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Fic: Liah
Banner: Liah
Beta: Deh





Memories consume
like opening the wound
I'm picking me apart again
you all assume
I'm safe here in my room
unless I try to start again




Prefácio



A minha vida toda foi planejada. Desde o dia em que fui concebida até ao nascimento. Desde que me lembro, o meu horário foi planejado de acordo com as decisões dos meus pais. Todos os momentos da minha vida foram planejados.

Eu era a filha perfeita. Eu nunca me queixava, nem mesmo quando era bebê. Eu tinha sido uma rapariga calma e obediente, educada numa escola privada.

Aprendi a tocar uma variedade de instrumentos: piano, violino, flauta e guitarra. Com quatro anos aprendi Ballet e comecei a ensinar aos treze; aprendia tudo muito rápido e sempre dava o meu melhor.

Sim, toda a minha vida estava planejada, até em que colégios iria estudar, o meu curso - Ciências Políticas - e depois tornar-me Senadora e depois… Presidente. Como se isso alguma vez fosse possível.

Mas, quando ele apareceu… tudo se tornou um caos. Ele nunca fez parte do plano. Ele arruinou os meus planos e eu agradeço-lhe por isso. Ele salvou-me do nada que eu me tornaria. Ele não fazia parte do plano. Ele quebrou todos os meus hábitos. Ele tornou-se parte de mim e eu parte dele.

Ele tornou-se a minha razão de viver.



A Minha Razão de Viver



Acordei naquela manhã igual a todas as outras. Acordei com as notícias na rádio. O som da minha música favorita a tocar como despertador iria dar direito a uma palestra de 15 minutos com os meus pais sobre “Como Música Fura os Tímpanos”.

Tomei uma ducha e vesti o meu não-muito-original uniforme escolar. Era uma rotina que eu tinha permanentemente marcado na minha cabeça. Eu nunca pensava duas vezes em fazer alguma coisa porque tudo era normal para mim.

Eu não usava maquiagem, nem apenas eyeliner. O meu cabelo era desordenado e eu tinha que o alisar todas as manhãs, caso contrário, ainda iriam achar que durante a noite eu tinha sido raptada por crocodilos, levada para uma festa reggae e na manhã seguinte adotado o look Afro.

Tomei o pequeno-almoço sozinha, como sempre. Os meus pais já tinham saído para o trabalho, sempre sem dizer “Amo-te, querida” ou “Diverte-te na escola”. Não, a minha mãe sempre me ligava, bem uma mensagem; para ter a certeza que eu iria para onde era suposto eu ir, sem exceções!

“Adeus, Olivia.” – Sorri carinhosamente à minha babá.

“Adeus, querida. Diverte-te na escola.” – E abraçou-me. Tinha uma pequena pronúncia espanhola, mas eu amava-a, estava sempre disposta a ajudar-me.

“Adoro-te” – eu disse através do abraço.

“Eu também, mi hija , eu também.” – E deu-me um beijo na testa.


[Bridge:]
I don't want to be the one
The battles always choose
'Cause inside I realize
That I'm the one confused



Na escola, eu era a “sozinha”. Mesmo sendo a Presidente da Associação de Estudantes, eu continuava a ser a garota estranha que participava de todos os clubes da escola, todos os possíveis e imaginários clubes. Não me importava, eles nunca seriam meus amigos por aquilo que eu sou. Os meus pais são donos de uma terça parte da escola, e é por isso que a maior parte deles pensa que eu ganhei a eleição, mas eu penso que as pessoas realmente acreditam em mim.

Entrei na secretaria como sempre para verificar se havia algum recado para mim.

“Bom dia, Rose” - disse enquanto me debruçava sobre a secretária. Rose é ruiva, com lábios grandes e vermelhos e pele pálida, mas isso é normal quando se vive num lugar como este.

“Como vais, ?” – respondeu usando o meu apelido com um grande sorriso.

“Sempre tudo na mesma. O que tens para mim hoje?”

“Bom, temos cinco novos alunos que precisam de uma visita guiada e como tu és a Presidente…”- Piscou-me os olhos inocentemente.

“Oh, está bem, onde estão eles?”

Ela apontou para trás de mim. Olhei por cima do meu ombro e vi cinco garotos pálidos. Palidez parece ser a maldição deste lugar. Dois casais e um rapaz sozinho. O rapaz solitário parecia… para além de pálido, estranho.

“Obrigada Rose, mais alguma coisa?”

“Não. O Director chama-te se precisar de mais alguma coisa.”

