Won't you tell me, do you love me?!
por sá.rah. | betada por Luuuu D.
revisada por Lelen

Capítulo 1


Meu Deus! Por que, comigo? Eu sou o quê? Amaldiçoada por acaso?
Puta que pariu! Se já não me bastasse todos os acontecimentos na minha vida, ahn... Digamos... Fodida. Mal chego nessa cidade, de novo, e já dou de cara com essa garota arrogante que acha que o umbigo dela é o centro do universo, será que ela sabe o estrago que os meus punhos podem causar quando eu os deixo satisfazer a vontade de arregaçar a cara daquela cadela?
Calma null,se controla! Como a null diz, respira cachorrinho! Nessa tua volta a velha vida em Londres, tem que ser diferente e tranqüila, nada de descer do tamanco porque uma sujeitinha esfregou os peitos siliconados na cara do tio da alfândega pra furar fila, que você vai se estressar e rodar a baiana. Respira... Calma. Ok, eu consigo, vou na fé com Deus e as santas batatas que não me deixam cair do salto. Aliás, de onde vem essa minha ligação com as batatas?
Comecei a matutar isso entrando em um táxi e logo depois, descendo pra pegar um café antes de ir direto para casa matar a saudade de todos. - Vai ver, aquele suco matinal que minha mãe me obrigava a tomar todos os dias de manhã, me deixaram sequelada! Não que eu já não seja por natureza, e alguns efeitos sortidos do álcool, porque se você for pensar no que a batata representa, pensa só... Elas podem ter várias utilidades, afinal quem nunca colocou umas rodelas na cabeça pra tirar aquela bendita enxaqueca após uma baita noite onde você encheu a lata e não lembra nem por que vaca não voa? Essa sempre foi uma boa tática na opinião da minha mãe, mas eu as vejo melhor fritas...
- Aaaaaaaai! Caralho, não me viu não, palhaço? – eu já fui falando sem ver a cara do sujeito e me abaixando pra pegar as coisas que haviam caído.
- Me desculpa! Eu tava olhando pra... null?! Meu Deeeeus, o que você faz por aqui? Quando chegou? - null ia me perguntando as coisas euforicamente e me ajudando a pegar meu dinheiro espalhado pela calçada.
- null? Ah, oi null! Pois é, acabei de desembarcar, mas nem falei nada pra ninguém... Quero que seja surpresa! - Eu ia dizendo nervosa até ser atingida e cair espatifada no chão, sobre mim havia o peso de uma coisa, que atendia pelo nome de null.
- null! Aii Meu Deeeeus! Quando você chegou? Por que não ligou? Sua amiga desnaturada! Ia deixar a gente esperando, e um dia antes do seu embarque para a próxima temporada longe de tudo e de todos você ia aparecer né?
- null! Que saaaaudades! AAAAAIII, alguém tira esse hipopótamo de cima de mim, eu não consigo respirar!
null, você precisa de um regime, eu falo sério, isso sem querer ofender! Esse um ano foi teu grande inimigo, hein!- Eu ria e me debatia descontroladamente, e todos paravam pra ver a cena daquelas duas loucas que mais pareciam duas leoas em dia de caça, brigando pelo veado.
A única coisa que o lerdo do null fazia, era rir da situação, até eu não parava de rir. A null por sua vez, ficou em cima de mim até me obrigar a retirar o que eu havia dito sobre seu peso.
Aquela manhã começou bem agitada na minha humilde opinião, logo na minha chegada eu me deparo com uma das minhas melhores amigas e com a única pessoa que eu sabia que seria inevitável...
null.
Nós três sentamos numa mesinha da padaria, eu e null, engatamos animadamente uma conversa sobre tudo, null estava ao nosso lado com uma cara de quem pensava em algo que sabia que era errado, eu tentava não prestar muita atenção nele, mas era completamente impossível, ele tinha alguma coisa que desde a primeira vez que eu o vi, me causava borboletas no estômago, é... Eu confesso que ele tem um poder diferente sobre mim, que eu mesma acreditava que já havia se apagado com a minha viagem.
- Mas null, me diz... Ninguém suspeita que você já esteja aqui? – null, ia me perguntando até que surgiu um senhor cutucando meus ombros me causando um baita de um susto.
- Srta, me desculpe, mas eu não posso ficar mais que quinze minutos estacionado ali! – o taxista falou simpaticamente.
- Nossa, me desculpe! Gente, eu preciso ir agora... Apareçam lá em casa depois, pra gente conversar mais, beijos! – eu disse andando em direção ao caixa pagando o meu cappuccino e saindo atrás do simpático taxista.
- Beijo null! A gente vai sim!- null se despediu enquanto null parecia estar em outra galáxia. - null? null? null PORRA!- null deu um berro que despertou o garoto do transe.
- Hã? null, você acredita que eu podia jurar que a null estava aqui com a gente? – null dizia com um sorriso no rosto enquanto lia o cardápio do lugar.
- Dããã, mas tu é muito lesado mesmo né seu bocó? Ela acabou de sair, o taxista tava esperando ela! – null desatou a rir da cara que o garoto fez e saiu dando um tapa na sua cabeça.
null resmungou umas palavras e a seguiu pra fora do lugar.
Não demorou muito e eu já estava na frente da minha velha casa, tudo do mesmo jeito que há um ano, a velha árvore do jardim onde tinha duas gambiarras que eu e meu irmão chamávamos de balanço, a mesma vizinha... A Sra. Spencer, que sempre reclamava das nossas brincadeiras com o gato mal amado dela. Da janela do táxi eu olhava tudo, deslumbrada com as lembranças que vinham à tona.
Depois de muito custo, e irritação da parte do taxista que já devia ter me xingado de todos os nomes possíveis, já que eu sempre encalhava em algum lugar o impedindo de se livrar logo de mim, ele me despertou.
- Srta, a gente já chegou!- ele se dirigiu á mim um pouco sem graça de me tirar do transe.
- Ah sim, me desculpe de novo! Eu estou meio distraída hoje!- eu respondi corada.
Afinal eu estava prendendo o pobre do moço parado ali que nem uma estátua vendo uma guria louca dar as suas brisadas, ainda bem que ele estava recebendo por isso, porque se eu estivesse no lugar dele já tinha me mandado a merda há muito tempo. Mas ao contrário, ele foi simpático e entendeu a minha situação.
- Não se preocupe, não foi nada! Eu vou tirar as suas malas!- o pobre do moço ia dizendo simpático que só ele, (N/A: táa, alguém ainda não entendeu que o taxista era simpático? ;-; HOSID) nesse momento eu saí, fui até a porta e toquei a campainha. Ouvi uma voz masculina conhecida resmungando alguma coisa por o olho mágico estar tampado.
- Meu Deus, Caralho null! – null gritou e veio correndo em minha direção, me apertou num abraço rodado daqueles dignos de final de filme romântico.
- Manooooo! Que saudade de você, null! – eu ria e chorava ao mesmo tempo.
- Mããee, vem cááááá... Vem ver quem ‘tá aqui! – null berrava enquanto não se desgrudava de mim.
- null, minha filha, que saudades, ai meu Pai! Por que não ligou avisando que vinha, minha filha? A gente ia te buscar no aeroporto e eu fazia os seus pratos favoritos, minha nossa você ta muito magra! – minha mãe veio em nossa direção, e aquilo virou um abraço a La três com muita melação e tudo que se tinha direito.
Pra variar o coitado do taxista assistia toda aquela cena com as malas embaixo dos braços e com cara de tacho.
Assim que acabou toda a babação, null pegou as minhas malas, pagou o tio do taxi e nós entramos.
- null, me conta... Como foi tudo lá no Brasil? Tem muita coisa legal lá? O que você mais fez lá? – null me bombardeava de perguntas e eu ria enquanto subia para rever o meu quarto e despachar as malas.
Minha mãe tratou de ligar imediatamente pro meu pai avisando da minha chegada, e logo seguiu para a cozinha, para fazer o meu prato preferido.
- Vai null, como é o Brasil? – null me perguntava com os olhinhos brilhando, sinceramente eu nem termino de botar o pé em casa depois de um ano e esse bocó já chega me aporrinhando. Aiai, mas como eu amo esse bocó, afinal... Irmão a gente não escolhe, lamenta! A null, sempre me dizia isso.
- Ai null, é lindo! Mas a gente pode deixar essa conversa pra mais tarde? É que eu to mó acabada da viagem, e tô precisando de um banho e cama. Juro que quando acordar eu te conto tudo nos míniiiimos detalhes, e se você se comportar, eu te dou os seus presentes! - eu mal acabei de falar e a praga já estava em cima de mim me fazendo cócegas e me obrigando a dar os presentes.
- Pooooxa null... Hahahahahaha,pa... Hahahaha...ra! – eu tentava completar um humilde uma frase, mas não dava, null sabia meus pontos fracos.
- Não adianta null, eu só paro quando você me der os meus presentes!- ia dizendo ele numa tentativa frustrada de parecer imperativo, e eu concluí que era melhor fazer a vontade da criança e dar logo, mas só porque eu queria dormir, geralmente nunca me dou por vencida. Ele aproveitou meu momento de cansaço... Que irmão mais perverso!
- Tá booom! Você ganhou, eu dou! – eu disse me rendendo e pedindo pra que ele fosse buscar uma tesoura pra que eu pudesse cortar o trequinho que as companhias aéreas colocam para fechar as malas.
Ele foi feliz e saltitante atrás da tesoura, nem parecia que era mais velho que eu, na verdade, pra mim, isso era o efeito da saudade... ou não, ele sempre foi uma bolinha saltitante! O null, sempre foi carinhoso, mas nunca perdia uma oportunidade de me encher com aquelas coçadinhas na cabeça típico de macaco, sabe ? Quando fecha a mão e esfrega na cabeça, isso sempre me irritava e pior... Ele sabia disso.
Quando ele voltou, foi só alegria... Dei alguns pra ele se sentir feliz e tratei de pedir que ele saísse.
Finalmente entrei no banho. Puts, eu tava precisando, man! Comecei a pensar em null, e a minha curiosidade se manifestou... O que teria acontecido nesse tempo que estive fora? Será que ele estava namorando? E se ele me esqueceu, e está apaixonado por uma loira de farmácia siliconada e com a bunda grande? Todas essas possibilidades invadiam a minha cabeça e eu a enfiava mais ainda em baixo do chuveiro na tentativa inútil de que elas desaparecessem... Doce ilusão!
Estava tão distraída nos meus pensamentos e na minha mania de falar comigo mesma que nem reparei que null tinha batido na porta e estava me esperando sentado na cama.
- null, o null me ligou e disse que já sabe da sua chegada, como assim ele sabe antes de mim? Irmã desnaturada! E bom, a gente tava pensando em marcar alguma coisa com a null, umas amigas suas e mais uns amigos meus que eu tenho que te apresentar, pra comemorar a sua volta! – Ele começou a frase com um pouco de medo da minha reação ao saber que null havia ligado, mas depois não se conteve e uma animação tomou conta do meu irmão.
- Ahhh, nada a vê null! Ele e a null só ficaram sabendo antes, porque numa infeliz coincidência, eles me encontraram na padaria a caminho daqui.
Ueeeba! Claro maaano, eu só preciso dormir um pouco... Faremos alguma coisa a noite, certo ? – fiz a minha típica cara de sapeca que meu irmão amava, e ele soltou uma risada daquelas bem gostosa que eu sentia tanta falta.
- Mana, liga pra suas amigas e dorme, a gente se fala depois, eu tenho umas novidades que queria te contar! – ele disse, e me deu um beijo na testa indo em direção a porta.
- UII, novidades? QUERO SABER MESMO HEIM, null! - eu berrei e ele se virou pra mim.
- Eu te amo um tantão assim oh! – eu disse e fiz um sinal extremamente exagerado que acabei caindo da cama.
null não sabia se ria da cena ou se respondia “eu também”, eu confesso que a cena ficou um tanto quanto cômica, mais poxa, era um momento irmã e irmão O reencontro!
- Eu também, pequena!- null respondeu ainda rindo da cena e saindo pela porta.
Minha mãe estava lá em baixo no telefone, quando null avisou que a galera ia se reunir em casa mais a noite pra comemorar a minha volta, pelo que eu ouvi, minha mãe e meu pai deixariam somente se no dia seguinte a gente prometesse que íamos fazer alguma coisa em família pra matar a saudade e finalmente ter um programa com a família completa.
Ele concordou e foi em direção a porta de entrada. Apenas acenou e disse que voltava logo, minha mãe deu de ombros e voltou para o telefone.


