When I hold you in my arms I know that it's forever
Autora: Sara Mendonça Vieira
Beta: Mari Alves
- , eu nunca senti nada assim antes como estou sentindo por você. – Ele disse, me olhando nos olhos – Eu esperei muito tempo pra encontrar alguém como você, e não importa o que aconteça daqui pra frente, eu sempre vou pertencer a você, e você vai ser pra sempre minha. Eu te amo, .
- ACOOOOORDAA, – Eu conhecia muito bem essa voz; afundei a cabeça no travesseiro. Teria mesmo sido um sonho? – , ACORDA, GAROTA! – Demorei um pouco, mas por fim abri os olhos. Era , minha amiga. Por que ela tinha que me acordar justo na melhor parte do sonho? – VAI SE MEXER OU TÁ DIFÍCIL? A GENTE VAI ATRASAR PRA AULA!
- Wooow, , assim não dá, né, você me acordou na melhor parte do sonho – me olhou com uma cara assustada, mas logo depois rolou os olhos.
- Tava sonhando com o , ? – ela me perguntou com cara de deboche.
- Tava sim, e na melhor parte VOCÊ me acordou! – eu disse.
- Você não cansa de pensar nele, não é? Ele nem sabe que você existe – Doía ouvir aquilo, mas... eu já estava acostumada.
- Não – eu disse, já estressada, colocando um fim na conversa. saiu, foi terminar de se arrumar e chamar as outras meninas.
Eu, , e sempre fomos muito amigas. Saímos do Brasil e viemos morar aqui nos EUA para terminar o ensino médio e cursar uma boa faculdade. Eu sempre tive um sonho muito grande de encontrar o Jonas, aquele dos Jonas Brothers, sabe? Mesmo morando nos EUA eu nunca tive a oportunidade de ir em algum show, até porque tenho estudado muito ultimamente, pois é meu último ano na escola. Mas sempre sonhei muito, e apesar de todos me chamarem de louca e falarem que eu vivo de sonhos, nunca desisti.
- , o café está na mesa – ouvi dizer e desci.
- Bom dia, garotas, dormiram bem? – perguntei quando cheguei na cozinha.
- Sim – responderam em uníssono.
- A sonhou com o . Grande novidade, né? – falou, olhando para as meninas, que riram, mas logo me olhou e ficou em silêncio. Eu e ela sempre fomos as mais ligadas.
- Fiquem aí debochando, porque quando eu encontrar com ele vocês vão ter que me aturar pelo resto da vida falando no ouvido de vocês – falei.
- Aham, a gente acredita – Disse .
Terminamos o café da manhã e fomos pra escola. Foi um dia normal de aula.
Quando saímos, as meninas decidiram passar no shopping. Chegando lá, elas entraram em uma loja de esportes (nunca fomos muito patricinhas) e eu estava com fome, então decidi ir ao McDonald’s.
Eu estava andando sozinha, a caminho do McDonald's, que ficava na praça de alimentação, mas chegando lá perto, não acreditei na visão que eu estava tendo: será que era mesmo ELE? Pisquei várias vezes pra ver se eu não estava imaginando coisas, já que é isso que eu costumo fazer. Jonas? Não, não podia ser. Parei na fila e, de repente, o garoto à minha frente se virou, me deixando muito, muito assustada.
“Calma, , se controla, ele não vai gostar de alguém dando chilique no meio de um shopping, fazendo MUITO escândalo e agarrando ele. Calma, calma, tenha foco.”, pensei comigo mesma quando vi que era mesmo ele: JONAS. OMG, OMG, OMG, acho que eu estava mesmo sonhando demais. Ele viu minha cara de assustada e falou comigo.
- Oi, está tudo bem? – Meu Deus, como a voz de uma pessoa pode ser tão perfeita assim? Eu fiquei totalmente sem chão.
- O-o-oi, ér... Está tudo bem sim. – Falei gaguejando e com cara de idiota. Pode parecer loucura, mas eu não consegui falar mais nada. Eu estava frente a frente com Jonas e não conseguia falar NADA?
Ele se virou pra frente e pediu seu lanche. Logo depois eu pedi o meu também.
Fui me sentar na mesa, tremendo e com cara de espanto, ainda não acreditando no que tinha acontecido ali. Foi tudo muito rápido. Vi o sentando em uma outra mesa, logo à minha frente. Não conseguia acreditar, aquilo não podia estar acontecendo. Ou podia?
Ele ficou me olhando por um tempo, e devia estar pensando: “por que essa menina tá me olhando assim? Se ela fosse fã, já não teria enlouquecido?”
Eu realmente estava quase enlouquecendo, mas ainda estava digerindo a ideia. Estava pensando no que fazer, e também em como contar para as minhas amigas, que sempre me pediam pra colocar o pé no chão. Tá certo que eu não tava namorando com ele nem nada como no meu sonho, mas ele estava ali, na minha frente. Foi quando ele se levantou e veio andando na minha direção. “, você está mesmo pirada”, pensei. Então, ele sentou na cadeira de frente para a minha e me olhou, confuso.
- Tem certeza mesmo de que está tudo bem? Você tá com uma cara estranha, parece que viu um fantasma. Posso te ajudar em alguma coisa? – OMG, o que ele estava fazendo? Ou melhor, o que EU estava fazendo? Eu não sabia o que fazer, o que pensar, o que falar. Mal sabe ele que o “fantasma” a quem ele tava se referindo não era bem um “fantasma”, e sim ele. O cara que eu amo estava na minha frente e eu não tinha a mínima ideia do que fazer.
- T-t-tudo bem – por que eu tinha que gaguejar tanto? – Desculpa, é que eu não esperava te encontrar por aqui e, desculpa mesmo, eu sou uma fã. Não uma daquelas loucas que roubam suas meias e colocam no ebay ou algo parecido. – Eu disse, em choque. Tá certo que não foi a melhor coisa pra dizer, mas foi a primeira coisa que veio na minha cabeça. estava na minha frente, rindo. Acho que agora ele sabia o porquê da minha cara de espanto.
- Ah, fica tranquila, eu não vou sair correndo ou fugir de você – Ele disse, com um sorriso perfeito e ao mesmo tempo tímido no rosto. Abri minha boca pra dizer algo, mas não consegui, então ri junto com ele.
'S POV OFF
'S POV ON
A menina com quem eu estava sentado na mesma mesa sorriu com o meu comentário. Eu nem sabia por que tinha falado aquilo, mas o sorriso que ela abriu fez meu coração ter uma reação diferente.