“Tchau! Vemo-nos ao almoço.”

Virei-me para os cinco novos alunos e mostrei um amável sorriso. Estava habituada a ver pessoas belas nesta escola, mas estes ganhavam a todos os outros. Os rapazes eram lindos e as raparigas… igualmente, especialmente a loira. Ela parecia uma modelo.

Posicionei-me em frente a eles e sorri abertamente.

“Bem vindos ao colégio St. Mary, sou a e vou ser a vossa guia. Então vamos lá começar.”- Juntei as mãos como se estivesse pronta para o trabalho.

Eles, sempre elegantemente, se levantaram e agarraram as suas mochilas. Era como apreciar os movimentos de “Deus”. Os seus movimentos eram precisos e delicados.

Conduzi-os para fora da secretaria.

“Este é o corredor principal; ele fica um caos a meio de cada aula. Os números dos armários devem estar nos vossos horários.”


[Chorus:]
I don't know what's worth fighting for
Or why I have to scream
I don't know why I instigate
And say what I don't mean
I don't know how I got this way
I know it's not alright
So I'm breaking the habit
I'm breaking the habit
Tonight



Mostrei-lhes a escola toda. Estava exausta quando terminei, mas eles não pareciam nada cansados. Talvez eles estivessem habituados.

“E aqui termina a nossa viagem. Se precisarem de alguma coisa, não hesitem em perguntar. Hum, deixem me ver, não me esqueci de nada pois não?” – pensei alto. “Oh, boa sorte!”

Os meus olhos caíram sobre o rapaz de cabelo de bronze.

“Oh, os vossos nomes, outra vez?”

A rapariga com ar de duende deu uma risadinha com a minha estupidez.

“Sou a Alice Cullen; estes são o Jasper Hale, Rosalie Hale, Emmet Cullen e o Edward Cullen.”

“Vocês vivem juntos?”

“Fomos adotados por um casal adorável” – Edward respondeu, olhando para mim.

“Oh, isso é mesmo adorável”

Trocamos um olhar e o meu mundo girou.

“Eu preciso olhar para outro lado, eu tenho de olhar para outro lado”, eu pensei e quase obriguei a mim mesma olhar para outro lado. O meu coração estava acelerado. O meu sentido de orientação estava descontrolado.

“Hu… Eu…Uh…”

Eu não consegui dizer nenhuma palavra. Eu conseguia ouvi-las na minha cabeça, elas apenas não se juntavam e não saiam da minha boca para fora.

“Certo.” – Mordi o meu lábio e senti o calor das minhas bochechas pela vergonha.

“Boa, ! Agora pareceste mesmo uma idiota!” – Esmurrei-me mentalmente.

O Edward sorriu para mim e quando pensei que não poderia ficar mais vermelha, senti as minhas bochechas ficarem mais quentes.

“Então, se precisarem da minha ajuda, não hesitem em perguntar.” - E nesse momento deu o toque. “Vemo-nos por ai.” – Acenei-lhes enquanto caminhava pelo corredor em direção ao meu armário.

Quando cheguei ao meu armário, cumprimentei a minha amiga , ou .


Clutching my cure
I tightly lock the door
I try to catch my breath again
I hurt much more
Than anytime before
I had no options left again



“Oi, !” – Ela estava balançando a cabeça com uma música metal qualquer. Se os meus pais soubessem que eu ouço metal, rock, e assim, eles mandavam-me para um colégio interno na Sibéria, pelo menos foi o que eles me disseram da última vez que me apanharam.


-- Edward’s POV --



Era difícil prestar atenção à ; o sangue era… diferente.

Observei todos os movimentos que ela fez e memorizei todos os detalhes do seu rosto. Ela não era o que os humanos chamam de linda, mas para mim tornou-se o ser mais importante neste planeta. A minha existência dependia dela.

Quando ela ia embora, eu sentia-me vazio. Li a mente da Alice e ela viu-nos juntos. Abanei a minha cabeça.

Não outra vez” – eu disse antes de ir para a minha primeira aula, que era Filosofia.

estava sentada na sua carteira, sozinha, enquanto todos os outros conversavam. Li-lhe a mente. Estava a ler qualquer coisa de Emerson.

“To be great is to be misunderstood.” Ela repetia vezes sem conta. A minha total atenção estava nela, eu nem sequer reparei quando uma das raparigas populares veio até mim.

Não lhe liguei. Passei-lhe ao lado e sentei-me o mais longe possível da . Eu não me podia envolver com uma humana outra vez.





