Prólogo


Dizem por aí que amor é cego... Mas quem diria que eu o enxergaria de baixo do nariz, assim tão na cara? Certo que sempre tava na tela, mas você sempre duvida até se tornar realidade, até que alguém tome uma atitude. Esse foi meu caso, meu e deles, diga- se de passagem, quem iria imaginar que meus únicos amigos iam se apaixonar por mim? E pior, eu não saber quem escolher, afinal, amava os dois! Eu não podia ficar com os dois de uma vez, podia? Eu sei, parece loucura, mas vou tentar lembrar como tudo começou...


Capitulo 01


Eu sempre fui do tipo de garota que não brincava de boneca, que não chorava por ter caído, que não vivia sonhando com coisas fúteis... Eu sempre brincava de bola, chegava toda esfolada, suja, e meus melhores e únicos amigos eram garotos. Não que eu não seja feminina, eu até sou, mas não morro se a unha quebrar e não gosto das frescuras que a maioria das menininhas da minha idade tem. Vamos começar pelo começo...
Morávamos no mesmo condomínio desde que nascemos e, conseqüentemente, nos encontrávamos no parquinho, nossas mães fizeram amizade e daí viramos amigos inseparáveis. Desde criança sabia que eles eram os únicos que precisava ter como amigos e isso bastava. Eles eram os melhores amigos que eu podia ter. Cada um do seu jeito especial de ser e de me tratar como uma princesa... Vou confessar que fiquei mal acostumada desde cedo. Mas fazer o que se eles sabiam como agradar uma mulher (lê- se menina)?
Mas todo o negócio de paixonite começou mesmo quando tínhamos, ah, sei lá, 11 anos... Pré-adolescência, hormônios à flor da pele... As curiosidades chegavam com o passar do tempo. Como éramos muito curiosos, demos nosso primeiro beijo juntos. Claro, eu beijei os dois e antes que pense que foi um beijo triplo... Não foi! Eles fizeram pedra, papel e tesoura e, tcharam, o me beijou primeiro, depois veio o . Mas não foi o primeiro selinho. Foi beijo de verdade, beijo de língua e confesso que já sentia uma vontade de não parar de beijar os dois. Mas sempre pensando: "beijar é bom, mas eles são apenas meus amigos!”
Vocês devem estar pensando: gulosa, hein, garota? Mas é que cada um tinha seu jeito de me beijar, um mais delicado e o outro mais selvagem. Que mais eu podia querer? Eram duas combinações perfeitas e um completava o outro. Isso durou por muito tempo... A gente se juntava e vamos nos beijar? Vamos! Não queríamos perder a prática. Éramos amigos de mente aberta e, pra não ter briga, eles revezavam e eu sempre saia no lucro, pois sempre beijava em dobro, HAHA. Mas, com o tempo, começaram a fazer gozações sobre nós, com os 13 pra 14 anos (quando digo 13 é porque todos tínhamos a mesma idade, só pela diferença de meses, é claro) e nós fomos tachados de gays na escola. Mas os guys não faziam nada pra tirar a fama, muitas meninas se jogavam pra eles (afinal, eles eram lindos), mas eles não davam bola. Eu nunca entendia o motivo (ou, digamos, preferia fingir que não sabia... Melhor, queria não acreditar), mas hoje em dia sei o porquê (com todas as letras).

Aos 17 anos, éramos amigos desde o berço praticamente e inseparáveis. O ano acabando e tínhamos feito o maldito vestibular. Pelo visto nem eu nem iríamos passar pra segunda fase, apenas o nosso amigo nerd, . Por um milagre dos grandes fomos convidados para uma festa do pessoal da escola, (não éramos de nos enturmar, nosso circulo de amizade se limitava a nós três) e como comemorar melhor uma derrota quase certa? Festa!
- Vamos afogar nossas mágoas, não é, ? Tenho certeza que só o nerd do passou no vestibular, então vamos tomar birita até cair! - disse me agarrando pela cintura e me dando um beijo na bochecha.
- Ei, a gente nem sabe ainda, dude, pra que sofrer por antecipação? – disse me puxando pela mão e me girando pra dar uma volta. - Uau, a ta uma delícia, não ta?
- Dude, ela sempre é uma delícia. – disse , me abraçando por trás e depois beijando meu pescoço.
- Meninos, parem com isso que eu fico com vergonha. - Disse, me desfazendo do abraço de , soltando da mão do e indo pra frente do espelho, fingindo ir olhar a maquiagem que era apenas uma sombra preta esfumaçada, lápis no olho e um brilho cor de boca. – Vamos, antes que minha mãe me veja assim e desista de me deixar ir?
Cada um agarrou um dos meus braços e saímos.

A festa estava lotada e assim que chegamos todos os olhares bateram sobre nós três. É, pensei, isso é uma armadilha pra nos humilhar em público... Fudeu! Mas nada aconteceu além dos olhares indiscretos.
- Cara, eles nem disfarçam, não?
- O quê? - perguntou que vinha com cervejas para nós três. - Eles tão te secando, . Como a gente disse, você ta uma delicia nesse vestido. - disse antes de dar um gole na cerveja.
- Ah, é isso? Nem acho... Eles devem pensar: “Olha, lá vem o trio Maravilha, as duas bibas e a sapata incurável!”. - Gargalhei.
- Ou eles pensam: “Esses caras tem sorte, os dois pegam a mina mais linda da escola...” - Disse , me olhando com cara de bobo safado.
- Será? – olhei e essa hipótese me parecia bem mais atraente que a minha.
- Claro, tirando a parte da mina mais gata. – mostrei a língua. – Sabe, eu tive uma idéia. Vamos atiçar eles.

Fomos pro meio da sala, junto ao pessoal que dançava uma música eletrônica que eu não conhecia, então a música perfeita para o meu plano começou a tocar. 3, da Britney Spears. Incrível o destino, não? Sorri e chamei os dois com o dedo indicador.

1, 2, 3
Not only you and me (Não só eu e você)
Got one eighty degrees (Fiquei a cento e oitenta graus)
And I'm caught in between (E estou presa no meio)
Countin' (Contando)
1, 2, 3
Peter, Paul & Mary
Gettin' down with 3P (Mandando ver a 3)
Everybody loves *** (Todo mundo ama ***)
Countin' (Contando)

Comei dançando solta, levantando o cabelo com uma mão e passando a mão na cintura com a outra enquanto cada um deles ia pra um lado, também dançando soltos. ficando na minha frente e atrás. Agarrei na blusa de que dançava quase colado a mim, enquanto dançava com as mãos em minha cintura, me abraçando por trás, também colando em mim. Eu queria gravar a cena e ver a cara de tacho das pessoas que olhavam espantadas pra nós. Eu ri e me esfreguei mais ainda em , enquanto chegava mais perto de mim. Éramos um sanduíche humano e eu era o recheio. Sorri com malícia pra uma menina que já tinha pedido pra ficar com , ela olhava em estado de choque.

Babe, pick a night (Querido, escolha uma noite)
To come out and play (Para sair e se divertir)
If it's alright (Se estiver tudo bem)
What do you say? (O que você me diz?)

Merrier the more (Quanto mais, melhor)
Triple fun that way (Diversão tripla, daquele jeito)
Twister on the floor (Arrasando na pista)
What do you say? (O que você acha?)

Are you in? (Você está dentro?)
Livin' in sin is the new thing (yeah) (Viver em pecado é a nova onda (sim))
Are you in (Você está dentro ?)
I am countin'!( Estou contando!)

Já podia sentir a “animação” dos meninos e sorri. Fui descendo de leve e logo depois subi dando uma leve empinada em . Passei as mãos na cintura e subi levantando os cabelos mostrando a nuca. Morri, alguns meninos olhavam com a cara mais tarada de todas pra mim e logo depois recebi um beijo de , no pescoço. Covardia, né? Mudei de posição, agora ficando de frente pra e segurando em seu pescoço, enquanto me abraçava por trás e seguia minha coreografia enquanto subia e descia as mãos na minha cintura.

1, 2, 3
Not only you and me (Não só eu e você)
Got one eighty degrees (Fiquei a cento e oitenta graus)
And I'm caught in between (E estou presa no meio)
Countin' (contando)

1, 2, 3
Peter, Paul & Mary
Gettin' down with 3P (Mandando ver a 3)
Everybody loves *** (Todo mundo ama ***)
Countin'(contando)

Three is a charm (Três é um fetiche)
Two is not the same (Dois não é a mesma coisa)
I don't see the harm (Eu não vejo mal algum)
So are you game? (Então, você topa?)

Lets' make a team (Vamos formar uma equipe)
Make 'em say my name (Fazê-los dizer o meu nome)
Lovin' the extreme (Amando ao extremo.)
Now are you game? (Agora você está no jogo?)

sorriu enquanto levantou minha perna até a altura do seu quadril e me colou mais ainda nele. É, ele realmente estava “feliz” em me ver. também não ficava pra trás e começou a subir e descer as mãos pela minha cintura até o quadril também, me fazendo arrepiar. Meu Deus, o que é isso? Eles realmente estavam gostando da brincadeira e admito que eu também. A maioria das meninas dançavam soltas, meio afetadas e nem sabiam direito em que prestar atenção, se na música ou na gente. Já os meninos dançavam soltos olhando com cara de tarados. Aprovando nossa performance.

Are you in (Você está dentro?)
Livin' in sin is the new thing (Viver em pecado é a nova onda)
Are you in (Você está dentro?)
I am countin'! (Estou contando!)

1, 2, 3
Not only you and me (Não só eu e você)
Got one eighty degrees (Fiquei a cento oitenta graus)
And I'm caught in between (E estou presa no meio)
Countin' (Contando)

1, 2, 3
Peter, Paul & Mary
Gettin' down with 3P (Mandando ver a 3)
Everybody loves *** (Todo mundo ama ***)

Desci a perna que estava colada no quadril de e ele me olhou, protestando. Sorri e empurrei com a bunda. Olhei pra ele que também protestou. Cada um deles ficou quase parado no lugar espantado com o porquê da nossa “separação”. Rebolei, descendo devagar e tentando não mostrar o que não devia, afinal, aquele vestido realmente era curto. Quando subi, mais rápido, empinando a bunda e deixando um sorriso no rosto de cada um deles (e alguns caras da festa), voltei a ficar de costas pra , que abraçou minha barriga, e puxei Mike pela gola da blusa. Estávamos tão colados que parecia que íamos nos fundir.

What we do is innocent (O que fazemos é inocente)
Just for fun and nothin' meant (Só por diversão e sem outras intenções)
If you don't like the company (Se você não gosta da companhia)
Let's just do it you and me (Vamos fazer só você e eu)
You and me... (Você e eu ...)
Or three... (Ou três...)
Or four... (Ou quatro...)

- On the floor! (- No chão!)

Quando a música parou e outra mais lenta começou, saímos do meio da sala, que já não estava tão lotada depois de nossa coreografia. Saímos rindo, quase sem ar, e fomos para o quintal que estava mais fresco que na casa.
- Cara, foi perfeito, esses manés nunca vão esquecer essa noite. – Eu disse rindo sem jeito.
- Vou pegar cerveja, alguém quer?
- Eu! - dissemos eu e , ao mesmo tempo, e rimos.
- E quem esqueceria depois dessa nossa dança? Eu NUNCA vou esquecer. - Disse , meio envergonhado. - Ok, vou buscar, depois dessa, to morrendo de calor. - E saiu com um sorriso maroto.
- E quem não ta? Tá vendo, , todos estão olhando pra nós... Acho que estão esperando uma cena de sexo agora.
- Ah, pois vão ficar na vontade então. – E rimos juntos, logo depois veio com nossas cervejas. Na varanda só tinha casais, então fomos pra piscina. Tirei meu All Star e coloquei os pés na água. e fizeram o mesmo e sentaram um de cada um ao meu lado, me abraçando em seguida. Peguei minha cerveja levantei um pouco e propus um brinde: “À nossa amizade!”
Acho que eles estavam bêbados, ou não ouviram bem, pois nenhum fez sinal de que iria brindar. Levantei mais ainda o copo e levantou o seu e encostou no meu, mesmo que depois de quase um minuto de silêncio, juntou o seu aos nossos e brindamos à nossa amizade.

Capitulo 02


Na manhã seguinte acordamos com o sol batendo nos olhos, pois ainda estávamos perto da piscina. no chão, eu abraçada ao seu peito e do lado oposto, segurando minhas pernas. Quero dizer, eu e acordamos, porque ainda dormia feito um bebê. Depois de alguns minutos tentando, finalmente levantou. Muita gente ainda dormia lá mesmo pela varanda e em todos os cômodos em que passamos da casa. Chamamos um táxi e cada um foi pra casa.
Eu só acordei mesmo às seis horas da tarde, com AQUELA ressaca. “Nunca mais eu vou beber.” Olhei meu celular, que estava no modo silencioso por causa do meu sono de beleza e ressaca, e nele tinham milhares de chamadas não atendidas e mensagens. Resolvi abrir uma delas, pois não conhecia o número.

“Oi, gatinha, dança daquele jeitinho comigo também?”
Ah, que lindo, vão tirar onda com a cara da gente! Tá, eu procurei, nem ligo, só ignorar. Peraê! Como eles conseguiram meu número? Decidi abrir apenas as mensagens de números conhecidos: basicamente e .

, estão te mandando mensagens anônimas pro celular? Recebi várias... Me liga assim que acordar, já mandei mensagem pro . Beijos ”


“Caraca, nunca recebi tantas mensagens na minha vida! As meninas me convidando pra sair, me chamando de gostoso. Obrigado, Britney, e, claro, s2. pediu pra gente se encontrar depois que você acordar. Beijos, gata.”


Sorri fraco e joguei o celular na cama. Como não tinha tomado banho desde a festa e a ressaca tava me matando, resolvi tomar uma ducha fria pra amenizar as tensões. Depois de alguns minutos em baixo do chuveiro, até que eu me sentia melhor, mas uma coisa ainda martelava na minha cabeça. Um sentimento estranho... Um não, vários sentimentos ao mesmo tempo. Alguns eu nunca tinha sentido em relação a eles... Pois nunca tive motivos... Mas agora...
Será que eu estava incomodada com as mensagens, estava com ciúmes dos meus únicos e melhores amigos? Agora me resta saber o porquê desses ciúmes. Nunca fui assim... Será que é normal sentir isso? Será que eu sentia algo mais que amizade pelos dois? OS DOIS? Meu coração batia rápido e apertado. Eu preferi não pensar muito nisso, não agora, ainda não... “Deve ser a maldita ressaca, é isso.” Quando abri meu guarda-roupa, vi fotos nossas grudadas nas portas e meu estômago embrulhou. Peguei uma blusa frouxa e um short um pouco curto, afinal, de casa não saio mais hoje. Desci e fiz um café bem forte. Depois de bem preparada psicologicamente, liguei pra os dois virem me encontrar em casa.
Estava sentada na escada da varanda (com os pensamentos bem longe dali), quando senti um abraço de lado e um beijo no topo da minha cabeça. Fechei os olhos e sorri instantaneamente, ele sentou ao meu lado. Em menos de um minuto, chegou e me beijou no rosto, sorri e logo ele trocou cumprimentos de “caras” com .
Fomos para o meu quarto e olhamos as mensagens recebidas, rindo da maioria delas. É, tínhamos conquistados alguns fãs (a maioria inesperada, outras nem tanto). Principalmente , que foi convidado até pra ir ao baile de formatura por duas boazudas patys, que só pegavam os jogadores de futebol e playboys da escola. também tinha sido convidado para o baile por várias garotas conhecidas (infelizmente todas lindas). Putz, o ano letivo realmente estava no fim e, dessa vez, tínhamos que comparecer à festa... Afinal, íamos nos formar. Isso me faz lembrar: Com quem eu vou? Será que vai ser como sempre: nós três, ou eles iam com as meninas que convidaram eles? Fudeu, não vou ter par pro baile. Apesar de ser convidada por vários meninos, claro que eu não aceitaria... Minha mente já viajava na maionese quando meus pensamentos foram interrompidos pela voz da minha mãe. Ela havia acabado de chegar das compras com meu pai e me chamava para ir à cozinha. Quando entramos, encontramos uma pizza enorme a nossa espera. Eles sabiam que os guys apareceriam a qualquer momento, por isso a pizza grande. Comemos, assistimos TV e quando nos demos conta já estava tarde e na manhã seguinte tínhamos aula. Nos despedimos e ficamos de nos encontrar de manhã. Sempre íamos e voltávamos juntos da escola.
Quando deitei na minha cama, olhei um dos porta-retratos com uma foto de nós três fazendo careta com nossas fantasias de carnaval. Estávamos tão felizes... Notei que uma lágrima havia caído quando senti o gosto salgado na minha boca. Será que eu estou apaixonada pelos meus dois amigos? Os dois? Não podia pensar na minha vida sem eles... Eles eram a minha vida, afinal. Como poderia escolher só um deles? Será que eles também me amam assim? Ou só como amiga? Olhei para todos os porta-retratos e vi que não havia um momento da minha vida em que eles não estivessem. E agora, se eles começarem a namorar alguma das garotas das mensagens? Senti um aperto no peito: e se eles não me amarem como eu os amo? E se eles levaram tudo na esportiva e só me viam como amiga? Meus olhos pesaram e comecei a lembrar da época em que demos nosso primeiro beijo.


Capitulo 03

Na segunda, ainda éramos o assunto principal da escola. As meninas davam em cima de e descaradamente. Eu começava a sentir ciúmes, admito, mas não ousaria falar nada sobre isso. Alguns meninos até vinham me convidar para ir ao baile, mas eu sempre respondia que já tinha par. O que era meio verdade... Eu acho. Mas como só tínhamos duas semanas de aula e as provas chegavam, não me preocupei tanto assim. O resultado do vestibular saiu e, como já havíamos previsto, nem eu nem passamos pra segunda fase. Só havia conseguido... Depois de pensar bem, até que nossa comemoração, louca, diga-se de passagem, serviu pra alguma coisa... Além de tudo, descobri que estou apaixonada... Se não fosse trágico seria cômico. Afinal, tudo era mais fácil antes de descobrir minha paixonite por eles.

Flashback on
Estávamos brincando no playground, que naquela hora não tinha mais ninguém. Deitamos no chão da casinha do escorregador, descansando, quando se sentou e nos olhou com uma cara sapeca.
- Me digam uma coisa... Vocês já beijaram na boca?
- Ah, mas é claro, eu já beijei a Luana.
- Quem? A Luana, sua prima de óculos e aparelho? Prima não vale. - Eu disse, sentando ao lado de .
- E eu duvido que tenha sido beijo de verdade, dude, eu falo de beijo de língua.
- Ah, de língua... Eu nunca beijei ninguém. - falou, também sentando com uma cara desapontada.
- Nem eu. - Falei – E você, , já beijou alguém?
- Não. Fato que todos nós somos BV. Concordam?
- Sim. – Falamos eu e , ao mesmo tempo, rindo.
- E se... - falou, corando de leve e olhando pro chão. – A gente podia deixar de ser BV.
- Como assim? – perguntou com os olhos brilhando.
- Se a deixasse, a gente podia... Não é?
- Ah, ta, entendi... - eles me olharam com uma ponta de esperança nos olhos e não pude negar. – Ok, mas quem vai me beijar primeiro?

Flashback off
Era semana de provas e sempre íamos para a casa de estudar. Como ele era o mais nerd, sempre nos dava explicações melhores que as dos professores. O que mais tinha dificuldades na maioria das matérias era o . Era tão bonitinho ver os dois se ajudando... Ai, meu coração aceleravam e meus pensamentos iam longe. Tanto que os dois me chamavam e eu demorei segundos pra assimilar que era comigo.
- , amor... - ai, meu coração, outra vez. me chamava e acenava na frente dos meus olhos que saiam aos poucos do transe.
- Eu?
- Nossa, ta tão concentrada assim na matéria? Eu e o estávamos falando sobre o baile.
- Ah. - Falei sem muito interesse, já que com certeza eles falariam das suas acompanhantes boazudas e definitivamente eu não queria ouvir.
- Ah, o quê? - perguntou espantado. - Quer dizer que não vai com a gente? Obrigado por não nos falar antes.
- O quê? Eu pensei que...
- Xiii cara, pelo visto seremos eu e você. - Falou rindo e pegando na mão de de leve, fazendo cara de bixa afetada.
- Não, meninos, seremos nós três... Como sempre... - falei, com os olhos brilhando - Mas eu pensei que fossem com aquelas garotas boazudas, populares... Que estavam dando mole pra vocês!
- E por que iríamos com elas? - Perguntou .
- Elas são lindas, gostosonas, populares... E estavam dando mole pras vocês! - Dã?
- E você não aceitou os convites dos caras que te convidaram? - Perguntou outra vez, enquanto ria baixo, gostando da situação.
- Ah, eu...
- Isso mesmo! Elas nem sabiam da nossa existência antes da festa. - falou , me abraçando de lado.
- A gente nunca trocaria você por nenhuma daquelas patricinhas fúteis e mimadas da escola. Além disso... Você é muito mais linda e sexy que todas elas juntas. – falou, me abraçando do outro lado.
- Eu estava tão insegura...
- E por que não perguntou antes? - perguntou, quase roçando a boca no meu ouvido e me fazendo arrepiar.
- É, nós já tínhamos combinado tudo antes. Nunca mudaríamos de idéia ou faríamos alguma coisa sem te contar antes. - Falou , beijando minha testa. Eles brincam mesmo com meu pobre coração, agora feliz.
- Desculpa, meninos, acho que eu to estressada com as provas, por não ter passado no vestibular... Não saber o que vou fazer depois da escola. Eu sei que devia ter conversado antes! Desculpem mesmo... Vocês são os melhores... Amo vocês! - Beijei a bochecha de cada um. - Mas vamos estudar!
- Nós também te amamos, lindona estressada. - me beijou na bochecha.
- Você é a nossa garota. - também me beijou do outro lado do rosto.
- E vocês são meus guys. - Abracei-os o mais forte que pude, sentindo uma alegria imensa por ter eles ao meu lado.
Depois disso voltamos aos estudos e tudo me parecia bem mais claro. Parecia que tinha visto passarinho verde.


Capitulo 04


A semana de provas havia passado e os resultados saíram. Nós três tínhamos sido aprovados. A nossa única preocupação era com o baile de formatura. E, sim eu estava preocupada: não tinha roupa! Já arrancava todos os cabelos da cabeça quando minha mãe me chamou pra fazer compras e coisas de mulherzinha. Confesso que não era ruim fazer isso com minha mãe, era até legal. Era um dos poucos momentos que não compartilhava com os guys, como eles diziam, era coisa de mulherzinha e minha mãe fazia questão de me acompanhar.
Ela já fazia planos de irmos ao salão: cabelo, unhas, depilação, limpeza de pele... Quando tudo acabou já era noite, então corremos pra casa, ou tudo seria em vão se perdesse a festa! Tínhamos vinte minutos pra tomar banho nos vestir e chegarmos à escola.
Aquele foi o banho mais rápido e eficiente da minha vida. Corri para o meu quarto e vesti meu vestido novo. É, até que não ficou ruim... Maquiei-me caprichosamente, afinal, era um adeus àqueles nojentos da escola. Tinha que passar boa impressão pelo menos nas fotos. Era um último adeus. Sorria ao imaginar a cena e, quando dei por mim, a campainha tocava lá em baixo. Os meninos já haviam chegado... Dei uma ultima olhada no espelho e desci. e estavam se socando de brincadeira e nem perceberam quando cheguei à sala. Cruzei os braços e pigarreei; finalmente eles me olharam com a boca aberta. “Meu Deus, será que eu borrei o rímel? Eu sabia que ia ficar uma merda!”
- O que foi? - perguntei, mas não obtive resposta - Ok, se não me falarem o que tem de errado, vou voltar pro meu quarto agora! Então falem!
- Filha, você ta linda! Quero tirar uma foto de vocês.
- Então por que esses dois tão com essa cara? – Finalmente eles sorriram.
- Fiu, fiu! Você ta linda, ... - disse . - A senhora quem escolheu o vestido, não foi?
- Eu mesma, lindo, não é? Vamos, se juntem. Quero fotos antes de sair de casa.
- O que tem o vestido? – perguntei afobada.
- Está deslumbrante... E muito sexy. - falou quase cochichando no meu ouvido a última frase, fazendo-me sorrir e arrepiar um pouco.
- Ah, então obrigada, meninos. Vamos logo, mãe, a gente vai se atrasar. - , que estava do meu lado direito, me abraçou pelo ombro e entrelaçou o meu braço no seu. Sorri e minha mãe tirou a foto. Deve ter ficado bonita, mas não queria ver, pois estávamos atrasados.
Corremos para o carro e dez minutos depois chegamos, afinal, não morávamos longe da escola. Como o esperado, a festa já havia começado, procuramos nossos lugares e sentamos pra escutar o blá-blá-blá do discurso.
Terminadas as formalidades, a festa começou mesmo. Minha mãe já havia chorado litros e tirado milhares de fotos nossas. Meu pai tinha ido do trabalho e os pais dos guys também estavam lá. Todos juntos e não sabíamos quem eram os pais mais corujas. A mãe de filmou toda a chatice da entrega de diplomas e tal. Os pais de concorriam com os meus pra saber quem tirava mais fotos. Depois de uma hora de festa, nossos pais se despediram, porque era uma sexta e teriam que trabalhar no sábado bem cedo, nos deram o dinheiro do táxi, já que somos quase vizinhos, e foram para casa.

Agora sim a festa ia esquentar, pelo menos para nós três. A pista estava lotada e todos dançavam uma música do Cobra Starship com a Leighton Meester: Good Girls Go Bad, que acabava de começar a tocar. Puxei os dois pelas gravatas e sorri, enquanto abriam espaço para passarmos. Enquanto andávamos, eu tentava dançar no ritmo da música.

I know your type (Eu conheço seu tipo)
Yeah, daddy's little girl (Sim, filhinha do papai)
Just take a bite (one bite) (Apenas experimente)
Let me shake up your world (Me deixe balançar o seu mundo)
Cuz just one night (Porque só uma noite)
Couldn't be so wrong (Não pode ser tão errado)
I'm gonna make you lose control (Vou fazê-la perder o controle.)

Fomos pra o meio da pista e começamos a dançar não tão juntos como na festa. Alguns olhavam como se esperassem um replay de 3, da festa anterior. Na escola não, né? Não tão explícito. Se bem que a gente já tinha passado de ano mesmo. Que se foda!

She was so shy (Ela estava tão tímida)
'til i drove her wild (Até eu fazê-la pirar)

Puxei a gravata de até trazê-lo pra mais perto de mim, quando estávamos a ponto de nos beijarmos, me virei pra , que parecia tenso com alguma coisa. Fiz o mesmo com ele e no final ele já não estava tão tenso. É, eu brinco com o meu próprio coração e, a cada vez que me aproximava deles, percebia que eles também estavam gostando da brincadeira. Puxei os dois e cantei desafinado: I make them good boys go bad. Eles sorriam ao ouvir a frase.

I make them good girls go bad (Eu faço as boas garotas ficarem más.)
I make them good girls go bad (Eu faço as boas garotas ficarem más.)

You were hangin in the corner with your five best friends (Você estava parada no seu canto com suas cinco melhores amigas.)
You heard that i was trouble but you couldn't resist (Você ouviu que eu era encrenca, mas não conseguiu resistir.)

- Não seja por isso. - Falou , me puxando pela cintura e me colando ao seu corpo. Ele cantava rouco no meu ouvido:

I make them good girls go bad (Eu faço as boas garotas ficarem más.)
I make them good girls go (good girls go) (Eu faço as boas garotas ficarem más.)

Fechei os olhos e sorri. Quando dei por mim, havia me soltado e me puxava também pela cintura, me afastando um pouco de , que sorria. Ele fez movimentos de sobe e desce pela lateral do meu corpo e, chegando perto da perna, subiu de leve meu vestido, mostrando um pouco a minha perna não tão coberta. Arregalei os olhos e fiz cara de espanto, mesmo não conseguindo conter os risos.

Oh, she gotta way with the boys in the place (Oh, ela leva jeito com os garotos do lugar)
Treat 'em like they dont stand a chance (Trata eles como se eles não tivessem chance.)
And he gotta way with the girls in the back (E ele leva jeito com as garotas de trás)
Actin' like they're too hott to dance (Agindo como se elas fossem muito gostosas para dançar.)

Ele me soltou e eu me afastei um pouco vendo, pela primeira vez, que éramos novamente a atração da festa. Olhei para os meus espectadores e sorri, vendo um menino dançar sem jeito com uma garota patricinha, o puxei pela gravata enquanto a menina abria a boca pra falar alguma coisa. Percebendo o que queria fazer, os guys se aproximaram dela e fizeram um sanduíche como em 3. A menina sorria feito boba agora. Enquanto eu dançava com o garoto que ainda estava de boca aberta, parecia que estava no mundo da lua.

Yeah, she gotta way with the boys in the place (Sim, ela leva jeito com os garotos do lugar)
Treat 'em like they dont stand a chance (Trata eles como se eles não tivessem chance.)
And he gotta way with the girls in the back (E ele leva jeito com as garotas de trás)
Actin' like they're too hot to dance (Agindo como se elas fossem muito gostosas para dançar)

Quando ele começou a voltar à Terra, tentou passar a mão na minha perna como tinha feito, dei-lhe um tapa na mão enquanto o largava com cara de paisagem e agora puxava meus pares pra dançar o fim da música.

I make them good girls go bad (Eu faço as boas garotas ficarem más.)
I make them good girls go (Eu faço as boas garotas ficarem)
Good girls go bad (boas garotas ficarem más.)
I was hangin in the corner with my five best friends (Eu estava parada no meu canto com minhas cinco melhores amigas.)
I heard that you were trouble but i couldn't resist (Sei que você era encrenca, mas não consegui resistir.)

havia me puxado pela cintura, me fazendo agarrar seu pescoço, ele sorria enquanto me fazia virar para trás devagar. Sorri lembrando de uma cena de Dirty dance. Agora ele me subia devagar quando estava quase reta novamente ele literalmente cheirava meu pescoço. Arrepiei-me e fechei os olhos e, quando dei por mim, me pegava pela mão enquanto me abraçava por trás. Ok, mal me recomponho de um e vem o outro. Eu dançava mesmo com as pernas bambas e quando olhei pra e ele se encaixou para finalizar a música, dando um fatality em mim. Fechei os olhos e sorri, enquanto cheirava meu pescoço também e me abraçava de frente, me fazendo sentir o quanto estava feliz em me ver.

I make them good girls go bad (Eu faço as boas garotas ficarem más.)
I make them good girls go bad (Eu faço as boas garotas ficarem más.)
I make them good girls go (good girls go) (Eu faço as boas garotas ficarem más)(boas garotas ficarem)

(Good girls go)(boas garotas ficarem)
(Good girls go)(boas garotas ficarem)

Quando a música acabou, paramos de dançar e nos olhamos arfando de tão cansados, afinal, foram 3 minutos e 16 segundos bem aproveitados, diga-se de passagem. Peguei na mão de cada um e nos afastamos da pista de dança. Quando nos afastamos da multidão, soltei as mãos deles e falei que ia ao banheiro. Chegando lá percebi que mesmo depois de alguns minutos meu coração ainda batia acelerado. Me olhei no espelho, ajeitei o meu vestido que depois da dança estava meio torto e tentei arrumar o cabelo assanhado. "Respire fundo, ... Foi apenas uma dança, deixe de fantasiar coisas. Eles são seus amigos, eles estavam apenas se divertindo com você. Agora saia desse bendito banheiro antes que eles pensem que você ta fazendo outra coisa.” Sai do banheiro e sorri pra eles.
- Tava um caos, por que não me avisaram? - dei alguns socos nos braços deles que sorriram.
- Que tal outra dança? – sugeriu .
- E vocês ainda têm fôlego? Eu comecei a malhar há pouco tempo, ainda não tenho esse fôlego todo não!
- E se dançarmos uma lenta? Cada um dança uma vez. – falou , com os olhos que nem de cachorro pidão e fazia biquinho. Assim você me mata.
- Que dó... Ok, só porque hoje é a formatura. Quem vai primeiro?
Novamente eles tiraram na sorte e saiu primeiro. Fomos pra pista de dança novamente enquanto olhavam com espanto, porque não estava conosco.

