Férias. Férias. Férias.
As mais merecidas, talvez. Terminei meu terceiro ano muito bem, obrigada. Passei no vestibular para Jornalismo e ano que vem vou começar a faculdade e me dedicar totalmente a ela. O que mais uma garota de dezessete anos poderia querer?
Ah, claro. Que sua querida mãe não a acordasse em pleno sábado às NOVE HORAS DA MANHÃ porque esquecera um documento super importante do serviço em casa.
Eu nem ligaria tanto, se não fosse o fato de que era o meu primeiro dia de férias.
- Desculpe-me mesmo por isso, querida. Mas é que esse documento é mesmo muito importante e eu não sei onde estava com a cabeça para esquecê-lo aí. - Ela dizia em tom culpado ao telefone enquanto eu ainda lutava para despertar o suficiente e levantar da cama.
- Ok, tudo bem. Só vou tentar dar um jeito na minha cara de sono e pego um táxi. Vou tentar não demorar. - Amaldiçoei mentalmente o fato de meu pai estar viajando e só voltar na segunda-feira.
- Eu já chamei um táxi para você, ao menos isso. Ele deve chegar em meia hora. Agora, eu tenho que desligar, até daqui a pouco. - E ela desligou antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa. Eu já estava acostumada.
Levantei, tomei um banho rápido para que pudesse espantar a moleza, que ainda me dominava por ter sido acordada tão cedo, e voltei ao meu quarto. Era inverno em Londres, então coloquei uma blusa decotada branca e um sobretudo preto de lã por cima, julguei aquecedor suficiente junto com a calça jeans.
Cheguei ao primeiro andar e ouvi uma buzina. Olhei pela janela e o táxi estava me esperando. Peguei minha bolsa, o documento que mamãe esquecera e saí de casa. O céu estava nublado naquele dia, mas isso não piorou o leve mau humor em que eu estava. Na verdade, espantou-lhe, pois eu gostava daqueles típicos dias londrinos.
Quando o táxi estava parado no último farol antes do prédio da Construtoras - que ficava a uns cinquenta metros -, vi o carro do dono dela parar diante da imponente entrada. Como eu sabia de quem era o carro? Simples, não é qualquer um que pode sair desfilando com um porsche preto pelas ruas. Era ele, .
Tive a total certeza quando o vi saindo daquela obra de arte sobre quatro rodas e se encaminhando para a portaria. Acho que deveria ser mais prudente que eu omitisse o fato de que quase babei ao observar a cena. Certo, eu sempre tive uma queda pelo chefe de minha mãe e isso é extremamente compreensível, visto que ele é um deus grego em forma de empresário de trinta e quatro anos.
Seus cabelos sempre bagunçados, o que quebrava um pouco do ar de seriedade que ele transmitia, o terno que moldava seu corpo de maneira insanamente tentadora e a gravata que te convidava a desatá-la. E como se isso já não me deixasse tonta o suficiente, ele ainda usava óculos Ray Ban Aviator, o que aumentava ainda mais o seu charme. Não fazia sol, mas quem disse que ele se importava? Seus óculos faziam parte de seu estilo e poucas vezes eu o vira sem ele.
Suspirei. Quando um homem daqueles sequer notaria a existência de uma garotinha como eu? Porque eu tinha certeza que era daquela forma que ele me via, como uma criança.
Despertei do transe em que sempre entrava quando via o ... Ou Mr. , e percebi que o táxi já estava parado em frente ao prédio. Paguei e saí do carro. Identifiquei-me na recepção e me permitiram subir. Vigésimo andar, foi bem cansativo chegar até lá.
A porta do elevador se abriu e eu estava na parte que comandava toda aquela empresa. Eu sempre me sentia absurdamente insignificante dentro daquele prédio, que era a sede de uma das mais reconhecidas construtoras do país, principalmente estando onde as pessoas mais importantes daquele império estavam.
Não se iluda achando que só porque minha mãe trabalha nesse andar ela é uma grande empresária. Ela é apenas - não que seja pouco - assistente do sócio majoritário e presidente da construtora. Em outras palavras, .
Caminhei discretamente pelo andar, que era como minha mãe sempre me recomendava. Cheguei diante da sala dela e bati à porta.
- Entre. - Ouvi sua voz vindo de dentro.
Fiz o que ela mandou e notei sua expressão de alívio assim que desviou o olhar de seu computador e viu que era eu quem entrava.
- Ah, muito obrigada, meu amor! Desculpe ter te acordado tão cedo! - Ela disse enquanto eu lhe entregava o documento.
- Não foi nada, mãe. Tudo bem. Agora, eu vou indo, não quero te atrapalhar. - Como braço direito do manda-chuva daquele lugar, mamãe era uma pessoa extremamente ocupada.
- Espere! - Disse, quando eu já estava prestes a sair de sua sala. - Hoje, eu vou sair mais cedo, um agrado do Mr. . Aceitaria almoçar comigo? - Ela convidou e meus olhos brilharam. Ocasiões como aquela eram muito raras. Não que o chefe dela fosse um carrasco, nem nada, mas mamãe era muito dedicada.
- Mas é claro que sim! - A empolgação transbordava em minha voz e ela sorriu.
- Está tudo bem calmo por aqui hoje... - Meus olhos se arregalaram. Tinha medo de ver quando tudo estivesse agitado, então. - Acho que você pode ficar me esperando perto da máquina de café, para não ter que ir para casa e sair logo depois.
- Tem certeza de que não tem problema? - Perguntei receosa e ela negou.
- Não se preocupe.
- Tudo bem, então, estarei esperando. - Disse e saí radiante da sala, controlando minha animação ao me dirigir à máquina de café.
Como eu estava de estômago vazio e era louca por capuccino, não pensei duas vezes antes de pegar um copo para mim. Assim que o fiz, virei-me para sentar no sofá ali ao lado. Entretanto, uma colisão com um corpo deliciosamente forte e entorpecentemente perfumado me impediu de realizar tal ato e ainda derramou a bebida em meu colo. O que não foi nada agradável, visto que ela estava bem quente e queimou a pele de meus seios.
- AI! - Exclamei, abanando onde o líquido caíra.
- Oh, céus, desculpe-me! - E então, eu paralisei. Levantei o olhar e descobri que o responsável pelo calor extremo que me atingia era . O que não deixava de ser um tanto quanto ambíguo. - Deixe-me tentar ajudar! - Ele dizia e eu simplesmente não consegui fazer nada. Era difícil pensar em qualquer reação tendo-o tão perto.
pegou alguns guardanapos que estavam ao lado da máquina de café e colocou em meu colo, como tentativa de absorver o capuccino e fazê-lo parar de me queimar. É. Exatamente isso que você leu. estava com as mãos em meus seios. Prendi a respiração enquanto ele as movimentava para limpar toda a região, o que acabava... Causando outro tipo de calor em mim, se é que me faço entender.
Acho que ele finalmente percebeu o que estava fazendo e retirou as mãos de meu corpo - infelizmente - e olhou-me com uma expressão constrangida.
- Eu... Er... Eu só queria ajudar... Porque estava te queimando e... Desculpe se eu... fui inconveniente. - Disse e eu sorri involuntariamente por vê-lo daquela forma.
Retirei os guardanapos de meu colo e os joguei no lixo, juntamente com o copo que eu ainda segurava. Não queimava mais, entretanto agora o local ardia.
- Não se preocupe... - Disse enquanto passava a mão sobre meus seios para avaliar o quanto um toque seria doloroso por culpa do capuccino derramado. Não pude deixar de notar que os olhos de se fixaram nesse meu movimento. - Foi muito bom.
Ele me olhou assustado e então me dei conta do que eu acabara de falar. Quem quer me dar um tiro?
- Digo, foi bom porque parou de queimar e... - Tentei me explicar, mas desisti ao notar que havia algo brilhando em seu olhar. Algo que me fez estremecer.
Luxúria.
Ele me olhou de cima a baixo, um sorrisinho safado surgiu no canto de sua boca e eu novamente não tinha ideia de onde estava meu oxigênio.
- ? , filha da melhor assistente que eu poderia ter? - Assenti, ainda meio desnorteada. - Meu Deus, faz quanto tempo que não te vejo?
- Hum... Muito. - Respondi, mordendo o lábio. Sim, eu o via diversas vezes. Na televisão, dando entrevistas, ou quando eu passava para encontrar mamãe na saída do trabalho e ele estava indo embora. Mas ele devia ter me visto pela última vez quando eu ainda tinha meus quinze anos. Ou me viu depois e não reparou, que seja.
- Deve ser mesmo, porque você cresceu e está muito... - o olhar que ele me lançou me diz que a palavra que usaria era um pouco mais pesada do que a que realmente usou - bonita.