Capítulo 2

Eu dormia tranquilamente e acabei acordando com um cheiro de torta no ar. Ah! A torta da dona Deb! Era de matar qualquer um que fosse bom de garfo, o que, com certeza é o meu caso.
Acordei bem mais disposta e bem descansada, já eram em torno das seis horas, tratei de me arrumar e descer.
Na sala estava, meu pai sentado na velha poltrona com o jornal no colo, vendo o noticiário enquanto fumava um de seus charutos. Meu pai era um daqueles apreciadores de charutos que vinham da charutolândia com aroma de sei lá eu o quê, eu particularmente, não vejo graça nenhuma em charutos, e muito menos no noticiário.
- Fiilhota, como foi de viagem? – ele me deu um daqueles abraços de urso que a gente chega a pensar que os corpos vão se fundir de tanto que ele me apertava.
- Papai, que saudade! Nossa, foi ótima! – eu respondi com um sorriso enquanto procurava o perdido do meu irmão pela casa, já que era pra ele estar com o meu pai sentado na sala fingindo que se interessar pela cotação do dólar e discutindo qualquer assunto inútil ligado á futebol ou qualquer coisa mais inútil ainda ligado ao gênero.
Dona Deb, saiu da cozinha nos chamando para comer, perguntei do null e ela disse que ele havia saído desde que descera do meu quarto e que ainda não tinha chegado.
Estranhei, afinal, ele tinha combinado que a galera viria em casa e sai sem falar nada? Aliás, esqueci de ligar pras meninas, puts... Que burra, null! Resolvi comer primeiro e depois ligaria e investigaria o sumiço repentino do meu irmão. Tratei de devorar o pedaço de torta que estava na minha frente.
A minha onda de Sherlock Holmes foi completamente fracassada, tanto com null, como com as meninas.
Meu irmão simplesmente quis dar um de anti social e resolveu não atender o celular, aliás, eu me pergunto até hoje por que diabos esse moleque tem um celular sendo que eu NUNCA consigo falar com ele nessas horas.
Com as meninas não foi muito diferente, ninguém atendia também. Quando liguei pra null, comecei a trincar com a mensagem da secretária eletrônica:
“Oi, você ligou para a null, claro que isso você já deve saber, mais sem tem aquelas exceções e pans... No momento eu estou muito ocupada fazendo nada ou realmente não quero te atender, mas pra que falar isso na sua cara sendo que eu tenho uma secretaria com a minha linda voz que fala isso sem que eu precise sair do lugar, incrível a tecnologia né? Pra alguma coisa esse treco tem que servir, nem que seja pra despachar alguém da minha linha telefônica Ah! Agora é a parte que você deixa uma mensagem, do tipo... Porque você ligou: digite 1, para críticas 2, para elogios e para falar com um dos nossos atendentes 3, BIIIIIIIIIIIIP”
Cara, a null é completamente hilária, como alguém bota isso na sua secretaria eletrônica? Preciso rever os meus conceitos do porque sou amiga dela, fato!
Bom, próxima vitima seria a null, e como eu iria explicar que cheguei sem nem ao menos avisar? A null é do tipo sentimental e muito sensível, sabe? Ia começar um drama que até o próprio drama ia implorar por uma trégua! Disquei o número e esperei, esperei... Esperei e nada!
Poxa, a galera se enfiou no buraco do tatu, porra! Não acho ninguém em casa, mas que coisa!
Resolvi ligar para null, me deu resultados mais não os que eu esperava.
- Alô? Por favor, a null está? – eu ia dizendo enquanto a voz da mãe da null me respondia com um bocejo.
- Alô, desculpa mas a null não está, você quer deixar um recado? – ela terminou de falar, eu agradeci e disse que voltava a ligar mais tarde ou falava com ela pela internet, ela assentiu e desligou.
Cara, por que todo mundo resolveu sumir justo HOJE? Poxa, até o desnaturado do meu irmão me abandonou pra fazer sei lá o que com sei lá eu quem.
Ótimo null, você está bem.... Não faz nem 12 horas que você está em solo britânico e já está em segundo plano novamente, só que desta vez por todo mundo!
Uhuuull! Viva a rejeição, todos peguem uma gilete e cortaremos nossos pulsos em favor de amigos mais sensíveis. Oh! Mundo cruel!
(Drama modo: ON!)
Tá exagerei! Mas poxa, é mancada!
Resolvi descer e ver o Tomate... - leia-se meu cachorro -, tá... Nem vem que esse nome foi o null que deu porque no dia que a gente ganhou ele, o figura tava comendo tomate e o cachorro comeu do prato dele, aí você já faz uma idéia de onde veio a idéia brilhante e iluminada da mente sã da criatura.
Estava eu, pra variar um pouco, distraída fazendo carinho no Tomate que estava de barriguinha pra cima todo largado no meu colo, pensando em como seria daqui pra frente, como seria encarar null de novo? Man, esse papo geralmente fica tenso quando a água bate nesse nível... Sei lá, não era mais pra eu sentir tudo isso por ele, mas é inevitável!
Eu, entretida nos meus pensamentos que sempre acabava pegando um atalho e indo direto naqueles olhos azuis que me deixavam com um frio tremendo na barriga e simulavam um furacão dentro de mim.
- null? – uma voz me despertou do meu transe e eu virei instantaneamente olhando na direção que ela vinha.
- null? Posso saber em que porra de buraco você se meteu que me deixou aqui sozinha e nem se preocupou em me avisar que não faríamos mais nada essa noite? – eu já ia abrindo o berreiro e ele se sentou ao meu lado.
- Desculpa, ‘tava resolvendo umas coisas, sabe? – ele iniciou e eu olhei pra ele.
- Seei, custava avisar que não iríamos mais sair? – eu o olhei e ele riu.
- E quem disse que não vamos sair?
- Agora?
- Daqui a pouco, antes queria te contar umas novidades! – ele deu um sorriso e eu o encarei.
- Huuuum, novidades... Boas? – eu fiz uma cara estranha e ele riu mais ainda.
- Boas, claro! Eu ‘tô morando sozinho num apartamento agora, mas ainda tenho umas coisas aqui, venho pra cá ás vezes porque a mamãe se sente muito sozinha. – ele começou – e foi muita coincidência você chegar bem no dia que eu estava aqui, parece que você adivinhou! Se eu não estivesse aqui na sua chegada, ia ficar muito puto! – ele dizia me abraçando e eu sorri.
- Tem mais ainda! Você não vai acreditar... – ele ia me dizer mais alguma coisa quando algum louco se meteu a besta de começar uma sinfonia com uma maldita buzina.
- Mas, que porra é essa? – eu olhei em direção ao barulho procurando o cretino sinfônico.
- TÔ INDO, PÔ! Mana, vem comigo! – null berrou e me puxou, eu o olhei com uma cara de espanto, afinal, onde esse louco queria me levar, agora?
- Mas null, pra onde numa hora dessas? – eu perguntava e null apenas sorria enquanto acenava indicando que eu entrasse em um carro.
Fiquei calada e assenti fazendo o que ele tinha me indicado.
Um garoto que eu nunca tinha visto em toda minha vida estava sentado no banco do motorista, eu o olhei e ele retribuiu com um sorriso simpático.
- null, esse é o null, a autor da sinfonia! – null dizia entrando no carro e quase fazendo um estrago de tanto que socava o cinto na tentativa frustrada de tentar prendê-lo, null o olhou com uma cara de interrogação.
- null, não precisa fazer tanto carinho assim, porque se você continuar com esse amor todo e essa sua delicadeza, a gente vai acabar indo de ônibus para o nosso destino, dude... Sinfonia? – null ia dizendo e eu apenas ria da situação.
- null, né? Prazer, null! É... Esse seu ‘auê’ todo aí com essa bendita buzina! – eu disse com um sorriso amarelo e null se virou apertando minha mão. - O prazer é todo meu! Desculpe por isso então! – ele respondeu.
- Afinal, onde fica o nosso destino? – Nenhum dos dois cretinos a frente se atreveu a responder minha pergunta, me deixando numa situação um tanto quanto constrangedora e aquela típica sensação de vácuo. Eles trocavam apenas risadas e null me olhava com cara de mistério bem típico dele mesmo.
- Larga a mão de ser tão curiosa, vamos dar apenas uma volta!- null me dizia dando de ombros.
- Ah sim, claro, poxa null, que legal! – eu disse ironicamente e null se mijou de tanto rir do meu nervosismo.
null finalmente resolveu se manifestar metendo o bedelho na conversa.
- Crianças, acalmem-se! Vocês não negam que são irmãos mesmo!- Ele ia dizendo e dava uma risada abafada.
Realmente, eu devo discordar de null, afinal esse perdido acabou de me conhecer e já vem jogando na minha cara que a minha família é problemática, que garoto folgado! Devo admitir que ele é simpático e eu até que gostei dele, mas esse lance de falar que eu e o null somos iguais é zica.
- Me responda então e acabe logo com esse suspense todo, null!- eu disse calmamente mesmo querendo xingar toda a quinta geração desse goiaba que me enrolava junto com o meu irmão.
- null, calma! Olha aí, chegamos! – ele me respondeu e eu apenas segurei em seu braço o impedindo de sair.
- Me chama de null! E eu estou super calma, sugar!- eu disse com um sorriso, ele retribuiu e saiu andando em direção ao null que nos esperava em frente ao gramado.
Estávamos os três parados na frente de uma casa que eu não conhecia, estava completamente escura, iluminada apenas por fora e algumas luzes no caminho que levava a porta principal.
Os dois foram andando na minha frente e eu os segui.
Não demorou muito e null olhou para trás e me viu com uma cara onde se encontrava um enorme ponto de interrogação que até cego enxergava.
null riu da minha expressão e segurou a minha mão me incentivando a entrar.
- Vamos pequena, entra!- ele disse e eu entrei, no mesmo momento foi uma gritaria que eu até me senti meio zonza.
Caaaaaaara! Estavam todos lá, eu não sabia de quem era a casa mais todos os meus amigos estavam lá gritando, berrando e claro com copos de cerveja nas mãos.
No primeiro momento eu fiquei sem reação, mas quando me recuperei olhei para null e lhe dei um abraço.
- Maaaaaaaaaaano, olha isso! Tá todo mundo aqui! – eu disse rindo perto de seu ouvido, ainda envolvida pelo abraço.
- É claro que estão todos aqui null, é uma festa pra você! – ele simplesmente me respondeu e eu dei um beijo em em seu rosto como agradecimento.
- null! Que saudade porra! – null, veio até mim e me deu um abraço. null e null vieram logo depois e repetiram o gesto.
- Caraca mano, essa festa vai bombar e eu preciso beber – eu disse e elas trataram de me cortar e partir pro lado natural delas.
-Eiita! Continua a mesma esponja de sempre, hein! Maior moí cana! – null disse e todas desataram a rir, ela e seus comentários infelizes. ‘Pô! Nem sou tão pinguça assim!

Não demorou muito e todos já estavam dançando, bebendo, conversando, se agarrando, cada um com alguma ocupação, nem que fosse apenas sentado curtindo alone, a brisa que o álcool excessivo causava, em frente da piscina ou dormindo espatifado no gramado. Eu já estava cansada de dançar, resolvi tomar um ar e me sentei na beira da piscina com os pés na água.
- Hey! – ouvi uma voz se dirigindo á mim.
- Hey, pra você também, pessoa! – eu respondi não identificando a voz do sujeito. Ele sorriu, se sentou ao meu lado e iniciamos um papo cabeça sem muitas perguntas longas ou que exigisse algum nível de QI, devido a quantidade de álcool presente no corpo de ambos.
- Você é a null, né? – eu ouvi o sujeito me perguntando.
- Sim, sou eu... E você é o que? Um gnomo? – eu ria e olhava em direção a figura estranha de onde vinha a pergunta, o garoto apenas soltou uma risada olhando para a piscina e voltou a me encarar.
- Não, mas muito obrigado pela parte que me toca! Irmã do null, e ex do null, explicado esse seu jeito fantástico de fazer amigos. - o tiozinho se estressou e eu o olhei com uma cara séria, afinal ele tinha levado minha brincadeira a sério.
- Me desculpa, era apenas uma brincadeira! Não era minha intenção te ofender. – eu disse e olhei em sua direção.
O garoto me assustou com o volume da gargalhada que soltou, realmente estávamos os dois um pouco alterados.
- Que isso, eu também estava brincando! Prazer, eu sou o null! – ele disse com um sorriso nos lábios e eu retribui esticando meu braço e apertando-lhe a mão.
- O prazer é todo meu! – eu respondia enquanto tomava mais um gole de cerveja, e tentava apertar umas das três mãos que eu estava vendo naquele momento. - E aí, gostando da festa? – ele se virou e chegou mais perto de mim. - Opa, ‘tô sim! Só me sinto um pouco deslocada, porque nem sei de quem é a casa! – eu respondi dando risada, afinal eu não sabia mesmo.
Ele fez uma cara bem parecida com aquelas de MSN, e me respondeu. - Se o problema era esse, foi solucionado! A casa é minha! – ele disse se leFlátando, tomando um impulso e se jogando na piscina.
Não preciso nem dizer que isso resultou em eu completamente encharcada e gargalhando que nem uma hiena.
Depois que ele saiu da piscina, nós dois ainda ríamos da situação, ele me estendeu uma toalha que tinha em cima da mesinha. Enxuguei o excesso de água e devolvi, afinal estava bem quente a noite mesmo.
Ele resmungou algo do tipo que ia buscar uma bebida eu assenti e fui cambaleante até um banheiro que não ficava muito longe, mas a minha capacidade de calcular estava um pouco afetada e eu acabei dando um mergulho inesperado. O que foi ótimo pra acordar um figura que estava deitado próximo ao local atingido, e acabou com um jato bem no meio da fuça e eu com uns xingos sobre a origem ou até mesmo a profissão do ofício que a minha mãe exercia.
Quando me recuperei do ocorrido e obtive sucesso ao ter uma mãozinha de umas pessoas que se encontravam dentro da piscina pra me ajudar a sair, já que eu parecia mais uma gazela manca e alcoolizada. Resolvi cambalear pra dentro da casa já que a minha noite estava ficando um pouco mais agitada do que eu havia imaginado, e sem contar que lá dentro o risco de me molhar era menor.
Encontrei uma roda onde estavam null, null, null, null, null, null e null, pelo que eu consegui raciocinar a festa parecia ter esvaziado bastante.
null estava sentado ao lado de null, dizendo algo que lhe gerava gargalhadas e um rosto vermelho.
null e null por sua vez discutiam alguma coisa relacionada ás toupeiras e ao dom que elas tinham de cavar e conseguir fazer caminhos pelo subterrâneo sem enxergar direito.
null, estava montada nas costas de null que corria em volta do sofá feito barata tonta, quem via poderia jurar que se conheciam há anos.
Resolvi me jogar no sofá, e nem vi direito em quem estava encostando minha cabeça, no colo de ninguém menos que null null.
Na hora que eu percebi levei um susto e dei um pulo do sofá, null percebeu e soltou uma risada, eu o encarei e ele sorriu pra mim, eu devolvi o sorriso e me virei em direção á janela.
null seguiu meu olhar, mais parou quando percebeu que seu colo estava encharcado.
- Posso saber o que foi que aconteceu pra você estar completamente molhada? – ele disse rindo e me olhando com cara de curiosidade.
- Digamos que a minha noite sofreu uma agitação maior do que o esperado! – eu respondi com um humor que nem sabia de onde tinha saído depois de toda aquela desgraceira.
- Hahahaha, isso eu percebi, ‘tô louco pra saber os detalhes! – ele tinha um sorriso no rosto mas continuava ali esperando uma resposta, eu bati no seu ombro já sentada.
- Como é malicioso! - rebati rindo e fazendo uma cara sínica de surpresa – ‘Né, nada disso não, ô Mané! Eu acabei dando um mergulhinho inesperado. – respondi com bochecha vermelha e fazendo bico.
- Ah meu Deus, eu não acredito! – pronto. O garoto ria para se acabar da minha cara e eu não sabia onde enfiar ela... ‘Muy’ amigo esse.
- Desculpa null, mas eu imaginei a cena e não me agüentei!- a sinceridade dele me emociona.
- Ah, não tive culpa poxa! Erro de cálculo! – eu fazia cara de vitima mas não agüentei a cara que ele fez, e comecei a rir junto.
Um silêncio tenso ganhava o espaço das nossas risadas e foi aí que eu notei com quem eu estava falando e rindo tão á vontade, É... Me dei conta que a bebida pode ser traiçoeira.
Nos encarávamos, mas nenhuma palavra se atrevia a sair da minha boca, eu não era das mais sóbrias ali, mas depois de um tempo e do mergulho inesperado eu já não estava tão ruim assim e me dava conta do que estava acontecendo entre nós naquele instante, eu o queria, queria abraçá-lo, beijá-lo e gritar pra todo mundo o quanto eu o amava e que nem o tempo que ficamos longe conseguiu destruir tudo o que eu ainda sentia por aquele ser na minha frente.
Por um minuto, nossos olhares já não se encontravam mais e eu pude perceber que da minha boca, a lua se tornou seu novo alvo.
- Ela está linda hoje, não é? – Ele se pronunciou e eu apenas me limitei a um aceno de positivo com a cabeça.
- Linda, assim como você! – null puxou meu queixo e nossos olhares novamente se encontraram, eu tentei desviar mais alguma coisa me puxava como o efeito de um imã.
- null... Eu... Ai...- ótimo null, bela hora pra resolver empacar mesmo! - Por que nunca sai o que a gente realmente quer falar na hora que a gente realmente precisa? – eu o encarei e ele sorriu.
- Talvez porque ainda não seja hora de dizer. - ele acariciou minhas bochechas e se leFlátou. Fiquei alguns minutos estática pelo toque dele, era delirante, deixava meu corpo inteiramente arrepiado.
Ta... Espera, null!
null null estava agora pouco do seu lado, te encarando, rindo e mesmo estando bêbada, isso não tinha sido uma ilusão, eu definitivamente preciso aliviar minha cabeça! Me levantei, já nem tão cambaleante assim, e fui até uma mesa onde tinham bebidas e acabei virando mais uma dose de tequila.
null ainda conversava com null, que por sinal não era uma das mais sóbrias entre nós.