A música que tocava era uma das preferidas de , que sorriu ao perceber que eu também havia notado pelos primeiros acordes. Chegando num ponto qualquer do salão, ele me abraçou pela cintura e pegou em uma das minhas mãos. Meu coração acelerou e pude sentir sua respiração bater no meu pescoço. Ele começou a cantar no meu ouvido:

There's a pain that sleeps inside (Existe uma dor que dorme dentro de mim)
It sleeps with just one eye (Que dorme só com um olho aberto)
And awakens the moment that you leave (E acorda no instante em que você vai embora)
Though I try to look away (Apesar de eu tentar me distrair)
The pain it still remains (A dor permanece)
Only leaving when you're next to me (E só desaparece quando você está perto de mim)

Ele colocou a minha mão no seu peito e pude sentir seu coração tão acelerado quanto o meu. Olhei nos olhos dele e senti um arrepio.

Do you know that everytime you're near (Você sabia que toda vez que você está por perto)
Everybody else seems far away? (Todos parecem estar tão distantes?)
So can you come and make them disappear? (Então, você poderia vir e fazê-los desaparecer?)
Make them disappear and we can stay (Faça-os desaparecer e nós poderemos ficar juntos)

Meu coração quase saia pela boca e eu não conseguia mais olhar pra ele. Então coloquei minha cabeça no seu peito, o abraçando com mais força, ainda sentindo seu coração bater rápido. Por que ele tinha que cantar tão suave ao meu ouvido? E essa letra tão sugestiva?

So I stand and look around (Então eu fico de pé e olho ao redor)
Distracted by the sounds (Distraído pelos sons)
Of everyone and everything I see (De todos e de tudo o que eu vejo)
And I search through every face (E eu procuro em todos os rostos)
Without a single trace of the person (Mas não consigo achar rastros)
The person that I need (Da pessoa de que eu preciso)

Do you know that everytime you're near (Você sabia que toda vez que você está por perto)
Everybody else seems far away? (Todos parecem estar tão distantes?)
So can you come and make them disappear? (Então, você poderia vir e fazê-los desaparecer?)
Make them disappear and we can stay (Faça-os desaparecer e nós poderemos ficar juntos)

É, definitivamente, músicas lentas eram bem mais perigosas que as agitadas. Minhas pernas ficaram bambas quando ele começou a fazer cafuné no meu cabelo. Achei que teria um infarto ali mesmo.

So can you come and make them disappear? (Então, você poderia vir e fazê-los desaparecer?)
Make them disappear and we can stay (Faça-os desaparecer e nós poderemos ficar juntos)

Ele levantou minha cabeça e roçou o seu nariz na minha bochecha, fechei os olhos e pude o sentir beijando cada um dos meus olhos. Os abri novamente e vi que sua boca estava perigosamente perto da minha, ainda cantando.

There's a pain that sleeps inside (Existe uma dor que dorme dentro de mim)
It sleeps with just one eye (Que dorme só com um olho aberto)
And awakens the moment that you leave (E acorda no instante em que você vai embora)
Though I try to look away (Apesar de eu tentar me distrair) The pain it still remains (A dor permanece)
Only leaving when you're next to me (E só desaparece quando você está perto de mim)

Do you know that everytime you're near (Você sabia que toda vez que você está por perto)
Everybody else seems far away? (Todos parecem estar tão distantes?)
So can you come and make them disappear? (Então, você poderia vir e fazê-los desaparecer?)
Make them disappear and we can stay (Faça-os desaparecer e nós poderemos ficar juntos)

- , você sabe que eu te amo, não sabe? - Ele perguntou, encostando os lábios no meu ouvido.
- Sim, eu também te amo, .
- Você sabe que o também te ama, não sabe?
- Sim, somos...
- Eu sei que somos amigos, mas não é só amor de amigo o que sentimos por você, . O é meu brother e é por isso que não te beijo aqui e agora.
- Como assim, ?
- A gente precisa conversar... Sério. Depois da dança do , ok? Nós três... Eu, você e ele.
Não consegui responder nada, apenas fechei os olhos e o abracei novamente. A música havia acabado e, quando percebi, já não dançava. Abri os olhos e vi , que sorria ao nosso lado. me conduziu até ele e senti sua mão se soltar da minha.
- Daqui a pouco, , daqui a pouco.
Ele saiu e senti a mão de segurar a minha e me pegar pela cintura. Pensava milhões de coisas ao mesmo tempo, nem sabia identificar que música tocava. Abracei com força, ele retribuiu o abraço e beijou o topo da minha cabeça.
- Ele falou com você, não foi?
- Uhum.
- Não se preocupe, , não precisa tremer tanto. Se não quiser hoje, a gente entende.
- Desculpa. Mas é que eu to tensa. Mas eu realmente quero conversar com os dois.
- Ok, agora relaxa! Você ta muito nervosa. Nós queremos você viva, de preferência, acordada. -Sorri enquanto ele beijava de leve meu pescoço e eu afundava mais meu rosto no seu peito. Quando finalmente consegui relaxar, a música havia parado e uma bem agitada começou a tocar. E novamente meu coração acelerou batendo praticamente no ritmo da música. chegou perto novamente e quando dei por mim ele e me conduziam pra fora do ginásio.

Capitulo 05

Fomos para um corredor bastante conhecido: o dos laboratórios de química e biologia. abriu uma das portas, verificou se não havia ninguém lá dentro e entramos. Logo ele fechou a porta e trancou. Sentei em um dos bancos e senti um calafrio passar pelo meu corpo: é agora! Eles também pegaram bancos e sentaram de frente pra mim, eu sentia minhas mãos tremerem, mas fingi que olhava apenas pro esmalte. Senti uma mão puxando a minha e vi que era .
- Ela está tremendo assim desde a hora que começamos a dançar. Você tem certeza que ta se sentindo bem, ?
- Estou bem sim, eu só estou um pouco nervosa... Afinal, não é todo dia que você se forma e descobre que seus melhores amigos são apaixonados por você... - Falei, levantando a cabeça e os encarando. Notei que eles estavam tensos com essa última frase e completei - Assim como você é apaixonada por eles.
O olhar tenso deles se tornou um olhar de alívio e pude perceber que não tremia tanto. pegou a minha outra mão e apertei a sua. Ele sorriu e perguntou:
- Quando se deu conta, que... Era “apaixonada” por nós?
- 3... - Então rimos juntos.
- Sabe, a gente se deu conta beeeem antes de 3. - falou , sem jeito.
- Quando então?
- Que a gente lembre, mais ou menos desde a época do parquinho... Ou até antes... Não lembramos ao certo. A gente já sentia que gostava de você mais do que amigos. Então eu quis saber se realmente era amor depois de te beijar. E não deu outra, realmente é amor. - Falou , colocando a outra mão em cima das nossas mãos entrelaçadas.
- Mas por que não abriram o jogo antes?
- Porque a gente via que você só nos via como amigos... Não queríamos perder você! – Falou . – A gente tinha medo de te espantar e você não voltar a falar com a gente depois!
- E vocês nunca sentiram ciúmes um do outro? - Perguntei sem pensar. Vendo os dois se entreolharem e sorrirem.
- Sim, mas somos brothers, não podíamos deixar o ciúme acabar com a nossa amizade... - Falou outra vez.
- Então, , quando você percebeu que gostava da gente... Por que não abriu o jogo também? - Perguntou . - A gente sempre fez de tudo pra você notar que gostávamos de você...
- Eu tive medo de vocês terem levado na esportiva... Vocês ficaram tão felizes com os convites das meninas... Principalmente você, . - Rimos e ele se levantou chegando mais perto de mim.
- Eu NUNCA te trocaria por nenhuma garota do mundo, . - ele falou perto do meu ouvido, me fazendo arrepiar. – Nenhum de nós. - Soltei sua mão, peguei na sua nuca e apertei. Fiquei de pé e puxei , que ainda estava sentado. Ele entendeu o recado e chegou mais perto de nós.

me segurou pela cintura por trás e começou a beijar meu pescoço dando leves mordidinhas, me fazendo arrepiar. pegou em meu rosto e começou a beijar minha testa, nariz e me deu um selinho. Olhei em seus olhos e pude perceber que ele quase que pedia permissão pra ir adiante. Fechei os olhos e sorri, ele me beijou suavemente fazendo massagem com sua língua na minha. foi descendo os beijos e chegou aos meus ombros. Com uma das mãos, segurei seu pescoço e arranhei de leve. foi me dando selinhos e partimos o beijo. Quando me dei conta, estava na minha frente e me beijou com aquele jeitão selvagem dele. Ele me beijava e mordia meus lábios, me fazendo gemer baixo. descia as mãos por minha cintura e quadril e, na volta, levantava meu vestido. Juro que não sabia quem me dava mais arrepios. Senti travar quando chegou às minhas costelas. Peguei sua mão e coloquei em meu seio. Ele apertou e gemeu no meu ouvido. percebeu e colocou a mão no outro seio, sugou meu lábio inferior, enquanto desceu a mão que não estava no meu seio para a minha perna. Ele já levantava meu vestido quando ouvimos um barulho vir lá de fora. Abri meus olhos imediatamente e nos entreolhamos preocupados, mas em nenhum momento tiraram as mãos de mim. As vozes se calaram por segundos e logo depois mexeram na maçaneta. Gelei e tirei as mãos bobas de cima de mim, tentando me arrumar. Depois de algumas tentativas, desistiram e ouvimos uma porta de uma das salas ao lado ser aberta e logo depois sendo fechada bruscamente.
- Deve ser algum casal se pegando. – Cochichou .
- É, mas podia ser algum professor e, se fosse, teríamos que dar explicações, a eles e aos nossos pais. O que não seria nada legal nessas condições. É melhor a gente voltar pra festa...
- Mas, ... – me abraçou e beijou meu rosto. – A gente esperou quase 17 anos por isso!
- É, mas se esperaram tanto assim, algumas horas a mais ou a menos não vão matar a gente. Por favor! - Fiz cara de cãozinho de pet shop (que fazia sempre eles aceitarem tudo o que eu pedisse). Os dois bufaram e cada um pegou em uma das minhas mãos, enquanto andamos até a porta. destrancou a porta, abriu o mais suavemente possível para não fazer barulho e olhou se o corredor estava livre.
- Ok, está limpo. - ele sussurrou e saímos de fininho. Quando já fechava a porta, ouvimos o casal rindo. Gelei novamente e andamos o mais rápido possível.
Voltando ao ginásio, fomos direto ao bar pegar refrigerantes (afinal era a única bebida que nos vendiam ali). Depois de recuperar o fôlego dos beijos e dos sustos voltamos pra pista de dança.

Quando chamamos o táxi, já era altas horas da madrugada e fomos para minha casa. Entramos e fomos direto para o quintal, tentando não acordar meus pais. Tirei meus sapatos e joguei num canto da varanda. Os dois, que já estavam sentados na escada da varanda, só me observavam.
- Desse jeito vou ficar constrangida... – Falei, me sentando entre os dois e abraçando pelos ombros.
- Não pode nos culpar de ser nossa musa. - Disse , beijando minha bochecha e passando as costas dos dedos em meu queixo. Fechei os olhos e sorri.
- Assim vocês me deixam mal acostumada. Vou acabar acreditando.
- E agora vamos mentir? – Perguntou ao meu ouvido, mordendo meu lóbulo logo depois, me fazendo arrepiar.
– Vocês vão acabar me matando de tanta alegria, sabia? - Disse beijando a bochecha de cada um.
- Você é nossa alegria, . - Disse . - Você é nossa vida. – Tirei minhas mãos dos ombros deles e peguei nas mãos de cada um, apertando.
- Vocês são minha vida. – Beijei novamente a bochechas de cada um e senti meus olhos se encherem de lágrimas de alegria.

Capitulo 06


Acordei de manhã com os barulhos de minha mãe na cozinha e o cheirinho de café da manhã que ela fazia. Estava abraçada a , com uma das pernas entrelaçadas à dele e fazia conchinha em mim. Me levantei bruscamente, (pois não sabia que tipo de reação ela poderia ter ao nos ver assim) e acordei os dois. Eles me olhavam com cara de quem não estava entendendo nada, até que ouviram minha mãe falar com alguém, talvez no telefone. Em seguida levantaram e entrei pela cozinha.
- Bom dia, mamãe. – Beijei seu rosto e sentei na bancada.
- Bom dia, filha... E vocês, por que não entram? – Fudeu... Será que ela nos viu dormindo agarrados? O que ela deve to pensado de mim?
- Bom dia, tia. – Falou , beijando a testa da minha mãe e sentando numa cadeira.
- Bom dia. – falou e beijou sua mão.
- Acabei de falar com sua mãe, , ela estava preocupada. Devia ligar pra sua também, , ela também deve estar preocupada com você.
- Ok, tia, vou ligar. - Pegou o celular e ligou, saindo para o quintal novamente. - Devíamos fazer uma surpresa pra ele...
- Como assim, mãe?
- Meu Deus, não me diga que esqueceu que daqui a duas semanas ele faz aniversário?
- Completamente!
- Ninguém lembrou, mãe...
- Shh, não falem nada, ele está voltando. Então, a festa foi boa, meninos? - minha mãe falou na maior naturalidade como se não tivesse acabado de combinar uma surpresa pra seu “quase futuro genro”.
- Foi ótima, tia. A melhor de todas. – falou , sentando de novo.

Comemos as panquecas que minha mãe tinha feito e depois de um tempo conversando sobre a festa (metade da festa, a outra metade, claro, não contamos) minha mãe quase os expulsou: “pois tínhamos que dormir direito... Recuperar a noite de sono perdida...”. Fui deixá-los na porta da frente enquanto minha mãe terminava de se arrumar para trabalhar.
- À tarde... Ok?
- Ok. - Falou , sorrindo e mandando beijos. foi e voltou me dando um selinho tão rápido que não pude desviar. Apesar do medo de alguém ver e do susto, sorri para ele e mandei beijos, fechando a porta atrás de mim. Fui para o meu quarto e tomei um banho caprichado. Quando me olhei no espelho, sorria feito boba, sem nem perceber. Escovei os dentes e cai na cama, ainda sorrindo. Com certeza teria sonhos felizes.

Acordei com meu celular tocando em algum canto do meu quarto, que eu desconhecia completamente. Quando finalmente o encontrei, atendi sem nem enxergar direito quem era:
- Já ta acordada, ? - reconheci a voz de ansiosa. Não pude evitar sorrir, mesmo sendo acordada de um sono tão bom.
- Uhum. – Respondi, sentindo que estava rouca depois de tanto dormir.
- Tô indo aí... Vou avisar ao ... Beijo, te amo. – desligou logo em seguida.
Levantei e fui lavar o rosto. Troquei de roupa, penteei os cabelos e, quando descia a escada, a campainha tocou. Corri e abri a porta. Mal abri e ele já tinha agarrado minha cintura e fechado a porta atrás de si. Abri os olhos e vi que era . Ele me beijava como se fosse a última coisa que iria fazer na vida. Mal tive tempo para respirar e ele puxou minhas pernas para que eu entrelaçasse na sua cintura. Ele praticamente me jogou no sofá e deitou por cima de mim. - Que é isso, ? - falei, tentando buscar o ar que ainda me restava nos pulmões.
- Tava com saudades... Afinal, passei a noite e a manhã inteira esperando por isso. – Quando pensei em abrir a boca para responder, a campainha tocou novamente. Sorri de lado, enquanto ele saia de cima de mim para que eu pudesse levantar. Abri a porta e vi um sorriso de orelha a orelha no rosto de , me afastei e ele passou. Tranquei a porta e me deu um selinho. Peguei na sua mão e o levei pra sentar no sofá junto de .
- Guys... Vocês acham que minha mãe viu a gente dormindo agarrados?
- Ah, não sei... Por quê? Ela falou alguma coisa? - Perguntou , preocupado.
- Não... Deixa pra lá, vou tentar investigar mais tarde, quando ela chegar.
- Agora que tal a gente... Se divertir um pouco antes de ela chegar do trabalho? – Perguntou , me puxando para seu colo e beijando meu pescoço.
- Ótima idéia. - Falei, puxando pela blusa e o beijando. Ele sentou mais próximo e segurou meu rosto com as duas mãos. segurou meu cabelo e jogou de lado, passando a mão na minha nuca e beijando em seguida. Depois, deu mordidinhas e desceu as mãos pelos meus ombros e foi deslizando para meu busto. Passei minhas mãos na sua nuca e puxei seu cabelo de leve. Parece que ele gostou e deslizou de vez as mãos para os meus seios. havia soltado meu rosto e começou a passar as mãos nas minhas pernas, com movimentos de sobe e desce na parte externa das coxas. Depois deslizou as mãos, abrindo um pouco minhas pernas, me fazendo abrir os olhos, o encarando. Ele foi beijando mais devagar, quase parando, enquanto descia as mãos pela minha barriga, me fazendo gemer ao sentir suas mãos geladas subirem aos meus seios novamente por baixo da blusa. Eu ia ficar louca... Com uma das mãos, peguei a mão de e apertei de leve por cima da blusa, enquanto puxava a nuca de pra não parar o beijo.
Ele me encarou ainda de olhos abertos enquanto fazia o trajeto anterior na parte interna das minhas coxas. Ele continuou e, chegando perto da minha virilha, ele parou e abriu devagar as minhas pernas novamente. Fechei os olhos e ele passou a mão na minha intimidade por cima da calcinha. Gememos ao mesmo tempo. Parti o beijo e tentei respirar me encostando ao peito de e sentindo sua ereção nas minhas costas. ofegava e se assustou quando comecei a puxar sua camisa ainda encostada em . Ele entendeu o recado e tirou a blusa em questão de segundos. Tirei a mão de que ainda estava no meu seio e comecei a puxar a sua blusa. Ele tirou e me virei para beijá-lo sentando agora de frente para o seu peito. Ele me beijou com vontade, mas logo foi partindo o beijo e levantando a minha blusa. Sai de seu colo ficando em pé vendo os dois sentados um ao lado outro, sorri maliciosamente e tirei a blusa jogando em cima da mesa de centro. Eles olhavam meus seios nus com tanto desejo que nem pude sentir vergonha.
levantou novamente e começou a me beijar como se dependesse disso pra sobreviver enquanto me puxava para mais perto, quase nos fundindo. começou a descer as mãos em minhas costas nuas e desceu até minha saia, a descendo aos poucos. Arrepiei quando senti suas mãos na minha bunda e, quando percebi, estava só de calcinha. Ele subia e descia as mãos entre minha bunda e a parte interna das minhas coxs beijando onde passava as mãos anteriormente. sorriu e também desceu as mãos para minha bunda, apertando e gemendo ao meu ouvido me deixando mais excitada ainda. me puxou para um beijo mais selvagem, vindo dele (ele sempre era o mais calmo e carinhoso). Logo ele desceu os beijos pelo meu pescoço e busto. Beijou delicadamente meu seio e depois passou a língua em meu mamilo, deixando-o mais rígido ainda e me arrepiando outra vez. brincava com o elástico da minha calcinha enquanto beijava minha barriga.
- Ah, meninos, assim é covardia... Enquanto eu to quase nua aqui, vocês ainda estão vestidos!
- Tira minha roupa, então... - Disse com malícia.
- Ok, garotão. - Abri o cinto dele, os botões da calça (que ele usava bem baixa) e logo ela caiu, mostrando a cueca azul marinho e o tamanho da sua excitação. Beijei sua barriga e fui subindo os beijos, arranhando seu peito, o deixando arrepiado. Olhei pra que sorriu e me chamou com o dedo. Tirei o cinto, abri os botões da sua calça e deslizei com dificuldade por causa da sua excitação. Fiz o mesmo percurso entre sua barriga e peito.
- Devíamos subir... - Falei, pegando umas peças de roupa que estavam ao meu alcance. - Não quero ter um torcicolo depois... Minha cama deve ser muito mais confortável que o sofá.
- É verdade, vamos subir. – me segurou nos braços como se eu fosse uma pluma e foi subindo as escadas sem nenhuma dificuldade.
- Ei, sabidinho...
Quando dei por mim estava na porta do meu quarto. Ele abriu e correu até a minha cama me jogando. Rimos e ele deitou por cima de mim, me olhando nos olhos e passando a mão nos meus cabelos.
- Te amo, sabia? - Ele falou rouco.
- Eu também te amo. – E nos beijamos com calma enquanto ele descia uma das mãos por minha barriga e puxava minha calcinha. – Queria te pedir uma coisa...
- O que quiser. - Disse ele sentando e o apoiei minha cabeça na mão.
- Eu queria que... tirasse minha virgindade. – Ele me olhou confuso. – Não pense bobagem! Quero que seja nosso presente de aniversário. Mas não quero que ela saiba, entende?
- Ok.
- Jura que entende? Que não vai ficar chateado?
- Por que ele ficaria chateado? – apareceu na porta com as peças de roupas que haviam ficado na sala.
- Nada não, cara. – sorriu fraco e me deu um selinho. – Bobagem.
Sorri agradecida e voltei a beijá-lo. sentou ao meu lado e começou a pegar em meus seios, depois lambendo e sugando. Gemi involuntariamente ainda beijando e apertou o outro seio. Finalmente tirou minha calcinha, partindo o beijo, ele olhou pra minha intimidade.
- , amigão, você tem camisinha aí... Não tem?
- Sim, dude, eu tenho.
- Eu fiquei tão ansioso que acabei esquecendo de trazer. Ai eu contei pra , ela me disse que não rola.
- Ah, então era isso? Que merda, hein, cara?
- É, a gente não pode arriscar, né? - Eu estava tão aliviada e ao mesmo tempo... Triste por ter que mentir. nunca aceitaria se não fosse assim. E como o conhecia tão bem quanto eu, sabia disso.
- Ah, dude, não enrola não, porque senão eu pego a camisinha de você. Olha pra ... Eu tô morrendo de tesão.
- Ah, pode deixar, eu vou dar conta do recado. Esse é o dia mais feliz da minha vida. - E me puxou para um beijo calmo. deitou ao meu lado e começou a me beijar e dar leves mordidas em meu pescoço. Eu passava a mão por seu peito e fui descendo lentamente até chegar ao seu membro ainda por cima da cueca. Ele gemeu baixo em meu ouvido me deixando mais excitada e comecei a fazer movimentos de sobe e desce por cima da cueca o fazendo gemer mais alto.
- ... Vamos logo. – Falei interrompendo o beijo.
- Só um minuto, . – Ele correu até o bolso da calça e tirou a camisinha. ainda gemia baixo quando comecei a tirar sua cueca. se aproximou e desci sua cueca também. Ele se animou e rasgou o pacote da camisinha a colocando sem dificuldade. Não era a primeira vez que os via nus, mas desde a vez que os vi assim, eles “cresceram” e muito. – Se eu te machucar, me avisa, ok?
- Ok, vem. - O puxei pra perto e ele me deu um selinho ficando por cima de mim. Ele me penetrou devagar e eu gemi de dor. Ele me olhou assustado. – Não pare, pode continuar. Se eu não agüentar eu te aviso. – Ele voltou a me beijar e começou a se movimentar dentro de mim. Mordi de leve seu lábio e ele foi diminuindo a velocidade. – Não pára. Eu agüento. - Falei, sem afastar meus lábios dos dele. Ele continuou no mesmo ritmo e, quando o arranhava, ele se arrepiava involuntariamente e dava uma estocada com mais força. Depois de um tempo a dor foi se transformando em prazer.
- , eu... Não agüento mais... Eu vou...
- Não pára... Só mais um pouco, . - E o beijei, mordendo e sugando seu lábio inferior com força. Ele aumentou o ritmo e logo eu relaxei... Logo ele foi diminuindo o ritmo e deitou ao meu lado me abraçando. Quando se deitou ao meu lado e me abraçou, lembrei que não tinha mais lhe dado atenção. Ele beijou minha testa e o apertei com força. Ficamos um tempo assim os três abraçados. Até que eu ouvi um barulho lá em baixo que me fez gelar.


Capitulo 07


- Minha mãe... - Eu falei baixo, pulando da cama. Os dois também correram, indo pro banheiro e procurando suas roupas. Agradeci mentalmente por ter ido ao meu quarto, ou agora estaríamos fritos. saiu do banheiro e começou a se vestir também. Eu tentava desesperadamente vestir a saia quando ouvi passos na escada. arrumava a colcha e sentava na cadeira da escrivaninha. Peguei uns CDs e sentei na cama. Segundos depois minha mãe apareceu na porta.
- Olá, todo mundo. Já acordaram? Na outra festa essa aí dormiu até a noitinha.
- Ah, mãe, daquela vez a gente ficou até de manhã, né?
- Estavam fazendo o quê? - Gelei... Pense rápido, ...
- Ah, mãe, só conversando sobre música... Bobagem... Acho que vou comer alguma coisa, vamos, guys?
- Limpem tudo depois, vou tomar um bom banho agora.
- Beleza, mãe. - Descemos as escadas sem falar nada e, chegando à cozinha, dei um suspiro. – Meu Deus, ela ia nos pegando no flagra.
- Será que ela desconfiou de alguma coisa? - Perguntou , preocupado.
- Espero que não... Nem tenho idéia da reação que ela teria... E não quero saber tão cedo.

Depois de comer muito (estávamos famintos) fomos pra varanda. Estava anoitecendo e começando a esfriar. Sentamos no chão mesmo e nos abraçamos. Apesar do susto, eu estava tão feliz... Só estava chateada pelo . Tinha que compensá-lo depois. Sem que soubesse, porque seriam os três chateados na história. Queria poder beijar os dois ali mesmo, mas minha mãe podia aparecer a qualquer momento. Então nos contentamos apenas com o abraço mesmo.


Quando voltei ao quarto, lembrei dos últimos acontecimentos e sorri. Na verdade, eu estava tão feliz que sorria até se o vento assanhasse meus cabelos. Tomei um banho demorado e quando saia do banheiro ouvi meu celular tocar. Era um sms:

“Obrigado pelo dia mais perfeito da minha vida. Te amo. Beijos.
"


No mesmo instante, lembrei que não tinha agradecido , resolvi ligar para ele, mas não atendeu, resolvi mandar um sms também:

“Obrigada, amor. Assim que eu puder, vou te recompensar. Se quiser conversar, me liga assim que receber a mensagem, ok? Te amo. Beijos. "

Meia hora depois, me ligou.
- Oi, ...?
- Oi, , ta chateado com alguma coisa? Você demorou tanto pra retornar a ligação que eu fiquei ainda mais preocupada.
- Não, amor, eu fui tomar banho e jantar e deixei o celular no quarto. Mas por que acha que fiquei chateado?
- Ah, me desculpa mesmo, mas estou consciente que te deixei literalmente na mão. Queria tanto ser dos dois... Me perdoa?
- Que é isso, ? Eu nunca ia me chatear de verdade com você nem com o . Eu vou confessar que até fiquei meio aliviado...
- Por quê?
- Eu acho que não ia agüentar te ver sofrendo de dor e continuar... Sabe? Eu sou um frouxo.
- Own, amor, você é um fofo isso sim. Mas todo mundo diz que a primeira vez é assim mesmo. Eu juro que não sei o que faria sem os dois.
- Eu também, , claro, amo mais você, haha. Mas amanhã a gente se resolve sobre eu ficar na mão, ok?
- Ok amor. Boa noite sonhe com os anjos. Te amo.
- Boa noite, vou sonhar com você sim. Te amo muito. Beijo.
Sorri aliviada e lembrei de mandar um sms:

"Obrigada por fazer a minha vida ficar perfeita. Beijos. Te amo.
"


No dia seguinte, nos encontramos na casa de , mas nada rolou. A mãe, o pai e os gêmeos estavam lá. Passamos a tarde vendo filmes... Ou, pelo menos, tentando. (lê-se eu tentando... Eles passaram o tempo todo tentando tirar casquinha de mim sem que ninguém visse.)

Na segunda, mal eu tinha acordado quando me ligou para saber que horas minha mãe ia trabalhar e se ia voltar pro almoço... Assim que ela saiu, ele chegou com . E foi assim durante toda a semana. Éramos um poço de luxúria! Pela manhã e à tarde, tinha que dar conta dos dois. E bem que tava dando conta do recado. fez a segunda prova do vestibular e uma semana depois descobriu que havia passado em medicina! Comemoramos ao modo pervertido de sempre.

Em uma noite qualquer na hora do jantar.
- . . .
- Oi, mãe...
- Minha filha, o que você tem? Anda tão avoada... Já te chamei três vezes!
- Desculpa, mãe, tava distraída.
- Hm, sei... Até parece que ta apaixonada... – Congelei, literalmente. Eu sabia... Ela nos viu dormindo juntos e vai me dá um sermão daqueles ainda na frente do papai... Os dois vão me dar um sermão. É, agora fudeu! - Quem seria o felizardo?
- Mãe, fala sério!
- Não me diga que é uma menina!
- Laura! Deixa a menina em paz. Se for menina a gente te apóia do mesmo jeito, filha. O importante é você ser feliz.
- Pai! Mãe! Depois dessa perdi até o apetite. – Levantei, peguei meu prato e joguei na pia. - E podem ficar tranqüilos... Não sou lésbica.
- , minha filha...
Subi a escada zonza. Estava confusa: MEUS PAIS acham que sou lésbica?! Mas também estava aliviada: Eles não desconfiam AINDA que tenho um duplo caso com os meus melhores amigos. Lado ótimo da história: Eles ainda podem andar à vontade sem que meus pais desconfiem. Deitei na cama e um minuto depois minha mãe batia e abria a porta.
- , posso entrar?
- Ah, mãe... – Falei me virando de costas para a porta.
- Calma, eu só quero conversar e pedir desculpas. – Ela sentou ao meu lado e fez a mesma cara de cachorro de pet shop que eu faço, golpe baixo!
- Mãe, por que achou que eu era lésbica?
- Ah, minha filha, só falei porque se espantou com a minha pergunta sobre estar apaixonada. Você ficou pálida. Por que ter essa reação se você não achasse que íamos te repreender?
- Fala sério, mãe, você me assustou e muito... Isso sim!
- Então é verdade? Mas quem seria? Só te vejo andar com o e o ...
- Tá bom, chega desse assunto.
- Não me diga que... – Puta que pariu, é agora! - Vocês conheceram um novo amigo! – Meu... Ou a minha mãe ta jogando verde pra ver se me entrego ou ela é muuuuito lenta! Espero que seja segunda opção.
- Esquece isso, mãe. Eu não conheci ninguém. Nem quero. Nós continuamos sendo os mesmos anti-sociais de sempre. Agora me deixa que vou estudar um pouco pro vestibular.
- Que ótimo, filha, estude mesmo. Outra hora a gente conversa então. Boa noite. – Me beijou na testa e fechou a porta.
- Boa noite, mãe.
Suspirei aliviada quando ouvi seus passos descendo as escadas. Foi ai que eu parei pra pensar: e se descobrirem, o que vão falar? O que vão fazer? E se tentarem nos separar? Meu estômago dava voltas e minha cabeça doía como se estivessem me batendo. Depois de tentar esquecer (e não conseguir) comecei a chorar baixinho. Me senti melhor e logo peguei no sono.