“, ela é só uma fã, não tem por que reagir assim”.
- Pode tirar uma foto comigo? É que minhas amigas não vão acreditar se eu contar, então preciso de uma prova concreta – disse a garota, rindo sem graça.
- Claro – respondi, sorrindo também. A garota pegou o celular do bolso e colocou na câmera. Me levantei e sentei na cadeira ao seu lado. Ela me entregou o celular, e então eu me aproximei dela e bati a foto. Foi estranho quando senti a proximidade de nossos corpos. Mas ela é só uma fã, certo?
- Obrigada, – ela agradeceu. Me levantei, preparando-me para ir embora. Mas antes eu precisava saber o nome dela.
- De nada. E, hm, qual o seu nome? – perguntei, sem graça.
“Qual é, , você tá sendo ridículo. Larga de bobeira, ela é só uma fã, não precisa perguntar o nome”.
- – ela disse sorrindo.
- Ok, , a gente se vê – me despedi e saí, apesar de sentir uma sensação estranha de que meu corpo queria ficar ali; apenas ignorei e fui embora. Era só uma fã, não é?
'S POV OFF
'S POV ON
Meu coração estava a mil por hora. Será que tinha sido verdade mesmo? Peguei o celular e fiquei olhando a foto. Como ele podia ser tão lindo daquele jeito? Disquei o número da e perguntei onde elas estavam. Fui encontrar com elas correndo.
- AAAAAAAAAAAAH – gritei, indo em direção à elas. “, você tá parecendo uma psicopata dentro do shopping!”, ignorei o pensamento e olhei para as meninas, que estavam com caras de assustadas.
– Vocês não vão acreditar no que aconteceu! – eu disse.
- Fala, garota, por que tá com essa cara? Você tá tremendo – falou. Então tirei meu celular do bolso pra mostrar a foto pra elas.
- Esse é um bom motivo pra vocês? – Falei, virando o celular e mostrando a foto. Foi incrível a cara de espanto de cada uma delas. Acho que não era só eu que estava em estado de choque agora.
- OH–MEU-DEUS! – Exclamou pausadamente – Onde?
- Na fila do McDonald’s. Depois ele sentou na mesma mesa que eu e eu pedi ele pra tirar uma foto. – Disse, quase surtando – ELE PERGUNTOU MEU NOME! – Gritei.
- Isso é inacreditável – falou.
- É – Disseram e juntas.
- Eu disse pra vocês que não era pra ficar duvidando de mim, não disse? Agora vamos, quero revelar essa foto – falei, já puxando-as pra fora do shopping – Vou fazer questão de colocar na porta do quarto de cada uma de vocês – dei risada.
- Aaah, para, né, eu não duvidava tanto assim de você – disse .
- Tá bom, amiga, o seu eu coloco no espelho do banheiro – Eu ri.
Aquela tarde foi a melhor de todas. Eu não conseguia fixar meu pensamento em nada, só no que acontecera no shopping, no sorriso perfeito dele, nos seus olhos.
...
Vários dias se passaram desde que eu tinha visto o . Será que eu iria vê-lo de novo algum dia? Esperança era o que não me faltava. Eu queria ter falado tudo o que sinto pra ele, pois é isso que todas as fãs têm vontade de fazer. É uma pena que sonhos não podem levar o amor a ele. Não queria ter o deixado ir.
- Droga – murmurei sozinha.
- O que foi, ? – perguntou , enfiando a cabeça pra dentro do quarto e terminando de abrir a porta.
- Nada, , só tô pensando alto aqui – Falei, olhando pra ela.
- Tem certeza que é só isso? – perguntou.
- Aham, pode ficar tranqüila, amiga – deu um meio sorriso e fechou a porta.
“Ele é um cara famoso, todo mundo sente o mesmo por ele, ele nem deve mais lembrar de você”.
Levantei da cama, expulsando meus pensamentos.
'S POV OFF
'S POV ON
- , o que houve com você, bro? – perguntou, entrando no meu quarto. Eu estava muito inquieto esses dias, e ele tinha notado.
- Não é nada, dude – eu disse, com a voz baixa. É lógico que aquilo não tinha convencido o , ele me conhecia muito bem.
- Você tá estranho de uns dias pra cá, parece que está voando – Falou. É, , eu tava mesmo voando, e nem sabia o porquê.
- Não esquenta, cara, não é nada mesmo – Falei, agora mais confiante.
- Se precisar de conversar, é só chamar – falou, saindo do quarto.
O que eu estava pensando? Desde que tinha visto a eu não conseguia mais parar de pensar nela. Mas eu nem a veria de novo, o que poderia fazer? Ela é só uma fã, como todas as outras.
- , nós vamos dar uma volta no Botanical Gardens. Você vem com a gente? – me perguntou e eu levantei da cama, disposto a sair um pouco pra me animar. Tá certo que ir ao Botanical Gardens não era a melhor coisa pra se fazer, ainda mais quando se trata de três irmãos famosos, mas nem sempre a gente era perseguido por muitas fãs, nós sempre dávamos um jeito de não chamar muita atenção.
- Vou sim, dude, já desço. – Respondi, pegando uma blusa branca e uma bermuda pra me trocar.
Era um dia ensolarado, então sair tinha sido uma boa ideia.
Encontrei com meus irmãos na sala e nós saímos de casa. Pegamos o carro e fomos para o Dallas Botanical Gardens. Confesso que eu estava meio inquieto, mas não tinha motivo pra isso. Tinha?
'S POV OFF
'S POV ON
- Garotas, o que acham da gente dar uma voltinha, hein? – perguntou com cara de pidona.
- Ah, , vamos ficar em casa, ver um filme? – Respondeu .
- Qual é, hoje é SÁBADO, sabe o que é isso? Não rola ficar em casa. Tá um dia lindo lá fora – falou e eu ri com seu comentário. Ela não tinha jeito mesmo.
- Vamos, gente, acho que ela não vai sossegar enquanto a gente estiver em casa – Respondi; fomos nos arrumar. Coloquei um short jeans e uma camiseta preta e desci pra esperar as meninas.
Já tinham se passado 10 minutos, então fui ver por que elas estavam demorando tanto. Cheguei no quarto da .
- Ow, depois eu que sou a atrasada nessa casa, não é? – Perguntei rindo. – Anda logo, garota, daqui a pouco o sol já foi embora e você ainda tá escolhendo a roupa. – Falei.
