Wake up for Me

By: Lê (:
Beta: Ju S.
revisada por Lelen


1#
POV

A última coisa que eu ouvi foi sua voz, rouca, chamando pela minha num tom desesperado. Tentei abrir meus olhos, inutilmente, desejando de corpo e alma poder encontrar com o olhar dele, aquele olhar que faz meu corpo parecer um fio de alta tensão, em sintonia perfeita com as batidas do meu coração que aceleram somente ao ouvir sua voz, sentir seu cheiro, sentir seu corpo ao meu, o que aconteceria agora?

! ! !

A voz de ficava cada vez mais distante e, de repente, senti como se tudo a minha volta sumisse, mesmo com os olhos fechados, sabia que tudo girava e sabia que ele ainda estava ali; tudo parecia ter desaparecido, mas sentia o toque dele em minhas mãos. Tentei abrir os olhos novamente, sentia-me completamente fraca, mas eu precisava ver . O que estava acontecendo, afinal? A última coisa que senti foi a mão dele apertando forte a minha, com a pouca força que tinha apertei de leve a mão de , sentia que aquilo seria uma despedida, eu nunca mais veria meu futuro marido, por quê isso tinha de acontecer agora? Eu não sei, mas se é assim que deve ser, quem sou eu para impedir? Segundos depois, eu simplesmente apaguei. Aliás, meus sentidos sumiram e o que antes era escuro, total breu, tornou-se imagens da minha vida. Eu estava em uma escola e eu conhecia muito bem aquele lugar, foi onde eu estudei, onde eu e começamos a conversar. Uma menina passou ao meu lado correndo em direção a um garoto , podem achar loucura, mas era eu! E o ? . Fiquei observando e, de alguma forma, revivendo aquele momento como se fosse hoje.

Flashback.

! – Eu disse correndo na direção dele. Pulei em suas costas e ele segurou minhas coxas para que eu não caísse. Acredito que em menos de 5 segundos eu já sentia os braços de me envolvendo pela cintura, em um abraço quente, cheio de carinho e amor. Eu me sentia protegida em seus braços, ele sempre foi o que eu chamei de anjo protetor. Conhecemo-nos desde os 10 anos, quando ele mudou-se para Londres, mais especificamente, para a casa ao lado da minha. Tornamo-nos grandes amigos, é meu confidente, meu ouvinte, meu conselheiro, meu tudo. Como eu amo aquele garoto! Pena que isso tudo poderia mudar, corríamos grande risco de nos separar, pelo menos era isso que eu pensava a todo o momento. Ao pensar nisso senti minhas bochechas, que estavam erguidas devido ao meu sorriso olhando para ele, retornarem a forma original, fazendo minha expressão mudar.
– O que foi, pequena? – perguntou, percebendo que algo me incomodava.
Ele me levou até o gramado perto do refeitório, onde geralmente passávamos o recreio com nossos outros amigos. Sentou-se no chão e fez sinal para que eu sentasse entre suas pernas e assim eu fiz, apoiando a cabeça no peitoral de . Ele começou a fazer carinho, de leve, em meu cabelo.
– Vai me dizer o que está acontecendo, ? – Perguntou novamente. Eu me ajeitei em seu colo e respondi olhando para qualquer ponto do pátio.
, o que vai acontecer depois da formatura? Digo, você e os garotos querem levar mais a sério a banda e provavelmente vão se dar bem nisso, eu vou fazer faculdade, ficar por aqui, ao contrário de você. , é inevitável, eu não consigo parar de pensar que num futuro próximo nós vamos nos separar. Eu não quero isso, você é o meu melhor amigo e eu quero você por perto, pra sempre. – Disse sentindo meus olhos arderem e consequentemente, logo em seguida, lágrimas silenciosas rolarem soltas pelo meu rosto.
puxou meus braços, fazendo com que eu me virasse, ficando a sua frente, olhando em seus olhos .
, coloque uma coisa em sua mente: nós não vamos nos separar, ouviu? O que seria de mim sem os teus apelidos infames, seu jeito ignorante e revoltado, sem a sua amizade, pequena? Eu te respondo... Eu não seria nada sem minha rebelde sem causa preferida, ouviu? – Não pude resistir, um sorriso tímido brotou em meus lábios, ele abraçou-me forte, aquele abraço que só ele conseguia dar. – Eu preciso de você, pequena – disse em meu ouvido e mordeu minha bochecha de forma carinhosa, deu uma risadinha e me olhou com sua típica cara de menino de 10 anos que acabou de colocar uma bexiga de pum na cadeira da professora de matemática.
– Eu te amo tanto, . – Eu sorri, abraçando-o novamente.
– Eu te amo tanto, . – Respondeu pra mim, logo em seguida os outros três garotos chegaram rindo de alguma besteira e ficamos lá até o sinal tocar.

Flashback Ends.

Em segundos o breu voltou, novamente, tudo começava a escurecer e as imagens desapareceram de repente. Sinceramente? Eu nunca acreditei nessas coisas de que quando você morre, toda a sua vida passa diante de seus olhos. No meu caso, não era toda a minha vida, eram apenas os melhores momentos. Eu só via uma escuridão, mas de alguma forma, não me pergunte como, eu sabia que alguma outra imagem viria à tona, como a última de segundos atrás. Segundos depois eu estava em um corredor branco, várias pessoas passando por mim e no fim deste corredor dois jovens. Não preciso nem dizer que neste momento tinha certeza de quem eram os jovens, certo? e eu, novamente. Aproximei-me do local onde estavam e fiquei recordando aquele momento que, definitivamente, mudou o rumo dos meus sentimentos por .

POV Ends.

[Coloquem All For You – Goodnight Nurse para carregar e soltem quando eu pedir!]

POV.

Pode soar muito clichê ou gay pra você, mas no momento em que me comunicaram que eu estava perdendo , eu senti meu coração quebrando e foi como se enfiassem mil e uma facas em meu peito, se bem que as facas doeriam bem menos do que vê-la deitada naquela cama de hospital, indo embora da minha vida. Corri para o lado dela, gritando seu nome, pedindo, implorando para ela voltar para mim. Eu queria que ela abrisse os olhos ali, naquele momento, me abraçasse, me beijasse, eu queria ouvi-la dizer meu nome! Eu queria desesperadamente ouvir sua voz, doce, dizendo que me ama e que precisa de mim. De repente, médicos e enfermeiros apareceram e uma delas pediu para que eu me retirasse, eu fui para a sala de espera, sentei-me em uma das poltronas e desabei em um choro alto, xingando-me mentalmente por ter colocado ela naquele estado. Idiota ! Idiota! Mil vezes idiota! Olhei para o corredor branco que se estendia por todo o hospital e involuntariamente, comecei a chorar mais. mudou completamente o que eu sentia por ela, aqui, nesse hospital, naquele corredor.

Flashback.

Eu estava sentado chorando feito uma criança, mas um choro silencioso até que ouvi alguém se aproximando de mim e, logo em seguida, dois braços envolvendo meu corpo em um abraço forte, que me passava segurança. Nem precisei levantar meu olhar, era , eu tinha certeza disso. O cheiro inconfundível, o conforto único em seus braços. Eu não disse nada, por longos 5 minutos, e ela também não. O caso era que, meu pai, há um mês aproximadamente, havia deixado minha mãe e sumido; dias antes disso, minha mãe estava estranha e, bom, depois que meu pai a deixou ela me chamou para conversar e contou-me o que estava acontecendo: ela estava com câncer e disse que tinha pouco tempo de vida. E assim aconteceu, bastou um mês para que minha mãe passasse mal e ficasse internada. Nessa manhã eu recebi uma ligação do hospital dizendo que ela havia falecido, corri para cá e, não sei como, soube. Eu me sentia sozinho, não tinha mais ninguém comigo e parecia que, como alguém que lê pensamentos, ela leu os meus.
– Sh, eu estou aqui. Calma, meu anjo. Eu estou com você e não vou te deixar nunca. – disse baixo, em meu ouvido. Senti uma coisa estranha acontecendo dentro de mim, e olha que eu não tinha comido nada diferente naquele dia! Era como se tivesse alguma coisa pulando, dançando, brincando no meu estômago. Pô, desde quando meu estômago virou um pub? Eu senti outras coisas também, arrepios, choques percorrendo meu corpo e uma vontade imensa de beijá-la. E foi o que eu fiz. Levantei meu olhar até o rosto perfeito e delicado de , que tinha uma expressão preocupada, mas ao mesmo tempo, tão terna, tão... Uau! Coloquei minhas mãos no rosto dela e sem pressa juntei meus lábios com os seus. Ela retribuiu e o beijo foi calmo; mil coisas passavam pela minha mente e acredito que na dela também. Você pode achar que é um pouco precipitado, mas a única coisa que eu fiz, assim que ela rompeu o beijo e me abraçou, foi dizer:
– Eu acho que agora, pra mim, você deixou de ser apenas melhor amiga. – Ela sorriu e me beijou novamente e, depois disso, nem preciso dizer que começamos a namorar, certo?

Flashback Ends.

2#

Por que, ? Diga-me, por quê? Você prometeu que não me deixaria, lembra? É incrível como a nossa vida dá voltas, não é mesmo? Veja só: em um dia eu e ela estamos jantando e eu a peço em casamento, no outro dia nós brigamos, uma notícia no jornal faz com que ela surte e ela vem pro hospital. Tudo culpa minha, tudo, tudo, tudo! Como pude ser tão estúpido e fingir um acidente? Como eu tive a capacidade de fazer com que todos pensassem que eu havia morrido? Isso deve estar meio confuso pra vocês, não é? Bem, eu vou explicar...
Pedi em casamento há cinco dias e ela aceitou, claro. Nós nos amamos, isso é um fato, fomos feitos um para o outro e que atire a primeira pedra quem pensa o contrário. Bom, posso atirá-la agora? É, é exatamente isso. Foi por pensar essa merda que ela está aí hoje, nessa cama de hospital, com a vida por um fio. Os batimentos cardíacos dela estão diminuindo a cada minuto e eu sou o único culpado se ela morrer. NÃO, NÃO! ELA NÃO VAI MORRER! Como eu disse, ela me prometeu que não me deixaria, não é mesmo? É nisso que eu acredito agora.
Eu e ela sempre nos demos bem, nossos amigos têm inveja do nosso amor, sabe? Sempre, no nosso relacionamento, confiamos muito um no outro, além é claro da sinceridade e todas essas coisas que um casal precisa ter pra conseguir ter uma relação.
Eu cheguei à casa dela, dias atrás, para deixar um buquê de rosas vermelhas que ela adora, e vi conversando com o ex-namorado dela e na boa, eu fiquei puto da vida! Eu a chamei para jantar, passarmos um tempo juntos e ela disse que ia estar ocupada fazendo trabalho da faculdade, chego a casa dela e ela tá lá com o ‘amiguinho’ perfeitinho dela! Nem preciso dizer que sai batendo a porta e gritando que ela não passava de uma mentirosa e que ficasse de mela-mela com o ex, certo? Ela disse alguma coisa, mas eu estava nervoso demais pra prestar atenção. Sai com o carro em alta velocidade e a única coisa que eu pensava era o quanto eu queria sumir, perder contato com o mundo e a primeira, e pior, ideia que eu tive naquele momento foi dirigir o carro até a ribanceira mais próxima, saltar do carro e ver meu lindo Audi prata 0km e novinho se espatifando morro a baixo.
Mal sabia eu que aquele seria o meu menor problema nos dias seguintes.
Eu corri para o bosque que há perto da cidade e, lá, havia uma casinha que geralmente eu e meu pai ficávamos quando íamos caçar quando eu era pequeno. Lá tinha comida e tudo que eu precisava pra sumir pelo menos por três dias e também não pegava celular, ÓTIMO! Era tudo o que eu precisava, eu pensava orgulhoso de mim mesmo pelo meu feito. Fui dormir e no dia seguinte, ao acordar, fui ver um pouco de TV e fui surpreendido pela seguinte noticia:

, integrante da banda McFLY, morre em grave acidente de carro.”
Preciso dizer que eu enlouqueci? As coisas haviam passado dos limites, isso era um fato. A raiva de já havia passado e eu não estava mais nem aí pra briga de ontem, era sempre assim, afinal, o nosso amor sempre superou qualquer briguinha besta. Decidi que estava na hora de voltar pra casa e desmentir aquela porra de notícia e, após conseguir uma carona e ouvir perguntas do tipo: “Mas você não morreu?” “Certeza que não é um fantasma?” Cheguei à casa de e foi então que a tia dela me deu a notícia...
entrou em desespero quando viu a notícia nos jornais e saiu desesperada do apartamento até minha casa, julgando ser mentira (e ela não estava errada nisso), e quando chegou lá e viu que era verdade (pelo menos era o que todos pensavam), os caras, meus amigos, tentaram impedir, mas ela se jogou em frente a um carro que estava passando naquele momento e, nem preciso falar que agora, se ela morrer, quem vai se jogar na frente de um carro sou eu, certo?