Capitulo 08



Sonhei que estávamos os três em um parquinho, sentados, observando as crianças brincarem. Era como se estivéssemos olhando nosso filho brincar. Era realmente meu filho (não sei como, mas eu tinha certeza que era) ele acenava para mim e sorria. Mas se tenho dois namorados... Quem seria o pai? Me virei pra perguntar a eles quando ouvi um barulho ensurdecedor. Era meu despertador. As aulas haviam acabado há quase três semanas e eu ainda não tinha desativado o maldito. Quando olhei a data no visor pulei imediatamente da cama. Era o aniversário de e eu tinha combinado com a mãe dele (minha querida sogrinha) que iria distraí-lo o dia inteiro pra que ela pudesse preparar a festa surpresa.
Tomei um banho caprichado e, quando desci pro café, meus pais já tinham saído pra o trabalho. Depois de comer, lavei a louça e escovei os dentes. Olhava minhas olheiras quando ouvi a campanhinha tocar. Corri pra atender a porta e era , sorrindo pra mim. Ele passou e assim que fechei a porta ele me abraçou por trás, me beijando o pescoço.
- Bom dia, flor do dia.
- Bom dia, coração... - E me puxou pra um beijo. Um minuto depois a campanhinha tocou. me soltou e corri pra porta. sorriu e me abraçou, entrando junto comigo.
- Feliz aniversário, ! – Falei, pulando em seu pescoço depois que fechei a porta.
- Hm, obrigado, amor. – Ele me segurou pela cintura enquanto entrelacei minhas pernas na sua cintura e me beijou.
- Ei, dude, feliz aniversário. – Ele abraçou , ainda me segurando e fiquei esmagada entre os dois. - Valeu, dude. Nem acredito: finalmente 18 anos.
- Seu velho.
- Só porque é o caçula de nós? Vem cá, seu pivete, vou te mostrar o que os mais velhos fazem... - Ele agarrou pela blusa pra dar um pedala, ainda me segurando.
- Chega, meninos! Desse jeito vou ter que bater nos dois. E ainda deixar de castigo. Vocês sabem que tipo de castigo... Não sabem?
- Sim, senhora! – Os dois falaram juntos me fazendo rir.
- Engraçadinhos... Então, o que gostaria de fazer, aniversariante?
- Hum... Digamos... Sexo... – Falou, agarrando minha bunda com as duas mãos. – Mas queria propor algo novo.
- Que seria? – Falou , se aproximando de nós.
- Já ouviram falar de sexo oral?
- É óbvio, mas não sei como faz. Mas diga onde foi que andou aprendendo sobre isso?
- Internet, amor... Que pena que não dorme comigo. – Falou, beijando meu pescoço.
- Seu tarado. Não se contenta com a , não? – Falou me abraçando pela cintura. - Precisa ficar batendo uma à noite?
- Vai me dizer que não pensa nela à noite? Ah, conta outra... Seu punheteiro.
- Chega de brigas... Afinal, como é? Na aula de sexologia não explicaram tão bem...
- Eu te mostro, amor.
- Ok.
Subimos as escadas (na verdade, fui levada por , que me segurava pela bunda enquanto eu o abraçava com as pernas e veio logo atrás) e fomos pro meu quarto. Ele me colocou na cama e começou a tirar minha blusa. sentou pelo outro lado da cama atrás e tirou meu sutiã.
Olhei feio pros dois e eles entenderam o recado, tirando suas blusas também. Levantei da cama e tirei meu short e cada um tirou sua própria roupa, ficando apenas de cueca. sorriu e me deitou na cama.
- Agora, gatinha, vou te mostrar o paraíso.
- Hm, que delícia... Pois vem, gatão... - O chamei com uma cara de tarada e ele sorriu com malícia, me beijando com vontade. Quando íamos aprofundando o beijo ele foi parando aos poucos, mordendo meus lábios de leve. Fiz um bico protestando e ele apenas sorriu, descendo beijos em seguida pelo meu pescoço, seios e barriga. deitou ao meu lado e o puxei para um beijo. desceu minha calcinha e quando menos esperava ele me beijou lá... Depois passou a língua devagar pelo meu clitóris, me deixando totalmente arrepiada. Gemi involuntariamente alto, mesmo sendo abafada pela boca de . Eu mordia seus lábios, sem ao menos me importar se estava o machucando e fazia movimentos mais rápidos com a língua me levando ao delírio. segurou nos meus seios e os apertou, enquanto continuava com a mesma intensidade nos movimentos da língua, me penetrava com dois dedos. E JURO que se não estivesse com a boca do abafando meus gritos, eu gritaria tão alto que até os vizinhos escutariam. Ele pareceu gostar de ouvir meus gritos e aumentou a velocidade da penetração e o ritmo da língua. Apertei a nuca de e arranhei o ombro de , fazendo-o gemer, eu só não sabia se era de dor ou de prazer. Naquele momento de insanidade, não me importava tanto assim. Tirei minha mão da nuca de e coloquei em seu membro, masturbando-o. Agora foi ele quem gemeu abafado na minha boca e sorri satisfeita. – Pega a camisinha... – E ele se levantou imediatamente procurando-a no bolso da calça. aumentou mais uma vez a velocidade nos movimentos tantos dos dedos como da língua e não demorou muito pra eu chegar ao orgasmo (um dos melhores da minha vida, diga-se de passagem) e ele diminuir aos poucos até parar. Eu ofegava ainda quando ele me puxou para um beijo, carregado de desejo por ambos. Por mais que eu estivesse sem ar, eu o beijava com a mesma intensidade. Aos poucos fomos parando o beijo e eu recuperava o ar perdido.
- Então, fui aprovado?
- O quê? Aprovadíssimo! Agora é minha vez... - O empurrei na cama, ele deitou com um sorriso malicioso nos lábios e fiquei por cima dele. Beijei seu peito e fui arranhando até descer para a barriga. passou por trás de mim já usando a camisinha, então beijei a ereção de por cima da cueca e ele gemeu baixinho. Tirei sua cueca e encarei seu pênis: é agora! Comecei a masturbá-lo bem devagar o olhando nos olhos e sorrindo depravado. passou a mão pela minha bunda e fiquei de quatro. Ele me penetrou com força me fazendo gemer alto, enquanto me repreendia com os olhos pela pouca velocidade dos meus movimentos. Sorri mais uma vez e beijei sua glande, passando em seguida minha língua por toda extensão de seu pênis. Ele gemeu satisfeito, fechando os olhos em seguida. Coloquei na boca até onde pude e continuei a masturbá-lo, ele gemeu alto. aumentou a velocidade das estocadas e dessa vez eu gemi. entrelaçou os dedos em meus cabelos e foi me conduzindo enquanto gemia meu nome me deixando (se é que é possível) mais excitada ainda. Senti um gosto estranho na boca e tirei seu pênis de lá e continuei o masturbando. Em poucos instantes ele gozou e levantou logo em seguida pra me beijar. Não demorou muito até que eu e chegássemos ao orgasmo ao mesmo tempo. Deitei exausta na cama e logo depois de um lado e do outro, os dois me abraçando.
- No dia do seu aniversário... Vou te dar uma cama maior. – Falou ao meu ouvido alto o suficiente pra que o ouvisse. Nós três sorrimos e me aconcheguei mais ainda entre os dois.


Depois de repetirmos a dose (trocando as posições) tomamos banho depois repetimos a dose no banheiro e eu e fomos fazer o almoço. Como era uma negação na cozinha, ele ficou apenas ajudando com a louça suja depois do almoço. À tarde fomos assistir a um filme de suspense, afinal, ninguém é de ferro. Ou eles estavam realmente cansados, ou queriam muito assistir o filme, pois não tentaram tirar casquinha de mim. Acho que nem era metade filme quando comecei a dormir. Quando acordei eles conversavam sobre o final do filme.
- Enfim a Bela Adormecida acordou. – falou sorrindo e fazendo cafuné em mim.
- Dormi muito?
- Só perdeu mais que a metade do filme e perdeu a cena do quase enfartando com o aparecimento da menina que “supostamente” morreu.
- Foda-se, cara. - Falou mostrou o dedo do meio. - Eu me espantei porque tudo indicava que ela tinha morrido e o jeito que ela apareceu... Foi sinistro. E se não tivesse prestando atenção em mim, também teria tomado um susto. - Agora foi quem mostrou o dedo do meio. – Mas, , você ta bem? Você nunca dorme à tarde.
- Só to um pouco cansada, amor. – Falei, sentando no sofá - Não dormi direito essa noite... – Não, eu não vou contar sobre o incidente da minha mãe e deixá-los preocupados. – Mas vocês também, né? Acabaram com as minhas energias hoje de manhã.
- Desculpa, amor. – Falou , sentando ao meu lado e beijando minha bochecha. também sentou do outro lado e me abraçou pela cintura encostando a cabeça em meu ombro.
- Bem que o podia ser uma menina. Eu daria conta das duas e não ia ser nada mal ver as duas se pegando. – mostrou o dedo do meio e ameaçaram se bater (detalhe importante: eu ainda estava entre os dois).
- Ok, parou! Parou. – Eles pararam de se bater. – E, , você ta vendo muito pornô. Vamos comer alguma coisa que depois dessa conversa fiquei excitada. – Levantei e corri em direção à cozinha, eles foram atrás.
Depois de comermos e cumprir o prometido pela quarta e quinta vez no dia, tomamos banho e fomos ver TV. De repente recebi um SMS da sogrinha avisando para levá-lo pra casa. A festa foi divertida, meus pais e os de também passaram por lá. Depois de comermos muito salgadinho e brigadeiro, tomarmos refrigerante, fizemos um campeonato de videogame. Os gêmeos davam uma surra nos dois, então comecei a ouvir a conversa dos nossos pais.
- Estamos tão felizes por nosso filho ter passado no vestibular. Logo, logo ele também fará 18 anos.
- Eles cresceram muito depressa... Parece que foi ontem que nos conhecemos no parquinho. Hoje está fazendo 18. Daqui a uns tempos estará casando, tendo filhos...
Ok, agora voltei a pensar: e meu futuro com será? Não vou poder casar... Não com os dois... Mas também não posso casar só com um e deixar o outro chupando o dedo. E imediatamente lembrei-me do sonho: nós três no parquinho, as crianças, MEU filho...
- , é sua vez de jogar. – Era me passando o controle. Peguei e tentei me desfazer daqueles pensamentos.

Capítulo 09



As semanas se passaram e chegou a véspera de natal. A família de resolveu comemorar na casa dos avós dele. Eles voltariam no dia seguinte, mas eles nem tinham saído e eu já sentia saudades. Afinal, seria nosso primeiro natal separados. Antes de viajar, ele foi se despedir à altura. Como ia ajudar a mãe na cozinha (pois eu e minha família íamos fazer a ceia lá) acabei ficando sozinha a tarde toda. À noite nos reunimos e eu estava realmente muito feliz, parecíamos uma família. Assim como eu, era filho único, então os mais velhos conversavam e bebiam vinho na sala de jantar, enquanto nos deixaram “à vontade” na sala.
- Não acha que essa ceia tá um saco? - Cochichou , revirando os olhos e me fazendo rir.
- O que quer fazer pra dar uma animada?
- Você sabe o que me deixa animado na hora... – E levantou uma das sobrancelhas, sorrindo de lado.
- Tá doido? Seus pais... Meus pais... Igual à problema.
- O que é que tem? A gente vive fazendo ménage... Pra muita gente isso é muito mais constrangedor... E a gente leva tudo na boa.
- Acontece que a gente faz isso sem a presença de mais ninguém. Só eu, você e .
- Por favor, ... Eles nem vão notar se voltarmos logo. Eles estão quase bêbados.
- Só uma rapidinha?
- Isso é um sim? – Olhos brilhando, cara pervertida mode on.
- Ok. Você venceu...
- Por isso que eu te amo. Vem... – Ele disse, levantando do sofá.
- O que vai dizer pros nossos pais? “A gente vai ali no meu quarto dá uma rapidinha e volta logo?” - Falei debochando e cruzando os braços.
- Aprenda comigo... - Ele pegou minha mão e me levou até a sala de jantar. – Tudo bem se eu levar a por um instante, lá no quarto pra mostrar as tralhas da faculdade?
- Que bom, meu filho. Só não demore muito, tá? Já começaremos a ceia.
- Ok, não vamos demorar.
- Cuidado, hein, meninos. – Falou meu pai, rindo já meio alterado pela bebida.
- Claro, pode deixar! – Ele me puxou pela mão e eles voltaram a conversar nos ignorando completamente. Chegando lá eu entrei e ele fechou a porta, sorrindo vitorioso.
- Você é um tremendo filho de uma... Mãe! Como podem nem desconfiar?
- Eu sou um bom garoto, você é uma boa garota gostosa... A+B... – E me abraçou, beijando meu pescoço e me fazendo arrepiar. Agarrei seu pescoço e ele me encostou na parede e puxou minhas pernas, me fazendo entrelaçar na sua cintura. – Só tente não gemer alto, amor. - Quando ia abrir a boca pra falar que ele estava muito convencido, ele me beijou. Nossas línguas brincavam em sincronia enquanto suas mãos passeavam por minhas coxas e bunda. Chegando à calcinha, ele começou a puxar o elástico. Eu tirei minhas pernas de sua cintura, ele se afastou um pouco e desci a calcinha. Ele pegou da minha mão e jogou num canto qualquer me encostando novamente na parede e beijando e lambendo meus seios pelo decote do vestido. Ele me puxou novamente pra sua cintura apertando minha bunda e lambendo meu pescoço me fazendo gemer baixo outra vez. O puxei pra um beijo, arranhando seu pescoço e assanhando seus cabelos. Ele gemia e me conduzia cegamente até a cama. Chegando lá, me jogou na cama e começou abrir o cinto, depois o botão e o zíper. Logo ele tirou uma camisinha de um dos bolsos e colocando de pressa no seu membro ereto. Ele se posicionou em cima de mim abrindo minhas pernas e colocando seu membro na entrada da minha intimidade sem penetrar. Ele ficou nessa brincadeira por alguns segundos e já estava me deixando doida.
- ! – Falei, meio irritada, fazendo-o sorrir e me penetrar de uma vez. Eu gemi um pouco mais alto e, apesar de estar com medo, (pois a qualquer momento podia aparecer qualquer um dos nossos pais) eu estava muito excitada. Ele voltou a me beijar, abafando meus gemidos, e começou a se movimentar com força. Eu sentia um pouco de dor, mas o prazer era maior e eu até tava gostando. Em poucos minutos estávamos suados e tínhamos chegado ao orgasmo ao mesmo tempo. Era incrível, mas isso sempre acontecia com ele. Eu tentava recuperar o fôlego enquanto ele foi ao banheiro e logo ele voltou, ajeitando o cinto. Eu levantei da cama e comecei a procurar minha calcinha.
- O que está procurando, amor? – Ele perguntou, arrumando o cabelo assanhado por mim.
- Minha calcinha... Não consigo encontrar...
- Essa aqui? –Ele pegou num cantinho perto da porta e sorri pra ele estendendo a mão pra que ele me entregasse. Ele olhou pra calcinha, olhou pra mim... – Por favor... Me dá ela de presente?
- Hãm?
- Por favor...
- E pra que você quer minha calcinha?
- De lembrança, ... tinha razão, a noite é solitária sem você. Mas não conte pra ele.
- Ok, eu não conto... – Falei, sorrindo. - Mas eu vou ficar sem roupa de baixo? Já sei, você me dá uma cueca sua e ficamos quites. Feito?
- Feito. Te dou tudo o que quiser de mim, amor. – Ele correu até o armário e abriu uma gaveta. - Tem preferência por cor? – Falou debochando.
- Ah, claro... quero uma cor de rosa. Mas, sério, lembra daquela que usou na nossa... Quero dizer na minha primeira vez?
- Acho que é essa aqui.
- Essa mesma. Obrigada. - Falei vestindo a cueca e arrumando o cabelo em seguida, na frente do espelho. chegou ao meu lado e arregalou os olhos. - É, eu sei que to um horror, não precisa se espantar.
- Que horror nada, , você ta uma deusa, olha só o que você fez no meu pescoço. Vou ter que dizer que um mosquito bem grande me picou.
- Desculpa, amor. - Eu beijei seu pescoço e ele fechou os olhos, sorrindo.
- Desse jeito vou querer que me machuque sempre.
- Idiota. - Bati de leve no ombro dele e logo ouvimos passos se aproximando e pegou uns papéis que estavam na escrivaninha sentando ao meu lado na cama. Meu coração acelerou e logo a porta foi aberta.
- , meu filho, vamos começar a servir o jantar. Não vem?
- Claro, mãe, nós já estávamos indo. Deixa só eu guardar esses papéis...
- Ok, amor, então vou na frente.
Ela saiu fechando a porta novamente e derrubei na cama, batendo no seu peito e nos braços, fazendo-o rir.
- O que foi que eu fiz?
- Você ta louco? A porta ficou aberta esse tempo todo?
- Vai dizer que isso não te excita? Eu fiquei muuuito excitado. - Ele falou levantando e me abraçando pela cintura e colocando a cabeça no meu ombro.
- Eu fiquei, mas não sabia que a porta estava aberta. E se ela tivesse nos pegado no flagra?
- Aff, , deixa rolar... Ela ia desconfiar se encontrasse a porta trancada. E deixa pra se preocupar só com o que acontecer. - Ele levantou e me puxou junto. – Vem, minha estressadinha que eu amo.
Realmente eu me preocupava demais... Eu devo ser mesmo uma neurótica... Comemos, bebemos, trocamos presentes e no fim das contas foi um dos melhores natais da minha vida. Só não foi perfeito por não estar conosco.


Passado o Natal, meus pais fizeram planos de irmos à praia no réveillon. Eles deram a idéia e eu adorei, mas é claro que só ficaria feliz se meus amores fossem comigo. Convencer a mãe de foi a coisa mais simples, em cinco minutos ela já fazia planos do que levar na viagem. Já a mãe de foi jogo duro. Tive que prometer que não íamos tomar banho no lado fundo, que não íamos nadar depois de comer, que íamos passar protetor solar... Essas coisas que se recomenda quando se é uma criança. Mal sabe ela que a “criança” cresceu e como cresceu! (Sim, duplo sentido).

No carro, fomos cantando as músicas que tocavam na rádio (até meu pai). Minha mãe apenas sorria e tirava fotos nossas e da paisagem. Tenho certeza que se ela não fosse contadora seria uma ótima fotógrafa.
- Então, zinho, já ligou pra mamãe pra avisar que está respirando bem?
- Cala a boca, ! – deu um olhar fulminando .
- É verdade, , assim que chegarmos, ligue pra ela. Ela pode não deixar você viajar com a gente de novo. – Falou meu pai gozando.
- Pai... ! Parem. Parecem duas crianças...
- Deixa, . , depois você me paga.
Que bom que já estávamos chegando porque o clima entre e não estava tão bom. Chegando a casa de praia, meus pais foram cuidar do almoço e já planejavam o jantar. Nós fomos pra área da piscina. Fazia um sol maravilhoso e a piscina estava bastante convidativa.
- ... - Falou , manhoso.
- Oi, amor.
- Passa protetor em mim? – Pediu, tirando a blusa.
- Vem, meu garotão. – Sentei em uma cadeira na beira da piscina e ele sentou na ponta de costas pra mim. Enquanto eu passava o protetor pelas costas de , ele e jogavam cascalhos um no outro. – Ei, dá pra parar?
- Desculpa, amor. – Falou , tirando a blusa também e sentando na cadeira ao lado.
- Pronto, benzinho, agora você está protegido.
- Também quero que passe em mim, amor. – Falou , também fazendo manha.
- Os dois estão muito manhosos hoje. Vem, garotão. – saiu e os dois se bateram de brincadeira trocando de cadeira. Passei o protetor em e quando terminei dei um tapa na sua bunda e ele levantou.
- Me deixa passar em você, amor. Não quero que fique com um câncer de pele.
- Hahaha, jura que é só por esse motivo. – Os dois sorriram e prendi meus cabelos num coque mal feito enquanto levantava e tirava a blusa. Eles me olhavam com cara de safados. – O que foi? Vocês já me viram tirar a roupa... Vocês mesmos já tiraram minha roupa. Nenhuma novidade...
- , meu amor, você não sabe o quanto é excitante te ver fazer isso. – Disse . - Além disso, eu nunca vou me cansar de ver você fazendo qualquer coisa. – Disse com cara de bobo pervertido.
- Vocês me bajulam demais... Isso sim. - Mandei beijos pros dois e abri o botão do short e o zíper lentamente tentando fazer uma cara sexy e não rir. Coloquei os dedos por dentro do short e fui descendo lentamente por meus quadris. Era engraçado e excitante ver os dois quase babando me vendo tirar a roupa. Soltei o cabelo e joguei por meus ombros sorrindo com cara de safada. Sentei na cadeira e chamei com um dedo. Ele sentou imediatamente e começou a passar o produto por minhas costas.
- Eu espero que seus pais não apareçam... – Ele se aproximou mais de mim e me mostrou o porquê. Eu sorri e ele se afastou um pouco passando as mãos pela minha região lombar, depois foi descendo pelos quadris...
- , minha filha. – Minha mãe gritou da cozinha. se afastou imediatamente e pulou na piscina e o acompanhou, pulando em seguida.
- Oi, mãe. - Falei, quando a vi passando pela porta.
- Eu e o seu pai vamos sair pro mercado. Vamos fazer umas compras pro jantar. Vocês querem alguma coisa de lá?
- Não, mãe. Vão querer alguma coisa, guys?
- Não, tia, obrigado. – Falou , se aproximando da borda.
- Não, senhora, obrigado. – Falou , nadando.
- Ok, acho que não vamos demorar. Não se esqueçam de passar protetor!
- Sim, senhora. – Falamos os três juntos. Ela voltou pra dentro da casa e só então relaxamos.
- Eu pensei que ela tinha visto alguma coisa. – Falei, me aproximando da borda e abaixando pra eles me ouvirem melhor.
- ia se ferrar! – Falou , debochando.
- E tu, ia ser o babaca que tava com cara de bobo só olhando! – retrucou, jogando água em que revidou e ficaram numa guerra.
- Ei, parem! Parecem duas crianças. – Pulei na água, ficando entre os dois. – Só que duas crianças de pau duro.
- Você me excitou, ! Não posso controlar. – Falou abraçando minha cintura e se aproximando de mim. – Agora, não seja má, por favor... – Falou encostando os lábios em minha orelha.
- Eu vou lá dentro saber se eles já foram. Não queremos outra entrada surpresa não é?
- Oba amor, vamos dar outra rapidinha. – Falou maldoso olhando pra . Eu já estava na borda da piscina e dei um impulso pra sair.
- Como assim outra rapidinha? - Perguntou , confuso.
- Quando eu voltar, te explico tudo. E você, , não ouse mentir! – Falei indo em direção a casa. Chegando à cozinha fingi que ia à geladeira e quando vi meu pai encostado à porta fui vê-lo. Ele girava as chaves do carro impaciente. – O que houve, pai? Pensei que já tinham ido...
- Sua mãe foi pegar a câmera... Sabe como ela é. E finalmente lá vem ela.
- Desculpa, demorei muito, amor?
- Só um pouquinho, né? Tem certeza que não quer nada, princesa?
- Tenho, pai. Só não demorem a fazer o almoço... Estou morrendo de fome. (Psicologia reversa: por favor, demorem e muito.)
- Se estão com fome, trouxe sanduíches e estão na geladeira. Tenho um leve pressentimento que vamos demorar um pouco. O supermercado pode estar lotado, por ser véspera de ano novo. Então tomem cuidado. Eu vi os dois se jogando na piscina. – Coração acelerado. – Dê uma olhada neles e brigue caso eles ajam feito crianças, ok?
- Ok, mãe, pode deixar. Vou colocar eles em rédeas curtas. - Ela beijou minha testa e saiu em direção ao carro. Quando eles dobraram a esquina entrei e fechei a porta. Quando cheguei à piscina eles faziam uma competição pra ver quem chegava mais rápido do outro lado. venceu e começou a jogar água no rosto de . Quando esse me viu parou e nadou em minha direção, vindo atrás.
- Eles já saíram.
- Vem pra água, . - Chamou . Pulei na piscina e quando ia emergindo senti os braços de alguém me puxando. Segurei em seu pescoço e quando consegui abrir os olhos pude ver que era quem me segurava.
- Agora pode me contar sobre a tal rapidinha que não participei?
- Foi no natal, amor...
- Ok... Na casa do... ?!
- Foi, me desculpa, ia te contar assim que chegasse... Mas quando eu te vi chegando, acabei esquecendo... Você lembra? A gente foi matar a saudade...
- Ok, amor, eu entendo... Só não gosto da idéia de que o natal de vocês foi bem mais divertido do que o meu. Só tinha gente velha e pivete... Eu só fico chateado porque a gente nunca fez nada lá em casa, ... – Falou dengoso, fazendo um biquinho.
- Own, o neném quer ligar pra mamãe agora, quer? – Falou debochando e fazendo o mesmo biquinho de , me fazendo rir.
- Não, quero ligar pra sua...
- Tá certo, parou. Amor, eu prometo que um dia a gente vai fazer na sua cama, no chão, na mesa... Onde você quiser. Mas a gente devia aproveitar que meus pais saíram... Vocês não concordam?
- Então não perco mais um minuto. – Falou me beijando, se aproximou e pegou meus quadris. segurava minha cintura com uma das mãos e deslizou pra parte interna das minhas coxas. afastou o sutiã do meu biquíni e começou a beijar, depois sugou um dos meus seios. O arranhei no ombro o fazendo gemer, provavelmente de dor. foi descendo a mão por minhas coxas até em minha calcinha a afastando também e me penetrando com um dedo. Eu arranhei seu pescoço e ele me penetrou com outro dedo, fazendo movimentos mais rápidos. Eu mordia de leve seus lábios enquanto ele aumentava a velocidade dos dedos. Parti o beijo ofegante:
- Me digam que tem camisinha...
- Sempre, minha deusa... - disse também ofegante.
- Vai buscar, cara, eu seguro ela... - me segurou em seus braços enquanto me beijou na testa, depois saiu da piscina. Enquanto ele ia em direção a casa, me puxou pra um beijo. Quando vi que estava dentro da casa, belisquei o braço de .
- Ai, amor... O que foi que eu fiz?
- Tem certeza que não sabe, amorzinho?
- Ah... Desculpa, amor. Eu só queria me vingar pelo negócio do carro... Desculpe por agir feito criança.
- Claro que te desculpo, mas nunca mais faça isso, ok? podia ter ficado chateado de verdade. E ia estragar nosso ano novo.
- Perdão, amor... Eu prometo que nunca mais te envolvo nas minhas brigas idiotas com . Agora... Amor, devia maneirar nos arranhões...
- Ah, desculpa, amor... - Falei, beijando seu ombro.
- Outro mosquito... Relaxa e me beija.
Pouco tempo depois, pulou na piscina jogando água na gente. Abri meus olhos em tempo de ver mostrar o dedo do meio enquanto vinha até mim. Ele beijou minha barriga e perguntou:
- Então... Vamos?


Na verdade, meus pais demoraram tempo suficiente para aproveitarmos beeem a piscina. Assim que chegaram, minha mãe nos mandou entrar, porque segundo ela estávamos muito vermelhos. Não tiro a razão dela, mas não era pelo sol (se me entendem...). Assim que ela percebeu também o estrago (que fiz no ombro de e no pescoço de ) que os famosos “mosquitos” tinham feito, os fez passar repelente. Enquanto eu os ajudava com o repelente eles choramingavam, pois o produto ardia onde tinham os arranhões. Depois de devidamente protegidos dos mosquitos de verdade, fomos ajudar com a comida. Na verdade, eu e ajudamos a mamãe a cozinhar, pois e papai ficaram batendo papo. Sim, meu pai sempre foi mais amigável com , enquanto que minha mãe com . Meu maior medo era que quando descobrissem a verdade, não aprovassem nenhum dos dois. Mas, como era quase ano novo, eu não queria me preocupar com isso. Ok, só um pouco, afinal, se eles descobrissem ia ter que passar a entrada de ano explicando aos meus pais sobre meu duplo romance.
No fim fizemos o almoço, comemos e logo fomos preparar o jantar. Fiz nos ajudar a descascar e cortar legumes pra uma salada, com o intuito de não deixá-lo só com meu pai, pois na empolgação ele podia falar mais do que devia. À tardinha, com tudo pronto, quando o sol estava quase se pondo, minha mãe nos deixou ir à praia, que estava praticamente vazia, a não ser por uma família com dois filhos pequenos, um casal namorando e (infelizmente) duas piriguetes que usavam biquínis mínimos e estavam com o bronzeado em dia. Eu notei que os dois tentavam disfarçar e não deixar tão na cara que estavam de olho nas duas. Ah, que ódio... Eu juro que nunca torci tanto pra que o mar engolisse a duas como torci naquela hora. Eu imaginava até a cena quando vi os dois correndo pro mar, me deixando sozinha na areia e P da vida. Ok, bonitinhos, vocês me pagam... Mal eles entraram na água, as duas foram em direção a eles... Bando de vagabundas, vou matar vocês e matar eles também! Entrei no mar e fui pra perto delas bem a tempo de as piranhas de água salgada darem o bote.
- Oi, gatinhos... Não são daqui, são?
- Não... – Disse , abobalhado, olhando pros peitões da morena.
- Se vê logo que não são daqui... Aqui não tem meninos tão lindos quanto vocês... Vocês são irmãos? - Perguntou a loira mexendo no biquíni quase mostrando TUDO.
- Não, não somos... Nós somos... - Falava .
- Meus namorados! - E os quatro abriram a boca pasmos.
- Os d-dois? – Perguntou a morena.
- É isso ai. Algum problema?
- Foi mal, gata, a gente não sabia... – Tentou se explicar a loira.
- Ah...
- Bem, a gente tem que ir... Lavar o cabelo. Foi bom conhecer vocês. Tchauzinho. - Falou a morena, puxando a loira pelo braço, que ainda me olhava com espanto.
- Cara, sou tua fã, tem que se garantir pra pegar os dois...
Sorri sarcasticamente e dei um tchauzinho enquanto as duas se afastavam. Quando olhei pros dois eles me olhavam confusos. Me virei e sai os deixando sós, pouco depois sentei na areia onde o mar vinha com menos intensidade e molhava apenas meus pés. Logo os dois sentaram ao meu lado, sorrindo.
- Por que ta zangada, ? – Perguntou , colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.
- Tem certeza de que não sabe? – Falei os fuzilando com os olhos, depois encarando o mar.
- Você ficou com ciúmes delas? – Perguntou , me abraçando pela cintura.
- O que você acha?
- Desculpa, amor... – Falou , me beijando na bochecha e me abraçando também.
- Como acham que eu me senti, ao ver os dois quase pulando nas duas vadias?
- Desculpa, amor, não era nossa intenção... Mas elas que vieram atrás da gente. – Falou .
- Mas vocês bem que deram mole... Tive até que dizer...
- Que somos namorados... E é o que somos, não é verdade? – Falou , deitando no meu colo.
- Nunca tínhamos falado sobre isso antes... Mas foi o único jeito que encontrei de espantar aquelas piriguetes safadas de vocês...
- E se a gente te prometer que nunca mais vamos deixar ninguém dar em cima da gente, você perdoa? – Falou , encostando a cabeça em meu ombro e até podia imaginar a cara que ele fazia. Olhei pra em meu colo, que me olhava tenso, mas com ternura, não resisti e sorri segurando em seu rosto e no de .
- Ok, não vamos mais falar disso... Pelo menos não agora. Quero ver o pôr do sol com meus dois amores, pode ser?
- Sim, senhora. – Falaram os dois juntos. Sorrimos e nos contentamos em ficar apenas observando o sol ir embora, pela última vez naquele ano.



Capítulo 10



O ano novo sim... Foi perfeito: eu estava com os dois homens da minha vida, meus pais nem desconfiaram de nada e sem querer nos deram chances de namorar à vontade. No fim das contas, todos nós tivemos “lua-de-mel”, incluindo meus pais... Pena que foram só dois dias. Logo voltamos pra casa e pra nossa rotina, que, afinal, eu não tinha do que me queixar. E logo chegou meu aniversário, finalmente minha maioridade... Bem, não mudou muita coisa na minha vida e eu já sabia que isso só aconteceria quando arrumasse um emprego e saísse de casa. Logo eu e fomos ter aulas de direção, ele me ajudava com a parte prática e com a parte da legislação. Tudo ia bem, tudo era lindo... Até que, numa noite do domingo...
- , querida, lembra da sua prima Aninha? – Perguntou minha mãe.
- Sim. O que tem ela? – Falei sem prestar muita atenção, estava mais preocupada com a minha comida.
- Amanhã ela vem nos visitar, pois ainda esta de férias e disse sentir saudades de você.
- Aff, eu mal falei com aquela piveta na minha vida... – Falei, me irritando. (Ai, meu sexto sentido gritando: PERIGO).
- Ela tem 15 anos, minha filha, você só é três anos mais velha. E ela gosta muito de você.
- Argh, ela vai passar quantos dias aqui? – Perguntei, quase entortando o garfo de tanto ódio. Com certeza eu não tinha saco pra agüentar a adolescentezinha mimada da minha prima e ainda ter que ficar sem meus dois gatos (sim, afinal, não poderia fazer nada na frente da idiota).
- Ah, filha, quem sabe só umas duas semanas...
- DUAS SEMANAS? Ah, não...
- O que queria que eu dissesse? Que você não gosta se enturmar e que seus únicos amigos são e ? – Falou minha mãe, alterada.
- Custa falar a verdade? – Retruquei, no mesmo tom que ela.
- Ok, filha, vamos fazer o seguinte: ela vai passar uns dias aqui com a gente e você vai tentar ser legal com ela. Se fizer isso eu ligo pro pai dela e mando vir buscar antes das duas semanas, ok? - Falou meu pai, tentando amenizar as tensões entre eu e minha mãe.
- Ok, mas se ela me chatear muito eu vou dormir na casa do ou do . Não vou ser babá de ninguém.
- Feito, agora me diga como vão as aulas de direção?

Assim que entrei no meu quarto, deitei na cama e mordi o travesseiro, abafando um grito de ódio. Peguei o celular e digitei uma mensagem rápida pros dois:

Ferrou! Amanhã vem a porcaria de uma prima minha pra passar uns dias aqui. Ou seja, sem loves. =( Já estou com saudades, amo vocês.

