Will You Still Love Me Tomorrow?
por Aninha. | betada por Taty
revisada por Lelen




Sabe quando você pensa que pode fazer de uma noite a mais perfeita? Então... Foi essa a minha intenção. Mas eu consegui? Er... Pra falar a verdade, nem passei perto disso.
Meu namoro com a estava mais forte, nosso relacionamento já estava longo.
Mas nunca havíamos, bem... Ultrapassado a barreira dos simples amassos no carro, ou então em casa mesmo quando nossos pais estavam fora.
Resolvi fazer uma surpresa para ela, uma noite romântica. Ela merecia uma primeira vez digna, não é?
Afinal, era uma ótima namorada: compreensiva, amiga, linda...
Arrumei tudo, tudo estava esquematizado.
Meus pais estavam viajando, meus irmãos tomaram seus devidos rumos em uma sexta-feira a noite.
Asseguraram que não iriam chegar até domingo, então fiquei tranqüilo. Imagina aqueles pestes aparecem aqui pra estragar tudo? Teria picadinho de irmão.
Convidei para vir aqui na minha casa, de forma casual como normalmente fazia. A única condição era que ela estivesse linda.
Quando ela tocou a campainha, notei que seguiu a risca o meu pedido.
Usava uma calça bonita, que parecia ser nova, uma blusinha branca leve – já que não fazia muito frio – e uma sapatilha delicada. Fora sua maquiagem, na medida certa.

- Hum... Eu pedi para vir linda – Falei – Não maravilhosa.
- Ah, seu bobo! Peguei a primeira roupa decente que vi.

Mentira! Garotas sempre fala isso, mas eu sei que passam horas – e até dias – escolhendo o que vão usar. Sei disso porque vejo minha irmã desesperada quando tem algum encontro com aqueles menininhos que ela sai.

- Mas não esqueceu de passar meu perfume favorito, não é? – Disse, sentindo o aroma ao abraçá-la.
- Isso eu não esqueci – Respondeu, me dando um selinho
Fomos para a sala, e ela pôde ver as pétalas de rosas e as velas espalhadas pela casa, em pontos estratégicos.

Ela abriu um sorriso enorme e me deu um beijo longo.

- Espera um pouquinho aqui, . Vou dar uma olhada no peixe, ele está marinando. – falei, de forma casual, ao me separar dela.
- Peixe, ? Ah, você sabe que eu adoro! – Sorriu novamente.
- É claro, meu amor. Não sei se gosta de salmão, mas resolvi arriscar – Disse, fazendo um certo charme. É óbvio que ela gosta, é seu prato preferido.

Mas também, eu acho que mereço o prêmio de namorado do ano. Eu fiz uma baita pesquisa pra organizar esse jantar. Já disse que queria tudo perfeito?
Conversei com a , melhor amiga dela, que por sua vez, perguntou algumas coisas a mãe da , pequenos detalhes: pratos favoritos, bebidas, sobremesa e mais outras coisinhas tão importantes.
Fora os aromas das velas, flores, musiquinhas para dar um clima... Que eu perguntei a , que trabalha numa loja meio zen, onde vende tudo isso.
Pode parecer bobagem para outros homens – tanto é que isso é parcialmente um segredo para os meus amigos – mas é que eu realmente estou apaixonado por ela, como nunca estive por nenhuma outra.
Ela voltou a sorrir para mim, me deu um selinho e foi olhar o arranjo de orquídeas lilás sobre a mesa – uma escolha obviamente proposital.
Coloquei o peixe no forno e a chamei para se sentar no sofá comigo. Estávamos abraçados lá, e ela me disse:

- , ainda não acredito que você preparou tudo isso para mim. Eu não sabia que você tinha noção de que existe uma outra dimensão chamada cozinha.
- Há, há, engraçadinha. Pois fique sabendo que eu sou um grande chefe!
- Oh, senhor gourmet! – Debochou – Como posso agradecer?
- Assim. – Falei, e a beijei.

Super clichê, eu sei! Mas cara, eu não chamei ela aqui em casa para ficar de conversinha.
Ela colocou as mãos em meu pescoço e eu na sua coxa. Vez ou outra, ela puxava meu cabelo levemente e eu passava as mãos em suas costas por baixo da blusa.
Senti que a coisa estava dando uma engrenada e me levantei suavemente para não nos desgrudarmos e me dirigi às escadas, que levavam para o meu quarto.
No caminho, senti que esbarrei em alguma coisa, mas não dei importância.
Quando já estava quase no fim da escada, abri os olhos e fiz um movimento brusco.
não entendeu o porque do meu susto e olhou para mim confusa. Só consegui apontar para a belíssima cortina de linho egípcio (que minha mãe teimava em frisar que tinha 300 fios) se transformando em cinzas.
Sim, aquilo que eu havia derrubado e não dei importância era uma das velas que servia de decoração. Ótimo.
O desespero tomou conta de mim e eu desci as escadas correndo em direção a cozinha, para pegar água e apagar a merda que eu tinha feito.

