Tom tamborilava nervosamente os dedos na mesa onde estava sentado. Vez ou outra deixava seus olhos correrem pelo estacionamento do lado de fora da Starbucks, ao mesmo tempo em que tentava disfarçar a sua ansiedade. Ele não sabia como deveria classificar o estado em que se encontrava, mas não se importava (mentira, ele se importava sim), ele apenas queria vê-la logo. Queria poder encarar aqueles olhos diferentes, aqueles olhos que tanto amava, aqueles olhos violetas que costumavam encará-lo cheios de carinho.
- Hey! Londres chamando Fletcher! - Danny praticamente berrou, enquanto balançava as mãos na frente do rosto do amigo.
- O que foi, Dan?
- Ugh, não me chama assim! - Danny fez uma careta. - Você sabe que odeio esse apelido, seu nerd charlatão.
- É assim que você tenta me convencer de não chamá-lo de Dan? - Tom riu do amigo, que abaixou a cabeça na mesa, resmungando.
Tom olhou mais uma vez em direção ao lado de fora, ele não aguentava nem mais um minuto, aquilo estava se tornando uma grande tortura. Onde será que ela estaria? Estava começando a parecer que havia desistido, e isso o assustava. Então um ronco de motor de uma moto soou ao longe, fazendo ambos os garotos virarem os rostos em direção do barulho. E para a sorte dos dois, a moto parou próximo ao campo de visão deles, e quem desceu dela foi uma jovem meio alheia à atenção que acabara de chamar. A jovem era baixa, pele bronzeada e cabelos castanhos, usava um short jeans com uma blusa do Star Wars preta, que caía em um dos ombros, e um All Star preto surrado. Ela colocou sua bolsa atravessada no corpo e ajeitou seus óculos de sol no rosto, enquanto distraidamente pegou o celular e, após discar algo, levou-o em direção ao seu ouvido.
- Dude, seu celular está tocando. - Danny tirou a atenção de Tom da garota.
- Alô? - uma voz doce soou do outro lado da linha assim que atendeu, fazendo-o sorrir, era ela. - Tom? Eu já cheguei, onde você está? Tem tanta gente me encarando!
- Bom, você também não ajuda, vem de moto e ainda por cima usando minha blusa do Star Wars. - Tom olhou em direção à jovem que havia chegado. Ela estava parada, olhando a sua volta.
- Onde? - ela pediu.
Largando Danny na mesa sem entender muito, o rapaz levantou-se e foi em direção a garota. Ele ainda estava com o celular na orelha, mas não iria falar nada, e a jovem prontamente esperava por uma resposta.
- Eu estou aqui - Tom disse, desligando o celular, ao mesmo tempo em que abraçava a jovem por trás.
- Tommy! - A jovem virou para rapaz e retribuiu o abraço. - Não acredito que finalmente estou te vendo!
- Você demorou, sabia? - ele colocou a menina no chão, mas não a soltou. - Todos esses anos senti sua falta.
- Eu também - ela murmurou e sorriu timidamente.
Tom olhou para a jovem em seus braços, ela havia mudado e estava mais... Mulher. Ele sorriu ao ver o sorriso nos lábios dela, e então a levou em direção à mesa, onde havia deixado um Danny perdido. Esse olhava boquiaberto para o casal de amigos que se aproximava, não acreditava que aquela magnífica garota era conhecida de seu melhor amigo.
- Danny, essa é a - Tom disse, ao chegarem na mesa. - , esse é o Danny.
- Sério que você ficará me chamando de ? - a menina reclamou, o encarando por um momento, para logo olhar o garoto que estava sentado. - Me chame de .
- Muito prazer, . - Danny se apressou em levantar, com um enorme sorriso, e esticou a mão na direção dela.
- O prazer é meu, Danny. - ignorou a mão esticada e se aproximou, o abraçando ao mesmo tempo que beijava uma de suas bochechas.
- Ótimo, , agora ele não irá lavar o rosto por séculos! - Tom disse, rindo e frizando o apelido da amiga.
- Mas por quê? - ela encarou os dois e tentou não rir ao ver o quanto Danny ficara corado.
- Não é todo dia que ele conhece uma mulher tão linda que o cumprimenta com abraço e beijo sem nenhuma malícia. - Tom já ria abertamente, fazendo Danny soltar baixos xingamentos e ameaças.
Deixando de lado a brincadeira, começaram a conversar sobre o que estavam fazendo da vida. Tom e Danny contavam sobre a banda, não se importavam que ela já soubesse das coisas pela mídia, queriam contar por eles a experiência. E quando ia começar a contar para eles sobre qual razão ela estava de volta a Londres, recebeu uma ligação da empresa, tendo que ir embora. Tom e Danny pediram uns cafés e rosquinhas, pagaram a conta e foram para a casa de Harry para ensaiar com o resto da banda. Depois do ensaio, Tom não ficou para o rotineiro relaxamento do grupo, ele se despediu de todos e foi embora, deixando os amigos sem entender o motivo dele agir assim.
- Finalmente! - Harry comemorou, enquanto dava um longo gole em sua cerveja. - Onde vocês se meteram para darem sinal de vida só agora?
- Nós fomos encontrar com uma antiga amiga do Tom... - Danny disse, enquanto sentava no sofá ao lado do amigo, que já estava esparramado.
- Antiga amiga? - Dougie disse num jeito pervertido, sentando no lado oposto. - Danny, me conte tudo!
- Você parece uma bicha fofoqueira! - Danny gargalhou do amigo, mas começou a contar prontamente sobre o pequeno encontro dos três na Starbucks. Contou como a jovem chegou, a conversa e a maneira que ela saiu.
- Wow! - Harry e Dougie exclamaram quando Danny terminou de contar.
- Então... - Harry sorriu malicioso e encarou os amigos. - Como será que essa “antiga amiga” é definida no dicionário de Tom?
- Eu realmente não sei, mas quero muito saber, pois ela é um ótimo pedaço de mau caminho! - os três riram bobamente.
-x-x-
deixou os meninos na Starbucks, indo direto na empresa ver qual era o problema e descobrindo que teria uma semana extremamente atarefada. Quando chegou finalmente em casa já era de noite e ela queria muito sair para relaxar. Então após tomar um rápido banho, vestiu um vestido preto de frente única e que caía até sua coxa, calçou um salto preto e fez uma maquiagem leve. Estando pronta, ligou para seus dois melhores amigos de trabalho, combinaram de se encontrar numa das mais badaladas boates, e assim pegou um táxi rumo ao destino.
- , você está linda! - disse, abraçando-a assim que se encontraram na entrada da boate.
- Você também está maravilhosa, !
E não estava mentindo, qualquer pessoa iria concordar com ela ou então iria complementar mais adjetivos para a sua amiga. era esguia, pele bronzeada, cabelos loiros que caiam até sua cintura, olhos azuis e vivos, seus lábios carnudos sempre com um sorriso e seu corpo malhado de arrancar olhares maldosos.
- Vamos entrar. está nos esperando lá dentro!
Assim que entrou, o som das batidas a contagiaram e ela sentia cada parte de seu corpo vibrar de alegria. As duas amigas andaram até o bar e pediram um drink enquanto esperavam chegar. Assim que receberam sua bebidas um homem apareceu atrás delas com um enorme sorriso nos lábios. Ele era alto, corpo bronzeado e musculoso, cabelo negro repicado e olhos incrívelmente verdes, era um pedaço de mal caminho para qualquer ser feminino.
- Então, o que duas jovens lindas estão fazendo desacompanhadas?
- Stuart, você está cinco minutos atrasado - disse, rindo e abraçando o amigo.
- Hey, eu estou saindo perdendo com vocês dois, relógios são de enfeites para vocês - disse, recebendo um abraço também.
- Vamos sentar numa mesa, eu pago a conta hoje - disse num tom malandro.
Virando-se e oferecendo ambos os braços para as jovens que aceitaram prontamente, seguiu caminho na direção da área vip. Seu sorriso alargou-se assim que as duas amigas o encararam sem entender o motivo deles estarem andando naquela direção.
- Bom, devo dizer que o DJ foi um cliente nosso - ele explicou-se, assim que sentaram-se numa das mesas.
- Er, agradeço realmente que você nos trouxe aqui - disse para , mas olhando para o lado oposto. - E agora irei me divertir, aproveitem vocês dois.
Terminando de falar, a loira lenvantou-se da mesa com sorriso malicioso nos lábios e andou até um rapaz que estava no mini bar da área vip. riu da ação de sua amiga, já imaginava que ela iria fazer algo do gênero, mas não achava que seria tão cedo.
- Você gostaria de uma outra bebida? - tirou-a de seus pensamentos.
- Sim, vamos começar com umas doses lindas de tequila.
sorriu e rumou ao bar. Ele já sabia que quando falava dessa maneira era para apenas obedecer a ordem. Ele riu consigo mesmo, conhecia desde seus 18 anos e desde então eram unha e carne, ele sabia de tudo que ela gostava ou não e ela sabia tudo que ele não gostava ou gostava. pegou as doses de tequila e voltou para a mesa, sentou-se ao lado de e colocou as bebidas na mesa.
- Apenas isso?
- Acho que duas doses para cada um para começar está ótimo, - disse, negando com a cabeça, mas escondendo um sorriso.
- Contanto que você dance comigo. - A jovem fez biquinho.
- A noite toda e sempre você - disse num tom malicioso, fazendo-a rir. - Eu te fazendo uma cantada e você ri?
- Awn! - sorriu e mordiscou a bochecha do rapaz. - Vamos beber logo, quero dançar!
Depois de sete doses de tequila, e se divertiam dançando, estavam tão animados que não perceberam serem os únicos dançando na pista vip. De repente uma música mais lenta preenche o lugar, com um rápido movimento grudou seu corpo no de e, segurando na cintura dela, começaram a acompanhar o ritmo. sabia que era a combinação da tequila mais a música lenta, porém ela lutava consigo mesma para não beijar seu amigo. Os lábios do rapaz pareciam imãs, estavam extremamente atraentes e beijáveis... fechou os olhos e apoiou sua cabeça no peito de , assim ao menos diminuía a tentação.
- , acho melhor sentármos... - sussurrou em seu ouvido, fazendo-a arrepiar-se.
- Sim - disse simplesmente e entrelaçou sua mão na dele para poder seguir até a mesa.
-x-x-
Tom, Danny, Harry e Dougie combinaram de ir para a boate, era uma típica sexta-feira e fazia muito tempo que não saiam com suas namoradas. Eles entraram direto para a área vip do local, sentaram-se na maior mesa que havia e que ficava entre a pista e o bar. Igual aos outros rapazes, Tom estava bebendo, conversando e rindo das bobeiras que todos ali falavam. Estava relaxando e se distraíndo, principalmente se distraíndo, pois depois que falara com não conseguia tirá-la de seus pensamentos e isso era errado, muito errado.
- Olha que fofo aquele casal, eles estão dançando faz tanto tempo e são tão fofos! - Giovanna, sua noiva, comentou alegremente, atraindo atenção de todos da mesa.
- Entende, Danny, eu quero dançar músicas românticas e não apenas de palhaçada. Olha que fofos! - Georgia disse, olhando para o casal.
- Ele apenas dança assim comigo! - Dougie disse numa voz afeminada. - Certo, docinho?
- Tudo para você, minha flor do campo. - Danny mandou um beijinho no ar.
- Não vai fazer nada em relação à isso, Tom? - Gio e Georgia disseram juntas, rindo, mas ele continuava olhando o casal.
- Tom?
- Hm, desculpa, eu preciso ir ao banheiro - ele respondeu abruptamente e levantou-se de uma vez, deixando os amigos e a noiva sem entender sua reação.
O que estava acontecendo com ele? Tom estava se sentindo estranho, não gostara de perceber que o casal era sua com algum cara qualquer... Tom riu de si mesmo, "sua" , ele realmente não estava bem. Mas por qual razão ele se sentira confuso de repente? Ele não podia sentir ciúmes de , deveria ser preocupação, algo paternal, era isso, tinha que ser. Não poderia ser o que tanto tempo atrás sentiu, ele amava Giovanna, sua noiva e fiel namorada há praticamente oito anos. não trouxe nada à tona, apenas o carinho e preocupação de sempre, ele tinha que parar de tentar entender o que sentia e apenas pensar em uma coisa: ele amava Giovanna.
- Tom? O que aconteceu com você, dude? - Danny surgiu no banheiro masculino e encontrou seu amigo segurando uma das pias fortemente, os nós das mãos quase brancos de tanta força que ele usava. - O que aconteceu?
- E-eu não sei - disse sincero. - Eu simplesmente não consigo entender.
- Eu a vi. - Danny encarou o rosto de Tom, tentando descobrir alguma coisa. - , era ela dançando, certo?
- Sim.
- Ok, você escolhe esse momento para ser monossilábico - Danny disse sarcástico, mas deu uns tapinhas no ombro do amigo. - Vamos lá, temos que dizer olá para nossa amiga e apresentar nossas namoradas.
- Você só pode estar brincando. - Tom olhou exasperado.
- E você quer fazer o que? Hein? Se liga, dude! - Danny disse energicamente. - Vá agora apresentar sua noiva para sua melhor amiga.
Após Danny frisar a última frase, Tom saiu do banheiro e voltou para a mesa. Deu uma desculpa qualquer para o restante dos amigos e depois de fazer um tempo, chamou Giovanna e andou na direção da mesa onde estava.
- Oi, ! - ele tentou soar animado, mas no fundo estava nervoso ao ver os lábios de um qualquer roçar no pescoço dela, enquanto ela ficava rindo.
- Ah, olá, Tommy! - disse depois do susto. - Como vocês estão? Este aqui é .
- Prazer! - Tom disse num sorriso sem dentes e então abraçou mais ainda a Gio. - Eu queria te apresentar Giovanna, a minha noiva.
- P-prazer, espero que sejam muito felizes!
- Obrigada! - Giovanna respondeu antes de Tom e sorriu. - Vocês dois estavam fofos dançando ainda pouco. Desculpa, mas eu tinha que comentar!
- Eu, fofo? rouba a atenção de todos, isso sim. Não sei como percebeu que eu estava dançando com ela. - disse para Gio, mas encarando , que corou.
- Hm, o Danny e os outros rapazes estão aí?
- Sim, mas eles acabaram de ir para a pista de lá de baixo. - Tom respondeu, agradecendo internamente a mudança de assunto.
- Ah, então eu falo com Danny e você me apresenta o resto depois. - sorriu relaxadamente, mas por baixo da mesa sua mão apertava a de nervosamente. - Agora nós temos que ir... A nossa agenda está cheia para amanhã...
- Certo! Teremos que cobrir dois casamentos, um de manhã e um de noite - disse entusiasmado, levantando-se.
Após as devidas despedidas e comentários, Tom e Giovanna foram em busca dos outros amigos, enquanto e seguiram em direção da saída. Eles decidiram dividir um táxi, na verdade insistiu em levá-la em casa e depois seguir para a dele. estava com a cabeça mais cheia ainda de pesamentos. Com um suspiro apoiou sua cabeça no ombro de , que prontamente envolveu um de seus braços em sua volta. Ela se sentia triste, mas não sabia realmente qual seria o motivo, e o vazio ameaçava tomar conta depois que ouviu Tom apresentar sua noiva... Ela apenas não queria sentir esse ciúme bobo e infantil, eles continuariam amigos não importasse o quê.
- Obrigada pela noite - disse, enquanto eles andavam no corredor vazio do seu prédio.
- Na verdade, sou eu que devo agradecer. - sorriu, e acrescentou ao ver as sobrancelhas de se juntarem. - É bom ter você aqui em Londres, não iria aguentar mais um mês longe.
abriu a porta de seu apartamento e virou-se para o rapaz, ficaram um breve momento se encarando, até ambos sorrirem um para o outro. abraçou-a, a sensação de querê-la perto dele e senti-la entre seus braços estava tomando conta dele.
- Fique comigo, não vá embora - ela sussurrou contra o pescoço dele, fazendo-o arrepiar-se. - Não quero ficar sozinha.
- Se depender de mim, você nunca ficará sozinha. - a pegou em seus braços e entrou no lugar. Fechou a porta com um chute e, sem olhar para trás, foi até o quarto onde indicara ser o dela.
CAPÍTULO DOIS
Ressaca, a pior coisa após uma intensa noitada. Sei que eu deveria me acostumar, pois não é a primeira, nem a segunda vez que faço isso, mas é sempre assim. Com dificuldade abri meus olhos e deparei-me com o teto azul marinho de meu quarto, franzi a testa tentando me lembrar da noite anterior, e então sentei-me bruscamente na cama. Olhei para o lado e vi um rapaz dormindo tranquilamente, seus cabelos curtos e rebeldes num tom preto jaziam no travesseiro branco, seu corpo coberto pelo lençol branco, deixando apenas suas costas nuas a mostra. Pude reparar na tatuagem de uma fênix no ombro direito. Eu engoli em seco.