POV Ends.

POV.

Eu não sei ao certo quanto tempo eu fiquei assim, revendo cenas do meu passado, mas logo após a última cena, um tanto triste para mim já que era a última coisa que eu havia vivido, eu senti uma onda de felicidade, tranquilidade e liberdade tomar conta de meu corpo. Era como se eu pudesse voar. Várias emoções tomaram conta de mim de uma só vez, rapidamente, como se preenchessem cada espaço do meu corpo, proporcionando-me uma sensação maravilhosa que eu nunca havia experimentado, nem quando eu e nos beijamos pela primeira vez, nem quando tivemos nossa primeira vez, nem quando ele me pediu em casamento... Talvez tudo o que eu estivesse sentindo ali, essa liberdade, fosse o sinal de que tinha chegado realmente a hora de deixar esse corpo, certo? Mas não! Eu não queria isso, eu quero voltar para , eu PRECISO, saiba Deus que se o senhor pretende me levar agora, não será fácil! Vou lutar, utilizar todas as minhas forças para ficar, eu preciso do . Por favor, eu imploro, não me leve, deixe-me aqui, deixe-me poder sentir o cheiro e o gosto dele, por favor.
Eu e ele planejamos todo nosso futuro, por quê isso, agora, tinha de estragar tudo? Por quê as coisas têm de ser assim? E em meio a esses pedidos desesperados para voltar à vida, voltar à realidade, que eu vi longe, bem distante de mim, uma pequena luz. Era linda e brilhava com tamanha intensidade, impossível não se perder entre seu brilho... De repente eu estava em um corredor, eu ouvia vozes vindas de todas as direções e as paredes deste corredor eram da seguinte maneira: de cor branca e tinham pequenos quadros que se moviam e a cada passo que eu dava um novo quadro surgia com alguma cena de minha infância, adolescência, juventude e etc; o piso era de vidro e abaixo de mim eu via o céu, em um azul claro que transmitia tranquilidade, repleto de nuvens. De repente comecei a me movimentar rapidamente em direção àquela luz, eu tentava, inutilmente, segurar-me nas paredes, nos quadros, em qualquer coisa que impedisse que eu fosse puxada na direção daquela porta, mas, parecia que ela me sugava para dentro de si e a cada vez que eu me aproximava, o brilho ficava mais e mais e mais intenso o que fez com que eu, pela segunda vez, apagasse.

POV Ends.

[Essa parte pode ficar meio confusa, pois serão narrada ora por ora por , então para facilitar, as partes narrada pela garota vão estar em itálico, ok? Vamos lá!]

Os médicos haviam informado de que houve grande melhora no estado dela, o que aliviou o garoto, não totalmente, mas ele já podia sentir sua amada mais perto. “ vai passar por isso, nós vamos ficar juntos, nos casar, ter filhos, nós vamos viver pra sempre juntos, ela vai voltar...” É o que o garoto pensava naquele momento, fazendo com que um pequeno sorriso brotasse em seus lábios.
! – , e , amigas do casal, haviam chegado naquele momento, acompanhadas de , e .
Após cumprimentarem-se, todos se sentaram e ele explicou tudo sobre o estado de saúde de . O garoto avisou que iria ficar no quarto, para o caso dela acordar e assim ele fez. Entrou no local, sentou-se em uma cadeira que se localizava ao lado da cama onde ela encontrava-se e ficou acariciando as mãos da garota. [Coloquem a música para tocar agora! E, por favor, acompanhem a letra da música para dar o tempo certo e tals].

Eu olhava cada parte do rosto de , como se eu pudesse fotografar cada traço com os olhos, observava atentamente sua expressão delicada e perfeita para mim, e sua respiração calma. Ela parecia estar sonhando, parecia estar apenas dormindo. Levantei-me devagar e uni nossos lábios, em um selinho demorado, apertei de leve sua mão e em seguida depositei um beijo ali. Sentei-me novamente e comecei a admirar a minha futura esposa, a mulher que eu amo e, que a cada minuto que passa, tenho mais certeza ainda de que é a pessoa com quem eu desejo passar o resto de minha vida.

Look At Me (Olhe pra mim)
Look At You (Olhe pra você)
Make My Day (Faça meu dia)

I Hope You (Eu espero que)
Think Of Me (Você pense em mim)
When I'm Away (Quando eu estiver longe)

De repente eu despertei e percebi que estava à porta de onde, ainda, uma luz brilhava, mas agora eu podia ouvir gritos, vozes, inclusive alguém me chamando. Coloquei uma de minhas mãos na maçaneta e a girei, a porta se abriu, os gritos e vozes cessaram, e olhando para mim estava meu avô, sorrindo de uma maneira doce, com as duas mãos estendidas para que eu as segurasse. Dei um passo para trás e de repente, vi-me caindo, desesperada; comecei a gritar e vi, abaixo de mim, nuvens em um céu de uma tarde de primavera. Quando finalmente senti que estava no chão em terra firme (ou não) vi novamente meu avô sorrindo da mesma maneira e com as mãos estendidas, ele abria e fechava a boca, como se quisesse dizer algo, mas as palavras não saíam, foi então que me estiquei e segurei em suas mãos....

My Day Shines (Meu dia brilha)
Thoughts Of You (Com lembranças de você)
Brightly Glow (Brilha incandescente)

Take Me Out (Me tire daqui)
Drunk On You (Estou bêbado de você)
Take Me Home (Me leve para casa)

Encostei minha cabeça na poltrona, ainda segurando a mão de dela, e fechei meus olhos. Dei um longo suspiro, pensando em quanto tempo minha garota ficaria presa àqueles fios e desacordada. Suspirei novamente, um suspiro de esperança, eu sabia, de alguma forma, que ela voltaria pra mim novamente, era como se ela me dissesse isso, me sentia ligado a ela. Passei de leve o dedão em seu pulso onde havia uma pequena tatuagem. “Wake Up” era o que estava escrito em seu pulso e o que eu desejava desesperadamente que acontecesse... Acorde , acorde por favor, acorde pra mim!
Como se ela pudesse me ouvir, começou a tremer na cama e seus batimentos cardíacos ficavam cada vez mais rápidos, uma onda de desespero tomou meu corpo, inclinei-me pra cima de dela e gritei desesperadamente por ajuda, por um médico, por alguém. O tempo pareceu parar pra mim e eu sentia uma fraqueza, eu estava perdendo , perdendo a mulher que eu amo...
PORRA ALGUÉM FAÇA ALGUMA COISA! De repente enfermeiros e o médico estavam no local pedindo para que eu me afastasse, encostei-me na parece e comecei a chorar desesperadamente, me sentindo inutil e um perfeito idiota por ser o motivo daquilo tudo e do nada o barulho do medidor de pulsação cardíaca parou.
“PIIIIIIIIIIIIIIIIII...” Foi o barulho que fez meu mundo cair e o anúncio de que me deixara, sozinho, fraco, sentindo-me como se arrancassem-me o coração e, pensando bem, foi isso mesmo que havia acontecido, o médico retirou-se, ficando apenas eu e uma enfermeira, pude ouvir as palavras do médico fora do quarto: “Estão com a paciente deste quarto?” Uma pausa. “Infelizmente ela não sobreviveu.”, e tudo o que ouvi foi o choro das garotas e um vazio imenso tomando conta de mim. Acabou? Ok, que se foda agora, não estou nem aí pra minha vida. Sem a ela, eu não quero viver.

And It's All (E é tudo)
And It's All For You (E é tudo para você)
And It's All (E é tudo)
And It's All For You (E é tudo para você)

– Tudo, dou minha vida para você, ! – Sussurrei em seu ouvido, arrepiando-me ao tocar sua pele que estava levemente gelada. Mas eu não vou deixar isso assim, ela prometeu não me deixar e por minha culpa ela não pode cumprir isso, então agora, eu vou consertar o erro e vou até ela.

3#

[Coloquem Far Away – Nickelback para carregar e soltem quando eu pedir!]

Eu estava novamente em um corredor, porém, não havia imagens da minha vida se movimentando e a sala era preta, o que me deixava com um certo medo. Andei um pouco mais e vi em minha frente uma pequena porta branca. Com um pouco de receio abri a porta me deparando com areia, muita areia, pássaros voando, um pôr-do-sol maravilhoso, várias pessoas caminhando e conversando, um pequeno lago de água cristalina, pisei naquela areia fofa e só então percebi que estava com um vestido branco que esvoaçava com o vento, meus cabelos estavam soltos e eu sentia eles se moverem com a brisa suave que havia naquele momento.
Um garotinho de, no máximo, 10 anos, parou em minha frente e ficou me encarando com os olhinhos brilhantes que transmitiam um certo conforto.
– Você chegou agora? – ele perguntou com aquela doce, calma e sincera, que só as crianças possuem.
– Acredito que sim – dei uma risada de leve e me agachei ficando na altura dele.
– Quer caminhar comigo? – ele sorriu sapeca e me encarou novamente com aqueles olhos .
– Claro, vamos sim – sorri e ele pegou em minha mão direita me levando para uma direção qualquer. – Então, como você se chama? – perguntei, puxando assunto.
– Mark, eu me chamo Mark – ele chutava algumas pedrinhas que havia ali.
– Mark é um lindo nome, sabia? – sorri, sincera.

Sai desesperado do quarto do hospital, eu não queria de forma alguma continuar vendo o corpo de ali, deitado naquela cama, sem vida. Passei pela sala onde os dudes estavam, assim como as meninas, eles gritaram alguma coisa, mas eu nem quis prestar atenção. Nada mais me importava agora, veja bem: perdi minha mãe, meu pai é um canalha que fugiu de casa e trocou minha mãe por uma vagabunda qualquer e minha namorada futura esposa e mãe dos meus filhos... Morreu! Vida boa a minha, né? Sim, eu estou sendo irônico.
Depois de quase dar um soco na cara de cada repórter filho da puta que estava na frente daquele hospital, eu consegui chegar no meu velho Porsche preto. Entrei, coloquei o cinto de segurança e olhei para o banco ao lado do meu, o banco que ocupou na nossa viagem para a França, quando eu a pedi em namoro, o banco em que ela sentou na nossa viagem para Amsterdã, quando eu a pedi em casamento, o banco que ela sempre ocupou.
"PORRA VOCÊ É UM MERDA ! UM MERDA QUALQUER! UM BICHA ORGULHOSO QUE NÃO TEM CAPACIDADE NEM DE SENTAR NO SOFÁ DO APARTAMENTO DA NAMORADA E ENTENDER QUE ELA NÃO TAVA FAZENDO PORRA NENHUMA, COM BOSTA NENHUM DE CARA! Você, , é o tipo de cara que não merece viver, é isso aí!" Em meio a esses pensamentos eu liguei o carro e dirigi pra um lugar qualquer, só precisava de um local calmo onde demorassem anos pra me encontrar, dessa vez eu não jogaria meu carro de um penhasco. Eu poderia simplesmente voltar pro meu apartamento, pegar a primeira faca e cortar meus pulsos, mas não! Eu não sofreria quase nada... Eu merecia sofrer pelo que fiz com a ! Eu merecia morrer da pior forma que existe! Ficar vivo, lembrando dela a cada dia seria uma tortura maior do que morrer, isso é verdade, mas eu não queria mesmo ficar nesse mundo. Eu sempre me perguntei se existia vida após a morte e é agora que eu vou descobrir.

