Sexta à noite, e null estava em uma festa com seus amigos, bebendo e se divertindo, quando null entrou.
“She’s got a lip ring and five colours in her hair. Her tattoo’s always hidden by her underwear. Everybody wants to know her name, I threw a house party and she came. Everyone asked me ‘who the hell is she?’ That weirdo with five colours in her hair.”
- null, olha aquilo – null mostrou a menina ao amigo.
- É... Eu vi – null respondeu, hipnotizado.
- Quem diabos é ela? – perguntou null, confuso e boquiaberto.
- Será que eu consigo aquela garota? – null ainda estava hipnotizado com tal beleza.
- Cara, não seja bobo. Você nunca vai conseguir aquela garota – null desanimou o amigo.
- Esperem aí, que eu vou falar com ela - null o desafiou.
“Went out with the guys and before my eyes there was this girl, she looked so fine. And she blew my mind and I wish that she was mine. And I said - ‘hey wait up coz I’m off to speak to her.’ And my friends said - ‘never get her, you’ll never gonna get that girl’ - but I didn’t care, coz I love her long black hair and love was in the air! And she looked at me and the rest was history.”
null ignorou o amigo e decidiu ir falar com a garota de cinco cores no cabelo. Foi andando em sua direção com os olhares dos três amigos em suas costas.
- Será que ele consegue? – perguntou null aos outros dois.
- Vocês viram um brilho diferente no olhar dele? – perguntou null, ignorando null.
- Vocês acham que ele está apaixonado? – null ignorou os dois.
- Nossa... Vocês estão muito gays hoje – null riu.
“My sky has turned vanilla like sugar sasparella and if only you were nearer I’d say: ‘Don’t wake me up, baby I’m in Love and I’m dreaming so much but I don’t ever wanna stop. Don’t wake me up’”
Uma nova música se formava na mente de null. Como pôde se sentir assim sem nem ao menos conhecer a menina? Apenas mais alguns passos e chegaria a ela. Sentiu seu coração bater mais rápido e mais forte.
Agora seus olhos se encontraram, estavam mais perto a cada segundo, respirando o mesmo ar. null sentiu calafrios, uma sensação diferente de tudo que conhecera antes. “É ele!”, ela pensou, quando olhou no fundo dos olhos do menino a sua frente.
- Gostei do seu cabelo – null estava nervoso e se reprimiu. “O que eu tô falando?”, franziu a testa. “Tô parecendo um idiota! ‘Gostei do seu cabelo’, que tipo de frase é essa?”, balançou a cabeça enquanto falava sozinho em seus pensamentos.
- Obrigada – null respondeu com um sorriso desenhado no rosto. “Que fofo”, pensava enquanto olhava o menino fazendo caretas. “Ele não sabe o que falar...”
Depois que null terminou sua conversa com ele mesmo, eles conversaram durante horas - até quase o final da festa, quando null teve que ir embora por um motivo que null não conseguiu guardar. A despedia doía demais...
“You and I, we’ve got a lot in common, we share all the same problems. Luck, love and life aren’t on our side. I’m starting to fall in love, it’s just my luck.”
*******
Seis meses se passaram desde aquela noite, quando tudo aconteceu. null esperava null em um pub de Londres, iam comemorar seu aniversário de namoro. O casal às vezes se pegava pensando em como as coisas aconteceram entre eles: num dia, null estava triste por causa do ex e resolveu ir a uma festa pra tentar se divertir e esquecer tudo, e no outro estava namorando com o garoto de seus mais doces sonhos. E já fazia seis meses!
null estava quase chorando de felicidade, olhou o relógio e viu que null estava atrasado. Foi quando os holofotes foram ligados em direção ao palco, e null reconheceu aquela silhueta.
“When it gets dark I’ll hold your body close to mine.
Captivated by the you look tonight
The light is dancing in your eyes,
Your sweet eyes.
Times like this will never forget
Staying out to watch the sunset
I’m glad I share this with you
Cos you set me free
Show me how good my life could be
How did this happen to me?
And then I’ll swing you girl until you fall asleep
null cantava para a menina a música que havia escrito pra ela em segredo, como presente de aniversário. null já não conseguia conter as lágrimas, se sentia a garota mais sortuda e feliz de todas. null desceu do palco em direção à mesa que null estava sentada à sua espera. Todos os olhares o acompanhavam, e a cada passo ele ficava mais perto do seu grande amor. null se lembrou da noite que se conheceram.
