que no meio daquela multidão de fãs que gritavam descontroladamente ela avistou suas duas melhores amigas acenando.
- ! Pensei que você nunca chegaria!
- Verdade amiga, a comentou que sua casa ficava longe e tals, mas não consigo imaginar quão longe isso possa significar.
apenas ria, abraçando as duas como se não as visse há séculos. Na verdade aquela semana passou rápido mas de forma tão intensa que ela sentiu mesmo falta das amigas. até mesmo parecia diferente... Mais bonita e encantadora ainda.
- Ain, eu senti saudade de vocês!
- Você sentiu? Há, não sabe tudo que aconteceu essa semana, colega! A Lizzie melou totalmente meu encontro, me fez cortar o cabelo e usar salto ato. – analisava enquanto a amiga falava e não deixou de sorrir ao notar a diferença que aquelas pequenas mudanças fizeram em sua amiga.
- Melei mesmo, afinal encontro com Colin McReave só acontece na biblioteca minha filha, você precisa é de um moreno, alto, bonito e sensual que tem nome e sobrenome bem aqui atrás de mim. – a loira apontou para a enorme placa anunciando o show da noite: Jonas Brothers.
- Ai meu Deus, vocês não prestam... – ainda ria, revirando os olhos e procurando disfarçar seu nervosismo.
- Ta, chega de enrolar e vamos, os meninos querem nos ver antes de entrar no palco. – cada uma abraçou de um lado e seguiram portão adentro em direção aos fundos do palco onde o mundo dos bastidores as esperava. De repente teve certeza de que fora uma ótima idéia estar com aquele casaco: o frio em sua barriga aumentava a cada passo que ela dava.
15 – Hope to see you at the finish line
Enquanto adentrava os portões de ferro a caminho dos camarins, se deparou com Denise e Paul que a cumprimentaram calorosamente. A garota não pode deixar de se sentir magoada mais uma vez porque aquele casal parecia perfeito e ela teria grande honra em tê-los como sogros. Além de um ótimo exemplo de vida, Denise e Paul esbanjavam elegância por onde quer que passassem e Lizzie reconhecera o talento natural do casal para escolhas de roupas.
Quando finalmente encontraram o camarim dos irmãos tiveram que encarar a porta por um bom tempo até que se sentisse confiante o bastante para entrar. não sabia da presença da garota e ela também não fora informada sobre isso.
Lizzie fechou o punho e bateu cordialmente algumas vezes na porta até que um pequeno Jonas a abrisse sorridente.
- Meninas! – era Frankie, claro, elegantemente vestido e rigorosamente educado. As meninas não conseguiam deixar de pensar em como queriam ter um filho como ele.
- Olá Frankie! – cumprimentou a loira, adentrando o camarim e cumprimentando os outros irmãos.
- Oi pequeno. – disse , copiando os passos da amiga.
Antes que adentrasse o espaço, respirou fundo e sorriu o mais calorosamente que pôde para Frankie que devolveu o sorriso ainda maior.
- Olá. – ela falou, dando um passo para dentro do cômodo e deparando-se com ainda abraçando , e Lizzie sentados em alguns puffs espalhados pelo lugar e finalmente procurando desesperadamente ajeitar a gravata.
sorriu para os irmãos ao mesmo tempo em que , que até então observava seu reflexo no espelho arrumando a gravata, virou-se em sua direção completamente atordoado.
- ? – ele questionou, quase em um sussurro.
A garota sustentou seu olhar sobre o dele por alguns segundos até que tivesse forças suficientes para continuar a andar. Ela deu um leve beijo na bochecha de enquanto ainda ouvia alguns resmungos vindos de .
- O que? Você achou que chamaríamos Lizzie, e não a ? – repreendia o irmão.
- Não. – revirou os olhos. – Só esperava que me contassem sobre isso, afinal, são as minhas amigas.
- Não, . Eram as suas amigas, agora são NOSSAS amigas.
não poderia estar mais corada. Ela acenou para e olhou para sem ter idéia do que fazer. Passou pouco tempo especulando já que em segundos estava ao seu lado beijando-lhe a bochecha.
- Você está linda, . E eu jurei pro que nunca a veria tão linda como em Atlantic City. - como se fosse possível a garota corou ainda mais.
voltou a se sentar ao lado de Lizzie e e juntaram-se aos dois. estava prestes a fazer o mesmo quando fez um leve aceno com a cabeça para cumprimentá-la, ela acenou em resposta e então sim se sentou.
Não era um ambiente muito agradável para e quando tudo que os outros faziam era falar e rir, falar e rir. A conversa parecia tomar rumos cada vez mais diferentes e agora Lizzie dizia o quanto se sentia orgulhosa de passar para o torneio estadual de torcida. Frankie dissera o quanto as garotas da torcida de sua escola eram lindas e mesquinhas e tentava lhe explicar que nem todas são daquela forma.
apenas ria e fazia comentários vez ou outra para se mostrar presente, mas na verdade sua atenção estava completamente presa nas unhas que tentava roer, totalmente sem sucesso. [n/a: éee, imaginar um Jonas roendo unha é tenso HAHAHA mas é engraçado.]
Já o garoto mantinha sua atenção sobre seus dedos sem nem se preocupar em ouvir a conversa fiada dos irmãos e das amigas. Ele pensava inutilmente em como se aproximar de sem ferir seu orgulho.
- Meninos? – Denise adentrava o camarim, desconfiada. – Esta na hora do show. – disse simplesmente, fechando a porta atrás de si e seguindo para os camarotes VIP.
- Frankie, leva as garotas pro camarote ok? E aproveita bônus, não é todo dia que deixamos três maravilhosas garotas em sua responsabilidade. – pediu , olhando-se uma ultima vez no espelho seguido dos irmãos.