Narração de terceira pessoa

- Então você gosta mesmo de pingüins? – null perguntava animadamente e segurava a mão de null que estava apoiada na cadeira.
- Gosto, eles são tão foooofoletes, man! – null respondeu e soltou uma risada.
- Nossa, é são fofos... E o que você mais gosta de fazer? - nessa pergunta, null realmente mostrou mas interesse no que da dos pingüins.
- Ah, de tudo um pouco! Não saberia especificar alguma coisa em especial, eu e as meninas nos divertimos com tanta coisa, desde as mais simples até as mais brisadas e sofisticadas! – null, ia dizendo animadamente até null surgir do nada e dizer que as toupeiras são mais fofas que os pingüins, null também era a favor dessa tese, o que gerou um auê total entre os dois casais.
- null, pára! Não, assim não entra! – null, berrou de dentro do banheiro.
A atenção de todos se virou para o banheiro de onde vinham os gritos de null, a galera levou um susto e na expressão dos meninos apenas sorrisinhos maliciosos.(N/A : Momento IuUuUuuhH...HDOSIHD) null fez sinal para que todos o seguissem e grudou o ouvido na porta e atrás dele formou uma fila seguida por null, null,e null .
- Poxa null, era só enfiar pra mim, o que custa? – null disse choramingando.
- Ta bom vai, mais não tá querendo entrar....será que eu fiz muita força e furou? – null perguntou inocentemente. - Não null, ta inteira... Não é tão fácil assim de furar! – null, falou e null não perdeu a piada.
- Caralho dudes, imagina o trabalho que a null deve ter tido pra achar e na tentativa frustada acabou furando, coitado do nosso anão! – null arrancou gargalhadas de todos.
- Nossa, o que foi gente? - null perguntou abrindo a porta derrubando desde null até null que davam risadas descontroladamente. null, olhou e não entendeu o motivo de tanta risada.
- O que houve? Foi tanto álcool assim? – null perguntou e encarou os quatro que continuavam no tapete chorando de tanto rir.
null, tentou se manifestar e explicar a null, mas null saiu em seguida causando mais um ataque de riso em todos.
null, saia de dentro do banheiro com uma bóia inflável com os personagens da Disney estampados em cada braço e com um sorriso de orelha a orelha.
null e null pararam por um instante e entenderam o motivo das risadas minutos atrás, ambos ficaram sem graça e soltaram apenas risinhos.
null, estava sentado bebendo num banquinho perto do jardim de inverno, olhando pro nada. Assim que null o viu, foi em direção ao amigo.
- Puts cara, o que houve? – null puxou um banco e ficou de frente para ao amigo, o encarando a espera da resposta.
- Ah cara, sei lá... A null ainda mexe comigo! – ele falou com a cabeça baixa, bebendo mais uma dose de whisky.
- Dude, se anima, vocês ainda podem voltar a ficar juntos!- null tentava animar o amigo que deixou escapar um sorrisinho de canto de boca.

Eu estava deitada, leia-se capotada, na beira da piscina observando o céu e a garrafa de Red Label ao meu lado, olhei para os lados e vi que estava ali ah tempo demais, mas resolvi ficar mais um pouco. Mais tarde resolveria dar o ar da minha graça para todos que ainda restavam lá dentro.
Na sala principal ainda estavam, null, null, null e null arrumando um pouco da bagunça causada pela festa, enquanto null catava uns copos no chão e ia discutindo com null sobre a possibilidade de um dia as toupeiras dominarem o mundo, null apenas concordava e ainda acrescentava a sua opinião naquela teoria furada.
null entrou num acordo com null, eles nadariam depois que acordassem se conseguissem deixar a casa parecendo habitável novamente, null concordou um tempo depois e com um pouco de esforço.
- Vou chamar o null e o null, aqueles putos tão é fugindo do trabalho, isso sim! – null anunciou e foi ao encontro dos amigos.
- Hey mores, ‘bora ajeitar um pouco dessa bagunça! – disse e os arrastou até a sala.
Umas duas horas depois que todos haviam começado a “faxina” e o efeito excessivo do álcool havia passado, os deixando um pouco comunicáveis, null resolveu se pronunciar.
- Epa, ‘tá faltando alguém aqui! – ela dizia com cara de pensativa, e todos concluíam com muito êxito que realmente faltava alguém.
- Caramba dudes, cadê minha irmã? – null começou a ficar preocupado. Um barulho de vidro quebrando e uns berros chamou a atenção de todos no ambiente.
- SAAAAAI, SAAAAI, SAAAAAIIII... AAAH MINHOQUINHA MALVADA!- uma voz um tanto quanto tremula berrante vinha de fora da casa e era uma voz conhecida. - NÃÃÃO, AAH! Que coisa mais chata... Me larga não sou gostosa não! - todos correram pra ver que ‘auê’ todo era aquele, os sete ficaram parados observando a cena.

Fim da narração de terceira pessoa

Eu estava presa a uma mangueira me revirando feito um urubu com chilique, sem ter a mínima idéia de que estava proporcionando mais uma alegria á todos os meus amigos com mais uma das minhas hilárias cenas, com efeito do meu subconsciente retardado, e uma boa dose de Red Label.
- null? O que tá havendo com ela, meu Deus? – null perguntou e só obteve olhares como resposta. Todos estavam com cara de bunda, não sabendo se riam ou choravam com aquela cena.
- O que vocês realmente acham que ela está tentando fazer com a mangueira? null perguntou arqueando as sobrancelhas.
- Eu realmente acho que a necessidade de uma pessoa ás vezes, chega a um ponto que você não consegue segurar a vontade e corre pra pegar na mangueira – null ia dizendo e fazendo movimentos extremamente bizarros, todos riam, afinal, não é todo dia que vemos uma amiga enchendo a lata de whisky e brigando com uma mangueira em pleno gramado da casa de um McGuy.
- null, cala essa sua boca e vai á merda! – null se pronunciou na tentativa frustrada de conter o riso.
Eu ainda relutava com mangueira a fim de me soltar, até que null se aproximou e me deu uma mãozinha. - Posso saber que diabos você bebeu que te causou esse efeito?– null ria, mas ao mesmo tempo, queria me passar um sermão.
- Eu? Eu não bebi nada, oxi! – Eu ia me defendendo mais o meu bafo de canavial me entregava.
- AH! Não heim! Nããão mesmo! Só água, né? Aquela água que passarinho não bebe, né? – null era doido pra meter o bedelho na conversa, eu já havia sacado.
- Táa, chega! – null conteve o riso, e se virou me ajudando a levantar e por fim me livrar da maldita mangueira, tentativa frustrada, eu nunca tinha bebido tanto... Resultado, carregada pelo irmão até o sofá e uma boa dose de café da null, afim de me livrar do efeito do álcool, o que provavelmente seria uma longa noite com litros de café.
Incrível é o resultado que um banho gelado e litros de café fazem numa pessoa um pouco alterada, estava me sentindo melhor... Mas minha cabeça ainda girava. null me olhava e ria, mas, do nada, uma cara de preocupação se instalou.
- Por que você bebeu tanto? E eu não te vi quase que a festa inteira... O que você andou fazendo, hein? – ele logo começou o seu interrogatório e eu vi que a conversa ainda ia longe, então resolvi tesourar aquele ‘blá blá blá’ do meu irmão e ir logo ao ponto.
- Minha capacidade de responder a qualquer tipo de pergunta no momento é quase zero, meu QI está voltando aos poucos! – eu respondi com um cara de cansaço, afinal, eu tinha bebido pra caramba e minha cabeça mesmo depois do banho e do café, ainda girava feito um pião.
Aliás, tudo começou a girar e a ultima coisa que eu ouvi foi todos gritando meu nome, depois disso eu apaguei.
- null! AI MEU DEUS! null... Acorda! – null berrava batendo na minha cara e Fláessa chegou e segurou sua mão.
- null, para de bater na cara dela, isso não vai acordá-la, só vai causar uns hematomas na fuça da coitada! Vamos, precisamos deitar ela em algum lugar - null logo ofereceu seu quarto e todos subiram, null foi na frente, comigo no colo, seguido por null que agora estava branco e logo atrás null, null , null, null e null.
- null, coloca a null na cama que eu vou buscar uma bolsa de gelo, um copo com água, qualquer coisa que a faça acordar. – null falou, e null obedeceu me colocando na cama e sentando ao meu lado acariciando minha bochecha.
null olhava preocupada para a amiga, null achava que era melhor chamar um medico, mas null disse que a única coisa que conseguiriam era uma noite comigo enfiada num hospital tomando glicose a noite inteira.
null apoiava null, era melhor um medico do que meter qualquer coisa na menina e ela ter um piripaque.
- O que a gente faz? – null perguntou e todos a olharam.
- Eu não sei, o null foi pegar gelo mas eu não sei pra quê.... Ela ‘ta apagadassa, eu acho melhor a gente levar ela pra um hospital, ela bebeu demais! – null dizia pegando null no colo novamente.
- Hospital? – eu sussurrei e null deu um sorriso de alivio.
- Duuuudes, alguém acordou.... Podemos dispensar a idéia do hospital!- null anunciou e todos ficaram aliviados. null correu até a cozinha para avisar null, o garoto subiu que nem um foguete e me encontrou sentada na cama olhando pra ele com um sorriso fraco.
- Mana, você ta sentindo alguma coisa? Quer que eu te leve pra um hospital? – null dizia agoniado com medo que algo estivesse acontecendo com ela.
- ‘Brigada, mano! Mas eu estou melhor já. – eu respondi com uma voz quase inaudível.
null pegou da mão de null um copo com água e estendeu pra mim, que agradeci com um sorriso.
null me abraçou e se deitou ao meu lado até que eu adormecesse.
A galera saiu em busca de um canto pra capotar também e se fez um silêncio na casa, até... Os berros de null e null brigando por um bendito biscoito, acordar geral e resultar em um coro mandando os dois a merda.

