Subíamos as escadas cambaleando e ríamos a cada tropeço. Já passava das três da manhã.
- Caralho! - gritou quando, por pouco, não colidiu com a parede no momento em que avançamos mais um lance de escadas. Virei-me de frente para ele, parada um degrau acima, e coloquei a mão em sua boca.
- Shh! Você quer acordar todo mundo? – Falei, rindo próximo a seus lábios.
- Eu quero que todo mundo se foda! - Ele gritou ainda mais alto e me beijou.
- Para com isso! – Adverti-o, mesmo sem conseguir controlar minha própria voz, e continuei subindo, até sentir um puxão forte em meu braço e no segundo seguinte ser lançada contra a parede.
- Eu não vou aguentar chegar ao meu apartamento. - A voz de saiu abafada pelo fato de ele estar com o rosto afundado em meus cabelos. Gemi, sentindo-o pressionar sua ereção em minha bunda.
- . - Sussurrei enquanto ele beijava meu pescoço ardentemente e suas mãos ágeis entravam por baixo do meu vestido.
- Que foi? - Ele mordeu minha orelha.
- Continua. - Pedi baixo e ele gargalhou, atendendo ao meu pedido rapidamente.
- E se agora eu quiser esperar? - Ele perguntou, desafiador, brincando com o elástico da minha calcinha.
- Eu vou te provocar até você não aguentar mais. - Mordi seu queixo, rebolando devagar.
- E aí, eu vou ser obrigado a te foder até você não aguentar mais. - De repente, sua voz ficou firme em meu ouvido e um arrepio percorreu minha espinha, deixando-me sem reação e ainda mais excitada.
me virou de frente para ele e eu gemi de dor quando ele me empurrou de volta à parede, fazendo-me bater as costas no corrimão. Não que aquilo me importasse, de qualquer forma, eu estava tão louca para saber o que ele faria comigo que a dor não durou mais do que alguns segundos. Ele avançou em meus lábios, iniciando ali um beijo agressivo e um tanto quanto excitante. Seus dedos começaram a acariciar minha intimidade sobre a calcinha, umedecendo-a ainda mais. Gemi baixo, arranhando suas costas sob a camisa e quebrou o beijo, mordendo meu lábio com força, fazendo-o latejar. Ele abriu sua calça e segurou minha mão, colocando-a dentro de sua boxer. Comecei a massageá-lo e ele encostou a testa na minha, mordendo o próprio lábio. Enfiou as mãos entre meus cabelos e puxou meu lábio inferior com força.
- Vai! - Ele olhou para baixo sugestivamente, com um sorriso malicioso. Assenti com a cabeça, sorrindo da mesma forma.
Tirei sua camisa e comecei uma trilha de beijos por sua barriga até o elástico de sua cueca, abaixando-a um pouco, e seu membro praticamente pulou para fora. Segurei-o pela base, chupando sua glande. Depois passei a língua por toda sua extensão, chegando a seus testículos, lambendo-os com vontade. Os gemidos de se tornavam cada vez mais altos e constantes. Fiz o caminho contrário com a língua, encarando-o com cara de safada, e ele sorriu malicioso, juntando meus cabelos em um rabo de cavalo para que pudesse apreciar melhor a cena. Coloquei-o inteiro na boca lentamente e ele apertou meu cabelo entre os dedos. Eu aumentava a intensidade das sucções gradativamente, fazendo-o gemer cada vez mais, até que ele me fez parar, segurando em minha nuca. Levantei-me e me colocou de frente para a parede novamente. Tirou o cinto e prendeu minhas duas mãos ao corrimão.
- ... - Fiz um biquinho, resmungando em reprovação.
