You Pay Me No Attention
Autora: Mirella
Beta-Reader: Amy Moore




Prólogo

So I look in your direction
But you pay me no attention, do you?
I know you don't listen to me
'Cause you say you see straight through me, don't you?


Eu olhei em sua direção, pensei mesmo que você fosse adivinhar meu olhar, mas não. Você não prestou atenção. Você não escuta minhas palavras com o coração. Você escuta por escutar, você é meu amigo, melhor amigo e acho que assim será até a morte. Você diz que vê através de mim, mas não. Se visse, você acharia estranho, porque dentro de mim só existe você, você, entendeu?!


Como começou.

Sou , mas meus amigos me chamam de . Tenho 16 anos e me mudei de escola, assim que entrei no ensino médio. E eu não conhecia ninguém.
Mas não foi problema. Eu tô acostumada a ficar sozinha, e assim eu vivo muito bem. Enfim, nada foi muito diferente no primeiro dia. Professores chatos, matérias chatas e etc.
Claro, não posso esquecer-me do Thomas. É um menino muito legal e bonito, também. Tinha olhos castanhos, assim como os meus e era loiro. Ele me apresentou tudo. Não me deixava sozinha nos intervalos e em lugar nenhum. Apresentou-me os amigos dele também, um tal de Daniel Jones, que todos chamam de Danny. Dougie Poynter, conhecido como Doug e Harry Judd, conhecido por Harry Judd mesmo. Todos muito legais, inteligentes, bonitos... Tinham até uma banda. Chama McFLY, me lembra de volta para o futuro, pois é... Tom é apaixonado por esse filme. Assim como eu.
Mas até aí a minha estória não é importante. Quer dizer, eu conheci os meninos. Meus amigos, por sinal.
O clímax da estória foi quando a gente foi no aniversário da , uma menina da minha sala, minha colega. Ela fez seu aniversário de 17 anos e lá eu fiquei com o Tom, sim, eu fiquei com ele. E o pior de tudo foi quando eu achei que estava apaixonada por ele. Claro, eu me confundi, ele era meu amigo, foi o primeiro que veio falar comigo, conversar... Tentar se aproximar.
Me arrependi depois... Isso estragou completamente nossa amizade. Começaram as discussões, coisas jogadas na cara e etc. Foi quando a gente se afastou e o Danny começou a conversar comigo. Foi meu amigo. Me entendeu em tudo. Fazia-me rir. E de alguma forma, ele tinha o poder de me fazer esquecer de todos os meus problemas. Mas nada demais. Toda essa confusão dentro de mim começou quando ele me deu um abraço... O abraço mais caloroso do mundo. Não sei o que aconteceu ali. Foi uma coisa louca, coisa que eu nunca senti. E o pior foi quando estávamos sendo oficialmente “os melhores amigos”, aquele casal de amigos que todo mundo queria ser, sabe? Pois é.
Mal sabe ele que hoje eu o amo. Sim, eu o amo. E muito e não quero estragar minha amizade com ele falando o que eu sinto. Não, de novo não. E não pense que estou me confundindo como foi com o Tom, porque eu não estou. Eu tenho a estranha mania de “comparar” sentimentos. Estranho, eu sei.
Então, viajamos com os pais de . Eu, Danny, Dougie, (claro) e a .
Era uma casa na praia, era incrível, um lugar ótimo e muito gostoso...


Como você não vê, idiota?

But on and on
From the moment I wake
To the moment I sleep
I'll be there by your side
Just you try and stop me
I'll be waiting in the line
Just to see if you care


Você não sai da minha cabeça. Do momento que eu acordo ao momento que eu durmo. E eu não ligo, eu gosto de te ter, de alguma forma, perto de mim... Eu ficarei ao seu lado a todo o momento, só não estarei se você me parar.
Queria que você se importasse.

[n/a]: Agora é presente. Antes era tudo no passado.