- Obrigada! - De repente, eu já não estava mais tão... tímida. O homem dos meus sonhos me lançava aquele olhar desejoso e eu ia desperdiçar a chance sendo acanhada? NUNCA. - O senhor também está ainda melhor do que da última vez que te vi.
- Senhor? Não sou tão velho assim. - Olhou para si mesmo e depois me lançou um falso olhar triste.
- Certo, você está ainda melhor. - Disse e ele sorriu.
- Hum, os anos podem fazer bem ou mal a um homem. Seu elogio me faz crer que eles me fizeram bem. - Enquanto falava, pegou um copo de capuccino na máquina. - Entretanto, a beleza jovem é algo a se admirar quando encontrada. - Entregou-me a bebida, olhando fundo dentro de meus olhos.
Certo. Eu estava alucinando ou aquilo era uma indireta? Ter sido assediada pelo insano de suas íris não me ajudou muito a pensar sobre o assunto.
- E você se julga um bom apreciador? - Instintivamente, dei continuação ao jogo enquanto acenava com a cabeça em agradecimento pelo capuccino.
- Digamos que eu não perco uma boa oportunidade. - Piscou para mim enquanto eu tomava um gole do líquido que segurava. Vai soar muito ridículo se eu disser que quase engasguei? - E com a experiência, aprendi a identificar quando estou diante de uma chance que não posso deixar passar.
- É o que eu sempre digo... Pessoas experientes têm sempre muito a ensinar. Em todos os aspectos. - Lancei-lhe um olhar insinuante e ele riu fraco, assentindo.
- Oh, droga! - Ele disse, olhando para meus seios, e eu franzi o cenho, confusa. - Eu manchei sua blusa! - Olhei para baixo e vi que minha blusa branca agora estava marrom. Ela não era uma de minhas favoritas mesmo.
Ok, ela era. Mas agora se tornaria ainda mais querida, considerando o fato de que sempre me lembraria do momento com ao olhá-la. E de suas mãos em meu corpo também.
Esqueçam a última frase.
- Ah, não tem problema e...
- Claro que tem! - Ele me interrompeu. - Venha comigo até a minha sala, vou ligar para o pessoal da recepção e pedir para eles comprarem outra blusa para você agora mesmo.
- Realmente, não precisa e...
- Mas eu quero. - Ele colocou o dedo indicador sobre meus lábios e novamente penetrou-me fundo com aquele olhar estonteante. E então eu percebi. A maior intenção por trás daquilo não era reparar o acidente e dar-me uma nova blusa... O objetivo era me levar para a sala dele.
Qual você acha que foi minha resposta?
- Ok, você venceu. - Disse e ele sorriu satisfeito, retirando o dedo de minha boca. Por que eu tenho a sensação de que ele acabaria esquecendo de repor minha blusa?
- Acompanhe-me, então, por favor. - estendeu o braço para que eu entrelaçasse o meu e assim eu fiz, deixando meu copo no canto da mesa em seguida.
Caminhamos até a sala dele - que ficava do outro lado do andar - e ninguém parecia notar-nos. Talvez porque estivessem ocupados demais com seus trabalhos. Ou ainda, pelo fato de que ver Mr. com uma garota por lá era rotina.
Pensar nisso me fez recear por um momento. Eu estava sendo fácil demais, não estava? Digo, mais uma das garotas que ele rapidamente levava na lábia e usufruía depois - o que eu sabia que ele fazia. Entretanto, eu desejava aquele corpo, aquele cheiro, aquela pele há tanto tempo... Era difícil pensar em fazer algum charme.
E quem me garantia que eu teria outra oportunidade daquelas? "E com a experiência, aprendi a identificar quando estou diante de uma chance que não posso deixar passar."
Acho que eu podia ser um pouco experiente por conveniência.
Entramos na sala dele e ele soltou meu braço para fechar a porta. E a trancou.
- Para ninguém nos incomodar. - Um sorriso sedutor brincava em seus lábios e eu soube que algo bem interessante iria acontecer entre aquelas quatro paredes.
Dirigi-me até a mesa dele, observando alguns porta-retratos que ali estavam, e qual não foi minha surpresa ao me ver em uma das fotografias. Eu deveria ter por volta dos dez anos e posava juntamente com mamãe, papai, e o pai dele - de quem minha mãe fora assistente também.
- Acho que te conheço desde que você nasceu. Sua mãe já trabalhava para o meu pai na época. - Quando dei por mim, estava ao meu lado e segurava o retrato em mãos, sorrindo. - Sempre te achei encantadora.
- Você só pode estar brincando, eu era horrível quando criança. - Eu ri, observando minha imagem.
- Hum... - Ele disse enquanto colocava o objeto de volta à mesa, eu estava atenta a cada detalhe de seus movimentos. - Acho que eu já sabia que você iria crescer e se tornar essa mulher incrivelmente atraente que se tornou.
Seu rosto, que eu nem percebi se aproximar, estava a poucos centímetros do meu e seus olhos novamente percorreram todo o meu corpo - que havia colocado entre a mesa e ele, sem que eu notasse também.
- Quantos anos você tem agora, ? - Perguntou. Eu podia sentir sua respiração invadir minha boca enquanto o cheiro que vinha dele me intoxicava por completo.
- Dezessete... - Eu não gaguejei, mas minha voz era um fraco sussurro.
- Dezessete... - Sua voz repetiu sedutoramente perto de meu ouvido e seu nariz acariciou levemente minha bochecha. Ar, cadê? - Você sabe que eu tenho o dobro da sua idade, não sabe? - Afastou o rosto apenas para olhar em meus olhos.
- Sei. - Respondi, brincando com a ponta de sua gravata, mas sustentando seu olhar.
- E isso incomoda você? - Nossos narizes já se tocavam e suas mãos, que antes se apoiavam na mesa, agora estavam em minha cintura.
- Nem um pouco. - Mal terminei de falar e nossos lábios já estavam selados um ao outro.
Sua língua invadiu minha boca juntamente com seu hálito de menta e eu perdi o resto de lucidez que ainda tinha. Que sabor era aquele? Como era possível beijar tão bem?
Que homem era aquele?
Enquanto ainda me enlouquecia com os movimentos de sua língua, suas mãos desceram para a parte de trás das minhas coxas e ele segurou firme nelas, erguendo-me e me colocando sentada na mesa. Abri as pernas para que se encaixasse entre mim e assim ele o fez, permitindo-me envolver sua cintura com elas.
Minhas mãos estavam afundadas no cabelo de sua nuca, arranhando a região de leve e puxando os fios, quando uma onda de tesão mais forte me atingiu. E isso começou a se tornar mais frequente, levando em conta que julgou que meu sobretudo estava atrapalhando e resolveu tirá-lo, explorando meu corpo sem pudor algum ao fazê-lo.
Eu já perdera uma peça de roupa e ele ainda estava com todas as suas. Isso não era nada justo. Deslizei as mãos nos ombros dele e levei junto seu terno, partindo para sua gravata logo depois de ele chegar ao chão.
Como todo mundo precisa respirar, nós quebramos o beijo e ele dirigiu seu lábio para meu ouvido enquanto eu ainda me ocupava com a tarefa de tirar a gravata de seu pescoço.
- Acho que vou dar uma verificada no estrago que causei aos seus seios. - Sussurrou ofegante e isso tornou a frase ainda mais excitante.
Não tive tempo para formular uma resposta, pois, logo após falar, começou um caminho de beijos que partia de minha bochecha e descia, ao mesmo tempo em que suas mãos adentravam minha blusa e a puxava para cima conforme direcionava seu toque ao meus seios.
Seus lábios repousaram em meu pescoço, que ele começou a beijar e a morder enquanto suas mãos finalmente encontravam seu objetivo e ele começava a massageá-los. Foi impossível não gemer com aquela mistura de sensações: sua boca em meu pescoço, seus dedos levando-me ao paraíso com seu toque incrivelmente macio e forte e... senti um volume sendo pressionado contra minha intimidade. Um grande volume, se me permitem dizer.
- Tão macios quanto aparentam... - Sussurrou enquanto suas mãos ainda apertavam meus seios, o que pararam de fazer logo depois, provocando um ruído inconformado de minha parte.
Foi tudo muito rápido, ou eu estava excitada demais para perceber, a questão é que um segundo depois eu já estava sem blusa e sem sutiã. E, ah, também havia retirado a gravata de .
- Vamos ver se são deliciosos da mesma forma. - Olhou-me por um segundo com o olhar repleto da mesma luxúria que eu já vira antes e então sua boca avançou em meu colo, sugando-o ferozmente enquanto uma mão ainda massageava o seio para qual ele não dava atenção labial.
Descontrolei-me. Meus gemidos altos começaram a preencher a sala enquanto eu puxava sem piedade os cabelos de , que parecia estar concentrado demais em meu corpo para se importar com alguma dor no seu.
