She's Just My Best Friend
Autora: Bea Peres
Beta-Reader: Vick



- , você não acha que estamos um pouquinho bêbados demais? – a ouvi dizer em meio a risos, enquanto eu tentava enfiar a chave na porta e segurar a garrafa de Stella já no final.
- , , , ninguém é feliz sem álcool, ficar bêbado é só uma consequência da felicidade! – Entramos no meu apartamento e ela se jogou no sofá, tirando o sapato de salto alto e mirando em algum canto por ali. Tranquei a porta e sentei na poltrona ao seu lado.
- Precisamos mudar nossos hábitos de sexta à noite, . Não estamos mais no colegial. Você tem a vida ganha, eu tenho trabalho amanhã cedo – suspirei e revirei os olhos, ignorando as palavras de .
- Sabe, você já foi menos chata. Na verdade, você costumava ser uma bêbada bem divertida na escola. Quem é você e o que fez com a minha melhor amiga? – soltou uma risada gostosa que me fez rir também.
- Eu continuo sendo divertida, ok? Eu continuo a mesma que invadiu a escola na madrugada antes da festa de fim de ano depois de um porre com seu inseparável melhor amigo... – Juntamos nossas mãos em um high-five e rindo com as lembranças nostálgicas no nosso último ano do colegial – Agora você, , costumava ser mais sexy, juro que no primeiro ano eu até tinha uma queda por você.
- EI, eu continuo sexy! Mais sexy do que , só , baby – retruquei, já levantando para pegar uma garrafa de champanhe e duas taças. Quando voltei à sala, estava sentada ainda com os pés para cima, mas cedendo espaço para que eu ocupasse ao seu lado. Enchi as duas taças e assim brindamos.
- Ao passado, .
- Ao passado, presente e futuro, ! – Nos encaramos por alguns segundos e, então, levantei antes que fizéssemos algo que já fizemos algumas vezes e sempre nos arrependemos no outro dia – Quero te mostrar uma coisa, vem aqui no quarto... – Puxei-a pela mão e levei até o quarto. Enquanto ia ligando a tv e o DVD, ela já se esparramava pela cama.
- , pega uma camisa qualquer ai, não aguento mais esse vestido! - Peguei uma camisa rosa da Hurley que já estava em cima da cômoda e joguei para ela – Valeu, agora vai lá fazer pipoca e pegar coca.
- Tem como você ser menos chata? Só um pouquinho? – ela fez um biquinho de criança e logo falou manhosa:
- Mas eu to com fome, , faz isso pra sua melhor amiga mais linda, maravilhosa, gostosa, engraçada e que você ama no mundo?
- Não esquece do modesta que é sua principal característica! – Ela riu e mostrou o dedo, enquanto eu joguei beijo – Eu faço, mas você vai ter que vir comigo fazer brigadeiro, direitos iguais, – pisquei.
- Hm... – fez cara de pensativa e juntou as mãos em uma palma – Ok, acho justo, vem - levantou e saiu me puxando por uma mão, enquanto mantinha a camiseta na outra. Na cozinha fui para o armário pegar milho, óleo, leite condensado e Nescau, enquanto se livrava daquele vestido azul turquesa que usava e dava lugar a minha camiseta. Não notar aquele corpo é meio impossível, apesar de ser mais que acostumado em vê-la, às vezes até em menor quantidade de peças no corpo, e eu ainda me sinto na obrigação de parar de admirá-lo.
- Ok, , já pode limpar a baba ai e fazer logo essa pipoca! - me deu um tapa de leve na cabeça e pegou os ingredientes para sua parte no trato. Enquanto estava colocando no fogo, servi coca para nós dois e me juntei ao seu lado no fogão – Faz isso direito hein, , não to afim de comer pipoca queimada, porque sabe como é, né? Você na cozinha é um perigo... - Ela bateu o cotovelo na minha barriga e levantou as sobrancelhas.
- Isso, , fala mal, mas amanhã duvido que não vai acordar pedindo panqueca com chocolate quente. E sabe o que eu vou fazer? – levantei a sobrancelha e sorri de lado – Te ignorar e deixar morrendo de fome. Melhor, vou fazer só para minha pessoa, talvez alguma para a nova vizinha. Ela é realmente muito gata.
