Fic by: Lola | Beta: Lilá


Ela não podia acreditar que tinha ido parar em Vegas enquanto todos seus amigos estavam em Nova York. E como se a situação ainda não fosse horrível, ela estava em Las Vegas com ninguém menos do que o ser mais detestável do mundo, que era, na verdade a razão dela estar ali e não junto à galera. era a criatura que simplesmente comprou suas passagens errado. Ela já estava quase pensando que tinha se igualado à estupidez do garoto ao pedir para que ele ficasse com a tarefa tão importante de comprar as passagens, deveria ter pensado que acabaria acontecendo alguma coisa horrível do tipo.

— Nós temos que arrumar um hotel para passar a noite. — a criatura disse ao seu ouvido com a voz rouca de sono, pois acabara de sair do avião. — A não ser que você queira passar a noite na rua. — continuou, mas parou, percebendo que a mulher a sua frente continuava emburrada. — Amanhã pegaremos outro avião, certo? Se acalme, por favor.
— Você é um idiota mesmo, não é, ? — ela se zangou. — Você simplesmente acha que é assim, comprar uma passagem errado, passar a noite num hotel e no outro dia tudo dar certo, só por que é do McFLY? Eu nunca mais vou confiar em você numa coisa dessas! Como alguém se confunde entre Vegas e Nova York? Pelo amor de Deus.

Ela pode jurar que viu um sorrisinho no canto dos lábios do rapaz. Seus olhos possuíam um brilho de diversão e ela começou a ficar assustada. Por um momento quase pensou que ele tinha feito aquilo de propósito, mas o que ele ganhava com isso? A raiva eterna dela? Não era bem uma coisa que todos gostariam de ganhar, já que ela possuía... digamos que um temperamento forte.

— Bem, se eu vou ficar aqui a noite inteira só tendo você de companhia... — ela mordeu o lábio inferior, uma atitude que o deixou louco. — Eu vou ter que beber muito, de preferência algo bem forte. Não ligo para a ressaca horrível de amanhã, só quero apagar isso da minha vida, certo?
— Certo, então eu já sei onde podemos ir — ele deu um sorriso maroto. — Eu já passei alguns dias em Vegas e esse lugar é simplesmente fantástico. Aproveite um pouco, , se desprenda um pouco dessa sua figura controladora, deixe-se sentir.

Ela mordeu novamente o lábio inferior e suspirou, derrotada, o que fez se abrir um grande sorriso no rosto de . Sem esperar falar mais nada, ele a puxou pelos braços e a enfiou dentro de um táxi, logo em seguida falando o nome de um lugar que ela não conhecia. apenas encarava seus sapatos. Poxa, eles ainda estavam em Vegas, ela deveria se animar um pouco, não é? Era um lugar divertido, pelo menos não tinham ido parar no... Alaska.

— Você vai ficar assim, é? — ele bufou, irritado com o comportamento teimoso de . — Estamos em Vegas! Olhe pela janela, , eu sou mais estar aqui do que estar em Nova York. — mas suspirou, cansado ao ver que não estava surtindo o efeito que ele queria.

Ela deu uma pequena olhada pela janela do táxi e ficou encantada com aquelas luzes, aquela energia que o lugar transmitia, é, era realmente bom. Só que não deixava de ser péssimo, pois todos os seus amigos deviam estar se divertindo sem eles e ela estava presa ali. Pelo visto eles nem se lembravam da existência dos dois, afinal, não tinha recebido nenhuma ligação de ninguém, traidores.
O táxi parou em frente a um cassino. Aquela era a idéia distorcida de sobre diversão em Las Vegas? Tudo bem, ela sempre tinha sonhado secretamente em ir a algum toda vez que via algum filme que se passava lá, e é claro que não se pode passar em Las Vegas e não ir a um cassino. É até um tipo de parada obrigatória não-oficial, mas seu estômago se revirou com a idéia, como se pudesse pressentir o que ocorreria aquela noite.

— Venha, ! — a arrastava pelo lugar. — Eu quero jogar um pouco de tudo hoje à noite. Eu não quero me gabar, mas sou muito bom nisso, posso ganhar o seu dinheiro para a passagem, para me desculpar por ter comprado a errada. — Essa idéia animou , pelo menos ela não ia ter que comprar novamente, mas será que era mesmo bom? Era melhor não arriscar dar seu dinheiro a ele.
— Tudo bem, se você puder comprar na primeira classe melhor ainda. — ela riu com a animação do rapaz. — Mas hoje eu tenho um encontro importante com a bebida, me desculpe, ficarei no bar a noite inteira. Tchau!

Ela se sentou no banco e afundou o rosto na mesa do bar. Estava cansada, por mais que tivesse até gostado de Vegas queria sair dali o mais rápido possível, queria pelo menos receber uma ligação de seus amigos. Pediu ao barman tequila e depois de alguns copos virados já estava começando a ficar bêbada. , que tinha voltado feliz, tendo visivelmente ganhado alguma coisa se sentou ao lado dela e a acompanhou.