- ? - eu perguntei numa voz rouca.
Ele murmurou algo e se remexeu na cama, ainda dormindo, e virou seu rosto em minha direção. Foi assim que meu medo foi confirmado: era realmente . Então tudo foi se encaixando em minha cabeça, as lembranças foram surgindo e não pude acreditar na tamanha estupidez que eu havia cometido.
- ? - a voz dele soou mais clara e eu o encarei. Ele me olhava num misto de sono e confusão, mas ao reparar no cenário sua espressão mudou. - Oh, não...
- Oh, sim - eu disse sarcástica. - Espero que não tenhamos feito nada sádico, ou melhor, você tenha feito algo sádico comigo.
- , me desculpe! - Ele sentou-se na cama e fez uma careta. - Acho que eu não estava também com a minha sanidade intacta.
- Não me diga!
- Hey, quer parar com esse seu sarcásmo e ironia, por favor? - levantou da cama emburrado, me dando uma bela visão de sua bunda.
- ! Vista ao menos sua cueca! - eu exclamei, nervosa.
- Não há nada aqui que você não tenha visto - ele disse e bateu na própria bunda.
- ! - resmunguei e minha voz saiu esganiçada.
Rindo, vestiu sua cueca box e se alongou, momento que eu pude tirar um pouco do peso em minha consciência. Ah, ele era um dos meus melhores amigos, mas não quer dizer que não posso babar pelo seu maravilhoso físico, não estou morta. Ele parou de se alongar e me olhou com uma de suas sobrancelhas arqueadas.
- Vai ficar me secando ou levantar para podermos comer algo antes de sair?
- Não sou sem vergonha que nem você - eu disse na defensiva e logo imagens da noite passada apareceram em minha mente. Eu corei, e pelo visto ele pensou no mesmo, pois um sorriso sarcástio e malicioso apareceu em seus lábios. - Fique quieto e vire-se ao menos.
virou-se de costas para mim e começou a cantarolar uma música qualquer, enquanto eu praticamente voava da cama em direção do meu robe pendurado no divã ao lado, vesti o mais rápido que pude e então passei por ele em direção ao armário para pegar roupas limpas. Quando saí do banheiro já vestida, encontrei minha cama já arrumada e um igualmente vestido parado no batente da porta.
- Bom, como eu baguncei, achei que deveria arrumá-la, ao menos - disse, rindo e indicando a cama. Eu passei por ele, chamando-o de idiota e depositando um soco em seu braço. - Vamos comer na starbucks perto daquela rádio, de lá podemos ir para nossa agência.
- Eu vou morrer - gemi, enquanto andávamos tranquilamente em direção do trabalho. com um de seus braços em volta de minha cintura me conduzindo. - Eu comi muito.
- Novidade! - riu e diminuiu os passos, assim que viu um grupo de garotas estéricas na frente da tal rádio. - Que famoso estará ali?
- Quem quer que seja demorou demais. - Eu dei de ombros e vi as meninas se afastarem tristes.
- Eu apenas acho que... - eu não ouvi terminar a frase, apenas senti alguém esbarrar nele, eu perder o equilíbrio e um par de mãos me segurarem.
- Por Deus, , está bem? - a voz de Danny soou e eu focalizei seus olhos azuis em frente ao meu rosto. - Droga, Harry, eu disse para tomar cuidado com a porta!
- Olá, Danny - eu disse assim que fiquei em pé. andou até onde eu estava com Danny. - Você está ok, ?
- Sim. - Ele fez uma careta. - Olá, rapazes.
- Sinto muito, a vocês dois! - Harry apareceu na nossa frente. - E muito prazer finalmente te conhecer, . Esse é seu amigo?
- Vamos dizer assim - eu respondi, tentando não corar, e abafou um riso numa tosse. - Onde estão indo agora?
- Indo numa agência de fotos que o cara da rádio nos indicou, a Georgia precisa contratar um fotógrafo... - Danny disse absorto, enquanto voltávamos a andar.
- A agência se chama Hic Et Nun? - gargalhou animado.
- Sim, por quê? - os meninos responderam.
- É a minha agência - eu disse, sorrindo e abrindo a porta do lugar. - E o é meu sócio.
Após jogarmos um pouco de conversa fora, Danny e Harry foram embora com a promessa de voltarem ali mais vezes. tinha ido atender uma festa infantil ao sul de Londres, ficando apenas eu e tomando conta dos negócios. Quando esta apareceu em minha sala com um sorriso enorme, ela entrou e sentou na cadeira que ficava a minha frente. Eu terminei de digitar as coisas no meu notebook e a encarei, esperando o que ela tinha para me contar.
- Você se encontrou com o Tom e nem me disse nada! - ela exclamou, mas eu sabia que esse não era o assunto principal. - E eu tive que descobrir isso através de uma revista de fofoca. Mas isso não importa, está chovendo pedidos de trabalhos para nós agora!
- Era isso que você veio me dizer?
- "Durante uma das tardes dessa semana, os cantores e músicos Tom Fletcher e Danny Jones se encontraram com uma linda e misteriosa mulher. O três pareciam muitos íntimos e felizes, fontes confirmam que ela se chama e que trabalha como fotógrafa tendo sua própria empresa, chamada Hic Et Nun." - disse com um irritante sorriso nos lábios. - O nível de intimidade entre vocês já voltou ao normal? Já perdoou o que ele te fez?
- Não há o que ser perdoado - eu disse entre dentes, e me levantando bruscamente, andei até a porta e indiquei a saída para . - Faça-me o favor.
Eu não sabia ao certo o motivo de continuar reagindo assim, acho que a ferida não estava completamente cicatrizada, e o pior de tudo é que amava cutucar essa ferida. Mas eu não podia pensar nisso, eu havia prometido a mim mesma que não iria remoer o passado, eu iria apenas voltar a viver com as pessoas que eu amava, mesmo elas tendo me magoado de alguma forma. Levei mais tempo do que o necessário para fazer minhas tarefas no escritório, fui a última a sair e fechar tudo, mas quando senti a brisa fria acariciar meu rosto deixei um sorriso brotar em meus lábios. Fui andando até meu apartamento, ao chegar tomei um longo banho e vesti minha camisola favorita, que era preta e de seda. Fui até a cozinha e preparei uma boa e enorme xícara de café, fiz um rápido ovos mexidos e sentei no sofá da sala para assistir televisão. De repente meu celular começou a tocar, tentei ignorar, mas a pessoa parecia ser persistente e na quarta tentativa eu atendi.
- , está em casa? - escutei soar meio nervoso do outro lado da linda.
- Sim, estou - falei, sem entender o motivo da pergunta, pois eram quase duas horas da manhã.
- A festa do casamento acabou agora e eu queria saber se podia ficar aí, não estou muito bem para chegar até em casa - ele disse na sua voz dramática e logo imaginei ele fazendo a cara de cachorro sem dono.
- Ok, pode vir.
Meia hora depois a campainha tocou, me fazendo sobressaltar. Levantei do sofá e andei em direção à porta, onde ao abrir dei de cara com um totalmente destruído. Eu sorri para ele, que em resposta soltou uma risada rouca e entrou no meu apartamento.
- Uma festa de criança e depois um casamento, no mesmo dia, é para matar qualquer um! - Ele tirou os sapatos e o casaco, deixando perto da entrada. - Vamos dormir agora? Amanhã teremos trabalho!
- Amanhã é domingo, . - Eu gargalhei, e como resposta de meu comentário ele me pegou no colo. - Me solta!
- Não, agora iremos dormir!
andou até o meu quarto, me depositou delicadamente na cama e me cobriu com os lencóis, depois tirou sua calça social e sua camisa branca de botão, ficando apenas de cueca box para então deitar ao meu lado na cama.
- Boa noite, - ele murmurou, antes de me abraçar e fechar os olhos.
- Boa noite, - respondi e então deixei o sono cair sobre mim.
Com muita relutância abri meus olhos, a claridade que vinha da janela era tão forte, indicando que deveria ser mais de meio dia. Após me espreguiçar percebi que estava sozinha no quarto. Levantei lentamente da cama e sem me importar de vestir meu robe fui para a sala. Meu apartamento estava silencioso e a sala estava vazia, mas um cheiro de café vinha da cozinha, fui até lá e a encontrei igualmente vazia. Me aproximei da cafeteira, tentando imaginar o porque de sair antes que eu acordasse e, para minha possível resposta, então vi um pedaço de papel preso em minha xícara.
", eu tive que sair antes de você acordar, pois lembrei que havia prometido para que a levaria no aeroporto."
foi levar ao aeroporto, sendo que não lembro dela mencionar que iria viajar. O que será que esses dois estariam tramando? O quer que seja teria que esperar. Meus pensamentos foram interrompidos pelo barulho do telefone. Com o bilhete e a xícara de café na mão, fui até o telefone e atendi.
- Alô, poderia falar com ? - uma voz masculina e rouca disse.
- Hm, você está falando com ela. Quem deseja?
- Ah, bom dia, ! É o Danny - ele disse, rindo. - Então, você quer vir aqui em casa? Eu e os guys estamos aqui fazendo um churrasco!
- É, acho que aceito o convite - eu disse após refletir. - Fui largada praticamente sozinha e num domingo!
- Então venha logo para cá! E traga biquíni!
Assim, Danny me passou o endereço, e antes de desligar me apressou mais ainda. Eu fui até meu quarto, vesti um biquíni e um vestido azul bebê com uma sapatilha vermelha. Peguei meu rayban e as chaves, indo em direção da moto para logo em seguida rumar para a casa de Danny Jones.
CAPÍTULO TRÊS
Danny puxou Harry para dentro de casa enquanto Dougie e Tom estavam distraídos na piscina, assim que chegaram na sala e Danny certificou-se que os dois estavam sozinhos. Vendo que estavam seguros, explicou para o amigo que ele chamara para visitá-los e ela já estava a caminho. Por um momento Harry ficara mudo e quando ia fazer seu comentário o celular de Danny tocou.
- Olá, senhorita ! - Danny sorriu e piscou para Harry, que rolou os olhos. - Já está chegando?
- Então, eu cheguei na metade do caminho e não lembro direito o nome da rua nem o número da casa - a voz da soava pensativa. - Eu esqueci o papel em casa com seu endereço.
- Em que rua está? - Danny perguntou, ficando preocupado da garota ter se perdido.
- Hm... Lord alguma coisa.
- É essa rua mesmo, estou indo pra fora de casa... - Danny largou Harry para trás e saiu para a frente de casa até chegar na calçada. - Está me vendo com braço levantado?
Mas ele não obteve resposta, na realidade havia desligado o celular, Danny ficou por um breve momento sem entender o porquê dela ter feito isso. Até que um roncar de moto soou e logo uma moto parou praticamente derrapando na sua frente, ainda imóvel viu o motorista da moto descer e tirar o capacete. jogou os cabelos tentando ajeita-los e depois encarou Danny, um sorriso brincando em seus lábios ao ver o estado que seu mais novo amigo se encontrava. Danny a encarou dos pés a cabeça e depois encarou a moto para então encontrar sua voz.
- Seu vestido não voou enquanto você andava com isso? - Danny fez uma careta. Tanta coisa para comentar e sua boca tinha que falar logo uma besteira.
- Isso é minha querida Switchback da Harley-Davidson. - riu. - E não, meu vestido não voou.
- Veio de biquíni? - Danny tentou mudar o assunto. - Georgia vai amar saber que você veio.
- Ninguém sabe que você me chamou, certo? - disse após um minuto em silêncio e bateu no ombro do rapaz. - Tudo bem, gosto de causar grandes entradas.
- Na verdade, você já causou - ele respondeu apontando para a moto. - Você adora fazer grandes entradas com essa moto pelo que eu já percebi.
- Ah, cala a boca e me leva logo até a piscina e a comida - a jovem respondeu ruborizando e empurrando-o em direção da casa.
Harry estava sentado perto da porta de correr da sala que dava para o jardim de trás, ele fingia estar lendo o jornal enquanto esperava a chegada de , ele não sabia o motivo mas algo o fazia acreditar que aquela tarde renderia e seu pensamento foi confirmado assim que o amigo chegou no local.
- Até que enfim resolveu dar as graças novamente, Danny imprestável... - a voz de Tom morreu assim que seus olhos focaram na jovem que sorria atrás do amigo.
- Modos, Tom! Temos uma lady no recinto! - Danny disfarçou o clima que iria se instalar. - Venha, , quero lhe apresentar a minha namorada.
- Hey, muito prazer, me chamo Georgia - a loira disse antes mesmo que Danny pudesse abrir a boca, ela veio em direção da jovem e a abraçou.
- Hm, muito prazer também. - sorriu meio sem saber como reagir.
- Harry e Danny me falaram que encontraram você e seu namorado na rua esses dias de manhã - Georgia disse puxando-a para sentar nas cadeiras perto da piscina.
- Ah, eles quase me mataram também, eles contaram essa parte? - riu da careta que Danny fez enquanto se aproximava.
- A culpa não é minha, é do Harry!
- Ok, você até que me salvou e deu uma bronca no Judd - a jovem disse, rindo.
- Então você tem um namorado? - Dougie se aproximou molhado e olhou tristemente para .
- Não somos namorados exatamente... Eu não sei classificar o que temos.
- Yeah, Poynter de volta na corrida! - Ele riu, e Tom, fazendo uma careta o empurrou, fazendo-o cair na piscina.
- Tom! - , Georgia, Danny e Harry gritaram ao mesmo tempo numa advertência, este apenas bufou e foi em direção à casa.
Após a repentina e estranha reação de Tom, o grupo de amigos ao poucos foi sumindo com a tensão que se instalara. ofereceu-se para ajudar Georgia a terminar de ajeitar o almoço enquanto os rapazes diziam estar fazendo o churrasco.
- Essa carne está horrível! - Dougie resmungou, tacando o pedaço que comia em Harry. - Como iremos casar se não sabe ao menos fazer um churrasco?
- Quem tem que saber cozinhar é a mulher da casa, Dougie - Harry disse, erguendo uma de suas sobrancelhas.
- Então, , você sabe cozinhar? - Harry fez uma careta enquanto Dougie virava o rosto para encarar a menina. - O quê? Eu preciso de alguém para me ensinar!
- Aham, sei que é apenas isso... - Danny gargalhou.
- É melhor mudarmos de assunto - Georgia murmurou para Danny, mas Harry e escutaram e os três olharam para Tom.
- Tom, onde está a Giovanna? Pensei que fosse encontrá-la aqui e conhecê-la melhor - disse, sorrindo e acrescentou para a loira sentada ao seu lado, que sorriu também. - Não que eu não tenha gostado de conhecê-la, Georgia.
- Ela viajou - Tom respondeu somente, levantando-se. - Em falar nisso, irei ligar para ela, com licença.
sentiu-se irritada pelo jeito que Tom estava agindo, tão infantil, e ela não conseguia entender o motivo disso. A jovem balançou a cabeça, não iria se preocupar com Tom, iria se distrair com seus novos amigos, então levantou-se e ajudou a arrumar as coisas. Enquanto Danny e Dougie ajeitavam a louça, Harry, e Georgia ajeitavam o resto da bagunça no jardim, logo todos os três rapazes estavam na piscina, chamando para as garotas entrarem.
- Vamos, deixem de frescura! - Harry disse, jogando água na direção das duas e ambas soltando gritinhos. - É apenas água, garotas!
- Okay! - berrou e todos pararam para encara-la. - Eu irei entrar. - Dizendo isso, tirou o vestido, deixando seu biquini de listras estilo marinheiro aparecer e então correu pulando com tudo na piscina.
- Wow, um tornado passou aqui? - Dougie berrou, levantando os braços e olhando para os outros que estavam igualmente molhados.
- Tornado ? Onde está essa garota? - Harry disse, procurando em sua volta. - Danny, traga sua mulher logo para cá!
- Hey, baby, entra logo e deixa de ser fresca? - Danny disse, rindo e jogando água em sua namorada.
- Só irei entrar pois precisará de minha ajuda.
Interrompendo a brincadeira do grupo, um celular começa a tocar e reconhece rapidamente ser o dela. Com grande dificuldade saiu da piscina e atendeu o celular. Ficando a maior parte do tempo em silêncio e respondendo monosilábicamente, deixou a todos ali curiosos, ela se despediu com um alegre "até logo" e desligou o celular.
- Então, qual o motivo desse sorriso? - Georgia jogou um pouco de água na direção da recém amiga.