- Calma, , a culpa não é minha se vocês quiseram sair, agora me ajuda. – Ela apontou para uma blusa vermelha e uma camiseta estampada. – Qual delas? – Ela fez cara de dúvida.
- Ah, amiga, você sabe que eu amo vermelho. Fica meio na cara qual eu vou escolher, mas é você quem sabe. – Eu disse, olhando pra ela com cara de quem realmente não ia dar opinião.
- Ok, já que você não vai me ajudar, vou pedir para as meninas. – Disse , saindo do quarto.
- Ah não, você não vai lá perguntar nada, já era pra gente ter ido. – Tampei a porta, impedindo a passagem dela. – Vai com aquela ali, oh – Apontei pra uma camiseta rosa muito linda que ela tinha.
- Já que você escolheu, vou com ela. – pegou a blusa e foi se trocar.
...
- Aleluia. – falou quando desceu a escada. – Tava na hora, hein? – Ela disse rindo. – Ou melhor, já passou da hora. – nós rimos.
- Parem de falar e vamos – falou e nós concordamos.
Meu coração tava apertado, mas ignorei.
- Onde vamos, afinal? – perguntou, curiosa.
- Você que chamou, , então escolhe. – Falei.
- Que tal irmos no Dallas Botanical Gardens? Lá é lindo, ainda mais no fim de tarde. – Ela disse e nós concordamos.
Pegamos um táxi e fomos pro Botanical Gardens.
Chegando lá, fomos andar um pouco, e também conversamos.
- Olha que gatinho. – comentou, apontando para um garoto loiro que passava ali perto. Nós rimos com o comentário.
- Prefiro aquele ali. – falou, apontando pro garoto que estava ao lado do loiro.
- Ih, então vai ter briga, porque eu também gostei dele. – Disse , rindo.
- Ah não, eu vi primeiro – Respondeu , na brincadeira, e nós rimos.
- E você, ? Vai querer brigar comigo? – Perguntou . Na verdade, eu bem que achei ele bonitinho, mas meu coração sempre pedia por um moreno de cabelos . Se eu falasse aquilo, todas iriam me zoar, na certa, então achei melhor entrar na brincadeira.
- Claro que vou! Eu já tinha olhado primeiro, só não comentei nada. – Claro que era mentira. – Fica com aquele ali, oh – Apontei pra um garoto não muito bonito que passou na nossa frente.
- HÁ HÁ, muito engraçadinha você. – debochou, fazendo biquinho.
Ficamos o final da tarde passeando e fazendo vários comentários desnecessários sobre as pessoas que passavam por perto; decidi comprar uma água.
- Meninas, vou comprar uma água, alguém aí quer? – Perguntei.
- Não, , eu não quero. – Respondeu .
- Também não – Responderam as outras.
- Ok, vou lá e já volto. Não saiam daqui, hein? – Disse, saindo para comprar a água.
Eu estava andando distraída na ponte pra buscar a água, olhando o lindo lago, quando esbarrei em uma pessoa. Eu não sabia que estava tão distraída assim ao ponto de não enxergar um ser na minha frente, mas eu estava olhando pro lago. Quando me virei, quase caí pra trás. Eu não podia estar na minha sã consciência.
- Ér, d-d-de-desculpa. – Falei gaguejando e tentando me controlar.
- Está tudo bem. – Respondeu o menino na minha frente.
- Estava distraída, hein, mocinha? – Falou um outro menino. Eram três garotos; não podia ser verdade o que eu estava vendo. Era uma miragem? Os Jonas Brothers estavam na minha frente? Senti várias borboletas no meu estômago, até que o garoto que estava na minha frente fez uma careta, parecendo estar confuso, e falou comigo de novo.
'S POV OFF
'S POV ON
- V-você é... a garota do Mcdonald's? – Perguntei. É claro que eu sabia o nome dela, mas não queria dar um mole desse, ainda mais na frente dos meus irmãos.
- Sou sim – Ela respondeu, com uma expressão confusa no rosto. “Parabéns, , você tá sendo um completo idiota”.
O que eu tava fazendo?
- Você a conhece, ? – Perguntou .
- Na verdade, ela é uma fã, e a gente conversou um pouco naquele dia que fui lanchar no shopping. – Respondi meio incrédulo.
- Ah – Foi só o que falou.
Eu tava na frente da garota em que eu tinha pensando esse tempo todo, mas não vinha nada de muito esperto pra falar na minha cabeça. A garota estava meio espantada, e olhava pra nós três com uma cara de assustada.
- Não vai apresentar? – Perguntou . É lógico que ele tinha notado minha reação ao ver ela. parecia ler meus pensamentos, às vezes. Olhei pra ele, confuso.
- Essa é a – Eu disse, sem entender o que queria exatamente.
- Prazer – Responderam os dois juntos. riu, ainda meio paralisada.
- Você tá sozinha aqui? – Perguntou .
- Na verdade, não, eu estou com umas amigas, mas estava indo comprar uma água. – Respondeu ela.
- Então, , faz uma companhia pra ela – falou e depois piscou pra mim. O que ele tava fazendo? Acho que ele era meio doido, só pode.
- Tudo bem. Aceita companhia? – Falei. Não acredito no que saiu da minha boca, mas foi só aquilo que consegui dizer. O que estava acontecendo? Aquela garota mexera mesmo comigo.
- É claro. – Ela respondeu, com uma cara indecifrável.
- Até mais, – se despediu. Ele e saíram.
Eu e fomos andando até uma lanchonete, onde ela comprou a água; fomos andando pelo park. Eu não tinha nada concreto pra falar. Por que ela tinha que me deixar assim? Ela parecia estar indo para onde as amigas estavam.
- Posso te levar em um lugar? – Perguntei pra ela, que me olhou assustada.
- Pode – Respondeu .
Peguei na mão dela e saí em direção à uma pedra que ficava na beira do lago. O sol já estava se pondo, então lá ficava com uma paisagem perfeita; sentamos ali.
- Uau, que lindo – falou.
- É sim – respondi. Que idiota eu. estava olhando o lago à nossa frente. Me virei pra ficar de frente pra ela e senti borboletas no meu estômago (isso soa meio gay, mas quem nunca sentiu isso?). Ela era linda.
- Você é daqui mesmo? – Perguntei interessado.
- Na verdade, sou do Brasil, mas vim estudar aqui há um tempo. – Ela respondeu.
- Ah sim, e você tá gostando?
