Em uma casa largada (e acabada), numa rua completamente deserta, a alguns quilômetros a esquerda de onde Judas perdeu as botas. A casa tem uma aparência de abandono desde o final da Segunda Guerra Mundial, e havia uma família com antepassados que teriam fugido dos nazistas cruéis. Tinham se acostumado tanto a ficar na casa durante a guerra que raramente saíam, e isso continuou sempre acontecendo. Mas isso mudou quando três adolescentes bateram na porta dessa casa.
- Aí! Tem gente aqui fora querendo informação! – gritou null, batendo na porta.
Após alguns (muitos) berros e batidas na porta das garotas, uma mulher com os cabelos com uma tonalidade ruiva alguns fios brancos, uma estatura mediana e grandes olhos verdes, usando uma camisa florida e uma saia longa até o umbigo [n/a by gabi: arg! Que coisa brega] apareceu na porta.
- Jesus, Maria, José! O que é isso?! – gritou null, indo se esconder atrás das amigas, quando viu a ilustre senhora parada no batente da porta, enquanto null fazia de tudo para prender o riso e null ria escandalosamente, escondendo os olhos com as mãos.
Alguns minutos depois de as garotas pararem de rir, a senhora não alterara sua cara de bunda [n/a by gabi: que palavreado feio, tsc-tsc] e aparecera uma menina bonita, com aparentemente a mesma idade que elas, na porta.
- Quem são elas, vovó? – perguntou a menina.
As três se entreolharam, meio que conversando por telepatia [n/a by gabi: sim, isso é possível] e null resolveu explicar.
- Nós estávamos indo para um hotel, acho que a umas 2 ou mais horas de distância daqui, para passar a nossa última semana de férias, sabe, tem que aproveitar enquanto a escola não começa de novo. - enquanto ela falava, as outras duas faziam uma dancinha para representar a história – E, quando estávamos passando por aqui, o nosso carro quebrou, e como nenhuma de nós não entende nada de mecânica e está muito frio aqui, resolvemos parar para, sei lá, pedir informação, ou ajuda... – quando ela acabou de falar null bateu palmas, e null se virou para ela com uma cara de reprovação.
- Porque as palmas? – perguntou.
- Sei lá, eu gostei do discurso... – respondeu a outra dando um largo sorriso e, no final, recebeu de null um tapa na cabeça como brinde.
- Outch! Hey, doeu.
Enquanto as meninas olhavam da moça para a menina, da menina para a moça, da moça para a menina... [n/a by gabi: desisto! Tá me deixando tonta]. A senhora tinha um pequeno sorriso que, na opinião das garotas, era assustador, e a garota que possuía cabelos tão ruivos como os da avó [n/a: Weasley *.*] resolveu se pronunciar.
- Meu nome é null, mas podem me chamar só de null mesmo...
- Ah! Desculpa aí por não termos nos apresentado, eu sou null null, mas pode chamar só de null. – falou a garota, que era um pouco baixa e tinha os cabelos ondulados , mas também lisos [n/a by gabi: sentiu como eu me expresso bem] e castanhos, com uma franjinha muito fofa, com mechas azuis por todo o cabelo. – Essa aí é null null, mas ninguém a chama assim, acho que ela nem gosta também... - momento da garota pensando, porém da cabeça dela só sai ‘Kric-Kric’. - But, anyway, todo mundo a chama de null – e fez um sinal com a cabeça apontando para a menina ao seu lado, com os cabelos em um tom de louro meio escuro, curto, liso, com suaves ondas nas pontas [n/a by gabi: ui, ui, que palavras bonitas] e com mechas vermelhas, os olhos verdes e uma estatura média – e essa aí é null...
- Eu! – gritou a dita cuja [n/a by gabi: UAHSHAUSHAUSH, que palavras engraçadas], levantando uma mão. Mas, ao ver o olhar “te pego na saída” da que foi interrompida, olhou para os sapatos e murmurou um pedido de desculpas baixinho.
- Tá! Como eu estava dizendo antes de ser interrompida – e fez o olhar do mal de novo para a amiga – essa daí é null null, mas pode chamá-la de null – e apontou para a amiga que estava de cabeça baixa, essa possuía olhos castanhos, as bochechas naturalmente bem rosadas, cabelos compridos castanhos também, muito lisos e repicados com uma franjinha e uma mecha roxa só do lado esquerdo, a menina um pouco baixa também, mas alguns poucos centímetros maior do que a primeira apresentada.
Todas muito bonitas, cada uma com seu jeito de ser, e todas com uma característica física semelhante: mechas no cabelo, tcha-nan!.
- Ah, mas então null, pode continuar a dizer o que você estava falando antes da null te interromper com as apresentações – disse null.
- Ah, ok. Então, como vocês já podem ter percebido, celulares não pegam aqui, e o nosso telefone está quebrado, e como está muito frio aqui fora, vocês podem entrar... [n/a by gabi: falei que é um fim de mundo?]
- Se vocês quiserem, queridas, podem dormir aqui também, pois já vai escurecer, e está começando a nevar. – falou a velha, até então calada, com o mesmo sorriso estranho nos lábios, as assustando com a repentina fala, fazendo as garotas pularem.
- HÁHÁHÁHÁHÁ! Cara, vocês tinham que ter visto a cara de susto de vocês, quando a senhora falou! – disse null rindo e tentando imitar a cara de susto das amigas enquanto elas entravam pela porta.
- Ah, cala a boca, que você estava igual. – falou null, dando um pedala na amiga, que recebeu um também de null e falando um “aí! doeu” após cada um.
- Gente, se nós vamos ficar aqui essa noite, acho melhor pegarmos nossas malas no carro... – falou uma null pensativa.
- É meninas, peguem as malas e deixem aqui, que eu levarei vocês para o quarto de hóspedes. – falou a senhora – E a propósito, meu nome é Blair Shacklebolt, queridas. – falou com o mesmo olhar sombrio outra vez.
- Jóinha, senhora Shackelout – falou null, a última parte mais baixo e embolado, pois não tinha entendido o sobrenome estranho da mulher.
- SHACKLEBOLT! Senhorita null – corrigiu a senhora, em um tom mais alto a primeira palavra, assustando as garotas. Ao perceber isso, ela mudou para uma voz mais doce. – Queridas, se não se apressarem, vão ficar ensopadas de neve.
Sem nem dizer uma palavra, as três saíram porta a fora. Enquanto saiam, Blair olhava curiosamente para null.
Até chegarem ao carro, a única coisa que se ouvia era null tremendo, não sabiam se era de frio, ou de medo da senhora Shacklebolt, pois dentre as três, null sempre fora a mais medrosa: tem medo até de criancinhas felizes correndo em sua direção. Quando chegaram no carro, null resolveu quebrar o silêncio.
