Tour
Autora: Cristiane Rodrigues
Beta-reader: Brille


Mais um show tinha acabado e os quatro desceram do palco. Pingando de suor, é claro.
- É isso aí, gente, foi um ótimo show. Agora, vamos pro ônibus, tá? Rápido, rápido! - Seu agente, Bert Grumann, disse.
- Quê?
- Não, perai! - Gritou Gustav
- Olha, eu sei que estamos em turnê, mas amanhã não tem show, e eu estou muito cansado. - Bill argumentou.
- E fedendo. - Completou George.
- Qual o problema, gente? - Tom perguntou.
- E estamos... Como posso dizer? Necessitados?
- Ah! Isso é, Bert. BERT, BERT, BERT, BERT, deixa a gente livre, por favor!
- Não, nada feito. É uma turnê, não é brincadeira, galera, vocês não estão entendendo?
- Estamos, mas somos humanos. - Bill falou.
- Irônico isso. - Tom completou. - Vamos fazer o seguinte, temos uma semaninha de folga, que tal? Já estamos há nove meses morando em aviões, ônibus, hotéis, etc.
- Ok, ok, TUDO BEM, felizes assim? Mas só uma semana, só isso, e depois só quando a turnê acabar. Agora vamos andando, porque ainda tenho que ir fazer uma reserva em algum hotel.

No hotel...

- , vamos, tá todo mundo esperando.
- , os conhecemos hoje e já vamos pra festa com eles?
- É.
- Não, você nem sabe se são assassinos, estupradores, sequestradores...
- ! Vamos, logo!
- Tá bom.
As duas garotas iam saindo quando esbarrou em Tom.
- Desculpe, eu não quis... - Paralisou quando olhou em seus olhos.
- Tá tudo bem, qual teu nome?
- , mas pode chamar de , quer vir conosco pra uma festa? Eu sou de...
- !!! Vem, estamos atrasadas - A segunda garota a puxou pra longe - Você tá louca? Ele é que pode ser um assassino, estuprador, sequestador. HUM!
- Tá bom, desculpa, , desculpa, mas você viu como ele era lindo e maravilhoso? O homem perfeito, ai ai! Aqueles dreads, aqueles olhos, aquela boca...
- Aquele odor de gambá!
- CRIS! – ela repreendeu a amiga.
- Quê? É a verdade, tava fedendo, .
- Nem senti.
- O QUÊ? Era impossível!
- Ele era tão perfeito que não vi os defeitos.
- Mas ele tava fedendo MUITO, .
- Para com isso.
- Chegamos, vem!



- CARA, essa foi a MELHOR festa da minha vida. - falou um pouco alto. - A MELHOR!!!
- É, foi legalzinha.
- O quê? , POR FAVOR. Que horas são? Duas horas?
- São dez horas. – informou.
- O QUÊ? Caramba! Vamos, vamos.
- Estamos de férias, sua louca, para de correr.
- Ok, ok.

