Eram apenas amigos, melhores amigos, até que um dia virou Uma História de Amor.
Estava um dia chuvoso e frio, normal de Londres.
Saí irritado do trabalho, o mala do meu chefe havia me irritado profundamente, primeiro, ele queria que eu fizesse uma campanha com Jonathan Lian, o cara que eu mais odeio no trabalho, segundo, ele disse que eu tinha que fazer com o Jonathan porque eu não fazia meu trabalho direito.
E terceiro, minha melhor amiga não tinha tempo para mim, ela ia ter que trabalhar no boliche e não ia poder ficar comigo, sabe, ela é a pessoa que sabe como tirar meu estresse.
Cheguei em casa, tirei aquela roupa que eu usei o dia inteiro, tomei um banho, coloquei uma bermuda e fiquei no sofá vendo TV.
Detalhe: eu estava de bermuda e estava frio, o frio não me incomodava quando eu estava em casa, só quando eu estava trabalhando.
Estava distraidamente vendo Supernatural quando, de repente, alguém tocou a campainha, não me preocupei em colocar camisa, pois as únicas pessoas que vinham na minha casa era a velha rabugenta do apartamento de baixo, (minha melhor amiga) e, infelizmente, Jonathan.
Abri a porta a me encontrei com uma sorridente.
- Oi ! – ela disse com um enorme sorriso no rosto.
- , o que faz aqui moça? Não devia estar no trabalho? – perguntei abraçando ela.
- Sim, mas estou aqui, meu chefe me deixou descansar por hoje, e como eu sabia que sexta feira é um dos piores dias de trabalho para você então vim aqui. Sabe, não tinha muitas pessoas no boliche hoje, e eu trabalhei o dia inteiro lá, nunca vi tanta gente de dia no boliche, não era pra elas irem de noite? – ela começou a tagarelar depois de me soltar e entrar em meu apartamento.
- Eu acho que elas indo de dia é melhor, porque assim eu fico com você de noite. – eu disse me sentando no sofá logo depois dela.
- Own, que fofo, ! – ela apertou minhas bochechas.
- Então, o trabalho foi duro? – tentei puxar assunto, torcendo para que ela não tagarelasse muito.
- Não muito, tirando o fato de um idiota quase tacar a bola de boliche em cima de mim – eu ri. – É sério, o cara nem sabia segurar a bola, e além do mais ele estava me cantando, que abuso do cara! – ela fez uma cara de quem estava achando um absurdo e eu ri mais uma vez. – Ah! E também teve uma moça que jogou suco em mim... – eu arregalei os olhos. – Ela não jogou, jogou, ela só derrubou em cima de mim, mas não foi de propósito. Daí a , aquela menina lesadinha do meu trabalho, me emprestou uma camiseta, mas tirando isso foi tudo bem.
É por isso que eu adorava a (nome verdadeiro dela), ela é super divertida e ela nem faz de propósito.
- Mas e aí, e o seu trabalho, como foi? – ela perguntou tirando os sapatos e colocando os pés em cima do sofá.
- Uma droga, como sempre. O mesmo mala do meu chefe, o mesmo idiota do Lian e a mesma palhaçada de sempre. – eu disse também colocando os pés no sofá, meu sofá era um pouco pequeno então nossas pernas ficaram um pouco encostadas.
- Se você odeia tanto o seu trabalho, porque não larga tudo e vem trabalhar no boliche comigo? – ela disse como se fosse a melhor coisa a se fazer. Bem, na verdade era a melhor coisa a fazer, mas eu ganhava muito bem para fazer o meu trabalho, não era nem metade do que a ganhava.
- É que você sabe de como eu preciso do dinheiro que eu ganho.
- , já sei, olha, eu vendo meu apartamento e você usa pra pagar tudo que você tem pra pagar, não sei se meu apartamento vale muito, mas pelo menos ajuda.
- E onde você vai morar?
- Aqui. – ela disse com um enorme sorriso.
- Não, eu não vou deixar você vender o seu apartamento que você demorou tanto pra conseguir comprar.
- Ah, vai, eu nem demorei tanto pra comprar... – ela dizia se levantando.
- Eu não to falando pra comprar, estou falando para juntar dinheiro para comprar.
- Ah, mas deixa, vai , eu quero ajudar meu amigo, meu melhor amigo, vai zinho, vai, deixa! – ela começou a fazer birra.
Revirei os olhos e disse:
- Não, dessa vez não.
Ela calçou os sapatos e foi indo em direção à porta.
- Não! Tá, eu deixo você vender, mas não me deixe.
- Êêê, valeu ! – ela me abraçou forte – ?
