She's Just My Best Friend 2
Autora: Bea Peres | Beta-reader: Bia
Eu estava ali sentado não fazia ideia há quanto tempo, mas só de pensar que a qualquer momento ela entraria por aquela porta me fazia tremer dos pés à cabeça. O quão patético era aquilo, afinal? Eu havia acabado de tocar para milhares de garotas histéricas que brigavam entre si em busca de uma visão privilegiada minha. Eu sou , do McFly, todas me desejam, fãs ou não. Eu as faço minhas em um piscar de olhos, ou pelo menos fazia. E pois bem, esse sou eu, tentando não enlouquecer à espera dela. Minha melhor amiga. Quando os caras decidiram, sem o meu consentimento, que eu deveria ficar depois do show para uma entrevista, eu não iria imaginar que logo ela iria estar ali. Ouvi 3 batidinhas na porta e me joguei ainda mais no sofá, tentando parecer relaxado. A verdade é que, de uns tempos para cá, a única coisa que eu não tenho feito é relaxar, e tudo isso por “mudanças nos planos de sexta à noite”. Desde aquela noite no meu apartamento, nossa rotina não era só apenas ir a um pub qualquer, encher a cara e fazer sexo quando desse vontade, agora eu levava ela ao cinema e para jantar, as sextas se tornaram quartas, às vezes quintas e domingo era sagrado levar o cachorro dela ao parque. Não éramos um casal, mas agíamos como um. Não faz muito sentido isso, ainda mais quando o único culpado de não evoluirmos de uma vez se chama , o cara que aqui vos fala. Aí você pergunta: por que ele não para de ser um merda e diz para a garota que se apaixonou e precisa dela? Talvez porque ele tenha uma puta insegurança e não saiba como chegar e dizer “Então, você, minha cara melhor amiga desde, ér, sempre, sabe esse lance de saidinhas e sexo casual? Não tá dando certo, não... É que eu tô completamente apaixonado por você e não sei onde isso vai dar, e o medo de te perder por completo me aterroriza mais que tudo nessa vida. E aí, o que a gente faz?” A porta se abriu e lá estava ela, em uma saia estupidamente curta e seu habitual sorriso de canto.
- E aí, rock star, desculpa a demora, o Ricky resolveu dar uma festa e você não faz ideia do que aquele cachorro fez no meu apartamento! Onde eu estava com a cabeça quando fui aceitar um labrador? E você? – parou do meu lado, dando-me um pequeno tapa no braço, sem força alguma. – O que tinha na cabeça quando ME deu um labrador? – sorriu e eu a puxei para sentar ao meu lado no sofá.
- Ah, , para de graça, você ama aquele cachorro quase quanto ama a minha pessoa. – pisquei e ela revirou os olhos.
- Você é tão pretencioso, ... – suspirou e deitou a cabeça no meu ombro enquanto eu a abraçava pela cintura. – Sabe, acho que foram os olhos dele... De uma forma bem estranha eles me fazem lembrar dos seus. – ajeitou a cabeça e eu senti meu coração acelerar, como ela consegue essas coisas?
- Tá dizendo que eu pareço um cachorro?
- Na verdade, se levarmos ao pé da letra, sim, você não só parece como realmente é um cachorro. – sorriu espertamente e eu a olhei com cara de vingança.
- Ah é? Vou te mostrar o cachorro então. – comecei a fazer cócegas na barriga dela enquanto ela se contorcia no sofá, implorando para que eu parasse. Caí por cima dela e desatamos a gargalhar, parando aos poucos. Percebi que estávamos perigosamente perto, perto demais para que eu evitasse de beijá-la. E beijei, por várias vezes, por um longo tempo, passei a descer os beijos por seu queixo, pescoço, indo até sua clavícula e voltando. - Isso não vai dar certo… … - ela falava com extrema dificuldade enquanto eu continuava a distribuir uma série de beijos molhados por toda extensão de seu pescoço, trilhando um caminho até sua boca. - , é sério, os meninos podem chegar ou até alguém da produção, e isso seria vergonhoso, sabia? - ela suspirava a cada meia palavra dita e puxava levemente os cabelos de minha nuca, no intuito de me afastar, mas sem ter coragem para tal. Soltei-a no sofá e, com o baque do seu corpo, ela olhou assustada enquanto eu a encarava.
