Minha vida é perfeita. Vírgula. Eu tenho 20 anos e namoro um astro do rock. A gente quase nunca se vê, ele às vezes está em Nova York, no Brasil, no Chile, na Argentina e também aqui em Londres, mas quando está, é para dar um beijo em mim, na mãe dele e embarcar novamente. sempre está atolado compondo músicas e ensaiando. Eu sempre saio com minhas amigas para a balada, tentar esquecer a solidão do meu apartamento pequeno. 00h00min – 5 de março.
- EU NÃO AGUENTO MAIS, AMIGA! – falei, indecisa sobre meu namoro.
- Termina com ele então...
- Não posso. Não é fácil esquecer quem a gente ama. E, ainda mais, quando se tenta esquecer tomando vodca na balada com uma solteirona de quase 30 anos como você. – falei no meu quinto copo de vodca.
- Eu tenho 23 anos, e olha, você: não quer esquecer ele mesmo, hein? Liga para ele, volta para casa, vamos assistir um filme meloso e pronto. – incentivou. Nada certa, em minha opinião.
- Então vamos para a MINHA casa, ver o filme no MEU DVD, e ligar para o do MEU celular. – falei meio, quer dizer, totalmente bêbada.
- Deixa que eu te levo no MEU carro. - falou. Ela só bebia refrigerante.
- IZZUM NÃO É ZZZJUSTO. [n.a.: Pra mim isso é língua de bêbado.]
- Vem, ! Você já está fora de casa há três semanas. – realmente, eu nunca havia saído de casa por tanto tempo. Peguei minha bolsa de couro vermelho e entrei no carro, meio enjoada. Chegamos lá em 20 ou 25 minutos e eu já estava meio sonolenta.
- O que é isso no meu tapete, senhor? – falei, levantando as mãos para o céu. Havia buquês em montes e envelopes rosados de carta pelo chão inteiro. – É para mim? – perguntei.
- Você mora sozinha aqui, suponho que seja.
- O gosta de mim, lálálálá, ele me acha boazuda ainda, você não está com nada. – falei, imitando uma criança, enquanto ria como uma boba.
- Vamos lá, boazuda, vamos ver o filme e ligar para o seu encosto logo. – pelo menos meu encosto era bonitinho. – Mas, amiga! Eu li em uma revista de mulheres que, se o homem te mima e te dá flores, ele está te traindo!
- O ? Traindo? Nunca! – respondi certa. Meu namorado nunca faria uma coisa dessas.
- Vou tentar acreditar. Agora junta esse bando de troços aí.
- Se chamam FLORES, sua sem coração. – dei língua para ela.
- Vai ligar para o ? – perguntou.
- Vou, enquanto você vai à cozinha pegar uma bolsa de água para mim. – falei, já pegando meu celular, que estava em cima da mesinha da sala.
FLASHBACK ON I wish I've falling in love... - o celular de tocou. Era , como sempre.
- Oi, amor! – falou , ainda atordoada com o que a amiga havia lhe dito.
- Oi, princesa. Tudo bem por aí? – falou , vermelho com a zombação dos colegas de banda.
- Tudo sim, meu chuchuzinho. Eu queria saber quando você vem. – falou a menina, com os olhos brilhando.
- Eu vou segunda-feira à tarde. – falou, com os olhos ainda faiscantes (n.a imagina o com os olhos faiscantes por você, owwn *-*.).
- Eu estou ansiosa, sua mãe também.
- O quê? A mamãe está aí? – nada de olhos faiscantes, só meio furioso.
- Claro, ela está morando aqui agora. Mas ela já está dormindo, porque eu fui ao shopping com a )... - ligou bem alto uma batida de discoteca, enquanto trazia uma bacia de pipocas, fazendo a mãe de acordar e descer as escadas dançando funk.
- Ok, eu vou desligar. Estamos, é... Compondo uma música. – ele desligou árduo e seco. Não deu nem tempo do famoso “beijo, te amo para sempre e nunca vou te esquecer, tchau chuchu.”.
- ELE ESTÁ ME TRAINDO, )! ELE GAGUEJOU, ELE NÃO ME AMA MAIS, EU NÃO SOU TÃO BOAZUDA QUANTO ANTES! ME MATE, ME MATE! PODE ME MATAR, EU PREFIRO MORRER A AGUENTAR O MEU NAMORADO ME TRAINDO COM UMA CANADENSE GOSTOSONA.
Enquanto isso, na casa máscula, cheia de McGuys tocando compenetrados…
- Ela está me traindo... - falou certo.
- Dude, ela te ama mesmo, nunca faria uma coisa dessas! Mas, se você quiser, amanhã mesmo eu te levo para um bordel canadense e...
- ! – falaram os outros dois não-com-dor-de-cotovelos, juntos.
- Calma, só estou dando idéia para o nosso mais novo amigo chifrudo.
