- Porque você teve que agir daquela forma? Você é um ogro, . – mais uma vez e discutiam por causa de ciúmes. O casal, que havia saído para jantar com um grupo de amigos, acabou saindo mais cedo por causa de Josh, um amigo de que, na opinião de , estava dando em cima de sua namorada.
- Você fica se jogando pra cima dele e eu tenho culpa?
- Cala a boca e presta atenção na rua, . Só assim você para de falar essas idiotices ai.
- Idiotices? - nem se importou com o fato de estar chovendo muito e deu uma freada. – Idiotices? Você tem certeza, ? Eu vi como ele estava te olhando e a forma que você olhava para ele, tá? Então não vem dizer que estou falando idiotice. - voltou a ligar o carro e acelerou.
- Você está maluco, , só pode. Da onde que eu fiquei olhando pra ele, se eu estava ao lado da ? Como eu te odeio. - a menina bufou.
- Me odeia? Perfeito, então acabou ... Passar bem – com a gritaria, nem tinha percebido que já tinha parado na frente do seu prédio.
- Que morra... - saiu batendo os pés e saiu correndo com seu carro.
O relógio marcava 01:24 da manhã e não conseguia dormir. Desde a hora em que a deixou em casa, a menina estava com um aperto no coração. 'É apenas pelo fato de termos brigado', era o que ela pensava. Levantou de sua cama e pegou uma caixinha com algumas fotos da última viagem que tinham feito. A primeira foto era dela e de , os dois sorrindo um para o outro e atrás tinha um grande coração – graças a alguma decoração do lugar onde estavam. Um sorriso brotou no rosto de . Ela amava e disso não tinha dúvida; ela sabia que daqui a algumas horas ela ou ligaria e iriam se perdoar. Era sempre assim. Sem perceber, adormeceu com a foto em seus braços. Acordou assustada com um pesadelo que tinha tido. Olhou no relógio e viu que agora marcava 02:10. Decidiu ir até a cozinha e beber um pouco de água. No meio do caminho viu seus pais na sala e sua mãe chorava; nessa hora seu coração se apertou ainda mais. Algo tinha acontecido.
- Mãe, o que foi? Por que está chorando? - já com lágrimas nos olhos, a menina se abaixou para ficar frente a frente de sua mãe. – Me diz, pelo amor de Deus, estou ficando assustada.
- Querida, – seu pai a pegou pelos ombros e a fez se sentar no sofá. – Temos que conversar... Aconteceu um acidente com o . – na mesma hora seu coração parou de bater.
- O que? Ele ta bem? Pai... ele ta bem, certo? - seu pai olhou para sua mulher e depois para .
- Filha... me escuta... o sofreu um acidente de carro.. – se antes seu coração tinha parado de bater, agora seu chão tinha sumido. Era obvio que ele bateu o carro depois da briga que tiveram. - E infelizmente ele não suportou a batida. Sinto muito. – ela não podia acreditar no que tinha ouvido. Ficou estática por alguns segundos até a verdade bater forte em seu rosto.
- NÃO! É MENTIRA! PARA DE MENTIR PAI... ONDE ELE ESTÁ? - vendo que sim, era verdade, , sem forças para aceitar aquilo, caiu no chão chorando. Seus pais logo a abraçaram dizendo que tudo iria ficar bem. Não nada iria ficar bem e ela sabia, a culpa era dela. 'Que morra...' foi o que ela disse e foi o que aconteceu. Ainda chorando no colo de seus pais, ela se fez a promessa que nunca iria se perdoar por aquelas palavras.
O enterro foi simples, porém bonito. Varias homenagens foram feita a . e sua família passaram ao lado dos , dando força a eles e, claro, a sua filha. Já tinha se passado três horas desde a finalização do funeral e ainda continuava parada em frente ao tumulo de . Palavras não podiam expressar como a menina se sentia, tudo o que ela queria era estar no lugar dele. Ela merecia estar ali e não ele. , que ficou de longe observando tudo, decidiu que era hora de tirar a amiga dali.
- Vamos, , está tarde e está ficando frio. - abraçou a amiga pelos ombros a tirando daquele lugar sombrio.
Atualmente
Zumbi.
Essa era a palavra certa para descrever a estado de . Já havia se passado dois meses desde a morte de , mas para ela não tinha se passado nem meio minuto. A dor aumentava a cada instante.
Culpa.
Esse era o novo nome para ela. Culpa .
Cansada de ouvir de seus pais, da e até do Sr. e Sra que ela tinha que sair de casa, decidiu ir visitar o túmulo de . Afinal, era o dia em que eles fariam 2 anos de namoro. Se levantou com muita má vontade e foi se arrumar. Pegou uma blusa branca de mangas compridas, uma calça skinny e seu all star. Ao chegar à porta, viu que estava chovendo; voltou, pegou um casaco com capuz e assim saiu. Não demorou muito para chegar ao local desejado. Mesmo com tudo cheio de lama, se sentou e ficou por horas conversando com ''.