- Para, , isso é injusto. Eu retiro o que disse, suas panquecas é golpe baixo, você sabe que ela são maravilhosas.
- Só as panquecas?
- Não, tudo, você é todo maravilhoso, agora faz panqueca quando eu acordar?
- Não sei como você não é gorda, garota. Só pensa em comida, nunca vi igual.
- E você me ama do mesmo jeito, querido . Fazer o quê? – me dei um beijo estalado na bochecha e voltou a mexer o brigadeiro. Pouco tempo depois e estávamos voltando para o quarto com nossa janta saudável, prontos para a nostalgia a seguir. Apertei o play e sentamos lado a lado na cama, assim que a filmagem começou, gritou.
- Eu não acredito que você tem isso e nunca me falou nada! Meu aniversario de dezesseis anos, olha como eu era estranha, por que você falava comigo? Ah, , que saudade disso! Olha a Maggie, a Jenny, o Luis. Não acredito, aquele ali não era o Jake?
- Ele não foi seu namorado na época?
- Acho que foi... Quanta gente que eu nunca mais vi na vida, por onde anda todo mundo? Você não tem curiosidade em saber?
- Não, , eu consigo sobreviver assim.
- Idiota... – Assistimos por mais meia hora em meio a gargalhadas e hipóteses sobre o que pode ter acontecido com cada um de nossos ex-colegas de classe.
- Essa é a melhor parte, incrível como sou extremamente sexy desde os dezesseis.
- Menos, ... Ah não, olha você dançando, ! Que gracinha! - Levantei da cama atraindo a atenção de para mim e comecei a arriscar alguns passos similares aos da coreografia que passava no vídeo. Ela ria descontroladamente dos meus movimentos descoordenados e pouco tempo depois se juntou a mim em uma coreografia descompassada – Não era assim, , olha! – Tentávamos lembrar dos giros e gestos, mas definitivamente não conseguíamos um bom resultado. E foi assim, em um passo em falso, que ela caiu por cima de mim na cama. Rimos da nossa situação e aos poucos ela foi se ajeitando ao meu lado - Queria voltar no tempo, não para mudar alguma coisa, mas só para aproveitar tudo aquilo de novo.
- Eu também, , era tudo mais fácil e você ainda deixava eu te beijar.
- E acabava na sua cama.
- Me xingando no dia seguinte.
- Você se aproveitava de mim, nem vem.
- Eu cuidava de você, é diferente!
- Você pode me beijar agora se quiser.
- Eu quero! – Me aproximei devagar, ambos estavam apoiados com a cabeça por cima da mão, coloquei uma mecha de seu cabelo para trás, acariciando sua bochecha. Nossos olhares estavam conectados, desci a mão para seu pescoço e segurei ali. Rocei nossos lábios apenas por um instante e logo fundi nossas bocas, sentindo seu gosto misturado com brigadeiro. deu passagem e aos poucos nosso beijo se tornou algo mais intenso. Ela passou uma perna e deitou em cima de mim sem separar nossos lábios. Minhas mãos faziam um revezamento entre pescoço, costas, bunda e coxas, enquanto as delas brincavam com meu cabelo. Levantei com ela no meu colo e suas pernas em volta da minha cintura de forma que ficássemos encaixados, e ela tratou logo de se livrar na minha blusa, agora dando atenção para minhas costas, arranhando-as e provocando arrepios em toda minha extensão. Desci meus beijos para seu pescoço e orelha, mordiscando ambos, fazendo com que ela se arrepiasse também e, consequentemente, aumentasse a intensidade dos arranhões. Mordi mais forte seu pescoço o que a fez gemer de leve. Sorri ao escutar aquilo e continuei. Ainda abraçados, me livrei da camiseta que ela vestia e desci mais ainda meus beijos para seu colo, acariciando seus seios por cima do sutiã. Ela mesmo fez o favor de tirá-los, já facilitando meu trabalho. Eu poderia fazer aquilo todos os dias da minha vida, ouvi-la gemendo baixo no meu ouvido, enquanto pressionava sua intimidade na minha que já apresentava sinal de vida só me fez querer ir com aquilo direto ao ponto. Ela tirou minha calça e observou o volume na minha box. Antes de tudo, beijei mais uma vez sua boca por um longo tempo e parti nosso beijo.