- Aqui, em Newcastle, é o lugar mais frio da Inglaterra ao qual nós poderíamos ter vindo, cara. Austrália - o país onde as garotas as garotas nasceram - é um forno microondas, comparando com isso aqui.
- E eu não me lembro de nenhuma velha estressada, que berra porque erramos o nome dela. – disse null, com medo no olhar, fazendo força para tirar a mala do porta-malas do BMW conversível série 3 amarelo, que os pais das garotas deram para elas.
- Relaxa na bolacha. HÁHÁHÁHÁHÁ! Que engraçado falar isso! [n/a: experimenta também, é divertido] Mas enfim, a coroa só teve uma crise passageira de estresse, e passou em 5 segundos depois que começou até... – falou null.
- Cara, eu já disse para você parar de beber mercúrio [n/a: para quem não sabe, o mercúrio não dissolvido em água, quando bota apenas uma gota na pele, ele vai para o cérebro e causa demência na pessoa e diminui a massa cerebral], esses dias você está pior que nunca, e está me deixando preocupada. – após null dizer isso, a amiga deu a língua para ela, enquanto null ria.
- Tá bom, gente, agora, vamos entrar, porque eu estou com muito frio, MESMO! – disse null, se abraçando por causa do frio e puxando sua mala, indo para a entrada da grande casa velha, sendo seguida pelas amigas, cada uma carregando sua mala e seus violões, deixando no carro apenas o teclado de null, a guitarra de null, o baixo de null e os amplificadores.
Quando entraram pela porta, a senhora Shacklebolt estava entrando na cozinha e gritou de lá:
- Fiz uns biscoitinhos para vocês meninas! A null foi só tomar um banho rápido e já vem mostrar o quarto de vocês, sintam-se à vontade.
As meninas logo avistaram os biscoitos em cima da mesa de centro.
- Eu que não como isso! Deve estar envenenado.
-Credo null, que paranóia. – Disse null pegando um biscoito, mas, como é um pouquinho (lê-se: muito) desastrada, deixou cair no chão. Fitou o biscoito por alguns segundos, se abaixou e comeu o biscoito, com suas amigas a fitando com cara de nojo e fazendo uns “arghs” e “urgh”, enquanto ela mastigava.
- Que foi? Fica com um temperinho bom, tá?! – disse null, ao ver as expressões faciais das amigas.
Elas ficaram em silêncio, enquanto null devorava os biscoitos, null comia educadamente, e null olhava com medo para os biscoitos, até que null apareceu, vestida em um vestido [n/a: falar isso rápido sai tudo errado, cara] branco até em cima dos joelhos e com os cabelos ruivos molhados e soltos, desceu rapidamente as escadas e cumprimentou as meninas.
- Meninas, me sigam, o quarto de hóspedes é no terceiro andar.
As garotas a seguiram por dois longos lances de escada e pararam em frente a uma porta e, enquanto null a abria, no outro lado do corredor havia uma porta entreaberta, pela qual só dava para ver um pequeno caldeirão em cima de uma mesa alta. As meninas logo desviaram o olhar quando escutaram o click da porta destrancando, e se viraram rapidamente.
- Podem por suas malas no closet, e esses violões também. – disse null.
Ao entrarem, as meninas viram um quarto espaçoso, com duas camas de casal, e três de solteiro, estavam todas as camas arrumadas, tinham duas portas no quarto: uma era o closet, e a outra o banheiro. Tinha também dois sofás de dois lugares, uma mesa estilo escritório com uma iluminação saindo de um armarinho acima e, ao lado de cada cama, uma mesinha de cabeceira com um abajur. Logo que entraram null pegou seu laptop e pôs em cima da mesa, null pegou seu celular para ver se tinha sinal 3G e... Nada! Pegou o iPod e... Nada! Nem o laptop de Ana tinha sinal. Foram colocar suas coisas no closet, e pegaram de lá só os pijamas e as bolsas de objetos de higiene pessoal, e foram, uma de cada vez, ao banheiro tomar um banho rápido; Voltaram para o quarto, sentaram em um tapete felpudo à frente de um dos sofás e ficaram rindo e fofocando [n/a: gossip girls, tsc-tsc], até que null e null pegaram seus violões e começaram a tocar “Let it be”, dos Beatles, enquanto null cantava. Ficaram assim até a senhora Shacklebolt aparecer na porta.
- Meninas, estou indo dormir e acho que vocês deveriam fazer o mesmo. – disse ela, mantendo o olhar fixo em null e fechando a porta em seguida.
null e null guardaram seus violões e voltaram.
- Ah! Eu vou ficar com essa cama! – Disse null, pulando em uma cama de casal.
- Valeu, espaçosa! Eu vou ficar com essa aqui. – disse null imitando a amiga, se jogando na outra cama de casal, porém essa fez um “crack”, e ela saiu correndo de lá, com as amigas rindo dela.
- Uma dietinha caia bem, hein?! – debochou null, rindo mais.
- Sem graça. – respondeu a menina, indo se deitar com seu livro, “Crepúsculo”, numa cama mais afastada das outras.
null se deitou em uma cama de solteiro, dormindo rápido, e null foi ler o seu livro, “A Mediadora”, mas depois de quatro frases o livro já se encontrava no chão e a garota dormindo. Ao reparar nisso, null desligou o abajur e dormiu também.
Capítulo 2 – knowing people
No meio da madrugada, era possível ouvir a porta abrir, depois fechar, logo em seguida passos, null foi a única que escutou, pois as outras tinham um sono muito pesado, mas nem chegou a abrir o olho e dormiu de novo.
Alguns segundos depois começam sussurros.
- Dude, pelo menos tem o número suficiente de camas.
- É, e eu fico com a de solteiro! – falou um esperto Tom, e indo logo se deitar nela.
- Eu estou com muito sono, vou ir para aquela de casal logo – disse um Harry muito sonolento.
- Ok... Eu fico com a garota! – disse Dougie com uma expressão maliciosa no rosto.
- Sai para lá, seu gay! Eu fico. – disse Danny tentando tirar o casaco de zíper por cima da cabeça, mas não obtendo sucesso, e ficando com ele preso na cabeça. Foi empurrado por Dougie e caiu no tapete fofo, enquanto o outro ia para a cama.
- Ah! Que merda, vou ter que dormir com o Judd... – lamentou Danny.
-Com isso você só ganha. – disse Harry piscando um olho, já deitado na cama – Mas seja um menino bonzinho e durma virado para o lado oposto ao meu.
- Até parece que eu faria o contrário, hum – disse Danny se deitando.
