The Beach Guy
Escrito por Fernanda.

Praia... O lugar mais chato da Terra...
Não, retiro o que disse. O lugar mais chato mesmo é a casa da sua tia avó que fica insistindo em dizer como você cresceu.
Mas voltando à praia... Por que eu estou aqui mesmo? Ah é verdade, fui obrigada à vir aqui porque minha querida irmã não pode ficar sozinha um minuto.
Acho que vou ali naquele barzinho pra ver se dou uma escapada daqui, enquanto a pirralha brinca na areia. Eu posso driblar algumas pessoas e pedir pra um estranho tomar conta dela. Isso, plano prefeito!
A menina começou a correr entre as pessoas, então acabou tropeçando em alguém que estava no meio do caminho, um pouco mais distante das pessoas.
- Ai seu traste, olha por onde anda. – disse a garota com a cara vermelha de raiva.
- Mas foi você que veio correndo e tropeçou em mim. – disse ele com uma gota.
- Ah, não importa, você poderia deixar eu me levantar pra continuar a minha fuga?
- Fuga?!? Você está fugindo da polícia por acaso? – perguntou ele fazendo cara de assustado.
- Não, eu não estou fugindo da polícia. Apenas estou fugindo da minha irmã mais nova, que fui obrigada a tomar conta porque... Por que eu estou te contando isso? E agora me solte. – disse já perdendo a paciência.
- Você está me contando isso porque não resistiu ao meu charme e precisou de algum assunto pra continuar agarrada em mim. – disse ele com um sorriso cínico – E respondendo a sua pergunta ou mandato, seja como for: não, eu não vou te deixar levantar. – disse ele apertando-a mais contra seu corpo.
- Há há há... muito engraçado. Solte-me. – ela falou com um pouco de medo na voz, o que não passou despercebido pelo rapaz.
- Ok, eu vou te soltar, mas se você me prometer que não vai fugir e vai ficar aqui do meu lado. – falou ele afrouxando os braços em volta dela.
- Está bem. Eu fico aqui. – ela ficou mais aliviada depois que ele a soltou, mas também agora pôde notar como o rapaz era lindo, e acabou corando com o pensamento.
- Sabia que você fica uma gracinha vermelhinha desse jeito. A propósito meu nome é , tenho 21 e estou solteiro. E você? – ele falou com um sorriso maroto.
- Nossa já quer baixar a minha ficha completa, é?!?! – ela falou brincando, mas recebeu um olhar reprovador. - Ok, meu nome é , tenho 17 anos e também estou solteira. Feliz agora?
- Muito. – disse ele sem esconder o sorriso. – Então você estava dizendo que estava aqui para cuidar da sua irmã.
- Eu estou cuidando da minha irmã, porque meus pais saíram em uma segunda lua de mel, e não podiam levá-la. Sabe como é. Mas eu odeio quando fazem isso, eles bem que podiam largá-la na casa da nossa avó, que eu iria ficar curtindo minha liberdade à vontade. – disse e na hora que se virou ela viu aquele terrível medo que a perseguia desde criança se aproximar. – Aii não, me esconde.
- Te esconder do que? – disse sem entender, procurando o que poderia ter assustado a menina.
- Do palhaço. – ela disse se agarrando ao jovem. O que fez abrir um sorriso, que não foi percebido pela menina.
- Calma , está tudo bem. Eu estou aqui pra te proteger. – disse afagando os cabelos de . – Ele já foi. Pronto.
- Ai, desculpe, eu sei que você deve estar me achando uma idiota agora, mas não posso evitar, tenho medo de palhaços desde pequena. Deve ser algum trauma. – disse com vergonha, se escondendo no peito de .
- Não te acho uma idiota, e se você quer saber, eu também tenho medos que ainda não foram superados. Mas se você quiser, podemos superá-los juntos. – disse levantando a cabeça de e olhando nos olhos dela.
Ela já não resistindo a proximidade, começa a se desfazer do espaço entre os dois, até que o espaço já não existia mais e eles se beijaram. Qualquer um que os visse pensaria que são um apenas mais um casal apaixonado curtindo a praia. Ficaram se beijando por mais alguns minutos, até que sentiram o ar faltar e separaram as bocas. Continuaram abraçados e se encarando.
- Sabe... Faz um tempinho que eu não beijo ninguém, então se foi ruim, nem me diga, por favor. – disse meio envergonhada. Mas sentiu os braços de apertá-la um pouco mais forte.
- Você está brincando, não é? Foi um dos melhores beijos que eu já dei. Agora se você não se importa. – disse ele se aproximando para beijá-la novamente. Ela como não era nada boba, acabou beijando-o.
O segundo beijo foi diferente do primeiro, como se houvesse uma coisa a mais, mas ela não sabia explicar o que era. De fato o segundo estava um pouco mais exigente, fazendo com que ela perdesse um pouco de sua razão. Quando percebeu, eles estavam deitados na areia, um ao lado do outro. Com quase subindo em cima de si.
- , acho melhor nós pararmos por aqui. – disse ela recuperando o fôlego após o beijo.
- Quem sabe nós não possamos continuar de onde paramos uma outra hora, em algum outro lugar. – disse ele com um sorriso malicioso.
- Eu não sei. Eu nunca fiz isso . Tenho medo de alguma coisa dar errado. – disse ela meio apreensiva, o que fez olhá-la com carinho.
- Não se preocupe, eu não vou fazer nada que você não esteja preparada pra fazer. – disse beijando-a no topo da cabeça. – Mas nós poderíamos sair um dia desses. O que você acha?
- Eu acho ótimo, e acho que eu já tenho que ir. – disse com uma cara de cachorro sem dono.
- Ah, então eu te levo até onde a sua irmã está. – ele disse se levantando e ajudando-a a levantar. Eles andaram na praia com ele segurando sua cintura e a apertando mais perto quando algum cara passava e olhava para .
- Nossa, já está com ciúmes, amor? – ela disse com voz debochada.
- É claro que sim. Você acha que eu não iria ficar com ciúmes de uma menina linda como você? Mas você já é minha então não preciso me preocupar. – disse ele olhando-a nos olhos, o que a fez corar e ele abrir um sorriso. – Eu já disse como você fica fofa com vergonha?!
- E você é muito convencido sabia. – disse . Eles já estavam se aproximando para se beijarem outra vez. Até que escutam uma voz que os faz se separar.
- , você está aí. Eu estava te esperando. Onde você estava? Bem não importa agora, eu quero ir embora. Vamos! – disse a irmã mais nova de .
- Bom até o nosso encontro, então. – disse dando um selinho nela.
- Até. – falou em outro mundo.
Depois daquele dia, ela agradeceu aos seus pais por terem deixado a pirralha com ela, porque sem ela, nunca teria conhecido seu : O cara da praia.

Fim.


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