- Eu com certeza vou cuidar muito melhor delas do que o ! – Frankie fez piada e enquanto todos os outros riam, e se encaravam completamente sem expressões.
- Beleza, vamos lá.
- Eu achei que você e tivessem brigado...
- Ah... Sim, tivemos um pequeno desentendimento mesmo. – não conseguia deixar de sentir vergonha de Denise depois de tantos elogios que ela lhe fizera da ultima vez que se viram e ainda mais sobre a conversa que tiveram sobre seu filho.
- Você é uma garota legal , não queria que isso tivesse acontecido. – ela mantinha um olhar de reprovação. – Então eu realmente espero que vocês se acertem.
- Sabe Denise, você as vezes me intimida. – a garota soltou um riso fraco. – É uma mulher bonita, rica, com quatro filhos extremamente talentosos e eu não imagino o quanto se deve fazer para prevenir qualquer tipo de erro vindo deles. Não deve ser fácil é bem compreensível, mas quando você fala parece que está sempre intimando...
- Querida, perdão... Eu não falo com a intenção de te magoar, me entenda... Eu só quero o bem pros meus filhos. Eu sei que eles são maravilhosos e merecem alguém ao nível então, perdão mesmo. Você é maravilhosa e eu sei que merece o .
- Tudo bem, Sra. Jonas. É só que talvez seus filhos não sejam perfeitos. Eu só queria que soubesse que eu fiz de tudo pra dar certo com o , mas não é nada fácil quando ele não confia em mim. – nesse ponto a garota já estava praticamente em prantos e afastou-se da mulher antes que começasse a chorar.
No momento em que debruçou-se sobre a bancada do camarote VIP da arena, a voz suave de Niick Jonas soou sobre seu ouvido com as primeiras estrofes de Turn Right. [n/a: eu sei que tem dois ii HAHAHA mas isso é pra diferenciar na hora do script galera, porque independente do Jonas com o qual vocês estejam lendo, essa parte é exatamente sobre o Niiick neah? :D] Imediatamente ela olhou para de olhos fechados esperando que a música invadisse seu interior assim como invadia o dela.
”So turn right, into my arms...”
A garota se retirou contraditoriamente rápido e silenciosa do lugar procurando por um banheiro. A primeira porta que se seguia à direita era exatamente o que a menina procurava. Sentou-se sobre um dos vasos tampados aliviada por estar sozinha e chorou... Chorou o quanto não tinha chorado a semana inteira.
Chorou ate que seus soluços a denunciassem e a porta se abrisse devagar revelando uma Denise preocupada. A mulher assustou-se ainda mais ao reconhecer as feições angelicais da garota que conversava com ela minutos antes. Ajoelhou-se ao lado da garota que mal conseguia pronunciar uma palavra de tanto nervosismo e tocou levemente seus cabelos até que se acalmasse.
- ... O que aconteceu? – ela parecia tão preocupada e curiosa que sentiu o afeto que já sentia por ela crescer como células em seu interior.
- Eu vou ficar bem. – respirava fundo procurando conter as lágrimas.
- Não aqui. – Denise constatou, segurando firmes os ombros da garota e ajudando-a a se levantar devagar.
A mais velha secou as lágrimas da garota e molhou suas mãos na pia para limpar o rosto da menina enquanto esta tentava se recompor. Quando a aparência da garota finalmente melhorara as duas saíram do banheiro, não fazia ideia de onde a mulher a levava, mas não tinha forças para perguntar ou contestar. Além de estar completamente vulnerável depois de ouvir a música que para ela tornou-se hino de sua relação com o Jonas, estava totalmente envergonhada por ser pega pela mãe do mesmo em situação tão desagradável.
Antes que pudesse perceber estava de volta ao camarim dos garotos e imediatamente Denise a preparara um copo de água. A mulher estava prestes a colocar uma colher de açúcar na mesma quando a garota se lembrou de como falar.
- Sra. Jonas, eu não posso ingerir açúcar assim. [n/a: eu odeio quando tenho que dizer isso pras pessoas ¬¬ HAHA pior ainda é quando elas não têm adoçante em casa DD: diabéticos sofreeem!]
A mulher imediatamente se voltou para a garota com uma expressão confusa até que a menina voltou a falar:
- Tenho diabetes.
- Oh, querida. Perdão novamente. – então ela pingou algumas gotas de adoçante no copo e entregou para a menina. – Isso é interessante... É bom pro Niick ter alguém com quem dividir essas frustrações.
- É... – a garota pegou o copo de água e bebericou esperando se sentir melhor. – Perdão por isso, Denise.
- Não querida, perdoe a mim. Eu não fazia idéia de como você e estavam brigados, se eu tivesse noção eu não teria falado sobre aquilo com você. – sentou-se ao lado da garota, abraçando-a e reconfortando-a. – Se meus filhos ao menos conversassem comigo e me contassem o que estava acontecendo... – ela parecia decepcionada.
- Eu acho que eles já tinham um grande plano bolado para essa noite e achavam que tudo fosse se resolver rápido, não quiseram te preocupar...
- O que aconteceu, realmente, ? Quero ouvir a história completa vinda de você.
- Mesmo que você acabe não acreditando?
- Não acho que esse vá ser o caso, mas sim, mesmo que eu não acredite, quero ouvi-la.
Então finalmente se sentiu confortável conversando com Denise Jonas. Ela ouvia atentamente a cada frase da garota e perguntava por detalhes demonstrando completo interesse no assunto. E antes que pudesse falar sobre como se sentira ao ouvir tocando sua musica, ela já estava aos prantos. Não precisou falar muito porque Denise a entendera como sua mãe sempre fazia. As duas permaneceram no camarim até que o show terminasse e a mais velha pediu que trouxessem algum tipo de petisco para se alimentarem.
