voceeomelhorpramim

por: Jade Jones
Betada por: Natýh Vilanova



Capítulo 1

- Ai, ai. - exclamava enquanto sentava na mesa do refeitório com , , João e Téo.
- Ih, cansado do quê? - olhou para o amigo.
- Tô cansado de pegar mulher. Elas são fáceis e, lógico, eu sou o conquistador e consigo pegar qualquer uma, né?
- Fala isso porque não é você que tá na seca!
- Ué, nem você, .
- É, mas a é complicada.
- É cara, você devia deixar a livre pros outros garotos, sabe? Você precisa viver; você se prende demais. - andava desconfiado que estivesse gostando mesmo de – Cara, olha eu, por exemplo, já peguei garotas com quase todas as letras do alfabeto. Acontece que começa com A... Você parou na primeira.
- É, , eu acho que eu vou virar como você!
- Ow! Mas também não exagera, eu sou assim porque eu sou assim, é o meu jeito, esse pode não ser o seu.
- Ah, então quer dizer que eu não posso ser como você?
- Pode! Mas eu duvido que você consiga, eu nunca vou me prender, já você... – , na verdade, nunca tinha dado mais que um beijo nas garotas, mas assim que o conseguia, ele saia inventando que tinha transado com ela. viu uma garota se aproximando por trás de – Ai, lá vem; eu não aguento mais essas garotas correndo atrás de mim, pensando que a gente já está namorando só porque demos um beijo ou transamos. - olhou para trás, a garota chegou do lado de . – Olha, Maria... Aquilo que aconteceu entre a gente não foi... - a garota virou a mão no rosto do garoto - O quê?
- Você sabe por quê! - ela virou as costas e foi embora.
- Essa deve ter doído!
- Cala a boca, João!
- Ainda não! - olhou para , que levantou o olhar do celular e olhou para a entrada da escola.
- Uh, carne nova na parada! - disse um sorriso cínico no rosto, virou para entrada e olhou a garota que entrava. Ela parecia perdida.
- Ow, essa eu pego! - continuava olhando a garota.

’s Pov.

Eu entrei naquele colégio olhando em volta. Meu deus do céu, o colégio era enorme, quase nas estruturas dos de Boston, Jesus!
Eu adentrei o colégio, me sentindo uma completa pateta! Sei lá, eu olhei em volta, então senti algo bater em mim.
- Ei!
- Me desculpa! - eu me abaixei para ajudar a garota loira.
- Presta atenção por onde anda, garota! - ela me olhou e o rosto suavizou – Ei, você é nova aqui!
- É! Escuta, desculpe-me mesmo! É que eu tô perdidaça!
- Não! Eu é que tenho que me desculpar! - eu sorri e ela correspondeu e estendeu a mão – Prazer, !
- Prazer, !
- , que nome bonito!
- Obrigada! Pode me chamar de !
- , você parece ser legal. Vou te ajudar a achar seu dormitório!
- É! Você é a única por aqui?
- Sim!
- Então é com você e com a... que eu vou dormir! - eu disse olhando para o papel que eu lutava para carregar na mão, junto com as minhas malas.
- Nossa, que legal! Parece destino!
- Eu não acredito em destino! - disse olhando para ela.
- Por quê?
Nós seguimos andando enquanto eu explicava.
- Porque acredito que o homem faz sua própia sorte; destino não existe, o que existe são coincidências ou conveniências!
parecia mais fascinada a cada palavra que eu falava, nós entramos no quarto.
- Bom, sua cama é essa aqui!
O quarto não era grande, mas também não era pequeno. Havia um guarda roupa com três divisórias; minha cama ficava ao lado do guarda roupa, a da ficava do lado da porta, e da ficava perto da porta do banheiro.
Eu me sentei na cama e ajeitei rapidamente as minhas coisas, e logo pulei para a minha mala de roupas. Enquanto guardava, examinava minhas roupas.
- Nossa! Você só tem roupas lindas! - eu sorri.
- Obrigada!
- São divinas, mas, , me diz como você é? Tipo, sua personalidade ou você está em formação ainda? - eu tive que rir – Que é? Não dizem que é nessa idade que estamos à procura da nossa personalidade?
- Eu nunca fui assim! Sempre tive certeza de quem eu sou e da minha personalidade!
- E como você é?
- Bom, eu sou muito ligada à moda, eu amo roupas, mas sou meio jogada e despojada; amo rock, mas também sou muito ligada nos problemas do mundo e na saúde; não me preocupo muito no que comer ou não; eu gosto de ajudar as pessoas e tenho o dom de dizer as coisas certas nas horas certas, odeio regras! Eu sou meio rebelde. - eu sorri.
- Nossa, parece que você sabe mesmo quem é, né? - eu sorri.
- Quem sabe quem o quê? Oi, prazer!
- Prazer! Eu sou .
- Eu sou ! Parece que você já conheceu a nossa patricinha.
- Ai, coisa irritante!
Eu ri, elas duas eram demais.

- Sabe, , eu acho engraçado, eu acabei de te conhecer, mas parece que eu te conheço há séculos! - eu ri.
- Eu sinto a mesma coisa! - eu sorri para .
Nós três nos sentamos na sala de televisão.
- Mas e aí, , da onde você vem?
- Hum! East high school!
- Credo! Onde é isso? - eu virei para .
- Boston!
- Mas Boston não é nos Estados Unidos?
- Exatamente!
- Me conta mais!
- Roberta! Você?
- Ah, que é? Me deixa!
- Bom, lá era legal, o único problema é que eu entrava de manhã e só saia no fim da tarde, da escola!
- Mas como você chegou lá? - eu ri.
- Eu nasci aqui, mas meu pai vivia indo pra lá, então ele resolveu me levar junto; e então esse ano eu resolvi voltar para o meu país. - eu sorri.
- E a sua mãe?
- Morreu quando eu tinha um ano.
- Eu sei como é isso, a minha também morreu.
- Ah, ainda bem que eu não sei.
- A mãe dela é a Eva Messi.
- Sério? Tipo, a Eva messi é uma lenda, eu adoro ela! - riu.
- Ela vai amar você!
- Oi, gente!
- Oi, Carla!
- Oi, Carlinha! - Carla me olhou.
- Oi!
- Oi, tudo bem? Prazer, , pode me chamar de !
- Muito prazer, !

- Vem, , agora é a aula do Vicente!
- Tô indo! - eu terminei de colocar o cinto na blusa do uniforme do Colégio Elite Way (que é lindo, vale comentar) e segui correndo para a porta.
- Ih, ele já entrou! Com licença, professor! - disse sorrindo. - Com licença, professor. - Carla disse também sorrindo.
- Bom dia, professor! - disse .
- Aluna nova? - eu sorri para o professor; ele era jovem, tinha os cabelos pretos, os lábios carnudos e os olhos castanhos.
- Pois é!
- Pode me chamar de Vicente.
- Com licença, Vicente!
- Pode entrar! Qual seu nome?
- Bieber! Pode me chamar de .
Ouvi uma enxurrada de cochichos.
- Que mal lhe pergunte, mas qual o nome do seu pai?
- John! John Bieber!
Não era fácil ser a filha do maior produtor de música do mundo E irmã do maior astro pop do mundo. Mas eles iam se acostumar. Eu sentei entre e e na frente de Carla.
- , por que você não avisou pra gente? - sussurrou.
- É, ! Eu quase tenho um ataque do coração! - sussurrou.
- Eu também, ! - eu sorri.
- Vocês não perguntaram! - elas sorriram orgulhosas.

-“Eu cantarei de amor tão docemente
Por uns termos em si concertados
Que dois mil acidentes namorados
Faça sentir ao peito que não sente.

Farei que o Amor a todos avivente
Pintando mil segredos delicados
Brandas iras, suspiros magoados,
Temerosa ousadia, e pena ausente

Também, senhor, do desprezo honesto
De vossa vista branda e rigorosa
Contentar-me-ei dizendo a menos parte

Porém, para cantar de vosso gesto
A composição alta e milagrosa
Aqui falta saber, engenho e arte.”-

O professor terminou de ler.
- Quem sabe quem é o autor? - ninguém respondeu.
- Camões! - e todos olharam para mim.
- Muito bem, !

- Vem, ! A gente vai te apresentar os nossos amigos!
- Ok! - eu segui com , Carla e para um porão, na escola mesmo. Eu desci as escadas e três meninos esperavam; um sentado na bateria e os outros dois no sofá.
- Olá, meninos!
Eles olharam para as meninas e sorriram, e eu me senti uma estranha. E logo depois os três pares de olhos caíram em mim.
- Meninos, essa é a !
- Oi, ! Prazer, eu sou o . - eu sorri.
- Prazer!
- Prazer, eu sou . - eu troquei um aperto de mão com o .
- Prazer, eu sou . - o garoto deu um sorriso que demonstrava claramente as suas segundas intenções.
- Prazer, . - eu sorri abertamente para ele.

Capítulo 2

Dois meses se passaram, e eu já estava acostumada com a escola. Mas também, com seis amigos como esses que eu tenho, impossível não se acostumar.

Eu estava andando pelo jardim da escola. Eu passei por e , que estavam treinando capoeira.
- Oi, posso treinar com vocês?
- O quê? - os dois pareciam surpresos.
- Posso treinar com vocês?
- , eu acho melhor não... Vai que você se machuca. - disse realmente preocupado.
- Ih, já saquei... Vocês estão com medo de perder pra mim, né?
- O quê? - disse .
- Claro que não! - disse .
- Então deixa, por favor! Se vocês quiserem, eu deixo vocês ganharem.
- O quê? - os dois pareciam ofendidos.
- Você não vai precisar deixar a gente ganhar! - disse .
- Ok, então! - eu dei pulinhos de alegria, interpretando aquilo como um sim. Eu tirei a minha blusa, ficando de top e um shortinho de suplex, e eles arregalaram os olhos - O que foi?
- , você precisa mesmo ficar assim?
- Tá com medo de me atacar é, ? - ele riu nervoso e eu sorri divertida - Tá bom, vamos começar.
- Pode pegar pesado, !
- Pode deixar, ! - eu sorri.
Nós começamos os três a cantarolar o ritmo da música da capoeira, dando passos para um lado e para o outro, os braços seguindo o movimento dos pés; então entrou no pequeno triângulo, dando um chute na minha direção, me desafiando; eu fui para frente dele, ele me deu um chute, eu desviei, abaixando meu corpo para trás e fazendo uma estrela de costas. Assim que voltei à posição normal, a cara de era impagável, eu então pulei, dando um mortal triplo, derrubando no chão, colando o braço atrás do corpo e me sentando em cima dele.
- Venci!
Ele se debatia embaixo de mim.
- Tá bom. Você ganhou! - eu ri.
- Eu amo ganhar! - eu disse saindo de cima dele e dando pulinhos, vendo se levantar – Vamos de novo?
Nós recomeçamos. Com era um pouco mais difícil; ele não era direto como , ele estava explorando o adversário, eu no caso, mas tudo bem, eu sabia jogar esse jogo. Eu o cerquei, ele chutou na minha direção e eu desviei, abaixando o meu corpo, levantando pouco depois e dando um chute. Ele agarrou meu pé e o girou, fazendo meu corpo girar no ar, me fazendo cair deitada e quando ele ia deitar em cima de mim, eu dei um impulso com os braços e fiquei em pé.
- Você é rápida.
Eu sorri.
- Você pode tentar, mas não é fácil me ganhar.
Ele deu mais um chute na minha direção, eu peguei o pé dele, fazendo a mesma coisa que ele fez comigo, o fazendo cair de costas. Eu subi em cima dele, sorrindo cínica.
- Tá bom, já sei. Você ganhou! - eu sorri, deixando ele se levantar.
- , eu tenho que admitir. Você é boa!
- O quê? O mundo vai acabar! O admitindo alguma coisa, meu Deus, corram para as montanhas! - disse sacaniando com a cara de . Eu ri.
- Lição número um: , nunca, e quando eu digo nunca, eu digo nunquinha mesmo. Nunca subestime o adversário! - eu sorri – Bom, eu vou continuar a minha caminhada, beijos! - eu os abracei e dei um beijo no rosto de cada um e continuei a minha caminhada.
Eu caminhei por um tempo sem me preocupar com qualquer coisa ao redor... Apenas andando lentamente, pensando, olhando a paisagem; até que eu ouvi um barulho de um corpo se chocando contra a água. Eu segui para onde ouvi o barulho, era na piscina da escola. Eu entrei e me sentei nas cadeiras de sol, cruzando as pernas, já que sabia quem estava nadando naquela piscina. Ele saiu da piscina e veio caminhando diretamente para mim, enxugando o cabelo na toalha branca; ele estava com uma sunga preta. Eu me levantei.
- Problemas?
- Como é que você sabe?
- Você é meu amigo, , e não esconde muito bem os sentimentos. Só quando estão relacionados a garotas, lógico e, além disso, eu sou muito observadora... E por mais que você goste de nadar, você só o faz quando está com problemas. Pode contar... O que foi?
- Eu acho que eu estou apaixonado pela . - eu respirei fundo e o olhei.
- Eu acho que não. Acho que é só porque a estava namorando com o . Todos os homens tem esse fascínio por garotas que são comprometidas, por exemplo, agora ela e o estão brigados e o está até falando por aí que não liga mais pra ela, e você já viu ela?
- Já! Um pouco antes de vir pra cá.
- E?
- E o quê?
- Você sentiu alguma coisa?
- Não. Nada fora do normal. - ele deu de ombros.
- ! Você já se apaixonou antes?
- Acho que não, e você?
- Algumas vezes.
- Quantas?
- O quê?
- Quantas vezes você se apaixonou?
- De verdade?
- Sim!
- Duas vezes.
- E... Como é?
- É... Mágico.
- Como assim, mágico?
- É surreal, primeiro você está normal e de repente você não está mais aqui na terra, o seu coração parece que vai explodir e parece que você está flutuando, a sua mente se desliga e apenas ele importa.
- Nossa, isso foi lindo, ele devia ser especial.
Eu sorri sem mostrar os dentes.
- É! E foi, mas ele foi mais especial pra mim do que eu pra ele, agora passou.
- , como você tem a minha idade e mesmo assim é tão experiente?
- É que eu comecei a viver cedo. - eu disse pensativa.
- Como assim?
- Bom, meu pai é rico sim, mas a minha mãe desapareceu cedo, então eu comecei a me cuidar e a ter experiências aos sete anos, que você talvez ainda nem tenha tido ou vivido.
- O quê, por exemplo?
- Aos setes anos eu morava sozinha.
- Como?
- Bom, o meu pai vivia no escritório e o meu irmão vivia ocupado, então eu morava sozinh.
- Como você comia?
- Com as mãos! - eu disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
- Não, mas como?
- Eu... Você não sabe cozinhar?
- Não!
- Ah, um dia vai lá no meu apê e eu cozinho pra você!
- Opa! Tá combinado. Qualquer dia eu apareço lá. Mas onde você mora mesmo? - eu ri.
- Vila Lene.
- Ah, pô! Por que você não me avisou? A mãe do mora lá, o Vicente, o Artur, a Teresa, o Lupi.
- Aham! Eu já encontrei todo mundo. Eu conheci também a Cilene, a Beck, o seu Genaro, eu conheci o irmão do também, o Raul.
- Nossa, você já está bem enturmada. - eu ri.
- Eu tento!
- Bom, que tal um mergulho?
- Ah, não sei!
- Vai, , por favor!
- Tá. Eu acabei de treinar capoeira com os meninos.
- Você treina?
- Uhum! Ganhei dos dois! - eu me levantei e tirei a minha blusa e o shorts - Vamos? - ele parecia hipnotizado me olhando – !
- Oi, vamos! - ele se levantou e me puxou; eu parei na beira da piscina - O que foi?
Eu olhei pra ele e botei a pontinha do dedo, e me arrepiei.
- Ui! Tá gelada, ! - ele me olhou. Cara mais sapeca que aquela, impossível – , o que você... - tarde demais. Quando estava me dando conta, eu já estava pendurada no ombro de e ele pronto para pular na água.
- ! NÃO, POR FAVOR!
Mais uma vez tarde demais, ele me colocou nos braços e pulou comigo, eu ainda estava no colo dele quando submergimos; eu o olhei e bati meio forte no ombro dele, ele começou a rir e eu não aguentei e comecei a rir com ele; ele me aproximou do rosto dele e nós paramos de rir lentamente. Eu olhava nos olhos dele, aqueles olhos brilhantes me chamavam, a respiração quente dele batia no meu rosto; nós estávamos nos aproximando cada vez mais. A minha mão estava na nuca dele, o aproximando do meu rosto...
- ! ? ?
- Ah, oi, . O que foi?
- É que eu preciso que você me explique a matéria de literatura.
- Claro! - eu sorri sem mostrar os dentes - Até mais, !
Ele sorriu sem mostrar os dentes, depois me abraçou carinhosamente e me deu um beijo demorado no rosto. Saí da piscina em seguida.