Pois é, aqui estou eu. Enquanto todo mundo está se divertindo, e eu aqui, me martirizando, me castigando por dentro. Escrevendo tudo o que eu sinto em um simples computador.
Ele ta curtindo com as meninas e o Doug, e eu aqui, naqueles dias. Foda, como eu iria saber que iria adiantar tanto assim? Mas tudo bem, tô embaixo de um tipo de oca, curtindo a paisagem, sim, a paisagem mesmo, não o Daniel. Quer dizer, ele também, mas eu prefiro riscá-lo. Whatever, tomando uma coca, comendo uns petiscos. Olha quem vem vindo, não querendo me deixar alone.
“Oi, baby” disse Danny.
“Oi, meu bem.”
“O que tanto você escreve ai nesse seu computador de ultima geração?” Riu e foi pegar o computador, quando eu o fechei.
“Nada, Darling, coisa minha.” Sorri fofamente.
“Tá, ‘ dmais’, depois a gente conversa sobre isso.” Coisa do meu MSN, ele costumava ser _dmais@hot... Ele viu e me chama assim até hoje.
“Ok, baby.” Ele me conhecia mais do que ninguém. Sabia que eu havia mudado na última semana, por algum motivo que só eu sabia.
Ele se sente incomodado quando fico sozinha, ele diz que eu planejo fazer coisas ruins com as pessoas. Mal sabe ele, que a única coisa que eu penso é ele. E não é mau. Mas ta, né.
Todo mundo ta saindo, eu acho que vou tomar um banho pra não ter que esperá-los depois. É.
Tomei banho e vi aquela peste que eu chamo de melhor amigo, mexendo no MEU computador, e o pior lendo os MEUS textos sobre ele! DROGA, DROGA, DROGA E DROGA!
“DANIEEL, ME DÁ ISSO, TIPO ASSIM, A-G-O-R-A!”
Danny ria, ria muito... Eu tenho certeza de que eu estou vermelha, feito pimentão!
“Calma, . Por que não me contou que está apaixonada?” perguntou, debochando.
“IDIOTA, ME DÁ ISSO! QUE SACO, DANIEL, SE EU DISSE QUE ERA COISA MINHA, É PORQUE EU NÃO QUERIA QUE VOCÊ VISSE!” Ele conseguiu me deixar muito nervosa. De um jeito que só ele conseguia.
A feição dele mudou de deboche para sério; acho que ficou bravo por eu ter brigado com ele.
“Achei que fôssemos amigos ao ponto de você não esconder absolutamente nada de mim, mas né, pelo o que eu vi aqui, não” disse, sério, com um tom bravo. “Quem é esse menino? Eu conheço?”
“Ninguém, Danny, relaxa. Não é nada demais. Agora me dá isso, e esquece o que você leu. É só isso que eu te peço.”
Ele me devolveu sem falar nenhuma palavra, passou por mim e eu pude sentir aquele cheiro de protetor solar com areia que eu amava. É, ele iria ficar bravo comigo por um bom tempo. Mas se ele fosse um pouco mais esperto ele iria perguntar: “esse menino sou eu, ?” ao invés de “Quem é esse menino? Eu conheço?”
Mas tudo bem, não iria conversar sobre isso agora. Depois da nossa “pequena discussão” chegou o resto da turma, a e a com o Dougie. Eles se dirigiram para os quartos e eu fiquei na sala, pensando com os meus botões.
Daniel terminou o banho, e foi pra sala com cara de cu. Não me olhava e nem pensava em abrir a boca para falar comigo.
“Danny...” eu disse, com medo.