- Isso que eu chamo de pegar fogo, hein? – A palhaça da falou, tentando descontrair. O fogo já havia sido apagado. Nos dois sentidos, claro.
- Cara, minha mãe vai me matar! Uma vez ela quase me matou porque eu sujei essa bendita cortina de chocolate, e olha que foi fácil de limpar. Imagina quando ver a cortina quase pela metade?
- Oh, meu amor... Eu converso com a sua mãe, você sabe de quantas enrascadas eu já te tirei – É, isso é verdade. amansava minha mãe como ninguém – Mas relaxa agora, você tem uma semana pra pensar no que vai falar pra ela.
- É... tem razão. Onde paramos mesmo? – Perguntei, com um sorrisinho.
- Acho que na porta do seu quarto – Ela respondeu, com o mesmo sorriso no canto dos lábios.

Já estávamos na minha cama nos... Amassando.
Minha blusa já tinha ido para o espaço e o cabelo da parecia mais um ninho de ratos. Quando já estava quase abrindo sua calça, ouvi a PORRA da campainha tocar. Quem RAIOS é essa pessoa INFELIZ que bate na porta da casa de alguém as 22:30, numa sexta a noite?
Dessa vez, também fez uma cara de decepção e aborrecimento, ao invés de fazer alguma de suas típicas piadinhas. Descemos juntos, exatamente para dar a entender que fomos interrompidos. Nem me dei ao trabalho de caçar a minha blusa pelo quarto.
Abri a porta, caprichando no semblante aborrecido.
Era minha vizinha gostosa. É, fazer o que? Todos nós temos uma, mas eu realmente não gostei de vê-la naquele momento.
- Oi – Disse com sua voz normalmente enjoada – Desculpa ter atrapalhado qualquer coisa aí, mas... Eu vi fumaça saindo pela janela da sua cozinha, e achei melhor avisar.
Não acredito. Será que algo mais podia dar errado? Que merda, cara.

- Obrigado, Josie. – Falei, já fechando a porta, mas ela me impediu.
- De nada, . Qualquer dia a gente se encontra... Meu pai instalou uma jacuzzi nos fundos da minha casa. Seria um prazer te receber.
- Não, muito tentador, mas ele vai ter que recusar, não é ? – falou, energicamente, encarando a outra.
- Foi um convite para ele, amorzinho. – Josie disse, com a voz mais chata do que nunca.
- Mas ele é meu namorado, amorzinho – Ela respondeu, ironicamente. – Seria ex se aceitasse.
- , você quer ir?
- Gente, minha cozinha ta pegando fogo, vocês tem certeza que querem ficar discutindo a noite inteira? Obrigado, Josie, tchau.

Bati a porta na cara da garota e saí correndo para o aposento cheio de fumaça escura.
A fonte era o forno. Lá se foi meu salmão, que fiz com tanto carinho. E lá se foi o humor da , por causa da oferecida da Josie. Uma oferecida que eu já peguei, mas nada que eu não conseguisse em uma boate qualquer. Ou seja, uma garota fácil, fácil. Ah, o também já ficou com ela. O também... Ah, o , o James, o Matt e o Charlie também. Não disse que era fácil?
Abri mais a janela e abanei o máximo que mude com um pano de prato, até a situação ficar melhor. Aliás, menos pior, porque estava tudo péssimo ali. Parecia que a fumaça preta tinha ficado impregnada na minha cozinha. Ó vida, ó azar.
E para melhorar, percebi que continuava irritada – o que não era muito difícil de perceber, já que ela ficava olhando para o teto, com os braços cruzados e batendo um pé no chão freneticamente. Ta vendo como eu conheço bem a minha namorada?

- , o que houve? – Perguntei, desentendido.
- Nada – Falou. Aham, sei.
- Eu sei que não é “nada” – Respondi, traçando as aspas no ar.
- Sério, deve ser só TPM.

Tipo, oi? A quem ela quer enganar? Ela não estava na ‘TPM’ a dez minutos atrás. Ela estava até bem animadinha. Minha namorada tão espertinha, tão inteligente... Dando uma desculpa ridícula como essa.

- Ou então você não tem um motivo bom o suficiente para explicar o porque de você ficar com ciúme da Josie, já que não aconteceu nada. – Eu sabia que era verdade, e ela também. Mas preciso dizer que foi cômico vê-la abrindo e fechando a boca, tentando achar um argumento pra retrucar. Ela nunca se sentia satisfeita se não conseguia retrucar cada palavra que você diz.
- E não é que eu acertei? – Impliquei.
Ela me deu um tapa bem leve no meu braço e disse, olhando para baixo um pouco brava, ainda.
- , essa garota mora do seu lado e fica se jogando pra você. E não dá pra negar que ela é bem bonita. Não é motivo o suficiente pra eu ter ciúme?
- Francamente? Não. , eu te amo! Você acha que eu ia te trocar, uma garota meiga, simpática, companheira, engraçada, linda... Por ela? – Perguntei, dando um certo desprezo a palavra ‘ela’. – Poxa, será que o que eu fiz hoje, e faço todos os dias por você não é o suficiente pra provar o que eu sinto, e quem eu realmente amo?

Ela desviou o olhar do meu, como sempre fazia quando queria dizer algo, mas estava com vergonha. Ahá, quem foi que disse que todos os homens são desatentos?