- Fala Lizinha. – eu disse, me achando o cara por chamar ela assim.
- Posso dormir aqui hoje?
- Claro, eu posso te emprestar uma camisa... – ela me interrompeu.
- Não, eu vou ate minha casa buscar roupas. – ela disse indo até a porta.
- Você quer que eu te leve de carro?
- Eu agradeceria, .
Saímos do meu prédio e fomos até o apartamento dela.
O edifício dela é bem simples, mas eu sei o quanto ela deu duro para comprar esse apartamento, me dava um aperto no coração saber que ela ia desistir de tudo aquilo que ela conseguiu por minha causa. Uma parte de mim estava feliz por ter a sempre perto de mim, mas a outra... Não muito.
- Sobe lá, . – eu disse parando em frente ao prédio dela.
- Já volto.
Ela saiu do carro e foi ate o apartamento.
Enquanto estava a esperando, liguei o rádio do carro e fiquei ouvindo uma música muito agitada, e depois de uns minutos já estava fazendo uma dança com as mãos, e também batia o pé. Mas, depois que acabou de tocar aquela música, começou a tocar uma outra, que eu sabia a letra, mas não sabia o nome.
Eu comecei a cantar junto com o rádio.
E também estava fazendo a dança com as mãos que eu havia feito há minutos atrás.
Quando a música estava quase acabando, entrou no carro, me fazendo para de dançar.
Ela jogou uma mochila no banco de trás, entrou e perguntou:
- O que ‘cê tava fazendo, ? – ela disse rindo da cara de assustado que eu fiz.
- Nada, só... Dançando. – ela começou a rir bem alto. – Ah, pára, nem foi tão engraçado.
- Eu sei, só estou rindo da cara que você fez.
- Pode rir, engraçadinha, enquanto você se esgoela de rir da minha cara eu volto pra minha casa e deixo você na rua mesma.
- Ah, você não faria isso... – ela disse parando de rir.
- Ah, faria sim... – eu disse ligando o carro.
- Não faria não. – ela disse confiante de si.
- Tá. Eu não faria. – disse derrotado.
Ela me olhou, segurando a risada, o que não adiantou muito, pois ela já estava rindo, não tão escandalosamente, mas ela estava rindo.
A risada dela era tão gostosa que não pude deixar de rir também.
Quando chegamos em casa ainda estávamos rindo, na verdade só estávamos sorrindo, mas enfim...
Ela pegou a mochila e colocou nas costas.
Ela ia tomando o caminho do elevador errado e segurei seu braço.
- , é o outro elevador.
- Ah, é... – ela mudou sua direção e me abraçou de lado.
Caminhamos assim até o elevador e ficamos nessa mesma posição até o nosso andar, quem via jurava que nós éramos namorados. Mas não, nós só éramos melhores amigos.
Entramos em casa e ela já foi pro meu quarto, deixando a mochila lá e depois voltando para a sala.
- , você leva tudo naquela coisinha pequena? – perguntei apontando para a direção do quarto.
- Sim, por quê? É muito?
- Não, pelo contrário, é pouco, muito pouco.
- Ah, eu só trouxe algumas coisas necessárias.
- Tipo...?
- Tipo um pijama, uma roupa para amanhã, uma blusa do trabalho, uma escova de dente, uma escova de cabelo e tênis. – eu arregalei os olhos.
- Como você conseguiu colocar tudo isso dentro daquela coisinha minúscula?
- Eu tenho meus truques, . – ela sentou no sofá. – Putz. – ela colocou a mão na cabeça.
- O que?
- Esqueci de pegar uma toalha, você me empresta a sua?
- Nossa menina, além de eu deixar você dormir aqui, ainda você me pede coisa emprestada? – eu disse sentando de lado.
Ela fez uma cara triste.
- Então tá, eu fico sem tomar banho mesmo.
- Não, é brincadeira, pode usar, e além do mais eu não vou querer dormir no mesmo ambiente de uma pessoa que trabalhou num boliche e não tomou banho.
- Hey! Eu tomei banho.
- Que horas?
- De manhã. – eu fiz uma careta pra ela. – Mas eu tomei banho.
Ficamos vendo um filme legal, não que eu seja fã de desenho animado, mas esse filme era muito legal.
Quando eram 10 horas da noite (é, o filme era meio demorado) o filme acabou e disse:
- , você está com fome? – ela perguntou calçando seus sapatos e se ajeitando no sofá.
- Sim...
- Vamos jantar fora? – ela disse animada levantando e desligando a TV.
- Você não prefere pedir uma pizza ou outra coisa que não me faça levantar desse sofá?