Chegando ao hotel, como não tinham comido nada, claro, só bebido, foram direto tomar café da manhã, que por sinal já estava quase acabando. Sentaram-se à mesa e começaram a comer, e logo os quatro e Bert entraram para fazer o mesmo.
- Tom, por que demorou tanto? - Perguntou Gustav
- Tava dormindo, cara.
- Nós também, mas não entramos em coma, só dormimos. – Georg provocou.
- Ah, cala a boca, Georg.
- É a verdade.
- CRIS! - quase gritou no ouvido da amiga, que estava quase dormindo na mesa.
- Que foi, maníaca?
- Olha quem esta ali. – Falou com os olhos brilhando.
- Quem? AH! O sequestrador!
- Para com isso, ele não é sequestrador.
- Como você sabe?
- Eu só sei.
- Prefere sequestrador ou Lesk? -
Lesk? Da onde tirou isso?
- Sei lá, o que prefere?
- Nenhum.
- Tá bom, então será sequestrador.
- Oi, você não é a garota bêbada de ontem à noite? - Tom se aproximou de .
- Eu mesma, mas não estava bêbada.
- Ela é assim ao normal mesmo.
- Vai se foder,
- Claro, pode deixar, daqui a pouco eu vou sim. - Levantou e foi pegar algo na bancada
- Mas então, qual o SEU nome?
- Meu nome é Tom.
- Seu nome é Thomas? - voltou.
- Não, é Tom.
- Não é Thomas?
- Não, é Tom.
- Seu nome é Tom, só... Tom?
- É, Tom.
- Que estranho.
- CRIS, cala a boca.
- Tá bom, tá bom.
- E então, como foi a festa ontem?
- Festa? AH, CLARO! Foi muito legalzinha.
- Mentira dela, foi super legal, voltamos agora a pouco.
- Hoje à noite terá outra festa, por que não chama seus amigos pra irem conosco?
- O quê?
- Quer ir conosco?
- Claro, mas amigos? Peraí, vocês não sabem quem somos?
- Ué, cara, você é o ‘só Tom, sequestrador’, e os outros não se apresentaram. - falou de novo.
- Sequestrador? Não, é que... Vocês nem nos agarraram e nem pularam em cima de nós, nem ontem e nem hoje.
- HAHAHA! Tá bom, tá se achando demais, carinha.
- Vocês não tem ideia de quem sou?
- Não, você é... Um rapper?
- CRIS! Não fala assim.
- Ok, vou ficar quieta se me apresentar os outros.
- Oh claro, desculpa. Gustav, Georg, Bill e Bert, essas são e... ?
- , mas pode ser .
- E eu,
- Oi, . Oi, . – Eles disseram.
- Oi – Elas responderam juntas.
- , senta aqui! - Bill a chamou
- Claro, com licença
- Então, , o que você faz?
- Estou na faculdade, assim como a , mas estamos de férias.
- Entendi
- E você?
- Quê?
- Que o quê? O que você faz?
- Você não sabe?
- Você é um matador ou algo assim? Porque o teu amigo ali, Tom...
- Ele é meu irmão.
- Sério? Não parece, quer dizer, tem semelhanças, mas os estilos...
- Eu sei – ele riu. - Todos falam isso. Sabe, eu gostei de você.
- Oh, obrigada, estou agradecida.
- Você é muito engraçada – Bill riu novamente.

- Então, , você é o que da ? Irmã?
- Não, não, irmãs de coração, mas de verdade somos amigas e colegas de quarto, quer dizer, dividimos um apê com mais duas garotas.
- E elas não vieram com vocês?
- Bom, não somos TÃO amigas assim, entendeu?
- Sim, sim, entendi.
- E você e eles? Amigos só?
- Não, eu e Bill somos irmãos gêmeos, mas os outros são só amigos mesmo.
- Nossa.
- Pois é
- E estão de férias também?
- Hmm... É, tecnicamente.
- Entendi.
- Está na faculdade também?
- Na verdade, não.
- Ah, férias do trabalho?
- É isso aí!
- Ah entendi. E o que faz?
- Garotos, vamos subir, temos aquele compromisso, lembram? - Bert os chamou.
- Qual? – Tom perguntou.
- Eu não lembro de nada. – Bill disse.
- Nem eu. – Georg franziu o cenho.
- Quê? – Gustav questionou distraído.
- Vamos, temos que fazer aquilo... – Bert falou.
- Cara, se não quer falar na nossa frente, é só dizer, temos que ir. - foi direta.
- É, nisso tenho que concordar, com licença.
- Não, meninas, voltem.
- É, fiquem. Ele é um idiota.
As duas se levantaram e saíram.
- Calem a boca. Esse é um hotel cinco estrelas e, apesar de amigo de vocês, sou seu agente. E se vocês se aproximarem mais delas? E se estiverem mentindo quanto a não conhecer vocês? Elas são o quê? Retardadas? Como não conhecem Tokio Hotel? Está em um monte de revistas!
- Bert, não viu que elas não são comuns? - Bill as defendeu.
- É, cara, nada a ver isso, elas não nos conhecem, ué, o que tem? – Tom também protegeu as garotas.
- São atrasadas e vão NOS atrasar.
- Temos uma semana, lembra?
- Tá bom, mas depois não digam que eu não avisei, ok?
- Aham.
- Falou.