Logo os dois me ligaram e os deixei a par da história. Fui dormir desejando que a tonga tivesse uma dor de barriga braba, ou até um acidente. Sei que estou sendo má em desejar isso a minha prima, mas tudo o que eu queria era ela bem longe de mim. Tive sonhos onde brigava com ela (apesar de não lembrar como era seu rosto) e quando acordei não lembrava direito do que se tratava, mas acordei com ódio da garota.
Desci pra tomar café e meus pais ainda estavam à mesa. Minha mãe ainda olhava feio pra mim e mal me deu bom dia. Fingi indiferença e logo ela veio falar comigo:
- Aninha chegará mais ou menos às nove horas. – Falou, fingindo ler o jornal.
- Ah...
- Princesa, não esqueça nosso trato, ok? – Falou meu pai levantando e olhando o relógio. Ele beijou o topo da minha cabeça e saiu da cozinha. Minha mãe terminou de tomar café e também levantou.
- Qualquer coisa me ligue. – Falou minha mãe colocando o prato na pia. Desviei meus olhos dela, pegando uma fatia de queijo. Ela veio em minha direção e parou em minha frente. – Por favor, seja gentil com sua prima. Cuidado. – Ela me beijou na testa e saiu.


Não demorou muito pra e chegarem. A cada minuto eu odiava ainda mais a desgraçada. Claro, eles iam me fazer companhia, mas eu tinha certeza que não ia poder rolar nada. Eu esperava receber um telefonema avisando que a fofinha tinha mudado de idéia, mas, ao invés disso, ouvimos uma buzina e logo em seguida alguém tocando a campanhinha. Desci as escadas a amaldiçoando e puxei os dois pra um “ultimo beijo”.
- Não vai atender a porta, ? – Perguntou , preocupado, enquanto o beijava de leve.
- Se ela quiser, que espere um pouquinho. – me abraçou por trás e falou ao meu ouvido:
- Se quiser eu arranjo um remedinho pra ela dormir.
- Adoraria... – O beijei e logo parti o beijo, pois a vadia não parava de tocar a campanhinha. – JÁ VAIIII. - Gritei e finalmente fui atender a porta. Quando abri me deparei com uma completa estranha. Aquela era a Aninha? Ela tinha piercing no nariz, na boca e até onde podia ver, no umbigo. Fora a roupa que ela usava... Se é que podia chamar aquilo de roupa. Ela correu em minha direção e agarrou meu pescoço. Eu fiquei sem reação e os guys também.
- , tantas saudades de você. Esses são os seus amigos? – Me largou indo abraçar e depois . – Se eu soubesse que eram tão lindos teria vindo antes. – Ok, forçou a barra. Quando me preparava pra dar um soco no meio das fuças dela, segurou meu braço e me afastou dela. Obrigada, , ia dar uma confusão das feias... a ajudou com a bagagem que pra mim não era pra duas semanas como ela esperava e sim uma mudança. Ela parecia não notar meu ódio, ou fazia de propósito me deixando mais irritada ainda. Respirei fundo e tentei pensar no trato que fiz com meus pais: “Vamos tratar bem a vadiazinha que em breve ela vai voltar pro seu lar doce lar.” E esse foi meu mantra.

Ela não calou a boca um minuto, parecia “papagaio na areia quente”, como diria a vovó. perguntou sobre seus piercings e ela falou que tinha mais do que o do nariz, boca e umbigo. Ela ainda tinha na língua e nos mamilos (ai) e falou que teve um caso com um bodypiercing 20 anos mais velho e que esse tinha colocado todos os piercings. A menina era totalmente pirada e, pelas as experiências que contou, me fez sentir beeem mais nova do que ela. Ela foi tomar banho enquanto eu e os boys ficamos na cozinha esquentando o almoço.
- Essa sua prima é louca... – Falou .
- E uma safada, ela não tirou os olhos de você.
- Mas se não quer dar bandeira, é melhor não demonstrar ciúmes, amor... Ela pode contar pro seus pais... E já viu... – Falou , beijando meu pescoço. – E o remedinho ainda tá de pé...
Eu sorri, pensando na idéia do remédio, quando ouvimos passos na escada se afastou e sentou à mesa junto de . Ela entrou sorrindo e sentou próxima ao .
- Que banho rápido... – Falei sarcasticamente.
- Na verdade, ainda não tomei banho. Eu vim convidar o pra tomar banho comigo. – Olhamos assustados pra ela (eu na verdade queria pular no pescoço dela), que sorriu e disse. – Brincadeira, gente... , você esqueceu de me dar uma toalha.
- Ah, devia ter dito logo. – Falei, quase gritando.
- Ainda bem que eu notei isso antes de tirar a roupa. Imagina eu ter que sair nua pela casa... – Posso espancar até a morte?
- Que bom que não fez isso, não é? Agora vem que te dou uma, duas, quantas quiser... – Subimos, dei a toalha e só sai do corredor quando ouvi o barulho do chuveiro. Eu desci as escadas tremendo de ódio... Quando cheguei à porta da cozinha os dois me viram e me abraçaram.
- Calma, amor. Ela só tava brincando. – Falou , afagando meu cabelo.
- Não creio que seja só brincadeira... E mesmo que fosse, eu não gosto desse tipinho de brincadeira idiota que ela fez. Ela tá me dando nos nervos e olha que ela acabou de chegar. Vou falar com meu pai...
- E vai falar que está com ciúmes do ? – Falou , chateado.
- Desculpa, amor... Mas ela tá dando em cima dele. – Falei, enterrando minha cabeça em seu peito. – Tudo culpa da Aninha... Mas eu vou me controlar... Eu tenho que me controlar, afinal, se ela descobrir sobre nós pode ser bem pior. – Ficamos assim abraçados até eu me acalmar um pouco.

Almoçamos e passamos a tarde assistindo filmes de ação (de preferência sem nada romântico). Se visse algo romântico eu seria capaz de dar um tiro na testa da vaca e ainda chorar depois. À tardinha os guys se despediram, afinal, à noite eu e teríamos auto-escola. Minha mãe chegou cedo do trabalho e foi logo bater papo com a maldita, enquanto eu me arrumava pra sair.
- Então, como foi a tarde de vocês?
- Foi divertida, tia, os amigos da são muito legais, além de lindos. – Vou sufocá-la enquanto dorme...
- Eles são um grude só desde que se conheceram. Mas acho que não devia se empolgar muito com eles.
- Por quê, tia?
- Eu nunca os vi demonstrando interesse por nenhuma garota que não fosse a ... Como eles são amigos, acho... Meio suspeito, sabe?
- Ah, tia, eu conheço bibas de longe... E pode apostar que isso eles não são. – Ok, hora de sair do esconderijo.
- Tchau, mãe, to indo pra aula.
- Você não quer ir com ela, Aninha? – Puta que pariu, mãe, fala sério!
- O vai ta lá? – Perguntou Aninha, com cara de sonsa.
- Não. – Falei, seca e agradecida pelo ainda ser menor de idade. Lembre-se do trato... Calma... 1, 2, 3... – E, mesmo que eu quisesse, ela não poderia ficar... E, sabe, eu vou estar ocupada.
- É verdade, tia. É melhor eu ficar aqui com você e o titio, vamos botar as fofocas em dia. – Abusada, chamando minha mãe de você... E ainda dizendo que vão FOFOCAR?! Filha da puta, essa Aninha... Saí de casa quase gritando de alívio, por estar livre dela por pelo menos algumas horas e com a confirmação de que ela estava interessada neles e em especial no . Isso não é nada bom.

À noite cheguei mais tarde que o habitual (me encontrei com e num barzinho... Claro, não rolou nada, mas ficava feliz de estar com os dois sem a Aninha por perto) e todos na casa já dormiam. De manhã, acordei com o barulho do maldito despertador. Fiz minha higiene matinal e desci pra tomar café. Meus pais conversavam animados e nem perceberam a minha presença. Só quando afastei a cadeira e dei “Bom dia” eles sorriram e me desejaram bom dia também.
- Filha, estou orgulhoso de você. Que bom que está se dando bem com a sua prima. Ela me falou muito bem da tarde que teve com vocês. – Falou meu pai.
- Ah, pai, trato é trato. – Falei, meio sem jeito e com um pesinho na consciência.
- Se continuar correndo assim, no fim de semana a levaremos pra casa da sua avó. – Momento de alegria. – Devia levar ela pra sair... Que tal um cineminha? – Falou, tirando dinheiro da carteira.
- Ok, pai, eu levo sim. – Peguei o dinheiro, ainda mais sem jeito.
- Você não sabe o quanto isso é importante, . – Falou minha mãe, fazendo um drama, logo vi que ai vinha uma história de novela mexicana. (sim, ela me chamou pelo apelido: NADA BOM). – Desde que o pai dela morreu, há 3 anos, ela dá muito trabalho a coitada da minha irmã. Agora que ela tá crescendo e tendo um pouco mais de juízo... Minha irmã, coitada, não sabe o que fazer...
- Ok, entendi... – Com certeza ela já tinha superado o trauma há tempos... E a rebeldia dela era sem causa, porque ela gostava mesmo. Mas preferi não comentar nada e continuei a comer.

Assim que terminei de comer, liguei pros guys e falei do cinema. Arrumei toda a casa e horas depois a dondoca acordou e foi comer. Ela ainda estava lesada enquanto comia, mas quando comentei sobre o cinema logo ela se animou. Nos arrumamos e logo os dois chegaram. Como não tínhamos ainda a nossa carteira e não tínhamos carona, resolvemos ir ao shopping de ônibus mesmo. Acho que por conta do horário o ônibus não estava lotado, mas também não estava vago. Passamos a catraca do ônibus e fomos nos acomodar perto da saída. foi na frente e ela colou atrás dele. Me enfiei entre os dois e cortei o barato dela (bem, nem tanto, pois a cada curva ou freada ela roçava nele de propósito). Chegando ao shopping fomos logo comprar nossas entradas e os três resolveram assistir um filme sobre exorcismo. Como era a minoria e não queria dar mole pra sacana, tive que ceder. Imaginem a cena: filme de terror, sala escura, ela com os dois, pulando no pescoço a cada “susto”... Ah, mas nem pensar, querida... Eles são meus! Compramos pipoca e refrigerante e fomos nos acomodar nas cadeiras. Como o cinema estava meio cheio foi difícil achar um lugar pra nós quatro. No fim ela sentou na ponta, ao seu lado, eu e . Me cortava o coração ver com ciúme, pelo meu ciúme pelo , mas depois da conversa que ela teve com a minha mãe e pelas atitudes dela, eu não podia bobear. Nas horas tensas do filme, vi que ela começava a agarrar o braço de , que a fazia soltar, mas ela não desistia. Quando sentia medo, apertava a minha mão por baixo do braço da cadeira. Eu sabia que ele fazia isso pra que Aninha não nos visse e muito menos , que zombaria dele. Eu sorri e também por baixo do braço da cadeira peguei na mão de , que me olhou confuso, mas depois de me olhar nos olhos relaxou. Ficamos assim, os três de mãos dadas até o filme acabar. Terminado o filme, resolvemos lanchar. Para infernizar minha vida, (só pode) ela começou a se exibir não só pra , mas também pra . Ela chupava o canudo do refrigerante de uma forma insinuante, passava as batatas num molho lambia a ponta e comia fazendo cara de safada, enquanto falava das suas experiências com seu ex-namorado bodypiercing. Não contente, ela começou a tentar dar comida na boca deles, que estavam do outro lado da mesa, empinando a bunda (ela usava uma micro-saia) e quase mostrando os peitos, tamanho era o decote da sua blusa. Depois de me estressar muito e tentar não demonstrar, resolvemos dar uma volta pelas lojas. Ela nos fez tirar milhares de fotos (não há duvidas que ela seja realmente minha prima, infelizmente) e no fim da tarde voltamos pra casa. Assim que cheguei, me arrumei pra auto-escola. Pouco tempo depois minha mãe chegou e as duas foram ver as fotos tiradas no shopping.

Capítulo 11



No outro dia, acordei não pelo o som do meu despertador e sim da campanhinha. “Quem será uma hora dessas?” Pensei. Procurei meu celular e vi que ele tinha descarregado. Levantei e lavei meu rosto depressa. Desci as escadas e atendi a porta: eram e .
- Nossa, , acordou agora? – Perguntou , me dando um abraço enquanto entrava.
- Foi o meu celular que descarregou e acabei dormindo demais. Fiz vocês esperarem muito? – Perguntei, indo abraçar .
- Não muito... Só achamos que não tinha ninguém na casa... – Falou sorrindo. Mostrei a língua e me soltei do abraço.
– Que foi?
- Aninha...
- O que tem ela? – Perguntou . E logo ela desceu as escadas. Ela deu “Bom dia” e abraçou cada um de nós.
- E ai, qual vai ser a boa do dia? – Perguntou enquanto se espreguiçava e sentava no sofá ao lado de .
- Sei lá... Fale você... – Falei, meio sem saco pra planejar mais um dia com ela.
- Que tal se a gente fizesse algo bem animadinho?
- Do tipo...? – Falei, com certo medo do que podia sair da cabecinha de vento dela.
- Que tal uns joguinhos? Do tipo bem divertidos, se me entendem. Mas primeiro quero comer algumas coisa, to morrendo de fome.
Como eu também estava com muita de fome, não protestei e fomos tomar café da manhã. Depois de comermos a fiz lavar a louça, enquanto fui tomar banho e os guys foram para a sala ouvir música. Quando voltei à sala, os guys estavam no sofá vendo uns CDs e a Aninha estava deitada no tapete ainda usando o pijama (que pra variar o short era curtíssimo e a blusa estava com uns botões a mais abertos.) vendo uns discos de vinil da coleção do meu pai. Quando ela percebeu que eu havia chegado, correu em minha direção.
- Até que enfim... Vamos, eu já sei do que a gente vai brincar. – Me puxou até a mesa de centro e me fez sentar, puxou os guys pra sentarem perto de mim. – “Eu nunca”.
- Que brincadeira velhinha, hein, prima... – Falei em tom de deboche, mas na verdade eu tinha medo no que a brincadeira podia nos levar. Ficar de porre àquela hora da manhã não era muito bom...
- Velha, mas divertida! Nesse caso quem já tiver feito tira uma peça da roupa. Quem quer começar? - Como ninguém se manifestou... - Tá, eu começo então. Eu nunca beijei um primo.
- Como não? – Protestei. Como eu já ia começar perdendo a roupa? Todo mundo já beijou um primo, ou prima... Ela queria jogar sujo, só pode!
- Eu comecei beijando os coleguinhas da escola e nossos primos são feios, coração. Agora vamos, todo mundo nu! – Tirei os sapatos e os garotos fizeram o mesmo. – Aff, os sapatos?
- Só pra esquentar, gata. Agora sou eu... Eu nunca beijei uma menina.
- Me pegou. – Aninha falou, tirando as pantufas do Shrek. E os guys sorriram tirando a blusa.
- Agora sou eu. – Falou , com cara de safado, provavelmente pensando em algo pra fazer a gente tirar a roupa. – Eu nunca beijei um cara.
- Assim não vale... – Falei, tirando minha blusa, enquanto Aninha tirou o short.
- Ah, amor, eu nunca beijei mesmo e não pretendo. – Falou rindo e mostrando a língua.
- Agora você, gatinho, o que você nunca fez? – Falou Aninha sorrindo e pegando no queixo de .
- Eu nunca... Deixa-me pensar no que eu nunca fiz... – Falou , com cara de safado.
- Hm, quer dizer que é um cara experiente. Adoro isso. – Falou Aninha se inclinando na mesa e pegando no rosto dele, quase mostrando os peitos. Eu senti a raiva me dominar e tentei disfarçar, mas parece que já era tarde de mais. – , gatinha, você não me engana. Aliás, vocês não me enganam. Eu sei que vocês têm um caso... Os três. Qualquer um perceberia, menos, é claro a titia, pois ela acha que vocês são gays. – Falou, apontando pros dois.
- O quê? A tia acha que somos gays?! – Perguntou , mais alterado pelo fato de acharem que ele era gay, do que a revelação do nosso caso.
- Calma, , ela também acha isso de mim. – Falei, abraçando-o. – É, priminha... Nós três temos um caso, não vou negar. Mas me diga uma coisinha, se percebeu isso, por que continuou dando em cima dos dois? Principalmente do ? Afinal, o que você quer?
- Pensei que nunca fosse perguntar, gata. Eu quero você, zinho. Você é um tesão. Se quiser brincar também, ... – Ela falou passando a mão pelo peito dele.
- O quê? – Falou , com cara de bobo.
- Ou a gente se diverte juntos, ou assim, sem querer, posso comentar alguma coisa pra titia... Ou pro titio... Sabe, eles podem abrir os olhos... – Falou, passando a mão no seu rosto se inclinado mais ainda pra perto dele.
- Eu não posso fazer isso com você... – Falou , tirando a mão dela do seu rosto.
- Então... – Começou Aninha, já ficando vermelha de raiva.
- Mas se for nós quatro... – Ele falou, corando. Nos deixando surpresos.
- Até que é bem mais interessante. Três coelhos numa cajadada só. – Ela falou, dando a volta na mesa e o abraçando por trás. Beijou seu pescoço e passou as mãos em seu peito. Baixei a cabeça e fechei os olhos, pois não queria ver o resto da cena. ainda me abraçava pela cintura e o senti apertar de leve, quando senti duas mãos segurando meu rosto. Nem tive tempo de abrir os olhos quando senti um beijo suave nos meus lábios. Fui cedendo o beijo e quando abri os olhos vi que era Aninha (pera aí, a Aninha?) que me beijava. Eu praticamente paralisei de tanto susto. nos olhava com cara de que estava adorando ver a cena e pelo o que senti em minhas costas, também estava bastante excitado. Ela sorriu entre meus lábios e chamou com o dedo indicador e em questão de segundos ele estava entre nós duas. Ela partiu o beijo e começou um beijo com (vou confessar que surpreendemente fiquei excitada ao ver a cena). me puxou pra um beijo e quase rasgou meu sutiã, tamanha era a pressa de tirá-lo, jogando em seguida no outro lado da sala. Logo ele desceu beijos e chupões pelo meu pescoço e eu o assanhava com uma das mãos enquanto arranhava seu peito com a outra. partiu o beijo com Aninha e veio me beijar, enquanto ela tirou a blusa (exibindo os famosos peircings), puxando e tirando sua calça.
A sorte que a música rolava num volume razoável e abafava nossos gemidos. Depois de beijar meus lábios, foi descendo pelo pescoço, seios, barriga e desceu meu short e calcinha, beijou a minha intimidade e o empurrei no sofá, tirando sua calça e cueca. Então uma nova música começou a tocar e dei um gritinho ao ouvir. Eu, e , cantamos juntos.

Should i know all we're missing (Eu deveria saber tudo que sentimos falta?)
what's to stop what they're missing (O que vai acabar, o que eles sentem falta)
to feel love, to be in love (Pra sentir amor, pra se apaixonar)
all around (O tempo todo)
anyone can hold a promise (Qualquer um mantém uma promessa)
not everyone can feel honored (Mas nem todos se sentem honrados)
to be in love, to feel love (Por estarem amando, por sentir amor)
all around (O tempo todo)
turn me on, hear me speak (Me deixe ligado, me ouça falar)
let me be what i need (Deixe-me ser o que preciso)
you're enough for me (Você basta pra mim)


voltou a me beijar e pegou a sua calça jogada no chão. Voltamos ao sofá e Aninha puxou , sentando ao lado de , que tirava uma camisinha da carteira.
- Deixa ele comigo, gata. – Ela falou, me empurrando de leve, tirando a camisinha da mão de , rasgando o pacote e lambendo seu membro antes de colocá-la. Eu já estava tendo uma crise de ciúmes quando me puxou pra um abraço e começou a cantar em meu ouvido, me deixando arrepiada.

Many times while you sleep (Muitas vezes enquanto dormes)
I'm dreaming of what to keep (Estou sonhando com o que cuidar)
to know your wish, hold it true (Em saber seus desejos, e nunca falhar)
to slay the things that trouble you (Pra por um fim às coisas que te incomodam)


Ele colou minhas mãos em seu peito enquanto apertava minha cintura, cantava e beijava meu pescoço. Eu só tentava não lembrar que estava ali na sala e com outra.

Turn me on, out of reach (Me deixe ligado, fora de alcance)
listen here, feel me (Ouça aqui, sinta-me)
just believe, just believe (Só acredite, só acredite)
you'll see (Você vai ver)
to feel love, to be in love (Sentir amor, estar apaixonado) all around (O tempo todo)


Ele mordeu o lóbulo da minha orelha e, não agüentando mais, pulei em seu pescoço, entrelaçando as pernas em sua cintura o beijando e mordendo seus lábios. Às cegas, fomos parar no outro sofá perto das roupas dele. Ele procurou a carteira e dos bolsos tirou uma camisinha, que o ajudei a colocar mesmo com as mãos trêmulas. Ele me penetrou, me fazendo gemer alto. Ele me deixou por cima e começou controlar meus movimentos segurando e apertando minha bunda, me deixando com mais tesão ainda. Quando eu quase gritava, ele me puxou pra um beijo.


hold the truth if you want it (Conheça a verdade se você quiser)
if you don't, i won't flaunt it (Se não quiser, não vou impor ela)
to feel love, to be in love (Sentir o amor, estar apaixonado)
all around (O tempo todo)

when you're young you can promise (Quando és jovem podes prometer)
anything that you wanted (O que quer que tenhas desejado prometer)
to be in love, to feel love (Por estar apaixonado, por sentir amor)
all around (O tempo todo)
turn me on, hear me speak (Me deixe ligado, me ouça falar)
from my heart, i receive (Do meu coração, eu recebo)
plain happiness, just happiness (Pura felicidade, só felicidade)
you and me (Você e eu)


Essa parte ele fez questão de cantar (meio desafinado, pois ele gemia mais do que cantava), olhando em meus olhos. O beijei ainda o olhando nos olhos, ele me deu uma estocada com mais força, me fazendo gemer alto, mas abafado por sua boca.

to feel love, to be in love (Sentir amor, estar apaixonado)
all around (O tempo todo)
to be in love, to feel love (Estar amando, sentir amor)
all around (O tempo todo)
to feel love, to be in love (Sentir amor, estar apaixonado)
all around (O tempo todo)
to be in love, to feel love (Estar amando, sentir amor)
all around (O tempo todo)


Nós já estávamos tão suados que até escorregava, ele se levantou e trocou de posição, me deitando no sofá e beijando meus seios e pescoço. Eu segurei com força na sua nuca e arranhei suas costas e conforme os acordes da música ele aumentava ou diminuía a velocidade das estocadas, me levando à loucura.

i know your wish, i hold it true (Sei o que desejas, sempre vou saber)
(feel love around) (sinta o amor aí)
to hide the things that trouble you (Pra ocultar as coisas que te incomodam)
(feel love around) (sinta o amor aí)
turn me on, out of reach (Me deixe ligado, fora de alcance)
(feel love around) (sinta o amor aí)
let me speak all my peace (Deixe eu falar de toda minha paz)
(feel love around) (sinta o amor aí)
just believe what you keep (Simplesmente acredite no que você tem)
(feel love around) (sinta o amor aí)
you'll never need to hurry me (Nunca precisarás me chamar duas vezes)
(feel love around) (sinta o amor aí)
to feel love, to be in Love (Sentir amor, estar apaixonado)
all around (O tempo todo)
to be in love, to feel Love (Estar amando, sentir amor)
all around (O tempo todo)
to feel love, to be in Love (Sentir amor, estar apaixonado)
all around (O tempo todo)
to be in love, to feel Love (Estar amando, sentir amor)
all around (O tempo todo)
to be in love, to feel Love (Estar amando, sentir amor)
all around (O tempo todo)


Logo cheguei ao orgasmo e, como ele não tinha gozado ainda, ajudei, me movendo com mais força só mais umas estocadas e logo foi ele quem relaxou, deitando em cima de mim em seguida. Ele me abraçou e ficamos assim até voltarmos a respirar normalmente. Eu comecei a acariciar seus cabelos e ele sorriu, se aconchegando mais em meu peito.
- Tava com saudades, amor. – Falou dengoso.
- Eu também, amor. - Falei, dando um selinho demorado nele.
- Você sabe, tudo o que você faz me leva à loucura... E a minha mão já tava tão cansada. – Bati em seu ombro e nós dois rimos. – É sério, não agüentava mais ficar sem você.
- Eu sei como é, amor, também não agüentava mais... Tava quase batendo uma também. – Confessei, envergonhada.
- Hm, eu ia adorar ver... – Ele falou, com malícia.
- Hey, gatinho. – Falou Aninha. – Espero que dê no couro... Pois você será o próximo.
- Quanto a isso não se preocupe... – Falei o abraçando com uma mão e batendo na sua bunda com a outra. Ele riu.
- Se eu ver as duas se pegando de novo, eu acho que dou até mais três. – Falou, saindo de cima de mim.
- Muito engraçado você... – Falei irônica, levantando do sofá. – Cadê o ?
- Foi ao banheiro... Não se preocupe, ele ainda ta inteiro. – Falou, me mandando um beijo no ar. Eu me virei e procurei minhas roupas.
- I kissed a girl and I liked it... I kissed a girl just to try it. I hope my boyfriend don't mind it –Cantarolou Aninha, fazendo rir alto. – Não se preocupe, seus namorados não vão se importar. Não é mesmo, meninos?
- Me importar com o quê? – Falou , me abraçando por trás.
- A priminha me beijou e tá com vergonha de assumir que gostou. – Falou Aninha fazendo biquinho e fingindo tristeza.
– Até eu gostei, amor. – falou, encostando o queixo no meu ombro. – Eu só peço: não façam isso sem a gente por perto... Seria um desperdício.
- Deixa, uma hora ela vai ceder. Ainda tenho uns dias por aqui. – Ela falou, abraçando .
- O quê? Ah, nem vem... O que você quer pra cair fora daqui o mais rápido possível? – Falei, querendo me livrar da priminha de qualquer forma.
- Bem, deixa eu pensar... Os caras eu já consegui... Agora quero você.
- Eu?
- Calma, não vamos ter um caso... Só uns beijinhos muá e caio fora... Sabe, saudades da mamãe... – Olhei pra , que mordia o lábio (de um jeito sexy e com cara de cachorrinho de pet shop), ansioso, disse ao meu ouvido: “vai, amor”. E me dei por vencida. Afinal não tinha sido ruim beijá-la.
- Ok. – Falei, sem ânimo.
- Isso tudo é pra se livrar de mim? – Falou ela, com falsa tristeza. – Ou é por que gostou?
- Nada pessoal, querida... – Sim, é beeeeeem pessoal. – Mas tudo o que quero é ter os dois só pra mim. Por isso, não enrola.
- Ok, não vou te enrolar. – Ela falou, se aproximando e cantarolando. - Us girls we are so magical. Soft skin, red lips, so kissable. Hard to resist so touchable. Too good to deny it. Ain't no big deal, it's innocent. – Ela me beijou enquanto passava as mãos por meus cabelos e apertou minha cintura, se aproximando mais de nós duas. As suas mãos passeavam pelo meu corpo, enquanto beijava meu pescoço e ombros e eu o assanhava por trás. também abraçou Aninha por trás, agarrando minha cintura e ficamos os quatro abraçados. As mãos de passeavam pelas minhas pernas e foram em direção à minha intimidade, me penetrando em seguida. E quanto mais eu gemia, mais ele aumentava a velocidade no movimento dos dedos. passeava com uma das mãos em um de meus seios e a outra no seio de Aninha, que começou a masturbá-lo. Não demorou muito nisso até que Aninha partiu o beijo e, mal tendo tempo de respirar me beijou com muita vontade. “É, respirar pra quê, se tenho o ar dele pra roubar?!” Pensei, jogando-o no chão enquanto ele me puxava pra mais um beijo. Ele me pegou pela cintura e me levou até onde estava sua roupa, tirando mais uma camisinha de um dos bolsos. Em questão de segundos ele já tinha colocado a camisinha me penetrando em seguida.
- ...
- Oi. – Gemi em seu ouvido.
- Tava com saudade, amor. – Ele falou, dando uma estocada com força me fazendo gemer alto.
- Eu também, seu bobo. – Falei, puxando os cabelos da sua nuca, fazendo-o se arrepiar.
- Me desculpa por isso...?
- Isso o que, amor? – Isso é hora de conversar, ?
- Fazer isso com a Aninha... Eu sei que você morre de ciúmes da gente... Que você nunca iria querer que isso acontecesse...
- Shh... Relaxa, ok? Agora eu só quero aproveitar o momento com você. Porque a partir de hoje não vou querer ter que dividir os dois com mais ninguém. – Então ele sorriu, apertando minha cintura e continuou com movimentos fortes e logo chegamos ao orgasmo, como sempre ao mesmo tempo.

Capítulo 12



Como combinado, Aninha fez um drama pra minha mãe assim que ela chegou e quase chorou alegando saudades de casa. A menina é uma artista... Eu realmente fiquei muito aliviada quando minha mãe disse que iria madrugar pra deixar Aninha na rodoviária de manhã bem cedo, para ter tempo de chegar ao trabalho. Eu fiquei feliz de ela ter cumprido com a palavra e, no fim das contas, eu já não sentia tanto ódio assim dela. Fui pra auto-escola e quando cheguei todos dormiam. Nossa, eu me sentia tão aliviada... Não demorou muito e peguei no sono.
De manhã acordei com o barulho que minha mãe fazia, sentei na cama e, em vez de estar frustrada por ter sido acordada antes da hora, eu estava sorrindo, olhando meus pés balançando pra lá e pra cá. Segundos depois alguém bateu à minha porta. Mandei entrar e era a Aninha.
- Oi, prima, vim me despedir. – Falou ela, vindo em minha direção. – Te acordei?
- Não, já tinha acordado... – Bem, era muito estranho ver a garota que te beijou falando com você... Pelo menos pra mim...
- Bem, só vim dar um abraço. – Falou, me abraçando e me soltando depois. – E não queria ir embora sem te dizer que você é uma garota de sorte.
- É, eu sei... – Falei, meio sem jeito de olhar no rosto dela.
- É sério, , os dois são loucos por você! Além de serem lindos, são uns amores e ainda são ótimos de cama! Ah, vá se foder, prima... – Ela falou, batendo em meu braço e abrindo um sorriso sincero. – Sério. Desculpa ai pelos beijos, por, você sabe... Com os dois... Com você...
- Ok, ta desculpada, mas pelo amor de Deus não conta pra ninguém essa história. – Implorei, finalmente a olhando nos olhos.
- Não se preocupe. Se contar pra alguém, não falarei os nomes e esse segredo vai pro túmulo. – Falou beijando os dedos e sorrindo. Não pude evitar sorrir nervosa também. – Só te peço que cuide bem deles. Pois eu sei que eles vão cuidar bem de você.
- Pode deixar. – Falei, aliviada. Ela levantou da cama e eu a abracei. – Tchau, boa viagem. Juízo!
- Ai, já não posso garantir. – E saiu ainda sorrindo.


Depois do ocorrido com a Aninha, tivemos várias DR e chegamos a uma conclusão: não podíamos ficar nessa de esconder pra sempre, afinal, alguém ia acabar nos delatando e ia ser bem pior; mas também não poderíamos fazer isso morando sob o mesmo teto que nossos pais; e assim que arrumássemos um emprego íamos morar juntos. Sim, decidimos isso! Afinal, eu não queria ter que passar por outro caso Aninha na minha vida. Eu só não sabia com que cara ia contar para os meus pais e para os pais deles. Mas eu estava decidida... E eles também!


As férias chegavam ao fim e eu e passamos nos exames pra carteira! Tudo graças à habilidade de dirigir do meu zinho e da inteligência do meu zinho... Era fim de mês e finalmente o aniversário de . A mamãe linda e maravilhosa dele (minha querida sogra) nos presenteou com uma pequena viagem à praia e, dessa vez, íamos só nós três e ela não fez tantas recomendações assim. pegou o carro do pai (que não se contentava de tanta alegria de o filho ter passado de primeira no exame) e fomos curtir nosso fim de semana. Até que os guys se comportaram no caminho e não tive que fazer tantas ameaças como de costume. Chegamos a casa que não era tão grande como a casa que fomos no ano novo, mas a grande diferença é que essa era só nossa.
- Caraca, essa vai nossa primeira experiência de convivência antes de morarmos juntos pra valer, sabia? – Falei, jogando minha mochila em cima do sofá.
- Hm, é verdade, amor. Vamos logo pular as outras etapas e passar pra lua de mel? – Falou , me abraçando por trás.
- O senhor ta muito apressado... Primeiro vamos cuidar do almoço, depois a gente pensa nisso...
- Aff, já vi que a vida de casado não é tão divertida assim. – Falou fazendo biquinho e levando minha bagagem e a dele pro quarto.
- Quer ligar pra mamãe, nenenzinho? – Falou debochando, enquanto me ajudava a guardar umas compras na geladeira.
- Vá se ferrar... – Falou, entrando na cozinha com cara de safado. – Vamos, quero ajudar a terminar logo com isso pra poder me divertir... – Falou, beijando meu pescoço.
- Já mudou de idéia? – Falei rindo.
- Não, é que to com fome mesmo... E se eu ajudar a gente se diverte mais cedo.
- Aê, ele pensou... - Debochou , fazendo mostrar o dedo do meio.
- Ok, chega de briguinhas e vamos agilizar, que eu quero dar uma volta na praia... Espero que não se joguem pras primeiras putas que virem, se não vou fazer topless e dar mole pra os caras da praia. Estamos entendidos?
- Sim, senhora! - Os dois falaram juntos, rindo.