- Muito, aqui é realmente lindo, e um lugar muito bom para estudar.
- Que bom. Eu gosto muito do Brasil, lá é lindo também, e as fãs são loucas e ótimas. – Falei, abrindo um meio sorriso.
- É – Ela riu – Essa é minha natureza. – Falou, rindo ainda mais. – Mas digamos que não sou tão louca, só... apaixonada. – Aquilo foi incrível. – Como todas as outras – Acrescentou. Então, senti uma pontada no coração.
- Gostei muito de te conhecer, . – Falei, olhando pra ela. Ela se virou e ficou de frente pra mim. Aquilo saira da minha boca involuntariamente.
- Pode me chamar de – Ela disse, sem graça. – E eu também amei conhecer você. Parece meio inacreditável ainda.
- Quando vamos poder nos ver de novo? – Perguntei. “Ok, , agora já tá ficando demais!”. Ignorei o pensamento. Ela me olhou, meio que confusa e assustada ao mesmo tempo.
- Não sei, a gente vai se ver? – Ela perguntou.
- A gente pode sair. – Falei – Se você quiser, é claro.
'S POV OFF
'S POV ON
O que foi isso? Jonas me chamando pra sair? Eu só queria que isso não fosse um sonho.
- C-c-claro que sim. – Respondi.
- Me encontra aqui amanhã nesse mesmo horário, pode ser?
- Combinado.
Estava tudo muito perfeito, mas nossa paz acabou quando vimos um cara com uma câmera na mão. Ele parecia um paparazzi, daqueles que fazem a gente encher o computador com fotos de famosos.
- Tava demorando – bufou. – Preciso ir, . Quer dizer... – Ele disse, meio sem graça.
- Tudo bem, a gente se vê amanhã – Falei, ainda meio sem acreditar.
- Até amanhã. – Ele disse, se levantando e me dando um beijo na bochecha.
Aquilo foi estranho. Meu coração disparou, afinal, não é todo dia que se recebe um beijo de Jonas, não é? Vi ele saindo e fui em direção onde as meninas estavam.
- Ah! Até que enfim, , a gente já tava preocupada com você. Foi fazer a água? – Perguntou .
- Que cara é essa de WTF, ? – Perguntou .
- – Falei, com os olhos arregalados.
- Fala direito, garota. – pediu .
- JONAS ME CHAMOU PRA SAIR! – Gritei, dando pulinhos de alegria. As meninas abriram uma cara de espanto enorme e começaram a fazer comentários do tipo: “Você tá doida?” “Ela tá mesmo pirada”. Rolei os olhos e olhei pra elas. - Se não acreditarem, amanhã a gente abre em qualquer site de fofoca. Tudo indica que vai ter uma foto nossa lá.
- O QUÊ? – gritou.
- É isso mesmo, a gente tava sentado logo ali, em umas pedras de frente pro lago, e um cara, que certamente era um paparazzi, bateu uma foto. Por isso que o foi embora.
- Inacreditável – falou.
- Amanhã vocês tiram suas próprias conclusões. – Falei.
- Mas quando vocês vão sair? – Perguntou .
- Ele falou pra eu estar aqui amanhã, nesse mesmo horário – Falei, sorrindo meio boba. – E tem mais – disse – EU FALEI COM O E COM O ! – Gritei.
As meninas abriram a boca, não acreditando em nada do que eu estava falando. Na verdade, nem eu estava acreditando muito em tudo que estava acontecendo nessas últimas semanas.
Fomos embora pra casa. No caminho nós fomos conversando e eu contei pra elas tudo que havia acontecido naquela tarde - e que tarde!
Deitei na minha cama, esperando o sono chegar. Era impossível dormir com todas aquelas coisas rondando a minha cabeça, então resolvi escutar um pouco de música, e logo peguei no sono.
Acordei e fui direto pro computador, procurando um site que falasse fofocas sobre os Jonas. Encontrei um, e na primeira página estava a foto, com o título: “ Jonas foi visto no fim de tarde de ontem no Dallas Botanical Gardens, conversando bem próximo a uma garota. Quem será ela? Será que é o começo de um namoro?”
Fui correndo chamar as meninas. Quando elas chegaram no meu quarto, mostrei a foto e o título. De início elas ficaram meio assustadas e abobadas, mas logo um sorriso tomou conta do rosto delas e elas começaram a gritar e dizer “awn”.
- Agora vocês acreditam em mim?
- , você é a garota mais sortuda que eu conheço – Falou .
- AAH, a nossa amiguinha tá ficando famosa, é? – Perguntou .
- Claro que não, garota, isso é só uma foto, e eu não tenho nada com o – Falei, tacando uma almofada nela.
- Ow, sua chata, não tá mais aqui quem falou.
- E então, já decidiu o que vai usar no encontro com Jonas? – perguntou.
- Ainda não. Vocês podem me ajudar?
- É claro, né, sua poia, amigas são pra isso – Respondeu .
Ficamos um tempo revirando meu armário e tentando escolher algo bonito pro meu “encontro” no fim da tarde. Já estava quase na hora marcada, e eu estava muito nervosa.
- Calma, amiga, parece que você vai ter um treco daqui a pouco.
- E vou mesmo. Já tá na hora, tenho que ir, meninas.
- Boa sorte, amiga. – Falou , sorrindo e dando pulinhos de alegria.
Saí de casa e peguei um táxi. Não demorou muito até eu chegar ao Central Park. Fui andando pra perto do lugar onde tinha marcado de encontrar comigo. Quando cheguei, ele já estava lá, lindo, totalmente lindo - como sempre.
- Hey – Ele disse quando me viu, abrindo um sorriso perfeito e tímido no rosto. Sorri junto com ele.
- Oi – Falei e o abracei.
- Você está linda. – Ele disse, olhando para o meu vestido azul.
- Obrigada – Sorri tímida e senti minhas bochechas queimarem. Eu devia estar muito vermelha.
Sentamos em um pequeno banco, o mais próximo do lago, onde tínhamos ficado no fim da tarde de ontem. Era muito surreal pra mim, estar ali, ao lado dele. Eu podia sentir meu coração acelerado, minhas mãos um pouco trêmulas; afinal, quem não sente isso?
Passamos a tarde conversando sobre mim. Eu não quis fazer perguntas sobre a vida dele, artistas nunca gostam muito disso. Principalmente quando ele estava ali tentando parecer uma pessoa normal pra mim. Ele quis que eu contasse um pouco sobre a minha vida, então contei um pouco pra ele. Logo depois ele me fez uma pergunta que eu não esperava e, confesso, fiquei nervosa.