- , para onde você vai no feriado?
- Ah, vou pra casa da ! E você?
- Ah, não sei. E vocês duas?
- Ah, eu também. Você me dá carona, ?
- Claro, Carlinha! Mas tem um problema.
- Qual?
- Eu tenho uma moto.
- Ah, tem problema não!
- O que não tem problema?
- Nada, . Só a dar carona para a Carla.
- Você dirige?
- Uhum. - eu tomei um gole do meu suco.
- O que você dirige?
- Uma moto!
- Hm, legal!

3ª pessoa

Havia uma multidão de alunos e pais para irem buscá-los para passar o feriado.
Logo se via uma garota correndo entre a multidão.
- Carla, vem logo! - ela gritava para amiga.
montou na moto, esperando pacientemente Carla. Na frente da moto dela havia um fusion preto e um homem moreno de cabelos sedosos e pretos, o pai de .
ainda esperava Carla, e então uma limusine preta parou na frente da sua moto, logo depois que o fusion partiu, depois de se despedir dela. chegou perto do carro e jogou uma mochila lá dentro e veio para perto dela.
- Bom feriado, . - ele sorriu docemente.
- Bom feriado, . - ela o abraçou. Ele pareceu tenso no início, mas logo depois relaxou e a abraçou forte e protetoramente. Ela deu um beijo no rosto dele e sorriu. – Até!
- Até! - ele sorriu e se afastou. Carla chegou logo depois.

Capítulo 3

’s Pov.

Eu não lembrava bem que dia era; eu só sabia que era de noite e não tomara banho desde que acordara.
Bem, eu ainda estava de pijama, sentada na frente da TV vendo “O cisne negro”, era um filme assustador. Eu deixei o filme passando e fui tomar um banho, afinal, não era só porque eu estava em casa que eu tinha ficar igual uma mendiga por ai, né?
Eu tomei um banho rápido, vesti um short jeans pequeno e uma blusa amarela que cobria o short, penteei meus cabelos e desci para voltar a ver o filme. Quando eu cheguei ao topo da escada, percebi que havia alguém sentado no sofá. Eu desci a escada silenciosamente, e tapei a sua boca, impedindo-o de gritar, mas foi pelo cabelo que eu percebi que ele não iria me fazer mal, então eu soltei a boca dele.
- Nossa, você me assustou! - ele disse me olhando por cima do ombro.
- Eu te assustei? EU? Você que me assustou! Como você entrou aqui em casa, ?
- Pela porta? - ele disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
- Ai, eu tenho que aprender a trancar a porta.
- “O cisne negro”? Bom filme! - ele disse gesticulando para a TV, onde o filme ainda passava.
- Nem terminei de ver. E aí, o que te trás ao meu humilde apartamento?

Pov.

- Eu vim cobrar o jantar que você me prometeu, lembra?
- Ah, é! - ela riu – Bom, eu já ia fazer alguma coisa pra comer mesmo! Massa, tudo bem?
Eu dei de ombros.
- Pra mim tudo bem!
- Ok! - ela seguiu para a cozinha, eu fiquei olhando o apartamento, ele era a cara dela. A sala era pequena, em um plano mais baixo havia dois sofás, um de dois lugares na frente da TV e um também de dois lugares no lado direito, e no centro havia uma mesa de madeira retangular com alguns porta-retratos em cima, a televisão se encontrava em uma estante mais à frente com vários livros dos dois lados e havia a escada mais ao lado, lá em cima devia ser os quartos. O que separava a sala da cozinha era um balcão; na cozinha tinha a geladeira, do lado tinha o fogão e a pia e no balcão da pia havia o micro-ondas.
- Heim, ?
- O quê?
- Posso colocar tomate?
- Pode sim!
Ela ficou um tempo fazendo a comida e ao mesmo tempo conversava animadamente comigo era a minha melhor amiga, eu não conseguia esconder muita coisa dela, ela se sentou ao meu lado e me deu um prato.
- Espaguete ao molho branco! - ela sorriu.
- Hum! - eu disse olhando para o saboroso prato a minha frente. Ela me entregou o copo de coca, eu a olhei – Como você sabe que eu só gosto de coca? - essa garota me conhece sem eu fazer ou dizer nada.
Ela sorriu lindamente.
- Você só bebe coca na cantina da escola.
- Você me observa muito! - eu sorri cínico e ela deu de ombros.
- Não só você como todos daquela escola! O ser humano em geral é... Interessante.
Nós comemos conversando animadamente. sempre me ensina tanto em apenas cinco minutos de conversa; o jeito que ela pensa, ela expressa tudo em palavras, eu sei exatamente o que ela está pensando... Ás vezes quando ela quer que eu saiba o que ela está pensando, quando ela não quer que eu saiba, eu não descubro de jeito nenhum, nem com um leitor de mentes.
Ela pegou os pratos, os lavou rapidamente e voltou para o meu lado com uma tigela com algo que parecia sorvete de chocolate, me deu uma colher e chegou perto de mim para que pudéssemos comer juntos.
- Ok! E como você adivinhou que eu amo sorvete de chocolate?
- Bom, isso eu não adivinhei. É que eu simplesmente amo sorvete de chocolate! - ela sorriu colocando uma colher na boca.
Nós terminamos de tomar o sorvete e ela voltou a se sentar ao meu lado.
- E aí, o que achou? - ela sentou perto de mim, apoiando a cabeça em uma das mãos.
- Do quê? - eu tinha me perdido nos olhos dela, ela sempre falava olhando nos meus olhos sem desviar. Ela riu.
- , você é muito desligado! Do jantar, você gostou?
- Se eu gostei? Eu amei! Você cozinha muito bem.
- Obrigada.
- Bom, pelo menos melhor que as empregadas lá de casa. Sabe, eu acho que eu vou começar a vir aqui mais vezes! A comida é boa, a cozinheira é gata, e é de graça!
Nós dois começamos a rir, e ela parou olhando diretamente nos meus olhos. Eu fiz o mesmo e fui vencendo devagar a pequena distância existente entre nós. Minha mão já estava na cintura dela, trazendo-a pra perto de mim, a mão dela estava na minha nuca, eu podia sentir a respiração dela no meu rosto, quase podia sentir os lábios dela nos meus, mas então ela se afastou.
- Acho melhor você ir pra casa, . Sua avó deve estar preocupada.
- E... E... Eu também acho! - eu me levantei e ela me levou até a porta.
- Até a escola, !- ela me abraçou forte e me deu um beijo no rosto. Eu segurei forte a cintura dela, forçando-a a ficar bem perto de mim. Vamos, ! Você é , lembra? Aquele que não se importa com quem pega! Eu a olhei, ela sorriu e se desvencilhou dos meus braços e sorriu antes de entrar.
- Toma cuidado, . - eu sorri sem mostrar os dentes e ela fechou a porta.
- Ah, qual é, o que está acontecendo comigo? Eu nunca fui assim!

Capítulo 4

’s Pov.

- Ai, , como você come tanto e fica em tão boa forma? - Carla falava frustrada enquanto eu me sentava com eles na mesa.
- Carla, eu é que não entendo... - meu telefone tocou - Alô?
- Alô, ?
- Justin? - eu me levantei rapidamente, e me afastei dos meus amigos.

Pov.

- Justin? - a voz dela parecia surpresa. Quem era esse Justin, será que era algum ex? Eu tive minha confirmação assim que ela se afastou.
- Quem é esse Justin, afinal?
- Não sei. - deu de ombros.
- E você também não devia se importar. - Carla deu uma colherada no iogurte dela.
Eu olhei para elas duas e abaixei a cabeça. Tá, eu era o galinha da turma, eu não me prendia a ninguém, só pegava as garotas por pegar, a era linda, mas ela era a minha melhor amiga, e...
- Gente! Tenho novidades! - ela veio e se sentou na frente da Carla e olhou para todos nós. - nós a olhamos e ela continuou – Meu irmão vem estudar aqui!
- E quem é seu irmão? - eu perguntei.
- É o Justin!
- Espera aí! Justin? Justin Bieber? Vem estudar aqui? No Elite Way?
assentiu, e Carla, e até deram gritinhos.
- Até você, ? - disse com descrença.
- Own! Desculpa, amor! Mas o irmão da é um gato!
- Eu que o diga! - riu.
- Vocês vão amar ele! Ele é muito legal!
- Ótimo, concorrência.
me olhou.
- Concorrência?
Ok! Ela ainda não tinha percebido que eu era galinha ou ela não se importava?
- Ah tá! Concorrência. Ih, , desculpa decepcioná-lo, mas meu irmão é do tipo que gosta de compromisso sério!
É ela não se importava.
- Bom, melhor pra mim!
- Sério que seu irmão gosta de compromisso sério?
sorriu.
- Sério, Carlinha!
- Ok! Hora da rapaziada ir! - disse e nós saímos, deixando as garotas conversando.
Eu não conseguia dormir, ficava me revirando na cama de um lado pra o outro sem conseguir nem pregar os olhos. Eu me levantei da cama e sai silenciosamente do quarto. A escola toda estava vazia, claro né? Todos estavam dormindo. Eu segui para o porão onde a banda ensaiava, era o lugar onde eu me sentia seguro.
Eu descia a escada e ouvia algumas notas sendo tocadas por um baixo. Eu parei no meio da escada, alguém estava sentado no sofá tocando o meu baixo.
- Ei! - ela virou.
- Desculpa, !
- ? - ela deixou o baixo no lugar.
- Desculpa, é que...
- Não tem problema! - eu sorri - Você toca bem. - eu me sentei bem perto dela, ela me olhou.
- Eu estava sem sono, então eu resolvi vir aqui. Eu me sinto segura aqui! - ela abraçou os próprios ombros e fechou os olhos, e expirou o ar, depois soltou lentamente.
- Eu sei! Eu também me sinto seguro aqui. - eu peguei o baixo - Você toca? - eu a olhei.
- O quê?
- Você toca baixo?
- Toco baixo, bateria, guitarra, violão, piano e até meia lua!
Eu ri.
- Nossa! Você deve ter cansado de ir à essas aulas, né?
Ela sorriu e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha... Linda!
Ok! Esquece que eu disse isso!
- Meu irmão me ensinou.
- Você é muito ligada à ele, né?
- Somos gêmeos! Impossível não sermos ligados.
- Toca pra mim?
Ela sorriu, pegou o baixo e começou a tocar. Eu fechei os olhos, apenas ouvindo, e o perfume dela adentrou as minhas narinas. Eu abri os olhos.
- Canta!
- O quê?
- Canta.
- Ah, não!
- Por que não?
- Porque eu não canto bem, sério!
- Eu pago pra ver!
- Isso é um desafio?
- Se você encarar como um.
Eu a olhei, claramente a desafiando, simplesmente odiava que alguém a desafiasse! Ela começou a tocar o baixo e ficou tocando por algum tempo. Pensei que ela não fosse mais cantar; quando eu estava prestes a falar alguma coisa, ela logo depois cantou.