As duas tinham acabado de terminar uma grande bandeja de cookies diet e já estavam rindo de qualquer outro assunto que passasse longe da noite intrigante, de e de qualquer outra coisa que pudesse fazer voltar a chorar. Quando finalmente os irmãos adentraram a sala junto com Lizzie e rindo confortavelmente parecendo contentes com o resultado da noite. Só então repararam na presença de e Denise no lugar. As duas deram de ombros e sorriram amigáveis para os irmãos.
- Foram incríveis, príncipes.
- Como pode dizer isso mãe, você passou a maior parte do show aqui com a ! Dava pra ver as duas lá do palco! – ralhou, parecendo realmente irritado, mas logo deu um sorriso e abraçou a amiga. – Mas eu perdôo vocês só porque é ótimo vê-las se dando bem.
- Falando assim até parece que é você o interessado, né ? – dizia , piscando para o irmão.
- Ah, não, só estou fazendo o trabalho do enquanto ele fica se lamentando por não fazê-lo.
- Apoiado! – gritaram Lizzie e ao mesmo tempo, rindo. As duas pareciam bem animadas e sentiu inveja por um momento.
- Falando em , é com ele mesmo que eu quero falar! Vamos meninos, levem as meninas para os carros e as levem para o restaurante, vou com o mais tarde. Peçam para Paul seguir vocês e tomem conta do Frankie. – o pequeno revirou os olhos e exclamou algo como: “já sou grandinho, mãe”, mas foi ignorado.
- Mas mãe... – tentou reclamar, mas a mulher apenas lhe lançou um olhar fatal que fez a ele e a todos seguirem suas ordens com precisão.
pediu que o acompanhasse em seu carro enquanto , Frankie e Lizzie seguiam no carro com o Sr. Jonas. A garota não parecia muito confortável e pensava na conversa que estaria tendo com sua mãe naquele momento. Pareciam duas crianças mimadas brincando de namorar enquanto os adultos lhes ensinavam como deveria ser e ela se sentia presa por isso, afinal não estava nas mãos de ninguém além dela e dele decidir o que fariam, mas deixou que esses pensamentos se esvaíssem quando seus amigos começaram a conversar.
- Eu não sei se vocês repararam, mas o praticamente seqüestrou nossa amiga... – comentava Lizzie com um sorriso nada angelical.
- Sim e eu teria feito o mesmo com você se tivesse vindo com meu carro. – piscou para a menina e imediatamente ela corou da cabeça aos pés.
- Ual, maninho... Essa foi bem direta hein?! – Frankie exclamou, trocando soquinhos de punho com o irmão. Lizzie continuava estática e ria sinceramente da atuação da amiga.
- Não foi assim que eu te ensinei, Jonas! – Paul ralhou, bagunçando os cabelos do filho mais velho sentado ao seu lado.
- Pois é pai, por isso ele continua solteiro! – dizia Frankie soltando ainda mais gargalhadas de enquanto Lizzie continuava calada.
- Olha só bônus, eu só não vou brigar contigo por essa pequena mal criação porque a está rindo e esse era o intuito da noite!
- Tudo bem pai, eu deixo você me agradecer! – Frankie brincava, ligeiramente corado por estar segurando o riso.
Parecia que tudo estava aos poucos voltando ao normal e se sentia novamente como uma garota sortuda. Afinal, mesmo que tivesse brigado com , quantas garotas não gostariam de estar em seu lugar? E elas estavam realmente certas porque aquela família inteira trazia bem-estar para todos que estivessem ao seu redor. Era como um conjunto, você ganha um amigo Jonas e ele vem com o pacote família inteiro. E era extremamente gratificante.
- Queria ser uma mosquinha e saber o que está acontecendo no outro carro... – Lizzie sussurrava para enquanto mudava a estação do rádio a cada dois segundos.
Ao chegar o restaurante parecia relativamente vazio, era um lugar elegante e clássico onde se encontravam apenas pessoas com um alto padrão social. Havia uma pista de dança em frente à um pequeno palco onde uma banda tocava desde Jazz a Blues com instrumentos brancos.
Paul perguntou por sua reserva e um dos garçons vieram encaminhar a família à sua mesa. Não demorou muito até que estivessem todos acomodados em uma grande e maravilhosamente posta mesa ao lado da pista de dança, de onde reparava os diversos casais que se misturavam por lá dançando de um jeito extremamente bonito e romântico.
- Vocês estão com fome, crianças? – Paul questionou recebendo alguns olhares nada felizes de seus filhos que já não se consideravam crianças.
- Não papai. Melhor esperarmos por e .
- Tudo bem.
Assim que o homem reproduziu a frase, e adentraram o lugar procurando pela mesa onde os outros se encontravam. Perguntaram pela reserva na recepção e seguiram calorosamente até a mesa. e Lizzie não deixaram de reparar nas mãos ágeis de pousadas sobre a cintura da garota enquanto caminhavam elegantemente como um verdadeiro casal. se sentou ao lado de e ao lado dela enquanto Paul permanecia na ponta da mesa entre e . Lizzie e Frankie seguiam o garoto e os dois lugares que sobraram eram ao lado de e ao lado de Frankie. Ela torceu internamente para que Denise ocupasse o lugar ao seu lado.
Mas depois de alguns minutos quando os últimos membros finalmente adentraram o salão, reconhecendo a mesa da família imediatamente, as preces de foram completamente em vão. Lá estava sentando-se bem ao seu lado e lançando-lhe um olhar de súplica. Ela estava a ponto de chorar novamente, mas conteve-se.