Terminado o almoço, fomos dar uma volta na praia que estava lotada de piriguetes (ai meu saco...) e de surfistas bombados. Acho que por medo de eu cumprir minha promessa eles se comportaram bem e não tive que me preocupar tanto assim. Na verdade, eles que tiveram uma crise de ciúmes, depois que um grupinho de surfistas passou me secando e dando cantadas enquanto tomava água de coco sentada numa cadeira da barraca.


À noite, resolvemos ir a uma boate que ficava próxima a casa, assim podíamos tomar todas e voltar pra casa a pé. Coloquei um vestido que minha mãe insistiu em comprar e, apesar de eu achar muito curto, os guys adoraram... Chegamos à boate que já estava lotada, talvez por ser fim de férias e por ser sexta-feira. Fomos ao bar e cada um pediu sua bebida. Eu sentia muitos olhares sobre mim e notei que alguns eram “conhecidos”, eram os surfistas da praia. Um deles sorria e piscava o olho pra mim, me fazendo rir. Quando notei que ele se aproximava, abracei os dois pelos ombros e falei:
- Vamos dançar?
- Mas, , a gente nem terminou a bebida... – Falou .
- É, a gente mal chegou... - Falou , dando um gole na cerveja.
- Ah, não querem dançar comigo... Então vou arrumar quem queira... - Falei, fazendo menção de sair. segurou em meu braço.
- Sabe de uma coisa... – Falou , tomando o resto da cerveja que restava na garrafa. – Eu já terminei de beber.
- Que bom... Vai com a gente, ? – Perguntei, vendo-o tomar a cerveja e quase se engasgar pra me responder.
- S-sim... É claro, amor, vamos!
A música que tocava já estava acabando, mas eu queria me afastar do tal surfista e evitar uma possível briga. Quando nos afastamos o máximo possível e chegamos à pista de dança, uma nova música começou a tocar. Não era do tipo agitada, mas o ritmo era muito sensual.


It's so much better (É muito melhor)
When everyone is in (Quando todos estão dentro)
Are you in? (Você está dentro?)
Its so much better (É muito melhor)
When everyone is in (Quando todos estão dentro)
Are you in? (Você está dentro?)
Are you in? (Você está dentro?)
Are you in? (Você está dentro?)



O bom que a boate estava tão lotada que as pessoas nem ligavam ou não estavam lúcidas o suficiente para notar nossa presença. Não era como dançar na festa da escola onde todos olhavam com cara de babacas, ali ninguém tava nem ai pra ninguém. me abraçou por trás enquanto suas mãos indecisas passeavam pelo meu corpo e beijava meu pescoço. me agarrou pela cintura e beijou meus lábios e eu agarrei seu pescoço tentando me aproximar mais de sua boca.


Its so much better (É muito melhor)
When everyone is in (Quando todos estão dentro)
Are you in? (Você está dentro?)
Its so much easier (É muito mais fácil)
When sea from green is in fashion (Quando o verde-água está na moda)



De repente parou de me beijar e começou a sorrir meio que descontroladamente. Quando me virei e olhei na direção em que ele olhava entendendo o porquê: duas minas se pegando perto do , que também olhou e começou a sorrir com malícia. Gritei um "engraçadinhos" para que eles pudessem ouvir e troquei as posições, beijando agora enquanto passava as mãos pelo meu minúsculo vestido. Sim, eles estavam dentro (não literalmente).


Are you in? (Você está dentro?)
Are you in? (Você está dentro?)
Are you in? (Você está dentro?)



Quando abri os olhos, foi minha vez de sorrir, os dois olharam para saber o motivo e tomaram um susto. Eram dois caras se agarrando pertinho da gente. Fiz cara de safada e voltou a me beijar. Felizmente, não vi o tal surfista e dançamos mais algumas músicas, antes de voltarmos para o bar.

Bebemos e dançamos até as três da madrugada e resolvemos voltar pra casa (não sei como conseguimos encontrar o caminho, pois ninguém estava tão lúcido assim e fomos nos pegando por todo o trajeto). Chegando à porta, peguei a chave de dentro do sutiã, que era o lugar mais seguro de guardar, e depois de vários minutos tentando, conseguimos abrir a fechadura. Mal abri e me empurrou pra o sofá próximo da porta, enquanto procurava o zíper do vestido ainda no escuro. Nem eu sabia ao certo onde ele estava e quando me levantei pra procurá-lo, acendeu a luz e também ajudou a achar o bendito zíper, jogando o vestido no chão. me colocou em seus braços e me levou até o quarto (meu medo era de nós dois cairmos no meio do caminho). Chegando lá, ele me jogou na cama, deitando em cima de mim e me beijando. chegou e jogou a blusa no chão. Eu empurrei na cama, sentando em cima do seu colo, ajudei-o a tirar sua blusa enquanto tirava meu sutiã, que tinha o fecho frontal. tirou a calça e procurou logo uma camisinha num dos bolsos. Logo eu tirei a calça de e ele puxou a minha calcinha, quase com violência, me beijando em seguida. começou a dar chupões em meu pescoço, enquanto apertava minha cintura e me mostrava o quanto estava excitado. desceu os beijos pelo meu pescoço, seios e barriga. Ele começou a lamber desde meu umbigo e foi descendo por minha intimidade, me penetrando com um dedo. Eu gemia sem me importar que àquela hora os vizinhos estivessem dormindo. Eu realmente estava muuuuuito excitada e, quando dei por mim, já havia me penetrado... Bem, lá... também me penetrou com força me fazendo gemer mais alto. Eu só conseguia gemer, às vezes de dor, mas na maior parte de prazer, e falar muitos palavrões (que os deixava mais excitados ainda). Não demorou muito tempo e chegamos ao orgasmo quase ao mesmo tempo. Ao fim de tudo, só lembro de recebido um beijo de no meu ombro e logo peguei no sono.


Acordei pelos roncos de e com a maior ressaca da minha vida. Creio que já era mais ou menos meio dia e o sol que entrava pela janela praticamente me cegava. Eu tinha babado o peito de , mas ele dormia tão profundamente que nem tinha percebido. Tentei me mexer na cama, mas TUDO doía, desde minha cabeça até os pés. dormia tranquilamente enquanto ainda abraçava minha cintura e mal pude me mexer. Não lembrava por que estava tão dolorida assim, até que pequenos flashes vieram a minha memória me fazendo lembrar a noite passada. De repente meu estômago embrulhou e mesmo com toda a dor levantei da cama e corri para o banheiro. Depois de por tudo pra fora, melhorei e voltei pra cama com uma coisa na minha cabeça: “nunca mais eu vou beber” e logo dormi novamente.


Acordei com uns barulhos que vinham da cozinha e resolvi levantar apesar da dor de cabeça. Chegando à cozinha, vi com a cabeça encostada na mesa e senti cheiro de café que fazia.
- Bom dia, Bela Adormecida. – Falou indo me abraçar.
- Pra você também. – Falei, abraçando-o também.
- Tudo bem, ? Senta aqui... – Falou , me chamando pra sentar ao seu lado. me soltou e tentei (sim, tentei) sentar, mas não consegui. me pegou no colo e me fez sentar de ladinho. – , olha o que você fez, seu... Tarado.
- Desculpa, amor... Eu te machuquei? – Perguntou , arregalando os olhos sentando ao nosso lado.
- Só ta doendo um pouquinho... Pega café pra mim? – Pedi, tentando amenizar as tensões. Ele beijou minha testa e saiu pra pegar nosso café. ficou fazendo cafuné em meus cabelos e já sentia vontade de voltar pra cama e dormir.


passou o resto do fim de semana se culpando e me pedindo desculpas pelo ocorrido. passou o tempo todo colocando a culpa de eu não conseguir sentar e foi aquela coisa... Passamos o sábado de ressaca só assistindo filmes na TV, tomando café bem forte e namorando. No domingo, recuperamos as energias e fomos curtir a praia e pegar um solzinho. Felizmente a praia estava lotada por famílias com pessoas de todas as idades e não vimos tantas piguetes e o grupinho do surfista bombado que encontrei na boate. No fim da tarde, arrumamos as coisas pra voltarmos para casa. Entramos no carro e antes de dar a partida falou:
- Não vejo a hora de realmente morarmos juntos. - Me deu um selinho e deu a partida. Eu sorri feito boba e disse:
- Eu também.



Capitulo 13



As férias acabaram definitivamente para todos nós: primeiro para , pois começaram as aulas da faculdade e as aulas de direção, e eu e arrumamos emprego na empresa de um amigo do pai dele. Ver tinha se tornado quase impossível na semana e, nos fins de semana, ele ia estudar na maior parte do tempo, hora pra faculdade e hora pra tirar a carteira. Nas primeiras semanas eu agüentei na boa, mas ficava morrendo de saudades. Já estava pra lá de feliz em ser o exclusivo na semana, principalmente no horário do almoço. Eu só pensava em por nosso plano de morarmos juntos em prática, mas tava difícil...

Eu adorava meu emprego, meu patrão (pasmem) era um doce de pessoa comigo, eu tinha um salário bom e eu adorava o que fazia. Além de ter a companhia do meu amado... Sim, sou uma garota de sorte... era praticamente as pernas e braços do chefe e quebrava todos os galhos dele. Num desses quebra-galhos ele acabou ficando doente e nem pôde ir trabalhar. Isso foi numa quinta à noite e na sexta-feira ele ficou de repouso, então no sábado resolvi ir visitá-lo. Quando cheguei, a mãe de já estava na porta com os gêmeos.
- , minha querida, entre... – Falou ela, me abraçando. – Que bom que veio visitar o meu bebê, é bom que fará companhia a ele enquanto vou comprar uns remédios e fazer as compras da semana. Pode me esperar até a hora que eu chegar? Prometo que não demoro...
- Claro, eu vim ajudar, não se incomode! Demore o tempo que precisar... Ele ta melhor?
- Passou a noite com febre alta, chamando por você... – Suando frio. – E hoje você vem e o visita, parecem gêmeos.
- É... Gêmeos... – Ufa.
- Então vou indo, minha querida, sinta-se em casa e se precisar é só me ligar.
- Pode deixar, vou cuidar do seu bebê muito bem.
Ela fechou a porta e subi as escadas. Quando me aproximei do quarto de ele abriu a porta antes de eu colocar a mão na maçaneta me assustando.
- ?!
- Ai, que susto, ! Quer me matar do coração? – Falei, segurando meu peito, tentando acalmar meu coração.
- Desculpa, gatinha, eu pensei que fosse um dos pirralhos que ficam só me chateando. – Falou me abraçando e pude sentir que ele estava meio febril. - Que história é essa de me chamar de ? Ta com raiva de mim?
- , meu querido, é melhor você deitar, acho que sua febre ta voltando. – Falei, levando-o de volta para sua cama. – Te chamei de pra não falar um palavrão, eu realmente tomei um susto! Agora, deitadinho...
- Só se você deitar comigo... – Então, ainda abraçando a mim, me fez deitar com ele.
- Você falando assim me fez lembrar a sua mãe te chamando de bebê... Deixa só ela falar na frente do pra você ver.
- O que, minha mãe me chamou de bebê? Aff, ela não perde essa mania... – Falou com a cara emburrada.
- Own, você tem que dar uma folga pra ela... Afinal, ela é sua mãe e pra ela você vai ser sempre um bebê... - Falei, afagando seus cabelos enquanto ele se aconchegava nos meus seios. - Já to vendo que ta ficando melhor, né?
- Ah, meu amor, você é meu melhor remédio... Olha como eu já to bem melhor... – Falou me abraçando mais apertado e me beijando em seguida. Quando íamos aprofundar o beijo ele de repente parou de me beijar e sorriu malicioso. – Lembra da promessa que me fez no ano novo?
- Lembro sim... Mas, ... Você ta doente... Tem certeza?
- A melhor forma de acabar com a minha febre é me fazendo suar... – Falou beijando meu pescoço e descendo a alça do meu vestido. – E você faz isso como ninguém... – Falou beijando meu ombro, descendo a outra alça do meu vestido, enquanto eu puxava seus cabelos de leve.
- Ok, promessa é dívida, tigrão...
- Lembre que vai ser na cama, no chão, na mesa... – E ele tirou meu vestido.
- Se tiver tanta disposição e sua mãe não chegar... – E o ajudei a tirar a camisa.
- Espere só pela mamãe pra me fazer parar, porque disposição eu tenho... – Tirei sua calça e vi o tamanho da sua disposição. Ele sorriu malicioso e deitou na cama, eu deitei por cima dele e comecei a beijar seu peito, fazendo-o arrepiar. Talvez por minha boca estar mais gelada que seu corpo, que estava realmente quente, e pela minha lentidão. – ... – Ele gemeu meu nome e desci os beijos por sua barriga, depois sua virilha e a parte interna da coxa. Depois fiz o mesmo trajeto do outro lado e novamente ele gemeu meu nome. Ok, chega de maldade, pensei e tirei sua cueca, beijando sua ereção. Eu passava a língua por toda a extensão do seu pênis quando de repente ele falou: - Deixa eu tentar uma nova posição, amor...
- Ok é você quem manda. – Ele tirou minha calcinha e me fez trocar a posição, ele ficando por cima de mim na posição invertida. Cabeças em lados opostos.
- Prazer, esse é o 69. – E começou a lamber minha intimidade me penetrando com um dos seus dedos quentes. Então me dei conta do que ele tinha sugerido e coloquei seu pênis na boca. E realmente era muito bom receber prazer enquanto se dava prazer. E ele era o melhor nisso...
- ... Quero você agora. – Ele sorriu e começou a mexer na gaveta do criado mudo, tirando de lá uma camisinha. Eu o ajudei a colocar e então me beijou, me penetrando em seguida. Ele começou com movimentos bem lentos e achei que era por causa da febre e estava com dores no corpo. Eu já me sentia culpada, quando ele me fez entrelaçar as minhas pernas em sua cintura e começou a aumentar a velocidade das estocadas, me fazendo gemer. Ele me levou até a escrivaninha dele, jogando tudo no chão. Ele me fez sentar e começou a beijar meus seios, ainda com a mesma intensidade nas investidas. Eu tinha vontade de arranhá-lo de agarrar com mais força, mas tinha medo de machucá-lo por sua pele estar tão sensível por causa da febre. Então o que eu podia fazer mesmo era beijá-lo... Beijei seu pescoço e seus ombros e mais uma vez ele se arrepiou imediatamente. Novamente ele me pegou e me levou de volta pra cama. A sua febre já estava passando e ele já começava a suar quando me posicionei por cima dele e ele apertou minha cintura. Eu alternava em movimentos rápidos e lentos e ele gemia ao tentar me conduzir. Quando ele cansou de ser torturado trocou de posição ficando por cima e começou movimentos muito rápidos e fortes e logo nós gozamos. Enfim sua febre tinha passado, mas ele estava exausto. Tomamos uma chuveirada com a água bem fria (sim, tudo pelo meu gatinho) e o fiz voltar pra cama. Deitei com ele e fiquei afagando seus cabelos e, em alguns minutos, ele já estava dormindo. Realmente ele parecia um bebê dormindo (claro, quando não estava roncando). Fiquei o observando dormir até que escutei passos na escada, sentei na ponta da cama e comecei a mexer no celular. Logo um dos gêmeos (eu não sabia identificar quem era quem) abriu a porta e sorriu quando me viu. Eu sorri e ele saiu do quarto deixando a porta aberta, logo a mãe de chegou.
- , minha querida, ele está melhor? Não te deu trabalho, deu?
- Não, senhora, ele está melhor sim. A febre dele passou, mas ele ainda ta muito cansado, a gente tava conversando e ele acabou dormindo. – Ela tocou na testa de e sorriu.
- É, realmente a febre passou... Ele deve ta muito cansado mesmo, ele te adora e não ia te deixar falando sozinha. Você quer tomar um suco, minha linda?
- Não, obrigada. Agora que vi que ele ta melhor, vou visitar meu amigo nerd, já que to tão pertinho.
- Ok, quando quiser volte... A casa é sua... – Digam se minha sogra não é a melhor?
- Obrigada. Assim que puder eu volto pra visitá-lo novamente. – Dei uma ultima olhada pra que tinha um leve sorriso enquanto dormia e sai sorrindo também.


Eu estava na calçada da casa de , em direção a casa de que era um pouquinho mais à frente, quando senti alguém me abraçando por trás. Eu paralisei e logo ouvi uma risada familiar. Era com uma cara sapeca linda.
- , seu doido, quer me matar do coração? Aff, já foram dois sustos hoje! - Falei, batendo no seu ombro e sorrindo depois.
- Desculpa, minha estressadinha linda... É que eu te vi tão distraída que foi quase impossível não fazer isso. Mas, me diga, o que faz por aqui? - Ele perguntou, me abraçando de lado enquanto atravessávamos a calçada.
- Ah, eu vim visitar o , senhor futuro médico. E tava indo te convidar pra sair... Mas o senhor é muito ocupado...
- ta doente? - Ele perguntou preocupado.
- Sim, ele tava com febre desde quinta, ontem ele nem foi trabalhar, mas ele já ta melhorando. Como cheguei tarde ontem, resolvi visitá-lo hoje.
- Eu juro que não sabia... É que eu estive estudando muito esses últimos dias... Ok, pode me bater, eu sou quase vizinho dele... – Ele me olhou meio preocupado e depois sorriu de ladinho, me fazendo sorrir... Assim você me mata, . - Mas quer sair pra onde, gata? Sou todo seu.


Decidimos fazer um programa light: cinema (depois da bebedeira ficamos receosos com as conseqüências). Peguei o carro de (sim, ele não tinha carteira ainda mas já tinha carro, eu não...) e fomos para o shopping. Todas as seções dos filmes que queríamos estavam esgotadas e tinha sobrado apenas a de um filme tosco que estava em cartaz há tempos... A gente não queria perder a viagem e decidimos ver mesmo assim. A sala era praticamente nossa, só éramos nós e mais umas 10 pessoas. Resolvemos ir lá pro fundão, assim a gente podia ver melhor, sem sermos incomodados. Quando entramos já estava passando os trailers, que pareciam bem melhores que o filme que íamos assistir e comecei a comer as pipocas compulsivamente. de repente parou de olhar pra tela e começou a me encarar com um sorriso malicioso nos lábios.
- Que foi? – Perguntei assustada.
- Ah, pensei em certas coisas...
- Que tipo de coisa, ? – Falei, já imaginando o que era e chupei os dedos sujos de sal.
- Assim você me faz ficar com mais vontade ainda...
- Você ta doido? Aqui no cinema? – Perguntei incrédula, mas já sabendo a resposta.
- Por favor, zinha do meu coração... Quem vai ligar pra gente aqui em cima? – Então mordeu meu pescoço e me fez arrepiar. – E você ainda vem com esse vestido... Tá querendo mesmo me provocar, não é?
- Não... Eu passo a semana inteira usando calça, blusa social... – Eu tentava não gemer entre cada mordida na orelha e pescoço que ele dava pra me provocar. – No fim de semana quero o mínimo de roupa possível... – Eu ainda tentava me explicar enquanto ele murmurava um "uhum" e eu apertava sua nuca.
- Vai ser tão má assim comigo? A gente mal se viu essas últimas semanas... – Passou a mão pela minha perna deslizando por debaixo do vestido, chegando à minha calcinha eu fechei os olhos.
- Ok, você venceu... Mas como pretende...? - Ele me beijou e tirou tudo que estava no meu colo, colocando na cadeira ao lado. Ele me fez sair da minha cadeira e sentei no seu colo. De frente para o telão. Ele tirou minha calcinha com precisão e guardou na minha bolsa. Eu tinha tanto medo de alguém subir e nos pegar no flagra, até mesmo o lanterninha podia passar por ali a qualquer minuto e se deparar com nossa cena de brasileirinhas no cinema. Mas novamente senti a sensação que tive no natal e era extremamente excitante.
- Tente não fazer barulho, ok, amor? – Ele me beijou e quando senti ele já tinha me penetrado, me fazendo abafar um gemido. Ele me beijava calmamente enquanto eu controlava a velocidade das estocadas. O filme começou e uma musiquinha muito chata começou a tocar. começou a me provocar, apertando minha bunda e beijando meus seios. A vontade de gemer mais alto era inevitável, mas eu sabia que era essa a intenção dele, então resolvi fazer o mesmo joguinho que ele. Coloquei minhas mãos que estavam frias por causa do ar condicionado e pelo refrigerante por baixo da sua camiseta e ele se arrepiou completamente. Mordi seu pescoço e vi que ele fechou os olhos, então arranhei seu peito e ele gemeu mais alto. Ele aumentou a velocidade das estocadas e deu um chupão em dos meus seios que com certeza ia deixar uma marca. Eu sorri, arranhei sua cintura e lambi sua orelha o fazendo gemer realmente alto. Olhei pra trás, mas ninguém parecia se importar conosco, sussurrou um "você vai ver" e foi a vez dele lamber minha orelha. Eu o beijei, mordendo seus lábios e abafei o gemido. Mais umas estocadas e gozamos. Eu passei longos minutos ainda sentada no seu colo, até recuperar o fôlego e ele continuava a segurar minha bunda. – Adorei as provocações... Mas ainda vou te fazer gemer tão alto quanto eu.
- Vou esperar ansiosamente. – O beijei e tentei assistir o final do filme.


Capitulo 14


Estava preste a sair do trabalho quando recebi uma mensagem de , que tinha saído mais cedo para fazer umas entregas para o patrão.
, encontrei um AP perfeito pra gente. Me espera que chego já ai. Beijos, Mike."
Nossa, como fiquei ansiosa... Fazia semanas (praticamente um mês) que procurávamos uma casa, ou apartamento e nada era bom o suficiente, ou era caro demais e não podíamos pagar. Já guardávamos dinheiro para os móveis e tudo, mas achar a casa que tava difícil. Só não liguei imediatamente porque sabia que ele estava no trânsito e não queria provocar um acidente com meu gatinho...
Depois de “intermináveis” quinze minutos ele estacionou o carro e já fui logo entrando.
- Me conta tudo... – Pedi, abraçando-o depois de fechar a porta do carro.
- Calma, gatinha... - Ele falou sorrindo e dando partida. – Acho melhor você ver...
- Não acredito, , vai fazer surpresa até a gente chegar lá? Ah, por favor, me conta como achou, onde fica, quanto é o aluguel... - Ele sorria e olhava para a rua e, quando me olhou, fiz minha melhor cara de cachorrinho de pet shop com direito a biquinho, enquanto colocava o cinto, então ele cedeu, se dando por vencido.
- Assim não vale, ... Você sabe que faço tudo que você me pede, ainda mais fazendo essa carinha tão linda. – E ele falou, apertando minha bochecha, eu sorri e mandei um beijinho, já que não podia fazer de verdade. Então ele começou a responder algumas perguntas, outras ele deixou que eu mesma visse.


Chegamos lá em menos de dez minutos e realmente o lugar era perfeito pra gente. Além de ser pertíssimo do nosso trabalho, a faculdade de também ficaria mais próxima, o preço era justo e o local era ótimo, nem muito grande, nem muito pequeno, perfeito pros três. No carro ele me contou como havia achado o nosso futuro lar: num dos quebra galhos para o patrão, teve que passar por aquela rua e viu a placa de aluguel. Pra não perder tempo, ele pediu reserva com o dono do apartamento caso aparecesse alguém tentando alugar (pois ele queria ter certeza que eu iria gostar, não é um fofo, meu amor?) e depois da minha aprovação, falamos com o dono do apartamento e tudo feito: era “nosso”. Ele disse que podíamos nos mudar no próximo fim de semana, já que ele fazia uma pequena reforma depois da saída do antigo morador. Agora nossa maior preocupação era de contar pros nossos pais... Resolvemos ir ao shopping pesquisar o preço dos móveis que seriam indispensáveis para nossa mudança, pois queríamos nos mudar no fim de semana. Chamamos pra nos ajudar com a pesquisa de preços pelo shopping, mas ele ainda tinha as aulas de direção e não pôde ir. Eu e estávamos radiantes, pois finalmente íamos conseguir morar juntos... Era quase um casamento... Que aconteceria em questão de dias... estacionou o carro em frente a minha casa e então eu comecei a ficar tensa. Era a hora de contar aos meus pais que ia sair de casa... Que iria morar com e ...
- ? - chamou, preocupado.
- Oi... Desculpa, tava aqui pensando como dar a notícia aos meus pais...
- Você quer desistir? – Ele perguntou desapontado.
- Claro que não. Você sabe que isso é o que mais quero. Mas eu não sei que tipo de reação meus pais, os seus e os do vão ter. É isso o que me deixa assim... Meio tensa.
- Eu também já pensei nisso. A gente podia dizer que vai morar junto, mas apenas como amigos... Talvez eles falem, mas não tanto quanto se souberem a verdade. – Ele falou, segurando minha mão e me dando confiança.
- Você tem razão... A gente pode poupar nossos pais, nosso couro e ainda morar juntos. – Eu disse, abraçando-o e sentindo uma confiança tão forte que eu não sabia de onde vinha.
- Eu queria tanto poder contar pro mundo o que sinto por você, . Queria que tudo fosse mais fácil. – De repente estremeci. Por que ele tinha que falar essas coisas pra mim? Ele beijou minha testa e, quando abri meus olhos, vi que ele me olhava ansioso.
- Eu também queria muito, . Me desculpa... Eu sei que tudo é culpa minha. Eu não podia ter me apaixonado pelos dois... Mas aconteceu...
- A culpa não é sua, sua boba. – Ele me deu um selinho e eu sorri, meio sem graça. – Agora deixa eu ir... Tenho que dar a noticia aos meus velhos e começar a arrumar as malas. – Ele me deu um abraço apertado e beijou o topo da minha cabeça.
- Ok, eu também preciso fazer isso. Boa noite. – Eu já abria a porta do carro quando ele me puxou pra um beijo calmo.
- Pra dar sorte. – Ele sorriu e abri a porta, sorrindo também. – Boa noite. Deixa que eu falo com o . Se precisar de alguma coisa me liga, ok?
- Ok, até amanhã. – Dei uma última olhada e ele deu a partida no carro quando me viu entrar em casa.


- O quê, ?! – Minha mãe berrou depois da notícia da mudança.
- Isso mesmo que a senhora ouviu. Vou morar perto do meu trabalho, com e . Simples assim.
- Simples? Você sabe que tipo de responsabilidades vai ter que ter pra assumir uma casa e ainda com aqueles dois?
- O que quer dizer com isso? Até onde sei, eles não tem nada de errado. quem arrumou o emprego pra mim, o meu patrão é louco por ele e vai se tornar médico! Agora me diga: o que tem contra eles?!
- Não me interprete mal... – Ela falou, totalmente sem graça.
- O que te levou a decidir isso, minha filha? - Perguntou meu pai, abraçando minha mãe.
- Pai, eu não posso morar com vocês pelo resto da vida. Eu adoro muito os dois e quero ter minha própria vida... Eu sei o que pode acontecer e estou disposta a assumir as responsabilidades que virão.
- Espero que seja feliz, minha filha, eu lhe apoio. – Falou meu pai, beijando minha testa e me abraçando em seguida. – E, se precisar voltar... A casa sempre será sua e estaremos lhe esperando de braços abertos.
- Obrigada, pai. – Minha mãe me olhou com muito ódio e saiu, deixando-me a sós com meu pai, na sala.


Depois daquilo, senti um alívio imenso. No outro dia veio me buscar como de costume e minha mãe me olhava com cara de poucos amigos ainda. Entrei no carro, beijei seu rosto e pedi que ele desse a partida antes de falar qualquer outra coisa. Ele sorriu e saímos.
- Então, o que seus pais falaram? – Ele perguntou, rindo, provavelmente se divertindo com a situação.
- Ah... Minha mãe acha que sou doida, que eu não tenho motivos e tal... – Ele deu uma gargalhada e sorri também. – Meu pai aprovou e disse que o que importa é que eu seja feliz. Minha mãe tá puta comigo e creio que essa raiva vai durar até o dia em que nos mudarmos, quando a ficha dela cair que é verdade. E você, como foi com seus pais?
- Bem... – Ele de repente ficou sério e eu já morria de preocupação quando ele não agüentou e sorriu. – Ah, eu falei que tinha arrumado um AP perto do trabalho, que nós íamos dividir as contas... Quando falei que era pra morar com você, minha mãe quase morreu de alegria... Você sabe que ela te ama, né?
- Sim, eu sei, eu também amo sua mãe... Mas e seu pai, o que ele disse?
- O papai disse que isso era muito bom pro meu amadurecimento, que eu ia saber como é duro ter que sustentar uma casa... – Ele falou com a voz grossa, tentando imitar o pai, fazendo-me rir e ele caiu na gargalhada comigo. - Enfim, ele ficou feliz, me deu o carro finalmente e disse que iria nos ajudar com o que a gente precisasse.
- Ai, você não sabe o quanto to aliviada e feliz, porque tudo tá dando certo. Agora só nos resta saber o que aconteceu com o . Afinal, a mamãezinha dele é osso duro.
- Ô, se é... Mas na hora do almoço a gente liga pra ele e descobre, né?


Assim que deu a hora do almoço, liguei imediatamente pra . Marcamos de nos encontrar em um restaurante ali perto e logo ele chegou. Ele nos contou que a mãe dele se surpreendeu, assim como a minha, mas ele a convenceu que era o melhor por causa da faculdade e ela cedeu. O pai dele disse que ia dar apenas a mesada de costume e que só pediu que ele tomasse cuidado. , como sempre, tirou onda com a cara de (A gente não tinha culpa de não ter pais tão legais e compreensivos quanto os de ) e os dois começaram uma guerra de palitos de dente quebrados, me fazendo morrer de vergonha. Voltei pro trabalho tão feliz que, quando dei por mim, já era hora de ir pra casa.


No sábado acordei cedo, minhas malas estavam prontas e alguns objetos estavam guardados em caixas. Tomei meu café e já terminava de lavar a louça quando minha mãe apareceu na cozinha, arrumada para o trabalho. Ela tinha me dado gelo pelo resto da semana, algumas vezes até me ignorou, mas naquela manhã ela estava diferente... Eu já estava saindo pra evitar uma possível briga, ou o provável gelo da semana, quando ela segurou em meu braço, impedindo-me de sair e me abraçou. Eu sabia... Lá vem ela me dar lição de moral enquanto me abraça.
- Cuidado, minha filha. Eu vou sentir tanta saudade de você...
- Eu também, mãe...
- Eu achei que só iria te ver sair de casa quando casasse, achei que iria demorar tanto... – Que legal, mãe, obrigada pelo comentário.
- Bom dia, minhas amadas. – Meu pai chegou e nos abraçou. – Finalmente quebrou o gelo, hein, Laura? Já tomou café da manhã, minha filha?
- Sim, pai, até já lavei a louça... – Então ouvimos um barulho de buzina lá fora. –Deve ser o , tenho que ir... - Não se preocupe, mãe, a gente dá conta, nem tem tanta coisa assim. Agora, se me dão licença...
- Atenda a porta, filha, que vou te ajudar com suas coisas.
- Obrigada, pai.


Depois de pôr tudo no carro (que não era tanta coisa assim mesmo) meu pai me abraçou enquanto minha mãe chorava litros, abraçada a ele. estava no carro, então eles me acompanharam até lá.
- Me ligue mais tarde, ok, minha filha? – Minha mãe pediu, mais uma vez me abraçando. Então entrei no carro e pus o cinto. – Juízo, viu, meninos?! Espero que cuidem bem da minha filhinha.
- Tá bom, mãe, chega, eu não sou nenhuma criancinha e não to indo morar no Japão. Beijo, beijo. Depois eu ligo.
- Pode deixar, tia, vamos cuidar bem da zinha. – Falou , se divertindo e tentando não rir.
- Ok, chega, Laura. Cuidado com esses marmanjos... Filha, se precisar é só ligar. – Falou meu pai, sorrindo e puxando minha mãe que estava debruçada na janela. deu a partida e demos tchau para os meus pais.