Ele não virou, fez de conta que não me ouviu.
“Danny... desculpa...”
Ele não respondeu novamente. E eu deixei. A chegou na sala e disse que era só pra esperar a , porque a gente ia assistir a um filme. De terror, provavelmente. Eu tentei evitar, né. Já que eu tenho medo, mas não adiantou.
O Danny disse que ia ficar comigo, segurar a minha mão e se precisasse dormir comigo, mas agora com a gente assim, nem perto de mim ele vai sentar...
O filme começou, eu deitada no sofá, do meu lado, no chão o Dougie, do lado dele a , do lado dela a e do lado dela, o Danny. Isso, bem longe de mim. Deixou-me super com a consciência leve e eu vou dormir muito bem à noite. Merda. Por que eu sou estourada, mesmo?
Ah, eu faço as coisas e me arrependo depois. Tenho que começar a pensar. Mas nossa, ele tava com o MEU computador, lendo os textos sobre ele! Ah, qual é, que menina que fica na boa?!
Eu tava concentrada no meu joelho, dando voltas e voltas nele, quando eu olho pro lado... Vejo e Dougie se pegando. Imediatamente eu olhei pro Danny e adivinha? Sim, ele se pegando com a . Nem preciso dizer que quase morri.
Nunca, em toda minha vida, chorei por um menino. E eu pude as sentir querendo vir e sair. Elas = lágrimas. Sai dali, fui pra uma varanda. Já que não era segredo pra ninguém que eu tinha medo desses filmes e que eu amava ficar olhando para o céu escuro com pontinhos brancos... Minhas estrelas. Eu viajava ali sozinha. E quando percebi aquelas lagrimas caiam sobre a minha bochecha, me deixando com olhos e nariz vermelhos. Por que eu estava chorando mesmo? Ah, sim, eu briguei com quem eu amo, que consequentemente é meu melhor amigo. Ele tava ficando com outra na minha frente e eu não podia reclamar porque eu não tenho o direito de escolher com quem ele fica. Tava sozinha e com medo daquela porra de filme. Isso, , parabéns.
Acho que você deveria ir dormir. Pelo menos tentar.
Quando me virei para sair dali, dei de cara com quem? QUEM?
Acertou quem pensou Daniel Jones. E nem preciso dizer que dei um pulo de susto. Meu coração acelerou e eu coloquei a mão no peito para ver se ele (meu heart) não iria sair dali; Fechei os olhos e perguntei:
“O que foi, Daniel?”
“Por que você ta chorando?” perguntou, de um jeito preocupado, mas percebeu que tava e ficou sério, com feição de “tô nem ai”, sabe?
“Nada, ué. Tava com medo do filme. Você sabe como eu sou...” Damn it. Ele sabe que eu tô mentindo.
“Olha, faz assim, quando você achar que eu te conheço desde ontem e pensar que eu acredito nisso, você me fala.” Fiquei estática, olhando pra ele.
, a gente precisa conversar agora” disse ele, sério.
Eu concordei com a cabeça.
“Vamos à praia, vamos andar por lá. Poxa, você é minha melhor amiga. Parece que você ainda não confia em mim. Vai colocar uma roupa que não seja teu pijama e vamos.”
Meus olhinhos encheram de lágrimas e eu fui. Sabendo que ele já sabia do que tava acontecendo.


