História por leticiafs | Revisão por Carol Mello
Um sorriso malicioso estava estampado no rosto dela quando eu abri a porta do apartamento. Ela me agarrou pelo pescoço, selando os nossos lábios rapidamente. Quando se afastou, pegou na minha mão, do jeito que esta acostumada a fazer e me levou para o quarto, fechando a porta atrás dela. Senti suas mãos geladas, tocarem o meu pescoço e colarem o meu corpo com o dela. me levava em direção a cama, já tirando suas peças de roupas e as minhas. Cai na cama de costas e senti seu corpo caindo sobre o meu. Aqueles arrepios que estava sentindo naquele exato momento, só comprovavam as minhas teorias de que ali havia mais do que atração sexual. As minhas mãos fizeram o caminho até o sutiã da garota, o retirando e jogando o mesmo no chão. Fui dando beijos carinhosos em seu pescoço, enquanto suas mãos tiravam a minha samba-canção delicadamente. Quando os lábios dela se colaram aos meus novamente senti um arrepio prazeroso. Troquei as nossas posições, ficando por cima dela e a penetrei lentamente, fazendo um gemido escapar por entre seus dentes. Ela não era do tipo de garota que gostava de sexo lento, romântico, mas conseguia ver em seus olhos que ela estava gostando. Suas unhas se encravam em minha pele, quando eu aumentava a velocidade e a diminuía novamente. Minhas mãos seguravam sua cintura suavemente e quando nossos lábios se separavam, eu aproveitava para beijar seu pescoço. gemia no meu ouvido e mordia meu lóbulo, me fazendo delirar com sua respiração tão perto. Quando senti seu corpo se contrair abaixo do meu, apertei sua cintura com força e me contrai em seguida, caindo ao seu lado. Olhei para aquele rosto que me encarava, com um sorriso calmo no rosto. Deus, como ela é linda. Coloquei meu dedo em baixo de seu queixo e o puxei para selar meus lábios aos dela. Uma musica dos Beatles fez ela se afastar.
- Desculpa, mas deve ser o e se eu não atender, ele vai começar a questionar. – Ela me deu um selinho e logo em seguida se levantou da cama, levando com ela o lençol, e pegando o celular em cima da escrivaninha. Logo em seguida sumiu pela cortina que separava o quarto, da varanda. Não vou negar, eu sabia que ela não era minha e que eu não estava em nenhuma posição de sentir ciúmes, mas eu sentia um enorme vazio quando ele ligava. Só de saber que ela sempre teria que o colocar na minha frente, a frente de tudo. Ela já havia me explicado mais de mil vezes que não o amava e que ele sabia disso. Ela sabia que o que estava fazendo era errado, sujo e a tornava alguém sem coração, mas ia fazer dez anos que ela conhecia e ela não conseguia o machucar. Então aceitou o pedido de namoro do garoto, mas estava muito apegada a mim para se acabar o que nós tínhamos, então apenas se acostumou com toda aquela situação.
- Eu tenho que ir. – Ela entrou no quarto, olhando o chão a procura de suas roupas e recolhendo algumas peças. Sentei-me na cama, a assistindo andar pelo quarto.
- Por quê? – Tentei não mostrar que estava magoado,
- Não fica assim amorzinho, eu volto, eu prometo. – Ela se vestia apressada. prendeu o cabelo em um coque quando já estava pronta. Ela andou até mim, colocou sua mão gentilmente no meu pescoço, e me puxou para um beijo demorado.
- Tchau. – Ela falou, já sumindo pela porta do meu quarto. Fique encarando a porta da qual ela havia sumido até cair no sono e quando acordei já estava noite.
Forcei-me a levantar e fui até a cozinha fazer um café. O celular em cima da bancada tremeu continuadamente e me apressei para atender na esperança de ser a minha . Quer dizer, não minha , mas... Você entendeu.
- Alô? – Falei. Meu coração batendo forte.
- Cara, tô passando ai! Você tem que me ajudar a comprar um presente para a . Ela vai fazer aniversario amanhã e eu não faço a mínima idéia do que eu vou comprar pra ela. – falava desesperado no telefone, e provavelmente já estava vindo pra minha casa. Tudo bem, eu não queria ir. era a melhor amiga de , e a conheceu na festa de aniversario de ano passado. Já tinha quase um ano que eles estavam namorando, e era o primeiro aniversario de da qual ele iria participar.
- Você já tá vindo pra cá, né? – Perguntei, já sabendo a resposta.
- Já pode descer, tô na esquina. – Desliguei o celular, e voltei para meu quarto tirando da gaveta uma blusa cinza e uma jeans que ficava extremamente folgada e as vesti apressado. No caminho da porta, peguei as chaves e o celular, os jogando no bolso e desci.