E por alguns segundos, ele permaneceu dando-me um prazer que eu jamais sentira igual com apenas o seu jeito de me tocar, de me sugar, de me provar. Sua boca e sua mão reduziram os movimentos e ele voltou a beijar minha boca.
- São ainda mais. - Quebrou o beijo apenas um milímetro para sussurrar isso e mordi seu lábio inferior. Não precisava de mais palavras para entender o que ele queria dizer.
- Seu toque é... louco de tão excitante. - Disse enquanto direcionava minha mão para a sua ereção. - Mas pelo menos sei que não sou a única afetada. - Apertei o local, fazendo-o gemer alto. Continuei com a mão lá, acariciando e apertando levemente. Sua expressão de prazer era alucinante.
- Ah, é? Vamos ver o que você vai achar disso, então. - Ele disse confusamente entre seus gemidos e direcionou sua mão desorientadamente até minha calça jeans, desabotoando-a.
- Parece que gostamos de brincar com as mesmas áreas. - Sussurrei em seu ouvido, apertando seu membro com mais força, recebendo outro gemido mais forte. - Só resta saber quem tem mais habilidade. - Provoquei.
mordeu meu lábio inferior com vontade e então olhou em meus olhos.
- Criança, você mexeu com o homem errado. - E o brilho pervertido de suas íris me indicou que eu havia mesmo.
Ele começou a puxar minha calça para baixo e fui obrigada a retirar as mãos de onde elas estavam e apoiá-las em seu ombro, erguendo-me o suficiente da mesa para que ficasse apenas de calcinha.
- Sinta isso... - sua mão se direcionou à minha intimidade logo que entrei em contato com a madeira e sua voz rouca em meu ouvido me arrepiava mais uma vez - e depois me fale sobre habilidade.
Seus dedos afastaram o tecido de minha calcinha e em seguida os senti acariciando minha vagina. Involuntariamente, cravei meus dentes no ombro de para evitar um grito.
Ele fazia movimentos de vai e vem, alternados com movimentos circulares em meu clitóris, e eu só conseguia gemer. Gemer e movimentar o quadril na direção dele, em busca de mais contato.
- Você prefere rápido... - seus movimentos se aceleraram e um grunhido louco desprendeu de minha garganta - ou lento? - Seus dedos acompanharam sua voz.
É óbvio que era uma pergunta retórica, só para me atiçar ainda mais, visto que eu jamais conseguiria responder no estado de insanidade que eu estava. E eu que achava que seu toque em meus seios era o maior prazer que eu já sentira. Pura ilusão.
- Acho que os dois. - Seus dedos passaram a alternar a velocidade e seus dentes mordiscaram de leve o lóbulo de minha orelha. Eu estava completamente entregue a ele naquele momento.
- Mais... Mais forte... - Minha voz saiu sem permissão, apenas exteriorizando o que meu corpo implorava.
- Não, não... - Ele sussurrou. - Prefiro isso. - E sem aviso prévio, ele me penetrou com dois dedos.
Meu grito inevitável só não se fez ouvir porque capturou meus lábios em um beijo assim que algum som começou a se projetar de minha boca.
E era inexplicável a forma como ele conseguia me dar prazer tanto com os movimentos de sua língua em sincronia com a minha, como com as estocadas de seus dedos em minha intimidade. Eu sentia como se pudesse sair do meu corpo a qualquer momento, tamanha a intensidade das sensações que me proporcionava ao mesmo tempo.
- ... - E eu não conseguia me impedir de gemer seu nome, chegando até a quebrar nosso beijo para fazê-lo.
- Mais alto... Vai, quero te ouvir gemer meu nome bem alto. - Eu percebia o certo tesão em sua voz ao sussurrar em meu ouvido e seus dedos me penetrando cada vez mais rápido.
- AW, ! - Não que eu quisesse obedecer, mas eu não tinha controle de minhas ações com os espasmos de prazer que meu corpo começava a sentir.
- Isso é música aos meus ouvidos... - Ele sussurrou com a voz ofegante, continuando com seu ritmo frenético.
Meus olhos se reviravam em suas órbitas, eu sentia que meu orgasmo não estava longe de chegar, por mais que eu quisesse que aquele momento e que aquela sensação inexplicável durassem para sempre.
E um formigamento começou nos dedos de meus pés e subiu até minha barriga, acompanhado da impressão de estar indo à Lua e voltando, anunciando que eu havia chegado ao ponto extremo do prazer.
E com um último gemido, relaxei meu corpo. Minha respiração era desesperada, cansada, e afundei meu rosto na curva do pescoço de . O que não foi tão boa ideia, considerando o efeito de seu perfume em meu organismo.
retirou seus dedos de dentro de mim e afastou seu corpo, retirando meu apoio. Olhei-o e vi que ele os colocara na boca, fechando os olhos em seguida. Não pude deixar de achar aquilo sexy.
Sua expressão era de deleite. Ele levantou as pálpebras pouco tempo depois, lançando-me um sorriso ao perceber que eu o encarava.
Beijei-lhe os lábios suavemente, buscando por um pouco de meu próprio gosto em sua boca, enquanto ele fazia um carinho gostoso em minha cintura com os polegares.
- O que me diz sobre habilidade agora? - Sussurrou, roçando seu nariz ao meu, enquanto deixávamos a visão de fora do nosso momento, apenas sentíamos os carinhos um do outro.
- Que você foi dotado com muita. - Sussurrei, rindo fraco, e ele me acompanhou.
Senti suas mãos segurarem meu rosto e abri os olhos, sendo bombardeada pelo de sua íris mais uma vez. Céus, aquilo nunca iria deixar de me fazer estremecer.
observou meu rosto por alguns segundos e é bem ridículo o fato de eu ter corado com isso, se você pensar no que eu e ele havíamos acabado de fazer naquela sala. Entretanto, aquele sorriso fraco que ele sustentava me deixou tímida.
- Isso foi... insano. - Ele disse, dando-me um selinho. - Realmente insano.
- Eu que o diga. - Respondi com um sorriso malicioso e ele riu alto, fazendo-me acompanhá-lo.
- Hum... Espero que possamos repetir, então. - Ele lançou-me um olhar sedutor. Preciso dizer que aquilo fez meu coração quase saltar pela boca?
Por sorte, antes que eu pudesse dizer alguma besteira, o telefone começou a tocar e estendeu o braço - quase deitando-se por cima de mim, importante frisar - e o atendeu.
- Sim? - Pausa, a pessoa do outro lado disse algo. - Ah, certo. Já estou indo para lá. - Ele disse e desligou, ficando ereto novamente. - Infelizmente, tenho uma reunião de última hora. - Lançou-me um olhar triste.
- E eu tenho que ir almoçar com minha mãe... - Retribuí o olhar.
- Hum, é mesmo... Sua mãe trabalha muito, achei que ela merecia um agrado no sábado. - Seu sorriso foi sincero. - Bem, temos que nos vestir, então.
Relevei o fato de que ele só perdera a gravata e o terno, enquanto eu estava apenas de calcinha, então levantei da mesa para recolher minhas roupas e vesti-las. Quando terminei - e também dera um jeito no meu cabelo -, percebi que já estava pronto havia muito tempo e me observava recolocar cada peça, sentado em um pequeno sofá no canto de sua sala.
- Você ficou me observando? - Perguntei só para confirmar, fingindo indignação na voz, quando na verdade eu estava envergonhada.
- Não dizem que o que é bonito se observa? - Disse em tom de defesa e eu coloquei as mãos na cintura. Eu podia ter sido fácil e tudo o mais, mas sabia que ele deveria dizer coisas desse tipo para todas.
- O certo é 'o que é bonito se mostra'. - Corrigi enquanto se levantava e vinha em minha direção.
- Se mostra para ser observado, concorda? - Disse, já próximo de mim. Retirou minhas mãos da minha cintura e as colocou em volta de seu pescoço. Droga, por que eu tinha que ficar tão vulnerável quando ele se aproximava? - E desmanche essa expressão de brava, seu sorriso é muito mais bonito.
Foi impossível não fazer o que ele disse, ainda mais porque ele acariciou meu rosto.
- Bem melhor... - Sussurrou, selando nossos lábios.
Como eu sabia que era o beijo de despedida, tratei de aproveitar o máximo que pude. Ao nos soltarmos, vi que a boca de estava vermelha e a minha não deveria estar diferente.
- Na sexta-feira, eu vou fazer um jantar para todos os funcionários e seus familiares na minha casa... Você está intimada a ir. - disse, já se dirigindo para a porta, sendo seguido por mim.
- Eu irei. - Sorri enquanto olhava para ele pela última vez antes de sair da sala.
Estava indo em direção à máquina de café, onde voltaria a esperar por minha mãe, quando ouvi:
- ! - Olhei e era , que já estava perto da sala de reuniões. - Ainda te devo uma blusa.