- Você está atrasado – null sorriu.
- Eu sei... Me desculpe. Foi por uma boa causa – null respondeu, se fazendo de arrependido.
- O que me diz do meu cabelo hoje, Sr. null? – ela perguntou, sorrindo e secando as lágrimas de alegria que ainda insistiam em cair. null analisou-o por uns segundos.
- Lindos como sempre, my little windmill – sorriu pra ela.
- Windmill? – null perguntou sorrindo, sem entender. null não respondeu, apenas a beijou. Um beijo com sabor do primeiro, cheio de paixão, o amor mais forte que há... A amizade mais poderosa que já existiu. Todos ali presente aplaudiram.
“Cos I’ve got you to make me feel stronger. When the days are rough and hours seem much longer. I’ve got you to make me feel better. When the nights are long, they’ll be easier together.”
null sussurrou o trecho no ouvido da namorada, que estremeceu com o doce som da voz do rapaz. Seu coração disparou, e ela percebeu que jamais conseguiria controlar isso ao lado dele.
“Seis meses!”
*******
null andava na rua olhando as lojas ao redor, totalmente perdida em seus pensamentos e desligada do mundo exterior - como costumava dizer - quando, num baque, alguém a chamou de volta. Era Bernardo, seu ex-namorado.
- Hey, tudo bem? – perguntou, surpreso, contente e um tanto confuso ao ver a menina ali na sua frente.
- Han... – null assentiu. – Tudo... E você? – perguntou, mais confusa que ele e nem tão contente.
- Tudo indo... Desde que a gente... você sabe... meu mundo desabou...
null estava estática. Ele se aproximava dela lentamente. Cada passo que ele dava em sua direção era como um punhal sendo cravado em sua barriga. Seu estômago dava voltas, e isso definitivamente não era um bom sinal. Ele segurou sua mão e a puxou. Ela não reagiu, e ele a beijou com força.
Os olhos de null se encheram de lágrimas, mas ela não podia as permitir cair. “Como ele se atreve?” Tudo que ela NÃO precisava agora era desse garoto em sua vida de novo. De repente, tudo que aconteceu entre eles passou pela mente de null: as mentiras, as brigas, as decepções, e a traição com a melhor amiga! null se sentiu enojada e, quando conseguiu se soltar dele, vomitou em todo o terno do garoto; foi um nojo de verdade.
- O QUE VOCÊ TÁ QUERENDO? – null começou a gritar na rua. Limpava a boca com a gravata dele, e as lágrimas venciam a guerra. – QUER QUE EU ESQUEÇA TUDO QUE VOCÊ FEZ E VOLTE PRA VOCÊ? – estava descontrolada, sentia que sua cabeça ia explodir, todos na rua olhavam pra ela. – NÃO! EU NÃO VOU DEIXAR VOCÊ ESTRAGAR MINHA VIDA DE NOVO! NÃO AGORA! NUNCA MAIS! – ela gritou mais alto a última frase e saiu correndo por dentre a multidão.
null, que estava a caminho para encontrar com ela, a viu correndo aos prantos e não hesitou em segui-la.
- Ei... O que houve? – perguntou, calmo, quando a encontrou sentada no chão e com as mãos na cabeça.
- Por que ele fez isso? Tava tudo tão bem... null, me perdoa... – null soltou de uma vez, não agüentando mais a pressão na cabeça, e se soltando no colo de null, que havia sentado ao seu lado.
- Tudo bem, windmill. Tô com você agora – null a abraçou forte. – Eu te amo.
Era a primeira vez que ele falava isso pra ela, e a menina sentiu o mesmo que ele naquele momento, embora eles não soubessem o que era.
- Eu também te amo – era também a primeira vez que ela dizia essa frase. null sorriu, pegou o rosto da menina e a beijou.
“I can't believe I found the girl who turned my life around. She suddenly came onto me, pin me down on the ground. I could have pushed away, but I'm glad I'm not the guy who turned her down. My friends say I'm a fool in love, but I'm not babe, it's worth my while because you're what my dreams are made of. So glad that she met me and life without you baby just don't know where I would be.”
*******
- EU DISSE PRA VOCÊ! EU TENTEI AVISAR, MAS VOCÊ ME OUVIU? NÃO, VOCÊ NÃO ME OUVIU! – null gritava com null.