- Já que a gente tá aqui, vou perguntar o que não quer calar. A onde tá a ? – Merda! Sabia que essa pergunta estava pra vir. tomou um gole da bebida gelada que estava em sua mão, e me encarou.
- Saiu com o namorado. – Fingi dar pouco caso sobre o assunto e desviei o olhar.
- Mas então, voltando ao assunto, o que você vai comprar pra ela? – Eu o perguntei pela milésima vez.
- Tá, vou admitir. – Ele parou na frente de uma vitrine qualquer e encarou as pessoas dentro dela. - Eu não faço a mínima idéia do que ela quer. – Consegui ouvir medo em sua voz.
- Hey, aquela ali não é a ? – Quando fui ver já estava entrando na tal loja. Quando avistei , um sorriso se abriu em meu rosto. Deus, eu tenho que parar de repetir isso, mas como ela era linda. Entrei na loja e reparei que ela havia trocado de roupa. Invés da jeans e regata branca. Agora usava um vestido branco frente única e uma sandália que amarrava em seu tornozelo.
- ! Que bom que eu te encontrei! – a abraçou e a girou no ar.
- Oi, . – Ela falou, abrindo um sorriso inseguro.
- , eu preciso da sua ajuda, você precisa me ajudar, por favor! – Ele implorou, a colocando no chão. Seu olhar se encontrou o meu e pude por um segundo, notar medo em seu olhar.
- Oi, . – Ela veio em minha direção e colocou seus braços ao redor do meu pescoço. No momento em que enterrei minha cabeça em seu pescoço seu perfume invadiu a minha mente.
- Então, , é o seguinte, eu preciso da sua ajuda porque eu não faço a mínima idéia do que comprar pro aniversario dela. – passou a mão pelo cabelo como ele sempre faz quando estava confuso. - Dela, sabe? A . - Ele corrigiu a frase.
- Claro que eu vou te ajudar, ! – Ela deu um sorriso, aquele sorriso que conseguia iluminar o mundo. Deus, como eu sou patético. Enrolei os lábios para dentro da boca, e desviei o olhar da boca dela, pra um homem que se aproximava com um sorriso no rosto.
- Voltei. – O cara que eu agora encarava, a abraçou por trás e beijou seu cabelo. Eu conseguia sentir o olhar dela colado no meu, como se pedisse desculpas, mas eu apenas o ignorei.
- Oi. – Ela falou, com um sorriso falhado no rosto.
- , , esse é o . – O cara saiu de trás de , estendeu a mão para e depois pra mim.
- Sou o namorado dela – Ele deu um sorriso absolutamente nojento de lado.
- O é o namorado da e ele precisa de uma ajudinha pra comprar um presente pra ela, tudo bem se eu ajudar? – Ela lançou um olhar meloso pro namorado.
- Claro, contanto que a gente não chegue atrasado no cinema, tudo bem. – deu um beijo na testa dela que quase me fez vomitar.
- A gente vai ver Resident Evil. – A amava filma de terror, ou suspense. pegou o celular do bolso.
- Já volto. – Ele falou e saiu da loja.
- Eu sei do que ela vai gostar, vem comigo. – Ela pegou na mão do e o levou pra uma canto da loja. Olhei em volta e quando avistei uma cadeira, rapidamente me sentei nela e assisti correr de um lado pro outro na loja.
Não demorou muito pra que ela estivesse sentada do meu lado e , esperando na fila.
- Eu não sabia que você estava com ele, foi mal. – Na minha opinião, ela que deveria se desculpar.
- Que isso a culpa é toda minha. – É claro que ela sempre fazia o que eu queria, mesmo eu sabendo que o que eu queria estava totalmente errado, como sempre.
- Sabe, eu estava pensando e eu acho que... – mordi a língua quando um homem se aproximou de , a fez parar de falar. Ela rapidamente se levantou, e encostou seu corpo ao dele.
- Amor, o chefe acabou de ligar, não vou poder assistir o filme. Vê se um dos meninos pode ir assistir com você. – fez um bico, mas balançou a cabeça concordando.
- Desculpa, amor, mesmo, mesmo, mesmo. Eu prometo que eu vou te recompensar. – Ele a abraçou, e deu um beijo na testa.
- Prazer, cara, até a próxima. – Ele suavemente bateu na minha mão. Eu simplesmente balancei a cabeça e dei um sorriso. Esperei ele sair da loja, pra eu encarar- lá. Um leve sorriso malicioso apareceu em seus lábios.
