Acordei com o barulho do despertador, era sábado e estava escuro, frio – combinando com meu astral, de fato. Os ponteiros do relógio marcavam 7:00 da manhã. Consegui tomar coragem e me levantei, olhei pela janela e pude ver que chovia no jardim. As copas das árvores aparavam as grossas gotas de água que escorriam suavemente pelos troncos, cobertos de lindas orquídeas e samambaias, encharcando a terra. Olhei para o céu, cinza e triste. Não havia nenhum sinal de vida por lá.
Fui até o banheiro e olhei no espelho, e pude ver, com muita facilidade, as olheiras que se instalavam em meu rosto, minha expressão estava horrível. Escovei os dentes, penteei o cabelo e desci para tomar café da manhã.
Precisava de café preto, urgente. Abri a garrafa térmica e vi que lá havia alguns goles de café, devia ser da semana passada, mas isso já não me importava mais, café é café, e a data não muda. Esquentei e tomei em uma golada só, minha garganta protestou, estava fervendo.
Me joguei no sofá, apertei o botão da secretária eletrônica e fiquei ouvindo os recados.
Hey , - , aposto. - Esqueceu das melhores amigas é? Que feio! Deus castiga. Aparece, ‘tô preocupada. Te amo, beijos.
Sorri sozinha com este, e parti para outro.
Querida, eu queria te contar as novidades, mas você nunca atende ao telefone - Será que eu sumi tanto assim? - Fui viajar, volto sexta-feira . Te amo, mamãe.
Outro...
Ah porra esqueci de falar meu nome, mas enfim, você sabe quem sou eu né ?
Havia apenas mais um.
, - reconheci a voz, minhas pernas começaram a tremer e meu coração disparou, já havia acustumado com esta sensação. - Sei que você está brava comigo, magoada, triste. Sei que você não irá atender meus telefonemas, Deus perdoa, mas a bina não... - Pude ouvir seu riso abafado do outro lado da linha, meu coração apertou. - Tá, foi apenas pra descontrair. Mas por favor, dê um sinal de vida, eu errei, eu sou humano! Quando ouvir este recado, por favor, me liga, ou senão chamarei o FBI para te seqüestrar.
Precisava ligar para ele. Meu coração queria, mas meu bom senso não. Quem me garante que ele não vai aprontar, de novo? Mas se bem que, o mundo acaba em 2012 – favor não descordarem, preciso de um motivo plausível para estar tendo esta atitude – e eu não posso, de forma alguma, deixar essa chance passar não é? Talvez ele realmente me ame, talvez ele estava bêbado e bom...
Idiota.
Me diz o que eu estou fazendo? Não, não, pode parar de graça , você não vai correr atrás dele.
A campanhia me despertou de milhões de pensamentos. Levantei e me arrastei até a porta, a abri e vi 3 homens de preto. Os analisei da cabeça aos pés, um era baixinho, usava um óculos escuros maior do que o rosto, e um tênis de skatista, ri com a cena. Outro era um pouco mais alto, loiro, também estava de preto e com um all star preto todo sujo. O ultimo era médio, meio barrigudinho, ruivo e com umas sardinhas nas bochechas.
Eu conhecia bem aquelas características.
Logo pude avistar quem meu coração queria, , vindo de uma camisa de manga longa e calças jeans, tênis sujo, e seu inseparável sorriso.
- She walked in and said she didn't wanna know
(Ela entrou e disse que não queria mais saber)
anymore
(nunca mais)
Before I could ask why she was gone out the door
(Antes que eu pudesse perguntar porque , ela saiu pela porta)
I didn't know, what I did wrong
(Eu nunca saberei, o que eu fiz de errado)
but now I just can't move on
(Mas agora eu não consigo seguir em frente)
Ele cantava para mim, de um jeito tão lindo, sentia saudades de cada contorno de seu rosto, de cada expressão, de cada gesto. Eu o seguia com os olhos.
- I tried calling her up on her phone
(Eu tentei ligar para o seu telefone)
No ones there
(Não havia ninguém)
I've left messages after the tone...
(Deixei mensagens em sua secretária eletrônica...)
- Really? – O ruivinho, perguntou rindo.
- Yeah man load
(É cara, muitas.) - Ele riu.
- I didn't know, what I did wrong
(E eu nunca saberei, o que eu fiz de errado.)
but now I just can't move on
(mas agora eu não consigo seguir em frente.) - Ele terminou e me fitou com seus olhos azuis profundos, pude perceber que lágrimas escorriam de meus olhos e ele me abraçou.
- Eu te amo, por favor. Volta pra mim. – Ele dizia em meu ouvido, eu só conseguia sorrir.
- Tá aí uma coisa que você consegue fazer muito bem – Eu ri em seu ouvido. – Deixar qualquer mulher babando. – Ele riu.
- Não é qualquer – ele me afastou e olhou meu rosto. – É você. eu não vou te deixar escapar outra vez, então... – Ele ajoelhou, meu coração batia numa velocidade que parecia querer rasgar meu peito. – Quer casar comigo? – Ele sorria torto.
- Como eu poderia – fiz uma pausa e ele me encarou, sua expressão estava triste, mas pude ver em seus olhos que ele estava confuso. – Dizer não? Me diz? Depois de tudo que você fez - ele me abraçou e me girou no ar. – Eu aceito .
Pude sentir seus lábios tocando os meus e, meu corpo estava explodindo de alegria. Ele agora era meu, somente meu, e nada poderia mudar isto.
A propósito, vocês estão se perguntando: ‘O que aqueles loucos estavam fazendo de preto?’ Bom, leia a mensagem da secretária eletrônica de novo, quem sabe você descubra.

Fim.

n/a : Oi galerinha, cá estou eu denovo, vocês estão ferradas porque se eu continuar com esse ânimo, bom, vou escrever muitas. tudo culpa da paixão, se bem que vou escrever mais dramas do que outra coisa, abafa, homens ¬_¬ enfim. Denovo aqueles obrigadões que eu adoooooro fazer : Carol, Juh, Leh , Mayara e Debby, vocês são, extremamente importantes pra mim, obrigada meeesmo por me apoiarem. E eu amo vocês viciadinhas em fic , obg por lerem ok *-* bom, é isso, beijos pessoas

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