- Bom, preciso ir para casa...
- E podemos saber o motivo? - Danny fez uma cara engraçada.
- disse que queria falar comigo e era uma surpresa - disse enquanto se secava. - E eu odeio surpresas, fico ansiosa demais.
- Ok, senhorita ansiosa, levarei você até lá fora.
E se despedindo de todos saiu acompanhada de Danny, andava em meio a um abraço com o amigo sorrindo, mas se perguntava onde o seu amigo de infância estaria no momento.
- Se divirta e não tente usar o Kama Sutra - Danny disse, rindo escandalosamente ao ver a menina corar.
- Daniel! - ela gemeu, escondendo o rosto, mas logo depois socando o ombro do rapaz. - Isso é coisa de se falar?
- Lógico, não quero você se arriscando com seu namorado e depois indo parar no hospital!
- Está bem, chega disso - ela respondeu, rindo e indo na direção de sua moto.
CAPÍTULO QUATRO
chegou em seu apartamento o mais rápido que podia, estava muito curiosa com a surpresa que disse que tinha para ela. Correu pelo hall de entrada do prédio até o elevador, onde chegou no último andar que era o seu com passos rápidos em direção à porta, abriu-a e em seguida gritou pelo seu melhor amigo. encontrava-se com o cabelo bagunçado, vestido e biquíni molhados, mas ela não se importava, ela só queria saber qual era a surpresa.
- Hey! - surgiu por detrás da jovem, tampando os olhos da mesma quando ela tentou andar até a sala. - Nada de espiar!
- A surpresa está na sala? - perguntou com sua voz cheia de expectativa.
- Sim. Agora fique quieta e apenas repita algumas vezes "Mike" e espere por um barulho - ele sussurrou em seu ouvido. - Eu irei tirar minhas mãos, mas nada de espiar!
- Sim, sim, sim - ela respondeu impaciente e escutou rir em resposta. - Mike, Mike, Mike, Mike...
Então ouviu um pequeno latido e depois mais outro. Por um momento ficou estática, mas ao entender que o barulho foi realmente um latido, abriu os olhos procurando de onde vinha. Um pequeno filhote de bulgogue francês andava desengonçadamente em sua direção, ajoelhou-se e esticou as mãos na direção do cachorrinho para em seguida abraçá-lo. Um enorme e bobo sorriso estava estampado no rosto.
- Ele é tão fofo! - ela disse feito criança.
- Este é meu presente para você, o pequeno Mike - disse, ajoelhando-se ao lado dela.
- Não é meu aniversário nem nada, não que eu esteja reclamando do presente - ela acrescentou, rindo.
- Fique quieta e apenas dê amor para o Mike, não seja uma mãe desnaturada. - sorriu, feliz de ver rindo bobamente com o cachorro que pulava em seu colo.
Tom estava sentado no canto oposto de onde Danny, Dougie e Harry conversavam animados no ônibus, ele estava assim desde que recebera a notícia de quem trabalharia na parte de tirar fotos e inclusive filmar os shows da nova turnê da banda. Além de ficar chateado pelo restante do grupo ter escolhido sem ele, Tom achou uma total desconsideração eles terem trocado o amigo deles por alguém que ele queria evitar ficar praticamente 24 horas junto; seria um inferno ter que aturar . O ônibus parou bruscamente, fazendo o trio que brincava ficar em silêncio e olharem ansiosos para a porta, que rapidamente se abriu dando passagem para uma jovem de cabelos ruivos e pele bronzeada, usando um vestido azul marinho que moldava seu corpo até a cintura e depois caía solto até acima do joelho, uma bota preta até o joelho e um rayban tapando os olhos. Os meninos encaravam-a intrigados, até Tom, mesmo emburrado, a encarou curioso.
- Vocês vão ficar me encarando ou ajudar com minha mala? - disse divertida.
- Eu não acredito que você pintou o cabelo! - Harry foi o primeiro a falar, mas foi Dougie quem correu em direção da jovem e a abraçou. - Solte ela agora, seu anão, eu quero abraçá-la.
- Eu cheguei primeiro! - Dougie exclamou, enquanto erguia em seu abraço e para longe de Harry.
- E eu cheguei em segundo, agora cai fora - Harry disse, puxando a amiga dos braços do mais novo. - Olá, nova ruiva!
- Olá, Judd! - respondeu , que ainda ria. - Agora vamos lá fora pegar minhas malas?
- Vamos! - Danny correu e puxou a menina pela mão sem se importar que ela se desequilibrou um pouco no percurso.
Ao saírem do ônibus, Danny, Harry e Dougie encontraram-se com uma mala de viagem vermelha e um segurando um filhote de cachorro.
- Quem é esse? - Danny perguntou, enquanto os três se aproximavam de .
- É o meu presente que dei para . - sorriu para a mesma. - Ele se chama Mike.
- Ok, chega de alisar meu cachorro. Podemos ir? - deu um rápido beijo em e bateu no topo da cabeça de Harry, que era o mais próximo dos três amigos.
Após muitos "Até logo, Mike." e "Cuida direito do bebê, ", os quatros seguiram de volta para dentro do ônibus e seguiram viagem.
- Então é assim que vocês se sentem depois de um show? - perguntou meio estérica para Dougie enquanto seguiam atrás dos outros meninos.
- Suados e cansados? - Dougie respondeu, rindo. - Sim, é exatamento assim.
- Deixe de ser bobo, eu digo a adrenalina igual quando se é criança e recebe seu presente do papai noel ou algo até mesmo melhor! - girou e abraçou o amigo.
- Acho que a segunda opção é a certa.
- Ew, vai tomar um banho, você está mega suado! - a menina exclamou, saindo do abraço e fazendo Dougie rir.
Já era o último show da banda, praticamente um mês viajando por toda a Inglaterra, passava a maior parte do tempo com Dougie enquanto o restante fazia entrevistas por onde passava e, quando não estava com Dougie, era Danny que lhe fazia companhia. decidiu esperar no ônibus os meninos voltarem, o banho deles sempre demorava após os shows e ainda antes disso, nesse último show, haveria o meeting com algumas fãs, então para ela era mais confortável esperar ali. A jovem estava tão concentrada passando as últimas fotos para o notebook que não notou Tom entrar no ônibus, na verdade, só notou a presença dele quando o mesmo arrancou o notebook de suas mãos e lançou no sofá oposto.
- Tommy! - ela exclamou num misto de surpresa e raiva. - Enlouqueceu de vez?
- Eu que pergunto isso! - Tom rebateu, sua voz um pouco elevada. - Desde quando se tornou uma puta?
As palavras demoraram para serem absorvidas pelo cérebro de , mas quando conseguiu entender o que ele havia lhe dito foi um tremendo baque, a jovem lutou contra as lágrimas que vieram em resposta e levantou para encará-lo.
- O que quer dizer com isso? Você não tem o direito de falar assim comigo! Não tem! - disse, e para sua surpresa sua voz não estava embargada pela tristeza, estava fria.
- Não se faça de santa, você nunca foi uma e eu sempre soube disso! - Ele apontou seu dedo indicador na direção dela. - Lógico que tentei pensar que você mudaria, mas vadias não mudam!
- Tom, não ouse me chamar assim! - berrou magoada.
- Eu só direi uma vez, fique longe de Dougie, ele não merece uma vadia! - O loiro cutucou o ombro da jovem. - E nunca pensei que seria tão vadia ao ponto de ser também a outra, deixe meus amigos em paz.
- Bastardo! - disse ao mesmo tempo que esbofeteava com toda sua força o rosto de Tom e em seguida corria para fora do ônibus, carregando consigo apenas sua bolsa.
Tom permaneceu parado e levou uma das mãos até onde o tapa de ainda ardia no rosto, fora novamente muito cruel com sua amiga de infância, mas ele não suportava mais o modo como ela estava agindo. Tom sabia que havia merecido o tapa. Tom sabia que havia perdido o que restava de sua amizade com . Tom sabia que havia colocado tudo a perder. Ele sabia mais do que tudo que tinha deixado o ciúme falar mais alto.
CAPÍTULO CINCO
Eu ainda tentava entender o motivo de Tom ter falado aquelas coisas e me perguntava se eu havia feito algo de errado, e apesar do meu coração estar no momento totalmente machucado, a razão me dizia que minhas lágrimas estavam sendo desperdiçadas. Mas isso não importava agora, eu estava num táxi indo em direção à casa de , iria levar algumas horas de viagem e eu estava com muita pressa. O sol já estava surgindo quando paguei o motorista do táxi e o agradeci pela sua generosidade, o sol já estava começando a iluminar o jardim da casa quando finalmente toquei a compainha, e o sol já estava começando a aquecer a manhã fria quando surgiu na porta.
- O que aconteceu? - perguntou, alarmado quando me viu ali sozinha. - Posso saber a razão de você estar chorando?
- Eu apenas queria ficar com você aqui por uns dias - eu sussurrei roucamente, as lágrimas voltando a cair.
- ... - me puxou para seus braços e em seguida estávamos dentro de sua casa. Ficamos um momento abraçados até que ele se afastou para me encarar. - O que aconteceu?
- E-eu tive aquele pesadelo de novo e não consegui ficar lá, eu precisava vir até aqui - eu menti, o porquê disso não sabia, mas ali estava eu mentindo.
- Está tudo bem agora. Vou te levar para a cama agora. - Ele me pegou no colo e andou até o seu quarto, quando entrou me colocou na cama e deitou ao meu lado, me abraçando. - Tudo ficará bem, estarei sempre com você para protegê-la.
E apesar de saber que ele não estaria sempre comigo, eu me vi tentando agarrar-me naquela sua promessa e querendo contar o que realmente havia acontecido além das outras coisas envolvendo o passado que ele também desconhecia.
Não sei ao certo o que havia acontecido, mas Harry apareceu no final daquele dia na casa de e entregou a minha mala, para estar tranquilo acho que Harry não disse o motivo de estar com a expressão de alguém realmente irritado. Já era de noite quando eu finalmente falei. Eu estava deitada no colo de enquanto assistíamos televisão.
- Eu posso ficar alguns dias aqui?
- Claro, mas que pergunta, - ele respondeu, acariciando meu cabelo.
- Você poderia trazer o Mike e umas roupas minhas para cá, então? - eu o encarei e tentei sorrir. - Quero tirar uma mini férias e também não quero que ninguém saiba que estou aqui.
- Eu queria muito perguntar o porquê disso, mas sinto que é melhor apenas concordar, certo? - ele me beijou por um instante e depois olhou dentro de meus olhos com um sorriso fraco nos lábios. - Eu irei buscar então tudo agora, Mike irá ficar feliz quando te ver!
- Estarei aqui esperando vocês dois.
levantou-se do sofá e, pegando sua carteira e chaves, rumou em direção a minha casa. Não sei que horas exatamente adormeci enquanto o esperava, mas logo o sono veio e eu deixei-me levar.
"O guitarrista e vocalista da banda McFly, Tom Fletcher, e sua noiva, Giovanna Falcone, anunciaram hoje de manhã que irão mudar a data de seu casamento para alguns meses antes. O motivo que eles deram foi que ambos estavam ansiosos para se tornarem senhor e senhora Fletcher, principalmente o noivo que já planeja até os nomes dos futuros filhos."
Eu li esse pequeno trecho no site de fofocas inúmeras vezes, eu realmente não conseguia entender o que se passava na cabeça de Thomas Fletcher, mas desejava felicidades para Gio e ele. Percebendo que Tom novamente estava me enlouquecendo, desliguei a página e o computador em seguida, peguei Mike que estava deitado em meu colo e o coloquei no sofá para então ir até o quarto e trocar de roupa. Estava na hora de voltar ao trabalho, fazia já três dias que eu estava na casa de escondida do mundo e eu começava a achar que não adiantaria ficar fazendo isso.
- ? O que você está fazendo aqui? - perguntou alarmado e olhou em direção da sala onde tinhamos exposição de nossos trabalhos. - Venha até minha sala.
- O que foi, ? - perguntei, assim que estávamos em sua sala e de porta trancada.
- Você tinha me dito que não viria aqui hoje!
- Mudei de ideia, decidi voltar a trabalhar... Quem está na sala de exposição? - Eu o encarei de olhos semi cerrados, ele suspirou.
- Danny, Georgia e Giovanna, sendo que Gio não está muito afim de te ver - ele disse sem me encarar. De fato demostrava que no chão havia algo muito mais interessante do que me encarar.
- E posso saber o motivo da futura senhora Fletcher não estar afim de me ver? - Tentei manter a expreção tranquila, mas minha voz saiu irritada.
- Eu sei que não temos nada sério, mas o que você tinha na cabeça de dar em cima no Tom? - Eu encarei embasbacada, enquanto ele finalmente me encarava com olhos magoados e irritados.
- O quê? - Não era bem isso que eu ia gritar, mas deu o mesmo efeito. - O que aquela merda está falando por aí?
- Pare de gritar, ! - disse ríspido. - E me responda!
- Eu nunca dei em cima de ninguém e você deveria muito bem saber disso! - eu berrei novamente e o empurrei, abrindo a porta e seguindo para a sala de exposição, onde andei até Giovanna que me encarava carrancuda, confirmando que todos ali haviam escutado o fim da briga. - Diga a seu noivo que é melhor ele contar que me chamou de vadia sem motivos do que tentar ser o mocinho e sair falando que eu dei em cima daquela merda que se acha gente!
Antes mesmo de qualquer reação dela, de Danny ou Georgia, eu segui meu caminho para fora da agência e percebi que estava logo atrás de mim. Eu parei bruscamente de andar e virei para encará-lo, mas no meio disso eu decidi que me sentiria melhor socando-o e foi basicamente o que eu fiz. E não tentou me impedir de início, depois de uns minutos que ele segurou meus pulsos e em seguida me abraçou, e eu comecei a chorar novamente.
- Acho melhor te levar para casa. - Ele me levou até o seu carro e seguimos até sua casa.
- E-eu deveria ter te contado tudo assim que você abriu a porta - eu disse ainda entre o choro assim que ele estacionou o carro.
me encarou por um instante e saiu do carro, abriu a minha porta para então entramos em silêncio em casa. Sentado na poltrona, me indicou para sentar no sofá na sua frente, eu sentei e fiquei silenciosamente o encarando.
- Conte-me - ele disse sem emoção na voz.
E eu contei tudo que havia acontecido desde que encontrei com Tom logo que eu voltei para Londres, contei o mês que fiquei em turnê com a banda dos meninos, que fiquei com Dougie na maior parte do tempo ou então com Danny e que no último show o Tom havia me xingado. levou um tempo sem até mesmo se mexer, me deixando mais nervosa ainda, até que ele levantou-se e ajoelhou na minha frente. Ele acariciou meu rosto delicadamente e então sorriu.
- Eu irei conversar com os rapazes e você esquecerá o Tom, nós iremos continuar vivendo nossa vida e deixaremos o Fletcher de lado, mas se ele ousar falar ou tratar você dessa forma novamente... Eu não irei respeitá-lo como estou agora, irei tratá-lo da pior forma possível.
E quando terminou de falar eu sabia com toda a minha consciência que ele falava sério e eu rezava internamente que nada de ruim acontecesse.
CAPÍTULO SEIS
- O que você está pensando, ?
A jovem olhou em direção do senhor que a encarava, ela não sabia ao certo o que lhe responder já que possuía tantos assuntos em sua mente, queria dizer tudo e não deixar nenhum detalhe escapar. Suspirou e permaneceu por um instante em silêncio, desvencilhou seu olhar até a parede oposta que possuía diversas fotos penduradas, fotos lembrando-a do passado que queria esquecer.
- Diga-me o que está acontecendo - o senhor pediu, ele tinha cabelos grisalhos, pele branca que possuía marcas do sol, vestia um conjunto simples de terno e o que mostrava o quão próximos os dois eram: os olhos violetas.
- Eu não deveria ter voltado para Londres, deixado Tom entrar novamente em minha vida, ter seguido com uma carreira que não era para mim - disse e sentiu como se um peso tivesse saído do peito. - Eu me arrependo da vida que tenho.
- Mas há muitas coisas boas em sua vida e as coisas ruins você pode mudá-las, sabe disso.
- Eu não posso - ela sussurrou tristemente.
- A sua promessa não adianta em nada, ela está morta e você não pode viver o que ela queria ter vivido! - o senhor exclamou, por um momento irritado, mas logo voltou para a sua calmaria. - E o , como ele está? A , está viva?
- Todos estão bem, não se preocupe - disse entre dentes, tentando ignorar o que o velho dissera. - Acho melhor eu ir agora.
- Filha, eu só quero o seu bem, sei que não posso agir por você, mas tente entender o que eu digo. - O senhor segurou a mão dela quando a mesma levantou e passou por ele.