- Tenho certeza que você vai gostar. - Ele beijou meu ombro, levantando meu vestido o suficiente para que meus seios ficassem à mostra e começou a distribuir beijos por minhas costas, mordendo-a com força em alguns pontos. As mordidas de eram coisas de outro mundo, embora fossem extremamente dolorosas, faziam-me contrair músculos que eu nem sabia que existiam. Afastou minha calcinha e logo dois de seus dedos me penetraram fortemente. Gemi alto e com a outra mão ele virou um pouco minha cabeça, beijando-me na boca. Seus dedos começaram a se mover dentro de mim e desceu a boca para meu pescoço, dando mordidas e chupões, que com certeza deixariam marcas profundas. Foi até minha nuca e começou a trilhar beijos por minhas costas novamente e, antes mesmo que eu pudesse me dar conta do que estava acontecendo, seus dedos foram substituídos por seus lábios quentes e ágeis. Gemi alto, empinando minha bunda, e senti sua língua indo ainda mais fundo. Suas mãos indecisas ora acariciavam minhas coxas, ora estimulavam meu clitóris. Senti minhas pernas vacilarem e um formigamento começou em meus pés, subindo por todo meu corpo. Um gemido alto rasgou minha garganta e senti todos os meus músculos relaxarem, jogando a cabeça para trás. lambeu toda minha intimidade e mordeu minha bunda de leve, colocando- se de pé. Segurou firme em minha cintura e, sem que eu ao menos pudesse recuperar todo o fôlego perdido, ele me penetrou com força, fazendo com que eu me sentisse totalmente preenchida. Ficou imóvel dentro de mim por alguns segundos enquanto me beijava.
- Vai, gostoso. - Gemi ao passo em que ele beijava minha garganta.
- O que você quer, meu amor? - ele perguntou, cínico, apertando meus seios.
- Você sabe. - Praticamente gemi, rebolando para provocá-lo. Ele desceu uma das mãos para dentro da minha calcinha e começou a me masturbar, ao mesmo tempo em que iniciava os movimentos de vai e vem. segurou meu quadril, puxando-o para trás, e continuou a me penetrar com força. Eu tentava, em vão, controlar meus gemidos que, a essa altura, eram totalmente incontroláveis. Ele segurou meu cabelo, virando minha cabeça.
- Você quer acordar todo mundo? - Ele mordeu minha orelha, imitando-me de forma ridícula, e rimos juntos.
- Faz o seu trabalho. - Mordi meu lábio, movendo meu quadril contra o seu.
- Agora. - Ele intensificou ainda mais os movimentos, deixando-os mais rápidos e fortes. Mordeu a curva do meu pescoço com força, chupando-o em seguida, e logo senti seu líquido quente escorrer dentro de mim. deu mais algumas estocadas e eu também cheguei ao ápice. A movimentação foi diminuindo até se tornar inexistente e ele encostou seu peitoral úmido em minhas costas, que se encontravam na mesma condição. Eu podia sentir seu coração batendo tão rápido quanto o meu. Ficamos imóveis durante um curto espaço de tempo e quando nossas respirações se tranquilizaram, ele se afastou de mim. Olhando por cima do ombro, notei que ele fechava sua calça e depois pegou sua camisa, que estava uns cinco degraus abaixo de nós, vestindo-a, e só depois de colocar meu vestido no lugar, soltou-me. Minhas mãos formigavam e meus pulsos ardiam bastante.
- Você me machucou. - fiz manha, encostando na parede.
- Vai dizer que você não gostou? - Ele segurou meus pulsos, massageando-os com os polegares, e beijou a palma da minha mão. Eu ri.
- É, foi bem divertido mesmo. – Dei-lhe um selinho e ele sorriu, soltando meus braços, e repousou as mãos suavemente em meu pescoço, dando-me um beijo longo e carinhoso.
- Eu te amo, princesa. - Ele sussurrou contra meus lábios.
- Você ainda tá bêbado, . - Passei a mão por seu rosto. Eu nunca duvidei de seus sentimentos por mim, mas também nunca acreditei que fosse amor de verdade. Quero dizer, era amor, mas um amor de amigo, de fuck friend, nada realmente concreto. Pelo menos da parte dele.
