Título por: Thais Campa
Fiction por: Lilah Aoki
Betada por: Beatriz Avanso

revisada por Lelen


'Pai, me conta uma história?' Escutei uma voz doce dizer. Olhei para o menino deitado na cama de colcha azul e desisti de apagar a luz. Fui até lá e me sentei na beirada da cama, vendo-o levar a coberta até os olhos por causa do frio. Ajeitei seu travesseiro e sorri.
'Que história quer ouvir? Da bruxa do bosque, do peixe grande ou do navio que afunda?' Perguntei e ele fingiu pensar. Ele sabia que algumas das minhas histórias tinham seus fundos de verdade e talvez por isso, gostava tanto de escutá-las. Não que eu fosse um bom contador, mas ele dormia rapidinho.
'Nenhuma delas.' Ele disse simplesmente. Franzi a testa. Como nenhuma delas? Eram tiradas de filmes legais, tipo, Peixe Grande, propriamente dito, e Titanic. Ele então me olhou com uma cara sapeca. 'Quero ouvir a da princesa.'
'Branca de Neve? Cinderela? Não é melhor pedir pra sua mãe e...' Eu ia falando, mas fui interrompido.
'Não essas princesas... Aquela que você me contou uma vez, pai, da tia ...'
Cocei a cabeça e desviei meu olhar. Era a história que eu sabia de cor e salteado, cujo livro fora escrito dentro da minha mente. Sempre que começava a contar os detalhes, o ar me faltava, meu coração não parava de pulsar e tudo à minha volta parecia estar recoberto por uma leve camada de neblina imaginária. Mas eu não negava isso ao meu filho.
'Por que essa, se você sempre dorme antes do final?' Tentei convencê-lo a desistir, mas foi em vão.
'Eu vou ficar acordado, eu prometo.' Ele beijou os dedinhos e sorriu. O meigo sorriso de uma criança.
'Está certo, vou contar essa...' Eu disse e ele bateu palmas. 'Mas é comprida...'
'Tá bom, pai! Começa logo!'
'Ok...'
Respirei fundo, antes de iniciar, e fechei os olhos. Cada trecho devia ser contado corretamente. Como aconteceu há alguns anos...

Era uma tarde confusa, já que estava se mudando para um apartamento só dele. Eu, e tínhamos prometido ajudá-lo com suas coisas e estava cuidando de seu cachorrinho de estimação, o Jude. Não é todo dia que um adolescente ganha a liberdade de viver sozinho e era sortudo por isso.
Aliás, todos nós éramos, vendo que agora tínhamos um tipo de QG para nossos encontros de sempre.
Nós cinco éramos amigos desde pequenos e pode-se dizer que nunca nos largávamos. era o mais decidido de todos. o mais atrapalhado. era do tipo certinho, mas sacana e eu era o tímido, aquele que segue os outros, sem deixar os ideais de lado. E tinha a , a única garota e a mais divertida. Era ela quem nos tirava de confusões e era ela quem estava sempre ali, pra dar uma mão. O anjo e os demônios...

'Essa era bonita, pai?' Meu filho me interrompeu e eu tive que concordar.
'Ela era a garota mais bonita desse mundo.'

Nós cinco enfrentávamos a raiva de todo um colégio londrino e tudo porque parecíamos felizes. As pessoas achavam que era impossível sorrir o tempo todo, gargalhar de tudo, brincar com as coisas sérias. As pessoas são sempre muito distantes da alegria... Elas demoram demais pra perceber que a felicidade está ali do lado. Mas nós não. Percebíamos a nossa sorte.
Até nos momentos mais catastróficos nós nos dávamos bem.

'O que é catastrófico, pai?'
'Algo ruim, sabe? Como não comer biscoitos no café da manhã...'
'Nossa!'

Uma vez, depois de uma festa na casa de um dos calouros, nós fomos parar na delegacia. Uns caras tinham ido mexer com a e tudo acabou em briga. Nossos pais ficaram umas feras conosco e depois ficamos de castigo por mais de dois meses...