Não consegui evitar, comecei a rir e ele fez o mesmo, piscando e entrando na sala logo depois. Andei até chegar ao sofá que havia ali perto e sentei, tendo a impressão de que aquele sorriso estúpido de tão grande não sairia de meu rosto muito fácil.
Era verdade? Tudo que acontecera na sala de minutos atrás foi real? Não conseguia acreditar que o homem que sempre me fizera babar havia me feito... ter reações bem mais significativas, por assim dizer.
E o homem que eu jurava que nunca olharia para mim realmente tinha me dito que poderíamos repetir o que fizemos? Era demais para minha mente.
Tanto que fiquei meio aérea durante o resto do dia, o que deixou mamãe levemente desconfiada. Ainda mais porque minha blusa estava manchada, mas como sou muito desastrada, ela acreditou facilmente que eu me atrapalhara sozinha.
E assim meus dias se seguiram. Quando me distraía, logo me pegava lembrando de e tudo que acontecera. E o desejo ardia em minhas veias. Senti-lo novamente era o que meu corpo implorava, a vontade era quase incontrolável. Torci para que mamãe novamente esquecesse algo em casa, ou que me chamasse para encontrá-la na saída do serviço.
Infelizmente, a memória dela não falhou mais e ela chegou tarde todos os dias. E eu estava em casa, na quinta-feira à noite, fazendo pipoca para meu pai - que chegara de viagem na segunda - e para mim, quando o telefone tocou. Como ele estava no banho, deixei a panela na cozinha e corri para a sala para atender.
- Alô? - Disse assim que peguei o aparelho.
- Er... ? - Por pouco, não caí ao ouvir a resposta. Eu conhecia aquela voz, eu conhecia muito bem.
- ? - Perguntei.
- Eu mesmo. - Sua voz, que antes era quase temerosa, pareceu aliviada. - Resolvi ligar nesse horário porque sei que sua mãe ainda está aqui na empresa.
- Mas meu pai está aqui. Você deu sorte que ele está no banho. - Respondi, sentando-me no braço do sofá. Eu sentia um estranho frio na barriga. Mas um frio na barriga muito gostoso.
- Dei sorte mesmo, porque eu pensei tantas vezes em te ligar e não tive coragem... Seria decepcionante se quando eu me decidisse seu pai me atendesse. - disse em tom divertido e eu ri fraco. Entretanto, o fato de ele estar pensando em me ligar não me passou despercebido.
- Realmente seria. - Disse, quando parei de rir. - Mas a que devo a honra de sua ligação? - Fui direto ao ponto e ele suspirou. Sim, eu estava com saudades dele. Sim, eu estava em êxtase por ele ter me ligado. E todos esses fatos atiçavam minha curiosidade.
- Olha... Acho que você não vai acreditar muito no que eu vou dizer, todavia, é a verdade.
- Diga-me e eu avalio.
- Eu, hum... Digamos que... Eu não consigo parar de pensar no que aconteceu na minha sala. Eu achei realmente insano, não sei explicar. Eu nunca... Quer dizer, nós nem chegamos a... realizar o ato do sexo em si, mas... nunca um gemido me excitou tanto quanto o seu, nunca uma expressão de prazer me fez sentir tão... satisfeito. - Ele respirou fundo antes de continuar, havia dito tudo muito rápido. Meu coração batia com uma frequência acima do normal, eu estava quase me beliscando para ter certeza de que estava mesmo ouvindo tudo isso. - O que eu quero dizer é que... tantas mulheres já passaram pela minha vida e nenhuma nunca me fez sentir do jeito que você fez.
Fiquei algum tempo sem reação, sem saber o que dizer diante daquilo. Era tão inesperado, tão surreal.
- Eu sei que... vai parecer loucura, eu sei que você pode nem acreditar. Mas, não sei... Sua mãe às vezes falava de você, mostrava algumas fotos e... Sempre me senti estranho e... Nossa, eu estou sendo estúpido. - Ele sussurrou a última parte, mas eu consegui escutar.
- O que eu não entendo é... O que eu fiz? Quer dizer, você que... Você que me deu prazer. - Meu pai podia aparecer a qualquer momento, eu tinha que falar o mais baixo quanto fosse compreensível.
- É... Algo em você. Você tem um algo a mais que eu... Não sei explicar o que é, mas que me deixou completamente vidrado. É assustador. - Sua voz parecia derrotada. Imaginei que não deveria ser nada fácil para um homem como ele... Digo, que estava acostumado a ter mulheres aos seus pés, dizer algo daquele gênero. Se é que era verdade. O que eu torcia que fosse.
- E se... eu te dissesse que... não paro de pensar em você um segundo desde que tudo aconteceu e... que sempre desejei aquilo? Sempre desejei você, da maneira que fosse. No momento em que passei a me sentir atraída por homens, você se tornou o primeiro da lista. - Pode me chamar de otária, de iludida, de ingênua, mas... as palavras simplesmente saíram de minha boca.
- Eu diria que...
- Filha, quem é? - Meu pai retirou minha atenção do que estava falando quando apareceu descendo as escadas, ainda secando o cabelo. Inferno.
- Uma amiga, pai. - Respondi no telefone, com a intenção de que também ouvisse.
- Sei, amiga. - Respondeu brincalhão, sentando-se ao meu lado no sofá. - Pode continuar a conversa, então.
Sei que é errado, mas tive vontade de socar meu pai nesse momento.
- Seu pai apareceu, não foi? - suspirou do outro lado da linha.
- Exatamente. - Respondi enquanto era encarada pelo cara que eu mais amava no mundo, mas que no momento estava sendo bem, bem inconveniente.
- Podemos continuar essa conversa amanhã no jantar, então? Você vai, não é? - Era mais uma afirmação do que uma pergunta.
- Com certeza. - Odiava ter que medir minhas palavras.
- Ok, então... Boa noite.
- Boa noite. - Desliguei o telefone e meu pai me olhava, rindo.
- Ah, minha adolescência... - Ele cantarolou e eu lhe dei um tapa.
- Vai cuidar da pipoca que deve estar queimando, vai. - Puxei-o para se levantar e assim ele fez, caminhando para a cozinha ainda cantando.
Não me surpreendi por ter acordado com uma expressão cansada no rosto no dia seguinte. Passei a madrugada inteira me revirando na cama, não conseguindo parar de pensar em qual iria ser a reação de às minhas palavras, ansiosa para que o jantar chegasse logo e eu pudesse vê-lo novamente e ouvir o que ele teria a me dizer.
Mamãe estava de folga e isso me distraiu, pois fomos fazer compras e depois ao cabeleireiro, queríamos estar bonitas para o jantar. Claro que não pelo mesmo motivo, eu queria que... me achasse bonita. Ok, talvez eu não tivesse me distraído por completo.
Olhei-me mil vezes no espelho antes de sair com meus pais para o jantar. Eu achava que estava tudo ruim. Meu cabelo estava solto, eu não gostara de nenhum penteado que o cabeleireiro sugerira. Eu tinha a impressão de que meu vestido me engordava e que meu rosto estava horrível - o que não me fez usar mais do que um lápis de olho. Por que raios eu estava tão insegura?
E esse sentimento só se apossou mais de mim quando fiquei diante da
mansão
de na sexta-feira à noite. Não me lembrava mais do quanto ela era bela e requintada.
- Espero que aquele cara cuide bem dele. - Papai estava resmungando pelo fato de que tivera que deixar seu carro nas mãos do manobrista quando chegamos em frente à casa, para que ele fosse levado para o estacionamento. Ou garagem. Ou o que fosse.
- Pare de ser chato e vamos. - Mamãe disse, puxando-o para que subisse os três degraus que nos deixavam no nível da porta de entrada, e eu os segui.
Ela tocou a campainha, minhas mãos estavam inquietas, eu não parava de esfregá-las uma na outra, o que indicava todo o meu nervosismo.
- Boa noite! - Um senhor de meia idade, que deduzi ser o mordomo, vestido de smoking e extremamente simpático foi quem abriu a porta para nós. - Senhora e sua família, estou certo? - Diante da confirmação de mamãe, ele deu espaço para que entrássemos. - Entrem, por favor.
Ao que nós três estávamos dentro do hall, o mordomo fechou a porta e se virou para nós.
- O senhor está com todos na sala de estar, acompanhem-me. - E foi o que fizemos.
Quando já podia avistar as pessoas que se encontravam no cômodo, que eram por volta de umas trinta - sim, a sala era imensa -, eu o vi.
Estava conversando com dois homens e uma mulher, de pé, atrás da mesa de centro, com uma taça contendo um líquido vermelho. Os cabelos estavam como sempre, trajava uma calça social preta, acompanhada de uma camisa branca, as mangas dobradas até quase seu cotovelo e uns cinco botões abertos. Tão simples e tão estonteante. Somente ele conseguia, somente .