This is real, this is me
I'm exactly where I'm suppose to be, now
Gonna let the light, shine on me
Now I've found, who I am
There's no way to hold it in
No more hiding who I wanna be
This is me-

- Meu Deus! Eu jurava que era a Demi que estava aqui cantando pra mim. -ela sorriu - É sério, você canta muito bem.
- Obrigada!
Eu a olhei no mesmo momento em que ela me olhou, e ficamos nos encarando. Nenhum dos dois desviava, e ela pegou no meu rosto e eu passei as costas da minha mão no rosto dela, ela fechou os olhos e logo depois abriu, olhando diretamente pra mim. Eu encostei meus lábios nos dela, um beijo que começou calmo, mas logo eu pedia espaço com a língua e ela cedeu. Nossas bocas eram sincronizadas e nossas línguas dançavam; logo eu a estava deitando no sofá e me deitando por cima dela; ela arranhava minha nuca, o que fazia eu me tremer inteiro, mas logo acabou ela me empurrou e eu caí sentado e ofegante no sofá.
- Eu tenho que ir, ! Até mais tarde.
Ela subiu correndo sem mais explicações. Eu fechei os olhos, sem acreditar que aquilo havia acontecido de verdade! Eu havia beijado a ! Só mais uma prova de que sempre consegue o que quer. Mas, nenhuma garota fez eu me sentir daquele jeito; que arrepio foi aquele? Eu precisava sentir ele de novo. Mas será que a vai pensar que nós estamos namorando agora? Ah não, se eu a conheço... Ela vai pensar. Ah, meu Deus, e agora? Eu não quero magoar a ... Mas também eu não sou o tipo que se prende.

Capítulo 7

’s Pov.

Ah meu Deus, eu havia beijado o , e agora? Tá, claro que sabia que eu tinha uma quedinha do tipo que caia de um prédio de 25032 andares, mas cara, é o , o maior galinha da turma! Ele é meu melhor amigo, mas continua sendo galinha. Eu não vou me deixar afetar. Foi só um beijo e nada demais.
A pessoa pode ser diagnosticada como doida se por acaso ela ainda sentir as mãos dele percorrendo pelo corpo dela?
Então eu sou maluca, porque eu ainda sinto. E os meus sonhos não me ajudaram naquela noite.
Eu acordei cedo e logo fomos para a mesa do café; eu me sentei em frente à (acho que vou começar a acreditar nessa coisa de destino ou carma), e comecei a comer o cereal da minha bandeja.
- , eu vi você saindo no meio da noite do quarto; onde você foi?
- Ah, eu fui dar uma volta, não conseguia dormir! - eu olhei para , que me fitava sinuosamente.
- Ansiosa pela chegada do irmão?
- , você nem imagina o quanto.
Ele sorriu e atrás dele eu vi um garoto entrar; eu me levantei rapidamente e sai correndo em direção a ele; eu pulei no colo dele, entrelaçando minhas pernas no quadril dele.
- Justin!
- Maninha! - ele me colocou no chão e me olhou. – Nossa, você tá linda. Quase tão linda como eu.
- Ai! Você nem se acha né, garoto? - eu bati no ombro dele. – Vem, eu quero te apresentar os meus amigos - eu o puxei para a mesa. – Gente, esse é o Justin. Justin, esses são , , , , e Carla.
Justin sorriu e apertou a mão de cada um, mas quando olhou nos olhos de Carla, algo aconteceu ali.
- Prazer, Carla. - ele beijou a mão dela sem desviar os olhos, e ela também não desviava, ela sorriu, eu puxei uma cadeira para o Justin entre mim e a Carla.

Pov.

Nós conversamos muito com Justin, ele era legal e ia ficar com a gente no dormitório. Ele pareceu interessado na Carla, e ela correspondeu, pelos risos e olhares que os dois lançavam entre si.
- , posso falar com você? – ótimo, o segundo maior galinha da escola queria falar com a .
- Claro, Guto. - se levantou e se afastou um pouco com Guto, ela encostou as costas na parede e Guto colocou um dos braços na parede. Eu não conseguia parar de encarar os dois; o pessoal já tinha saído da mesa, haviam ido fazer alguma coisa com o Justin, não ouvi quando eles me avisaram, eles se despediram com um beijo no rosto e Guto foi embora. voltou para a mesa sorrindo.
- Ué, cadê o pessoal?
- Foram fazer alguma coisa com o Justin que eu não ouvi direito. O que o Guto queria? - eu falei meio rápido demais.
- Ele me pediu para ajudar em literatura.
- E vocês ficaram esse tempo todo falando sobre literatura?
- Por incrível que pareça, sim! Ele estava realmente perdido na matéria. - riu e balançou a cabeça com descrença - Mas o que você tem a ver com isso?
- Nada, ué! , ontem a noite foi...
- Eu sei, , foi só um beijo! Calma, eu não vou ficar atrás de você por isso, dá licença, né? Até parece que eu não sei quem é o meu melhor amigo. Não se preocupe. - ela sorriu e pegou na minha mão, eu sorri sem mostrar os dentes - E eu também sei que não vai acontecer de novo.
Eu não teria tanta certeza sobre isso.
- Vem, . A aula já vai começar. - ela me chamava. Eu me levantei rapidamente e a segui para a sala.

Capítulo 8

’s Pov.

- Vem, Justin, a gente vai se atrasar.
- Calma, ! Eu não sou o The Flash.
A gente havia marcado com o pessoal no porão e estávamos atrasados, graças ao Justin. Nós chegamos lá correndo, eu me joguei no sofá ao lado de .
- Ufa! Chegamos.
- Demoraram, heim?
- Culpado! - Justin levantou a mão e todos riram.
- Vocês dois são umas figuras mesmo.
- - E então, o que foi que aconteceu para vocês nos chamarem no meio da lição de matemática?
- Lição de matemática? - juntou as sobrancelhas e eu ri. - É que o Justin estava me ensinando matemática; as aulas do Arthur são um saco.
- Nós sabemos, . - pegou no meu ombro e balançou a cabeça suspirando em seguida; eu ri.
- Sim, mas o que vocês querem?
- A gente queria ouvir vocês dois cantando.
- O quê? Mas...
- Tudo bem!
Olhei para Justin com um olhar fulminante.
- Eu não sei cantar.
- Sabe sim, ! - todos, inclusive eu, olharam para .
- E como você sabe disso, ? - o olhava, desconfiada.
Eu olhei para e ele olhou para mim, eu balancei a cabeça levemente em sinal de negativo, ele respirou fundo.
- É que eu ouvi a cantando um dia desses, sem querer, é claro! E ela canta muito bem.
- Hum! - Justin olhou pra mim com cara de “eu-não-caí-nessa-mas-vou- fingir-que-sim” - Tá vendo, , não sou só eu.
- Ah, mas o não conta.
- Ué, por quê?
- Porque sim! - eu o olhei com a cara fechada.
- Bom, voltando! A gente quer que vocês cantem, porque a gente quer que vocês entrem na banda. A gente achou legal ter mais uma guitarra e mais um vocal, é claro que só se o Justin quiser, quer dizer, a gente sabe que você cantava sozinho e...
- Eu cantava sozinho porque quando eu entrasse em uma banda, eu queria entrar em uma banda com os meus amigos, e é isso que vocês são.
- Então é tipo um teste? - eu disse olhando para .
- É... Tipo isso.
- A gente topa!
- Justin! - ele me olhou fixamente.
- Nós vamos fazer, ! - eu odeio esse tom autoritário de irmão cinco minutos mais velho. Eu suspirei.
- Tá bom.

Pov.

Justin foi pegar a guitarra dele, ele voltou em poucos minutos; nós cinco nos sentamos no sofá, continuou sentado na bateria; Justin começou a fazer um som na guitarra que eu nunca pensei ser possível, parecia um violão. balançava o corpo lentamente no ritmo da música e quando começou a cantar, foi como naquela noite.

Desculpe o auê!
Eu não queria magoar você
Foi ciúme sim fiz greve de fome
Guerrilhas, motins, perdi a cabeça
Esqueça...

E então Justin começou a cantar; a voz grossa parecia se encaixar a de .

Desculpe o auê!
Eu não queria magoar você
Foi ciúme sim fiz greve de fome
Guerrilhas, motins, perdi a cabeça
Esqueça...

E os dois começaram a cantar, as vozes dos dois se fixaram na minha cabeça, e foi então que percebi que olhava fixamente pra mim.

Da próxima vez eu me mando
Que se dane meu jeito inseguro
Nosso amor vale tanto
Por você vou roubar
Os anéis de Saturno...

voltou a cantar, a voz dela, eu não conseguia parar de olhá-la cantando.

Desculpe o auê!
Eu não queria magoar você
Foi ciúme sim fiz greve de fome
Guerrilhas, motins, perdi a cabeça
Esqueça...
Da próxima vez eu me mando
Que se dane meu jeito inseguro
Nosso amor vale tanto
Por você vou roubar
Os anéis de Saturno...
Da próxima vez eu me mando...
Da próxima vez eu me mando (éee)
Da próxima vez eu me mando...
Da próxima vez!

Os dois pararam de cantar, e por um momento eu fiquei paralisado, olhando para enquanto ela devolvia meu olhar, o olhar dela demonstrava algo como dúvida, confusão, culpa. Nossa! Ela sentia tudo isso só olhando pra mim?
Eu me levantei batendo palmas.
- Olha, eu sabia que vocês eram bons, mas vocês são perfeitos!
- Eu quero cantar com a e com o Justin.
- Por favor! e Justin não, ! Parece dupla sertaneja! - fez uma careta e todos começaram a rir.

Todos já haviam subido menos eu e , estava tocando distraidamente o violão eu a olhava fixamente... Ela parou de tocar e me olhou.
- Dá pra parar de me olhar assim?
- Assim como?
- Eu não sei. - ela parecia desesperada. – Assim! - e logo depois riu, eu a acompanhei; ela se levantou e se sentou bem perto de mim, ainda rindo. A mão dela parou em cima da minha, eu peguei a mão dela, ela já tinha parado de rir. Ela olhou para a mão dela na minha, levantou o olhar olhando dentro dos meus olhos, eu podia ver que ela queria tanto quanto eu... Eu peguei no rosto dela fazendo carinho, ela fechou os olhos, a minha outra mão pousou no pescoço dela, meus lábios praticamente nos dela; então, eu senti as mãos delas na minha e ela se separou e se levantou rapidamente, indo pra longe de mim.
- Ér... Desculpa por isso, eu...
Eu me levantei rapidamente indo pra perto dela, e pegando na mão dela; ela se afastou novamente.
- Eu que tenho que me desculpar. - ela sorriu e pela primeira vez naquela noite, chegou perto de mim e sorriu, mas sem olhar nos meus olhos.
- Eu sinceramente não sei pelo quê, mas eu te desculpo. Bom, agora eu vou dormir. - ela me deu um beijo no rosto e subiu, me deixando sozinho no porão.
Eu dormi ali naquela noite.

Capítulo 9

’s Pov.