Nisso eles apagaram o abajur, e segundos depois estavam dormindo também.
Minutos... Minutos... Minutos... E null virou para o lado na cama.
- Jeff! Pensei ter te esquecido em casa! Quem é o porquinho-da-índia de pelúcia mais fofo que existe? Ganhou um prêmio por acertar! Sim, é você! – disse a menina apertando as bochechas de seu suposto bichinho de pelúcia, e falando com uma voz de sono.
Dougie acordou ao ser apertado, e tentou dizer sutilmente que não é o tal de Jeff.
- Hey, menina...
- Ei, Jeff, não precisa falar não, dorme – disse a garota o abraçando mais. – Hey! Perde Jeff, desde quando você fala? Cara, que mágico! Meu bichinho de pelúcia fala comigo. [n/a by mari: momento “oi, eu sou retardada”. n/a by gabi: fica quieta, que você é assim mesmo quando acordada] A garota o abraçou mais, com orgulho – Espera aí – e fez uma cara confusa ainda de olhos fechados. – Bichos de pelúcia não falam!
- Er... Porque eu não sou esse tal de Jeff.
Ao escutar isso a garota arregalou os olhos, largou Dougie, e deu um saltinho para traz e ia se preparar para gritar, mas foi impedida pela mão do garoto tapando sua boca.
- Eu destapo a sua boca se você prometer que não vai gritar. – ela fez que sim com a cabeça e ele a soltou. – Você deve querer saber por que eu estou aqui, então, é que o meu carro e dos meus amigos quebrou aqui na frente, e uma senhora... – olhou para o lado para ter certeza que ninguém escutava, e prosseguiu. – assustadora disse para dormimos aqui hoje, porque está nevando muito, e aí os meus amigos pegaram as outras camas e aqui estou eu. – nessa hora os dois já estavam sentados na cama, com um abajur bem fraquinho ao lado ligado. – Ah! Eu sou Dougie Poynter, mas só Dougie serve.
- null null, só null. Nosso carro também quebrou aqui na frente e a senhora Shacklebolt disse para dormimos aqui também, e já que está tudo esclarecido, boa noite – disse e se virou para dormir, só agora reparando como o garoto era bonito e corando ao pensar nisso.
O garoto apagou a luz e se virou para dormir também, com o mesmo pensamento que null. Em minutos, todos já estavam dormindo de novo.
De manhã, por volta das oito horas, null acordou ouvindo a senhora Shacklebolt batendo na porta.
- Pode entrar, senhora Shacklebolt. - disse a garota, sem nem abrir os olhos.
A mulher entrou no quarto, e se dirigiu diretamente a única acordada.
- Querida, eu e null estamos indo à cidade, e voltamos dentro de 4 ou 5 horas, para preparar o almoço, por favor diga aos outros. – e saiu no mesmo instante com o olhar sombrio.
- Aí, não era para ser “as outras”? Eu hein, que mulher maluca... – falou null, finalmente abrindo os olhos. A garota atravessou o quarto, não percebendo a presença de quatro pessoas a mais, e chegou a uma cama de solteiro que era do lado oposto da sua, e encostou-se no indivíduo que se encontrava dormindo ali, – Aí, null, acorda, porque a coroa disse que está saindo e volta daqui a 4 horas, e... – e, quando ela viu os cabelos totalmente loiros claros no travesseiro, arregalou os olhos. - AI MEU DEUS, você pintou o cabelo? – e manteve os olhos arregalados.
- Não grita não, por favor – disse Tom de baixo dos cobertores.
- Caraca! Sua voz mudou também!
Nisso Tom se virou e descobriu o rosto e a garota, quando viu que não era sua amiga, saiu correndo.
- AH! LADRÃO, LADRÃO! – e, numa tentativa de abrir rápido a porta e passar por ela ao mesmo tempo, a porta não abriu com toda a velocidade e a garota não conseguiu parar de correr tão rápido assim e.... BUM! Ela bateu na porta e caiu para trás na mesma hora, nocaute!
- null!- disse null se aproximando da amiga, e segurando o rosto dela com os braços.
Nesse momento todos já estavam acordados, exceto null, com os berros de null, e quando null viu que havia mais quatro garotos parados atrás dela, soltou a cabeça da amiga e gritou também, e mais uma vez null continuou dormindo como uma pedra.
- Pô, null, ajuda aqui! Deixa para gritar depois que eu estiver melhor, esse é o meu plano. - diz a ferida no chão, se levantando e sentando no sofá ao seu lado, com um pequeno corte no lábio, devido à pancada.
- Ah, ok. Deixe-me pegar aquele remédio com nome estranho para machucados na boca.
- Obrigada.
Durante os afazeres das meninas e o sono profundo de null, os garotos ficaram só olhando. Quando null acabou de passar o remédio, começou a gritar, e após uns 5 segundos parou, vendo o olhar de reprovação da amiga null. Ela se virou para os garotos enquanto null mexia em seu novo machucado, e null continuava dormindo.
- Quem são vocês, e o que estão fazendo aqui?
- Aconteceu conosco o mesmo que com vocês, o nosso carro quebrou, e a senhora Shacklebolt disse para dormimos aqui. – respondeu Dougie.
- AI, MEU DEUS! Como você sabe o que aconteceu com a gente? – perguntou null.
- A null acordou de noite e me disse...
- Nossa, ela não acordou agora, e acordou de noite, eu hein... – falou null.
- Ah, agora eu entendi o porquê do “os outros”, hum... – disse null pensativa.
-Não queiram entender - disse null, ao perceber as caras de confusão dos garotos. – Nem eu entendo...
- Ah, eu sou null null! Ou null... - disse null. – Essa é null null, mas sempre null, haha!
- Eu sou Thomas Fletcher, Tom – falou o garoto loiro. – Esse é Daniel Jones ou Danny – e apontou para um garoto com cachinhos castanhos, olhos azuis, e muita cara de sono. – Esse é Harold Judd, ou Harry – apontou para um garoto moreno de olhos azuis. – E o nanico ali é Dougie Poynter, Dougie – apontou para o loiro de olhos azuis e com uma altura não chegando a ser “pequena”, só menor que os outros.
-Ah! A senhora Shacklebolt pediu para avisar que saiu com a null, e volta na hora do almoço – disse null.
- Ok então... Vocês têm alguma idéia do que fazer durante esse tempo? – perguntou Harry.
- Vocês eu não sei, mas eu vou tentar acordar a null – disse null, que foi para o lado da amiga que dormia. – null, está na hora de acordar! – disse a garota docemente e, quando a outra nem se mexeu, começou a balançá-la e... Nada. – , O JACKSON RATBHONE ESTÁ AQUI! – ela gritou balançando mais a amiga e... Nada! – Ai, eu desisto! - disse null, levantando da cama, que emitiu um pequeno barulho.