'Vovô não parece tão bravo.'
'Não agora. Ele era muito bravo quando eu fazia alguma coisa errada.' Eu disse. 'E brigar é uma coisa muito feia.'
'É?'
'É sim, e eu posso ficar muito bravo se você brigar com alguém.' Eu disse e comecei a fazer cócegas nele, que gargalhou.
'Pára, pai!' Parei e ele ficou emburrado. 'Pula logo essa parte.'
'Você que pediu pra ouvir, não quer mais?'
'Quero! Mas é que eu sei que vocês aprontavam... Eu quero saber o que aconteceu na casa do tio .'
'Ah, a casa do tio ...'

O Jude estava animado com a nova casa. Era um cachorro que fora adotado pelo grupo e se chamava assim por conta da música dos Beatles. estava dando comida pra ele, quando descarregou a última mala no apartamento. Nós nos sentamos no sofá, observando a alegria de e, em seguida, chegou com uma bandeja e suco de melão, que adorava. Era incrível como ela nos conhecia bem.
Sentou-se no tapete e começamos a conversar. Mal sabíamos que um segredo estava prestes a se revelar naquela tarde.

[Flashback - On]
', não deixa isso aí!' gritava com ele, enquanto descia as escadas. passou por ele com uma jarra enorme.
'Onde eu coloco isso?' Ele perguntou, quase não agüentando o objeto.
'Por que você trouxe isso?' franziu a testa.
'Ué, não era pra trazer?'
'Claro que não, isso é da minha mãe!'
Enquanto eles discutiam, eu ajudava com a louça que tínhamos sujado. Jude estava deitado no carpete da dispensa e apenas nos encarava, com aquela cara de sono.
'Não vejo a hora de morar sozinho também.' Mencionei e sorriu. Eu tinha notado algo diferente nela, uma pequena e quase imperceptível tristeza, mas não comentei.
'Não quero morar sem meus pais, não tão cedo.' Ela disse, me passando um pano de pratos. 'Não agora...'
'Ah, você tem a liberdade que quer, eu não... Ainda tenho toda aquela marcação cerrada.' Nós rimos. Olhamos para a porta e vimos , e passarem com a jarra numa caixa de papelão e saírem. Com certeza, estavam levando pro carro. 'A propósito, como conseguiu um apartamento tão legal?'
'Não vou acreditar se ele disser que tem contatos.' Ela brincou e me passou um prato enxaguado.
Sequei todos os talheres e a louça acabou. Só faltava um copo que estava nas mãos dela.
' vai viajar na semana que vem, não é?' perguntou e eu assenti.
'Férias na Austrália... Ele também tem sorte!' Eu disse. 'Vai surfar todo dia, torrar no sol e eu vou ficar nesse frio congelante.'
'Não é tão mal, é? Temos todo o apartamento do pra destruir.' Ela riu. 'Brincadeira!'
'Eu sei...' Falei e fiz careta, como se aquilo não fosse legal. 'Acho que também vai viajar um dia desses... Visitar uns tios...'
'Ah, ele não tinha me dito!' ela disse e fingiu indignação. 'Bom, acho que acabou por aqui e... Ai.'
'O que foi?'
estava apoiando umas das mãos na pia, enquanto segurava o copo com a outra. Parecia que estava passando mal. Eu me apressei para segurá-la e foi a tempo. O copo se espatifou no chão e ela caiu em meus braços.
'? Ah, meu Deus, você está bem?' Eu gritava apavorado, sem saber o que fazer. surgiu na porta e correu até nós. e fizeram o mesmo.
'Liguem pra ambulância. Rápido!'
[Flashback - Off]

'Papai, papai!' Ouvi me chamarem e saí do transe. Era inevitável ter esse tipo de lembrança. 'Continua... O que acontece depois?'

foi levada pro hospital e nós ficamos sabendo que ela estava doente. E o pior, tinha sido desenganada pelo médico, o que significava que tinha poucos meses de vida.
Foi um choque, me senti corroído por dentro e sei que os outros também estavam mal. Nós íamos perder nossa melhor amiga em breve.

'Ela ia morrer?' Ele perguntou triste e eu passei a mão por seu cabelo.
'Ia sim, nós ficamos muito tristes.'
'Mas fizeram o quê? Vocês a deixaram triste também?'
'Não, nunca faríamos isso.' Expliquei. 'Nós apenas decidimos fazer daqueles meses os melhores de nossas vidas.'