Capítulo 3

No dia seguinte todos nós acordamos ás quatro da tarde, comemos qualquer coisa e resolvemos terminar de arrumar a casa e escolher um programa razoável que pudesse agradar a todos.
null, ligou o radio e passava de estação para estação, e acabou colocando em uma onde tocava uma musica bem animada, com um batidão do tipo funk, que era ideal para terminar a faxina.
No ritmo empolgante, null vinha descendo as escadas rebolando engraçadamente, arrancando uma risada de null e null que estavam espanando o pó na sala.
null, estava na cozinha arrumando as coisas e lavando a louça, enquanto null secava e guardava, null estava com null do lado de fora catando todos os copos, garrafas e restos de lixo que estavam espalhados pelo gramado.
Assim que terminou, null subiu as escadas e mirou o quarto de null, eu estava arrumando tudo por lá. Estava um chiqueiro aquilo, dude! E como eu fui a ultima a acordar, fiquei por lá mesmo.
A porta abriu e eu olhei com cara de interrogação e me deparei com null parado me olhando.
- Você ‘ta melhor? – ele resolveu se pronunciar quebrando o silêncio.
- ‘Tô sim null, obrigada por tudo ontem! As meninas me falaram que você me trouxe aqui, obrigada mesmo e me desculpa pelo momento levantamento de peso! – eu dizia corada evitando encontrar com os olhos do garoto.
- Que isso, null! É pra isso que serve os amigos. –null respondeu e olhou pra mim na esperança que eu retribuísse.
Eu apenas dei um sorriso sem graça, peguei uns lençóis sujos e os lixos que havia recolhido e sai em direção ás escadas com null atrás de mim.
Depois de tudo limpo, sentamos nós oito na sala principal para decidirmos o que iríamos fazer, começou um verdadeiro auê, porque o coro de gritos e falas transformou a sala num sambódromo.
- UEEPA, ‘PERAÍ RENCA! – null berrou e todos os olhares foram em direção a ele.
- Assim a gente não vai resolver nada! Não seria mais fácil falar cada um de uma vez?
- Ok, eu acho que deveríamos ver um filme ou fazer alguma coisa mais tranqüila. – null falou e todas as meninas concordaram.
Os meninos se olharam, iam protestar mais acharam melhor não, afinal, a noite tinha sido badalada e um programa mais calmo ia cair bem.
- Ok, mas quem escolhe o filme? – O auê surgiu novamente.
Só que dessa vez quem se manifestou foi null.
- UEEPA! PERAÍ RENCA! – a menina dizia em tom de deboche tentando imitar a voz de null, que a olhou com uma sobrancelha levantada gerando risos de todos.
- Vamos ver “De Volta para o Futuro”? – null e null fizeram um coro e null revirou os olhos.
- Má de novo? – null enfatizava o de novo e fazia cara de tacho.
null, finalmente deu sua opinião.
- Eu acho que deveríamos fazer uma votação!- ela ia dizendo e todos aprovaram a idéia.
- Ta, pêra aí! – eu disse pegando um papel e uma caneta de cima da copa da cozinha e retornou a sala pedindo para irem falando nomes de filmes.
Depois de muita votação com direito até há terceiro turno, todos entraram num acordo, assistiriam “Ghostbusters” e null foi o mais votado para fazer a pipoca, null o suco e eu, o brigadeiro.
A sessão que era pra ser pipoca virou um reboliço só, até que os três guardiões chegaram com a comida e se iniciou o filme.
Eu me esparramei no tapete ao lado de null, null estava sentado apoiado na parede e null estava deitava ao seu lado, null e null estavam no sofá, null e null no puff. Todos devidamente ajeitados. Tudo seguiu tranqüilo até que todos ouvem um barulho estranho vindo da outra sala.
- Aoow, pega essa musiquinha boa do celular da tia! – null começou a fazer uma dançinha escrota e bizarra ao som do toque do meu celular.
Eu corri em direção ao som, não fazia a mínima idéia de onde ele tinha aterrissado na noite anterior, eu joguei a minha bolsa em qualquer canto e ele parou de tocar, quando eu o achei no meio de um vaso de samambaias ou chorões, sei lá, tinha umas mil ligações perdidas da minha mãe, e eu conclui que isso não era bom.
- null, a mamãe deve ter ligado pra polícia ah uma hora dessas! – eu vinha falando e mexendo no celular até chegar na sala de TV novamente.
- Como assim? – null ainda estava meio lerdo, devida a quantidade de álcool consumida na noite anterior, ou era impressão minha?
- Mano, eu que desmaio e o efeito fica sobre você! Ô manezão, a mamãe queria a gente pra algum programa em FAMÍLIA hoje, não tá lembrado não? E o pior foi que ela disse isso pra você! – a cara que o guri fez quando eu terminei de falar, realmente era digna de uma foto com aqueles musiquinhas de violino atrás, estava realmente engraçada.
- E aí null, o que vai ser? Canadá ou Afeganistão? – null fuçava uma espécie de folheto de viagens e enfiava umas fotos na minha cara, enquanto null se desesperava com a situação.
Os demais do recinto apenas observavam com cara de tacho.
- Calma gente, não seria mais fácil vocês retornarem a ligação e explicar que a gente ficou até tarde arrumando as coisas aqui por causa da festa da null? – null opinou e null o fuzilou com o olhar.
- Calma dude! Só estamos tentando ajudar! – null se pronunciou, e null deu um pedala pra ver se a criatura se mancava.
- Mana, a mamãe deve estar puta da vida! Vai ‘ta difícil a situação. – null me olhava sério.
- Seguinte, eu vou ligar e tentar amenizar... Mas ‘tá sabendo que a culpa vai cair quase toda sobre você, né? – eu e o meu enorme coração nos manifestamos saindo em direção a piscina pra iniciar uma sessão ‘massacre’ com a minha mãe.
Eu disquei e esperei, te juro que aquele tututu todo, estava me deixando mais nervosa e com uma expectativa um tanto quando negativa em relação a fera, eu só espero que ela não esteja tão nervosa assim.
- Alô? Mãe? – eu ia dizendo e a ela me veio com um berreiro que eu juro que minha alma saiu e voltou pro meu corpo.
- , AONDE VOCÊ E O SEU IRMÃO ESTÃO? E POR QUE NÃO ATENDE O CELULAR? VOCÊS QUEREM ME MATAR DE SUSTO? DE NERVOSISMO E AGONIA? TRATE DE VIR JÁ PRA CASA, OUVIU? – aí, eu realmente conclui que ela estava nervosa.
- Mããããããe, calma! A gente ia te ligar, mas nós acabamos adormecendo e depois ficamos arrumando tudo aqui, por causa da festa. – por incrível que pareça eu tentava manter a minha voz tranqüila, mas com ela berrando feito o diabo em sábado de aleluia, não estava tendo muito sucesso.
- null, me deixa falar com ela! – null veio com tudo tentando me arrancar o celular, e eu o respondi com uma bundada, que o coitado voou e resolver ficar na dele, aquela sessão horror com a minha mãe, estava realmente me estressando, e nem digerido a noite anterior eu tinha ainda, concordo que a gente não avisou e ela tem todo o direito de ficar preocupada, mas a gente já fez isso antes e eu ‘tô ligando agora explicando tudo, ainda tem motivo pra ela fazer esse carnaval fora de época? Eu hein, que coisa!
- Mãae, desculpa! Quando chegar em casa, a gente conversa com você, mas nós juramos que não foi de propósito... Afinal era uma festa pra mim, eu revi todo mundo, a gente se empolgou, fez uma bagunça danada, e depois nós tivemos que arrumar né? Foi só por isso, e é claro que a gente quer passar um tempo com vocês, vamos ter de sobra, mãe! Perdoa a gente vai? – minha voz fofinha fez até os garotos que estavam bisbilhotando caírem na minha conversa. Haha, eu era boa nisso.
- Claro que eu perdôo filha, mas eu quero vocês aqui para o programa em família ok? E que me avisem da próxima, tá? – Pareceu que o carnaval tinha migrado pra uma missa do padre Marcelo Rossi em resposta as minhas orações.
- Siiim, mãe! Á noite a gente se vê, tá? E sim, o desmiolado do meu irmão está aqui comigo na casa do null, não se preocupa, ok? Beeijo, te amo! – me despedi e desliguei.
Três cabeçinhas suspeitas estavam numa tentativa frustrada de se esconder atrás de um arbusto que ficava perto da porta, eu não sabia se ria ou chorava da situação completamente ridícula que eles se encontravam, null estava praticamente sentado no chão, sendo massacrado por null que estava apoiado na suas costas seguido de null, que estava em cima, as meninas rolavam de rir no chão, até que a dementa da null despencou do sofá e caiu com tudo, bem na hora que o null voltava do banheiro, gerando um tombo maior ainda, o que desviou a atenção da ‘ companhia do arbusto’, gerando mais um tombo e mais risadas de todo mundo que presenciava as atrações de camarote, eu estava estática com o celular na mão e chorando de rir com a cara de rinite da null, e com os três espatifados no chão, fora o coitado do null que se encontrava estatelado no chão com a null em cima.
Dude, a noite passada foi badalada, eu que o diga! Nunca tinha bebido tanto e feito tanta trapalhada assim, pelo menos não em uma noite só. O que me consolava era que festinhas assim não iriam faltar e com certeza eu não iria beber como bebi nessa, então, a próxima atração não seria eu.
- Mana do meu coração, amor da minha vida, eu te amo tanto! – null veio pra cima de mim e lá vou eu de novo num mergulho inesperado.
As meninas fugiram a fim de não ser o próximo alvo, mas esse pega-pega não durou muito.
- null, me larga, sério! Não to a fim de fazer bolinha agora!- null se debatia no colo do garoto, mas não estava tendo muito resultado.
- Eiii, vocês tão achando que tem essa autoridade? Como assim, null? Solta ela! – null se pronunciou com a mão na cintura e ar de autoridade.
- Eu acho que autoridade a gente não tem, mas quem ‘tá aqui para nos prender? – null agarrou a menina por trás, mas, levou um escorregão, o que gerou risos e a fuga de null.
Eu era a mais tranqüila, afinal já estava encharcada e meu celular havia feito outro vôo e eu não sabia onde teria aterrissado, andei pra perto da escadinha na esperança de sair da água e iniciar uma caça em busca do meu celular, mas um tóim tóim abusado, me impediu me arremessando novamente pra água.
- AAAO meu filho, ‘tá pensando que é quem? Quer treta, mano? – eu ia dizendo, mas o resultado foi um jato d’agua no meu rosto e risada da parte de null.
- Opa, pode vir quente que eu ‘tô fervendo, gata! – null dizia com uma voz grave e com um sorriso no rosto.
Man, essas ironias são fodas! Já falei que odeio ironia? Ok, eu odeio ironia.
Eu dava risada e começamos uma guerra, os meninos de um lado e as meninas de outro, e assim foi a tarde toda.
- Uhul, hora de amarrar o jegue em outra casa, maninho! Bora? – eu ia dizendo saindo do quarto com uma toalha na cabeça e com uma roupa da mãe de null que todas as meninas haviam extorquido dele.
- Booora, beijos amores, eu amo vocês! – null disse mandando beijinhos em direção aos meninos, o que gerou risos.
- Ééé, todo mundo se ama, mas tá na hora de chispar! – null começou a empurrar todos pra fora, nos despedimos e cada um tomou o seu rumo.