- Posso te fazer uma pergunta? – Ele disse.
- Já fez – Eu respondi rindo e ele riu junto, balançando a cabeça.
- Posso te fazer duas perguntas? – Ele tentou de novo.
- Pode – Sorri, meio preocupada com o que poderia ser.
- Você me disse que é fã dos Jonas Brothers, e toda fã tem o seu preferido, certo? – Ele perguntou tímido.
- Certo – respondi muito nervosa.
- Qual é o seu? – ele perguntou, e eu achei muito fofo quando vi seu rosto corar.
- Você, – respondi. Agora eu estava mesmo confusa. Por que ele perguntara aquilo? Será que ele tava interessado em mim? Eu não sabia o que fazer, minhas mãos tremiam e as borboletas do meu estômago já tinham tomado todo o meu corpo.
E então veio uma atitude inesperada. segurou minha mão e olhou nos meus olhos. “Calma, , se controla”, pensei. Minha vontade era de sair gritando, ter um daqueles ataques de fã, chorar, pular.
- Eu não sei o que é isso, mas eu perco toda razão quando te vejo, ou quando estou com você, como agora. Desde o dia que te vi naquele shopping, ou até mesmo ontem, quando a gente se esbarrou ali – Ele disse, apontando para a ponte. –, eu não consigo parar de pensar em você, . - Ok, agora eu estava mesmo louca. O que eu faria? Jonas tinha acabado de se declarar pra mim. Meu corpo parecia arder em chamas. Senti que meu rosto deveria estar super vermelho. me olhava confuso, esperando uma resposta; encarei-o.
- E-e-e-eu... isso é... meu Deus. – Eu não conseguia falar nenhuma frase concreta naquela hora. – D-desculpa, , eu não sei o que falar. - Ele deu um meio sorriso.
- Eu sei, isso deve estar meio confuso pra você. – Meio? Não, era muito confuso. – Eu peço desculpas se falei alguma coisa demais, acho que me precipitei.
- N-não, não é isso. É que eu não esperava. Sério – eu disse, tentando fazer ele se sentir melhor. É lógico que eu também sentia tudo aquilo por ele, mas eu não sabia como, ou o que falar. Então, olhei nos olhos dele e coloquei minha mão no seu queixo, obrigando-o a me olhar também.
- Eu sempre sonhei com você. E e-eu te amo, . – Falei. Meus olhos estavam cheios d’água, mas eu não podia chorar, não agora. Eu sorri quando vi suas bochechas ficarem coradas. Ele não disse nada. Se aproximou de mim e colocou sua boca na minha. Não foi um beijo, mas senti meu corpo estremecer. Então ele se afastou e pegou na minha mão. Aquilo pra mim foi a coisa mais fofa do mundo; sorriu pra mim. Ficamos ali, conversando até o sol ir embora. Às vezes faltava assunto e a gente ria feito duas crianças. Eu nunca tinha sentido nada assim antes, nada se comparava com o fato de eu estar ali, com ele.
- Já está tarde, eu preciso ir. – Falei. Lógico que eu não queria ir, mas no outro dia eu teria que acordar cedo pra ir à escola.
- Eu te levo em casa.
- Não precisa, .
- Eu faço questão. – Ele disse, se levantando. Pegou minha mão e nós fomos andando até o carro dele.
Eu disse onde era minha casa e ele me deixou na porta. Nos despedimos com um abraço longo. Eu me sentia segura com ele, o abraço dele me confortava de uma forma que eu nem sabia explicar.
Entrei em casa e, como eu já imaginava, lá estavam aqueles três rostos familiares, sentadas no sofá, me esperando chegar em casa e contar TUDO o que tinha acontecido naquela tarde. E foi isso que eu fiz, contei tudo pra elas, e...
- Ele me beijou. – Falei. As meninas se assustaram e me olharam. Entendi aquilo como um sinal que era pra eu continuar falando. – Não foi um beijo exatamente, foi um selinho demorado. – Corei ao falar.
- Aaaawn, que fofo. – falou.
- Tem gente que tá apaixonada. – me olhou, com um sorriso fofo nos lábios.
- Own, gente, assim vocês me deixam sem graça. – Falei, escondendo o rosto com as mãos e rindo.
- Você tá amando. – falou, me abraçando de lado.
Ficamos conversando até tarde, quando cada uma foi para seu quarto. Quando entrei no meu, fui direto deitar e pensar no que tinha acontecido. De repente, ouvi uma batida na porta.
- Posso entrar? – perguntou, colocando a cabeça pra dentro do quarto.
- Entra. – Ela sentou na beirada da cama e me olhou.
- , o que você vai fazer agora? – Ela perguntou. Eu não queria responder aquela pergunta, porque eu não sabia o que iria fazer. Mas sempre me conheceu muito bem, e se eu mentisse pra ela, com certeza ela iria saber. Sentei-me, ainda na cama, e olhei pra baixo.
- Eu não sei, amiga. Eu amo ele.
- Então vai em frente. Se você o ama mesmo, vai valer a pena. – Ela disse, sorrindo, e então saiu.
Fui tomar meu banho e dormir, pois aquele tinha sido um dia longo pra mim.
'S POV OFF
'S POV ON
Eu estava deitado na minha cama, pensando no que faria. tinha mexido muito comigo, e eu estava realmente confuso porque não sabia o que falar pra ela.
No outro dia, pela manhã, acordei e peguei meu violão. Comecei a tocar algumas notas, e pensando no que ela me dissera ontem, uma letra começou a se formar na minha cabeça; comecei a cantá-la. Quando olhei pra porta, estava parado, me olhando.
- Bonita música.
- Obrigado, dude, acabei de fazer. – Eu disse enquanto anotava algumas frases no papel.
- E quem é a “musa inspiradora”? – Ele perguntou, fazendo aspas com os dedos e me olhando, provavelmente já sabendo a resposta.
- Vamos jogar 20 dicas. – Disse , entrando no quarto e sentando na minha cama.
- É uma garota.
- Isso eu já sei, . – Respondeu , revirando os olhos. Eu estava quieto, encarando .
- Ela é brasileira.
- Huum, seria uma tal de essa garota, ? – me olhou sorrindo.
- Dá pra parar? – Perguntei bravo. – Eu ainda tô confuso, não sei o que fazer. Quando sentei aqui e peguei meu violão essas frases vieram na minha mente.
