Autora: Annie Brissow.
Beta-Reader: Natalie.

Odeio lugares cheios, eles me dão repudio, mas dessa vez não tive como fugir, eu havia sido convidada por Tyler Crawford, um dos meninos mais populares do colégio, para o Baile de Primavera, e null havia praticamente me obrigado a vir com ele. Mas e daí? Agora eu estou sozinha na mesa, vendo Tyler conversar com algumas patricinhas acéfalas, e null dançar animadamente com Albert, amigo de Tyler.
Olhei em volta com cara de nojo, arrependendo-me amargamente por ter concordado em vir a esse baile. Eu precisava de ar. Tomei um último gole de meu ponche batizado e me levantei, seguindo até a enorme porta que dava passagem para a lateral do salão, cruzei a porta e vi alguns bancos vazios, indo me sentir em um dos mais afastados. Passei as mãos por meus braços despidos, em uma tentativa fracassada de me aquecer.
– Com frio? – ouvi um alguém me perguntar, não muito longe. Virei-me para ver quem era, um calafrio percorreu meu corpo no mesmo instante, meu coração parando de bater e me esquecendo de respirar. Aqueles olhos, aquela boca, aqueles traços perfeitos. Era ele. null null, um dos losers, mas por quem sou apaixonada desde os 12 anos de idade. Fiquei paralisada por alguns segundos, até me lembrar que precisava respirar. Abri a boca, na tentativa de respondê-lo, mas foi em vão, não saíra som algum. Ele sorriu se aproximando. – Com frio? – perguntou novamente, erguendo uma de suas sobrancelhas.
– U-Um pouco! – respondi, correspondendo a seu sorriso.
Ele retirou seu paletó, ficando somente com a camisa branca e a gravata preta mal amarrada e o passou por meus ombros, fazendo-me sentir seu calor, ainda impregnado na roupa, aquecendo-me rapidamente.
– Obrigada! – sorri sincera, sentindo meu coração aos poucos voltar ao normal.
null null, certo? – perguntou-me se sentando ao meu lado.
– Sim – sorri. – null null? – perguntei também, apesar de já saber a resposta. Ele só balançou a cabeça, afirmando.
– Está sozinha? – só aí me lembrei de Tyler e null dentro do salão. Foda-se.
– Mais ou menos. Vim com Tyler, mas ele me largou antes mesmo do baile realmente começar – revirei os olhos com uma expressão de nojo, fazendo-o rir. – E você?
– Ah, quase na mesma. Meu par me trocou pelo seu – sorriu piscando para mim, fazendo com que meu coração voltasse a acelerar. – Quer fazer alguma coisa? Digo, já que estamos sozinhos mesmo – deu de ombros sorrindo e me encarando fixamente nos olhos. null null estava me chamando para “fazer alguma coisa”? Acho que minha ficha ainda não havia caído.
– Pode ser. O que sugere? – o encarei.
– Praia? – ele sorriu marotamente, ainda encarando meus olhos profundamente.
– A essa hora? – perguntei confusa.
– É! – ele riu se levantando e me puxando pela mão. – Vamos – ri balançando a cabeça negativamente, seguindo-o até seu carro. Meu sonho estava se realizando. Meu sonho estava ao meu lado, dirigindo pela rodovia a caminho da praia e se inclinando um pouco para ligar o rádio, que tocava uma música qualquer. Meu amor!

Ele estacionou o carro, descemos e eu parei, encarando o mar que batia ferozmente suas ondas na areia, causando-me calafrios.
– Você é maluco, e eu sou mais ainda por ter concordado com isso – ri retirando minhas sandálias de salto e as jogando em um canto qualquer próximo ao carro.
– Relaxa, null! – ele riu também, envolvendo minha cintura por um de seus braços e me puxando para a areia. – Aqui – em certo ponto perto do mar, ele me puxou para baixo se sentando na areia úmida, fazendo com que eu quase sentasse em seu colo. Ficamos encarando o mar e as estrelas por alguns segundos, o silêncio nada constrangedor. Minha mente ainda não havia assimilado as coisas direito. – Sabe, eu costumo vir aqui pensar e compor. As estrelas me lembram alguém, e me dão inspiração – meu coração quase parou, decepcionado.
– Alguém?
– É... – e mais uma vez o silêncio tomou conta. – null! – ele me chamou.
– Oi – virei meu rosto para encará-lo, mas estávamos muito próximos, eu podia sentir sua respiração, seu hálito doce batendo em meus lábios e nossos narizes quase se tocando. Involuntariamente, fomos aproximando nossos rostos, fazendo-me estremecer ao sentir seus lábios tocarem os meus suavemente. Abri a boca, dando a ele a oportunidade de aprofundar o beijo. Posicionei minhas mãos em seu pescoço e, pela cintura, ele me puxou para seu colo, quebrando o beijo.
– Eu esperei cinco anos por isso – ele sorriu meigamente antes de voltar a me beijar e me deitar na areia.
E ali, na presença da areia e dos rugidos do mar, eu tive certeza que meu amor por ele era correspondido, e que o alguém que ele se referira há pouco, era eu. Foi ali também que eu tive a melhor noite da minha vida, a qual eu esperei por dezessete anos.
Eu o amava e, acima de tudo, ele também me amava. Isso era o mais importante.

FIM!?

Nota da autora: Heey, minha primeira short *ansiosa*, eu simplesmente comecei a pensar antes de dormir e disse: – Eu tenho que escrever uma shortfic!' sentei no chão mesmo e comecei a escrever, a história veio rápido, diferente de outras fics que eu já tentei escrever, e espero que tenha saído realmente boa, apesar do pouco tamanho. Comentem... sugestões, críticas construtivas e elogios são sempre bem vindos.
Qualquer coisa mande um e-mail para annie.fallinginlove@hotmail.com
beijos :* annie.




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