Wait Until Tomorrow
História por Soh | Revisado por Duda
Acordei mais uma manhã com ela em meus braços. Era tão bom acordar desse jeito. tinha um leve sorriso no rosto e uma respiração calma e constante, mostrando que ainda dormia. Tão linda. Puxei-a para mais perto e a apertei contra meu corpo. Gosto de sentir sua pele contra a minha, de sentir seu cheiro. Passei meus dedos delicadamente em seu corpo, desde os ombros até o quadril, sentindo o desenho de suas curvas. Dois anos de namoro e agora ela iria embarcar em uma aventura. Um intercâmbio para o Chile, onde terminaria sua faculdade de Engenharia de Produção.
Ela começou a se mexer e passou seu braço sobre mim. Deixei meus dedos em suas costas, acariciando o local. Vi a expressão dela mudando e se tornando dura. Ela começou a falar coisas incompreensíveis e acabou acordando assustada, olhando em todas as direções do quarto.
- Hey, calma. – Disse com uma voz mansa. Ela cruzou o olhar com o meu e parou. – Calma, pequena, to aqui.
- Oh, . – Ela falou me abraçando forte. No começo estranhei a ação surpresa, mas retribuí ao abraço, talvez com uma intensidade maior que a dela. Eu só queria fundir nossos corpos para ela não precisar ir.
- O que houve? – Perguntei receoso.
- Tive um pesadelo. – Ela respondeu, sentando-se na cama. Eu também me sentei ao lado dela. - Eu voltei do Chile e você não lembrava mais de mim.
- Não. Isso não vai acontecer. – Estava dizendo a verdade. Beijei sua testa e fiz carinho nos seus cabelos. – Agora, para de pensar nisso.
Ela sorriu e eu guardei aquele sorriso na minha mente. tocou meu rosto suavemente. Fechei meus olhos, sentindo seus dedos macios passarem pela minha pele.
- Eu te amo, – ela disse – eu te amo muito. – deu vários beijinhos na extensão da minha face. Assim, abri meus olhos, me deparando com o seu olhar intenso sobre mim.
- Eu também amo você. – Falei. Acariciei sua bochecha rosada, fazendo movimentos circulares com o polegar. Ela fechou as pequenas mãos em torno do meu antebraço, fazendo carinho. – Não vai, por favor. – Eu supliquei. – , fica aqui comigo, por favor.
Vi uma lágrima teimosa sair de seus olhos. Eu sabia que não deveria mexer mais nesse assunto, pois já havíamos discutido muito sobre isso. respirou fundo, provavelmente engolindo o choro que se seguiria, cansada de me dizer a mesma coisa.
- Nós já falamos sobre isso, . – Ela disse simplesmente. – É o que eu quero, você sabe. Além do mais, são só dois anos. – Abri minha boca para protestar, mas ela me interrompeu. – Não vamos brigar. Não torne isso mais difícil do que está sendo, ok?
Eu cheguei mais perto dela. Levantei seu rosto e a beijei ternamente, encerrando a breve discussão. Ela parecia uma boneca, frágil e delicada, e eu me sentia responsável por cuidar dela. Por mais que nós já tivéssemos falado sobre o intercâmbio, eu não queria perdê-la. acariciava meu ombro enquanto distribuía beijinhos pelo meu pescoço. Fiz o mesmo com ela, mas a colocando deitada, debaixo de mim. Passei a mão pelo seu corpo, parando nas coxas, apertando-as. O beijo se intensificava e ela subiu a mão até minha nuca, depois começou a fazer carinho. Ela sabia que eu amava isso. Coloquei minhas mãos na sua cintura, puxando-a para junto do meu corpo, e ela arfou. mordeu meu pescoço e foi minha vez de gemer baixinho. Eu a queria sempre. Voltei a beijá-la, mas não fui respondido da mesma maneira. Ela deu um selinho e terminou o beijo.
- Tenho que ir, gatinho. – Ela disse tão baixinho que eu fiquei com dúvida se ela disse mesmo alguma coisa.
- Tudo bem. – Falei dando um beijinho na ponta do seu nariz e saí de cima de seu corpo quente.
Ela se levantou e dirigiu-se ao banheiro. Fiquei encarando o teto, pensando em nada até ela sair de lá pronta e devidamente trocada. Foi a minha vez. Fiz a minha higiene matinal e tomei um banho, deixando a água me fazer esquecer que em algumas horas eu não iria ver mais . Quando saí do banheiro, o café da manhã já estava pronto e sorria encostada no batente da porta.