O que diabos está acontecendo?
Oh, did you want me to change?
Well I've changed for good
And I want you to know that you'll always get your way


Eu mudei tanto, ninguém tem noção. Ele me pediu milhares de vezes: “, seja mais maleável. Para de ser dura desse jeito”. E eu fiz. Por causa dele, mas esse tempo eu o amava como amigo, só. Sem nada mais. Pelo menos eu pensava assim.
Agora estávamos prestes a estragar isso... Quer dizer, EU, né? Eu era a única culpada por amá-lo. Agora eu vi mesmo, ser culpada por amar alguém... Bem, esta sou eu. Estou me culpando. Nós tínhamos tudo. E eu conheço esse Danny, ele vai mudar comigo, porque ele já disse que não há amizade quando um dos dois tem segundas intenções.
Mas nunca foi minha intenção ter outras intenções com ele. Tudo começou da amizade, ele realmente era meu AMIGO, qual é... Não preciso provar nada. Ele sabe que foi sim, no começo, a mais pura amizade. Eu estraguei tudo depois.
Fique pronta, como tava calor à noite, coloquei um vestidinho e saímos pelos fundo da casa. Sem dizer uma palavra. Ao chegarmos à praia, sentamo-nos em uma rocha e ele me perguntou:
“Até quando você vai esconder de mim essa tua paixãozinha?”
“Não fala assim, Danny, não é paixãozinha. É de verdade.” Não conseguia nem o encarar.
“Então me fala... Quem ta fazendo minha pequena sofrer?” ele disse, com piedade.
Eu queria poder dizer “você”, mas não vou. Não tô segura ainda. Então eu fiquei em silêncio.
Ele percebeu e disse:
“Desculpa, meu amor... Não queria ser grosso com você, muito menos te fazer chorar. Mas é que a ideia de alguém tirar minha pequena de mim me machuca. Você é a minha melhor amiga, a única, de verdade. Não quero te perder pra um marmanjo qualquer. E me dói mais é saber que ele ta te fazendo sofrer! Poxa, passamos tantas coisas juntos. Achei que você confiasse em mim pra contar tudo. Até desilusões amorosas com meninos que não te merecem...” Nessa parte soltei uma risadinha, pelo fato irônico dele estar falando dele mesmo. “E, sabe, , quem é o louco que não te merece?”
Continuei em silencio e abaixei a cabeça e percebeu que eu não tava bem e disse de novo:
“Tudo bem, pequena, construa ai as palavras, seu mundo, seu livro, assim que você estiver pronta, me deixe entrar, me deixe saber, ta bem?”
Eu confirmei com a cabeça... Logo depois ele me chamou para caminhar, e ficamos andando na praia, e eu o chamei e disse:
“Dan...”
Ele disse:
“Oi, baby?”
“Você não vai me perder, ta? Nunca mais pense nessa hipótese, nunca mais... Você é uma das pessoas mais importantes da minha vida, e eu não te troco por nada, nem ninguém, entendeu? Você é meu pequeno, meu amor, meu melhor amigo... E eu não teria coragem de te deixar...”
Ele sorriu de uma forma aliviada e me puxou pra um abraço, o motivo pelo qual eu me apaixonei.
E continue falando com voz abafada pelo abraço:
“Eu ainda tô com medo do filme, Dan... Qual vai ser?” E ri.
“Eu vou deitar com você, te faço dormir, ta bem?”
“Eu te amo, Daniel.”
“Eu te amo, pequena.”

Mal sabia ele que o meu “te amo” era diferente do dele.

Continuamos na praia, brincando com a areia... Foi quando eu tive a infeliz ideia de tacar areia nele. Ele tinha “acabado” de tomar banho.
“EU VOU TE PEGAR, , NÃO ADIANTA CORRER, TÁ?
Ele me pegou pela nuca e o que eu fiz?
Isso arrepiei, minhas pernas ficaram moles e eu cai no chão. Ele sentou em cima de mim, e cantou a minha musica preferida do Coldplay:

“And I wanted to say
Don't you shiveeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeer
You shiveeeeeeeeeeeeeer
Sing it loooooooooooooud and cleeeeeear
I'll always be waiting for you”


Eu o xinguei tanto mentalmente. Aquela voz... Eu podia com tudo menos com aquela voz, e com aquele abraço... E cá entre nós, né. Aquela música.
“Ai, Danny, eu arrepiei, sim, e isso é mancada, você sabe sobre minha nuca e sabe sobre essa música...” E ri.
“Claro que sei, por isso coloquei a mão nela e cantei pra você.” Riu. “Ai, , vem, vamos pra casa, daqui a pouco eles vão sentir nossa falta.”
“É, com certeza a ta sentindo a tua.” Irônica.
“Ciúmes?”
“Eu? De você? Claro que não... Agora eu vi, hein.”
“Sei...” Riu. “, relaxa, ela não significou nada, fiquei por diversão.”
“Eu sei, baby.”
Queria xingar, mas não fiz. Simplesmente o segui de volta pra casa.