Sua expressão era algo como entediada e ele olhava disfarçadamente para o relógio em seu pulso de pouco em pouco tempo. Parecia estar nervoso, ansioso. Mordi o lábio inferior.
- A família acaba de chegar. - O mordomo anunciou na entrada do cômodo e todos os olhares se voltaram para mim e para meus pais. Todos, inclusive o dele.
abriu um sorriso ao me ver e eu fiz o mesmo, apenas mais discretamente. Ele disse algo - que deve ter sido um pedido de licença - para as pessoas com quem conversava, deixou sua taça em cima de uma mesinha de canto e começou a caminhar em nossa direção.
- Que prazer em vê-los! - Disse assim que estava em nossa frente. - Sejam muito bem-vindos.
Cumprimentou meu pai com um aperto de mão, mamãe com um beijo no rosto e, quando foi fazer o mesmo comigo, sussurrou de forma que só eu poderia ter ouvido:
- Tenho grandes planos para a nossa noite. - Senti como se meu estômago revirasse dentro de mim, um arrepio atingiu-me por completo.
Ele se afastou e sorriu como se nada tivesse acontecido.
- Devo dizer, , que é um homem de sorte. Tem duas mulheres incríveis e deslumbrantes em casa! - Elogiou e meu pai sorriu, passando o braço pela cintura de mamãe e pela minha. Eu ainda olhava para como idiota, ainda sem absorver o que ele dissera.
- É, acho que eu tenho. - Disse em tom divertido e todos nós rimos fraco.
- Melanie? - Uma mulher surgiu atrás de .
- Kath! - Mamãe respondeu, soltando-se de meu pai e indo junto com a amiga para um sofá ali próximo.
- Acho que acabei de ser abandonado por uma. - Papai brincou e riu.
- Bem, o irmão de um dos sócios da empresa trabalha com arqueologia também, acho que vocês poderiam ter uma conversa bem agradável. - Sim, meu pai era arqueólogo. Sim, estava ocupando todos aqueles que pudessem sentir minha falta. O que me indicava que eu iria "desaparecer" por algum tempo.
- Ah, eu adoraria! - Os olhos de meu pai brilharam. - Er... Tudo bem por você, querida? - Perguntou, receoso.
- Vá e se divirta. - Sorri e ele relaxou.
- É aquele ali. - apontou para alguém que não fiz muita questão de ver e meu pai assentiu, caminhando em direção ao colega de profissão. - Hum... A senhorita não gostaria de me acompanhar até a adega? Gostaria de mostrar alguns ótimos vinhos. - disse casualmente assim que estávamos apenas nós dois, um tanto quanto distantes de todos os demais na sala.
- Eu adoraria. - Respondi, tentando transmitir normalidade em minhas ações. Para que os convidados não desconfiassem de nada e para que não percebesse meu nervosismo também.
Ele estendeu o braço para mim e sorriu de um jeito malicioso. Foi impossível não retribuir, lembrando de como uma cena parecida com aquela já havia acabado.
A adega não era muito longe e não demoramos a chegar lá. abriu a porta para mim e eu entrei. Estava reparando em como o local era grande e em quantas garrafas havia lá, quando senti dois braços me abraçando pelas costas e lábios macios repousarem em meu pescoço. Sorri, fechando os olhos. Como eu estava desejando tê-lo perto daquela forma.
- Que saudades do seu cheiro e do seu toque... - Sussurrei enquanto ele distribuía beijos por toda a região entre minha bochecha e meus ombros.
virou-me de frente para ele e segurou meu rosto, sorrindo. Observou-o por alguns segundos e depois se aproximou de meu ouvido.
- Que saudade de sentir você. - Sua voz era leve, era sedutora e era provocante ao mesmo tempo.
Logo nossos lábios se capturaram em um beijo repleto de desejo enquanto minhas mãos passeavam descontroladas pelo seu corpo e as dele faziam o mesmo. começou a empurrar-me e logo me senti sendo pressionada contra uma parede fria, o que me causou um gemido pela diferença de temperatura entre ela e a que meu corpo adquirira com aquele amasso.
- A gente não pode... demorar... Vão sentir... sua falta... - Pronunciei com dificuldade enquanto beijava meu pescoço e suas mãos estavam por dentro de meu vestido, espalmadas em minha bunda.
Eu queria arrancar sua camisa e explorar o peitoral e o abdômen inacreditáveis que eu tinha certeza que ele possuía, mas eu não podia. Não naquele momento. Eu realmente tinha um problema sobre as roupas de , o excesso e como seria complicado retirá-las.
- Eu sei... - Ele disse fracamente quando seus lábios deixaram minha pele. - Mas eu preciso de muito mais do que isso... Eu preciso de você inteira. E ainda hoje.
Beijei-o com intensidade, tentando demonstrar o quanto eu também precisava e também para descontar o tesão que aquelas palavras me causaram.
- Você tem... alguma amiga na casa da qual você costuma dormir? - Ele perguntou com nossas bocas ainda muito próximas e fiz o máximo que pude para pensar naquele estado.
- Tenho... Não vou com muita frequência, mas posso inventar alguma desculpa. - Lembrei-me de uma das minhas amigas mais próximas, que havia estudado comigo durante toda a minha vida escolar. - Por quê?
- Você vai dizer que precisa ir dormir na casa dela, eu digo que preciso ir ao escritório porque esqueci algo lá e que te dou uma carona. Seus pais vão embora, os convidados vão embora... E teremos a casa e a noite inteira somente para nós dois. - Não pude evitar que um brilho em meus olhos surgisse diante dessa perspectiva. - O que acha?
- Tudo para ficar com você hoje. - Sussurrei e ele me deu vários selinhos seguidos, sorrindo.
- Bem... Vá você na frente e qualquer coisa diga que quis ir ao banheiro e eu te mostrei onde era, porque iria passar na adega para pegar uma bebida. - Orientou e eu assenti, dando uma ajeitada na roupa e no cabelo antes de sair.
Durante o resto do jantar, não ficou longe por muito tempo. Dava um pouco de atenção aos outros convidados, trocava algumas palavras, mas logo estava ao meu lado novamente. Parecia que ninguém notava que estávamos sempre juntos. Conversamos sobre vários assuntos, eu queria saber mais sobre ele. Seu estilo musical, os livros que lia, os filmes que assistia, o que gostava de comer e o que detestava... Queria conhecer o que havia por trás daquele físico divino e daquele homem solitário.
Quer dizer, um homem de trinta e quatro anos, solteiro, que tinha os pais morando em outro país e morava em uma casa imensa daquelas sozinho... Só poderia ser solitário.
Ouvi-lo dizer que curtia bandas de rock, que adorava livros e filmes de mistério e que não havia nada melhor do que uma boa pizza me fez perceber o quanto era diferente do que muitas vezes aparentava. Havia uma alma eternamente adolescente dentro daquele corpo que se fantasiava de terno e gravata.
- Mamãe, a Megan me ligou e... Ela não está muito bem, aconteceram algumas coisas e... Ela me pediu para ir dormir na casa dela hoje. - O jantar já havia acabado e eu e meus pais estávamos nos servindo do café que estava na mesa de centro.
- Quando ela ligou? É algo grave? - Ela perguntou preocupada.
- Quando eu fui ao banheiro um pouco depois de chegarmos. Eu acho que foi uma briga com o namorado, ela não explicou direito. - Tentava passar naturalidade, não estava acostumada a mentir para minha mãe. Concentrei meus olhos no açúcar que colocava em minha xícara para fugir dos seus.
- É que... A casa dela é um pouco longe e... Mas tudo bem, nós te deixamos lá quando estivermos indo embora. - Papai disse e eu não tive tempo de dizer nada.
- Desculpem-me, mas eu ouvi a conversa por acaso e... Bem, esqueci alguns papéis no escritório e terei que buscá-los ainda hoje, posso dar uma carona para a para que vocês não precisem sair de seu caminho para casa. - sorriu inocente, surgindo do outro lado da mesa de centro. - Se vocês não se importarem, é claro.
- E por que nos importaríamos? - Posso te dar algumas razões, mamãe. - Você faria essa gentileza, Mr. ? - Seu sorriso era admirado, ela sempre tivera um carinho e um respeito muito grande por e por toda a sua família. Ou pelo pai dele, que seja.
- Com todo o prazer. - Segurei a risada diante da ambiguidade daquela frase.
- Muito obrigado, ! - Papai agradeceu e abanou o ar, indicando que não era nada.
Nossos olhares se encontraram por um segundo e trocamos um sorriso. Estava tudo dando certo.
Não muito tempo depois, todos os convidados começaram a se retirar. Meus pais foram alguns dos primeiros, pois mamãe alegou estar cansada e ter que levantar cedo no outro dia para trabalhar. Bem, não estava por perto quando ela disse isso.
Aos poucos, a casa foi ficando vazia, restando apenas nós dois e os empregados.