-Aí, aí! O que aconteceu? – acorda null se levantando da cama muito rápida, ao escutar o ruído da mesma.
- AH, É ASSIM QUE VOCÊ ACORDA! – gritou null pulando na amiga, a derrubando de novo na cama, e caindo por cima dela.
- SAI! Vai me esmagar!- disse null, enquanto null saia de cima dela – um regimezinho ainda caía bem. – falou debochando da amiga.
- Ah! Eu pego você! - e ficaram correndo, correndo e correndo, até passarem 8 segundos e null dizer que cansou.
- Hey, gente o que vocês acham de nós fazermos um jogo de perguntas e respostas, para nos conhecermos melhor, já que vamos ficar um pouco mais que 5 horas juntos? – falou Danny, calado até então.
- Dude, o Danny teve uma idéia, vai chover papagaio! – disse Dougie para os demais, que riram.
- Tão engraçado... – falou Danny, fazendo careta para o amigo.
- Tá bom, garotos, a discussão está muito boa, mas eu tenho que pelo menos escovar os dentes e tomar banho quando acordo, então... Tchau. – disse null, indo pegar suas coisas para entrar no banheiro, quando um furacão que atende por Harry passou correndo.
- Eu vou primeiro! – disse ele, ainda correndo para o closet, para pegar suas coisas.
- Não! – gritou null, começando a correr também. Enquanto competiam, com muitos empurrões, os outros se sentaram.
- Aí, já sei que vou ser a última mesmo, e estou morrendo de fome, alguém está a fim de fazer um tour pela cozinha comigo? – perguntou null, a esfomeada.
- EU! – Danny deu um pulo rápido para acompanhar a garota.
- Quando se fala em comida, pode contar que o Danny está dentro! – disse Tom.
- A null também. – disse null, enquanto via os dois sorridentes saírem pela porta.
- Então, null, de onde vocês são? – perguntou Dougie.
- Da Austrália, e vocês?
- Daqui mesmo, Inglaterra. – disse Tom. – Quantos anos vocês tem?
- Caraca, pensei que o jogo das perguntas fosse começar só com todos presentes, hehe. – falou null e, ao reparar a cara não muito amigável de Dougie e de Tom, resolveu se concertar: Brincadeirinha! – disse ela com um sorriso laranja [n/a by gabi: os sorrisos amarelos tão fora de moda].
- A gente sabe, mas você ainda não respondeu nossa pergunta. – disse Tom.
- Ah, sim, 16, todas nós, mas a null é a mais nova, ela faz aniversário dois meses depois de mim. – Ao terminar de falar, ela percebeu que Dougie continuava com a cara emburrada. – Ah, fala sério, você não ficou de mal porque eu falei aquilo, não é? – ela perguntou e o viu virar o rosto e fazer um biquinho, na opinião dela (e de todos) era muito fofo. – Ah! – ela falou e foi abraçá-lo, e ele, na mesma hora, fez uma cara de safado para Tom, que apenas riu. Nesse momento, null e Harry saíram correndo do closet, com a garota gritando que é mais rápida e que venceu. Mas, antes de chegar ao banheiro, ela parou bruscamente na frente do sofá e viu a amiga já se abraçando com um cara que conhecera há algumas horas, mas Harry vinha correndo e não parou a tempo, empurrando a garota sem querer em cima de Tom. Este, na velocidade da luz, segurou-a e não a deixou cair, e ficaram com os rostos colados. Tom ficou levemente corado, pois, dentre as três, null foi a que mais lhe chamou atenção. Ele fez a garota sorrir com essa reação, e ela se abaixou e deu um beijo no rosto dele, fazendo assim o garoto adquirir um uma cor similar a de um tomate. Ele se levantou em seguida, passando por Harry e fechando a porta do banheiro. Harry ficou olhando null sair de cima do garoto com um olhar não muito amistoso.
- Dude, como vocês conseguem antes de mim, depois dessa vou procurar outro banheiro. – e saiu pelo corredor a fora [n/a by gabi: pela estrada afora eu vou bem contente...] Passando pelo corredor, ele viu Danny carregando null nas costas, e ambos rindo, com um pacote de bolachas na mão. Ele continuou procurando um banheiro.
null e Danny entraram no quarto e os outros três olham para eles como se pedissem um motivo para estarem nas posições que se encontravam.
- Ah, é que quando a gente estava descendo as escadas, ela não viu os seis últimos degraus e caiu, torcendo o pé... – explicou Danny com um sorriso sapeca nos lábios, pois desde que a viu gritando mais cedo gostou muito da garota, mas o que ele não sabia é que a garota também gostara muito dele quando o vira quieto, de manhã, e com cara de sono.
- Alguém quer biscoito? – perguntou a menina, com o pacote nas mãos.
Alguns minutos depois de todos os seis que estavam no quarto estarem limpos, de banho tomado, e com muitos casacos, eles se sentaram nos sofás, para esperar Harry, que até o momento não voltara.
- Gente, eu estou preocupada com o Harry, ele já saiu há muito tempo, e até agora não voltou. – comentou null, e eles escutam um “BUM” vindo do final do corredor.
Capítulo 3 - Something can be so strange (Uuuuh –uh)
- Meu Deus, deve ter acontecido alguma coisa com o Harry. – disse null saindo correndo do quarto com os cinco amigos correndo em seu encalço. Correram o mais rápido possível até o final do corredor onde Harry se encontrava jogado no chão, acordado em frente a pia do banheiro.
- O que aconteceu?! – perguntou null, que estava muito assustada para fazer algum comentário retardado. (n/a by Ana: hahá!)
- Eu tentei abrir a torneira, mas ela não abriu, é como se tivesse uma coisa fazendo uma pressão enorme, como se uma bola de ar muito forte me jogasse para trás. – disse Harry aparentemente nervoso.
- Dude, a gente tem mesmo que acreditar nisso? – disse Danny, com ar de deboche.
- Vem abrir então, vai. – disse Harry.
Danny se aproximou da pia, mas, antes mesmo que ele pudesse tocar na torneira, ele foi jogado para longe. null correu até ele para ver se o mesmo estava bem (n/a by mari: tenta imaginar essa cena em câmera lenta, uasushshash’ fica engraçado, ainda mais se a pessoa tiver falando um “nãããão” HAHAHAH), enquanto os outros quatro olhavam assustados para a pia (n/a by Ana: pia do mal, cara *medo*). null se aproximou da tão temida pia.
- O que você está pensando em fazer? – disse Tom um pouco alto demais, mas null pareceu não ouvir ou simplesmente ignorou.