- Não, prefiro ir jantar fora.
- Jura? – perguntei tentando convencer ela de que ficar seria o melhor (o que era muito difícil).
- Juro, , vamos, vai, você precisa sair um pouco, só fica aí grudado nesse sofá toda hora, parece que você se colou com super cola no sofá, mas eu juro que um dia eu pego e descolo você daí. Como eu não sei, mas eu desgrudo... – a interrompi.
- Se eu for você para de falar? – perguntei já levantando.
- Nossa. Também não falo mais, ó, fiquei quietinha, não falo mais nada, ingrato.
- , pára com isso.
- Você sabe que quando eu começo a falar eu não paro mais. Eu não sei por que você ainda fica me dando patada. Sabe o que é isso?
- Não.
- É sinal de que você não me ama, seu feio. – ela cruzou os braços, fez um biquinho e virou de costas.
- , é claro que eu te amo, e eu paro com isso, agora vamos jantar aonde? – eu a abracei.
- Num restaurante, . – ela disse rindo da cara de poucos amigos que eu fiz.
- Depois eu que te dou patada, não é? – eu disse largando ela e cruzando os braços.
- É brincadeira , agora vamos logo! – ela me puxou pro quarto.
Empurrar-me dentro do quarto é pouco pra dizer o que a fez.
- Vai, coloca uma camiseta, uma calça decente e um tênis. Vai ! – ela disse, me empurrando pro quarto.
Coloquei uma calça jeans larga azul, uma camiseta bege e meu par de tênis preferido.
- Pronto. – disse aparecendo na sala.
Ela estava sentada no sofá com uma caça skinny jeans e a camiseta do trabalho escrito: “Bowling & Entertainment”. O cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto e ela usava um All Star branco.
Eu nunca fui onde a trabalhava, eu na verdade nem sei o que ela faz no boliche.
- , uma pergunta, onde vamos jantar? – ela perguntou, se levantando.
- Não sei, por quê?
- Porque, dependendo do lugar que a gente for, teremos que mudar de roupa, sabe. Minha roupa não é muito boa para ir a restaurantes chiques e tudo mais... – ela dizia andando até a porta.
- Não vamos a nenhum restaurante chique, na verdade vamos... Sei lá, em qualquer restaurantezinho por aí. – eu disse, seguindo ela.
- Que bom. – abri a porta e fomos ao estacionamento.
Quando chegamos ao estacionamento, procurei meu carro, mas ele não estava lá, calma aí, ele não estava lá? AH, ELE NÃO ESTAVA LÁ!
- do céu. Roubaram meu carro! – disse para ela que virou calmamente e falou:
- Ou, simplesmente, ele esta no subterrâneo. – ela descia as escadas para o estacionamento no subsolo enquanto eu a seguia, me sentindo um idiota.
- Como eu mesmo estacionei meu carro e não sei onde está, ? – eu perguntei encostando-se a meu carro.
- É porque você é . – ela disse entrando no carro.
- Sabe, – disse quando entrei no carro também – acho que nós deveríamos procurar outros amigos.
- Por quê? – ela disse assustada.
- Sei lá, é que a gente fica muito, mas muito tempo juntos. – eu disse ligando o carro e saindo do estacionamento.
- E isso não é comum entre melhores amigos? – ela perguntou, ainda assustada.
- Não, , isso é comum entre irmãos, ou sei lá... – ela me cortou:
- Então, nós somos quase como irmãos, se minha mãe casasse com seu pai, íamos ser irmãos, é , isso é exatamente o que deveria acontecer, você não tem mãe e eu não tenho pai, então nossos pais se casam e seremos irmãos perfeitos, e eu acho que nem precisamos disso, somos quase irmãos, pense direito, somos quase irmãos, e não precisamos de outros amigos, e se a gente encontrasse outros amigos, eu aposto que não seria uma amizade como a nossa. Por favor, , por favor, não vamos procurar outros amigos, por favor. – ela estava quase chorando e, percebendo sua expressão, parei o carro no farol.
- , me desculpe, eu não queria fazer você chorar, me desculpe... – eu segurei a mão dela.
- Eu não estou chorando, eu só não quero perder a sua amizade, cara você é... Muito importante pra mim, .
- Ok, er... Não precisamos de outros amigos, temos um ao outro certo? – perguntei me arrependendo totalmente de ter falado aquilo para ela.
- Certo. – ela disse soltando sua mão da minha e passando em baixo dos olhos.
Porque será que as mulheres nunca admitem que estejam, ou está chorando?
- , o farol. – ela apontou para frente, e depois percebi que estavam buzinando atrás de mim e eu estava parado no farol verde.