Fizeram seus pedidos e esperaram até que fossem servidos. Enquanto esperavam, a família entrou em uma conversa animada sobre televisão ou qualquer outra coisa que nem e nem estavam prestando atenção. Falavam algo sobre a diferença de qualidade entre as séries antigas e as atuais e todos pareciam concordar que as novas séries utilizam sempre os mesmos argumentos cansativos de enredo.
bebericava seu suco de laranja sem açúcar que o garçom acabara de trazer enquanto a observava. Tentava criar coragem para falar com ela há horas e lá estava a voz de sua mãe martelando em sua cabeça sobre ser um idiota e não confiar na garota com a qual queria namorar. Respirou fundo e tentou chamar a atenção da garota com sussurros, mas ela estava entretida demais em procurar bactérias na borda do copo.
- ... – desta vez ele a cutucou com a ponta do dedo e garota por pouco não tomou um susto. Ela o encarou com os olhos inchados e cansados perguntando-se porque ainda dava chances ao amor... Ela simplesmente não fora feita para ser feliz. Mas lá estava novamente segurando a mão de enquanto ele a levava para longe da mesa.
Seguiram até algum tipo de bar onde diversas pessoas se debruçavam sobre os balcões para pedir bebidas. Em volta do mesmo havia algumas mesas mais reservadas e também algumas poltronas onde algumas pessoas esperavam por uma mesa no restaurante quando o mesmo estava cheio. O lugar era obviamente mais silencioso devido a distancia que ficava da banda e a pouca quantidade de pessoas que estavam por ali. se sentou a uma das altas mesas redondas e esperou que fizesse o mesmo.
- Eu queria conversar com você...
- É eu percebi. – ela tentou parecer menos grossa, mas era impossível, pois estava magoada.
- , por favor... – ele já estava quase chorando e isso a assustou. – Seja legal comigo, eu sei que sou um idiota... – agora o garoto realmente estava aos prantos e o máximo que conseguia fazer era o observar incrédula. Ele soluçava de tanto chorar e respirava fundo para encontrar oxigênio. Por fim, a garota sentiu dó e o abraçou apertado esperando que seus soluços cessassem, inutilmente.
Ao sentir os braços firmes da garota ao seu redor chorou ainda mais, praguejando-se por ser tão imaturo. Fora uma discussão tão besta e poderia ser resolvida com tanta facilidade, mas ele tornou as coisas cada vez mais complicadas.
- , se acalma, por favor.
- Não consigo... – ele respirou fundo, encarando a garota à sua frente. – Você está com os olhos vermelhos, . Sei que chorou praticamente a noite inteira e me sinto um animal por ser o motivo dessas lágrimas.
- Não ofenda os animais... – soltou um riso fraco, controlando-se para não chorar junto com ele. Ver chorando era ainda mais doloroso do que vê-lo acusando-a.
O garoto permaneceu calado, controlando cada vez mais seus nervos e parando de chorar até que se sentisse mais calmo.
- Perdão. – falou, o mais sincera e profundamente. – Eu sei que estive errado e fui injusto com você, mas eu te adoro, . Eu não sei mesmo como deixar isso mais claro, eu preciso de você. E todos nós cometemos erros, certo? Eu quero muito uma nova chance porque eu sei que podemos fazer isso dar certo, porque eu sei que gostamos pra valer um do outro. Porque eu quero que você seja minha namorada um dia, quem sabe minha esposa, mas pra isso eu preciso de mais uma chance!
Era difícil conter as lágrimas quando se ouvia coisas lindas como aquelas. apenas o abraçou ainda mais forte e beijou a bochecha do garoto com carinho.
- Eu posso te dar um milhão de chances desde que você saiba se desculpar e esteja realmente arrependido . Porque é isso que as pessoas fazem quando estão apaixonadas... Elas perdoam e pedem perdão. – sussurrou devagar esperando que sua respiração fizesse algum efeito no garoto, com completo êxito.
Ele sorriu descontroladamente e a tomou nos braços mais uma vez, selando seus lábios em um selinho demorado.
16 - Though we will have our differences something strange and new is happening
O casal encarou um ao outro por alguns segundos e sem dizer mais nenhuma palavra levantaram-se e seguiram em direção à mesa onde alguns garçons já serviam toda a família. Sentaram-se ainda sem dizer nenhuma palavra e como bons e respeitosos amigos ninguém comentou o sumiço do casal.
Durante o jantar a maior parte da conversa se dava a partir das musicas que a banda tocava que eram em sua maioria antigas e clássicas com aquele toque romântico que todas as músicas clássicas tendem a ter. Denise e Paul lembravam-se de muitas delas. Lizzie tomava coca-cola sem pestanejar e podia jurar que ela estava adorando. ainda reclamava de seu salto alto, mas depois de tantos elogios que a fizera, ela parara de falar tanto.
Finalmente terminaram o jantar e a banda passou a tocar musicas mais alegres e mais atuais, o que fez Lizzie se animar imediatamente e seguir para a pista de dança, incentivando , e a segui-la, o que eles fizeram com muito prazer. Denise e Paul agora questionavam o filho sobre a faculdade e ele parecia bem entretido no assunto.
- O pessoal do meu curso costuma ser bem reservado, mas sempre tem aqueles puxa-saco que falam comigo porque eu sou Jonas. Mas eles nunca me prejudicam, então às vezes é legal ter com quem conversar.
- Não sei se é uma boa idéia, mas afinal, você acaba se acostumando com essa parte da fama, não é, filho?
- Sim, mãe, mas eu aprendi direitinho a descobrir quem são as pessoas que gostam de mim por quem eu realmente sou. – o garoto sorriu encarando por alguns instantes.