- Eu to mesmo, mas sei bem o que to falando, porque daqui a pouco eu vou acordar sóbrio e te amando do mesmo jeito. - Ele falou sério.
- Você já tá falando besteira. - Ri. - Vamos dormir. - Peguei em sua mão, subindo o último lance que faltava até seu andar. puxou meu braço, fazendo-me parar.
- Eu to falando sério, , e vou te provar isso, vem. - Foi a vez dele me puxar.
Corremos até seu apartamento, ele parou para trancar a porta e continuou me guiando até seu quarto. – Espera. - Parou-me perto de sua cama e foi até o guarda-roupa. Puxou sua jaqueta azul, que por acaso era a minha preferida, do cabide e tirou uma caixinha vermelha do bolso, jogando a peça no chão.
- Não acredito! - Falei baixo, tapando a boca com as mãos. Ele sorriu orgulhoso, parando na minha frente, encarando a delicada caixa entre as mãos e depois olhou no fundo dos meus olhos.
- Não estava nos meus planos fazer esse pedido dessa forma, meio bêbado e depois de uma transa maravilhosa na escadaria do meu prédio. - Ele riu, sem quebrar o contato visual. - Na verdade, eu tinha planejado esperar até o seu aniversário pra fazer uma coisa bonita e tal, mas foda-se, quanto mais rápido eu puder mostrar tudo o que eu sinto por você, melhor. - cambaleou um pouco antes de conseguir se firmar ajoelhado e abriu a caixinha, revelando duas brilhantes e lindas alianças. - , você aceita ser a minha namorada? - Meu rosto estava prestes a ter câimbra, tamanho o sorriso que ali se encontrava.
- Claro que eu aceito. - Minha voz saiu num sussurro e eu sentia uma alegria imensa dominar meu peito, deixando-me a ponto de explodir. Ele sorriu, colocando a aliança em meu dedo, e me entregou a outra para que eu fizesse o mesmo. Depois, levantou-se e me deu um beijo quente, apaixonado, diferente de todos os outros.
- Eu te amo. - sorriu torto.
- Eu também te amo, muito. - acariciei sua nuca, dando-lhe um selinho demorado. Ele me encarou por um bom tempo, fitando cada detalhe do meu rosto com bastante atenção.
- Me sinto um otário por ter demorado tanto pra perceber isso. - Ele falava baixo, mole, em um tom aconchegante. - Acho que eu tinha tanto medo de te perder, que eu preferia não ter você pra mim de vez.
- Você não ia e não vai me perder nunca e podia ter demorado mais o tempo que quisesse pra me pedir em namoro, eu ia continuar aqui. - Beijei o canto de seus lábios levemente.
- Eu sei disso, mas não queria que só você continuasse aqui, eu queria ter certeza que você sabia que eu também estaria aqui, com você e pra você.
- Eu sempre soube disso, meu amor.
- Mas agora todo mundo vai saber, é oficial. - Ele levantou a mão direita, chacoalhando os dedos. - Todo mundo vai saber que você é minha, só minha e que eu te amo demais. - Rimos baixo e ele me abraçou. Naquele momento, nada me parecia mais certo do que aquilo, nenhum lugar no mundo era tão seguro e tão confortável quanto o abraço de . Depois de um bom tempo, que poderia se estender a eternidade, mergulhada em seu pescoço, sentindo seu calor, afastei-me um pouco, olhando em seus olhos.
- Você é lindo. – Beijei-o.
- E você é maravilhosa. Ele passou os braços por minha cintura, tirando meus pés do chão, e me girou. Gargalhamos, já deitados na cama.
- Acho que a gente merece um banho, né? - Sussurrei, após longos segundos de silêncio.
- Um banho com você é sempre bem-vindo. - virou de lado para me olhar. - E eu vou te compensar pelo pulso machucado, ok? - Ele afirmou, sorrindo primeiro com os olhos e, depois, lançou-me um sorriso lindo, verdadeiro e enorme.
Um sorriso que, agora, com toda convicção, eu podia chamar de meu.