- , não liga para ele. Se você quiser, a gente fala com o Fletch e vai embora hoje. A gente só ia dar um passeio mesmo, nossa turnê pelo Canadá já acabou.
- Não, eu não vou fazer isso, não vou invadir a vida da assim. – todos o olharam. – FLETCH! – gritou , também fazendo as mesmas caras que , e . FLASHBACK OFF.
Eu já estava furiosa e não agüentava ver e chorarem vendo “Um amor para recordar” pela milésima vez.
- Vou buscar mais pipoca para vocês. – falei, bufando.
- Ai, ! Preciso de mais lenço de papel.
- Eu também. Deixe que eu pego. - foi até a cozinha e me viu sentada no granito, chorando. – O que houve, querida? O que te aconteceu? – falou minha sogra, passando a mão por meus cabelos.
- Nada, ! Só seu filho.
- O que o meu filho te fez? Ele vai levar um belo de um safanão quando chegar aqui.
- Ele está me traindo com uma canadense. – falei, entre lágrimas.
- Não fique assim. – ela me abraçou bem apertado e eu fiquei roxa. Fui me deitar ainda meio grogue e com dor de cabeça. Eu olhei para a fotografia que estava em cima da cabeceira, éramos eu e comendo brigadeiro no meu aniversário de 19 anos.
FLASHBACK ON.
sentou no carro, bem furioso com tudo o que estava acontecendo.
- Dude, fica assim não. Você só, hã... Perdeu o sal. – falou , pensativo, no maior incentivo.
- ! A gente chega lá em uma hora. Você pode pegá-la com um modelo de cuecas, mas mulher sempre dá um jeito de esconder os modelos de cueca no closet. Ou então, ela vai estar te esperando de mãos atadas e acha que você ainda continua salgado.
- Salgado, ? – falaram todos juntos.
- Se você não perdeu o sal, você ainda é salgado, não é, dude? FLASHBACK OFF.
Eu acordei cinco horas da manhã e ouvi um barulho, bem familiar. Pareciam quatro caras chegando.
- !
- Princesa! – Demos um beijo estalado, mas eu ainda sabia que ele tinha uma amante, então o larguei bem rápido.
- Posso guardar minha roupa no closet? – falou, dando uma piscadela para os amigos.
- Por quê? Para que você precisa guardar sua roupa no closet? Por que logo no closet?
- E por que NÃO no closet? – o closet estava uma bagunça generalizada e meu presente de aniversário de namoro do estava lá, ele não podia ver.
- Amor, senta aí no sofá e eu guardo para você, que tal? Vocês quatro devem estar cansados. Querem um lanche, uma bebida?
- Tem cerveja, vodca? Coisa de casa de bêbado? - deu um tapa na cabeça de .
- Bêbada é a mãe. – falei.
- O que tem eu? - desceu atordoada, olhando para o filho com os olhos brilhando. – Bebê! – e abraçou .
Puxei para o quarto e os garotos fizeram caras sensuais, mas sabia que não era nada sexual. Chegamos ao quarto e eu joguei na cama, deixando lhe escapar um sorriso bobo.
- Por que fez isso comigo, ? Eu não sou mais a mesma?
- O que, ?
- Só por que você não pode ficar em casa, eu não tenho culpa de não realizar seus desejos sexuais.
- Meus o quê?
- Daí você ficar realizando seus desejos com qualquer uma.
- Como você e o modelo de cuecas?
- Modelo de que?
- Agora é minha vez! Você o escondeu no closet, não é? Pede para ele aparecer, eu já sei, não quero mais brincar.
- Que modelo? – abri a porta do closet para mostrar que não tinha nada lá e ele assentiu, de cabeça baixa.
- Pode até não ter. Mas por que você não me deixou abrir o closet? – peguei o presente embrulhado em um papel vermelho.
- Feliz cinco anos de namoro. – falei chorando.
- Eu não me esqueci disso não, pequena. E eu nunca te esqueci, nunca teve nenhuma garota na minha vida. Só você. – ele tirou um anel do bolso. - , você aceita ser uma Jones? – eu ainda não estava acreditando, não consegui falar nada. Só o abracei bem forte e gritei de felicidade, fazendo todos virem até o quarto e verem eu e com anéis de noivado na mão. Foi o dia mais feliz da minha vida.
End.
nota da autora: É SEGUNDONA! SEGUNDONA! MINHA SEGUNDA FIC CÔMICA! AAAAAAAAAH, QUE FELICIDADE! EMPOLGANTE! BRIGADA PAAH POR BETAR MINHA FIC *-* ACESSEM MEU BLOG!!
nota da beta: Heey, gente! Estou aqui apenas para dar um ooi, e pra dizer que se tem qualquer erro que vocês tenham percebido nessa fic, podem me avisar por aqui, e eu estarei disposta à corrigir o mais depressa possível.
Enjoy, everyone !
XOXO', Paah Souza.