Capitulo 4

O ritmo em casa até que estava bom, minha mãe estava fazendo um jantar para alguns parentes que vinham e eu e meu irmão subimos pra nos aprontar.
A noite foi sem muita movimentação, também, depois do dia anterior, pra quê eu queria mais movimentação? Fala sério... Bêbado é foda! Jantamos, papo vai, papo vem e eu sentada na sala do lado de null, forçávamos um sorriso que minha mãe até que engolia mas nós dois sabíamos o quanto estávamos entediados, ainda mais quando a Tia Judith desembestou a contar pela milésima vez como conheceu o Tio Arthur e como o amor vence fronteiras.
Eu estava quase dormindo, quando levei um pulo com o toque de celular de null. Caralho! Pra quê botar um tio gritando ‘ATEEEENDE O CELULAR SEU INFELIZ!‘? Aff, bom... Olhei pra ele com uma certa curiosidade, seria algum ser iluminado que iria nos tirar daquele poço de tédio?
null foi para a varanda e eu permaneci no mesmo lugar, afinal, se ele quisesse que eu ouvisse ou opinasse continuaria na sala, então esperei enquanto comia um pedaço de brownie que minha mãe me deu. - null, o null me ligou e tá tendo uma festa na casa do James! As meninas tão lá e a null tá locona já, mas não te ligaram porque o teu celular ‘tá com o null! – ele começou a me contar o que havia conversado com null no telefone e eu ria.
Sinceramente, pra que tédio quando se tem amigos como esse? A null tava doidona e nós não podíamos perder isso, man!
null foi com a maior cara de pau do mundo, perguntar pra mamãe se podíamos sair, e a resposta foi imediata...
’Agora?’ Ele estava relutando com ela e eu jogada no sofá.
- Ô maninha, que tal uma ajudinha? – eu olhei com uma cara de ‘ é comigo isso?’ e ele me revidou com uma cara de ‘óbvio’, percebi que esse lance de trocas de caras não iam levar em lugar algum.
Eu o puxei pra cozinha, me virei e abri minha matraca.
- null, tu ‘tá me pedindo pra te ajudar? É brincadeira né? Já não resolvi o lance com a mamãe na casa do null, nada mais justo que você resolva isso, e convença ela! Eu não me mexo. – eu disse com um sorriso triunfante. Ele me olhou com cara de poucos amigos e resmungou alguma coisa do tipo, irmã perversa, mais me fingi de surda e voltei á sala para presenciar o espetáculo que null faria para convencê-la.
- Muito custo, mas maaaan.... Eu sou eu né! – o goiaba veio se gabando pra perto de mim e subindo as escadas.
- É maninho, é meu irmão né, alguma coisa boa tu tinha que ter puxado! – eu disse rindo e ele me veio com aquelas coçadinhas na cabeça.
Me troquei e desci, null estava lá em baixo me esperando até com as chaves do carro do papai, impressionante!
- É, eu te amo, mano! – eu disse e nós dois rimos.
O caminho até a casa do James foi tranqüilo, logo que entramos no carro, null resolveu me apunhalar.
- null, tu ainda sente alguma coisa pelo null, né? – ele me perguntou e sorriu. - Nha, eu acho que estamos na rua errada! – eu estiquei meu pescoço pra fora do carro, mas ele me puxou de volta.
- Tentativa frustrada de mudar de assunto, mana! – eu olhei pra ele e vi que aquilo o preocupava, não tanto quanto a mim, mas meu irmão estava incomodado com os meus problemas, sempre foi assim.
- Ah null, sinceramente eu não sei! A gente já passou por muita coisa, é difícil eu falar que sinto algo por ele, mas é difícil falar que não, entende? – ele expressou um ponto de interrogação na fuça e eu gargalhei.
- Pois é, nem eu sei! O null é um assunto delicado e eu não acho que devo ficar matutando isso, o que tiver que acontecer vai acontecer, eu querendo ou não impedir! – Dessa vez a expressão de null mudou, e ele sorriu aliviado.
- Tá, minha vez... TU TÁ CAIDINHO PELA null QUE EU SEI, MANÉ! Há!– eu cantarolei e ele soltou uma risada.
- Não consigo esconder nada de você, né? – ele ficou vermelhinho.
- Tava tentando esconder só de mim? Qualé null, isso ‘tá exposto pra todo mundo ver, ‘tá na sua testa! – ele arregalou os olhos e eu gargalhei mais ainda.
- null... E se ela já percebeu? O que eu faço? – ele estava realmente desesperado.
- Mano, relaxa! Pelo que eu conheço a null, ela não vai fazer nada! Você que vai ter que chegar nela, assim como o null na null e o null na null! - eu ia dizendo como se tivesse descoberto a América naquele instante, e ele se assustou.
- E o null em você! Pera aí, como você sabia dos outros? – irmão bendito, a vontade era de matar ele, acabo com a minha graça, hunf. Mas tinha que admitir que ele tinha razão.
- Ah meu caro null, você não esconde nada de mim!- eu o olhei e ele sorriu.
Chegamos na festa, entramos e eu fui em busca das meninas. Pelo caminho encontrei null dançando obscenamente com um carinha estranho e logo mais a frente uma rodinha das meninas.
- Fala meus amores, e o que deu na null pra dançar daquele jeito com um cara como aquele? – eu cheguei cumprimentando e fazendo cara de interrogação esperando uma resposta consideravelmente boa para aquele tipo de dança com aquele tipo de cara.
- Fala gata, pois é... Nem a gente sabe! A não ser a quantidade excessiva de álcool no corpo dela. – null se manifestou primeiro e eu senti que aquilo ia dar merda.
- Man, a null tá muito louca e vocês, por que não vieram antes? – foi a vez de null me perguntar.
- Nha, reunião em família, aquele lance todo que minha mãe adora! E cadê o null, que eu preciso agradecer de joelhos por ter me tirado daquele poço de tédio e daquele repertório mais que furado da minha tia? – eu esticava o pescoço mas não os encontrava.
- O null foi buscar mais bebida com o James, daqui a pouco estouram por aí. – null me respondeu e começou a dançar no ritmo da música.
- Tá, mas mano, o que a gente faz com a null? Tira ela de lá? – eu ia dizendo até null se manifestar de um jeito nada sutil e me dar um baita de um susto.
- MAAAANO, PEGA A CARA DE RAIVA DO NOSSO nullZINHO! – null meio que berrou na minha orelha, e nós olhamos na direção em que ela apontava.
null se remoia de ciúmes isso tava na cara, ali exposto pra qualquer um ver, null se aproximava dele e percebemos que ele perguntava alguma coisa e null fazia uma cara estranha e lhe respondeu com um tapa no ombro. null resolveu ir em direção deles e se pronunciou sem nenhuma cerimônia.
- Posso saber que diabos você ainda tá fazendo aqui batendo no null sendo que você deveria estar fazendo isso no tio que está com a null? – ela começou e null lhe devolveu um olhar confuso.
- null, caralho! Se mexe, dude! – null reforçou a idéia de null e eu e null nos intrometemos no meio do assunto. - É, a gente não é a globo, mas é mais você! – null me veio com uma dessas, e todos desataram a rir, ela nunca era bem sucedida nesses trocadilhos.
- null do céu, que merda foi essa? – eu ria e ela batia na testa como indicando, ‘falei merda’.
- Okk, tá vendo a null te fez rir! Agora tu vai lá e pega o que é seu porra! – null empurrava null que não sabia se batia na enfezadinha ou se realmente seguia o que ela lhe falava.
Nesse momento começou uma onda de gritos e não demoramos muito pra descobrir os motivos. null estava em cima da mesa, dançando alguma espécie de melô com o mesmo cara nojento, mas agora a companhia tinha aumentado, já eram três dançando com ela.
Na hora que eu olhei, chegou até a ser engraçado, null não era das melhores dançarinas, então as reboladas desengonçadas e os passos bizarros contribuíram muito pra me impedir de ficar quieta.
null me olhou e soltou uma risada, quando null virou, ficamos sérios e ele não sabia o que fazer.
null, agora já era o centro das atenções, como faríamos para tirarmos aquela afetada de lá?
- Man, agora fudeu tudo! Você não pode simplesmente chegar lá e tira-lá de lá, tem uns quatro armários lá que nos quebrariam no meio se tentássemos alguma coisa.
null começou a dizer, mas null o interrompeu.
- Isso é, se vocês tentassem tirá-la de lá, mas eles não bateriam em três garotas! – null começou a falar, null entendendo o recado soltou um risinho sapeca e eu me neguei.
- Ah, qual é null? Vai deixar a null ali sozinha? – null se dirigiu a mim com cara de piedade.

- Mano, qualé digo eu! Olha, onde a gente vai se meter! – eu disse me afastando – Aqueles caras me dão nojo! – terminei.
- Sim, eu sei! Mas pô! É a null! A gente tem que salva-la! – null começou e olhou pra mim na esperança que eu mudasse de idéia, null e null apenas olhavam toda a discussão.
- Ok, salvar como? Se a gente se enfiar lá, eles não vão deixar a gente sair mais e quem salva a gente? – eu rebati, afinal, era isso mesmo que ia acontecer caso a gente se metesse a besta de entrar na rodinha da alegria.
- É, você tem razão! Mas quando você encheu o coco na casa do null, todo mundo te ajudou! –null continuou e eu a encarei.
- null, entenda que eu não estou me negando a ajudar ela, pô! Ela é minha amiga e eu quero ajudar, mesmo que a história da casa do null, não envolve quatro armários nojentos excitados, mas como a gente vai ajuda-la se a gente mesmo vai se fuder entrando lá? – eu tentei explicar e elas pareceriam entender que a gente realmente não tinha muita opção.
- Meninas, já chega! Quem vai é a gente! – null deu uma de nervosinho e andou, null o seguiu, mas nós corremos e os impedimos.
- Espera o nosso sinal então! – Eu disse e eles não entenderam.
As meninas haviam sacado, eles eram quatro e nós três, se cada um distrair um, sobra apenas um pra dois, no caso null e null.
- É, esse plano é realmente melhor, null! Agora em vez de termos que ficar todas juntas para sermos sexualmente assediadas, estaremos sozinhas. Uhul, já disse que te amo? – null dizia com tom de ironia, mas dava risada, afinal a gente ia se fuder mesmo, por causa do fetiche da null por caras que pareciam bois e que fediam como eles também, fora que ela estava mais louca do que de costume.
- Aiai, é isso aí meninas, borá pegar os bofes! – ‘tá, o bagulho ir ser tenso, mas quem falou que não poderia ser divertido?
As meninas riram, nos olhamos e fomos em direção as delícias que nos esperavam, e eu nem tinha bebido ainda, anota isso.
O único que salvava foi o que ficou com a null, ele era realmente bonito e forte, isso sem falar que era gostoso também. E por um instante quando olhei pro null, percebi que não havia sido a única a notar isso. Mas como a amizade é maior, nós três nos dividimos e puxamos os guris pra dançar com a gente.
Nesse momento eu devia ter pedido uma foto, a gente estava numa situação completamente ridícula e bizarra com aqueles caras, nada a ver, porém, era por uma boa causa e estava sendo divertido também, eu pelo menos não parava de rir e a cara do sujeito que era meu suposto acompanhante era de ‘ hein?’.
null encarava cada passo que null dava, a reação de null também não foi das melhores, e como dizem que não existe nem lugar nem hora exata para coisa ruim aparecer, justo nesse momento, null chegou acompanhado de null e nos fitou com cara de surpresos ou bravo, que eu não consegui distinguir.
Eles vieram andando em nossa direção e eu, null e null trocávamos risadas a toda instante, nunca nos imaginamos nessa situação.
Pra piorar um pouquinho, null resolveu não parar no melô e começou a rebolar e ameaçar tirar a blusa, null não pensou duas vezes e foi com tudo em cima das pessoas que estavam em volta e puxou null pelo braço.
Nós ficamos estáticas com a reação, mas a null tava começando a sair dos limites, quando percebemos que ia dar merda, tiramos os três supostos acompanhantes e os arrastamos pra fora, já que null e null haviam chegado.
Mas não deu tempo, eles perceberam que null estava com null e se juntaram ao troglodita que dançava com ela.
Pronto, agora fudeu! null, null, null e null, encaravam os quatro e nós puxamos null que ainda insistia em subir na bagaça.
- CARALHO, ME ESCUTA! Já causou problemas demais não acha? Você não podia ser uma bêbada mais fácil e dançar com uma mangueira que nem a null? Esse seu lance de adrenalina ainda nos fode de jeito! – null ia dizendo, quando James chegou com os outros, e impediu uma briga que eu podia jurar que ia ser feia.
- Brian, qual é cara? – James iniciou uma conversa com o cara que estava com a null, ele fitou os quatro que estavam dispostos e prontos para um briga.
- James, qual é nada, dude! Eu tava dançando com uma gata aí e esses malucos chegaram arrancando ela de mim e querendo briga! – o maluco ia se explicando e mirando null, que estava sendo segurado por null e null.
- Ah, nem me vem com essa, camarada! A gata aí que você fala, é minha namorada! – null soltou e aquilo que era pra ser apenas uma conversa, virou a atração da noite.
Todos viraram em direção á rodinha e ficaram observando
. Nós estávamos perto da entrada, mas conseguíamos ouvir, já que toda a atenção da festa ficou voltada para a suposta briga.
- Sua namorada? ‘Tá maluco? Desde quando alguém comprometida procura outro? A não ser que ela não esteja satisfeita com o que tem em casa! – Opa! Auando o tio falou isso, o null virou um bicho e meteu um soco no meio da cara do sujeito.
- Vou te mostrar como eu fico satisfeito! – null, já ia se preparar pra dar um novo soco, quando um dos caras foi pra cima e lhe deu um soco certeiro no meio do estomago.
null e null partiram pra briga com o cara que tinha acertado null, e null o ajudava a se levantar.
James já havia expulsado dois dos que estavam acompanhando Brian, quando se vira e vê a briga.
- ÔÔÔÔ, PODE PARAR COM ESSA TRETA AQUI, PORRA! – James falava e se aproximava junto com Mark e Charlie que seguravam os causadores.
- Mas que porra é essa que ‘tá rolando aqui, caralho? – Mark perguntou e null logo respondeu.
- Esse maluco aí, dando em cima da minha namorada! É isso que ‘tá rolando aqui, Mark! – null dizia querendo se soltar dos braços de null e Charlie.
- Opa, nem eu sabia que tu tinha namorada, null! Aposto que o Brian não sabia também, ou sabia? – James iniciou se virando pra Brian que estava com o nariz sangrando graças a soco de null.
- Não sabia, e nem ela parecia saber! – ele falou simplesmente e fitou null.
- Por acaso o vestígio que o teu cérebro deixou foi afetado pela quantidade de álcool que você ingeriu, seu merda? Porque ela está bêbada, caso você não tenha notado. E justamente por isso não sabia o que estava fazendo. – null iniciou e null se intrometeu.
- Se ninguém sabia, agora ‘tá sabendo! Eu acho melhor você irem embora porque não tem mais nada aqui pra vocês!
- É Brian, vai pra casa ou pra um bar, sei lá, aqui em casa já deu! – James disse acompanhando Brian e o camarada dele até a porta.
Os meninos soltaram null, e ele nos olhou como se perguntasse como null estava, eu respondi o olhar e ele saiu pela mesma porta que Brian havia saído.
- null, ela ‘tá bem? – null se aproximou de mim e eu o olhei.
- Ela ‘tá lá em cima vomitando, e pra onde foi o null? Melhor vocês irem atrás dele! – Eu disse, e null assentiu.
James foi até o DJ e mandou soltar a música novamente, todos voltaram a dançar e em poucos minutos ninguém diria que havia acontecido algo de anormal.
null voltou depois de uns minutos com null que ficou no bar com null e null, e veio em direção a mim.
- E aí, cadê a estrela do strip? – ele me perguntou rindo e eu conclui que o clima tenso havia passado.
- Terminou de vomitar e ‘tá enchendo mais ainda a cara! Só que já nos certificamos e não há mais nenhuma ameaça. – eu respondi rindo e ele chegou mais perto.
- E o null, como ele ‘tá? – perguntei me afastando e quando ele percebeu, o sorriso sumiu de sua face.
- ‘Tá bem, também está bebendo com os caras no bar. – ele me respondeu simplesmente.
- Eu acho que tive uma idéia um tanto quanto... Brilhante! Mas eu preciso que você me responda uma coisa um tanto quanto óbvia! – eu disse mirando aqueles olhos azuis esperando que ele me respondesse.
- Hum, fiquei até com medo! O quê? – ele se pronunciou com um sorriso no rosto e olhou pra mim.
- O null gosta mesmo da null, não é? Porque ele não pode ter a defendido daquele jeito apenas por amizade, e ainda mais, a palavra namorada foi citada na “conversa”! – eu falei simplesmente fazendo “aspas”.
- Hahaha, é pelo que parece né! Hey, já ia me esquecendo... Ele mandou te entregar isso!– ele olhava para null, notando que null não estava mais lá e depois voltou a me olhar me entregando o celular.
- Brigada!- eu respondi bebendo mais um gole de batida.