- Eu sei e entendo, mas é difícil, às vezes penso que seria melhor negar o passado e enterrá-lo...
- Não diga isso, a culpa não é sua, não viva uma promessa feita para os mortos - ele a interrompeu.
- Irei lembrar disso, papai.
saiu do quarto de hospital e assim que conseguiu chegar na sua moto que se encontrava no final do estacionamento, ligou-a e na velocidade mais rápida permitida e se digiriu em direção à única pessoa que queria decidir umas das questões de sua vida. Chegou em sua agência e colocou o aviso na porta que estava fechada, berrou por e esperou-a ali mesmo na entrada. Logo ela surgiu correndo e parou ao encontrar parada.
- Por qual razão você trouxe meu pai de volta para cá? Eu não me lembro de ter feito qualquer pedido! - encarou , que continuava apenas a fitá-la.
- Eu o trouxe para dar fim nessa palhaçada toda, , você tem que entender de vez que a culpa não é sua. - a voz de estava baixa e carinhosa.
- Ele não podia voltar para cá, irá atrapalhar a recuperação dele ficando aqui e lembrando de tudo! - guinchou.
- Ele está morrendo, os médicos já disseram isso para nós! E ele queria vir, você que nunca enxergou isso!
- Ah, antes que eu esqueça: você é a nova sócia da agência Hic Et Nunc - falou antes que desistisse.
- C-como? - gaguejou, pega de surpresa. - Serão três?
- Não, continuará dois sócios, eu estou deixando a agência para você e .
Antes que pudesse falar algo, andou até a porta e ao chegar na calçada correu em direção ao seu apartamento. Não possuía 100% de certeza sobre o que estava fazendo, mas começava a se sentir livre e sem culpa. Havia acabado de chegar no saguão de seu prédio quando mudou de ideia, ela não iria ficar mais uma noite em casa, ela iria comemorar... Ou fazer caos pela noite. Subiu rapidamente para trocar pelo vestido que há anos não usava, desamarrou seus cabelos, calçou um salto alto e tirou a maquiagem. Estava pronta para a noite.
A música estava alta, muito alta, havia muitas garotas dançando no ritmo sensual da música enquanto os rapazes ficavam na beira do bar olhando-as enquanto bebiam. Para Danny, Harry, Dougie e Tom não era diferente a situação, sentados numa mesa mais privada, estavam olhando as pessoas na pista de dança. Hoje eles ficariam bêbados e teriam que ser carregados para fora do lugar. Então uma garota ruiva em particular chamou a atenção de Danny e Dougie, ela usava um vestido tomara-que-caia preto colado que ia até o final de suas coxas e usava um salto vermelho, parecia estar mais alheia das pessoas em sua volta do que estar dançando para chamar atenção.
- Eu vou falar com ela. - Dougie sorriu maliciosamente.
- Você está bêbado, deixe que eu falo. - Danny cutucou o amigo.
- Você está namorando e bêbado, então fica aí sentado. - Dougie replicou e levantou-se. - Eu estou solteiro e irei aproveitar minha noite!
- Você vai onde? - Harry desviou sua atenção de Tom para o mais novo que rumava para a pista. - Onde ele vai, Danny?
- Aproveitar que é o único solteiro e dar em cima da ruiva gostosa - Danny disse emburrado.
- Eu pensei que hoje seria apenas nós. - Harry olhou em direção da pista e respirou fundo.
- Dougie é o único solteiro entre nós quatro, nas horas que queremos ficar sem as mulheres é normal ele querer o oposto - Tom comentou olhando seu copo vazio.
- Vamos beber enquanto Doug aproveita sua noite - Danny declarou por fim.
Dougie estava ansioso e animado, não era apenas as milhares de doses e cervejas que ele havia tomado que o deixara dessa maneira, aquela garota que tinha visto o deixou assim e ele devia encontrá-la o mais rápido possível. Quando estava sentado com os rapazes ela estava nítida na pista, mas parecia que sabia que ele estava procurando-a e misturou-se na multidão.
- Está me procurando? - uma voz doce surgiu por trás dele, arrepiando-o por inteiro.
- Será que é você mesmo? - Dougie respondeu, brincando e virou-se para encarar a ruiva que ansiava em ter nos braços.
- Claro, até parece que iria encontrar uma ruiva melhor que eu. - A jovem riu.
- Espera, eu conheço você de algum lugar? - o rapaz perguntou confuso, conhecia aquela risada de algum lugar...
- Sério que você vai usar essa cantada? - A ruiva jogou os braços em volta de seu pescoço e suas mãos foram automáticamente para na cintura dela. - Não precisa disso, você já me tem!
- ! - Dougie disse após ter um minuto de lucidez e encarar os olhos da jovem.
- Poxa, Dougie, você acabou com a brincadeira. - soltou-se do rapaz e o encarou. - Agora terá que me pagar uma bebida.
- Você que terá que me pagar uma bebida! - o rapaz guinxou. - Eu pensei que tinha ganhado a noite!
rindo, pegou uma das mãos de Dougie e andou em direção do bar, ambos pediram duas doses de tequila e depois rumaram para a mesa onde os outros rapazes se encontravam. No meio do caminho, decidiu pegar uma garrafa para dividir com o grupo e voltou para o bar enquanto Dougie ia para a mesa.
- Ganhei minha noite! - Dougie disse escandalosamente para chamar a atenção dos amigos.
- Cadê a ruiva que você ia caçar? - Tom tinha uma de suas sobrancelhas erguidas num jeito irônico.
- Aposto que levou um toco dela! - Danny disse, rindo.
- Na verdade, ela foi pegar uma garrafa de tequila para nós. - Dougie levantou os ombros e sorriu maroto. - Eu estou falando, ganhei a noite!
- Aqui está, querido.
surgiu de repente e após colocar a garrafa na mesa deu um rápido selinho em Dougie, ela sabia que isso seria muito errado de se fazer, mas queria ser inconsequente uma vez na vida. Assim que soltou-se de Dougie, percebeu que ele havia ficado paralisado, igualmente como o restante do grupo, ela sorriu meio ansiosa do que poderia acontecer.
- Sua noite ganha é a ? - Danny perguntou num tom esganiçado e olhou de esguelha para Tom, que ainda estava paralisado.
- Bom, nada como umas doses de tequila e mais tarde ver quem ganha no video game para decidir o que faremos depois, certo, Dougster? - apesar de sua voz soar normal, encarou Dougie de uma maneira muito sacana.
- Então eu já devo pensar no que iremos fazer, já que irei ganhar. - Dougie continuou no ritmo da conversa e, da mesma forma que , encarou o restante dos amigos e então riu. - Sério que vocês acham que nós iriamos transar?
- Deus, eu estou bêbada, mas não ao ponto disso! - exclamou rindo e completou, encarando Dougie. - Sem ofensas, Dougster.
- Tudo bem, eu digo o mesmo!
- Ok, já fiz minha entrada triunfal e estou indo embora, divirtam-se meninos!
, sorrindo, rumou em direção à pista de dança mais rápido que podia e quando já estava do outro lado da pista sentiu uma mão segurar seu braço, acreditando que seria mais um dos milhares caras bêbados ela se virou com uma enorme carranca no rosto, que se tornou numa expressão de supresa ao ver que era Tom e ficou mais surpresa ainda quando ele a tomou em seus braços e a beijou.
CAPÍTULO SETE
Eu não sei o porquê de agir dessa forma, se ela agia sem pensar ou se era para me punir, ou eu estou com uma puta mania de perseguição em relação à ela... Enfim, após fazer aquela vergonhosa cena com Dougie, ela simplesmente saiu para a pista de dança, deixei um tempo passar para os meninos se distraírem novamente para então eu poder ir atrás dela. já estava no final do outro lado da pista quando consegui alcançá-la, de certa forma foi engraçado vê-la com sua expressão de quando quer intimidar alguém e quando ela percebeu que era eu e cada centímetro de seu rosto demonstrou surpresa... Eu simplesmente não consegui mais raciocinar, a única coisa que eu pensava era que eu a queria em meus braços e quando finalmente a puxei para perto eu a beijei.
Não sei exatamente em detalhes o que aconteceu em seguida, acho que ela sussurrou em meu ouvido algo como "vamos sair daqui" e eu me vi guiando-a entre a multidão até a saída da área vip, pegando um táxi. Nós fomos diretos para a casa dela, durante o caminho todo ficamos em silêncio e abraçados, era uma sensação estranha mas completamente maravilhosa. Assim que chegamos em frente ao seu prédio eu paguei o taxista enquanto ela saía rindo do carro e corria, entrando no prédio e indo em direção ao corredor, levei um segundo para entender que eu deveria segui-la. Mal a porta do elevedor se fechou atrás de mim e me puxou para perto dela, minhas mãos foram automáticamente para sua cintura e eu a empurrei com meu corpo até que ela estivesse presa entre a parede e eu, mas quando eu ia finalmente beijá-la o elevador chegou no andar do apartamento dela.
- Vamos - ela sussurrou, enquanto se soltava de meu aperto e me puxava pela mão, saindo do elevador e indo até a porta.
- Consegue abrir realmente a porta? - Ela riu e meio aos tropeços abriu a porta.
- Consegue realmente entrar? - Ela me encarou e riu sapeca, entrando em sua casa. - Se conseguir, feche a porta depois que entrar.
Num movimento rápido entrei e a puxei de volta, ao mesmo tempo fechava a porta com o pé, ela soltou uma risada, inclinando a cabeça para trás e eu aproveitando a oportunidade beijei seu pescoço fazendo-a estremecer. Imprensei na parede e beijei-a ferozmente, ela correspondeu o beijo e com suas mãos bagunçou meu cabelo, uma de minhas mãos foi parar em sua nuca enquanto a outra descia até sua coxa erguendo-a na altura de minha cintura. num impulso colocou as pernas em volta de minha cintura, um gemido saiu de minha garganta quando a senti mais ainda próxima de mim. Rapidamente a sua blusa e a minha estavam no chão, com as mãos trêmulas tirei seu sutiã e abocanhhei seus seios fazendo-a arquear as costas e soltar um gemido. Logo estavámos no chão, dois corpos se tornando um, eu investia de um jeito selvagem e ela gemia cada vez mais, eu estava completamente louco.
- Tom, mais forte - sua voz rouca em meu ouvido me arrepiava.
- Ah, - eu gemi e pegando-a no colo, ainda conectados, decidi que era melhor uma cama. - Seu quarto, onde?
- Por ali...
Tão perto mas tão longe, parecia uma eternidade até chegarmos em seu quarto, eu estava tão descontrolado que joguei-nos na cama e não perdi tempo de alcançar os seus doces lábios. Nós eramos encaixes perfeitos, as melhores peças do quebra-cabeça, os movimentos fluíam de uma maneira enlouquecedora. Já estava prestes a amanhecer quando nossos corações finalmente se acalmaram, dormia em meus braços de um modo tão tranquilo que me deixava hipnotizado, mas então a realidade caiu em mim. Eu não deveria estar ali, eu não poderia arriscar um futuro certo, não com . Eu levantei silenciosamente para não acordá-la, me vesti rapidamente e após parar na porta e olhar pela última vez na cama, eu saí sem olhar para trás.
CAPÍTULO OITO
", está tudo bem com você? Já faz três meses que você viajou para terminar uma faculdade do outro lado do oceano e só tive uma resposta sua! Sei que você quer evitar Londres, mais uma vez, porém ao menos responda meus e-mails. Eu e estamos com saudades, principalmente , nunca o vi sem sorrir por tanto tempo. Enfim, esses não são os reais motivos de estar mais uma vez lhe escrevendo, você já deve imaginar o motivo. Sei que não deveriamos tocar no assunto, mas eu realmente gostaria que você viesse para a festa ao menos. Dougie, Danny e Harry querem ver você, eu e queremos te ver... Eu já tenho o vestido e sapato perfeito para você caso aceite vir mesmo!
Ps: Tire esse maldito ruivo de seu cabelo, já não aguento mais pensar que você está com isso.
Com amor e sem paciência, "
Terminando de ler o e-mail, bufei impaciente, vir para o Canadá não adiantou de nada, não com internet e unidas para me atormentar. Eu estava tentando seguir finalmente o conselho de meu pai e após dar minha parte de Hic Et Nunc decidi terminar o resto de minha faculdade de artes que eu havia trancado no passado. Como eu pude trancar uma faculdade faltando poucos meses para terminar nem eu realmente sei, acho que não estava tão sã, mas aqui estou eu terminando finalmente. Ok, por qual motivo apenas agora eu decidi fazer isso? Podem me chamar de covarde ou louca, mas eu precisava fugir de Thomas Fletcher e toda a confusão que eu novamente fiz... Mas lendo de novo o e-mail, percebi o quanto sentia falta de todos em Londres e então me vi fazendo as malas.
- ! ! ! - corria pelo saguão do aeroporto em minha direção, seus braços abertos no ar e um sorriso infantil no rosto.
- Deus, , não precisa chamar atenção de todos - eu resmunguei sorrindo e abracei-a, assim que a soltei olhei em nossa volta. - Onde está ?
- Nervoso dentro do carro nos esperando. - E rindo me puxou pelo braço em direção da saída. - Ah, gaças a deus você tirou aquele ruivo e voltou com o castanho!
- Não se sinta importante, eu mudei por mim - eu disse num tom convencido.
- Sim, sim, o que você disser. - Ela abanou a mão no ar e me puxou para um carro preto parado ao lado direito da calçada. - Bom, tchau para você, tenho que resolver umas coisas, encontro você de tarde.
- ! - eu exclamei assim que percebi o seu plano.
- Não posso agora! - ela respondeu ao mesmo tempo que se desvencilhava de minhas mãos e corria na direção de um táxi que havia acabado de estacionar perto.
Eu fiquei paralisada no lugar olhando em direção de onde havia ido, a ansiedade e o medo de virar para o carro que estava estacionado atrás de mim era enorme. E, para piorar meu nervosismo, uma voz masculina e rouca soou atrás de mim.
- Eu sei que você queria muito me evitar, mas... Eu não quero. - eu escutei a porta do carro fechar e passos virem em minha direção, então estava parado na minha frente. - Você está tão linda, eu senti tanto sua falta...
- - eu sussurrei, a minha consciência pesando. - Eu senti sua falta.
- Por favor, não fique com essa cara. - Ele me encarou num espelho de minha expressão e então me abraçou. - Não se sinta culpada, por favor.
- Se você parar de falar "por favor", eu faço tudo! - eu disse no meu modo mais sarcastico para disfarçar a vontade de chorar.
me soltou do abraço em meio a uma risada e então abriu a porta do carro para eu entrar, em seguida ele mesmo entrou no carro e deu a partida. O caminho todo era um silêncio profundo, nenhum dos dois iria falar alguma coisa, ninguém tinha coragem. Eu sentia toda culpa possível, havia abandonado tudo de uma hora para outra, deixado para trás minha melhor amiga e meu namorado com apenas uma carta de despedida fajuta. Eu me sentia a pessoa mais covarde possível por não ter encarado o problema que havia criado, eu me sentia a pessoa mais burra por ficar ignorando o passado...
~ FlashBack On ~
- Você já sabe né? - perguntou enquanto terminava de arrumar o cabelo. - Nada de aparecer no Instituto para paquerar!
- , mesmo que eu vá, ele nunca saberá! Thomas Fletcher é o cara mais ridículo que existe nesse Instituto, vá por mim - respondeu totalmente segura de si.
- Ele não é ridículo... Ele é fofo. - controlou-se para não suspirar, rolou os olhos.
- Um gordo nerd que gosta de coisas esquisitas! - virou-se para o espelho e passou o batom cuidadosamente. - Mas pode deixar que manterei minha vida social longe dali.
- Não seja grossa, Vick, você é popular e não uma vadia. Lembre-se. - franziu a testa em reprovação enquanto a outra menina ria. - E obrigada por essa gentileza!
- Estamos prontas, agora vá encontrar o gordinho enquanto eu irei sair com o capitão do time de lacrosse! - sorriu para o espelho e então, puxando pelo braço, saíram do quarto.
se sentia nervosa, não sabia se estava fazendo o certo em esconder detalhes importantes de sua vida, mas não queria perder a oportunidade de sair com o menino que ela mais admirava. Um suspiro tirou ela de seus desvaneios e, quando ergueu o olhar do chão em direção de onde viera o barulho, engasgou-se com a bala que estava em sua boca ao ver Thomas Fletcher segurando uma rosa vermelha e vestido socialmente lindo. Ela sorriu bobamente e levantou-se do banco que estava sentada esperando-o.
- Boa noite, Fletcher. - tentou suavisar o sorriso.