- Acho digno. Mas não esqueça que deve dar atenção pra todas. Do jeito que as coisas têm andado provavelmente e vão querer se unir a você em breve, então, você não terá mais tanta atenção assim. – Denise ria, imaginando os três filhos na faculdade.
- Acho que a Lizzie deixou bem clara a opinião dela sobre isso... – e riam ouvindo Frankie falar.
- E qual sua matéria favorita, filho? – Paul questionava, vendo que sentia-se extremamente orgulhoso por estar cursando uma faculdade. Arrependeu-se do que pensara dias antes sobre ser a pior coisa que fizera em sua vida.
- Provavelmente Comunicação e cultura I. – ele soltou um riso divertido. – Eu tenho um pouco de prática nessa área não é, pai? – também sorria, completamente alucinada pela risada grossa de que ela não ouvia há um bom tempo.
- Seu professor é o Ferraboli? – a garota perguntou, apenas para se mostrar presente. [n/a: tenho que dar créditos ao meu professor lindo de anatomia... HAHAHA não conheço nenhum dos professores de relações públicas, então, vai esse mesmo!]
- Sim! – sorriu para ela.
- Ele é demais. Dá aulas de Metodologia científica pra gente. – sorriu ainda mais, como se fosse possível. – É bem engraçado.
- Ual, ele deve ter um currículo e tanto! – Denise exclamou.
- Sim. Ele é formado em R.P. e Metodologia de ensino. Como meu curso me dá diploma de licenciatura também, eu tenho certas matérias voltadas para o ensino também.
- Muito interessante, . – Paul sorria, incentivando a garota a continuar.
- Eu pensei em fazer pós em metodologia de ensino também depois que terminar a graduação, mas não sei se seria uma boa professora.
- Eu tenho certeza que sim. – comentou, fazendo a garota corar intensamente da cabeça aos pés.
- Se você fosse professora, poderia me dar aulas de biologia, não é, ? – Frankie comentou. Os outros riram vendo mexer no cabelo, envergonhada.
- Não seria má idéia, Frankie.
- Ah, não mesmo. Quem sabe assim ele se interessa mais por ciências, não é Frankie? – Denise falou.
- Poxa mãe, aquela minha professora também não ajuda muito, mas se a minha professora fosse a , eu com certeza ia estudar muito! – ele piscou para a garota ainda corada e riu intensamente.
- Certo filho, mas ainda assim o senhor precisa estudar! Vai demorar pra se formar...
A família continuou conversando agora sobre Frankie e sua educação. Aquele parecia um assunto longo que duraria alguns minutos para ser resolvido então logo que ouviu as primeiras notas de “Say a little prayer for you” vindas dos instrumentos da banda ele teve a brilhante idéia da noite.
[n/a: Se quiserem acompanhar: http://www.youtube.com/watch?v=ugvB0RwW0Yg&feature=related]
não podia acreditar que estava realmente estendendo sua mão para ela. Mas o que mais ela poderia fazer naquele momento? Primeiro de tudo, adorava aquela musica, segundo estava completamente apaixonada por independente das brigas e desentendimentos que tiveram e poderiam vir a ter na vida. Terceiro porque estava na frente dos pais e irmãos do garoto (irmãos esses que ainda dançavam com suas melhores amigas) e seria inadequado rejeitar. Então tudo que ela fez foi aceitar!
The moment I wake up
Before I put on my make up
I say a little prayer for you
While combing my hair now,
And wondering what dress to wear now,
I say a little prayer for you
Ele a segurou pela cintura como se manuseasse algum tipo de pedra preciosa. deixou que suas mãos seguissem o contorno do pescoço rígido do garoto e tocou seus cabelos com a ponta dos dedos, sem deixar de encará-lo.
Forever, and ever, you'll stay in my heart
and I will love you
Forever, and ever, we never will part
Oh, how I love you
Together, forever, that's how it must be
To live without you
Would only meen heartbreak for me.
sorria intensamente, segurando a mão da garota com firmeza e girando-a uma e duas vezes até que a garota se sentisse confortável. Ela finalmente tocou o ombro do garoto e deixou que ele a guiasse pela pista de dança como se estivessem sozinhos.
Sorriam um para o outro com a certeza de que tudo ficaria bem, afinal, todo casal tem brigas, todos temos ciúmes, todos temos incertezas e fraquezas, mas o importante da vida é aprender a conviver com elas!
Continuaram dançando até o fim da música, sentindo a corrente de elétrons passar por seus nervos como eletricidade acendendo as luzes de uma cidade inteira. uniu as feições de seu rosto com as da garota, segurando-a pela cintura com as duas mãos enquanto sentia os dedos da garota entrelaçados sobre seu cabelo. Deslizou a ponta de seu nariz sobre a bochecha quente da menina, e selou seus lábios sobre a mesma. sorriu, ainda constrangida, mas mesmo assim deslizou suas mãos pelos ombros do garoto e acariciou a bochecha do mesmo, sentindo-o beijar seu queixo.
beijou a testa da garota com ternura e esperou que seus olhares se encontrassem mais uma vez até que se sentisse pronto para dizer à ela o que realmente estava sentindo naquele momento. Respirou fundo, fechando os olhos por um segundo para sentir a ponta do polegar da garota traçar o contorno de seus lábios devagar. Sorriu antes de abrir os olhos e encará-la pouco antes da música acabar:
- Eu te amo. – ele finalmente disse, vendo o sorriso da garota e o brilho de seus olhos crescerem ainda mais ao ponto de transformar-se em uma pequena lágrima que rolou por sua bochecha avermelhada até que ele a abraçasse e girasse com calma, tirando os pés da garota do chão por alguns segundos.