Não fingimos não saber, não escondíamos de ninguém. tinha mudado e estava preparada pra encarar o fato de que não acordaria mais um dia desses. Queríamos que ela se esquecesse de tudo e se concentrasse apenas na sua felicidade.
Então cancelou sua viagem e também. Tínhamos uma missão: transformar a vida de .
Começamos com as surpresas simples, como festas de aniversário e presentes, e então curtíamos tudo o que desse na telha, desde passear de bicicleta pela cidade o dia todo, até tentar fazer shows em bares e pubs. Nossa banda tinha sua maior fã sempre ali e gostava que tocássemos pra ela. Ela amava cada acorde.

'Também gosto que toque, papai, mas o Tio é mais doido que você no palco.'
'Há, engraçadinho!'
'É verdade, e aposto que a tia também achava isso.' Ele deu língua e eu sorri.
'Não sei... Mas ela gostava muito de mim.'

[Flashback - On]
'Vocês foram ótimos como sempre!' aplaudia nosso ensaio. Sempre terminávamos tarde, mas era por uma boa causa.
'Dorme aqui hoje, .' pediu e nós sorrimos. 'Todos nós vamos.'
'Tá bem, só preciso ver se trouxe meus remédios.'
Já passara dois meses e agora as coisas estavam normais. Tínhamos nos acostumado a fazer tudo por , sem que ela sofresse aquela pressão de morte ou coisa parecida. Ela parecia bem mais feliz e nós também.
Subi para o quarto sem que ninguém percebesse; queria poder ficar só com ela, observá-la dormir. Fazer o que me fazia bem.
'Posso entrar?' Bati de leve na porta ao notar que ela estava acordada.
'Claro.'
Eu fechei a porta depois de me pôr dentro do quarto e fui até ela, abraçando-a, enquanto ela se olhava no espelho.
'O que acontece se meu cabelo cair?' Ela perguntou, olhando para o objeto de vidro. Eu sorri.
'Vai ficar linda do mesmo jeito.' Disse. Ela não pareceu se alegrar. 'O que foi? Aconteceu alguma coisa?'
'Nada demais, só os mesmos pensamentos.' Ela deu de ombros e tocou meu braço. 'Não tá com frio? Sua pele está gelada.'
'Agora que falou, estou sentindo um vento frio... Ah, a janela!'
Soltei-me dela e fui fechar a janela. O frio fazia mal para nós. Principalmente o noturno.
',' ela chamou e eu apenas olhei pra ela, 'me abraça de novo?'
Abri os braços e fui a sua direção. Acolhê-la era tão bom, me fazia sentir as borboletas no estômago. E foi essa sensação que acabou me denunciando.
'Eu te amo tanto.' Deixei escapar e me separei de seu corpo. me olhava assustada. Eu não sabia o que fazer. ', me... Me desculpa, eu...'
'...'
Ela correu para a cama e começou a chorar. Eu não conseguia me mexer, mas inconscientemente, fui até lá e a abracei mais uma vez.
', não fica assim... Por favor... Eu...'
'Não pode me amar, .' Ela me interrompeu. Virou-se de frente pra mim, ainda deitada e enxugou algumas lágrimas com as mangas da blusa. 'Não pode.'
'Por que não?' Eu quis saber.
'Você sabe por que...'
Era a doença. Talvez ela achasse que ia ser egoísta ou talvez ela não gostasse de mim. Eu assenti com um aceno de cabeça e fiz menção de sair. Senti um puxão na mão.
'Desculpa.'
'Tudo bem... Vai... Vai ficar tudo bem...' Eu gaguejei. Queria que ela entendesse meu ponto de vista. 'Eu... Vou pro meu quarto.'