A garota chegou mais perto da pia, mas nada aconteceu, tocou na torneira, e... Nada, virou a torneira, nada aconteceu novamente, exceto por sair dela uma água escura, que quase chegava a preto. Os 7 se entreolharam com os olhos arregalados, e Danny com a mão nas costas, por causa da dor de queda.
- Meninos, chegamos. – entra a voz da senhora Shacklebolt ecoando no corredor, os sete olharam para a direção da voz, (n/a by gabi: Poltergeist “siga a minha voz” hehe) que vinha do outro lado do corredor, e numa ligeira fração de segundo olharam de volta para a pia, de qual saia uma água totalmente transparente, uma água normal.
- Eu heim, que coisa bizarra. – disse Dougie com um tom de terror na voz.
- Desçam em cinco minutos crianças, estou indo botar o almoço na mesa! – gritou a senhora Shacklebolt.
- Cara, ou isso foi uma ilusão visual coletiva, ou aquela pia é maluca. – disse null, com cara de assustada.
- Ou acabou o reservatório de água preta e o de branca foi acionado na hora que a velha entrou... – disse Danny pensativo.
Logo em seguida os dois levaram pedalas de todo o grupo, murmurando um “outch” após cada um.
- Cara, não sei qual desses dois é mais lerdo. Danny, a água não é branca, é transparente. – disse Dougie.
- Que nada, a null também está na disputa. – disse null rindo, e recebendo um pedala da amiga pelo comentário.
- Eu sou muito esperta, tá legal? Todo mundo sabe que o que fez a água se transformar em transparente foi mágica. – todos olharam para ela com uma cara de ‘você não disse isso’ – É verdade, uma vez eu fui a um show de mágicas, e tinha um cara lá que transformou um pombo em uma flor, tá?
- Ok gente, esquisitices à parte, deve ter uma explicação racional para a mudança de cor da água. – disse Tom pensando. – Podia ter, sei lá, lodo ou mofo na entrada da caixa d’água, e essa pia não era usada há muito tempo
- E quando foi usada saiu primeiro essa sujeira, e por isso mudou tão rápido a cor da água, ISSO! – disse null completando os pensamentos do rapaz. (n/a by gabi: rapaz, que palavra engraçada uahsuhaushauhs’)
- Valeu mentes brilhantes, e o que poderia ter feito eu e o Danny voarmos? – perguntou Harry.
- HAHAHAHA’ nunca vi uma pessoa fazer uma hipérbole tão bem, cara, vocês nem chegaram a se mover 3 metros, e já está dizendo que voou. – Disse Dougie rindo do amigo, e sendo seguido por null e null.
- Tá, que seja, mas nós temos que achar uma explicação. Racional... – disse a última palavra ao ver null levantar o dedo, e abaixar ao escutar a amiga. - ...Para isso também.
- Queridos, está na mesa o almoço. – Blair gritou do primeiro andar (n/a: ôh garganta!)
Os sete desceram, mas não estavam com fome, tirando null, que estava reclamando sobre o lugar não ter uma comida muito saborosa, sendo que ela nem tinha comido ainda.
A mesa estava bonita, com todos os tipos de comida para todos os gostos e com vários tipos de tempero (n/a by Ana: veneno também, hahá, to brincando), durante o almoço, ninguém se falava, pois estavam pensando no porque de a pia não deixar ninguém se aproximar a não ser null,e porque a água estava preta e do nada ficou transparente como uma torneira normal, mesmo eles tendo tirado conclusões, ainda havia um ponto de interrogação em suas mentes.
Enquanto pensavam, null olhava para eles com cara de curiosidade. Harry respondeu o olhar dela com um olhar (n/a: dããã) de “eu te conto depois, ok”.
Após o almoço, todos estavam sentados no sofá, assistindo TV.
- Crianças, eu irei para o meu quarto, e não quero ninguém me perturbando, ouviram! – disse a senhora Schacklebolt um pouco alto, e percebeu que todos a olhavam assustados e ao mesmo tempo curiosos, então mudou o tom de voz para algo mais sutil, poderia se dizer até gentil. – Enquanto isso podem fazer o que quiserem, ok? Só se lembrem de não entrarem no meu quarto. – ela os lembrou docemente dessa vez, e lançou um de seus olhares curiosos para null e se retirou da sala.
Todos se entreolharam curiosos, até mesmo null, que vivia com ela. null nunca tinha visto sua avó falar daquele jeito. Porque Blair não queria nenhuma das ‘crianças’ no quarto? Essa era a pergunta que rondava as cabecinhas de todos os presentes.
- Tem algo muito esquisito acontecendo. – disse null quando todos já se encontravam no quarto de hóspedes
- É verdade, nunca vi minha avó agir daquele jeito... – disse null pensativa. – Mas se bem que ela sempre tranca a porta de seu quarto quando sai.
- Talvez ela crie mini-alienígenas que um dia vão crescer e voltar para seu planeta. – disse null rindo.
- E talvez eles te dêem uma carona de volta para seu planeta natal, sua panaca. – disse null rindo e dando um leve tapa na cabeça da amiga, enquanto os outros riam.
- Panaca, muito bom. – disse Dougie ainda rindo.
- Ei, não fala assim da minha amiga! – disse null com uma cara séria.
- Mas você acabou de falar isso!
- Quietos os dois! – disse null alto
- Nós temos problemas maiores aqui. – disse Danny. – Vocês já pararam para pensar que estamos em uma casa estranha, com uma senhora mais bizarra ain... – mas foi interrompido por Tom que botou a mão em sua boca e sussurro algo parecido com “cala a boca, que a neta dela está aqui”.
- Está tudo bem, ela também me assusta um pouco... – disse null. Harry olhou para a garota, não entendia como a neta de alguém tão esquisita e estranha, podia ser tão linda, sorriu com esse pensamento.
- Gente, vocês não me contaram porque vocês estavam tão quietos durante o almoço. – disse null curiosa.
null contou a ela sobre o incidente com a pia e os outros apenas concordavam e davam mais detalhes.
- Eu sempre usei aquele banheiro e nunca tive esse problema, que estranho. – murmurou null enquanto Dougie tentava abrir o armariozinho da mesinha de cabeceira, que parecia emperrado.
- Você vai acabar quebrando isso. – disse null e, nesse exato momento, o armariozinho abriu. Dougie olhou para a menina com uma cara de “viu só?”, e pegou algumas revistas que tinha trazido e jogou dentro do pequeno armário.
Depois de certo tempo, cada um estava fazendo o que estava a seu interesse. null e Danny conversavam sentados na cama de solteiro que a garota dormira, discutiam se o que veio primeiro foi o ovo ou a galinha, e estavam se divertindo muito.