- O senhor ainda vai precisar dos meus serviços, Mr. ? - O mordomo perguntou, antes que eu e pudéssemos trocar qualquer palavra após o último convidado deixar o cômodo.
- Não, não. E avise aos outros que podem todos se recolher, estão dispensados por hoje. - disse e o senhor assentiu.
- Então, boa noite.
Respondemos à despedida dele e esperamos tempo suficiente para que ele não nos ouvisse mais.
- Não via a hora de ficarmos à sós. - disse, aproximando-se de mim e me segurando pela cintura. Sorri e envolvi seu pescoço com os braços. - Pronta para a melhor noite da sua vida? - Sussurrou, beijando-me.
- Mostre-me o que você tem. - Devolvi, prendendo seu lábio inferior entre meus dentes por um momento.
- Não se esqueça que foi você quem pediu. - Ele sussurrou em meu ouvido e logo depois me senti sendo erguida por seus braços, que me seguravam como se eu fosse uma noiva.
Ri enquanto ele começava a caminhar em direção às escadas que davam acesso ao segundo andar.
- Lembra-se... Quando eu disse... que ainda te devia uma blusa? - Entre suas falas, ele me dava selinhos. Como ele conseguia subir todos aqueles degraus me levando no colo, falando comigo e ainda por cima me beijando? E sem causar uma tragédia nos deixando cair? Realmente, não sei.
- Claro. - Já que ele parecia tão seguro naquela situação, resolvi que beijar seu pescoço não iria fazer mal algum.
- Não esqueci. - Sua voz era um pouco falha e concluí que eu o afetara um pouco mais do que o previsto. Esperava que não o suficiente para que acabássemos rolando as escadas.
Os degraus terminaram e ele começou a caminhar por um largo e extenso corredor, no qual havia várias portas. Dirigiu-se até a última delas, que era dupla e branca.
- Agora, vou te apresentar a uma parte do meu mundo que ninguém conhece. - Sussurrou antes de girar a maçaneta com dificuldade.
De início, não pude identificar nada, pois a escuridão dominava o local. Quando colocou-me no chão e acendeu o interruptor, vi que estávamos em um quarto. Não me atrevi a concluir logo que era o quarto dele, porque parecia mais de um adolescente. Pôsteres de bandas de rock espalhados por todas as paredes - que eram azuis, exceto uma preta -, dezenas e dezenas de discos de vinil em uma estante, ao lado de uma vitrola. Tinha certeza de que havia raridades ali. Muitos CD's também, todos bem organizados. Alguns livros em uma prateleira alta, que eu julgava serem os que ele mais gostava. Havia dois puffs azuis no quarto, distribuídos bem pelo espaço. Dois criados-mudos ladeavam a cama enorme e redonda, que estava forrada com uma colcha preta e branca.
E em cima dela, havia uma linda blusa branca. Sorri.
- Por que ninguém conhece esse lugar? Se eu tivesse um quarto assim, eu iria adorar mostrar para os outros. É incrível! - Virei-me para olhar para , que sustentava um sorriso tímido no rosto, e ele riu fraco, aproximando-se e me segurando pela cintura novamente.
- ... Eu... Er, digamos que as mulheres com quem já me envolvi... não iriam curtir muito se descobrissem esse meu lado... adolescente. Elas estão atrás de um homem, não de um garoto. Por isso, sempre que as trago para casa, é no meu outro quarto que... Bem. - Não nego que ouvi-lo falar de outras mulheres com quem já transara me incomodou, e acho que ele percebeu por minha expressão. E, oi? Outro quarto? Eu mal tinha um e ele tinha dois... Tudo bem. - Você é a única para quem eu realmente quis mostrar o meu mundo... Porque sabia que você entenderia. Também porque tenho vontade de te descobrir e de te deixar me descobrir.
Não pude deixar de sorrir ao ouvir aquilo, dando-lhe um selinho.
- Talvez você precisasse de alguém jovem para entender a sua juventude interior. E talvez eu precisasse encontrar essa perfeita combinação entre homem e garoto que você é. - Disse e ele ergueu a sobrancelha com um sorriso.
- Você sabe que foi profunda, não sabe? - Brincou e eu ri, concordando. - Hum... E que tal se nós deixarmos as coisas mais profundas agora? - Sua voz e seu olhar esbaldavam malícia e eu retribuí da mesma forma.
- Só estava esperando sua sugestão.
Logo nossos lábios se encontraram em uma explosão de desejo. Nunca havia encontrado alguém que sincronizasse tanto comigo em um beijo como . Sua língua me levava ao delírio, tão macia, tão ágil, tão... .
Tratei de me adiantar e começar a desabotoar sua camisa, antes que ficasse em desvantagem. Assim que terminei e a retirei de seu corpo, quebrei o beijo para olhá-lo. Vi que todas as minhas expectativas estavam erradas. Seu corpo era ainda mais lindo e convidativo do que eu imaginei.
Tirei os olhos de seu peitoral e olhei em seus olhos, sorrindo de forma tarada, fazendo-o rir. Então, comecei a beijar-lhe o pescoço, um pouco dos ombros e desci. Beijei todo o seu peitoral, enquanto arranhava seu abdômen e o sentia contraí-lo por isso. Continuei a descer os beijos e então parei onde antes eu passava as unhas, começando a brincar com o cós de sua calça. Olhei para cima e vi que seus olhos estavam fechados e ele mordia o lábio inferior. Isso foi incentivo o suficiente.
Abri o zíper e abaixei a peça, descobrindo a boxer preta que ele usava e o volume elevado dentro dela. Mais um incentivo para continuar. O próprio tirou seus sapatos e o resto da calça com os pés, fazendo-me sorrir. Mordi o elástico de sua roupa íntima e comecei a puxá-la para baixo lentamente, olhando sua expressão torturada enquanto isso. Quando terminei a tarefa de deixá-lo nu em pelo, observei-o por alguns instantes antes de continuar.
Não há ninguém mais belo no mundo do que .
Envolvi seu membro com as mãos e logo depois o coloquei na boca, sugando-o enquanto masturbava pela base. Eu não era muito experiente naquilo, mas eu queria devolver o que me fizera na sua sala. Seus gemidos se fizeram ouvir e ele segurou meus cabelos, tentando controlar meus movimentos, o que não permiti.
- Mais rápido... - Sua voz falha pedia e eu atendia, mas desacelerava logo depois, recebendo sempre ruídos de reclamação dele. - ... - Gemia meu nome em tom de reprovação e isso só me fazia querer continuar daquele jeito. - !
Fiquei provocando-o por um tempo, pude sentir o gosto do pré-gozo em minha boca, até que me puxou para cima, beijando-me com quase violência. Concluí que ainda havia muito por vir.
- Uma mocinha muito malvada, você... - Disse, entre mordidas na minha boca. - E mocinhas malvadas merecem castigos.
Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, a não ser enlouquecer com aquelas palavras, meu vestido já não estava mais em meu corpo. Tirei minhas sandálias - que por sorte não eram presas for fivelas - e apertou minhas coxas. Entendi o recado e dei impulso em seus ombros para entrelaçar minhas pernas em torno de sua cintura. Ele apertava minha bunda mais do que o necessário para me segurar, mas é óbvio que isso não me incomodou nem um pouco.
Eu puxava os fios de seu cabelo sem piedade, não quebrávamos o beijo e não notei que ele estava me levando para algum lugar até que fui jogada na cama - sim, em cima da blusa substituta. analisou-me deitada por alguns segundos com um olhar excitado - quase me fazendo corar - e então se deitou por cima de mim, voltando a selar nossos lábios.
Estranhei que fosse explorar meus braços, mas foi o que ele fez, deslizando os dedos até meus pulsos e os segurando com apenas uma mão. partiu o beijo por um segundo e aproveitei para provar o gosto de seu pescoço, notando que ele esticava para pegar algo no criado-mudo. Já seria a camisinha?
Ele voltou a me beijar e senti como se algo estivesse amarrando meus pulsos um no outro e depois na cabeceira da cama.
Hey, realmente havia algo me amarrando!
- , o que você está fazendo? - Afastei-me de sua boca imediatamente, deparando-me com seu sorriso vitorioso. Tentei mexer minhas mãos e notei que elas estavam completamente imobilizadas.
- Tornando seu castigo interessante... Ainda mais interessante. - Não pude deixar de me arrepiar pelo tom de sua voz e por imaginar o que ele estava pretendendo fazer comigo. - Pervertida. - Ele riu e então eu percebi que devia ter dado um sorriso bem malicioso.
- Olha só quem fala, não é, ? - Rebati, mexendo minhas mãos presas e sei que ele entendeu o que eu quis dizer.
- Isso é apenas uma brincadeira... - disse, aproximando-se e começando a beijar toda a região do meu pescoço, das minhas bochechas e o começo do meu colo - em que eu posso explorar todo o seu corpo, mas você não pode tocar em mim.