– Minha vovó disse isso também, ela disse também que minha mãe adorava o meu nome, queria muito ter visto minha mamãe. – Aquilo o incomodava e não sabia se deveria prosseguir com aquele assunto. – Eu cheguei aqui a algum tempo. Vovó chegou logo depois e contou que eu morri e salvei minha mamãe, eu não entendi direito, mas preferi nem saber, se minha mamãe está bem, então está tudo certo. Minha vovó disse que logo eu vou embora de novo, nenhum de nós fica muito tempo aqui, voltamos a ser o que éramos... Gente de verdade, sabe?
– Ele sorriu meigo pra mim, certeza que esse garotinho tem só 10 anos? Só então eu parei para pensar em como Mark era lindo! Não, eu não sou pedófila, sou apenas uma mulher apaixonada por crianças. Mark tinha um rosto tão familiar, porém, não sei ao certo de quem. Ele tinha o cabelo e olhos . Muito parecido com ... ! Eu deixei ! Não! Eu tenho que voltar!
– Mark, como eu posso voltar? – soltei a mão dele e fiquei encarando-o.
– Nenhum de nós pode, pelo menos foi o que me explicaram. – Ele pareceu pensar por um momento. Então saí correndo em direção à porta branca.
– Hey! Hey! Hey! – senti que alguém vinha correndo atrás de mim. Virei-me e vi Mark correndo em minha direção.
– O que houve? – perguntei parando e recuperando o fôlego.
– Eu não sei seu nome e eu não quero que você vá. – Juro que vi uma pequena lágrima escorrer teimosamente no canto esquerdo de sua bochecha.
e eu preciso muito ir, Mark – abaixei-me e abracei o garotinho, quando me soltei dele percebi que ele me olhava bobo. – Uma pessoa que eu amo muito está esperando por mim e eu prometi que não o deixaria.
– A gente vai se ver ainda – ele sorriu pra mim e virou-se, indo embora.
Sorri, mesmo um pouco assustada. Não, ele não podia ter só 10 anos. Sorri novamente, com esse pensamento, virei-me, encarei a maçaneta da porta por alguns segundos e em seguida abri a porta e senti ar entrando em meus pulmões, só então eu percebi que não estava respirando dentro daquela porta, o que estava acontecendo aqui, afinal? A cada momento nesse lugar eu me surpreendia mais e mais.

Depois de dirigir alguns quilômetros mata adentro, cheguei à clareira onde e eu tivemos a nossa primeira vez. Era um fim de semana ensolarado e os caras decidiram acampar, chamaram as namoradas e, bom, ela e eu estávamos namorando já; nos distanciamos do pessoal e bom, imaginem o que aconteceu. Eu já a amava, já sentia que era com ela que eu queria passar o resto de minha vida, como eu disse lá em cima: "A mãe dos meus filhos e esposa." E agora eu estou aqui, olhando a lua cheia que parece não iluminar tanto como nos outros dias que eu a vejo. As estrelas não parecem brilhar com tanta intensidade sob a escuridão do céu, como quando eu olho para elas com ao meu lado. Pode achar que isso tudo que eu disse está sendo extremamente gay, homossexual, viado e o caralho a quatro, mas foi ela que me deixou assim.
Ah, na real, vocês acham que eu não sou um namorado carinhoso? Qual é, eu sou daqueles antigos, falou? Com direito a falar primeiro com os pais antes de pedir a mão da namorada em casamento, de fazer jantar em casa para minha noiva conhecer a família do noivo, de levar a namorada na praia à noite para senti-la mais perto, planejar viagens sem que ela saiba para comemorar momentos especiais, entre muitas outras coisas. Eu sou feio, mas por dentro, sou gostoso, bonito e charmoso pra caralho, beleza? A sempre batia em mim quando eu dizia isso, eu nunca pensei que diria isso, mas como eu queria um beliscão dela, um tapa na cara ou um soquinho no braço... E pensando em tudo isso eu cheguei a um ponto mais gay ainda, senti meus olhos queimarem e ficarem embaçados, logo em seguida, de repente, lágrimas tomaram conta do meu rosto e molhavam minhas bochechas e, bom, molhavam o rosto inteiro pra falar a verdade.
Então meu celular tocou, maldita a hora em que eu me esqueci de desligá-lo. Era um dos caras, resolvi atender, não queria ninguém mais se matando por minha causa, eu sei que isso não ia acontecer mas, por via das dúvidas...
– Alô – respondi sem nenhum ânimo na voz.
! Dude! Tu tá vivo! – senti um alívio na voz de .
– Não, no inferno tem torre de celular. – Irônico, eu?
– Dude, sem ironias ou sarcasmo, falou? A acordou e...
Bom, eu não sei e nem faço questão de saber o que ele disse depois das palavras “A acordou”, enfiei o celular no bolso da jaqueta e corri pro carro, acelerei o máximo que pude e corri de volta pro hospital.
Ela tinha voltado, eu sabia que ela não ia me deixar. E lá estava eu, dirigindo mata adentro de volta ao hospital, sem nenhum arranhão. É... Pra quem saiu de lá querendo ir pro apartamento cortar os pulsos, até que eu estou bem, né?

Após ficar parada por alguns segundos, com os olhos fechados só sentindo ar entrar e sair pelo meu nariz, eu resolvi abrir os olhos, torcendo para encontrar as paredes brancas do hospital, aparelhos a minha volta e ao lado da cama, o amor da minha vida, cochilando em uma cadeira desconfortável e segurando uma de minhas mãos. Infelizmente, não foi isso que eu encontrei.

Cheguei ao hospital, desci correndo e empurrando todos os repórteres que insistiam em atrasar minha caminhada até o encontro de . Mas dessa vez eu não tive vontade de socar a cara de cada um deles, eu só sentia alegria, uma felicidade imensa tomando meu corpo, para a cena ficar mais gay só precisava de um arco-íris ao fundo, flores e coelhinhos correndo atrás de mim.
Certo... Deixe eu me concentrar e continuar contando o que aconteceu para vocês, porque é o melhor que eu faço agora. Depois de muitos fotógrafos, repórteres e flash, eu entrei no hospital com um sorriso que com certeza estava maior, muito maior que meu rosto. Eu precisava de um buquê de flores agora para entregar à , eu não podia chegar de mãos abanando... Ah, que se dane! Depois de três dias em coma, sem comer nada eu acho que ela vai querer é outra coisa que o horário não vai me permitir falar e nem o local vai me permitir fazer.


4#

[Relembrando. Deixem Far Away – Nickelback carregando e soltem quando eu pedir, ok?]

POV.

Vamos rever meu texto. É, eu to tentando decorar o que vou falar pra , em míseros minutos. Dude, eu fiquei sem ver minha garota por quase uma semana! Eu preciso de algumas palavras bonitas para ela, é o mínimo que eu posso fazer. E eu só não cheguei lá ainda porque to aqui na entrada do hospital esperando o filho da mãe do entregador de flores, pra comprar as rosas que a tanto gosta. O quê? Vai falar que vocês pensaram mesmo que eu ia entrar lá de mãos abanando? Isso nunca! Minha mulher merece o melhor. Pronto, ele chegou e... caralho, nunca vi rosas vermelhas tão lindas assim. Ela com certeza vai gostar, aí eu falo pra ela que a amo mais que tudo nessa vida - o que é um fato - a gente se beija, eu entrego o colar de prata que eu comprei pra ela e meu coração volta pro devido lugar dele. Puta que pariu! O colar. Ah, que se dane, depois eu entrego. Tô indo, tchau.

POV Ends.

POV.

Ao abrir os olhos me deparei com uma escada. Exatamente, uma escada de pedras que parecia não ter fim. A porta que antes estava aberta atrás de mim, agora havia desaparecido e eu só via o céu totalmente escuro, nublado, e sentia uma brisa gelada tocando meu corpo delicadamente. Meu vestido branco parecia mais comprido do que quando estava na praia. Agora ele tocava as pedras que compunham a grande escada e só então percebi um pequeno buquê de rosas vermelhas ao meu lado. Abaixei-me, peguei o lindo buquê e senti o adorável cheiro daquelas rosas. Ergui minha cabeça, fechei os olhos e respirei fundo, me preparando para descer o primeiro degrau daquela longa escada. Não estaria mentindo se dissesse que estava com certo receio de descer e nenhum pouco certa se eu chegaria ao fim da escadaria, afinal, aqui, quando você menos imagina, as coisas mudam de forma e o cenário se torna outro, completamente diferente. Mas, para voltar à vida e ter meu novamente, eu enfrentaria tudo o que eu visse pela frente, eu conseguiria pelo menos vê-lo, sentir seu olhar brilhante sobre mim, tê-lo de novo, mais uma vez.

POV Ends.

POV.

Cheguei à sala de visitas e vi os três casais com olhares preocupados que se aliviaram assim que me viram.
- Dude, quer matar a gente? – foi o primeiro a abrir a boca. Eu realmente não estava nenhum pouco a fim de conversar com eles naquele momento, só queria ver a minha garota, a minha .
- Não, eu quero ME matar. Algum de vocês já falou com a ? Cadê ela? Como ela tá? – Todos abaixaram os olhos encarando o chão, como se tivesse alguma coisa muito importante lá. Sim, estou sendo irônico. – Vão à merda vocês também. – E entrei no quarto esperando encontrar minha garota acordada, mas...
- Eu ia te avisar pelo celular, mas você... – ia dizendo quando eu pulei em cima dele, agarrando o colarinho de sua camisa, erguendo-o com toda a força que eu tinha no momento.
- CADE A ? POR QUE A CAMA TÁ VAZIA? REPONDE PORRA! – Eu sentia minhas bochechas arderem, meu nariz formigava e minha visão ficava embaçada.
- DUDE, PÁRA! – tentava me fazer soltar ele, mas eu só conseguia cerrar meus pulsos e sentia uma vontade enorme de socá-los na cara dele. Então senti alguém tocar meu ombro esquerdo.
- , solta o , ele não tem culpa. Ninguém tem. – A voz de me fez relaxar e soltar . Já comentei com vocês que ela era a pessoa que eu mais confiava? Tirando a , claro. Vi sair do quarto, provavelmente nervoso comigo. foi atrás dele e os outros me olhavam assustados, menos , que me olhou passando confiança e me abraçou forte, fazendo com que as lágrimas que estavam presas, saíssem todas, molhando a blusa dela.
- Ela sempre me chamava de , . A ... – Minha voz saiu como um sussurro, engasgada pelo choro.
- A gente tá aqui com você, e ela vai voltar – sorriu pra mim. – Acalme-se. Vou ver o – Então ela se virou e saiu pela porta, veio ao meu encontro juntamente de , e saiu do quarto.
- ... – começou a falar.
- Senta aí. – me apontou ama cadeira ao lado da janela e encostou-se na cama. sentou-se em uma cadeira ao meu lado.
- Cadê ela, ?
- Os médicos resolveram levar ela para a UTI – Ele disse.
- Como assim? – Perguntei me levantando e ameaçando ir até a porta.
- Não sai ainda, . – disse e eu me sentei novamente.
- Dude, a tá mal, você sabe. Depois que você saiu daqui, os médicos tentaram de todos os jeitos ressuscitar ela, mas, dude, eles não conseguiam. Aí desistiram e já iam mandar ela pro necrotério e tudo – A voz de estava trêmula, todos nós estávamos sofrendo com a falta de , era um fato. - Os legistas chegaram aqui no quarto para levá-la, mas ela disse seu nome, . Ela disse seu nome em um tom assustado e ela não estava respirando! – Eu só ouvia tudo o que dizia e depois de soltar um suspiro pesado, ela continuou. – Os médicos chegaram aqui e ela sorriu ! Sorriu! – E agora era a minha vez de sorrir. Era um sorriso de canto, não era forçado e muito menos um sorriso triste... estava feliz, pelo menos é o que a gente sente quando sorri: Felicidade. Se ela estava bem, eu também ficaria. Mas ainda acredito que não continuaria vivendo sem ela do meu lado, não por muito tempo. Olhei para e ela também sorria um sorriso meigo.
- Foi aí que eu e os dudes entramos no quarto também e em questão de minutos, no máximo 5 minutos, ela respirou. Mas os batimentos ainda estavam muito fracos e a respiração dela estava descompassada. Embaixo dos pés dela, tinham grãos de areia, dude. Eram poucos, mas tinha! Eu me defequei quando vi aquilo. – Foi aí que levantou a cabeça, olhando pra mim e sorrindo no melhor estilo: “Eu vi os Teletubbies matando o Michael Jackson!” [N/a.: Que bosta foi essa? HAOAUHAOH Pra quem não entendeu, era um sorriso assustado. Existe isso? -q]
- E agora ela tá onde?
- UTI.
- Por quê?
- Eles querem registrar tudo o que acontece com ela, de minuto em minuto. Ninguém entra lá a não ser os médicos. – disse e eu me levantei, indo em direção à porta.
- Aonde vai? – perguntou.
- Buscar uma chance, pra uma última dança – Respondi lembrando-me de uma música que eu e ouvimos na ultima vez que estávamos juntos e tive certeza que ficara com cara de interrogação, assim que ouvi dizendo: “Ele só vai pensar, amor.” Ao sair do quarto, me deparei com fazendo carinho em , que tinha o olhar perdido em algum lugar que eu não sei onde era e abraçado à , os dois me encaravam. Acho que esperavam que eu saísse fazendo o maior regaço no hospital pra poder entrar na UTI, pegar o corpo de e fugir para a Antártida. Andei até e ele voltou seu olhar até mim. Troca de olhares? Hum, que gay. Foco, ! Foco.
- Desculpa, dude. – Foi só o que saiu da minha boca e olha que para um cara orgulhoso como eu, isso é muito, falou? Eu estendi minha mão direita para ele e depois de olhar para minha mão com muito interesse, como se ela fosse a bunda da namorada dele, ele levantou e me puxou pra um abraço.
- Relaxa, cara. Você tem seus motivos. Só não acostuma, bitch – Ele riu, assim como eu. Sentia que as coisas iam melhorar, não sei como, mas eu sentia. Despedi-me deles e saí. Precisava pensar e eu sabia de um bom lugar para isso.