- , ele é tão lindo, tão perfeito...
- Já ouvi isso.
- Vai dizer que não gostou do Bill?
- É, ele é... Legalzinho.
- Legalzinho? Você é doida. Eu só não entendi uma coisa.
- O quê?
- Tom falou que estavam de férias do trabalho, então eles trabalham todos juntos, né?
- É verdade.
- Que legal.
- E na mesma hora aquele amigo idiota, o Bert, nos interrompeu.
- Que ódio dele, vontade de jogá-lo do quinto andar.
- Muito baixo.
- Verdade. – concordou.
- Agora, vamos procurar roupas LINDAS pra hoje à noite. Será que vão?
- Acho que vão, só teremos que driblar aquele Bert.
- É, isso é. MEU DEUS!
- O que foi, ? Tá se sentindo bem? – a amiga perguntou preocupada.
- Não.
- Que houve?
- Tô tendo um ataque
- O que você tá sentindo?
- Muita vontade de ter aquele vestido ali.
- O QUÊ? – exclamou surpresa.
- Olha que lindo, é cinza.
- Eu achei que estava passando mal.
- Eu preciso dele.
- Não, você não precisa, você quer ele.
- NÃO, EU PRECISO!
- Para de gritar, tá todo mundo olhando. – repreendeu.
- Eu quero o vestido - a garota saiu andando e entrou na loja.

- Bill, olha, não conta nada pro Bert, mas nos convidou pra uma festa esta noite.
- Nós também? - Georg perguntou.
- Ou teremos que buscar nossos castiçais? - Gustav completou.
- HAHA, muito engraçado.
- Então, vamos ou não?
- Claro.
- Vou ligar pra ver se já voltaram.
- Ok.
Tom ligou em seu quarto.
- Alô?
- ?
- Tom?
- Oi, er... Bill... Me mandou perguntar que horas vai ser a festa.
- O Bill? Ele ta aí?
- Tá sim.
- Ah, tá bom.
- E então?
- O quê?
- Que horas vai ser?
- AH TÁ! Hmm, lá pelas 22h.
- Ok, obrigado, vou desligar
- Tudo bem, tchau.
- Tchau.
Tom desligou o telefone e viu que Bill estava pegando o elevador.
- Aonde vai?
- Tenho que fazer uma coisa.
- Sem seguranças?
- É rápido.
- E o Bert?
- Cuide dele, já volto.
O garoto entrou no elevador e foi embora.

- BILL! Saco, viu.
- TOM!
- Bill?
- Não, Bert, cadê o Bill?
- Tá... No banheiro. – Tom falou rápido.
- Ok. Seguinte, sobre o que houve esta manhã, galera, me desculpem, eu só quero o melhor pra vocês, e essas meninas são um perigo, são distrações.
- Sabemos, Bert, não precisa se preocupar.
- Obrigada, gente, sabem que considero vocês minha família, né?
- Claro, e você também é nossa.

- !
- O quê?
- Vou dormir um pouquinho, lá pelas 21h30 você me acorda. – pediu.
- Ok, pode deixar, amiga.
As duas deitaram, mas foi que dormiu, como sempre.


Bill abriu a porta arfando.
- O que foi? Onde estava? - Tom perguntou.
- Foi comprar uma coisa.
- O quê?
- Logo verá.
- Bill!
- Vai se arrumar, cara.
- Ok

Eram 22h15 e os dois estavam prontos pra festa.
- Vou ligar pra elas.
- Falou.
- Alô?
- Oi.
- ?
- É.
- Tá pronta?
- Claro, esperamos vocês.
- Ok, já estamos indo.
- Tudo bem. – e desligou.
- !
- Oi? – a amiga respondeu prontamente.
- Acha que estou bem?
- Está linda.
- Não está... Too much? – estava nitidamente insegura.
- Não, não tá não.
- NOSSA!
- Que foi?
- Vai toda dark assim, mesmo?
- Eu SOU assim, lembra?
- Ah, claro.
- E vai toda de preto e com o All Star... Vermelho?
- É, , você sabe que eu AMO esse sapato.
- É, eu sei.