- Acho que tem alguém aqui que tá apaixonado. – disse, me olhando.
- Você precisa mostrar isso pra ela, . – me olhou como se aquilo fosse a coisa mais fácil do mundo.
- Mas eu ainda não sei o que fazer direito, não posso aparecer lá e simplesmente tocar a música. Tenho medo da reação dela – falei.
- Por que não convida ela pra ir em um show nosso? – sugeriu.
- Isso sim ia assustar. – Respondi.
- Meu caro , acho que você não tá falando a mesma língua que a nossa. – disse, ficando de frente pra mim. – Se ela disse mesmo que te ama como tá escrito aqui – ele disse pegando o papel. –, com certeza se você cantar isso pra ela em um show não vai ser uma má ideia, e sim uma prova de que você sente o mesmo por ela. – Até que ele tinha razão, e eu não tinha pensado nisso.
- Quando é o próximo show? – Perguntei.
- Sábado, no Hard Rock. – falou. Peguei meu celular e disquei o número do Big Rob.
- Fala, . – Ele atendeu.
- Big Rob, preciso de 4 ingressos Vips pra camarote no Hard Rock.
- Deixa comigo. – Ele respondeu, desligando o telefone.
- Ele é eficiente. – falou rindo.
- Big Rob não brinca em serviço, bro. – falou, rindo também.
- ?
- Fala, .
- Por que são 4 ingressos? - perguntou.
- Pras amigas dela também, elas não vão querer ficar de fora. – Respondi.
- Boa sorte, maninho. – Falou , saindo do quarto, e fez o mesmo.
Eu não conseguia pensar em outra coisa. Era terça-feira e comecei a trabalhar na música. Decidi colocar o nome “When you look me in the eyes”. Eu estava com medo, não sabia qual ia ser a reação dela, e isso me deixava bastante preocupado, mas continuei trabalhando.
'S POV OFF
'S POV ON
Era quarta-feira, e três dias tinham passado desde meu encontro com . Eu não tinha visto ele depois desse dia, e isso me deixava com um aperto muito grande no coração.
Eu estava com as meninas na sala, estávamos conversando sobre escola e trabalhos, até a campainha tocar. Me levantei e fui atender. Quando abri a porta, levei um susto muito grande: era o . Eu realmente não esperava por aquilo.
- Oi. – Ele disse, com um sorriso fofo no rosto.
- O-oi, . – sorri. Olhei por cima do ombro e vi as meninas na sala de boca aberta. Elas estavam tão assustadas quanto eu, acho que até um pouco mais pelo fato de Jonas estar na porta da nossa casa, e aquela foi a primeira vez que elas o viram pessoalmente. – Entra. – falei, dando espaço pra ele entrar na casa. – Essas são , e , minhas amigas. – Falei, apontando pra cada uma delas. Dava gosto de ver a surpresa estampada no rosto delas.
- Oi, meninas. – Ele disse simpático. – ... – Corrigiu ele, ficando meio rosado. – Vim trazer esses ingressos pra vocês. – Ele estendeu quatro ingressos. – Eu e meus irmãos vamos fazer um show sábado no Hard Rock, e eu queria que vocês fossem.
- Claro. – Respondi – Vai ser ótimo. – Afinal, era meu sonho ir em um show dos Jonas Brothers, e eu nunca poderia recusar um convite feito por Jonas.
- Que bom que você vai poder ir. Você pode entrar no camarote, os ingressos são para a área vip. – Ele comentou. Isso era mesmo um sonho. – Te espero lá, então. – Ele sorriu.
- Pode ter certeza que eu vou. – Falei, sorrindo também. As meninas estavam olhando a gente, e pareciam querer gritar, mas elas não iriam fazer isso, não com o ali.
- Agora preciso ir, tenho que trabalhar em u... - Ele parou no meio da frase, parecendo ter falado alguma besteira. - Um trabalho que o Frankie me pediu ajuda. – deu um meio sorriso. Fui andando em direção à porta junto com ele.
- A gente se vê. – Respondi e ele me deu um abraço apertado.
- Até sábado. – Ele sorriu e saiu.
Fechei a porta, e quando estava indo em direção à sala, as meninas começaram a dar pulinhos de alegria.
- Uau, Jonas acabou de sair da nossa casa. Ele veio falar com a nossa amiga, convidar a gente para um show... quer dizer, para um show com área vip e camarote. – disse, toda feliz.
- Eu nem tô acreditando no que acabei de ver.
- Nem eu, – Completou .
- Muito menos eu. – Falei – Mas eu disse que vocês iam ter que me aturar pelo resto da vida falando no ouvido de vocês quando isso acontecesse, não é? – Respondi, dando um sorriso maléfico. – Ninguém mandou vocês duvidarem de mim, agora agüentem. Vocês vão nesse show comigo, e não vão falar mais nada. – Falei rindo.
- Ok, , a gente não vai mais duvidar de você. – respondeu rindo.
- Acho bom mesmo. – Falei. – Posso gritar agora? – Ri – EU NÃO ACREDITOOO. – Falei, pulando no sofá. – Isso só pode ser um sonho.
- E que sonho... – completou .
Ficamos ali, falando sobre o que poderia acontecer entre eu e o , e depois cada uma foi para o respectivo quarto. Eu não estava conseguindo pregar o olho, só conseguia pensar em e no show de sábado. Eu estava completamente apaixonada, amando. Depois de um tempo vegetando, consegui dormir.
'S POV OFF
'S POV ON
Eu estava indo para o estúdio para trabalhar na música que tinha feito para a , mas chegando lá tive uma surpresa: a frente do estúdio estava lotada de fotógrafos e entrevistadores.
- , QUEM É A GAROTA DO PARQUE?
- VOCÊ ESTÁ NAMORANDO?
- , FALA COM A GENTE!
Essas foram as perguntas que consegui ouvir quando passei correndo para entrar no estúdio; fechei a porta assim que entrei. Pelo visto as fotos com já tinham se espalhado por aí. Tirei isso da cabeça e encontrei com os meninos. Ensaiamos "When you look me in the eyes" e também passamos um pouco das outras músicas que seriam tocadas no show.
'S POV OFF
'S POV ON
Já era sexta-feira e meu coração parecia diminuir a cada hora que passava. Era de tarde e eu chamei as meninas pra irmos a um supermercado ali perto, porque não tinha NADA em casa pra comer. Saímos de casa e fomos andando. Não precisava de táxi, não era muito longe.