Quando chegamos e estacionamos o carro, só me deixou pegar as coisas mais leves, então subi, afinal, moraríamos no 3º andar, pra pelo menos abrir a porta. Eu já colocava a chave na fechadura quando vi uma moça sair do apartamento ao lado. Era nossa vizinha, a Jeniffer, ou Jenny, como ela prefere ser chamada. Ela chamou o marido (que quase me despiu com os olhos, mas parece que ela não percebeu) que ajudou e , que chegou pouco tempo depois com o pai. Em algumas horas conseguimos dar um jeito no AP, afinal, a maioria das coisas já estava organizada e só precisamos colocar nos seus devidos lugares. Esperamos a entrega de alguns móveis que só chegaram naquele dia (deixamos a chave com o dono que ficou de receber os que chegassem antes da mudança). Comemos (comida decente, afinal só beliscamos uns sanduíches que fizemos na hora) num restaurante lá perto e quando voltamos acabamos dormindo de tão cansados.


Capitulo 15



Acordei ao sentir beijos em meu pescoço e logo senti mãos passeando por minhas pernas. Eu sorri mesmo com os olhos fechados e logo recebi um beijo em meus lábios. Logo duas mãos puxaram minha cintura, me fazendo encaixar em cochinha e começou a beijar meu ombro. As minhas mãos foram parar uma na nuca de , que me beijava e agarrava meus seios e a outra na mão de , que passeava pela barra do meu short, tentando abri-lo. Eu sentei e tirei minha blusa e logo tirei o short também. já estava sem blusa, então resolvi ajudar a se livrar da sua, junto ao seu short e sua cueca. Logo também estava nu e tirou a única peça de roupa que ainda vestia. me puxou para um beijo enquanto apertava minha bunda, chupava e mordia meu pescoço. Nossa, fazia mesmo um tempão que não fazíamos sexo a três, desde o começo das aulas de , que foi mais ou menos a mesma época que comecei a trabalhar com . Esse pensamento de nostalgia me fez lembrar a época que fazíamos isso todos os dias e o pensamento de que poderíamos voltar a fazer isso todos os dias ou noites me deixou com mais tesão ainda. Arranhei a nuca de , que deu um gemido baixo em meu ouvido e arranhei o ombro de que apertou com mais força minha cintura, fazendo-me encostar em seu pênis. Ele desceu os beijos por meu queixo, descendo por minha mandíbula, pescoço, até chegar aos meus seios, onde começou a sugar um e apertar o outro me fazendo gemer um pouco mais alto. Puxei pra mais perto de mim e comecei a arranhar e apertar sua bunda. Ele quase urrou entre meus cabelos e encostou seu pênis em minhas costas. Ele mordeu meus lábios, depois sugou o lábio inferior e soltou, prevendo que se continuasse naquela posição provavelmente teria um torcicolo. Ele se afastou depois de morder minha orelha, provavelmente pra pegar uma camisinha. Quando percebi, descia com lambidas por minha barriga, chupando perto do meu umbigo e logo ele já brincava com meu clitóris, quase me fazendo gritar de prazer. Ele deu uma gargalhada e logo me lembrei da noite no cinema e eu ri também. Ele queria me fazer gemer mais alto, não é? Logo o empurrei na cama e beijei a sua glande, lambi toda a extensão sem nenhuma pressa, masturbando-o lentamente enquanto ele gemia baixinho, reprovando-me. Chamei , que trazia consigo algumas camisinhas, e logo ele colocou. já me olhava com impaciência enquanto eu ainda chupava lentamente a cabeça de seu pênis e sorria maliciosa. De repente ele deu uma estocada na minha boca, fazendo-me engasgar e ele sorriu maldoso, gemendo. Eu pretendia me vingar, mas quando senti me penetrar, gemi e decidi deixar isso pra depois. No quarto só se ouvia nossos gemidos, eu estava tão compenetrada que, quando senti, já havia gozado na minha boca. Cuspi no chão e ele sorriu tarado, ele sentou e me beijou com muita vontade. começou a dar estocadas com mais força, fazendo-me gemer alto e logo nós gozamos. Eu deitei, exausta, entre os dois e já me preparava pra dormir novamente quando começaram os gemidos no apartamento ao lado. sorriu mais abertamente e tentou segurar o riso quando o casal gemeu mais alto. Logo os gemidos foram diminuindo provavelmente por eles terem saído do quarto.
- Será que eles também nos ouviram? – Perguntou , ainda rindo.
- Se ouviram, ficaram com tesão e foram fazer o mesmo. Eu não vou culpar eles. – Disse , enquanto me abraçava.
- Antes que eu esqueça... ...
- Oi, amor...
- Você vai limpar o chão...
- Ok, eu limpo sim... – Ele me beijou no ombro e me abraçou por trás e dormi. Feliz por poder fazer isso todos os dias...


E foi assim que começou nossa vida a três... Aos poucos fomos montando a casa que no começo só tinha o básico do básico mesmo (lê-se quase vazio). Logo conseguiu a carteira e um estágio numa clínica particular com um colega da faculdade que achava que ele seria um ótimo médico. foi promovido pelo chefinho, que nos fez a proposta de que se conseguíssemos entrar na faculdade nos ajudaria a pagar os estudos. Logo estávamos os três estudando pelos cantos da casa... Nosso patrão achava que eu e éramos namorados e todos da impressa também, coisa que agradava muito ao e não agradava nada ao , mas mesmo assim ele nos ajudava como podia. Já estava me sentindo uma nerd de tanto que estudava... Tanto é que conseguimos passar no vestibular, eu em design de moda e passou administração.
Depois de ter passado na faculdade, nossos pais nos deixaram de cobrar tantas visitas, o que nos deixava aliviados. Assumo que depois de entrar na faculdade, passei a me arrumar melhor e isso agradou muito aos dois. Vamos assumir que eu não era ligada nessas coisas... Enfim... Nossas vidas eram resumidas basicamente em trabalhar, estudar e sexo. Nada tirava a disposição deles pra isso. E eu não podia me queixar... Na verdade, eu adorava... Como o tempo voa e quando percebemos já fazia mais de seis meses que vivíamos juntos... E me sentia muito orgulhosa por ter tomado essa decisão.


Eu estava num parque... Tinham muitas árvores, um parquinho, crianças correndo... Era um dia de muito sol. Eu segurava a mão de cada um e sorria feito boba. Nossa, eu estava tão feliz... Eles me olhavam e sorriam também. Mas de repente o tempo fechou e começou a chover, escutei um trovão e depois de um clarão tudo ficou escuro. Nenhum dos dois segurava minhas mãos, muito menos estavam perto de mim. Onde eles foram parar? Eu comecei a chorar... Não sabia o porquê, mas estava com muito medo. Eu tentava gritar por eles, mas minha voz não saia... Meu, o que tá acontecendo? De repente, eu ouvi as vozes deles gritando por mim, mas cada um gritava tão longe um do outro... Que é isso, eu não posso ir pra um lado e abandonar o outro... Eu continuei ali parada, chorando na esperança de eles virem ao meu encontro, mas nenhum deles vinha... De repente, senti algo agarrando minhas pernas: era um menininho. Espera aí... Ele não é um estranho... Era o meu ‘filho’?! Ele me olhou e sorriu, eu o peguei no colo e ele me abraçou, então parei de chorar. Ele beijou meu rosto e sussurrou em meu ouvido: “mamãe, cadê o papai?” É, definitivamente ele era meu filho, mas eu não sabia quem era o pai... Senti uma mão em meu ombro, então dei um grito e, quando me virei, era que me olhava assustado.
- ? Você tá bem, amor? – Ele perguntou, tirando meu cabelo do rosto, colocando atrás da minha orelha.
- Sim, eu to... Eu acho... – Levantei a cabeça e vi me olhando assustado também. Olhei pro relógio que marcava três e quinze da madrugada. – Nossa, desculpa, eu assustei vocês?
- Você tava gritando muito alto... Até acordou a pedra aí...
- Engraçadinho. – mostrou o dedo do meio e me abraçou pela cintura. – Tem certeza que tá bem, amor?
- Sim, estou, foi só um pesadelo, nem lembro mais o que era. Agora vamos voltar a dormir que hoje é domingo e a gente pode dormir até mais tarde. – Abracei também e tentei fingir que tava tudo bem (apesar de meu coração me delatar e quase sair pela minha boca). Mas uma coisa era certa: aquele sonho não sairia tão cedo da minha cabeça. Por que eu estava sonhando com meu “filho” pela segunda vez, isso depois de tantos meses? Pior ainda, sem nem saber quem era o pai... Eu nunca consegui perguntar isso a ele... Será que ele sabia? Por que eles se afastaram de mim no sonho? Depois de milhões de dúvidas acabei dormindo, mas dessa vez não sonhei com mais nada.



Era uma manhã ensolarada de dezembro e a empresa resolveu fazer uma festa de confraternização. Eu não estava muito a fim de ir, mas insistiu em irmos, pois o patrão gostava muito da gente, que nos ajudava a pagar a faculdade, que ele ficaria chateado se não nos visse na festa... Acabei concordando em ir. Como estava de férias da faculdade e não tinha estágio, resolveu ir com a gente. Eu sentia que algo podia sair ruim... Mas não falei nada para não deixá-los preocupados...

Chegando à festa, nossos colegas olhavam para com curiosidade, as mulheres o comiam com os olhos (ele é meu, suas barangas... tirem o olho dele!) e os homens com certeza queriam saber quem ele era. Um dos caras que trabalhava no meu setor e achava que era meu amigo enfim perguntou quem era , se era irmão ou primo de , afinal eles eram “parecidos”. Eu sabia que a notícia seria espalhada para todos do escritório então resolvi não complicar: falei que éramos amigos desde crianças e que morávamos juntos, FIM. Depois disso puxei os dois pra longe antes que ele achasse que podia fazer mais perguntas. A piscina infantil do clube estava lotada de crianças e logo me lembrei do meu mais recente sonho com meu filho. Nossa, que viagem, ... É só mais um sonho...

- , ... – Falou nosso patrão, que logo me abraçou, tirando-me do meu transe e depois abraçou . – E você, rapaz, quem é? – Falou abraçando também, que o abraçou todo sem jeito.
- Esse é o , nosso amigo desde que éramos crianças... Ele é como um irmão. – Falou , que abraçou de lado, que o assanhou e os dois riram. – Ele divide o AP com a gente.
- Ah, então, rapaz, faz o que da vida? E, me diga, como é viver com o casalzinho?
- Estudo medicina e faço estágio numa clínica de um amigo. – Pára tudo, o falou tão seco, entre dentes, e ficou roxo tamanho era seu ódio. Eu já esperava por uma morte quando um dos funcionários chamou nosso patrão que pediu desculpas e saiu. não havia percebido a reação de , então o fiz pegar bebidas enquanto levava pra um lugar mais afastado.

Sentamos nas cadeiras perto da piscina de adultos. estava com óculos escuros e olhava pra frente, praticamente ignorando minha presença.
- ...
- Oi... – Ele falou, emburrado.
- Não liga pra ele não... Você sabe que eu sou de vocês dois, não sabe? Não precisa ficar com ciúmes... Ele acha que eu e somos namorados... O que não deixa de ser verdade, mas... – Falei, sentando na cadeira em que ele sentava.
- É, , eu sei... Mas é que cansa ter que dividir, sabia? Eu queria muito ter você só pra mim... – Ele falou, pegando em minhas mãos.
- Desculpa... – Então, , sua idiota, por que você tem que ignorar seu sexto sentido e SEMPRE se foder? Se eu fingir que caiu um cisco no meu olho ele acredita?
- A culpa não é só sua, meu amor... Todos nós temos uma parcela de culpa... Todo mundo concordou em te dividir... Não chora, por favor... O que vão pensar de mim? Já tem muita gente olhando. – Ele me abraçou e eu ri. – Vão pensar que além de ser vela, eu te maltrato.
- Seu bobo... – Bati no seu ombro, tirei seus óculos escuros e coloquei no meu rosto, deitando na cadeira ao lado. Logo chegou com cervejas pra nós enquanto ele bebia refrigerante (pois havíamos feito um sorteio pra saber quem ia dirigir e ele foi o sortudo da vez).


nem percebeu a crise e eu preferi poupá-lo. Eu estava com calor, mas preferi ficar só sentada na cadeira na beira da piscina e na sombra com os dois ao meu lado. Já disse que odeio confraternizações? Eu só queria que tudo terminasse logo pra poder voltar pra casa. Mas... Nosso patrão voltou e nos fez participar de brincadeiras com o pessoal da empresa, deixando meio isolado, mas dessa vez ele não pareceu tão chateado.
No fim da tarde voltamos pra casa. Eu estava meio zonza de tanta cerveja que tinha tomado, mas estava embriagado... Ele ria com tudo que falava e os dois foram conversando por todo o percurso. Eu pensei: pelo menos não ficou chateado... Foi coisa de momento... Triste ilusão, ... Triste ilusão!


Chegando a casa, se jogou no sofá, foi direto para o quarto e eu fiquei sem saber o que fazer. Então sentei no sofá em que estava jogado, tirando os óculos escuros, jogando na mesa de centro e vendo seus olhos. Ele realmente estava muito bêbado... E, sim, ele ainda estava chateado. Ele não precisava dizer nada, seus olhos já falavam tudo. Eu olhei pra ele sem saber o que falar, ele abraçou minha cintura e eu afaguei seus cabelos. Ele fechou os olhos e pude ver uma lágrima escorrendo por seu olho. Aquilo me deixou sem chão... Eu já tinha visto chorando, mas o ... Ele sempre foi o mais fechado e aquilo realmente me surpreendeu... Então eu o beijei e ele me abraçou com força, me puxando pra deitar com ele. Ficamos apenas abraçados, eu fazia cafuné na sua cabeça e, quando percebi, ele roncava levemente, me fazendo rir. voltou do quarto enxugando o cabelo e nos olhou sem entender. Eu sorri e levantei, deixando-o dormir no sofá mesmo enquanto eu fui tomar um banho também.



Capitulo 16


Era véspera de natal, nossos pais insistiram para que fossemos passar a ceia com eles, mas resolvemos ficar em casa mesmo. Afinal, era nosso primeiro natal juntos na nossa casa e podiamos visitá-los no dia seguinte. Chegando do trabalho, fui preparar o jantar enquanto arrumava a mesa e esperávamos chegar do estágio. Depois de uma hora de atraso, ele chegou com um sorriso sapeca e com sacolas de presente. ‘Ah, isso explica a demora... ’ Pensei. E, depois de guardar os presentes sem me deixar vê-los, foi me ajudar com o jantar.

Eu tinha já tinha me vestido e terminava de passar maquiagem quando ouvi alguém tocar a campainha. ‘Quem será?’, pensei, afinal, não tínhamos convidado ninguém. Chegando à sala, já tinha atendido a porta e me surpreendi com nossos vizinhos, Jenny e o marido (que sempre me olhava como se fosse me comer) do qual eu nunca lembrava o nome. me olhava sem entender o porquê da “visita”, talvez se perguntando se eu os tinha convidado ou até , afinal, a gente nem os conhecia direito. A nossa “relação” era do tipo Bom dia e Boa noite, pois eram as únicas vezes que os víamos: antes do trabalho e quando voltávamos dele ou da faculdade.
- Feliz natal, vizinhos! - Falou Jenny, abraçando-me. - Cadê seu outro... É...?
- Obrigada... Ah, o ta tomando banho... - Eu disse enquanto o marido dela me abraçava forte e parecia que não ia me soltar tão cedo. - Feliz natal pra vocês também.
- Então... Viemos dá um presentinho para vocês... Sabe, o Kurt trabalha numa fábrica de vinhos e viemos deixar um, pra animar a noite de vocês... - Ela falou, levantando um das sobrancelhas e sorrindo de lado, que nem precisava dizer mais nada... Se é que me entendem...
- Obrigado, a gente não esperava a visita de vocês... Então não temos nenhum presente para vocês, desculpem. - Disse , puxando-me do abraço com Kurt, que ainda não me soltara, colocando o queixo no meu pescoço e abraçando minha cintura.
- Por favor, não se incomodem... Não era essa a intenção... E, afinal, nós já vamos.
- Obrigada e, mais uma vez, Feliz natal. - Falei, acompanhando-os até a porta.
- Mandem lembranças ao ... Que pena que não o vimos. - Ela disse, saindo e segurando no braço do marido que olhava descaradamente para minhas pernas e ela não parecia se importar.
- Podem deixar... Boa noite. - Falei, fechando a porta e vendo o rosto de , que não estava nada feliz com a ‘visita surpresa’ e o pelo fato do tal casal ser tão cara de pau.
- Você viu o jeito que esse filho da puta te olhou? Ele quase não te solta...
- Ah, ... - Eu nem sabia o que responder. Afinal, o tal de Kurt não fez questão de esconder que tava dando em cima de mim, isso na frente da própria esposa e do meu... Namorado? É, eles sabiam muito bem que não éramos apenas amigos... Disso tenho certeza!
- Deixa... - Ele falou, indo em direção à cozinha. O que ele queria que eu fizesse? Peguei o maldito vinho e comecei a abrir, quando chegou à sala e sentou ao meu lado, no sofá.
- Quem comprou vinho? - Perguntou ele, pegando a garrafa da minha mão, já que eu não conseguia abrir pois tremia de raiva.
- Nossos vizinhos nos deram. - Falou , trazendo taças e me estendendo uma. Ele não parecia tão bravo quanto antes e sentou na mesinha de centro, enquanto nos servia o vinho. - Eles te deixaram lembranças de ‘feliz natal’ e a Jenny ainda completou: ‘Que pena que não o vimos...’
- Ah, que legal... Depois desejo o mesmo a eles...
- Agora vamos comer? Tô morrendo de fome, se a gente for beber com fome... Já viu no que dá, né? - Ele falou, puxando minha mão e me conduzindo à mesa de jantar, com vindo logo atrás de mim, segurando na minha cintura.


Depois da ceia trocamos presentes, recebemos telefonemas dos nossos pais e terminamos de beber o vinho. Já passava da meia noite e eu já estava meio tonta, afinal, sou mesmo fraca pra bebida. sentou numa ponta do sofá, segurando minhas pernas, e deitei sobre as pernas de , eles também estavam bêbados, pois riam de tudo que um falava pro outro. Eu pensava em tantas coisas que nem prestava atenção no assunto dos dois. Só notei que falavam sobre mim depois de um tempo...
- Olha só... Eu nunca pensei que a nossa pequena fosse ficar mais gostosa do que já era... Achei que fosse impossível... - Falou , beijando um dos meus pés.
- É, cara, os hormônios mudam o corpo da pessoa... Os dela fizeram muito bem... Sabia que nosso vizinho o Kurt também acha isso?
- ...
- Amor, a culpa não é sua se você é gostosa... Mas eu quero que esse filho da puta me respeite, já que ele não respeita a mulher dele.
- O que foi que aconteceu? - Perguntou , confuso.
- O desgraçado praticamente comeu a com os olhos, cara... E essa não foi a primeira vez... Ele deu a porra de um abraço e quase não a solta... Acho que ele só não passou a mão porque sabia que aí sim seria ir longe demais... Mas ainda ficou secando as pernas dela antes de sair, aquele...
- Shiii, chega... - Falei, colocando o dedo indicador na sua boca, quase levantando do colo dele. - Passou... Chega de falar sobre isso. Ok? - Segurei-o pelo rosto e o beijei olhando nos olhos, que ardiam de ciúmes. Aos poucos ele cedeu e retribuiu o beijo com muita vontade. Quando o ar me faltava, eu voltei a olhar nos seus olhos e ele sussurrou em meu ouvido: “você é minha” e desceu os beijos por meu pescoço. levantou uma das minhas pernas e começou a beijar, enquanto sua outra mão passeava pela minha coxa até chegar à virilha, depois voltar até o joelho, deixando-me totalmente arrepiada. espalhava chupões por meu pescoço e colocava as mãos por baixo da minha bata, apertando meus seios por cima do sutiã. Ele começou a puxar minha bata na tentativa de tirá-la e eu o ajudei tirando eu mesma, o sutiã ele mesmo tirou sem dificuldade alguma, devido à prática, e logo ele lambeu meus seios, fazendo-me gemer baixinho. tirou meu short e olhava minha calcinha de renda com uma cara de desejo que me deixou totalmente excitada. Eu ajudei a tirar a blusa e logo entendeu que também deveria fazer o mesmo. Eu sentei no sofá e os ajudei a se livrarem da calça e cueca e logo minha calcinha foi tirada e ficamos de igual para igual. me beijou e me penetrou com um dedo e, de repente, fez cara de pensativo quase parando de me beijar, mas não parou com os movimentos nos dedos... Eu, hein... começou a beijar e lamber meu pescoço, enquanto apertava minha bunda, deixando-me com mais tesão... Ele mordeu o lóbulo da minha orelha e começou a brincar com a entrada de vocês sabem de onde... Mal tive tempo para pensar e havia me penetrado com força e logo fez o mesmo. Eu gemi alto e eles continuaram no mesmo ritmo rápido e forte me fazendo quase gritar... “Não é isso que vocês querem?” Pensei, gritando em seguida... Afinal, nossos vizinhos eram estranhos... Se excitavam com a gente... Sim, isso mesmo, daqui a pouco eles começam a fazer sexo também. Espero que aquele desgraçado do Kurt não volte a dar em cima de mim, ou vou ter que ser rude e o mandar pastar de vez. Ok, isso não são planos para a hora do sexo, , alô... Eu nem tinha percebido, mas estava arranhando com força o braço de e com certeza deixaria marcas que com certeza a mãe dele perguntaria de onde saíram. Ah, que se foda... Depois a gente pensa numa desculpa. A cada investida que ele dava, eu o arranhava com mais força e parece que ele estava gostando, porque isso só o incentivava a ir com mais força. chupava meu pescoço e apertava minha cintura, enquanto investia com toda a força, assim eu achava, não me deixando respirar direito, tamanho era o prazer que eu sentia... Como previsto, o casal ao lado começou a se excitar também e podíamos ouvir seus gritos e gemidos. Ao ouvi-los, deve ter voltado a ficar com raiva e investiu em mim com mais força que antes... Eu agarrei seu pescoço e gemi alto no seu ouvido... Mais algumas estocadas e todos nós gozamos juntos. Logo me joguei no sofá e eles se jogaram ao meu lado. Eu já me preparava pra dormir ali mesmo, pois estava muito cansada e não tinha vontade nenhuma de sair dali, mas logo me pegou no colo e me levou pra cama. Ele beijou minha testa e disse baixinho ao meu ouvido:
- Feliz Natal, meu amor. - E Eu dormi...

Acordei com o maldito celular tocando e quase estourando meus tímpanos. Era minha mãe me perguntando que horas íamos pro almoço de natal, pois nossos pais resolveram se reunir como uma enorme família que éramos (mesmo que eles não soubessem) na casa dos meus pais. Mas que droga, mãe, acabei de ir dormir... Que porra é essa de me ligar de madrugada? Quando abri os olhos vi que os dois ainda dormiam, mas já era de manhã. Droga, já era quase meio dia. O almoço estava marcado para as 13 horas. Resolvi levantar, já que com certeza os pais dos guys iam começar a ligar também e não poderia mais dormir... Desci da cama e de repente senti uma tontura do nada. Voltei a sentar pra tentar amenizar a tontura, mas não adiantou muito e logo senti um enjôo... Pense rápido, , ou você corre ou vai ter que limpar o chão depois e corre o risco de vomitar de novo enquanto tenta limpar... Corri para o banheiro e mal chegando à pia, vomitei... Droga de ressaca de vinho... Tenho que lembrar de nunca mais beber! Resolvi escovar os dentes e tomar um bom banho pra ver se amenizava a ressaca. Depois de um tempo debaixo do chuveiro, vi no banheiro e ele sorriu com a mesma cara de ressaca que a minha.
- Me acompanha, gatão?
- Claro, minha gatinha...
- Cadê meu outro gatão? Ainda ta dormindo?
- Não, minha mãe fez o favor de nos acordar para lembrar sobre o almoço... “Eu sabia que estaria dormindo a essa hora, provavelmente de um porre que tomou... Eu já falei pra parar de beber... blábláblá...” - Ele falou, imitando a mãe e entrando no Box. - Eu preciso de um bom banho...
- Eu aviso logo, não estou em condições de dirigir... - Falou , abraçando-me e encostando a cabeça no meu ombro, entrando debaixo do chuveiro também.
- Tá bem, eu dirijo. Eu não to tão bad assim... A gatinha aí fez um estrago em você, dude... - Nós rimos e ele segurou em meu rosto, olhando-me meio preocupado. - Você tá bem, ? Tá um pouco pálida...
- Foi a droga do vinho... Passei mal quando acordei. Mas agora to bem.
- Que bom, amor. Odeio ter que apressar as coisas, mas é bom a gente dar uma agilizada... Daqui a pouco quem liga é minha mãe... Não to a fim de ouvir sermão a essa hora, nem no estado de dor de cabeça que to, então... - Falou , pegando o sabonete...

Chegamos à casa dos meus pais e nem bem chegamos à porta e minha mãe já nos esperava. A mesa estava posta na varanda do quintal e todos já estavam sentados, apenas esperando nossa chegada. Quero dizer, quase todos, pois os gêmeos corriam pelo quintal brincando com uma bola. Pra variar, tivemos que passar todo o relatório de como estava sendo nossa vida... Falamos sobre a faculdade, trabalho e com certeza eles achavam que nossa vida se resumia somente a isso. Minhas sogras elogiaram meu novo corte de cabelo, dizendo que eu estava muito mais jovem (disse a mãe do ) e mais linda (disse a mãe do )... Menos, sogrinhas... BEM menos...
Apesar de eu achar meu novo corte um ‘luxo’, eu ainda estava com aquela cara horrível de ressaca... Estava mais pra zumbi... Os homens conversavam sobre futebol... Uma das únicas coisas que eu não fazia questão de fazer com os dois era ver futebol. Não sou chegada a esportes... Enfim, as horas passaram rápido e, quando demos conta, já estava anoitecendo e decidimos voltar pra casa.

Era 31 de dezembro e todos da empresa contavam os minutos pra gente finalmente sair e aproveitar as ‘mini-férias’... Nosso querido patrão havia nos dado uma semana de férias e eu não via a hora de aproveitá-las. Eu já tinha feito tudo que era possível e apenas esperava dar a maldita hora... Um dos funcionários (eu não decoro os nomes...) passou por mim e, quando senti o cheiro do seu perfume, meu estômago reclamou. Eu prendi a respiração, tentando esquecer o cheiro, mas ele estava no meu nariz e novamente meu estômago reclamou e meus olhos começaram a lacrimejar. ‘Que droga de perfume barato é esse?’ e não agüentando mais eu corri, mas o banheiro ainda estava longe então vomitei em um lixeiro no corredor. e o patrão estavam chegando na hora e me olharam com cara de espanto.
- , você tá bem? - perguntou, abraçando-me e tirando meu cabelo da testa, que estava suada.
- Sim, eu to... Foi só um pequeno mal estar... Talvez tenha sido a comida que não me fez bem...
- , ... Tem certeza que está tudo bem? Se quiserem ir embora, ... Já é fim de expediente mesmo...
- Obrigada, estou já estou bem... Mas se já podemos ir...document.write(Mike)) nós desejamos o mesmo, espremidos entre seus braços, e ele saiu, desejando feliz ano novo a outro funcionário.

Passamos o réveillon na praia. Fizemos um pic-nic na areia e todas aquelas tradições de fim de ano pra trazer um bom ano novo. Nossa, como o tempo passa rápido... Parece que foi ontem que estávamos na praia com meus pais... ‘Espero que esse ano seja tão bom quanto esse que passou... ’ E esse foi meu pensamento de ano novo... Pena que as coisas não são como a gente quer não é?

Capitulo 17


Na manhã do meu aniversário, acordei e nenhum dos dois estava na cama. “Que será que houve?” pensei, sentando na cama e olhando pro relógio. Sim, ainda era cedo e eles deveriam estar na cama comigo! O que será que eles estão aprontando? Pensei, enquanto me preparava para sair da cama.
- Bom dia, flor do dia! - Falou , entrando com uma bandeja de café da manhã.
- Feliz aniversário, amor! - Entrou atrás, trazendo mais comida.
- Obrigada... Não sei nem o que dizer... - Eles levaram as bandejas para a cama e os abracei.
- Não precisa dizer nada, amor. Que tal se a gente comer tudo antes de ter que trabalhar? - Perguntou , sentando ao meu lado e sentou do outro lado.
- Ótima idéia. Nem me lembre que tenho que ir trabalhar no dia do meu aniversário... Isso até me dá náuseas... - Peguei uma torrada e realmente senti uma náusea. - Literalmente... Droga! - Corri a tempo de vomitar na privada. Eu já estava craque naquilo, afinal, depois do natal, não andava muito bem do estômago.
- ? - Escutei uma voz atrás de mim, segurando meus cabelos e tocando minha testa. - Você tá bem, amor?
- Agora eu to... Quase pronta pra outra... - Eu falei, enquanto me abraçava. - Só não estou com o melhor hálito... Mas nada que não possa mudar...
- É bom você ir ao médico, amor...
- Se quiser, eu peço pro chefe e a gente sai mais cedo. - Falou , beijando o topo da minha cabeça e sentando ao meu lado.
- Ok, vamos sim... Vou passar meu aniversário num consultório, que excitante... - Falei ironicamente, revirando os olhos.
- Hm, desse jeito vou ficar com ciúmes... O único médico que pode te deixar excitada sou eu. - Falou , ajudando-me a levantar.
- E não esqueça que mais tarde a gente vai fazer nossa festinha aqui... - Falou , beijando meu ombro e saindo do banheiro enquanto eu escovava os dentes.

Droga, odeio quando desconhecidos cantem parabéns pra mim! Certo, nem eram tão desconhecidos assim... Ok, odeio que cantem parabéns pra mim em público... É isso! Alguém fez o favor de falar que era meu aniversário na hora do almoço e todos (quando digo todos, eram todos mesmo... Até mesmo o chefe), resolveram me fazer pagar aquele King Kong no refeitório. Depois da seção de tortura, e eu fomos falar com o chefe pra pedir que eu saísse mais cedo, para ir ao bendito médico.
- Claro que pode sair, . Afinal, hoje é seu aniversário. Se quiser sair até mesmo agora na hora do almoço... Não me diga que já vem um herdeiro pro aqui... - Falou, abraçando , que me olhava com cara de espanto.
- Não! - Falei, quase gritando e puxando pelo braço. - Obrigada pela permissão, a gente já vai então...
- Ok, depois me contem as boas notícias... Feliz aniversário, .
- Obrigada. - Falei, saindo da sala, ainda puxando (que estava mudo) pelo braço. Depois de sairmos do prédio e chegarmos ao estacionamento, aquele silêncio já me incomodava, e muito! - Que foi, por que ainda ta com essa cara? - Perguntei quando entramos no carro.
- E se o que ele falou for verdade, ?
- O quê? Você acha que eu posso estar grávida?
- E por que não?
- Ora, porque... Ah... - Eu tentei falar, mas não tinha nenhum argumento para negar. Porra, isso não podia estar acontecendo comigo... Até a porra da menstruação ta atrasada... Agora me fudi... Agora meu ‘sonho’ se tornou realidade...
- Coloca o cinto, amor. - Mal coloquei e ele praticamente voou dali...
Droga, por que o tempo demora tanto a passar quando você ta com pressa ou ansiosa para que ele passe logo? Primeiro que, quando chegamos ao médico, havia cinco pacientes na espera, ou seja, ia demorar um tantinho para ser atendida. Tudo bem... Eu mereço. Depois, quando finalmente chegou minha vez, o médico fez alguns exames prévios e ainda passou um exame de sangue. Legal, vou ser furada também no dia do meu aniversário! Agora que tinha feito (em um laboratório perto de casa), estávamos esperando a droga das horas passarem para pegarmos o resultado. Como se não bastasse, ainda me olhava com uma cara que me deixava mais aflita... Nunca torci tanto para que meu estômago estivesse inflamado ou coisa do tipo. Quando chegasse o fim do dia eu finalmente ia rir e ele ia parar de me olhar daquele jeito. Nem uma revista de moda fazia com que me distraísse e não parava de mexer no celular e me olhar com aquela cara...
- Ah, chega... Não agüento mais!
- O que foi que eu fiz?
- Você me olhando com essa cara... Só ta me deixando mais nervosa!
- Desculpa. Mas eu realmente não sei o que pensar... Só posso tentar lembrar quando isso pode ter acontecido...
- , eu não to grávida... - Falei, nervosa, jogando a revista na cadeira ao lado e a recepcionista me olhou curiosa.
- E se tiver, ? Como vou saber que não sou o pai? E também tem o ... Se fossemos só eu e você... Mas... - Ele falou, segurando meu rosto com as duas mãos.
- Não vamos complicar... - Falei, desviando o olhar para outro canto da sala.
- Isso é sério, ...
- Eu sei... Só não sei por que isso foi acontecer... - E não pude evitar que uma lágrima escorresse pelo canto do meu olho e me abraçou forte.
- Senhora . - Falou a recepcionista, com o resultado do meu exame na mão. Nem podia imaginar que naquele envelope estava o resultado de como ia ser praticamente o resto da minha vida. Minhas pernas vacilaram quando levantei, mas me segurou e finalmente peguei o envelope.
- Cadê esse filho da puta? - Perguntei mais uma vez andando pra lá e pra cá pela sala.
- Calma, ... Ele disse que já ta chegando...
- Diz que isso é uma pegadinha... Que tudo não passa de uma brincadeira ridícula, que eu perdôo vocês... Vou torturar por uns dias, mas depois perdôo... Mas diz, por favor...
- Oi, amor... Dude... - Falou , ao abrir a porta.
- Finalmente... - Falei, puxando-o pela mão para que ele sentasse ao nosso lado no sofá. Suspirei e peguei o envelope. - Então... A gente acha que você vai saber explicar melhor o que deu no resultado... Não quero esperar até amanhã... - Estiquei o envelope para ele, que pegou e foi logo abrindo. Ele leu linha por linha em silêncio, com uma expressão serena, deixando-me mais aflita ainda. - Fala logo, , que droga...
- Calma, ... - Ele falou, finalmente olhando pra mim.
- Calma o caralho, fala logo, qual foi o resultado?
- Seu sangue está ótimo, meu amor... - Ele falou, rindo de lado e voltando a olhar pro papel.
- Seu filho da mãe... Fala logo! - Bati no braço dele, mas ele só fez sorrir.
- Fala logo, dude!
- Positivo.
- Positivo?! - perguntamos juntos, eu e .
- Sim, parabéns, , você vai ser mamãe...