- Boa noite, senhorita. - Ele com as mãos tremulas entregou-lhe a rosa e sorriu envergonhado. - Vamos?
- Claro, onde iremos? - aceitou o braço que o rapaz lhe oferecera e seguiu seus passos.
- É um restaurante simples, espero que goste de comida italiana - ele respondeu nervoso.
- Ah, eu amo comida italiana! Na verdade há um mini restaurante perto daqui, fica numa ruela meio escondido... Amo ir lá! - soltou-se do rapaz e deu uns pulinhos.
- Sério? Eu pensei que alguém como você não conhecesse esse tipo de lugar. - Tom sorriu surpreso e satisfeito. - Mas fico feliz em saber que goste, pois é para lá que estamos indo... Se você não se importar, claro.
- O quê? Claro que não me importo! Vamos! - sorriu confiante por ir num lugar que conhecia.
Logo que chegaram no restaurante teve a certeza do motivo de gostar do Tom antes mesmo de ter falado com ele, o rapaz havia reservado a melhor mesa do lugar e havia rosas pelo chão. Durante o jantar todo eles conversaram sobre as coisas em comum que tinham e fatos na infância que os marcaram, se sentia cada vez mais apaixonada e esquecia do papel que deveria interpretar, enquanto Tom gostava da garota que estava conhecendo melhor mas começava a desconfiar de tudo aquilo. Logo a noite havia chegado ao fim, após voltarem até a casa de de mãos dadas, a jovem se despediu com breve selinho e fechou a porta. Foi quando encostou-se na parede que percebeu o grande erro que havia cometido.
- Você fez tudo que eu mandei não fazer! - gritou assim que chegou em casa e escutou o relatório do encontro de .
- Qual o problema? Foi apenas um selinho! - disse, jogando-se na cama e controlando a irritação.
- O problema é que não quero consertar seus erros depois - a outra jovem resmungou enquanto se virava para trocar de roupa e ir dormir.
~ FlashBack Off ~
CAPÍTULO 9
Hoje era o dia, um dos dias mais importantes que eu havia tomado a decisão. Eu iria me tornar realmente um homem comprometido, eu iria ter uma senhora Fletcher. Mas por qual razão meus pensamentos sempre acabavam em ? Por que eu sempre tinha que lembrar dos nossos momentos? Eu me encarei novamente no espelho, o reflexo mostrava um Thomas Fletcher calmo, enquanto por dentro eu estava em completo caos. Apesar de tudo eu irei com isso até o final, não irei permitir que bagunce mais uma vez minha vida. Não mesmo.
~ FlashBack On~
- Hey, aquela não é ? - um dos rapazes que estudava comigo, mas eu nunca lembrava o nome me chamou atenção apontando para a entrada do baile.
- Acho que sim. - Eu estava receoso, pois não sabia o que ela estava fazendo ali já que ela havia me dito que estava doente.
- Vocês não estão saindo? Por que ela está quase se atracando com o jogador ali? - meu melhor amigo disse num tom preocupado.
- Não sei! - Eu levantei da cadeira e encarei com o jogador. - Irei lá.
- Vai ser pior, você vai acabar comprando uma briga que já sabemos que irá perder - meu melhor amigo disse sério e segurou meu ombro. - Vamos apenas embora.
Eu estava irritado, agindo daquela forma com o jogador do Instituto, enquanto estávamos prestes a ter algo realmente sério. Toquei a campainha de sua casa, ela deu de cara com minha expressão séria, seu sorriso rapidamente morreu.
- Tom - ela disse num sussurro.
- Me diga o que nós temos, se eu sou um palhaço para você e o que você estava fazendo com aquele jogador hoje! - eu falei entre dentes.
- Tom, por favor, fique calmo e vamos conversar... - disse nervosa.
- Não há o que conversar, apenas me responda.
- É, , não há nada para conversar - uma voz feminina e parecida com a de soou atrás de mim, eu me virei e vi a cópia identica da jovem parada na porta. - Olá, Tom.
- Mas... Eu estou enlouquecendo? - Eu estava incrédulo, olhei da jovem na minha frente para a jovem parada na porta outra vez.
- Não, apenas nós que resolvemos tirar com sua cara - a jovem na minha frente disse rindo. - Eu sou a , eu não suporto você, tentei fazer ver a realidade, mas ela acredita na beleza interior... Sabe como é, uma boa alma caridosa a dela!
- Não foi bem assim! - andou uns passos da porta em minha direção, eu me afastei. - Tom, por favor...
- Eu não acredito nisso... Vocês são duas cobras, brincar com alguém assim... Depois de tudo que passamos... - eu não terminei a frase, apenas saí correndo o mais rápido que eu podia.
~ FlashBack Off ~
Lembrar da primeira de muitas vezes que me magoou era sempre difícil, fui um tolo em ter perdoado e tentado de novo, mas eu estava apaixonado... Um tolo elevado ao quadrado. Sacudi a cabeça tentando afastar esses pensamentos e me encarei outra vez no espelho, hoje eu iria começar um novo livro e não estará incluída nele.
CAPÍTULO 10
- ! !
- , pelo amor do santo deus, não faça isso. - gemeu em resposta, apertando a jovem entre os lençóis.
- , por favor. - ignorou a súplica do rapaz.
- Se continuar assim, nós não iremos ao casamento! - soultou-se de e sentou na beira da cama. - Quando você entrou no carro, eu imaginei chegando em casa e lhe dando uma bronca...
- Mas aqui estamos nós na cama. - riu e bagunçou os cabelos nervosamente. - , volte para a cama, venha.
- Não, nós já perdemos o início do casamento, vamos ao menos na festa. - levantou de vez da cama e foi em direção do banheiro. - Estou esperando você no banho.
permaneceu deitada por uns minutos, ao se levantar e passar perto da escrivaninha, notou um pedaço de carta mal guardado na gaveta. Ela sabia o que era, mas mesmo assim pegou o papel para ler.
",
Eu sei que não é a maneira mais madura de lhe contar as coisas, eu sei que você simplesmente irá surtar ao ler tudo que direi... Mas eu saí para uma boate e, após beber além da conta, encontrei com os meninos e no final dormi com o Tom. Eu me sinto uma puta, eu desejo a cada segundo que aquela noite tivesse sido apenas um sonho erótico ruim, mas não foi e isso me faz sentir covarde de encarar seus olhos. Então eu estou dando a minha metade da agência para a e viajei para terminar a minha faculdade. Por favor, não fique com raiva, mas eu precisava de mais tempo longe de Londres, eu precisava fugir do caos que estava começando novamente em minha mente. Eu espero que você entenda que nem das últimas vezes, tentarei manter contato com você e , quero saber notícias de meu pai e de vocês. Por favor, , tente me perdoar.
."
A jovem ficou parada ali, as lágrimas já a caíam, estava imaginando como deve ter ficado desolado e traído. se sentia suja, indigna de qualquer amor ou carinho que ele sentia por ela.
- Eu não consegui jogar fora - a voz de surgiu de trás dela. - De noite eu pegava a carta e relia por horas, tentando entender e rezando para você voltar.
- , eu... - mas não sabia o que falar, deixou a frase morrer ali.
- Você voltou, isto que importa. - Com um gesto delicado, virou para si. - Não chore, por favor.
- Eu me sinto um monstro, de todas as pessoas que eu já magooei, você é o único que me fez sentir assim. - o abraçou, chorando.
- Shhh. Vamos tomar um banho e nos arrumar, vamos aproveitar a felicidade. Resolveremos isso depois.
O casamento havia sido espetacular, digno de dizer que havia saído de um conto de fadas, e a festa não era exceção. A maioria dos convidados já haviam chegado no local da festa, um jardim encantado cheio de rosas vermelhas, todos esperando pela chegada dos noivos. Danny, Dougie e Harry eram uns dos padrinhos escolhidos e estavam sentados numa mesa grande perto do mini lago e perto da mesa dos noivos, sentados ali com eles estavam suas namoradas e , esperavam ansiosos mais a chegada de com do que a dos casados.
- Ela não vai vir! - Dougie choramingou.
- Eu tenho certeza que irá trazer ao menos o corpo morto, se for preciso - disse sombriamente, sendo tomada pelo nervosismo.
- Gente, olha ali o e a ! - Danny levantou-se sorrindo, mas foi Dougie quem saiu correndo em direção dos dois.
- ! ! ! ! - Dougie cantarolava enquanto puxava a garota para um grande abraço. - Que saudades!
- Dougie, você está chamando muito atenção e o que queremos é ser discretos. - interrompeu o momento, o outro rapaz soltou a jovem envergonhado e sorriu.
- Vamos logo para a mesa então, os noivos já vão chegar e estamos no caminho.
Havia se passado apenas cinco minutos quando os noivos apareceram sorridentes no jardim, o barulho dos aplausos misturando-se com os gritos de comemorações. O senhor e a senhora Fletcher pareciam mais felizes do que nunca, ouviram os discursos emocionados e sorridentes, Thomas Fletcher era o principal que queria demonstrar o quanto estava feliz e satisfeito. Foi após a primeira dança, quando foi pegar mais uma taça de vinho enquanto Giovanna conversava com os convidados, que Tom notou a presença da última pessoa que ele queria ali, e para aumentar sua indignação, discretamente o chamou.
- O que você quer? - Tom falou enquanto se aproximava, os dois estavam parados na escuridão que um enorme carvalho fazia na parte de trás do jardim.
- Apenas lhe dizer que eu sei que errei no passado com você, deixando minha irmã fazer o que ela bem queria de minha vida, mas você tem que entender um dia, de alguma forma. - respirou fundo, a coragem que achava ter sentido ao cruzar o olhar com ele havia se esvaido.
- Sério que você veio no meu casamento para isso? - Tom apontou o dedo em sua direção, irritado.
- Eu vim me desculpar, pois de certa forma errei e te magoei. - Ela fechou os olhos para não encará-lo. - Vim me desculpar, apesar das maneiras que você agiu comigo.
- , vá se foder, apenas isso - Tom falou pausadamente antes de virar as costas e voltar para festa.
CAPÍTULO 11
"Enquanto o casal Fletcher viajava em lua de mel, o restante da banda McFly aproveita as mini férias para sair com as namoradas e o restante dos amigos. Ou melhor dizendo: o restante da banda Mcfly tem ajudado , a pequena milionária que ninguém tinha ouvido falar até pouco tempo, a se recuperar com o namorado e a superar antigo caso."
Danny nem tinha terminado de ler a pequena notícia em voz alta e o jornal havia sido arrancado de sua mão pelo Dougie que, de cara feia, sentou-se no sofá para ler tudo de novo. Estava Danny, Harry e Dougie sentados no mini estúdio que havia na casa do guitarrista quando Georgia apareceu com o jornal, ninguém ali havia gostado dessa parte da notícia e já pensavam num jeito de por o jornal em falência.
- Eles não poderiam ter falado apenas do casamento e da lua de mel? Não poderiam ter parado ali? - Dougie disse por fim, quebrando o silêncio.
- Lógico que não, eles querem causar polêmica! - Harry sentou-se ao lado do mais novo e bufou. - Eles merecem ser processados!
- Sim, mas iríamos falar o que? Não é apenas de nós que esses jornais mundo afora falam merda - Danny disse cansado. - Melhor ligarmos pra e ver se ele ou já sabem dessa notícia.
- Isso, liga para ele aí! - Dougie e Harry disseram juntos.
Danny pegou o celular e discou o número, Harry e Dougie ficaram em silêncio esperando, os três possuíam uma expressão de preocupação e ansiedade. Então Danny de repente ficou completamente lívido e mudo, para depois concordar repetidas vezes e terminar a ligação, nesse momento os outros dois rapazes estavam de pé ao lado do guitarrista.
- O que aconteceu? - Dougie exigiu.
- viu a notícia. - Danny mexeu em seu cabelo, nervoso.
- E o que mais? Fala logo, porra! - Dougie se exaltou.
- Ela simplesmente saiu porta fora, ignorando e sumiu desde então! - Danny berrou por fim, deixando um silêncio terrível no lugar.
- Onde será que está? - Harry comentou numa voz baixa.
- Você não precisa mentir ou omitir nada de mim, sabe disso, certo? - O senhor sorriu ternamente para a filha, estavam sentados num pequeno jardim particular.
- Eu já contei toda a merda que eu fiz esses meses e já pedi desculpas por não ter aparecido - resmungou. Odiava quando seu pai percebia que ela escondia algo.
- pode não ter notado, pode não ter notado, as pessoas à sua volta podem não ter notado - o velho enumerou, olhando para o céu e então voltou-se para a jovem. - Mas eu notei. Irá fazer quatro meses, não é?
- Eu não sei do que o senhor está falando. - prontamente levantou-se do banco, sua expressão lívida. - Não é por ser médico que sabe de tudo, papai.
- , minha doce filha, detesto quando fica agindo da forma que a fazia agir - o senhor respondeu tristemente. - Não minta para mim, por favor, eu apenas quero lhe ajudar.
- Quando eu precisar de ajuda o senhor será o primeiro a ficar sabendo. - tentou esconder as lágrimas nos olhos virando o rosto. - Agora preciso ir.
- Vá, mas espero que quando voltar me diga quem é o pai - o senhor murmurou enquanto assistia sua filha ir embora com passos apressados.
CAPÍTULO 12
A praça fantasma, escondida entre os prédios e as movimentadas ruas de Londres, era o meu escoderijo secreto quando mais nova nas horas ruins, ou seja, era meu lugar de paz seis vezes por semana e aqui estou eu, após vários anos sem vir nesse local. Eu sei que o que tem acontecido hoje em dia não se compara ao que aconteceu no passado, os fatos de hoje são estresses do dia-a-dia, são os efeitos das merdas que eu mesma fiz. Eu encarei ao meu redor, na praça havia somente uma entrada que era escondida pela vegetação, havia uma antiga fonte grega no meio cercada por três bancos e rosas vermelhas por todos os lados, era realmente meu lugar secreto e de paz. Em pensar que o encontrei num momento que estava tentando apenas fugir de e suas psicoses comigo... É, com certeza os problemas de hoje não são tão grandes.
- Ah, , pare de comparar as situações - comentei em voz alta, rindo de mim mesma.
Acho que, na verdade, todos meus problemas são grandes, pois eu nunca soube como resolve-los, não sabia na adolescência e não sei agora na fase adulta. Mas como tentar resolver alguma coisa? Como fazer sua mãe reviver após lhe colocar no mundo? Como fazer seu pai sair de longos anos em depressão com apenas seis anos de idade? Como revidar a exploração que sua madrasta fazia tendo apenas onze anos? Como aturar sua irmã gêmea ser tratada como superior a você? Como sempre tentar manter a paz quando sua irmã faz de tudo para causar o inferno? Eu tinha apenas 17 anos quando decidi fugir disso tudo, tentar largar essa história toda para trás, mas meu pai me encontrou. Um pai meio diferente, num processo de renovação de caráter que foi corrompido por e seus ataques... Eu balancei a cabeça, não iria mais negar meu passado, mas isso não queria dizer que eu tinha que me torturar relembrando cada momento detalhadamente.
- Arg, acho que está na hora de ir - eu disse, olhando para o céu que já escurecia. - E tenho que parar de falar sozinha.
Cheguei em casa muito mais rápido do que havia imaginado, mas de certa forma não me preocupei, já que estava indo para meu apartamento ao invés de ir para a casa de , eu precisava pensar de um jeito muito maduro antes de encara-lo e conversar sério com ele, eu já o tratei da maneira errada por tempo demais e precisava correr contra o relógio se quisesse acertar tudo com , mas ao menos hoje a noite eu iria evitá-lo para poder pensar em tudo. Ou era assim que eu achava. Quando abri a porta de meu apartamento vi um de expressão completamente preocupada e irritada vir em minha direção.
- Porra, onde você estava? Chega dessa história de ficar sumindo e ficar sofrendo pelo Fletcher! - ele gritou ao mesmo tempo, bagunçando mais ainda seus cabelos. - Já faz anos, , anos! Chega!
- Primeiro de tudo pare de gritar, segundo eu sumi sim, para não discutir com você, e terceiro eu não estou sofrendo por ele! - eu comecei a frase num jeito baixo, mas no final eu praticamente berrava.
- Ah, não venha com essas de novo.
- Então que tal "eu estou grávida e acho que você é o maldito pai" serve para você? - eu berrei, o empurrando da minha frente ao mesmo tempo que batia com força a porta atrás de mim. - Ou essa porra de desculpa não pode ser usada? Hein?
- O quê? - ele virou-se em minha direção, uma expressão perdida no rosto.
- É isso mesmo que você ouviu! Agora eu irei para meu quarto e você fique aqui com seus pensamentos de merda!