Segui em frente e estacionei em frente ao restaurante em que íamos jantar.
- É aqui? – ela disse apontando para o restaurante.
- Sim, algum problema?
- Não, é ótimo. – ela disse saindo do carro.
- Que bom, escuta, amanhã você vai trabalhar, certo? – eu disse ficando ao lado dela.
- Sim, por quê? – ela disse me abraçando de lado enquanto entravamos no restaurante.
- Er... Nada não. – eu disse entrando no restaurante, ela me olhou desconfiada, mas depois se alegrou quando começou a chover.
- , esta chovendo, que... Que noite perfeita! – ela disse com os olhos brilhando. amava chuva, ela ficava encantada sempre que começava a chover, e ela também ficava com frio, porque toda vez que chovia ela não levava blusa.
Eu dei um sorriso.
- Boa noite, posso ajudá-los? – uma moça bem jovem, e bonita por sinal, veio nos atender.
- Sim, queremos uma mesa para dois. – eu disse apontando para , que estava praticamente grudada no vidro vendo a chuva cair.
- Sua... Namorada? – a moça perguntou.
- Não, minha melhor amiga, sabe ela é apaixonada por chuva, se pudesse ela casaria com a chuva. – eu disse baixo enquanto a moça procurava uma mesa com os olhos.
- Falando mal de mim, ? – ela apareceu de repente do meu lado.
- Não, Lizinha eu nunca iria falar mal de você – eu disse puxando ela pela cintura e seguindo a moça até “nossa” mesa.
Ela sorriu e tirou minha mão de sua cintura e a segurou.
- Aqui está a mesa de vocês. – a moça disse arrumando a toalha da mesa, e acho que ela piscou para mim.
- Obrigado – ela piscou de novo.
se se sentou à mesa e eu logo a sua frente.
- Então, o que você vai querer, ? – eu perguntei abrindo o cardápio e a olhando.
- Eu acho que eu quero... Não é... Eu acho que...
- Se decida, menina.
- Ah, o que você pedir eu como, . – bufei e passei os olhos pelo cardápio, procurando algo bom para jantar.
- Er, que tal lasanha? – perguntei ainda olhando o cardápio.
- Pode ser lasanha.
- Ok. – me virei na cadeira e fui chamar o garçom – Er, garçom, pode vir nos atender?
- Claro. – um moço alto e loiro veio nos atender.
- Atchim. – espirrou e percebeu que estávamos olhando para ela. – Desculpe... – ela disse envergonhada.
- Er, pode nos trazer duas lasanhas, e duas cocas, sem gelo?
- Claro. Já trago, em um instante.
- Obrigado.
- Atchim. – ela espirrou de novo. – Desculpa de novo, é a friagem. – ela disse, coçando o nariz.
- Você devia ter trazido uma blusa. – eu dizia vendo que ela tremia.
- Ah , não me venha com essa, falando assim você parece até minha mãe!
- Não mãe, , lembra irmãos.
- Sim, irmãos. – ela fez uma cara estranha e depois... – Atchim! – ...espirrou.
- Eu vou lá ao carro pegar uma blusa que eu tenho pra você, – eu disse, me levantando.
- Não, , não precisa. – ela segurou meu braço, mas logo soltou por que... – Atchim! – ela espirrou.
Balancei a cabeça negativamente e fui até meu carro.
Quando voltei para o restaurante, vi o garçom servindo , com um sorriso bem pervertido no rosto.
Não que eu seja ciumento ou coisa desse tipo, mas aquilo estava me incomodando.
Entrei no restaurante, me sentei e dei a blusa para .
- Obrigada. – ela disse, colocando a blusa.
O garçom ainda estava lá, demorando mais que uma tartaruga para nos servir, provavelmente para cantar .
- Cara, são só dois pratos e dois copos, está difícil? Quer que eu o ajude? – disse grosso com o cara.
O garçom deu de ombros e terminou de colocar os copos na mesa.
- Obrigado, e vê se da próxima vez não demora tanto. – disse abrindo a lata de coca enquanto ele se afastava, ainda olhando para a .
Enquanto abria a coca, senti algo chutar minha canela.
- Outch! – reclamei enquanto colocava a cabeça debaixo da mesa para ver quem tinha batido, então vi os tênis de . – Hey, isso doeu, viu? – eu disse para ela.
- Não precisava ser egoísta com o cara, – ela disse, batendo o pé de novo em minha canela.
- Hey, pára, e o cara ficava alerdando aqui.
- E qual é o problema, heim, ? – ela disse. colocando sua coca em seu copo.