- Mas, , eu ainda não estou conseguindo entender. - Téo falava extremamente frustrado; ele era o maior nerd, junto com a namorada Márcia, que era muito minha amiga. Pode imaginar a frustração dele, né? Eu sorri pra ele.
- Téo, é muito fácil! Olha, Pero Vaz de caminha chegou aqui no Brasil e...
- , preciso falar com você! - Carla parecia desesperada.
- Claro. - eu disse preocupada e virei para Téo - Pode me dar licença, Téo?
- Claro, , vai lá!
Eu me levantei rapidamente, andando junto com Carla para um lugar perto do jardim, era uma maloca em cima de um rio. Lá estavam Pila, e .
- O que está acontecendo aqui? - eu disse me metendo no meio de e Pilar.
- Esse projeto de pessoa antissocial está me provocando, !
- Olha só, Pilar, provocar a não é uma boa. Você só vai levar!
- Eu não te perguntei ô, falsa brasileira! - eu respirei fundo, mas eu não consegui me controlar e dei um soco na cara dela, fazendo-a cair no chão com o nariz sangrando.
- E não me provoca também!
- Gente. Vamos resolver em uma competição que não tenha violência.
- Dança! – ih, ‘tô fudida, eu não sei dançar, já até tentei. Eu ia falar alguma coisa, mas Pilar interrompeu.
- O desafio está feito! E eu aceito. - ela saiu andando daquele jeito detestável.
- Gente, eu posso não participar?
me olhou.
- Por que não?
Carla me olhou também.
- , a gente só propôs porque a gente tem você!
- Como assim? - eu franzi a testa.
me abraçou e pegou na minha mão.
- , você é boa em tudo que faz; é bonita, inteligente, canta bem; você tem tantas qualidades e eu nunca vi nenhum defeito em você.
- Mas eu tenho muitos!
- , porque você não quer dançar? - direta como sempre; essa é .
- É que eu não sei dançar.
As três ficaram olhando pra mim.
- Eu duvido. Você também disse que não sabia cantar e agora está na nossa banda! - eu ri.
- E mesmo se você não souber, a gente te ensina. - me abraçou.
- Amizade é pra isso. - Carla me abraçou também.
- Ê! Abraço em conjunto! - também me abraçou e nós caímos no chão rindo.
- Tá bom, eu participo. Mas por vocês!

Eu estava sentada no refeitório, quando e chegaram com umas caras que meu deus do céu, e se sentaram comigo.
- Nossa que caras são essas?
- , você se lembra que o meu pai veio me pegar aqui pra gente passear? - fez aspas com as mãos.
- Lembro!
- Pois é, a tia do também veio pegar ele.
- Eu lembro, foi uma coincidência incrível!
- É, não foi coincidência. - eu olhei de para .
- Como assim?
- O meu pai e a tia do vão se casar.
- O QUÊ?
- Pois é, o será o meu futuro primo.
Eu ri.
- Não tem graça, não.
- , qual é o problema, se eles se gostam e se estão apaixonados...
- - Aí é que está, . - eu olhei para .
- Eles não estão apaixonados.
- Mas então porque cargas d’água eles vão se casar?
- Estratégia política.
- Hum, interessante.
- E aí, , o que você acha?
- Sinceramente, ?
- Claro!
- Cara, a vida é do seu pai, ele que escolhe com quem casa ou não, e além disso, a tia do é uma madrasta má que vai te fazer limpar a casa toda e não vai te deixar ir para o baile? - e riram.
- Na verdade eu não sei se ela é assim... ?
- Não! Ela até que é legal.
- Então deixa seu pai.
- Valeu, !
- Bem que a Carla disse que você tem o dom dizer as coisas certas nas horas certas. - eu ri.
- Obrigada! Bom, agora eu tenho que ir, eu vou treinar para o maldito concurso de dança. - eu dei uma última mordida no meu bolo de chocolate e segui.

Pov.

Eu estava andando pelo jardim da escola, então eu ouvi uma música ao longe. Como extinto, eu segui a música, vinha da maloca perto do lago; eu me escondi atrás de uma árvore; era uma garota, ela estava de costas para mim, ela estava sozinha. Ela ligou o som e começou a treinar um tipo de dança, ela dançava muito bem.
Ela mexia o corpo no ritmo da música, então, ela tropeçou e caiu no chão; ela bateu com uma mão no chão, demonstrando raiva, voltou o cd que tocava no som, e respirou fundo...
Ela começou com os braços no alto e os desceu lentamente pelo corpo, depois ela virou o corpo para trás e mexeu as mãos lá em cima, me lembrava da dança do ventre; ela mexeu o quadril, virou de lado e jogou as pernas e as cruzou e virou; então se ouve “Party girl” do McFly. Eu olhei em volta, não era em mim, assim que virei de volta, era o celular dela e a garota era , eu estava meio perto então eu ouvi um pouco da conversa.
- Danny? - ela parecia realmente surpresa – Ma-mas, Danny, o quê? – ela ouviu e respondeu por um tempo e depois desligou o celular e apenas sentou no chão da maloca, as pernas esticadas, eu me aproximei pronto pra dar um susto quando...
- Oi, seja lá quem for!
- Como você sabia?
- Você não é muito silencioso. - eu me sentei ao lado dela.
- E aí?
- Eu estou bem! - ela sorriu e o celular tocou novamente; dessa vez um toque diferente, era “Please Be Mine” dos Jonas Brothers. Ela olhou o visor e atendeu - Alô? Nick! Oi, Nick!
Eu realmente não sabia quem era Danny e muito menos Nick, mas do jeito que ela havia falado com Danny, e agora estava falando com Nick...
Ela ficou um tempo conversando com ele e logo depois desligou, respirou fundo, me olhou e se levantou.
- Vamos?
- Vamos!
No caminho de volta, o celular tocou novamente, era outra música “I can’t take my eyes off you”, se eu não me engano era do High School Musical.
- Oi, Zac! Tudo bem?
E mais uma vez ela começou a conversar com esse tal de Zac. Ela desligou minutos depois.
- Eu não pude deixar de perceber que o seu celular tocou mais que o normal hoje. - eu disse sorrindo sem mostrar os dentes. Ela riu.
- Pois é, hoje por acaso é um dia especial?
- Não nessa parte do mundo, por quê?
- Os meus ex estão me ligando todos, um atrás do outro.
- Ex?
- É, primeiro o Danny, depois o Nick, e agora o Zac!
- E eu os conheço?
- Claro que sim, todo mundo conhece! Danny Jones, Nick Jonas e Zac Efron!
- O QUÊ? Você na-namorou Danny Jones? Nick Jonas? E Zac Efron?
- Aham! - ela respondeu simplesmente; nós já estávamos entrando na cantina, eu ouvi cochichos.
- Não, eu não vou contar.
- Você tem que contar, , é direito do saber.
Eu e entramos.
- Saber o quê?
Os dois paralisaram me olhando.
- E então, saber o quê?
olhou para .
- Eu vou contar, !
- O que é? Vocês estão me deixando nervoso.
- A mãe da conhece a tua.

Capítulo 10

’s Pov.

Eu deixei minha boca cair. Pelo o que eu sabia, a mãe do havia abandonado ele, assim como a minha havia me abandonado. A diferença era que eu tinha meu pai, já o foi viver com a avó.
ficou calado demais, ele olhou para e para .
- Como assim?
- Olha, eu vou te contar.
Nós nos sentamos no refeitório e começou a contar, e pelo o que eu ouvi, parece que a e a mãe dela estavam vendo alguma coisa na internet e comentou sobre o sobrenome da família do , e a mãe dela disse que tinha uma amiga com esse sobrenome, o nome dela era Leila, foi verificar e descobriu que era o mesmo nome.
- E porque você não queria que o me contasse?
- Primeiro, estamos em semana de prova, segundo, pode ser que ela nem esteja viva, !
Puts, ia ter prova de português depois desse horário...

A prova do Vicente era fácil, mas parecia que estava em outro mundo, ou em um universo paralelo. Eu olhei para ele, olhei para a prova dele e olhei para Vicente, que entendeu claramente o meu plano e assentiu levemente, eu assenti de volta e troquei a minha prova com a de sem que ninguém visse, e fiz a prova dele também, terminei minutos depois e destroquei. Ele me olhou, mas não conseguiu sorrir, eu fiz isso por ele, me levantando em seguida e entregando a minha prova.
Eu fiz a mesma coisa nas provas de inglês e espanhol.

Na hora do almoço todos estavam conversando sobre a prova, estava calado, muito calado e isso despertou a atenção dos outros.
- , você está muito calado.
- O que aconteceu?
- Por que você tá assim?
- Você tá apaixonado?
- Ih, se esqueceu com quem você tá falando, Carla?
- E vocês podiam parar de fazer perguntas.
Ele se levantou bruscamente e foi não sei pra onde.
- Hm. Estressadinho!
Eu olhei para , incrédula, mas não falei nada, logo só estávamos eu, e na mesa.
- Vocês têm que fazer alguma coisa, o tá acabado!
- Eu sei.
- Eu tive uma ideia!
Eu e olhamos para , que já estava com o celular na mão, ligando para alguém que atendeu no primeiro toque. Ele ficou conversando com a pessoa. fez uma cara estranha.
- O que foi? Com quem ele está falando?
- Peraí!
Ele desligou o celular.
- Tem certeza que é uma boa ideia pedir ajuda pra Silvia?
- A tia do ?
- É! É uma boa ideia sim, ela vive me paparicando, acha que vai me fazer gostar dela, ela com certeza vai ajudar.
- Tomara que você tenha razão, .

pov.

Eu não sabia o que pensar, quer dizer, em um dia a minha mãe era desaparecida e não ligava pra mim, e no outro, a mãe da conhecia ela, e sei lá, eu fiquei transtornado, e piorou quando o pessoal ficou fazendo um bando de perguntas. Hoje tinha ensaio da banda e eu não estava com vontade ir, mas nós tínhamos que ensaiar então eu iria pelo menos pra me distrair um pouco.
Eu cheguei mais cedo que todos e fiquei tocando meu baixo distraidamente. Ouvi passos atrás de mim, devia ser o pessoal, mas eram poucos passos pra tantas pessoas. Alguém se sentou na cabeceira do sofá, eu olhei e me olhava. Ela sorriu.
- Você vai ficar bem. - não era um pergunta, era uma afirmação.
O pessoal chegou logo depois e nós começamos o ensaio, meu corpo estava lá, mas a minha mente estava em um universo paralelo que eu não sabia onde era; eu só ouvi dizer:
- Então é isso!
- Qual é?
Todos olharam pra mim.
- Qual é o quê, ?
- A música.
- Ih, tá viajando bacana.
- A gente decidiu que iria estudar, , a prioridade agora são as provas.
- Ok! - eu deixei meu baixo no lugar e segui para o meu quarto, eu precisava dormir.

Eu acordei de manhã com jogando um travesseiro na minha cara.
- Ai! Que é, mamãe?
- Hora de acordar, ! - saiu do banheiro já com o uniforme da escola.
- Ai! Eu não vou hoje não, diz que eu estou doente.
- Mas você não tá doente!
- Eu não estou em condições de fazer uma prova.

Capítulo 11

’s Pov.

Os meninos entraram na sala; eu olhei para .
- Cadê o ?
- Tá doente.
- Ele não vem fazer a prova?
- Não!
Era prova de filosofia, essa eu terminava rapidinho, em menos de 15 minutos eu saí e segui para o quarto dos meninos. Eu entrei sem bater na porta.
- O que foi ? Esqueceu a flor matinal Da... Ih, você não é o !
- Até onde eu sei, não.
- Lá vêm as perguntas.
Eu me aproximei da cama que ele estava deitado embaixo de três edredons, me ajoelhei perto do rosto dele e peguei no cabelo dele fazendo carinho, e o olhei.
- Não, porque eu sei que o quê menos você precisa é de perguntas agora!
Ele realmente pareceu surpreso; eu me sentei na cama deitando a cabeça dele no meu colo e fiquei fazendo cafuné nele.
- Você não tem aula?
- O que importa agora é o problema do meu amigo!
Ele me olhou de baixo e eu sorri pra ele.
E nós ficamos calados durante um bom tempo; eu fazendo cafuné nele e ele apenas deitado no meu colo, pensando também.
- ?
- Oi!
- Você sabe que amanhã você vai fazer as provas nem que eu tenha que vir aqui e te arrastar pra sala de aula, né?
- Ah, não.
- ? - eu disse com tom ameaçador.
- Tá bom!
Eu sorri e o beijei no rosto.

Alguns dias depois...

- Pô, essa prova de matemática estava impossível!
- Pra mim estava fácil.
- Olha lá, ! Não crie muita expectativa!
- Concordo com a , !
- Ah, mas vocês duas são muito negativas.
- Negativas não, realistas é a palavra certa.
Eu e rimos.
- Eu sei que eu mandei mauzão.
- Também, fica boiando no meio da prova!
- , gostaria de falar com você.
- Claro, seu Jonas.
seguiu com o seu Jonas para a sala dele.
No dia seguinte iria ser o concurso de dança.
- Ai, que nervoso!
- O que foi, ?
- Amanhã vai ser o concurso de dança!
- É! Vocês estão nervosas?
- Eu estou uma pilha!
- , nem tem porquê, você se saiu bem em todos os ensaios.
- Aliás, bem não, ótima, né? Maravilhosa!
- Para, gente! Vocês só estão fazendo isso pra me fazer sentir bem!
- Não é não, eu e a nunca mentimos.
Eu ri.
- Vocês sabem que eu estou fazendo isso por vocês, né?
- É, nós sabemos!
- Vocês sabem o quê?
- , o que o Jonas queria?
- Amanhã a minha tia vem me buscar pra eu passar o dia com ela.
- Hm... Estranho! Deve ter coisa por trás disso.
- Eu sei! Só não sei o quê.
Eu sussurrei no ouvido de :
- Você acha que é sobre a mãe do ?
- Não sei.

saiu cedo no outro dia.
Eu fiz as provas de física e química.
Eu estava no quarto olhando para a única foto que eu tinha da minha mãe. Ela estava comigo quando eu era apenas um bebê, ela ria para a foto, os dentes perfeitos, e me abraçava carinhosamente.
- ! Vem já... O que você tá fazendo?
- Nada. - eu limpei as lágrimas e pegou a foto da minha mãe e me olhou.
- É sua... Mãe?
Eu assenti, limpando as lágrimas que insistiam em cair para as minhas bochechas, e expliquei.
- É que sempre que eu me sinto insegura eu olho para essa foto e penso que ela não me abandonou e que ela sempre vai torcer por mim.
me abraçou.
- Amiga, você é ótima, e ela com certeza estará torcendo por você! - eu sorri e abracei , ela pegou na minha mão – Agora vamos. - ela me puxou.