- , olha ali na frente. – Disse , apontando para a nossa frente.
- OMG! – Foi só o que conseguiu dizer.
- O que você vai fazer? – Perguntou .
- Voltar pra casa. – Sugeri quando vi várias pessoas com câmeras e microfones se aproximando de mim. A gente ainda não tinha andando muito, então apressamos o passo pra voltar pra casa. Como eles sabiam onde eu morava? Não acreditei naquilo. Fechei a porta de casa com pressa.
- O que foi isso? – Perguntei meio sem ar.
- As fotos do parque, lembra? Parece que metade do mundo já viu aquilo.
- Não posso sair de casa agora? Que ÓTIMO. – Disse, revirando os olhos.
- Calma, , isso deve acontecer só até as coisas se resolverem entre você e o . – Disse . Subi até meu quarto e liguei o computador. A foto do meu “beijo” com estava na internet, então provavelmente alguém o seguira até minha casa pra me perseguir depois. Era inacreditável. Coloquei um descanso de tela, deitei na cama e fiquei olhando pro teto, pensativa. Eu queria que o show chegasse logo e que todo esse movimento e todas essas fofocas parassem.
Como eu não podia sair de casa (pelo menos por enquanto), as meninas foram ao supermercado comprar coisas pra casa. Não iríamos morrer de fome por causa de gente fofoqueira.
Eu e as meninas estávamos na cozinha comendo.
- Sua foto e do dando aquele pequeno selinho está na internet. – Comentou .
- É, eu vi agora pouco. – Respondi sem ânimo.
- Parece que não foi um selinho tão pequeno assim, porque teve tantos flashes! – disse rindo e brincando comigo.
- Ah, pára, . – Respondi.
- Como é um beijo do Jonas? – perguntou, também entrando na brincadeira.
- Eu não beijei ele, gente, dá pra parar? – Eu disse, tentando segurar o riso, mas não consegui.
- Ai ai, zinho. – brincou, apertando minhas bochechas.
- Vocês são umas chatas, sabia? Era eu quem devia estar fazendo isso, vocês que duvidavam de mim. Não vale! – Falei, fazendo bico.
- Awn, mas é você quem tá amando aqui. – falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
- Cala boca. – Falei e ri.
Já estava de noite e amanhã seria um dia longo. Eu tinha a impressão de que as horas demorariam muito pra passar.
Deitei na cama, fechando os olhos e tentando dormir, algo que pra mim estava meio complicado de fazer durante essas últimas semanas.
...
No sábado pela manhã, eu e as meninas decidimos que iríamos ficar em casa até a hora do show, que era à noite. Todas estavam muito animadas, inclusive eu.
- Não vejo a hora. – Comentou .
- Eu já tô muito nervosa. - Falei.
- Imagino. – disse rindo.
- Parem de zoar a , coitada. – falou séria. – Ela não tem culpa se fica se agarrando com o por aí. – disse e soltou uma gargalhada, fazendo as outras meninas também rirem.
- CALEM A BOCA, VOCÊS! – Falei séria. – Eu não fico agarrando o , só foi um SELINHO, tá difícil de entender ou quer que eu desenhe isso pra vocês? – Ri e taquei uma almofada na . – Suas chatas.
- Você ama a gente. – falou, convencida.
- Quem te iludiu? – perguntei, levantando uma sobrancelha pra ela.
- Nossa, , que sem coração, você. – falou, tacando uma almofada em mim.
- HÁ HÁ HÁ – Gargalhei – Claro que eu amo vocês.
- GUERRA. – Gritou , começando a tacar almofadas.
- AAAAH. – gritou, se protegendo.
Ficamos um tempo igual loucas, tacando almofadas umas nas outras. Era realmente bom ter amigas como aquelas. Depois vimos um filme, e logo já estava na hora do tão esperado show.
- Já tá na hora. – Comentei.
- Vamos, não quero chegar atrasada no show.
Pegamos um táxi e fomos para o Hard Rock. Quando chegamos lá, estava LOTADO, e tinha um segurança esperando a gente logo na frente.
- Senhoritas, entrem por aqui. – Ele disse, direcionando a gente para uma outra porta.
- Que chique – cochichou. Rimos baixo.
- Os meninos estão no camarim, e o pediu pra avisar quando vocês chegassem. Me esperem aqui. – O segurança saiu e entrou em uma porta onde estava escrito “Jonas Brothers”. Meu coração estava disparado só de pensar que ele estava ali, a poucos metros de mim.
- Entrem. – O segurança falou, dando espaço pra gente passar.
- Se controlem. – Cochichei para as meninas.
- É mais fácil a gente pedir isso pra você, . – falou rindo. Olhei séria pra ela, e ela levantou as mãos como quem se rende. Eu ri.
Quando entramos no camarim, meu coração parecia querer pular pra fora da minha boca. Ele estava ali, com um sorriso lindo e fofo no rosto, me olhando. e estavam ali também. veio na minha direção pra me abraçar. Todos ali olhavam pra gente.
- Que bom que você veio. – Ele disse pra mim e eu sorri. Então, ele me soltou e foi cumprimentar as meninas. – Oi, garotas. – sorriu.
- Oi. – Elas disseram em uníssono, parecendo um coral. Dei um meio sorriso quando vi isso.
- , . – disse, chamando-os. Ele me olhou e apontou para as meninas. e me cumprimentaram e logo se direcionaram pra elas.
- Essas são , e . – Falei.
- Prazer, meninas. – Disse , sorrindo.
- Prazer. – falou, e assim todos se cumprimentaram e começaram a conversar. Alguém bateu na porta e entrou no camarim.
- 5 minutos pro show. Levem os meninos pro palco. – O segurança falou para o outro que estava lá dentro. se aproximou de mim sorrindo.
- Já está na hora do show. Preste atenção em uma música que eu vou cantar; na hora você vai saber qual. – Ele disse rindo. Eu sorri, balançando a cabeça afirmativamente.
Eles saíram e o segurança nos acompanhou até o local onde iríamos assistir o show.
Foi uma apresentação incrível, eu e as meninas estávamos nos divertindo bastante, pulando, dançando, cantando e gritando MUITO. Eles estavam tocando “Tonight”. Quando a música acabou, começou a falar:
- Essa música que nós vamos tocar agora se chama "When you look me in the eyes". Eu fiz essa semana e a dedico à uma pessoa muito especial pra mim, a minha inspiração para essa música. – Ele disse. Eu estava no palco, junto com as meninas, então ele olhou pra mim e sorriu; senti borboletas no meu estômago. Eu sabia que aquela música seria pra mim, e ele mesmo disse que era pra eu prestar atenção. Eles começaram a tocar uma introdução linda e depois começaram a cantar.