- E A CULPA É MINHA? – null há muito havia perdido o autocontrole.
- E NÃO É? VOCÊ FICA BÊBADO NO NOSSO ANIVERSÁRIO DE UM ANO, E AINDA AGARRA AQUELA LOIRA PIRANHA NA FRENTE DE TODO MUNDO, E A CULPA NÃO É SUA, null? POR FAVOR, NÉ! – null chorava de raiva.
Justo no aniversário de um ano de namoro, null resolve chegar mais cedo no pub, conhece pessoas estranhas que o desafiam num jogo de sinuca e o fazem beber toda vez que ganhar. null não recusa uma bebida, e, quando percebeu, já estava ouvindo a voz de null perguntando o que ele tinha visto naquela loira do bar, e ele não sabia o que responder. No dia seguinte, não se lembrava de nada e estava com uma terrível dor de cabeça, porém foi tentar falar com a namorada.
- Ok, eu tive culpa... Mas não fiz por mal... – tentava se explicar.
- ENTÃO FEZ POR BEM? – null se assustou.
- Claro que não! Eu não tive a intenção... Estava esperando você, e não consigo lembrar o resto – null tinha os olhos cheios d’água. Tinha feito tudo que menos desejava: magoar null.
- Não se preocupe, null, o null conhecia aquele pessoal... Eles me contaram tudo que aconteceu... Já sei de tudo, não ligue pra isso. Esquece, ok? – null finalmente falou calma.
- Então tá tudo bem? – o garoto perguntou, desconfiado.
- Tá sim... Mas eu não quero mais falar com você por um tempo – ela disse, de cabeça baixa. – Vou embora e, por favor, não vá atrás de mim. Não consigo olhar pra você, a noite passada vem toda na minha cabeça e a decepção só aumenta. Preciso de um tempo.
null viu null saindo e não pode fazer nada pra impedir; primeiro porque estava sem forças pra levantar da poltrona na qual os amigos o colocaram, e segundo porque não ia adiantar nada, apenas piorar. Sabia que, se fosse agora atrás dela, ela poderia não mais voltar. Ficou ali sentado, pensando, chorando, se arrependendo de tudo que havia feito de errado, mesmo sem se lembrar de nada da noite passada.
*******
Um mês passou sem que null e null se vissem. Um não suportava mais ficar sem o outro, porém null ainda não estava preparada pra esquecer tudo que viu naquela noite, e null sabia disso. Por isso, não foi atrás da garota, apenas pegou um pedaço de papel e caneta. Começou a escrever palavras:
“She walked in and said she didn't wanna know anymore before I could ask why she was gone out the door and now I just can't move on. Since she left me she told me ‘don't worry you'll be ok, you don't need me believe me you'll be fine’ than I knew what she meant and it's not what she said now I can't believe that she's gone. I tried calling her up on her phone no one’s there. I've left messages after the tone...”
Quando null soltou a caneta, uma lágrima escorreu por seu rosto, e ele ouviu a campainha tocar. Secando rapidamente a pequena família de lágrimas que caía da ponta de seu nariz, levantou e foi em direção à porta. Sem ao menos perguntar quem era ou olhar pelo olho mágico, abriu a porta de cabeça baixa e viu os pés que tanto conhecia e desejava durante esse longo ultimo mês. Foi levantando a cabeça devagar, olhando cada pequeno detalhe de null, saboreando cada curva de seu corpo, como sentiu falta dessa garota! Quando chegou eu seus olhos, abriu um sorriso tão grande e verdadeiro como nunca havia feito antes, e null fez o mesmo. “Como pude ficar tanto tempo longe?”, ela pensou.
- Me perdoa – null soltou automaticamente.
- Não, me perdoa você – null respondeu, chorando de alegria em ver seu grande amor.
- Sempre! – null sorriu, e null a pegou num beijo profundo que compensou todo o mês que ficaram longe.