- Você é sempre tão divertida e hiperativa? – perguntou Danny a menina, que apenas assentiu com a cabeça e sorriu do jeito mais bonito e feliz que conseguiu. Danny não resistiu, era algo que queria fazer desde que viu pela primeira vez a menina, deu nela um selinho demorado, mas rápido o suficiente para que ninguém no quarto visse. Ela ficou paralisada e olhou nos olhos do garoto, que apenas sorriu. Estava pronta para perguntar o que, diabos, havia sido aquilo, mas nesse momento a senhora Shacklebolt entrou no quarto.
- Se arrumem crianças, nós vamos a Stone Village. – disse a senhora que tinha conseguido se superar na pior combinação de roupa de século.
- Stone Village? – perguntaram Tom e null juntos, que se olharam e sorriram momentaneamente.
- É uma cidadezinha aqui perto, no máximo uns 60 km. – disse a senhora. – Estou precisando de alguns... Hun... Ingredientes. – ela deu ênfase na última palavra e depois olhou para um relógio que se encontrava na parede. – Nossa, não há tempo para que vocês se arrumem. – disse ela os avaliando. – Vocês estão ótimos assim, vamos, rápido!
Todos desceram as escadas correndo, passando rápido pela porta de saída. null observou a fachada da casa.
- Com certeza dava mais medo à noite. – disse ela, para si mesma.
Capítulo 4 – On the way to Stone Village
Os oito acompanharam a senhora Schacklebolt até uma mini van, onde ela entrou na frente.
- Entrem atrás, queridos. – disse a senhora para os demais.
Eles se entreolharam, null passou na frente, e null, null e null foram tentar passar na mesma hora, porém a última mencionada fora puxada por um Dougie com uma cara divertida, e a abraçando em seguida, ouvindo os protestos da garota e recebendo de brinde alguns empurrõezinhos para que ele se afastasse.
- Porra Dougie, era uma competição para ver quem passava pela porta primeiro, e eu perdi. – disse null com um bico enorme.
- Ah! Mas vai dizer que você não gostou. – disse o mesmo com uma cara safada.
- Aí, vocês não vêm não? – perguntou null, botando o rosto para fora do carro.
Quando Dougie viu que null já estava entrando, se apressou para ficar entalado com ela na porta. A menina abriu um grande sorriso para ele, que a deixou passar primeiro e piscou só com um olho, e em seguida lhe deu um beijo na bochecha, e os dois sentiram algo que para eles era inexplicável, e sorriram mais após isso.
Já no carro, todos cientes de que ficariam uma hora ali, se arrumaram da seguinte forma: Danny em uma janela, null ao seu lado, logo em seguida null e depois Dougie, no banco da frente, que é virado de frente para esse banco tinha: Harry na frente de null, ao lado dele null na janela, do outro lado de Harry, Tom, e por fim null.
- Hei! Que tal se nós contássemos piadas? – perguntou null com os olhos brilhando.
- É! – concordou null, com os olhos brilhando também.
- Ah não, elas vão começar com essa porra de novo. – disse null com cara de tédio.
- Começar com o que? – perguntou Tom.
- Era uma vez um pintinho cabeçudo... – disse null.
- Que foi ciscar, e deu uma cambalhota...! - completou null, quando as duas já estavam gargalhando muito, null, Tom, Harry, Dougie e null as olharam com cara de “que retardadas” e Danny com cara de interrogação.
- Não entendi. Porque o pintinho resolveu dar uma cambalhota? – perguntou Danny, e nessa hora null e null já riam mais que o suportável com o rosto vermelho e dor na barriga.
- Tinha que ser o Jones. – disseram os garotos juntos, dando pedalas nele.
- É que o pintinho tinha a cabeça grande demais, e quando foi ciscar, o peso do corpo era menor do que o da cabeça, e ele acabou caindo para frente, dando uma cambalhota. – disse null.
Agora null e null riam descontroladamente junto com Danny, após ele entender a piada.
- Ok então, deixemos essas pessoas com problemas mentais de lado, e vamos fazer o jogo das perguntas agora. – disse Harry.
- Espera! – gritou null. – Eu tenho mais algumas piadas.
- Sabem o que dá quando uma girafa vai ter um filho com um papagaio? – perguntou null. – Um auto falante! – novamente só os três riram.
- Vamos deixá-los contando as “piadas” deles. – disse Harry fazendo aspas com as mãos. – E vamos voltar a conversar.
- De onde vocês vieram? – perguntou null aos demais.
- Eu e os garotos sempre fomos daqui da Inglaterra, Londres. – disse Tom
- As meninas e eu nascemos na Austrália, e com uns oito anos, quando eu e null conhecemos a null, fomos para o Brasil, porque toda nossa família é de lá, tipo, nasceram lá, e ontem chegamos aqui na Inglaterra. – disse null – E você, null?
- Nasci aqui mesmo em Newcastle, mas sempre que começa o período de aulas, eu vou para Londres.
- Qual é o nome da escola? - perguntaram Tom e null ao mesmo tempo, e abriram um largo sorriso.
- Biscuit High School. (n/a by gabi: esse é o nome da marca da folha de fichário que eu estava usando sem o High e o School, quando se está sem criatividade vale tudo)
- É para lá que eu vou também. – falaram null e Tom juntos outra vez, e deram uma leve gargalhada.
- Eu heim, só tem gente maluca aqui, dude. – disse Dougie para Harry, apontando com a cabeça para Danny, null e null, que já estavam um por cima dos outros, rindo muito.
- Concordo. – disse Harry – Quantos anos vocês tem?
- 16. – disse null.
- Quase 17. – disse null.
- Suponho que as outras meninas também tenham 16, né? – perguntou Harry.
- Yep. – disse null – E vocês, quantos tem?
- Eu o Harry temos 17, e o Dougie e o Danny tem 16. – disse Tom.
- Ah sim... – null – Vocês estão em que ano, no colégio?
- 2°. - falaram os quatro ao mesmo tempo.
- Ah, que bom, eu também.
- HÁHÁHÁHÁHÁHÁHÁ! – riu null muito alto se virando para os demais. – Vocês TÊM que ouvir essa piada que o Danny contou! – e riu mais.
- O que nasce de uma cobra e um porco espinho? – perguntou a garoto. – Arme farpado! – e os três começaram a rir desesperadamente de novo, e null nem percebeu quando caiu uma palheta do seu bolso.
- Hei, null, você deixou cair isso. – Dougie pegou o que tinha caído. – Ela toca?
- Depende do que você ta falando. – disse ela com uma cara pervertida, e voltou a rir com os outros dois panacas.