- , uma vez na vida, cala a porra da boca e relaxa! - ela apenas deu um meio sorriso e não teve tempo de terminar de murmurar um ok, logo eu já estava deitado por cima dela, nossos corpos estavam ao ponto de se fundir por cima das roupas. Ela ia brincando com alguns fios de cabelo enquanto eu voltava a dar atenção ao seu pescoço, não existe algo mais prazeroso que inalar o cheio que sai dali. Minhas mãos trataram de retirar sua blusa automaticamente e eu podia sentir seu abdômen vez ou outra se contrair com as carícias depositadas ali. Nos desgrudamos apenas para a retirada da peça, não tínhamos nem tempo e nem condições para brincadeiras e enrolações. Procurei o feixo do sutiã e o arranquei assim que encontrado. Desci meus beijos para seu seio e não demorei mais que o suficiente para apenas manter uma mão os massageando enquanto trilhava um caminho por sua barriga, sentindo seus arrepios. Tirei sua saia com uma lentidão desnecessária, apenas para acariciar suas pernas. E que pernas. Beijei sua virilha e agora arranhava com vontade minha nuca e ombros, passei minha boca por sua intimidade e senti minha garota arquear as costas. Ela puxou meus cabelos, fazendo-me olhar em seus olhos, que transbordavam luxúria.
- Anda logo com isso ou eu não respondo por mim. - seu tom de voz era sério e extremamente maldoso. Soltei uma risadinha, murmurando um "você quem manda" e tirei sua calcinha de vez, passando a beijar sua intimidade da forma mais torturante possível. A vantagem de já ter estado, hm, naquela área por tantas vezes, é saber exatamente o que fazer e como ela gosta. gemia baixinho, tentando não chamar atenção, mas não conseguiu segurar e, de acordo com a velocidade que a minha língua trabalhava, ela gemia cada vez mais alto. Diminuí os movimentos, até parar por completo. Vendo protestar, subi para beijá-la e ficamos assim por menos de um minuto, quando ela, em um impulso, inverteu nossas posições.
- Isso aqui tá muito injusto, . - sussurrou no meu ouvido e mordeu minha orelha, sugando meu lóbulo do jeito que só ela sabe fazer. - Você está mais do que na vantagem. - beijou meu lábios rapidamente. - E eu não gosto de injustiças... - riu maliciosamente e eu a acompanhei quando percebi que se tratava das nossas roupas. Ela se livrou de minha blusa primeiro e foi deslizando as unhas pelo meu abdômen, até encontrar o botão da calça. Eu mesmo me livrei dela enquanto brincava com o elástico da minha box e dava beijinhos no meu peito e ombro. Desceu mais uma de suas mãos e passou a fazer movimentos lentos e precisos, sentia meu amiguinho implorar por mais e olhei para ela, suplicando. Ela apenas sorriu e me beijou, diminuindo cada vez mais a velocidade. Antes que eu pudesse protestar, ela já descia até meu sexo, envolvendo-o com sua boca. Da mesma forma que eu garanto conhecer essa garota bem, ela me conhece também, talvez até melhor... Ela não precisa de muito para chegar à perfeição, chega a ser idiota a forma como ela consegue me fazer sentir o que qualquer mulher jamais chegou perto. Eu sabia que não aguentaria muito tempo, puxei-a para cima e a beijei da forma mais profunda possível.
- Eu preciso de você agora, . - sem aguentar mais esperar, penetrei de uma vez, arrancando um gemido alto dela. Mantinha a cadência dos movimentos e ela ajudava, pressionando seu corpo contra o meu. Ela arranhava minhas costas e, vez ou outra, trocávamos alguns beijos. Não tardamos a chegar ao clímax, deitei por cima dela, na espera de nossas respirações se normalizarem, ela me abraçou e começou a fazer um cafuné extremamente gostoso.
- ... - chamou, em um tom baixo, enquanto mantinha o carinho em minha cabeça - A gente precisa se vestir e ir. - murmurei um ok, sem dar muita importância, e voltei a me aconchegar em seu colo. Ela riu e começou a se mexer, tentando sair debaixo. - É sério, , alguém vai chegar aqui e a gente vai se ferrar, quer dizer, eu vou. Eu, teoricamente, estou em horário de trabalho e, para piorar, não consegui nada, que tipo de jornalista eu sou?
