(Eu sugiro que você coloque essa música pra tocar até terminar de ler a fic).
E então eu corri.
Corri para me livrar dos sentimentos que eu não podia controlar.
Corri para me livrar de sensações que eu não devia ter.
Corri para me livrar dele.
Corri para me livrar do que eu me tornava perto dele.
Não esperei o fim do show, não esperei o final de sua sentença. Simplesmente corri para tentar salvar o que ainda restava da minha sanidade.
- Não adianta correr, eu já estou dentro da sua cabeça. – foram as últimas palavras que eu o ouvi dizer antes de sair daquele lugar.
Caught up in this madness too blind to see
Pego nessa loucura, cego demais para ver Woke animal feelings in me
Sentimentos animais despertaram em mim Took over my sense and I lost control
Dominou meus sentidos e eu perdi o controle I'll taste your blood tonight
Eu provarei do seu sangue esta noite
Quem visse a cena de fora, provavelmente diria que eu era maluca. Afinal, era apenas outro show qualquer, em outro lugar qualquer, outra música qualquer. Não, definitivamente aquela não era uma música qualquer. Aquela era a minha música, a nossa música, e ela estava longe de ser uma canção de amor.
You know I make you wanna scream
Você sabe que eu faço você querer gritar You know I make you wanna run from me baby
Você sabe que eu faço você querer fugir de mim, baby But know it's too late you've wasted all your time
Mas sabe que é tarde demais, você perdeu todo seu tempo YEAH
- Aonde você vai, amor? – olhei por sobre meu ombro e vi que ele me seguia na rua escura. Deixei um sorriso sardônico cruzar meus lábios. Claro que ele iria me seguir, não me deixaria fugir assim tão fácil. Fugir. 'Como se eu realmente quisesse isso', pensei, sarcástica. – Machuca meus sentimentos te ver correr ao invés de ouvir a nossa música. – ele disse, debochado.
Relax while you're closing your eyes to me
Relaxe enquanto você fecha seus olhos para mim So warm as I'm setting you free
Tão quente enquanto eu deixo você livre With your arms by your side there's no struggling
Com seus braços ao seu lado, não há luta Pleasure's all mine this time
O prazer é todo meu desta vez
- Eu ainda não provei seu sangue, . – ele disse naquele tom de voz que arrepiava até o último fio de cabelo do meu corpo e eu entrei num estado meio desesperado quando vi que ele começava a correr na minha direção. Num impulso, entrei na primeira rua que vi. Oh-oh, péssima escolha. Era uma rua sem saída. Ótimo, realmente ótimo. Até a rua estava a favor dele. – Buuu! – ele sussurrou no meu ouvido quando me agarrou pela cintura e me jogou na parede, literalmente. Não pude conter um grito de susto. – Isso, amor, grita pra mim. – falou e, no instante seguinte, atacou minha boca com fúria.
You know I make you wanna scream
Você sabe que eu faço você querer gritar You know I make you wanna run from me baby
Você sabe que eu faço você querer fugir de mim, baby But know it's too late you've wasted all your time
Mas sabe que é tarde demais, você perdeu todo seu tempo
Cherishing, those feelings pleasuring
Aproveitando, esses sentimentos prazerosos Cover me, unwanted clemency
Me cubra, indesejada clemência Scream till there's silence
Grite até haver silêncio Scream while there's life left, vanishing
Grite até quando ainda restar vida, sumindo Scream from the pleasure unmask your desire
Grite pelo prazer, desmascare seu desejo Perishing
Perecendo
Nós nos beijávamos como se nossas vidas dependessem disso. Eu não tinha mais fôlego, mas não conseguia parar, ele era como uma droga. Uma droga que me dominava e, querendo ou não, ocupava os meus pensamentos a maior parte do dia. E pensar que toda essa história começou com a minha fixação de fazê-lo gritar o meu nome. Quase dei graças quando ele separou os lábios dos meus, me dando a oportunidade de respirar. Mas qualquer agradecimento morreu em meus lábios quando ele atacou o meu pescoço. Ah, isso era covardia, muita covardia.
We've all had a time where we've lost control
Todos nós tivemos uma época em que perdemos o controle We've all had our time to grow
Todos tivemos tempo para crescer I'm hoping I'm wrong but I know I'm right
Eu espero que eu esteja errado, mas eu sei que estou certo I'll hunt again one night
Eu vou caçar novamente alguma noite
- Pára. – eu disse (muito) baixo enquanto arranhava as costas dele por baixo da blusa. É, nem eu me entendo. – , não. – falei um pouco mais alto. Minha voz não convenceu nem a mim mesma. Ele riu.