Chegando lá, quase morrendo de sono... Coloquei meu chinelo no canto e Danny fez o mesmo.
Chegamos na sala, veio pra cima de Danny e perguntou se ele queria mais beijos... Claro que senti um medo enorme de ele dizer que sim e me deixar ir dormir sozinha, mas ele não fez. Ele disse:
“Desculpa, , mas a ta com sono, e eu vou dormir com ela.”
Ela fez cara de bosta e disse:
“É, mas ela sabe onde fica o quarto, não sabe, ?”
Eu disse: “Sei, sim.” Muito seca, com cara de cu.
Danny riu e disse:
“Desculpa de novo, , mas sabe como é... A é minha melhor amiga, e eu não trocar ela pra ficar com você. Sua vez já foi, não ta bom?” E deu uma risada super maléfica.
Ela ficou sem graça e voltou pra sala, ficar de vela.
“Nossa, Dan, coitada...” disse, prendendo o riso e fingindo estar com dó.
“Ah, , nós dois sabemos que você está querendo rir, te conheço.”
Eu soltei uma gargalhada e ele gargalhou junto. Depois fomos à sala, demos boa noite e fomos para o quarto onde todos iam dormir. Deitamos em uma cama de casal... Deitei, ele deitou ao meu lado, me abraçou e dormimos, na maior paz...
“Estávamos na rua, eu e Danny... Caminhando, felizes, Quando veio um caminhão... Danny atravessou sem ver e eu tentei gritar, mas não consegui e de repente bateu...”
“AAAAAAAAAAAAAAAAH, DANIEEEEEEEEEEEL” gritei, chorando.
“O que foi, ?” Acordou com susto. “Com o que você sonhou?”
“Sonhei que você...” Tentando falar, entre soluços. “Um caminhão...” Chorei.
Ele me abraçou e disse:
“Fica calma, foi um sonho ruim, vem, deita de novo, fica calma porque eu to aqui por você, e nada vai te acontecer.”
“Mas e com você?” perguntei com a cabeça em seu peito, deitada, com ele fazendo carinho nos meus cabelos.
“Ficarei aqui por você, eu disse. Não vai acontecer nada, foi um pesadelo ruim, . Eu não vou morrer... Não enquanto eu tiver que cuidar de você, né” riu. “Além disso, dizem que quando sonham com a morte de alguém, é porque essa pessoa vai viver mais... ou seja? Ficarei aqui até você cansar.” Riu baixo. “Vamos dormir, pequena, amanhã é outro dia.”
Não pensei duas vezes, deitei em seus braços de novo e dormi. Tranquila, dessa vez.


- Essa é a minha ultima chance de te ter.

Acordei sem Danny ao meu lado. Quer dizer, ele me acordou né. Estava entrando no quarto para pegar algo... Aquele sorriso quando me viu acordando, aqueles olhos azuis me hipnotizando... Ai, acorda, , ele é teu amigo, caralho.
“Hey, , nunca reparei, mas... você acorda bonita assim?” Me disse chegando perto de mim, passando a mão no meu cabelo. Era a primeira vez que Danny me via “acordar”.
Eu ri e disse:
“Bonita eu não sei, não... Mas eu acordo assim.” E ri. Tava de ótimo humor, por que será, né?
Ele riu e disse: “vai fazer o que tem que fazer, porque vamos tomar café em uma cafeteria lá na praia, vai, vai!”
Eu levantei, troquei de roupa, escovei os dentes, me arrumei e esperei a terminar de escolher a roupa para irmos.
Chegamos lá, foi tudo numa boa... Comi bastante pra variar, conversamos muito. Depois fomos direto para a praia. Ficamos lá, os meninos foram pegar uma onda e eu fiquei com o meu computadorzinho, escrevendo:

So you know how much I need you
But you never even see me, do you?
And is this my final chance of getting you?