POV Ends.

POV.

Desci um degrau, com os olhos fechados, temendo o que poderia acontecer e o que eu menos esperava aconteceu: Nada. Exato, nada aconteceu, então continuei a descer aqueles degraus devagar. Ainda receosa e com cuidado para não tropeçar no longo vestido, ergui com uma de minhas mãos livres, afinal a outra segurava o buquê de rosas, a ponta esquerda do vestido, erguendo-o um pouco. A escada parecia não terminar e eu já estava descendo os degraus há algum tempo, até que então, eu pude ver que a escada não tinha saída. Cheguei ao último degrau (ou primeiro, dependendo de onde começar) e tudo o que eu vi foi um lago. A água era cristalina e nela estava refletido o céu nublado, repleto de nuvens escuras e refletia também, minha imagem. Eu estava com uma aparência cansada e... Era o reflexo que estava fraco ou a minha imagem estava, digamos que, transparente? Eu conseguia ver, através de mim o topo da escada, o céu e... Asas? Olhei sobre meu ombro e pude ver penas. Então era isso? Eu estava morta? Havia deixado e, conseqüentemente, deixado de cumprir a promessa que havia feito a ele. “Calma, meu anjo. Eu estou com você e não vou te deixar nunca.” E o que eu havia feito? Deixado ele. E vejam só! Que ironia, não? “Calma, meu anjo” Acho que agora, eu sou o anjo dele.
Talvez fosse melhor assim, sabe? Quem sabe a vida de não melhore a partir de agora... Sem mim. Querem saber o que eu estou sentindo? Pois bem, aí é que está. Nem eu mesma sei dizer ao certo. Bom, agora começou a chover. As gotas de chuva se misturavam com a água do lago e minhas lágrimas não demoraram a se juntar. Sempre quando pequena, antes de dormir, eu me deitava ao lado de minha mãe e pedia para ela me contar como conheceu meu pai. Eu adorava ouvir a história dos dois, adorava ainda mais ver o brilho nos olhos dela ao contar sobre o momento em que meu pai a pediu em casamento. A partir do dia em que ouvi a história deles dois, não conseguia pensar em outro futuro a não ser o mesmo do dela: Casar, ter dois filhos, um menino e uma menina, e ao chegar do trabalho sentir o peso de minha filha pulando em meus braços e pedindo para deitar-me com ela em sua cama, para contar a história de amor que uniu seus pais ou até mesmo, uma simples história de ninar. Filhos. O que eu mais quis em toda minha vida e agora eu penso: Quais dos meus sonhos eu realizei? Bom, encontrei o homem da minha vida, estava terminando o colegial, prestaria vestibular e iria para uma universidade, onde começaria meu curso de arquitetura e urbanismo. me pediu em casamento antes de tudo isso acontecer, então meu sonho de casar não estava tão longe assim de acontecer. Como será que estaria? Será que ele está sentindo minha falta? E os garotos, como será que estão? E as meninas? Elas eu tenho certeza que não estão muito bem. E um pequeno barulho me fez acordar de todos estes pensamentos e só então reparei que havia ficado em transe por muito tempo.

POV Ends.

POV.

Desliguei o carro, abaixei o vidro e pude sentir a brisa fria bater em meu rosto e entrar por meus pulmões logo depois de um suspiro meu. Um arrepio percorreu meu corpo todo e uma sensação estranha tomou conta de mim. Resolvi abrir a porta do carro e caminhar um pouco pela areia branca da praia, mas antes tirei meu celular do bolso e coloquei no modo silencioso. Eu não queria ser atrapalhado por ninguém agora, só precisava de um tempo só meu, para pensar em tudo o que vinha acontecendo nesses últimos dias. Saí do carro, apertando meu casaco mais forte contra meu corpo e ri, afinal, essa é uma coisa que eu não faço com muita freqüência. Sempre era a que apertava seu casaco contra o corpo dessa forma! Como eu amava aquela garota. Uma vez me disseram que sofrer era uma coisa inútil, pois nada é pra sempre, mas o caso é que, havia uma exceção, na verdade, havia DUAS exceções: Eu e . Continuei caminhando na areia macia, até as rochas onde as ondas do mar se chocam, sob o céu estrelado. Nossa, que frase gay! Era só o que faltava, a namorada no hospital em coma enquanto você vira um feliz, lindo (E MODESTO!) gay saltitando igual um veadinho por aí. Argh! Como eu sou idiota. Foco, ! Foco. Mas, como manter o foco se em toda frase que eu digo aqui, tem alguma mania da .
Esse “Foco, . Foco!” era ela que dizia e eu, particularmente, odiava. sempre foi cheia dessas frescuras de falar palavras desconhecidas, dude. Desde “Nossa, assim você me mata” quando passava algum cara que ela denominava como “Uma delilycinha” até alguma coisa do tipo “EU SÓ POSSO TER DANÇADO É O TCHAN! NA SANTA CEIA PRA MERECER ISSO!” quando algo dava errado. Eu sempre achei que essas “gírias” dela iam acabar um dia, mas eu sinto muita falta de ouvi-la falando; na verdade, eu sinto falta de tudo nela. Falta do seu cheiro, da sua risada, do seu toque, do seu abraço, do seu beijo, falta de ver seu rosto vivo, seus olhos e o jeito que ela mordia o lábio inferior dela quando estava entediada. E acho que deu para perceber que eu presto bastante atenção nela, não é? Pois é, eu presto sim.
Cheguei até as rochas e resolvi me deitar ali, tirei minha camiseta ficando com mais frio ainda, a arrumei de qualquer jeito no chão (nas rochas?) e coloquei minha cabeça sobre ela, fechando os olhos, suspirando pesadamente e reabrindo os olhos, observando o céu. Vários pensamentos me perturbavam, o pior deles era se eu teria ou não viva, em meus braços, novamente.

POV Ends.

POV.

- Pensando em quê, minha filha? – A voz de meu avô pode ser ouvida. Minha expressão deveria estar entregando o espanto ao vê-lo ali, novamente, da última vez eu só tinha visto ele estendendo suas mãos para mim, mas agora, ele falava comigo e parecia ser tão... Real. – Oh, me desculpe! Acho que o certo seria: Pensando em quem, minha filha? – Então ele riu. Aquele sorriso que eu não via há anos! O sorriso do homem que eu mais considero. Meu avô estava ali e quando a ficha realmente caiu, minha expressão de espanto se transformou em uma alegre. Acredito que nunca sorri tanto quanto agora!
- Vovô! – Falei um pouco alto demais, pois o eco de minha voz pôde ser ouvido. Fiz menção de ir até ele e lhe dar um abraço apertado, mas ele simplesmente fez um gesto, como se pedisse para eu não fazer o que estava pensando, com outro gesto pediu que eu ficasse em silêncio e logo em seguida apontou para algo parecido como uma fonte [N/a.: É mais ou menos isso ai da foto. MAIS OU MENOS! HAAUHAOUHAO], que eu juro para vocês, não estava lá segundos atrás.
- Eu deveria te dizer várias coisas, explicar-te várias coisas, mas eu não posso infelizmente, o tempo é curto... – Ele disse com sua voz grossa, em meio ao sorriso tímido que eu conhecia muito bem e que há muito eu não via. – E creio que Mark já lhe disse parte do que eu pretendia dizer. – Dessa vez ele gargalhou e eu não pude deixar de fazer o mesmo. Um pequeno silêncio se instalou e então, ele percebeu que eu gostaria que ele continuasse. – Você tem sim uma escolha, . – Ao dizer, ele apontou para o que eu denominei de fonte. Nela havia um tipo de reservatório e nele um líquido que não podia ser denominado de água, na verdade, acredito que não tenha uma denominação própria. [N/a.: Sabem aquela fonte que o Dumbledore (do Harry Potter, pros desinformados! –q) tem na sala dele pra guardar os pensamentos? Poisé, é disso aê que eu to falando! HAOUAHOAUH] O caso é que, nesse liquido havia uma espécie de fumaça.
- Escolha? – Perguntei esperançosa.
- Sim, todos nós temos uma escolha, .
- O senhor teve a sua escolha?
- Tive, e não me arrependo de escolher permanecer aqui.
- E as minhas escolhas seriam...? – Ele fez um gesto circular sobre o estranho líquido e logo em seguida, transformando-o em uma imagem em movimento, dividido em três partes. Na primeira, uma praia e um garoto que certamente era , eu reconheceria aquelas rochas em qualquer lugar do mundo e era lá que ia para pensar. Uma bala por seus pensamentos, , meu amor! Foco, ! FOCO. Haha, ele odiava quando eu dizia isso, que saudades do meu homem. Então, voltando para a fonte que não era fonte com uma água que não era água. [N/a.: Não entendeu? Nem eu! er/] Na segunda parte, que ocupava um espaço maior que as outras, havia nuvens e delas vinha uma luz muito forte e bonita, as nuvens se movimentavam lentamente, acho que todos imaginam o que aconteceria ao escolher essa parte, não é? Pois bem, continuando... Na terceira e última parte, um quarto de hospital com cinco pessoas dentro, quatro delas eu conhecia muito bem, a outra, totalmente de branco, com certeza era uma enfermeira e na frente de todos os cinco, uma garota deitada sobre a cama, coberta com lençóis verdes claro e ligada a vários aparelhos. Fiquei presa alguns muitos minutos na terceira parte, mas meu avô me despertou do transe.
- Voltando para seu amor, , você talvez sofra. Quem sabe, tudo o que você sente não seja realmente o mesmo que ele sinta por você? – Eu abaixei a cabeça, pensando nessa possibilidade. Mas e todos os “eu te amo” mais o pedido de casamento? Porém a confiança, que é o principal (além do amor) em um relacionamento, ele não teve, e a mentira dele? Teria ele fingido morrer só para se livrar de mim? Se isso for verdade, então porque eu ouvi a voz dele no hospital, antes de apagar totalmente?! Realmente, eu teria que pensar muito bem antes de escolher algo. Talvez, por estar falando de , meu amor, meu homem e futuro marido, eu possa arriscar. Eu deva arriscar! Afinal, por amor se faz TUDO. Pelo menos é o que eu penso. – Seus amigos... Eles já mentiram para você, ? Você confia mesmo neles? E o mais importante, eles são amigos de verdade? Estão com você em todas as horas? Eu não vejo todos eles ali. – Vovô apontou para a fonte (que não era exatamente uma fonte), mas especificamente para a terceira parte, onde , , e se encontravam, a enfermeira já havia ido embora.
Claro, brigas acontecem entre amigos, afinal, isso faz parte e fortalece ainda mais uma amizade... Eu colocaria minha mão no fogo por meus amigos, assim como eu faria o mesmo por . Eu daria minha vida por ele e não vivo sem meus amigos, principalmente as meninas... É impressão minha ou meu avô está colocando somente os pontos negativos aqui? – E esse lugar, , é onde você vai encontrar a paz, a calma que eu sei que você sempre procurou. Mas escolhido esse caminho, não tem mais volta. Até agora você estava passando por uma espécie de teste, ou uma “preparação” entenda como quiser. Você passou por coisas que nunca imaginava passar aqui e se escolher esse caminho, sempre será assim, nunca será a mesma coisa de sempre, você pode seguir sempre a mesma estrada, na ida e na vinda, mas essa estrada vai se alterar várias e várias vezes... E o ar? Ele não existirá lá. Você não vai precisar dele e provou o quanto é estranha a sensação da falta de ar em seus pulmões. Seus amigos? Eles se preocuparam com você, ficaram todos esses dias, todos unidos, transmitindo energia para você, , são amigos raros, fiéis, sinceros. E ele... – Vovô apontou para – Oh, que jovem adorável. A mãe dele fala muito bem dele e fica feliz por vocês perceberem que se amam de verdade, acredite, eu sei disso. Você pode se machucar sim ficando com ele, afinal, coisas mudam, finais felizes podem, por uma pequena bobagem, mudar. Ele te ama, e não dizem que o amor supera tudo?
De repente, vovô estava no topo da escada (que agora era visível), sorrindo e prestes a entrar na porta. Sim! Aquela porta pela qual eu cheguei aqui, e antes dele desaparecer virou-se com os olhos brilhando e disse – Além de amá-la, ele tem um bom gosto para flores. – E apontou para o buquê que eu ainda segurava. Levei meus olhos até as rosas vermelhas e em seguida, ao levantar meu olhar ao topo da escada vi que meu avô já havia desaparecido. As escolhas foram dadas e eu não vou deixar de fazer algo para futuramente, me arrepender por não ter feito.