- Não? – ele perguntou, passando a língua pela minha mandíbula, mordiscando meu lábio inferior em seguida. – Não o quê, amor? – perguntou de novo, me olhando fixamente. Engoli seco.
- Me la-larga. – eu disse com a voz falha e rolei os olhos pra mim mesma. Ele riu de novo.
- Te largar? – perguntou enquanto se encaixava no meio das minhas pernas, pressionando seu quadril contra o meu. Mordi o lábio para prender um gemido involuntário – Ou te apertar mais forte? – ele disse e começou a beijar meu colo, fazendo um calor passar por todo o meu corpo.
- Eu nã-não que-quero. – falei e, mesmo a contragosto, tirei minhas mãos de seu corpo, colando-as na parede. Eu não confiava em mim mesma perto dele, principalmente quando ele estava tão perto de mim.
You know I make you wanna scream
Você sabe que eu faço você querer gritar You know I make you wanna run from me baby
Você sabe que eu faço você querer fugir de mim, baby but know it's too late you've wasted all your time
Mas sabe que é tarde demais, você perdeu todo seu tempo
Cherishing, those feelings pleasuring
Aproveitando, esses sentimentos prazerosos Cover me, unwanted clemency
Me cubra, indesejada clemência Scream till there's silence
Grite até haver silêncio Scream while there's life left, vanishing
Grite até quando ainda restar vida, sumindo Scream from the pleasure unmask your desire
Grite pelo prazer, desmascare seu desejo Perishing
Perecendo
- Ah, você quer. – ele disse e roçou novamente nossos quadris, me fazendo ofegar ao sentir a 'animação' dele. Maldito, idiota, deliciosamente delicioso. Respirei fundo, tentando manter o foco. – Por que mentir quando sabe aonde eu posso te levar? – perguntou e parou de beijar meu colo pra me lançar um sorriso malicioso. – Quando você sabe o que eu posso te fazer... Sentir. – disse isso e foi o suficiente para que eu me descontrolasse e começasse a socá-lo no peito. – O que você tá fazendo? Ficou maluca? – ele perguntou com os olhos meio arregalados, segurando os meus pulsos.
- Me larga, me solta, me larga AGORA! – eu disse, tentando inutilmente me libertar dele. – Eu cansei, cansei de ser seu brinquedinho. – falei quando consegui me soltar. Dei uns passos cambaleantes para o lado para me afastar dele.
- Brinquedinho? – perguntou, aparentemente confuso. Cínico.
- É, eu cansei. – eu disse e senti meus olhos marejarem, dei um passo pra trás quando ele fez menção de me tocar. – Eu não quero mais esses joguinhos, eu não consigo mais.
- , não seja paranoica. – falou e respirou fundo. – Do que você está falando?
- Você sabe que eu gosto de você. – praticamente cuspi as palavras. – E o que você faz? Você se aproveita disso pra me usar. Mas eu não quero mais, eu não consigo.
- Amor, não é assim. – ele disse e estendeu as mãos na minha direção.
- É ASSIM, SIM! – gritei, batendo nas mãos dele. - Eu não vou deixar você devastar a minha mente, não vou.
- Não fala besteira. – ele disse e esfregou as próprias têmporas. – Não fala o que você não sabe e...
- O que eu não sei? – eu o cortei, irônica. – Eu sei perfeitamente que você me usa, que você é um babaca, que você é...
- Pára. – falou, cortando a distância entre nós e colocando uma mão sobre a minha boca. – Você só tem que confiar em mim.
- E por que eu deveria confiar em você? – perguntei com raiva.
- Porque eu te amo, porra! – ele meio que gritou, rosnou as palavras. Arregalei os olhos.
Some live repressing their instinctive feelings
Alguns vivem reprimindo seus instintos Protest the way we're built don't point the blame on me
Protestam a forma como somos, mas não coloquem a culpa em mim
Scream, Scream, Scream the way you would
Grite, grite, grite do jeito que você faria If I ravaged your body
Se eu tivesse devastado seu corpo Scream, Scream, Scream the way you would if I ravaged
Grite, grite, grite do jeito que você faria se eu tivesse devastado Your mind
Sua mente
Aquela definitivamente não era a declaração que eu esperava. Mas saber que ele sentia alguma coisa por mim, saber que ele sentia o mesmo que eu, isso foi o suficiente pra acabar com todos os meus medos. Eu só precisava dele. Agora.