— Você bebe bem. — ele riu, virando outro copo da bebida. Seus sentidos já estavam um pouco confusos.
— Eu faço tudo bem. — ela gargalhou alto, estava visivelmente mais bêbada do que ele e começava a perder um pouco o controle de suas ações. — Quer saber, tomara que amanhã eu... — ela riu alto. —... eu consiga sair dessa porra desse lugar.
— Ah vai, , você gostou... talvez até me agradeça um dia. — ele falou, não tendo muita certeza. Falcon não era uma pessoa de agradecer, ela reclamava o tempo todo, mas podia sonhar, não é?
— Agradecer por quê? — ela bufou. — Por ser um idiota? Porque só um idiota mesmo pra simplesmente comprar a passagem errada. Me diz, quem inteligente troca Nova York por Las Vegas? Tem que ser muito burro mesmo!
— E se eu te dissesse que fiz isso de propósito, hein? — ele deu um sorrisinho — Trocar o destino das passagens, eu digo.

Ela levantou os olhos para ele, chocada. Podia até já estar bêbada, mas isso de algum modo a acordou um pouco, ele tinha feito isso mesmo? É claro que ela já sabia que ele era um imbecil por comprar errado, mas comprar errado de propósito o fazia ficar duas vezes mais imbecil do que ele já era. Ah, era um homem morto.

— Por que você vez isso? — ela questionou, irritada. — Meu Deus, você é mais idiota do que eu pensei, .
— Idiota por quê? — ele perguntou frustrado, não esperando resposta. — Idiota porque eu queria ficar sozinho com você? Idiota porque eu vi no seu pedido de comprar a droga das passagens uma oportunidade para isso? Me perdoe então por ser tão idiota.

E então todas as respostas mal educadas e xingamentos que estavam na ponta da língua de simplesmente desapareceram. E por incrível e absurdo que aquilo poderia parecer ela ficou com vontade de beijá-lo. Mas é claro que aquilo deveria ser efeito da bebida, só podia ser, amanhã todas aquelas vontades loucas que se passavam agora na cabeça da garota iriam sumir e ela iria para Nova York encontrar todos seus amigos sem nenhum daqueles pensamentos insanos sequer, era só ela não fazer nenhuma besteira aquela noite.

***


acordou com o sol batendo em seus olhos, vindo das frestas das cortinas de seu quarto. Não se lembrava muito bem da noite anterior, mas tinha sobrevivido a ela, não? Ela não se lembrava de como tinha chegado ali, sua visão ainda estava um pouco turva e só pensava em uma coisa, É melhor eu não ter feito nenhuma besteira. Espreguiçou-se lentamente até que sentiu alguma coisa em seu lado, algum corpo, seria algum homem? Ficou com um pouco de medo de quem ia encontrar lá, mas quando olhou para o lado não se surpreendeu ao ver dormindo como um anjo.
Seu peito subia e descia e teve que piscar algumas vezes os olhos para não ficar hipnotizada. Seus pensamentos martelavam em sua cabeça, cada vez mais fortes, É melhor eu não ter feito nenhuma besteira, é melhor eu não ter feito nenhuma besteira. Sua cabeça doía bastante, culpa da ressaca, mas por um momento foi melhor se preocupar com alguma outra coisa. Olhou por debaixo dos lençóis, pelo menos ainda estava vestida, ou pelo menos semivestida, e também.
Só que aí ela viu uma coisa que realmente não a deixou nem um pouco tranquila, ela teria que acordar . Tentou balançar seus ombros, mas não deu resultado então deu um tapa em sua testa. Desta vez o homem incrivelmente lindo a sua frente acordou com um pulo e arregalou os olhos ao ver que estava seminua.

— Meu Deus, nós... nós não fizemos... nenhuma besteira não, não é? — perguntou um pouco assustado, mas pode jurar que viu um pequeno sorrisinho se formando no canto dos lábios dele.

Ela apenas suspirou pesadamente e deixou o corpo cair na cama, ainda estava com uma puta dor de cabeça por conta da noite anterior. Depois de respirar algumas vezes simplesmente pegou a mão esquerda do rapaz e apontou para seu dedo anelar. Ele arregalou os olhos ao ver um anel.
Um anel.
Uma aliança, para falar a verdade.

— É... — falou com nervosismo aparente em sua voz. — Nós definitivamente fizemos uma grande besteira.

FIM


N/A: Bem, essa foi minha primeira short fic e espero de verdade que tenha ficado boa. Eu particularmente gostei de onde parou, já que o resto meio que fica na imaginação de quem lê. Eu estou satisfeita com o resultado e espero que vocês gostem.
Comentem! Beijos.

N/B: Adooooro casamentos em Las Vegas hahahaha. Adorei esse final, muito bom xD

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