Assim que Tom desligou o telefone, os quatro desceram ao andar das meninas, mas só Tom e Bill foram, os outros esperaram no saguão. Bateram na porta e atendeu.

(Roupas: e )

- Oi, meninos, entrem!
- Tudo bem, mas rápido, porque os outros estão lá em baixo...
- Shiu, Tom - Bill falou.
- está quase pronta.
- , tá bom esse... Oi, gente.
- Oi, .
- Oi, Bill - Ela sorriu.
- Está linda.
- Obrigada.
- Isso é pra você.
- Obrigada, o que é?
- Abra.
- Ok. - Ela abriu uma caixinha. - Oh meu Deus, é lindo, é maravilhoso, obrigada, mil vezes obrigada - A garota pulou em seu pescoço e o abraçou forte.
- Me dê, quero colocá-lo.
(Presente)
- Que bobagem, não acredito que me fez suar frio com o Bert lá no quarto enquanto foi comprar isso pra ela.
- O que quis dizer com 'ela'? - perguntaram ao mesmo tempo e Bill.
- Você a conheceu hoje, cara, mal a conhece.
- Mas eu gostei do que conheci.
- Olha, eu posso ter te adorado, mas não pode falar assim dela.
- Ela não é nada sua!
- Você não tem sentimentos, cara?
- Vamos pro carro.

Eles desceram, entraram no carro e foram pra festa. Chegaram e, quando estavam entrando, ouviu:
- Eu sei que a conheci hoje, mas o que tem, Tom? Coitada, ia ficar sem fazer nada, e de vela tanto quanto eu, Gustav e Georg, e de qualquer jeito os dois iriam curtir e terminaríamos sozinhos na mesa.
- É verdade, Bill. – Tom riu.
correu para perto de .
- Estou indo embora.
- O QUÊ? Acabamos de chegar.
- Mas quero ir.
- Você gastou uma fortuna nesse vestido pra ficar mais linda e olha só... Funcionou.
- O idiota do Bill mentiu, ele sente pena de mim.
- Mais um motivo pra ficar.
- O quê? -
Olha quem está vindo.
- , noite passada me deu balão, mas hoje você não foge.
- Tyson, claro.
- Claro?
- É, claro.
- Vem comigo.
- . - Bill a segurou pelo braço.
- Sim?
- O que é isso?
- Não vou mais ficar sozinha com você na mesa, não é? - Sorriu cínica.
- O quê?
- Exatamente o que ouviu, com licença.
A moça falou e saiu andando com Tyson, que estava abraçado a ela.
- Tom, que acha de dançar?
- Muita idiotice.
- Ok.
A outra garota levantou e saiu andando, procurando por alguma bebida quente, mas na verdade encontrou outra coisa, nem tão diferente da bebida.
- ?
- Alex?
- Oh meu Deus, há quanto tempo!
- Verdade, que saudade de você. Nossa, você está muito diferente!
- E você... Continua linda, só que muito mais linda. – ele elogiou.
- Haha, que isso.

De longe, Bill e Tom ainda olhavam o que tinha acabado de acontecer.
- Peraí, o que aconteceu aqui?
- Estávamos ganhando.
- E agora? -
Não sei, cara.

- Então, Ty, o que faz?
- Sou estudante ainda, mas esse ano me formo, e você?
- O mesmo.
- Sabe, , nos conhecemos desde pequenos, mas só nos reencontramos aqui, e quero dizer que realmente gosto de você.
Tyson falou e a beijou.
- O... O quê?
- Eu gosto de você.
- Você tá bêbado, né?
- Não, ainda não. – ele riu.
- Tudo bem.
- , por favor, me dê uma chance.
A garota lembrou-se de tudo o que houve na noite e resolveu que daria essa chance.
- Tudo bem.
- Obrigada.
Ele foi puxando-a para longe da pista, perto de umas mesinhas, e sentou ali, beijando-a e acariciando-a.