“Parabéns, , você vai ser mamãe...” A frase ecoava na minha mente e queria que fosse apenas um pesadelo, que logo ia acabar... Eu estava paralisada... Escutava as vozes de e longe de mim... Eu só queria lembrar quando fui que deslizei... Quando deixei aquilo acontecer... Não podia ter sido há muito tempo... Então eu tenho que lembrar. Eu preciso...
- ...
- Shiii... - Falei, levantando do sofá, indo em direção à porta e encostando a testa nela. Pensei em milhares de situações e nenhuma delas me fez lembrar esse deslize. Escutei um barulho irritante do lado de fora do apartamento e: “Alô, Kurt, amorzinho, trás pão? Esqueci de comprar...” É isso... - Foi no natal... - Eu falei, tirando a testa da porta.
- O quê? - perguntou .
- Que nós transamos sem a porra da camisinha... Foi você, ... - Eu falei, olhando-o nos olhos.
- Eu sou o pai...
- Meu... Nós fomos muito burros... - E voltei a sentar no sofá. Agora era quem estava paralisado. Doeu tanto vê-lo daquele jeito. Eu o abracei e ele me olhou com lágrimas nos olhos, sorrindo.
- Parabéns... - Ele falou rouco e, sem querer, deixou um soluço escapar quando beijou meu ombro e afundou o rosto em meu colo, fazendo-me abraçá-lo com toda força que tinha. Eu também comecei a chorar e me abraçou de lado.
- Calma, amor... A gente vai dar um jeito... Ok?

Pra piorar a noite, meus pais resolveram fazer uma visita surpresa, trazendo bolo e refrigerante. Meu aniversário parecia mais um velório... Claro, meus pais nem perceberam e os guys fizeram um esforço pra tentar sorrir de vez enquanto... Finalmente eles resolveram ir embora e pude parar de fingir que estava ‘feliz’. Tudo que eu queria era tomar um banho e dormir... Preferia que tudo não passasse de um grande pesadelo, mas o enjôo só me fazia ter certeza de que tudo era verdade. Tomei o banho, escovei os dentes e, quando fui para o quarto, os dois me esperavam. estava sentado na cama e estava em pé, próximo à porta do banheiro.
beijou minha testa e entrou no banheiro, então sentei ao lado de , na cama.
- Que dia, hein? - falou, dando um meio sorriso.
- O que vai ser da gente agora?
- Eu não sei... Eu sempre tive tanto medo de te perder...
- Você sabe que nada vai fazer mudar o que sinto por você...
- É, eu sei... Nada me faria deixar de te amar. Mas... Você vai ter um filho... Do ... Querendo ou não, as coisas vão mudar... Não posso atrapalhar a vida do filho de vocês...
- Mas, , você não vai atrapalhar em nada...
- Agora não, , mas e quando seus pais descobrirem? E os pais dele? - Realmente ia ser um inferno... Não sei quem tinha os pais mais difíceis de lidar... Se eram meus pais ou os de ... - Claro, a gente não vai resolver isso hoje... Eu só quero que saiba que eu vou fazer tudo o que eu puder pra ajudar vocês três. Ok? - Ele me abraçou e fez cafuné, fazendo-me relaxar um pouco.

POV ’s

Agora me sinto muito mal por ver que a e o estão assim. Eu sei que não tinha o menor direito de fazer isso... Mas o ciúme falou mais alto e tudo conspirou para que desse certo... Sim, eu preciso dizer: eu não estava bêbado o ‘suficiente’ no natal, e a estava no período fértil... Até podia não ter dado certo, mas aconteceu... Tá, eu um fui um tremendo filho da mãe, safado e egoísta. Mas o que posso fazer agora? Se eu contar a verdade os dois vão me odiar, talvez pra sempre! E não posso tirar a razão deles... Mas também não posso negar que estou feliz porque a mulher que eu amo vai ter um filho meu... Caraca, velho, vou ser pai! Porra, , por que você tem que ser tão idiota? Por enquanto não vou falar nada... Só por enquanto... Vou deixar os dois se acalmarem mais... Ai sim eles vão poder me odiar e quem sabe nunca mais me perdoar... Mas não posso deixar de dizer a verdade. Não posso deixar quase 19 anos de amizade acabarem assim... Eles não merecem...

Capitulo 18


Semanas se passaram e tínhamos decidido que eu só ia contar a notícia aos nossos pais quando não pudesse mais esconder. resolveu ficar conosco até eu tirar licença do trabalho e depois ia procurar um apartamento pra morar só "não queria atrapalhar a nossa vida". Claro, eu não concordei, mas quando ele põe uma coisa na cabeça... Sai de baixo! Mas, no fundo, eu ainda tinha esperanças de que ele desistisse da idéia e ficasse com a gente. É, depois de tudo eu ainda era otimista... A empresa estava eufórica, pois tinha conseguido um contrato com uma empresa muito importante e se tudo desse certo íamos ter até aumento de salário... Como era o queridinho do chefe, foi convidado para acertar os últimos detalhes do contrato em outra cidade. No começo ele nem queria ir pra não ter que me deixar ir só para o trabalho e faculdade... E só aceitou depois de eu insistir muito que ele fosse, pois ia ser uma ótima experiência para o trabalho, que talvez ele fosse promovido de novo e que eu ia conseguir me virar sem ele por uma semana com o carro dele, já que ele ia viajar de avião.

A chuva tinha começado desde manhã e já era noite, mas nem sinal de que ia parar. Eu tinha saído mais cedo da faculdade e tinha passado no mercado pra fazer as compras da semana e, claro, comprar besteira pra comer. Eu sei não é o mais aconselhável pra uma mulher grávida comer tanta besteira, mas de vez em quando não faz mal comer pipoca e chocolate... Principalmente com esse tempo... Enfim, eu cheguei em casa e estava tomando banho, então resolvi colocar a pipoca no microondas e preparei chocolate quente. Liguei a TV e deitei no sofá, comendo a pipoca e tomando meu chocolate.
- Boa noite, amor. – falou, sentando no braço do sofá.
- Boa... – Tentei responder, apesar de estar com a boca tão cheia.
- Já não te disse pra parar de comer tanta besteira? – Ele falou enquanto pegava um pouco da minha pipoca e eu afastava pra que ele sentasse e eu finalmente deitasse entre suas pernas. Eu me encostei em seu peito e continuei a comer, ele sempre me dava o mesmo sermão. Eu nem ligava mais. – volta amanhã, não é?
- Uhum...
- Ah, ok... – Ele falou e deu um suspiro.
- O que foi? – Perguntei, virando meu pescoço na tentativa de olhá-lo nos olhos.
- Deixa, a gente conversa amanhã então, quando ele chegar... – Ele falou sério, deixando-me tensa.
- Ah, não, ... Você não vai me deixar curiosa até amanhã à noite! Me diz, o que tem pra falar pra ele? – Desliguei a TV e finalmente me virei, podendo ver seu rosto sério.
- Eu queria falar quando os dois estivessem comigo... Mas eu acho que você é quem tem o direito de saber primeiro...
- Ai, , fala logo... Assim você tá me deixando nervosa. – Falei, praticamente jogando o pacote da pipoca na mesa de centro.
- , eu sei que você vai me odiar depois e o também, com toda razão... Mas eu quero que saiba que eu amo muito os dois, muito mais você, é claro...
- Pelo amor de Deus, ... Fala logo! O que foi que aconteceu?
- Sabe o bebê?
- O que ele tem? – Perguntei, assustada, segurando minha barriga.
- Não é nada com ele, não se preocupe... Na verdade, é sobre como ele foi feito...
- Do modo convencional, sem dúvidas... – Falei, relaxando um pouco e terminando de tomar o chocolate.
- Não é bem isso...
- Desembucha logo então!
- Você sabe, não é? Naquele dia eu estava com muitos ciúmes de você...
- Sim e...?
- E daí que eu quando a gente começou a transar... Eu percebi que você estava no período fértil... Sabe, eu fiz as contas... E não usei camisinha de propósito.
- Quer dizer que...? – Eu falei, praticamente pulando do colo dele.
- Sim, eu sei... Fui muito egoísta... Não pensei que realmente ia acontecer... Mas depois...
- Eu não acredito que fez isso só por ciúmes, ... Eu admito que também tive minhas crises... Mas olha o que você fez... – Gritei e as lágrimas começaram a escorrer pesadas pelos meus olhos. – Você não tinha o direito...
- , eu sei que não mereço, mas me perdoa, por favor...
- E por que só resolveu contar agora? Nossa... Eu me sinto tão traída... E o ?
- Eu sei... Eu só queria deixar as coisas se estabilizarem e que você ficasse mais calma... E depois, não vou mentir e dizer que eu não fiquei feliz de saber que você está esperando um filho meu... Você sabe que talvez nunca tivéssemos um filho... Eu nunca vou ter outra mulher na minha vida, ... E sempre ia ter o ... Ou qualquer outra desculpa pra gente nunca formar uma família de verdade... – Bem, eu estava com muita raiva mesmo... Mas o que ele disse era verdade... Se não fosse por ele, eu nunca ia ter um filho, pois eu sempre ia pensar no outro e nunca ia sair disso... – , a gente sempre teve que renunciar tanta coisa pra ficar junto...
- Eu pensei que tinha compreendido e aceitado... Eu não posso mudar o que sinto pelos dois... Infelizmente... Eu não te perdôo por ter nos traído... – Falei, aproximando-me dele e ele desviou o olhar. – Mas eu não posso negar que também estou feliz porque vou ser mãe... Afinal, nosso filho não tem culpa de você ser um safado... – Ele voltou a me olhar nos olhos e vi que ele estava prestes a chorar. Ele me abraçou e nós dois choramos baixinho.
- Será que o vai me perdoar? – perguntou quando parou de chorar.
- Eu creio que ele vai ficar muito chateado... Mas tenho certeza que sim... Ele tem um bom coração. – Ele me abraçou mais apertado. – E, afinal, ele te ama, irmãos brigam, mas sempre se perdoam. Não é?
- Obrigado, ... – Ele falou e me deu um beijo bem delicado em meus lábios. – Eu sei que não mereço... – E mordeu de leve meus lábios, levantando-me em seus braços. Ele me beijou, mas não o aprofundou, pois me guiou até o quarto. Chegando lá, jogou-me na cama e deitou por cima de mim. Eu tirei sua camisa e beijei seu peito, fazendo-o se arrepiar e fechar os olhos. Ele sorriu por alguns segundos e voltou a me beijar com muito desejo. Já estávamos sem ar quando troquei a posição, ficando por cima dele. Tirei a minha blusa e ele me ajudou a tirar a calça, que estava ficando justa demais. –Já tá na hora de aposentar essas roupas justas, não acha?
- Cala a boca... – Falei, rindo, e voltei a beijá-lo. Ele voltou a me jogar na cama, tirou meu sutiã e a calcinha ele tirou com os dentes. Eu o ajudei a tirar o short e cueca e voltamos a nos beijar. Ele foi descendo os beijos pelo meu queixo, mandíbula e pescoço, enquanto eu puxava os cabelos da sua nuca. Depois de beijar cada centímetro do meu colo, ele se dedicou a beijar e lamber meus seios, fazendo-me gemer baixinho. Eu arranhei suas costas e ele gemeu abafado em um dos meus seios.
– Vamos, , não enrola... – Ele deu uma gargalhada e me penetrou com força. Eu mordi seu lábio inferior com certa força e senti gosto de sangue. Ele se ‘vingou’ investindo com mais força, fazendo-me gemer alto. A chuva ficou mais forte e nossos gemidos ficaram abafados pelo barulho dos trovões.
- Te amo, pequena... – Ele gemeu em meu ouvido e eu o abracei com mais força.
- Também te amo, meu gatão... – Ele deu mais umas investidas e gozamos. Ele se jogou ao meu lado e deitei em cima de seu peito. Ele fez cafuné em mim enquanto minhas mãos passeavam por seu peito. – Amor...
- Oi, amor...
- Tô com fome...
- Tá eu preparo alguma coisa pra gente comer. Vem...

- Essa chuva não vai mais parar não? – Perguntei, mal humorada por ter que sair em mais um dia chuvoso.
- Pelo visto não vai parar tão cedo... – Falou enquanto calçava o sapato.
- Argh, odeio chuva! – Falei, jogando um casaco na cama.
- Por que tanto ‘bom humor’, gatinha? – perguntou, abraçando-me e beijando meu pescoço. – Pensei que a noite de ontem ia te deixar mais animadinha...
- E deixou... Mas essa chuva é broxante... – Agarrei seu pescoço e o beijei.
- Pra mim não... – Ele sorriu e me fez encostar mais nele, vendo que ele estava bem ‘animadinho’.
- Pena que a gente tenha que sair, não é? Se fosse no fim de semana seria perfeito. Mas... – Falei dando um selinho e me soltando do abraço dele.
- Você vai buscar o no aeroporto, não é?
- Sim, quer ir comigo? Não vou pra faculdade hoje, então a gente pode ir junto depois que eu chegar do trabalho...
- Não posso... Já tinha combinado de ficar até mais tarde hoje pra compensar os dias que sai mais cedo pra estudar... É até melhor a gente só conversar aqui... – Ele falou, meio tenso, pegando uns livros que estavam em cima da escrivaninha.
- Calma, ... – Eu falei, abraçando-o e beijando seu ombro. – Tudo vai dar certo...
- Claro, amor. – Ele me beijou com carinho, sem pressa nenhuma, logo partindo o beijo com selinhos e ficamos abraçados por alguns minutos. – Agora tenho que ir, se não vou me atrasar. Cuida bem do meu garotão. Tá? – Ele segurou de leve minha cintura, beijou minha testa e saiu mandando beijos no ar.

As minhas preces foram ouvidas e finalmente a chuva cessou à tarde, já era noite e o tempo continuava fechado. Cheguei ao aeroporto meia hora antes do vôo do chegar, então resolvi fazer um lanchinho enquanto lia uma revista. Logo os minutos voaram e anunciaram a chegada do vôo dele. As pessoas começaram a sair e nada de aparecer... ‘Será que ele passou por mim e não o vi?’ ‘Será que ele perdeu o vôo e não pôde ligar?’ pensei, quando senti mãos envolvendo meus olhos.
- , você não me engana... Conheço seu perfume de longe. – Ele sorriu, revelando que eu estava certa e finalmente me abraçou.
- Tava morrendo de saudades... – Ele falou, dando-me um selinho bem rápido.
- E a gente não?
- Por que o safado do não veio também? – Perguntou, abraçando-me de lado e me levando pra área de alimentação. – Caracas, to morrendo de fome... A comida do avião era péssima...
- Ele teve que ficar até mais tarde no estágio hoje... Ele me ligou agora à noite e disse que ia direto pra casa. Mas me diz, como foi a viagem?

me contava tudo sobre a viajem e estávamos rindo, quando o celular começou a tocar. "Número desconhecido... Quem será?" Atendi a chamada.
- Alô, quem fala?
- A senhora conhece Delson?
- Sim, eu o conheço. Moramos juntos... O que houve?
- Bem... Ele sofreu um acidente e está na UTI do hospital... – Minha visão ficou escura e não senti mais nada. Só conseguia lembrar de , acidente e UTI...

Meus olhos ainda estavam pesados e eu fazia um esforço enorme pra abri-los, mas eles não me obedeciam. Será que foi um pesadelo? Tentei me mexer, mas não consegui. Ouvi algumas vozes bem longe e não conseguia identificar de quem eram. Finalmente me dei por vencida e dormi.

POV ’s

Cara, isso não podia ta acontecendo... Meu único amigo, meu irmão, o pai do filho da ... Ele vinha do estágio quando um carro perdeu o controle, invadiu a pista e bateu em cheio no carro dele. Ele estava em coma e o estado era grave... Quando a policia achou o celular dele, viu que a ultima ligação tinha sido feita para a , então ligaram pra ela. Coisa que a fez desmaiar e me deixar desesperado... E se acontecesse alguma coisa com ela e o bebê? Eu não sabia o que fazer... Tive que me virar com ela nos meus braços e achar onde ela tinha estacionado o carro. Fui direto pro hospital onde estava, lá eles cuidaram da e tive que dar a notícia pros pais dele. Só me restou cuidar da , que ainda estava desacordada. Passados alguns minutos os pais de chegaram, logo foram meus pais, os pestinhas dos gêmeos e os pais da .
Eu estava tão cansado pela viagem e os últimos acontecimentos que acabei dormindo.

POV ’s

Abri meus olhos e vi que não estava em casa. Levantei minha cabeça devagar e pude perceber que estava em um quarto desconhecido. dormia de mal jeito numa cadeira próxima à cama e apoiava a cabeça nela. Minha mãe estava dormindo em um sofá que ficava perto da porta. ‘O que estou fazendo aqui?’ e logo a lembrança do telefonema voltou à minha cabeça. Senti meus olhos arderem e lágrimas caíram, molhando meu rosto e minhas mãos.
- ?
- Desculpa, , te acordei...
- Que é isso... Você tá bem? Você demorou tanto a acordar que eu já tava ficando preocupado.
- Não... Eu to bem sim. Claro, tirando a parte de o ter sofrido um acidente... – Ele me abraçou e voltei a chorar. – Me diz como ele tá...
- Ele tá na UTI... E o estado é grave.
- Não...
- Calma, ... Ele está estável. Agora você precisa se acalmar por você e pelo filho que está esperando dele... – Ele falou mais baixo, verificando se realmente minha mãe estava dormindo.
- , eu não sei como seria se você não estivesse aqui... Não sei se ia agüentar sozinha.
- Shiii... – Ele afagou meus cabelos e me fez deitar novamente. – Tenta dormir mais um pouquinho, ok? De manhã a gente vê o que faz...
- Deita comigo então...
- E a sua mãe?
- Ela vai entender... Que se foda se não entender... Vem deitar comigo. – Ele deitou ao meu lado, puxei-o pra mais perto e o abracei. Ele ficou fazendo cafuné em meus cabelos e logo dormi.

Capitulo 19


Quando acordei, não estava mais ao meu lado nem minha mãe estava deitada no sofá. ‘Será que aconteceu alguma coisa?’ Levantei imediatamente, mas uma tontura me fez voltar a sentar na cama. Respirei fundo e ouvi um barulho de alguém abrindo a porta.
- Até que enfim acordou, filha.
- Mãe... Não foi trabalhar?
- Hoje não... Fiquei aqui pra cuidar de você. Então, você tá se sentindo bem?
- Só um pouco tonta... Onde está o ?
- Ele foi tomar café...
- Me leva até ele?
- Ok, pega suas coisas...
Chegando ao refeitório vi que tomava café enquanto conversava com os pais de , que estavam com uma cara péssima. Peguei um café também e sentei junto deles. Conversamos um pouco sobre os últimos dias que passamos juntos. Claro, omiti a parte do filho... Aquela não era uma boa hora de contar, ou era?

- , a gente pode conversar um pouquinho?
- Claro, ... – Ele me levou pra o outro lado da sala.
- Eu quero que diga que namora o e que vai ter um filho dele...
- Mas, ...
- Não precisa ser agora... Quando você achar que deve... Ok?
- Mas e quanto a você?
- Eu... Vou ser o babaca que ficava só olhando?!
- ... ... – Chamou o pai de .
- Oi, tio... – Falou .
- O médico permitiu que o visitássemos... Temos poucos minutos... Ele aconselhou que fossemos em dupla, então eu e Diana vamos na frente e vocês entram depois, ok?
- Claro... Obrigado. – Eles saíram e ficamos lá parados feito duas pedras.

Flashback on

Depois que comemos, me levou de volta pra cama, ficamos apenas abraçados falando sobre o nosso dia e namorando.
- , a gente devia escolher o nome do nosso filho. - Você não acha muito cedo? Tipo, eu tenho umas sete semanas de gravidez, falta muito ainda pra nascer e a gente nem sabe o sexo do bebê...
- Ah, por mim já ta mais do que na hora... Não que eu não queira uma menina... Mas tenho certeza que vai ser um menino.
- Eu fico feliz seja qual for o sexo... O importante é ter saúde e pelo menos ter seus olhos.
- Hm, eu sabia que gostava dos meus olhos... – Ele deu um sorriso de lado e me deu um breve selinho. – Tem que ser a sua cara... Aí vai ser o bebê mais irresistível de todos. Mas voltemos ao nome... Eu gosto de Gabriel.
- Gabriel é mesmo muito lindo, mas e se for menina?
- Se for menina você escolhe o nome, que tal assim? Mas, como eu disse... Vai ser um garotão. – Ele parou a mão na minha barriga e me olhou de um jeito que me fez arrepiar.
- Ok, já que tem tanta convicção assim... Vai ser Gabriel. Satisfeito?
- Demais... Agora que tal a gente se divertir um pouquinho?
- Ótima idéia. – Voltamos a nos beijar.

Flashback off

Assim que entramos escutei os barulhos dos aparelhos que estavam ligados a ele. apertou de leve meu ombro, apertei sua mão e sentei numa cadeira ao lado da cama. Eu queria tanto que tudo não passasse de um engano... Mas infelizmente era ele mesmo... O meu ... Eu passei minha mão pelo seu rosto, que estava tão lívido. Ele tinha alguns arranhões espalhados pelo rosto e um mais fundo na testa. Ainda vi o corte que eu tinha feito no seu lábio na noite anterior ao acidente. Tinha vários aparelhos ligados a ele, que respirava com ajuda deles. Eu não consegui mais segurar o choro... também não e então me abraçou pelos ombros. Será que ele pode me ouvir? Eu queria tanto dizer mais uma vez que o amava... Vou arriscar... Preciso desabafar...
- , amor... – As palavras engasgaram na minha garganta. – Sabia que você me deu um susto? Eu pensei que eu ia te perder... Mas você não vai me deixar, não é? Se você não melhorar logo, quem vai brigar comigo quando eu tiver comendo besteira? E você tem que estar comigo quando eu for contar pros nossos pais sobre nosso filho... – Eu segurei na sua mão, na esperança que ele apertasse de volta... Mas nada aconteceu. – ... Eu preciso de você... Por favor, não me deixa... Não deixa seu filho...
- ... – se agachou e me abraçou pela cintura enquanto eu o abracei de lado, ainda segurando a mão de . Eu me senti tão impotente por não poder fazer nada... Uma enfermeira apareceu e disse para sairmos, então eu pedi mais um minuto e ela deixou, vendo o tamanho do nosso desespero.
- Eu queria muito ficar aqui com você, mas eu não posso... – Eu beijei sua mão. – Só quero que saiba que eu sempre, sempre, sempre vou te amar, ouviu? Nunca duvide disso... – Então eu dei um breve selinho nele e fui em direção à porta. Antes de sair dei uma última olhada e aquilo quase me matou... Vi algumas lágrimas escorrerem por seus olhos e novamente minha vista escureceu.

Depois daquilo, tudo aconteceu tão depressa... Horas depois da nossa visita, constataram que a atividade cerebral dele tinha parado e pediram permissão pra doar os órgãos e, como ele sempre deixava claro que seria doador, o pai dele autorizou. Eu não conseguia, eu não queria acreditar que aquilo tinha realmente acontecido... Além de perder um namorado, tinha perdido o pai do meu filho. e eu fomos pra casa e a dor aumentou mais ainda quando entrei na sala e olhei pro sofá... Lembrei da nossa briga e da nossa reconciliação na noite anterior ao acidente. Aliás, tudo me fazia lembrar ele, afinal, foi quase um ano que vivemos juntos ali. Mas o pior foi ver a cama, ver o lado em que ele dormia... Eu me joguei nela, agarrei seu travesseiro, senti seu cheiro e encharquei tudo de lágrimas. Meu único conforto era ter ao meu lado. Ele me abraçava pacientemente e tentava me acalmar. Eu não sabia o que seria de mim, do meu filho... E aquilo me deixava mais desesperada ainda. E eu ainda tinha que contar a notícia aos meus pais e, principalmente, aos pais dele.

Chegando ao cemitério vi muita gente desconhecida: colegas da faculdade, professores, colegas do estágio... E alguns conhecidos: vizinhos do condomínio, ex-colegas da escola, alguns parentes dele que vieram de longe... Nossos pais conversavam do lado de fora da sala. me conduziu pra perto das nossas mães, que tentavam consolar a mãe de , que estava péssima. - Meu filho era tão jovem... Tão bonito, tão inteligente... Ele era um ótimo garoto... Tinha todo um futuro pela frente... E olha a fatalidade que acontece com ele... Nem um neto ele pôde me dar...
- Eu sei que esse não é o melhor momento, mas a gente precisa conversar... – Eu falei, sentando ao seu lado.
- Claro, minha querida... Você viveu esses últimos dias com ele...
- Acho melhor elas conversarem a sós, não é, mamãe... Tia? – Falou , salvando-me de um verdadeiro interrogatório que seria falar na frente da minha mãe. As duas levantaram e a mãe de o abraçou, saindo com ele. Minha mãe ficou parada por alguns instantes e finalmente fez menção de sair.
- Sim, é claro... Vou pegar um café... Você quer alguma coisa, Diana?
- Não, obrigada. Agora, , o que queria me falar?
- Eu nem sei nem como começar... Eu e o ... Sabe... Nós éramos mais que amigos, já faz algum tempo...
- Quer dizer que... Eram namorados, querida?
- Sim... Éramos. – Então as lágrimas teimosas caíram dos meus olhos e minha voz começou a embargar. – Eu queria ter falado antes, mas tudo aconteceu tão depressa... - Peguei aquele mesmo envelope e entreguei a ela, que o abriu sem entender. Quando ela começou a ler, seu rosto ficou sério, então fechei os olhos.
- , você está grávida do meu ? - Confirmei, ainda com os olhos fechados, com medo de ver sua reação. Ela fez um breve silêncio e, quando dei por mim, ela me deu um abraço bem apertado. – Por que não me contou antes? Eu perdi um filho, mas vou ganhar um neto... Obrigada por me contar... Não tenha medo de nada, ok? Vamos fazer o que pudermos pelo nosso netinho...
- Obrigada... – E ficamos assim abraçadas, chorando por um tempo.

E com meu coração partido tive que me despedir... Por que tem que ser tão difícil dizer adeus? De repente todas as lembranças dos momentos que vivemos juntos voltaram à tona...

When you feel you're alone (Quando você sente que está sozinho.)
Cut off from this cruel world (Cortado deste mundo cruel.)
Your instincts telling you to run (Seus instintos te dizem para correr.)
Listen to your heart (Escute seu coração)
Those angel voices (Aquelas vozes angelicais ) They'll sing to you, they'll be your guide back home (Eles vão cantar para você, eles vão ser seu guia de volta para casa)

When life leaves us blind (Quando a vida nos deixa cegos.)
Love keeps us kind (O amor nos mantém unidos.)
It keeps us kind (Mantém unido.)


Lembranças desde a época que éramos pivetes e brincávamos no parquinho, nosso primeiro beijo, na época em que as meninas davam em cima dele e ele nem dava bola pra elas, a dança 3, da Britney, o dia do baile, nossa primeira vez... Como eu ia sentir falta do cheiro dele, do sorriso, do jeito certinho dele, das nossas briguinhas, do jeito que ele me fazia sentir... Tão amada, tão desejada... E agora? Só as boas lembranças... Apenas isso...

When you've suffered enough (Quando você sofreu o suficiente)
And your spirit is breaking (E seu espírito está partindo.)
You're growing desperate from the fight (Você está crescendo desesperado para a luta,)
Remember you're loved and you always will be (Lembre-se que você amou e você sempre vai ser)
This melody will bring you right back home (Essa melodia vai lhe trazer de volta pra casa)

When life leaves us blind (Quando a vida nos deixa cegos.)
Love keeps us kind (O amor, nos mantém unido.)
When life leaves us blind (Quando a vida nos deixa cego.)
Love keeps us kind (O amor nos mantém unidos.)
It keeps us kind (Isso nos mantem unidos)


- Não esquece o que eu disse no hospital, tá? – Falei, dando um beijo na sua testa e molhando seu rosto com minhas lágrimas. – Eu te amo pra sempre... – E me despedi com um último beijo, em seus lábios frios.
Algumas pessoas me olharam com dó, talvez porque sabiam que eu era namorada dele... Ou por verem o meu sofrimento tão evidente... E outras pareciam surpreendidas com minha atitude... Como meus pais... Quem se importa? Tudo o que eu queria era que tudo aquilo acabasse logo...
E logo terminou...

Capítulo 20



Depois que tudo tinha acabado, voltamos pra casa. não falou nada durante todo o caminho e eu, menos ainda. A chuva tinha começado a cair forte assim que estacionamos, e mesmo correndo ficamos encharcados. Chegando ao apartamento, tirei os sapatos e fez o mesmo e me acompanhou até o quarto. Lá, joguei a roupa molhada no chão; apenas tirou a blusa e ficou me encarando como se quisesse falar alguma coisa e não tivesse coragem. Ele chegou mais próximo de mim e me abraçou, então começamos a chorar.
-A gente tem que tomar um banho quente, senão vamos ficar resfriados... – Falou tentando parar de chorar. Eu ri baixinho e o soltei, olhando-o nos olhos. Ele sorriu, então beijei a ponta do seu nariz e o puxei pro banheiro. Tomamos banho em silêncio. Vestimo-nos e então deitei na cama, abraçando o travesseiro de , e deitou ao meu lado, me encarando. – , eu...
-Fala, ... – Falei fechando os olhos na tentativa de não chorar de novo, abraçando o travesseiro com mais força. A tentativa foi em vão... ‘Será que é agora que ele vai dizer que vai embora?’Pensei
-Eu sei como se sente... Ele sempre foi nosso melhor amigo, foi seu namorado... Sabe, uma vez a gente fez uma promessa... Isso foi beeeem antes de tudo entre a gente acontecer...
-E o que vocês prometeram? – Falei limpando uma lágrima que caia de seu olho; ele sorriu sem muita vontade e continuou.
-Que se... Algo acontecesse com qualquer um de nós dois... O outro ficaria encarregado de cuidar de você... Não importasse o que acontecesse, um de nós ia cuidar de você até o último momento... A gente nunca tinha imaginado que você gostasse da gente naquela época. Eu também nunca pensei que esse lance de acontecer alguma coisa com um de nós dois fosse acontecer... Pelo menos não tão cedo, achei que só daqui a uns cinquenta anos... – Nos abraçamos e choramos baixinho. Ele beijou minha testa e me olhou nos olhos. –Enfim, eu só contei sobre essa promessa... Há, nem sei... Porque com promessa ou não eu nunca iria te abandonar, ... Mesmo com o vivo eu não iria te abandonar...
-Mas você ia se mudar e tudo mais quando eu entrasse de licença... Mesmo eu pedindo pra você ficar...
-Eu ia sair daqui sim, mas sempre ia vir visitar vocês... A gente sempre ia se ver... Eu só queria deixar vocês formarem uma família normal por causa do filho de vocês. Ia ser estranho pra ele crescer tendo um intruso em casa...
-Mas , você não seria intruso coisa nenhuma...
-A questão é que tudo mudou... Eu sei que não sou tão inteligente, não sei cozinhar nada, às vezes eu falo muita besteira, sou que nem uma criança bem grande... Talvez eu não seja tão bom pai quanto o seria... Mas eu sei que sou tão bonito quanto ele... Isso eu sou, modéstia à parte... E que seria capaz de tudo pra cuidar de você e do seu bebê... Isso SE você ainda quiser ficar comigo...
-, você tá louco? – Ele me olhou meio que sem entender. – Claro que sempre vou querer você comigo... Você pode ser tudo isso que falou... Mas isso que me faz te amar... Você pode ter muitos defeitos... E quem não tem? Eu mesma tenho milhares. Mas mesmo assim você me aceitou do jeito que eu sou. E você tem tantas qualidades que seus defeitos chegam a ser idiotas. E eu tenho certeza de que você vai ser um pai maravilhoso pro meu filho. – Ele me beijou enquanto me abraçou mais forte. – Obrigada...