- Ai! Eu estou muito nervosa!
- , se acalma.
- As minhas pernas estão tremendo, .
- Ih, acabou.
- E agora, o grupo da Carla!
Eu respirei fundo e entrei na pista de dança.
- Seja o que Deus quiser! - eu sussurrei um pouco antes da música começar.

pov.

Eu conversei muito com a minha mãe e descobri que foi a minha avó que a fez sumir, e ela não me abandonou. A minha mãe era muito legal, nós conversamos durante muito tempo.

- Tem certeza que você vai ficar bem?
- Claro que vou, filho! - eu a abracei forte.
- Eu te amo!
- Eu também.
E eu saí do carro quase correndo, é que eu estava atrasado para a apresentação das meninas.
Eu entrei no auditório, sentando do lado de .
- Até que enfim! Perdeu quase tudo.
- Perdi nada, cheguei na melhor parte! - eu disse vendo ir para frente da fileira de garotas e começar a dar alguns passos de hip hop, e logo depois cair no chão teatralmente, colocar as pernas para cima e as cruzar; forçar o corpo para trás, levantar rodando num salto e um garoto de boné entrar logo depois e a puxar pelo braço.
- Quem é essezinho?
- Não sei!
Ele pegou na cintura, a forçando a dançar com ele, quando eu ia me levantar para impedir isso, ela rodou pelo braço dele, tirando o boné, então eu vi que era Justin, e foi o empurrando sensualmente para fora do palco e depois voltou para o lugar, então foi a vez de Carla brilhar.
Eu demorei um pouco pra entender que aquilo era parte da dança. Justin veio para a plateia e se sentou do meu lado.
- Nem contou pra gente, né?
- Era surpresa! - e nós quatro rimos.
Elas fizeram mais alguns passos e pararam logo depois, e a plateia toda se levantou e aplaudiu.
veio falar comigo.
- E aí, gostou?
- Eu adorei. Você dança muito!
- Obrigada.
- Sabe que por um segundo eu pensei em implantar essa dança na nossa banda?
- Sério?
- É, mas esse segundo já passou! - eu ri e ela me acompanhou me dando um tapa fraco no ombro – Não, mas sério, agora eu sei que você não é pra brincar!
- Hum!
- Sério, uma pessoa que dança com tanta garra assim não deve ser fácil.
Ela riu.
- Obrigada, mas e você?
- Eu?
- É, você parece bem melhor!
- A tia Silvia achou a minha mãe.
- Sério? E como ela é?
Eu contei tudo para .
- Ai que lindo! Eu quero conhecer a dona Leila!
- Pode deixar que você vai ser a primeira.
Ela sorriu, beijou os dedos e mostrou um dois.
- Vip baby!
Eu gargalhei.
Então Teresa chegou e respirou.
- O grupo vencedor foi o grupo da Carla!
As meninas começaram a pular, se abraçar e gritar.
- Uh, a gente é foda!
Eu ri.

Capítulo 12

’s Pov.

Eu me acordei e logo percebi que havia algo do meu lado. Me levantei assustada, olhei pela janela e ainda estava escuro.
- , o que você tá fazendo aqui? Você sabe que não pode!
- Eu sei lá. Eu não conseguia dormir, então eu vim aqui ver você dormir.
- Hm... Edward Cullen.
Ele riu, eu e ele ficamos conversando por um tempo, até que ele bocejou e deitou do meu lado e nós continuamos conversando.

Eu senti algo me balançando.
- !
Era . Eu acordei assustada.
- Oi!
Eu olhei para o lado e estava lá.
- , acorda!

pov.

Eu acordei, e e me olhavam.
- Meu Deus! Eu... Eu... Eu... Eu tenho que ir. – eu dei um beijo no rosto de e no de e saí rapidamente, batendo de cara com o diretor Jonas.
- Senhor , posso saber o que o senhor está fazendo no quarto das senhoritas , e a essa hora da manhã?
- Eu vim pegar uma coisa sobre a aula de matemática.
- Ah bom, pois volte para o seu dormitório. Hoje é sexta feira e você sabe que toda sexta feira é corrida .
- Sei sim, senhor, com licença.
Eu segui para o meu quarto, assim que eu passei pela porta ouvi:
- Onde você estava? - perguntou.
- Dormindo.
- Onde, ou melhor, com quem?
- Como assim com quem? Com ninguém. Sozinho!
- Hm... Sei!
Eu me arrumei e nós seguimos para a aula.

Na hora do almoço...

- Ei, o que vocês acham da gente ir naquela nova boate que inaugurou lá perto da Vila Lena?
- Quando?
- Amanhã.
Todos nós concordamos em nos encontrar no restaurante do seu Genaro.

Era hora de ir para casa passar o final de semana com os pais, eu estava louquinho pra ver minha mãe, então eu saí rapidamente da escola no meio de um bando de alunos e pais de alunos.
De repente, ela estava ali em cima da moto, os cabelos voando ao vento. Ela olhou pra mim, sorriu, colocou o capacete e deu a partida e foi embora, e eu, lógico, fiquei paralisado.

O dia passou mais rápido do que eu imaginei e logo já estava na hora de eu ir para a Vila Lene.
Eu cheguei ao restaurante do seu Genaro e os dois casais e e , que já estavam discutindo, já estavam lá. Eu suspirei e sentei ao lado de Justin, que conversava animadamente com , e logo os dois se voltaram para mim.
- E aí, mano? - eu troquei um aperto de mão com .
- Fala, ! - eu troquei um toque que eu e Justin inventamos.
- ‘Tô bem, e aí, cadê a tua irmã?
- Tá se arrumando, sabe como é mulher.
- Sei, mas a tua irmã não costuma ser assim.
- É verdade, Justin! A costuma colocar a primeira roupa que ela vê. - disse pensativo.
- Sei lá, acho que ela deve estar tentando impressionar alguém.
Justin olhou pra mim e sorriu, e eu não conseguir sorri de volta, a única coisa que eu fiz foi falar:
- Impressionar quem? - eu infelizmente não consegui esconder o ciúme na voz.
- Não sei, pergunta pra ela. - ele olhou para algum lugar atrás de mim.
E então eu olhei para o onde ele estava olhando, e atravessando a rua estava uma coisa que eu classificaria como Deusa Grega, se não fosse minha amiga. com certeza era uma brasileira nativa, eu fiquei pensando se os garotos em Boston tinham muita vontade de levar ela pra cama ou apenas de beijar aqueles lábios carnudos... Tanta vontade como eu sinto toda vez que olho pra ela.

Capítulo 13

Pov.

Merda, cadê a porra do vestido que eu não acho? Eu já revirei aquele apê de cabeça pra baixo e ainda não achei, e eu já estou atrasada, caraca.
Eu abri o guarda roupa e lá estava o que eu estava procurando. Meu vestido preferido. Eu sorri e o coloquei no meu corpo, e calcei os sapatos. Penteei e prendi rápido o meu cabelo e me olhei no espelho.
Meu visual não era tão trabalhado, eu gosto de me arrumar bem, não tanto quanto , mas também não sou tão despreocupada como a , nem me preocupo se a roupa mostra o meu corpo, como a Carla. Eu sou um pouquinho de cada uma.
Eu basicamente estava com um vestido preto colado no corpo, um palmo acima do joelho, uma meia calça preta também, e um all star preto e branco cano longo. O meu cabelo estava preso a uma fita de seda preta que o amarrava para trás; eu não percebi que ele estava enorme, mesmo amarrado alto ele chegava às minhas costas; a minha maquiagem só era constituída de lápis de olho, rímel e um brilho. Eu usava uma gargantilha de diamantes que eu tinha ganhado do Nick.
Eu peguei minha bolsa prata e saí de casa.
Quando estava atravessando a rua, eu percebi olhares em mim, deviam ser meus amigos. Eu atravessei a rua rapidamente e entrei no restaurante. Eu procurei por um segundo, mas era difícil não achar uma mesa onde todos te encaravam; eu sorri e me aproximei.
- Oi, gente!
- , por que você demorou amiga? - disse olhando pra mim.
- Ai, mana, nem te conto! Eu fiquei horas procurando esse vestido, claro, você sabe que eu sempre tenho a roupa prontinha na minha cabeça, o problema é achar esse vestido na bagunça que o meu irmão deixa. - eu olhei para Justin, ele colocou a mão na nuca e riu; eu sorri e riu.
- Bom, então vamos. - se levantou e nós o acompanhamos.
Nós chegamos à boate e ficamos um pouco sentados até ela encher, e logo fomos para a pista de dança.
Eu esquecia o mundo quando eu dançava. Para mim, não importava se eu dançasse bem ou mal.
Porém, tem uma hora que a gente cansa ou fica com sede.
E essa hora chegou pra mim, eu não encontrava mais os meus amigos, eu os tinha perdido de vista. Bom, depois eu vejo isso, eu me sentei no bar e pedi um refrigerante. Beber álcool nunca foi a minha praia. Eu descansei um pouco e retomei minhas energias, e logo já estava na pista de dança; e então começou a tocar “On The Floor” da Jennifer Lopez e do Pitbull, e eu amava essa música, e é claro que eu enlouqueci, mas logo senti algo puxando brutalmente meu braço. Eu abri o olho, nunca tinha visto aquele cara na minha vida, ele era bonito, mas mesmo assim nunca tinha visto ele. Ele me puxou pela cintura e começou a dançar comigo. Eu tentei me desvencilhar dele, mas ele era forte.
- Me larga, seu brutamontes!
- Nem vem, princesa, desde quando você entrou aqui que eu estou de olho em você!
- Com essa atitude pode continuar a ficar de olho, me larga!
Ele me puxou e me beijou, eu o empurrei e dei um soco na cara dele, ele pegou no rosto e me olhou ferozmente e eu tive a sensação que tinha que correr, mas eu não consegui me mexer.
Ele me pegou pelo braço e já estava me puxando pra algum lugar, quando algo me puxou.
- Aonde você pensa que vai?
- Levar essa gostosinha pra algum lugar mais reservado.
- Nem em sonho! - então deu um soco no rosto dele e o cara caiu no chão. Ele me pegou pela mão e me puxou pra fora daquele lugar, ele subiu na minha moto e me deu o capacete e dirigiu pra não sei onde.
Eu desci na areia limpinha e me sentei olhando o mar; ele se sentou do meu lado e eu o olhei.
- Obrigada, !
- De nada, linda.
Eu sorri e deitei minha cabeça no ombro dele.
Nós ficamos algum tempo calados, o silencio não era desconfortável entre a gente, até que um lampejo passou pelos meus olhos.
- Desde quando você sabe dirigir?
- Desde quando você foi quase estuprada por um brutamontes.
Eu sorri e o abracei sem querer, o fazendo cair na areia e eu cair por cima dele, os dois rindo. Eu tirei o rosto do pescoço dele e o olhei.
- Você é o melhor amigo que alguém poderia ter.
Ele sorriu sem mostrar os dentes e tocou no meu queixo.
- Você é que é!
Eu sorri e saí de cima dele, não podia beijar o agora, por mais que eu quisesse. Nós éramos só amigos e é assim que iria continuar sendo.

Uns dias se passaram desde esse dia.
Eu entrei no quarto e estava olhando os emails dela.
- Ah não! - ela disse preocupada.
- O que foi? - eu e perguntamos.
- O Binho me mandou um email.
- Binho? - por acaso era só eu que estava boiando ali?
- Quem é Binho? – é, eu acho que não!
- Ele foi meu primeiro namorado.
- Tipo, primeiro amor?
- Tipo primeiro amor mesmo!
- Ih, então é melhor o se cuidar...
- Como assim se cuidar? - entrou no nosso dormitório.
- Ow, invasão de privacidade! - ignorou e olhou para .
- Com o que eu tenho que me cuidar? - paralisou olhando para .
- , conta pra ele. - me olhou. continuava calada – ! - eu praticamente gritei e ela acordou.
- É o Binho.
- Binho?
- É, ele foi meu primeiro namorado, e ele mandou um email pra mim dizendo que tá voltando pro Brasil.
- E...?
- Ah, , para de fazer pergunta difícil.
- Você ainda gosta dele? - ficou calada olhando apavorada para , eu nunca vi daquele jeito. balançou a cabeça com descrença e saiu.
- ! Ele tá indo embora.
- Eu já vi, .
- Vai atrás dele.
- Claro que não, .
- Bom, se for assim, eu vou. Cuida dela, ! - assentiu e eu fui atrás de .
Eu andei aquela escola toda atrás de , e o encontrei em um lugar que só eu e ele sabíamos que existia. Me sentei ao lado dele.
- E aí?
- Eu achei que ela me amasse.
- Claro que ela te ama, , tenta entender, foi o primeiro amor dela e o primeiro amor a gente...
- Nunca esquece, já sei! - eu sorri e o abracei forte.
- , ela te ama, todo mundo sabe disso.
- Eu sei, mas sei lá.
- Insegurança?!
- Não, claro que não.
- Claro que é, !
- Você me conhece mesmo.
Eu ri e o abracei.
- Posso saber o que está acontecendo aqui?
- Pode. Eu e o estamos conversando sobre a namorada dele, que por acaso é minha amiga. - aquilo que eu ouvi na voz do era por acaso ciúme?
- Ah tá!
- Bom, pensa no que eu te disse, , tá bom? - assentiu e eu dei um beijo no rosto dele e me levantei, indo embora e deixando e sozinhos.
Eu andava distraída pelo corredor, nem sabia como eu estava andando, até que eu bati em alguma coisa.
- Me desculpa! Ai, como eu sou desastrada.
Eu olhei nos olhos castanhos do garoto. Nossa, ele era lindo!
- Nossa, se fosse para eu me desculpar eu me desculparia com Deus. Devia ser pecado ser tão linda assim como você.
Eu sorri, mas algo me dizia que ele não era confiável. Eu dei à ele o que tinha caído.
- Obrigada.
E continuei o meu caminho.
Eu entrei na cantina e me sentei na cadeira extremamente distraída, logo depois Carla e Justin chegaram e se sentaram ao meu lado. Claro que eles ficaram naquela melosidade toda e eu de vela, lógico. Depois chegaram e , eles sentaram e nós começamos e conversar, então e chegaram, e logo depois.
Nós conversávamos normalmente até que o menino em que bati mais cedo entrou. Todos os olhares, principalmente femininos, se voltaram para ele.
Eu revirei os olhos e dei atenção ao meu celular.
- Ah não, o Binho.
Sabia que ele era encrenca.
- Ele é o Binho, ?
- É sim, .
- Hum...
O garoto chegou à nossa mesa e bateu na mão de como se fossem amigos há muito tempo.
- Ainda gosta de suco de uva, baby?
ficava igual a um robô perto desse menino.
Ela não falava nada, não se manifestava, não fazia nada, só ficava olhando para o garoto com cara de paisagem.
Tudo que eu sabia era que aquela não era a minha amiga.