- , por favor.
- Não, Alex.
- Só um beijo.
- Não.
- Um beijinho.
- Não, não.
- Um selinho? Sim, sim?
- Ok, mas vai parar de me encher?
- Claro.
O menino segurou seu rosto com as mãos e lhe beijou. E, claro, ela retribuiu. Lembrou-se de tudo: Tom sendo grosso e rude com sua irmã e com ela.
- .
- Sim?
- Vem. Vamos.
Ele a puxou pela mão para o segundo andar, onde havia um sofá. Sentaram-se e ficaram ali.
- Posso te dizer algo? Sempre gostei de você.
- O quê? Não, Alex, você era tão legal.
- , eu gosto de você.
- Não, não gosta.
- Sim, eu gosto.
- Por favor.
- Eu gosto muito, demais. – Disse e a beijou.


- Eu já sei.
- O que vai fazer, Bill?
- Resolver isso, ué.
- Como?
- Eu sei lá.
Bill andou até onde e Tyson estavam, ele com as mãos em sua cintura, as pernas debaixo das suas e rostos colados.
- . - Ela não respondeu. - , posso falar contigo?
- Hmm... Não.
- Por favor.
- Não.
- - Ele puxou sua mão.
- Cara, ela falou que não... Duas vezes, não ouviu?
- E DAÍ? O que você tem a ver com isso?
- Tudo, sou namorado dela. - Tyson falou e lhe deu um soco. Quando Bill ia revidar, os seguranças apareceram e levaram o outro pra fora.
- PAREM! Tyson, você não é meu namorado, eu fiquei com você, só isso, e você, Bill, me maltratou e disse que eu era coitada, que ia ficar sozinha.
- Me desculpe, , eu não queria te magoar, nunca. É que fiquei com medo.
- De que? De mim? Vai dizer que sou assustadora também?
- Não é isso, é que... Eu fiquei medo de gostar de você, de entrar num relacionamento, isso já aconteceu antes comigo e não deu certo, me desculpe.
- Tá... Tá tudo bem.
- É recente, mas eu gosto muito de você.
- Eu... Também.


Tom levantou, foi ao segundo andar e andou até perto de . A garota foi ao banheiro e o viu.
- . , por favor, me desculpa, fui... Insensível, ok? E mal-educado.
- Tom, sabe o que ele fez?
- O quê?
- Ele disse que sempre gostou de mim.
- SEMPRE?
- É, nos conhecemos há um bom tempo.
- Mas eu não posso dizer o mesmo, senão estaria mentindo.
- Eu entendi, e agradeço pela sinceridade, mas eu prefiro...
- Sinceramente? Isso importa?
- Sim, o que importa é quem me faz bem.
- Não importa se ele ou eu gostamos de você, o que importa é de quem você gosta. Mas quem te faz bem?
- Ele.
- E de quem você gosta?
- De você.
- E o que vai fazer com isso? Eu vim aqui te pedir desculpa, por favor.
- Não posso deixá-lo lá, sozinho.
- Sozinho?
- É.
- E o que é aquilo?
se virou e viu Alex beijando uma piriguete qualquer, com uma mão em sua bunda e outra em seu cabelo.
- Mas o quê...? Alex!
- Me desculpe, . Ela que me beijou. – Alex tentou se justificar
- Tá bom, faça o que quiser. – Ela deu de ombros.
- Então... Você me desculpa? – Tom perguntou novamente.
- Desculpo, claro que desculpo. – disse e o abraçou em seguida.
- Obrigado. Agora vamos lá pra baixo, já chega dessa noite.
Os dois desceram e se juntaram a Bill e para irem embora, quando um cara qualquer subiu no palco e começou a falar:
- Hoje nós temos aqui uma ilustre presença, aplaudam os integrantes da banda Tokio Hotel! – Ele terminou de falar e a luz principal do local foi parar em cima dos irmãos.
- O quê?
- Mas como?
- Vamos embora.
- Tom, Bill, venham aqui em cima! Onde estão Gustav e Georg?
- Tom, o que esta acontecendo?
- Não é nada, . Vamos.
- Esperem! – parou de andar em direção à saída e seus olhos encheram-se de lágrimas – Vocês são mesmo dessa banda? – Eles ficaram quietos. – Vocês mentiram pra nós?
- Inacreditável! Depois de tudo isso... Quando iam nos contar?
- Peraí, meninos, vocês não estavam em uma turnê? – O cara no palco falou. – Tiraram uma folginha, né? – Ele riu. - Venham aqui em cima, venham! Toquem um pouquinho pra nós.
- Bill, por quê? Como pôde?
- Tom, eu não quero te ver nunca mais, NUNCA!
As duas foram de volta para o hotel e para o seu quarto. Trocaram de roupa e foram dormir. Durante os quatro dias seguidos, só Gustav e Georg iam ao quarto delas, conversar, trocar idéias, falar e contar piadas, nada relacionado aos gêmeos.
Sábado, as meninas acordaram e se vestiram.