Passei horas olhando pro teto sem saber ao certo por que tudo estava acontecendo daquela maneira. Ouvi a porta ranger e vi uma silhueta feminina.
'?' Perguntei, acendendo o abajur e iluminando parte do cômodo. Ela veio até mim, sentou na ponta da cama e sorriu, tão sincera, tão linda, que não resisti e a beijei. O beijo mais demorado e perfeito da minha vida. O instante que eu tanto esperei.
'Eu te amo.' Ela sussurrou e voltamos a nos beijar, como se tivéssemos, finalmente, nos descoberto.
[Flashback - Off]

'Mamãe também gosta muito de você.'
'Eu sei, eu sei... Mas, deixe-me continuar, senão fica muito tarde...'

e eu começamos a namorar, mesmo sabendo que não duraria pra sempre. Não foi espanto, já que os outros sabiam o que eu sentia. Eu amava com todas as minhas forças e me tornava piegas quando falava sobre ela. A gente conversava e ria em grupo. Nós cinco estávamos mais unidos a cada dia.

[Flashback - On]
'Mas ele não disse isso, disse?' perguntou, assim que terminou de contar o breve romance de com a garota do primeiro ano.
'Disse!' gritou, apontando pro amigo, que emburrou.
'Ela tinha que ouvir, nem bala de menta extra forte resolveu!'
'Certo, alguém tá a fim de mais pizza?' perguntou e nós todos levantamos as mãos. 'Ótimo. Telefone...'
Quatro meses haviam se passado e nosso plano estava melhor que o planejado. Tínhamos a vida nas mãos, mas não o tempo. Só falávamos nele, nada mais.
'Quero ter treze filhos.' disse no meio da roda. 'Treze não, quatorze porque é par.'
'Dois seriam ideais, .' disse e ele riu.
'Não quero fazer só dois.' Ele brincou.
'E quantos filhos você teria, ?' perguntou e riu.
'Veja bem, ele está perguntando sobre ter e não fazer.' Ele disse e deu língua.
'Acho que um está de bom tamanho.' Respondi e sorriu.
'E o nome seria .' Ela falou sonhadora e nós nos encaramos. 'O que foi? Eu sei que não tenho tempo pra isso, mas...'
'!' repreendeu e o silêncio se instalou por alguns segundos. Era ruim quando isso acontecia.
' é um nome legal.' Eu disse do nada e fiz todos eles rirem.
[Flashback - Off]

'Já tá com sono?' Eu perguntei, quando o menino bocejou e ele logo balançou a cabeça em negação.
'Nem um pingo.' E bocejou de novo.
'Tem certeza? Essa parte não é muito boa...' Avisei e ele sorriu.
'Todas as histórias têm um final feliz, pai. O senhor mesmo disse isso pra mim quando eu achei que o tio ia morrer se caísse do telhado.'
'Ele quebrou o braço, isso não é feliz.'
'Mas ele ri quando lembra... E guardou o gesso... Eu tinha acabado de aprender a escrever o meu nome.'
'Puxa, é mesmo.'
'Mas continua...'

Mais dois meses e parecia ter piorado. Nem tínhamos notado, mas seu tempo estava acabando.
Ela ficou internada no hospital, respirando com ajuda dos aparelhos e recebendo poucas visitas. Nós quatro ficávamos perambulando pelos corredores, torcendo por ela, colocando pensamentos positivos à tona. Tinha funcionado até agora, por que diabos não daria mais certo?

[Flashback - On]
'Um de vocês pode vê-la agora.' A enfermeira informou e , , e eu nos entreolhamos.
'Só um de nós?' quis saber e ela apenas balançou a cabeça, dizendo sim.
'Vai você, , afinal, é o namorado dela.' encorajou e concordou.
'Diz pra ela que a amamos e que vai ficar tudo bem...' Ele pediu.
'E diz que estamos aqui, esperando ela vir nos abraçar de novo.' falou com os olhos marejados.
'Eu digo sim.' Coloquei a mão no ombro de , antes de seguir a enfermeira. Queria que o clima ficasse melhor.
'Ela está acordada, mas tente não deixá-la tão exausta, está fraca, mas consegue conversar bem.' A mulher de branco me avisou e eu concordei. Abri a porta e entrei sem fazer muito barulho. me viu e sorriu fraco. Seus cabelos estavam sem brilho, mas seus olhos pareciam com os de uma criança feliz pelo natal.
'Olá, senhor dos olhos is.' Ela disse baixinho e eu sorri, pegando em sua mão. Estava tremendo.
'Está tudo bem? Digo... Você está sentindo alguma coisa, sei lá...?' Eu não sabia bem o que perguntar e ela percebeu.
'Estou bem melhor agora.' Disse. 'Estava com saudades.'
'Eu também, os caras me pediram pra dizer que te amam e que querem um abraço...' Dei o recado e ela sorriu.
'Diga a eles que eu também os amo.'
'Não, você vai dizer isso a eles.' Eu falei, acariciando sua pele, agora muito mais frágil. Ela suspirou e desfez o sorriso. 'O que foi?'
'Sabe que não tenho tempo...'
'Eu sei.'
'E sabe que não vou sair daqui com vida. Eu...' Tentei falar, mas ela não deixou. '...tenho certeza disso, está óbvio demais.'
', não fala assim...'
'Eu quero que me prometa que não vai se prender a mim, a essas memórias...' Ela pediu.
'O quê? , pára, não fala assim...'
'Promete, .'
'Não. Pára...'
'Promete, por favor...' Ela apertou minha mão e eu senti uma pontada no peito. Não sabia o que responder. 'Por favor...'
[Flashback - Off]