- Eu também te amo, . – a música finalmente acabara e eles estavam se beijando no meio da pista de dança, sentindo alguns olhares curiosos sobre si, mas aquilo não fazia nenhum efeito já que tudo o que conseguiam sentir era aquelas famosas borboletas você já sabe onde...
- Eu sempre quis me casar com essa música. – a menina disse logo depois de sentir os lábios de deixando os seus.
O garoto riu intensamente e a abraçou mais uma vez, tentando demonstrar para o mundo tudo que ele sentia. De repente, , , e Lizzie estavam ao lado do casal, observando-os com aquele sorriso maroto na face.
- Se resolveram, né? – perguntou Lizzie, com uma expressão ordinária no rosto.
- Bonitos vocês dois. Tivemos todo esse trabalho pra trazê-los até aqui quando tudo o que precisavam fazer era ser sinceros sobre seus sentimentos! – repreendeu , recebendo olhares assustados dos outros.
- É isso ai. – concordou.
- Calma, galera. – ria. – Obrigada se é isso que vocês estão querendo ouvir... – todos começaram a falar ao mesmo tempo, agradecendo de volta e resmungando sobre como mal-agradecidos eram seus amigos. Enquanto todos falavam ao mesmo tempo, pode perceber as mãos de e entrelaçadas e o mesmo acontecia com e Lizzie. – PERAÍ! – ela gritou, totalmente chocada. – Vocês estão com essa falação toda pra tentar esconder isso aqui da gente? – a garota perguntou, apontando para os dois casais.
- Han?
- O que?
- Aqui, onde?
- Não grita!
¬- Do que você esta falando?
Todos começaram a falarem juntos mais uma vez enquanto e reviraram os olhos, incrédulos. Olharam-se por um instante e sorriram um para o outro, voltando a beijarem-se ignorando os outros quatro que resolveram por fim parar de discussão e voltar a dançar juntos.
- Te disse que você valia mais do que pensava, . – brigou Lizzie, enquanto a abraçava.
- Cala a boca, Evans. – estava completamente corada.
- É verdade, linda. – concordou, mais uma vez. O garoto a fizera elogios a noite inteira e não parava de segurar sua mão como se fossem mesmo um casal.
- É por isso que eu adoro a faculdade! – filosofou, suspirando.
- Você nem nunca esteve lá, Jonas! – Lizzie falou.
- Até o ano que vem queridinha... Me aguarde!
- Ah, não! Não faça isso, por favor. Eu já não consigo treinar meus atletas porque eles só sabem olhar pro astro Jonas, imagina isso duplicado?
- Triplicado, loirinha! – acrescentou.
- TRIPLICADO? Jamais!
- Liz, não vê que o só quer ir pra faculdade por causa de você? Quer dizer, qual é, ele não duraria um semestre! – finalmente se pronunciou, depois de beijar intermináveis vezes.
- ! Você não ta ajudando, cara! – reclamou.
- Não precisa ir até a faculdade por minha causa, Jonas. É só me trazer um pouco de coca-cola que você já me ganha. – Lizzie disse, piscando para o garoto que ainda a abraçava pela cintura.
abriu a boca, numa expressão incrédula e ralhou algo como “oportunista” antes de sair para buscar coca-cola para a loira. Os outros riam enquanto viam o garoto se afastar.
- E quanto à mim... O que eu tenho que fazer pra te ganhar, ? – dizia , aproximando-se perigosamente da garota enquanto os outros faziam um coro de “uuh” e riam desesperadamente. estava completamente avermelhada de vergonha.
- , vai matar a garota de vergonha desse jeito! – comentou, ainda sem conseguir respirar de tanto que ria.
- O que sugere que eu faça, ?
- Beija ela logo! – disse , fazendo as outras duas rirem ainda mais enquanto tentava se esconder com as mãos.
simplesmente não esperou resposta da garota, avançou, quase num impulso, tocando-lhe as mãos e retirando-as do rosto da menina, que ria fraco, mordendo o lábio inferior. Ele beijou a bochecha da menina com carinho e traçou uma pequena trilha até os lábios rosados pelo batom da garota que não demonstrou obstáculos. Fecharam os olhos e se entregaram para um momento romântico finalmente.
Enquanto e uniam seus lábios, e copiaram o ato, deixando que Lizzie os encarasse desacreditando que a deixariam mesmo ali sozinha. Mas para a sorte da garota, já estava ao seu lado, com um pequeno copo de coca-cola.
Lizzie bebericou o líquido do recipiente e sentiu aqueles famosos arrepios que a coca-cola gelada e cheia de gás causa no nosso organismo. Ela encarou com um sorriso e sentiu as mãos do garoto em sua cintura. Tocou a nuca do menino com a mão livre e o trouxe mais para perto, sentindo o hálito fresco dele se misturar ao seu. Beijaram-se como os outros dois casais, novamente entregando-se para um momento romântico.
- Você vai pra casa amanhã? – perguntou enquanto esperavam por um táxi.
, e Lizzie voltariam para o sitio apenas para passar a noite enquanto a família Jonas estaria hospedada em um hotel cinco estrelas de Austin. provavelmente faria as malas e se despediria dos pais na noite de domingo, embarcando com as amigas num vôo direto para New Jersey.
- Sim. – a garota sorriu, vendo o menino chamar um táxi rapidamente.
- Eu te ligo quando chegar na segunda, ok? Vou tentar ir pra faculdade, apesar de estar bem cansado.
