There's nothing you can make that can't be made No one you can save that can't be saved Nothing you can do, but you can learn how to be you in time xx
Ela só queria amar e ser amada, ele só queria viver sua vida. Em um dos colégios mais caros de Londres, e estudavam na mesma classe, com amigos e situações de vida diferentes. Talvez ela o odiasse por isso. E talvez, ele a odiasse por ela ser humilde e uma simples bolsista. Naquela tarde fria, diante do seu computador, resolveu se distrair, esquecer de tudo o que havia passado em mais um dia naquela escola cheia de pessoas sem escrúpulos. Entrou em um dos Chats mais populares, na verdade, aquele que mais fazia sucesso entre as pessoas da sua idade. Ela só queria tentar se libertar de todas as confusões do dia. Foi aí que um nick diferente chamou-lhe a atenção. Quem sabe, por trás daquele nome estivesse alguém simples como ela, ou até mesmo a pessoa que ela estava procurando. “Lola!” Esse era seu nome quando ela se sentava em frente ao computador... Sem perder mais tempo, ela foi falar com o tal nick que havia chamado sua atenção, tentando, realmente, encontrar um divertimento para sua tarde ou quem sabe até um novo amigo. Ed Vanilla, esse era o nick do seu mais novo contato... Em uma resposta muito simpática à Lola, ele lhe respondeu com um “Olá! Como está?!” e então, uma conversa mais que agradável começou a fluir entre os dois. Quando se deu conta do horário, já era mais que tarde da noite. Ela precisava dormir. O sono já estava deixando-a zonza; mas, ao mesmo tempo, não queria se despedir do mais novo amigo. Conversando com ele, as coisas pareciam fluir melhores, e isso era, definitivamente, muito bom! Certamente ela dormiria ali mesmo se continuasse em frente ao computador, e sua mãe, quando chegasse do trabalho, provavelmente não iria gostar muito da idéia. Então, em uma despedida carinhosa e com promessas de novas vezes se encontrarem ali, Lola desligou o computador e voltou a ser , indo, diretamente, deitar em sua cama. acordou com sua mãe gritando seu nome, e quase não acreditou ao constatar que já deveria se levantar. Isso era é o efeito de ficar conectada até altas horas, ela não tinha dúvidas disso. A aula, como sempre, era enjoada. Mas ela era obrigada a prestar atenção em todas as matérias se quisesse continuar com sua bolsa. Especialmente naquele dia, prestar atenção estava sendo algo complicado, já que a todo o momento sua conversa com o mais novo amigo, Ed Vanilla, vinha-lhe a cabeça e ela acabava se perdendo em pensamentos. , como era de costume, aproveitava cada fora da garota para incomodá-la. - É tão burra e idiota que não entende mais nem a língua inglesa! – assim gritou . Só então ela se deu conta de que a professora estava lhe chamando e o garoto aproveitava a situação para colocar seus defeitos em alta. sentia-se humilhada cada vez que falava dela. E isso magoava seu coração, mesmo tentando não dar importância para isso. E então, como em um sinal de salvação, o sinal tocou, e sem perder tempo, arrumou seu material e seguiu logo para sua casa. Mal almoçou a comida requentada que sua mãe sempre deixava, enquanto tentava ganhar algum dinheiro para as duas, e correu para sentar-se em frente ao computador. Instantaneamente virou Lola, e seu mais novo amigo já estava lá. Mal entrou e a janela de conversa dos dois subiu. Iniciaram um papo muito animador, o que a fez esquecer-se das desavenças que havia passado, novamente, na escola naquela manhã. Ao longo da tarde, ele pediu para Lola se ela não gostaria de encontrar-se com ele, já que moravam na mesma cidade. Tomar um café na Starbucks; eles podiam sair, se conhecer. E isso mexeu com ela, em seu coração algo dizia que isso não iria dar certo... Mas afinal, quem se importava? Um frio percorreu sua barriga ao constatar que precisava ver aquele garoto que havia se tornado seu mais novo amigo em pouquíssimas horas. E então seu coração pulou, ao pensar que poderia estar se apaixonando por aquele garoto que ela nem mesmo sabia o nome. Sua cabeça estava confusa. Devia ou não ir? Seu coração dizia para seguir em frente, que talvez ele fosse o que ela precisava para fazer sua vida melhor, mas sua razão a impedia de encontrar um cara que ela nem sabia quem realmente era. Em um impulso, ela decidiu seguir seu coração, e resolveu dizer sim.