If the heart is always searching, Se o coração está sempre procurando Can you ever find a home?
Você nunca consegue encontrar seu lar?
I've been looking for that someone,
Tenho procurado por esse alguém
I'll never make it on my own.
Não consigo encontrar por mim mesmo
Dreams can't take the place of loving you,
Sonhos não podem levar o lugar e o amor a você
There's gotta be a million reasons why it's true
Há milhões de motivos por que é verdade
When you look me in the eyes,
Quando você me olha nos olhos
And tell me that you love me, everything's alright,
e me diz que você me ama, tudo está certo
When you're right here by my side
quando você está bem aqui ao meu lado
When you look me in the eyes,
Quando você me olha nos olhos,
I catch a glimpse of heaven.
Eu chego até o céu
I find my paradise,
Encontro meu paraíso
When you look me in the eyes
Quando você me olha nos olhos
How long will I be waiting,
Quanto tempo eu esperei
To be with you again?
Para ficar com você de novo?
Gonna tell you that I love you,
Eu vou dizer que te amo
In the best way that I can.
da melhor maneira que puder.
I can't take a day without you here,
Eu não consigo passar um dia sem você
You're the light that makes my darkness disappear.
Você é a luz que faz minha escuridão desaparecer
When you look me in the eyes…
More and more, I start to realize,
Todos os dias começo a perceber
I can reach my tomorrow,
Eu posso chegar ao meu amanhã
I can hold my head high,
Eu posso manter minha cabeça erguida
And it's all because you're by my side
Tudo porquê você está ao meu lado
When you look me in the eyes...
When I hold you in my arms
Quando eu seguro você em meus braços
I know that it's forever
Eu sei que é para sempre
I just gotta let you know
Eu só quero que você saiba I never wanna let you go
Eu nunca quero deixar você ir
When you look me in the eyes…
Oh
O show finalizou com essa música. Meus olhos estavam cheios d’água. A letra era linda, e eu estava feliz em saber que ele sentia o mesmo por mim. Eu e as meninas fomos pro camarim esperar por eles.
- Ótimo show. – falou logo que entrou no camarim.
- Matador. Gostaram do show, meninas? – perguntou. Logo depois entrou, com o olhar fixo no meu.
- Foi perfeito. – respondeu e as meninas concordaram.
- Muito perfeito. – Concordei, olhando pro . Ele sorriu, tímido, e então aproximou-se de mim.
- Preciso falar com você. – me disse.
- Tudo bem. - concordei.
- Mas agora não dá, tá cheio de fãs lá fora. Mas não vai embora sem antes falar comigo, ok?
- Ok.
Avisei as meninas que precisava esperar o . Esperamos os garotos do lado de fora, pois eles ainda iriam trocar de roupa pra ir embora. Quando eles estavam prontos, entramos no ônibus. Eu fiquei encantada. Tá certo que era só um ônibus, mas eu nunca esperei que fosse estar no ônibus dos Jonas Brothers. falou alguma coisa para o e o e eles concordaram com a cabeça. Então, veio em minha direção.
- Vocês podem ir lá em casa? – Ele perguntou. Olhei pras meninas e elas disseram que tava tudo bem.
- Tudo bem. – Concordei. Ainda estava meio confusa com tudo aquilo, mas resolvi ficar na minha.
Chegando lá, fomos apresentadas pra família - Denise, Paul e Frankie. A família era linda, e todos muito simpáticos.
- , você pode ir lá fora comigo? – perguntou. Concordei com a cabeça. Ele pegou na minha mão e me levou a um jardim lindo que tinha na casa dele. Abri a boca, mas não consegui falar nada.
- Bonito, não é? – pareceu perceber que eu estava encantada com o lugar.
- É-é lindo. – Falei. Ele sorriu.
- Preciso conversar com você. – Ele disse, agora me olhando nos olhos.
- Pode falar. – Respondi; eu estava nervosa.
- Antes, uma pergunta. Posso?
- Claro. – Sorri.
- Você gostou da música? – Ele deu um sorriso fofo, aquele que fazia meu coração disparar.
- Eu não gostei, , simplesmente AMEI. – Respondi. – Eu não esperava por isso, você é perfeito. – sorri e ele corou, sorrindo também.
- , tudo o que tá escrito na música é verdade. – Ele falou, com o rosto mais corado ainda. – E eu te amo. – Nessa hora, esqueci de respirar, o mundo pra mim tinha parado. Ele se aproximou de mim e eu pude sentir a respiração falha dele no meu rosto. Percebi que ele sentiu a minha também, pelo meio sorriso que ele deu. Então, sua boca encostou na minha, e não demorou muito para que o beijo se aprofundasse mais. Ele puxou meu corpo pra perto do dele, e sua mão estava na minha cintura. Eu estava mexendo no cabelo dele, e a minha outra mão estava deslizando pelas suas costas. Eu queria que o mundo parasse naquele momento. As borboletas no meu estômago já tinham tomado conta do meu corpo todo. Finalizamos o beijo com vários selinhos. Nossos rostos ainda estavam encostados. Olhei nos olhos dele e ele também olhou nos meus. A pouca luz que vinha do resto da casa deixava seus olhos ainda mais lindos, e eu pude sentir que era isso que eu queria: ele.
- Eu te amo, . – Falei, ainda olhando nos seus olhos. Nós sorrimos. Ele cantou a parte da música nova pra mim, a minha música.
When I hold you in my arms
Quando eu seguro você em meus braços
I know that it's forever
Eu sei que é para sempre
I just gotta let you know
Eu só quero que você saiba
I never wanna let you go
Eu nunca quero deixar você ir
Ele cantou a música olhando nos meus olhos e sorrindo.
- Eu te amo, . – Ouvir aquelas palavras não era como acontecia em meus sonhos, era diferente. Agora eu estava em seus braços, podia senti-lo, tocá-lo. – Pra sempre. – Nós sorrimos e nossos lábios se tocaram novamente. Eu sabia que aquelas palavras eram verdadeiras, e eu não queria nada naquele momento, apenas estar com ele, porque eu pertencia a ele, pra sempre.
FIM
N/B: Fic fofa! Parabéns, Sara!
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