'Vocês não pediram pro anjinho da guarda salvar ela?'
Saí do transe de novo.
'Pedimos, mas acho que ele tava meio ocupado.'
'Então a tia foi pra terra do nunca que nem a mãe do Peter Pan?'
'Foi sim... Ela foi visitar as fadinhas e brincar com os meninos que nunca crescem...'
'Também não quero crescer.'
'Não? Como é? Não quer ser igual ao seu pai?'
'Quero sim... Você também é criança como eu, porque gosta de histórias, como eu...'
'É...'
'Mas me conta o fim... Já tá perto, né? Eu ainda não dormi!'
'Está bem.'

Ficamos um bom tempo com isso. Hospital, escola, hospital, casa. Nos revezávamos para visitá-la e para lhe dar presentes. Ela parecia bem, dizia ter saudades do Jude, das lambidas dele...
contava que o cachorro não era mais o mesmo. Ele estava quieto, não brincava, acho que sentia falta de também, assim como nós. Era tão difícil imaginar que, mais dia, menos dia, iríamos entrar naquele hospital e sair com más notícias. Tão difícil que a ficha só caiu quando realmente aconteceu. Só nos demos conta quando a nossa menininha, nossa pequena e tão grande amiga, se foi.

'E eu a amava tanto... E...'
Olhei para o garotinho deitado. Estava dormindo. Ele nunca agüentava essa história até o fim, o que era bom, por não poder ver o pai chorar. Era a minha fraqueza.
Levantei-me, depositei um beijo em sua testa e me direcionei até a porta. Observei aquele pequeno garoto, meu filho, era exatamente como imaginado. Exatamente. Não pude deixar de me lembrar das palavras de , ela parecia saber...

[Flashback - On]
'Vai me amar pra sempre?' Perguntei incerto.
'Vou sim, você me convenceu.'
'Que bom...' Eu disse e fechei os olhos, sentindo as pontas dos dedos dela passearem sobre minha face. 'Sou o homem mais feliz desse mundo.' A beijei e ficamos nos olhando por um longo tempo.
'Sabe, ... Espero que seu filho tenha os seus olhos...'
'Por quê?'
'Porque são lindos.' Ela riu. 'Eu te amo.'
[Flashback - Off]

Era impossível não guardar lembranças, quando elas eram tão nítidas e boas. Apaguei a luz e antes de encostar a porta, sussurrei:
'Boa noite, .'

Fim.


N/A: Eu sempre quis escrever uma fic pra chorar, mas nunca consigo. Até gostei dessa mistura de histórias e diálogos, ficou bem bonitinho xD
Tenho algumas curiosidades sobre a fic: Ela foi escrita há um bom tempo, mais de um ano atrás, eu acho... em 2008. Era pra ser enorme, mas virou shortfic. E era pra ser em terceira pessoa, mas mudei de ideia.
O DETALHE MAIS IMPORTANTE: perceberam o nome do filho do seu McGuy? Pois é, esse é meu clímax. Espero que tenham gostado xD E obrigada a minha amiga Thais que me ajudou com o nome da fic! Sem ela onde eu estaria? *-*

x*

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