- Está chovendo igual o dia do acidente, né? Agora eu amo quando chove, eu me lembro de você. - um sorriso singelo saiu pela primeira vez no rosto da menina. – Bom, amor, eu vim aqui pra te trazer um presente; afinal, hoje fazemos 2 anos de namoro. - tirou do bolso do casaco uma pedra e uma foto – a mesma foto que ela pegou no dia do acidente. – A pedra é aquela que você tropeçou no nosso primeiro encontro, lembra? Uma pedrinha tão pequena, mas você conseguiu tropeçar nel. – soltou um riso fraco. – E a foto é da nossa última viagem. Sabia que no dia eu dormi agarrada com ela? Atrás tem um bilhete, sei que é em vão, porém... me faz me sentir um pouco melhor. - ou um susto quando ouviu seu nome ser chamado, se virou correndo e viu que era apenas e . Suspirou e se levantou sem vontade nenhuma.
- . – veio correndo ao seu encontro – Ta todo mundo de procurando. Você sai sem dizer nada, ta maluca?
- Oi , e não estou maluca, . Vocês vivem dizendo que tenho que sair e quando faço ficam atrás de mim?
- , minha linda. – agora era que a abraçava. – É que estamos preocupados com você, não nos leve a mal, ta? - a menina concordou com a cabeça, se virou mandando um 'até amanhã, meu amor' para o túmulo de e saiu na frente dos amigos. e apenas falaram um 'Oi e estamos com saudades ' e foram atrás de .
’s POV
What the fuck...
Onde estou? Por que está tudo branco?
Droga, eu tenho que ir pedir desculpas a , eu fui um babaca com ela ontem. Perai, eu estou de olhos fechados e por que ta tudo branco mesmo?
Abra os olhos ... terá todas as suas respostas.
Ouvi aquela voz e tomei um susto. Ok agora eu quero saber mesmo onde estou.
Já falei, abra seus olhos e ficará sabendo.
Abri os olhos relutantes, foi quando vi o... céu.
Legal, devo tá muito bêbado pra imaginar que estou no céu. Procurei com os olhos a pessoa que tinha falado comigo, vi o ... Wow, ?
- Hey dude, cadê a ?
- Na terra, . – me respondeu.
- Chega de palhaçada cara, e me explica o que ta acontecendo.
- Você morreu, . E eu sou apenas uma visão do seu amigo Thomas.
- Co-como é que é? Você me deu alguma droga, ? - ele apenas riu, balançando a cabeça negativamente. - Você pode, por favor, me explicar isso? Onde eu estou?
- Fique calmo, , vamos caminhar um pouco e irei te explicar tudo. - vendo que não tinha alternativa, comecei a caminhar ao seu lado.
- Então, eu fiquei dois meses me recuperando do acidente aqui no céu, é isso? Meu acidente deve ter sido horrível pelo visto. - soltei um riso frustrado. Só podia ser brincadeira.
- Não é brincadeira, , e você não ficou em recuperação por causa do acidente e sim por causa de uma menina... . - quando ouvi seu nome meu coração doeu. - Ela se culpa muito pelo o que aconteceu.
- Mas a culpa não é dela, é minha. Eu bebi e eu sai correndo igual um louco pelas ruas. Se bem que nem sei o porquê dela se sentir culpada.
- Não é culpa de ninguém. Era para acontecer. - bufei meio revoltado, não era pra acontecer nada. Foi quando eu senti gotas de chuvas. Olhei pra cima e só onde eu estava chovia. - Acostume-se com isso, não posso te explicar pelo fato da chuva. Bom agora olhe para baixo, seus amigos e sua namorada estão saindo do cemitério. Gostaria de visitar seu túmulo? - apenas concordei com a cabeça e, em um piscar de olhos, já estava sozinho em frente aonde meu corpo se encontrava.
Em memória a , o filho, amigo e namorado perfeito.
Fiquei encarando aquelas palavras e que saudade bateu dos meus amigos, da minha família... da . Foi quando vi uma pedra com uma foto minha e dela em baixo. Sorri ao ver aquilo. Virei à foto e vi que ela tinha escrito algo.
Perdão é tudo o que posso pedir. Gostaria de estar no seu lugar, você não sabe o quanto faz falta. Por que teve que partir? Por que não ficou aqui comigo? Eu te amo e sempre amarei. Não vejo à hora de te encontrar novamente.
Xx .
Então novamente a chuva caiu e dessa vez as lembranças daquela noite - que por mim não lembraria nunca mais.- surgiram na minha cabeça. Agora saiba o porquê dela se sentir culpada. Queria tanto poder abraçá-la e dizer que nem ouvi aquilo e que não era culpa dela mesmo com o que aconteceu comigo.
- Está na hora de voltar. – virei assustado quando vi o '' atrás de mim.
- Que susto, pode fazer essas coisas não, cara. – ele rolou os olhos sem paciência. – Tem uma caneta?
- Não, você não pode fazer isso. É contra as regras. – antes mesmo de reclamar algo, eu já estava novamente no céu e com a chuva me encharcando. Poucas horas que estava no céu – acordado – e já não estava gostando dali.
O dia já tinha amanhecido na terra, então decidi visitar meus pais. Passei a manhã toda ao lado da minha mãe e da minha irmã. As duas, por incrível que pareça, estavam falando de mim e rindo das idiotices que eu fazia, até o momento em que as duas começaram a chorar. Sai correndo de lá, ver as duas chorando me matava – irônico, não?