“Tell me that you want me baby, tell me that it's true, tell me that you need me so much more than I need you, tell me that you're happy, honey, tell me that you're fine, say when you're without me you can't get me off your mind. I wanna hold you girl, won't you take me back? I wanna hold you bad. Just tell me that you'll understand I wanna hold you bad. Tell me why you left me tell me what to do, tell me what you hate and I will change the world for you. Won't you say you miss me, honey? To heal my broken heart. I know you'd like to kiss me and it's tearing me apart. Now I know this feeling's getting stronger and it's growing everyday and I can't resist much longer. I am so sorry 'cause I was wrong, girl. And since you left my days go on and on, and on, and on…”
Eles entraram na casa e conversaram durante horas sobre tudo: aquela noite, os dias seguintes e todo o terrível mês que os dois tiveram. null então resolveu mostrar à null o que tinha escrito segundos antes da campainha tocar e de sua plena felicidade voltar. A menina leu e tirou um papel da bolsa e entregou na mão de null.
- Escrevi naquela noite, assim que cheguei em casa... – null a olhou nos olhos, e temeu por uns segundos por medo do que iria ler. Não queria reviver toda aquela dor de saber que null estava mal por causa dele.
“I wish I could bubble wrap my heart in case I fall and break apart. This is the last time I give up this heart of mine. I'm telling you that I'm a broken girl who’s finally realized I'm a little dazed and confused life's a bitch, and all my days are turning into nights cause living without, without, without you in my life. Did I mean nothing at all?” “I'm getting tired of asking this is the final time so did I make you happy? Because you cried an ocean when there’s a thousand lines about the way you smile written in my mind but every single word's a lie. I never wanted everything to end this way but you can take a bluest sky and turn it grey. I swore to you that I would do my best to change. I'm looking at you from another point of view and don't know how the hell I fell in love with you. I never wish for anyone to feel the way I do. Is this a sign from heaven showing me the light? Was this supposed to happen?”
- Ual! Me desculpa, meu amor... - null estava sem palavras.
- Relaxa... Já passou. Agora lê o que eu escrevi antes de vir pra cá – null tirou outro papel da bolsa e deu na mão do menino.
“I think of yesterday and all the times I spent being lonely I watched the young be young while all the singers sung about the way I felt. The days are here again when all the lights go down, what do they show me? The rules are all the same it's just a different game to tell you how I feel. Although it seems so rare I was always there. I can't stop digging the way you make me feel. I spent some extra nights trying to forget the things that I've shown you by now the smoke is cleared and all along I feared it would turn out this way. Though it might be wrong the light is always on. I can't stop digging the way you make me feel”
null sorriu quando terminou de ler o que null havia escrito. Isso queria dizer que tudo entre eles, toda a besteira que cometeu, estava enterrada e esquecida no passado. Isso não pode deixar de ser comemorado, e null a convidou pra jantar.
- Vou sim, claro! – null riu. – Mas primeiro vai tomar um banho, por favor.
- Ahh, claro! – null foi correndo pro banheiro.
*******
Já havia se passado cinco anos desde o dia que null e null se conheceram naquela festa na casa de null, e foram os melhores cinco anos da vida do casal. Algumas brigas, claro! Mas nada que uma boa reconciliação não ajude, e criatividade para isso é o que não faltava em null.
“It's only been a day but it's like I can't go on I just wanna say I never meant to do you wrong. And I remember you told me baby something's gotta give If I can't be the one to hold you baby I don't think I could live. Your stuff's in my house so many things I can't ignore your clothes still on the couch, your photo's on my freezer door. You don't have to have money,
to make it in this world, you don't have to be skinny baby, if you wanna be my girl, you just got be happy but sometimes that's hard so just remember to smile, smile, smile and that's a good enough start, come on and show me your teeth and what you've got underneath. Cause everyone's got troubles that's the way the story goes you don't need to get in trouble baby
to see what's underneath your nose cause if you’re feeling happy that's the place to let it show. So just remember to, smile, smile, smile so everybody knows. Could you trust me if I said that I love you? As we go to a place we know, I can show how good life could go if you take a chance leave all you know. I wonder what it's like to fly so high or to breathe under the sea, I wonder if someday I'll be good with goodbyes but I'll be ok if you come along with me. Such a long, long way to go where I'm going I don't know. I'm just following the road
through a walk in the sun.” E tenho pensado se você não gostaria de se casar comigo...