- Pronto eu comprei. Agora eu tenho que ir pra casa, guardar esse presente antes que a chegue lá. Vamos, ? – Olhei para , e depois para .
- O teve que sair, então eu acho que vou ficar por aqui e assistir o filme com a . – balançou a cabeça e olhou para .
- Mais uma vez você salvou a minha vida, gatinha. – Ele a pegou nos braços, e a girou no ar de novo.
- Que nada, ! Salvar a sua vida sempre coloca um sorriso no meu rosto. – E ai ela sorriu.
- Então eu vou embora, tchau para vocês dois. – E igual ao , ele desapareceu pela porta da loja. sentou do meu lado, fazendo com que sua coxa descoberta encostasse-se à minha. Ela pegou na minha mão e entrelaçou seus dedos no meu.
- Vamos? O filme já vai começar. – Ela se levantou e me levou junto.
Andamos até o cinema de mãos dadas, e conversando sobre o fato de eu odiar filmes de zumbis.
- EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ TEM MEDO! – Olhei em minha volta, um pouco assustado.
- Dá pra você diminuir o volume? – Falei. riu, eu não aguentei e a beijei. Aquela risada sempre me dava vontade de beijá-la. Alguém limpou a garganta na nossa frente, fazendo nos se separar. A moça atrás do balcão deu um leve sorriso.
- O que que os apaixonados vão querer? – Ela perguntou.
- Uma pipoca média, doce e salgada. – Fiz uma cara de nojo, mais entreguei os vinte reais pra moça. colocou a mão em cima da minha, tirando a nota de 20 e a guardando de volta no meu bolso.
- Não sei por que os homens acham que tem que pagar por tudo. Eles não sabem que a gente tem dinheiro também? – Ela falou pra moça e logo em seguida a entregou uma nota de 20.
- Eu entendo perfeitamente, meu marido era igualzinho. – A moça falou, sorrindo em seguida e a entregando a nota fiscal com o troco. jogou os dois na bolsa de qualquer jeito e sorriu para mim.
- Sabia que ele tem medo de zumbis? – Ela falou pra moça, fazendo a velinha de cabelos branco dar uma gargalhada alta e me fazendo quase mijar nas calças.
- EI! Zumbis comem o seu cérebro. Só pra deixar claro! – Tentei me defender, mas as mãos de já estavam no meu rosto e sua testa já estava encostada na minha. Ela grudou nossos lábios e se afastou em seguida, dando um sorriso calmo.
- Aqui está! – A moça falou entregando um pote grande de pipoca pras pequenas mãos de , que imediatamente lambeu os lábios.
- Muito obrigada. – Ela agradeceu e fomos em direção à sala de cinema. Só eu e ela.
--
- Não, , eu entendi, você prefere me ver só quando as minhas roupas estiverem no chão. – Seus passos se apressavam cada vez mais.
- Não, , você sabe que não foi isso que eu quis dizer. – Tentei pegar na mão dela, que rapidamente foi grudada a seu lado. Deus como que nos chegamos aqui?
- Então o que, Thomas? Hein? Me fala, o que que você quis dizer? – Ela parou na minha frente. Seus olhos grandes me encarando. E ali, eu sabia que não era só ciúmes que eu sentia por ela. Era amor. Pela aquela menina na minha frente. Mas as palavras não saiam da minha garganta. E então foi embora e eu não mexi um músculo. Fiquei ali, naquele shopping, sozinho, olhando para o nada. Tentei me recompor, sai do shopping e entrei no primeiro táxi que vi.
--
[Algum Tempo Depois]
Joguei a toalha, ainda molhada, em cima da cama e me deitei do lado dela encarando o teto. Ainda conseguia sentir o perfume dela no ar, e pelo canto do meu olho conseguia ver a calcinha dela jogada no chão do meu quarto. A neve já havia coberto o chão da cidade desde a hora em que eu havia a deixado em casa. Não sei por que sua imagem, me dando aquele último beijo antes da nossa discussão, não saia da minha cabeça. Tantas discussões. A terceira em menos de quatro dias. Eu estava completamente ciente se que eu estava apaixonado por ela. E que para ela, eu era apenas uma distração. Apenas outro alguém. Para mim, ela era tudo. Só de ver aquele sorriso se abrir quando a gente acordava de manhã, era tudo que eu precisava para me fazer sorrir. A gente não havia se falado desde a festa da . Ela me ignorava e eu a ignorava. Mas apesar da falta de diálogo, os olhares não haviam sumido e quando cheguei a casa aquela madrugada, o convite para o aniversario dela estava de baixo da porta.
Olhei no relógio que estava no meu pulso e levantei rapidamente da cama.