Segui até a escola, encontrei os meninos – até o verdadeiro – sentados debaixo da árvore em que todos os dias passávamos os intervalos. Não demoro muito até e chegarem. Sorri quando a vi, parecia que ela estava doente, mas eu sabia que não. Era a maldita culpa que ela sentia. Acompanhei-os em todas as aulas. Até que tinha gostado de ir à escola. Pra finalizar, fui ao trabalho do meu pai e o encontrei em uma das suas reuniões; nem fiquei muito tempo, afinal, a reunião era chata. Vagando pelas ruas, vi indo em direção ao cemitério, então fui atrás.
- Oi meu amor, hoje na escola eu bem que senti sua presença, acredita? O dia foi bem melhor assim. – sentei na sua frente e fiquei escutando tudo o que ela me dizia. Era tão bom vê-la rindo, mesmo que pra quem olhasse ela estaria rindo sozinha. - Vai chover de novo, caramba chove todo dia. Deixe-me ir , falei que ia à biblioteca. Amanhã eu volto, te amo. - observei ela indo embora, porém eu sabia que iria vê-la em pouco tempo.
Os dias foram se passando e todos os dias ia visitar sua família e seus amigos, e “conversava” com .
- Então o caiu bem em cima da , foi hilário, . – mais uma vez estava lá no túmulo do menino, contando o que tinha acontecido na escola. Mal sabia que ele tinha visto tudo e tinha caído de tanto rir. - Queria muito saber o porquê de você partir, os médicos falaram que era de 70% de você sobreviver. A batida nem foi tão feia assim... sinto sua falta.
Ao ouvir aquilo, se sentiu pior do que quando descobriu a verdade do que tinha acontecido com ele. Ele queria saber o porquê daquelas coisas, o significado da chuva. Saiu andando pelo cemitério até que achou o anjo .
- Hey, você vai me explicar tudo e vai me explicar agora.
- Está na hora mesmo de você saber, afinal, logo você terá que explicar isso a outra pessoa. – sem entender, apenas fez um movimento para que ele continuasse. – Sim, você poderia ter sobrevivido, a batida, como você viu em uns dos flashback que te mostrei, não foi tão feia.
- Então por que morri?
- Não me atrapalhe. – o anjo grunhiu. – Mas você tinha que morrer, estava na hora. E com sua morte, varias pessoas começaram a dar valor a vida delas, e acredite, sua mãe e sua irmã agora são amigas. A chuva significa a falta de uma pessoa...
- , certo?
- Isso. Agora você tem a permissão de escrever algo a ela, mas deixe no meio da rua em frente ao cemitério. Estou te observando, , faça o que eu mandei.
***
Escrevi a carta e voltei a terra, não podia desobedecer ao anjo , se não ele não deixaria eu entregar a carta. Fiquei sentado no meio fio esperando ela sair. Depois de uma hora ela finalmente saiu. Então começou a chover igual à noite do acidente, senti um frio na minha espinha – se é que era possível –, fui até o meio da rua e fiquei agachado, segurando o papel. Quando ela passou ao meu lado, parou ao ver o envelope que continha “Para ”. Olhou para os lados diversas vezes, tive que me segurar para não rir.
(coloque para tocar)
Walked past my grave in the dark tonight
Saw the stone and the note you left for me
To answer your question,
I just had to leave, I just had to leave
But that’s not why I'm here
I came out here to tell you
It rains in heaven all day long
I wanna find you so bad and let you know
I’m miserable up here without you
Miserable up here with out you
Found my way back in the dark tonight.
Couldn’t wake up not right next to you
I’d trade in forever to just hear you say
The sound of my name
But that’s not why I’m here
I came out here to tell you
It rains in heaven all day long
I wanna find you so bad and let you know
I’m miserable up here without you
Miserable up here without you
Don’t believe that it’s better
When you leave everything behind
Don’t believe that the weather
Is perfect the day that you die
Don’t believe that the weather
Is perfect the day that you die
Quando terminou de ler, ela se ajoelhou no meio da rua chorando. Por instinto a abracei, mas logo senti o anjo me puxando e me levando até a calçada.
- O que você está fazendo?
- Logo você irá saber. – olhei para novamente e agora um carro desgovernado vinha na direção dela. Tentei me soltar dos braços de , mas nada que eu fizesse parecia abalá-lo.
- ! - ela no mesmo momento virou e me olhou. – SAI DAÍ AGORA! - antes mesmo dela poder se levantar, o carro a atropelou – NÃÃÃO!
FIM?
N/A: E ai galere de cowboy, tudo bom? Bem essa é a primeira fic que eu coloco no site e espero que vocês gostem. E não esqueçam de comentar ok? Nem que seja pra falar "Aff meu para de escrever" rs, não façam isso ok? KKK Se alguem quiser pode me seguir no @heeyNaty. Bom é isso galere, beijos <3
N/B: Qualquer erro nessa fanfic, mande um e-mail diretamente para mim. Não use a caixinha de comentários.