- Ah, por favor, , eu até concordo sobre a parte de sermos pegos, mas quanto à entrevista, o que você precisa saber da minha vida que ainda não sabe? Você me conhece melhor do que eu e minha mãe juntos, sabe todas as respostas dessas perguntas. - levantei e a puxei junto, beijei sua testa e comecei a me vestir enquanto ela fazia o mesmo.
- Mas, ...
- Shiiiu. Vem, eu respondo suas amadas perguntas no caminho, quero casa, brigadeiro, cama e você. - ela riu e concordou, dando-me um selinho. Puxei-a pela mão e saímos em direção ao estacionamento. Conseguimos chegar até o carro sem sermos vistos, abri a porta do carona para ela e me dirigi até a do motorista, dando partida.
- Odeio essas perguntas clichês que essas revistas adolescentes mandam, mas fazer o quê, trabalho é trabalho. – suspirou. – Vou pular essas aqui sobre carreira, até minha avó já decorou as respostas. – Nós dois rimos.
- Sua vó sabe porque é nossa fã e, falando nela, tenho que visitá-la, tô devendo desde a última vez que fomos em Leeds.
- Eu sei, ela vive reclamando que você sumiu e para quando é o casamento. – riu, movendo a cabeça, em sinal de negação. – Ela não vai desistir nunca. – Nem eu, pensei. – Mas ok, pulando essa parte, vamos ao que interessa. – mexeu em algum tipo de caderno e começou a ler as perguntas. – Todos os meninos estão comprometidos, menos você, pretende continar assim ou tem alguém em vista?
- Sempre tive, mas só percebi a pouco tempo. E, não, se depender de mim não vou ficar solteiro por muito tempo. – ela me encarava com curiosidade e seus lábios se curvavam, como se estivessem prestes a sorrir como nunca.
- Ok, próxima, qual é o dia da semana que você mais gosta?
- Costumava ser sexta, agora não tem um dia certo.
- O que uma garota precisa ser para te conquistar?
- Ser, acima de tudo, alguém que eu possa contar, uma amiga para todas as horas e, se trabalhar com jornalismo melhor ainda, elas costumam ser bem sexys, sabia? - ela ignorou a indireta mais que direta e continuou.
- O que você mais gosta de fazer quando está longe da banda?
- Ficar com a garota das respostas anteriores.
- Se defina em 4 palavras no momento?
- Completamente apaixonado por você. – sorri e vi corar na hora e dizer um “isso é sério , para…” – Eu tô falando sério, , eu nunca falei tão sério! É isso, eu me apaixonei por você, acho que na verdade eu sempre fui, só não estava pronto para enxergar que a mulher da minha vida é a minha melhor amiga. Eu não paro de pensar em você um minuto e, convenhamos, nosso sexo deixou de ser casual há muito tempo. – ela riu baixo e assentiu. Parei o carro no acostamento e segurei suas mãos com uma das minhas. Com a outra, levantei seu rosto em direção ao meu. – , eu não posso continuar sendo só o seu braço direito, eu preciso ser o seu tudo, eu preciso de você do meu lado mais do que como uma amiga, preciso de você como mulher, minha mulher... – não tive tempo de responder, colou seus lábios nos meus e, naquele beijo, eu tive certeza que ela era minha, só minha. Ela me abraçou e sussurrou:
– Lindo discurso, mas o que eu quero ouvir agora são outros sons e não palavras, começando pelo barulho desse carro andando e rápido, porque o que eu vou fazer com você é totalmente impróprio para uma rodovia principal. – beijou-me novamente e voltou a se sentar direito no banco. – Anda, BFF, quero chegar logo em casa. – nós dois rimos e eu dei um selinho nela, antes de arrancar com o carro.
- Depois me diz, tem como não se apaixonar por você, melhor amiga?
Fim
n/a E está ai a parte 2 e ultima de SJMBF, sofrendo porque eu amei demais dar uns pegas no meu melhor amigo... Enfim, tenho que admitir que esse final não ficou exatamente do jeito que eu queria, mas levando em consideração que eu estou a meses sem conseguir escrever nada até que ficou bom. Espero que essa fic me inspire a continuar as outras e esse bloqueio me largue de vez. É isso, não tenho muito o que falar, só agradecer a galera que leu a primeira e veio pedir aqui, no twitter ou no tumblr por uma continuação, não existe coisa melhor do que ver que as doideiras que a gente imagina agradam os outros também. Bem, até a próxima e não esqueçam de conferir as outras fics. Xx @beamcfly
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