Flashback on

Tínhamos acabado de sair da casa da . Depois da aula ficávamos lá até o anoitecer e voltávamos para nossa casa juntos, já que éramos quase vizinhos. segurava as alças da mochila e andava olhando pra o chão, meio pensativo.
-Que foi, dude, você tá tão calado... Que bicho te mordeu? – Falei dando um peteleco na orelha dele, que finalmente me olhou.
-Ai, seu... Idiota... Tava aqui pensando na ...
-Qual é? Tem algum cara dando em cima dela? - Nós sempre dávamos um jeito em quem chegava perto dela...
-Não que eu saiba, dude... Eu tava pensando nela e, sabe... Só temos eu e você pra cuidar dela.
Claro, fora os pais dela...
-E...?
-E eu quero que você prometa que, se alguma coisa acontecer comigo, você vai cuidar dela por mim... E vice-versa... Aconteça o que acontecer, nós sempre vamos cuidar da .
-Claro, dude... Mesmo que ela nunca dê bola pra nenhum de nós...
-É, mesmo que ela nunca veja que somos dois idiotas apaixonados por ela... A gente sempre vai cuidar da . Feito?
-Feito, dude. – Ele apertou na minha mão e continuamos o caminho pra casa.

Flashback off


Os meses se passaram e muita coisa aconteceu. Primeiro, tive que explicar meu namoro com o pra todos, inclusive meus pais, que pareciam não acreditar. Isso até verem o exame de sangue... A mãe do passou a me tratar muuuuuito melhor que antes (não que antes ela me tratasse mal... mas...) que chegava a ser até meio estranho. Ela disse que desconfiou que o tivesse uma namorada desde a época da mudança, quando ela foi ajudar a fazer as malas e encontrou uma calcinha nas coisas dele (Eu, claro, quase morro de vergonha). Ela disse que não comentou nada com o filho pra não deixá-lo com raiva e constrangido, já que ele não tinha contado que tinha uma namorada; ela quis respeitá-lo e queria que com o tempo ele mesmo contasse. Ela disse que tinha uma leve desconfiança de que a namorada fosse eu, mas ela achou que eu namorasse porque passávamos mais tempo juntos (bem, sogrinha... quase acertou). Ela passou a cuidar de todo meu pré-natal e o enxoval do bebê. Sim, estava certo sobre o sexo do bebê, realmente era um menino, então nem preciso contar qual o nome escolhido, não é?
Isso sem contar com , já que eu não podia contar que tinha um caso com ele ao mesmo tempo em que tinha com . Então combinamos que ele tinha uma namorada da época da escola e que ela tinha deixado ele pouco antes do ano novo... E essa foi a história que contamos e, claro, eles acreditaram. Eu e continuamos morando no AP com as desculpas de que era mais próximo do trabalho e que o AP nos trazia boas lembranças do .



Era mês de agosto, nossas famílias resolveram fazer um almoço do dias dos pais na casa dos pais de . Chegamos cedo e mãe de não cansava de perguntar se eu queria comer ou beber alguma coisa de 10 em 10 minutos. Avó coruja é osso! Mas não podia reclamar, podia ser o contrário e ia ser bem pior... Logo os pais de chegaram com os gêmeos, e por último foram os meus. Eu era o centro das atenções, apesar de ser dia dos pais e não das mães... Eu até entendia, estava no oitavo mês da gestação (ou seja, ENORME) e tava no período delicado, pois eu, a partir dali, poderia ter o bebê a qualquer momento.
Todos tinham almoçado e ficamos na sala, quando o pai de trouxe um DVD, e sem falar nada ele pôs, e a SURPRESA: era o vídeo da nossa formatura. Chorei rios lembrando que foi a partir daquele dia que tudo mudou de verdade... Tudo começou a partir daquela festa... E ver a imagem do sorrindo daquele jeitinho que eu adorava tanto... Eu vivia vendo as fotos que tínhamos tirado desde a infância até a morte dele, mas nada se comparava a ver ele ali, ouvir a voz dele reclamando que não tava gostando de ser filmado...
Depois de ver todos da sala limpado as lágrimas, se levantou e abraçou o pai e deu o presente que tinha comprado. Logo foram os gêmeos, e quando fiz menção que ia levantar, meu pai foi até a mim e eu entreguei meu presente. Mesmo assim levantei, e eu e abraçamos o pai de e demos um presente a ele, que ficou surpreso e não conteve a emoção. Afinal, ninguém se conteve e ficamos abraçados, os três, por um bom tempo.

Depois da sessão nostalgia da sala, fomos comer a sobremesa na varanda, e pode-se dizer que me aproveitei do meu estado pra me esbaldar no brigadeirão que minha mãe trouxe. Meu filho me chutava alegremente pedindo por mais e, como boa mãe, eu atendi seu pedido. Estava tão distraída comendo que nem vi quando todos pararam de conversar e olharam pra mim.

-Gente, o que foi? – Falei de boca cheia e os gêmeos riram alto, mas depois correram pro quintal.
-, querida... – Diana começou a falar séria e já fiquei tensa.
-S-Sim...?
-Estivemos conversando com o e queremos saber se você concorda...
-O quê, ? Fala logo! – Perguntei imediatamente e ele foi se aproximando.
-Calma, ... Relaxa, eu vou explicar. – Ele se ajoelhou na minha frente e sorriu tenso. – Eu nunca falei nada disso antes pra você porque tinha o e tal... Eu sabia que vocês se amavam... Eu não queria intervir...
-Afinal, aonde quer chegar com isso, ?
-, você não sabe, mas eu sempre te amei, desde criança... – Seus olhos brilhavam tanto... Aonde ele ia chegar com isso? E na frente dos nossos pais e OS do . – Eu andei conversando com os seus pais, os meus e os do , e...
-O que ele quer dizer, ... É que todos nós torcemos por sua felicidade e pela do meu neto, e tenho certeza de que meu filho concordaria. Acho que seria a única pessoa em quem ele confiaria no mundo... – Eu abri a boca para novamente pedir uma explicação quando...
-, você quer casar comigo? – Oh, meu DEUS, eu ouvi mesmo isso? Ele tá com uma aliança e fazendo isso na frente de todo mundo? - Se quiser responder depois...
-SIM, eu quero... – Respondi nervosa deixando meu brigadeirão de lado numa mesinha, e então ele me abraçou. –Vou te matar quando a gente chegar em casa... - Falei ao seu ouvido e ele riu baixo.
-Só se for de prazer... – Ele falou baixinho, depois beijando minha testa. – Em casa a gente conversa...

Depois daquilo, foram só beijos, abraços e todos nos desejando um bom noivado. Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo. Eu estava noiva do e logo, logo ia ter um filho do ! Aquilo era tão surreal pra mim...

Flashback on (POV Mike)


Eu estava voltando do trabalho quando recebi uma ligação da tia Diana me pedindo que fosse visitá-la, e ainda me pediu que não contasse a . Não entendi o porquê, mas fui mesmo assim, avisando a (que já estava de licença) que ia fazer uma visita os meus pais. O que não seria mentira, afinal “daria uma passada lá depois...” Assim eu pensava enquanto dirigia a caminho do condomínio. Estacionei em frente à casa dos pais de e quando estava chegando à porta, a tia já estava lá me esperando.
-Boa noite, ...
-Boa noite, tia... – O que meus pais e a mãe da estavam fazendo ali? Gelei... Será que nessa altura do campeonato eles descobriram nosso caso a três e querem me passar um sermão e poupar a por causa da gravidez? Entrei tremendo como se estivesse nu no Pólo Norte e cumprimentei as pessoas da sala. – Mãe... Pai... Tia... Tio... B-Boa n-noite...
-Sente-se, . Está com frio? Sua voz tá tremendo...
-Só um pouco... –Tentei disfarçar enquanto sentava numa poltrona próxima à porta. Boa estratégia de fuga, caso fosse necessário... Tomei coragem e então perguntei: - Bem, afinal, que reunião é essa? E por que não convidaram a ? A gente mora pertinho do trabalho, eu podia ter ido buscá-la...
-Você gosta da minha filha, não gosta, ? – Falou a tia Laura sem rodeios e não sei de que cor eu fiquei, porque todos me olhavam com a expectativa de uma resposta.
-E-e-e-u ? C-como assim?
-Filho, eu sei que você gosta dela. Só queremos que você assuma.
-Mas por que, mãe? E como é que tem tanta certeza assim?
-Eu lembro perfeitamente quando ficou doente, um pouco antes de mudarem para o apartamento. Você falava o nome dela enquanto estava com febre. Às vezes falava quando estava sonhando...
-Sim, e daí que eu falei? Eu não sei aonde querem chegar com isso. – Falei quase pulando da poltrona. – E se eu gostar? O que vão fazer? Me julgar?
-Calma, , claro que não queremos julgar você. – Disse a tia Diana sentando-se à mesa de centro, me entregando uma xícara de chá. – O que nós queremos é te ajudar, caso você goste dela... Poderiam casar... – Sabe aquele momento em que você pensa que está sonhando e tenta acordar de todas as formas? Pois é, eu me sentia assim. E só tive a certeza absoluta de que realmente estava acordado porque me queimei com o chá.
-Meu filho, você está bem? – Agora quem perguntou foi meu pai.
-Sim, eu to bem, só queimei a mão... – Então eu coloquei a xícara de volta à mesa e olhei para todos, confuso. Será que foi um reality show que combinou isso com eles?
-Então? – Perguntou novamente a tia Diana, que segurou meu rosto com as duas mãos.
-Sim. Eu amo a , na verdade, desde pequeno. Mas o foi mais rápido... – Falei baixando os olhos, pois não queria ver a reação de ninguém.
-Não precisa ter vergonha de assumir que gosta dela só porque meu filho, seu melhor amigo, também gostou... – Ela beijou minha testa, então eu olhei nos olhos dela, que estavam marejados. –Na verdade, vocês passaram a vida inteira juntos... Os três. É justo que os dois tenham gostado da mesma garota. Tenho certeza que meu filho ficaria orgulhoso se você pudesse assumir parte do papel dele, já que ele não poderá fazer... – As lágrimas saíram de seus olhos e eu também não suportei e chorei junto, e nos abraçamos.
-Então a senhora quer que eu case com a e cuide do Gabriel como se fosse meu filho? É isso?
-Você pode fazer isso por nós, ? – Falou a tia Laura se aproximando.
-Mas isso eu já ia fazer... Não a parte de casar com a ... Mas o moleque já é como se fosse meu... –Tia (agora quase SOGRA) Laura se juntou ao abraço. - Caso sim! Se a quiser... Né?
-Vai sim... Eu conheço minha filha e tenho quase certeza de que ela, no fundo, ela gosta de você também... Sabe, a Aninha me disse que via que “rolava um clima” entre vocês... – Ela falou imitando o jeito desleixado da Aninha falar e todos da sala riram.
-Então... A gente queria que você esperasse por domingo, pra fazer o pedido de casamento. Pode esperar? – Falou a tia Diana.
-Claro, até porque eu nem tenho aliança pra dar a ela... – Comecei a pensar...
-Isso é o de menos, filho. Queremos que você dê a ela a aliança que eu ganhei da sua avó. – Falou meu pai, orgulhoso.
-Cadê?
-Ah, filho, a gente só vai te dar no domingo, pra garantir que não vai se apressar... – Falou minha mãe abraçando meu pai... “É, eles realmente não me conhecem... esperei 17 anos pra me declarar, o que são apenas dias pra concretizar tudo?” Eu sorri sem graça, até que o telefone tocou... Era ela (óbvio). Todos já estavam dispersos em outras conversas sobre como seria o casamento.

-Alô, amor, vai demorar pra voltar?
-Não, coração, na verdade já to indo. Na verdade, eu já estou indo...
- Que bom amor, não tá comendo besteira não, né? Fiz um jantar pra nós... Você sabe, depois tem a sobremesa... Depois tem eu...
-Já to indo. Na verdade, já levantei.
-Beijo, amor.
-Outro... - Quando percebi, todos me olhavam com cara de babacas; na verdade, eles estavam prestando atenção na conversa. Que bom que não podiam ouvir a ... – Bem, gente, tenho que ir... Sabe como é, né? A tá com fome e tá me esperando pra jantar...
- Hum, então corra! Não deixe minha filha e meu neto esperando. – Falou a tia Laura tentando fingir que estava séria, mas não conteve o riso.
-Sim, senhora! Boa noite. –Todos deram “Boa noite” e me dirigi à porta, e tia Diana foi me acompanhar. – Boa noite, tia.
-Se cuida, na verdade você é quase um filho, ... era como se fosse seu irmão e eu sei que ele se sentia assim.
-Obrigado, ele também sempre vai ser como meu irmão pra mim... – Ela me abraçou bem forte e me soltou. –Agora vá que meu neto está com fome. – Ela disse limpando as lágrimas que estavam descendo no rosto.
-Pode deixar, chego rapidinho em casa.
-Dirija com cuidado, heim?
-Pode deixar, “mãe”. - Nós sorrimos e ela ficou me observando até chegar à porta do carro e dar a partida. Dei um último “tchau” e ela entrou. Com certeza todos sairíamos felizes naquela noite.


Flashback off (POV Mike)



Capítulo 21



“Meu Deus, eu to a maior gata!” Foi o que pensei ao me ver vestida de noiva. Haviam se passado cinco meses desde o pedido de casamento, o parto e todos os preparativos. E pra quem tinha praticamente acabado de parir, eu estava com tudo em cima de novo. Com um detalhe: Super turbinada! E como boa designer que sou, desenhei meu vestido valorizando o melhor do meu corpo, escondendo o que ainda precisava melhorar. Eu admirava cada detalhe do meu vestido quando escutei umas batidinhas nervosas na porta, e logo minha mãe entrou segurando sua câmera, acompanhada das minhas sogras e meu filho, que estava acordado como se esperasse pela festa.
- Minha filha, como você está linda! Preciso tirar umas fotos...
- É verdade, ! Nunca te vi tão linda – Falou Diana, que balançava Gabriel no colo.
- Meu filho é um homem de sorte! Estou tão feliz por vocês. – Choramingou Isabel, me abraçando.
- Obrigada, na verdade eu sou a sortuda aqui... E to muito nervosa!
-Isso é normal, minha filha, mas tente se acalmar que tudo vai dar certo. Agora pegue o Gabriel, que quero tirar umas fotos de vocês enquanto ele está acordado.
- Ok, mãe... Só porque hoje é uma data especial. – E por seu uma data importante ela não se fez de fotógrafa e tirou todas as fotos possíveis. – Agora quero que as mulheres que colocaram os homens da minha vida nesse mundo. – Flashes e mais flashes até que ouvi uma batida firme na porta.
- Então, vamos, filha? – Falou meu pai entrando de mansinho.
- Claro, pai.
- Nossa, como você está linda!
- Obrigada, pai. – Então dei um beijo na bochecha do meu bebê, peguei o buquê e logo nos posicionamos na porta da igreja. Quando entramos, eu vi o rosto de , que estava tão nervoso quanto eu. E OMG, como ele estava incrivelmente mais gostoso do que nunca. Eu só conseguia pensar em tirar toda a roupa dele. Peça por peça. “ Calminha aí, , você vai casar com ele!” Casar... Minhas pernas estavam pesadas e de repente lembrei-me do . Imaginei-o ali, se não tivesse... Talvez ele fosse o noivo. Meus olhos marejaram e quando me dei conta, já estava ali na frente do altar, e me olhava ansioso. Quando ele segurou minha mão, toda a insegurança e medo passaram naquele momento. Ele limpou uma lágrima teimosa que escorreu no meu rosto e finalmente começou a cerimônia.


Tudo aconteceu tão rápido... A cerimônia, a festa... Mal tive tempo de falar com o meu marido! Quando a festa acabou, me despedi dos convidados e do meu filhinho, que dormia tranquilamente nos braços da avó. Partia-me o coração ter que deixar o meu bebê “só”, mas era a minha lua-de-mel... E eu não podia me queixar de ir pra um hotel cinco estrelas (presente do nosso padrinho de casamento, vulgo nosso chefe), e quem cuidaria melhor do que eu senão a minha “sogra” Diana?
Ao chegar à porta do quarto, me colocou nos braços, levou direto para a cama e me jogou no colchão macio.
- Me belisca que eu acho que to sonhando... – Ele falou se posicionando em cima de mim.
- Prefiro te beijar, gatão. – Beijei sua testa, seu nariz, as bochechas e o queixo. – Então, acredita que tá acordado agora?
- Acho que preciso de algo mais... palpável para ter certeza. – Ele falou enquanto ergueu meu vestido e começou a brincar com a minha cinta liga.
- Então, vamos fazer você acreditar que você tá acordado, e bem acordado. – Mordi o lóbulo de sua orelha e ele se arrepiou imediatamente. Ele sorriu fraco e me puxou para dar um beijo na minha boca. Logo nossas línguas travavam uma briga quase violenta, e apesar da baixa temperatura do ar condicionado, pegávamos fogo, então tratamos de nos livrar de toda aquela roupa. – Sabe, assim que entrei na igreja, fiquei com vontade de tirar sua roupa... – Joguei seu paletó de qualquer jeito.
- E você acha que eu não quis fazer o mesmo com você? Com certeza você já ouviu isso de todo mundo, mas não custa repetir... Você está linda neste vestido... Mas prefiro você sem ele.
- Eu concordo, mas você vai ter que me ajudar a me livrar dele.
- Com todo o prazer! – Então, me sentei na cama de costas pra ele, que logo desceu o zíper com delicadeza. Depois de me livrar do vestido, ele sorriu e disse: - Que tanta roupa é essa? Vamos nos livrar dela. – Na verdade eu usava um espartilho, uma calcinha minúscula de renda, uma cinta liga e meias 7/8 brancas. Ele se livrava da minha roupa e eu me livrava da sua. Tirei sua gravata como se estivesse desembrulhando um presente, e na verdade era, e eu estava realmente ansiosa. Ele deixou que eu tirasse toda a sua roupa até que ele deitou por cima de mim esperando por sua vez. Ele começou me dando um breve selinho e foi descendo por meu queixo e pescoço, parando no decote do meu espartilho. Ele abriu cada colchete e depositou um beijo em cada parte da pele que aparecia. Quando ele se livrou do espartilho, ele sorriu do jeito mais safado que podia e arrancou minha calcinha com os dentes; eu fervia de desejo enquanto ele deslizava delicadamente as meias e apertava minhas coxas, e beijava a extensão da perna até chegar aos meus pés. Quando não suportava mais aquele joguinho, o puxei para um beijo urgente. Logo, nem ele conseguiu suportar e me penetrou com força me fazendo gemer inconscientemente alto. Que se dane se alguém do quarto vizinho pudesse nos ouvir... era até mais excitante. Eu o provoquei arranhando suas costas, mordendo suas orelhas, seus lábios... Ah, como ele gostava de um sexo ‘selvagem’. Em troca ele me dava chupões pelo pescoço e seios, apertava minha bunda e dizia coisas que talvez só fizesse sentido pra ele, ou eu não conseguia me concentrar tamanho o prazer. Não demorou até que gozamos e caiu exausto ao meu lado. Eu me aninhei em seu peito e esperei que nossas respirações voltassem ao normal, mas foi quem acabou com o silêncio:
- , amor...?
- Oi, amor...
- Só pra não restar dúvidas...
- Hum?
- Eu te amo, minha gatinha selvagem.
- AHAHA, também te amo, meu gatão.
- Sabe, assim que te vi entrando na igreja me lembrei do . – Senti um nó imenso na garganta. – Fiquei pensando... Se ele estivesse vivo, seria ele o noivo...
- Eu juro que não sei... Talvez sim, mas a vida não quis assim, não é mesmo? E você sabe, ele sabe, seja lá onde ele estiver, que amo os dois da mesma forma, não é verdade? Eu sempre vou amar os dois.
- É... A gente sempre teve certeza. – Ele beijou minha testa e nosso abraço ficou mais apertado.



Depois de dois longos anos trabalhando, eu e resolvemos pedir férias e comemorar uma lua-de-mel decente. Claro que podíamos ter feito isso antes, mas eu achava que Gabriel fosse novo demais, por isso sempre fui adiando... E adiando... Até que vi que era mais que merecido fazer isso, então decidimos ir a Fernando de Noronha. Uma semana seria suficiente para descansarmos e não seria tanto tempo sem meu bebê. estava empolgadíssimo e as avós tão corujas quanto eu apoiavam, até “brigavam” entre si pra ficarem cuidando de Biel. O que me restava era curtir a viagem!


Acomodamo-nos nas poltronas do avião, então demorou pra que ele decolasse. Uma das comissárias de bordo nos ofereceu bebidas e se serviu de vodka, eu preferi uma água com gás.
- O que foi isso? Você esta doente, amor? Não aceitou bebida!
- Obrigada por me chamar de beberrona! – Fiz sinal de ok, então rimos. Dei um gole na minha água e me aproximei do seu ouvido, sussurrando. – Bem que a gente podia fazer coisas bem mais interessantes do que beber... Você não concorda? – Enquanto falava ao seu ouvido, arranhava suavemente sua nuca e pescoço. Senti seus pêlos eriçados e vi que ele fechou os olhos e mordeu os lábios inferiores, demonstrando interesse total.
- Vamos pro banheiro, então. – Ele terminou de beber a vodka de um só gole e fez menção em levantar.
- Amor... Todos estão acordados e iriam perceber caso saíssemos juntos e demorássemos...
- Então, como...? – Ele perguntou confuso.
- Mas se eu estiver passando mal, você é meu marido... Não seria de se estranhar. Melhor ainda se eu disser que estou grávida... Se for um bom ator, ninguém vai suspeitar... – Ele suspirou aliviado e me deu um breve sorriso pra que seguisse em frente. Voltei a posição de antes me apoiando na cadeira, fazendo uma careta de desconforto. Tirei o cinto e peguei uma revista que tinha levado e comecei a me abanar.
- Amor, você está se sentindo bem? – perguntou num tom um pouco alto fazendo alguns passageiros nos darem atenção. Uma senhora que estava na cadeira do corredor se virou e me ofereceu ajuda.
- Quer que chame alguma aeromoça?
- Creio que não iam ajudar... São os benditos enjôos da gravidez. – falou de forma que convenceu a senhora, que se ajeitou na cadeira, afastando-se involuntariamente. Tive vontade de rir, então tampei minha boca com as mãos e pude perceber que algumas das pessoas que estavam próximas recuaram. Recuperei o fôlego depois de uns segundos prendendo a respiração e um riso, e me olhou sério e afagou meus cabelos. A senhora não se conteve e falou novamente.
- Por que não vai ao banheiro, minha querida? Tive cinco filhos e sei muito bem como são esses enjôos. Sei que passam quando você põe tudo pra fora! Vá por mim... – As pessoas ao redor concordavam com ela, talvez com medo de que eu vomitasse ali mesmo, e esse pensamento me fez querer rir novamente. Me esforcei ao máximo para não deixar que eles percebessem, até que controlei e dei um risinho sem graça.
- É, acho que tem razão... Amor, você vem comigo? – Fiz minha cara de cachorrinho que caiu da mudança e ele me ajudou a levantar.
- Claro, meu amor. – Ele foi me conduzindo pelo corredor e vi que as pessoas sorriam aliviadas quando passávamos por elas. Quando chegamos à porta do banheiro, vi que não podíamos entrar juntos, mas antes que ela o fizesse, me puxou trancado a porta em seguida. – Enfim, sós! – Ele falou ao meu ouvido, não conseguindo conter os risos. Encaixei minhas pernas em sua cintura e ele me beijou, acabando com nossas risadas.
- Uau, meu marido é um ator e eu nem sabia... – Falei enquanto abria alguns botões da sua camisa e dava chupões em seu peito.
- Um ator movido ao amor... – Ele tateou minhas coxas até achar minha calcinha, que eu mesma tirei, pois tinha aberturas laterais estratégicas. Ele me beijava maravilhado, quando ouvimos batidas na porta.
- Está tudo bem com a senhora? Precisa de alguma coisa? – Comecei a tossir alto, me fazendo de engasgada, e tentei usar uma voz adoentada.
- Vou ficar bem... – Abri o zíper da calça de e peguei em seu membro, que pulsava. – Só me dê um minuto, sim?
- Se precisarem de alguma coisa...
- Eu aviso – cortou a conversa fiada e me penetrou com toda força, e suas investidas quase me rasgavam ao meio. Sem dúvidas, aquela seria uma das melhores transas da minha vida. Apesar de não demorarmos a gozar, minhas pernas tremiam quando pôs-me no chão. Tentei me recompor e ajudei com sua roupa.
- Nossa, que transa... – falou enxugando o rosto suado. – Com certeza está no meu top 10... Melhor, no top 3! – Ele já se posicionava para abrir a porta quando segurei em sua mão.
- Com certeza, meu amor... Só que preciso te contar uma coisinha... – Ele me olhou meio assustado, e como fiz um charme...
- Conta, então... Não me mate de ansiedade!
- Calma, gatão! O pai dos meus filhos não pode morrer de ansiedade...
- Você realmente está grávida, ? – Ele arregalou os olhos com um misto de surpresa e alegria.
- Sabe como é, papai... Gêmeos!
- Gêmeos? – Ele soltou a fechadura e me levantou num abraço. – Mas quando descobriu isso? Por que não me contou logo?
- Eu só confirmei hoje. Eu até trouxe o ultra-som na bolsa. – Ele me colocou no chão e abriu a porta, com pressa.
- Vamos, quero ver meus filhos! – Ele beijou de leve e me guiou pelo corredor me levando até a poltrona e pegando minha bolsa no bagageiro. Depois dele, os outros passageiros curiosos, puderam conhecer meus bebezinhos.



Epílogo:


A lua-de-mel foi curta, mas muito proveitosa. E na volta pra casa, foi repetida a dose da rapidinha no avião. Logo quando chegamos, contamos a novidade para toda a família, que fez questão de comemorar conosco. Pouco antes de parir os gêmeos, formei-me em design de moda. Minha beca mal fechava, mas estava orgulhosíssima. nem tinha se formado quando assumiu o cargo de vice-presidente da empresa. Tive gêmeos próximo ao natal. Todos dizem que (meu filho e do ) é a minha cópia, e Samantha é a copia de . Eu nem seria capaz de explicar tamanha era a minha felicidade ao ver meus filhos crescerem tão lindos e saudáveis. Também não podia, nem queria descrever a saudade que sentia de . Ah, como eu o amava! E como eu me sentia amada por ele! E por ! Eu não merecia todo aquele amor, e talvez por isso aquilo tudo teve que acontecer... Talvez... Mas pelo sim ou pelo não, eu jamais me arrependeria de nada que fiz pra lutar pelos meus amores. Faria tudo de novo sem pestanejar!

Com o nascimento dos gêmeos nos mudamos para um condomínio que ficava próximo ao trabalho de . Eu tive que me dedicar aos meus filhos, mas era plenamente feliz. Todos os fins de semana, levava as crianças ao parquinho que ficava a duas quadras de casa. Na maior parte do passeio os gêmeos dormiam nos carrinhos, mas Gabriel tinha energia de sobra e sempre corria entre os brinquedos. Normalmente, a praça era frequentada pelas mesmas mães e as mesmas crianças. Logo eu e percebemos que Gabriel sempre brincava com duas menininhas que aparentavam serem irmãs.
- Será que a nossa história vai se repetir? – Perguntou olhando pras crianças que brincavam de pega-pega.
- É... Tomara que não. Imagina meu neném sofrendo pelas duas! – me abraçou sorrindo.
- Sempre ciumenta essa minha gatinha... – Eu o beijei e continuei olhando Gabriel, que parecia feliz ao lado das amiguinhas. Mesmo me remoendo de ciúme, eu torcia por eles. Quem sabe ele seria feliz com uma delas? Só o tempo poderia me dizer.

Capítulos 20 e 21 betados por





FIM!


N/A: Halleluia! Até que enfim, heim, queridos leitores?! Primeiramente, vou pedir desculpas pela demora na att. Eu já tinha escrito desde maio, mas tudo conspirava pra não terminar de digitar. Principalmente o último capítulo. Mas finalmente tá ai. Sinceramente, espero que tenham gostado da FIC. Eu sei que alguns capítulos deixaram pessoas absurdamente iradas, e acho massa, afinal a pessoa realmente se envolveu com a história. Pois se não fosse assim, nem teria se importado. Pra mim, escrever foi fantástico, pois é legal conseguir ser vários personagens ao mesmo tempo e escrever algumas coisas que vivenciei, e coisas que eu gostaria de ter feito ( algumas delas ainda dá tempo...) Em pensar que tudo começou com a música 3! Eu ouvi, li a tradução e logo já tinhas toda a história formulada. Sim, até mesmo a morte do primeiro Guy. Por isso ele foi tão loucamente apaixonante, a intenção era mesmo a de deixar saudade. Eu quis fazer uma história que não tivesse um final tão clichê, apesar de muita gente não entender. Eu quis que fossem amigos. No fim de tudo, a amizade e o amor prevaleceram. Falando nisso, tenho obrigação de agradecer a Best Andressa, que me ajudou nos momentos tensos da falta de criatividade (Ela teve muitas ideias loucas) e scriptou toda a fic. Bitch, essa fic também é sua! (No Natal de 2010 ela disse que me mataria, roubaria a FIC do meu PC e colocaria no site com o nome dela...Tinha que contar!) E claro, a todos os leitores que acompanharam fielmente toda ou parte da história. Obrigada também a Lara, que foi a única beta que se dispôs a betar a fic. Desculpa o stress que teve... Só tenho a agradecer a vocês por me darem apoio pra terminar a minha primeira fic! Obrigada, de coração. Elogios ou críticas... Por favor, escrevam nos comentários. Xoxo, até uma próxima FIC!


N/M(etida): Tive que me intrometer aqui mais uma vez. Mas como é a última, eu acho que tenho direito. Bom, desculpe-me pela demora. Estava ocupada e com preguiça de scriptar (Gente, script cansa pra burro). Sei que não é desculpa, mas é a única que me vem em mente agora. Rs. Então, se ainda quiserem me matar, vão ficar só na vontade, pensem bem, ok? Porque quando a Danie fizer outra Fic, seriei útil novamente. Bom, parabéns, Danie, pelo término da Fic, e que venha muitas outras. Beijos (da tia Andressa) galerinha, até a próxima!

31/12/11: Finalmente, hem? rs. Pois bem, quem vos fala ainda é a metida da Andressa, só dando uma pequena explicação. Houve um pequeno problema com a beta Lara e não teve como ela colocar o último capitulo no site, =(. Então agradecemos a ela por ter ficado com a fic até o finalzinho. Obrigada, Lara!
E damos uma salva de palmas à nova beta, a Fernanda; obrigada, Fê, por responder meu e-mail tão rápido e por aceitar betar o último capítulo da fic. Fico muito grata. E que nossa parceria continue, porque eu também irei colocar uma fic no site e a Danie já tem várias outras ideias para fics mais hots. Beijão e Feliz 2012.


Me Adiciona
Minha shortfic com a Andressa: http://www.fanficobsession.com.br/fanfics/i/imaslaveforyou.html

Músicas da Fic:

3 – Britney Spears
Good girls go bad – Cobra Starship
Disappear – Hoobastank
Untitled – Smashing Pumpiks
I Kissed a girl – Katty Parry
Are you in – Incubus
The Messenger – Linkin Park

Qualquer erro, envie um email diretamente para mim em scheffer.lara@gmail.com. Xx.


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