P.O.V –



Estava ouvindo Alkaline Trio - “Help me” enquanto comia o meu almoço não muito nutritivo na livraria enquanto lia um livro que por acaso caiu da prateleira no momento em que eu entrei. A livraria é a minha vida social. Até a encarregada já me conhece. Ela é uma das poucas pessoas que não me olham de maneira diferente, como se eu fosse um alien ou algo ofensivo. É triste, eu sei, mas não estou sempre sozinha. Música é a minha melhor companhia. Música aquece o meu coração e me mantêm afastada de toda a tristeza que eram os meus dias.

Na minha última aula, que era Anatomia, fiquei como parceira do Edward Cullen. O professor iria nos dar um sistema e nós teríamos de legendar as imagens e posteriormente numerar todas as doenças associadas a esse sistema.

“Cullen e , vocês dois ficam com o sistema muscular.”

Arrumei as minhas coisas e fui-me sentar à beira do Edward, até agora ele tinha estado na escola por dois ou três meses e nós quase nunca falávamos. Com a Alice era diferente, ela falava comigo, mandava-me mensagens e até íamos ao cinema aos fins-de-semana. Ela é a alegria em pessoa e muito esperançosa uma vez que ela iria me ligar para fazer questão que eu levasse um guarda-chuva porque iria chover, mesmo que na televisão dissessem o contrário, e assim salvar-me da chuva e de várias molhadelas.

“O sistema Muscular vai ser fácil, consigo tratar de tudo.”


[Bridge:]
I don’t want to be the one
the battles always choose
'Cause inside I realize
that I'm the one confused



“Isto é um trabalho de grupo”

Levantei uma sobrancelha e olhei para o Edward.

“Tu queres ajudar?” Não estava habituada a ter alguém que me quisesse ajudar. Em trabalhos de grupo, eles sabiam que eu faria tudo sozinha e no fim lhes dar os respectivos créditos pelo não-muito-mesmo-nada trabalho que não tiveram sem acusações.

“Sim” ele disse, completamente sério.

“Oh, uhm… desculpa é que toda a gente com que eu alguma vez trabalhei nunca fazia nada.”

“O que queres que eu faça?” ele perguntou com os seus olhos nos meus e eu quase nem conseguia pensar.

“Porque é que ele me faz sentir tão… dah?? ”

Ouvi-o rir ligeiramente, parecia o som de um anjo. Oh meu Deus, ele faz-me sentir tão… normal.

Durante os próximos dias, ele mudou. Ele começou a falar comigo cada vez mais. Descobrimos a nossa paixão conjunta por música dos anos de 1950, a melhor época, em nossa opinião, uma época simples. Ele contou-me mais sobre a sua vida, tipo como perdeu os pais num trágico acidente.

“Já chega de falar sobre mim, , agora quero ouvir mais sobre ti.” Os seus olhos pestanejaram no momento em que disse o meu nome e eu pensei poder voar pela maneira como o meu nome saiu dos seus lábios.

“Não é nada de mais, Ed.” Usei o seu apelido. “Estou sempre querendo mais do que o que posso aguentar. Sou… normal. Ok, não sou muito boa em falar de mim mesma” confessei.

“Tenho a certeza de que é mais do que eu consigo ver nos teus olhos.”

“Não. Aquilo que vês é aquilo que sou. Eu tenho uma rotina… a mesma todos os dias. Todos os meus dias, semanas e meses estão planejados. Cheios de atividades como: ballet, futebol, piano e outras coisas. Tenho notas perfeitas e recebi aceitações antecipadas para Yale, Princeton e Dartmouth. Não sou especial, mesmo nada especial.”

Olhei para o Edward e ele parecia estar lutando com ele mesmo. Disputando algo em sua mente, conseguia ver concentração exagerada nos seus olhos. Olhei cuidadosamente. Estava preocupada, ele poderia ter algum tipo de ataque.

“Edward?” Coloquei a minha mão sobre a dele, mas rapidamente a retirei. Estava completamente gelada.

Ele retirou a sua mão da mesa e se desculpou.

Eu mordi o meu lábio.

“Agora ou nunca, pensei, movi-me e coloquei os meus lábios nos dele. Foi um leve e inocente beijo. Os seus lábios ajustavam-se aos meus perfeitamente, eu não queria que este momento acabasse, mas reparei que ele não estava respondendo ao beijo e comecei a me afastar quando ele segurou a minha face com as suas mãos e trouxe-me de volta a um apaixonado beijo. Um beijo mais profundo, cheio de alegria e amor, abruptamente ele se afastou.