- Cozinhei seu café preferido. – Ela apontou para a mesa. – Panqueca com calda de chocolate e ovos mexidos.
- Ai, que linda. – Falei todo gay, brincando. Fui até ela, abracei-a pela cintura e mordi sua bochecha. – Deve estar uma delícia. Vamos comer?
- Claro.
se sentou ao meu lado e passei meu braço ao redor dela e começamos a comer. Ora um colocava pedaço panqueca na boca do outro, ora intercalávamos a comida com beijinhos roubados. Ela ria de qualquer coisa que eu falava e sorria o tempo todo, me fazendo sorrir também. Era um momento inesquecível para mim.
Depois do café, eu a levei até o aeroporto. O caminho foi silencioso, com poucas palavras trocadas. Eu sempre a pegava distraída demais, olhando as ruas, provavelmente memorizando sua cidade. Não fiz questão de quebrar sua linha de pensamento, pois achava que ela precisava de um tempo com eles.
Estacionei o carro e fui abrir a porta para ela sair. respirou fundo umas três vezes e finalmente pude fechar a porta. Ela estava hesitante. Sentamo-nos na área de embarque para esperar o avião. não parava de falar, confirmando que seu nervosismo era grande.
A voz de uma mulher preencheu o local, anunciando o vôo com destino ao Chile, nos deixando sem fala por um tempo. Nós nos levantamos. me olhou com olhos marejados, o que cortou meu coração, e me abraçou muito forte. Retribuí o abraço, mas logo me afastei para lhe dar um beijo. Este era triste, um beijo de despedida, mas ainda sim apaixonado, mostrando a ansiedade de nos encontrarmos novamente, mesmo sem ter ido ainda. Ela passava os dedos pelo meu cabeço e eu segurava os seus a puxando para mim. Quebrei o beijo para distribuir vários beijinhos no seu pescoço e ela riu, como se fizesse cócegas, e depois me encarou séria.
- Eu te amo. – Eu falei colando nossas testas. – Não esqueça isso.
- Não vou, nunca. – Ela sorriu. Seus olhos estavam brilhantes, mas ao mesmo tempo tristes. – Eu também te amo, baixinho. – disse segurando meu rosto e dando-me um longo selinho. – Você vai estar aqui sempre. – Ela apontou pro coração.
“Atenção senhores passageiros, última chamada para o vôo CH383 com destino à Santiago, Chile”, ouvimos novamente e ela me abraçou.
- Não me esquece. – disse.
- Você acha que eu esqueceria? – Eu falei, sorrindo torto. E ela também sorriu.
- Tenho que ir – Ela disse baixinho. Beijei seus lábios e depois sua testa.
- Ta bom. – Ela se abaixou para pegar a mala de mão. Eu sorri a encorajando, mesmo não sendo o que eu queria, era o sonho dela. – Tchau, linda.
- Adeus, lindo. – Ela disse. – Eu volto pra você amanhã. Eu juro. - Ela fez uma referência à parte de uma música que ela amava
- Vou esperar até amanhã. – Disse com um meio sorriso. Ela deu alguns passos em direção ao portão de embarque, mas voltou correndo e me deu um beijo. Quando decidiu parar, beijou minha bochecha.
– Vai lá. – Disse quando ela já havia virado. Dei um tapinha no bumbum dela, que gargalhou alto.
Acompanhei seu caminho com o olhar e, antes de embarcar, me mandou um beijinho no ar. Fiquei vendo o avião decolar, lembrando de todos os momentos que eu passei com ela. Vi uma velhinha me olhando com dó e sorri para ela, como quem agradecesse. É, eu tinha certeza que seriam dois anos muitos longos.
Fim
Minha primeira short. Espero que tenham gostado. Tudo se iniciou com uma aula de matemática chata, seguida de duas de redação, minha cabeça viajou e eu criei essa história. Obrigada a todas que leram, significa muito pra mim. Ah, deixem seus comentários pra eu saber se ficou uma droga igual eu achei ou se ficou legal. Agradecendo especial a Taaci M, por ter me ajudado com os scripts e dizer que ficou boa. É isso gente, obrigada de novo e não se esqueçam de comentar. Beijos da Soh.
N.B.: Oi, pessoas, Duda aqui! Espero que tenham gostado da fic; eu achei muito fofa e adorei betar! Sejam queridos e deixem comentários!