Seis meses de namoro, seis meses desde quando ele criou coragem e me ligou, tornando-se assim mais do que um simples colega de sala que de tarde vira empacotador do supermercado aqui do lado de casa.
Todo dia, minha mãe me mandava comprar alguma coisa no supermercado que tem aqui perto de casa, e todo dia eu ia de bom grado, afinal, ver o não só na escola e também no supermercado é uma ótima coisa.
Minha mãe sempre foi mais extrovertida do que eu, então, quando ela ia no supermercado, conversava com todos, desde a faxineira até a gerente do supermercado. E é claro, que ela conversava com as caixas. E eu tinha que ficar ali, do lado dela. De verdade, eu já tinha até decorado os preços dos marshmallows, e das pilhas também. Para ter uma noção da gravidade da situação.
E, bem, um belo dia eu contei para minha mãe que eu achava um empacotador bonito, e aí quando a gente foi no supermercado, ela logo abriu a boca e falou para a caixa: ‘Minha filha acha um empacotador daqui uma graça’. Juro, eu quis me enfiar dentro de um buraco lá na China, e só ser desenterrada quando o mundo fosse invadido por macacos. Por quê? Porque, simplesmente, estava empacotando as minhas compras.
E ele estudava na minha sala. E ele tinha uma banda. E ele era popular. E eu? Bem, ser considerada nerd, na Inglaterra, não é uma coisa que se compare a ser uma cheerleader ou ter uma banda. É, eu sei. Eu sou loser. Mas, mesmo eu sendo loser, o olhou de mim para a minha mãe e sorriu. E aí, a caixa queria saber qual empacotador que era, e é obvio que eu não ia falar. Então falei que não era nenhum, mas mesmo assim elas continuaram a discutir, e o falou, com uma voz diferente do que a normal: ‘Deve ser o ’. Bem, como ficou claro, não era.
Um tempo depois, quando minha mãe foi sozinha para o supermercado, perguntou de mim. Logo depois, minha mãe veio em casa falando que as caixas estavam falando que o estava a fim de mim e que ele até estava se arrumando para poder me ver. Eu dei risada e falei pra minha mãe que isso era ótimo. Mas no fundo, no fundo mesmo, eu não acreditava nisso. Afinal, ele era . E um belo dia, minha mãe passa meu telefone para ele, e três semanas depois, ele me ligou. Juro, foi o momento mais louco da minha vida toda. Sabe o que é, te ligarem de noite perguntando o que você vai fazer no dia seguinte? Cara, tinha me ligado. E marcado um encontro comigo. E eu estava morrendo de medo.
No encontro, a gente se beijou, e a partir daí, nossa, meu mundo mudou. Mas eu não queria ser somente mais uma na lista dele. Eu não podia, afinal, eu tinha me apaixonado. E como eu tinha lutado para não me apaixonar por ele.
E logo quando eu aceito ter me apaixonado por , ele me dispensa. E eu chorei. estava passando uma temporada em casa, pois seus pais estavam viajando, e foi ela que me consolou, e falou que ia socar a cara do . Só ela conseguiu me fazer rir enquanto eu estava em um estado daquele. E aí, nós começamos a mancomunar planos para que eu me vingasse dele. A até cogitou a possibilidade de eu contratar um GoGoBoy. Essa foi a que eu mais ri. Mas a que a gente colocou em jogo, foi eu sair, só por fingimento, com um amigo nosso em comum. James, não o Bond, o Bourne.
James e eu passamos à segunda feira inteira juntos na escola, e é obvio que teve burburinho, ou seja, o viu. E a cara que ele fez quando nos viu juntos foi irreal. E fez efeito. veio falar comigo, e falou que só tinha feito aquilo porque estava com medo de se apegar muito a mim. Pois ele nunca tinha gostado tanto de uma pessoa quanto gostava de mim e tinha medo dessa quantidade absurda de sentimento. Ele pediu mais uma chance, e eu falei sim. E bem aí, ele me pediu em namoro. Óbvio que eu aceitei.
E estamos junto há seis meses. As pattys do colégio morrem de inveja de mim, que era uma simples nerd, mas o não me achava uma simples nerd. Ele me chamava de emo, de bobinha e de um outro monte de coisas. Nós começamos a sair com nossos dois grupos de amigos, e bem, dali saíram mais dois casais. e , e a e o .
Agora estamos deitados na grama do jardim de casa vendo o movimento da rua.
- , hoje a gente faz seis meses, né? – ele falou virando de lado e me olhando.
- Sim, sim – falei sorrindo e dando um selinho nele.
- Cara, você sabe que eu não sei falar sobre o que eu sinto, mas você sabe que eu gosto muito – ele me deu um selinho – muito – outro selinho – muito, de você, né?
- Ownt – eu sorri, olhando em seus olhos e afagando suas bochechas – eu também gosto muito – selinho – muito – selinho – muito de você, .
Nós ficamos mais um tempinho em silêncio, quando ele voltou a falar:
- , sabia que eu...
- Que você?
- Ah, você sabe... Eu nunca... – ele estava vermelho de vergonha. E eu acho que tinha entendido o porquê.
- Ahn – eu não sei o que falar. Afinal, não é todo dia que seu namorado, que era um galinha fala que nunca fez aquilo.
- Eu sou... Você sabe.
- Oin, que bonitinho. – falei sorrindo e me segurando pra não rir.
- Você acha bonitinho? – ele me encarou sério, levantando uma sobrancelha.
- Se for o que eu estou pensando, sim. – falei olhando suas bochechas coradas.
- E o que você está pensando? – ele me olhou, como se tentasse ler minha mente. Bom, se ele fosse o Edward ia conseguir.
- Não sei, o que você quer dizer? – perguntei levantando uma sobrancelha.
- O que você está pensado? - ele me encarou com os olhos cerrados e eu ri.
- O que você quer dizer? – claro que eu ia falar ‘Então, , eu acho que você é virgem’. Não.
- O que você está pensando, ?
- O que você quer dizer, ?
- Ta, bom, eu nunca... Fiz... Você sabe – ele falou olhando para a árvore que tinha no meu jardim.
- Então – falei exasperada – é isso que eu acho bonitinho.
- Você acha bonitinho um cara que nunca... – ele voltou a olhar nos meus olhos, e franziu a testa.
- Acho. – afirmei sorrindo e apertando as bochechas dele.
- Bobinha. – ele sorriu e me beijou. E cara, eu amo os beijos dele. Nós ficamos nos beijando por um tempo, e ele falou:
- Mas você não é uma daquelas que só acredita em fazer... Depois do casamento, né?
- Não, . – falei rindo – Eu acho que isso tem que acontecer, quando tem que acontecer. E, bem, ele me beijou novamente. E depois beijou o meu pescoço, e me subiu uma onda de arrepios. Mas eu não vou continuar falando o que ele fez, ou então vocês vão querer roubar ele de mim.
n/a: cara, essa fic é muito muito muito muito especial pra mim. Espero que vocês gostem dela, tanto quanto eu.
Obrigada Gavu, por ter me ajudado a escrever e ler a fic toda por msn. Amo você (:
Obrigada ao meu namorado que não vai saber da existência dessa fic (:
Obrigada a vocês que leram a fic e fizeram a autora feliz comentando RÁ
E é obvio, obrigada Danny Jones, por existir.
Fic finalizada as 2 da manha. Um desconto (:
Xoxo