E seus beijos começaram a se alternar com mordidas e ele chegou aos meus seios. Retirou meu sutiã com uma facilidade que indicava prática e começou a beijá-los e mordê-los, dando atenção especial ao bico. parecia ter um tesão especial por seios, pelo qual eu agradecia imensamente por ser beneficiada.
Eu queria agarrar os cabelos de sua nuca, ou qualquer outra coisa que eu pudesse puxar enquanto ondas de prazer me atingiam graças às suas carícias, mas o máximo que eu conseguia era apertar o nó que prendia meus pulsos. Inesperadamente, isso tornava tudo melhor.
Sua boca desceu e ele chegou à minha barriga, mas não se demorou muito por lá, indo para as minhas coxas e beijando seu interior. Seus dedos começaram a puxar minha calcinha para baixo e ele parou seus beijos quando a retirou por completo.
- Quero te levar ao paraíso de outra forma... - Ele sussurrou, mordendo o lábio inferior.
- Você é o paraíso na Terra. - Só quando falei que percebi que estava ofegante.
Ele sorriu de um jeito quase meigo e então dirigiu sua boca até minha intimidade. Assim que sua língua quente e macia me tocou, contorci-me na cama, apertando ainda mais o nó que me prendia.
começou a me sugar com uma vontade delirante, às vezes contornando meu clitóris com suas lambidas também. Foi quando ele resolveu mordiscá-lo que eu gritei. Gritei tão alto que jurava que os empregados poderiam ouvir, arqueando também minhas costas. Eu estava fora de mim de tanto prazer.
Meus gemidos começaram a se misturar com frases desconexas quando ele decidiu tornar as mordidas algo um pouco mais frequente.
- Eu... Quero... Você... - Não fazia ideia se entendera o que eu disse, mas eu podia notar a satisfação com que ele estava 'trabalhando'.
Como certa resposta ao meu pedido, sua língua me penetrou levemente. Aquilo era demais, eu precisava tocá-lo, arranhá-lo, beijá-lo... Eu precisava de algo para descontar todo aquele turbilhão que eu estava sentindo.
- ! - Cheguei ao meu orgasmo, gritando a plenos pulmões o seu nome, inconscientemente, mas sabia que aquilo o agradaria.
Eu estava suando, aquilo tudo era intenso demais. Senti quando parou seus movimentos e abri meus olhos, vendo-o chegar seu rosto próximo do meu com uma expressão inteiramente excitada desenhada.
- Era disso que eu estava falando, garota... De me sentir louco apenas sabendo do seu prazer. - Ele sussurrou, beijando-me furiosamente em seguida. Eu podia sentir seu órgão em contato com o meu e isso me deixava ainda mais descontrolada do que eu já estava. Por tudo. Seus toques, suas palavras, aquela química no ar.
- Então, deixe-me enlouquecer ainda mais sabendo do seu... - Olhei em seus olhos logo que nossas bocas se afastaram e ele mordeu meu lábio inferior, sem desviar. Ele esticou o corpo para alcançar o criado-mudo e logo depois vi o preservativo em suas mãos.
- Eu adoraria que você colocasse... - Ele disse enquanto abria a embalagem e eu tentava inutilmente me soltar. - Mas vou adorar ainda mais te manter presa enquanto estiver dentro de você.
vestiu o preservativo e eu observei todo o processo, mordendo o lábio e desejando estar fazendo aquilo.
- Você não vai me soltar? - Perguntei fracamente quando ele já estava devidamente protegido e deitado sobre mim novamente. Sua cabeça apenas balançou em negação.
- É isso o que você quer? - Perguntou sedutoramente, pressionando sua ereção contra mim e gemi, fechando os olhos. - Diga-me, é isso o que você quer? - Ele pressionou com mais força e meu gemido acompanhou.
Envolvi seu quadril com as pernas, apertando seu corpo contra o meu e trazendo seu rosto mais próximo ao meu.
- Você sabe o que eu quero. - Disse, tentando fazer com que o brilho dos seus olhos não abalasse minha firmeza quando entrei em contato com eles.
- Hum... Talvez você precise me lembrar. - Ele começou a movimentar seu quadril e eu perdi a firmeza que estava lutando para manter, começando a acompanhar seus movimentos enquanto suspirava involuntariamente. - O que você quer?
- Eu... Quero... Você. - Pronunciei falhamente e ele sorriu satisfeito, direcionando seu membro para minha entrada. - Em mim, agora! - Puxei minhas mãos, tentando me soltar para poder agarrá-lo, mas aquele nó parecia indesatável.
Ao mesmo tempo em que terminei de falar, senti me penetrar com força e se colocando inteiramente dentro de mim, fazendo com que nós dois soltássemos um longo e intenso gemido juntos. Novamente, tentei me soltar para poder puxar seus cabelos - ou qualquer coisa do gênero - a cada estocada dele e mais uma vez me frustrei.
Seus movimentos começaram lentos, penetrando-me pela metade e se retirando, e depois passaram a ser rápidos e eu sentia seu membro me completando inteiramente. sussurrava perversões não publicáveis em meu ouvido e sua velocidade era inacreditável, levando-me a um estado inimaginável de prazer.
Ele começou a fazer alternância entre seu movimento, ora devagar, ora acelerado, fazendo-me mais do que nunca querer tocá-lo e fazer com que ele parasse com aquela tortura.
- Solte-me... - A frase por pouco foi interrompida por um gemido meu, mas eu o segurei até terminar de falar. - Eu preciso... te tocar.
Inesperadamente, atendeu ao meu pedido e logo que me vi livre, espalmei minhas mãos em sua bunda, apertando-a enquanto o sentia ir e vir em mim. Com certeza aquilo era mais interessante do que me aventurar em seus cabelos.
Ele passou a manter sua velocidade rápida e eu soube que o seu orgasmo não iria demorar a chegar, assim como o meu.
chegou ao clímax antes que eu, mas continuou investindo até que eu também o fizesse, chegando ao provável mais intenso orgasmo da minha vida.
Seu corpo largou-se sobre o meu após um longo suspiro. Seu peso sobre mim me fazia sentir tão bem... Era para ser desconfortável, mas, pelo contrário, eu poderia ficar daquele jeito para sempre.
afundou seu rosto na curva de meu pescoço enquanto eu embrenhava meus dedos em seu cabelo, fazendo uma carícia de leve, de acordo com o que eu podia, considerando que ainda estava me recuperando.
- Uau! - Ele sussurrou em meu ouvido, a respiração ainda falha, fazendo a minha ficar pior. Beijou desde o lóbulo de minha orelha até meus lábios e depois me olhou nos olhos. - Confesso que se eu soubesse que estando livre você iria aproveitar do jeito que aproveitou, tinha te soltado antes.
Foi impossível não corar ao ouvir aquilo e escondi meu rosto em seu ombro, ouvindo seu riso em seguida.
- Hey... - Senti seu carinho em minha cabeça. - Você não precisa sentir vergonha de mim. Porque eu, por exemplo, não tenho a mínima vergonha em dizer que essa foi a melhor transa que eu já tive.
Fiquei alguns segundos tentando absorver o que tinha escutado e então tirei meu rosto de onde estava, encarando-o, e ele sustentava um sorriso lindo. Parecia tão sincero... Mas era difícil acreditar.
- Pode ser que não conte muito, já que não tive muitas, mas... Com certeza, essa foi a melhor. - Olhei em seus olhos ao dizer isso, vendo seu sorriso desaparecer ao notar o sentimento que os meus carregavam, e então fiz com que ele saísse de cima de mim. Deitei do outro lado da cama e lhe dei as costas.
- Eu ficaria mais feliz em ouvir isso se não notasse tanta tristeza em seu olhar. - Ouvi-o dizer e senti sua mão em meu ombro. - Mas... Se não foi a melhor, você não precisa dizer que foi e...
- . - Em um impulso, sentei-me na cama, assustando-o de início, mas fazendo-o me acompanhar depois. O de sua íris brilhava em dúvida, confusão. - É claro que foi a melhor que eu já tive. Você é com certeza o cara mais incrível que entrou na minha vida, mas... O problema é acreditar que é o mesmo com você, entende? Sabendo que você já conheceu mulheres a poucos passos da perfeição, mulheres experientes, mulheres que devem ser mil vezes melhores de cama do que eu e... - Comecei meu show de insegurança e colocou seu dedo indicador sobre os meus lábios, com expressão séria.