- O problema é que eu estou com fome e... E... Só isso. – ela bufou e bebeu um gole de sua coca.
- Atchim.
- Eu acho que você vai ficar doente.
- Isso, bota praga mesmo... , o que há com você hoje?
- Não tem nada comigo. – eu disse, comendo um pedaço de minha lasanha.
- Não? Então como você explica esse seu egoísmo com o... – ela ia falar algo mais parou. – É claro, como eu sou burra, você estava com ciúmes! – quase me engasguei com o pedaço de lasanha.
- Ciúmes? O que fez você pensar que eu estava com ciúmes?
- O seu egoísmo com o garçom , e o que mais me intriga é porque você sentiu ciúmes de mim. – ela já estava falando em um tom alto da voz.
- Eu... – virei o rosto para baixo. – Eu não senti ciúmes de você.
- Se você realmente não sentiu, fala isso olhando nos meus olhos. – ela disse levantando minha cabeça.
- Eu não... Eu... N-não... – eu gaguejava, eu sabia que eu realmente tinha sentido ciúmes, e não poderia mentir olhando nos olhos dela. – Eu... Eu senti ciúmes de você sim, , senti sim... – eu dizia derrotado.
- Por quê? – ela disse calmamente, ainda segurando em meu rosto e tentando encontrar meu olhar.
- Porque... – eu tinha que achar um motivo o mais rápido possível. – Porque você é minha irmã cara, eu não gosto de caras com sorrisos pervertidos cantando minha irmã.
Ela soltou o meu rosto e abaixou a cabeça.
Jantamos em silêncio, nenhum som além dos talheres batendo no prato saiam de nossa mesa.
Ela terminou de comer antes que eu, e ainda estava com a cabeça baixa, eu sabia que ela se perdia em pensamentos naquele momento.
Quando acabei de comer, olhei para uma placa com um sorvete e resolvi perguntar, quebrando o silêncio:
- Você quer sobre... – ela me cortou.
- Não, já estou satisfeita.
Ela se levantou e eu a segui.
Nos dirigimos em silêncio ao caixa, sem abraços, sem mãos dadas, sem toques, sem troca de palavras.
Paguei nosso jantar e fomos para o carro.
Entrando no carro, achei que iria me falar um monte, mas não, ela ficou em silêncio, como na fila para pagar a conta e na mesa enquanto comíamos, ela não falou nem uma palavra.
Dirigi devagar para casa.
Chegando à minha casa, abri a porta e foi logo para o quarto. Pegou sua mochila e me disse:
- Você pode me levar para casa? – ela disse, com a cabeça baixa e a voz trêmula.
- Você não ia dormir aqui?
- Eu... Eu só quero ir pra casa, , você me leva? – ela disse ainda sem olhar para mim.
- Mas o que aconteceu? Foi algo que eu disse que... Te magoou? – eu disse segurando em seu braço.
Ela se soltou de minhas mãos e tomou o caminho da porta.
Ela abriu a porta saiu e disse antes de fechá-la:
- Tchau . – ela disse como se nunca mais fosse me ver.
- Não, , espera! – ela já havia fechado a porta, abri a porta e corri em direção ao elevador, percebi a porta da escada balançando, e então tomei o caminho das escadas.
Tropecei em alguns degraus, mas não me importei. Desci as escadas correndo e a avistei bem longe, já saindo do prédio.
Corri com todas as minhas forças possíveis até o portão, quando cheguei lá ela já estava no meio da rua, andando devagar, ela estava bem longe de mim.
Sai do prédio e comecei a correr, quando não agüentava mais, parei, ela não estava muito longe, então acho que ela ouviria se eu gritasse.
- ! Eu te amo! – eu disse com todas as minhas forças, e ela se virou e me viu.
Naquele exato momento, começou a chover.
Ela me viu lá com pouco ar e veio correndo em minha direção.
Quando chegou perto de mim, me abraçou.
- Eu te amo , e nada vai poder mudar isso. – eu disse, ouvindo seu soluço.
- Eu também te amo, – ela disse, olhando em meus olhos.
Seus lábios se pressionaram contra os meus de uma forma calma, e nós dois esperávamos muito por esse dia. Estávamos molhados na chuva, poderíamos até pegar um resfriado amanhã, mas nós não estávamos ligando, afinal... Não importava se ficássemos doentes, teríamos um ao outro.
Fim.
nota da beta: Heey, gente! Estou aqui apenas para dar um ooi, e pra dizer que se tem qualquer erro que vocês tenham percebido nessa fic, podem me avisar por aqui, e eu estarei disposta à corrigir o mais depressa possível.
Enjoy, everyone !
XOXO', Paah Souza.