- Você tem certeza disso, ?
- Se você parar agora, eu corto seu amiguinho fora - ela respondeu, fazendo uma tesoura com os dedos e passando por cima do meu “amiguinho”. Nós dois rimos e eu selei nossos lábios novamente. Nos arrastamos até o travesseiro e deitamos, nos livramos das duas últimas peças de roupa que ainda restavam em nossos corpos. Ela rolou para o lado e eu deitei por cima dela. Nos beijamos, enquanto ela tateava a mesinha de cabeceira.
- Primeira gaveta – disse.
- Já imaginava – riu.
- Um homem nunca perde suas manias! - Ela me entregou a camisinha e assim que a coloquei, nos fundimos virando apenas um. Permanecemos naquele movimento por longos e prazerosos minutos, como eu pude me esquecer como a minha melhor amiga é tão boa nisso? Sentia suas pernas estremecerem e logo foi a minha vez, caímos lado a lado exaustos e esperamos um pouco, até nossas respirações normalizarem. Puxei-a para perto a alinhando em meu peito, ela puxou a coberta e nos cobriu. De olhos semi-abertos, depositou um leve beijo em meus lábios e deitou-se abraçada a mim.
- Boa noite, melhor amigo.
- Boa noite, melhor amiga! - Beijei sua testa e a abracei de lado, caindo no sono tempos depois. Pela manhã, acordei com o sol que entrava pelas brechas da cortina. Com preguiça levantei e fui para um banho. Quando sai, ainda dormia feito anjo, a cobri com um edredom por conta do frio que fazia e desci em busca de um café da manhã para mim e para a criatura em minha cama. Preparei minhas tão amadas panquecas e levei para o quarto. Assim que entrei, estava sentada na cama e sorriu para mim.
- Boa dia, Branca de Neve.
- , é a Bela Adormecida que dorme demais – riu.
- Ah, que seja. Fiz suas panquecas, cinderela! – Nós dois rimos e sentamos na cama comendo as panquecas.
- Essas panquecas são maravilhosas, eu não entendo como é você que consegue fazer.
- É um dom natural, sou o melhor do mundo nisso.
- Depois eu que sou a modesta, mas tenho que admitir que você é muito bom nisso.
- Só nas panquecas eu sou bom? – ela me encarou sorrindo.
- É, você até que é bom em algumas coisas.
- Por exemplo?
- Você é bom no que fizemos ontem à noite... – ela corou um pouco.
- Olha que evolução, conseguiu falar no nosso ato sexual sem me bater, xingar ou sair daqui batendo pé.
- Pode ser que eu tenha me acostumado com isso.
- Pode ser, tomara, eu vou adorar manter o hábito! – a puxei para perto e selei nossos lábios.
- Bem que eu disse que precisávamos de novos hábitos para a sexta à noite.
- Não sei se eu troco encher a cara para fazer sexo com você. Será que vale a pena?
- Não seja nem tolo de pensar ao contrário, queridinho. Agora vem, levanta. Me leva em casa e depois no trabalho?
- Sim senhora, madame! - Peguei a chave do carro e esperei ela colocar a roupa de ontem. Chegamos no seu apartamento em dez minutos pela vantagem de ser a um quarteirão de distância. Assisti TV, enquanto ela se arrumava e meia hora depois ela apareceu na sala, pronta para o trabalho. Levei-a até seu escritório e, antes de sair, me deu um selinho.
- Te vejo no almoço? – perguntei.
- 12h30 e nem um minuto a mais! – Ela saiu do carro e entrou no prédio. Voltei para meu aparamento ainda cheio de recordações da noite anterior com a minha melhor amiga.


FIM



n/a: Oi, de novo (?) eu já disse que amo escrever short fics? são tão práticas! E ai, gostaram do melhor amigo de vocês? Quem não queria ter um assim não é verdade? Eu quero muito fazer uma continuação para she's just my bf só não prometo escrever logo. Estou me dedicando a duas longs e elas tomam todo o tempo que eu já não tenho, mas sim, terá parte dois! vejo vocês na próxima, não esqueçam de comentar e qualquer coisa @beamcfly Xx


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