Beijos.
null leu a carta que achou na sua gaveta de calcinhas e riu sozinha durante muito tempo. Sempre sonhou com o momento do pedido: luz de velas, um jantar romântico e o homem de joelhos prometendo amor eterno. Nada que havia imaginado se parecia com isso, era tudo clichê demais para null, mas não ficou decepcionada. Claro que não! Sempre adorou a forma como null era criativo para as coisas e dessa vez ele realmente se superou. “Uma carta na gaveta de calcinhas?”, null ria ao lembrar-se. Uma felicidade invadia o interior da garota, um sentimento de leveza e surpresa pelo momento, afinal eles nem tinham conversado sobre isso ainda. Porém uma única certeza: “A resposta é SIM!”, pensava enquanto lia e relia a carta da gaveta de calcinhas.
Estava se arrumando para encontrar com ele, que foi bem esperto, afinal obviamente ela iria encontrar a carta antes de sair e assim quando se encontrassem já teria uma resposta. Mas null também tinha seus momentos criativos.
Vestiu a roupa rapidamente e saiu para encontrar null, null, null e null num churrasco na casa de null, que morava a alguns quarteirões de sua casa. null já estava a esperando no portão.
- Boa tarde, senhorita... – null disse, esperançoso.
- Boa tarde – null respondeu seca, porém sorrindo.
- Como foi sua manhã, senhorita?
- Normal – null deu de ombros.
- Ahh... Não aconteceu nada? – null já não entendia o que estava acontecendo. Tinha certeza que ela iria usar uma calcinha hoje. “Ou será que não...”, pensou, arregalando os olhos.
- Nops, nadinha. E você?
- Aaahhh, nada também... – null ainda considerava a idéia de ‘sem calcinha’. Sorriu com isso, e ficou imaginando coisas durante o caminho até a casa de null, onde null e null já estavam lá com as amigas de null.
- Han... Você vai primeiro, pode entrar logo. Eu tenho que comprar cerveja ali na esquina, o null pediu – null olhava para um lugar fixo na rua, e não era a esquina.
- Tá bem... – null concordou, mesmo sem entender. – Não demora – e entrou.
null se certificou de que a garota estava lá dentro e foi andando em direção ao seu alvo, que não era o botequim da esquina, e sim uma pessoa desprezível.
- O que você ta fazendo aqui, seu infeliz? – null perguntou, com raiva.
- Quero falar com a null – o garoto deu de ombros.
- Como você sabe que ela está aqui? – null permanecia firme em sua posição de defensor.
- Eu segui vocês...
- BERNARDO, VOCÊ NÃO PERCEBE QUE VOCÊ JÁ ERA?! – null já não mais se controlava.
- Eu só quero pedir desculpas – Bernardo disse de cabeça baixa.
- Pelo quê?! Por ter nascido? Infelizmente, isso é um erro irreparável... – null tentava respirar pra não voar em cima dele ali mesmo. – Deixe-a em paz... Você não percebe que você já perdeu? Nós vamos nos casar...
“Been having doubts now for a week or two, she doesn't love him like she used to do. He's had his chance but he's fallen through, he wants her back with him tonight. She felt the fire burn out long ago she didn’t tell him so he'll never know she turns away as he calls her name. She don't wanna know (don't say that you love her) you should let her go (don't say that you want her) and leave her alone coz this time she's leaving you for good. She don't wanna know (don't say that you need her) you're a little slow (there’s no easy way out) it's time to face the fact she's gone. She takes a photo and she cuts him out so much for memories they would bring her down, she sheds a tear as he calls her name”
null já estava na porta da casa de null novamente, depois de convencer Bernardo da melhor maneira possível que null não estava mais disponível para sempre, afinal, se ela dissesse sim eles iriam se casar...
Abriu a porta e foi em direção ao jardim de trás, e viu seus grandes amigos brincando e pulando na piscina um em cima do outro. “Típico”, null pensou, rindo. Não achou null com as amigas e estranhou.
- Hey, null, viu a null? – perguntou quando null saiu da água.
- A namorada é sua, dude. Você que tem que saber...
- Só perguntei, estúpido! Acho que ela não leu minha carta...
- Mas você não botou na gaveta de c...
- Uhum. – null pensou por uns minutos e abriu um sorrisinho safado. null deu um soco em seu braço. – Hello, minha namorada!
- Ah! Olha ela ali – null apontou para a porta da varanda. null estava com um microfone na mão, aos poucos todos foram se calando e olhando para a menina, curiosos sobre os próximos acontecimentos.
- null, o que você...? – null tentou perguntar, mas foi interrompido pela menina que fez ‘shhh’ pra ele – Desculpa...