5#

[E de novo, essa parte vai ser narrada ora por ele, ora por você e pra facilitar vai ser a mesma coisa de antes, ok? As partes que VOCÊ narra, vão estar em itálico. Para a música causar mais impacto, siga (leia?) os versos da música que aparecerem, por favor, *-* E podem soltar a música!]

Minha cabeça estava cheia de pensamentos, sentei-me olhando para o mar, repleto de ondas violentas e no céu, poucas estrelas podiam ser vistas e dentre essas poucas, vi uma brilhando intensamente e no mesmo momento me veio à imagem do olhar de . O mesmo brilho intenso, penetrante, forte, maravilhoso. Essa mesma estrela movimentou-se rapidamente, parecia se aproximar de mim.

Who was I to make you wait? (Quem era eu para te fazer esperar)
Just one chance, just one breath (Apenas mais uma chance, apenas mais um suspiro)

Seria uma estrela cadente? sempre fazia um pedido quando via uma... Desejo poder ver o sorriso de minha garota pelo menos mais uma vez. Um tremor percorreu meu corpo e eu levantei me limpando, olhei mais uma vez para o céu e virei. Ou eu estava louco, ou me ouviram.

You know... (Você sabe...)

Não pude evitar que uma lágrima caísse, molhando minha bochecha e embaçando minha visão, sentindo que muitas lágrimas viriam a cair logo em seguida, pressionei meus lábios, um contra o outro, fechei os olhos e sorri, voltando a olhar para ele.
- ... – Disse em um fio de voz, olhando-o.
- ? É... É você mesmo? – Ele perguntou, gaguejando, e eu só balancei a cabeça em sinal de afirmação, sentindo minha visão embaçar mais.
– Eu achei que tinha te perdido, . Você não vai me deixar por mais tempo sozinho, vai? – Então as lágrimas começaram a rolar por seu rosto, misturando-se com as pequenas e fracas gotas da chuva que começavam a cair.

I keep dreaming you'll be with me (Eu continuo sonhando que você estará comigo)
And you'll never go (E você nunca irá embora)
Stop breathing if I don't see you anymore (Paro de respirar se eu não te ver mais)

Lágrimas e mais lágrimas molhavam meu rosto, ela estava ali, a MINHA MULHER estava AQUI. Caminhei rapidamente até ela, sentindo um sorriso bobo surgir em meu rosto e as gotas da chuva molhando o mesmo. Fiquei extremamente perto dela, podendo sentir sua respiração ficar descompassada. Estendi uma de minhas mãos até seu rosto, tocando sua bochecha de leve e, em seguida, seus lábios.

'Cause with you, I'd withstand (Porque com você, eu resistiria)
All of hell to hold your hand (A todo o inferno para segurar sua mão)

Então ele se inclinou até meu rosto, tocou seus lábios macios, e que eu tanto sentia falta, nos meus e sussurrou perto de minha boca: “Eu te amo, meu anjo.” Sorri por dentro, com aquela frase, sentindo logo em seguida, choques percorrerem todo o meu corpo quando minha língua se chocou com a de .

You know (Você sabe...)
That I love you (Que eu te amo)
That I loved you all along (Que eu sempre te amei)

E então eu senti todas aquelas sensações que há dias não sentia, causadas por o que pode parecer um simples beijo. O caso é que, o beijo deixa de ser uma simples troca de saliva, quando é com a pessoa que pode ser denominada como sua “alma gêmea”. Sinceramente? Eu não acreditava nisso, mas passo a mudar de opinião em cada vez que qualquer parte de meu corpo se choca com o de . Se existe alguém que seja minha “alma gêmea” esse alguém, com certeza, é ela.

Senti suas mãos geladas tocarem minha cintura, fazendo com que imediatamente meus músculos se contraíssem e tenho certeza absoluta que não foi pelo fato das mãos dele estarem geladas, mas sim porque era o toque de , meu amor, meu futuro esposo, futuro pai dos meus filhos, meu homem para o resto da vida. A pessoa que eu passo a amar cada dia mais e mais, aquele que recebe toda a atenção dos meus olhares e do meu coração, o homem com jeito de moleque que conseguiu abalar a estrutura de um coração... O meu. “Eu te amo, .” – Disse olhando em seus olhos.

I wanted (Eu queria)
I wanted you to stay (Eu queria que você ficasse)
Cause I needed (Porque eu precisava)
I need to hear you say (Eu preciso ouvir você dizer)

Ao ouvir ela dizer aquilo, sorri e abri meus olhos. estava a, mais ou menos, três passos de mim. Ela sorria delicadamente, me olhando fixamente. Caralho! Ela é rápida demais para se afastar ou eu sonhei que tinha dado uns pegas nela aqui, AGORA? A única coisa que falta é eu estar sonhando e ela não estar aqui, NÃO! Isso não pode, definitivamente, não. Belisquei meu braço tentando verificar se estava ou não sonhando, mas aquilo era real e então senti um alívio enorme, tirando a dor do beliscão.

E de repente eu estava longe de ... Ele beliscou seu braço, provavelmente tentando entender o que estava se passando ali. E rapidamente, senti uma dor no peito, fechando os olhos e tendo uma imagem do meu avô.

So keep breathing (Então continue respirando)
Cause I'm not leaving you anymore (Porque eu não estou te deixando mais)

De repente, tudo se esclareceu para mim... O beijo que não aconteceu, a distância entre mim e , e tudo o mais. Eu não estava ali. Quer dizer, meu corpo não estava, eu era apenas um espírito, uma alma sem um “lar” e para poder fazer com que a ‘visão’ se realizasse, eu deveria encontrar o meu ‘lar’ qu,e no caso, seria meu corpo, certo? E todos nós sabemos muito bem onde ele está.

Hold on to me and, never let me go (Segure-se em mim e nunca me solte)
Hold on to me and, never let me go… (Segure-se em mim e nunca me solte...)

E em meio a tantas perguntas, a tanta confusão, continuei olhando para e a vi mexer os lábios delicadamente, dizendo: “Hospital.” Então eu entendi tudo. A imagem dela foi desaparecendo gradativamente e saí correndo em direção ao carro, em direção ao hospital... A minha pequena estava voltando.



6#

POV.

Cheguei ao hospital em menos de 20 minutos, e olha que ainda tive que passar no meu apartamento pra pegar uma coisa aí e a praia nem era tão perto assim do hospital. Provavelmente alguma multa de trânsito, por ultrapassar a velocidade permitida, chegue em casa semana que vem, mas agora eu digo: “Foda-se!” Se for para ter a perto de mim novamente, vale tudo, tudo mesmo...
Eu faria o possível e o impossível por essa garota, a MINHA menina, futura esposa, eterna namorada, mãe dos meus filhos, enfim, acho que vocês entenderam que ela é meu tudo. E dude, elevadores nunca foram tão demorados assim! Ou é meu lado gay, ansioso por tocar mais uma vez o rosto, as mãos e os lábios da minha namorada, que está deixando tudo mais lento? É, é o meu lado gay que, aliás, vem aparecendo demais nessas ultimas semanas, mas o que eu posso fazer se eu preciso da junto de mim, com todas as forças da minha vida? Beleza, o elevador parou. A porta se abriu e, bom, eu não vi mais nada.

- DUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUDE! – Consegui ouvir a voz abafada de , sentindo logo em seguida algo (bem pesado, diga-se de passagem) em cima de minhas costas, me fazendo cair no chão. QUE MERDA TAVA ACONTECENDO?
- SUA BIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIICHA! – Pela risada escandalosa, era o .
- , SUA PUTA GOSTOSA! – Outch! Outro fdp gay (lê-se: !) em cima de mim, e eu sei que essa frase ficou ambígua.
- Rapazes, vocês estão em um hospital. – Ouvi uma voz ao fundo dizer, deduzi ser uma enfermeira qualquer. Sério que a gente tá num hospital? – Silêncio, por favor. – Ela tentava fazer aquele bando de hienas gays calarem a boca, mas estava complicado. Se ela conseguir os fazer ficarem quietos ganha... Tá, não ganha nada. – DÁ PRA CALAREM A BOCA, POR FAVOR? – Pelo menos ela disse ‘por favor’ e não só mandou a gente (eles) calarem a boca. Os caras ficaram quietos na hora, mas ainda assim, em cima de mim. E a ambiguidade volta a atacar!
- Cara, juro que se o Júnior se machucar, eu mato o mal comido que esta com o joelho no meio das minhas pernas. – Acho que só agora eles perceberam que eu estava ali embaixo AINDA.

Quando estavam todos devidamente sentados, cada em seu sofá ao lado das meninas, perguntei por que toda aquela felicidade, mesmo acreditando já saber o motivo.
- ... – olhava pra mim com um sorriso no rosto e a alegria estampada em seus olhos. – Ela acordou! – O sorriso se alargou mais e sentou ao lado dela, dando um abraço de lado e sorrindo igual (ou talvez mais) que a namorada.
- Abriu os olhos, ficou alguns poucos minutos acordada, mas já dormiu... – tinha o mesmo sorriso que e . Na verdade, TODOS estavam com sorrisos maiores que o próprio rosto, se é que isso é possível. Definitivamente, agora sim eu tenho certeza da enorme falta que estava fazendo para todos nós e não só para mim. Então saiu do lado de e levantou-se, vindo em minha direção, com os olhos brilhando (provavelmente por causa das lágrimas, digamos que, ela chora bastante. Haha) e ao chegar perto, me olhou sorrindo e deu um abraço.
- A gente não a viu ainda e não pense que é porque namorados têm preferência, sabe? – Ela riu. – Mas sim porque parece que ELA quer te ver... Tem alguma coisa com o fato dela ter chamado por você, entende? – Me abraçou de novo, dando, em seguida, um beijo em minha testa. Entre , e , ela sempre era mais próxima a mim. Talvez porque nos conhecemos quando pequenos, enfim... – Ela já está no quarto. – Sorriu de um jeito materno e olhou para o corredor, que dava ao quarto onde estava. Entendi o recado, olhei para e , que trocavam beijos e carinhos (o que me fez querer ainda mais a minha garota); , que não sei se estava no seu momento autista (mais que normal) ou olhando para a bunda de um enfermeiro que passava por ali, e ao seu lado, com cara de bunda; e, no outro sofá, , muito entretido nas coxas de , que ainda me olhava, só que desta vez com cara de: “Ô otário, o que tá esperando mesmo?”. Sorri amarelo pra ela e me virei, tomando a direção do quarto de .

Era agora. O momento que eu espero há duas semanas... Eu finalmente, vou sentir a minha pequena novamente.

POV Ends.

“Eu acho que o tempo foi certo por nos dizer... Gostaríamos de ter nosso tempo e viver nossa vida, juntos dia após dia...”

POV.