- Sim, a null toca violão e guitarra, a null toca violão e baixo, e eu toco teclado. – disse null – Nós até tentamos fazer uma banda, mas não tem baterista. – lamentou a menina.
- Eu toco bateria. – falou Harry, a garota saiu do lado de Tom, e sentou no colo do Judd.
- O que você acha de fazer uma banda com agente? – perguntou a menina passando a mão envolta do pescoço de Harry.
- Ele já tem uma banda. – falou Tom um pouco mais alto que o necessário.
- Ahh. – murmurou a garota tristemente, e olhando para baixo, se levantou para sair, mas quando já de pé, o carro balanço, a jogando para o colo de Harry novamente.
- Algo não quer que você saia daqui. – disse Harry com cara de safado.
- Nem tenta, Judd. – disse null, se levantando, e sentando ao lado de Tom logo em seguida. Harry fez bico e Tom abriu um largo sorriso.
- Alguém faz eles pararem, por favor? – falou Harry, se referindo a Danny, null e null, que riam muito.
- Eu posso tentar uma coisa... – disse Dougie com um pequeno sorriso, ele puxou null para bem perto, quase grudando seus lábios. – Olha! O Jeff! – gritou fazendo null rir, Danny ficar com cara de interrogação, null levantar o pescoço procurando o mencionado, e null sair de um transe e murmurando um fraco “onde?”.
- Era brincadeira, era só para vocês pararem de rir. – disse Dougie com uma cara sapeca.
- Vai à merda, Poynter! Você adora me iludir e acabar com a minha alegria. – disse null fazendo biquinho.
- Posso te fornecer outros tipos de alegria. – falou baixinho o garoto, para só que a garota escutasse, com uma cara maliciosa.
- Dougie! – disse null dando um tapinha em seu ombro.
Todos olharam para frente juntos, e null e Tom estavam com sorrisos nos lábios, e levemente corados, quando os demais olharam para suas mãos, elas estavam entrelaçadas, e quando eles perceberam que os outros perceberam, logo as separaram, ficando bem vermelhos.
- Qual é o nome da sua banda, Harry? – Perguntou null, tentando disfarçar o ocorrido.
- O Harry tem uma banda? Perguntou null com os olhos brilhando. (n/a: quanto colírio uahsuhasuahsuahs’, to brincando)
- Sim, e eu sou o baterista. – disse Harry, estufando o peito, e com um sorriso bem largo.
As duas se levantaram, e sentaram uma em cada perna dele, com null passando o braço em volta do seu pescoço, e Harry pousando cada mão na cintura de cada uma das garotas.
- Sério? – perguntaram juntas sorrindo.
- Meninas, eu já tentei, mas afinal porque será que não deu certo? – perguntou null com cara de “dãã”.
- Porque você não é bonita como eu? – respondeu null com outra pergunta, imitando a cara de “dãã” de null, recebendo um tapa na cabeça de null como resposta.
- Não, amiga-mais-modesta-que-eu-tenho, é porque ele tem uma banda. – disse null, no final da frase fazendo uma cara de “dãã”.
As duas levantaram na mesma hora, e voltaram para seus lugares, encontrando um Danny e um Dougie com caras não muito amigáveis. E elas se sentaram, ficando com caras iguais, por causa da explicação de null.
- Nossa, a cara de emburrada delas é igual a da minha avó quando está com fome. – falou Jelly, e os outros riram, tirando null e null.
- Comida? Onde? – perguntou null, começando a sorrir.
- Ôh, esfomeada, é só jeito de falar. – disse null, fazendo a expressão da amiga fechar de novo.
Eles sentiram o carro parar, e em seguida a porta se abre.
- Queridos, chegamos. – disse a senhora Schacklebolt.
Capítulo 5 – Stone Village
Quando a senhora abre a porta por completo, todos saem do carro, com null, e Danny por último, que antes de saírem, abrem um largo sorriso um para o outro, o garoto passa na frente e logo em seguida os dois saem do carro.
- Caraca, que lugar mais... Bizarro! – exclamou null, e todos afirmaram com a cabeça, tirando null, que já conhecia o lugar.
Todos ficaram avaliando o lugar, até a senhora Schacklebolt aparecer com uma bolsa que parece ter saído dos filmes americanos de Halloween, onde as criancinhas seguram perguntando “doces ou travessuras?”.
- Meninos, eu preciso ir procuram umas coisas que... Hãn... Estão faltando, null, você pode ficar. – disse a velha. – Vamos nos encontrar novamente aqui na frente do carro às seis horas, tá bom? Já são 15:30, acho que esse tempo é o necessário, tchau, e não se percam.
- Ih, já ta achando que é nossa mãe, quem essa velha pensa que é para falar assim “não se percam”, hun. – reclamava null baixinho, para a senhora que acabara de virar de costas, mas tendo consciência de que ela não escutava.
A senhora Schacklebolt foi fazer sua “caça” aos ingredientes, deixando os adolescentes passeando na vila com sua neta.
- Fui só eu, ou vocês também perceberam que essa vila parece ser meio, tipo... DE BRUXAS? – perguntou null, falando um pouco mais alto a última palavra, e fazendo uma posse de “tchan-tchan”, botando as mãos no lado da cabeça, e arregalando os olhos.
- Parece! Mas bruxas não existem, sua tapada. – disse null dando um leve peteleco na cabeça da amiga (n/amiguinha legal que gosta de ajudar na fic dos outros: já perceberam como essa garota apanha?)
- Meninas, desculpem interromper, mas sim, essa é uma cidade de bruxas. – disse null.
- Ahá, o que eu disse? Repete null, por favor! – disse null, fazendo uma dancinha esquisita de comemoração por ter acertado. – Eu disse que essa é uma cidade de bruxa, eu disse! – mas de repente ela pára. – Essa é uma cidade de bruxa! – fala um pouco alterada, com medo visível na voz, e pula no colo do indivíduo localizado ao seu lado, que, por coincidência do destino, era Danny, e escondendo seu rosto no ombro do amigo, que fica um pouco vermelho.
- Cara, você é tão medrosa com essas coisas de bruxas e papai Noel, não entendo como você gosta tanto de filmes de terror e esportes coletivos. – disse null. – Isso sim dá medo.
- Mas espera aí, null, você disse que aqui é uma vila de bruxas? – perguntou uma intrigada null.
- Sim, por quê? – perguntou a interrogada.
- Não sei, curiosidade, você sabe o porquê de ser uma vila de bruxas? – a curiosa, quero dizer, null, perguntou novamente.
- Tudo que eu sei é que parece que aqui foi fundada por bruxas. – disse null, tentando se lembrar de mais alguma coisa, mas não sabia mais nada.