Ai, eu sabia que esse Binho não era confiável nem de longe. Ele estava fazendo a e o brigarem, o Justin e a Carla também. Ai, esse cara enche a paciência.
Eu acordei assustada.
- E o que foi, ?
- Esse é o jeito que eu acordo agora desde que esse Binho veio estudar pra cá.
- Ai, , o Binho é tão legal, tão inteligente, tão vivido.
- E tão falso, duas caras, metidos, manipulador...
- Ei, é o Binho, não a Pilar.
- Pois eu sou muito mais a Pilar.
- Ah, , ela tá hipnotizada! Não vai enxergar nem se pegassem e colocassem na frente dela.
Felizmente com o tempo voltou ao normal, e ela me explicou que ela o Binho namoraram bastante tempo, mas eles terminaram porque ele tinha ido embora, ele fez muito mal pra minha amiga, tadinha.
Nós fomos para a cantina e por incrível que pareça, o Binho não estava lá, nem nas aulas, nem em nenhum outro lugar.
- Estranho...
- O que foi?
- Você viu o Binho hoje, ?
- Ih, tá paranóica heim, ?
- Prefiro ver ele desde manhã, do que ele me dar um susto com as armações dele.
- Que armação nada, o Binho é do bem.
- “O pior cego é aquele que não quer ver.”
Mais tarde eu soube que o Binho tinha sido expulso por alguma coisa que eu não me importei em saber o que era.

Quase um mês se passou e tudo estava as mil maravilhas.
- Ai, bom dia!
- Bom dia, .
- Ih, por que essa felicidade? - eu me sentei ao lado de Justin e em frente à .
- A vida é bonita, então tem que acordar todo dia sorrindo. - eu sorri de novo.
Então olhou para algum lugar atrás de mim.
- Ah não!
Então eu olhei e meu olhar bateu com o dele, como no primeiro dia em que esbarrei nele.
- Ah não, só pode ser um pesadelo.
- Gente, o garoto não é ruim.
- Hm!
- Você que pensa, !

Binho estava muito quieto ultimamente, felizmente o também percebeu que ele não era boa pessoa, faltava convencer , Carla e . O Justin sacou a dele desde quando ele o viu dando em cima da Carla.
Bom, aconteceu muita coisa, fugiu da escola por causa do Binho. O safado a sequestrou e a dopou, e depois tirou um bando de foto deles se beijando, ficou puto e fugiu e disse que não ia voltar até a poeira baixar. ficou inconsolável, mas depois de uns dois dias ela voltou e Binho não tem mais enchido o saco da gente, nem a Pilar... AH, e tem mais, o Vicente vai ser pai e eu não sei por que o Jonas o despediu. Esse diretor não se toca, mas eu sei que o Vicente vai voltar, ele é o melhor professor.
Bom, agora vocês estão a par do aconteceu esses dias.

Eu estava andando pela escola, pensando... A banda estourou e estamos ficando famosos, será que nós vamos mudar também?
Foi quando eu vi bater a porta do nosso quarto, ele estava mal, saiu dando passadas fortes, largas e rápidas, eu tentei acompanhar ele, mas ele andava muito rápido.
Como eu imaginava, ele estava no nosso cantinho. Ele estava sentado com a cabeça nos joelhos; eu sentei do lado dele.
- Eu vi!
- Viu o quê?
- Você saiu correndo do nosso quarto. O que foi? - ele levantou a cabeça e me olhou.
- A não acredita que não bebi todas aquelas garrafinhas, e pra piorar, ela não fala comigo desde quando voltou.
- Tá bom, eu estou boiando. Que garrafinhas?
- Você sabe que eu costumava guardar três garrafinhas de uísque no meu guarda-roupa, né?
- Sei, mas você disse que ia jogar fora!
- E eu joguei, mas antes da fugir, a gente foi no meu quarto, e eu abri a porta do meu guarda-roupa e várias caíram de dentro, e ela não acreditou em mim quando eu disse que não eram minhas.
- Ah, agora faz sentido.
- É!
- Não liga pra , ela é assim, selvagem! - eu disse brincando distraidamente com os dedos da mão dele.
- E se eu não quiser alguém selvagem? E se eu quiser alguém doce, carinhosa, sensível? - ele disse olhando dos seus dedos em minhas mãos para os meus olhos, que estavam bem perto dos dele. Meu coração acelerou, mas eu não estava apaixonada por , só estava nervosa, não sabia exatamente o porquê.
- Bom, então procure alguém assim.
- Eu já achei. - falando isso ele botou a mão em meu pescoço e me beijou, nossas línguas brincavam juntas. Ele se deitou na grama levando meu corpo junto, ainda nos beijando, foi quando ouvi.
- POSSO SABER O QUE É ISSO?
Ah meu deus, era o Jonas, eu estava na roça. Mas quando olhei, não era o Jonas, era alguém muito pior....
Eu o olhei com medo e raiva e me levantei.
- Não é da sua conta!
- COMO NÃO? VOCÊ ESTAVA BEIJANDO O !
- QUEM EU BEIJO OU DEIXO DE BEIJAR NÃO É DA SUA CONTA! - eu me virei pra , me abaixei e o abracei e o olhei nos olhos.
- , isso foi um erro, você sabe disso, você ama a , e mesmo que não, eu nunca faria isso com ela, porque além de ela ser a minha amiga - eu me levantei e olhei para – eu amo o bocó do seu amigo.
Então eu sai correndo. Pois é, eu sou uma covarde.

Pov.

– Eu amo o bocó do seu amigo.
E então ela saiu correndo, e eu fiquei lá, estático no meu lugar.
- O quê?
- Ela ama você, bocó, eu não sei você, mas se fosse eu, ia sair correndo atrás dela pra pedir...
Eu não ouvi o que terminou de dizer, eu saí correndo atrás de .
Fui direto pra onde sabia que ela ia estar.
Eu desci a escada devagar e ela estava lá, entretida tocando violão e cantando. Era uma música nova.

Eu não sei por que estou assim
Nem porque tenho que sofrer
Isso dói em mim
Acho que amo você

Ouça ,isso nunca aconteceu comigo
Por isso gosto do meu abrigo
Que só faz me aquecer
Meu abrigo é pensar em você

Eu gostaria de escutar meu coração
Mas nesse momento, nesse pequeno momento
Ele está cheio de você, eu não consigo parar esse tormento
Não me entenda mal, ele está cheio de lembranças de você
De beijos de você e abraços de você
Essas são coisas que eu deveria esquecer
Mas não posso por que
Eu amo você

Eu desci a escada e sentei ao lado dela, ela não olhou pra mim, então eu peguei o rosto dela e o virei pra mim.
Ela estava chorando, lacrimejando, na verdade.
Ela me olhou com um amor nos olhos que eu nunca tinha visto.
Eu a olhei, sorri, e a abracei.
- Me desculpa, eu sou um idiota, me desculpa, por favor. - ela se desvencilhou.
- Você tá perdoado, mas eu não posso continuar aqui.
- Por quê? Eu te amo!
- Porque eu não vou aguentar... O quê?
- Eu te amo! Eu sempre te amei, eu tinha medo de te dizer. Poxa, você já namorou o Danny Jones, e bom, como você iria gostar de mim?
Ela riu em meio às lágrimas, eu a abracei.
- Não sai, , eu te amo!
Eu a beijei profundamente, nossas línguas se entrelaçaram e logo estávamos ofegantes. Eu a olhei.
- Ah, e mais uma coisa, você quer ser minha namorada?
- O quê? Eu estou ouvindo direito? , o maior galinha e conquistador, que dizia que nunca ia se prender, me pedindo em namoro?
- É, parece que sim.
- Bom, me deixa ver na minha agenda. - ela fingiu pegar uma agenda imaginária no bolso e virar algumas folhas – É, parece que estou disponível, então eu acho que vou aceitar! - ela me beijou novamente - Sim, sim e sim. Mil vezes sim.
Eu ri e a abracei.
- E só pra constar, você é muito melhor que o Danny Jones.

Eu entrei no quarto tarde da noite.
- Pô, , onde você estava?
- Com a minha namorada.
- Desde quando você tem namorada?
- Desde hoje de tarde. - se levantou rapidamente.
- Não brinca, sério?
- Gente, só eu que estou boiando aqui?
- Eu pedi a em namoro, , e ela aceitou.
- , ! A não é garota pra se brincar, ela é uma garota séria.
- Eu sei.
- Só... Não magoa ela, tá legal?
- Tá!
No outro dia eu acordei disposto. Me levantei e fui direto para o banheiro, assim que eu saí, ouvi:
- Pulou cedo da cama hoje?
- É né, o amor nos deixa disposto.
Eu vesti meu uniforme e saí do quarto. Segui pelo corredor e perto dos armários estava a MINHA namorada, mas peraí, que minissaia era aquela? E o que o Guto estava falando com ela?
Eu me aproximei, agarrando ela por trás e dando um beijo no pescoço dela, ela se virou de frente pra mim e me beijou rapidamente.
- Huuum!
- Ah, oi, Guto.
- O Guto estava me perguntando algumas coisas sobre biologia.
- Sua namorada é boa!
Eu o fuzilei.
- Em biologia.
- Claro! Ela é boa em tudo. - eu sorri e ela sorriu.
- Mas então, Guto, foi aquilo que eu te expliquei.
- Ok! Valeu, !
- Nada, a seu dispor.
Guto se afastou.
- Que negócio de ao seu dispor é esse?
- É tipo de nada, amor.
- E essa minissaia?
- Minissaia? É a maior que eu tenho.
- Então você não devia usar saia.
- Você acha mesmo que eu vou deixar de vestir as roupas que eu visto por que você não gosta? Vai sonhando!
- Mas os garotos ficam olhando!
- Que olhem! Eu não sou deles, eu tenho namorado, e ele se chama .
Eu sorri e a beijei.
- Tá bom, me desculpa, amor.
- Tá desculpado!
E nós dois seguimos para a lanchonete.

Capítulo 14

’s Pov.

Um mês depois...