null seguiu até perto da piscina fitando null, que estava sentada no gramado. - Hey! – ele se pronunciou e sentou-se ao seu lado.
- Oii, pessoa! – ela respondeu com um sorisso.
- O que você ‘tá fazendo aqui sozinha? Não achou mais nenhum fortão pra te fazer companhia? – ele disse rindo e null se juntou a ele.
- Haha, que nada! Aquilo não é pra mim! – ela disse simplesmente com um sorriso voltando seu olhar pra piscina e as pessoas brincando de guerrinha.
- E o que é pra você, então? – ele perguntou curioso.
- Depende, eu prefiro músicos. – ela gargalhou e o fitou.
- Bela resposta! – Ele disse se aproximando e puxando a garota pra si, até seus lábios se encontrarem.
Eu e null ainda conversávamos perto da entrada, e ele se dirigiu á mim um pouco pensativo, ainda conversávamos sobre null e null.
- E o que essa cabeçinha ‘tá pensando em fazer a respeito? – ele me encarou. - Ah, apenas em trancá-los e esperar que se acertem! – quando terminei de dizer, null parecia assustado com a minha idéia, e eu não imaginei que o que eu havia dito causaria tamanho efeito nele, a não ser quando ele me virou e eu presenciei uma cena inesperada, pelo menos praquela noite, era.
null e null estavam se beijando no gramado perto da piscina, nos olhamos e trocamos sorrisos, pelo menos um casal já havia se acertado.
- null, para... De novo não, você não quer morrer, quer? – null ameaçava null inutilmente pra que ele não a jogasse na piscina, mas não foi muito bem sucedida.
Dali a pouco já estavam os dois vindo em nossa direção parecendo dois pintos molhados, na situação que ela se encontrava eu não sabia se ria ou chorava, a pobre coitada estava encharcada e meio manca talvez pelo efeito do álcool ou por seu esforço fracassado em não dar um mergulho.
Quando dei por mim, null não estava mais por perto, não achei que fosse uma boa idéia procurá-lo, já que conversamos até demais essa noite e isso realmente havia mexido comigo.
null encontrava-se no bar, sentada conversando com um copo que estava vazio, ela resmungava alguma coisa do tipo ‘ por que você não está cheio?’A guria estava LO-CO-NA! Resolvi ajudar a pobre alma alcoolizada e lhe levar pra casa.
A tia relutou, mas as meninas acabaram chegando e convencemos a pé de cana a ir embora, os meninos haviam sumido e null me disse que era hora de ir, porque não sei quem ligou e eles precisavam trabalhar em alguma coisa no dia seguinte, mas não entendi bulhufas, aliás, acho que era esse o propósito dele.
Arrastamos a null até a nossa casa, porque se fosse pra casa dela naquele estado, nós observaríamos o inicio da terceira guerra mundial por parte do pai dela, concluímos então, que essa era a melhor decisão, já que o mundo ainda não está preparado para presenciar tal fato. Na manhã seguinte, eu acordei e vi que a senhora strip não estava no colchão, estranhei e ouvi o barulho do chuveiro ligado.
- null? – me pronunciei batendo na porta e indo até a pia escovar meus dentes.
- Bom dia, null! Merda de dor de cabeça, filha da puta! – ela falava e eu ria com um monte de espuma na boca.
- Também né amor, parece que só você queria beber ontem! –eu disse depois de cuspir toda aquela baba misturada com pasta na pia.
- Man, nem me lembro de muita coisa... O que houve? – ela começou enquanto desligava o chuveiro e eu andava em direção ao meu guarda roupa me trocar.
Expliquei tudo o que havia rolado na noite anterior e ela ficou meio pasma ao saber tudo que null havia feito, ela podia negar, mas sentia algo por ele também, resolvemos descer e comer algo antes dela se entupir com um coquetel e engov e aspirina e voltar pra casa.


Capitulo 5

Os próximos dias foram mais tranqüilos, sem festas, um dia ou outros as meninas vinham em casa e nos passávamos a tarde conversando, ouvindo música ou vendo filmes.
null havia praticamente sumido de casa, apareceria de vez em quando pra pegar roupa e dar o ar de sua graça mostrando que ainda estava vivo.
Numa quarta-feira, null, null e null estavam em casa, estávamos todas no meu quarto e conversávamos sobre integrantes de banda gostosos. - Ô null, o null toca guitarra, não? – null se manifestou com cara de sapeca e todos os olhares foram em sua direção.
- Pera, você está insinuando que o meu irmão é gostoso? – eu disse rindo e ela ficou corada.
- null, não deixando passar a oportunidade!
- É isso aí, colégs! – foi á vez de null meter o bedelho na conversa.
null não parava de rir, e null ficou roooxa de vergonha.
- Ah, que isso null! Não precisa se transformar num arco-íris por isso... E sim, o null toca guitarra e canta também, aliás, ele me disse que tinha novidades, mas não chegou a comentar mais nada sobre o assunto!- fiz cara de pensativa e as meninas me olharam intrigadas.
- Ué, você não ‘ta sabendo da banda? – Elas me olharam e esperavam uma resposta.
- É claro que eu sei da banda! Faz ‘mó cara que eles tem essa idéia, mas não acertavam no baterista e no baixista! – eu ia dizendo e elas me olharam.
- Siim, mas estão firmes com o null e com o null agora, estamos falando do McFly! – null dizia toda saltitante e eu querendo apertar as bochechinhas do meu irmão bolinha por não ter me contado antes e por finalmente estar realizando seu sonho.
- AAAAH, que demais dude! Esse sempre foi o sonho do null! – minha vontade era de pular nos meninos nessa hora, mas isso estava meio fora de cogitação no momento.
- Éé, esses últimos dias eles estão compondo e ensaiando pra um show que eles conseguiram num evento da gravadora. – null começou a me informar e eu vi que estava completamente perdida nesse assunto.
- Gravadora? Como é que é? – eu fiz uma cara de espanto que acho que cheguei a ficar branca. COMO ASSIM, MAN?
- É null! – null se levantou rindo e olhando pra minha cara de ‘ HÃ?’.
- Caramba! ‘Pera, expliquem do começo, por favor, meu QI está completamente enrolado com essas informações sem maiores explicações! – eu ia dizendo me sentando na cama esperando que alguma daquelas almas me esclarecesse.
null corria atrás de uma gravadora desde eu me entendia por gente, e isso faz um tempinho ok? Eu sei que não parece mais faz! Desde que null tinha quinze anos, eu acho, isso faz exatamente seis anos. Ele queria formar uma banda, ou entrar em uma, até que null apareceu e eles começaram a correr atrás disso juntos.
Meus rolos com null começaram mais ou menos nessa época, mas isso não vem ao caso agora. Eu sempre torci muito por eles, aqui em casa passou muitos baixistas e bateristas, mas eles não tinham muita sorte em encontrar os certos.
Eles meio que tocavam junto com outra banda às vezes, e até tentaram fazer dela uma oficial, mas acho que não vingou.
Eu assistia a luta deles diariamente, mas não me envolvia muito no assunto, ás vezes arranhava guitarra junto com eles e fazíamos um barulho pra nos divertir.
Um dia, null estava mais feliz do que de costume e chegou para mim saltitante e ansioso pra me falar alguma coisa sobre eles, ele e null conseguiram gravar uma demo e estavam eufóricos.
Me senti mal em estragar essa felicidade do meu irmão ao dizer da minha partida, eu viajava muito em intercâmbios e tudo mais, e ele já estava um pouco acostumado, porém eu nunca tinha ficado mais do que 2 meses longe de casa, só que dessa vez, a viagem duraria um pouco mais, exatamente um ano, acabei ficando três meses ah mais, mas a gente arredonda pra um ano mesmo.
null não gostou muito da idéia, mas era muito importante pra mim que essa viagem acontecesse, eu tinha ganhado uma bolsa no Brasil que eu sempre sonhei, e ele sabia o quanto eu tinha lutado por aquela bolsa.
Acabei embarcando e eu e meu irmão não nos falávamos muito, e agora DO NADA, vem me dizer que O MEU TCHUTCHUCO É UM ASTRO DO ROCK? ‘Peraí, explica! null começou me explicando que null e null haviam finalmente se acertado com um baterista e um baixista e que a gravadora era de um tio de null, e pra apresentação de sábado eles precisariam de um single novo, e em especial uma música nova.
- CARAMBA! – foi só isso que elas ouviram até eu pegar um telefone e discar o numero do meu astro.
- Alô? – um voz se pronunciou e eu comecei a berrar. - null, AMOR MEU TU É UM ASTRO DO ROCK E NÃO ME CONTA NADA SEU BOCÓ! – enquanto eu esperneava no telefone com meu irmão, as meninas se rachavam me vendo naquele estado cambaleando e dançando falando no telefone.
- ‘Ta sabendo já né? Poxa, eu ia contar! – ele começou a rir e eu dei um salto que acaei me esborrachando no chão, mas isso não me impediu de prosseguir meu faniquito e nem das meninas continuarem com os acessos de riso cada vez mais altos.
- Mana, a gente se vê sábado, certo? Eu preciso ensaiar e terminar tudo por aqui, ‘ta todo mundo mandando beijo pra você e pras meninas, já deu pra notar que elas estão aí! – ele pronunciou e eu assenti me despedindo.
- Ok, preciso escolher minha roupa! – eu resmunguei e elas pararam de rir pulando em cima de mim.
- YEEEEAH GATA! ‘Bora todo mundo escolher as roupas, maquiagem e ir no salão... AAAH que demais, tudo como era antes! - null teve seu surto e todas nós começamos a desabar meu guarda roupa, foi um tal de todas experimentarem roupas, null e null foram buscar umas delas, maquiagem e null pegou o telefone para marcar hora pra todo mundo no salão. Nós quatro passamos a resto do dia assim fazendo bagunça e em busca de algo decente para vestir na ocasião.
Sábado de manhã, acordada pelo sutil toque do meu celular que null havia programado pra quando me ligasse. Uma bateria fudida com uns solos, sei lá eu de onde essa criatura tirou um toque desses.
- Hum...? – foi á única coisa que saiu da minha boca ao atender o celular.
- Ô minha filha, dá pra tu vir pra cá? Vamos tomar um sol, ir ao shopping e depois ir juntas pro salão, dá pra ser? – null iniciou e eu resmunguei algo que ela julgou ser um sim.
- Ok, estamos te esperando, beijos! – ela simplesmente disse e desligou o celular. Virei pro lado e dormi de novo, um tempinho depois a jossa volta a tocar e a vontade que eu tive foi de lhe presentear com um passeio janela a baixo.
- CARALHO null, NÃO É PRA TU DORMIR DENOVO! VEM LOGO PORRA!- null berrava e não teve como não acordar, sim... Eu tenho amigas sutis. Tomei uma chuveirada, peguei as roupas e soquei qualquer coisa no estomago, no caminho um barulhinho conhecido já naquela manhã começou a me aporrinhar de novo.
- OH PORRA, MAS QUE COISA, TÔ INDO! – eu berrei sem nem ao menos olhar no visor.
- Ô loco, ‘ta indo pra onde broto? – uma voz masculina se manifestou, eu tirei o celular do ouvido e conferi o número na esperança de ser engano, não... Não era.
Mais também não era quem vocês estavam pensando.
- AH NÃO, BANANIIIIINHA! Tudo bom, meu broto? Como assim fazendo ligação internacional?– eu comecei a me empolgar no telefone em plena avenida.
- Suavee, e por aí? Ahh, ganhei uma promoção aí e queria te encher!- ele ria e eu caminhava numa animação pra casa da null. - Opa, tudo bem, entra no MSN pra gente se falar esses dias aí!- eu fui exigindo, ele assentiu e nos despedimos, eu não estava acreditando que ele realmente havia ligado.
Ele foi um dos meus amigos mais próximos na temporada no Brasil, e quando a gente se falava, era só risada, ele era hilário! (N/A: bananiiinha, breve participação, eu disse que ia te socar aqui né? HDOISHOIHD, te amo meu broto *-* ) Na garagem de null, os meninos se encontravam ansiosos demais para a apresentação que aconteceria mais tarde.
- DUDE, essa música ficou muito boa, null! – null iniciou depois de dar a última batida encerrando a musica, seguindo em direção ao amigo.
- É verdade, mô! Pode falar que foi feita pra mim! – null foi se ajeitando no colo de null e ele gargalhou.
- Claro que não, mô... Foi pra mim, o null sempre me amou desde que me viu! – null encarou o baixinho e ele virou a cara.
- Ok, mais a música não é só minha! – null se pronunciou e todos olharam em sua direção.
- Pode até ser xoxo, mas você era o único que pensava em alguém enquanto compunha!– null provocou se esparramando no colo de null, o desequilibrando e caindo no chão.
null e null não mediram esforços e aquilo virou um montinho em poucos segundos.
- ‘Ta, chega de melação seus bibas, b’orá pra lá arrumar os instrumentos! – null foi se levantando e puxando eles pra que se levantassem.
- É dudes, vamos logo, ainda precisamos nos arrumar, e as meninas, null? – null chegou perto de null e o encarou.
- Bom, eu falei com a null na quarta e vamos nos encontrar lá na hora da festa! – ele respondeu e null deu de ombros.
A gente já havia rodado aquele shopping de cabo a rabo e estávamos exaustas, isso sem contar que podíamos nos atrasar pro horário no salão.
- Borá renca, temos que ir pro salão! – null veio correndo em nossa direção e fomos todas até o andar do salão.
- Ah, finalmente aqui, tem como tomar uma ducha? – null se manifestou e todas olhamos com caras de ‘? ‘.
- Ducha aqui, null? – null se manifestou e null concordou com a cabeça.
- Temos sim, fica no segundo corredor a direita... Fiquem a vontade! – a tia da recepção falou e nos entreolhamos.
E a conta desse lugar? Ah meu Deus, só faltava essa...
- null, vem aqui um pouquinho... - null puxou ela num canto e eu e null ficamos observando.
- Você por acaso, perguntou quanto ficaria tudo isso aqui? – null perguntou calmamente, mais querendo socar a guria do que qualquer outra coisa.
- Não, meu amor! – null respondeu simplesmente e voltou a se sentar.
null a puxou de volta, e lhe cutucou.
- Aaah, que bom saber disso! Me responde agora,esperteza... Como a gente vai pagar a conta se ficar caro demais? – null estava ficando nervosa e null não se alterava em momento algum. Eu e null chegamos a cogitar a hipótese dela ter se desequilibrado e batido fortemente a cabeça, mas null segurou o rosto de null e prosseguiu.
- null, esse salão é da minha tia, tendeu xoxo? – no momento nós três nos sentimos aliviadas, null deu risada e voltou a se sentar.
Tomamos uma ducha lá e nos trocamos para iniciar todo o procedimento.
Os meninos já se encontravam no evento arrumando tudo, era uma espécie de festa.
Posicionando os instrumentos e ajeitando o som, eles conversavam e riam, depois de uma hora e meia ter passado, eles se dirigiram ao apartamento de null, que era o mais próximo para tomarem um banho e se arrumar pro show.
Nós estávamos quase prontas, só faltava null finalizar no gloss e estaríamos a caminho.
null dirigia e null escolhia a estação de rádio, parou numa música agitada e começamos a nos empolgar na tentativa de dançar naquele minúsculo espaço vago que havia entre todas as sacolas e as bolsas que levamos.