- Tudo bem, . Nos vemos pelos corredores. – ela sorriu, vendo as amigas se despedirem dos outros dois irmãos. Já tinham deixado Paul, Denise e Frankie no estacionamento do restaurante e os meninos esperavam por um táxi para levá-las para casa antes de entrar em seu próprio carro e seguir para o hotel.
se despediu rapidamente dos outros dois Jonas e voltou-se mais uma vez para , beijando-o como fizera a noite inteira. Esperava que ele fosse para a faculdade na segunda porque sabia que sentiria sua falta se ele não o fizesse, mas não era o tipo de garota persuasiva.
As garotas adentraram o táxi, preparando-se para uma longa viagem de uma hora até o sitio e esperando ansiosamente por um banho e um ótimo resto de noite de sono.
A melhor parte do domingo foi o fato de ter suas amigas consigo. Ela pode fazer tudo que adorava fazer no Texas com Lizzie e . Andaram de cavalo, tomaram banho no riacho e principalmente, dançaram música country com os donos do sitio e seus filhos mais novos. Foi um dia extremamente divertido e apesar de já ter estado no lugar foi como uma nova experiência porque estavam mais unidas e agora eram um time completo com Lizzie.
Não foi fácil para se despedir de seus pais naquela tarde. Mas seria ainda mais difícil pra ela se despedir de toda sua nova vida em Jersey e voltar para aquele lugar afastado onde tudo que se podia fazer era comer milho. Ela com certeza não pertencia ali.
Epílogo - It's the best that I've ever had, give my love to him finally!
É interessante como as coisas podem voltar ao normal facilmente quando o jogo está ao seu favor. Para sua amizade com Joanne já terminara e fora algo completamente desperdiçado em sua vida. Já temos falsos amigos demais e ela não gostaria de mais uma. Então, para que não houvesse mais brigas, desentendimentos ou para que não visse mais a cara da menina quando desnecessário, a garota pediu encarecidamente que Lizzie a deixasse sair da PAR.
Não que tivesse sido algo muito difícil porque a própria Lizzie já pensara sobre o assunto. Seria melhor que ficasse com . Então, naquela segunda-feira monótona sem sinal de Jonas, tudo que fez foi arrumar suas coisas e deixar a república da torcida. Também não foi muito fácil se despedir daquele lugar, mas mudanças são necessárias e muitas delas vêm para o bem.
No apartamento de tudo era mais prático. As duas moravam sozinhas – o que era uma grande vantagem – e mesmo que ele fosse uma quadra mais longe da Sir Jackson [n/a: alguém ai já leu o ultimo olimpiano? HAHAHA²] ainda sim poderiam ir à pé para a universidade.
Mas a melhor parte com certeza era ter uma televisão só para elas. nunca foi muito de assistir TV, mas era uma adoradora de filmes (de todos os tipos) e na PAR era difícil encontrar a TV desligada. As garotas estavam sempre assistindo algum programa de moda ou saúde. Então, a primeira coisa que as amigas fizeram para comemorar foi: assistir TV!
Sádico, certo? Mas nada foi mais gratificante para depois de um dia cansativo de aulas e mudança, do que ver o rosto angelical de na grande tela retangular. Ela sorriu instintivamente como se o garoto pudesse vê-la. Pensou por um segundo até concluir que era a primeira vez que assistia algum tipo de entrevista sobre os irmãos.
- , seu homem está na TV! – a garota gritou para chamar a atenção da amiga que estava estourando pipoca de microondas na cozinha.
- JONNY DEEP???? – a outra escandalizou, precipitada.
- Não! – ria.
- Ah, são os Jonas? Seu homem você quer dizer, não é amiga? Não tem nada meu aí não!
ainda ria desesperadamente pela expressão da garota enquanto ela voltava para a cozinha para pegar a pipoca. Quando voltou as duas pararam para prestar atenção na entrevista que se seguia.
- Vocês fizeram um show nesse fim de semana aqui em Austin, Texas, e não foi a primeira vez. Como é ter tal experiência repetidas vezes?
- Na verdade é muito gratificante. Não importa quantas vezes já tenham nos visto nossos fãs sempre esperam por mais e estão sempre lá para nós, sabe, é surpreendente. – respondeu, com um sorriso brilhante que poderia ser fachada de outdoor.
- OOOOUN! – as garotas exclamaram em coro, como duas fãs apaixonadas. - Verdade, é sempre ótimo tê-los por aqui. Mas esse show em particular teve algo ainda mais agradável como as nossas fontes disseram... – o apresentador tinha aquela famosa expressão: “vou falar da sua vida pessoal e você não vai gostar, mas é bom que me responda!”. – Depois do concerto vocês partiram com sua família e mais três amigas para um restaurante refinado do centro da cidade. Como sempre, a mídia comenta e gostaríamos que fossem sinceros sobre isso.
- Ah, começou! – revirou os olhos enquanto apenas ria tentando adivinhar que desculpa os irmãos inventariam. - Sabe, isso é normal. Sempre saímos para algum restaurante depois do show. E as meninas são amigas do da universidade então, foi ótimo tê-las conosco. – dessa vez foi quem respondeu.
- Não, na verdade... – começou e e se entreolharam alarmadas. – Uma delas é a minha namorada. A mais bonita de todas! – o sorriso do garoto era tão intenso e sincero que até mesmo o apresentador ficou surpreso.
O homem exclamou algo como: “ual, gostei da sinceridade!” e passou para a próxima pergunta que também envolvia as três amigas, mas e já não prestavam mais atenção.
- Ai. Meu. Deus. – exclamou pausadamente enquanto a amiga apenas encarava a televisão sem realmente prestar atenção, em choque. – Amiga? – a menina chamou, tocando o braço da outra com suavidade.