Eu praticamente corri até meu quarto e ao entrar bati a porta com toda a força possível, depois encostando a testa na porta percebi que mais uma vez fiz o oposto do que havia planejado, respirando fundo para tentar acalmar minha respiração, andei até a cama, me enroscando entre os lençóis, deixei as lágrimas silenciosamente caírem, eu me sentia confusa e completamente perdida. Eu amava , mas sentia algo maior pelo Tom, mas eu sentia que era errado gostar do segundo e que bastava apenas o primeio, o , meu melhor amigo e segundo amor. Não sei quanto tempo havia passado quando abriu a porta e entrou no quarto com passos silenciosos, então cuidadosamente deitou ao meu lado na cama e me abraçou por trás, eu não me movi ou fiz um barulho sequer, apenas fiquei ali esperando que por mágica tudo melhorasse.
- E-eu não deveria ter agido daquela forma, eu estava nervoso e a verdade é que quando comecei com você, eu entrei de cabeça, para ganhar... E e-eu tenho medo de te perder.
- Você não irá - eu murmurei, abraçando o seu braço, que estava em minha barriga.
- Irei sim, pode não ser agora, mas um dia irei te perder.
A voz de estava baixa e controlada, isso me deixou assustada, eu podia sentir por baixo dessa calmaria a dor dele, mas eu queria de todo intimo não concordar com o que ele dissera. O silêncio foi tomando, ele não fez nenhuma pergunta nem eu comentei alguma coisa, então, com os braços dele em torno de mim, eu adormeci.
- Amor? Acho melhor você acordar - disse em meu ouvido, acariciando meu rosto. Eu abri os olhos e ele sorriu. - Bom dia.
- Bom dia.
- Acho que é melhor marcar um horário no médico para ver o bebê - ele disse meio receoso, fazendo-me rir. me encarou confuso. - O que foi?
- Você sendo fofo. - Eu lhe dei um selinho.
- E isso é errado?
- Não, apenas me deixa feliz.
Eu levantei preguiçosamente da cama e andei até a porta do quarto, parando na mesma e virando-me para olhar um me adimirando da cama.
- Anda, irei beber um café e tomar um banho, depois iremos no médico.
- Nada de café, você já bebeu o que não podia! - ele exclamou, levantando da cama e vindo na minha direção. - Tem que pensar no Jr.
- Jr? - Eu ergui as sobrancelhas e ri.
- Sim, será um menino lindo que nem o pai. - me abraçou e me beijou carinhosamente. - Ou então perfeito que nem a mãe.
A ida ao médico fora rápida, já que fomos apenas para marcar a primeira consulta, estávamos decidindo o que iriamos fazer quando o meu celular e o dele começaram a tocar ao mesmo tempo.
- Tenho um trabalho para resolver, amor, quer ir comigo? - perguntou incerto.
- Não se preocupe e vá trabalhar direitinho. - Eu sorri e beijei sua bochecha. - O Danny me chamou para almoçar com ele e os outros dois patetas, então quando tiver terminado o trabalho me ligue.
- Ei, eu irei te deixar lá, como um bom pai para o Jr. - Ele riu e abriu a porta do carro.
- Eu não sou mais nada, apenas o ser que carrega seu filho? - Eu entrei no carro fazendo manha.
- Isso! - berrou, dando a volta no carro e então entrando pelo lado do motorista. - Se o ser for a mulher da minha vida.
~ POV'S TOM ON ~
Havíamos ficado apenas quatro dias no resort, apenas quatro dias até eu não aguentar mais e inventar uma desculpa para voltar para casa com Giovanna. Sim, eu estava acabando com a magia da minha lua de mel, pois não saía da minha cabeça, maldita seja aquela mimada por ter ido no meu casamento! Enfim, nós voltamos e pegamos o resto dos rapazes de surpresa, eles estavam fazendo uma pequena reunião de almoço. Estava Danny, Harry, Georgia e Izzy na sala conversando animadamente, todos nos recebendo animados cheios de beijos e abraços.
- Vão querer almoçar conosco? - Georgia perguntou, sorrindo animada. - Temos dois mestre cucas na cozinha hoje!
- Bom, acho que Dougie está mais para ajudante, isso sim! - Harry comentou rindo e então olhou para a entrada da cozinha. - Ou era.
- Foi expulso da cozinha? - Danny gargalhou enquanto um Dougie sem expressão se aproximou.
- Não, apenas vim dizer que a comida está pronta. - E então voltou para a cozinha.
- O que aconteceu com ele? - eu perguntei, encarando por onde Dougie sumira. - Ele não me viu aqui?
- Ele deve estar emburrado por ter sido zoado lá. - Gio se meteu na conversa e sorriu docemente. - Irei lá em cima com as meninas, se comportem.
Assim que Izzy, Georgia e Gio sumiram pela escada, lancei um olhar questionador pra Harry e Danny, que seguravam copos vazios de cerveja, eles se entreolharam e então sentaram de volta no sofá.
- Digam.
Eu exigi, mas antes que eles pudessem falar algo um berro da cozinha chamou-nos a atenção.
- Grávida? - pude reconhecer a voz esganiçada de Dougie e então ele apareceu lívido na porta da cozinha.
- O que aconteceu? - Harry se levantou e andou até o nanico, eu e Danny íamos fazer o mesmo quando apareceu com as bochechas vermelhas.
- ? - Danny correu até a menina. - O que aconteceu? Que palhaçada é essa que nós escutamos?
- Não é palhaçada, é a pura verdade! - Ela abriu um sorriso enorme e após encarar os três amigos, me encarou friamente. - Estou grávida, irá fazer quatro meses!
E então eu me vi perdido em pensamentos e na vida.
~ FlashBack On ~
Eu estava deitado na grama com ao meu lado, estávamos olhando as estrelas e conversando sobre o futuro, fazia já dois meses que ela estava comigo e era pura alegria. deitou em meu peito e meus braços prontamente a envolveram, então depois de um momento em silêncio ela começou a fazer circulos em meu peito.
- Um beijo pelo seus pensamentos - eu murmurei e ela riu docemente.
- Eu estava pensando como seria se tivéssemos um filho - sua voz era baixa, podia notar que ela estava envergonhada.
- Ele seria lindo, seus olhos e minha cara fofa. - Eu lhe fiz um cafuné e então a abracei mais apertado.
- Ele seria perfeito apenas por ser nosso - ela disse por fim, já meio debruçada para poder me olhar. - Seria perfeito, pois eu estaria ao lado de quem eu amo.
Eu praticamente paralisei, esqueci de como respirar e meus músculos ficaram tensos, tudo isso pelo simples fato dela ter se declarado para mim de um forma que eu não previra. notou meu estado e ficou em silêncio, aguardando algum sinal meu. E o sinal foi quando eu a puxei para mim e a beijei com total ternura, desejo e amor seus lábios.
~ FlashBack Off ~
- Tom?
Ouvi alguém me chamar e balancei a cabeça para afastar a lembrança, então percebi que estava no quintal mirando a piscina, virei-me para ver quem me chamara e deparei com Danny num expressão completamente séria. Eu ergui uma sobrancelha e ele bufou.
- Você saiu carregando tudo que tinha pela frente, saiu da sala feito um furacão super irritado ou tipo o Hulk querendo matar alguém - ele disse ainda sério. - Isso tudo só pela notícia? Você está casado, dude, casado. É melhor começar a pensar de maneira diferente!
- Pensar, eu penso, mas sentir que está foda - eu disse entre dentes e desviei o olhar. - É só coloca-la no meio que não sei de mais nada.
- Então é melhor procurar a saber, pois ela está grávida e aposto que irá dar um enorme passo... Como você acabou de fazer - Danny disse sério e então virou-se para ir embora. - E ela mudou de ideia de almoçar conosco e foi embora, obrigada por agir feito babaca quando não deve.
Danny estava certo, eu estou sempre agindo como um babaca, mas eu me sinto um sem a comigo. Pronto, a verdade fora dita.
CAPÍTULO 13
- , devagar! - reclamou enquanto encarava o namorado no volante. - Eu estou passando mal e não morrendo.
- Eu não quero correr riscos com vocês dois - ele respondeu preocupado.
- Não estou em risco - ela rebateu, esticando o braço acariciou os cabelos do rapaz. - Ande, diminua a velocidade.
bufou em desacordo mas diminuiu a velocidade, sorriu e tirou os olhos do rapaz para a estrada, então viu um carro capotado na curva após o cruzamento que ainda iriam passar, franziu a testa e olhou para o namorado, que também tinha uma expressão séria no rosto.
- Será que já chamaram socorro? Acho melhor eu ligar. - pegou a bolsa e após encontrar o celular, discou um número. - Alô? Eu estou ligando pois tem um carro capotado aqui na estrada e...
Mas antes que ela terminasse de falar, um baque a interrompeu e lançou o celular longe de sua mão. olhou horrorizada para onde viera o impacto e barulho, vendo então que haviam chegado na parte do cruzamento, mas um caminhão havia batido no carro deles, sendo jogado longe e indo parar no campo ao lado da estrada. chorava, estava com medo e assustada, não sabia o porquê mas não conseguia se virar para ver , o qual não emitia nenhum barulho e a deixava mais nervosa. Ela sentia uma sensação estranha na barriga e suas mãos com dificuldade foram até lá numa posição de proteção, ela tentou olhar para onde deveria estar outra vez, mas não conseguiu pois agora havia percebido que a forma como o carro caiu a impedia de olhar. Ela soltou um grito, chamando pelo rapaz que não a respondeu, fazendo-a chorar mais ainda. Então um enorme barulho de sirenes foi ficando cada vez mais forte, ao mesmo tempo que já não conseguia mais manter seus olhos embaçados abertos.
- Charles, temos mais dois aqui! Sendo que a jovem está grávida, rápido! - ela ouviu uma voz feminina ao longe e então tudo ficou realmente escuro.
acordou num susto, apesar da claridade machucando seus olhos, não ousou fecha-los, olhou ao seu redor e percebeu que estava numa enorme e branca sala de emergência. Sentou-se rapidamente na maca em que estava para então levantar-se, o lugar estava um completo caos com vários médicos e enfermeiros tentando cuidar de todos os pacientes, de certa forma assim conseguiu andar despercebida enquanto procurava por . Ela andou por todo o corredor, já estava chegando na parte das salas isoladas da emergência quando escutou um grito e prontamente reconheceu a voz. . Seu coração bateu mais forte, correu em direção dos gritos e ao chegar na porta da sala sentiu-se perder todo ar que havia em seus pulmões.
- ! - ela gritou, as lágrimas já escorrendo pelo rosto.
Mas o rapaz não a respondeu, ele não estava lúcido o bastante para isso, deitado na maca completamente ensanguentado, a jovem não conseguia distinguir onde havia sido realmente as feridas dele. Havia cinco médicos além dos milhares de enfermeiros que entravam e saíam correndo para tentar salvar o rapaz, eles já o tinham ressussitado umas duas vezes, porém encarava em completo terror e silêncio, não sabia quanto tempo havia passado quando uma enfermeira notou a sua presença e andou apressadamente até ela.
- A senhorita não deveria estar aqui, por favor, acalme-se. - A enfermeira e segurou pelos braços, tentando tirá-la dali.
- Não, é o ! Meu noivo! ! - se descontrolou por fim.
- Tire ela daqui! - um médico gritou enquanto novamente socava o peito meio aberto do rapaz numa tentativa de massagem cardíaca.
- Vamos, por favor! - A enfermeira a puxou com mais força, tirando-a de perto da porta e afastando dali.
Porém pode ouvir claramente o barulho das máquinas indicando que não havia mais sinal de vida no corpo onde estavam conectadas.
- Como ela está?
Danny falava totalmente sério ao telefone, ele e o restante do grupo havia visto a notícia na televisão sobre o acidente que e haviam sofrido, ele estava nervoso tentando falar e entender o que dizia entre o choro.
- Ela está bem? Mas e o Bebê? - Danny bagunçou o cabelo com uma das mãos. - Porra, , eu já entendi sobre ! Eu quero saber da minha amiga!
Todos na sala encararam o rapaz, Georgia e Giovanna choravam em silêncio no sofá, Dougie estava paralisado de frente à janela, Harry sentado no chão com a cabeça entre as mãos e Tom era o mais distante, perto da porta da cozinha com uma expressão lívida de terror.
- Graças a Deus! - Danny finalmente respirou aliviado. - E, , vê se você se acalma. Um de nós estará indo aí.
Danny desligou o celular e encarou cada um na sala, então andou até a namorada e abraçou, beijando o topo de sua cabeça. O silêncio tomou conta brevemente da sala, até um suspiro e um bater de porta te-lo quebrado.
- Tom? - Gio choramingou.
- Deixe ele, Gio, é a melhor amiga dele - Georgia resmungou.
- Eu vou atrás dele - Dougie disse, se levantando e saindo dali.
Tom estava andando de um lado para o outro na calçada, uma das mãos bagunçando o cabelo e a outra segurando o celular, ele parou de andar quando Dougie se aproximou.
- O que foi? Giovanna mandou você me chamar para eu ir lá consolar ela? - o guitarrista perguntou sarcástico. - Caralho!
- Calma, Tom, eu sei que ela está agindo de forma exagerada, já quem tem mais contato com é você, mas tente entender - Dougie disse calmo e colocou a mão no ombro do amigo. - Quer ir comigo no hospital?
- E o resto? - Tom parecia surpreso e em dúvida.
- Deixe eles aí, vamos lá.
Tom andava em passos apressados e nervosos pelo corredor do hospital sendo acompanhado por um Dougie silencioso, assim que seus olhos focaram em ele desistiu de andar e se colocou a correr. Ele assustou a jovem ao tomá-la num abraço bem apertado, mas logo ao perceber que estava nos braços de Tom, chorou outra vez.
- Oh, Tom, é minha culpa! Tudo minha culpa! - ela disse entre soluços, enfiando o rosto no peito do rapaz.
- Shh, a culpa não é sua, acalme-se. - Tom acariciou os cabelos da jovem e beijou-lhe o topo da cabeça. - Vamos para casa.
- Não! Eu nunca mais quero pisar naquele lugar! Eu não quero mais aquela casa! - ela disse, tentando se afastar dele, porém os braços do rapaz se mantiveram firmes. - Por favor, me solte, você não deveria estar aqui!
- Tom... Deixe-me levá-la pra casa? - Dougie sussurrou a pergunta, as mãos estendidas nos ombros da jovem. - Enquanto isso, leve para a casa do Danny onde está o resto do pessoal, pode ser?
Tom apenas concordou com a cabeça e deixou sair de seus braços, com a cabeça baixa andou até onde estava e após passar um dos braços pelos ombros da jovem guiando-a para fora do hospital.
~ 3 meses depois.
- Dougie! Doug! - berrava do banheiro, a jovem sentiu uma forte tonteira e congelou-se no lugar. - Doug!
- !
O amigo apareceu correndo no quarto e, com uma expressão de medo e preocupação no rosto, encontrou grudada na porta do banheiro com os olhos fortemente fechados.
- O que você está sentindo? Está tendo o bebê? - Dougie se aproximou, suas mãos já segurando os braços da jovem.
- Não estou tendo bebê nenhum ainda, Poynter, apenas estou vendo o mundo girar - respondeu rouca.
- De olhos fechados? - um riso abafado saiu dos lábios do rapaz, ele pegou a jovem no colo. - Vamos para a sala, o pessoal irá chegar e será melhor você já estar no seu cantinho fofamente.
- Isso não tem graça, mas como você está me mimando... - apoiou a cabeça no ombro do rapaz. - Eu sinto falta dele.
Dougie não respondeu a amiga, apenas caminhou até o sofá na sala e sentou-se com ainda em seu colo, ficou ali abraçado com ela e fazendo cafuné em sua cabeça enquanto a mesma chorava silensiosamente. Fazia tempos que não chorava por sentir falta de ou até mesmo de , que resolveu ir embora e cortar qualquer relação que tivesse com as pessoas, incluindo a . A vida da jovem havia mudado por completo e, apesar de todos acharem que ela surtaria, estava agindo bravamente tentando seguir adiante e Dougie fazia questão de estar sempre ajudando.
- , me diga novamente, como foi a última consulta? - Dougie segurou o queixo da jovem e sorriu.
- O médico disse que o bebê na verdade é uma menina! - Ela riu e Doug sorriu mais ainda. - Eu não sei ainda, mas acho que irei chamá-la de Samanta.
- O que? - Doug esbugalhou seus olhos, surpreso.
- O que foi? Era o nome da mãe de e o da sua também. É o único jeito que pensei em homenagear os meus dois melhores amigos. - deu de ombros e alisou a barriga.