Não esperei que ele dissesse mais nada, praticamente pulei em seu pescoço e o beijei como se fosse a última coisa que eu faria na vida. Logo ele já me empurrava na parede e praticamente arrancava a minha blusa. Na pressa de tirar a dele, um ou dois botões voaram, mas eu não me importei.
Respirações ofegantes, beijos em lugares nada convencionais, sensações que só ele me fazia sentir. Eu não sei exatamente quando nos tornamos 'um só', tampouco me importei com o fato de que estávamos na rua e que, mesmo estando num beco, alguém podia passar e com certeza iria nos ouvir.
- Grite pelo prazer. – eu o ouvi dizer em meio a seus movimentos, os quais eram tão frenéticos que faziam com que minhas costas se chocassem contra a parede. Era incômodo, mas de um modo sádico, só aumentava meu prazer. – Grita pra mim, amor. – ele sussurrou no meu ouvido e, como se o meu corpo fosse apenas um brinquedo na mão dele, senti todos os meus músculos se contraírem enquanto eu gritava por ele. Para ele.
Cherishing, those feelings pleasuring
Aproveitando, esses sentimentos prazerosos Cover me, unwanted clemency
Me cubra, indesejada clemência Scream till there's silence
Grite até haver silêncio Scream while there's life left, vanishing
Grite até quando ainda restar vida, sumindo Scream from the pleasure unmask your desire
Grite pelo prazer, desmascare seu desejo Perishing
Perecendo
- Nós somos doentes. – eu disse depois que nossas respirações voltaram ao normal e meu corpo não tremia mais. Estávamos estranhamente abraçados. Eu estava meio suspensa, meio presa pelo corpo dele, que descansava a cabeça na curva do meu pescoço. Ele respirou fundo e riu.
- Eu sei. – ele disse e me colocou no chão, pegando minhas peças de roupa e me entregando. – Mas isso não é necessariamente uma coisa ruim. – ele disse após estarmos vestidos. Arqueei uma sobrancelha.
- Claro, até porque é uma coisa super normal sexo selvagem num beco. – falei irônica e rolei os olhos, ele jogou a cabeça pra trás e riu alto. Mordi o lábio pra prender um sorriso, eu gostava tanto de vê-lo sorrir.
- Cada um tem o sexo que merece. – ele disse com um expressão divertida e piscou maroto na minha direção. Rolei os olhos mais uma vez, rindo em seguida. – A gente tem que voltar, eu larguei um show na metade da música, sabe? – falou e me olhou sugestivamente. Fiz minha melhor cara de inocente.
- É a vida. – falei e sorri pra ele. Peguei a mão que ele me estendia e começamos o caminho de volta pra casa de show, mas ele entrou na minha frente e me impediu de continuar. Arqueei a sobrancelha novamente.
- Eu disse a verdade. – falou, me olhando nos olhos. Sorri de lado. Eu sabia do que ele estava falando.
- Eu sei. – eu disse e ele sorriu abertamente – Ai, esses sentimentos prazerosos. – murmurei num falso tom debochado e ele riu, me abraçando. – Eu também te amo. – sussurrei em seu ouvido, podia jurar que o senti sorrir contra os meus cabelos. Ele me deu um selinho e então voltamos a caminhar de mãos dadas.
- Sabe... – ele murmurou depois de um tempo. Virei a cabeça pra olhá-lo. – Acho que a gente podia ouvir Scream no camarim e aproveitar... A melodia. – disse com um sorriso malicioso nos lábios. Ri alto. É, algumas coisas nunca mudam.
nota da autora: Primeira fic no site *---*. Por favor não me xinguem, eu sei que ficou meio estranha mas visto que foi a primeira fic que eu consegui terminar me faz imensamente feliz, haha. Espero que alguém leia isso e se deixar um comentário eu agradeço. Xx Carol.
Ps: Agradeço a Paah por betar. Eu aposto que o e-mail com essa fic foi o mais confuso que ela já recebeu, já que eu faço um monte de anotações inuteis, mas né. Um dia eu aprendo haha.
nota da pupila: Ameeeeei a fic, muito boa mesmo. Deixou um gostinho de quero mais! *o*
nota da beta: Opa, opa!
Por favor, que fic é essa? Meu Deus, endoidei aqui na parte da perseguição D:
Como a pupila disse ali, deixou um gostinho de quero mais. Bom, enfim, se sobrou algum erro por aí, peço que me avisem por aqui ou pelo twitter (@paahsouza) e eu dou o meu jeito. Pode ser? Beijinhos, Paah Souza.