Eu te amo, te amo, te amo, te amo. CEGO, é tudo que eu consigo pensar sobre você! Ouviu ontem minhas palavras? Prestou atenção nelas? Que saco, que saco! Às vezes eu penso em largar mão. Na verdade, nunca nem lutei por você. Nunca tentei falar com você sobre isso. Será que eu tenho mais uma chance? Você não tem noção de como eu preciso de você. Você não me vê como mais que uma amiga, nunca me viu, como faço?
Será que eu deveria falar a verdade? Quer dizer, eu tive uma chance ontem, mas e o medo?! Não dá para arriscar, você é meu melhor amigo, e se acabasse isso por causa dos meus sentimentos eu não sei se alguém conseguirá substituir você. Aliás, ninguém vai, pois você é único. Mas fazer o que.

Parei de escrever quando ele chegou pra perto. Salvei o arquivo e desliguei o computador.

“O que tanto você escreve ai, hein?”
Fiquei olhando em seus olhos, pensando, e disse:
“Eu vou te falar, Dan... Só me dá um tempo, por favor.”
Ele riu baixinho e disse:
“Tudo bem, boneca.”
Na hora eu parei, olhei pra cara dele e disse:
“Boneca?” E ri, ri muito, até chorar.
Ele riu também e ficamos ali rindo. Falando coisas nada a ver...

Iríamos passar só mais essa noite na casa de praia, e depois ir para casa.
Uma vontade subida de falar tudo para ele me tomou. E eu decidi que falaria à noite. Qual é, pelo menos eu tentei... Vou tentar. Tô com medo, mas dizem que é bom enfrentá-los às vezes.

“Hoje à noite, Danny.”
Ele me olhou e disse:
“Ok, amor...” sorriu.

Ai, ele já sabia. Bom, pelo menos desconfiava.

Quando deu umas 5 da tarde, fomos embora, chegando lá, os pais da estavam preparando lasanha para comermos.
Todos tomaram banho e fomos esperar a janta, assistindo TV. Quando deu umas 8 da noite, comemos.
Escovamos os dentes e fomos para sala. Eu e o Danny iríamos sair, andar... E eu achei mais fácil levar meu computador e mostrar tudo para ele.
Quando deu 8:30, avisamos todo mundo e saímos... Enquanto isso, fomos conversando sobre nada, como sempre, comentando sobre as pessoas estranhas que passavam por nós, até chegarmos a uma pracinha que tinha ali. Tinha até um tipo de ponte.
Sentamos no banquinho, e ele disse:
“E ai, , o que vai ser?”
Eu abri meu computador, coloquei no arquivo e dei pra ele ler.

“Eu olhei em sua direção, pensei mesmo que você fosse adivinhar meu olhar, mas não. Você não prestou atenção. Você não escuta minhas palavras com o coração. Você escuta por escutar, você é meu amigo, melhor amigo e acho que assim será até a morte. Você diz que vê através de mim, mas não. Se visse, você acharia estranho, porque dentro de mim só existe você, você, entendeu?!
Você não sai da minha cabeça. Do momento que eu acordo ao momento que eu durmo. E eu não ligo, eu gosto de te ter, de alguma forma, perto de mim... Eu ficarei ao seu lado a todo o momento, só não estarei se você me parar. Queria que você se importasse.
Eu mudei tanto, ninguém tem noção. Ele me pediu milhares de vezes; “, seja mais maleável. Para de ser dura desse jeito”. E eu fiz. Por causa dele, mas esse tempo eu o amava como amigo, só. Sem nada mais. Pelo menos eu pensava assim.
Agora estávamos prestes a estragar isso... Quer dizer, EU, né? Eu era a única culpada por amá-lo. Agora eu vi mesmo, ser culpada por amar alguém... Bem, esta sou eu. Estou me culpando. Nós tínhamos tudo. E eu conheço esse Danny, ele vai mudar comigo, porque ele já disse que não há amizade quando um dos dois tem segundas intenções.
Mas nunca foi minha intenção ter outras intenções com ele. Tudo começou da amizade, ele realmente era meu AMIGO, qual é... Não preciso provar nada. Ele sabe que foi sim, no começo, a mais pura amizade. Eu estraguei tudo depois.
Eu te amo, te amo, te amo, te amo. CEGO, é tudo que eu consigo pensar sobre você! Ouviu ontem minhas palavras? Prestou bem atenção nelas? Que saco, que saco! Às vezes eu penso em largar mão. Na verdade, nunca nem lutei por você. Nunca tentei falar com você sobre isso. Será que eu tenho mais uma chance? Você não tem noção de como eu preciso de você. Você não me vê como mais que uma amiga, nunca me viu, como faço?
Será que eu deveria falar a verdade? Quer dizer, eu tive uma chance ontem, mas e o medo?! Não dá para arriscar, você é meu melhor amigo, e se acabasse isso por causa dos meus sentimentos eu não sei se alguém conseguirá substituir você. Aliás, ninguém vai, pois você é único. Mas fazer o que.”