- Eu me sinto honrado, apesar de ser o nome da minha mãe e não o meu. - Os dois riram.
- Acho que ficaria estranho uma menina se chamar Dougster.
As risadas foram interrompidas pela campainha, Dougie depositou no sofá e levantou-se para abrir a porta, onde se encontravam Danny, Georgia, Harry, Izzy e Giovanna. Todos entraram com pacotes de presentes nas mãos e sorrisos enormes, Dougie havia ligado para todos os amigos e avisado que o médico havia dito que o sexo do bebê na verdade era uma menina e em resposta o grupo decidiu levar presentes para comemorar.
- Como está minha linda sobrinha? - Danny disse, rindo e correndo para beijar a barriga da , que riu em resposta.
- Quem disse que ela é a sua sobrinha? - Harry e Dougie disseram ao mesmo tempo, causando risadas em todos ali na sala.
- Gente, eu estou ficando com ciúmes! - choramingou. - Meninas, socorro!
- Rapazes, deixem de ser babões! - Georgia foi a primeira a socorrer a colega e sorriu para a mesma. - Trouxe um presente para você!
- O que? - pegou a caixa que a loira estendeu e abriu curiosa, ao ver o que era ficou vermelha. - Por qual razão você me deu uma lengerie? Eu nunca mais irei usar algo assim!
- E você usava? - Danny encarou abobalhado, levando um pedala de Dougie. - Ah, gente, não tem cara de usar algo assim, apenas isso!
Depois de mais risadas, abriu o restante dos presentes com a ajuda de Dougie, os amigos haviam dado praticamente um novo enxoval de bebê e passaram algumas horas conversando até Dougie expulsar todos dizendo que precisa ir descansar. Rindo pelo amigo estar agindo feito um pai neurótico, foi tomar um banho e quando estava descendo as escadas para voltar pra sala a campainha tocou novamente. Percebendo que Doug não estava por perto, andou até a porta e abriu para ver quem era.
- Tom? O que você está fazendo aqui? - Ela estava paralisada no mesmo lugar, enquanto encarava Tom parado à sua frente.
- , vá para o quarto, eu quero falar com o Poynter e não com você - ele disse ríspido.
- Sério, Thomas? Sério que você vai agir feito um maluco de novo? - estava cansada, toda a cor que havia em seu rosto sumindo.
- , você não pode se estressar, deixe que eu resolvo o que quer que seja. - Dougie surgiu de repente, puxando a jovem pra longe da porta, esta, balançando a cabeça negativamente, saiu rumo à cozinha. - O que você quer?
- Que merda você está fazendo com sua vida? Acha que ela um dia irá amar você? - Tom cuspiu as palavras, nada ali era verdade e sim puro ciúme, pois ele queria estar no lugar do amigo.
- Tom, eu acho que você deveria parar e pensar na sua vida, sério, você está pirando! - Dougie disse, preocupado. - O que você sente pela é o que deveria sentir pela sua esposa, dude, sua esposa! Se você for continuar assim pelo resto de nossas vidas enquanto estiver conosco... Acho melhor você tomar coragem e vergonha na cara.
Dougie fechou a porta assim que terminou de falar, não iria esperar seu amigo negar a verdade, sabia que agindo dessa maneira iria fazer Tom reagir. Ou ao menos tinha esperanças disso.
Um mês depois.
- Oito meses, quase nove, então um bebê pode sim nascer! - Dougie disse esganiçado enquanto olhava respirar fundo. - Não sei se a senhorita percebeu, mas nos últimos meses fui com você nas aulas doidas lá para quem vai ter filhos!
- Além de Harry, Danny, Georgia e Izzy. É, eu sei, Dougie, mas eu acho que foi apenas um susto - resmungou, ainda buscando por ar. - Eu não posso fazer muitos esforços e fiz, apenas isso.
- O que você fez? - Dougie praticamente berrou, ele estava cada vez mais histérico.
- Não grita. - gemeu, fechando mais ainda os olhos e Dougie voltou para a frente do espelho.
- Desculpa, olha, eu tenho que sair para resolver as coisas da banda. - Dougie dizia enquanto terminava de se arrumar. - Não sei quem, mais um dos guys virá para ficar aqui com você.
- Sim, senhor, vá causar ogarmos nas meninas. Vá. - disse com um sorriso nos lábios, enquanto Dougie beijava-lhe a testa e saía do quarto.
Dougie tinha uma entrevista marcada, mas por causa de estar sempre ocupado com não soube quem dos meninos também iria. Havia passado meia hora desde que Doug tinha saído e estava na sala tentando ligar mais uma vez para seu pai, já fazia dois meses que não o via, e quase um mês sem conseguir falar com ele pelo telefone. Ela queria ir até onde ele morava, mas não podia ir sozinha e ninguém queria levá-la. De repente a campainha toca tirando-a de seus pensamentos, ela levanta lentamente do sofá e anda até a porta. Quando abriu a porta teve uma enorme surpresa.
- O que você está fazendo aqui?
CAPÍTULO 14
- Ué, cuidar de você - eu disse numa voz calma, mas eu estava tudo menos calmo.
me encarou por um momento e, depois de fazer uma careta pensativa, abriu mais a porta, deixando-me passar. Eu entrei calmamente e virei-me em direção a , ela estava com o cabelo castanho e maior, continuava magra, apesar da enorme barriga e seu rosto parecia cansado.
- Então, o que você quer fazer? - Eu sorri e acariciei seu rosto.
- Ah! - ela exclamou e então se jogou de encontrou a mim, assim que a abracei percebi que ela chorava silenciosamente.
- , o que foi? - eu perguntei confuso.
- É que... As coisas mudaram tão rápido, num piscar de olhos perdi tudo de novo. - A voz dela estava baixa e cheia de dor. Eu a abracei mais forte. - O que eu fiz de errado? O que eu fiz?
- A culpa não é sua, , nunca foi - eu disse pela primeira vez o que sempre me assombrou e então me perdi mais uma vez em lembranças.
~ FlashBack On ~
Eu estava andando no corredor vazio da escola, quando eu escutei um barulho de choro e vozes vindo das escadas, andei silenciosamente até lá e me escondi de uma forma que eu poderia ouvir sem ser visto. Então vi que era a chorando e uma menina abraçada com ela, nunca havia visto chorar daquela forma, na verdade já havia visto e fora quando haviamos terminado.
- Eu não aguento mais, Ana, eu simplesmente não aguento! - gemeu entre o choro. - Ela tenta me controlar, arruinar tudo de bom que tenho por pura inveja! Ela parou de tomar os remédios, eu descobri, mas meu pai não acreditou em mim!
- Como assim, , ela parou mesmo? - A outra menina tinha um expressão de medo no rosto.
- Sim, e isso significa que ela vai estar mil vezes pior, a psicose dela vai aumentar, mas ninguém percebe isso!
- Apenas você, pois você é a irmã gêmea dela. - Ana concluiu.
- Não é apenas por isso, mas enfim, agora minha vida será um inferno... Sem o Tom, ele nem olha mais para mim! Ah, Ana, o que eu fiz de errado? O que eu fiz?
As palavras de ficaram por meses ecoando na minha mente, mas eu nunca tive coragem de falar com ela e quando eu havia criado coragem, ela havia ido embora.
~ FlashBack Off ~
Eu levei até a cozinha, ela sentou-se na mesa e ficou olhando-me enquanto eu preparava um chocolate quente para nós dois, então quando estava tudo pronto sentei de frente para ela e entreguei-lhe a caneca. Esperei ela tomar seu primeiro gole e fiquei a encarando, foi então que notei ela fazer uma careta de dor.
- O que foi? - perguntei, franzindo a testa. - Está ruim?
- Não, estou tendo o bebê - ela resmungou sem ar.
No primeiro segundo eu fiquei paralisado, mas depois eu estava correndo pegando bolsas e em seguida levando para meu carro para então seguir em direção ao hospital.
- Vai demorar muito? - perguntei novamente para a enfermeira, que sorriu.
- Não fique nervoso, já já poderá ver as duas - ela respondeu sorrindo e então olhou para o corredor atrás de si. - Ah, o doutor está vindo.
- E então? - eu praticamente corri em direção do médico.
- Está tudo perfeito com as duas, o parto foi tranquilo e daqui a pouco poderá ver elas. - A médico sorriu.
- Hm, eu posso pedir um teste de paternidade? - eu falei sem pensar e logo um medo me tomou conta, por que diabos eu perguntei aquilo?
- Claro, não fique com essa cara, acontece de rapazes quererem ter certeza. - O médico abriu sua prancheta e escreveu algo.
- Eu quero saber se o bebê é meu ou do ex-noivo dela - eu sussurrei, tentando me explicar. - Ficaria pronto quando?
- Bom, o prazo de protocolo seria amanhã de manhã, mas posso dar um jeito de sair daqui a uma hora. - O médico sorriu e então voltou de onde havia vindo.
Eu não tinha certeza por qual razão estar pensando que o bebê poderia ser meu, mas de repente eu estava fazendo contas e tentando lembrar de datas, quando finalmente meu cérebro processou toda a informação eu fiquei paralisado. Após um enfermeiro ter colhido meu sangue, olhei para a sala de espera vazia e sentei numa das poltronas, peguei meu celular e disquei um dos números que eu sabia de cor, após três toques ouvi a voz de Danny do outro lado.
- Dude, acho que o bebê é meu - eu falei sem delongas.
- Bebê? Que bebê, Tom? - Danny perguntou aflito, eu sabia que ele odiava quando eu fazia isso.
- O bebê que acabou de ter e que eu pedi o teste de paternidade pois eu acho que eu sou o pai - falei pausadamente e ouvi Danny xingar. - Se minhas contas não estiverem erradas, o nunca foi o pai.
- Tom, você sabe que a partir do momento que você ver o resultado do teste... Sua vida terá que mudar de acordo, certo? - Danny disse por um momento sério e então gritou. - E, porra, teve o bebê?
- Sim, mas deixa eu receber o resultado para você avisar o resto que nem uma bicha fofoqueira.
- Tá, tá, tá. Mas você terá que agir, é uma troca - Danny disse firme.
- Você já sabe a resposta, não sei para quê isso. - Eu desliguei o telefone enquanto ouvia a risada do meu melhor amigo.
Uma hora que pareceu ser na verdade uma eternidade, eu encarava os ponteiros do relógio e eles teimavam em passar lentamente, estava ficando ansioso e estressado, precisava saber logo a resposta. Eu queria ver a e o bebê, queria poder estar ao lado dela e dizer que sentia sua falta. Giovanna já havia me mandado milhares de mensagens, que foram ignoradas. Quando vi a enfermeira se aproximar quase joguei o celular longe, peguei o envelope lacrado que ela me estendeu e o abri.
Numa caligrafia clara e legível estava escrito negativo, meu mundo por um segundo havia caído e percebi que eu realmente queria ter lido positivo no papel. Eu rasguei a folha por completo para jogar no lixo mais próximo e, com a decisão que mudaria toda a minha vida, caminhei até o quarto onde se encontrava .
CAPÍTULO 15
Eu encarei o quarto de paredes amarelas, franzi a testa tentando lembrar como havia parado ali no hospital e logo minhas mãos foram parar em minha barriga, não pude controlar minha expressão de horror, mas me contive ao ver um homem de jaleco e óculos entrar no local.
- Olá, senhorita , não fique assustada. - O senhor riu e olhou a prancheta em suas mãos. - Sua filha está bem e já está vindo para ficar com você... O parto foi tranquilo, nada fora do normal, apenas a senhorita que estava muito exausta e decidimos lhe dar algo para dormir um pouco.
- Ah, tudo bem - eu exclamei, confusa com tanta informação.
- Bom, você gostaria de receber o rapaz ou devo pedir para ele esperar mais um pouco? - O médico foi andando até a porta e então virou-se de novo antes de sair. - Devo dizer que ele está quase subindo pelas paredes querendo te ver.
Antes que eu pudesse dizer qualquer resposta, um Thomas Fletcher adentrou o quarto feito furacão surpreendendo a mim e ao médico. Sem esperar respostas o médico saiu enquanto Tom se aproximava da cama e segurava minha mão.
- Por qual razão você não me disse? - Ele me encarou num misto de nervosismo e ansiedade.
- O quê? - O encarei confusa.
- Que eu sou o pai, . Por quê você mentiu para mim?
- E-eu não sabia ao certo, eu estava com e você não falava comigo, apenas surtava!
Eu praticamente gritei, ele havia me pego desprevinida, não imaginava que acordaria com um Thomas descontrolado sobre paternidade.
- Mas eu não irei fazer mais caos na sua vida, Dougie disse que iria me ajudar, então volte para sua vidinha ao lado de sua mulher. - Eu soltei sua mão, lançando-a para longe.
- É o que eu estou fazendo. - Eu o encarei enquanto ele sentava no sofá. - , eu tive muito tempo para pensar enquanto esperava e eu simplesmente não quero mais fugir, quero realmente esquecer os problemas do passado e ficar com quem eu sempre amei.
- Mas, Tom...
- É você, , não há 'mas' nenhum. Eu te amo e fim. - Ele levantou-se sorrindo e eu sorri bobamente.
- O quê? - uma voz feminina berrou da porta e ao virar-me para ver quem era, fiquei horrorizada.
~ POV's Tom On ~
Merda. Merda. Merda. Mil vezes merda. Não era assim que eu queria resolver as coisas, não era assim que eu queria recomeçar tudo! Por que diabos Giovanna tinha que ser a primeira a entrar? Ah, sim, namorada grudenta, esposa pior ainda. Eu me virei rapidamente em sua direção e a puxei pelo braço, passando pelo restante do grupo que havia parado no caminho sem entender o motivo dela estar gritando xingamentos.
- Cala a boca, você está num hospital! - Eu balancei seu braço e a soltei.
- Você é um cretino! Cretino, como pode me trair assim? - ela berrou de novo.
- Eu não traí você, Giovanna! Eu apenas disse que amava ! - Eu passei as mãos no rosto e baguncei meu cabelo, tentando me acalmar.
- Você me enganou, mentiu para mim esse tempo todo! - Ela chorava, mas agora falava mais baixo, porém já havia atraído a atenção de todos no corredor.
- Giovanna, vá embora para casa, depois conversamos sobre isso, está bem?
- Não! Eu quero divórcio! Divórcio! - ela berrou outra vez e apontou o dedo em direção de meu rosto, então foi embora, me largando sozinho no corredor.
~ POV's Tom Off ~
CAPÍTULO 16
"Se alguém fez uma aposta de quantos meses o casamento Fletcher iria durar, bem, aqui está a sua resposta: Thomas Fletcher e Giovanna Fletcher estão se separando! Fontes dizem que o jovem casal teve uma discussão feia num hospital, tendo até gritos, por parte da esposa Giovanna, chamando nosso querido guitarrista e vocalista de cretino e mentiroso. Será que houve traição? Bom, afirmar realmente não podemos, mas algo nos diz que a ex-senhora Fletcher acusou o rapaz de traição e o mesmo prontamente negou. Esse barraco todo rolou no corredor do hospital onde havia tido a sua filha, sendo o Fletcher em pessoa a levar a jovem para o local. Então, senhoras e senhores, será que isso tudo está interligado? Ou será que estamos assistindo novela mexicana demais?"
leu aquilo horrorizada, logo que terminou de ler jogou o jornal para longe, porém uma revista foi colocada em suas mãos, ela encarou Dougie tristemente e abaixou a cabeça para ler a notícia.
"Após poucos meses de casados, Thomas Fletcher está tendo um divórcio realmente conturbado com a ex-senhora Fletcher. O amor acabou? Sim, fontes indicam que o rapaz está amando outra pessoa, ou melhor dizendo, voltou a amar. E, como qualquer donzela de coração partido furiosa, Giovanna não quer sair em silêncio, fazendo de tudo para atrapalhar a alegria do ex-marido."
- D-Dougie, não quero mais ler essas coisas - falou, levantando-se do sofá, lágrimas teimando em aparecer nos olhos.
- Mas eu preciso que você leia, sou seu melhor amigo e não posso te deixar sem saber o que o mundo está falando. - Dougie estava parado ao lado de milhares de revistas e jornais empilhados na mesinha enquanto segurava uma Samanta adormecida. - Você realmente está entrando no mundo da fama e junto da pequena Sam, então você precisa estar preparada!
- Ok! E-eu irei ler tudo. - voltou a sentar no sofá e pegou outra revista.
" , filha de um grande médico milionário que ninguém havia ouvido falar no mundo popular, mas que agora todos conhecem graças a uma única pessoa: Thomas Fletcher. De uma aluna com um pé em várias faculdades para uma fotógrafa por instinto, uma menina brilhante que por algum motivo largou tudo para ter uma vida simples, agora é a que ninguém consegue esquecer. Após um fim trágico para um namoro e noivado turbulento, surge novamente, mas dessa vez sendo um dos motivos judiciais e com uma linda bebê nos braços."