Capitulo 6

Dali uns quinze minutos já estávamos no local, um DJ comandava umas músicas de rock antigo e o que mais tinha era segurança. O local estava um pouco cheio, todos elegantes e bem vestidos. Tinha uma galera de ‘tios’ que não desgrudavam da mesa de bebidas, (N/A: genteéeen, não pensem que sou bêbada... mais pô sem as bebidas isso não teria graça! HDOISHOIHD, graças a elas nós tivemos os momentos mais cômicos! õ/)
Prosseguindo... Ah é! Então, o lugar lembrava um jardim, cheio de luzes e com uma piscina bem no meio com cascatas e umas mesas espalhadas pelo gramado com comes e bebes.
Na continuação de um gramado, próximo a piscina, estava o palco com tudo posicionado, garçons rodeando todos os lugares e mais para frente, tinha uma tenda, onde parecia ser o camarote.
- UI, as gatas estão sozinhas? – null chegou por trás e abraçou null pela cintura, lhe dando um beijo na bochecha.
- Qual é a graça de perguntar isso sendo que o senhor já está acompanhado? – Eu perguntei rindo, fazendo todos rirem também.
- Educação, pô! – null se defendeu e me olhou.
- Ah sim, pelo menos é educado! – eu ri e mostrei a língua pra ele que revidou e sorriu.
- Faala mana, ‘ta linda heim? – null chegou me assustando e me levantando seguida de uma coçadinha na cabeça. - Ô Mané, qualé? Deu trabalho pra você chegar e desmanchar meu cabelo logo no inicio da festa! – eu revidei a coçadinha e ele riu.
- Uaaau, vocês tão lindas meninas! – Foi á vez de null se pronunciar e nos elogiar.
Estávamos as quatro de vestidos e sandálias, null vestia um vestido vermelho meio decotado e um pouco acima do joelho, null vestia um preto de alcinha e um colar de strass, null estava com um roxo claro com uns detalhes de canutilho curto também, e eu estava de verde tomara que caia e uma gargantilha, simples, mas bonitas.
- Olá, Olá gente! – null foi o ultimo a se manifestar e confesso que minha barriga congelou nesse instante.
- Oii, null- um coro das meninas se formou e ele sorriu.
- E aí, preparados para arrebentar? – Eu disse fazendo um gesto extremamente exagerado e um pouco ultrapassado e eles começaram a rir da minha cara.
- Yeeeap, vamos arrebentar a boca do balão - null se empolgou com o meu gesto e o imitou.
- E a música nova, como ficou? – null perguntou curiosa.
- Dude, ficou realmente ótima, vocês precisam ouvir! – null disse e iniciamos um dialogo sobre o tema.
null e null não se encaravam, os dois sabiam que ambas sentiam a mesma coisa, mas nenhum se manifestava desde o acontecimento na festa de James, null nem chegou a agradecer null por isso estava esperando que tudo esfriasse e se possível conversaria essa noite após a apresentação.
- Êê clima tenso, hein! – eu me manifestei perto do ouvido de null e ela bufou.
- Pois é, e a coragem? – ela levantou a cabeça e me fitou- o que eu faço, null?
- Ai null, para de ser tão boba e vai agradecer você vai ver que tudo se acerta... Buut, quem tem que dar o primeiro passo é você! – eu respondi e ela continuou me encarando.
- Mas e se ele não quiser falar comigo? – ela realmente parecia estar preocupada com esse absurdo, e eu me assustei.
- Como assim se ele não quiser? O null é louco por você null! Conversa com ele e agradeça, oras, depois tu vê o que rola! – eu disse simplesmente e me virei pra onde a null e null cismavam em apontar.
- Os garotos já estão no palco! – null falava eufórica, e null estava com os olhos brilhando.
Assim que um senhor acabou de agradecer e fazer umas homenagens seguidas de uns discursos, a microfonia pode ser ouvida e null se aproximou do microfone.
- Boa noite a todos, nós somos o McFly e espero que gostem do nosso som! – em seguida pode-se ouvir as batidas das baquetas de null, e null ergueu a guitarra a arranhando e começando a cantar junto com null.

Do ya do ya do ya love me?
(Você você você me ama?)
Do you need a little time?
(Você precisa de um tempinho? )
Do ya do ya do ya want me
(Você você você quer )
To hold you when you cry?
(Oh, que eu te abrace quando você chorar?)


- Impossível alguém presente aqui não reparar que um certo vocalista tóim tóim não tira os olhos de algo...- null se virou pra mim, chamando atenção de null e null com o comentário.
- Êe, mas que calunia! – eu ia me defendendo dando risada. – Gente, até parece né, a gente está separado ah muito tempo! – eu respondi dando de ombros.
- ‘Ta, claro! – null respondeu cínica que só ela, e eu rebati olhando feio.
- Mas que coisa, o que você quer que eu diga? – eu a observei e ela revidou.
- A verdade, o que está exposto pra todo mundo ver, menos pro casalzinho três volts aí! – null se intrometeu e eu vi que não escaparia tão facilmente delas.
- Ok, que verdade? – eu perguntei séria mirando aquelas três figuras que cismavam em não me deixar ouvir a música inteira.
- Que você ainda ama o null, você nunca esqueceu ele, null! – null meteu o bedelho, eu fiz cara de espanto e elas riram.
- ‘Ta, até parece que você se assustou, miss interpretação! – null dizia rindo e eu a olhei ofendida. - ‘Ta, me deixem ouvir a música agora? – eu olhei como se estivesse brava e elas assentiram.
- A gente fala disso mais tarde, madame! – null comentou e se virou mirando null na bateria.

Do ya do ya do ya do ya love me?
(Você você você me ama?)


Don't wanna hear you say maybe
(Não quero ouvir você dizer talvez)
Won't you tell me do you love me
(Você não vai dizer que me ama?)
'Cause i wanna know
(Porque eu quero saber)


I'm making a list
(Estou fazendo uma lista )
Of Things that I miss
(das coisas que eu sinto falta)
Whenever we're far apart
(A qualquer hora que estamos longe)
The way that you kiss
(O jeito que você beija, )
The taste of your lips
(o gosto dos seus lábios)
I'm telling you from the heart
(Estou te dizendo de coração)
Cause baby
(Porque baby)
I just wanna know
(Eu só quero saber)


Do ya do ya do ya love me?
(Você você você você me ama?)
(Do Ya love me? Cause I wanna know)
((Você me ama? Porque eu quero saber))
Do you feel it in your bones?
(Você sente nos seus ossos?)
(Do ya love me? Cause I wanna know)
((Você me ama? Porque eu quero saber))
Do ya do ya dream about me
(Você você você sonha comigo)
(Do ya love me? Cause I wanna know)
((Você me ama? Porque eu quero saber))
Oh, when you're sleeping on your own?
(Oh, quando você dorme sozinha?)
(Do ya love me? Cause I wanna know)
(Você me ama? Porque eu quero saber)


Do ya do ya do ya do ya love me?
(Você você você você me ama?)
(Do ya love me? Causa I wanna know)
(Você me ama? Porque eu quero saber)
Don't wanna hear you say maybe
(Não quero ouvir você dizer talvez)
(Do ya love me? Cause I wanna know)
(Você me ama? Porque eu quero saber)
Won't you tell me, do you love me?
(Você não vai dizer que me ama?)
Cause I wanna know
(Porque eu quero saber)


I'm making a list
(Estou fazendo uma lista )
Of things that I miss
(das coisas que eu sinto falta)
Whenever we're far apart
(A qualquer hora que estamos longe)
The way that you kiss
(O jeito que você beija)
The taste of your lips
(o gosto dos seus lábios)
I'm telling you from the heart
(Estou te dizendo de coração)
Cause baby
(Porque baby)
I just wanna know
(Eu só quero saber)
Do ya
(você)
do ya
(você)
do ya
(você)
do ya love me?
(você me ama?)
(Do ya love me? Causa I wanna know)
(Você me ama? Porque eu quero saber)
So tell me do ya love me?
(Então me diga, você me ama?)
(Do ya love me? Causa I wanna know)
(Você me ama? Porque eu quero saber)
I know that you love me
(Mostre que me ama)
(Do ya love me? Causa I wanna know)
(Você me ama? Porque eu quero saber)
Cause I wanna know
(Porque eu quero saber)

So do ya love me?
(Então, você me ama?)
(Do ya love me? Causa I wanna know)
(Você me ama? Porque eu quero saber)
Don't wanna hear you say maybe
(Não quero ouvir você dizer talvez)
(Do ya love me? Causa I wanna know)
(Você me ama? Porque eu quero saber)
Won't you tell me do you love me?
(Você não vai me dizer que me ama?)
Whoa
(Whoa)
Do you really love me?
(Você realmente me ama?)
So tell me
(Então me diga)
Do ya do ya do ya do ya love me
(Você você você você me ama)
Cause I wanna know
(Porque eu quero saber)
Do ya love me? Cause I wanna know
(Você me ama? Porque eu quero saber)
Do ya love me? Cause I wanna know
(Você me ama? Porque eu quero saber)