- Nenhuma delas era você. - Disse, sorrindo fraco depois, retirando a mão de onde estava. - A minha vida inteira, eu tenho conhecido mulheres bonitas, sensuais, com belos corpos... A minha vida inteira eu tenho dormido com elas, sem que isso significasse algo além do prazer. Algumas vezes, senti-me como um robô... Trabalhando naquilo que não é exatamente o que eu queria para mim, só porque eu tenho que dar continuidade à tradição e ao patrimônio da família. Meus pais estão aproveitando a vida na França enquanto estou aqui... Morando nessa casa sozinho. Concentro toda a minha atenção no serviço para não ter tempo de ficar me lamentando por nunca ter encontrado alguém especial o bastante para viver comigo. Tenho poucos amigos, os quais encontro raramente em fins de semana, porque são todos ocupados com seus empregos e sua família... - Suspirou. E então eu vi que ele realmente era um homem solitário. Mas não era só isso... Ele era infeliz. - O que eu quero dizer é que... Eu sempre notei um algo a mais em você, sabe? Mesmo quando você era criança. Todas as outras podiam estar chorando, fazendo manha, mas você não... Estava sempre sorrindo, sempre feliz, você acabava por contagiar os outros com sua alegria. Nas vezes em que te vi como adolescente, você não era rebelde como muitos nessa fase... Sempre tão serena, tão sensata. E quando eu te reencontrei na empresa àquele dia... Quando eu vi a bela mulher que você havia se tornado, algo que eu não quis controlar me dominou e eu simplesmente quis me aproximar de você. Quis saber se você ainda possuía a mesma personalidade, quis saber se a sua alegria poderia me contagiar um pouco também. Tudo bem que minhas necessidades masculinas tomaram um pouco a frente e acabei me aproximando de forma sexual, mas... Isso acabou sendo uma nova surpresa. Descobri que só causando o seu prazer eu já me preenchia de um sentimento que eu me esquecera que existia... Satisfação. Você me fez sentir satisfeito como eu não me sentia há muito tempo. E fez isso novamente hoje. Talvez seja algo na simplicidade que você tem, no seu jeito tão... Seu. Eu me contentaria em apenas... me aproximar de você para conversar, por mais difícil que isso fosse. Mas quando você aceitou meu convite na empresa, quando tudo aquilo aconteceu, você me disse aquelas coisas no telefone... Eu percebi que eu precisava dessa sua luz na minha vida. E eu precisava te ter ao meu lado. - Seus olhos não saíram dos meus um segundo enquanto ele falava e, sem conter meus impulsos, eu o abracei.
Coloquei meu rosto na curva de seu pescoço, sentindo aquele cheiro só dele enquanto realizava o que estava acontecendo. O homem que eu sempre sonhara ter comigo... Queria ficar comigo? E ele havia acabado de desabafar um pouco de como ele era por dentro, o homem sensível que habitava em seu corpo. Como poderia ser mais perfeito? Sempre se mostrara um homem bondoso - ajudava várias instituições de caridade, sem divulgar, mamãe que me contava -, agora que ele estava me deixando invadir um pouco o seu mundo e conhecê-lo melhor, eu podia acrescentar muitas qualidades na lista.
Não sei exatamente quanto tempo ficamos abraçados, só sei que afastou-se de mim e segurou meu rosto entre as mãos, sorrindo, fazendo-me sorrir também.
- Acho que eu nunca percebi o quanto você me atraía até o momento em que me deixei levar pelos meus instintos e acabamos no meu escritório. Só não sei como você, tão jovem, foi querer um cara velho como eu. - Ele brincou e eu ri, passando meu nariz no seu.
- Primeiramente, você não é velho. Você é experiente e experiência sempre foi algo que me interessou. Segundo que... Eu imaginei que você jamais iria me notar. Quer dizer, um homem como você, com tantas mulheres aos seus pés... Não tem lógica olhar para uma garotinha. - Dei de ombros e ele me olhou com falsa indignação.
- Sou um homem meio imprevisível. - Disse com ar de agente do FBI e eu ri, afirmando freneticamente com a cabeça e fazendo-o rir também. - E você não é uma garotinha. Você é uma mulher. Sei disso bem melhor do que você. - Sorriu malicioso e eu segurei uma risada, dando-lhe um tapa no ombro.
Ficamos nos olhando por alguns segundos até que aproximou seu rosto e logo em seguida nos beijamos. E foi um beijo... Carinhoso. Extremamente carinhoso. Sua língua acariciava a minha com ternura, com calma, e nem ao menos percebi quando ele se deitou por cima de mim novamente. Apenas abri meus olhos quando o oxigênio faltou e nos obrigou a nos separarmos, notando seu corpo sobre o meu.
- Quanto tempo até você completar dezoito anos? - Ele perguntou, colocando uma mexa do meu cabelo para trás. Sustentava-se nos cotovelos, para não deixar todo seu peso em mim.
- Dois meses. - Disse e ele afirmou com a cabeça.
- Acho que é tempo suficiente para nos conhecermos mais um pouco, damos um jeito de nos encontrarmos e pensamos em como contar aos seus pais que estamos juntos. E você já vai ser maior de idade, o que faz isso não ser mais pedofilia. - Ele parou e pensou um pouco. - Nossa, eu sou pedófilo.
Nem tive tempo de rir de sua expressão ao dizer aquilo, porque tinha concentrado toda a minha atenção na parte do 'estamos juntos'. Contar aos meus pais não seria fácil, é verdade, mas minha mãe sempre tivera um carinho e admiração muito especiais por , isso facilitaria. E mamãe sempre dava a última palavra em casa. E como contaríamos quando eu fosse maior de idade, não seria mais pedofilia e não teríamos problemas legais. Ainda era pedofilia agora, mas ninguém sabia de nada.
O que tinha mexido comigo era aquele 'estamos juntos'.
- Que foi? Agora que percebeu que sou um pedófilo não quer mais ficar comigo? - brincou e então eu percebi que devia ter ficado em transe pensando em tantas informações.
Ri e neguei, então ele sorriu.
- Eu só... - Respirei fundo, seus olhos não saíam dos meus e era meio difícil falar assim. - Nós... Hum... Estamos juntos?
- Bem, considerando que eu espero que isso que fizemos no meu quarto hoje se repita muitas vezes... - Meu coração pulou dentro do peito. - E não só isso, mas conversas como a que tivemos no jantar hoje, como eu também quero continuar a... ficar perto de você, quero deixar você... me conhecer... Acho que posso dizer que estamos começando a estar juntos. - Disse com a sobrancelha erguida a última parte e eu sorri, provavelmente o meu maior sorriso em muito tempo. - Você quer que estejamos juntos? - Perguntou, sorrindo galante, e eu ri.
- Com certeza. - E então ele me beijou.
Passei a madrugada inteira deitada em seu peito, sentindo que não poderia ser mais certo. Ouvindo-o falar de si mesmo, toda a história da sua vida, contando a minha depois... Eu sabia que aquilo iria dar certo. Tinha que dar. Mas mesmo que não desse, eu saberia que, enquanto durasse, cada minuto valeria à pena. era um homem incrível, ficar ao seu lado era simplesmente indescritível.
Ah, eu menti. Não foi a madrugada inteira que passamos abraçados... Uma parte dela foi utilizada para atendermos aos pedidos de nossos corpos de se transformarem em um só novamente.
era o paraíso na Terra. Mas quem disse que os mortais não podem ter uma amostra dele também?
Ele era meu paraíso na Terra.
FIM.
n/a: Antes de tudo, mãe, pai, meus irmãos, se um dia vocês lerem isso... Er, saibam que sou uma garota inocente e e e ASHUAHSUAHSUAHSUAH
E aqui está, minha primeira fic restrita finalizada. Eu escrevi como presente de aniversário para a Brubs Jones linda do meu s2 e até que gostei dela e resolvi colocar no site. Estou enrolando há muito tempo, como sempre, mas finalmente ela está aqui RS
Espero que vocês gostem .-. É minha primeira restrita, as primeiras nc’s que escrevo e estou insegura quanto a elas, admito. Mas bem, resolvi dar minha cara a tapa (? Haha
Queria agradecer mtmtmtmt a todo mundo que me ajudou com essa fic... Seja com dicas, seja com incentivos, seja com cobranças, ou surtos... @forgetrapha (não faz idéia de como me incentivou -s), @bihcamargo, @JheByJhe, @thaaai, @cristaljones, @victoriagalina... E ah, a capa da fic foi a @bihcamargo que achou a foto e me mandou *-* Obrigada! E, claro, @brupina_, porque é pra ela que eu escrevi hihi
E aos gays mais lindos desse mundo, por existirem (:
Enfim, é isso. Comentem, hum? Preciso saber o que acharam, é. Críticas, comentários, sugestões e elogios se forem merecidos, a caixinha está aí pra isso.
E tem outra fic minha no site, se chama "Waiting for Wonder" e está em McFLY - Finalizadas. Caso alguém queira ler, ficarei muito feliz *-*
McBeeijos, @DinhaSouza xxx
N/B: O que essa fic tem de linda, ela tem de linda! A-do-rei!
Se encontrarem qualquer erro, por favor, me mandem um e-mail? (camila.ov@hotmail.com) Cami/@camilaov, xx