"Após o surgimento da notícia que Giovanna Falcone e Thomas Fletcher estavam se separando, milhares de especulações surgiram. Uma delas envolvendo a queria amiga de infância do vocalista, a , será que ela é realmente o motivo da separação? Será que ela criou um plano mirabolante? E a pergunta que não quer calar: será o lindo bebê, herdeiro do senhor Fletcher?"
- Ok, chega, acho que agora só ficará na mesma tecla mas com palavras cruéis - Dougie disse ao notar sua amiga chorando. - Que tal preparar algo pra pequena Dougster? Ela está com fome e eu também.
- É, você está certo, vamos comer algo. - levantou, derrubando o resto das revista ao passar pela mesinha e rumou em direção da cozinha. - E o que iremos comer?
- Que tal uma salada e um suco de laranja? - Dougie falou enquanto brincava com o bebê em seus braços.
- Está de dieta? - riu do amigo.
- Eu não, você está. Nada de comer besteiras por bom tempo. - Ele entregou a menina para a amiga e virou-se para a geladeira. - Vá dar alimento para a sua cria enquanto eu cozinho algo para comermos.
estava amamentado a pequena Samanta quando escutou seu celular tocar no quarto, ela olhou para o amigo que continuava distraído na cozinha e então rumou até o aparelho. Ao chegar perto e olhar o nome da chamada, se surpreendeu e atendeu nervosa.
- Pai?
- , como você está? Me perdoe por ter sumido sem avisar. - Seu pai possuía uma voz cansada, estava ficando mais preocupada.
- Estou bem, e o senhor? Onde está? O que aconteceu?
- É por isso qu estou ligando, filha, eu estou de volta aos EUA e preciso da sua ajuda. - O pai ficou mudo por um instante. - Você poderia vir passar um tempo comigo?
- Claro, mas pai, me diz o que está acontecendo.
desligou em silêncio o celular e após colocar calmamente sua filha no berço, pode então se descontrolar. Ela chorava, ainda em silêncio para não acordar o bebê, mas a sua vontade era de gritar até perder a voz. Num movimento brusco levantou-se e correu porta afora, desceu as escadas correndo para a cozinha e assim que chegou lá deixou um soluço escapar.
- ? - Dougie virou assustado e deparou-se com a amiga apoiada no batente da porta. - O que foi? Samanta está bem?
- S-sim. É meu pai, Dougie, meu pai precisa de mim! - Ela abraçou o amigo que se aproximara.
- Onde ele está?
- Na Califórnia, irei para lá ainda hoje com Samanta, ele precisa de mim! - se afastou e jogou o cabelo para trás. - Eu preciso arrumar as malas, me ajuda?
- Você está nervosa, não pode viajar assim! - Dougie correu atrás da amiga que subia as escadas.
- Eu estou melhor, meu pai precisa de mim!
Dougie não conseguiu convencer a amiga de ficar e nem dela contar o que estava acontecendo de fato, então após ajudá-la a fazer as malas, levou-a até o aeroporto.
- Não conte para os outros onde eu fui, diga que eu apenas sumi depois de receber a ligação. - beijou o rosto do amigo por um longo momento. - Eu te amo, Dougie, eu irei entrar em contato quando a situação tiver mais calma.
- Está bem, se cuida vocês duas, eu amo muito vocês, eu amo muito você. - Dougie tentava controlar o choro, não queria deixar mais triste o momento.
E assim sumiu mais uma vez de toda aquela confusão de Londres, mas dessa vez com um grande pesar de estar fazendo isso.
CAPÍTULO 17
O sol quente da Califórnia acariciava minha pele enquanto eu andava com passos apressados, eu queria ter um segundo para apreciar aquele momento, porém meu coração martelava em ansiedade para chegar em casa. Eu havia saído para fazer umas compras e a empregada me ligou nervosa pois meu pai se trancara no quarto, como se não bastasse ter uma filha de quase um mês, meu pai tinha surtos de humor quando eu não estava por perto. Abri a porta apressada e então dei de cara com a babá segurando Samanta, sorri nervosa para a menina e subi as escadas em direção do quarto de meu pai.
- Ah, que bom que a senhorita chegou! Os seguranças pensaram em arrombar, mas achei melhor esperá-la chegar. - a empregada falou assim que me viu no corredor.
- Fez certo, Jean, obrigada! - Eu afaguei o ombro da mulher e então me virei para a porta. - Pai, abra essa porta ou irei embora!
Um minuto depois meu querido pai surgiu, os olhos inchados de quem estivera chorando.
- Qual o problema, papai? - eu o abracei, não conseguia olhá-lo daquele jeito sem chorar.
- Ah, , você estava tão certa! Sua irmã quebrou todo ateliê da sua mãe! Acho que não conseguirei recuperar nada! - sua voz estava cansada e triste. - Não terei mais uma lembrança concreta de que sua mãe já esteve aqui.
- Papai, papai... Nós iremos dar um jeito, está bem? - Eu o soltei para poder guiá-lo até sua cama. - Enquanto isso descanse, tire um cochilo, quando tudo estiver ajeitado eu lhe chamo.
- Por favor, converse com a sua irmã também. - Ele deitou na cama confortavelmente.
- Eu irei, papai.
Assim que ele dormiu, saí do quarto chorando. Fazia muito tempo que eu sabia que meu pai estava doente, mas ele nunca tinha autorizado me contarem o que ele possuía, e quando ele me ligou pedindo para eu ir para a Califórnia... Eu simplesmente não poderia negar o último pedido de meu pai.
- , a sua filha está dormindo e eu aproveitei para ligar para o médico de seu pai.
A babá falou depois de ficar me encarando em silêncio, eu concordei e apoiei a cabeça na bancada da cozinha. Eu não sabia o que fazer, já estava com os nervos à flor da pele e nem fazia tanto tempo que estava por ali.
~ 7 meses depois ~
Eu já perdi a conta de quantas vezes peguei o telefone, disquei o número de Tom e desliguei antes dele atender. Covarde? Sim, eu tinha medo dele já ter seguido a vida dele, além de não querer envolve-lo nessa confusão. A única coisa que tinha forças a fazer era mandar umas mensagens para Dougie e dizer como Samanta estava, eu não respondia as perguntas nem mesmo atendia suas ligações, sabia que iria chorar sem parar e desistir de tudo. Já meu pai a cada dia piorava, após dois meses ali ele parou de comer e agora estava de cama, ele cada vez mais delirava com o passado sem sequer notar o que acontecia em sua volta... Meu pai estava morrendo aos poucos e eu me sentia incapaz de fazer algo de bom para ajudá-lo.
- , eu sei que é difícil para você, mas eu devo ser sincero ao dizer que os medicamentos não estão mais fazendo efeito. - O médico me encarou sério.
Nós estávamos sentados na mesa de jantar, o médico praticamente morava ali nas últimas semanas para tentar ajudar ao menos a estabilizar o meu pai. Eu apoiei meu rosto em minhas mãos por um momento e então respirei fundo antes de encara-lo.
- Isso quer dizer que agora é apenas esperar?
- Eu sinto muito, realmente queria fazer algo mais. - O médico olhou-me com compaixão.
CAPÍTULO 18
- Dougie, seu celular está tocando! - Danny berrou irritado, enquanto desligava sua guitarra. - Chega, assim não dá para ensaiar. Vá atender logo essa merda!
- Caralho, para quê tanta irritação?
Dougie resmungou, largando o baixo para pegar o celular que estava no sofá ao lado, colocou a ligação em espera e foi para o corredor para atender melhor.
- Alô? - o rapaz atendeu assim que chegou num lugar longe dos outros.
- Dougster? É você, Dougie? - uma voz feminina soou apreensiva e o fez ficar paralisado.
- Eu não acredito que depois de tanto tempo você me liga e não reconhece minha maldita voz! - ele disse num misto de alegria e irritação.
- Me perdoe, não só por isso e sim por tudo. Me perdoe, Dougie, por toda a loucura em que te coloquei! - disse, já chorando.
- Hey, acalme-se! O que aconteceu? Pode me contar agora?
- M-meu pai morreu, Dougie, acabei de enterrá-lo... E-eu me sinto tão sozinha! - a voz da jovem já estava rouca.
- Hey, hey, hey! Tente ficar calma, amorzinho, não chore assim! - Dougie passou a mão desocupada no cabelo e andou pelo corredor, estava nervoso. - Onde está a little Dougster? Hein?
- No meu colo, ela está dormindo... Ah, Dougie, é tudo minha culpa! - gritou e o rapaz sabia que isso não era bom.
- Você vai voltar?
- Sim. - respondeu após um tempo em silêncio. - Eu estou vendo com o advogado da família, irei vender tudo que está aqui nos EUA e voltarei se der hoje mesmo para Londres.
- I-isso é bom, muito bom! Eu estou com saudades de vocês duas, quando chegar no aeroporto me ligue que irei buscá-las! - Dougie falou animado, estava com novas esperanças.
- Sim, sei que é pedir muito, mas, tem como preparar um quarto para nós duas? - soou envergonhada.
- Amorzinho, o quarto da nossa baby está trancado esperando-a e o seu eu transformei numa sala de filme. Desculpa. - Os dois riram.
- Ok, bom saber... Então, até? - disse incerta.
- Até, . - Dougie sorriu bobamente e desligou.
- ?
O baixista congelou no lugar, fechou os olhos e tirou o celular da orelha, amaldiçoando a si mesmo por não ter prestado atenção a sua volta e notado Tom se aproximar.
- Eu te fiz uma pergunta, Dougie. - Tom resmungou para as costas do amigo.
- Eu sei, eu escutei. - O mais novo virou-se e andou em direção do outro.
- Dá para me responder ou vai ficar me ignorando, caralho? - Tom insistiu irritado.
- Era ela sim! Era a , ela finalmente me ligou! Satisfeito?
O rapaz nem esperou Tom responder, apenas viu o amigo sorrir abobalhado, e então passou direto por ele em direção à saída.
~ Enquanto isso nos EUA ~
encarou o telefone desligado com Samanta em seus braços. Será que estava fazendo o certo ao voltar? Ela balançou a cabeça, agora já estava feito, voltaria para Londres com a sua filha e finalmente viveria uma vida sem fugas. Respirou fundo, estava triste por ter perdido seu pai e sentia-se completamente sozinha. Podia ter sido infantil, mas ela havia criado esperanças de que seu pai iria melhorar, porém ele foi piorando cada vez mais e mais...
- , está tudo certo. - o velho advogado da família entrou na sala, sorrindo tristemente. - Já fechei com todos os compradores, o dinheiro será depositado direto na sua conta e depois você me paga sem preocupação.
- Obrigada, John, por tudo... - disse triste e encarou-o com os olhos marejados.
- Oras, não chore! Sabe que não sou bom com damas chorando... Mesmo sendo milionária! - o velho John andou até a jovem e ajudou-a se levantar.
- Milionária, milionária... Preferia ter meu pai de volta, de certa forma. - o seguiu porta afora, acariciando o cabelo de Samanta.
- Quase bilionária, na verdade, mas enfim, seu jato está pronto para partir. - John abriu a porta e uma pequena pista de voo surgiu aos olhos. - Boa sorte em Londres e boa viagem, senhorita .
- Obrigada, John, boa sorte com a sua vida.
Com passos decididos andou até o jato. Era naquele momento que finalmente tudo iria começar de novo, e já fazia os planos de como consertar tudo.
- Ela está vindo! Ela está vindo! - Danny berrou, atraindo a atenção de todos no saguão do aeroporto.
- Fica quieto, porra. - Harry bateu na cabeça do rapaz. - Agora todos realmente perceberam que estamos aqui.
- Eu avisei que era melhor vocês esperarem na minha casa e...
- Mas ela está voltando! - Danny interrompeu Dougie, gritando no ouvindo do rapaz e no de Harry.
- Danny! - Harry correu atrás do outro que saíra correndo e rindo entre as pessoas.
Tom e Dougie seguiram andando em silêncio, ignorando os outros dois amigos correndo pelo saguão, e sentaram nos sofás perto do portão de aviões particulares. Dougie encarou o amigo ao seu lado, ele estava assim calado desde que pegara o mais jovem falando no celular e a única vez que demonstrara tanta emoção foi quando estava bêbado.
- Você está puto com a ? - Dougie resolveu quebrar o silêncio.
- Não, estou ansioso, na verdade. - Tom franziu a testa e encarou o menor. - Eu ainda a amo, será que ela...
- Ela também, dude, ela também. - Dougie disse assim que viu a voz do amigo morrer.
CAPÍTULO 19
- Samanta Fletcher! - gritou o nome de sua filha ao pé da escada, estavam atrasadas para a minha entrevista e participação especial do McFly num canal de televisão. - Sam!
- Estou aqui, mamãe. - uma garotinha de quatro anos falou manhosa e com certa dificuldade.
- Vamos, filhota, precisamos apoiar seu pai e seus tios! - pegou-a no colo e andou em direção da parte de fora da casa, onde encontrou Tom. - Pensei que já tivesse ido.
- Eu avisei que iriamos atrasar, achei melhor esperar vocês duas. - Ele beijou o topo da cabeça de Sam e deu um selinho em . - Vamos?
Haviam se passado três anos desde que voltara e muita coisa havia acontecido: Tom e ela se casaram, o próprio assumiu a paternidade de Samanta, Dougie, Harry e Danny se tornaram padrinhos da pequena, Danny estava noivo e os outros dois integrantes da banda estavam namorando sério.
sorriu, enquanto assistia Tom brincar com a filha deles, sentia-se feliz como nunca se sentira antes, havia deixado o passado para trás e parado de fugir de tudo que pudesse envolve-la.
- Então, estamos com a hoje aqui! - o entrevistador disse, sorrindo para a platéia. - E, para resumir as perguntas, nos conte sobre você e como conheceu Thomas Fletcher!
- Hm, minha vida foi basicamente turbulenta até que conheci o Tom. Ok, continuava tudo turbulento, minha irmã gemêa conseguiu separar nós dois e eu acabei indo embora. - disse sem rodeios, meio nervosa. - Passei um tempo fora do país, fiz minha vida, apesar de ter uma única pessoa na cabeça, e então eu voltei!
- Não precisava resumir tanto assim! - o apresentador riu e a platéia pediu por mais. - Viu? Conte-nos mais! Conte-nos sobre sua família.
- Ok... Minha mãe morreu no parto e meu pai cuidou de mim e de minha irmã gemêa, ele sofreu longos anos de depressão, mas se recuperou quando conheceu minha madrasta, que não gostava de mim por eu ser um moleque praticamente. - riu, ficando menos nervosa. - Ela morreu num acidente de carro junto de minha irmã, eu tentei impedi-las de sair na tempestade, mas não me escutaram... Aí restou somente eu e meu pai, que morreu há três anos.
- Sinto que está resumindo de novo! Mas, tudo bem, respeitarei sua privacidade! Agora me conte sobre sua vida amorosa! Fale sobre Tom!
O apresentador apontou para onde a banda McFly estava e uma luz mais forte focou em Tom com Samanta em seu colo, sorrindo, a audiência bateu palmas e esperou pelos comentários de , que estava completamente abobalhada, observando os dois.
- Eu simplesmente o amo, apesar de tê-lo chamado de melhor amigo quando o conheci, eu sempre quis e sabia que um dia iria chamá-lo de namorado, de meu! - corou enquanto todos riam. - Passamos por muitas coisas, eu devo admitir que fugi várias vezes, mas ele me esperou e aqui estamos nós, casados e com uma linda filha! Sinto que minha vida está finalmente completa, tenho ao meu lado o homem que eu amo e três melhores amigos com quem posso contar até ficar velha.
encarou novamente o grupo e fitou cada um dos rapazes, todos sorriam felizes para ela, Dougie praticamente chorava e Tom estava sorrindo sem se conter de tamanha felicidade. Sim, sentia-se completa e feliz, sabia que nunca mais teria a necessidade de fugir ou sentir medo. E, apesar de não acreditar muito em contos de fadas, sentia como se tivesse alcançado seu final feliz.
FIM
n/a: Agradeço a todas que leram minha fanfic, fico muito feliz de ter conseguido terminar a fanfic sem desanimar e de não ter tido muitas reclamações HaHa Eu sei que não foi lá grandes coisas como eu havia planejado, mas quando eu estiver com um tempo melhor voltarei com uma história que todas irão gostar! Obrigada novamente e McFly na cabeça! *o*
Qualquer erro encontrado nessa fanfic é meu, então me avise por email. Obrigada.