Abri os olhos, tendo que fechá-los rapidamente devido à grande quantidade de luz que entrava pela janela, através da cortina branca. Após piscar várias vezes, tentando me acostumar com a claridade, pude me localizar. Uma sala grande com paredes e móveis igualmente brancos, uma televisão em frente da cama (maca?) com lençóis também brancos, um sofá pequeno próximo à janela, ao lado da cama havia uma poltrona e perto dela, uma mesinha de centro com lindas rosas vermelhas dentro de uma jarra de vidro. Tentei me levantar, mas não consegui, me senti fraca e então percebi que estava ligada a alguns aparelhos. É, eu estava em um quarto de hospital, mas como eu tinha vindo pra cá? Fechei meus olhos, tentando me concentrar para lembrar como vim parar aqui. E adivinhem? Nada. Nenhuma memória me veio a mente. A última coisa que eu lembrava era de estar na casa dos rapazes e... Não sei. Simplesmente não sei o que acontece a partir daí...
Virei meu rosto, ainda com os olhos fechados, para o lado onde se encontrava o lindo buque de rosas vermelhas, suspirando profundamente e sentindo o aroma maravilhoso que aquelas flores soltavam. E só de sentir aquele cheiro, memórias, flashbacks da minha vida vieram à tona, passando rapidamente pelos meus olhos fechados e fazendo com que tudo se esclarecesse para mim. A briga, , o atropelamento, meu avô, Mark, as asas, a praia, a chuva, o hospital.

POV Ends.

“… Iremos fazer um desejo e enviá-lo em uma oração. Sabemos que todos os nossos sonhos podem tornar-se verdade como o amor que podemos compartilhar...”



POV.

Já havia conversado com uma das enfermeiras que passava por ali e então, ela me levou até o médico que estava cuidando do estado de . Então me levou até o quarto dela, explicando cada detalhe sobre a situação da minha garota. Ele abriu a porta e deu passagem para que eu entrasse e ali estava ela, a minha mulher, de olhos fechados, deitada, com uma expressão angelical no rosto... Expressão de um anjo, era um anjo, isso era fato! Aproximei-me da cama, fazendo o máximo de silêncio possível e ouvindo que o médico havia fechado a porta e deixado eu e ela ali, sozinhos. Antes de tocar seu rosto, parei para analisá-la. Seus lábios que se contorciam em um sorriso simples, de canto, quase imperceptível. Sua franja caia sobre os olhos, alguns fios de cabelo espalhavam-se pelas bochechas enquanto outros pousavam sobre seu colo que subia e descia lentamente, devido à respiração calma. Já nem ligo mais se você disser o quanto isso soa gay, não me importa, ela me deixava assim, era o efeito que a minha garota causava sobre mim e, ah, como eu amava isso. Amava seu jeito, seu toque, sua voz, o sorriso, a gargalhada, amava simplesmente tudo... Para mim ela era perfeita, sem tirar e nem pôr, ela mesma diz ter vários defeitos, que para mim, assim como ela, são perfeitos também. Tudo isso, não é nada se comparado com o que eu sinto por .

Levei uma de minhas mãos até seu rosto, precisava mais do que tudo senti-la. Essas semanas para mim pareciam uma eternidade, pareciam não passar e me doía saber que ela poderia não acordar, não acordar para mim... Toquei seu rosto de leve e, o que eu queria ver nessas semanas, aconteceu.

POV Ends.

“… Com você eu nunca pergunto: Você estará lá por mim? Com você eu nunca pergunto: Você é o único certo para mim?...”

POV.

Foi quando eu encontrei os olhos dele e, logo em seguida, seu sorriso. Só de sentir seu toque em meu rosto, tremores (ou correntes elétricas, não sei distinguir agora) percorreram todo meu corpo, me fazendo sentir, mais do que nunca, viva. Ele era real, não era sonho, estava ali ao meu lado, me tocando, sorrindo, olhando para mim e o que eu fiz? Sorri aliviada. Aliviada por ter voltado para e por ter feito, com certeza, a escolha certa... Entre o paraíso e , a resposta para mim é obvia. Com ele eu posso ter o meu paraíso particular, um paraíso fechado somente para nós dois e mais ninguém, um paraíso perfeito, impenetrável e infinito, que duraria para sempre, nessa vida, no céu, no inferno, em outras vidas, em qualquer lugar, a qualquer hora, a única coisa que importava era ele estar ali comigo e pronto!
Ele apenas me encarava e nós não havíamos trocado uma palavra que fosse. Não era medo de estragar o momento, de jeito nenhum era isso! Só queríamos sentir todas as sensações maravilhosas que esquecemos que existiam nesse meio tempo em que eu não me encontrava aqui, quer dizer, não em alma.

POV Ends.

“… Eu finalmente encontrei o amor da minha vida. Um amor para durar através de toda a minha vida (...) Para sempre em meu coração...”

POV.

E aquele sorriso? Ah! Que saudades eu senti dele. Aquele silêncio começava a incomodar, eu queria ouvir sua gargalhada, levá-la dali para bem longe, poder ficar com ela sozinho, sem mais ninguém para atrapalhar. Possessivo, eu? Nem sou. Aproximei-me dela lentamente, a fim de poder sentir seu gosto de novo, aquele beijo que eu sentia tanta falta e precisava mais do que nunca. Senti nossas testas se enconstarem e sua respiração, assim como a minha, ficava mais falha. Ela roçou seu nariz no meu e deu uma risada baixa, me fazendo tremer mais. Nossa, isso ficou gay demais, mas como eu disse: “Foda-se!”. Continuando...

POV Ends.

“… Com cada beijo, nosso amor é como uma nova marca. E todas as estrelas foram feitas para mim e para você...”



POV.

Senti seus lábios encostarem-se aos meus levemente, me fazendo fechar os olhos e esquecer tudo e qualquer coisa que estivesse a nossa volta naquele momento. Éramos eu e ele, e mais nada, nem ninguém, apenas sentindo os efeitos que apenas o toque de nossos lábios, um no outro, causava. Desenhou o contorno do meu lábio inferior com sua língua quente, me fazendo perder os sentidos e logo em seguida, senti sua língua pedindo passagem. O beijo começou calmo, porém, com um significado que só nós dois poderíamos entender. As reações àquele beijo podiam ser sentidas em cada parte de mim, do meu corpo, era daquilo que eu precisava, é isso que eu preciso, e sempre vou precisar. E em semanas, esse foi o momento em que eu me senti realmente completa, feliz ou até mesmo, amada. estava ali, ao meu lado, me beijando e dessa vez não era uma mentira, projeto de nossa imaginação, agora, era real, nada mais que a verdade!

POV Ends.

“... Ainda que saibamos que o caminho é logo. Não importa! Porque nosso amor é forte...”

POV.

Ela finalizou o beijo lentamente, me dando um selinho demorado logo em seguida. Ficamos ali, com as testas coladas, igual a antes do beijo, sentindo a respiração um do outro e felizes. Aliás, mais do que felizes! Eu nem sei descrever qual a sensação que se passava dentro de mim... Eram várias. Uma mistura de sensações, emoções e tudo o mais, que só causava em mim.
- Diz que ama, . – Ela quebrou o silêncio com um pedido.
- Eu te amo, . Mais do que qualquer coisa nesse mundo, mais do que qualquer ser vivo possa entender. Eu te amo é pouco pra todo o meu sentimento, pequena. É de você que eu preciso, é você que eu quero ontem, hoje e sempre.
Um sorriso brotou no canto de seus lábios, e me diz: Como eu podia resistir àquilo? Sorri junto com ela, lhe dando outro selinho demorado. Segurei seu rosto com minhas duas mãos.
- Eu senti sua falta, pequena. Você nem faz idéia do quanto... – Ela continuava sorrindo pra mim e com um brilho nos olhos que, dude! Eu adorava.
- You are the strength, that keeps me walking (Você é a força, que me faz andar) . – Ela começou a cantar baixo em meu ouvido. - You are the hope, that keeps me trusting. You are the life to my soul, you are my purpose. You're everything… (Você é a esperança que me faz confiar. Você é a vida pra minha alma, você é meu propósito. Você é tudo.) - Soltou um suspiro baixo e encostou seus lábios nos meus, dando um selinho de leve.
- And how can I stand here with you and not be moved by you? (E como eu poderia ficar aqui com você e não me comover com você?) - Comecei a cantar baixo junto a ela e com o mesmo sorriso nos lábios. - Would you tell me how could it be any better than this? (Me diga, como isso poderia ficar melhor?) - Sorri para ela e me afastei um pouco para poder olhar melhor em seus olhos, coloquei um dedo em seus lábios, como se pedisse para ficar em silêncio.

POV Ends.

“… Eu finalmente encontrei o amor da minha vida, um amor para durar através de toda a minha vida…”


POV.

- Would you tell me how could it be any better than this? (Me diga, como isso poderia ficar melhor?) - Ele repetiu a frase para mim, olhando em meus olhos. Eu estava em um tipo de transe, perdida em seus olhos... Procurou algo em seu bolso da calça e me deu um selinho, mostrando-me uma pequena caixa de veludo vermelha, o que deixou meu coração ainda mais disparado. Com uma de suas mãos, segurou a minha direita e com a outra livre, abriu a caixinha, revelando um anel prata simples, porém, lindo. Desde quando sabia escolher anéis bonitos assim? Foco, ! Foco. Então só de pensar no que estava prestes a acontecer ali, eu comecei a soar frio e sentia minhas pernas e mãos tremerem. Eu e ele já havíamos conversado varias vezes sobre casamento, filhos e tudo o mais. havia dito que me pediria em casamento e eu sempre deixei bem claro que ele era o homem com quem eu queria passar o resto da minha vida, quem eu queria que fosse o pai dos meus filhos, o homem que eu gostaria de constituir uma família. Mas agora, com a aliança aqui, na minha frente, eu tenho o direito de ficar nervosa, certo? Esse é o momento que a maioria das mulheres sonha em ter, além do dia do casamento, claro! – ... – interrompeu meus pensamentos. – Quer ser minha? Daqui pra eternidade, quer ser minha mulher? Você é a única que eu preciso, a única que eu quero poder chamar de esposa, a única que pode tomar conta do meu coração. Aceita se casar comigo, ? – Preciso dizer que morri? Credo, , que brincadeira mais estúpida! Foco no pedido do delícia que está na sua frente te pedindo em casamento, PORRA!
- É o que eu mais quero, . – Então o puxei para um beijo cheio de sentimento, aquele tipo de beijo, que te completa. Que te deixa exatamente do jeito que você sempre quer... Que te tira do chão, te deixa sem ar, e blábláblá. Então eu senti meus olhos arderem e lágrimas de felicidade molhar todo o meu rosto. Ele separou nossas bocas e segurou minha mão direita, colocando a aliança em meu dedo.
- 'Cause you're all I want, you're all I need. You're everything, everything! (Pois você é tudo que eu quero, você é tudo que eu preciso. Você é tudo, tudo!) - Ele cantou para mim, beijando-me logo em seguida. Faltam-me palavras, mas em compensação, de tantas emoções que sinto nesse momento, sobram sensações.

“... Para sempre em meu coração, eu finalmente encontrei o amor da minha vida!”

7#

(deixem You and Me - Lifehouse carregando e soltem quando eu pedir, ok? *-*)

9 meses depois...

POV.

Era difícil descrever o que eu sentia. Não havia uma única sensação, mas sim milhares que resolveram aparecer em uma hora, todas juntas e a única que eu conseguia distinguir era o medo. Eu estava com muito medo do que estava pra acontecer, tremores percorriam meu corpo e, acreditem, não são nem um pouco parecidos com os que causa em mim. Temia pelo fato de que não tem como prepararem um casamento em pouco mais de oito meses, muito menos quando essas pessoas atendem pelos nomes de , , e . Não estou dizendo que eles não têm capacidade pra isso, mas eu só estou meio descrente de que eles tenham feito do jeito que eu queria (lê-se jeito certo)... Ok, eles não têm capacidade pra isso.
- , pára de tremer. – estava sentada na cama bem a minha frente e eu tremia ainda mais pensando naquilo, pensando em como estaria a tudo.
- Não dá! Como você se sentiria se deixasse pessoas sem cérebro, vulgo e , cuidar da decoração do seu casamento; alguém como você cuidar de todos os detalhes da festa; e a cuidando da lista de convidados? – Tentei rir da cara que fazia, inconformada, mas não consegui. No mínimo a decoração da igreja estaria em preto, vermelho, roxo, laranja ou qualquer outra cor menos branca! E a festa? Aposto que pela vontade de seria em uma boate gay.
- Não esquece que você nem faz ideia de onde será. – tentou me ajudar (ou não).
- , querida... Você não me ajudou. – dei um sorriso torto para ela, querendo mesmo dar um tapa na cabeça daquela lesada, mas lembrei que a cabeleireira terminava minha maquiagem. O cabelo estava solto caindo pelo busto, conferi o vestido: era perfeito.
- A gente não tem culpa se o não quis te dizer qual seria a igreja, ok? Você iria se intrometer e deixar os profissionais aqui de fora. – CADÊ OS PROFISSIONAIS? Respira, !
- E a lua de mel? – perguntou.
- Por que ele me diria onde será nossa lua de mel, se não quis me contar nem onde vai ser o casamento? – Silêncio.
- Hm... Isso faz total sentido, sabia? – disse como se tivesse pensado pela primeira vez, o que gerou risadas de todas nós. (soltem a música agora!)