(Roupas: e )

- Sabe, na verdade, eu não queria ir embora. - comentou.
- Nem eu, definitivamente essa foi uma das melhores férias da minha vida.
- Obrigada, amiga.
- Nada - As duas de abraçaram.
- . - Chamou a amiga, terminando de arrumar suas coisas.
- Oi.
- Eu sinto falta dele.
- Eu também.
- Não vamos fazer nada?
- Não sei, eles nos magoaram muito, . Mentir sobre aquela banda e serem SUPER famosos muda tudo. Não quero isso pra mim, mentiras, capas de revistas, paparazzi...
- Eu sei, mas enfrentaria tudo isso por ele. Que droga, os conhecemos por sei lá, um dia ou dois, e já nos apaixonamos perdidamente assim, oh meu Deus!
- Eu sei. Odeio isso.
- Eu também.
As duas deitaram na cama, olhando para o teto.


- Bill e Tom foram MUITO irresponsáveis, não acredito nisso. Você até tudo bem, Tom, mas não esperava isso de você, Bill. Estou desapontado, depois de todo o discurso que fiz...
- E continua fazendo - Comentou Gustav.
- Fica quieto, porque com você e Georg não foi tão diferente. Todos vocês foram, saíram sem seguranças, se envolveram com essas garotas...
- Viu, eu disse que elas não nos conheciam.
- Mas agora conhecem. Nesse momento as defendo, nunca mais devia olhar pra cara de vocês dois.
Tom se levantou e saiu do quarto.
- O que foi? - Bert perguntou.
- Foi exatamente o que disse - Falou Bill e foi atrás do irmão. - Tom! Tom! Olha, vai ficar tudo bem, e não sei o que houve, você nunca ficou numa garota assim.
- Ah cara, é diferente, ela é tão... Especial pra mim. Nossa, eca, tô falando igual você... Mas é a verdade.
- É porque você tá...
- O quê?
- Apaixonado.
- O QUÊ? Não, não. Não tô não.
- Tá sim.
- Tô não.
- Tá sim.
- Tá bom, eu tô. – Tom terminou – O que eu faço?
- Vamos atrás delas.
- Ok.
Os irmãos entraram no elevador e foram ao quarto das garotas. Bateram três vezes e nada, até que abriu a porta.
- Olha, eu não quero seja o que estiver... Ahn, oi.
- Oi - Os dois falaram.
- Vou ser direta, tá bom? Se você - Apontou pra Tom - veio aqui pra magoar a minha amiga, pode ir dando meia volta, porque EU não vou deixar, tá ouvindo?
- Uhum, queria me desculpar.
- Ah é? De novo? Vocês dois nos magoaram... Muito. Mentiram demais, não dá.
- , por favor, eu... Olha, pode ser muito cedo e tudo mais, você pode achar bobagem ou futilidade, mas tenho que tentar, , apesar desse pouco tempo, eu te amo.
- O QUÊ?
- Eu te amo, e muito, eu não quero ficar um minuto sem você, não consigo respirar longe de você. Prometo nunca mais mentir pra você.
- Não, é que... - Ele a abraçou e beijou. Tom fez um barulho - Hmm, desculpe. - Cara, olha aqui, se você magoar mais uma vez a minha amiga, eu arranco a sua cabeça. A de cima e a de baixo. Entendeu?
- Entendi.
- ! Quem tá na porta? - perguntou e a amiga deu espaço para que Tom entrasse pela porta.
- , eu...
- Pode ir saindo, não quero falar com você.
- Eu só quero pedir desculpa.
- Eu te desculpo, pronto, agora vai.
- Não, eu quero de verdade.
- De verdade, te desculpo, tchau.
- Eu gosto de você, estou apaixonado, e não sei o que fazer. - Ele falou rapidamente
- Se fosse verdade, não teria mentido de novo.
- Me desculpa, a gente ficou preocupado...
- Se nós éramos aproveitadoras?
- Não, se vocês não estavam mentindo.
- E pra que mentiríamos?
- Eu não sei. Só me desculpe, de verdade, mesmo que queira ficar longe de mim, eu aguento, só me desculpe.
- Eu te desculpo... Do fundo do meu coração. Mas não quero mais mentiras, não quero isso pra mim...
- Tá tudo bem, obrigada. Então você quer...
- Nem você.
- O quê? - Ainda na porta, e Bill olhavam tudo.
- , você não acha que tá sendo radical demais? Quer dizer, ele pediu mil desculpas, e você perdoou.
- Não, eu não quero, ele disse que aguentaria, eu também vou, não quero. E, , você nunca gostou dele.
- Shiu, não fala na frente dele, né? Mas é verdade, nunca gostei, mas ele assumiu que errou, veio se desculpar, e mais, disse que gosta de você.
- Não... importa, não consigo.
Tom desceu para o saguão pra tomar um pouco de ar, mas os outros continuaram lá em cima.
- Oh meu Deus, o que foi que eu fiz? - se perguntou e correu pro elevador.
- Nossa, que louca.
- E esse é o normal dela. – riu.