It's a big bad world We're doing what we can Sometimes we fall on our face Before we even learn to stand But we get back up Shake off all the dust And take it step by step xx
não sabia o que fazer ou como agir. O dia se aproximava e a garota ficava cada vez mais nervosa, eram muito íntimos pelo chat, e agora pelo Messenger, mas como seria ali, um em frente ao outro? A um dia de isso tudo acontecer, ela começava a se preocupar. Ele a acharia muito simples? Acharia ela uma boba, por ser assim como era? Pensava talvez que ia dar tudo errado, que ele não viria, deixaria ela ali sozinha, mas não, seu amigo não faria isso com ela! Afinal, como se vestir? O que falar? Quando já estava pensando em desistir do tal encontro, uma mensagem na tela do seu computador apareceu. Era ele, Ed Vanilla, que mais uma vez tirava todos os medos de sua cabeça e fazia-a sentir-se bem, sentir-se ela mesma. Agora tinha plena certeza: nada a impediria de encontrar-se com ele.
Naquela manhã de sábado o sol se fazia presente com uma leve brisa em Londres, acordou. Pensou que estava sonhando e talvez nada do que viria a acontecer seria realidade. A roupa escolhida era simples, porém ela se achava confortável e até bonita com ela. Depois de totalmente pronta, seguiu para o local marcado. Seu amigo estava sim lá, e um desespero bateu nela. Cada vez que se aproximava, mais o reconhecia. Não como qualquer pessoa, mas como , o colega que ela não suportava. Olhou melhor ao seu redor, pensando estar no lugar errado, mas não, ela estava no local certo, e ele com o casaco vermelho, o qual disse que iria. Pensou ser alguém parecido, afinal, ela costumava confundir pessoas. Quando chegou ao lado do tal rapaz, viu que realmente era . Queria jogar tudo pro espaço, correr, ir embora, sumir do mapa. O que havia conhecido não era como esse. Era completamente diferente pelo chat, tão mais amigo e legal.
percebeu a presença de alguém ali, e no mesmo instante virou-se. Abriu a boca ao ver ali, parada; olhou em volta, tentando descobrir o motivo para a garota estar ali. Era muito difícil os dois estarem no mesmo local, somente quando os dois eram obrigados isso acontecia, era realmente muito estranho ela estar parada logo ali. Então ele, sem perder tempo, tentou de alguma forma humilhá-la, como sempre fazia quando tinha uma chance. - É perseguição? – ele perguntou sarcasticamente, enquanto soltava uma gargalhada sonora. Ela por um momento pensou ser mera coincidência os dois estarem ali, mas percebeu que não poderia ser outra pessoa se não ele. Explodindo de raiva, revidou. - Sai daqui, ! Deixa de ser estúpido! – ela praticamente gritava, e ele sem se deixar humilhar ainda sorria – Com tantos lugares para você ir por que veio justo aqui? - Querida! – ele começou dizendo sarcasticamente – Pois quero que você saiba que estou esperando uma garota, que deve ser linda e legal, não uma chata assim como você! – quando ele terminou de falar qualquer resto de dúvida tinha ido embora, era ele, era Ed Vanilla, o garoto com o qual sonhara; com o qual imaginava ter um romance sincero e feliz. - Pois saiba que eu também vim encontrar um garoto, neste mesmo local, querido! – ela falou sarcasticamente, enquanto percebia o olhar de reparação dele sobre ela.Só agora ele via as mesmas características que Lola, sua amiga virtual, lhe descrevia. A mesma pulseira verde no braço direito, o mesmo penteado, a mesma cor dos olhos. Não. Não podia ser! Ela era tão chata pessoalmente, como pelo computador poderia ser tão legal, tão divertida e amiga? - Você é Lola? – ele finalmente perguntou, só assim poderia tirar qualquer dúvida que lhe restasse. - Sou sim! E lamento profundamente por ter pensado que você, melhor dizendo, que Ed Vanilla fosse uma pessoa legal. Mostre quem você é pela internet também, ! - Como sempre uma idiota! Todo mundo é um pouco diferente pelo computador! Ao ver o olhar de indignação dela, ele simplesmente virou as costas para ela, provavelmente seguindo para qualquer lugar longe dali. E isso era o que ela também iria fazer.