Eu acordei cedo naquele dia e resolvi ir dançar no jardim.
Eu olhei para os lados para certificar de que ninguém estava olhando, liguei o radio e esperei a música começar.
Assim que a música começou, eu levantei a cabeça e rebolei para o meu lado esquerdo, depois andei para o outro lado e levantei a minha perna até meu joelho ficar na altura da minha barriga, então eu caí teatralmente e levantei rodando, então eu coloquei minha perna para trás e quando eu virei, o Binho estava me olhando. Eu fiquei olhando pra ele, paralisada.
Ele saiu do estado de transe e começou a bater palmas; eu não pude não sorrir.
- Nossa, cara, você dança muito!
- Obrigada, mas eu só estava me divertindo, sabe?
- Pô, se você só estava se divertindo, imagina quando estiver treinando de verdade.
Eu ri.
- Obrigada de novo.
- Pô, você me ensina alguns passos? Eu preciso aprender a dançar.
- Claro, vem cá! - ele se aproximou - O que você quer aprender a dançar?
- Pô, o que você sabe?
Eu pensei um pouco.
- Bom, eu sei... Tudo!
- Ótimo! Bom, eu quero aprender a dançar... Sei lá, forró, essas danças a dois.
- Ok! - eu mudei o cd – Agora pega na minha cintura. - ele me obedeceu – Ótimo. - eu peguei no ombro dele e ele pegou na minha outra mão - Ok, agora dois passos para um lado, dois passos para o outro. - ele começou – Não, não, não, olha só, você é o homem e tem que conduzir a mulher.
- Mas o que isso quer dizer?
- Você tem que ter firmeza e mostrar para onde você quer ir. Mas ao mesmo tempo tem que ter leveza e graciosidade.
- Acho que eu entendi.
- Vamos ver se entendeu mesmo. - eu dei replay na música - Vamos!
Ele começou.
- Isso mesmo, aprendeu direitinho. Agora mais rápido! - ele obedeceu - Ótimo, agora só para um lado. - ele obedeceu outra vez – Agora me roda!
Ele me rodou e me parou deitada nos braços dele, e nós dois começamos a rir.
- POSSO SABER O QUE É ISSO?
Eu e Binho olhamos para o lado e o rosto de estava quase roxo.
Nós nos ajeitamos.
- Ah, , é que eu estava...
- Me traindo, é isso, né?
- , ela só estava me ensinando uns passos de dança.
- E É PRECISO FICAR EM CIMA DELA?
- ELE NÃO ESTAVA EM CIMA DE MIM!
- Ow, vamos nos acalmar, é melhor para...
Nessa hora, pulou em cima de Binho e quase deu um soco nele. Eu pulei em cima de .
- PARA, !
não parou, eu o tirei de cima de Binho e fiquei em cima dele, e dei um soco nele; ele ficou me olhando.
- Para, , para!
Ele ficou me olhando, ele respirava rápido, ele ainda não estava totalmente calmo, mas estava mais calmo que antes.
Eu saí de cima dele o olhei, fazendo questão de mostrar meu desapontamento com ele; eu não consegui evitar que duas lágrimas descessem; eu saí correndo.
Eu corri sem rumo por um tempo, até que bati em alguma coisa.
- Presta atenção por onde corre.
- E você devia prestar atenção onde fica. - eu olhei para o ser que eu bati – Ah, é você, !
- , o que aconteceu?
- Nada.
- Quem nada é peixe, nem vem!
- Eu não consigo!
- Como assim não consegue?
- Eu não consigo dar nem mais um passo. - e então tudo ficou escuro.

Eu abri os olhos e vi o céu azul, então me levantei.
- Ai, minha cabeça!
- Ainda bem, pensei que você tinha morrido! - eu olhei e estava sentado ao meu lado – Toma. - ele jogou uma maçã e eu peguei e dei uma mordida - Agora está explicado porque você desmaiou!
- Hã?
- Você desmaiou porque com certeza não tomou café da manhã.
- Ih, eu me esqueci!
- Só me promete uma coisa?
- O quê?
- Nunca mais faz isso de novo, você quase me mata de susto!
Eu ri.
- Prometo.
- Tudo bem. Agora pode ir falando!
- O quê?
- Por que você estava chorando?
- O .
- Ai, ai! O que tem ele?
- Eu não aguento os ciúmes dele. - Ai, o que foi dessa vez?
- Ele ficou com ciúme de mim e do Binho dançando.
- O quê? Você e o Binho?
- Não, eu só estava ensinando alguns passos para ele; ele pediu pra aprender, e pior que ele não sabia mesmo.
riu.
- Ai, eu não entendo o .
- E aquela vez que ele ficou com ciúmes do .
- Ele já ficou com ciúmes de mim.
- Do Vicente! Não, só falta ele ficar com ciúmes do Jonas agora, não, pior, do meu irmão ou do meu pai!
- Eu vou falar com ele.
- Obrigada, mas eu não quero te meter em confusão com a nem com o .
- E porque isso me meteria em confusão com eles dois?
- Não sei! Vai que, sei lá.
Ele riu e eu ri com ele.
- Eu falo com ele, ok?
- Ok!
- Mas e você e a ?
- O quê que tem?
- Eu sei que vocês deram um tempo.
- Eu terminei com ela, pra dar um espaço.
- Para ela ou para você?
- Para ela, lógico, eu não preciso de espaço.
- Tem certeza?
- Como assim?
- Já pensou que talvez você também precise de espaço?

Pov.

Eu realmente não sei por que fiz aquilo.
Quando eu vi a e o Binho dançando, o sangue me subiu à cabeça e quando eu vi, ela já tinha saído correndo, chorando, e eu?
Bem, eu estava deitado no chão, tão estático que não conseguia me mover. Foi então que uma mão apareceu na minha frente.
Quando digo uma mão, foi uma mão mesmo, eu olhei pra cima e Binho estendia mão pra mim. Eu a peguei e levantei.
- Pô, me desculpa, Binho, é que...
- Tudo bem, irmão, só te aviso uma coisa: cuidado, se continuar assim, você vai acabar perdendo ela, se já não perdeu.
Eu apenas assenti, depois sai andando procurando por ela.
Até que a achei.
Ela estava na maloca, com o do lado, ela conversava e ria abertamente com ele e comia uma maçã também.
Mas não era hora de ter ciúmes, , mas então ela olhou pra mim; seu olhar ainda demonstrava que ela estava magoada, ela virou de novo para , que me olhou e pelo olhar dele era melhor eu ir embora mesmo.
E foi o que eu fiz, eu fui para o quarto.

Depois de um tempo abriu a porta, sentou na cama dele e me olhou.
- O que você estava pensando?
- Eu... Eu... - eu não soube o que responder.
- Você só pode ser um retardado, se você traía suas namoradas ou se elas te traíam não me importa, a NUNCA iria te trair, você eu não duvido, mas ela nunca, ela te ama demais pra fazer isso.
- Eu sei, eu vacilei.
- Vacilou? Depois dessa, se ela voltar com você, aí eu começo a acreditar em milagres.
Eu tinha que conversar com a , e agora.
Eu me levantei rapidamente.
- Aonde você vai?
- Tentar concertar as coisas.
- Mas já é tarde, e se o Jonas...
- Dane-se, eu quero ver a .
Eu saí correndo pelos corredores.
Até que cheguei à tão conhecida porta com o nome de , e escrito na frente; eu abri a porta sem rodeios.
- Ow, olha a privacidade.
- Cadê a , ?
- Dois que não sabem.
- Cadê a ?
- O que foi, ?
- Cadê a ?
- Ela foi à sala do Jonas.
- Fazer o quê?
- Não sei.
Eu saí correndo e entrei na sala de Jonas.
- Cadê ela?
- Bom, eu posso ser muitas coisas, senhor , mas ainda não aprendi a ser pajé.
- Cadê a ?
- A senhorita não estava se sentindo bem, então ela pediu permissão para ir dormir na casa dela hoje.
- Mas como você deixa uma aluna sair assim do nada, no meio da semana?
- Senhor , não foi do nada, a senhorita me avisou e eu concordei. Pelo rosto dela, ela estava transtornada, e o motivo parecia urgente, então deixei que ela fosse. Ela voltará amanhã pela manhã.
- Ok.
Eu saí da sala de Jonas e voltei para o meu quarto.
- E aí, conseguiu falar com ela?
- Ela foi embora, .
- Como assim embora? Embora pra sempre?
- Claro que não, , ela foi dormir na casa dela, ela volta de manhã.
- Ué, e o Jonas deixou?
- Deixou.
- Bom, agora o jeito é esperar até amanhã.
- É né...
Então nos deitamos.
Eu dormi assim que a minha cabeça tocou no travesseiro e só acordei de manhã com jogando o travesseiro na minha cara.
- Ai, mãe, só mais cinco minutos.
- Ih, tá me estranhando, é?
Eu me levantei e suspirei.
- Ai, ai, mais um dia...
- Pois é! Mais um dia, que bom que o Vicente voltou, né?
- AMÉM!
Eu tomei banho e saí para o café.
Eu passei por uns meninos no corredor; eles não me viram e eu ouvi sem querer a conversa deles.
- Pô, eu soube que a tá de volta no mercado.
- Sério? Ela e o terminaram?
- Já não era sem tempo.
- Pô, agora é cada um por si e Deus por todos.
- Uh, quem puder que pegue aquela deusa grega.
- Pô, vocês tem que se conformar, aquilo é muita areia pro caminhãozinho de vocês!
- Ah, e pro seu não é?
- Claro que não, eu tenho gosto sofisticado.
- Quem tem gosto sofisticado?
- Ah, oi, ! - percebi que era o Guto que tinha dito aquilo.
- E aí, pessoal, quem tem gosto sofisticado pra quê?
- Pra comida, sabe aquelas comidas requintadas? Pois é.
- Hm, sei! Bom, eu vou indo tomar café, sabe?
- Uhum.
- Tchau, gente.
- Tchau, .

Eu entrei no refeitório dando passos largos e fortes.
- Ih, o que foi?
- A conversa dos meninos no corredor.
- Que conversa?
Então entrou no refeitório atraindo todos os olhares masculinos para ela (inclusive o de e ). É claro que ela estava linda como sempre, com a saia-macacão do colégio e a blusa do uniforme abotoada dois botões acima do peito, uma travessa branca, e uma sapatilha. Ela olhou para eles, estranhando um pouco.
- Oi. - os rapazes disseram praticamente babando. Ela sorriu amigavelmente.
- Oi! - e veio para a nossa mesa – Gente, por que esses garotos tão me olhando como se eu fosse o último pedaço de carne?
- Não sei, a sua roupa chama atenção, sei lá, ou o fato de você estar solteira?
- Ah, você gostou? - ela sorriu para e deu uma voltinha, e a olhou da cabeça aos pés, eu dei uma cotovelada nele.
- Ai! Tá linda, !
- Pois é, tá linda.
- Obrigada! - ela desviou o olhar pra mim por um instante e respirou fundo – Bom, eu vou pegar o café.
Assim que ela saiu, ouvi:
- Olha só, , se você não parar com esse assanhamento pro lado da minha namorada, eu vou falar pra !
- Olha só, eu não tenho culpa se você foi namorar com a garota mais linda da face da terra, e ela não é sua namorada mais.
- Ela não disse que estava solteira.
- Mas também não disse que não estava.
- Ainda bem que eu estou solteiro! Com licença.
se levantou e se postou ao lado de , que já estava pegando o café da manhã dela. Os dois começaram a conversar de um jeito perturbador demais pra mim, ou será que eu só estava imaginando coisa? Mas desde quando a e o conversam tanto?
Eles voltaram para a mesa e se sentaram. Os dois estavam rindo, e logo eu e ficamos de “vela”.
Eu sussurrei para .
- Você tá vendo, né?
- Hãm? Estou vendo o quê?
- O que ela tá fazendo!
- O que ela tá fazendo?
- NÃO SEI!
riu.
- Muito inspirador, .
Logo depois Carla, Justin, e chegaram.
- Onde você se meteu ontem, ?
- Bom, eu precisava sair um pouquinho, tomar um ar, ficar em casa, sabe, ?
- Ô se sei, mas o Jonas deixou?
- Claro que não, eu tive que fingir que estava doente, e de certa forma eu estava, mas já melhorei.
- Mas por que, amiga?
- Porque... Bom, depois eu conto pra vocês na privacidade do nosso quarto.
Nós terminamos de tomar o café.
- Ai, aula do Marcelo agora.
- Gente, eu vou pegar meu material no quarto, encontro vocês na sala.
- Ok.
Bom, eu não disse ok, eu a segui, eu queria conversar com ela, saber se a gente tinha terminado, ou se ela ainda me amava.
Muitos garotos a pararam para falar com ela ou jogar cantadas amadoras, e como sempre sorria e balançava a cabeça, ou dizia que estava ocupada.
Então ela chegou ao quarto dela e entrou, e eu esperei na porta.
Minutos depois ela saiu, eu a puxei pelo braço.
- O que deseja? - eu podia ver nos olhos dela que ela ainda estava magoada.
- Eu quero conversar com você, eu acho que precisamos conversar.
- Também acho, precisamos acabar com isso de uma vez por todas!
Tudo o que eu sabia é que aquela não era a que eu amava, era uma alienígena, um clone qualquer coisa, mas não era a garota que eu amava.
- Onde?
- Vai lá em casa hoje, e a gente conversa. - ela disse com tamanha frieza que gelou até meus ossos.
- Ok! - ela apenas se virou e continuou seu caminho sem ao menos olhar para trás como ela sempre fazia.
Eu acho que o tem razão, se ela me perdoar dessa vez eu começo a acreditar em milagres.

Capítulo 15

’s Pov.

Não se engane, eu odiava ser daquele jeito com o .
Mas a confusão com o Binho foi à gota d’água, e quando eu disse que era pra gente conversar pra terminar aquilo de vez, eu disse sério. Agora ou a gente se resolve ou a gente termina de vez.
Eu dei as costas para ele, resistindo à tentação de virar e mandar beijo ou apenas mandar um olhar doce, eu segui andando sem nem olhar para trás.
- Com licença, professor.
- Toda.
A aula toda eu sentia o olhar de em mim, bem o dele e o dos outros garotos.
- Bando de urubu!
- O que foi, ?
- Esses urubus ficam secando você só por que pensam que você e o terminaram.
Eu ri.
- Liga não, .
A aula acabou e era a hora do almoço.
Assim que eu entrei na lanchonete, os olhares masculinos se voltaram pra mim; eu nunca fui acostumada com toda essa atenção, aliás, eu odeio qualquer tipo de atenção.
Eu ouvi alguém dizendo:
- Ela arrasa, você sempre soube disso, agora segura o tranco.
Eu olhei na direção que eu ouvi, era falando para , que me encarava.
Eu peguei meu almoço e me sentei.