POV End.

POV.

A limusine branca se aproximava e eu suava cada vez mais, desceu com a venda branca nos olhos e mordendo os lábios inferiores: estava tão nervosa quanto eu. As meninas desceram logo em seguida, entregou o buque de rosas vermelhas para minha futura esposa (rosas tem um significado especial para nós) e vi posicioná-la em frente ao arco branco, coberto de rosas brancas e vermelhas, retirando a venda. O suor, a ansiedade, o medo e todas as outras coisas que eu sentia foram embora assim que meu olhar preocupado se encontrou com o de , que brilhava de maneira que jamais havia presenciado. Uma música soou ao fundo e ela começou a andar em minha direção, exibindo seu sorriso, o que eu tanto amo. Ela parou em frente a mim e peguei suas mãos, puxando-a para mim e lhe dando um leve selinho.

And it's you and me and all of the people and (E somos você, eu e todas as pessoas e)
I don't know why I can't keep my eyes off of you (Eu não sei por quê, não consigo tirar meus olhos de você)

POV End.

POV.

sorria para mim e me peguei dentro de seus olhos, tudo havia ficado em segundo plano, eu só conseguia ver pequenos flashbacks de lembranças, desde nosso primeiro dia juntos até esse momento: nosso casamento. Estava tudo realmente perfeito, era como eu sempre quis como eu sonhei quando pequena. A grama do campo extremamente verde, em contraste com o branco da decoração, junto com as rosas brancas e vermelhas que enfeitavam o local. Sorri para e levei meu olhar para , que estava de mãos dadas a , chorando assim como ao lado de que também chorava (mesmo tentando esconder) e com mostrando o sorriso mais débil já visto, eram perfeitos um para o outro. Mas não tanto como eu e .

Cause it's you and me and all of the people (Porque somos você, eu e todas as pessoas)
With nothing to do, nothing to prove (Com nada para fazer, nada para provar)
And it's you and me and all of the people and (E somos você, eu e todas as pessoas e)
I don't know why I can't keep my eyes off of you (Eu não sei porquê, não consigo tirar meus olhos de você)

- Aceito. – Respondi com a voz tremula devido ao choro.
- , aceita como sua legítima esposa, para amá-la e respeitá-la na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, até que a morte os separe?
- Aceito. – O sorriso de era maravilhoso, acredite.
- Eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva. – Ele aproximou nossas testas, lhe dei um selinho e sorri.
- Eu te amo... – Disse me beijando em seguida.
-... Para sempre. – Completei sua frase ainda de olhos fechados, sentindo sua respiração.
- Só tem uma coisa errada. – Ele disse.
- O quê?
- Nem a morte será capaz de nos separar, . Nada, nem ninguém, agora somos somente eu e você... Minha esposa, daqui pra eternidade, pra sempre, você é minha e de mais ninguém. Não existe sem e vice-versa. Eu te quero mais que tudo, é em você que eu penso cada segundo da minha vida e é com você que vejo meu futuro. – Então ele sorriu do jeito mais verdadeiro e eu? Nunca me senti tão viva.

What day is it? And in what month? (Que dia é hoje? e de que mês?)
This clock never seemed so alive… (Esse relógio nunca pareceu tão vivo...)

POV End.

8#

Fazia exatamente uma hora e meia que dirigia pela estrada e o relógio marcava 18h40min. O casamento havia acontecido mais cedo naquele mesmo dia e após a festa – que não foi em uma boate gay, vale lembrar - o rapaz resolveu levá-la logo para o local onde passariam aquele fim de semana de verão. avistou uma elegante casa de montanha que aparentava ser muito aconchegante, estavam afastados de tudo e todos, pensando isso se lembrou das palavras do esposo: “Eu só gostaria de esquecer tudo e todos, ser eu e você e ninguém mais para atrapalhar. Sem fotógrafos, sem nada, o mundo seria nosso e de mais ninguém.” Olhou para o homem que estava ao seu lado e sorriu para este, que repetiu o ato. O Audi parou em frente da casa, ele desceu e abriu a porta para a esposa que tanto amava, fazendo reverência como um cavalheiro. Ao colocar seus pés na grama o rapaz a pega no colo, levando a mesma em direção a casa, porta adentro.
Abriu a porta do quarto com os pés e colocou-a em pé.
- É lindo, . – Sorriu para ele ainda com o brilho no olhar. Ele passa seus braços pela cintura dela, puxando-a pra si caminham em direção a grande sacada que há no quarto. O sol está se pondo e ele apóia seu queixo no ombro da garota que se arrepia ao sentir a respiração dela em seu pescoço.
- Sabe, ... – Com calma, a vira de frente para ele, olhando nos olhos dela e dizendo com um sorriso extremamente fofo nos lábios. – Você foi a melhor coisa que me aconteceu nessa vida e em outras também. – Ela sorri como nunca. – Eu não sei o que você passou naqueles dias, mas o amor entre a gente foi muito mais forte e não te deixou ir para longe de mim. Te quero comigo, me vejo contigo pelo resto da vida e não consigo imaginar como seria sem você e cheguei a conclusão... – Ela colocou o indicador nos lábios dele, impedindo-o de falar.
- De que não existiria vida se eu não estivesse com você. – Completou a frase dele perfeitamente, e o beijou da forma mais carinhosa de todas.
Ele colocou uma de suas mãos na nuca dela e a outra parou na cintura da garota, apertando de leve e sentindo as mãos dela em sua nuca, arranhando-a e puxando o cabelo presente na nuca do rapaz. O beijo foi ganhando mais intensidade e ele a conduzia até a cama, deitou sobre ela beijando seu pescoço e sentindo a excitação aumentando graças aos gemidos baixos que a garota soltava em seu ouvido, incentivando-o ainda mais. Ela, rapidamente, retirou a gravata dele, desabotoando a camisa em seguida e vendo-o terminar de tirar a mesma. Os lábios voltaram a se chocar e ela já se encontrava sem o vestido e as únicas peças de roupa que restavam nela eram as íntimas; levou a mão até o cinto dele, arrancando-o dali rapidamente, enquanto a outra mão arranhava sem dó as costas de , que distribuía beijos pelo colo da garota, entre os seios e alcançava com as mãos toda a extensão das coxas de . Logo, calça, meias e sutiã voavam pelo quarto caindo em qualquer canto do chão, mas aquilo pouco importava para os dois. descia os beijos até o elástico da calcinha dela, provocando mais gemidos e suspiros da garota que agora, distribuía chupões pelo pescoço do rapaz. Rapidamente, ela tirou a cueca dele e desceu as mãos, que antes se encontravam nas costas, para as entradas dele e logo em seguida, para a virilha, arrancando um gemido dele. não suportaria por muito tempo e tirou a calcinha de , que se juntou às roupas encontradas no chão, cortou o beijo e olhou-a com uma mistura de amor e desejo, o suor começava a escorrer pelo rosto.
- Eu te amo. – Sussurrou com a voz falha. inclinou seu tronco, fazendo com que os dois ficassem sentados na cama: ela em seu colo. Não existia mais ele e ela, dois amantes apaixonados; eram um só, sem ninguém para atrapalhar e nem separar.

“A partir de hoje o mundo não será apenas uma promessa, será um sonho composto de dois existir; Um sonho lindo... A partir de agora seus sentimentos serão vividos juntos, serão as duas metades encontradas; Encontrando-se numa só chama. Serão motivos de alegrias e de conquistas, contempladas por dois corações. Esse sonho recém plantado dará frutos; Frutos do verdadeiro amor, abençoado por Deus. Como todos sonhos muitas vezes acontecem desencontros. Mas a força desse amor fará com que as duas metades permaneçam juntas, descobrindo o significado da palavra felicidade.”
(Autor Desconhecido)

POV.

Enrolei a toalha em minha cintura e abri a porta do banheiro, vendo na sacada observando a noite e a vista maravilhosa das montanhas, fui até lá e a abracei por trás vendo-a sorrir.
- É diferente do que eu imaginava... – Encarei seu perfil, ainda pensativo encarando as estrelas e sentindo o vento bater em seu rosto.
- O que é diferente? – Questionei.
- Eu não senti dor, não senti nada. Não podia nem sentir minha respiração, era horrível. – Então eu entendi do que ela falava, era a primeira vez que dizia sobre aqueles dias que ela passou em coma, desacordada. - Você se lembra?
- Eu ouvia sua voz, tentava abrir os olhos, mas não conseguia; só queria te ver ali. Ficou escuro por alguns segundos, mas não senti medo, eu simplesmente não conseguia sentir. De repente eu nos via na escola, ... – Então ela olhou para mim. – Depois nós estávamos no corredor do hospital e você chorava; eu tentava te confortar e foi ai que nos beijamos. – Sorriu fraco para mim.
- O primeiro beijo de muitos outros.
- O primeiro. – Uma brisa fria e forte bateu e ela fechou os olhos, suspirando profundamente. – Eu me sentia livre, via nuvens, o céu azul, meu avô estava lá e eu cheguei a uma praia e tinha varias pessoas lá. – Senti um aperto no meu peito ao lembrar que quase perdi , abaixei meu olhar para seu pulso e passei os dedos pela sua tatuagem. – Wake up. – Olhei para ela sorrindo. - Wake up for me. – Sorri ao dizer essas palavras.
- Eu sempre estive acordada para você, . E sempre vou estar.
- Assim espero, pequena.

Bom, depois daquele final de semana nós resolvemos viajar. Eu e os dudes tiramos férias e fomos todos juntos para o Brasil; cara, que país é aquele! As praias então... São maravilhosas, acredite. terminou de me contar o que havia acontecido naqueles dias desacordada, quer dizer, as lembranças dela ficaram meio vagas e ela não se lembrava da cena na praia, entre eu e ela. Mas isso não importa, não agora que nós dois estamos juntos, certo? Certo. E chega disso porque ela já pediu para eu parar com esse assunto, assim seja feita a vontade dela. Ah, querem saber a novidade? Nossa, me senti viado e fofoqueiro agora, já chega, né, ? É, chega. Enfim, a encheu a cara num lual que a gente fez no Brasil, em uma das praias que passamos e assumiu que estava grávida do ... E ele? Desmaiou com a notícia, mas depois quando acordou ficou todo feliz, mas já falou que não casa nem ferrando. O viu como as coisas entre mim e a estava indo bem e pediu a em casamento, ela aceitou, mas falou que em menos de cinco anos não casa. Vai entender... e ? Eles ficavam trancados dentro do quarto à noite, ainda bem que meu apartamento não era do lado do deles, seria constrangedor dormir ouvindo gemidos, se é que me entende. De qualquer forma, vou parar com meu momento Programa de Fofoca.

POV End.

1 ano e 6 meses depois...

POV.

- Meus parabéns! – A enfermeira disse olhando para mim e sorrindo; repetiu o ato com o , que estava em pé ao meu lado, e eu sei que isso soou tão pornô... Foco, ! Foco. – Papai vai ter um companheiro pra jogar futebol, afinal. – Meus olhos brilharam e olhei para meu marido que tinha o sorriso mais bobo e feliz do mundo. Ele me olhou e abriu ainda mais o sorriso, todo homem quer ter um filho menino, não é por menos que ele esta assim.
- Um menino. – A voz dele quase não saiu, podia jurar que ele iria desmaiar ali a qualquer momento.
- Já têm um nome para esse pequeno? – A enfermeira perguntou e imediatamente olhei para , e ele sorriu como se confirmasse o que estava pensando.
- Mark, ele vai se chamar Mark.