No final da música pode-se ouvir vários aplausos e vários assobios tomando conta do lugar, eu estava perto da piscina olhando pra água com uma lágrima teimosa que insistia em cair. null foi falar com null, e eu não ia impedir, né?
null tomou coragem e foi em direção ao null, null e null.... Bom sei lá onde estavam! ( N/A: final de fanfic sempre dá tudo certo? ;-;) E eu fiquei pensativa no mesmo lugar, que null havia olhado a música inteira pra mim era fato, que ele me viu chorando eu não sabia, mas esperava que não.
Do nada, um ser se aproximou e meu coração gelou batendo forte que eu juro que se não tivesse engolido saliva, ele sairia pela boca.
- O que achou da música? – null se aproximou e eu tive vontade de sumir, olhei em sua direção, respirei, senti que ele percebeu meu nervosismo, mas apenas sorria.
- É linda! – falei simplesmente e ele ficou esperando que eu dissesse mais alguma coisa.
Mirei seus olhos e tentei desviar o assunto.
- Nossa, a banda cresceu muito! Fiquei muito feliz quando soube de tudo! – eu disse sorrindo e sua expressão mudou completamente para uma séria. - null, por que você sempre tenta mudar de assunto? – ele me encarou sério.
- Por que você sempre tenta chegar nesse assunto? – eu perguntei e ficamos nos observando.
- Porque eu ainda sinto algo muito forte por você! – ele falou e puxou meu queixo para que eu pudesse encontrar seus olhos.
- Ainda? Desde quando você sentiu algo assim por mim? – falei seca, e com vontade de chorar, dizer aquilo não era fácil, mas ele nunca havia me mostrado que me amava com as suas traições.
- Se você soubesse o quanto eu me arrependo de tudo, eu nunca quis te perder null, eu sempre te amei... Cada segundo desde a primeira vez que te vi, no começo era difícil aceitar que eu estava completamente apaixonado pela irmã do meu melhor amigo! Mas quando te conheci melhor, eu vi que você não era só linda, mas especial, diferente e única.- ele me olhava nos olhos e uma lágrima escapou de sua face, eu levei minha mão até ela e a enxuguei.
- null, você não... - eu comecei a dizer e o dedo dele me impediu de prosseguir seguido de um ‘shi’.
- Não, null... Eu preciso falar tudo! Você não tem idéia da sensação maravilhosa que você me faz sentir, e acho que qualquer pessoa sentiria no meu lugar: a sensação de estar estressado, cansado e mesmo com tanta gente por perto, se sentir sozinho. Quando de repente vem uma garota iluminada e me faz acreditar que no meio de tanta coisa, existe um sentimento verdadeiro, existe uma garota linda que pensa em mim, sentir um amor verdadeiro assim é algo que não tem preço que pague no mundo, amor. Você me transmite uma felicidade que só você sabe dar.- null agora estava que nem um bebê na minha frente, não segurava mais as lágrimas e eu tentava me equilibrar pra não desmaiar de tamanha felicidade que eu sentia naquele momento.
- Me arrependo em número, gênero e grau de todo o mal que eu te fiz passar por minha causa. Nunca foi minha intenção te magoar, e por causa da minha atitude impensada, eu acabei te perdendo. Hoje em dia, eu sei que aquela atitude foi uma fase idiota e sem sentido, meio adolescente "pegador" que quer "todas", e que hoje não tem nada a ver. Essa atitude me custou o preço mais caro do mundo, e nem que eu me torne milionário um dia eu não vou conseguir comprar: eu perdi você, daquela forma que meia palavra basta. De uma coisa eu tenho certeza null. Deus coloca em nossas vidas as pessoas que precisamos ter. Se você não estivesse na minha vida, eu jamais iria saber o que é ter sido feliz de verdade.
Espero um dia poder recuperar o que eu perdi, porque o segredo de ser completo... É você! – Nesse instante estávamos os dois chorando, e eu não me contive e sentei ao lado da piscina, aquilo era a coisa mais linda que já haviam me dito e null nunca se expressou assim. Eu realmente o amava e depois desse "complexo-de-tudo-o-que-eu-precisava-ouvir" eu não poderia mais esconder e nem perder mais tempo.
- null, poxa... Eu não tenho nem palavras pra dizer, foi lindo e...- de novo null me interrompeu, mais dessa vez nada de dedos, ele me beijou e eu senti minhas pernas se estremecerem e dei graças a Deus por estar sentada.
null e null conversavam também, só que do outro lado da festa, demoraram um pouco mais para se acertaram, afinal, se gostavam de verdade.
Todos os casais devidamente formados, menos null que continuava com putaria e não assumia o que sentia por null.
- Uhul, o casal lerdinho está formado novamente! – null vibrava abraçado a null quando viu null e eu de mãos dadas.
- Caramba, finalmente... Porque, bota lerdeza né? – null se pronunciou enquanto se aproximava com null.
- Epa, perdi muita coisa pelo visto! – foi á vez de null se manifestar.
- Ah, não muita coisa eu diria!- eu disse dando risada e ele sorriu.
- Já sabe né null, se ela ameaçar sofrer por sua causa, ‘tá capado e morto! – null piscou para null que assentiu.
null não se manifestou o que eu realmente achei estranho.
- null, tu ta bem? – me desgrudei de null e fui em sua direção.
- Ahn? Tô sim, null! – ela me devolveu um sorriso fraco e eu conclui que aquilo cheirava a null.
- Hum, vem cá!- puxei ela para um canto e a encarei.
- Ta, o que houve entre você e o null? Despeja sem medo de ser feliz. – filosofei curiosa e ela deu risada.
- Nada null, e esse é o problema! – ele falou e abaixou a cabeça.
- null,você já parou pra pensar que não dá espaço pro null dizer o que sente? – eu lhe perguntei e ela ficou pensativa.
- Você gosta de verdade do meu irmão? – lhe perguntei com uma cara séria e olhando nos seus olhos.
- Claro, null! É algo diferente sabe? – ela respondeu e eu dei risada.
- Claro que eu sei! É normal, isso se chama amor! – lhe informei e ela riu.
- Ok, da próxima vez que ele investir, não resista. Se fazer de difícil é bom porque te valoriza, mas se você não saber medir, acaba perdendo a pessoa. E eu acho que já chega de dificuldade pro lado do meu mano, né? – eu disse piscando pra ela, que assentiu e nos direcionamos pra onde estavam todos.
Me envolvi nos braços de null e cochichei algo em seu ouvido. Não preciso nem comentar que houve vaias, risadinhas e um ‘BOA GAROTO’ vindo da parte do anão que sempre tinha um comentário infeliz na ponta da língua.
null assentiu e corremos em direção á piscina.
- Ô loco, já ‘ta precisando apagar o fogo, null? – null me provocou e eu lhe direcionei o respectivo dedo e ele se virou apontando pra buzanfa e a cena não ficou nada bonita.
- Ok, vamos brincar de pega-pega? Casal contra casal... Quem pegar primeiro dá um tibum! - eu comecei a explicar e todos me olharam estranhamente.
null ia argumentar alguma coisa quando lhe lancei um olhar e ela entendeu o recado.
- null, você bebeu? Brincar, pega-pega, tibum? – null iniciou e eu olhei para ela seguindo para null e null, na mesma hora a guria engatou a segunda puxando null que até derrubou o copo e já estavam do outro lado do gramado.
null e null me olharam com cara de tacho. Aí depois vem me dizer que a lerda sou eu. Ok... Pedi pausa e fui até o casal ternura pouco lerdo que não havia entendido a brincadeira ainda e dei uma de manual com os dois.
- Olha é uma vez só, vê se faz pegar no tranco aí, falou? null, null, sobrando, casal, primeiro, pega-pega, TIBUM! – comecei cochichando e enfatizei a última palavra, eles começaram a correr atrás de mim, me juntei ao null, olhei pra null que na mesma hora puxou null e eu reiniciei a brincadeira.
Nem dois minutos depois null e null já estavam encharcados e nós seis rindo ‘pá se acabá’ dos dois.
- Incrível como as pessoas sempre voltam às suas origens! – eu dei uma de null no comentário infeliz, relembrando da cena da casa de James.
- HAHA, como a minha irmã é engraçada! – null ironizou e eu ri mais ainda.
- Nossa mô, ‘ta é faltando um pouco de senso de humor. – null respondeu e batemos as mãos no estilo ‘dupla dinâmica’.
- Tá, faz seguinte... Vamos dar um role! – null começou e todos fomos na mesma direção.
- Ah claro, e a gente fica aqui encharcado? – null perguntou e nos fitou.
- Amor, vocês ficam aonde vocês quiserem, secos, molhados... O que importa é a companhia. – null piscou pra eles e eu me mijei.
- Uhuul, vocês são fodas, mano! – null se manifestou e eu lhe dei um selinho rindo.
- Yeah baby! – eu, null e null respondemos juntas e rimos mais ainda.
null estava com um sorriso nos lábios mas não sabia o quê fazer, eu fiz uma expressão do tipo ‘ relaxa’ e ela mergulhou a cabeça dentro d’água, voltando a superfície, ela nadou até a borda e ficou debruçada olhando o movimento e todas aquelas pessoas que os olhavam esperando que eles saíssem da piscina.
Mas como aqui nada é normal, veio um buzunta e fez um tibum resultando num jato na fuça dos dois seres ali presente e muitas risadas da nossa parte. A onde começou e uns perdidos começaram a cair na água entrando na onda. ( N/A: eu não sirvo pra fazer romances gátz, sorry ;* HDOSID)
null e null se espremeram em uma das bordas perto da cascata e ficaram se olhando e nós, no caso a platéia, tentávamos acompanhar cada passo, mas o buzunta que eu citei anteriormente se metia a besta em ficar na nossa frente.
O tio não parava de fazer graça do lado de fora, ameaçando pular e desistindo, o que já estava torrando e null se levantou. - Mas que porra que esse cara não pula logo? – null reclamou e null foi em direção ao tio com uma cara nada boa, diga-se de passagem, eu temi pela vida do tio bolinha que nem imaginava que seis seres queriam observar os fatos ocorridos bem atrás de sua buzanfa dele e ele com essa dançinha toda não estava ajudando.
- Ô tio, você não ‘tá com calor não? – null chegou encarando o bolinha e ele balançou a cabeça afirmando.
- Então, dá um tibum vai! – null empurrou o pobre do tio que não gostou muito da gentileza e muito menos da ajudinha extra mas aquietou o facho e se manteve dentro da piscina para a felicidade extrema da nação.
null e null riram da cena, e se sentiram meio deslocados com toda aquela platéia.
- Ok pessoal, o tio da buzanfa era a nossa camuflagem! Eles viram a gente e agora dançamos! – null foi dizendo com cara de poucos amigos olhando pra null que embicou e null lhe deu um beijo.
- ‘Tá, eu já entendi o recado, ‘tamô saindo! – eu disse olhando pra null e ele sorriu triunfante.
- Tá, ali tem outra moita e a visão ‘tá privilegiada, bem de frente pra eles. – null disse e todos olhamos em direção a moita eleita.
- Ok, você só esqueceu de uma coisa... Como a gente chega até lá sem eles nos verem de novo, esperteza? – null falou e null o encarou.
- Eu disse que achei uma moita, não que nosso problema tava resolvido! – null fez cara de ‘aff’ e eu olhei pro nada pensando um pouco enquanto conseguíamos observar que null conversava com null animadamente.
- AHÁ! – null finalmente falou alguma coisa e todos olharam em sua direção.
- null, que tal você bater um papinho com o seu amigo que deu um mergulho? – ele completou e eu entendi o recado.
- Yeeeah, se ele era um camuflagem aqui, pode distrair os outros ou nos camuflar até a moita. – (N/A: momento 007 ake, man! HDOSIHDOISHD, oooks, já entendi... eu sou sem noção mais feliz õ/ HOSIHD (y))
- Yeah baby! – null assentiu e piscou pra mim.
- Ô loco, essa noite ‘tá sendo realmente agitada, só me faltava essa, agora o null pensa!
null, graças a você eu acredito em milagres! – null fez uma cara sínica de espanto e recebeu um pedala de null.
- Desculpa, eu tenho um namorado é perfeito ok? – fiz uma pose extremamente bizarra e todos rimos.
- Ok null, vai lá! – null empurrou null mais ele empacou.
- Gente, qual é... Eu empurrei o tio e agora vocês querem que eu peça um favor pra ele? – ele disse indignado.
- É, é por aí xoxo! Se vira! – eu respondi e ele resmungou alguma coisa indo em direção ao tio que estava saindo só agora da piscina.
Logo quando o tio viu null se aproximar, deu um pulo pra dentro da piscina e null não sabia o que fazer para explicar que não iria lhe empurrar denovo.
null e null estavam mais afastados e nem notaram o atrapalhado do null tentando se comunicar com o pobre do tio.
Quando ele finalmente conseguiu um dialogo, percebemos de longe que o tio se negou, então null se inclinou um pouco pra frente e lhe disse alguma coisa eficiente que o fez mudar de idéia.
O tio foi andando e nós fomos atrás dele, porém de longe, e finalmente chegamos a moita desejada.
- Você ameaçou ele? – eu perguntei curiosa prendendo a risada.
- É, é por aí xoxo! Me virei! – ele respondeu e eu lhe dei um peteleco rindo.
Nesse momento a null teve um surto e olhamos pra ela.
- Qual foi null? – null perguntou e ela apontou pra piscina. null e null não estavam mais lá.
- Ô mais que caralho! Puta sacrifício pra fazer o tio da buzanfa concordar pra nada! – null se revoltou e concluímos que era melhor esperar eles aparecerem.
Dali a pouco os dois me aparecem de mãos dadas e tudo mais, o que gerou gritos e vaias, só não teve fogos de artifício porque no momento estávamos meio impossibilitados de conseguir tal façanha assim do nada, então que eles sejam que nem eu e se contentem com vaias e assobios mesmo.
A festa estava no final mesmo, e só sobrávamos nós e mais uns executivos no camarote, então null teve uma idéia que eu julguei genial, ééé... Vinda do MEU irmão né.
- Borá pra uma praia que tem a uns quilômetros daqui? – null iniciou e todos concordaram de cara.
Nos recolhemos até os respectivos carros, eu fui com null e todos seguiram null até a sugerida praia. No caminho, ficamos calados. Quando ameacei me pronunciar ele me olhou e simplesmente falou.
- Queria te perguntar uma coisa quando chegarmos lá!- ele disse e sorriu. Eu concordei e continuamos o resto do caminho assim.
Já na praia fizemos uma roda com cada menina apoiada no colo de seu par, a lua estava cheia e aquela cena ficou gravada na minha memória, não tinha como ficar mais perfeito. E só pra ressaltar, perdemos tanto tempo tentando espionar o casal blushudo que nem tivemos tempo de beber, ok... Surpresa até pra mim! ( N/A: é...não sou bêbada! HODISHDH ;-;)
null, null, null e null estavam sentados de frente pro outro brincando de rima. Eu não prestei muita atenção, mas vi que estavam se divertindo demais pela altura das gargalhadas, quando resolvi prestar atenção enquanto null estava conversando com null , peguei justamente a vez de null.
- Tifutifu tifu, quantos Tifu deu ?! – null disse e null fez uma cara estranha. Eu me mijei de rir e percebi alguém se aproximando.
null, no primeiro momento que pode, me puxou pra uma pedra que ficava um pouco longe dos outros.
- null, posso te perguntar aquilo que eu queria? – ele abaixou a cabeça e eu a levantei com meu dedo indicador e fiz um sinal de positivo com a cabeça.
- Won't you tell me, do you love me? Cause I wanna know! Yeah! – ele sorriu e me girou no seu colo.
Quando desci, cheguei perto de seu ouvido e cantarolei baixinho:

“-I'm telling you from the heart
Cause baby
I just wanna YOU! ”


Fim…

N/A: finalmente finalizada *chora* õ/ Menines, minha primeira fic e eu espero que vocês gostem, curtam e se identifique com ela e que comentem, mesmo que seja pra chingar, elogiar, puxar o saco, criticar, enfiiiiim...sintam-se a voôtz! Eu fiz ela com o Jones que é meu vicio *emociona* mais creio que tenha dado certo com qualquer um deles, exceto em algumas partes, mais não ficou tão fora assim né? Anyway...vamos aos agradecimentos õ/. Queria agradecer a todo mundo que me ajudou, a minha Juddzinha fofétz que revisou e me aturou com a minha ansiedade pré-fic-finalizada s2*, a minha Poynterzinha Litlle rabbit...te amo Lá *-* que me deu umas inspirações baseada nas nossas situações bizarras, a minha Fletcher blushuda com rinite que eu amo muito, a minha betaaaaa cátz Luuu *-* brigada por tudo, xoxo, a GALERA DA TAG *--* UHUUL, não esqueci de vocês...todas cátz e super simpáticas com a minha pessoa, amo õ/ , driii brigada pela ajuda *-* e a vocês todos que me aturaram até aqui HAHA õ/ brigada mesmo. Eu falo demaáaz, FATO! Parareei, beijocomqueijo ;*
X sá.


N/B: oooi meninas, eu realmente não sei como fazer essas notas finais, acho tão deprimente porque significa que a fic acabou (W) KJASNKJANSKJANSKJANS
Boooom, eu queria agradecer à todo mundo que leu, que vai ler, quem gostou e quem não gostou, e especialmente à sá.rah por ter paciência de anjo com a minha correção (: E queria dizer também que me diverti muito lendo essa fic, espero que vocês gostem!
Xx, Lu

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