[Chorus:]
I don't know what's worth fighting for
Or why I have to scream
I don't know why I instigate
And say what I don't mean
I don't know how I got this way
I'll never be alright
So, I'm breaking the habit
I'm breaking the habit
Tonight



“Desculpa… eu… eu… não devia ter feito aquilo.” Desculpou-se e, antes que eu pudesse contradizê-lo, ele já tinha desaparecido e me deixado sozinha na livraria.

Toquei os meus lábios e eles pareciam dançar. Parecia que eu estava no paraíso. O meu relógio apitou e eu lembrei-me que tinha treino de futebol.


– Edward Cullen P.O.V –



Ter os lábios dela nos meus foi tão maravilhoso. Parecia tão certo, como se ela já me pertencesse.

“Isto não pode ser, Alice!” gritei em frustração.

“Porque não? Ela não é como a outra , ela é diferente” Alice argumentou.

“Eu não vou trazer perigo à vida dela” disse tudo com muita calma para que ela entendesse o motivo.

Ela congelou e agora estava a ter uma visão. Começou com gracinhas mal a visão terminou. Vi a visão dela e a minha preocupação piorou. Ela via a decidir ir a pé sozinha para casa e depois ser assaltada e baleada perto do centro da cidade.

“Não” sussurrei. Antes que eles pudessem dizer alguma coisa, eu já estava correndo para o centro da cidade para salvá-la.





P.O.V. –



“Vá lá, vá lá, não me faças isto.” Tentei ligar o carro mais do que uma vez seguida, mas não resultava. “Raios.” Agora estava enervada. Olhei para o meu celular e, como o universo gosta de fazer coisas más a mim, estava sem bateria.

Bati com a cabeça repetidamente no volante e quase gritei de frustração.

“Ótimo. Agora tenho que ir a pé. Ok, é melhor andar do que a minha mãe descobrir que faltei ao treino de futebol.”

Abracei-me enquanto saia e fechava o carro, não que isso fosse ajudar. Depois comecei a caminhar.

Este lugar é um típico centro de cidade, as ruas que ligam a periferia ao centro, lixo no chão, garrafas deixadas ali, nas beiras. Tentei passar por cima do lixo enquanto fazia um esforço para respirar pela boca e não pelo nariz.

“Nada simpático este lugar.”


[Bridge:]
I'll paint it on the walls
'Cause I'm the one at fault
I'll never fight again
and this is how it ends



Os meus saltos faziam um som de “clock” cada vez que eu dava um passo, mas também conseguia ouvir pesados passos atrás de mim. Parei, mas não me virei. Fiquei à escuta, mas não havia nada lá. Continuei a andar e continuava a ouvir aqueles passos pesados a perseguirem-me.

Comecei a andar depressa e mais depressa até começar a correr pela rua abaixo. Mas, quando virei para a esquerda, alguém bateu contra a parede degradada de um prédio abandonado. Engoli em seco assim que um corpo se encostou ao meu. Senti algo frio debaixo do meu queixo e, quando olhei, fechei os meus olhos. Era uma arma.

“Oh meu Deus, oh meu Deus, oh meu Deus” repeti vezes e vezes sem conta. Respirar estava se tornando difícil.

“Dá-me tudo o que tens, garota.” Ele cheirava a cigarros e cerveja.

Comecei a procurar dentro da minha bolsa quando senti a minha camiseta ser levantada. Ignorei e continuei à procura da minha carteira. Encontrei-a e estendi-a àquele estranho.

“Linda menina. Uhm, que pena, terias sido uma bela noite.” Olhou-me de cima a baixo antes de baixar a arma até ao meu abdômen e premir o gatilho. Tocou com os lábios nos meus e foi-se embora, deixando-me ali encostada aquela parede velha.

Lentamente fui caindo até ao chão à medida que ia perdendo a força nas pernas. Tentei alcançar o ar, mas estava difícil respirar. Os meus pulmões estavam em mau funcionamento.

Costumam dizer que no fim da nossa vida, vemo-la passar em frente dos nossos olhos num flash. Para mim, isso era verdade e estava a acontecendo, mas a verdade é que não havia nada que me interessasse à medida que a ia vindo. Tudo na minha vida era normal, uma rotina, um hábito. Um hábito de fazer tudo o que me pediam sem nunca questionar. Era tudo vazio, mas, no final, com o Edward, era diferente. Era lindo, fascinante e eu lembrava-me de cada momento que passei com ele.

