Eu pensava que a conhecia, e eu realmente me enganei. Pensei que a teria para sempre.
Meu nome é , e sou um cara quebrado, arrasado. Isso tudo por causa de uma menina que eu julgava ser minha melhor amiga, ou mais que isso, talvez.
A sempre foi a melhor pessoa que conheci, era doce, meiga, inteligente, sociável. Acho que foi esse dom de socialização que acabou com nossa relação. Falando assim até parece que eu tinha alguma coisa com ela. Como se eu tivesse a mínima chance... Irônico.
A conhecia desde que ela tinha se mudado da Irlanda para cá, e ela tinha apenas oito anos, e eu, dez. Apaixonei-me instantaneamente por aquele sotaque engraçado. Ela era minha melhor amiga. Sempre estava ao seu lado, íamos à escola juntos, brincávamos juntos, aprontávamos juntos.
Acontece que entramos no colegial, e, com isso, vieram as primeiras mudanças. A começou a andar com populares, e eu montei uma banda. Mas nunca nos separávamos. E apesar dos ensaios da banda, sempre encontrava um tempo para ela.
Só que estava cada vez mais difícil para ela encontrar um tempo para mim no meio de tantas festas. Daí começaram as brigas, discussões, indiretas, sarcasmos. Tudo muito destrutivo. Eu simplesmente odiava aquela situação, mas nada podia fazer. Via a indo para o lado errado da vida, perdida entre drogas e bebidas, e o máximo que podia fazer era ajudá-la, dando banho nela quando ela chegava bêbada demais lá em casa.
Aquilo acabava comigo, acabaria com qualquer um, mas nada podia fazer.
Me afastei definitivamente dela, não a via mais, mesmo que meu coração batesse mais forte quando ela deixava mensagens na minha secretária eletrônica. Já estávamos há dois meses separados, e o ano terminava. O sonho dela sempre foi entrar para Oxford, e fazer Gastronomia. Agora seu sonho era apenas se divertir e beber, além de namorar caras ricos que a sustentassem. Uma verdadeira puta. Eu odiava ter que retratar aquela menina que sempre conheci daquela forma, mas era a única forma, era a única descrição possível.
A banda estava avançando, e logo íamos sair numa pequena turnê, abrindo shows de bandas mais importantes. Tive que deixar a aqui junto de pessoas que não a faziam bem. Tínhamos nos mudado de Bolton para Londres, por causa da banda. Fazia dois anos aproximadamente que não via minha mãe, minha família, e a menina que eu mais amei em toda minha vida, minha melhor amiga. Então resolvemos voltar às origens. O McFLY já era uma banda um pouco famosa, e precisávamos do apoio de nossa família.
Meu choque ao voltar para Bolton não podia ser pior. Encontrei num bar com seus amigos estranhos.Seus adoráveis cabelos ruivos haviam sido tingidos de "loiro burro quando foge", e seus olhos cor de mel tinham sido mascarados por lentes de contato azuis. Ela se vestia de rosa e trazia nas mãos o que parecia uma garrafa de vodka. Se agarrava com um mauricinho qualquer, que era provavelmente quem a sustentava no momento. Ela não parecia mais aquela garotinha que tinha medo do escuro, não mesmo. Aquela garota perfeita havia sumido, dando origem a um monstro cor-de-rosa. Meu Deus, ela tinha conseguido destruir sua vida.
Sim, havia. Pensava no que a mãe dela sentia ao ver aquela pessoa asquerosa que ela havia se tornado. Eu e a não havíamos mais absolutamente nada em comum. Apesar de ganhar um bom dinheiro com o McFLY, não era apegado a coisas materiais, estava acima disso. Aquela melhor amiga não existia mais, agora só tinha os caras ao meu lado. E era assim que tinha que ser. Dei uma ultima olhada para aquela que havia sido a melhor pessoa que tinha conhecido, e caminhei em silêncio pela calçada.
Senti uma mão me puxar, e me virei.
“? É você? Mal acredito!” me abraçou forte. Olhei para ela como se não a reconhecesse. “Você não se lembra de mim?”
“É, acho que é um engano, não te conheço não.”
“, sou eu, , se lembra?”
“Ah, você não se parece com a .”
“É, eu mudei um pouco, . Gostou?”
“Sinceramente? Não.” Ela olhava para mim como se não acreditasse. “Olha, , eu gostava de você. E não disso que você virou, então se você já terminou, eu tenho coisas a fazer."
“Mas, , eu senti tanto sua falta.” Vi os olhos dela lacrimejarem.
“Eu não. Eu senti falta daquela menina que tinha sotaque irlandês, não esse de puta que você adquiriu agora. Senti falta daquela menina de olhos cor de whisky, não de uma com bafo de bebida. Senti falta daquela menina que tinha cabelos cor de fogo, não um cabelo cor de palha. Senti falta da minha pequena, não de você. , você foi a menina que eu mais amei, e você conseguiu destruir tudo. Mas você sabe muito bem que não sou um cara que volta atrás. Então é isso, volte para sua vidinha medíocre de bêbada e prostituta de luxo. EU NÃO PRECISO DE VOCÊ.”
Cuspi as ultimas palavras e saí andando, deixando para trás uma completamente abalada. Eu só tinha uma certeza, não precisava me preocupar.
“But wherever she may be
(Mas onde quer que ela possa estar) She could be money, cars, fear of the dark
(Ela pode ser dinheiro, carros, medo do escuro) Your best friends are just strangers in bars
(Seus melhores amigos são estranhos em bares) Whoever she is, whoever she may be
(Quem ela é, quem quer que ela possa ser) One thing's for sure, you don't have to worry
(Uma coisa é certa: Você não precisa se preocupar.)"
Whoever She Is – The Maine
The End.
N/a: Essa é a primeira fic que eu consigo terminar, aleluia. Então, queria agradecer ao The Maine por ser uma banda perfeita que me inspirou a escrever essa fic, e hum, á Sthefanie, por ficar me irritando e puxando papo enquanto eu escrevia. E também queria agradecer a Deus, por me deixar ter mãos e poder digitar, e também por me deixar respirar. Certo, parei. Bom, é o seguinte, queria agradecer a você que está lendo agora, não é todo mundo que tem saco. Estou pensando em uma segunda parte, então se vocês apóiam, comentem por comentário (redundância básica ). Queria também agradecer à beta e aos McGuys que fazem minha vida cada dia mais feliz *-* Então tchau pessoas :*
Carol Stadtler.
N/b: Notinha minha \õ/ Então, comentem pra ela fazer a parte dois, hein u_u xx Ju S.