Nem precisa dizer que eu não conseguia parar de andar de um lado pro outro, né?
Eu estava nervosa demais, como eu ia conseguir me controlar perto do ? Eu nunca conseguia me controlar perto dele.
Até que a campainha tocou, eu olhei de relance e esperei tocar mais uma vez.
Ela tocou.
Eu andei lentamente até a porta e a abri; ele estava lá, lindo como sempre. Eu o olhei e respirei fundo; dei espaço pra ele entrar.
Ele entrou, eu fechei a porta e me virei.
- Pode se sentar.
Ele assentiu e se sentou.
- Quer alguma coisa pra beber?
- Não.
- Ok! - eu me sentei do lado dele, o olhei e esperei, ele me olhou com expectativa e virou o corpo todo, ficando de frente pra mim.
- , me perdoa, por favor, eu não fiz por mal.
- Quantas vezes eu já ouvi isso, ? Você sempre pede por favor. Você sempre não fez por mal! Eu estou cansada disso, , desse seu ciúme excessivo e sem cabimento! Você age como se eu fosse um puta namorada, daquelas que vivem traindo os namorados, que vivem saindo escondida, mas SURPRESA, eu não sou assim, , nem sou as molequinhas que você pegava ou ainda pega, vai saber. E quer saber? Eu é que devia ser assim, por que você é o galinha da escola, você que pega todas, você que eu peguei várias vezes de papinho sobre mulheres e fãs gostosas com o , mas quer saber, eu não sou assim, sabe por quê? Porque eu não sei o porquê, mas eu confio em você!
- Eu... , você quer saber por que eu sou assim?
- Quero.
- A minha mãe diz que é por que meu pai também era, mas eu sei que não.
- Por que é então?
- Porque eu fui cometer a besteira de me apaixonar pela garota mais linda do mundo inteiro, e antes disso, eu fui cometer a besteira de namorar garotas que não prestavam, e quando eu pego uma que vale a pena, eu não percebo isso e faço a merda que eu fiz, mas eu sei que isso não é desculpa por tudo que eu fiz, é que, , você é linda e eu tenho medo de você me largar, de você me trair, eu não tenho nada demais, mas você, , você é o que todo homem sonha em ter do lado, e se eu faço isso não é por não confiar em você, é que a simples imagem de outro homem te tocando - ele tocou meu rosto –, encostando a mão em você, me apavora; eu quero tanto que você seja só minha que me esqueço de te deixar respirar, eu esqueço que você tem que viver também, eu esqueço que você já teve outros namorados, porque pra mim você é única e eu quero ser único pra você também.
- , eu nunca vou te largar, para de ser burro, o que você acha? Que é só aparecer um par de tanques que eu vou atrás? Desculpa, mas eu não sou homem; eu vou achar outros homens bonitos sim, mas quem sempre vai estar no meu pensamento e no meu coração é você. - eu peguei no rosto dele fazendo-o me olhar – Você é que é tudo que uma mulher sempre quis ao seu lado, e você acha que eu também não fico com ciúmes quando a Maria chega toda oferecida pra você? Claro que eu fico, mas eu me controlo porque eu confio em você, e você nunca me deu motivos pra desconfiar.
Ele pegou no meu pescoço e me beijou. O melhor beijo de todos é o beijo da reconciliação.
As nossas línguas travavam uma guerra, eu subi no colo dele colando uma perna de cada lado do quadril dele e continuei beijando-o. As mãos dele passeavam pelas minhas costas e dentro da minha blusa, e desciam para as minhas coxas; eu passei os beijos da boca para o pescoço, ouvindo os gemidos dele no meu ouvido; eu tirei a blusa dele e abocanhei sua boca novamente, o beijando ferozmente, ele tirou a minha blusa, jogando em algum lugar também. Ele me olhou nos olhos.
- Diz que me ama? - eu sorri.
- Eu te amo.
Eu o beijei novamente; ele desceu as mãos pala minha barriga e subiu novamente, alcançando o fecho do sutiã, o tirando rapidamente e abocanhando meus seios em seguida; eu gemia no ouvido dele sentindo a excitação dele ficar mais evidente a cada segundo; eu me levantei e tirei a calça dele rapidamente, admirando a excitação dele já aparente por cima da cueca; eu sorri e voltei para mesma posição de antes, voltando a beijá-lo; eu desci a minha mão para dentro da cueca dele, o fazendo gemer alto. Os olhos dele brilhavam de luxúria, desejo e doçura, e os meus deviam refletir a mesma coisa. Eu tirei a cueca dele e ele tirou a minha calcinha, e antes de me penetrar, ele me olhou, sorriu, e me deu um beijo no rosto e logo depois um na boca, me penetrando. Eu gemi alto e forte, eu não era experiente, já que eu era virgem. Ele também era, mas ele me auxiliava pegando no meu quadril e movendo pra cima e pra baixo, na velocidade desejada; eu o beijei, meu corpo e o dele estavam suados; eu arquei o corpo pra trás e gemi o mais alto que pude, então ele trocou de posição, me deitou horizontalmente no sofá e se colocou entre as minhas pernas; ele segurava forte o meu quadril e estocava com força; eu e ele gemíamos alto e forte, e cada movimento mais rápido, até que senti uma coisa inigualável, como se vários fogos de artifício estivessem explodindo dentro de mim, e nós dois soltamos altos e longos gemidos; havíamos chegado ao clímax.
Ele caiu mole em cima de mim, suado como eu. Ele se deitou no meu peito e eu fiz carinho no cabelo dele.
- Quer dizer que eu estou perdoado?
Eu ri.
- Você achou mesmo que eu não iria te perdoar?
Ele riu e levantou o olhar.
- Eu te amo!
- Eu também te amo.
E nos beijamos apaixonadamente.
Dormimos ali mesmo, no sofá da sala.

Pov.

Minha noite foi sem sonhos; eu acordei com o sol batendo na minha cara (o que eu odeio), com a costela quebrada, mas eu não me importava, tudo o que me importava era que a mulher mais linda da escola, da Vila Lene, do mundo, estava deitada ao meu lado (nua, vale comentar), depois de termos feito amor; porque o que fizemos não foi apenas sexo, foi amor, e eu sei que eu nunca vou sentir com outra pessoa o que eu sinto com ela; eu a olhava como um cego olha o sol pela primeira vez, com admiração e sei lá mais o quê; ela se mexeu e abriu os lindos olhos lentamente, e me olhou, depois fechou novamente.
- Procurando alguma coisa, ?
- Estava, mas já achei.
- E o que você estava procurando?
- A mulher da minha vida?
- E onde ela está agora?
- Nos meus braços.
Eu a beijei apaixonadamente.
Ela sorriu, mas então eu ouvi um barulho estranho.
E olhei para porta, e bem...
Nossos amigos estavam lá, paralisados, nos olhando pasmos.
- Meus olhos! Ai, meus olhos! – Justin, como sempre.
- O que vocês fizeram? - eu olhei para com cara “dã”.
- Como vocês fizeram? - eu quase mato .
- Por quê? - quase mato também.
- Quando? - eu olhei para .
- Gente, para de fazer pergunta, e a resposta eu acho que é óbvia, né? Tipo a gente fez...
- EU NÃO QUERO OUVIR.
- E como? Bom, o introduziu o... - eu ri. A ia mesmo explicar?
- TÁ BOM! Acho que tá bom, já chega por hoje! Que tal vocês irem se trocar pra gente poder sair?
Nós dois rimos.
- Vocês que mandam.

Capítulo 16

Alguns anos depois

Bom, a banda estourou ainda nas férias do nosso segundo ano e acreditem ou não, ainda faz sucesso.

não parava de andar para um lado e para o outro.
- ! Para, desse jeito você vai me deixar mais nervoso ainda.
- Ela tá bem?
- Nós viemos o mais rápido que pudemos.
- Cadê minha irmã?
- Ela tá bem? - Carla dizia com uma bebê no colo, que era muito parecida com ela, a bebê dormia tranquilamente.
- Eu não sei, o médico ainda não deu notícias. - se sentou do meu lado.
- Vai dar tudo certo!
- Eu espero.
- Cadê ela? Ela tá bem?
- Calma mãe, eu já estou nervoso.
- A paciente Bieber.
- A gente!
- Parabéns, seus filhos são lindos, fortes e saudáveis.
- Mas e a minha mulher?
- Ela esta bem, só esta se recuperando.
- Mas peraí, filhos?
- Ela teve gêmeos, dois meninos lindos!
Eu paralisei.
e vieram pulando.
- ÊÊÊ, papaizão de dois garotões.
- Eu... Eu sou pai... Eu sou pai de dois garotos... EU SOU PAI!
Eu, e começamos a pular no meio do hospital.
- O que foi que aconteceu? - era a com uma mini- do lado dela e um mini- no colo dormindo tranquilamente; a menininha olhava para o pai dela com dúvida, apenas sorriu e carregou a menininha no colo, a beijou no rosto e olhou para .
- A teve gêmeos!
- Gêmeos, que lindo! - era com uma mistura dela com no colo. A aparência do menino era de , porém o temperamento era todo de .
Eu ri e o médico voltou.
- Você pode ir ver sua esposa.
- Obrigado, doutor.
Eu corri para o quarto dela e entrei devagar.
Eu vi os dois berços do lado da cama de , eu cheguei perto dos berços e fiquei olhando os dois bebês lindos que dormiam tranquilamente.
- Eles têm o seu gênio, tomara que não sejam ciumentos iguais ao pai.
Eu ri e me virei.
- Nem teimosos como a mãe.
- Verdade, se puxarem a minha teimosia...
Eu ri.

Mais alguns anos depois...

Eu acordei tarde, olhei para os lados e ela não estava lá.
Eu desci as escadas e olhei na cozinha, lá estava ela.
Eu andei silenciosamente, a abracei pela cintura, e falei no ouvido dela:
- Bom dia!
-, se os meus filhos tiverem um pai deformado, a culpa ia ser sua!
- Minha?
- É, você é doido, eu estou mexendo na panela quente.
Eu ri.
- Os NOSSOS filhos não vão ter um pai deformado.
Ela riu.
- Que bom, então acho bom você tem que acordá-los pra tomarem banho.
- Tá bom!
Eu subi e andei lentamente até o quarto dos gêmeos; eu entrei no quarto, estava gelado.
- Vamos acordar! Tá na hora!
- Ah, pai!
- Eu não quero acordar!
- Vamos logo, tem que tomar banho, ordem da suprema corte.
- Suprema corte?
- A mãe de vocês.
- Ah, pai! A gente não que ir.
- Eu tenho uma surpresa pra vocês.
- Sério? Onde tá?
- No banheiro!
Os dois saíram correndo para o banheiro, então eu peguei os dois e joguei na banheira; os dois me puxaram pra dentro da banheira, me molhando todo.
Minutos depois, eles estavam limpos e arrumados e eu ainda estava todo molhado; eles saíram correndo na frente, eu ouvi os repreendendo.
Eu cheguei ao alto da escada.
- Mamãe, nós já estamos cheirosos.
- Ah, que bom, meus amores, é assim que a mamãe gosta! Mas cadê o pai de vocês? - ela olhou pra mim no alto da escada, então a campainha tocou e eu desci a escada. Era e .
- Amanda, PJ! - eu ouvi Eric e Eduardo gritando. Os quatro foram brincar enquanto e conversavam.
chegou perto de mim e me olhou.
- Cara, o que aconteceu com você?
- Isso é o que dá tentar dar banho nos seus filhos gêmeos de quatro anos ao mesmo tempo. - e Justin chegaram minutos depois, com e Leonardo, e Carla e Anna Luíza no colo, que logo saíram para encontrar o resto das crianças.
- , o que aconteceu?
- Um conselho: se um dia você tiver mais um filho, nunca tente dar banho neles dois ao mesmo tempo.
Eu me enxuguei e desci para conversar com meus amigos.
Nós todos estávamos sentados ao redor da mesa do nosso quintal, enquanto nossos filhos tomavam banho de piscina.
Eu comecei a tocar uma melodia no violão e todos começaram a cantar.

Só quero o que é meu
Ir mais além do que eu sou
Meu caminho já trilhei
Só me resta agora, atravessar
E com o mundo contra nós
Podemos ir mais longe

Rebelde chegou a minha vez
O que sou, ninguém vai mudar
É desse jeito que vou levar
A vida passa não tem como controlar
Rebelde chegou a minha vez
O que sou, ninguém vai mudar
É sempre assim que deve ser
Meu coração vai ser rebelde para sempre

Eu olhei para e ela sorriu.
- Eu te amo.
- Eu também te amo.
- Quem ia imaginar que eu ia ser tão feliz?
- Eu!
Nós rimos e nos beijamos apaixonadamente.

Fim


n/a: sabe gente enquanto eu escrevia essa historia eu ficava imaginando se as garotas que a lessem ia rir das mesmas coisas que eu ri enquanto escrevia ou se iam achar fofos as coisas que eu escrevi, eu demorei um pouco pra terminar, mas finalmente terminei a fic de rebelde brasileiro, eu sei que tem muitas de vocês que talvez não gostem ou que nunca viram eu também não gostava mas fiquem sabendo que ao contrário do que muita gente pensa o rebelde brasileiro não é nem um pouco parecido com o mexicano,eu espero muito mesmo que vocês gostem, Beijones e até a próxima ;D

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