“Edward” sussurrei. Os meus olhos começaram a ficar pesados e eu comecei a ceder à pressão de os fechar.

” ouvi a sua voz e sorri inconscientemente. A sua voz angelical parecia tão distante. Senti algo frio me pegar no colo, gritei com dores e tudo ficou cinzento-escuro, distorcido…

A última coisa de que me lembro é dele sentar-me num sofá e eu sentia-me tão fria e um sentimento de incapacidade em torno do meu corpo, como se nunca mais voltasse a mexer.

“Ah… Edward” chamei.

“Estou mesmo aqui.”

“Eu não quero morrer… eu quero… estar… contigo. Deixa-me estar contigo.”

Ele não me respondeu.

“Desculpa por te condenar ” ele sussurrou, mas eu não consegui mesmo compreender. Senti alguém puxar o meu braço e alguns minutos depois senti alguém levar o meu pulso até aos seus lábios e depois uma dor horrível, mas esta estava atrás da dor normal. Era uma dor agonizante, impossível de acreditar.


[Chorus:]
I don't know what's worth fighting for
Or why I have to scream
But now I have some clarity
to show you what I mean
I don't know how I got this way
I'll never be alright
So, I'm breaking the habit
I'm breaking the habit
I’m breaking the habit
Tonight



A dor continuou por alguns minutos até alguém remover o meu braço e aí o sentimento de dor deu lugar à frieza e à tontura.

Eu queria gritar, eu queria contorcer-me pelas dores, mas eu não me conseguia mover. Eu estava a endoidecer, a dor era tão intensa. Era como estar dentro de um forno impetuoso e alguém insistisse em continuar a aumentar o calor…

A dor desapareceu. Sentia… Não sentia nada. Sentei-me e dei conta que estava numa cama. Eu não estava cansada, até estava no completo oposto, nunca me senti tão poderosa e tão bem como agora. Num rápido movimento, levantei-me da cama. Estava usando roupas diferentes; o meu uniforme foi substituído por um vestido. Um simples vestido preto de seda que chegava até ao chão.

Eu precisava me ver e com sorte lá estava um espelho comprido junto a uma porta. Olhei-me e respirei bem fundo. Olhei ao meu redor para ver se não era outra pessoa, mas eu era a única no quarto.

“Não, ist…” Tapei a minha boca porque a voz que eu ouvia era tão bela que não poderia ser a minha de maneira alguma.

Ouvi duas batidas suaves na porta.

Edward entrou. Eu nunca tinha reparado… em tudo a cerca dele. Ele chegou-se a mim.

A primeira coisa que disse foi
“Amo-te.”

“Também te amo.” Não hesitei em responder porque era verdade.

Ele explicou-me o que ele era… no que ele me transformou. E então começou a desculpar-se. A desculpar-se por ter condenado a minha alma. Na realidade, eu nem estava prestando atenção. Uma sensação de algo a queimar-me a garganta estava a incomodar-me.

“Eu acho que tenho sede.”

Então ele levou-me ao bosque e ensinou-me a caçar. Eu sentia pena do pobre animal, mas era bem melhor do que pessoas.

“Quando é que os meus olhos voltam ao normal?”

“Uh, nunca. Depois de vermelho eles ficam dourados.”

“... Os meus pais… O que eles sabem?”

“Eles acham que foste raptada.” Conseguia ver a culpa nos seus olhos por fazer sofrer assim duas pessoas inocentes.

Caminhei até ele e levantei-lhe o queixo.

“Não penses, nem por um segundo, que eu te culpo. Estou-te agradecida … Tu salvaste-me do nada em que eu me tornaria. Estou contente que me tenhas transformado, porque agora eu posso amar-te verdadeiramente para sempre e eternamente.” Eu sorri e nos seus olhos a alegria cresceu.

Beijou-me com paixão. De alguma forma, ele continuava a deixar-me tonta.

“Obrigado por teres quebrado a minha rotina. És a minha razão de viver” sussurrei-lhe.



FIM!

E assim acabou a Fic... Gostaram, meus amores?!? *.*
Eu continuo gostando de vocês mesmo que não tenham gostado, portanto não é necessário mentir não! =D
Agora comentem e querem fazer um favorzinho aqui à Tia florzinhas?!

Então me mandem um e-mail para LiahFFics@gmail.com com idéias para novas fics, agradecia muito que o fizessem.
:)
Beijão Grande Para Vocês


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