Ele me olhou com um sorriso, assim que viu seu nome ali, eu não consegui ficar encarando por muito tempo, levantei do banco e comecei a andar pra lá e pra cá. Feito louca. Olhava às vezes e percebia que tinha um sorriso no canto do rosto. Porque ele ta sorrindo?
Ele terminou o texto, desligou o computador e me olhou sorrindo e eu chorei. Ele veio, me abraçou e disse:
“Pequena, não se sinta culpada. Vem, vamos andar.”
Pegou na minha mão e andamos... Quando ele viu que eu tinha parado de chorar um pouco ele olhou para mim e disse:
“Eu já sabia.” Sorriu.
Olhei desolada para ele e perguntei:
“Poderia ter me poupado, né, Daniel. Olha meu estado...”
“Você sabia que eu sabia . Só tava com medo de assumir. Qual é, desde que eu li seu texto, quando você me pegou e brigou comigo. Você não daria aquele chilique se fosse outra pessoa. Você me contou de boa do Tom, porque ficaria assim por outro menino?” riu de novo. “Ah, pequena... Eu amo você. E não ache que é só porque eu descobri isso tudo. Foi quando eu li: “Você diz que vê através de mim, mas não. Se visse, você acharia estranho, porque dentro de mim só existe você, você, entendeu?!” E fiquei com uma coisa estranha dentro de mim. Sei lá, não soube explicar. Quando fiquei com a também senti uma coisa estranha... Não era nela que eu estava pensando... Era você.”

Fiquei estática. Olhando para os olhos dele e acho que não pensei em nada naquele momento, porque a única coisa que eu fiz ali foi beijá-lo. Sim, eu o beijei. Ele ficou surpreso. Mas me abraçou e continuou o beijo, o esquentando. Nunca pensei que beijaria meu melhor amigo. E nunca pensei que fosse tão bom desse jeito.
Cessamos o beijo, sorrimos um para o outro. Caminhamos até a ponte, ele me parou e disse:
“Eu sei que pode ser bem apressado, eu sei que posso estar indo rápido demais, mas me entenda... Você me conhece mais que ninguém, nunca quis namorar, e nunca pretendi, mas eu não imaginei que a minha melhor amiga fosse me pegar de surpresa. , eu te amo... e... e... eeuachoquequeronamorarcomvocê” disse, muito rápido.
Eu disse:
“Como, Dan?” e ri, eu entendi, na verdade, só queria que ele repetisse... Meu coração tava a mais de 1000 e aquele seria o momento da minha vida.
Ele tomou fôlego e disse calmo:
“Eu acho que quero namorar com você” ficou vermelho. “Você quer namorar comigo?”
Eu sorri, e disse: “Sim, sim, sim, sim, sim e siiiiim” Pulei em seu colo e ele me girou e me beijou.
É, tava tudo dando certo...
Por enquanto.

Continua...

Nota da Beta: Comentem. Não demora, faz a autora feliz e evita possíveis sequestros - só um toque. Qualquer erro encontrado nesta fanfiction é meu. Por favor, me avise por email ou Twitter. Obrigada. Amy Moore xx

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