9#

Sete anos se passaram desde o nascimento do meu filho; a primeira palavra, o primeiro sorriso, o primeiro passo, cada momento ao lado de Mark e foram uma coisa que não se pode explicar. Oito anos e meio desde a minha caminhada na linha divisória entre esses dois mundos completamente diferentes; Da Vinci disse “Uma vez que você tenha experimentado voar, você andará pela terra com seus olhos voltados para o céu, pois lá você esteve e para lá você desejará voltar” e eu penso que, pelo menos para mim, não é assim. Mesmo com a maioria das lembranças daquele lugar apagadas, eu sei que aquele é realmente um bom lugar, mas, se tivesse desejado voltar, eu não teria o Mark e muito menos meu esposo. Escolhas... A vida é feita de escolhas; eu poderia estar longe daqui, longe de todos os meus amigos e longe das duas razões da minha vida, mas não, aqui estou eu escrevendo essa história para vocês lerem. Escrevendo a minha história, a minha vida, o meu romance que não possui um final trágico como o de Romeu e Julieta, muito menos é um amor à primeira vista com uma perda no fim como foi o de Jack e Rose... É só a história de dois jovens corações unidos desde sempre que enfrentou uma possível perda, mas conseguiu dar a volta por cima e permanecerá vivo e intacto e assim vai ser por tempo indeterminado, ou, como diria ... Nessa e em todas as outras vidas. Bom, vou terminar isso do jeito certo e contar para vocês o que aconteceu nesses oito anos...

Flashback – 8 anos e 6 meses atrás.

- Meninas, preciso contar algo para vocês... – Estávamos todas conversando sobre a viagem, reunidas no quarto de hotel onde estava hospedada, quando jogou uma bomba em nossas mãos.

Naquele dia à noite improvisamos um projeto de lual no Rio de Janeiro/Brasil. e estavam com os violões tocando alguma música qualquer enquanto eu e os outros curtíamos o som, conversando, rindo e bebendo; quando o som cessou, começamos a jogar verdade ou desafio como oito adolescentes sem nada para fazer – só que bêbados – e naquela brincadeira inocente foi comprovado: A bebida entra e a verdade sai... - Vai, roda a garrafa, ! – pediu e assim eu fiz: pergunta, responde. - Porra, eu não sei o que perguntar! – Ela disse depois de segundos pensando. - ANDA LOGO, QUALQUER COISA, PORRA! – E todos começaram a gritar e rir ao mesmo tempo. - OK! , é verdade que você tá grávida do ? – E depois de perceber o que tinha feito, tampou a boca com as mãos como um pedido de desculpas. Silêncio. - ...? – encarava a namorada sem expressão nenhuma no rosto. - QUER SABER? É, TÔ GRÁVIDA SIM! MAS NÃO PENSE QUE VAI USAR ISSO COMO DESCULPA PRA ME DEIXAR E NÃO... ?

10 minutos depois...

- Dude, você desmaiou! Bicha da porra! – zoou o amigo. - Porque eu... AI. MEU. OVO. – pareceu lembrar-se de tudo e ficou parado olhando para a namorada. Alguns segundos se passaram até que ele ergueu os braços para cima e começou a – tentar – dançar. - EU VOU SER PAAAAAAAAAAAAAAAAAAI, DUDE! - MONTINHO NO PAPAI! – E as risadas preencheram o lugar.

Flashback End.

Flashback – 8 anos atrás.

Como bons festeiros e turistas que se prezem, em uma noite comum de Salvador, resolvemos curtir as festas que aquele lugar maravilhoso e com um clima totalmente aconchegante, tinham a oferecer e lá fomos nós para um pub qualquer que, eu lembro como se fosse hoje, estava completamente lotado. Conversa vai, bebida vem e nós cada vez mais alegres, falando coisas sem nexo a não ser e , que estavam de “babás” naquela noite. E falando em ... - Gente, cadê o ? – perguntou (inutilmente) para nós. - Fugiu! – A voz de já estava totalmente (hilária) enrolada devido à grande quantidade de álcool que corria no sangue dele. - Deve tá procurando alguma isca, sabe como é... – disse recebendo um tapa de . - Relaxa e beeeeeeebe, ! – disse, rindo. - Pra que, ? Ficar igual a ti? , cuida do teu homem! – Nem tive tempo de retrucar, pois o choque ao ver em cima do mini-palco que havia no local me impediu... - ... – Os outros viraram a cabeça na direção de onde vinha a voz; o som ouvido ali era apenas a voz dele e todos assistiam aquilo. – Só pra esclarecer: não, eu não estou bêbado. – Pausa para um suspiro. - CADE A MÚSICA, PORRA? – Alguém gritou. - Relaxa aí, dude. , a gente já passou por tanta coisa juntos e a cada dia eu tenho certeza que se existir todo aquele papo de metade da laranja e tudo o mais, a minha é você. Eu vou direto ao ponto... – Ele se ajoelhou e mostrou uma caixinha de veludo preta. – Quer casar comigo? – O queixo dela foi ao chão antes do pub ser coberto por gritos de “ACEITA, ACEITA, ACEITA!” ela correu em direção a ele, no meio de toda aquela gente, pulando em seus braços. - É tudo o que eu mais quero, meu amor. – Mais gritos e a música voltou a preencher o lugar. – Mas o casamento mesmo é só daqui, no mínimo, 5 anos e que fique bem claro! – Eles riram e se beijaram. Dois anos depois eles estavam na Austrália em lua de mel e hoje esperam o primeiro filho.

Flashback End.

Flashback – 7 anos e 9 meses atrás.

Estávamos ansiosos na sala de espera do hospital à 2 horas. Não recebíamos notícias... Nada. suava ao meu lado e eu segurava firmemente sua mão quando, finalmente, o doutor resolveu aparecer com um sorriso no rosto. - Deixe-me dar os cumprimentos ao novo papai! – Disse abraçando . - Dude, eu vou desmaiar de novo. – E a cara dele não negava isso, vale lembrar. – Mas antes quero ver meu filho, posso? - Mas é claro! Acompanhe-me.

30 minutos depois estávamos todos nós, olhando o pequeno Dave pela grande janela de vidro do berçário e cá entre nós? Eles dois souberam fazer bem.

Flashback End.

Sobre e não há muito que falar. Os dois sempre foram mais fechados sobre essa questão de ter filhos ou até mesmo casamento... Tanto é que fazem apenas 5 meses que ficaram noivos. Infelizmente, eu e os outros não pudemos presenciar isso já que os pombinhos estavam sozinhos na França, viajando. Fora isso, já esta grávida novamente só que agora de uma menina e também; nós todos vivemos tranquilamente no mesmo condomínio em Londres, passando todos os finais de semana juntos. Gostamos de falar que somos uma típica família britânica. Quando nos juntamos (o que acontece frequentemente) tenho ainda mais certeza de que fiz a escolha certa e esse sim é o meu lugar: Mark e Dave correndo, todos os casais felizes, os homens na churrasqueira ou na piscina rindo com as mesmas brincadeiras de sempre, o brilho no olhar das futuras mães e a felicidade de todos nós. É, esse é o meu lugar.

A campainha acaba de tocar e, pelos gritos de e Mark, eles estão apostando alguma corrida para ver quem atende primeiro a porta: típico. As risadas de , , , , , e Dave se juntaram aos dos meus dois homens e é nessas horas que uma felicidade imensa toma conta do meu corpo todo. Os gritos e risos se distanciam cada vez mais, ou seja, estão indo para a piscina; todos juntos em um domingo comum para qualquer outra pessoa, mas sagrado para nós. É o nosso domingo, o dia em que estamos todos ali, esquecendo dos problemas, dando risadas, brincando, nos divertindo. Automaticamente, meus pés vão me levando para o quintal de casa e um sorriso involuntário surge em meu rosto ao encontrá-los ali felizes; minha visão é tampada por duas mãos quentes e logo lábios se chocam contra os meus. Uma bala para quem acertar o dono deles? Exato! . Logo em seguida, duas mãozinhas pequenas agarraram minha cintura e meu olhar se encontrou com os olhos mais puros e inocentes, a mistura perfeita entre e ; segurei Mark em meu colo e nós três, juntos, entramos naquela gritaria e bagunça.

Não sei, ao certo, se essa é a forma correta de finalizar uma história; talvez eu tenha deixado a desejar, mas qual é! Eu sou apenas uma mãe empresária de 27 anos, casada com o homem mais perfeito do mundo, cercada dos melhores amigos/irmãos que alguém pode querer, que já experimentou o gosto da morte e agora está tentando passar a vida dela para algumas páginas, sobre livre e espontânea pressão das amigas, esperando que alguém leia e sinta o que eu realmente senti, que entenda que não há coisa melhor no mundo do que fazer a escolha certa sem medo de arriscar ser feliz ou não e, principalmente, que você tenha percebido que não existe um jeito certo para por um fim à isto aqui. Afinal, a história não terminou...

É agora que ela realmente começou!

Fim?



N/a(24/02/2010): Ao som de Wherever I Go do John Mayer vou finalizando Wake Up For Me. Demorei séculos nas atualizações, enrolei o quanto pude esperando que essa hora não chegasse... WUFM é minha primeira fic finalizada e puts! Essa sensação é única, deixo dito. AUHAUAHAUH Esse capítulo 9 foi só enrolação mesmo, super pequeno e eu não fazia a menor ideia de como escrevê-lo! Eu tinha tantas ideias formadas na minha mente, mas parece que elas desapareceram do nada! :x Whatever... Antes dos – muitos – agradecimentos finais preciso surtar um pouco: COMO ASSIM EU PERDI MEUS COMENTÁRIOS DIVOS? ): Então, por favor, me deixem feliz e saltitante como uma gazela (?) comentando sobre o que achou, ok? Elogios, criticas, xingamentos ou ameaças de morte, tanto faz, contanto que comentem! HAUHAUHAUAHAU Eu tava brincando quando falei sobre as ameaças de morte, ok? G_G rs.
Agradecimentos: Primeiramente, ao McFLY porque se não fossem eles nada disso aqui existiria. Vocês são fodas e, por favor, LANCEM O NOVO CD LOGO PORQUE EU ESTOU INFARTANDO AQUI DE CURIOSIDADE! Ok, continuando... Agradeço à Natalie que colocou isso aqui no ar, me deu um puta apoio! Ju que continuou o trabalho de betagem maravilhosamente e me aguentou enchendo ela. Agradeço a Lara por ler antes de vir pro site e dar sua opinião sincera, a Kee liiiiiiinda que indicou WUFM na fic foda dela e deu maior apoio pelo orkut para eu me esforçar e escrever esse finalzinho xucro. À Priscila, moderadora fofa do @stuckonthem, que chorou lendo a fic e indica sempre lá no twitter. E por ultimo, porém não menos importante, vocês que leram e comentaram (para ter o comentário apagado pelo haloscan fdp u.u) e que me pediam atualização e quotes pelo twitter, vocês são demais, ok? E isso tudo é pra vocês cocotas! :D Dedicado: à Laís Mainardi. Fiction feita como presente de aniversário (mesmo demorando mais de um ano pra estar finalizada); Lalinda, é pra ti, ok? Saudade. <3 Vou calando meus dedos aqui e agradecendo, novamente, à todas vocês que leram. De todo o coração, obrigada!

Indico! Tattoo – McFLY/Finalizadas (fanficobsession.com.br/fanfics/tattoo.html) escrita por Kee. Cheerleader or Rock Goddess – McFLY/Andamento (fanficobsession.com.br/fictions/corg.html) escrita por Natalie. Insanity – McFLY/Andamento (fanficobsession.com.br/fanfics/insanity.html) escrita por Ju S. Noiei – McFLY/Andamento (fanficobsession.com.br/fanfics/noiei.html) escrita por Ray. Home is where the Heart is – McFLY/Andamento (fanficobsession.com.br/fics/homeheartis.html) escrita por Cah Sodré.

Contato? Twitter | Orkut | Formspring.me

x Letícia B.

N/B: OEEEEEEEEEEEE! Foi um prazer betar sua fic, Le, pena que já chegou ao fim! Comentem, gente! E, caso haja algum erro, enviem um e-mail para julinhademelo@hotmail.com. Xx Ju S.

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