- O que tem para fazer aqui? – perguntou Dougie
- Normalmente, quando eu venho aqui com minha avó, ela por algum motivo que eu não sei qual, não me deixa ir com ela nos lugares misteriosos que ela vai, então, eu sempre vou ver os animaizinhos que tem em uma exposição aqui perto, ou eu vou à livraria. – disse null.
- Eu vou à livraria. – disse Tom.
- Eu vou com você Tom. – disse null, se dirigindo para o lado do garoto. – Para que lado fica? – perguntou à null.
- Vai até o final da esquina, vira a primeira à direita, e depois a primeira à esquerda.
- Estamos indo, alguém mais? – perguntou Tom, com um pensamento muito forte para que ninguém aceitasse. Suspirou aliviado quando não obteve resposta positiva, então, os dois seguram seu rumo.
- Eu vou ver os animais. – disse null.
- Eu também. – disse null.
- Alguém mais? – Perguntou null, e os outros negaram com a cabeça, e elas saíram dali.
- null, pode sair de cima de mim. – disse Danny acariciando os cabelos da garota. – Não é tão ruim assim ficar no chão, e eu não vou conseguir te segurar aí durante duas horas e meia. – completou sua fala.
A garota desceu, olhou para os lados, quando viu um corvo em uma cerca olhando para eles, soltou um gritinho, e pulou em cima de Dougie.
- Tem um pássaro do mal me encarando. – choramingou para o garoto que estava a segurando.
- Eu sei, e eu também estou com medo dele. – disse o garoto a abraçando mais forte por causa do medo que ele estava sentindo.
- Deixa de ser medroso, seu gay! – disse Harry pegando a garota no colo. – Olha null, eu vou te botar no chão, e você segura minha mão, ok? – perguntou ele à menina visivelmente assustada.
- Ok. – disse ela, e desceu do colo do amigo, logo em seguida segurando sua mão.
- Danny, segura minha mão também? – perguntou Dougie olhando fixamente para o pássaro, e abraçando o amigo.
- Sai porra! Poynter, tá me estranhando? Esses dias você está soltando mais o seu eu interior. – disse Danny, aparentemente irritado.
- Pára a putaria aê, e vamos andar logo. – disse null, puxando a mão de Harry.
Na exposiçãozinha...
- null, os garotos são muito gatos, não são? – perguntou null.
- Eles são muito legais, null. – disse a menina intimada com a pergunta.
- Eu sei, mas você não os achou bonitos? – perguntou a outra intrigada com a resposta da amiga.
- Ah, sabe, são bonitos sim. – disse corando as bochechas.
- Só isso? Não vai fazer nenhum comentário não? – perguntou null, ainda intrigada.
- Ah null, desculpa, mas é que eu sempre vivi com a minha avó, e na escola eu sempre tive apenas um amigo garoto, que se mudou para a França esse ano, nunca tive amigas meninas para conversar sobre isso, aí eu fico com vergonha.
- Que isso, não precisa ter vergonha de mim não, amigas são para essas coisas, e a partir de agora, você é minha grande amiga. – disse null indo abraçar sua nova amiga.
- Ok então, e sim, eu os achei muito bonitos, principalmente o Harry, eu não sei, por ele eu senti uma coisa diferente quando o vi. – disse a garota com as bochechas bem vermelhas.
- Tá gostando do Harry, é? – perguntou null, com um sorriso de quem está armando alguma coisa para a amiga.
- Sei lá, é uma coisa diferente de tudo que eu já senti por algum garoto quando o vi pela primeira vez... – disse null pensativa.
- Talvez isso se chame amor à primeira vista, baby. – disse null.
- É, talvez.
- Se você quiser, eu ajudo o Harry a ficar com você! – exclamou null, sonhando com sua quase definida profissão de cupido, e já planejando vários jeitos para isso acontecer.
- Você faria isso por mim?
- Claro! Amigas são para essas coisas, e eu vou pedir ajuda para null, ela sempre sabe como lidar com esses tipos de coisa.
- Mas null, e você, gosta de alguém em especial?
- Não, eu acabei de me mudar, e não gosto tão fácil assim de alguém.
- Sério? Achei que você tivesse gostado do Dougie. – disse null confusa.
- Do Dougie?! HÁHÁHÁHÁHÁHÁ! Nunca! HÁHÁHÁHÁ! Ele é muito chato, e eu não gosto de garotos chatos. – mentiu null, mas ela nem tinha coragem de admitir isso para ela mesma, quem dirá para outra pessoa.
- Ok então, vamos ver os cavalos?
- Yep.
Na livraria...
- Tom, já percebeu como aqui tem muitos livros de bruxas e livros que ensinam a fazer feitiços? – perguntou null, avaliando um livro em suas mãos, onde dizia na capa “feitiços de enfeitiçamento do Quasímodo.”
- Claro, aqui é uma livraria para pessoas que vivem em uma cidade fundada por bruxas. – disse Tom, quando perto da menina, ele não sabia direito o que falar. – Vamos ali. – então ele tirou o livro de suas mãos, a guiando para um corredor de estantes altas, afastado do demais. – null, eu preciso te dizer uma coisa, mas é meio difícil para mim.
- Aí meu Deus! Por favor, não diz que você é gay, te achei bonito e legal demais para isso. – disse null nervosa.
- Sério, você me achou bonito e legal? – perguntou o garoto com um sorriso no canto no canto do lábio chegando mais perto.
- Sim, mas agora diz logo o que você queria dizer.
Mas ao escutar isso, ele sorriu mais e chegou mais perto, ficando com a testa grudada na da garota.
- Desde que eu te vi hoje de manhã, eu percebi que você era diferente especial para mim. – após dizer isso, ele reduziu a zero a distância entre os dois, selando os lábios da garota com os seus, e ela permitiu que eles aprofundassem o beijo.
Alguns minutos depois, a garota esbarra em um livro da estante, e ele cai no chão, fazendo um barulho alto chamando a atenção dos dois, que logo se separam, ofegando muito e com as bocas vermelhas e inchadas, mesmo assim com grandes sorrisos. A menina pega o livro no chão.
- “A história das bruxas de Stone Village”? – ela lê o título do livro, e olha para Tom.
- Vamos ler! – ele diz empolgado, pegando o livro das mãos da menina, e a dando um rápido selinho.
continua.
nota da beta: Heey, gente! Estou aqui apenas para dar um ooi, e pra dizer que se tem qualquer erro que vocês tenham percebido nessa fic, podem me avisar por aqui, e eu estarei disposta à corrigir o mais depressa possível.
Enjoy, everyone !
XOXO', Paah Souza.