Quando acordou no dia seguinte, não tinha vontade de levantar-se da cama, com que cara iria olhar para ele? E se ele já tivesse falado para alguém? Ficou um tempo ali e resolveu que sua auto-estima valia muito mais que um garoto que só queria se achar, e levou a sério a idéia de que nada iria lhe abalar. surpreendeu-se ao constatar que naquele dia ele não havia feito nenhuma piada a seu respeito durante a aula, nem lhe dirigiu um único olhar.
estava mais que irritado depois do ocorrido. Além de descobrir que esse tempo todo quem estava falando com ele era , percebeu que havia perdido mais uma conquista. Na biblioteca, sozinho, em um acesso de raiva pegou alguns livros que estavam sobre a prateleira e jogou-os com toda sua força no chão, transformou a biblioteca num lugar com folhas rasgadas, livros jogados e cadeiras atiradas. Tinha de fazer algo para que sua raiva passasse, e foi nisso que encontrou a melhor solução, mas não percebera que o observava pela janela. Ele ouviu alguns passos no corredor e se viu perdido, até achar um canto vazio e escuro da biblioteca onde poderia se esconder. , do lado de fora da biblioteca, também percebeu alguns passos e entrou no local, numa tentativa frustrada de se esconder, pois a bagunça era ainda maior vista assim de perto. Abaixou-se ao lado de um balcão. E, por sorte, a diretora e mais alguns alunos passaram reto, sem nem perceber o que havia se passado ali. Com um suspiro de alívio ela levantou-se e, ao fazer isso, quase morreu de susto. - Ahá! Peguei você! – saiu de seu esconderijo improvisado e foi para perto de , com um tom desafiador falava – Pensei que você era uma santinha, mas olha o que você faz! Acho que a diretora não gostaria de ver uma coisa dessas! - Você sabe que foi você quem fez tudo isso, estúpido! – ela gritou, não contendo a raiva. Ainda estava inconformada em saber que o Ed Vanilla era esse estúpido que agora estava em sua frente. - Eu?! – ele perguntou ironicamente, e depois soltou uma gargalhada – Você sabe que eu nunca faria isso! Até porque você não tem provas! Acho que vou agora mesmo falar com a diretora, antes que você resolva fazer algo comigo! – ele riu e já estava caminhando em direção à porta. - Você não pode fazer isso! – ela gritou em tom de desespero – Você sabe que não fui eu quem fez isso, que foi você! E eu sou bolsista, se você for contar uma coisa assim para a direção eu perco minha bolsa e não vou mais poder estudar! – o desespero já havia tomado conta dela, e ela não sabia o que fazer, porque por mais que ela não tivesse feito nada, a direção da escola nunca acreditaria. - Ótimo! Isso é tudo o que eu quero! Nunca mais te ver! – e assim ele saiu da biblioteca, destruindo todos os sonhos dela.
saiu rindo da biblioteca, ela acreditara mesmo que ele fora entregá-la para a direção. Ele podia ser meio cruel com ela, mas não faria isso. Até porque não tinha motivos suficientes para fazê-la perder uma bolsa de estudos. , quase desesperada, deixou passar alguns minutos. Chorando, foi até a direção, talvez se ela contasse que havia mesmo feito aquilo a punição seria menor e ela nem perdesse a bolsa de estudos. Estranhou ao entrar na sala da direção e vê-la normalmente, sem estar com sua normal cara de brava, aquela que fazia sempre quando um aluno fazia alguma sacanagem. Quando a diretora notou sua presença ali, ergueu a cabeça e a inclinou, indicando que sentasse em sua frente. Largou a caneta e, olhando atentamente para aluna quase desesperada na sua frente, disse: - Sente-se, ! – a menina sentou e mexendo as mãos num gesto de nervosismo começou a falar: - Eu juro que eu tentei me controlar, mas foi algo maior que eu. A raiva tomou conta de mim e eu sem querer, quer dizer, querendo, eu baguncei toda a biblioteca, rasguei livros e folhas, quebrei cadeiras e bom... – falava tão rapidamente que atropelava a maioria das palavras, e só parou ao ouvir o ensurdecedor grito da diretora. - ! – a diretora ficou simplesmente sem reação; como uma aluna bolsista cometeu tal ato? – Como você teve coragem de fazer algo assim? A última pessoa que eu esperava era você! Sinto muito, mas não preciso nem pensar para dizer que você acaba de perder a bolsa! A garota não sabia nem o que fazer, quer dizer então que estava apenas querendo assustá-la e não havia contado nada para a direção? As lágrimas instantaneamente começaram a correr de seus olhos, mas na verdade sua vontade era sair gritando e quebrando tudo. Não poderia voltar para a sala de aula no estado em que se encontrava, o motivo se dava a uma pessoa em especial: aquele que havia destruído seus sonhos de um futuro melhor para sua vida, destruído seus sentimentos. Tentou se recompor como pôde e entrou na sala de aula. Olhou para todos e viu sentado com seus amigos, rindo, como se fosse a pessoa mais feliz do mundo, como se não tivesse feito ou acontecido nada. foi até sua classe, recolheu seus materiais e saiu da sala sem dizer nada, deixando para trás, definitivamente, tudo aquilo que a fez mal, que a fez sofrer.