- Ainda bem que vamos nos arrumar juntas. - falou.
- Agora, além de amigas, vamos ser cunhadinhas.
As duas riram.
- Sabe que eu não gosto muito desse negócio de casar, mas... Essa é com certeza uma exceção.
- Ai, amiga, tô tão emocionada, nós duas casando juntas. Não acredito que vai com esse All Star vermelho!
- Por que não?
- É seu casamento, não uma festa qualquer.
- Tá bom, tá bom.
- Toma essa sandália, gostou?
- Adorei, é linda.
- !
- Oi.
- Olha, tenho um presente pra você, toma! - lhe deu um colar. - De casamento. Espero que sejamos muito felizes.
- Prontas? Vamos?
- Claro.

(Roupas: e )


- E então, Bill, você até poderia se casar, mas você, Tom? Você? O que te fez querer casar?
- Eu conheci a garota mais perfeita desse mundo.
- E a sua mulher tá no auditório?
- Tá sim, ali, a - Apontou pra mulher e lhe mandou um beijo.
- Essa é pros dois, Bill e Tom, pretendem entrar em outra turnê?
- Com certeza não tão cedo - Responderam e riram.
- É ótima a sensação do público, mas é muito difícil não ver uma semelhança, uma coisa que nos lembre de casa no caminho - Bill falou.
- E agora temos esposas, então também precisam ir pra casa, pras suas famílias.
- E onde pretendem morar agora que a turnê acabou?
- Então, vamos tirar férias – sorriram. - em algum lugar, e depois vamos comprar novas casas.
- Georg e Gustav, também querem casar?
- Na verdade, antes não queríamos não, mas agora que eles dizem que é tudo de bom...
- É, também quero.


Tokio Hotel não acabou, e foi sucesso por muito, muito tempo. Bill e tiveram vários filhinhos, e Tom e apenas um, como queriam. Georg se casou e teve um filho também, e Gustav também se casou e teve três filhos. Na verdade, seus filhos cresceram e criaram bandas descendentes de Tokio Hotel e, claro, os pais morreram de orgulho.


- Fim

N/B: Caso encontre algum erro, me avise pelo Twitter ou mande um e-mail para drainnotes@live.com.

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