--
- ! ! – Girei a cabeça pra ver quem gritava o meu nome. estava usando um vestido amarelo e andava em minha direção.
- Que bom que você veio! – Ela jogou os seus braços ao redor do meu pescoço e eu a abracei pela cintura.
- Você trouxe um presente, que lindo! Coloca no quarto dela, okay, preciso achar o , tchau. – Ela rapidamente desapareceu da minha frente sem me deixar falar uma palavra. Subi a escada até o quarto de que era a terceira porta a esquerda. O quarto estava escuro, mas eu conseguia ver uma garota de frente pra janela com a cabeça para fora da mesma. Eu conseguia ouvir a respiração pausada e pesada dela e instantaneamente eu a reconheci. Um impulso surgiu em mim e sem mesmo pensar eu estava ao seu lado a puxando para mais perto. percebeu que era eu de imediato. Ela escondeu o rosto no meu peito e deixou as lágrimas grossas escorregarem de seu rosto delicado. Eu não falei nada, só esperei ela se acalmar, o que demorou um pouco, e a sentei na cama. Passei um dedo pela bochecha dela, limpando uma única lagrima que ainda restava em seu rosto. olhou para mim, e ainda tentou sorrir. Seu sorriso era de tristeza, e serenidade.
- , oque que aconteceu? - Perguntei a olhando.
- Eu.. eu... - Ela gaguejou.
’s POV
Não fala que você o ama . Não fala.
- Eu te... - EU FALEI PARA NÃO FALAR!
- Eu tô, eu tô com dor de barriga. - Eu tô apaixonada por você.
- Eu tô com tanta dor de barriga que chega a dor sabe? – Eu tô tão apaixonada por você, que chega dói, sabe? deu uma leve risada, provavelmente sem entender do que eu estava falando.
- E eu sei que essa dor de barriga não vai passar tão cedo, quer dizer, eu sei que essa dor de barriga vai durar. – E eu sei que esse amor vai durar.
- Não, , vamos achar um remédio, você toma e pronto, a sua dor de barriga vai embora. – Eu estava falando grego? Desde quando existe um remédio para o amor? Me levantei e o encarei.
- Não, , não funciona assim. O remédio que eu quero não me quer. – Você não me quer.
- Como assim, , vamos logo achar esse maldito remédio. – se levantou e me agarrou pelo braço e eu forcei o meu braço para trás. Me livrando das garras dele.
- Não, . Eu não vou a lugar nenhum com você. – Você não me ama.
- Você não entende, . – Você vai quebrar o meu coração.
- Por favor, sai daqui. – Por favor, não vá.
- Me deixa sozinha. – Não me deixe sozinha.
Quando comecei a sentir as lágrimas subirem aos meus olhos, me virei de costas para ele. Eu sabia que estava me olhando. Confuso e, provavelmente, bravo.
- Vai pra festa, . – Fica aqui comigo, .
- Eu não preciso de você. – Eu preciso de você.
No momento em que ouvi a porta do quarto bater, meus joelhos enfraqueceram e meu corpo caiu no chão.
’s POV
Quem ela achava que era pra me tratar desse jeito? Tomara que ela morra de dor de barriga, eu tento ajudar e é isso que eu ganho em troca, ignorância? Eu já tô cheio dessa garota. Quando cheguei ao andar de baixo, peguei meu casaco e sai daquela casa imediatamente. O cheiro dela estava em tudo, ela estava em tudo. Meu carro estava bem na frente da casa amarela. Antes de entrar no carro eu olhei para cima e lá estava ela. Lágrimas ainda escorriam de seus olhos. Ela olhava fixamente para mim. Sua boca se abriu, como se ela fosse falar alguma coisa, então as cortinas se fecharam e eu entrei no meu carro. Não queria mais fazer papel de idiota. Esse era o fim de e eu. Foi ingenuidade minha pensar que nós ainda iríamos acabar juntos.
Nota da Autora: Oi, damas da noite. O que acharam da Want Sex 2? Não teve muito sexo, eu sei, mas é que essa é mais conflito, entendem? Mas anyways, não se esqueça de deixar um comentário com a sua opinião, e muito obrigada pela preferência. Um obrigada de coração a beta linda pela paciência.
Obs: se por alguma rara exceção, você acompanha as minhas fics, então siga me os bons, que eu sempre posto trechos de fics, que estou escrevendo beijos; @yelowsubmarine
comments powered by Disqus Nota da Beta: Qualquer tipo de erro encontrado nessa atualização, contacte-me por e-mail, não utilizem a caixa de comentários. Obrigada, espero que gostem da fic. XX