estava agindo normalmente, como sempre fazia, mas por dentro sentiu-se imensamente culpado ao receber o comunicado da direção que a aluna havia perdido a bolsa de estudos e que também havia saído da escola. Ele sentiu-se mais do que culpado, estava imensamente arrependido e não sabia mais o que fazer, nem ao menos tinha o endereço da casa dela para poder encontrá-la. Deixando o orgulho de lado, ele decidiu lutar por ela, para que ela pudesse voltar à escola, achava que só assim o sentimento de culpa desapareceria de sua vida. Procurou, revirou documentos, e já não agüentava mais olhar nome por nome da lista telefônica até encontrar um que pudesse lhe lembrar o sobrenome de . Nem isso ele sabia! E só agora, sem vê-la, percebia que sentia falta dela. Quase deu um pulo de alegria; depois de duas horas, ele finalmente havia conseguido achar o endereço de na maldita lista. Não iria ligar, sabia que desligaria na cara dele, e por isso decidiu ir até sua casa. Iria levá-la consigo para a escola no mesmo momento em que a encontrasse.
Quando abriu a porta de sua casa, quase desmaiou ao ver quem estava à sua frente. Quando já estava prestes a fechar a porta na cara dele, ele a impediu, colocando o pé entre a porta. Por fim, ele se pronunciou: - , apenas me escuta, por favor! – ele implorou e ela não conseguiu resistir ao pedido tão educado e desistiu de fechar a porta, mas mesmo assim não o convidaria para entrar. - Fala o que você quer! Ah! Não vai dizer que... – antes que ela pudesse terminar a frase ele a interrompeu.
So I won't hesitate no more, no more It cannot wait, I'm sure There's no need to complicate, our time is short This is our fate xx
- Quero que você venha comigo até a escola! – ele engoliu seu orgulho de vez e continuou a falar, sem se importar com que o que os outros pensassem – Vamos até lá, eu vou assumir minha culpa, pago uma biblioteca nova, mas, por favor, venha comigo! pareceu pensar, mas ainda não havia conseguido outra escola e precisava estudar, queria estudar, e iria sim junto com ele. Ele já havia conseguido estragar sua vida, e daria uma chance para ele consertá-la. Quando saiu da sala da direção, ele tinha uma cara lamentável e estava com uma advertência na mão, ela tinha um sorriso enorme no rosto, havia conseguido de volta sua bolsa, ele havia assumido sua culpa e ela finalmente voltaria a estudar. Mas ele não estava tão triste, sua culpa havia sumido e isso o deixava até mais leve. Mesmo com esse gesto de bondade, não voltou a falar com , e ele nem fazia muita questão que ela falasse com ele. Cada um ficava em seu canto, cada um tinha seus amigos, como sempre fora. Mas com uma diferença; não molestou mais a garota. Por uma coincidência do destino, ruim para os dois, e caíram juntos em um trabalho de dupla, era o que os dois menos queriam, e no momento em que se olharam, perceberam que não iriam se acertar nisso. Tudo o que ela falava estava errado. Tudo o que ele dizia estava terrivelmente errado. Começaram a discutir, como se estivessem em qualquer lugar, não se importando com professores ou com colegas. A professora, já irritada com tudo aquilo, mandou-os para a direção mais uma vez. E sem complicarem, os dois saíram juntos da sala, em direção àquela sala tão terrível para eles: a da diretora. Eles dois sabiam que por trás daquelas mascaras de ódio existia mais que inimizade, talvez até algo chamado amor, que eles não conseguiam definir. Como castigo, organizar a sala de materiais esportivos fora uma tarefa até divertida. E percebeu ali, nesse tempo em que estavam sozinhos, que e Lola tinham exatamente a mesma personalidade, mas somente precisava conhecê-la. E viu que o amigo que via no Ed poderia sim encontrar em também. E assim eles pretendiam seguir com suas vidas, num destino incerto e com muitas surpresas.
FIM!
N/A: Olá galera! Como estão? Nós super emocionadas por causa do show *-* McFly em Porto Alegre? Nunca que eu ia imaginar... Mas enfim! Eu ainda não estou acreditando! Essa fic foi um conto, que a professora de português mandou nós escrever e como ela amou o nosso, a gente resolveu adaptar! A gente espera que vocês gostem, mesmo! Vou ficando por aqui e comentem, por favor! xx Thai