“Yesterday you asked me something I thought you knew so I told you with a smile it's all about you. Then you whispered in my ear and you told me too, said you make my life worthwhile it's all about you. And I would answer all your wishes if you asked me too but if you deny me one of your kisses don't know what I'd do. So hold me close and say three words like you used to do dancing on the kitchen tiles it's all about you.” Minha resposta é sim ,null null. Eu quero caminhar no sol com você. Eu aceito me casar com você.
null sorriu, incrédulo. Ela havia lido. afinal. Isso queria dizer que ela estava de calcinha, mas quem se importa? Eles iriam se casar finalmente!
*******
null estava em seu quarto de infância se arrumando para o grande dia, o início de sua nova vida. Uma vida de casada, porém tinha certeza de que, com null, não mudaria tanta coisa da vida de noivos e namorados.
- null, você tá linda! – disse null, arrumando o véu da noiva.
- Obrigada, null – null não consiga se lembrar do que tinha que fazer pro oxigênio voltar aos seus pulmões.
- Inspira... Expira – null ajudava a amiga. – Vai dar tudo certo e você sabe disso! Vocês se amam...
- Eu sei, null, obrigada – seus pulmões voltavam a trabalhar.
As três ouviram alguém bater na porta, e já não era a primeira vez...
- Quem é? null, se for você eu vou sair e enfiar esse maldito buquê na sua... – null gritou.
- Sou eu, null... – null gritou de fora, com medo do resto da frase.
- Ahh! Pode entrar, meu amor – null disse. null abriu a porta.
- Pronta? – perguntou à null. – Está na hora. null respirou fundo, segurando as lágrimas.
- Pronta, null! Vamos nessa! – null sorriu. – Obrigada por entrar comigo.
- De nada, linda... Sei que não sou seu pai, mas...
- Você é maravilhoso, meu amigo. Aposto que ele tá lá em cima se gabando pros anjos perto dele por eu ter achado alguém tão bom pra me levar até o altar na ausência dele. – null encheu seu coração com orgulho. null e null já haviam saído para se posicionarem ao lado de seus pares.
null namorava com null há dois anos, mas como ele levaria a noiva, ficou com null. null fez par com null, eles tinham um rolo há um tempinho...
- Então, vamos? null tá quase enfartando lá na frente.
- Mas já?! Eu nem casei ainda – null riu. – Vamos...
Os dois saíram do quarto. O casamento seria realizado na casa dos pais de null onde passou toda sua infância e adolescência, esse era o grande sonho de seu pai, que morrera há três anos. null fez questão de cumprir o sonho do sogro.
A marcha nupcial foi iniciada. null, que estava de costas para o arco posto no jardim, se virou rapidamente para olhar sua noiva entrando, e demorou alguns segundos até pode ver null e null passarem pelo arco de braços dados. Ele sorriu como nunca havia feito antes, e teve certeza de um futuro feliz quando olhou a menina ao longe, bem direto em seus olhos. null sentiu o mesmo e apertou o braço de null, que sorriu pra ela, os olhos cheios de lágrimas.
Entregou null a null. Eles se olharam profundamente, mostrando a todos os presentes o amor que tinham entre si. As mães do casal, na primeira fileira, não seguravam as lágrimas e, antes mesmo de começar o casamento, já choravam feito bebês. null e null viram e sorriram pra elas. E o casamento foi iniciado
“Kicking off is the hardest part nothing's certain at the start, letting go, so something can begin. Figure out how to get a life leave tomorrow, live tonight gotta throw, throw your heart right in. But we are the lovers if you don't believe me then just look into my eyes 'cause the heart never lies. If you want to fight I'll stand right beside you, the day that you fall I'll be right behind you to pick up the pieces. Another year over and we're still together, it's not always easy but I'm here forever. We are the lovers I know you believe me when you look into my eyes because the heart never lies.”
Fim.
N/B: Parabéns para a Carol, que finalmente arrumou coragem para mandar a primeira fic escrita sozinha para o site! Te adoro de montão, amiga! E leiam a outra fic que a Carol escreve (em pareceria com a Miin Poynter): Letra e Música!
Qualquer erro de HTML/português, mande um e-mail para MIM, e não para o site, por favor: marii.hurtado@gmail.com
Obrigada, amores! Marii-Marii