- , eu acredito no seu amor, é sério. Mas é que ela atrapalhou o que você estava planejando, o que já me irritou um pouco, por mais que não tenha sido premeditado. Além disso, ela ficou se oferecendo e eu sei bem que vocês já ficaram.

Como ela sabia? Ta, não importa agora. Mais tarde eu descubro.

- Eu fiquei com ela sim, mas eu tinha 15 anos, , pelo amor de Deus. Naquela idade eu ficava com qualquer garota que me desse mole. Mas hoje é diferente. Eu quero coisas sérias, e isso eu quero com você!

Ela passou um tempo refletindo sobre o que eu havia dito. Então, falou baixinho:

- Me desculpa?
- Sobre o que, exatamente? – Me fiz de desentendido, de novo. Sou muito chato, não sei como ela continua comigo.
- Por ter sido tão chata, tão ciumenta.
- Oh, que bonitinha minha ciumenta arrependida!

Apertei suas bochechas.

- Mas... Agora que o jantar está arruinado, o que a gente vai comer? – Perguntou, fazendo uma cara esfomeada.
- Bom, ainda tem arroz, não conseguimos destruir ele... Podemos fritar uns nuggets, que tal? Algumas velas eu não acendi, a mesa continua linda...
- , meu lindinho – fez uma voz meio irônica – Não estou querendo desmerecer seu esforço pra me fazer feliz, nem nada, mas é que eu acharia mais seguro se nós pedíssemos pizza. Sabe, algo que não envolva fogo nenhum. Além disso, eu atendo a porta, no caso de ser alguma entregadora interessada no meu namorado. – Falou, piscando pra mim e eu ri.

Ela estava decepcionada, certamente, assim como eu. Mas não perdeu o senso de humor que eu tanto amava nela.

- Mas eu pago! – Me adiantei. Precisava recompensá-la pelo fiasco.
- Não viaja, ! Você deve ter gasto a maior grana com isso tudo – Ela fez um gesto abrangendo toda a comida – ou o que restou dela – e a decoração.
- Mas você merece e eu vou pagar a pizza, ponto final. – Tentei me impor, mas não consegui. Ela conseguiu acabar com a discussão, ao me abraçar e me dar um beijo.

A pizza chegou, e ao invés de toda aquela frescura de jantar a luz de velas, nos aconchegamos no sofá e colocamos um DVD no aparelho.
Naquele momento, tive um estalo e lembrei do que ela havia dito sobre saber o que eu estava planejando para aquela noite. Sabe, quando ela disse que Josie havia atrapalhado tudo.

- ... Er, como você sabia quais eram os meus planos pra hoje?
- Ah, . Não é óbvio? Nós estamos juntos há bastante tempo, e você me prepara isso tudo... Eu sei que sou meio nova, mas estava preparadíssima pra aceitar seu pedido de casamento.

HÃ? Casamento? definitivamente pirou! Acho que a expressão que eu fiz naquele momento foi incrivelmente desesperada, porque ela logo emendou, rindo escandalosamente:

- Você pre-ci-sa-va ver a sua cara. É tão aterrorizante a idéia de se casar comigo? Nossa, agora estou me sentindo ótima. – Ela dizia, ainda rindo da “pegadinha” péssima que havia feito. Se eu achava que sacaneava ela de vez em quando, ela me sacaneava o dobro. Sempre arranjava um jeito de implicar comigo.
- Claro que não, é que eu fiquei com medo de que tivesse sido um mal entendido. – Tentei explicar, sorrindo sem graça.
- Hm... Sei. Mas é sério, . Quando tiver que acontecer, vai acontecer. Não precisava fazer isso tudo porque pensou que eu ia gostar mais, ou sei lá. Vai ser algo especial, porque vai ser com você! Mas eu agradeço muito, você fez isso tudo por mim, sabe? Eu te amo, . De verdade.

Ela falou antes de encostar sua cabeça em meu ombro. Cara, de vez em quando eu me sinto o cara mais sortudo do mundo por ter a . Qualquer outra garota teria dado um chilique por tudo o que aconteceu e ir embora. Mas ela é diferente. Eu amo de verdade aquela garota.
Nossa, to ficando sentimental de verdade. Mas não podia deixar de dizer isso pra ela:

- Eu também te amo, . Muito.

FIM!


N/A - 30/07/2009
Oi, pessoas -q Bom, primeiramente eu queria dizer que é a primeira fic que eu posto no FFADD, e que se tiver algo muito tosco, relevem. HAHA
E eu sei que essa coisa de agradecer é clichê, mas eu realmente preciso agradecer a Bianca, ela que me deu a idéia central da fanfic :) Te amo sua merda, -q (vê? nos amamos muito)
E agradecer a Mirella, Larissa e ao Brunno, que me deram um super apoio em relação a postar essa fanfic no site.
E agradecer a Taty, que disse que eu escrevo muito bem *o* E que teve paciencia de tentar me ensinar como scripta.
E por fim, agradecer minha mãe e meu pai por terem me feio [/Danny] -QQ
Comentem, e façam uma nova escritora feliz :D

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