Mas tudo que fez foi rir escandalosa e descontroladamente. a encarava com uma expressão confusa, mas a amiga não parava de rir. Quando o celular de tocou essa não ficou surpresa ao ouvir Lizzie gritando do outro lado da linha: “Deus, o se declarou em público!”.
Era terça-feira de manhã e , e Lizzie aguardavam ansiosamente por na mesma mesa de sempre. A diferença era que não queria que o garoto chegasse nunca ao mesmo tempo em que ansiava por ele no próximo segundo. Era um sentimento estranho porque ela não fazia idéia de como se comportar. A quantidade de fãs que a encaravam com uma expressão nada amigável não ajudou nada em sua situação e demorou um tempo até ela explicar aos seus colegas que estava mesmo com , mas que não tinha nenhum tipo de má intenção.
Quando os cabelos escuros do garoto adentraram o seu campo de visão, ela pensou que explodiria de tanta vergonha. Ele estava impecavelmente lindo como na primeira vez que o vira. Os habituais óculos escuros – usados para disfarçar, mas sem êxito algum – reluzia a luz do sol e ele tinha um sorriso brilhante e maroto nos lábios. Retirou as mãos dos bolsos, sem parar de sorrir e acenou para as três amigas antes de ser cercado por uma multidão furiosa de fãs.
Mas não se deteve. Com total dedicação e carinho explicou para as fãs que falaria com elas ao fim do horário. Fora tão gentil e educado que ninguém resolveu desrespeitá-lo. Ele novamente se movimentou em direção às três garotas que o aguardavam pacientemente.
Sorriu ainda mais como se possível e beijou a bochecha de Lizzie em primeiro lugar. logo depois. Finalmente, sentou-se ao lado de , abraçando a garota pelos ombros e beijando demoradamente a testa da menina. Ela sorriu encabulada e se deixou deitar sobre o ombro rígido e musculoso do garoto. [n/a: ok, ninguém discorda que aqueles três estão um pitéu de músculos, né? HAHAHAHA]
- Tudo bem, nós sempre deixamos vocês à sós quando chega esses momentos românticos, mas eu não vou conseguir não assistir isso! Me perdoem, mas eu vou ficar bem aqui!
- Estou com a Lizzie, vamos ficar bem aqui! – completou .
- O que aconteceu? Qual é o momento importante? – parecia realmente confuso enquanto as outras duas à sua frente apenas riam descaradamente.
- Quando você pretendia me contar que estamos namorando, Jonas? – questionou, sem conseguir manter-se em uma posição superior, mesmo que tivesse tentado.
O moreno riu descontrolado junto com as outras duas. ainda o encarava, segurando-se o máximo que podia para não se unir às gargalhadas dos outros três.
- Ah, amor, você esqueceu tudo de domingo a noite, não foi? Eu disse que não devia beber... Tsc, tsc... – ele zombava, levando um leve tapa no braço que ainda se mantinha em volta dos ombros de .
Depois de repreendê-lo com o tapa banal, ela apenas se deixou rir com as amigas.
- Tudo bem, essas duas chatas não vão me deixar fazer isso longe delas, então, vamos fingir que elas nem estão aqui... – dizia.
- Isso, finjam que não estamos aqui! – sorria.
O casal se entreolhou e antes de qualquer coisa selou seus lábios com os da garota por um instante. Ele tocou o rosto da menina com carícia e tirou os óculos escuros, guardando-os no bolso. De dentro do mesmo bolso retirou a famosa caixinha vermelha que toda garota sonha em ver de seu príncipe encantado um dia. Ele a abriu com cuidado revelando a aliança mais simples e ao mesmo tempo linda que já vira na vida.
Uma pequena risca dourada banhada a ouro se sobressaltava da superfície plana do anel, fazendo com que esse parecesse dividido em dois. A metade inferior era cristalizada em relevo e a outra metade continuava lisa. O garoto encarou a outra por um instante e disse aquela pergunta mágica:
- Quer ser a minha namorada?
- Ah, como é que vou poder recusar depois de você dizer isso ao mundo? – ela riu. – De qualquer modo eu não recusaria. Eu quero sim, . Quero muito.
Enquanto o garoto colocava a aliança no dedo de , e Lizzie faziam um coro de “oun” que poderia ser ouvido no ultimo andar da universidade. Mas ninguém mais se importava.
Beijaram-se calma e demoradamente e sentiam-se como se o mundo em sua volta não existisse. Eram apenas os dois e a nossa promessa de compromisso oculta que fizeram um ao outro. É bem verdade aquela história que dizem sobre sempre se encontrar o verdadeiro amor na universidade, aquela mesma história que conta que é com esse verdadeiro amor que a maior parte da população acaba se casando. É só uma história comum sobre dois jovens apaixonados que no fim das contas já foi ouvida e vivida por muita gente. O que diferencia é que aquela era a história de . E ela jamais se esqueceria disso.
Fim!
Nota da autora: Ual! Finalmente cheguei ao fim mais uma vez. Tenho que ser sincera, eu não termino muito as coisas que eu começo! HAHAHA Mas é interessante chegar ao fim de uma fanfic! Ela não ficou nem metade do que eu imaginava, mas é complicado estar na faculdade. Eu odeio não ter mais tempo pra fazer nada :/ De qualquer forma, eu não odiei e tals HAHAHA ficou bonitinha *-*, então, me avisem no tópico o que acharam, não me abandonem e... pra quem quiser, o link da minha nova fic, Daddy's Little Girl.
beijo povoo ;** Laura F.
Tópico comunidade FFJB
N/B: aaaaah, acabou! Nem acredito *-* Amei betar ela inteira!!!! Adorei a história e a fic estava muito bem escrita :D bom, qualquer errinho já sabem -> /kaah.jones/ xx.